Plano aprovado a 10 de agosto
Portugal vai ter uma rede de diagnóstico alargada e reforçada, para detetar o eventual reaparecimento de Covid-19 e de outros...

De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, que expôs o plano na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia em Portugal, o investimento é de 8,4 milhões de euros.

“Portugal é hoje um dos países que mais testes por cem mil habitantes faz na Europa”, afirmou o governante, acompanhado da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e do Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida

O objetivo da expansão da capacidade laboratorial é duplicar a capacidade de testagem para cerca de 22 mil testes por dia, indicou, referindo que atualmente são feitos 10 mil testes por dia no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“No Alentejo e no Algarve, por exemplo, a previsão é de um aumento da capacidade de testagem superior a 400%”, frisou.

Intenção não é fazer testes sem critério

Este plano foi aprovado em 10 de agosto, tem um financiamento de 8,4 milhões de euros (M€) previsto no Programa de Estabilização Económica e Social e a operacionalização técnico-científica fica a cargo do INSA, acrescentou o governante.

O Presidente do INSA, Fernando Almeida, defendeu que a intenção não é fazer testes sem critério.

“Este esforço [8,4 M€] não tem a ver apenas e só com a covid. Nesta altura tem a ver com o diagnóstico dos casos Covid, mas é um investimento que também tem em conta toda a capacidade de diagnóstico para outras emergências e patologias que possam vir a ocorrer”, sustentou.

De acordo com o mesmo responsável, foram estabelecidos critérios com a participação de todos os hospitais do SNS.

“Todos os investimentos que foram estudados e que estão a ser estudados foram feitos com critérios ouvindo todas as estruturas hospitalares, com a parceria das administrações regionais de saúde e com uma equipa que foi nomeada por um despacho específico do senhor secretário Estado”, afirmou.

O investimento é sobretudo na área das infraestruturas e dos equipamentos. “Todo este investimento vai permitir a duplicação da capacidade de testagem se for precisa, no limite, e permite-nos ter uma melhor e maior resposta em todas as regiões do país”, declarou ainda. 

Investigação
Jovens de 13 a 14 anos ficaram menos ansiosos durante o confinamento do que em outubro passado, de acordo com uma pesquisa da...

Segundo os investigadores, os resultados foram uma "grande surpresa" e levantaram questões sobre o impacto do ambiente escolar na saúde mental dos adolescentes.

As descobertas foram feitas depois de o professor Chris Whitty, o principal conselheiro médico do Reino Unido, afirmar que as crianças sairiam mais prejudicadas se não regressassem à escola do que se contraíssem o coronavírus.

Os quatro diretores médicos do Reino Unido procuraram acalmar as preocupações dos pais antes da reabertura das escolas em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte nos próximos dias. As escolas na Escócia já reabriram.

E na tentativa de encorajar os pais a mandar os filhos de volta à escola, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que é "vital" os alunos voltarem para a sala de aula, sob pena de comprometerem o futuro de uma geração

Os pesquisadores compararam as descobertas de uma pesquisa realizada em outubro do ano passado com as respostas dadas por adolescentes em maio deste ano. Ambos os sexos registraram níveis reduzidos de ansiedade durante esse período.

Em outubro, 54% das meninas de 13 a 14 anos e 26% dos meninos da mesma idade afirmaram sentir-se ansiosos.

Quando pesquisada em maio - várias semanas depois de escolas fecharem para a maioria dos alunos e as restrições de bloqueio em todo o país terem entrado em vigor - a proporção caiu para 45% das meninas e 18% dos meninos.

 

 

Novo coronavírus
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que a pandemia do coronavírus chegue ao fim em menos de dois anos.

Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou, em conferência da imprensa, que a gripe de 1918, que ficou conhecida como gripe espanhola e matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo, foi controlada em dois anos. No entanto, acrescentou que os avanços atuais da tecnologia podem permitir que o mundo acabe com o vírus em "menos tempo".

"Claro que com mais conectividade o vírus tem maior probabilidade de se espalhar", explicou. "Mas ao mesmo tempo nós também temos tecnologia para detê-lo, e o conhecimento para isso", afirmou, destacando a importância de "união nacional e solidariedade global".

O novo coronavírus já matou quase 800 mil pessoas e infetou 23 milhões em todo o mundo.

O professor Sir Mark Walport, membro do grupo de aconselhamento científico para emergências (Sage, na sigla em inglês) disse este sábado que a covid-19 "vai ficar connosco para sempre, de uma maneira ou de outra". "Então, um pouco como acontece com a gripe, as pessoas vão ter de se vacinar regularmente", afirmou à BBC.

 

Covid-19
Alguns especialistas citados pelo jornal Público consideram que uma vacina contra a Covid-19 só pode ser obrigatória se existir...

De acordo com a notícia avançada pelo jornal Público, para o constitucionalista, Jorge Reis, tem de ser criada uma legislação para esse efeito, visto que “não há lei portuguesa que permita essa imposição”. A mesma posição tem Paula Lobato Faria, professora de Direito na Escola Nacional de Saúde Pública.

“Não há nada na nossa legislação que permita que uma pessoa seja vacinada contra a sua vontade”, refere a especialista acrescentando: “As pessoas têm sempre algo a dizer sobre o que entra no seu corpo. O princípio do consentimento informado está previsto na Lei de Bases da Saúde e no Código Penal”.

A professora defende ainda que faz sentido um debate geral sobre o assunto, porque na sua opinião, numa sociedade democrática os cidadãos jamais podem ser vacinados à força. “Nestas questões é preciso um grande respeito pelo princípio da proporcionalidade, que exige uma ponderação muito cuidadosa entre as razões científicas e médicas e a vida privada e o princípio da autonomia”, afirma à mesma publicação.

Ainda assim, Reis Novais considera que em certas situações, uma vacina não viola a lei. “Aquilo que se pode suscitar é se, no que se refere a adultos, esta imposição não vai contra a livre disposição sobre a sua vida, sobre o seu corpo, a sua integridade e, eventualmente, por razões de consciência ou outras, pode haver pessoas que recusem este tipo de intervenção”, afirma.

“Isso pode ser controverso, mas, do meu ponto de vista, não haveria inconstitucionalidade, desde que houvesse a certeza que a vacina não produzia efeitos gravosos, que é eficaz e que não havia outra forma de terminar a pandemia que não seja por um processo deste tipo”, defende citado pelo Público’.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) disse esta segunda-feira, na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia no mundo, que a vacinação é uma decisão nacional de cada país, contudo espera-se “a maior aceitação possível, queremos garantir que as pessoas entendam as vacinas como um benefício, mas não como uma obrigação”, defenderam os especialistas.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais cinco óbitos relacionados com a covid-19. De acordo com o boletim da Direção...

Das cinco mortes registadas, três ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo e duas na região Norte.

Nas últimas 24 horas foram ainda diagnosticados 123 novos casos de covid-19, aumentando para 55.720 o total de casos confirmados. Dos novos casos, 63 (51%) registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Do total de infetados, 30.662 são mulheres e 25.068 são homens.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 106 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 40.880 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 312 doentes, mais quatro do que este domingo, entre os quais há 44 em Unidades de Cuidados Intensivos - menos três.

As autoridades de saúde têm ainda sob vigilância 34.388 contactos. Há atualmente 13.039 casos ativos.

 

Dados DGS
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, disse na passada sexta-feira que “compensou ter aberto presencialmente uma parte do...

A especialista em saúde pública falava aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da Covid-19, onde foi questionada sobre os ensinamentos retirados da reabertura parcial do ensino presencial no final do último ano letivo.

“Nós aprendemos com o final do ano letivo presencial que o risco não é zero […], mas cumpridas regras, nomeadamente da máscara, distância física, higienização […], as vantagens de frequentar o ensino superam muito o risco”, disse Graça Freitas, destacando que os poucos casos de Covid-19 que surgiram “tiveram evolução muito positiva”.

“Não há risco zero. Mas, se forem tomadas medidas preventivas, reduzimos o risco que existe”, frisou, destacando a necessidade de cumprir as regras por parte dos alunos e da comunidade educativa.

Questionada sobre os casos de Covid-19 importados de outros países, a responsável garantiu que “representam muito pouco em relação ao total de casos”.

 

Combater a insónia
Pandemia com reflexo na ansiedade, stress e sono dos portugueses.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, recentemente, para o impacto da Covid-19 na saúde mental da população. A realidade é que a pandemia trouxe tempos de inquietação e preocupação para todos. A mudança repentina na vida das pessoas, a adaptação forçada ao “novo normal”, a insegurança dos dias e a crise económica vieram testar a resiliência dos portugueses. A incerteza face ao futuro fez disparar os casos de ansiedade, stress, medo e distúrbios de sono. Um estudo recente revela que um terço dos portugueses (32%) tem mais dificuldade em dormir depois da pandemia, com maior impacto junto do sexo feminino.

Segundo a OMS, as perturbações de sono afetam cerca de 40% da população mundial, sendo já consideradas um problema de saúde pública muito relevante. A insónia é o transtorno de sono mais frequente.

“A insónia tem efeitos negativos na saúde, na qualidade de vida e no rendimento laboral e escolar, uma vez que se associa a sonolência diurna, falta de energia, ansiedade, depressão, irritabilidade, dificuldade de concentração e de atenção, problemas de aprendizagem e de memória.  A longo prazo, a privação de sono tem repercussões devastadoras: reduz as defesas do organismo, aumenta o risco de problemas cardiovasculares, obesidade e diabetes. As principais causas dos problemas de sono podem ser de natureza psicológica (stress), fisiológica (excesso de cafeína ou álcool, alimentação desequilibrada...) ou circunstancial (ruído no quarto, luminosidade…)”, alerta Alexandra Freitas, farmacêutica e Diretora Técnica da Ampliphar, empresa de referência na área da Saúde, 100% focada no segmento Self Care.

Melatonina – a hormona do sono

Para ajudar a reduzir o tempo necessário para adormecer e contribuir para um sono tranquilo, Alexandra Freitas realça o importante papel da melatonina – a hormona do sono - que, em caso de necessidade, pode ser compensada através da toma de suplementação.

“A melatonina regula o ciclo sono-vigília. É produzida na glândula pineal e a sua secreção depende da luz. Com a escuridão, a glândula é ativada e começa a produzir melatonina. Começamos a sentir-nos menos alerta. O nível de melatonina no sangue permanece elevado toda a noite. Durante o dia, a glândula pineal fica inativa. A melatonina contribui para reduzir o tempo necessário para adormecer e para o alívio dos sintomas associados ao jet lag. A produção diminui com a idade e com estímulos como luzes fortes, televisão, computador e telemóvel.”, explica a responsável.

Segundo Alexandra Freitas, também o 5-HTP (5-hidroxitriptofano, aminoácido extraído do feijão de Griffonia simplicifolia) “ajuda o corpo a produzir mais serotonina, um neurotransmissor que desempenha um papel fundamental na regulação dos ciclos de sono-vigília e do humor. A falta de serotonina pode levar a instabilidade emocional, insónia e ansiedade.” A responsável destaca ainda que, também “os extratos de lavanda e alecrim têm propriedades ansiolíticas e relaxantes. São tradicionalmente utilizados para ajudar a gerir o stress e a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.”

Para combater a insónia, ficam alguns conselhos:

  1. Regularizar o sono: deitar e levantar sempre à mesma hora.
  2. Evitar comidas pesadas, cafeína, álcool ou nicotina antes de dormir.
  3. Praticar exercício físico ao longo do dia, evitando a sua prática pelo menos 4 horas antes de dormir.
  4. Evitar atividades stressantes antes de dormir.
  5. Criar, no quarto, condições adequadas para o repouso.
  6. Evitar longas sestas durante o dia.
  7. Evitar luzes fortes, TV, computador e telemóvel antes de dormir.
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Desde julho
A China autorizou o uso de potenciais vacinas para a Covid-19 em funcionários dos seus hospitais para “casos de emergência”,...

Em entrevista à televisão estatal CCTV, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Comissão de Saúde, Zheng Zhongwei, revelou que pessoal médico e funcionários das alfândegas foram vacinados.

“Estes grupos foram escolhidos porque têm maior exposição ao novo coronavírus. A maioria dos casos que a China agora regista são importados, então as autoridades fronteiriças são um grupo de alto risco também“, justicou.

No entanto, Zheng não disse quantas pessoas já foram vacinadas ou qual a vacina usada.

O mesmo responsável acrescentou que o programa de vacinação vai expandir-se para pessoas que trabalham nas indústrias dos transporte e serviços ou nos mercados de rua, para “criar uma barreira de imunidade”.

Zheng indicou que “as vacinas chinesas serão acessíveis ao público”, assim que estiverem prontas e que o preço poderá ser “ainda mais baixo” do que o anunciado, na semana passada, por Liu Jingzhen, o presidente da estatal China National Biotec Group, que faz parte do grupo Sinopharm- Pharmaceutical.

Liu disse que a vacina do grupo vai estar pronta “provavelmente em dezembro“, a um preço inferior a 1.000 yuan (121 euros), e que via começar a ser comercializada assim que for concluída a terceira fase de testes, nos Emirados Árabes Unidos.

Outra das vacinas em desenvolvimento pelo país, a do Instituto Científico Militar e da biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, também está na terceira fase de testes, no Paquistão. Segundo o jornal oficial China Daily, a China tem cinco vacinas candidatas que já passaram, pelo menos, na segunda fase de testes.

O período para uma vacina estar disponível para uso em massa é, por norma, de entre 12 a 18 meses, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pequim acelerou o processo devido à emergência de saúde pública e tem permitido que algumas das fases de teste sejam realizadas em simultâneo.

 

DGS
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou esta sexta-feira que a definição dos grupos prioritários para receber a...

“Vão ser estabelecidos os grupos prioritários para a vacinação, que são definidos por especialistas em vacinação, doenças infeciosas, farmácia e virologia, que têm em primeira linha de consideração o tipo de vacinas e as caraterísticas da vacina”, adiantou a especialista em saúde pública.

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da Covid-19, Graça Freitas esclareceu que é necessário ter em consideração a ficha das vacinas para saber a que grupos específicos (etários, de risco) se destinam e se há eficácias distintas para diferentes grupos etários.

“Quando tivermos essa informação disponível, então definiremos as prioridades”, afirmou a Diretora-Geral da Saúde, ressalvando que há dois grupos que serão sempre prioritários, nomeadamente os grupos mais vulneráveis e os cuidadores. “É muito importante que, quando se está numa pandemia, os profissionais de saúde e outros cuidadores na área da saúde e social estejam saudáveis para poderem prestar cuidados”, sublinhou. À medida que as doses forem chegando, as pessoas vão sendo vacinadas consoante os critérios de prioridade.

 

Portugal
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, lembrou, em conferência de imprensa, que o Conselho de Ministros...

Em declarações aos jornalistas, o governante adiantou que “o início do processo de distribuição corresponde a uma quantidade de cerca de 690 mil doses, deverá ocorrer a partir do final do ano, mas sempre dependendo da avaliação pela Agência Europeia do Medicamento e da autorização da vacina a nível europeu”.

A estratégia de vacinação, prosseguiu, será determinada pela Direção-Geral da Saúde, “num caminho gradual, que começa agora a ser percorrido”. “Até à chegada da vacina, a única de que dispomos é a prevenção, a antecipação e a preparação. É isso que continuamos a fazer com o robustecimento da resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os portugueses continuam a ser parceiros cruciais nesta estratégia. Por isso, continuamos a contar com a sua resiliência até ultrapassarmos este enorme desafio do nosso tempo”, afirmou Lacerda Sales.

O presidente do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Rui Ivo, esclareceu que o processo está a ser feito “com muita antecipação” relativamente às fases de desenvolvimento das vacinas. No entanto, ressalvou, há uma grande “incerteza” em todo este processo. Adicionalmente, referiu, não se sabe se será administrada apenas uma dose a cada pessoa ou se serão necessárias mais.

Por outro lado, adiantou, os 6.9 milhões de vacinas dizem respeito “ao único contrato que está concluído”, mas existem outros em fase avançada. “É uma primeira disponibilidade que é feita a toda a União Europeia com uma alocação proporcional à população. Obviamente, os outros processos estão em desenvolvimento”, frisou.

 

Apoio técnico e formação
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foi selecionado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a...

O apoio técnico de capacitação dos profissionais de saúde do Ministério da Saúde de Cabo Verde será prestado por Isabel Lopes de Carvalho, investigadora do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA.

A missão, que decorre de 17 a 28 de agosto, tem por objetivo o apoio na implementação de medidas de biossegurança adequadas para o diagnóstico laboratorial de SARS-CoV-2 (Covid-19), bem como a elaboração de procedimentos e manuais de apoio técnico e formação com vista à capacitação dos profissionais de saúde dos laboratórios de referência do Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde.

Esta ação, solicitada pelo Governo de Cabo Verde, através da OMS, enquadra-se no atual plano de colaboração do INSA aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e ao abrigo do protocolo de colaboração, estabelecido em janeiro de 2018, entre o INSA e o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde.

 

Covid-19
Portugal já realizou cerca de 1,9 milhões de testes de rastreio à Covid-19, anunciou o Secretário de Estado da Saúde, António...

António Lacerda Sales adiantou que a média de testes no mês de agosto se situa “nos 13.600 por dia”, realizados por uma centena de laboratórios públicos, privados e universitários/militares, e que a capacidade laboratorial será ainda reforçada nos próximos meses.

“Desde 1 de março foram feitos cerca de 1,9 milhões de testes de diagnóstico à Covid em Portugal. Apesar de ser um período de férias por excelência, em agosto, não houve um decréscimo da testagem”, explicou, detalhando a distribuição dos testes: “47,4% dos testes são feitos em laboratórios públicos, 40,5% em laboratórios privados e 12,1% em laboratórios da academia e militares. Esta rede será, porém, expandida no âmbito da estratégia integrada outono-inverno”.

 

Contratação de nutricionistas
A Ordem dos Nutricionistas tem reunião marcada com o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, para salientar a...

Em cima da mesa, Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, vai colocar, ainda, a discussão acerca da contratação dos nutricionistas para o Ministério da Educação, prevista no Orçamento do Estado para 2020, para a operacionalização das medidas desta estratégia, e que, até ao momento, não avançou.

A reunião terá lugar no Ministério da Educação (Av. Infante Santo n. º2, Lisboa) pelas 13horas.

A Ordem dos Nutricionistas publicou, recentemente, um guia orientador “Alimentação escolar em tempos de COVID-19”, que inclui diretrizes para diminuir o risco de contágio, e, também, assegurar o fornecimento de refeições adequadas e seguras a todos os alunos.

As medidas elencadas no documento serão algumas das apresentadas por Alexandra Bento a João Costa e que se espera que venham a fazer parte do plano estratégico governamental da alimentação escolar.

A Ordem dos Nutricionistas sublinha que a escola é o local privilegiado para obter refeições adequadas e seguras e, também, o local onde podem adquirir conhecimentos e competências para a adoção de comportamentos alimentares mais saudáveis.

Recorde-se que existem apenas dois nutricionistas no Ministério da Educação, um número que por ser manifestamente insuficiente, levou à inclusão, no Orçamento do Estado de 2020 da previsão da contratação de 15 nutricionistas neste Ministério.

Estudo
De acordo com um estudo publicado na revista médica ‘The Lancet’, esta semana, foi uma nova variante do novo coronavírus que...

Segundo a noticia avançada pela Executvie Digest, este estudo conseguiu demonstrar que os pacientes infetados com uma nova variante da SARS-CoV-2 apresentam melhores resultados clínicos, incluindo uma proporção mais baixa de desenvolvimento de baixo teor de oxigénio no sangue (hipoxemia) ou de necessidade de cuidados intensivos.

A investigação também revela que a variante, que apresenta uma grande exclusão numa parte do seu genoma, desencadeou uma resposta imunitária mais robusta.

“Estes estudos fornecem os primeiros dados convincentes ao mostrar que uma alteração genética (mutação) observada na SARS-CoV-2 afetou a gravidade da doença nos doentes”, disse Gavin Smith da Duke-NUS, citado pela agência Reuters.

O grupo salientou ainda que estas descobertas tiveram implicações no desenvolvimento de vacinas e tratamentos para a covid-19.

A variante, que provavelmente veio de Wuhan, na China, foi detetada num conjunto de infeções que ocorreram entre janeiro e março.

Segundo afirmou um especialista à Reuters, as mutações, nos vírus, podem ser “uma coisa boa”, já que tendem a tornar-se menos virulentos à medida que mudam, de modo a infetar mais pessoas, mas não a matá-las.

 

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais quatro óbitos relacionados com a covid-19. De acordo com o boletim da Direção...

Das quatro mortes registadas, três ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma na região Norte. Três das vítimas - duas mulheres e um homem - tinham mais de 80 anos, e a outra – um homem - tinha entre 50 e 59 anos.

Nas últimas 24 horas foram ainda diagnosticados 219 novos casos, aumentando para 55.211 o total de casos confirmados. Dos novos casos, 125 (57%) registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Do total de infetados, 30.395 são mulheres e 24.816 são homens.

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 209 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 40.473 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 321 doentes, menos 13 do que ontem, dos quais 41 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos, mais dois face ao último balanço.

As autoridades de saúde têm ainda sob vigilância 34.233 contactos. Há atualmente 12.946 casos ativos.

 

 

Covid-19
A Pfizer e a BioNTech revelaram esta sexta-feira que a vacina Covid-19 que têm vindo a desenvolver em conjunto está prestes a...

De acordo com a informação avançada, as duas empresas apontam que a vacina foi bem tolerada, com menos de 20% dos participantes a sentir febre leve a moderada. A Pfizer e a BioNTech continuam a “analisar os dados dos testes de fase 1 nos Estados Unidos e na Alemanha”, como referiram as parceiras de investigação em comunicado.

Se for a revisão for positiva, a vacina tornar-se-á uma das mais rápidas do mundo a passar por este processo. Alguns analistas esperam que uma vacina seja aprovada para uso em novembro nos Estados Unidos, uma medida que pode dar ao presidente Donald Trump uma nova posição nas eleições. No mês de julho, a Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo de 1,69 mil milhões de euros para fornecer 100 milhões de doses iniciais da vacina aos Estados Unidos.

A agência americana Food and Drug Administration (FDA) está a planear provisoriamente um painel consultivo para se reunir em 22 de outubro com o objetivo de discutir uma vacina Covid-19, embora não tenha especificado quais vacinas, ou quantas, serão examinadas. O reflexo do esforço que tem sido movido para a criação de uma vacina contra o novo coronavírus, algo em que os diferentes países têm investido.

 

Recursos anuais do planeta já se esgotaram
A humanidade passa a partir de sábado a consumir recursos de 2021, visto que já esgotou os que a Terra tinha disponíveis para...

O calendário da organização dedicada à sustentabilidade, divulgado hoje pela associação ambientalista portuguesa Zero, salienta que este ano se começa “a usar o cartão de crédito ambiental” três semanas mais tarde do que no ano passado, mas sublinha que tal se deve apenas à pandemia de covid-19 e não a planeamento e mudanças estruturais.

A Zero lembra, em comunicado, que a resposta mundial à covid-19 levou à redução da pegada ecológica da humanidade em quase 10% e ao adiamento do Dia da Sobrecarga do Planeta, mas que ainda assim se esgotaram agora os recursos existentes para o ano inteiro, pelo que vão ser usados em 2020 os recursos naturais equivalentes a 1,6 planetas Terra.

Devido à pandemia, a redução da pegada ecológica permitiu ver “o mundo que podemos ter se agirmos no sentido de criar um futuro sustentável”, mas é preciso agora construir “um futuro onde todos possam prosperar dentro dos limites do planeta”, refere a Zero.

E esse futuro constrói-se, adianta a organização, com mudanças na forma como se produzem e consomem alimentos, na quantidade de bens que se consome, na forma de mobilidade ou nas fontes de energia utilizada.

De acordo com o comunicado, a redução da pegada de carbono para metade iria fazer com que o “cartão de crédito ambiental” só começasse a ser usado no fim de novembro (93 dias mais tarde).

E reduzir para metade a pegada ligada à mobilidade, com mais quilómetros andados a pé ou de bicicleta, faria com que o cartão só fosse acionado em setembro. O mesmo acontecendo com uma redução para metade do consumo de carne, ou a redução também para metade do desperdício alimentar.

“O défice ecológico global começou no início da década de 1970. Agora, a dívida ecológica acumulada resultante é equivalente a 18 anos terrestres. Por outras palavras, o planeta necessitaria de 18 anos de regeneração para inverter os danos decorrentes do uso excessivo dos recursos naturais, assumindo que o uso excessivo seria totalmente reversível”, salienta a Zero, acrescentando que seria possível antes de 2050 consumir os recursos do ano sem ir buscar recursos futuros se em cada ano se reduzisse o défice em cinco dias.

No comunicado a associação alerta ainda para as emergências que a humanidade vive, que combinam alterações climáticas, perda de biodiversidade e pandemias de saúde humana e diz que ciência é clara quando alerta que clima, biodiversidade e saúde humana “estão totalmente integrados e interdependentes”.

E a propósito lembra que o Clube de Roma, que alerta para a gestão sustentável do sistema terrestre, apresentou no ano passado um Plano de Emergência para o Planeta, que esta semana reformulou face à pandemia de covid-19, vista como uma manifestação de a ação humana ter colocado em “rota de colisão” os sistemas humanos e os sistemas naturais.

O novo plano do Clube de Roma identifica 10 ações que os países devem tomar na escala de uma década, como sejam, até 2030, a declaração dos ecossistemas críticos e das áreas protegidas como bens comuns mundiais e até 2050 a aprovação de uma moratória que pare a desflorestação.

E apresenta ainda outras 10 ações para os próximos 12 meses, que incluem por exemplo uma nova forma de tributação, taxando fortemente o que não é favorável para o planeta e reduzindo tributação ou não taxando o que é favorável.

Investigação
A equipa de investigadores internacional, liderada pelo i3S, analisou detalhadamente o percurso de 35 mil ninhadas de ratinhos...

O primeiro estudo de larga escala sobre a mortalidade precoce em ratinhos de laboratório, foi publicado recentemente na revista PlosOne e revelou que condições sociais e familiares determinam a elevada mortalidade pré-desmame. A equipa de investigadores internacional, liderada pelo i3S, analisou detalhadamente o percurso de 35 mil ninhadas de ratinhos de dois dos maiores biotérios europeus, cobrindo cerca de 10 anos de atividade. O artigo escrutina as práticas de criação em instalações com condições e regras de elevada qualidade para determinar os fatores de risco associados à mortalidade.

Na União Europeia são utilizados, a cada ano, cerca de 5,7 milhões de ratinhos de laboratório em trabalhos de investigação, nomeadamente na investigação biomédica para estudos de doenças, medicamentos e vacinas, entre outros. Estes números são bem conhecidos e registados, não só por existirem regras rigorosas e restritivas na utilização de animais em experimentação, como também pela vigilância apertada do seu bem-estar em todo o processo. Contudo, o número de animais que nascem para estes fins é bastante superior porque a taxa de mortalidade na fase pré-desmame dos ratinhos é muito alta. Os veterinários e investigadores estão cientes deste problema, mas não existem muitos estudos que permitam perceber a sua magnitude nem quais os fatores que condicionam esta perda precoce que acarreta custos elevadíssimos.

Investigação acompanhou o percurso de 220 mil ratinhos

Com base nestes dados, num projeto financiado pela FCT,  a equipa internacional liderada por Anna Olsson, coordenadora do grupo «Ciência de Animais de Laboratório» do i3S, pôs mãos à obra e analisou dados referentes a 35 mil ninhadas produzidas por duas instalações do Reino Unido, líderes em investigação biomédica. Isto significa que “a equipa seguiu o registo e percurso de cerca de 220 mil ratinhos, assim como todas as circunstâncias que os rodeavam, desde o nascimento até ao desmame. Os registos cobrem quase 10 anos de atividade de uma das instalações e quatro anos da outra”, explica Anna Olsson.  “O objetivo foi determinar a taxa de mortalidade pré-desmame e identificar fatores que aumentam a probabilidade de mortalidade de cada ratinho nascido”, acrescenta.

Estudo pode ajudar a reduzir a mortalidade

Os investigadores verificaram que as taxas médias de mortalidade em pré-desmame variavam entre as instalações (14% e 39%) para a mesma estirpe de ratinho em reprodução, muito superior à taxa de mortalidade de referência estabelecida (8%). Ou seja, explica Gabriela Morello, primeira autora do artigo, “o número teórico de referência é muito subestimado e muitas instalações de animais não estão cientes de que enfrentam um problema de sobrevivência dos animais mais agravado mesmo em animais saudáveis e em instalações bem cuidadas”.

“Foi necessário analisar outras condicionantes”, explica Gabriela Morello. Os ratinhos são animais sociais, vivem em pequenas colónias (em cada gaiola) constituídas por um macho, uma ou duas fêmeas e por vezes ninhadas nascidas em datas mais ou menos próximas. Por isso, a estrutura de cada colónia foi um dos pontos chave no estudo. “A sobreposição de ninhadas, ou seja, a presença de irmãos mais velhos na gaiola quando nascem novos filhotes, parece condicionar a sobrevivência dos recém-nascidos. A este fator de risco acresce ainda a idade avançada da mãe, o tamanho da ninhada, e um alto número e idade de irmãos mais velhos na gaiola”, acrescenta a investigadora.

“Sem dúvida que, para um ratinho, nascer numa gaiola onde já existe uma ninhada mais velha é perigoso. No entanto, quão mais velha é a outra ninhada também é crucial. Se as idades são próximas, no nosso estudo até uma semana de diferença, não há aumento do risco. Tudo piora quando existem outras condições de risco, como ser de uma mãe mais velha, ou fazer parte de uma ninhada mais pequena”, adianta ainda Anna Olsson.

A equipa chegou a estas conclusões através da compilação e análise cruzada de muitos dados, incluindo informações sobre o número de ratinhos nascidos e desmamados por ninhada, idade e identificação dos pais, datas de nascimento, entre outros. Estes resultados, sublinham as duas investigadoras, “apresentam um conjunto de dados que poderão ajudar a reduzir a mortalidade de ratinhos de laboratório na fase pré-desmame”.

Tecnologia mais rápida e mais barata
Uma equipa de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver o protótipo de um...

As principais unidades de investigação envolvidas no estudo, para além da UTAD com alguns elementos do seu Centro de Testagem Covid, são ainda a REQUIMTE, o ISEP e o ICBAS, em estreita colaboração com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira.

Este projeto está a ser liderado pelas Investigadoras Paula Martins-Lopes (UTAD) e Helena M. R. Gonçalves (ex-investigadora da UTAD, atualmente da REQUIMTE) e que este biossensor para a deteção do SARS-CoV-2 está baseado numa patente internacional do grupo da UTAD, recentemente aprovada. O sistema é mais rápido do que a tecnologia atualmente disponível para deteção de SARS-CoV-2 (aproximadamente 20 minutos desde recolha da amostra à deteção), mais barata do que os testes PCR (Polymerase Chain Reaction) e não requer pessoal especializado. Tal sistema pode ainda ser replicado e implementado em diversas instituições, garantindo o monitoramento em tempo real da população numa situação real e em futuros “out-breaks”.

Com este projeto e o empenhado envolvimento dos seus investigadores, a UTAD vê cumprir-se a sua missão de responsabilidade social, colocando a investigação científica ao serviço da sociedade para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Covid-19
De acordo com um inquérito realizado a cerca de 40% do total dos dentistas a exercer em Portugal, 99,5% destes profissionais...

Segundo o inquérito, realizado em agosto pela Ordem dos Médicos Dentistas a 4.136 médicos dentistas de um total de 10.653 membros com inscrição ativa, este dado “demonstra que as medidas aplicadas são adequadas e que os médicos dentistas sabem o que estão a fazer no que concerne à infeção cruzada”.

Esta análise revela ainda que 40% dos médicos dentistas consideram que os doentes não têm receio de contágio nas consultas, 30% admite que existe algum medo e 25% diz que talvez tenham algum receio de contágio.

Por outro lado, 48% dos inquiridos revela uma menor disponibilidade financeira dos doentes para prosseguir tratamentos planeados.

As clínicas e consultórios dentários retomaram a sua atividade em 04 de maio com as consultas a serem marcadas previamente por telefone ou correio eletrónico e os utentes a usarem máscara antes de serem atendidos pelo médico.

Em declarações à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas disse que os dados do inquérito revelam que o retomar da atividade correu de forma favorável uma vez que em ambiente clínico é quase nula a taxa de infeção, dando uma garantia de confiança para os médicos e para os doentes.

Miguel Pavão defende, no entanto, que em caso de uma segunda vaga da pandemia é necessário o acesso facilitado à testagem a estes profissionais, uma vez que atualmente o fizeram por iniciativa própria, além de ser necessária a sua classificação como prioritários na vacina da gripe.

 

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