Boletim Epidemiológico
Portugal ultrapassou hoje os 4.000 casos diários de infeção com o novo coronavírus, registando 4.224 novos casos, segundo o...

Nas últimas 24 horas, a Direção-Geral de Saúde identificou 4.224 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, um novo máximo diário atingido pelo segundo dia consecutivo depois de quarta-feira terem sido registados 3.960 casos.

Assim, desde o início da pandemia, Portugal contabiliza um total de 132.616 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.428 óbitos.

A região norte continua a ser a zona do país mais afetada por este crescimento dos números. O boletim indica 2.474 novos casos reportados e 16 mortos no último dia. A segunda região mais afetada é a de Lisboa e Vale do Tejo com 1.102 casos e 12 óbitos, seguida da região Centro onde foram identificados 524 casos e registados cinco óbitos. No Alentejo e Algarve não há mortes a lamentar, mas há mais 50 e 63 casos reportados, respetivamente.

Na região autónoma dos Açores foram identificados cinco novos casos e na Madeira seis.

No entanto, e ao contrário do que tinha sido previsto pela ministra da Saúde não foi ainda ultrapassado o número máximo de internados nos cuidados intensivos do dia 10 de abril (272), com o boletim de hoje a registar 269 internamentos em UCI (+7) para além dos 1.834 internamentos fora destas unidades (+40).

Atualmente há 2.490 casos ativos, estando em recuperação 1.701 pessoas.

Combate à pandemia
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) vai dispor, a partir do mês de novembro, de uma nova unidade de urgência...

De acordo com fonte da unidade hospitalar, a obra vai ser financiada pelas Câmaras Municipais de Sintra e da Amadora, e irá beneficiar mais de meio milhão de utentes dos dois concelhos.

A nova unidade, que deve iniciar atividade no final do mês de novembro, fica instalada numa área de 750 metros quadrados e destina-se exclusivamente ao acolhimento e avaliação clínica de doentes e suspeitos da Covid-19.

O equipamento vai disponibilizar em ambulatório, uma sala de reanimação, uma sala de triagem, uma sala de espera, dez boxes para observação e monitorização de doentes, seis gabinetes de observação médica e uma sala de raio x.

Ao nível do internamento, a nova unidade vai disponibilizar 16 boxes para internamento de pacientes e dois quartos de isolamento.

“Este investimento estruturante em contexto de aceleração da pandemia nos concelhos servidos pelo HFF permite criar dois circuitos separados, com reorganização dos espaços e dos recursos humanos afetos ao ambulatório do serviço de urgência, através da criação de duas áreas ambulatórias em locais distintos (uma área para doentes sem suspeita de infeção e outra área para doentes Covid-19)”, explica a Unidade Hospitalar,  que serve cerca de 550 mil pessoas dos concelhos da Amadora e de Sintra.

 

Prevenir o AVC
Este ano, o Dia Mundial do AVC destaca importância da atividade física para a prevenção do AVC.

Este gesto simbólico e original para incentivar a atividade física, lembra que a adoção de medidas de prevenção pode contribuir para diminuir o risco e número de vidas perdidas todos os anos devido ao AVC. As estimativas avançadas pela WSO são para nós preocupantes: uma em cada quatro pessoas irá sofrer um AVC ao longo da vida. A boa notícia é que se trata de uma patologia tratável e prevenível.

Tratável porque, como é sabido, dispomos hoje de tratamentos inovadores de fase aguda, como a trombólise farmacológica e a trombectomia mecânica, que aumentam as taxas de sobrevivência e reduzem a incapacidade, e que serão tanto mais eficazes quanto mais cedo forem administrados. Para isso, a população deve estar informada sobre os sinais de alerta de AVC, os chamados 3 F’s – falta de força num braço; desvio da face; e dificuldade na fala – e saber que, perante o aparecimento de um deles, a única atitude correta é a de acionar de imediato os serviços de emergência, através do 112. A Via Verde do AVC está organizada em Portugal para encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados.

Prevenível, uma vez que através da adoção de estilos de vida saudáveis, como sejam uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercício, não fumar, vigiar os valores da tensão arterial, do colesterol e do ritmo cardíaco, moderar o consumo de bebidas alcoólicas, previnem o desenvolvimento de situações clínicas e patologias passíveis de desencadear um ataque cerebral.

A prática de exercício físico é a atividade mais simples e de eficácia comprovada na prevenção do aparecimento dos fatores de risco cerebral, no seu controlo e na prevenção primária e secundária do AVC, daí a sua relevância. No âmbito desta e de outras comemorações ao longo do ano, a SPAVC tem promovido diversas iniciativas um pouco por todo o país que se prendem com o estímulo ao exercício físico. Por exemplo: aulas de ginástica, corridas e caminhadas, exercícios de mobilidade e manutenção, entre outras.

Neste momento desafiante que atravessamos, com as atividades presenciais limitadas, mantemos o estímulo ao movimento através desta Campanha global. Para participar, basta ter um telemóvel com câmara para gravar os seus movimentos de dança favoritos e partilhar o desafio nas redes sociais. É simples, divertido e ajudará a disseminar informação que permitirá salvar vidas.

Paralelamente, a SPAVC associa-se à campanha FAST Heroes 112, um projeto da Iniciativa Angels destinado a educar crianças dos 5 aos 9 anos de idade sobre como reconhecer os sintomas de AVC e como contactar corretamente uma ambulância, também em divulgação ativa neste Dia Mundial do AVC como parte da estratégia global da WSO.

Pela vossa Saúde, venham dançar contra o AVC!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sondagem
Uma sondagem de opinião da Aximage para a TSF e Jornal de Notícias, mostra que 81% dos inquiridos defendem a instituição do...

Já há vários países europeus em que foi instituído o recolher obrigatório à noite para ajudar a controlar a pandemia, uma medida que parece ter apoio da maioria dos portugueses.

Em sentido inverso, um novo confinamento como o de março e abril é menos consensual e não conquista apoio dos portugueses: 50% dos portugueses mostra-se contra a medida, sobretudo entre aqueles que têm mais de 65 anos.

Perante o aumento acentuado no número de novas infeções, o Conselho de Ministros tem reunião extraordinária marcada para sábado, onde serão discutidas novas medidas de controlo da pandemia. O Governo tem ouvido epidemiologistas, parceiros sociais e partidos, estando ainda marcado um Conselho Europeu para esta quinta-feira, por videoconferência, para avaliar a situação pandémica no continente.

 

Balanço de atividade
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) realizou, entre 19 e 25 de outubro, 2.844 transportes de utentes com sinais e...

De acordo com o INEM, o transporte de casos suspeitos de infeção com SARS-CoV-2 continua a aumentar, sendo esta a quarta semana consecutiva em que se verifica esta tendência.

A região norte foi onde se verificaram mais transportes efetuados, tendo sido registados 1.238 transportes de utentes. Os meios da Delegação Regional do Sul do INEM transportaram 1.015 utentes e os da Delegação Regional do Centro 479. No Algarve, os meios do INEM transportaram 112 utentes com suspeita de Covid-19.

As equipas de recolha de colheitas do INEM registaram um aumento da sua atividade na terceira semana de outubro, tendo realizado um total de 564 colheitas para análise.

O INEM instalou, no dia 23 de outubro, a pedido da Administração Regional de Saúde do Norte, um posto de recolha de colheitas biológicas em Paço de Ferreira, para aumentar a capacidade de testagem naquela área. Assim, a equipa de recolha afeta à região norte realizou 310 colheitas, seguindo-se a equipa da Delegação Regional do Sul, com 133 colheitas. Na região centro foram recolhidas 61 amostras e no Algarve duas.

 

“A minha microbiota, o meu equilíbrio”
A Biocodex e as Farmácias Holon vão lançar uma campanha para sensibilizar a população em geral para o uso responsável dos...

Os antibióticos, essenciais no tratamento de infeções bacterianas, salvam vidas quando utilizados de forma correta. Em todo o mundo, a eficácia dos antibióticos encontra-se em risco uma vez que estão a surgir bactérias resistentes, transformando novamente as infeções bacterianas numa ameaça. A resistência aos antibióticos tem sido atribuída ao uso excessivo e inadequado destes medicamentos, bem como à falta de desenvolvimento de novos antibióticos por parte da indústria farmacêutica. 

Em 2019, consumiram-se em Portugal 9.9 Milhões de unidades de antibióticos. 

Quando a sua prescrição é essencial e inevitável, é preciso ter presente que estes medicamentos matam tanto as bactérias nocivas como as bactérias que têm funções importantes para o normal funcionamento do nosso organismo. No caso do trato gastrointestinal, quando também as bactérias “boas” são eliminadas pode levar ao desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose) e ao aparecimento de diarreia. A disbiose é suspeita de desencadear doenças alérgicas como asma e doenças crónicas como a diabetes tipo II e a obesidade.

As Farmácias Holon enquanto espaços de saúde, têm um papel importante na sensibilização da população para o uso correto dos antibióticos e na prevenção da diarreia associada à toma destes medicamentos. 

O UL-250® cápsulas é um medicamento, com a estirpe probiótica única Saccharomyces boulardii CNCM I-745®, naturalmente resistente a antibióticos, que regenera a microbiota intestinal e previne a diarreia associada à toma de antibióticos. 

A campanha vai decorrer ao longo de 3 meses e inclui não só as ações de sensibilização para o público em geral, como ações de formação destinadas aos farmacêuticos sobre a toma de probióticos e o uso responsável dos antibióticos. 

Doentes não devem ter medo de ir ao hospital
A Via Verde do AVC, que existe já em vários hospitais, pressupõe que quando o doente chega ao hospit

“Quando um dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro e o “alimentam”, fornecendo-lhe constantemente oxigénio e nutrientes, sofre um bloqueio, as células cerebrais ficam danificadas, havendo o risco de ser um dano permanente. É a este bloqueio que se dá o nome de Acidente Vascular Cerebral”, começa por explicar a Ana Paiva Nunes esclarecendo que existem vários tipos de AVC. “Quando isto acontece, podemos estar perante um AVC isquémico (cerca de 85%), quando o fluxo de sangue num vaso é interrompido, por exemplo, por um trombo”, já o AVC hemorrágico, mais raro, adianta, acontece quando “há uma hemorragia cerebral, como a rutura de um aneurisma”.

Se o acidente durar apenas alguns minutos ou algumas horas, é denominado de Acidente Isquémico Transitório (AIT). “Neste caso, o dano nas células cerebrais é reversível e não deixa sequelas”, acrescenta, explicado que, no entanto, o risco de vir a ter um AVC “é maior após um incidente destes, sendo que cerca de 10 a 15% das pessoas que passam por este episódio podem ter um AVC no prazo de 90 dias”.

Para além da história de Acidente Isquémico Transitório, a hipertensão arterial, a diabetes, a obesidade, a hipercolesterolemia ou as alterações do ritmo cardíaco, como é o caso da fibrilhação auricular, são apontados como os principais fatores de risco para o AVC que, em Portugal continua a ser uma das principais causas de morte e de “morbilidade e de perda de potenciais anos de vida”. Por outro lado, revela a especialista, o “alcoolismo, tabagismo e sedentarismo são ainda comportamentos considerados de risco relativamente a este tipo de acidente”.

Deste modo, advoga-se que em matéria de prevenção deve apostar-se em estilos de vida mais saudáveis. “A atividade física, por exemplo, tem um efeito benéfico face à tensão arterial, diabetes e aos níveis de gordura no sangue, contribuindo assim para a prevenção do AVC”, esclarece Ana Paiva Nunes. E continua: “uma dieta baixa em gorduras saturadas (presentes em alimentos como carne vermelha, manteiga e queijo gordo) e rica em gorduras insaturadas (presentes no azeite, abacate e nas nozes), peixe e vegetais é igualmente importante na prevenção de um AVC. Acima de tudo, é importante controlar as quantidades, ter uma dieta o mais variada possível e ingerir água suficiente”

Além disso, “controlar regularmente a pressão arterial, os níveis de colesterol e a diabetes, não fumar e visitar regularmente o seu médico são também atitudes preventivas face a um Acidente Vascular Cerebral”, acrescenta.

Os sinais de alerta

Dependendo da região do cérebro afetada, o AVC pode originar diferentes sintomas que surgem de um momento para o outro, sem aviso prévio ou razão imediata aparente. “Estes podem manifestar-se fisicamente, como fraqueza ou paralisia de alguma parte do corpo, desvio da face ou diminuição do equilíbrio”, explica a coordenadora da Unidade Cerebrovascular do Hospital São José, adiantando que  os sinais de alerta podem “ainda estar mais relacionados com as capacidades cognitivas, como confusão repentina, dificuldade em falar ou em compreender os outros, tonturas, visão dupla ou dor de cabeça intensa e súbita”.

Assim, e uma vez que os seus sintomas podem ser difíceis de diagnosticar existem três perguntas que o podem ajudar a perceber se está perante um caso de AVC ou não:

  • Pedir à pessoa para dizer uma frase e perceber se esta foi capaz de a dizer, pronunciando claramente as palavras.
  • Pedir à pessoa para sorrir. Desta forma é possível perceber se fica com a boca simétrica ou se há um lado que não mexe tão bem.
  • Pedir à pessoa para levantar os braços para avaliar se esta é capaz de levantar os dois, mantendo-os esticados para a frente de forma igual.

“Em caso de suspeita de AVC, é importante contactar o 112 assim que se detetam os primeiros sintomas, uma vez que, nestes casos, o tempo é crucial. Quanto mais rápido procurar por ajuda e conseguir chegar a um hospital com capacidade para fazer o tratamento necessário, maior será a probabilidade de evitar sequelas graves”, aconselha a especialista. É que a janela de oportunidades para o seu tratamento dura apenas 4h30.

“Durante este tempo, poderá ser possível injetar na veia um produto que ajuda a desfazer o trombo que entupiu uma artéria cerebral ou até fazer um cateterismo. Quando cumpridos, estes tratamentos aumentam em 30 a 50% a hipótese de a pessoa conseguir sair ilesa ou apenas com sequelas insignificantes. Por isso, quanto mais tardia for a resposta, menor será a capacidade de evitar que os recuperados fiquem com sequelas maiores”, sublinha quanto à importância do seu diagnóstico e tratamento precoce.

A Via Verde do AVC é segura e deveria existir em todos os hospitais

De acordo com Ana Paiva Nunes, “a Via Verde do AVC, que existe já em vários hospitais, pressupõe que quando o doente chega ao hospital as equipas estão já preparadas para intervir de forma rápida, para evitar sequelas. Esta deve ser uma via segura, imediata e eficaz, com equipas preparadas para tratar os doentes, num circuito protegido e paralelo ao dos doentes infetados por Covid-19, sendo, por isso, importante a sua implementação em todos os hospitais em Portugal”.

Além da possibilidade de uma resposta rápida, explica, “em causa está também a fase de reabilitação e o seguimento do doente que sofreu um Acidente Vascular Cerebral. Para isso, é garantida uma abordagem multidisciplinar, que garante a continuidade dos tratamentos dos doentes com indicação para este tipo de cuidados”.

No contexto da pandemia Covid-19, o principal constrangimento na assistência a estes doentes esteve relacionada com os cuidados de reabilitação. “Durante o estado de emergência, por exemplo, a reabilitação parou por completo, o que fez com que doentes que tinham um enorme potencial de recuperação tenham ficado com sequelas muito maiores do que aquilo que seria de esperar. Segundo um inquérito realizado, entre 20 e 27 de abril, divulgado pela Portugal AVC, 91% dos doentes, que tinham indicação para receberem cuidados de reabilitação, afirmaram ter sido obrigados a interromper os tratamentos ou até mesmo não terem tido a oportunidade de os começar”, revela a especialista reforçando que de nada serve “manter a terapêutica de fase aguda”, se depois o doente não tem acesso ao resto.

“Se, por alguma razão, voltarmos a ter de aplicar restrições no Serviço Nacional de Saúde, isso poderá resultar num problema gravíssimo, uma vez que, no caso da reabilitação, fará com que os doentes percam o potencial de recuperação que inicialmente possuem”, adverte preocupada com as consequências irreversíveis que poderão atingir uma grande parte destes doentes.

Por outro lado, segundo Ana Paiva Nunes, um outro inquérito realizado pela Sociedade Portuguesa do AVC, mostrou que metade dos hospitais viu o número de doentes reduzir entre 25 e 50%. Embora as causas não sejam conhecidas, admite-se que o medo de recorrer aos hospitais tenham afastado estes doentes das unidades de tratamento. “Houve menos ativações da via verde AVC e nós tratámos muito menos doentes, o que foi um bocado assustador para nós, revela.

Assim, e de modo a reverter estes números, a especialista refere que é importante que “que os portugueses sejam educados para que consigam identificar o início de um AVC, tanto para se poderem ajudar a si próprios, como aos outros”.

Por outro lado, considerando essencial que a Via Verde do AVC seja implementada em todos os hospitais do país, Ana Paiva Nunes, reforça que se deve garantir e anunciar “que esta continua segura durante a pandemia de Covid-19”. “Desta forma, deverá haver uma redução do medo sentido pelos doentes ao recorrer aos hospitais, reduzindo o tempo de diagnóstico e tratamento”, justifica adiantando que “falta considerar que a reabilitação faz parte do continuum de tratamento que o doente com AVC precisa. Além das intervenções diferenciadas de fase aguda como a trombólise e a trombectomia, estes doentes precisam depois de um plano de reabilitação coordenado que muitas vezes não é conseguido em Portugal”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar
É já hoje que decorre a 1ª edição da cimeira na área das doenças infeciosas, em formato streaming, onde serão discutidas as ...

A partir de uma nova plataforma, dirigida especialmente a profissionais de saúde que trabalham nas áreas da Pediatria, Medicina Geral e Familiar e Dermatologia, é possível assistir a conteúdos sobre a utilização menos eficiente dos antibióticos, o impacto da resistência aos mesmos na Saúde Pública e como esta se traduz na prática clínica das infeções de pele e tecidos moles.

Com início marcado para as 17h e com duração de 1 hora, conta com a participação de diversos especialistas nacionais: Cristina Claro, Dermatologista (Portugal); e internacionais: Antonio Torrelo, Dermatologista Pediátrico (Espanha), George Zanel, Microbiologista e Farmacêutico (Canadá), e Leon Kircik, Dermatologista (EUA). Haverá ainda espaço para discussão, perguntas e respostas, tornando este webinar o mais interativo possível.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias, e devem ser efetuadas através do link: https://streaming.medistream.tv/sid-summit-2020.

 

Estudo
Portugal está entre os dez melhores países a acolher e integrar migrantes, de acordo com o Índice das Políticas de Integração...

Na sessão que decorreu online, Thomas Huddleston, do grupo de coordenação do Migration Policy Group, que organiza o evento, adiantou que Portugal conquistou 81 pontos numa escala de 100, o que colocou o país no “top ten” dos que apresentam políticas mais favoráveis à integração de migrantes.

Desta forma, Portugal surge acima da média na maioria das áreas analisadas e a liderar entre os novos países de destino, muito à frente de países como a Itália ou Espanha.

O estudo avalia indicadores em oito áreas de política pública: mobilidade no mercado de trabalho, saúde, acesso à cidadania, reunificação familiar, participação política, antidiscriminação, educação e residência permanente. Na avaliação geral entre 2014 e 2019, Portugal melhorou três pontos nas três dimensões em análise: igualdade de direitos, oportunidades e segurança para os migrantes.

Na mobilidade do mercado de trabalho, por exemplo, o país ficou em primeiro lugar, a par da Alemanha e dos países nórdicos, porque garante igualdade de tratamento e apoio tanto para cidadãos portugueses como para cidadãos de fora da Europa.

Apesar de haver aspetos a melhorar nas áreas da saúde e educação, Thomas Huddleston destacou que o sistema de saúde está a melhorar o acesso aos cuidados e à informação.

A sessão contou com a participação de diversos especialistas, entre os quais Sónia Dias, da Escola Superior de Saúde Pública, Maria Lucinda Fonseca, do Centro de Estudos Geográficos, IGOT, e Cláudia Pereira, Secretária de Estado para a Integração e as Migrações.

A Fundação Calouste Gulbenkian e o IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território são os parceiros nacionais desta iniciativa.

Testes antigénio utilizados a partir de 9 de novembro
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde referiu ontem que os testes rápidos de antigénio “farão, a partir do dia 9 de...

Neste momento, “estão a ser ultimados os procedimentos para a sua operacionalização e para a efetiva utilização de testes no SNS”, afirmou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, na conferência de imprensa de hoje, que contou com a presença do Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida.

“O Ministério da Saúde manifestou interesse na adesão ao consórcio joint-venture europeu no valor de um milhão de testes” e que em relação aos testes da Cruz Vermelha, que resultam de um financiamento europeu, “a primeira tranche de 100 mil testes estará disponível na primeira semana de novembro”, adiantou.

De acordo com Fernando Almeida, “a evolução destes testes de antigénio tem de ter reconhecimento da sua qualidade, sobretudo em dois aspetos principais: o teste da sensibilidade e da especificidade, e a sua utilização, e os critérios clínicos e epidemiológicos que devem estar na base da utilização destes”.

“Portugal acompanha tudo o que se faz a nível europeu”, afirmou o Presidente do INSA, referindo que, neste caso, está “também na linha da frente”.

Sobre o Plano Outono/Inverno, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou que este está a ser consolidado “até ao final da semana” e está já a ser “aplicado no terreno ao nível regional e local”.

 

Formação
Destinado a médicos especialistas ou em formação, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde com interesse no...

A insuficiência respiratória crónica, afetando um elevado número de doentes, é um importante problema de saúde sendo que, em muitas das situações, o tratamento passa pela instituição de VNI (Ventilação Mecânica Não Invasiva).

De acordo com declarações do Professor Doutor José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, “A FPP e a VitalAire organizaram um Curso de Ventilação Não Invasiva em estreita colaboração com Marta Drummond, Miguel Gonçalves e Carlos Winck. Terminado há algumas semanas, aguardavam-se alguns pormenores para a sua conclusão, mas no atual contexto de Pandemia, ficou clara a vantagem da sua divulgação imediata, sem custos e com evidente vantagem para todos os profissionais e doentes.”

Que conclui “Será possível aceder a este curso através da plataforma de e-learning da FPP, sendo apenas necessário o registo simples na referida plataforma. A FPP não pode deixar de agradecer aos autores do curso, aos profissionais que o tornaram possível e à VitalAire pelo seu apoio e presença sempre atenta. Esperamos que nestes momentos conturbados seja uma ferramenta adicional, que sirva para o que foi idealizado, para ajudar.”

Os participantes terão a oportunidade de aumentar as suas competências na definição do modo ventilatório e interfaces mais indicados para cada doente e quadro clínico, ficando a par das significativas atualizações tecnológicas da VNI e aprendendo a utilizar esta terapêutica tanto no contexto de insuficiência respiratória aguda como crónica.

Jorge Correia, Diretor Geral da VitalAire Portugal, considera que “a parceria com a FPP e a contribuição para o aumento de competências em VNI, são mais valias efetivas para os profissionais de saúde, doentes e todos os envolvidos nos cuidados de saúde respiratórios. Esta iniciativa é um exemplo de como fazer chegar a um público mais alargado a formação, numa área tão delicada, para que a VNI em Portugal continue com a evolução necessária e merecida para todos aqueles que a prestam e os que a recebem possam beneficiar de uma melhor qualidade de vida.”

O curso pode ser acedido na plataforma de e-learning da FPP em https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/e-learning/ ou em https://www.vitalaire.pt/profissionais-saude/curso-vni-fpp-0

Covid-19
As mortes diárias de Covid na Europa aumentaram quase 40% em comparação com a semana anterior, disse a Organização Mundial da...

A porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse que França, Espanha, Reino Unido, Holanda e Rússia são responsáveis ​​pela maioria dos casos, que aumentaram em um terço.

“A preocupação (...) é que as unidades de cuidados intensivos nos hospitais começam agora a ficar cheios de pessoas muito doentes”, alertou.

De acordo com a informação avançada pela BBC, a Rússia relatou um recorde diário de 320 mortes, elevando a contagem para 26.589.

Também houve um aumento acentuado na Itália, com 221 mortes anunciadas nas últimas 24 horas.  Na Áustria, o número total de óbitos ultrapassou os 1000 no dia de ontem.

Quando ao número de infetados, a Rússia tem o quarto maior número de casos de Covid-19 do mundo, depois dos EUA, Índia e Brasil. Só ontem, foram registados mais 16.550 novos casos de infeção no país, o que levou a que as autoridades tornassem o uso de máscaras obrigatório em todos os locais de grande afluência.

Embora o número de infeções também tenha aumentado em Itália, para quase 22 mil nas últimas 24 horas, as autoridades disseram que os testes de rastreio também aumentaram.

Na Bélgica, foi solicitado que os médicos continuassem a trabalhar, mesmo que tenham o vírus, porque o sistema de saúde corre o risco de ser sobrecarregado.

O que disse a OMS?

Em declarações ao programa World at One da BBC na terça-feira, Margaret Harris disse que se está a assistir a um “aumento intenso e alarmante no número de casos e de mortes”.

Os casos diários aumentaram em um terço em comparação com a semana anterior, enquanto as mortes diárias aumentaram "perto de 40%".

“Apesar de uma melhor gestão da capacidade hospitalar, os hospitais em vários países estão a ficar lotados rapidamente”, alertou.

De acordo com a porta-voz da OMS só é possível avaliar a eficácia das restrições, agora impostas em vários países europeus, dentro de duas semanas.

"Veremos a redução dos casos, mas não da noite para o dia", revelou.

E quando questionada se a segunda onda seria pior do que a primeira, avançou que "vamos ver um tipo diferente de pico”.

"A boa notícia é que nossos hospitais estão muito melhores para entender o que está a acontecer. No entanto, para ganharem essa experiência, têm trabalhado muito e durante muito tempo, pelo que também sabem que o que vão enfrentar vai ser sombrio”, afirma.

“A outra coisa boa é que os números que estamos a assistir dizer respeito grupos que idealmente não progredirão para doenças mais graves - esses são os grupos mais jovens. Embora não seja uma garantia talvez não iremos assistir a um terrível aumento de mortes como aquele que aconteceu em abril”, conclui.

 

 

Combate à pandemia
As empresas farmacêuticas GSK e Sanofi vão fornecer 200 milhões de doses da sua vacina candidata contra o coronavírus para um...

GSK e Sanofi vão fornecer a sua vacina candidata ao esquema Covax, que é apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Covax, que pretende entregar dois bilhões de doses de vacinas em todo o mundo até o final de 2021, já assinou acordos este ano com a AstraZeneca e a Novavax.

O objetivo é desencorajar os governos nacionais de acumular vacinas Covid-19 e concentrarem-se na vacinação de pessoas de alto risco primeiro em cada país.

Mais de 180 nações, incluindo a China, aderiram ao plano, mas algumas, incluindo os EUA, optaram por manter seus próprios acordos de fornecimento.

A Sanofi e a GSK assinaram um acordo com Washington durante o verão para fornecer mais de 100 milhões de doses da mesma vacina, que esperam apresentar para aprovação regulatória no próximo ano.

As empresas também têm acordos semelhantes com a UE, o Reino Unido e o Canadá.

Eles esperam ter os primeiros resultados do julgamento até dezembro. Se for bem-sucedido, eles passarão para outros testes até o final do ano.

Corrida à vacina

Cerca de 20 empresas farmacêuticas estão a realizar testes clínicos na corrida para encontrar uma vacina.

A parceria entre a GSK do Reino Unido e a Sanofi da França usa a mesma proteína de uma das vacinas contra a gripe sazonal da Sanofi.

Será acoplado a uma substância que atua como impulsionador da vacina feita pela GSK.

A Sanofi também está a trabalhar em outro projeto de vacina com a empresa americana Translate Bio, que usará moléculas de RNA mensageiro para instruir as células do corpo a produzir proteínas do coronavírus que, então, produzirão uma resposta imunológica.

No início desta semana, a empresa farmacêutica AstraZeneca disse que a vacina que está a desenvolver com a Universidade de Oxford produz uma resposta imunológica em adultos jovens e idosos.

Perspetivas de inoculação

Na quarta-feira, a mulher encarregada em adquirir possíveis vacinas de Covid-19 para o Reino Unido disse que a distribuição das primeiras vacinas poderia começar este ano, embora sua eficácia provavelmente fosse limitada.

O Reino Unido fechou acordos de fornecimento para seis candidatos. O governo do Reino Unido encomendou 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca, que é uma das pioneiras, junto com a Pfizer.

"Se as duas primeiras vacinas, ou qualquer uma delas, mostrarem que são seguras e eficazes, acho que há uma possibilidade de que o lançamento da vacina comece no Natal", disse Kate Bingham, presidente do UK Vaccine Taskforce à BBC.

"Caso contrário, acho mais realista esperar que seja no início do próximo ano."

A GSK expôs suas expectativas de ganhos para o ano inteiro em fevereiro, antes que a pandemia se tornasse um fenómeno mundial.

Steve Clayton, gerente de fundos da Hargreaves Lansdown, disse: "Poucas empresas este ano apresentarão números alinhados com suas expectativas pré-pandemia.

“Mas, apesar do impacto de menos pacientes visitando seus GPs para as vacinas diárias, o grupo tem sido capaz de manter os ganhos praticamente sob controlo”.

 

Escala de Risco Covid-19 foi projeto escolhido
O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (Hospital de Ovar) venceu, pelo segundo ano consecutivo, o Prémio Saúde Sustentável,...

Os vencedores foram revelados esta terça-feira, dia 28 de outubro, numa cerimónia que decorreu na Fundação Oriente, em Lisboa, na presença do Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

“O júri reconheceu a importância desta escala de risco, atribuindo-lhe potencial para ser replicada em todo o país”, afirma o Presidente do Conselho Diretivo do Hospital de Ovar, Luís Miguel Ferreira. “De facto, para além de contribuir para a produção de conhecimento científico nesta vertente, estamos a falar de uma ferramenta preditiva muito importante para o futuro das instituições hospitalares, adaptando-as para a gestão de casos da pandemia e melhorando, consequentemente, a qualidade do serviço e a gestão do risco e dos recursos”, salienta.

“Este prémio atribuído a um projeto do qual somos parceiros em conjunto com a Winning Consulting e com o Cintesis (Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, sediado na Universidade do Porto), acrescenta responsabilidade ao nosso trajeto e impulso de uma cultura de inovação, no sentido de continuarmos a servir cada vez melhor os nossos utentes”, acrescenta Luís Miguel Ferreira.

Projeto recebe quase 30 mil euros

Na edição de 2020, o prémio foi atribuído em dois âmbitos: institucional e personalidade. Na distinção institucional, entre 111 candidaturas foram premiadas sete categorias correspondentes aos critérios: experiência do cidadão, resultados em saúde, integração de cuidados, impacto populacional, transição digital, replicabilidade (galardão atribuído ao Hospital de Ovar), escalabilidade. Na distinção personalidade, não sujeita a candidatura, o júri premiou a personalidade com maior destaque e relevo na promoção de práticas sustentáveis no âmbito da pandemia, este ano o Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João, Fernando Araújo.

De acordo com o Hospital de Ovar, o objetivo do projeto (Escala de Risco Covid-19) – contemplado financeiramente com quase 30.000 euros no âmbito da iniciativa «RESEARCH 4 COVID19» da Fundação para a Ciência e Tecnologia – passou por criar uma ferramenta que permita determinar o risco de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV2), responsável pela atual pandemia. Entre os parâmetros utilizados para avaliação do risco estão o número de infetados, a gravidade dos casos e o número de profissionais de saúde, por exemplo, levando à ativação de planos de contingência que pretendem dar resposta a um determinado nível de risco.

A aplicação desta escala de risco, com potencial de replicabilidade no contexto dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pretenderá calcular o nível de risco a cada momento, reorientar as equipas e adequar a capacidade e a oferta dos hospitais, num curto espaço de tempo, com vista à continuidade, segurança e qualidade dos cuidados prestados.

O Prémio Saúde Sustentável – já na sua nona edição e que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República – é uma iniciativa do Jornal de Negócios e da farmacêutica Sanofi Portugal orientada para a divulgação e incentivo de boas práticas da sustentabilidade da saúde em Portugal.

A edição deste ano, por decisão unânime do júri, foi dedicada à partilha das boas práticas em contexto de Covid-19, com o objetivo de reconhecer e distinguir projetos ou instituições que se destacaram na luta contra a pandemia que enfrentamos.

Dados DGS
De acordo com o boletim divulgado esta quarta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), nas últimas 24 horas foram confirmados...

O balanço desta quarta-feira revela ainda que morreram mais 24 pessoas devido à doença no período em análise. Destes óbitos, 11 ocorreram no Norte, oito em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Centro e um no Alentejo. No total já morreram 2.395 pessoas devido à covid-19 em Portugal.

A região Norte continua a ser a região com maior número de novos casos e, pelo segundo dia consecutivo, superou os dois mil casos, com 2.114 novas infeções. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, que soma mais de mil novos casos, com mais 1.105 infetados, o Centro com 558, o Alentejo com 110 e o Algarve com 53. A Madeira confirmou mais 15 diagnósticos de covid-19 e os Açores mais cinco.

O número de internados também não para de aumentar, subindo consecutivamente há sete dias. Há agora mais 47 doentes internados, num total de 1.794. Destes, 262 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), mais 9 do que ontem – este é o quarto pior registo de doentes em UCI desde o início da pandemia, sendo superado apenas pelos números registados de 5 a 7 de abril, 267, 270 e 271, respetivamente.

O total de recuperados é agora de 74.001, mais 1.657 do que ontem.

As autoridades de Saúde têm 62.457 contactos em vigilância e há 51.996 casos ativos no país.

 

Campanha
No âmbito do Dia Mundial do AVC, que se assinala no dia 29 de outubro, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral ...

“O AVC continua a ser a principal causa de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos. Os números são reais e podemos mesmo referir que, por hora, três portugueses sofrem um AVC, sendo que um destes não sobrevive e um ficará com sequelas incapacitantes. Desta forma, a SPAVC associa-se à WSO nesta data para alertar para a importância da sensibilização da população e para o papel de medidas de prevenção da doença, sendo esta uma das grandes mensagens que procuramos reforçar junto dos portugueses” afirma José Castro Lopes, presidente da Direção da SPAVC e médico neurologista.

A campanha “Junte-se ao movimento para prevenir o AVC” representa uma chamada de atenção que múltiplas sociedades e associações ligadas ao AVC dirigem a toda a população neste dia. O principal objetivo desta campanha é reforçar o papel de cada indivíduo e passar a mensagem de que é possível prevenir a ocorrência de AVC, na maior parte dos casos, através da adoção de algumas medidas simples. “A prática de exercício físico é a atividade mais simples e de eficácia comprovada na prevenção do aparecimento dos fatores de risco cerebral, no seu controlo e na prevenção primária e secundária do AVC, daí a sua relevância para comemorar esta data. Além disso, é importante vigiar os valores da tensão arterial e do ritmo cardíaco, não fumar e adotar uma alimentação saudável”, explica José Castro Lopes.

Para promover o movimento no mundo e partilhar a mensagem de que um estilo de vida ativo ajuda a diminuir o risco de AVC, a WSO lança o desafio de “dançar como se ninguém estivesse a ver”, criando a maior cadeia de movimentos de dança do mundo. Para participar basta ter um telemóvel com câmara e acesso à internet, de forma a partilhar o desafio. É simples, divertido e poderá ajudar a disseminar informação que permitirá salvar vidas.

Em primeiro lugar, a campanha desafia à gravação, através do smartphone, de uma sequência de quatro movimentos de dança (à escolha ou selecionando um dos movimentos sugeridos pela WSO). Depois, basta partilhar o vídeo dos movimentos de dança numa rede social à escolha, marcando três amigos/seguidores para que façam o mesmo, com a seguinte descrição: “Aceitei o desafio da @WStrokeCampaign de partilhar os meus movimentos de dança para sensibilizar para a prevenção do AVC. Desafio @_____ @_____ @_____ para iniciarem a vossa dança a partir do meu último movimento, adicionando 3 novos passos de dança. Adicionem 3 amigos na partilha para não quebrarem a corrente! #1in4 #JoinTheMovement www.worldstrokecampaign.org

José Castro Lopes alerta ainda que “além da prevenção, é importante reforçarmos junto dos portugueses que, após o início dos sintomas, as primeiras horas são cruciais, uma vez que a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos dura apenas algumas horas. Se as pessoas souberem reconhecer os sinais de alerta do AVC, os chamados 3 F’s (falta de Força num braço, desvio da Face e dificuldade na Fala) e, perante o aparecimento de um deles, acionar de imediato o 112, será possível encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de administrar os tratamentos adequados”.

Para instituir processos sobre a educação relativa ao AVC nas comunidades, a SPAVC estabeleceu ainda uma parceria com a campanha FAST Heroes 112, um projeto da Iniciativa Angels destinado a educar crianças dos 5 aos 9 anos de idade sobre como reconhecer os sintomas de AVC e como contactar corretamente uma ambulância. Esta é uma iniciativa da Boehringer Ingelheim International GmbH, com o apoio da Organização Europeia de AVC (European Stroke Organisation, ESO) e Medtronic.

Pela primeira vez em Portugal
O Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), implantou hoje, pela primeira vez no nosso...

A cirurgia foi efetuada na Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA), estando a equipa do CHUC em contacto direto com o Professor Patrick Mertens, referência mundial no tratamento neurocirúrgico da dor, do hospital Pierre Wertheimer de Lyon, que acompanhou a cirurgia em permanência através de um sistema de vídeo e áudio integrante dos óculos do cirurgião, tendo assim, ambas as equipas, a mesma visão e colaborado em direto.

Ricardo Pereira, neurocirurgião responsável pela Unidade de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional (Serviço de Neurocirurgia) explica que “a neuroestimulação medular é uma das terapêuticas mais modernas e eficazes no tratamento de quadros específicos de dor crónica, nomeadamente na classe da dor chamada neuropática, onde muitos outros tratamentos são ineficazes e onde a neuroestimulação medular consegue, em casos bem selecionados, resultados excelentes, abrindo uma nova esperança para doentes sem outras alternativas viáveis.”

Prossegue dando nota de que “no CHUC, já utilizamos há alguns anos a neuroestimulação em casos selecionados de dor neuropática após cirurgias de coluna, traumatismos de nervos e angina de peito refratária, com resultados muito favoráveis. Sendo uma área de forte inovação tecnológica, ir-se-á manter a implantação dos mais modernos sistemas, que possibilitem tratar casos que previamente não teriam terapêuticas eficazes disponíveis.”

Ricardo Pereira refere que “a técnica consiste na implantação de um pequeno elétrodo no interior da coluna, o qual, após uma fase de teste em que se verifica a resposta positiva no controlo da dor, é ligado a um pequeno gerador elétrico subcutâneo que aplica os pulsos elétricos que, estimulando ciclicamente a medula, bloqueiam a perceção da dor, aliviando essa sensação na zona afetada do corpo.”

Menciona ainda Ricardo Pereira que “em muitos casos, não é sequer possível identificar a causa da dor crónica. Dado o avanço significativo que o tratamento da dor tem tido nos últimos anos, o objetivo último na dor crónica é não só o alívio da dor, mas a reabilitação e recuperação dos doentes para um melhor nível funcional, a nível pessoal, social e laboral”.

A dor crónica é habitualmente definida como uma dor de duração superior a 3 meses, excedendo largamente o período em que seria expectável que o organismo recuperasse de uma agressão. É causa de sofrimento intenso por parte dos doentes atingidos, com repercussões a nível laboral, familiar, social e do seu bem-estar físico e psíquico.

Trata-se de uma situação muito mais frequente do que por vezes se possa pensar, estimando-se que entre 25 a 35% dos adultos sofrem de dor crónica, um terço dos quais não sendo sequer alvo de qualquer tratamento. As causas de dor crónica podem ser muitas, como situações decorrentes de traumatismos, procedimentos cirúrgicos, doenças degenerativas osteoarticulares, insuficiência vascular, lesões do sistema nervoso, entre outras.

Enxaquecas e Cefaleias
MiGRA Portugal e SPC lançam inquérito para avaliar o aumento das crises de enxaqueca e cefaleias com a utilização prolongada...

Com a necessidade de utilização de equipamentos de proteção para a COVID-19, tais como máscaras e viseiras, durante várias horas, nomeadamente nos locais de trabalho, diversos doentes com enxaqueca e outras cefaleias referiram o aumento de crises de cefaleias. Este aumento das crises de dores de cabeça em consequências no agravamento do bem-estar das pessoas que vivem com estas doenças neurológicas crónicas incapacitantes. A utilização prolongada de equipamentos de proteção individual pode também provocar cefaleias em pessoas que não sofram habitualmente desta patologia. No entanto, a utilização da máscara é essencial e necessária nos tempos em que vivemos, em especial em locais fechados e com muitas pessoas.

Para compreender melhor o impacto que a utilização dos equipamentos de proteção está a ter ao nível das crises de enxaqueca e cefaleias, a MiGRA Portugal e a Sociedade Portuguesa de Cefaleias juntaram-se para desenvolver um projeto de investigação para avaliarem a existência de dores de cabeça na população desde o início da utilização dos equipamentos de proteção individual. Para contribuir para este projeto de investigação basta preencher um questionário que está disponível online e deve ser preenchido por todos, tanto doentes com enxaqueca e ou outros tipos de cefaleias, como pessoas que nunca sofreram com dores de cabeça, e será possível de preencher até 30 de novembro.

“O conhecimento da alteração do padrão das crises provocada pela utilização de equipamentos de proteção individual é muito importante para monitorizarmos os doentes com cefaleias. Mas é também importante compreender se a utilização destes equipamentos está a desencadear crises de cefaleias em pessoas que não sofriam desta doença, de forma a compreendermos como atuar e sensibilizar a população.” salienta Raquel Gil Gouveia, neurologista da Sociedade Portuguesa de Cefaleias.

Madalena Plácido, presidente da MiGRA Portugal, acrescenta que “apenas se tivermos dados e conseguimos demonstrar com este projeto de investigação quais os impactos da utilização destes equipamentos de proteção ao nível das cefaleias, poderemos sensibilizar a população e entidades patronais para uma maior compreensão com os doentes que veem a sua doença a agravar, mas também com pessoas que estão a experienciar o impacto destas crises pela primeira vez.”

Tendo em conta que a utilização de equipamentos de proteção individuais é de uso obrigatório, existem algumas estratégias que podem ser adotadas de forma a tentar minimizar o número e o impacto das crises.

“Sabemos que a utilização de máscara tem contribuído para aumentar o número de crises, mas temos consciência de que a sua utilização é necessária no período que atravessamos. Manter-se hidratado é uma das principais estratégias para diminuir o número de crises, uma vez que muitas vezes com a máscara, há menos tendência para bebermos água e a desidratação é um dos grandes desencadeadores de crises Não saltar refeições e não fazer longos períodos de jejum, são também bons conselhos, que nos ajudarão a evitar algumas crises”, explica Madalena Plácida, presidente da MiGRA Portugal.

A par desta recomendação é necessário que os doentes controlem bem os níveis de stress e ansiedade, bem como privilegiem os momentos de lazer, que os ajudarão a ficar mais relaxados. No que diz respeito ao teletrabalho, esta poderá ser uma importante opção para os doentes que agravaram as suas crises com a utilização da máscara, nestes casos é importante que os doentes façam esta gestão com sua entidade patronal. Embora seja possível a dispensa da obrigatoriedade da utilização de máscara, perante apresentação de declaração médica, isso faz com que a proteção e segurança do próprio doente e das pessoas com quem contacta, seja colocada em causa, pelo que deve ser evitado.

Também relativamente à medicação, Elsa Parreira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias explica que “numa altura como estas é imprescindível que os doentes retomem as consultas com os seus médicos, privilegiando as teleconsultas sempre que possível e que mantenham a medicação que lhes foi recomendada na última consulta com o seu médico”.

As cefaleias, como por exemplo a enxaqueca, são vulgarmente conhecidas por dores de cabeça, contudo são doenças neurológicas que provocam uma dor incapacitante que podem ter outros sintomas associados.  A Organização Mundial de Saúde identificou as cefaleias como o distúrbio neurológico mais frequentemente relatado nos cuidados primários sendo a enxaqueca um dos mais comuns, que afeta cerca de um milhão e meio de pessoas em Portugal.

As cefaleias foram consideradas a segunda causa de anos vividos com incapacidade na população portuguesa dos 5 aos 49 anos. Estas estão também entre as doenças mais comuns do sistema nervoso e afetam cerca de metade da população mundial, apesar de serem muitas das vezes desvalorizadas pela população geral. Provocam crises muito incapacitante e têm um grande impacto no desenvolvimento de funções pessoais, mas também têm consequências na vida social, familiar e profissional e consequente impacto económico significativo.

Como lidar com a doença
Associada a uma marcada diminuição da qualidade de vida, estima-se que a Psoríase afete tanto, ou ma

Considerada uma doença multifatorial, “em que fatores imunológicos, genéticos e ambientais contribuem para o seu aparecimento”, estima-se que a Psoríase afete cerca de 300 mil portugueses. Para além do desconforto que provoca, uma vez que o prurido é uma das características “mais relevantes” da doença, esta patologia, por ter um lado muito visível, acaba por impactar negativamente a imagem do doente que, não raras as vezes, se confronta com o estigma que lhe está associado. É que, embora, não se trate de uma doença contagiosa, a Psoríase ainda é muito mal compreendida pela sociedade.

Inês de Oliveira recebeu o diagnóstico da doença aos 11 anos de idade. Na altura, admite, desconhecia o impacto que a doença poderia ter na sua vida. Só mais tarde, “aos 17 anos”, sentiu na pele as consequências do enorme desconhecimento que persiste em torno da patologia. “Senti, por várias vezes, alguns olhares incómodos e fui alvo de perguntas incómodas, resultado de alguma ignorância perante a doença e as suas manifestações. Tive alguns episódios mais desagradáveis, na escola, ou na rua, mas sempre por parte de estranhos”, recorda afirmando que doença teve um forte impacto “na minha saúde mental, prejudicou grandemente a minha autoestima, autoconfiança e a forma como me apresento aos outros”.

De acordo com a especialista em dermatologia, Ana Ferreira, a doença, que se manifesta “por placas eritematosas e descamativas, bem delimitadas, com descamação branco prateado, distribuídas de forma simétrica”, pode ser classificada em vários subtipos: psoríase crónica em placas (que representa 70% dos casos), psoríase gutata, psoríase pustulosa, psoríase eritrodérmica e a psoríase inversa. “A localização, dimensão e inflamação das lesões são as principais diferenças entre estes tipos de psoríase. Sendo a eritrodérmica e a pustulosa, formas menos comuns, mas habitualmente mais graves, podendo implicar internamento hospitalar”, explica.

No caso de Inês, a patologia manifestou-se, inicialmente, na forma de psoríase gutata – um tipo de psoríase que afeta sobretudo crianças e jovens, por vezes na sequência de uma faringite e que apresenta lesões de menores dimensões, em forma de gota, que ocupam áreas extensas do tronco e membros. Este tipo de psoríase pode desaparecer definitivamente após o primeiro episódio ou evoluir para uma psoríase em placa, tal como aconteceu a Inês de Oliveira.

Por outro lado, acrescenta a especialista, “o envolvimento ungueal é muito frequente” e “em um terço dos casos há compromisso articular associado”.

Evoluindo por surtos, o agravamento da doença pode ser desencadeado pela “ingestão de medicamentos (incluindo os suplementos alimentares e os considerados “tratamentos naturais”), infeções, stress físico e/ou emocional”.

Quanto ao tratamento, Inês revela: “foi extremamente difícil e exaustivo encontrar um [tratamento] que desse resultado. Demorei 20 anos a voltar a ter a minha pele "normal", sem lesões…”. Até aqui, realizou “fototerapia (PUVA) e inúmeras terapêuticas de medicina convencional e alternativas, tópicas e sistémicas”, como os medicamentos imunomoduladores, imunossupressores e biológicos. Estes últimos, com os quais, “finalmente”, diz, ter obtido “bons resultados”.

Segundo a dermatologista, a verdade é que atualmente “existem muitos tratamentos disponíveis e eficazes para o controlo das lesões, sendo a combinação de terapêuticas muito utilizada”.

“A escolha da modalidade terapêutica deverá ser individualizada, tendo em conta a gravidade da doença, a existência de comorbilidades e o impacto da doença na qualidade de vida do doente”, acrescenta reforçando não só a importância do diagnóstico precoce, como a manutenção da terapêutica indicada e o seguimento especializado. O doente não deve ainda “esperar um agravamento acentuado da doença para reiniciar acompanhamento médico ou terapêutico”. Só assim, é possível manter a doença controlada e a pele livre de lesões.

“Hoje em dia tenho apenas cuidados normais de hidratação e higiene da pele com produtos farmacêuticos indicados”, esclarece Inês de Oliveira que apela a outros doentes “que nunca desistam de procurar tratamento, e que procurem ajuda no âmbito da psicoterapia, caso sintam essa necessidade”.

“A psoríase associa-se a uma marcada diminuição da qualidade de vida dos doentes e conviventes, estando demonstrado, desde há vários anos, que o impacto da psoríase na qualidade de vida dos doentes é superior ao de muitas outras patologias habitualmente consideradas mais graves, como o cancro, a diabetes ou a doença cardiovascular”, sublinha a dermatologista, Ana Ferreira.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A Rita vai mostrar como a vida pode ser doce, mesmo com diabetes
O Doce Mundo de Rita foi escrito para ajudar todas as crianças e adolescentes a perceberem que a diabetes tipo 1 não os limita,...

Os últimos dados revelam que mais de três mil crianças e adolescentes sofrem de diabetes tipo 1. Dois desses adolescentes eram a Paula e o Tiago Klose, que aos 13 anos descobriram que tinham esta patologia: «foi avassalador. Com o choque, veio a tristeza, a negação, a raiva», revela Paula.

O Doce Mundo de Rita foi escrito para ajudar todas as crianças e adolescentes a perceberem que a diabetes tipo 1 não os limita, e que é na aceitação e na partilha com os outros que está o segredo.

A Rita é atlética, forte e ágil… mas quanto a diabete entra na sua vida, ela não sabe como reagir.

Em plena adolescência, a Rita sofre com a pressão da escola, dos pais e a indiferença do Gonçalo, o seu crush. Um dia, desmaia nas aulas, é levada ao hospital e descobre que tem diabetes tipo 1. Como é possível isto acontecer se ela é desportista e supermagra? E agora? Dar insulina, controlar a glicemia, contar hidratos… é muita coisa nova!

Com o passar dos dias, a Rita sente-se observada por todos: médicos, professores e colegas. Para piorar tudo, o pai está mais controlador do que nunca, a mãe parece indiferente e a Inês, a sua BFF, não sabe lidar com a «nova» Rita. Sentindo-se sozinha e incompreendida, a última coisa que a Rita quer é ser vista como uma doentinha, acabando por se refugiar nas redes sociais, em busca de novos amigos e de outros caminhos.

Será que novos amigos podem ajudá-la com esta nova realidade? E o que farão os pais, a Inês e até o Gonçalo para a ajudar? Entre as dúvidas e a coragem, a Rita vai descobrir o caminho para ultrapassar os desafios que a diabetes lhe coloca.

 

 

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