Combate à Covid-19
O Governo vai criar uma rede nacional de estruturas de apoio de retaguarda em todos os distritos do território continental, no...

O despacho que operacionaliza esta rede, assinado pelo Ministro da Administração Interna, pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e pela Ministra da Saúde, foi publicado hoje, em Diário da República. 

Esta rede  vai garantir o apoio a pessoas infetadas com o novo coronavírus, sem necessidade de internamento hospitalar, e a utentes de lares para pessoas idosas que careçam de apoio específico fora das respetivas instalações.

De acordo com o diploma, cabe às Comissões Distritais de Proteção Civil identificar e propor, para cada um dos distritos do território continental, as infraestruturas aptas a acolher as estruturas de apoio de retaguarda, competindo aos Secretários de Estado que coordenam a execução, ao nível do Governo, das situações de alerta, contingência ou calamidade, decidir a sua instalação.

As estruturas de apoio de retaguarda devem obedecer aos critérios técnicos definidos pela Direção-Geral da Saúde e pelo Instituto da Segurança Social. O Instituto da Segurança Social vai garantir a coordenação técnica, assegurar a afetação de auxiliares de ação direta e de auxiliares de serviços gerais, bem como a distribuição e manutenção de equipamentos de proteção individual ao pessoal auxiliar, explica a informação disponibilizada pela página oficial do Serviço Nacional da Saúde.

De acordo com a tutela, cada Administração Regional de Saúde, em articulação com o hospital da área de referência, irá disponibilizar o pessoal médico e de enfermagem necessário ao acompanhamento das pessoas instaladas, assegurar a distribuição e manutenção de equipamentos, bem como de EPI às pessoas instaladas e ao pessoal médico e de enfermagem. Irá também contratualizar o serviço de recolha de resíduos hospitalares.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil vai suportar, sempre que necessário, as despesas relativas a alimentação, eletricidade, gás, água, telecomunicações, lavandaria, limpeza e higienização das instalações das estruturas de apoio de retaguarda, de acordo com as necessidades definidas pela respetiva coordenação técnica.

Na área de implementação de cada estruturas de apoio de retaguarda, o respetivo serviço municipal de proteção civil presta o apoio necessário, no âmbito das suas competências. As admissões de utentes devem ser validadas pela Subcomissão Distrital de Proteção Civil especializada Covid-19 ou, na sua falta, pela Comissão Distrital.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil acompanha a atividade das estruturas de apoio de retaguarda, a sua ocupação e eventuais constrangimentos que possam ocorrer.

ESO Angels Awards 2020
O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) é finalista dos ESO Angels Awards 2020 European Stroke Organization Conference...

Os ESO Angels Awards pretendem distinguir os hospitais que enviam dados de pelo menos 30 pacientes consecutivos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) no RES-Q ou no SITS QR Registry, usando o Protocolo de Premiação do WSO – World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC)

Com base no seu desempenho, no 2.º trimestre de 2020, em relação a várias medidas, a Unidade de AVC do HDFF foi eleita para o prémio Diamond e irá ser reconhecida na conferência ESO-WSO, via sessão virtual, no dia 08 de novembro.

Em comunicado, o Conselho de Administração do HDFF sublinha que esta distinção representa o reconhecimento internacional da competência do trabalho desenvolvido por esta unidade ao longo dos anos e é uma forma de reconhecimento das boas práticas de saúde da instituição, cujo mérito valoriza o hospital e motiva a equipa.

 

Plataforma Saúde em Diálogo recebida pelo Presidente da Republica
A Plataforma Saúde em Diálogo explicou a Marcelo Rebelo de Sousa as dificuldades no acesso aos cuidados primários em contexto...

“O Presidente identificou-se com as nossas preocupações e pediu para não esmorecermos”, conta Maria do Rosário Zincke. A Plataforma Saúde em Diálogo, que reúne mais de 50 associações de doentes, promotores e consumidores de cuidados saúde, foi recebida no dia 3 de novembro no Palácio de Belém, em Lisboa.

Numa altura em que os novos casos de infeção por COVID-19 continuam a subir, a presidente da Plataforma explicou ao Chefe de Estado as principais apreensões e dificuldades que os doentes enfrentam na pandemia.

“Questionámos sobre a resposta e estratégia pensadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) para estas pessoas. Falámos das dificuldades que os doentes crónicos têm nesta fase. Preocupam-nos os exames e as operações que não têm sido realizados, bem como as actuais dificuldades destas pessoas no acesso aos cuidados de saúde primários”, revelou a responsável.

Maria do Rosário Zincke mostra-se optimista perante a defesa do Presidente da República em manter conquistas alcançadas com a pandemia, como a questão da proximidade no acesso aos medicamentos. “O Presidente disse que essas conquistas são de manter para além da situação de pandemia”. Entre as conquistas destaca-se o acesso de proximidade a medicamentos hospitalares, assegurado pelas farmácias comunitárias desde o início de março.

Desde maio, a Plataforma tem vindo a alertar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministérios da tutela para a importância da participação das organizações das pessoas com doença nos debates e reuniões sobre a COVID-19, relembrando que muitas das decisões tomadas têm especial impacto na vida dos doentes crónicos.

 

Efeitos nefastos
Febre, tosse e dificuldade em respirar é do que mais se tem ouvido falar nos diversos canais noticio

O stress é já considerado pela Organização Mundial de Saúde, "a epidemia de saúde do século XXI" e a realidade é que, desde março de 2020, tem afetado um número crescente de pessoas, comprovado pela elevada procura e consumo de ansiolíticos e antidepressivos, na grande maioria das vezes, uma automedicação. A pandemia trouxe um isolamento social e físico e consequentemente aumentou o sentimento de solidão – principalmente no caso dos mais idosos. E a juntar à pandemia, existe ainda a pressão, caraterizada pela competitividade interpessoal, e o caos vivido nas grandes cidades. Muito trânsito, horários laborais para cumprir, um emprego exigente e não motivador, falta de tempo livre para desfrutar da família e de momentos de lazer, entre outros, são fatores responsáveis pelo stress. Este pode desencadear situações de ansiedade e de depressão, muitas vezes desvalorizada pelo seio familiar e pela sociedade.

A maior parte das vezes, o stress pode ser positivo. Trata-se de um processo natural, que funciona como uma resposta de defesa do organismo face a agressões externas ou internas. É muito útil em situações pontuais, mas passa a ser uma ameaça para a nossa saúde, quando se prolonga no tempo e se torna crónico. Por isso, é já considerado por uns como a maior causa de morbilidade, e pode conduzir a problemas de saúde, que surgem sob a forma de doenças cardiovasculares, disfunção sexual, complicações gastrointestinais, obesidade ou distúrbios alimentares e, ainda, problemas de pele e cabelo, como sejam o aparecimento precoce de rugas ou de calvície. Nas mulheres é ainda frequente existirem alterações hormonais, como problemas menstruais.

Para evitar futuras complicações, é essencial identificar e reconhecer os principais sintomas: suores, dor de cabeça, fadiga, distúrbios do sono, desorientação e perda de memória, ansiedade, irritabilidade e confusão mental, dificuldade de concentração, infelicidade, pensamentos negativos, e esquecimento. Além das situações externas, existem também fatores biológicos que determinam se a pessoa é ou não propensa a desenvolver situações de stress com maior facilidade.

Para este efeito, existem ferramentas disponíveis no mercado, como a análise de Avaliação de Stress da SYNLAB, que permite determinar se a pessoa está a viver um padrão biológico de stress, a fase de stress em que se encontra e ainda alertar para possíveis situações de Burnout (esgotamento profissional).

O teste é realizado de forma simples e rápida, sendo apenas necessária a recolha de 4 amostras de saliva para kit especial, em horas específicas do dia, de forma a fazer o doseamento de duas hormonas - cortisol e DHEA.

Em tempos pandémicos, temos duas missões: a de evitar a propagação do vírus e a de cuidar do nosso bem-estar e de quem nos rodeia. Lembre-se que o stress também pode ser evitável e aprenda a gerir futuras situações:

  • Pratique exercício físico para libertação de endorfinas (“hormonas da felicidade”)
  • Faça uma alimentação saudável;
  • Dedique tempo livre para o lazer e para a família (com o distanciamento necessário)
  • Utilize técnicas de introspeção, de meditação, de controlo da respiração;
  • Ouça música relaxante, que ajuda a desligar da vida ativa por momentos;
  • Desdramatize e relativize os seus problemas;
  • Foque-se nas soluções e não nos problemas;
  • Evite o diálogo/contacto de quem tem pensamentos negativos

Associado a todas estas medidas, por vezes é necessária a associação de medicamentos, que devem sempre ser prescritos apenas por um médico da especialidade e nunca através de automedicação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
UCareUClean criada por e para a comunidade UC
Ideia de estudantes de doutoramento do Departamento de Química da FCTUC já se traduziu em centenas de litros de gel...

No seio do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DQ/FCTUC), há um grupo voluntário que tem produzido gel desinfetante, primeiro para a faculdade e, mais recentemente, para toda a UC.

A UCareUClean é uma marca registada de gel desinfetante produzido por e para a UC.

A ideia surgiu de uma proposta das estudantes de doutoramento Giusi Piccirilo e Andreia Gonzalez, do grupo de Catálise e Química Fina, ainda durante a primeira onda da pandemia quando “muitas das instituições não dispunham de antissépticos, nomeadamente álcool-gel, para minorar a propagação do vírus”.

“Este produto, com nome votado também no interior do grupo, é agora marca registada da UC (UCareUClean) e será, com certeza, o embrião para o desenvolvimento de produtos antissépticos inovadores”, garante a coordenadora do grupo, Mariette Pereira.

De acordo com o diretor do DQ/FCTUC, Alberto Canelas Pais, o desafio foi recebido em abril, como uma “manifestação de solidariedade”. “Desde aí, toda a FCTUC tem sido fornecida com UCareUClean”. Para o responsável, “mais de mil litros mais tarde só podemos congratular os estudantes e os membros deste grupo de investigação pela sua dedicação e entusiasmo”.

 

Opinião
Que diferença pode fazer uma única palavra.

Este é um tempo de tremenda incerteza - e, portanto, de ansiedade - para as pessoas em todo o mundo, destaca a Adecco, empresa de Recursos Humanos. O impacto que a perda de emprego, o trabalho a tempo reduzido, a ansiedade em torno das perspetivas de subsistência, o domínio do duplo fardo do trabalho e dos cuidados infantis, o medo pela saúde de cada um (e dos seus entes queridos) ou o isolamento prolongado, está a ter no bem-estar dos colaboradores é enorme.

Então o que é que os empregadores podem fazer quando se trata de saúde mental e bem-estar?
Como um dos maiores empregadores do mundo, temos assistido ao aparecimento das seguintes mudanças que foram significativamente aceleradas pela pandemia, apontando para oportunidades de ação estrutural e transformadora:
 1. Possibilitar novas formas de trabalho

Os colaboradores estão interessados em manter a maior autonomia sobre as horas e horários de trabalho usufruídos durante a pandemia, com um equilíbrio entre o trabalho no escritório e o trabalho à distância. Ao mesmo tempo, os empregadores precisam de assegurar que os empregados tenham o direito de se desligarem. A ligação constante e o sofrimento devido à falta de descanso implicam riscos psicossociais importantes para os colaboradores, incluindo ansiedade, depressão e esgotamento. Ao estabelecer novos modelos de trabalho, ouvir os colaboradores é fulcral, para assegurar que os mecanismos de resposta são centrados no ser humano.  Na Adecco, convidámos colegas de todo o mundo a juntarem-se a nós numa série de workshops e fóruns sociais abertos para contribuírem com os seus pensamentos, perspetivas e ideias sobre como gostariam

de ver este conceito evoluir.

2. Reinventar a liderança

A pandemia está a ampliar a necessidade de um novo conjunto de capacidades de liderança, onde a inteligência emocional é o novo padrão de ouro: a nova geração de líder deve ser empática, um comunicador claro, atento às necessidades de bem-estar holístico dos seus colaboradores, e capaz de promover uma relação de trabalho baseada na confiança mútua e não numa gestão hierárquica de cima para baixo. Mas os líderes não estão atualmente bem equipados. Com as formas de trabalho flexíveis aqui para permanecerem, é importante que os gestores encontrem formas eficazes de fornecer aos seus colaboradores (próprios e trabalhadores de agências) o apoio e recursos para os ajudar a sentir que pertencem à organização, exigindo mais do que tecnologia. Investir no desenvolvimento da liderança, na formação e na atualização de competências é uma forma de resolver este desafio. A segunda é recrutar um perfil diferente de líder, mais adequado à força de trabalho do futuro.
 3. Passar a programas de bem-estar holístico

Os colaboradores querem ter a certeza de que o seu bem-estar e segurança continuam a ser a maior prioridade. Embora as necessidades de bem-estar dos colaboradores sejam uma área chave a ser abordada no futuro, não podem ser tratadas isoladamente. Os líderes precisam de cuidar do bem-estar holístico dos seus colaboradores que reconhece e apoia a pessoa no seu todo. Caso contrário, os colaboradores não serão capazes de lidar e aproveitar as mudanças na medida em que poderiam se o seu bem-estar fosse considerado prioritário. Muitas empresas não têm o plano para abraçar estas tendências - e as deficiências resultantes foram claramente sentidas durante o período de confinamento. A The Adecco Group Foundation desenvolveu uma metodologia - publicamente disponível para benefício de todos - que aborda esta questão. Ela depende de um conjunto de quatro elementos de bem-estar (físico, mental, social e objetivo), juntamente com quatro estimuladores que fazem qualquer intervenção e política de bem-estar funcionar e durar: cultura & marca, política & prática, ambiente e tecnologia & ferramentas. 

4. Focalização no défice de competências

Ao sairmos da atual crise e ao entrarmos potencialmente noutra, não devemos perder de vista o panorama geral - que os desafios estruturais, tais como o aumento do fosso de competências, continuarão a dificultar o mercado de trabalho até os enfrentarmos de frente. Sabemos que a adaptabilidade está no cerne da resiliência da carreira. Mas a nossa investigação mostrou um desencontro entre o nível de risco pessoal compreendido de um indivíduo e a sua vontade de tomar medidas para o enfrentar. Os empregadores precisam assim de se intensificar e desempenhar um papel na informação dos trabalhadores sobre os riscos para os seus empregos, identificar o que precisam para o crescimento futuro, e as oportunidades disponíveis - em vez de simplesmente complementar o pessoal com talentos vindos de fora da empresa. Fazer tal compromisso de investimento em competências é menos oneroso para a organização a longo prazo, colmata as lacunas de competências antes que estas se agravem, e aumenta o envolvimento e a lealdade dos trabalhadores. 

5. Repensar os esquemas de proteção

Embora o número de colaboradores atípicos, tais como freelancers, trabalhadores gig, trabalhadores temporários ou a tempo parcial tenha aumentado durante algum tempo devido a um mercado de trabalho em mudança, a pandemia expôs de forma muito acentuada a vulnerabilidade destes colaboradores numa crise - com um custo significativo para a sua saúde mental. É encorajador ver alguns governos aplicarem salários estatutários por doença aos trabalhadores independentes ou à economia gig, bem como as empresas que estão a estender a proteção aos seus trabalhadores independentes ou temporário. E embora aplaudir os nossos profissionais de saúde possa ser um sinal de apreço, precisamos de repensar os nossos sistemas de proteção social de forma mais fundamental. Na Adecco, temos vindo a defender há algum tempo um novo contrato social; agora tornou-se uma questão de urgência. O nosso esboço para um Novo Contrato Social de Trabalho no Século XXI oferece uma visão que identifica, resolve, e alinha as expectativas e responsabilidades de todos os intervenientes no mercado de trabalho. Estender as proteções sociais aos colaboradores que normalmente não as têm, não é apenas uma questão de justiça social, e deixar de ver o trabalho e os colaboradores como apenas uma mercadoria, é também uma medida importante para a resiliência da economia.

Reposição do normal

Uma das características que nos torna humanos resilientes e nos ajuda a recuperar das dificuldades, é a nossa capacidade de esquecer o passado. Caso contrário, seria impossível seguir em frente. Mas ao esquecer também reside um perigo, que na nossa tentativa de recuperar desta crise o mais rapidamente possível, podemos voltar automaticamente a aplicar comportamentos que talvez não nos tenham servido bem, em tempos.

O trabalho que temos pela frente pode ser assustador. Mas voltar ao 'normal' não é uma opção. Não vamos ajudar a perpetuar um sistema partido. Tal como definimos no Grupo Adecco, a ambição final tem de ser uma realidade que faça com que o futuro funcione para todos. As palavras importam, sim. Mas o que importa ainda mais são as ações.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde e segurança
Perante a situação atual da pandemia do COVID-19 e enquanto nos esforçamos para proteger toda a noss

A Demência não constitui, por si só, um fator de risco para a infeção pelo COVID-19. No entanto, a idade avançada e a existência frequente de comorbilidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou diabetes, tornam as pessoas com Demência mais vulneráveis e colocando-as no grupo de risco. Este facto torna-as mais suscetíveis a apresentarem sintomas mais graves se contraírem o vírus.

À luz destas preocupações, o que podemos fazer para proteger os nossos séniores e, especialmente, quem tem Demência?

Como minimizar a exposição ao COVID-19?

Em casa, as pessoas com Demência podem precisar de mais lembretes sobre a importância de manter as boas práticas de higiene no seu dia-a-dia. Assim:

  • Coloque pequenas mensagens na casa de banho e em outros lugares da casa para lembrar a pessoa de lavar as mãos por 20 segundos;
  • Mostre à pessoa, de forma calma, como lavar as mãos corretamente. A pessoa com Demência pode ter dificuldades em lembrar-se da sequência dos movimentos de lavar as mãos. Faça com ela um passo de cada vez. Poderá ser também útil imprimir uma figura da Direção Geral de Saúde com as instruções de lavar as mãos. Cante com a pessoa a sua música favorita por 20 segundos ou use um sabonete com uma fragância que ela possa gostar;
  • Mantenha a pessoa com Demência ocupada com atividades que envolvam as mãos, como arrumar a roupa de uma gaveta, dobrar toalhas, ver álbuns de fotografias ou fazer trabalhos manuais, visto que é recomendado que as mãos permaneçam afastadas do rosto;
  • Reduza ao máximo as visitas a fim de evitar possíveis riscos. Pode ser igualmente importante estabelecer contactos com amigos ou familiares que possam, por exemplo, ir às compras ou à farmácia, de modo a que se diminua o número de saídas de casa.
  • Para além dos riscos associados à doença, as mudanças nas rotinas criam desafios para quem cuida ou vive com uma pessoa com Demência. Geralmente, as pessoas com esta doença são muito sensíveis a mudanças nas suas rotinas, e alterações às mesmas podem deixá-las agitadas. É importante falar com a pessoa, explicar o que está a acontecer e validar as suas preocupações e emoções.

O que fazer em isolamento social e/ou em quarentena?

  • Ajude a pessoa com Demência a estabelecer uma rotina diária estruturada para ocupar o seu tempo e envolve-a na execução de algumas tarefas domésticas simples, como ajudar na cozinha na preparação de uma refeição ou pôr água nas plantas da casa;
  • Realize atividades diurnas que envolvam alguma mobilidade a fim de ajudar a melhorar a qualidade de sono à noite da pessoa com Demência e prevenir quedas no domicílio, como exercícios físicos simples e jardinagem;
  • Realize atividades em casa que a pessoa costuma gostar, de modo a reduzir a ansiedade associada à menor realização de atividades no exterior. Incentive a pessoa a envolver-se em atividades como ler um livro em conjunto, ver álbuns de fotografias para estimular a partilha de histórias, pintar, ouvir o álbum de música favorito dela, ver um filme e jogar (por exemplo, puzzles, dominó e jogo de damas).
  • Incentive a pessoa a falar com membros da família ou amigos distantes por telefone ou videochamada;
  • Evite expor a pessoa com Demência à visualização de informações sobre a pandemia durante muito tempo de forma a não a sobrecarregar com este tema. A visualização das notícias uma ou duas vezes por dia é suficiente;
  • Utilize jornais on-line para orientar a pessoa para a data e a altura do ano.

Por fim, o cuidador deve lembrar-se de cuidar de si mesmo, descansar e fazer algo de que goste. O surto do COVID-19 está a criar mudanças difíceis para todos, mas, pela sua saúde e da pessoa com Demência, é importante que siga as recomendações provenientes de instituições oficiais e se mantenha positivo e esperançoso a fim de continuar a apoiar a si mesmo e à pessoa que está a cuidar.

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Nota: 
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Propostas
A pandemia Covid-19 provocou uma crise sem precedentes nos sistemas de saúde em todo o mundo, e em Portugal, o Serviço Nacional...

São medidas simples e de rápida implementação, “porque o tempo urge”, que visam garantir que os cidadãos que não são beneficiários da ADSE ou de qualquer outro subsistema de saúde público ou privado ou que não têm seguro de saúde, que é o caso da maior parte da população portuguesa e a mais desfavorecida, não ficam para trás.

Deste modo, a FNS sugere que seja que os estabelecimentos integrados no Serviço Nacional de Saúde utilizem as requisições de prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico (MCDT) para as entidades convencionadas com o SNS. 

Por outro lado, pede que sejam lançadas novas convenções, “através de um rápido procedimento de adesão para consultas e técnicas de especialidade a que poderiam aderir todas as unidades de saúde licenciadas para cada uma das valências, bem como todos os médicos com consultório privado e inscritos no respetivo Colégio da Ordem dos Médicos. 

E que seja permitido que os meios complementares de diagnóstico, “cuja necessidade resultem dessas consultas, possam ser encaminhados para o Setor convencionado, nos mesmos termos em que o são as requisições dos médicos de família da rede pública de cuidados de saúde primários”.

Bruno Henriques, presidente da FNS, considera que “com estas três medidas serão dados passos decisivos para que não se repitam os números dramáticos dos últimos meses. É essencial tratar dos doentes com Covid-19, mas não podemos deixar os outros doentes sem resposta. A saúde não pode ter ideologia, todos temos de colaborar, é uma questão de solidariedade e humanidade. Não podemos perder tempo com questões ideológicas enviesadas que atrasam a tomada de decisões”.

No documento a FNS recorda que o setor convencionado com o SNS, tem mais de 4.000 postos de atendimento e constitui uma rede de proximidade que coloca a quase totalidade da população portuguesa a menos de meia hora de distância dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (análises clínicas, medicina física e reabilitação, radiologia, cardiologia, hemodiálise, gastrenterologia, medicina nuclear)

Esta rede de convencionados produz para o SNS mais de 300.000 atos por dia, mais de 100 milhões de atos por ano, dando resposta a cerca de 60.000 requisições médicas ao dia, ou seja, mais de 20 milhões de requisições por ano, o que representa mais de 90% da produção total do SNS, em ambulatório. 

Salientando ainda que a convenção de cirurgia que, através da participação da hospitalização privada no programa SIGIC – Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, tem tido um contributo decisivo, nos últimos anos, na recuperação das listas de espera para cirurgia.

Alternativa biológica sem risco para ambiente e saúde
A startup portuguesa Inokem desenvolveu uma solução biológica de futuro para a limpeza urbana. Esta solução orgânica e...

O glifosato é o ingrediente ativo dos herbicidas mais utilizados no mundo, servindo para eliminar as ervas daninhas em ambientes urbanos e também para fins agrícolas. Apesar de não haver certezas sobre os efeitos da exposição das pessoas ao glifosato, este pode ter um impacto negativo na saúde das pessoas, tendo sido considerado, em 2015, pela Organização Mundial da Saúde, um “carcinogénico provável para o ser humano”.

Em 2017, os representantes da União Europeia discutiram a utilização do glifosato, que viu a sua licença prolongada até 2022, altura em que vai ser feita uma nova avaliação.

Por sua vez, em dezembro de 2019, foi discutida no Parlamento português a utilização deste herbicida tendo em vista a restrição da sua utilização, que acabou por não ser aplicada. Já nos Açores, foi aprovada, em setembro deste ano, a proibição de utilização de glifosato em espaços públicos.

Foi por este motivo que a Inokem, no ano de 2019, desenvolveu o Biosupra 360. Esta solução alternativa desenvolvida por esta empresa portuguesa é “amiga” do ambiente, sendo orgânica, de componente biológica. Além disso, garante a segurança das pessoas que utilizam as vias públicas no período de limpeza urbana, bem como daqueles que aplicam a solução.

Esta solução alternativa é já utilizada nas vias urbanas (passeios, estradas, valetas e caminhos, áreas industriais, áreas urbanas, espaços verdes, vias-férreas, canais, etc.), por parte de algumas câmaras municipais, juntas de freguesia, e empresas de limpeza urbana no país, num total de mais de 30 entidades públicas e privadas.

“O Biosupra 360, que surge como uma alternativa de futuro na limpeza urbana, consegue cumprir a sua função secundária de deservagem biológica, ou seja, de eliminar as ervas daninhas, e permite ainda limpar e desodorizar os passeios, garantindo sempre a segurança das pessoas”, explica o CEO da Inokem, Pedro Santos Martins.

Entretanto, a Inokem lançou uma campanha de sensibilização, onde irá plantar uma árvore por cada embalagem de Biosupra 360 comprada.

 

Com a ajuda de profissionais de saúde
Sabe o que fazer se o seu bebé tiver convulsões, engasgar ou em caso de envenenamento? A BebéVida, laboratório de...

“Cuidar de um recém-nascido é uma tarefa que exige muita atenção dos pais, que devem sempre estar preparados para agir em situações de risco com calma e eficiência”, afirma a enfermeira La Salete Cruz, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que explica aos pais o que fazer em diversas situações.

A BebéVida aposta também em conteúdos mais ligeiros, como, por exemplo, os cuidados a ter com a pele do feto e do recém-nascido. “A pele do feto está mais ou menos completa e bem definida a partir das 34 semanas. E esta pele serve como uma barreira, que deve também ser protegida. Esta deve ser, portanto, cuidada, mas nunca hidratada. A pele do bebé é tão permeável, que tudo o que colocamos nela é absorvido, por isso, o produto utilizado, por exemplo, depois do banho, deve ser neutro, para não agredir a pele”, explica a enfermeira.

Os vários vídeos explicativos da enfermeira La Salete Cruz podem ser visualizados aqui.

O projeto “Mamãs Sem Dúvidas”, totalmente online, foi criado com o objetivo de oferecer um maior acompanhamento a pais e futuros pais durante a pandemia da Covid-19. É composto por uma academia e um blog com diversos conteúdos construídos com o apoio de profissionais de saúde. Os pais que tenham interesse em saber mais devem fazer o registo, para ter acesso a todas as novidades, e consultar no site da BebéVida a área de eventos com os próximos workshops que se vão realizar gratuitamente online sobre os mais diversos temas.

 

 

 

Covid-19
Segundo a informação avançada hoje na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, as equipas multidisciplinares criadas no...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Assim, entre 30 de junho e 4 de novembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 19.119 pessoas foram alvo desta intervenção.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

20 mil euros para projeto vencedor
A Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos e o Banco Carregosa vão atribuir, pelo 4º ano consecutivo, o “Prémio Banco...

Dos projetos apresentados a concurso, serão distinguidos três, com prémios no valor global de 25 mil euros, distribuídos da seguinte forma: 20 mil para o projeto vencedor e cinco mil para duas menções honrosas.

A entrega de prémios está marcada para hoje, com início às 21h30, no Salão Nobre da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto. A cerimónia vai contar com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e do ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que vai realizar uma conferência, emitida por streaming.

O presidente do Júri desta edição é o presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa.

O presidente da SRNOM, António Araújo, destaca que "o prémio se insere no objetivo de tentarmos ter alternativas de financiamento para a investigação clínica em Portugal, algo que se tornou possível graças a esta parceria com o Banco Carregosa". Visando em termos gerais promover a investigação clínica em Portugal, "o prémio tem como objetivo específico incentivar os jovens médicos a participar ativamente nestes processos, dado que estão mais sensibilizados para este tipo de questões e a área da investigação pode mesmo constituir-se como uma saída profissional para os novos médicos".

Para Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Banco Carregosa, "a gratidão da sociedade aos investigadores clínicos e médicos, que dedicam as suas vidas a descobrir formas de tratar ou prevenir doenças, cuidando assim do bem-estar de todos, vai muito para além deste prémio. Mas na medida das nossas possibilidades, o Banco Carregosa quer estar presente, dirigindo uma boa parte da sua responsabilidade social para a área da saúde".

Projetos premiados  

A 4ª edição do Prémio distinguiu como vencedor o investigador André Moreira, com o “Desenvolvimento e validação de biomarcadores no ar exalado para identificar e endotipar asma em crianças e adultos”.

Este trabalho foi publicado na forma de três artigos originais cujo mérito é a translação entre a imunologia básica e a sua aplicabilidade clínica, nomeadamente pelo desenvolvimento e validação de biomarcadores não invasivos, rápidos e simples de obter e que possam ser utilizados no auxílio à decisão clínica quer para diagnóstico quer para endotipar a doença e, assim, de forma personalizada decidir o plano terapêutico.

O médico refere que «em todos os trabalhos foi obtida aprovação da Comissão de Ética, os participantes ou os seus cuidadores deram o seu consentimento informado e todos os procedimentos foram em respeito da Convenção de Helsínquia». Realçando que «o objetivo comum foi desenvolver e validar método não invasivo de avaliação clínica relacionada com o diagnostico, fenotipagem e endotipagem de asma».

A primeira menção honrosa foi atribuída à investigadora Ana Catarina Fonseca, com o projeto “Imagem cardíaca no acidente vascular cerebral isquémico de causa indeterminada“, tendo como objetivo “determinar se os indivíduos com AVC de causa indeterminada têm na ausência de fibrilhação auricular, em imagem de ressonância cardíaca, parâmetros morfológicos e hemodinâmicos da aurícula que sejam indicadores de um estado protrombotico semelhantes aos encontrados em doentes com fibrilhação auricular”.

A segunda menção honrosa distinguiu João Lobo, médico patologia do IPO, com o trabalho de investigação "Novos biomarcadores epigenéticos com valor diagnóstico, prognóstico e preditivo de resposta à terapêutica em doentes com tumores de células germinativas do testículo”.

Doença genética
É uma doença quase desconhecida que se estima que afete 1 em cada 20 mil pessoas.

Rita Caetano nunca tinha ouvido falar nesta patologia quando soube que o filho sofria de Raquitismo Hipofosfatémico. Apesar de se tratar de uma doença hereditária, frequentemente com transmissão ligada ao cromossoma X, não se conhece outro caso nesta família.

A suspeita de que algo de errado se poderia passar com o filho partiu da pediatra, quando o menino tinha pouco mais de um ano de idade. “A pediatra do nosso filho alertou-nos que algo não estava bem logo quando ele começou a dar os primeiros passos, aos 18 meses. O sinal visível de que algo se passava era a ligeira curvatura que tinha nas pernas”, conta acrescentando que Gabriel foi imediatamente encaminhado para uma consulta de ortopedia, realizando análises e múltiplos exames radiológicos de forma regular até aos três anos. “Até essa idade nada é feito além do acompanhamento através dos exames e consultas, isto porque, até essa idade a curvatura das pernas poderia inverter ou normalizar”, explica a mãe. Aos três anos, Gabriel é assistido por um nefrologista para confirmar o diagnóstico que assolou esta família. “Foi tudo muito rápido”, revela Rita que após um mês conheceu o nome da doença que afetava o filho. “Já tinhamos ouvido falar em Raquitismo e nunca acerca do raquitismo hipofosfatémico ligado ao cromossoma X”, recorda admitindo que, até aqui, foi invadida por inúmeros receios. “Passou-nos o pior pela cabeça. Desde poder ser nanismo, de ter algum problema renal grave, como tem a cabecinha ligeiramente mais alongada achamos que poderia ter algo grave a nível neurológico”, explica acrescentando que, numa situação destas, “é inevitável não pensarmos no futuro, ainda mesmo sem saber o diagnóstico, e não sentir medo de que o nosso filho possa não vir a ter uma vida normal”.

Com o tempo, e pouco a pouco, a família foi adaptando-se à nova realidade sempre com vontade de aprender mais sobre a patologia. “Sabíamos muito pouco ou nada desta doença, ficámos a conhecer mais no dia do diagnóstico e após isso começámos a nossa pesquisa, o nosso estudo de forma a termos mais conhecimento sobre a mesma e foi nessa altura que as dúvidas foram aparecendo. Como por exemplo: se o nosso filho ia no futuro ter uma estatura dita normal, se iria ter complicações renais, se sofreria de dores musculares ao longo da vida, se poderia ter uma vida normal, que género de deformidades ósseas poderia vir a ter, se afetava a parte cognitiva”, revela Rita Caetano que desde o primeiro momento contou com todo o apoio da equipa médica que passou a seguir o filho. “fomos sempre, até ao momento, muito bem acompanhados e esclarecidos (…) pelos profissionais de saúde” que lhe transmitem “muita força, confiança e esperança no tratamento e na evolução do Gabriel”.

Sendo esta uma patologia que resulta de defeito no gene PHEX (um gene associado ao cromossoma X) e que leva a que os rins percam fosfato originando a falta de mineralização do osso em crescimento, o seu tratamento consiste na «correção» deste erro.

Gabriel encontra-se, há pouco mais de seis meses, a receber um tratamento inovador que consiste na toma de uma solução injetável, por via subcutânea, de um anticorpo monoclonal (um tipo de proteína) concebido para reconhecer e ligar-se à proteína FGF23 – a proteína que faz com que os rins parem de reabsorver o fosfato para a corrente sanguínea -, bloqueando a sua atividade. Isto permite que os rins reabsorvam o fosfato e restaurem os níveis normais de fosfato no sangue dando hipótese a remineralização dos ossos e dentes.

Rita Caetano está muito confiante com este tratamento, uma vez que já nota alguma melhoria - “ainda que pouca” - na curvatura das pernas e na estatura do menino.

Hoje, com o seu testemunho, espera sensibilizar mais pessoas para a existência desta patologia e deixar uma mensagem de esperança a outras famílias, onde o Raquitismo Hipofosfatémico possa estar presente.

“Quando há amor nada é impossível. Ao início é um choque e muita informação ao mesmo tempo. Mas, não se deixem ir abaixo porque estes pequenos grandes guerreiros precisam de nós, do nosso amor e da nossa força”, apela.

“Pela nossa experiência posso dizer que aprendemos a viver com a doença do nosso filho e crescemos muito enquanto seres humanos. Ele sofre desta patologia, mas faz tudo o que uma criança “normal” faz, salta, brinca, tem uma energia incrível e é um amor de menino e é nisso que nos agarramos”, termina.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade económica
A Emergência abem: COVID-19, nome da iniciativa lançada em março deste ano pelo Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, é...

A Emergência abem: COVID-19 presta apoio no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a portugueses em situação de vulnerabilidade económica e social provocada pela pandemia. Este prémio, além de representar um importante reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido, irá permitir que mais cidadãos fragilizados pela COVID-19 possam continuar a aceder à saúde de que precisam para viver neste período de maiores incertezas. Os 20 mil euros preconizados serão agora incorporados no Fundo Emergência abem: COVID-19, especialmente criado para esta iniciativa e a ela integralmente dedicado.

O Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos explica que "os Prémios Caixa Social nasceram para dar resposta a anseios e preocupações da sociedade, acompanhados e apoiados dentro do propósito, sustentabilidade e papel social que cabe a uma instituição como a Caixa Geral de Depósitos. Celebramos cada parceria e depositamos, em cada instituição, a nossa confiança, continuando a acreditar que aquilo que cada um de nós faz importa e procurando converter as boas ideias em valor efetivo para a sociedade".

No âmbito do apoio da Caixa Geral de Depósitos, para Paulo Moita de Macedo este "é o caso do projeto Emergência abem: COVID-19, apresentado pela Associação Dignitude, que perspetiva garantir a 200 beneficiários o acesso a medicação indispensável à sua sobrevivência e apoio indireto a 400 cidadãos, familiares e/ou cuidadores. Premiar esta iniciativa significa apoiarmos a adesão à terapêutica, através da toma da medicação necessária para manter a saúde, evitar o agravamento de doenças e/ou comorbilidades, promover o bem-estar emocional e o aumento da qualidade de vida dos beneficiários no seu todo. Significa, uma vez mais, cumprir o propósito dos Prémios Caixa Social", conclui o responsável.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

 

Ciência de Dados e Inteligência Artificial
Três dos 12 projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no âmbito do concurso “AI 4 COVID-19:...

O montante global do financiamento atribuído aos três projetos, intitulados “VIRHOSTAI - Descoberta do interatoma vírus-hospedeiro: uma abordagem guiada por inteligência artificial e dados multi-ómicos”, “Lung@ICU - Ferramentas avançadas para diagnóstico e prognóstico em pneumologia @ Cuidados Intensivos” e “Um sistema de documentação de interface entre necessidades clínicas e de ciências dos dados para enfrentar o desafio da COVID”, ultrapassa os 700 mil euros.

O projeto “VIRHOSTAI” é liderado por Irina de Sousa Moreira, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), e vai focar-se no desenvolvimento de uma plataforma inovadora capaz de propor novas terapias especificamente desenhadas para o tratamento da COVID-19.

No contexto atual, afirma a investigadora, “é imprescindível uma identificação célere e fidedigna dos alvos terapêuticos e candidatos a fármacos para que apenas os melhores avancem para ensaios pré-clínicos e clínicos. Para tal, é fundamental maximizar o aproveitamento do enorme volume de dados gerado durante o combate mundial à pandemia e dos mais recentes avanços em tecnologias computacionais inteligentes para acelerar e otimizar a procura por soluções terapêuticas de difícil obtenção com metodologias tradicionais”.

Assim, clarifica a também docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), “através da utilização de algoritmos inovadores no domínio da inteligência artificial, ir-se-á interligar dados ómicos e biofísicos de forma a prever correlações e interações fármaco-alvo associadas ao sistema vírus-homem (vhDTIs), caracterizando-se também as mais relevantes propriedades e mecanismos biológicos do SARS-CoV-2”.

Esta investigação, que obteve 240 mil euros de financiamento, vai ser desenvolvida em parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID) e a Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID) da Universidade de Lisboa.

Já o projeto Lung@ICU, coordenado por Paulo de Carvalho, do Laboratório de Informática Médica do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), propõe desenvolver um conjunto integrado de ferramentas de diagnóstico e prognóstico baseado em Inteligência Artificial (IA), com base em auscultação remota de som torácico e tomografia por impedância elétrica (EIT). Recebeu 238 mil euros de financiamento e integra investigadores do CHUC, abrangendo a experiência na área clínica e científica da pneumologia.

Esta investigação visa essencialmente responder a três grandes desafios enfrentados nos atuais ambientes hospitalares para combater doenças pandémicas, designadamente dificuldades no diagnóstico e avaliação adequada dos pacientes com COVID-19, escassez de profissionais treinados em pneumologia e unidades de cuidados intensivos (UCI) e necessidade de ferramentas de apoio à decisão adequadas para o diagnóstico e prognóstico preciso da evolução da doença.

“Devido às medidas de proteção individual exigidas aos profissionais de saúde, como os fatos de isolamento, e ao requisito de manter uma distância segura dos pacientes infetados, os métodos de observação e diagnóstico tradicionais como a auscultação não são exequíveis, o que gera dificuldades no diagnóstico e avaliação adequada dos pacientes com COVID-19, mesmo por pneumologistas experientes”, fundamenta Paulo de Carvalho. Por outro lado, salienta, “a natureza pandémica deste surto levou à escassez de profissionais treinados em pneumologia e Unidades de Cuidados Intensivos. Por exemplo, muitos profissionais de outras áreas (em alguns países, até estudantes de medicina) foram recrutados para evitar o colapso dos serviços de saúde”.

Para além disso, o facto de a doença COVID-19 ser “altamente imprevisível, por exemplo, a condição dos pacientes pode evoluir muito rapidamente (em questão de horas), aumenta a necessidade de ferramentas de apoio à decisão adequadas para o diagnóstico e prognóstico oportuno e preciso da evolução da doença para apoiar, principalmente, profissionais menos treinados”, sublinha ainda o docente da FCTUC.

O terceiro projeto financiado pela FCT – “Um sistema de documentação de interface entre necessidades clínicas e de ciências dos dados para enfrentar o desafio da COVID” – é liderado por Miguel Castelo-Branco, investigador do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (Cibit), e obteve um financiamento de 239 mil euros. Centra-se em gerar uma ferramenta de data science e apoio à decisão a nível hospitalar e desenvolver uma linha de teleapoio e neuroreabilitação à distância que mitigue a dificuldade em organizar respostas.

“Este tipo de ferramentas é crítico numa fase em que é necessário dar resposta ao tremendo impacto da COVID. Pretende-se o desenvolvimento de um sistema de fácil utilização e manutenção, com diversas funcionalidades que visam a melhoria dos registos clínicos eletrónicos e apoio à investigação e decisão clínica, no contexto da atual pandemia”, frisa o coordenador do projeto. Partindo do trabalho prévio de colaboração entre o CHUC e a UC em Sistemas de Informação da Saúde e Registo de Saúde Eletrónico, o desenvolvimento do sistema proposto “assume importância cada vez mais decisiva para o sucesso e a qualidade da prestação de serviços de saúde, uma vez que ele permitirá melhorar a transmissão e uso da informação relativa a serviços de saúde, entre os diversos intervenientes, assegurando o entendimento da informação, quer pelos sistemas, quer pelos utilizadores”, esclarece.

O também docente da Faculdade de Medicina da UC sublinha ainda que o projeto irá disponibilizar uma “ferramenta de investigação clínica, fundamental no apoio à tomada de decisões clínicas complexas, no contexto da COVID, com enfoque em doenças do neurodesenvolvimento (Hospital Pediátrico de Coimbra) e crónicas do adulto, como a diabetes (Serviço de Endocrinologia dos CHUC)”.

Para a Vice-Reitora da UC com o pelouro da investigação, Cláudia Cavadas, o financiamento obtido “reflete a capacidade da comunidade científica da Universidade de Coimbra em dar resposta a desafios globais, interdisciplinares e que venham a ter impacto na sociedade”.

Impacto da pandemia
Desde o início da pandemia, em Portugal, os hospitais públicos já cancelaram 96 mil cirurgias. No entanto este número pode...

De acordo com o Jornal de Notícias, que avançou hoje com a informação, até ao final do ano é expectável que muitas outras cirurgias fiquem por realizar, já que o Ministério da Saúde determinou que os hospitais do SNS podem suspender durante o mês de novembro a atividade assistencial não urgente “que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”.

A juntar estes dados, o Ministério da Saúde prevê o número de consultas médicas realizadas nos hospitais sofra uma quebra de 12,5 em relação ao ano passado. Quanto às cirurgias, revela o jornal Público, a tutela estima que este ano termine com uma quebra de 21,6%. Isto significa que, a manterem-se as projeções, se realizem menos um milhão e meio de consultas e 152 mil operações, comparativamente ao ano passo. Estes dados baseiam-se nos valores que fazem parte das projeções apresentadas na nota explicativa do Orçamento de Estado 2021 para a saúde.

Quanto aos centros de saúde, de acordo com o documento, a estimativa do Governo é a de recuperação com uma projeção de 31,6 milhões de consultas realizadas.

 

Opinião
Numa época em que as crianças e os adolescentes são alvo de inúmeras solicitações e se encontram mer

Dormir bem faz parte de uma vida saudável, não sendo possível ficar mais do que uns poucos dias sem dormir, sob pena de graves danos para a saúde física e mental e, em última análise, sob pena de morte por “esgotamento”. Por muito que queiramos, não podemos impedir a sensação de precisar de dormir, tal como, mais cedo ou mais tarde sentimos fome ou sede quando não comemos ou não bebemos.

Para termos saúde não nos basta respirar, comer e beber. Também precisamos de afecto, segurança, cultura, felicidade e exercício físico, mas a actividade a que dedicamos mais tempo ao longo de toda a nossa vida (ocupa em média 8 horas por dia, o que quer dizer um terço da nossa vida) é dormir. No entanto, e apesar de muitos estudos já efectuados sobre esta questão, ainda não se sabe ao certo porque temos necessidade de dormir, nem o que verdadeiramente provoca o sono e nos faz bocejar!

Tanto quanto se sabe, dormir é uma necessidade fisiológica de todos os animais, pelo menos dos mais “evoluídos”, embora os padrões do sono não sejam os mesmos em cada espécie: enquanto as baleias e os golfinhos dormem com “metade do cérebro” e com um olho aberto e o outro fechado, os peixes “dormem de olhos abertos”, porque não têm pálpebras, reduzindo a sua actividade, se possível em esconderijos ou encostados aos fundos e os ursos dormem como os outros mamíferos nos meses mais quentes e “hibernam” por longos períodos de tempo nos meses mais frios do ano.

No entanto, se dormir é necessário, também pode ser perigoso: enquanto se dorme, reduz-se a regulação térmica do organismo (o que facilita a hipotermia ou a hipertermia), diminui o controlo sobre a respiração (a língua cai para trás, os músculos da faringe relaxam-se, diminui o reflexo da tosse, acumula-se expectoração) e baixa o nível de alerta (menor capacidade de escapar dos predadores e de lidar com situações de risco).

A duração do sono varia de espécie para espécie e é influenciada pelos riscos de se correm quando se dorme. Cada espécie animal, consoante a sua vulnerabilidade, o meio ambiente em que vive, a disponibilidade de abrigo, o nível de protecção fornecido pelos progenitores e pelos restantes elementos do grupo (no caso de espécies gregárias), tem o seu esquema próprio, existindo animais que dormem até 18 a 20 horas por dia, como a cobra píton e o morcego e outros que não chegam a dormir 2 horas, como a girafa, passando pelo gato e pelo rato, com cerca de 12 horas diárias de sono e pelo chimpanzé, que quase chega a 10 horas.

Afinal, o que é dormir e o que é o sono?

Existem muitas respostas diferentes para esta questão, podendo dizer-se, de uma forma simplista, que “dormir é passar do estado de vigília (acordado) para o estado de sono”, pressupondo-se que estes dois estados são conscientes e que quem está a dormir não está inconsciente, como sucede durante as anestesias, em estado de coma ou após um traumatismo craniano grave.

O sono e a vigília fazem parte dos estados da consciência e alternam-se, periódica e regularmente, segundo ritmos biológicos adaptados ao ritmo solar, designados por ritmos circadianos, que também regulam a temperatura corporal, a produção de hormonas, a tensão arterial, o nível de alerta, a força muscular, a coordenação motora ou a capacidade de aprendizagem.

Em 2017, o Prémio Nobel em Fisiologia ou Medicina foi atribuído a três investigadores norte-americanos pelos seus estudos sobre o controle do ritmo circadiano: isolamento dos genes que codificam as proteínas PER, TIM e DBT (cujos níveis oscilam segundo um ciclo de 24 horas) e definição dos mecanismos da sua inter-regulação e da sua sincronização pela luz solar.

O sono, propriamente dito, pode ser definido como um período de repouso para o corpo e a mente, durante o qual a vontade e a consciência estão em inatividade parcial ou completa, havendo uma suspensão, temporária e variável, das actividades perceptivas, sensoriais e motoras.

O sono deve ter início sensivelmente à mesma hora, em cada período de 24 horas, e dele deve resultar uma sensação de restabelecimento da energia física, psíquica e intelectual. O número ideal de horas de sono é aquele que faz com que a pessoa acorde naturalmente, com a sensação de ter dormido o suficiente e com capacidade para cumprir as suas tarefas.

É possível “ficar a dever“ algumas horas de sono, por alguns dias, e depois compensá-las sem grandes prejuízos para a saúde, mas um grande défice de sono provoca alterações metabólicas e endócrinas que geram doenças, reduzem o desempenho cognitivo e aumentam o risco de acidentes. Neste caso, podemos mesmo adormecer por exaustão (durante uma noitada de estudo ou ao conduzir o automóvel por períodos longos, por vezes sob a forma de micro-sonos mas às vezes sob a forma de um “apagão”), mas esse processo não é fisiológico e não gera um sono natural.

As crianças pequenas têm tendência para o avanço de fase do sono (acordam cedo) e os adolescentes têm tendência para o atraso de fase do sono (adormecem tarde), o que complica a vida familiar, social e escolar e interfere com o rendimento intelectual e físico

Tal como em muitas outras espécies, também na espécie humana o número diário de horas de sono diminui com a idade, sendo os seguintes os seus valores médios:

  • Recém-nascido - 18 a 20 h (em blocos de 3 a 4 horas ao longo das 24 horas)
  • 1 mês - 16 a 18 h (em blocos de 3 a 4 horas ao longo das 24 horas)
  • 4 meses - 13 a 18 h (inclui duas sestas de 2 a 3 horas)      
  • 6 - 12 meses - 14 a 15 h (inclui duas sestas de 1 a 2 horas)
  • 12 – 24 meses - 12 a 14 h (inclui uma ou duas sestas de 1 a 2 horas)                               
  • 3 - 6 anos - 11 a 13 h (pode ou não incluir uma sesta de 1 a 2 horas)      
  • 6 – 12 anos - 10 a 11 h                     
  • Adolescência - 9 h                            
  • Idade adulta - 7 a 8 h                        
  • Terceira idade - 5 a 7 h

Durante os seis primeiros meses de vida, o bebé tem o sistema nervoso pouco maduro e necessita de dormir muito tempo e comer muitas vezes, pelo que os períodos de sono se intercalam com as mamadas e com pequenos períodos de vigília, de uma forma regular ao longo das 24 horas. Só a partir dos seis meses de idade é que o sono começa a ser influenciado pelo ciclo noite/dia e pelos hábitos familiares, passando a criança a dormir por períodos noturnos longos, sem necessidade de se alimentar.

É esta a melhor altura para criar na criança bons hábitos de sono, associando a hora de dormir a uma rotina securizadora (banho, chupeta, fraldinha, peluche…) e ensinando-a a distinguir o dia da noite.

A mecânica do sono

Para obter uma boa relação entre os benefícios e os perigos do sono, cada espécie desenvolveu uma “mecânica” própria do sono, com alternância de períodos de sono profundo, de sono leve e mesmo de pequenos despertares, o que permite que o sono cumpra as suas importantes funções biológicas sem comprometer demasiado a segurança.

Na espécie humana o sono decorre por ciclos, fases e estágios bem definidos, com diferentes níveis de profundidade.

Nos adultos, um período normal de 8 horas de sono é formado por 4 ou 5 ciclos de 90 a 120 minutos, cada um deles estruturado em duas fases - não REM ou lento e REM ou paradoxal - e cinco estágios (REM é o acrónimo de Rapid Eye Movement, que significa Movimentos Oculares Rápidos).

O sono não REM inclui o estágio 1 (adormecimento e sono muito leve, que dura entre 5 e 15 minutos e em que existe uma sensação de queda, há movimentos lentos dos olhos e movimentos corporais involuntários bruscos), o estágio 2 (sono leve, que dura entre 5 e 15 minutos e em que desce a temperatura corporal, baixa a frequência cardíaca e há movimentos lentos dos olhos) e os estágios 3 e 4 (sono profundo e muito profundo, que dura entre 10 e 30 minutos e em que há “recuperação” do corpo e há movimentos lentos dos olhos).

O sono REM inclui o estágio 5 (sono paradoxal, que dura cerca de 10 minutos no primeiro ciclo e mais tempo nos ciclos seguintes e em que ocorrem os sonhos, há actividade cerebral semelhante à da vigília, movimentos rápidos dos olhos e uma paragem quase total dos movimentos corporais). No final de cada fase REM inicia-se outro ciclo de sono não REM e por aí fora até ao despertar.

O tempo de sono não REM vai diminuindo ao longo da noite e o tempo de sono REM vai aumentando. Podem ocorrer vários episódios de micro-despertar, que não afectam a qualidade do sono. Em geral o sono não REM ocupa 75% do tempo de sono e o sono REM 25%.

O estado de sono é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais típico, essencialmente diferente do padrão do estado de vigília e dos demais estados de consciência e que tem características próprias em cada um dos estágios do sono. Este facto permite, através de estudos electroencefalográficos (EEG), estudar pormenorizadamente o padrão de sono de cada pessoa e ajuda no estudo das insónias e da apneia de sono, entre outras perturbações do sono-vigília.


Falta de concentração e dificuldades na aprendizagem estão associadas a uma má qualidade do sono

As funções do sono

Dormimos para que:

  1. o nosso corpo recupere do cansaço, regenere os níveis energéticos, reorganize o sistema hormonal e reabilite o sistema imunitário;
  2. o nosso cérebro se “arrume”, isto é, selecione a informação a guardar, consolide a memória, forme a memória de longo prazo, reorganize as conexões neuronais e elimine os resíduos metabólicos tóxicos (durante o sono, as células cerebrais “encolhem” e aumentam o espaço entre si, o que facilita a eliminação de substâncias nocivas acumuladas durante a vigília).

Na realidade, enquanto dormimos:

  • desce a tensão arterial (aumenta no final da noite);
  • diminui a secreção de cortisol (aumenta no final da noite);
  • aumenta a secreção de hormona de crescimento (promoção da síntese proteica, do crescimento e da reparação tecidular);
  • diminui a produção de leptina e aumenta a de grelina (diminui a sensação de fome);
  • melhora a memória do sistema imunitário;
  • diminui a temperatura corporal;
  • diminui a actividade do aparelho digestivo (digestão, motilidade intestinal);
  • consolida-se a(s) memória(s);
  • faz-se o processamento afectivo, a recuperação emocional e a elaboração inconsciente da personalidade (associada aos sonhos, na fase REM).

Quando não se dorme o suficiente ou se dorme mal surgem problemas de vária ordem:

  • irritabilidade (birras, indisciplina, agressividade…);
  • comportamento hiperactivo;- ansiedade, depressão;
  • sonolência diurna;
  • falta de concentração e dificuldade de aprendizagem;
  • menor ritmo de crescimento;
  • debilidade do sistema imunitário;
  • maior risco de obesidade ou de anorexia nervosa.

O sono e a aprendizagem

A consolidação da(s) memória(a) passa pela selecção, organização e transferência de dados da memória de curto prazo, (guardados no hipocampo pela acetilcolina), para o neocortex, onde se transformam em memória de longo prazo.

O processo de esquecimento durante o sono é tão importante quanto o do armazenamento das informações. Sem esquecimento, o cérebro entraria em colapso, por absoluta incapacidade de armazenamento e de gestão de um volume exagerado de dados, a maior parte dos quais é absolutamente dispensável e não contribui em nada para o nosso desempenho e para a nossa felicidade.

A emoção é a chave de entrada das informações no neocórtex.
Os factos ocorridos durante estados emocionais fortes (agradáveis ou desagradáveis) são mais facilmente selecionados para se transformarem em memória de longo prazo. Se o estado emocional for excessivamente intenso, o efeito pode ser o oposto, e o facto é apagado da memória. Outro factor facilitador da formação da memória de longo prazo é a necessidade de preservar as informações obtidas durante o dia, como sucede com a matéria de estudo, com as obrigações laborais e com o agendamento de compromissos importantes, mas estes aspectos pressupõem a existência de um substrato afectivo ligado ao imperativo.

Alguns estudos têm mostrado que o processo de formação dos diversos tipos de memória não é simultâneo:

  • nos estágios 1 e 2 do sono não REM (sono mais leve) guardam-se as informações ligadas à aprendizagem dos movimentos (andar, falar, comer, escrever, tocar um instrumento musical, apertar parafusos, andar de bicicleta ou de patins, jogar ténis ou golf), que constituem a memória mecânica;
  • nos estágios 3 e 4 do sono não REM (sono mais profundo) guardam-se as informações ligadas ao conhecimento do nosso meio ambiente (localização das divisões da casa, percurso de casa para a escola, para o trabalho ou para a praia, esquema de um circuito de manutenção, arrumação da dispensa ou da biblioteca, organização das máquinas do ginásio), que constituem a memória espacial, sem a qual nos perderíamos e estaríamos sempre desorientados;
  • no sono REM guardam-se as informações ligadas ao conhecimento mais intelectual (científico, literário, cultural, filosófico, musical, social), aprendido nas escolas, locais de trabalho, espectáculos, conferências ou meios de comunicação social, que constituem a memória intelectual.

É muito importante compreender a organização temporal e a hierarquia destes três tipos de memória, porque é evidente que seria muito difícil explorar o mundo sem nos perdermos (memória espacial) antes de ter aprendido a andar e a executar uma enorme série de tarefas (memória mecânica), do mesmo modo que não seria fácil aprender uma língua ou matemática, conhecer os clássicos da literatura, declamar uma poesia ou saber de cor as letras das nossas canções favoritas sem ter assimilado devidamente as competências motoras e de orientação. Isto é: primeiro o corpo, depois o espaço e finalmente o intelecto.

Não se sabe se foi uma necessidade hierárquica que nos fez deixar para as fases finais do sono o processo de memorização intelectual ou se isto aconteceu por acaso. O certo é que, se queremos memorizar devidamente aquilo que aprendemos ao longo do dia, precisamos de tempo adequado de sono não REM (para consolidar as memórias mecânica e espacial) e de sono REM (para consolidar a memória intelectual). E isto só se consegue dormindo bem e por tempo suficiente. Quem dorme pouco e mal aprende pouco e mal…

Uma outra questão prende-se com o horário de adormecer e de acordar. O rendimento do dia seguinte não é o mesmo se nos deitarmos mais cedo ou mais tarde: se dormirmos 8 horas, das 22h às 6h, temos durante o tempo de vigília de 16 horas 3 “janelas favoráveis à aprendizagem” que perfazem 11 horas, mas se dormirmos apenas 5 horas, das 2h às 7h, ficamos 19 horas acordados, temos as mesmas 3 “janelas favoráveis à aprendizagem” mas estas apenas perfazem 9 horas.

Por outro lado, e salvo algumas excepções, fazer uma “noitada de estudo” ou “directa” na véspera de uma prova não é bom sistema: quando não se dorme bem, não se memoriza bem o que se estudou e, na hora da prova, o aluno vai estar sonolento e desatento, raciocina mal, comete mais erros e demora mais a responder.

As sestas

Dormir uma ou duas sestas de uma a três horas faz parte do padrão normal de sono das crianças pequenas (dos 4 a 6 meses até aos 3 a 5 anos), servindo estas sestas longas para consolidar a memória e a aprendizagem e para melhorar o comportamento e o rendimento escolar.

As crianças que se deitam tarde dependem muito das sestas para atingirem a sua quota normal de sono. Nesses casos, a sesta deverá ser permitida ou até encorajada, independentemente da idade.

As sestas curtas dos adultos (até 20 a 25 minutos) servem para relaxar, melhorar a digestão, baixar a pressão arterial, melhorar o rendimento intelectual e laboral e reduzir a sinistralidade.

As sestas longas dos adultos reduzem o tempo de sono noturno e fragmentam-no, retirando um ou dois ciclos de sono por noite, o que reduz muito o tempo útil de sono REM (este problema acentua-se muito na terceira idade, quando o sono já não é naturalmente muito longo e reparador).

Dormir bem (ou não…)

Para dormir bem é necessário:

  • ter um bom estado de saúde geral;
  • ter horas certas para dormir e acordar (mesmo ao fim de semana e nas férias);
  • criar rotinas relaxantes antes de dormir (ouvir música calma, beber um chá calmante ou leite morno, reduzir a intensidade da luz, ouvir uma história, fazer as orações, etc.);
  • criar um ambiente favorável ao sono: quarto escuro, silencioso e pouco aquecido, cama confortável, roupa leve e respirante ou mesmo dormir sem roupa;
  • comer pouco ao jantar;
  • não ingerir líquidos em grande quantidade antes de dormir;
  • fazer exercício físico regular (de preferência no início do dia);
  • estar exposto à luz solar durante o dia…

O que nos tira o sono (os principais inimigos do sono):

  • consumo de álcool, café, chá preto, chocolate, substâncias com histamina, tabaco, bebidas e drogas estimulantes… (+ no final do dia);
  • toma de medicamentos (diuréticos, hormonas esteroides e tiroideias, anti-epilépticos, alguns antidepressivos…);
  • não ter horas certas para dormir e para despertar/”noitadas”;
  • trabalho por turnos/viagens longas inter-fusos horários (jet lag)
  • dormir sestas > 30 minutos (válido para adultos)
  • ruído, luz intensa, muito calor ou frio;
  • comer muito antes de deitar;
  • preocupações, ansiedade, stress;
  • pesadelos (“sonhos maus”);
  • actividades excitantes: filmes, jogos, redes sociais… (+ no final do dia);
  • fazer exercício físico intenso (+ no final do dia)…
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Seminário
A GS1 Portugal promove, esta manhã, uma conversa sobre “Ecossistemas de Saúde: Lições & Desafios” em tempos de pandemia....

Depois da abertura da sessão que estará a cargo de Ulrike Kreysa, Senior Vice President da GS1 Healthcare, o primeiro painel do Seminário, moderado pela jornalista Fernanda Freitas, terá como oradores Joaquim Cunha, Executive Director da Health Cluster Portugal; Pedro Simas, Group Leader do Instituto de Medicina Molecular (IMM), assim como os representantes do Infarmed e do INSA. Os pontos em debate passarão pelas implicações e perspetivas para o negócio durante a pandemia, a segurança dos utentes, a necessidade de alinhamento e de uma estrutura global que permita uma maior rastreabilidade e os desafios da cadeia de valor na área da saúde.

Na segunda parte da sessão, juntam-se os oradores João Marques Gomes, Chairman da Nova Saúde; Nuno Loureiro, Diretor de Supply Chain do Centro Hospitalar Lisboa Norte; e Pedro Lima, Supply Chain & Operations do Grupo Luz Saúde, para debater a cadeia de abastecimento dos hospitais, os mais recentes constrangimentos e inovações registados, a importância da digitalização no processo logístico e o motor de aceleração dos desafios, vindo do novo normal.

Por fim, Cátia Gouveia, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço, da GS1 Portugal, apresentará os resultados do mais recente Estudo de Benchmarking de níveis de serviço no setor da saúde, partilhando também alguns testemunhos de entidades participantes.

Através deste Seminário online, com dois painéis de excelência, os convidados terão oportunidade de conhecer as lições retiradas pelos players do setor da saúde na gestão da crise pandémica e dos desafios que ainda precisam de ser solucionados dentro da cadeia de valor deste setor.

Para informações adicionais sobre este Seminário de Saúde, por favor consultar o site da GS1 Portugal. Para assistir à sessão, os interessados deverão inscrever-se através deste link.

 

 

 

Estudo Health Trends 2020
A pandemia de COVID-19 veio transformar a prestação nos serviços de cuidados de saúde e alterar, por tempo prolongado, a forma...

A 6ª edição do estudo Health Trends 2020 da Mercer Marsh Benefits (anteriormente designado de Medical Trends Around the World), revela que 68% das seguradoras prevê um aumento do número das despesas relacionadas com diagnósticos, cuidados e tratamentos ao COVID-19.

As seguradoras admitem aumentos com os custos dos planos de saúde oferecidos pelas empresas e que continuem a superar a inflação em 2021. Em 2019, as seguradoras reportavam aumentos com custos na ordem dos 9.7%, sendo pouco menos de 3 vezes a taxa de inflação. Em 2020, preveem um aumento de 9.5% com despesas médicas, que é aproximadamente 3.5 vezes a taxa de inflação. Em 2021, 90% afirma que esta tendência se irá manter ou aumentar.

Paulo Fradinho, Country Business Leader da Mercer Marsh Benefits em Portugal refere: “O COVID-19 impactou profundamente a sociedade e economia, e em especial os cuidados de saúde. Pelo que acreditamos que as despesas com os mesmos vão continuar a aumentar, desta vez devido a questões relacionadas com o trabalho remoto e o estilo de vida mais sedentário, que incluem doenças do foro mental e musculoesqueléticas, e as preocupações constantes com as implicações a longo-prazo que o COVID-19 trará para a saúde mental e física.”

“Com o objetivo de responder aos novos desafios impostos pelo trabalho remoto e conter os custos, as empresas precisam de repensar radicalmente o leque de benefícios que oferecem aos colaboradores e de que forma poderão apresentá-los.”, afirma Paulo.

A crise de COVID-19 veio destacar as fragilidades dos atuais sistemas de benefícios, muitos dos quais são ainda em suporte de papel, o que impossibilita a sua consulta ou gestão remotamente. Com uma procura crescente, por parte dos colaboradores, por soluções que possam oferecer benefícios adicionais, por exemplo, na área da saúde mental, cuidados preventivos e uma gama amplificada de serviços digitais e online, as seguradoras estão cada vez mais a tentar ampliar o seu conjunto de soluções.

O estudo revela ainda um aumento no número de seguradoras que oferecem consultas médicas virtuais, ou “teleconsulta”, com 59% a afirmar que esta solução foi uma parte ativa da abordagem atual do plano de gestão, aumentando 38% face a 2019. Além disso, 55% refere que os seus planos cobrem agora iniciativas de saúde preventiva, como rastreios, e 20% indica estar ainda em fase de testes ou com planos já desenvolvidos, prontos para serem implementados nos próximos 24 meses. Os planos de saúde das empresas continuarão a ter um papel importante no que respeita a assegurar as necessidades de saúde dos seus colaboradores. Por exemplo, pouco mais de metade das seguradoras espera que os planos de saúde das empresas possam cobrir uma vacina para o COVID-19, especialmente na América Latina.

Foram ainda encontradas lacunas no que respeita ao apoio à saúde mental, apesar do aumento de pedidos verificados durante a pandemia. A título de exemplo, o aconselhamento psicológico online não é ainda generalizado, com apenas um terço das seguradoras a oferecer uma cobertura para tal; e 32% a afirmar que não providenciam planos com cobertura de serviços de saúde mental. Isto apesar do facto de em todas as regiões, a taxa privada das seguradoras, os sistemas de saúde comparticipados pelos planos das empresas serem mais eficazes que os sistemas de saúde públicos no que respeita à oferta de atos preventivos, diagnósticos e tratamento de perturbações mentais.

Os custos médicos têm vindo a superar cerca de 3 vezes mais a inflação geral nos últimos anos e este ano a tendência repete-se com um novo fator: a pandemia global de COVID-19. O impacto da pandemia nos custos tem variado com base em fatores como a natureza das despesas tipicamente cobertas nos planos de saúde ou a duração/escala dos confinamentos que afeta a utilização destes mesmos planos.

Em Portugal, a taxa de crescimento estimada em 2019 com custos médicos era de 1.5%, sendo que a taxa de inflação estimada neste ano rondava os 0.3%. Em 2020, a taxa projetada com custos médicos fixa-se nos 2.0%, sendo que a previsão da taxa de inflação é de -0.2%.

Segundo Paulo Fradinho, Country Business Leader da Mercer Marsh Benefits Portugal, “À medida em que as despesas com a saúde aumentam e a recessão espreita, é importante que cada vez mais empresas consigam assegurar que os benefícios que providenciam aos seus colaboradores têm como objetivo melhorar a saúde, bem-estar, produtividade e o seu compromisso. A saúde dos colaboradores é um bem crucial para as empresas, ajudando-as a gerir a performance do negócio e a gerir o risco de forma eficaz. Os planos de saúde devem ser vistos como um investimento nas pessoas.”

O estudo Health Trends 2020 da Mercer Marsh Benefits contempla informação recolhida de planos de saúde de empresas distribuídos por 59 países, à exceção dos Estados Unidos da América, entre o início de junho e meados de julho de 2020. Este ano, o estudo contém uma tabela adicional com tendências quantitativas anuais na área da saúde, tendo por base dados recolhidos junto de aproximadamente 240 seguradoras, e ainda um índice respeitante aos aspetos financeiros das coberturas de seguros.

Atividade assistencial e cirúrgica
Atendendo ao atual contexto de saúde pública e no decorrer das reuniões que tem vindo a manter com o Ministério da Saúde ao...

Em comunicado, a Lusíadas Saúde revela que, desde o inicio da pandemia “tem vindo a atuar ativamente no apoio aos cidadãos portugueses contribuindo com a sua atividade diária, nos seus 13 hospitais e clínicas, para a diminuição das manifestas necessidades no âmbito da atividade assistencial e cirúrgica dos seus Clientes tradicionais e da realização de mais de 1.500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde”

O despacho proveniente do gabinete da Ministra da Saúde, de 03 de novembro de 2020, indica que as unidades do Serviço Nacional de Saúde, face à implementação do plano de contingência, deverão ver suspensa “a atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes”. Esta circunstância de contingência implica um crescimento ainda mais acentuado das listas de espera, que atualmente já se encontram na ordem de 1 milhão de consultas, 100 mil exames e mais de 60 mil cirurgias.

Atendendo à situação, a Lusíadas Saúde está a preparar duas das suas unidades hospitalares para receber utentes do serviço público de saúde. Sendo que é o norte do país é a região que mais dificuldades tem tido na sua capacidade de resposta, os Hospitais do grupo em Braga e no Porto estão prestes a “contribuir de forma ainda mais ativa no combate à pandemia Covid-19 e à imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não covid-19”.

Adicionalmente, o grupo privado de saúde tem vindo a ter contatos diretos com a ARS Norte e iniciado o processo de adesão ao acordo que, para além da duplicação da capacidade instalada para SIGIC – já informada e em operação –, irá permitir o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda. “Por outro lado, está ainda a ser ultimada a negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para poder acelerar ainda mais a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas”, avança em comunicado.

Segundo a Lusíadas Saúde, o Hospital Lusíadas Porto está ainda a estudar a possibilidade de ajustar o seu perfil assistencial para poder contribuir para o internamento de doentes com Covid-19 e aguarda a atualização do respetivo protocolo por parte do Ministério da Saúde, que deverá assentar na experiência associada à duração média de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos e nos respetivos custos efetivos suportados pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

O grupo reitera, deste modo, a sua disponibilidade para colaborar com o Ministério da Saúde no combate à pandemia, bem como na redução das necessidades urgentes não Covid da população portuguesa. “Mais do que nunca, acreditamos num único Sistema de Saúde a servir os Portugueses”, sublinha.

 

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