Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), liderada por Ana Telma Pereira, está a desenvolver um...

A ideia para o projeto, intitulado “COMBURNOUT”, surgiu do facto de “verificarmos, com a nossa investigação, mas também no contacto com os estudantes, que os alunos de medicina e de medicina dentária têm níveis elevados de stresse, ansiedade e depressão”, conta Ana Telma Pereira.

Além disso, sublinha a psicóloga e investigadora do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, “temos constatado que certos traços de personalidade, ou seja, da sua maneira típica de pensar, sentir e comportar-se, são mais prevalentes nestes estudantes, como o neuroticismo e, principalmente, o perfecionismo. Estes são fatores de risco para o sofrimento psicológico, pois diminuem as competências emocionais para lidar com o stresse”.

Segundo a investigadora, são vários os fatores de risco que potenciam o Burnout nos estudantes de medicina e medicina dentária, nomeadamente, por exemplo, “o ambiente competitivo, a elevada carga horária e a grande quantidade de avaliações e de matérias. Devido à combinação destes fatores, quase metade dos estudantes de medicina e medicina dentária sofre de burnout – significativamente mais do que os estudantes de outras áreas”.

“Devido ao estigma, vergonha e ao próprio perfecionismo, a maioria dos estudantes não procura ajuda e o problema tende a piorar ao longo da formação e carreira médica”, salienta Ana Telma Pereira.

O burnout carateriza-se por vários sintomas que ocorrem na sequência de um período prolongado de intenso stresse relacionado com o trabalho ou os estudos, levando a pessoa a sentir-se completamente esgotada, sem recursos emocionais e físicos.

No caso dos estudantes de medicina, alerta a especialista da FMUC, “as consequências do burnout são graves: depressão, ideação suicida, uso e abuso de álcool e de outras substâncias psicoativas… Este estado de exaustão e desânimo pode levá-los a negligenciar a sua saúde e a dos outros, pois o burnout aumenta a probabilidade de erros e negligência médica”.

O projeto, que conta com 30 mil euros de financiamento do programa “Academias do Conhecimento” da Fundação Calouste Gulbenkian, é composto por duas fases. Na primeira, a equipa vai identificar os estudantes em risco para, depois, implementar um programa de intervenção em grupo (maioritariamente em formato online), focado na promoção de competências emocionais, como o mindfulness e a autocompaixão - abordagens terapêuticas que ensinam as pessoas a autorregularem os seus pensamentos e emoções, com benefícios cientificamente comprovados.

Na segunda fase do projeto, vai ser realizado um estudo experimental para testar a eficácia desta intervenção, tendo como objetivo final a disponibilização de um programa de intervenção totalmente manualizado e com boas evidências de impacto positivo na redução do burnout e perturbação psicológica em estudantes de medicina e medicina dentária.


Ana Telma Pereira, psicóloga e investigadora do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, lidera o projeto

“Estamos confiantes, porque já comprovámos, com estudos recentes, que se fomentarmos a autocompaixão podemos atenuar o stresse e o sofrimento psicológico potenciados pelo perfecionismo. A autocompaixão pode ser um antídoto para este veneno”, afirma a coordenadora do “COMBURNOUT”, referindo ainda que a equipa do projeto é constituída essencialmente por “psicólogas com formação e experiência em intervenções deste tipo, e por jovens médicos, que são internos de psiquiatria no CHUC e assistentes na FMUC; eles próprios passaram há não muito tempo por estas pressões”.

O programa “Academias do Conhecimento” da Fundação Calouste Gulbenkian, criado em 2018, destina-se a apoiar projetos que apostem na promoção de “competências para que as crianças e jovens de hoje sejam capazes de enfrentar um futuro em rápida mudança”.

Jogadores do Rio Ave abraçam esta campanha
Após assinalar o seu 28º aniversário com o lançamento das máscaras de proteção individual, a Associação Abraço lança dois novos...

A partir de hoje, os jogadores do Rio Ave Futebol Clube vão dar a cara pela campanha solidária #UnidospeloAbraço, que tem como objetivo angariar verbas para fazer face aos custos elevados que a Associação Abraço tem com os equipamentos de proteção individual, nas várias respostas sociais que estão ao dispor da população.

A iniciativa solidária #UnidospeloAbraço conta com cinco modelos de máscaras certificadas pelo CITEVE para o nível 3, que se adaptam ao estilo de cada um e que foram testadas para permeabilidade e retenção de partículas, constituídas por duas camadas de material respirável, confortável e adaptável. Na camada exterior a máscara é constituída por tecido 100% Algodão e no interior, conta com tecido 100% Polipropileno, que para além de proteger, oferece um toque colorido e divertido à máscara, que aguenta temperaturas de lavagem até 60º.

 

 

Vencedor da 2.ª Edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde
O protocolo “Uncovering novel prognostic and predictive epigenetic biomarkers in malignant testicular germ cell tumors”, um...

O cancro do testículo representa cerca de 1% dos cancros no homem, sendo diagnosticados 3 a 10 novos casos por ano em cada 100.000 homens, e demonstra um pico de incidência entre os 15 e os 34 anos. Atualmente, este cancro apresenta cerca de 95% de taxa de cura após tratamento. No entanto, apesar destes valores, os atuais métodos de diagnóstico e de vigilância clínica são invasivos e têm importantes limitações, e os tratamentos disponíveis apresentam toxicidade a longo-prazo, que pode resultar em infertilidade, novos tumores, doenças cardiovasculares, entre outros riscos.

Neste sentido, através do estudo da epigenética destes tumores, a equipa liderada por João Lobo, Médico Interno de Anatomia Patológica do IPO do Porto, pretende investigar novos biomarcadores epigenéticos que regulam a expressão dos genes das células tumorais e que, por sua vez, permitem identificá-las e destruí-las com baixa toxicidade. Deste modo, a equipa propõe-se a melhorar o tratamento dos jovens com tumores do testículo, proporcionando-lhes a melhor qualidade de vida possível.

O grande vencedor, anunciado na 2.ª edição da Conferência Leading Innovation, Changing Lives, que decorreu no dia 21 de outubro, recebeu um valor pecuniário de 10.000€ para a implementação do projeto. Nesta cerimónia, o júri atribuiu ainda duas Menções Honrosas, no valor de 1.500€ cada, aos seguintes protocolos de investigação:

“Mecanismos de inativação do segundo alelo em tumores associados à Síndrome de Lynch: uma nova fronteira na abordagem diagnóstica e terapêutica?”, do IPO do Porto;

“The eye as a window to the body: towards an algorithm for heart failure characterization”, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A edição deste ano do Prémio MSD de Investigação em Saúde contou com mais de 100 candidaturas, submetidas por equipas e instituições científicas de 28 áreas de interesse, onde se destaca a Oncologia, a Cardiologia, a Endocrinologia e a Infeciologia, provenientes de 14 distritos.

O Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção criada pela MSD, em 2019, tem como objetivo destacar projetos diferenciadores que apresentam real impacto para o avanço e melhoria da saúde em Portugal, de forma a permitir a sua implementação, estimulando, assim, a investigação científica junto das faixas mais jovens que seguem a carreira médica.

Covid-19
A unidade de Santo Tirso do Centro Hospital (CHMA) registou 13 casos de infeção por covid-19 – sete profissionais de saúde e...

O CHMA explicou os casos foram identificados após a realização de um teste com resultado positivo “realizado a um doente assintomático, a que ia ser dada alta”. Este facto levou a realização de vários testes que revelaram a infeção de sete profissionais de saúde e seis doentes internados.  

Segundo fonte hospitalar, ainda vão ser realizados testes a "todos os doentes internados na Unidade de Santo Tirso, bem como a todos os profissionais que trabalham no internamento". Não obstante, o CHMA garante já foram tomadas todas as medidas necessárias nesta situação.

 

Prevenção Cardiovascular
A doença cardiovascular continua a ser a principal causa de morte na Europa e no mundo apesar de tod

A existência de uma pandemia não pode ser desculpa para deixar de lado os cuidados com o coração. Devemos ficar atentos aos sinais e sintomas e nunca adiar a ida ao serviço de urgência ou ao cardiologista caso surjam.

A existência dos fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado, obesidade, fumo de tabaco, diabetes, sedentarismo e a história familiar aumentam a probabilidade de evento cardiovascular, e são esses os principais fatores alvos na prevenção.

Outros fatores como etnias, questões sociodemográficas, alimentares e comportamentais também explicam a diferença de risco cardiovascular entre os países e ao longo da história.

O acesso a um serviço de saúde de qualidade, a preocupação da saúde pública com estilos de vida saudáveis e a prevenção cardiovascular são essenciais para o controle da doença cardiovascular em Portugal.

O evento coronariano agudo é muitas vezes a manifestação inicial da doença aterosclerótica. Desta forma, identificar as pessoas assintomáticas precocemente é o grande desafio da prevenção para mudar o curso da doença. Existem várias escalas para avaliação de risco em indivíduos, o mais conhecido é o de Framingham, que inclui a estimativa em 10 anos de surgimento de eventos coronarianos, cerebrovasculares, doença arterial periférica ou insuficiência cardíaca, levando em consideração vários fatores de risco: colesterol, hipertensão, idade, sexo, diabete e tabagismo.

Através destas escalas é possível determinar se o risco de eventos cardiovasculares é baixo, intermédio, alto ou muito alto e então propor uma terapêutica individualizada. Além disso, doentes que possuam vários fatores de risco ou já tiveram eventos cardiovasculares apresentam sempre risco elevado de novo evento e devem ser classificados de forma diferenciada.

São vários os fatores de risco modificáveis.

A dislipidemia (colesterol) é um deles, sendo a porção LDL o mais relevante fator de risco modificável para doenças da circulação. O seu aumento está diretamente relacionado com os hábitos alimentares e, em alguns casos, com alterações genéticas.

A principal terapia não farmacológica é a nutricional: perda de peso e a prática de atividade física regularmente. Quando essas mudanças não são suficientes então o cardiologista dispõe de medicações para ajudar a diminuir o colesterol, sendo importante ressaltar que o tratamento farmacológico não exclui a necessidade da terapia não farmacológica, pois elas são complementares.

Grandes estudos internacionais reforçam que uma dieta isenta de ácidos graxos trans trazem grandes benefícios para reduzir o risco cardiovascular. Outro vilão na dieta são os ácidos graxos saturados, que por mais importante que sejam para algumas funções biológicas o seu consumo elevado está associado a efeitos severos do ponto de vista metabólico e cardiovascular. A substituição parcial por ácidos graxos poli-insaturados (ómega 3 e ómega 6) mostrou uma redução de até 17% nos eventos cardiovasculares.

O modo de preparação de alguns alimentos tem grande influência no seu teor de poli-insaturados finais: o mesmo peixe pode ter uma diferença de 220x apenas mudando o seu tipo de confecionamento.

A “Dieta Mediterrânica”, muito conhecida para diminuição do colesterol, baseia-se num estilo de vida saudável que privilegia a atividade física regular e a ingestão de alimentos de origem vegetal. Nos outros patamares da pirâmide observam-se alimentos que devem ser menos consumidos, lembrando que a água

deve ser a bebida de eleição diária. Em Portugal adotou-se a “Roda dos Alimentos” ao invés do sistema de pirâmide, visto que a apresentação da dieta desta forma faz lembrar um prato e as refeições à mesa e em grupo, típicas da cultura mediterrânica.

A diabetes é outro grande fator de risco para as doenças do aparelho circulatório, devendo ser identificada o mais precoce possível a fim de evitar seus danos ao coração, como a fibrose do músculo cardíaco e as arteriopatias periféricas, complicação essa muito comum e que pode levar a amputação dos membros.

A hipertensão arterial (HTA) é a doença crónica mais relevante em todo o mundo, afetando cerca de 1/3 da população mundial. Em Portugal os números não são diferentes: estima-se que 30% da população seja hipertensa, desses apenas metade sabem que têm a doença e dos que sabem só 25% estão medicados. Esse número cai para 11% se formos avaliar os que estão efetivamente controlados.

A causa da HTA é multifatorial sendo influenciada por genes e por fatores ambientais. À medida que as pessoas envelhecem a sua tensão vai aumentando de forma expressiva. A grande dificuldade de um diagnóstico precoce é que a doença, na sua grande maioria, não apresenta sintomas. Esse é o motivo também da baixa adesão ao tratamento uma vez que na fase inicial não há alteração na qualidade de vida. Quando a doença se torna sintomática pode já estar numa fase mais avançada, causando tonturas, dores de cabeça e dores no peito.

Assim com a dislipidemia, o tratamento da HTA inicia com terapia não farmacológica, como atividade física regular, diminuição da ingestão de sal, hábitos alimentares, redução de stresse e redução de peso.

Algumas curiosidades:

1. O café, bebida muito presente no dia a dia dos Portugueses, apesar de ser rico em cafeína, uma substância com efeito pressórico agudo, possui polifenóis que favorecem a redução da pressão arterial. Estudos recentes mostram que a ingestão em baixa quantidade não está associada a incidência de hipertensão nem a elevação da pressão arterial.

2. O alho possui vários componentes bioativos que podem fazer uma discreta redução dos níveis tensóricos.

3. O chocolate amargo, com pelo menos 70% de cacau, também pode promover uma discreta redução da pressão arterial devido à alta taxa de poliferóis.

4. O consumo regular de álcool está associado a um aumento, de forma linear, dos níveis pressóricos.

5. Alguns estudos mostraram relação da doença hipertensiva em doentes com deficit de vitamina D, entretanto não se observou melhoria dos níveis tensóricos após reposição vitamínica.

Um aspeto importante é saber como medir a nossa tensão arterial, visto não termos o mesmo nível durante o dia todo. A nossa tensão é oscilável e influenciada por vários fatores externos, os quais temos que tentar reduzir quando formos aferi-la.

Em primeiro lugar devemos estar num ambiente tranquilo e com temperatura amena. Devemos repousar pelo menos 10-15 minutos, sentados e com pernas descruzadas antes de verificá-la. Não devemos ter consumido substâncias estimulantes 30 minutos antes, como café, álcool, tabaco ou refrigerantes nem ter realizado atividade física nos 60 minutos anteriores. Devemos evitar as roupas apertadas e a bexiga deve estar vazia. O braço deve estar sempre apoiado sobre a mesa. Os medidores de braço são preferíveis aos de pulso.

Uma tensão de 130/80 é considerada normal dependendo da idade.

O tabagismo está correlacionado com aumento de risco em mais de 25 doenças, inclusive as cardiovasculares que aumentam 2 a 4 vezes nos fumadores. Portugal possui uma alta incidência de tabagismo: cerca de 20-26% da sua população. Sabe-se que os fumadores têm em média 10 anos a menos de vida comparados com os não fumadores, uma vez que mesmo após a cessação tabágica as substâncias tóxicas e cancerígenas atuam até 5-10 anos.

O tabagismo é considerado a causa de morte mais evitável em todo o mundo. Entretanto sabe-se que não é fácil parar, o apoio familiar e de amigos no início é essencial. Algumas mudanças de rotina ajudam a diminuir a dependência psicológica, já a dependência química por vezes é mais difícil de se ultrapassar sozinho, necessitando nesses casos de medicamentos que diminuem os sintomas da abstinência como: irritabilidade, depressão, insónia e aumento do apetite.

O Enfare do Miocárdio

A principal complicação da doença aterosclerótica é o enfare do miocárdio.

O enfarte do miocárdio ocorre quando há uma obstrução das artérias coronárias, responsáveis por levar oxigénio e nutrientes ao músculo cardíaco, o faz com que essas células do coração morram caso a ausência do fluxo não seja reestabelecida com urgência. O enfarte do miocárdio é uma emergência médica e deve ser tratado de imediato: a sua mortalidade pode chegar a 10%.

O reconhecimento dos sintomas é de grande importância para o tratamento precoce, uma vez que antes de haver a obstrução total da artéria o coração já dá sinais de que não está a receber sangue suficiente.

O principal sintoma é a dor no peito tipo aperto, geralmente relacionada com esforços. Pode haver irradiação para dorso, pescoço, braço e mandíbula. Além desses sintomas podem estar associadas náuseas, suores frios, falta de ar, sensação de desmaios e tonturas. Entretanto uma população específica (mulheres, idosos e diabéticos) podem apresentar sintomas totalmente atípicos como dor epigastro ou na barriga.

Deve procurar-se um serviço de urgência ou ligar ao INEM caso esses sintomas persistam por mais de 5 minutos em repouso. O tratamento consiste em desobstruir a artéria coronariana, hoje tendo como principal método o cateterismo cardíaco associado a angioplastia, que se baseia no implante do “Stent” a fim de reestabelecer o fluxo de sangue. O grande fator prognóstico da doença é o tempo entre reconhecer o enfarte e a realização da angioplastia. Dizemos na cardiologia que o “tempo é músculo”. Quanto mais rápido agirmos, mais rápido se reestabelece o fluxo para o coração e, desta forma, menos músculo cardíaco é afetado, minimizando os danos ao coração e a sua força de contração.

As cirurgias cardíacas de revascularização (bypass) são reservadas àqueles doentes com várias lesões das artérias coronárias ou naqueles onde não se consegue realizar a angioplastia.

As consultas regulares com o cardiologista, assim como exames periódicos, como o ecocardiograma e a prova de esforço, são capazes de detetar precocemente a doença aterosclerótica antes que haja a obstrução total da artéria.

Recomenda-se pelo menos uma consulta anual com um médico cardiologista para pessoas de baixo risco. Já os doentes com vários fatores associados ou que já tiveram algum enfarte devem consultar o médico especialista pelo menos 2 a 3 vezes por ano para um controlo mais rigoroso dos seus fatores de risco.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência de Imprensa
O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, garantiu hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está preparado para...

Na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia, o governante revelou que, a nível nacional, a taxa de ocupação de camas em enfermaria para doentes com Covid-19 é de 72%, registando-se uma maior incidência na região Norte, onde é de 76%.

“O aumento de casos verificado nas últimas semanas coloca, e continuará a colocar, uma pressão significativa sobre todo o sistema de saúde e, em particular nesta fase, sobre a saúde pública”, afirmou Diogo Serras Lopes.

O Secretário de Estado da Saúde observou que, relativamente aos valores registados em abril, se verificam “menores incidências proporcionais” de internamento em enfermaria e também em Unidades de Cuidados Intensivos, bem como uma diminuição do tempo médio de internamento, relativamente a abril e maio.

Passados sete meses sobre os primeiros casos registados em Portugal, o Serviço Nacional de Saúde está mais bem preparado, quer ao nível do reforço de recursos humanos profissionais (mais de 5.000, entre os quais 1.700 enfermeiros), e de equipamento, quer na execução do plano outono/inverno, cuja versão consolidada deverá estar disponível no final da semana.

“A serenidade é, especialmente em momentos de crise, essencial para que a resposta que estamos a dar seja a melhor possível, perante a incerteza e a preocupação que todos sentimos”, defendeu.

 

Coronavírus
Segundo dados, hoje, divulgados pelo secretário de Estado da Saúde, existem 129 lares com surtos ativos de Covid-19, que já...

No entanto, durante a conferencia de imprensa diária de atualização sobre a pandemia, Diogo Serra Lopes relativizou estes números, recordando que “em abril chegaram a ser bastante mais altos”.

Em abril, segundo o governante, havia mais de 300 lares com casos de infeção, sendo que na altura 2512 utentes e 1197 profissionais ficaram infetados.

“Os números que registamos atualmente são efetivamente bastante mais baixos do que os registados na primeira onda nos meses de março de março e abril apesar de o número de novos casos lares, como sabemos, ser mais elevado face essa altura”, sublinhou.

Relativamente ao número de profissionais de saúde infetados desde o início da pandemia até terça-feira, Diogo Serra Lopes disse que foram 5908, 727 dos quais médicos e 1651 enfermeiros.

Do total dos profissionais de saúde infetados, 4386 já recuperaram.

 

DGS
Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado, hoje, pela Direção Geral da Saúde, Portugal conta, desde o início da pandemia com 2...

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 16 óbitos, 2535 novos casos de infeção. 1340 doentes já se encontram recuperados, elevando para um total de 63238 casos de recuperação assinalados em território nacional.

O relatório da situação epidemiológica indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 980 óbitos (mais 4 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (898 +8), Centro (283 +2) e Alentejo (30 +1). Pelo menos 23 (+1) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há registo de óbitos associados à doença.

Em todo o território nacional, há 1.272 doentes internados, mais 35 que ontem, e 187 em unidades de cuidados intensivos, mais 11 do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 40804 casos ativos da infeção em Portugal – mais 1179 que ontem - e 55882 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 244 indivíduos.

 

Eficácia na condução e redução de sinistralidade
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) promoveu, pela primeira vez, uma ação de sensibilização sobre Condução de...

A ação de sensibilização, a cargo do Núcleo de Condução em Emergência (NuCE) do Departamento de Formação em Emergência Médica (DFEM), decorreu no passado dia 17 de outubro, nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Ovar e visou a melhoria da eficácia da condução, bem como a redução dos níveis de sinistralidade com veículos de transporte de doentes.

 Com uma abordagem teórico-prática, a ação de sensibilização teve a duração de 8 horas e abordou os seguintes temas: conceitos de condução defensiva, código da estrada e boas práticas na condução de veículos prioritários.

 De acordo com o responsável do NuCE, Rui Rebelo, esta foi “uma forma de massificar os conhecimentos na área da condução de veículos em marcha de emergência assinalada”, desta feita, junto de um dos parceiros do SIEM.

 

Avaliação feita pelo Consumer Guidance Institute Portugal
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) obteve a 4ª pontuação mais alta em matéria de inovações, de entre as...

A 4ª pontuação mais alta em matéria de inovações agora atribuída à ESEnfC teve em consideração, sobretudo, o número de patentes registadas naquele período temporal, mas também o fator de qualidade das inovações (citações posteriores a cada registo de patente) e o foco da inovação (avaliação a partir do website da instituição) que lhes estão associados.

Em causa estão sete patentes, detidas em exclusivo pela ESEnfC ou em cotitularidade com outras organizações: “Chupeta multifunções”, “Dispositivo de acondicionamento para sistemas de soros”, “Dispositivo de hidratação subcutânea”, “Dispositivo dispensador de luvas e desinfetante de mãos”, “Dispositivo para avaliação da temperatura em recipientes”, “Dispositivo para impedimento de entrada de ar na linha venosa” e “Dispositivo para recapsulação de agulhas”.

A ESEnfC surge neste ranking, divulgado no início do mês de outubro, logo após o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e o Instituto Politécnico de Bragança.

Para a Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, «o lugar alcançado é fruto do investimento que docentes e investigadores de enfermagem têm realizado na procura de soluções inovadoras para os cuidados de enfermagem», cujo desenvolvimento se fundamenta «nas necessidades das pessoas, na orientação da enfermagem e na colaboração de profissionais de outras áreas, como a engenharia».

O Consumer Guidance Institute Portugal (numa tradução livre, Instituto de Orientação do Consumidor de Portugal), pertencente ao Consumer Guidance Group, que existe por toda a Europa há já uma década, criou o Prémio Líderes Inovação Portugueses.

Dividido em quatro categorias principais – Empresas privadas, Universidades, Politécnicos e Organizações sem fins lucrativos –, este prémio visa reconhecer e louvar todo o setor de I&D (investigação e desenvolvimento) em Portugal.

 

Formato e-Learning
A 1.ª edição do e-Learning “Siga a Doença Vascular Pulmonar”, apoiado pela MSD, com o patrocínio científico da Academia...

Sob a coordenação do Professor Rui Baptista, Médico Cardiologista e Diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, este curso online é composto por cinco módulos, no fim dos quais os participantes deverão estar aptos a abordar o doente com tromboembolismo pulmonar agudo no serviço de urgência e durante o seu seguimento pós-evento; a conhecer a epidemiologia e fisiopatologia da HPTEC; a diagnosticar e referenciar doentes com HPTEC e a reconhecer as várias estratégias terapêuticas disponíveis para estes doentes. Os diferentes módulos que constituem este e-Learning deverão ser completados de forma sequencial, sendo que o profissional só poderá passar ao módulo seguinte após um momento de avaliação. No final do curso, será atribuído um Certificado.

 Os profissionais de saúde interessados podem fazer o registo e aceder aos materiais de apoio ao estudo através da plataforma: : www.sigaadoencavascularpulmonar.pt?utm_source=PR&utm_medium=Artigo&utm_campaign=HOSP_Pulmonary-Hipertension_HCP_E-learning-HP

A HPTEC condiciona a qualidade de vida dos doentes e reduz significativamente a sua longevidade, sendo que encurtar o tempo desde o início dos sintomas até ao tratamento, influencia favoravelmente o prognóstico. Neste sentido, o conteúdo programático do e-learning “Siga a Doença Vascular Pulmonar” e o seu formato online com sessões on demand estão pensados para garantir a atualização e aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais de saúde nesta área, de forma a promover um diagnóstico precoce e a introdução de terapêutica específica atempadamente.

 

No dia Mundial da Osteoporose
O homem-estátua esteve em performance mais de sete horas, estabelecendo o recorde mundial de “Mais Longa Performance de Estátua...

Este recorde mundial foi acompanhado por um júri que incluiu o animador e estátua-viva José Pedro Alves (Mozart Living Statue), o médico de medicina geral e familiar João Ramos e representantes da Amgen. Este recorde mundial será certificado pelo Cartório em Lisboa, da notária Melania Jones Dores Valente Ribeiro.

Staticman, o primeiro do mundo a trazer a arte da estátua-humana para a rua, em 1987, é detentor de cinco records mundiais, nove anos no Guinness Book of Records e detentor do recorde mundial de imobilidade com 20 horas, 11 minutos e 36 segundos. Agora, quase aos 60 anos, junta ao seu currículo o recorde mundial de “Mais Longa Performance de Estátua-Viva”, ação que realizou para quebrar recordes pela prevenção da osteoporose.

Staticman, António Santos de nome de nascença, destaca: “Foi para mim uma honra poder juntar-me a esta campanha de consciencialização para a osteoporose e estabelecer este recorde mundial de mais longa performance de estátua-viva. Criar esta personagem com aspeto de loiça quebradiça a mimetizar os ossos fragilizados pela osteoporose e aguentar as dores de mais de 7 horas em performance foi um desafio que agarrei com grande entusiasmo e espero que o seu impacto visual juntamente com a campanha completa, ajudem muitas pessoas a procurar o seu médico para saber mais sobre a osteoporose e sobre o seu impacto”.

“Quebrar Recordes pela Osteoporose” é o nome da ação que integra a campanha de consciencialização “Impeça a Osteoporose de Quebrar a Sua Rotina”, realizada pela Associação Nacional Contra a Osteoporose (APOROS), Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSReuma), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e a Sociedade Portuguesa das Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), e com o apoio da Amgen, no âmbito do Dia Mundial da Osteoporose.

A osteoporose afeta os ossos de cerca de 800 mil portugueses e é responsável por cerca 40 mil fraturas ósseas por ano, incluindo aproximadamente 12 mil fraturas da anca que são responsáveis por cerca de 1500 mortes anualmente. Em todo o mundo, estima-se que esta doença seja responsável por 8,9 milhões de fraturas por ano, o que equivale à ocorrência de uma fratura osteoporótica a cada 3 segundos.

“Panorama das Cirurgias à Coluna no SNS”
Portugal precisa de um registo nacional de patologias da coluna para avaliar devidamente o impacto e a necessidade de...

Este estudo foi realizado pela consultora multinacional IASIST e é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia (SPNC), da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), e conta ainda com o apoio das campanhas “Olhe Pelas Suas Costas” e “Josephine Explica a Escoliose” e da Escola Nacional de Saúde Pública. Os dados analisados refletem os procedimentos de artrodeses, artroplastias, discectomias, fixações dinâmicas, vertebroplastias, cifoplastias e descompressões realizados nos hospitais do SNS entre 2011 e 2017.

Nos seis anos que este estudo abrange os hospitais públicos portugueses trataram 51.578 doentes. No entanto, há uma tendência decrescente no número de procedimentos realizados em hospitais públicos, que se acentua de 2016 para 2017, números que podem estar relacionados com o facto de o setor privado dar uma resposta cada vez maior na área das cirurgias da coluna, como explica Miguel Casimiro, neurocirurgião e presidente da SPPCV: “a nossa prática em instituições privadas representa já uma enorme fatia do total dos cuidados prestados para o tratamento da patologia da coluna vertebral e precisamos de apurar o tamanho dessa fatia, quais as características dos doentes, que patologias têm e quais os tratamentos realizados, pelo que esperamos alargar o âmbito deste estudo no futuro”.

A mesma ideia é sublinhada por Domingos Coiteiro, neurocirurgião e presidente da SPNC. O especialista defende que “nenhum retrato do panorama nacional da cirurgia de coluna será fidedigno se não incluir o número avultado de procedimentos realizados nesse setor”. E reforça que nesta área “o desafio é enorme. Será imperativo quais os parâmetros e variáveis a analisar, uniformizar o registo de dados e assegurar a sua fiabilidade, incluir resultados, objetivo último da nossa atividade e incluindo a avaliação do doente”.

As assimetrias regionais nos diferentes procedimentos analisados por este estudo também são evidentes. Se por um lado há regiões onde determinados procedimentos não são realizados (como por exemplo Évora no caso das artrodeses por deformidades), há outros locais do país que estão acima da média na realização mesmo procedimento (neste caso temos por exemplo Braga, Bragança, Porto, Coimbra e Santarém). Nas regiões que estão abaixo da média, os números podem explicar-se pela eventual escassez de recursos técnicos para a sua execução e também pelas dificuldades da Medicina Geral e Familiar em referenciar as patologias da coluna.

Já as taxas de procedimentos muito acima da média registam-se particularmente junto de centros de tratamentos, o que se poderá explicar pela proximidade geográfica aos centros, já que as cirurgias à coluna podem representar procedimentos invasivos e com período de internamento prolongado, o que pode afastar os doentes que residem mais longe dos centros de tratamento.

Apesar destas assimetrias, José Guimarães Consciência, ortopedista presidente da SPOT, realça que “a cirurgia da coluna vertebral atinge, em Portugal e no mundo, uma percentagem significativa do número global das cirurgias efetuadas por patologia musculosquelética, o que lhe confere notoriedade no panorama global da saúde pública. E é a qualidade dos nossos cirurgiões e dos serviços clínicos onde eles exercem que tem contribuído decisivamente para uma melhoria dos padrões de vida diária dos doentes”.

Patologia musculoesquelética
Em Portugal, ainda é desconhecido o impacto causado pelas doenças do sistema músculo-esquelético, no

As lesões músculo-esqueléticas - a lesão ocupacional mais frequente na Europa - devem-se frequentemente a microtraumatismos repetitivos, resultantes de movimentos ou de posturas incorretas. Quando não diagnosticadas e tratadas atempadamente, este tipo de patologias, de que são exemplo as tendinites, nomeadamente a tendinopatia calcica, pode levar a importantes consequências físicas, psicológicas, familiares, sociais e económicas.

Nos últimos anos, com a evolução da medicina, tem sido evidente a progressão da cirurgia minimamente invasiva, a partir da imagem. A imagem, da qual a ecografia tem extrema importância, faz parte integrante de uma especialidade médica denominada Radiologia (adicional ao curso de medicina e que tem a duração de cinco anos, podendo os especialistas em Radiologia diferenciarem-se em Radiologia de Intervenção – formação adicional à especialidade de base) que confere ao especialista uma franca experiência na execução e controlo da técnica de ecografia, que é um ato médico. Por isso, a eficácia e segurança dos procedimentos da Radiologia de Intervenção, quando efetuada pelo especialista respetivo, é hoje uma realidade, permitindo o acesso atempado e adequado a procedimentos minimamente invasivos de diagnóstico e de tratamento. Desta forma, esta é cada vez mais uma alternativa a outras terapêuticas, nomeadamente as que implicam intervenção cirúrgica. Estamos a falar de procedimentos com grande capacidade e eficácia no tratamento de patologias comuns ao nosso dia a dia como tendinites cálcicas, ombro doloroso/congelado, fasceite plantar/esporão, dores no cóccix (coccigeodinia), infiltração articular ou tendinites do tendão rotuliano e de Aquiles.

A Radiologia de Intervenção possibilita então, uma intervenção segura, eficaz e uma rápida recuperação dos doentes. Porquê? É que quanto menor for a lesão tecidular para tratar uma patologia músculo-esquelética, menor será o dano provocado, com implicações diretas – e vantajosas – ao nível das taxas de complicação e dos tempos de recuperação. Por outro lado, estes procedimentos destacam-se por um menor aparato anestésico, custos mais baixos ou tempos de intervenção reduzidos, com os procedimentos a serem realizados em ambulatório (sem internamento) realizados por um médico com grande experiência nas técnicas, Médico Radiologista, recorrendo apenas à anestesia local e, consequentemente, proporcionando um maior conforto para os doentes.

São vários os exemplos de procedimentos de radiologia de intervenção músculo esquelética:

Barbotage ou “lavagem” de tendinite cálcica

Guiada por ecografia, consiste num único procedimento que permite a remoção da calcificação do tendão, com o conforto de anestesia local, “lavando-se” a calcificação com soro fisiológico. Este método, tal como a cirurgia e ao contrário de outras formas de tratamento, permite tratar pela extração da calcificação, responsável pelo quadro doloroso inflamatório, removendo a calcificação dos tendões de forma minimamente lesiva.

Hidrodistensão da cápsula articular no ombro congelado/ capsulite adesiva

Com técnica e controlo ecográfico, este procedimento permite controlar a dor e acelerar a recuperação da mobilidade do ombro. Para tal, procede-se à injeção de soro fisiológico intrarticulação, para libertar as aderências de forma minimamente lesiva, permitindo acelerar em muito o tempo de recuperação da capsulite retráctil, também conhecida como “ombro congelado”, que se manifesta por uma restrição progressiva da mobilidade do ombro.

Libertação da polia/ tratamento de dedo em gatilho

Com anestesia local e apenas utilizando um orifício de picada de agulha, procede-se à libertação da polia, pequena banda em arco sob a qual o tendão normalmente se movimenta com mínimo atrito. Trata-se de um procedimento rápido e com grande eficácia, sendo uma alternativa segura à intervenção cirúrgica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Formação
A SRCentro organiza mais um webinar, subordinado ao tema “Investigação na Prática Clínica”. Este webinar, que vai decorrer no...

Terá como intervenientes Eduardo Santos, Enfermeiro de Reumatologia e Membro Núcleo Investigação em Enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); o Enfermeiro Hugo Leiria Neves, Professor na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC); o Enfermeiro Pedro Sardo, Professor na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro; e o Enfermeiro Ricardo Ferreira, Chair do Comité de Profissionais Saúde de Reumatologia da EULAR (Liga Europeia Contra o Reumatismo), Membro do Núcleo Investigação em Enfermagem (CHUC) e Coordenador da Estrutura para a Qualidade Inovação e Promoção da Saúde (EQuiPS).

O evento, acreditado com 0,38 Créditos de Desenvolvimento Profissional pela OE, será moderado pelo Enfermeiro João Neves, Vogal do Conselho de Enfermagem Regional da SRCentro.

De acordo com International Council of Nurses (ICN), a procura de cuidados de saúde de qualidade, eficazes e eficientes colocou a investigação em enfermagem num lugar de destaque.

Segundo o comunicado enviado a SR Centro faz saber que “é através da investigação em enfermagem que podemos adicionar novos conhecimentos à nossa prática clínica, com benefícios evidentes para as pessoas, famílias e comunidades alvo dos nossos cuidados”.

“Atenta a este contexto, a SRCentro criou a EQuIPS, que tem como principal objectivo dotar os enfermeiros de conhecimentos em investigação clínica para que estes possam, cada vez mais, produzir e publicar investigação sobre o valor acrescentado dos seus cuidados (especializados)”, acrescenta.

Esta atividade integra o ciclo de webinares que a SRCentro está a dinamizar até ao final do ano, com o intuito de aproximar a Ordem dos Enfermeiros dos seus membros, promovendo os seus conhecimentos e o seu desenvolvimento científico e profissional.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória através do Balcão Único da OE aqui.

Investigação na área da reabilitação
A Fundação AFID Diferença apresenta a segunda edição do Prémio de Investigação Científica na área da Reabilitação Dra. Maria...

O lançamento do Prémio, que pretende homenagear a Senhora Doutora Maria Lutegarda, ex-Diretora da Fundação, falecida em 2016, que em vida sempre se empenhou em elevar o conhecimento na área, é também um incentivo para os académicos e para a Academia investigarem e aprofundarem reflexões na área da Reabilitação.

Este Prémio, que é uma iniciativa bienal, pretende também promover a inclusão social, o combate à discriminação com base na deficiência, a promoção da igualdade de oportunidades para estas pessoas na sociedade, assim como a sua autonomia e a sua participação, e a contribuição para a promoção de boas práticas na intervenção e, consequentemente, na melhoria de qualidade de vida das pessoas com deficiência e suas famílias.

A cerimónia vai decorrer de acordo com as regras de segurança definidas pela Direção-Geral de Saúde e vai contar com um número reduzido de convidados, devido ao contexto de pandemia causado pela Covid-19. Vão estar presentes os membros dos Órgãos Sociais da Fundação AFID Diferença, Jurados e personalidades convidadas.  A cerimónia vai ainda contar com vencedores da primeira edição do Prémio e personalidades convidadas.

Domingos Rosa, Presidente da Fundação AFID Diferença, afirma: “Pretendemos, com este Prémio, homenagear quem tanto contribuiu para a Fundação AFID Diferença enquanto incentivamos o avanço da investigação na área da Reabilitação, sempre tendo em vista a promoção da inclusão social daqueles que vivem com a Deficiência”.

A primeira edição do Prémio de Investigação Dra. Maria Lutegarda, que ocorreu em 2018, teve como vencedora Maria Cristina Marques Ferreira Simões, que recebeu um prémio no valor de 8000€ pelo projeto “A Qualidade de Vida de Crianças e Jovens com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental: Contributo para Educação Inclusiva”. Por sua vez, as duas menções honrosas, com o valor, cada uma, de 1500€, foram atribuídas ao trabalho “Transição para a Vida Adulta no Contexto da Deficiência, Estudo das variáveis pessoais e sociais associadas a um processo de sucesso e desenvolvimento de um modelo de intervenção inclusivo”, de Lúcia Maria Neto Canha, e ao trabalho “A investigação-ação no campo da Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental”, de Ana Sofia Pedrosa Gomes dos Santos.

Artrite Reumatoide
Comemora-se hoje, dia 20 de outubro, pela primeira vez, o “Dia Mundial dos Cuidados de Saúde Baseados na Evidência”. Trata-se...

Sob este mote foram selecionadas várias “histórias de impacto” relevantes internacionalmente das quais se destaca o projeto: "Reducing the impact of rheumatoid arthritis on people’s lives". Este projeto enquadra-se no doutoramento em Ciências de Enfermagem que está a ser realizado pelo enfermeiro Eduardo Santos e corporiza os esforços da equipa de investigação do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), liderado por José António Pereira da Silva.

Eduardo Santos explica que “o projeto estuda a hipótese de que o impacto da artrite reumatoide na vida das pessoas pode e deve ser melhorado através da introdução de intervenções adjuvantes visando os domínios não controlados do impacto da doença, especialmente depois de se conseguir a remissão do processo inflamatório.

Para o efeito, a equipa através da realização de uma revisão alargada foi capaz de identificar e caracterizar todas as intervenções não farmacológicas disponíveis, permitindo assim aos profissionais de saúde escolher e promover intervenções dirigidas para os domínios relevantes, utilizando uma estratégia centrada na pessoa.”

E continua dando nota de que “para promover a implementação destas intervenções na prática clínica, a equipa adicionalmente promoveu a realização das "Recomendações multidisciplinares portuguesas para intervenções não-farmacológicas e não-cirúrgicas em pessoas com artrite reumatoide", tendo integrado neste processo todas as sociedades científicas e associações de doentes relevantes de Portugal.”

Eduardo Santos refere ainda que “a equipa acredita que estas contribuições podem ter implicações importantes para uma mudança de paradigma na prática clínica e melhoria do atendimento aos doentes, promovendo o imperativo ético de colocar o impacto da doença na vida dos doentes no centro dos objetivos do tratamento. Para tal, é promovida a plena integração de intervenções farmacológicas e não farmacológicas, no contexto de uma equipa multidisciplinar.”

“Tendo o Serviço de Reumatologia do CHUC como lema “Promover Felicidade Mediante Cuidados de Excelência” é com empenho e orgulho que continuamos a contribuir para a melhoria de vida das pessoas”, declara Eduardo Santos.

 

Sistema inovador
O Hospital de Cascais instalou um novo sistema, à entrada das instalações, que permite a desinfeção, deteção de utilização de...

A entrada principal do Hospital de Cascais estará agora sujeita a este sistema de desinfeção automático, onde os utentes terão de passar por um túnel de nebulização de Ozono, uma ação que procede a passagem por um outro sistema que deteta automaticamente a máscara facial e mede a temperatura corporal. Este sistema emite um sinal luminoso (verde ou vermelho) que indica se o utente pode ou não avançar, estando estimada a passagem de 6 a 10 utentes por minuto.

“Este sistema que decidimos instalar no Hospital de Cascais é inovador, sustentável e pioneiro na área da Saúde em Portugal. Avançámos com a implementação deste projeto porque acreditamos que irá promover um acesso mais eficiente às nossas instalações e contribuirá para melhorar a experiência dos utentes, numa altura em que os hospitais são um dos locais onde as pessoas têm mais receio de ir”, explica José Bento e Silva, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais. “Assim, damos resposta a mais um desafio atual e reforçamos o nosso compromisso de cuidar sempre em segurança”, finaliza.

"Desde o primeiro momento que as marcas têm tido um papel importante no combate à pandemia. Além de redirecionarem estratégias de comunicação para a prevenção, têm adotado todo o tipo de medidas para um combate rápido e eficaz, não obstante de estamos perante um problema complexo e sem solução de curto prazo. A Jack The Maker, empresa de criatividade tecnológica, tem criado um conjunto de novas ferramentas no sentido de trazer de volta alguma normalidade a este «novo normal». É nesse sentido que a Jack The Maker e a Lusíadas Saúde se juntaram para desenvolver um Túnel de Higienização 2.0 com hardware e software adaptáveis a todo o tipo de contextos. Neste caso em particular, a solução desenhada servirá a entrada do Hospital de Cascais, garantindo a higienização dos tecidos expostos a quem visita o Hospital. Uma solução baseada num processo 100% natural”, adianta Ricardo Espada, CEO da Jack The Maker.

Este é um projeto piloto, desenvolvido através de uma parceria entre a Lusíadas Saúde e a Jack the Maker. O sistema instalado no Hospital de Cascais é um protótipo que funcionará como um teste, cujo objetivo passa por melhorar e garantir mais segurança no acesso à unidade de saúde, num sistema assente em tecnologias inovadoras, sustentáveis e eficientes.

 

Alertam os especialistas
No dia em que se assinala o Dia Mundial da Osteoporose, 20 de outubro, as sociedades profissionais de saúde e associações de...

Num documento de tomada de posição sobre a “Gestão da Osteoporose Durante a Pandemia da COVID-19”, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), a Sociedade Portuguesa das Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), a Associação Nacional Contra a Osteoporose (APOROS) e a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR) alertam que a osteoporose mata mais do que a COVID-19 e apelam aos serviços de saúde, às famílias em geral e aos cuidadores de idosos para que sejam reforçados, ao invés de esquecidos, todos os tratamentos e cuidados que visam prevenir a ocorrência de fraturas osteoporóticas. E lembram que o contexto de pandemia tem tudo para aumentar significativamente o número de vítimas da osteoporose.

“Estima-se que em Portugal morram, a cada ano, cerca de 1500 pessoas como consequência direta das cerca de 12.000 fraturas osteoporóticas da anca que ocorrem neste período. A semelhança deste número com o número de mortes por COVID-19 na população idosa (cerca de 1353 óbitos), observado no nosso país até junho de 2020, merece reflexão”, sublinha Luís Cunha Miranda, presidente da SPR.

António Tirado, presidente da SPODOM, destaca: “durante este período de pandemia não podemos descurar a avaliação clínica e o seguimento adequado dos doentes com osteoporose e com fraturas osteoporóticas. É urgente assegurar a recuperação dos recursos que foram suspensos devido à pandemia (consultas e exames), de forma que esta população idosa e vulnerável possa ter acesso ao sistema de saúde, impedir a interrupção da terapêutica para a osteoporose e mitigar o isolamento social e redução de atividade física. Pois, não podemos permitir que a COVID-19 aumente assim, indiretamente, o número das suas vítimas.”

De acordo com informação revelada pelo Ministério da Saúde, ficaram por realizar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) quase 1,4 milhões de consultas médicas, devido à pandemia. Terão sido também cancelados, em equivalente proporção, procedimentos complementares de diagnóstico e terapêutica. Paralelamente foi registado um aumento de faltas dos doentes às consultas médicas agendadas, provavelmente pelo medo da contaminação por SARS-COV-2.

Face a estes dados, António Tirado sublinha: “teme-se que muitos doentes com osteoporose tenham visto interrompido o seu seguimento e tratamento. O mesmo pode ter sucedido a doentes com fraturas, apesar do aumento de risco de morte que apresentam. Com efeito, entre 16 de março até ao final de abril de 2020 foram registados menos de 400.000 atendimentos urgentes, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.”

Elsa Frazão Mateus, presidente da LPCDR, revela que “devido ao isolamento social imposto pela pandemia muitos idosos têm-se visto obrigados gerir a sua terapêutica e alimentação sozinhos e a reduzir a sua atividade física e de reabilitação, assumindo atividades com maior risco de queda e de fraturas, o que poderá agravar os fatores de risco de fragilidade óssea e de fratura em caso de queda, bem como prejudicar a adesão à terapêutica da osteoporose.”

Viviana Tavares, presidente da APOROS, lembra que “as fraturas osteoporóticas são uma das principais causas de perda da independência funcional, de morbilidade e de mortalidade na população mais idosa5 e que todos os anos morrem em todo o mundo cerca de 740.000 pessoas em consequência de fraturas osteoporóticas da anca.”

Por todos estes motivos, as instituições subscritoras reconhecem ser seu imperativo ético apelar aos serviços de saúde, às famílias em geral e aos cuidadores de idosos para que sejam reforçados, ao invés de esquecidos, todos os tratamentos e cuidados que visam prevenir a ocorrência de fraturas osteoporóticas. Recomendando em especial que o tratamento da osteoporose não seja interrompido e que se garanta o seu acompanhamento próximo, se necessário através de telemedicina.

Sustentabilidade
O projeto OrangeBee, um preparado alimentar à base de aquafaba e pólen apícola que reutiliza desperdícios da indústria...

À quarta participação na iniciativa ECOTROPHELIA Europe, Portugal arrecada o primeiro prémio naquela que é a maior competição europeia em eco-inovação alimentar.

O preparado fermentado OrangeBee, desenvolvido por duas alunas da Universidade de Aveiro, foi o grande vencedor da 13ª edição desta competição que promove a inovação, o empreendedorismo e a competitividade do setor agroalimentar europeu, desafiando estudantes do ensino superior a desenvolverem produtos inovadores e sustentáveis.

Bárbara Vitoriano e Adelaide Olim, alunas de mestrado em biotecnologia alimentar e design, respetivamente, na Universidade de Aveiro, desenvolveram um preparado fermentado de aquafaba (água que resulta da cozedura de leguminosas) com uma camada de geleia de laranja, polvilhado com pólen apícola. Este produto alimentar, que pode ser utilizado, por exemplo, como sobremesa, e reutiliza resíduos habitualmente desprezados pela indústria alimentar, foi premiado pelo júri europeu, liderado pela multinacional Nestlé. Christoph Hartmann, Head of Academic Alliances na Nestlé, explicou a escolha do júri: “O produto OrangeBee tem um design bastante apelativo, muita qualidade e uma proposta de valor elevada. É um excelente contributo para o futuro da inovação alimentar.”

As vencedoras da competição ECOTROPHELIA Europe 2020 afirmam: “Como cidadãs empenhadas, sabemos que as escolhas que fazemos, enquanto consumidoras, são determinantes para a sociedade, para a sua qualidade de vida e para o seu futuro. Sendo a luta contra o desperdício um pilar central das políticas de sustentabilidade, pareceu-nos que o desenvolvimento de um produto alimentar com base em aquafaba, yacon e cascas de laranja polvilhado com pólen apícola, vegetariano, sem glúten nem lactose iria notoriamente ao encontro das crescentes preocupações dos consumidores e das tendências deste setor. Esta distinção, a nível europeu, vem mostrar que o nosso trabalho e visão estão no caminho certo.”

OrangeBee foi o projeto eco-inovador que representou Portugal, de entre os 13 países em competição e as 14 universidades europeias presentes. Os projetos desenvolvidos pelas equipas de estudantes da Grécia e da Islândia garantiram o segundo e terceiro lugar do pódio, respetivamente – o projeto Olive, que desenvolveu gressinos à base de azeite e com diferentes recheios de vegetais e frutos gregos; e o projeto Frosti, que apresentou uma solução de flocos de skyr sem lactose.

É a quarta vez que Portugal participa na iniciativa ECOTROPHELIA Europe, cuja edição portuguesa é, desde 2017, dinamizada pela PortugalFoods. No passado mês de setembro, o preparado OrangeBee destacou-se no concurso nacional (que contou com 16 equipas e envolveu 63 estudantes e 14 instituições de ensino superior nacionais), ganhando o direito de representar Portugal na final europeia.

De acordo com as mentoras do projeto, OrangeBee é um preparado fermentado sem gordura e fonte de fibra, com 89 kcal por porção (que providencia 8% da dose diária recomendada de vitamina C e 21% da dose diária de FOS, prebiótico importante na regulação do trânsito intestinal), sendo um produto vegetariano, sem glúten e lactose. Devido à presença do pólen apícola, considerado alimento funcional, o consumidor obtém também uma quantidade considerável de vitaminas antioxidantes e flavonoides, essenciais na proteção do organismo contra as agressões externas.

Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, refere: “A distinção europeia deste projeto português não nos podia encher de mais orgulho. O setor agroalimentar português é conhecido, há muito, nos mercados internacionais, pela sua qualidade e excelência. O facto de se mostrar como uma indústria cada vez mais inovadora, atenta às tendências e aos novos padrões de consumo, que colocam a sustentabilidade no topo da agenda, certamente irá ajudar no caminho da promoção do setor agroalimentar nacional lá fora.” A responsável acrescenta: “Por outro lado, este prémio é também o reconhecimento do esforço que o setor tem feito no sentido de se aproximar das universidades e dos centros de conhecimento e inovação. Sem dúvida, este estreitamento de relações é a garantia de que o agroalimentar nacional está a preparar o seu futuro.”

Por sua vez, o embaixador deste prémio, João Miranda chairman da Frulact, declara: “Esta distinção é a prova de que o setor agroalimentar português precisa dos jovens para garantir o seu futuro. É o seu olhar fresco, interessado e detentor de conhecimento científico que prepara as empresas para responderem aos desafios que têm pela frente.”

Inicialmente integrado na grande feira internacional SIAL 2020, que decorreria esta semana em Paris (e, entretanto, adiada para 2022, por força da situação de pandemia), a entrega dos prémios ECOTROPHELIA Europe 2020 foi realizado através de uma cerimónia virtual.

A 4ª edição nacional do prémio ECOTROPHELIA contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República e teve o apoio da APCER, da Agência Nacional de Inovação, da Câmara Municipal do Porto e do TecMaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia. Destacam-se como parceiros do

ECOTROPHELIA as empresas Cerealis, Grupo Primor, Novarroz, Vieira de Castro, assim como a All The Way Travel, Brandit, Creative Building Solutions, Market Access, Patentree e Sociedade Portuguesa de Inovação.

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