Infeção por Covid-19
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu esta segunda-feira que a situação nos lares continua a ser...

“Temos hoje 70 Estruturas Residenciais Para Idosos com casos de infeção por SARS-CoV-2, ou seja, menos de 3% do universo total, com 542 utentes e 207 funcionários positivos”, anunciou o governante.

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da COVID-19, o governante garantiu que “a experiência tem levado a correções e a melhorias”. No Alentejo, por exemplo, foram visitados 261 das 283 ERPI’s, tendo sido elaborados relatórios com as inconformidades detetadas, “estando os serviços a aferir as correções das mesmas”.

No resto do país, destacou Lacerda Sales, os lares têm recebido visitas das equipas mistas da Segurança Social, Autoridades de Saúde e Proteção Civil, “para verificação da implementação das visitas”.

“Este é um trabalho conjunto com as instituições, com as autarquias e com a Segurança Social com um objetivo comum, que é proteger a população que é mais vulnerável ao vírus e que nos obriga a um dever especial de proteção”, frisou o Secretário de Estado da Saúde.

Questionado sobre a chegada de ventiladores ao país, António Sales esclareceu que ontem chegaram 114 aparelhos para ventilação mecânica invasiva ao país. Dos 1.211 ventiladores adquiridos por Portugal, 966 já foram entregues e os restantes encontram-se em testes.

Aos ventiladores adquiridos juntam-se 101 doados, 10 emprestados e 119 que foram recuperados. Até à data, os hospitais receberam 716 ventiladores.

No início da pandemia, lembrou, foram contabilizados 1.142 ventiladores, com capacidade para o tratamento da COVID-19, e o objetivo estabelecido é duplicar essa capacidade.

 

Estudo
Em Portugal, 13,3% dos idosos com 65 ou mais anos, a viver na comunidade e sem compromisso cognitivo, encontram-se em estado de...

Estes resultados inserem-se num estudo levado a cabo por Mónica Fialho, nutricionista e investigadora do Laboratório de Comportamentos de Saúde Ambiental do Instituto de Saúde Ambiental. Tomando por base os dados recolhidos no âmbito do projecto PEN-3S, a investigadora procurou avaliar o efeito moderador da função cognitiva na associação entre estados nutricional e funcional em idosos não institucionalizados, em Portugal, e sem compromisso cognitivo.

Embora o estudo não tenha observado um efeito moderador da função cognitiva na associação entre estado nutricional e estado funcional, foi possível caracterizar melhor esta associação. De facto, os idosos com um melhor desempenho cognitivo apresentam uma menor possibilidade de desnutrição ou risco de desnutrição, o que se pode dever ao facto de se esquecerem menos de fazerem as suas refeições diárias ou de serem capazes de se alimentar de um modo adequado às suas necessidades nutricionais. Ademais, idosos desnutridos ou em risco de desnutrição apresentam uma possibilidade maior de verem o seu estado funcional comprometido, isto é, têm mais dificuldades em realizar as atividades da sua vida diária que impliquem mais recursos físicos e cognitivos.

Em Portugal, 21,7% da população tem 65 ou mais anos de idade, o que corresponde a mais 2,2 milhões de pessoas. Apesar da esperança média de vida ser superior à média da União Europeia, a verdade é que o número de anos de vida saudável, após os 65 anos, está entre os mais baixos dos países da OCDE. Estes anos de vida são afetados por um conjunto de alterações, nomeadamente do estado nutricional e do estado funcional, que têm um impacto significativo no bem-estar e na qualidade de vida destas pessoas.

Tendo em conta que este estudo incidiu em idosos que vivem na comunidade, de modo independente, e que, portanto, não são monitorizados quanto à sua capacidade de realizar as suas tarefas quotidianas, os resultados sublinham a necessidade de se desenvolverem estratégias, não apenas de monitorização do estado de saúde, em particular dos estados nutricional e cognitivo, mas também de promoção de estilos de vida saudáveis – por exemplo, alimentação saudável ou prática de exercício físico – que sejam capazes de prevenir a agudização de doenças crónicas e o declínio do estado funcional.

 

Conselhos
10 dicas para quem quer adotar um estilo de vida mais saudável e contribuir para a redução de risco

As férias de verão são, para muitos portugueses, um dos períodos do ano mais aguardados, pois é nesta altura que as famílias aproveitam não só para descansar e recuperar energias antes da rentrée, como também para desfrutar de algumas atividades de lazer, como viajar em família, ir à praia ou organizar jantares entre amigos.

É neste período de maior relaxamento e diversão que, por vezes, cometemos alguns excessos prejudiciais à saúde do nosso coração, nomeadamente uma alimentação mais descuidada e pouco equilibrada, o consumo excessivo de álcool, um maior sedentarismo, a desregulação do sono e muitos outros. Todos estes excessos representam comportamentos que aumentam o risco de obesidade, hipertensão arterial ou diabetes, e que, por sua vez, contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o Enfarte Agudo do Miocárdio ou o Acidente Vascular Cerebral, duas das principais causas de morte em Portugal e no mundo.

Para prevenir as doenças de coração é fundamental adotar novos hábitos diários e estilos de vida ativa que ajudem a manter o coração saudável e feliz. Para facilitar a sua jornada, a Zurich preparou um conjunto de dicas sobre as principais rotinas que promovem a sua saúde cardiovascular e que pode implementar a partir de hoje.

10 dicas para um coração mais saudável

  1. Pratique exercício físico regularmente. Contrarie o sedentarismo e comece, gradualmente, a adotar um estilo de vida mais ativo. Pode optar por realizar 30 minutos por dia de atividade física moderada, como subir escadas, caminhar, nadar ou andar de bicicleta.
  2. Melhore os seus hábitos alimentares. Tenha uma dieta equilibrada e variada, que inclua frutas, vegetais, legumes, cereais integrais e peixe. Reduza o consumo de sal e alimentos salgados, alimentos ricos em açúcar e gorduras saturadas, carnes vermelhas, manteiga e lacticínios gordos.
  3. Beba muita água. Esta recomendação é ainda mais importante neste período de maior calor, em que o corpo necessita do oxigénio presente na água para se hidratar. A recomendação é que cada pessoa ingira diariamente cerca de 2 litros de água.
  4. Evite o consumo de álcool. Se nas férias não resiste a bebidas alcoólicas, modere o consumo: no caso dos homens, evite a ingestão de mais de duas bebidas por dia (por exemplo, 3,3 dl de vinho); já para as mulheres, não beba mais de uma bebida por dia (por exemplo, 1,65 dl de vinho).
  5. Diminua o stress. Adote estratégias para reduzir os níveis de stress na sua vida, como ioga, pilates, meditação ou mindfulness. Poderá também procurar apoio de um psicólogo para o ajudar a minimizar o stress ou a ansiedade crónica.
  6. Melhore a qualidade do seu sono. Estabeleça hábitos de sono rigorosos e mantenha a disciplina no número de horas de sono diárias. É fundamental que aprenda a relaxar e a levar uma vida, dentro do possível, tranquila. Em idade adulta, deve-se dormir pelo menos oito horas por noite.
  7. Monitorize o seu peso, pressão articular, glicose e colesterol regularmente. Para que possa controlar os fatores de risco, é importante manter certos indicadores sob vigilância, nomeadamente o seu peso, pressão arterial e os níveis de glicose e colesterol no sangue. Para além disto, consulte regularmente o seu médico, sobretudo se tiver um histórico de excesso de peso, hipertensão, diabetes, colesterol ou propensão genética para desenvolver doenças cardiovasculares.
  8. Deixe de fumar. Abandone, em definitivo, os hábitos tabagistas. Esta é uma mudança que exige uma elevada dedicação da sua parte, mas poderá aconselhar-se junto de um médico sobre os melhores tratamentos e métodos à sua disposição.
  9. Não faça a mudança sozinho. Se está disposto a adotar um estilo de vida mais saudável, junte a sua família nesta jornada e crie hábitos saudáveis em conjunto, de forma a promover uma melhor saúde do coração e bem-estar de todos. Uma vida saudável traz também maior felicidade e alegria para que possa aproveitar todos os bons momentos com saúde junto dos seus filhos, pais, avós e netos.
  10. Reduza os riscos financeiros. Na realidade, esta recomendação não está associada a nenhum fator de risco para as doenças cardiovasculares, mas é uma medida importante para salvaguardar a autonomia financeira familiar na eventualidade de surgirem doenças cardiovasculares ou outras doenças graves. Equacione contratualizar um seguro de vida para si e para a sua família.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infeções virais associadas ao cancro
O vírus herpes associado ao Sarcoma de Kaposi é um dos sete vírus conhecidos que causam cancro em humanos e é responsável pelo...

Esta descoberta publicada hoje na prestigiada revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS)*, pode ser potencialmente usada para desenvolver terapia para tumores como o sarcoma de Kaposi e alguns linfomas, uma vez que ao bloquear a função desta região de LANA, é abolida a persistência do vírus, o que poderá resultar na eliminação das células tumorais.

O vírus herpes associado ao Sarcoma de Kaposi (Kaposi’s sarcoma-associated herpesvirus) infeta células humanas, principalmente linfócitos (um tipo de glóbulos brancos). Através dessa infeção, o vírus vai expressar os seus próprios genes na célula hospedeira. Neste processo o vírus assume o controlo dos mecanismos de crescimento da célula, que começa a multiplicar-se de forma descontrolada, resultando eventualmente num tumor, como o Sarcoma de Kaposi ou o linfoma primário de efusão. Portanto, compreender como os vírus modulam a função da célula hospedeira é fundamental para perspetivar potenciais terapias. Durante a fase latente da infeção são fundamentais algumas proteínas virais que começam a ser produzidas e que fazem com que o vírus permaneça de forma persistente dentro das células. Entre estas proteínas, o antígeno nuclear associado à latência – a proteína LANA – é um coordenador central da replicação e persistência dos genomas virais dentro das células hospedeiras.

“O nosso grupo de investigação estuda as funções da proteína viral LANA há muitos anos. Agora, descobrimos uma região de LANA que é a chave para a persistência do vírus. De particular interesse, esta região LANA interage preferencialmente com uma forma de uma proteína supressora de tumores muito conhecida, que se chama p53. O aspeto interessante desta descoberta é que essa região de LANA percebe ou “lê” a presença de uma modificação específica na proteína p53, a acetilação, modificação que as proteínas podem adquirir enquanto são produzidas pela célula”, explica Pedro Simas, investigador responsável deste estudo. Essas modificações pós-traducionais determinam a estrutura de uma proteína, e, portanto, a sua função.

Através de uma série de experiências genéticas e bioquímicas usando modelos de infeção, os investigadores mostram agora que a interação desta região “de leitura” específica de LANA com a proteína p53 não acetilada, ou possivelmente outras proteínas não acetiladas, pode permitir que o vírus persista nas células tumorais.

A constatação de que este herpes vírus evoluiu um mecanismo para este tipo de interação molecular reforça a importância fisiológica das modificações pós-traducionais na regulação das infeções persistentes”, explica Pedro Simas. “Essas descobertas poderiam ser usadas para desenvolver terapia para estes tumores causados por herpes vírus, uma vez que o bloqueio da função desta região de LANA elimina a persistência do vírus, o que mataria as células tumorais”, acrescenta o investigador Kenneth M. Kaye, também responsável por este estudo.

Este estudo foi realizado no iMM e Brigham and Women’s Hospital e Harvard Medical School e financiado pelo National Institutes of Health (NIH; EUA), Fondation ARC pour la recherche sur le cancer (Fondation ARC) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT ; Portugal).

Investigação
A Bioprospectum, empresa incubada na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade Porto e spin-off do Instituto de...

A empresa portuense identificou dois péptidos — biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos — provenientes da rã-verde ibérica, encontrada nos Açores, que podem ser usados num antiviral para tratar as infeções causadas pelo SARS-CoV-2. Os testes vão decorrer em colaboração com o iMED – Instituto de Investigação do Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

A plataforma in silico, desenvolvida pela Bioprospectum em parceria com a MI4U, empresa brasileira de inteligência artificial‎, permite selecionar de uma amostra as substâncias mais apropriadas para um determinado fim — definido pelo investigador — e, desta forma, evitar uma análise pormenorizada a cada molécula dessa mesma amostra.

Através de uma base de dados molecular, da utilização de química computacional e bioinformática, a plataforma da Bioprospectum consegue analisar de uma forma muito mais rápida e eficiente todas as moléculas de uma amostra, permitindo ao investigador focar-se apenas nas moléculas que podem ser úteis para o estudo. “A identificação de moléculas com atividade farmacológica pode demorar anos de trabalho, se for feita com métodos clássicos, o grande diferencial de aliar a bioprospecção com inteligência artificial é que os primeiros resultados podem ser gerados em meses”, afirma José Leite, copromotor do projeto.

 

 

Até 14 de setembro
A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através da sua Unidade Computação Científica Nacional (FCCN), anuncia a abertura...

Trata-se do primeiro concurso para disponibilização de recursos computacionais com cerca de 27 milhões de core.horas em plataformas nacionais inseridas na Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA). O concurso tem como objetivo promover a apresentação de Projetos de Computação Avançada em todas as áreas, que serão suportados tecnologicamente via RNCA, através da disponibilização dos seus recursos de computação avançada: High Performance computing (HPC), High Throughput computing (HTC) e Cloud Computing.

Este concurso enquadra-se na Iniciativa Nacional Competências Digitais e.2030 Portugal INCoDe.2030 (designadamente no Eixo 5 – Investigação) e destina-se, individualmente ou em copromoção, a instituições do ensino superior e aos seus institutos e unidades de I&D (Investigação e Desenvolvimento); a Laboratórios do Estado ou internacionais com sede em Portugal; a Instituições privadas sem fins lucrativos que tenham como objeto principal atividades de I&D; a outras instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, que desenvolvam ou participem em atividades de investigação científica e a empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica.

As candidaturas devem ser apresentadas, em língua inglesa, em formulário eletrónico próprio aqui.

Caso as candidaturas do primeiro lote não esgotem os recursos computacionais disponíveis, a FCT poderá definir novo prazo de submissão de candidaturas para um novo lote de candidaturas.

 

Sistema INSIGHT
A Adapttech, uma start-up portuguesa apoiada pela Hovione Capital, estabeleceu uma parceria estratégica com a Cascade, uma...

O sistema INSIGHT desenvolvido pela Adapttech é um dispositivo médico desenhado para melhorar a adaptação das próteses dos membros inferiores. O dispositivo combina um scanner 3D, com sensores, tecnologia wearable, e uma aplicação móvel que facilita o processo de ajuste à prótese, para que o processo de reabilitação dos doentes seja mais rápido e fácil. Após vários estudos bem-sucedidos nos EUA, o sistema INSIGHT está agora disponível em todo o mercado norte-americano.

A Cascade fornecerá o sistema INSIGHT da Adapttech através da sua rede de distribuição nos EUA e Canadá. A entrada no mercado da América do Norte sucede a um período de investimento e envolvimento próximo por parte da Hovione Capital, o primeiro investidor na Adapttech. A Adapttech foi criada em Portugal mas está agora sedeada no Reino Unido.

A Cascade é fornecedora de clínicas de próteses nos EUA há quase 50 anos e trabalha para o Canadá através da subsidiária OrtoPed. “Trabalhamos com os mais recentes avanços em tecnologia para fornecer aos profissionais de saúde os produtos de que precisam com rapidez e eficiência”, afirma John Cronin, diretor de Vendas e Marketing da Cascade. “A tecnologia INSIGHT visa reduzir o tempo necessário para a avaliação clínica e ajuste de prótese, e nunca houve melhor momento para este tipo de produto. Os doentes passam menos tempo no ambiente clínico, têm uma melhor adaptação à prótese, e cada paciente pode assumir o controle das suas próprias atividades diárias e da saúde geral. Estamos ansiosos para trazer o Sistema INSIGHT para os nossos clientes.”

“Os médicos vão apreciar o fato de necessitarem de menos tempo para consultarem doentes com problemas de adaptação à prótese e os doentes vão passar menos tempo em visitas repetidas à clínica. Aumentar o conforto da adaptação da prótese dos pacientes melhorou o seu nível de atividade e os nossos testes iniciais indicam que 30% dos doentes evoluíram do nível de atividade K3 para K4”, diz Frederico Carpinteiro, CEO da Adapttech.

Em 2016, a Hovione Capital garantiu o capital inicial da Adapttech. “A Hovione Capital foi o primeiro investidor a reconhecer o alto potencial da tecnologia inovadora da Adapttech para melhorar o ajuste das próteses. Desde o início, a Hovione Capital trabalhou ao lado da equipa da Adapttech para desenvolver e trazer esta tecnologia ao mercado, ajudando a proteger a sua propriedade intelectual e melhorando aspetos de engenharia”, diz Ricardo Perdigão Henriques, CEO da Hovione Capital, que acrescenta “a Adapttech é um exemplo extraordinário de como uma empresa de capital de risco especializada na área da saúde permitiu a uma start-up Portuguesa expandir-se para o Reino Unido e América do Norte, e lançar no mercado global um dispositivo médico inovador”.

 

Medida visa cumprimento regras Covid-19
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) vai implementar um novo sistema de gestão de atendimento no Serviço de Patologia...

A medida, implementada no âmbito pandemia provocada pela Covid-19, visa garantir que não existe aglomeração de utentes à espera, fora do intervalo de agendamento estabelecido (30 minutos), permitindo assim o cumprimento das regras de distanciamento social «bem como uma gestão mais eficiente dos agendamentos, quer em termos administrativos, quer em termos de realização das colheitas».

A implementação deste quiosque permitirá identificar o doente diretamente no ecrã de gestão do equipamento, por exemplo através do número de utente do Serviço Nacional de Saúde ou por leitura direta do Cartão de Cidadão, «bem como a subsequente integração dos dados do doente com o sistema de agendamento das análises, garantindo, assim, a emissão da senha apenas 30 minutos antes da hora marcada para a colheita», destaca o CHBM, em comunicado. 

O Serviço de Patologia Clínica realizou mais de 1,7 milhões de análises durante o ano de 2019 e cerca de 800 mil análises no primeiro semestre de 2020.

 

 

Infecciologista norte-americano
O especialista em doenças infecciosas Michael Osterholm, diretor do Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da...

“Nunca erradicaremos este vírus”, disse Osterholm na “Newsroom” da CNN, comparando o coronavírus ao HIV (Vírus da imunodeficiência humana) que está na origem da Sida, explicando que seremos capazes de controlá-lo, mas nunca desaparecerá completamente.

“Este vírus veio para ficar até ao resto da humanidade. Este é um vírus do qual nunca nos vamos conseguir livrar”, frisou ainda o especialista.

As declarações de Osterholm, reproduzidas hoje pela Executive Digest, acontecem um dia depois de Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas do país, ter afirmado que “não nos vê realmente a conseguir erradicar o novo coronavírus completamente”.

“Até que realmente tenhamos o compromisso de levar esse vírus a um nível muito, mas mesmo muito baixo, não teremos grandes resultados, restando-nos ter de continuar a apagar este furioso incêndio florestal da melhor maneira possível”, disse Osterholm.

Questionado sobre as vacinas em desenvolvimento e a forma como se pode antever o seu impacto, o especialista, admitindo que existem de facto grandes progressos no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, considerou que “a primeira iteração será apenas um passo”.

“Acho que o melhor que podemos esperar é uma vacina que proteja a maioria de nós por, pelo menos, alguns meses, mas dificilmente terá a capacidade de o fazer por anos. Esse próximo nível de vacinas será o de tentar fazer mais com o sistema imunológico do que o que conseguimos até agora”, detalhou ainda Osterholm, concluindo que melhores resultados “estão muito longe, no futuro”.

Recorde-se que os Estados Unidos registaram mais infeções de Covid-19 nas últimas duas semanas do que em todo o mês de julho. O país tem neste momento mais de cinco milhões de casos confirmados.

 

Dados oficiais
De acordo com o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelado esta segunda-feira, Portugal registou, nas últimas 24 horas,...

No que toca ao número de óbitos, 896 homens já morreram infetados com covid-19 e 883 mulheres. A maioria das vítimas, tinha mais de 80 anos.

Nas últimas 24 horas foram ainda diagnosticados 132 novos casos, aumentando para 53.234 o total de casos confirmados. Dos novos casos, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou maior número de infeções: 66 dos novos casos positivos foram identificados nesta zona. No resto do país, a região Norte contabilizou mais 41 novas infeções, a zona Centro mais seis, Alentejo mais 13 e o Algarve mais cinco.  Atualmente existem 12.655 casos ativos no país, mais 28 do que ontem.

Desde o início da pandemia, já foram infetados 24.335 homens e 29.899 mulheres no país. A faixa etária onde se registaram mais casos foi entre os 40 e os 49 anos de idade, onde foram confirmados quase 5.000 casos. Por outro lado, entre os 0 e os 9 anos de idade é onde há um registo menor de casos de covid-19. 

Segundo o boletim da DGS, foram dadas como recuperadas da doença mais 103 pessoas nas últimas 24 horas. No total, 39.800 pacientes já recuperaram.

Estão agora internados 336 doentes, mais onze do que o boletim de ontem, dos quais 39 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos.

Aguardam resultado laboratorial 1.263 pessoas e as autoridades de saúde têm sob vigilância 35.568 contactos. Há atualmente 12.621 casos ativos da doença.

 

Zoonose
A Doença de Lyme é uma zoonose causada por espiroquetas da espécie Borrelia burgdorferi, que se tran

Segundo o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Doença de Lyme, também designada por Borreliose de Lyme, é uma doença infeciosa causada por bactérias do complexo Borrelia burgdorferi.

“As borrélias são microrganismos pertencentes a uma vasta família de bactérias em forma de espiral designadas por espiroquetas. Estas são transmitidas aos humanos e animais através da mordedura de carraças infetadas, principalmente do género Ixodes” (1), esclarece o Instituto, acrescentando que embora existam várias espécies de borrélias nem todas transmitem a doença.

Em Portugal são conhecidas pelo menos cinco espécies patogénicas, “nomeadamente B. burgdorferi sensu stricto, B. afzelii, B. valaisiana, B. garinii e B. lusitaniae, esta última, foi isolada pela primeira vez no nosso país, em 2003, da pele de um doente” (2).

Embora tenham sido notificados casos na Europa e na Ásia, a doença de Lyme é mais frequente na América do Norte, onde se estima que, todos os anos, ocorram 300 mil casos.

Sintomas

Os sintomas da doença de Lyme desenvolvem-se em classicamente em estágios, com períodos de remissão e exacerbação e acometimento de diferentes sistemas. Com manifestações clínicas que podem ser muitos variadas, a doença pode acometer um único sistema ou condicionar um comprometimento crónico de pele, nervos e articulações.

Estágio 1: infeção precoce ou localizada

Nesta fase, a manifestação clínica mais importante é o desenvolvimento de «rash» cutâneo característico, chamado de eritema migrans. Em 70 a 80% dos casos, o «rash» surge entre 3 a 32 dias no local da picada da carraça, embora, muitas vezes, os pacientes não se lembrem do momento da infeção.

Trata-se de uma mancha que se expande lentamente até um diâmetro de 50 cm, muitas vezes com uma zona clara no seu centro. No entanto, o seu aspeto pode variar. Por exemplo, o centro pode permanecer vermelho, ou podem surgir vários anéis ao redor do centro vermelho (conferindo o aspeto de alvo). Apesar do eritema migratório não dar comichão nem doer, ele pode ser quente ao toque.

Estima-se que cerca de 25% das pessoas infetadas nunca apresentam ou pelo menos nunca notam a mancha vermelha característica.

Coxas, virilha e axilas são as áreas do corpo mais atingidas.


Eritema Migratório, característico da doença de Lyme. FOTO: MSD Manuals

Estágio 2: infeção disseminada precoce

Dias ou semana após o aparecimento do eritema migratório, podem surgir outrso sintomas como cansaço, arrepios, febre, dores de cabeça, rigidez no pescoço, dores musculares e articulações doridos e inchadas. Estes sintomas da doença de Lyme podem perdurar por semanas.

Neste estágio, o eritema pode surgir em outras partes do corpo, embora apresentando dimensões menores. Com menos frequência, as pessoas podem apresentar dor nas costas, enjoos, vómitos, dor de garganta, linfonodos inchados e aumento do baço.

Apesar de a maioria dos sintomas poder aparecer e desaparecer, a sensação de mal-estar e cansaço pode durar semanas. Esses sintomas podem ser confundidos com gripe ou outras infeções virais comuns, especialmente se não houver a presença de eritema migratório.

É nesta fase também que pode desenvolver-se sintomas mais graves, com acometimento o sistema nervoso central. Estima-se que 15% dos doentes desenvolva meningite e paralisia de Bell, que causa fraqueza em um ou em ambos os lados da face).

Problemas cardíacos, como arritmia, miocardite, ou pericardite, afetam cerca de 8% dos doentes.

Estágio 3: infeção persistente ou tardia

Se a infeção inicial não for tratada, outros problemas começam a se desenvolver meses ou anos mais tarde.

A artrite afeta mais de metade das pessoas, geralmente dentro de vários meses. O inchaço e a dor geralmente atingem algumas das grandes articulações, em particular nos joelhos, durante vários anos. Os joelhos ficam geralmente mais inchados do que doridos, geralmente quentes ao toque e, em casos raros, avermelhados. Cerca de 10% das pessoas com artrite apresentam problemas nos joelhos que persistem mais de 6 meses.

Por outro lado, está descrito que algumas pessoas desenvolvem anormalidades relacionadas ao mau funcionamento do cérebro e dos nervos. Humor, fala, memória e sono podem ser afetados. Algumas pessoas sentem dormência, formigueiro ou dor pontiaguda nas costas, pernas e braços.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado na erupção cutânea e nos sintomas típicos, na oportunidade de exposição a carraças e nos exames de sangue para detetar anticorpos contra a bactéria.

“Geralmente, os médicos realizam testes que medem os anticorpos contra as bactérias no sangue. (Anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a defender o corpo contra um ataque específico, incluindo o da Borrelia burgdorferi.) No entanto, os anticorpos podem estar ausentes se o teste for realizado durante as primeiras semanas da infeção ou se forem administrados antibióticos antes que os anticorpos se desenvolvam” (3).

Tratamento

Embora todas as etapas da doença de Lyme respondam aos antibióticos, o tratamento precoce tem mais probabilidade de evitar complicações.

“Antibióticos como a doxiciclina, amoxicilina ou cefuroxima, tomados por via oral durante duas a três semanas, são eficazes durante os estágios iniciais da doença. Se a doença for identificada em seu estágio inicial, eventualmente as pessoas precisarão de tratamento por apenas dez dias. Se as pessoas não puderem tomar nenhum desses medicamentos, às vezes a azitromicina é usada, mas ela é menos eficaz” (4).

Referências: 
1 e 2 - Instituto de Higiene e Medicina Tropical 
3 e 4 - Manuais MSD 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Números e datas que não coincidem
Uma análise às bases de dados da OMS, do Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças e do Centro Chinês para o...

A notícia avançada pelo Público no domingo dá conta de “erros e discrepâncias” entre as plataformas da Organização Mundial da Saúde, o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças e do Centro Chinês para o Controlo e Prevenção de Doenças, que agregam os dados das infeções pelo novo coronavírus de vários países, com, por exemplo, introdução de números negativos nos registos, ou datas que não coincidem.

À Lusa, o investigador Jorge Bravo, que juntamente com Afshin Ashofteh realizou o artigo publicado na revista da Associação Internacional de Estatística Oficial, Statistical Journal, explicou que foram encontradas “bastantes imprecisões, bastantes inconsistências entre as três grandes bases de dados”.

“Alguns países, por exemplo, reportavam óbitos negativos, o que é uma impossibilidade”, adiantou, acrescentando que na amostra que estudou, “que já era significativa, havia, em alguns casos, imprecisões significativas”.

O estudo decorreu “desde o início da pandemia, até meados de abril”, mas os especialistas pretendem “fazer um acompanhamento de seguimento do estudo inicial”, replicando o que foi feito “com mais meses de observação e com mais países”.

“Mas o que constatámos foi que os erros não diminuíram com o alargamento da pandemia, antes pelo contrário. Com mais países a reportarem à OMS e a estes organismos, os erros aumentaram. Podia haver menor preparação na fase inicial e com o passar do tempo fossem preparando-se e ajustando-se às necessidades, mas o que constatámos foi que quanto mais países reportavam, mais problemas encontrávamos”, afirmou o professor da Universidade Nova de Lisboa.

Jorge Bravo salientou que, “no fundo, os modelos epidemiológicos que estão a servir para tomar medidas várias, como o confinamento, depois de desconfinamento, como a reabertura dos comércios, escolas, várias medidas que continuam a ser tomadas pelos governos e mecanismos de saúde (…) são estimados com base em dados incorretos”.

“Estes procedimentos de carregar bases de dados, compilar informação localmente e depois agregar tudo e reportar internacionalmente, são processos que envolvem o fator humano”, apontou o especialista como uma das razões para a ocorrência destes erros.

Outro dos problemas é que “nem todos os países estavam a reportar os dados de forma digital, com um ficheiro que se pudesse agregar e ter uma série contínua”.

“Havia países que reportavam, como a DGS [Direção-Geral da Saúde], apenas os relatórios, em pdf (…). Há mais países que fazem esse procedimento e, ao transpor para uma base de dados agregada, é muito suscetível a que haja erros, de introdução, de digitação, etc.”, concretizou.

A solução passa por um sistema de validação, que “pode ser feita utilizando pessoas especializadas ou incluindo os novos mecanismos, recorrendo à inteligência artificial ou algoritmos computacionais, que fazem cruzamento de dados”.

“Muitas vezes, o fator humano é importante para investigar, como telefonar ao país para alertar. É um processo normal, feito por organismos responsáveis pela compilação de informação estatística. Não se percebe que aqui tenham surgido, e continuem a surgir, erros tão grosseiros na informação”, rematou o investigador.

Ainda assim, Jorge Bravo acredita que as instituições estão a “aprender com o que está a acontecer” e “estão mais do que nunca conscientes da importância da informação oficial ser transparente, oportuna e credível”.

Apesar de “inconsistências”, a “informação oficial” deve sobrepor-se

O investigador Jorge Bravo, que encontrou “inconsistências” em bases de dados internacionais sobre a covid-19, reforça a importância da “informação oficial e validada” se “sobrepor à outra informação que vai circulando”, pedindo mais rigor.

Segundo Jorge Bravo as instituições em causa acabam por ler “estes resultados e vão tentando aprender com o que está a acontecer”.

“Tenho a certeza de que os organismos oficiais de estatística, que têm autonomia face ao poder político, estão mais do que nunca conscientes da importância da informação oficial ser transparente, oportuna e credível. Dos nossos contactos com a revista que publicou o estudo, uma coisa ficou clara para eles: é cada vez mais importante que a informação oficial, validada e com protocolos, tem de se sobrepor à outra informação que vai circulando por estes dias”, prosseguiu.

Para o investigador do Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação da Universidade Nova de Lisboa, “um dos problemas na fase inicial da pandemia foi muita desinformação e notícias falsas”.

“O que os organismos oficiais de estatística chamam epidemia do medo, ou seja, no fundo, a criação de factos artificiais de informação sem correspondência com a realidade, isto alertou os organismos para a importância de eles próprios assumirem um papel ainda mais importante e entrarem nas novas tecnologias, encontrarem outras formas de fazerem chegar a informação estatística oficial aos cidadãos”, considerou.

Apesar de não ter estudado o fenómeno em Portugal, Jorge Bravo aponta para “uma tradição dos organismos públicos [portugueses], em particular com o atual Governo, de muito pouca transparência na divulgação e na informação sobre todas as eventualidades, não apenas quanto à pandemia”.

“Vamos apenas acompanhando a pouca informação que é divulgada, mas a convicção que toda a gente tem na comunidade científica é que a DGS [Direção-Geral da Saúde] não estava preparada para fazer, no fundo, este trabalho rigoroso e em tempo oportuno, de acompanhamento da pandemia, e que os erros que foram sendo cometidos, alguns terão sido corrigidos, mas ainda há dados a ser divulgados que não estão totalmente corretos”, concretizou.

O problema português é o mesmo que aponta para os outros países: a validação de dados.

“Não basta ter um sistema em que alguém introduz uns dados, é preciso garantir que os dados são corretos. (…) Se é preciso, por exemplo, monitorizar o tempo de quarentena das pessoas, a informação tem de ser rigorosa. Para traçar o perfil das pessoas mais expostas ao risco, é preciso perceber as características socioeconómicas, dados de saúde. A informação tem de ser introduzida de forma precisa, se não é muito fácil tirar conclusões erradas”, defendeu.

Jorge Bravo acredita “que a DGS estará a aprender”, mas reitera que o “problema de pouca transparência e da capacidade interna para analisar e processar informação é generalizado a muitos organismos em Portugal ligados ao sistema estatístico". "Aqui tem uma importância acrescida”, concluiu.

 

Impacto da pandemia na saúde mental
O período de confinamento devido à pandemia da Covid-19 tem contribuído para aumentar o número de homicídios, que em menos de...

De acordo com a mesma publicação, os crimes em questão ocorreram todos em contexto familiar e foram motivados por doenças mentais, com os especialistas a considerar que o cenário pode ficar ainda mais negro se não forem tomadas medidas que impeçam os números de aumentar.

Carlos Poiares, presidente da Associação para a Intervenção Juspsicológica, defende que o confinamento imposto devido à crise de saúde pública agravou a saúde mental dos portugueses. São "estes tempos de pandemia e de confinamento, logo de proximidade forçada, particularmente quando se partilham residências», que «podem levar a uma sintomatologia de aversão de uns pelos outros".

"Estar confinado, quase detido, na própria habitação, como que amarrado ao outro e aos seus dramas, torna o cuidador mais vulnerável ao stress, quando não ao burnout, o que poderá explicar estes casos", explica o especialista citado pelo ‘JN’.

O responsável esclarece: "o tempo de confinamento exigiu muito mais das pessoas, a todos os títulos, aumentando os riscos de adoecerem psicologicamente. Riscos que valem para vítimas e homicidas. A paciência para com o outro esvaiu-se", afirma Carlos Poiares.

 

Tratamento inovador
O Hospital Garcia de Orta começou a realizar um tratamento inovador a laser que permite corrigir a «vista cansada», ou seja, a...

“Em apenas algumas horas é alcançada uma boa acuidade visual e a leitura é geralmente possível sem o auxílio de óculos de leitura ou lentes de contacto”, revelou, hoje, a unidade hospitalar, em comunicado.

Segundo a mesma nota, o Hospital Garcia de Orta “é o único hospital público a realizar em Portugal o tratamento inovador Supracor-Lasik, que permite corrigir a presbiopia”, mais conhecida como «vista cansada».

É uma condição natural associada ao envelhecimento, a partir dos 40 ou 50 anos, em que "o olho apresenta uma capacidade progressivamente diminuída para focar objetivos próximos, ou seja, de ver ao perto", explica o hospital.

No entanto, já é possível corrigir estes "erros de refração relacionados com a idade", através do "equipamento laser topo de gama" que o Hospital Garcia de Orta adquiriu para o Serviço de Oftalmologia.

De com o hospital, o Supracor-Lasik consiste num tratamento laser com multifocalidade na córnea, que permite aumentar a visão de perto e intermédia. O procedimento é normalmente realizado só no olho não dominante "e é rápido, simples, seguro e eficaz".

O equipamento já permitia a realização de outras cirurgias para corrigir erros refrativos nos olhos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, mas agora, com um "desenvolvido software e a formação específica de uma equipa multidisciplinar, passou a ser possível corrigir também a presbiopia".

"O Hospital Garcia de Orta em bom momento adquiriu este laser que nos permite agora, e ao longo dos anos, ir melhorando e ir oferecendo uma maior abrangência nos tratamentos oculares. Trata-se de um tratamento inovador que, seguramente, irá dar resposta a muitos utentes", frisou o diretor de oftalmologia, Nuno Campos, na nota divulgada.

 

Estudo
Uma equipa internacional coordenada pelo cientista Lino Ferreira, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e...

Os resultados da investigação, iniciada em 2012, foram hoje publicados na revista científica Nature Communications e podem contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos para combater doenças associadas ao envelhecimento prematuro e ao envelhecimento fisiológico.

Neste projeto, foram usadas células de indivíduos com Síndrome Hutchinson-Gilford ou Progeria, uma doença muito rara, caracterizada pelo envelhecimento precoce e morte prematura, normalmente por doenças cardiovasculares, por volta dos 14 anos de idade. Esta doença, explica Patrícia Pitrez, primeira autora do artigo científico agora publicado, «é provocada por uma mutação genética rara, no gene LMNA, que resulta na acumulação de uma proteína anormal no interior das células, denominada progerina. Esta proteína é também observada no envelhecimento normal, ainda que em menor escala».

«Estando este projeto relacionado com o envelhecimento vascular patológico (progeria), o conhecimento gerado tem também grande importância no envelhecimento vascular fisiológico», sublinha.

O estudo incidiu nas células do músculo liso (células que se encontram nos vasos sanguíneos), uma vez que são as células «mais afetadas na progeria, existindo uma diminuição do seu número nas artérias envelhecidas. Mas a razão para esta perda não era ainda conhecida. Recolhemos células da pele (fibroblastos) de indivíduos com e sem progeria, reprogramámos em células estaminais e depois diferenciámos em células do músculo liso», clarifica a investigadora do CNC.

Depois, para avaliar os mecanismos envolvidos na biologia vascular, a equipa desenvolveu dois microchips vasculares – um saudável e outro envelhecido (progeria). Nestes dispositivos, relata Patrícia Pitrez, foi possível «manter as células em condições de fluxo arterial, muito semelhantes às condições existentes nas artérias, e isso permitiu-nos estudar a suscetibilidade destas células de progeria no laboratório. Após alguns dias verificámos a diminuição do número de células do músculo liso de progeria, mas não das saudáveis. E através deste sistema, foi possível analisar as diferenças entre os dois microchips, ou seja, comparar os dois tipos de células e perceber o porquê da diminuição do número de células no caso da progeria».

E foi, justamente, no processo de análise das diferenças entre as células saudáveis e de progeria que os investigadores descobriram «uma enzima, a metaloproteinase 13 (MMP13), cuja concentração está cerca de 30 vezes aumentada nas células de músculo liso de progeria em comparação com as saudáveis», salienta.


Arco da aorta de ratinhos com progeria. Núcleo das células está marcado com DAPI (azul) e células do músculo liso estão marcadas com α -SMA (vermelho).

Na tentativa de inibir a ação desta enzima, os investigadores testaram ainda um fármaco, tendo conseguido desenvolver uma terapia específica para contrariar a diminuição do número de células nas artérias que ocorre com o envelhecimento vascular.

Face aos resultados obtidos, os autores do estudo acreditam «que a administração do fármaco em estágios iniciais da doença, combinado com outros fármacos já testados e que reduzam a quantidade de progerina, pode ser de valor acrescentado para melhorar a qualidade e esperança média de vida destes indivíduos». Por outro lado, concluem, o microchip desenvolvido no âmbito desta investigação «abre, também, novas perspetivas para o desenvolvimento de outros tratamentos, não só para indivíduos com progeria, mas também para o envelhecimento vascular fisiológico».

O projeto foi cofinanciado por fundos europeus – FEDER, através do Programa COMPETE, e ERAatUC - e portugueses, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Além da Universidade de Coimbra, participaram na investigação cientistas do Instituto de Medicina Molecular (Portugal), I-Stem (França), Universidade de Aix-Marselha (França), Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha), Laboratório de Genética Molecular (França), Instituto Francis Crick (Reino Unido), Universidade de Liverpool (Reino Unido), Instituto de Envelhecimento de Leibniz (Alemanha), AFM Telethon (França) e Parque de Ciência de Cambridge (Reino Unido).

 

Medidas mais apertadas
A Itália determinou hoje o encerramento das discotecas e tornou obrigatório o uso de máscaras à noite em locais públicos, para...

O ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinou um decreto-lei, que entra em vigor a partir de hoje, e que torna obrigatório o uso de máscara entre as 18:00 e as 06:00 horas em locais públicos onde haja “aglomeração de pessoas”, avança a agência France Press (AFP). O decreto-lei suspende ainda a atividade nas discotecas ao ar livre e nos estabelecimentos de diversão noturna.

Apesar de o número de infeções ter diminuído no país, o Governo italiano decidiu tomar esta medida uma vez que as discotecas e os estabelecimentos de diversão noturno podem estar na origem de novos focos de infeções.

Enquanto durante a primeira onda da pandemia e nos meses de confinamento a região italiana mais afetada foi a Lombardia, nos últimos dias a maior incidência de novos casos situa-se em Véneto, uma região no norte do país, cuja capital é Veneza. Nas últimas nas últimas 24 horas, nesta região, registaram-se mais 78 casos, seguindo-se a região de Lácio, com capital em Roma, com 68 novos casos.

Segundo as autoridades italianas, a origem dos novos contágios está associada à chegada de turistas ao país, a italianos que regressam de férias no estrangeiro e a atividades de lazer noturnas.

Face ao facto, os governadores das regiões concordaram com o encerramento das discotecas e espaços de dança em todo o país, uma medida que, até agora, vigorava apenas em Calábria e Basilicata.

Entretanto, a Itália registou 479 novos casos de infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número inferior ao dos dias anteriores, que pode ser justificado pela diminuição dos testes efetuados, avança a agência de notícias espanhola.

No sábado, após ter registado 626 novos casos de covid-19, numa semana em que se verificaram números superiores ou próximos de 500 casos por dia, a Itália denotou hoje uma diminuição do número de casos diários, com 479.

Sobe, assim, para 253.915 o total de infetados no país.

O número de mortes diárias, por sua vez, também diminuiu face aos últimos dias, registando-se quatro mortes, elevando para 35.396 o número total de óbitos causados pelo novo coronavírus.

Na Malásia
Numa altura em que vários laboratórios aceleram na corrida para uma vacina contra o novo coronavírus, a Malásia alerta para o...

De acordo com o Business Standard, citado pelo jornal ECO, a mutação do vírus, apelidada de D614G, foi encontrada em pelo menos três dos últimos 45 casos identificados no país, sendo todos eles resultado de infeções provocadas pelo dono de um restaurante que violou a quarentena.

Esta nova estirpe, com maior capacidade de infetar mais pessoas, pode vir a pôr em causa as vacinas em desenvolvimento, já que estas podem vir a revelar-se incompletas ou ineficazes, afirma o diretor-geral de Saúde da Malásia, Noor Hisham Abdullah. No entanto, um estudo da Cell Press afasta esse cenário, rejeitando um impacto significativo na eficácia destas vacinas.

 

Vacina está na 3ª fase de testes
O Gabinete de Propriedade Intelectual do Estado Chinês aprovou a primeira patente de uma candidata a vacina contra a covid-19,...

De acordo com a notícia avançada pelo Jornal Económico, a vacina, desenvolvida pelo Instituto Científico Militar e pela empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, começou a ser usada no final de junho no Exército chinês, depois de uma equipa liderada pelo pesquisador Chen Wei descobrir um anticorpo monoclonal neutralizante altamente eficiente.

Está atualmente na terceira fase de testes, depois de uma investigação, publicada no final de julho, no The Lancet, vir a afirmar que os resultados da segunda fase de testes clínicos da vacina demonstraram que esta é segura e induz uma resposta imune contra o coronavírus

De acordo com a patente, a vacina mostrou uma “boa resposta imunológica em ratos e roedores, podendo induzir o organismo a produzir uma forte resposta imunitária celular e humoral em pouco tempo”, noticiou o jornal cantonês Southern Metropolis.

Por outro lado, “pode ser produzida em massa num curto período de tempo” e é “rápida e fácil de preparar”.

A segurança e eficácia devem ser comprovadas na fase três, que se vai realizar fora do país, segundo o mesmo jornal.

Por outro lado, especialistas citados pelo jornal Global Times indicaram que a concessão da patente demonstra a “originalidade e criatividade” da vacina, e que “é provável que a CanSino também solicite uma patente junto de autoridades estrangeiras para proteger os direitos de propriedade intelectual durante a cooperação internacional”.

Na investigação publicada em julho no The Lancet indicou-se que mais de 500 pessoas foram testadas após os primeiros testes publicados em maio, também com resultados positivos. Contudo, reconhece-se que são necessários mais testes em humanos na terceira fase para confirmar se esta candidata a vacina protege efetivamente contra a infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Os autores enfatizaram igualmente que nenhum participante nos estudos de fase dois foi exposto ao vírus após a vacinação.

No total, a segunda fase de testes da candidata a vacina, que usa um vírus enfraquecido da constipação comum (o adenovírus tipo 5, Ad5-nCoV), envolveu 508 participantes.

A CanSino Biologics desenvolveu com a Academia Militar de Ciências da China uma vacina contra o vírus Ebola que obteve licença provisória em 2017.

A empresa foi fundada em 2009 na cidade de Tianjin, no nordeste do país, e tem como foco principal o desenvolvimento e a produção de vacinas.

Conferência de imprensa de atualização da pandemia
Não existem casos de utentes com Covid-19 na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), anunciou hoje a Ministra...

Na conferência de imprensa de atualização da pandemia no país, que contou também com a presença do Subdiretor-Geral da Saúde, Rui Portugal, a Ministra referiu ainda que o número de pessoas que estão a recuperar em casa se mantém estável, situando-se nos 22,8% e que o número de doentes hospitalizados por Covid-19 representa 0,7% dos infetados.

Questionada sobre se Portugal pondera adotar a proibição de fumar ao «ar livre», a Ministra da Saúde afirmou que, «neste momento» o Governo «não está a pensar em adotar uma medida semelhante». O Governo espanhol e as autoridades regionais do país aprovaram hoje a proibição de fumar ao «ar livre como, por exemplo, em esplanadas» e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.

«É evidente que não deixo de secundar aquilo que verifiquei serem as recomendações do meu colega, do Ministro da Saúde de Espanha, fumar é uma atividade que tem riscos para a saúde e que, portanto, é evitável em qualquer contexto», disse Marta Temido. Mas, ressalvou, «como sempre temos dito neste contexto de incerteza sobre aquilo que são as melhores estratégias para prevenir o contágio há ainda muitos aspetos em aberto e, portanto, vamos acompanhar e analisar com mais profundidade e avaliaremos se será também adequado ao nosso contexto».

«Em qualquer caso é evidente que fumar em si próprio é um risco. E, portanto, o conselho é não fumar», vincou Marta Temido.

A Ministra avançou também que o boletim epidemiológico vai passar a ter novo formato a partir de segunda-feira, dia 17 de agosto, com o objetivo de facilitar a leitura dos dados.

 

Melhora qualidade de vida
O vínculo emocional que surge entre as pessoas e os animais é incondicional e muito benéfico. De facto, inúmeros estudos...

Os terapeutas do Grupo ORPEA verificaram que os vínculos emocionais gerados nas Terapias Assistidas por Animais (TAA) oferecem uma fonte inesgotável de recursos terapêuticos para lidar com diferentes patologias. E o melhor é que eles ajudam a envolver o residente na terapia proposta de maneira subtil, mas que, em muito pouco tempo, oferece benefícios físicos, sociais, emocionais e cognitivos aos residentes.

As terapias com animais são intervenções diretas com objetivos definidos, das quais participam animais que atendem a critérios específicos. Nesse sentido, é importante ter um planeamento prévio e um programa terapêutico estruturado, além de se monitorizar, registar e avaliar os resultados. E o mais importante, a participação controlada de um animal, que funciona como um facilitador para alcançar os objetivos. Embora cães e gatos sejam os animais mais comuns nesse tipo de terapia, aves, furões etc. também podem intervir.

As terapias com animais tornaram-se, portanto, em mais uma alternativa para trabalhar com os residentes para melhorar a sua qualidade de vida. Na ORPEA terapias saudáveis ​​e benéficas são promovidas e motivadas. Os profissionais do Grupo tentam tornar as sessões divertidas e tentam criar uma ligação especial entre os animais e os residentes.

Resposta de residentes com demência
A resposta física e cognitiva às terapias com animais é especialmente positiva em pessoas com Alzheimer ou demência avançada. Muitos residentes demonstraram um forte vínculo emocional com os cães e gatos que visitam as residências. Os moradores transmitem as boas lembranças que tiveram na juventude com um animal, e esse vínculo é inato, e é comum que os residentes com demência se lembrem do nome do animal de estimação.

Além disso, os terapeutas garantem que essa relação de afinidade é tão forte que consegue, em poucas sessões, gerar um nível de estímulo tão alto que se observam resultados em pouco tempo. Essas conexões geram sentimentos, lembranças e carinho, que mais tarde são refletidos noutras atividades com outros profissionais.

Principais benefícios das terapias com animais:
Praticamente todos os residentes podem participar na terapia assistida por animais, pois os seus propósitos e benefícios terapêuticos são imensos:

  • Aumenta a mobilidade e melhora os recursos funcionais. Por exemplo, quando um residente acaricia um gato, a recuperação funcional das mãos está a funcionar;
  • Melhora as funções cognitivas, através de exercícios que geram uma ligação emocional com os residentes que são afetados cognitivamente. O contato com cães e gatos permite-lhes recordar e estimular a memória;
  • Durante a terapia, os residentes expressam emoções: recebem e dão carinho, o que permite aprimorar as habilidades sociais e de comunicação do residente, bem como a interação com o meio ambiente;
  • Passear com cães, alimentá-los ou escovar o pelo faz com que as pessoas dependentes se tornem cuidadoras, melhorando a sua autoestima;
  • Reduz a sensação de solidão. Os níveis de stress e os quadros de depressão diminuem. Isso permite a redução do uso de medicamentos;

Para além disso essas atividades são muito divertidas e por isso são muito bem recebidas pelos residentes o que permite criar um reforço positivo no sénior, que deseja repetir a atividade e, dessa forma, é possível atingir os objetivos relacionados com a reabilitação física e cognitiva. Todas as atividades são adaptadas às capacidades e ao grau de dependência do residente.

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