Relatório
O relatório anual do PNPAS, divulgado este sábado pela DGS, mostra que os hábitos alimentares inadequados estão entre os 5...

A Ordem dos Nutricionistas exige uma ação governamental imediata que possa dar resposta aos maus hábitos alimentares dos portugueses, que foram este sábado, dia 31 de outubro, conhecidos com a divulgação do relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS).

Segundo o documento divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal são os hábitos que mais contribuem para a perda de anos de vida com saúde dos portugueses.

“Estes resultados reforçam aquilo que temos vindo a defender: é preciso mais ritmo e mais intensidade por parte do Governo para a alteração dos hábitos alimentares nacionais que, como vemos, são responsáveis por grande parte das doenças que assolam a vidas dos portugueses. Estas doenças são, inclusive, fatores de risco para a COVID-19 e não podem, em momento algum e perante esta crise pandémica, ser secundarizadas”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Os dados apresentados no relatório do PNPAS referem-se aos hábitos alimentares dos portugueses em 2019 e, com base nos resultados do REACT-COVID – o inquérito sobre alimentação e atividade física em contexto de contenção social –, a alimentação nacional piorou significativamente este ano.

Para a Ordem dos Nutricionistas “as conclusões conhecidas deixam-nos adivinhar um aumento claro das doenças crónicas associadas à alimentação nos próximos tempos e, se não se tomarem medidas imediatas, o retrato da saúde nacional vai degradar-se de ano para ano.”

Recorde-se que cerca de 45% dos inquiridos num estudo da DGS, realizado em maio de 2020, disse ter mudado hábitos alimentares durante o período de confinamento, com quase 42% a admitirem ter sido para pior.

 

Manter a qualidade de vida
A urostomia caracteriza-se por uma ligação entre as vias urinárias e a pele (abdómen), utilizando um

Devido ao fluxo constante é necessário utilizar um dispositivo coletor, que é colado à pele em redor do estoma, permitindo assim recolher a urina. Estes dispositivos ficam por baixo da roupa, conferindo discrição, conforto e segurança, sendo possível a pessoa adquirir autonomia na sua substituição e gestão. Para tal, é necessário um período de aprendizagem e de treino que começa antes da cirurgia, mantido no pós-operatório e após a alta, sendo possibilitada a integração de um familiar/pessoa significativa neste processo.

Os conteúdos são abordados de forma gradual, começando com a possibilidade de a pessoa visualizar o estoma, realizar o seu toque, visualizar a retirada do dispositivo coletor, a limpeza da pele, a medição do estoma, a adaptação do novo dispositivo e o respetivo despejo. A investigação demonstra uma relação entre a capacidade de cuidado ao estoma e níveis mais elevados de qualidade de vida, por este motivo a capacitação para o autocuidado é um especial foco de atenção. Este acompanhamento é realizado por enfermeiros com formação específica em estomaterapia.

A complicação física mais frequente é a lesão da pele circundante ao estoma, podendo estar relacionada com o contacto contínuo com a urina. Existem estudos que demonstram a sua ocorrência em cerca de 40% a 50% das pessoas com urostomia. Esta complicação pode estar associada à descolagem acidental do dispositivo coletor e consequentes fugas de urina, estas situações poderão dar origem a sentimentos de insegurança, vergonha e, até mesmo interferir, com os relacionamentos pessoais. É possível evitar estes problemas com adequados cuidados de limpeza e proteção da pele, através da capacitação da pessoa para o autocuidado e com a adequada seleção dos dispositivos coletores e restantes materiais.

A pessoa com urostomia tem a possibilidade de retomar as suas atividades de vida, sem fugas frequentes de urina e com materiais que lhe proporcionem confiança. A urostomia não impossibilita a pessoa de realizar viagens (avião, comboio, barco, automóvel), praticar desportos como a corrida, natação ou o golfe, bem como, frequentar a praia e diversas atividades balneares. Também a atividade laboral poderá ser retomada, com liberdade de movimentos e com capacidade de adotar várias posturas corporais.

As alterações fisiológicas decorrentes da cirurgia e de outros tratamentos oncológicos poderão levar a problemas ao nível da sexualidade, algo que poderá ocorrer de forma diferente no homem e na mulher. Apesar destas alterações é possível a pessoa vivenciar a sexualidade de forma prazerosa. Para que a pessoa possa retomar e vivenciar as várias dimensões da sua vida é importante o acompanhamento por uma equipa multidisciplinar. As consultas de estomaterapia existem, atualmente, nas várias regiões do país, em valências do Serviço Nacional de Saúde e do setor privado, em unidades hospitalares e nos cuidados de saúde primários.

O emprego, as tarefas do dia-a-dia, o lazer, a atividade física, o vestuário, a autoimagem, a autoestima, a intimidade, o estabelecimento e manutenção de relações, são áreas passíveis de intervenção no âmbito deste acompanhamento. É possível viver com urostomia e com qualidade de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Município de Brangança
Para apoiar a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) na realização de testes de despistagem à Covid-19, foi instalado um...

De acordo com o Município de Bragança este equipamento procura responder às necessidades da ULSNE em termos logísticos, numa altura em que os Centros de Saúde da cidade, além dos testes à Covid-19, se encontram em campanha de vacinação contra a gripe, não garantindo aos utentes as condições de segurança necessárias.

“Face à 2.ª vaga da pandemia e à necessidade de mitigar os efeitos da mesma, o Município reitera, no terreno, a sua disponibilidade para colaborar com todas as entidades competentes, pelo bem da saúde de todos os brigantinos”, refere Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança, salientando “a importância que este equipamento poderá ter no desenvolvimento da situação epidemiológica do concelho, uma vez que a testagem é a melhor estratégia para conter a transmissão do vírus”.

 Importa realçar que os testes à Covid-19, a realizar na tenda instalada pelo Município junto ao Pavilhão Municipal Arnaldo Pereira (na Av. Dom Sancho I), serão da responsabilidade e da prescrição exclusiva das autoridades de Saúde Pública.

 

Conheça as medidas impostas
Portugal continental vai continuar em situação de calamidade até 15 de novembro e 121 concelhos, localizados sobretudo nas...

Em reunião extraordinária do Conselho de Ministros foi aprovado um conjunto de “medidas com máxima eficácia e mínima perturbação” para controlar a pandemia de covid-19.

Sobre a identificação dos concelhos com risco elevado, o executivo decidiu aplicar o critério geral do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) que é “mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”, prevendo uma exceção para surtos localizados em concelhos de baixa densidade.

A lista de concelhos será atualizada a cada 15 dias, seguindo o mesmo critério (mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias).

Entre as principais medidas anunciadas está o “dever de permanência no domicílio, exceto para o conjunto de deslocações já previamente autorizadas”, estando proibidos eventos e celebrações com mais de cinco pessoas, “salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar”.

Durante este período os estabelecimentos comerciais encerram as 22 horas e os restaurantes podem estar abertos até as 22h30.  No entanto, está proibida a realização de feiras e mercados de levante.

As cerimónias religiosas e a realização de espetáculos estão permitidas desde que cumpram as regras da Direção Geral da Saúde.  

O recurso ao teletrabalho passa a ser obrigatório “sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador”.

 

Métodos sustentáveis
O projeto europeu PURE recebeu um financiamento de aproximadamente €3 milhões para desenvolver novos métodos sustentáveis de...

O consórcio conta com a participação de outras três instituições: Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida de Viena – BOKU (Áustria), Universidade de Bayreuth (Alemanha) e Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – iBET (Portugal).

O projeto teve início em outubro e, durante os próximos 4 anos, esta equipa internacional e multidisciplinar propõe-se redesenhar a forma como os biofármacos são produzidos. Estes, apesar de cruciais na prevenção, diagnóstico e tratamento de variadas doenças, não estão facilmente acessíveis a quem precisa, devido ao elevado custo ou aos baixos rendimentos na sua produção.

“Somos pioneiros no desenvolvimento de novos materiais e processos para a purificação de biofármacos de forma mais eficiente, sustentável e a baixo custo”, refere Cecília Roque, Coordenadora do projeto e professora associada na FCT-NOVA. De fato, “o processo de purificação dos biofármacos é responsável por cerca de 80% do seu custo total de produção”, adiciona Cristina Peixoto, responsável do Laboratório de Desenvolvimento de Processos de Purificação do iBET, e “conceitos inovadores na purificação de partículas virais e outros biofármacos são uma necessidade atual, especialmente considerando a presente pandemia da COVID-19”, comenta Alois Jungbauer, Diretor do Instituto de Ciência e Engenharia de Bioprocessos na Universidade BOKU, Áustria.


Exemplo de nanofibras de purificação (imagem capturada por microscópio eletrónico de varrimento)

A produção escalável de novos materiais de origem biológica, como nanofibras, para a captura eficiente de produtos biológicos, é de momento uma limitação no desempenho em aplicações médicas e técnicas. O projeto PURE altera a forma como pensamos os materiais de base biológica “Sistemas membranares biogénicos e mecanicamente robustos são ideais para processos de filtração de ar e água. Com o poder da engenharia genética, também é possível desenvolver materiais inovadores para a purificação seletiva de produtos biológicos. Estamos entusiasmados para contribuir para este projeto fascinante”, diz Thomas Scheibel, Presidente do Departamento de Biomateriais da Universidade de Bayreuth.

A coordenadora do projeto, Cecília Roque, garante que “somente uma mudança radical nas tecnologias de purificação pode reduzir o impacto ambiental da indústria biofarmacêutica”. Estes novos processos de purificação mais rápidos e eficientes têm o potencial para tornar os biofármacos – tradicionalmente mais caros e apenas disponíveis a populações privilegiadas - economicamente acessíveis a populações menos favorecidas. Alois Jungbauer acrescenta que “os materiais e processos desenvolvidos cumprem os requisitos de uma economia de base biológica – bioeconomia - porque estes são completamente degradáveis e combinam a proteção ambiental com melhorias na economia”.

O concurso FET Open (Future and Emerging Technologies) é um programa no âmbito do Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 que pretende promover a investigação e a tecnologia para além do que é conhecido, aceite ou amplamente reconhecido, e incentivar novas ideias que conduzam à descoberta de novas tecnologias.

 

 

 

Medicamento
Caso seja aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o Aducanumab será o primeiro medicamento na Europa com...

Os dados clínicos da utilização de aducanumab em doentes com Défice Cognitivo Ligeiro devido a doença de Alzheimer e doença de Alzheimer ligeira demonstram que a remoção da proteína beta-amilóide provoca uma melhoria dos resultados clínicos.

“A doença de Alzheimer tem um impacto significativo e crescente para as populações e sociedades mais envelhecidas em todo o mundo. Acreditamos que aducanumab representa o primeiro avanço na mudança do curso desta doença devastadora”, explica Michel Vounatsos, CEO da Biogen. Acrescenta ainda que “estamos empenhados em colaborar com as autoridades regulamentares em todo o mundo, tendo especial atenção à revisão do Pedido de AIM iniciada agora pela EMA”.

Já Haruo Naito, CEO da Eisai, destaca: “Atualmente não existem tratamentos disponíveis que impactem a progressão da doença de Alzheimer ao abordar a fisiopatologia subjacente à doença. O potencial que aducanumab pode ter no atraso efetivo do processo degenerativo da doença traz uma nova esperança às pessoas e famílias que vivem com esta realidade devastadora. A aceitação do pedido de AIM pela EMA é um marco muito importante, ao mesmo tempo que trabalhamos no sentido de disponibilizar este novo tratamento em todo o mundo.”

Aducanumab encontra-se ainda em processo de avaliação pela agência norte-americana de medicamentos, a FDA (Food and Drug Administration), estando neste momento em fase de revisão prioritária e com a decisão de aprovação esperada para o dia 7 de março de 2021.

Aducanumab é um anticorpo monoclonal humano em investigação para o tratamento da doença de Alzheimer. Com base nos dados clínicos de doentes com Défice Cognitivo Ligeiro devido a doença de Alzheimer e doença de Alzheimer ligeira, aducanumab tem o potencial de impactar a fisiopatologia subjacente à doença, de atrasar o declínio cognitivo e funcional, e de beneficiar a capacidade dos doentes de realizar atividades quotidianas, nomeadamente a gestão de finanças pessoais, a realização de tarefas domésticas – como limpar, fazer compras e lavar roupa – e sair de casa de forma autónoma. Se aprovado, aducanumab poderá ser o primeiro tratamento a modificar o curso da doença de indivíduos com doença de Alzheimer.

EMERGE e ENGAGE foram estudos multicêntricos de Fase 3, randomizados, com dupla ocultação, controlados por placebo, com grupos paralelos, desenhado para avaliar a eficácia e segurança do aducanumab. O objetivo principal dos estudos foi avaliar a eficácia das doses mensais de aducanumab em comparação com placebo na redução do compromisso cognitivo e funcional, conforme medido pelas alterações na pontuação da escala de avaliação Dementia Rating-Sum of Boxes (CDR-SB). Os objetivos secundários foram avaliar o efeito das doses mensais de aducanumab comparativamente a placebo no declínio clínico, conforme medido pelas escalas Mini-Mental State Examination (MMSE), Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Cognitive Subscale 13 Items (ADAS-Cog 13) e Alzheimer’s Disease Cooperative Study-Activities of Daily Living Inventory Mild Cognitive Impairment Version (ADCS-ADL-MCI).

A Doença de Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e o tipo de demência mais frequente, representando entre 50 e 70% do total de casos de Demência. Estima-se que na Europa cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de demência (excluindo Défice Cognitivo Ligeiro). Esta surge aquando da formação e acumulação no cérebro de proteínas que impossibilitam a ligação entre as diferentes células cerebrais. Sem essa conexão – que permite o envio de sinais entre as diferentes partes do cérebro – as células vão deteriorando-se e chegam até a morrer, levando assim à perda de um conjunto de funções cognitivas, nomeadamente a capacidade de memória, de raciocínio, de linguagem, de concentração, entre outras. À medida que o indivíduo vai perdendo estas capacidades (sem as conseguir recuperar), o seu comportamento e autonomia acabam por ficar cada vez mais comprometidos, resultando numa crescente dependência e, na maioria dos casos, em morte.

 

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Decorreu na passada semana, no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Plataforma TEAMS, o segundo...

Esta sessão, que teve 70 participantes, decorreu sob a forma de painel e comentadores e teve como objetivos desenvolver uma reflexão partilhada sobre experiências relevantes na resposta à pandemia e refletir sobre os desafios enfrentados na gestão estratégica e prática clínica no contexto do CHUC, e de outras instituições do SNS que assumiram destaque.

Áurea Andrade fez a sessão de abertura, tendo destacado “o abnegado profissionalismo e sentido de missão de serviço público dos profissionais do CHUC, em tempo de pandemia”, dirigindo-se em particular aos Enfermeiros, enfatizando que “apesar dos tempos difíceis que atravessamos, persiste a resiliência e a motivação para organizar e contribuir para momentos de partilha de experiências tão importantes como este.”

O tema “Follow-up a Enfermeiros e Assistentes Operacionais do CHUC durante a pandemia” da autoria das enfermeiras Goreti Almeida e Elisabete Santos, destacou as vivências dos profissionais que contraíram infeção por SARS-COV2 e a importância, neste contexto, da intervenção especializada de enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.

"A expressão da documentação nos doentes com COVID-19", apresentado pelo enfermeiro Carlos Fernandes, explana uma análise dos diagnósticos de enfermagem mais prevalentes e respetiva evolução diagnóstica, nos doentes codificados com Covid-19.

Artur Carvalhinho, enfermeiro Diretor do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, abordou o tema "Gestão e manutenção de visitas dos doentes internados durante a Pandemia” destacando as estratégias metodológicas, que permitiram manter visitas e contacto durante as diferentes fases de evolução da pandemia.

“Cuidados, dificuldades e estratégias no internamento do doente Covid-19”, tema da autoria das enfermeiras Ana Cláudia Leão e Ana Isabel Ribeiro, (do Serviço de Doenças Infeciosas – Internamento, do Centro Hospitalar e Universitário de S. João no Porto), revelou-nos a evolução do planeamento de cuidados e todas as dificuldades na resposta eficiente à pandemia valorizando o trabalho em equipa.

Celínia Antunes, da Unidade de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos do CHUC, valorizou a grande capacidade de adaptação e de reinvenção de práticas, destacando que perante a imprevisibilidade, a capacidade de adequação das normas aos contextos na sua especificidade trará efeitos para o futuro, na visão da humanidade dos cuidados e no sentido de ultrapassar fragilidades anteriores.

Susete Coelho, do Serviço Cirurgia do Hospital Geral do CHUC, partilhou e cruzou a sua própria experiência na assistência aos doentes com Covid-19, com as temáticas abordadas, salientando o conhecimento em construção sobre o desconhecido, e a partilha interpares, o espírito de equipa, de união e de missão, apesar do medo e insegurança, o manter o cuidar humano e a acessibilidade da informação às famílias.

Alexandre Lourenço, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, enquanto comentador deste evento, deu ênfase à forma salutar de acompanhamento aos profissionais e a prioridade deste cuidar, tendo evidenciado a importância de manter o sistema de informação ativo, na continuidade da codificação e transformação da informação em conhecimento.

Os objetivos deste segundo evento, que foi moderado pelo Enfº Coordenador do projeto Nursing SHARE, João Filipe Fernandes, com a participação da Enfª Diretora do CHUC, Áurea Andrade, foram amplamente atingidos em prol de um bem comum, a saúde.

O projecto Nursing SHARE está integrado no plano estratégico da direção de enfermagem do CHUC, tendo surgido da necessidade de adotar medidas para a promoção, divulgação e partilha de experiências de boas práticas e inovação, passíveis de serem replicáveis em vários contextos da prática e com tradução em ganhos em saúde para o utente.

Boletim Epidemiológico
O boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira revela que, nas últimas 24 horas, morreram mais 40 pessoas devido à...

Até aqui, o máximo diário de mortes tinha sido no dia 3 de abril, com 37 óbitos, e o máximo diário de novos casos registou-se ontem com 4.224 infeções. Portugal conta agora com um total de 2.468 mortes e 137.272 casos desde o início da pandemia.

Segundo os dados divulgados pela DGS, a maioria das mortes (19) ocorreram na região Norte, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, (13) região Centro e Alentejo (com três mortes cada) e por fim o Algarve que registou 2 mortes, nas últimas 24 horas.

A região Norte continua a ser a região com maior número de novos casos que, pelo quarto dia consecutivo, superou os dois mil casos, com 2.831 novas infeções. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, onde foram registados mais 1.357 infetados, o Centro com 334, o Alentejo com 65 e o Algarve com 57. A Madeira confirmou mais quatro diagnósticos de covid-19 e os Açores mais oito.

O número de internados não para de aumentar e sobe, consecutivamente, há nove dias, não se tendo registado nunca um número tão elevado de doentes com covid-19 nos hospitais portugueses. Também esta sexta-feira, o número de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) atingiu um novo recorde. Há agora 1.927 doentes com covid-19 internados, mais 93 do que ontem. Destes, 275, mais seis face ao último balanço, estão em UCI. O máximo pertencia ao dia 7 de abril, com 271 internamentos em UCI.

O total de recuperados é agora de 77.449, mais 1.747 do que ontem.

As autoridades de Saúde têm 65.305 contactos em vigilância e há 57.355 casos ativos no país.

 

 

Covid-19
O vírus responsável pela pandemia Covid-19 é mais contagioso agora do que quando durante a primeira vaga, que aconteceu no...

Na realidade, o que acontece é que esta mutação, designada D614G, permite que o vírus se fixe às células de forma mais eficiente.

Os dados apresentados na revista científica Nature mostram ainda que a mutação acelera a proliferação do vírus nas vias respiratórias superiores, mas não nos pulmões.

A multiplicação acelerada do vírus leva a que seja mais fácil a sua transmissão. Isto explica por que as estirpes com esta mutação são agora predominantes no mundo.

Os coronavírus em circulação descendem agora de uma estirpe identificada pela primeira vez numa amostra de um doente de Itália a 20 de fevereiro. Nessa altura, ainda não se sabia que esta estirpe iria tornar-se dominante. Cientistas norte-americanos reconstruíram a sua história numa investigação publicada a 20 de agosto na revista Cell.

Segundo a análise, citada pela Executive Digest, os vírus com a mutação D614G espalharam-se rapidamente pela Europa e pelo resto do mundo, sendo que em finais de março, a mutação já estava presente em 60% de todas as sequências do SARS-CoV-2 analisadas globalmente. Em maio, atingiu os 90%. E, no final de junho, estava quase a 100%.

Esta investigação mostra ainda que o novo coronavírus não se tornou mais viral, uma vez que a mutação D614G não aumenta o risco de afetar os pulmões e causar pneumonia.

 

Iniciativa
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira promove de 2 a 6 de novembro a Iª Semana a Investigação do CHUCB, uma...

Assim, ao longo da próxima semana decorrerá uma exposição virtual de Posters e Artigos Científicos realizados entre 2019-2020, pelos autores acima referenciados ou autores cujo trabalho científico reflita a participação desta unidade de saúde. Estes estarão disponíveis para consulta em www.chcbeira.pt e em www.facebook.com/centrohospitalarcovadabeira.

Para encerrar com chave de ouro esta iniciativa on-line, inteiramente adaptada à situação epidemiológica atual, no dia 6 de novembro terá lugar um Webinar intitulado CHUCB: INCUBADORA DE IDEIAS, no qual os interessados poderão assistir às comunicações orais dos autores dos trabalhos expostos, debater ideias com os mesmos e ainda participar na apresentação, “em primeira mão”, da Revista Científica do CHUCB, cujo lançamento será feito brevemente.

As inscrições neste webinar são gratuitas, destinam-se a profissionais e alunos das várias áreas da saúde e investigadores com interesse neste domínio. Concedem direito a certificado de participação e podem ser realizadas até às 18h00 do dia 4 de novembro (prazo alargado) em: chcbeira.up.events.

 

Protocolo
Num “cenário limite”, as instalações das Forças Armadas, nomeadamente centros de acolhimento para casos covid-19 menos urgentes...

Gomes Cravinho e o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, presidiram esta manhã, nas instalações do Ministério da Defesa à assinatura de uma adenda ao protocolo de cooperação entre a Direção de Saúde do Exército e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que prevê um aumento de 60 camas disponíveis no Centro de Apoio Militar covid-19.

“Nós temos estes estabelecimentos de qualidade hospitalar, o Centro de Apoio Médico Militar covid-19, temos os Hospitais das Forças Armadas e depois temos também capacidade para ir até duas mil camas em centros de acolhimento, ou seja, unidades das Forças Armadas que não são hospitais nem centros de saúde, mas que têm a disponibilidade de acolher doentes”, adiantou o ministro, em declarações aos jornalistas, depois de questionado sobre a capacidade limite de camas num cenário grave de evolução da pandemia.

Cravinho deu o exemplo da Base Aérea de Beja onde estão instaladas 54 utentes de um lar em que houve um surto, que não têm “necessidade de cuidados mais intensivos”.

“Podemos replicar esse modelo em muitas unidades pelo país fora perfazendo uma capacidade total de duas mil camas em simultâneo”, sublinhou.

Para já, a adenda assinada esta manhã prevê que às atuais 30 camas disponibilizadas pelo Exército ao Serviço Nacional de Saúde, no CAM COVID-19, se juntem mais 60, “de forma faseada”.

Segundo o ministro, as primeiras 30 camas estão “cobertas por recursos humanos do Exército”, sendo necessários recursos da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, que vão ser disponibilizados de acordo com a necessidade.

João Gomes Cravinho anunciou ainda que, na próxima segunda-feira, vai ser assinado um novo protocolo entre a ARSLVT e o Hospital das Forças Armadas que “permitirá ampliar a capacidade” de camas para doentes covid em enfermaria ou em cuidados intensivos.

Lançamento do Livro Primeira Linha
No lançamento do livro “Primeira Linha”, uma obra que reúne 150 testemunhos de profissionais de saúde sobre a pandemia da COVID...

O Bastonário referiu ainda que “talvez tenhamos que fazer uma segunda edição do livro que retrate os próximos tempos da pandemia, após estes primeiros sete meses” e defendeu que “o esforço e a capacidade de resposta dos profissionais de saúde foi absolutamente notável”.

A Ordem dos Médicos deixa ainda um profundo agradecimento a todos os profissionais de saúde que contribuíram para este livro e louva a iniciativa da Astellas que faz uma profunda homenagem a todos os que têm estado na “Primeira Linha”.

 

Risco de AVC é 5 vezes maior na presença da FA
A Fibrilhação Auricular é uma condição bastante perigosa, já que pode levar a complicações como AVC,

Em Portugal, estima-se que 9% da população acima dos 65 anos sofra de Fibrilhação Auricular. Embora a idade esteja associada a um risco aumentado para o seu desenvolvimento, esta pode ocorrer em idades mais jovens. Sabe-se, aliás, que a sua prevalência no nosso país é de 2,5% a partir dos 40 ano de idade.

Entre os principais fatores de risco associado “encontramos o tabagismo, o stress, o consumo de bebidas alcoólicas, estilos de vida sedentários, o consumo de drogas, a toma incorreta de alguns medicamentos ou o consumo de cafeína em excesso”. Para além disso, tal como explica o cardiologista, Gonçalo Proença, “a presença de algumas comorbilidades como a diabetes, a obesidade, a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, a síndrome de apneia obstrutiva do sono ou a doença coronária, entre outras, favorecem a ocorrência de FA”. “

Sendo a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, a Fibrilhação Auricular caracteriza-se, mais frequentemente, por batimentos cardíacos rápidos, geralmente irregulares. “Uma das consequências desta arritmia é a redução do débito cardíaco que pode atingir os 20 – 30%. Aplicado à mecânica de um automóvel, é o equivalente a um motor de 4 cilindros funcionar apenas com 3.  Esta perda de rendimento do coração explica o cansaço e falta de ar referidas por muitos doentes. Outros sintomas frequentes são as pulsações rápidas e irregulares, sensação de aperto ou dor no peito, episódios de sensação de desmaio ou mesmo perda de consciência”, explica o coordenador Unidade de Cardiologia Hospital de Cascais quanto aos sinais de alerta. No entanto, esta é uma condição frequentemente silenciosa, “não causando qualquer sintoma podendo assim passar despercebida”.

Sendo o Acidente Vascular Cerebral uma das mais importantes complicações da Fibrilhação auricular, estimando-se que a sua incidência seja 5 vezes maior entre estes doentes, importa clarificar esta relação tão perigosa.

“Num coração em fibrilhação auricular, a atividade elétrica das aurículas torna-se caótica, desorganizada e extremamente rápida, o que leva à perda da sua capacidade contráctil.  Quando as aurículas não contraem, o esvaziamento de sangue para os ventrículos passa ser menos eficiente. Uma vez que o sangue deixa de circular de forma rápida, tende a formar trombos que se podem deslocar subitamente e entrar na circulação, causando o entupimento de um vaso sanguíneo. Um dos locais onde isto ocorre com maior frequência é a circulação cerebral e por isso o principal risco desta arritmia é o AVC “, explica o coordenador Unidade de Cardiologia Hospital de Cascais. De acordo com o especialista, estes AVCs são “frequentemente extensos, deixam sequelas graves e apresentam uma mortalidade significativa”.

Em matéria de prevenção, recomenda-se a adoção de estilos de vida mais saudáveis. Embora não seja possível controlar fatores como a idade, há outros fatores que podemos tentar reverter. “A alteração do estilo de vida e o cumprimento dos tratamentos de acordo com as indicações médicas podem reduzir o risco de desenvolver não só a Fibrilhação Auricular, como as suas complicações”, esclarece o especialista.

Não obstante, quando a Fibrilhação Auricular é já uma realidade, há medidas que podem ajudar a reduzir o risco de comorbilidade, nomeadamente, o Acidente Vascular Cerebral. Segundo Gonçalo Proença, “a redução do risco destes eventos, potencialmente catastróficos, faz-se mais vulgarmente com recurso a medicamentos designados anticoagulantes orais”. No entanto, apenas os doentes com menos de 65 anos e sem outras doenças associadas podem dispensar este tratamento. Todos os outros devem se medicados, o mais precocemente possível, afirma o médico cardiologista.

Disponíveis há cerca de uma década, estes medicamentos, “designados anticoagulantes orais diretos”, para além de eficazes, apresentam um baixo risco de hemorragias graves, “poucas interações com outros medicamentos ou alimentos o que os torna de fácil utilização não exigindo, ao contrário de outros fármacos mais antigos, constantes análises de controlo”. No entanto, Gonçalo Proença adverte: “facilidade de utilização não deve ser confundida com “facilitismo” não se devendo descurar as consultas periódicas com o seu médico nem menor rigor no cumprimento da prescrição”, explicando que se se falhar a sua toma, o  efeito protetor perde-se em poucas horas o que significa que se pode ficar novamente exposto a um risco elevado de AVC.

Uma vez que esta condição é responsável por 20 a 30% dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos, torna-se urgente compreendê-la e estar alerta. “Apostar na prevenção e na deteção precoce, é fundamental para obter um bom controlo. Não arrisque. Aconselhe-se com o seu médico”, reforça o coordenador da Unidade de Cardiologia do Hospital de Cascais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reconhecimento internacional
João de Bragança, presidente da Acreditar, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro é o novo presidente da Childhood...

A CCI, a maior organização de apoio aos doentes de cancro pediátrico, é uma organização global, sem fins lucrativos, dirigida por pais, que representa mais de 170 organizações em mais de 90 países, em cinco continentes.

Fundada em 1994, é reconhecida mundialmente como a entidade que representa as crianças, adolescentes e jovens adultos com cancro, e também os sobreviventes, e suas famílias. A CCI trabalha em parceria com organizações internacionais de desenvolvimento, formuladoras de políticas, organizações da sociedade civil, médicos e outros profissionais da área, nomeadamente a Organização Mundial de Saúde e o SIOP (International Society of Paediatric Oncology).

A CCI pretende criar um mundo onde o direito à saúde e bem-estar das crianças e adolescentes com cancro, sobreviventes e famílias seja protegido e promovido. Também quer garantir o acesso rápido e com custos acessíveis a cuidados de qualidade, desde o diagnóstico até ao período de follow-up, independentemente da localização de cada doente.

Neste sentido, em conjunto com outros parceiros, é parte integrante do Global Initiative on Childhhood Cancer (GICC), um projeto da OMS que visa aumentar, até 2030, a esperança de vida global das crianças e jovens adultos para 60%, permitindo com isso salvar um milhão de vidas.

Para este mandato, que termina em 2023, João de Bragança elegeu como prioridades a estabilidade financeira que permita ao CCI implementar projetos fundamentais para os doentes, em particular em países de médio e baixo rendimento; o reforço da coesão interna da Organização e a maior partilha de experiências, numa altura em que a pandemia limita, ou mesmo impede, encontros presenciais; o fortalecimento de parcerias com outras organizações que complementem as atividades do CCI no terreno; um trabalho mais próximo com os sobreviventes, pugnando por uma sobrevivência de qualidade. Por último, mas não menos importante, a manutenção da oncologia pediátrica na ordem do dia, numa altura em que todos os holofotes apontam noutras direções.   

Para a Acreditar, fundadora do CCI, é um reconhecimento internacional pelo trabalho que a associação faz na área da oncologia pediátrica há 26 anos.

Presente em quatro núcleos regionais: Lisboa, Coimbra, Porto e Funchal, a Acreditar dá apoio em todos os ciclos da doença e desdobra-se nos planos emocional, logístico, social, escolar entre outros. Em cada necessidade sentida, dá voz na defesa dos direitos das crianças e jovens com cancro e suas famílias. A promoção de mais investigação em oncologia pediátrica é uma das preocupações a que mais recentemente se dedica. O que a Acreditar faz há 26 anos - minimizar o impacto da doença oncológica na criança e na sua família - é ainda mais premente agora em tempos de crise pandémica.

Opinião
Ao longo dos mais de 15 anos de dedicação ao tratamento do cancro, pude constatar a impressionante e

Estes novos fármacos não só são mais eficazes do que os tradicionais, mas também são menos tóxicos para os doentes, pois atuam sobre as células tumorais, respeitando as células saudáveis. Hoje temos vários medicamentos-alvo para o cancro da mama que dão uma nova perspetiva à doença.

Foram já desenvolvidos tratamentos dirigidos contra os recetores que se superexpressam nas células de 20% do cancro da mama como HER2, inibidores das vias celulares que controlam a multiplicação de células, como cíclicas, ou moléculas como pi3K. Inclusivamente desenvolveram-se medicamentos até mesmo para aqueles doentes que sofrem da patologia devido a uma "falha" genética hereditária nos genes como o BRCA, que controla a reparação do ADN. Esses tratamentos já estão disponíveis e são utilizados ​​com excelentes resultados nos nossos hospitais, mas infelizmente não são úteis em todos os casos. E em muitos outros, eles controlam a doença por muito tempo, mas não a fazem entrar em remissão.

No entanto, vivemos um momento emocionante, pois a infinidade de ensaios clínicos que estão em andamento com novos medicamentos, cada vez mais específicos e cada vez com melhor eficácia, fazem-me olhar para o futuro próximo com grande entusiasmo. A medicina de precisão está a tornar-se uma realidade.

Agora temos a possibilidade de sequenciar, de ler todos os genes que compõem o ADN de células tumorais em busca dessas mutações, dessas falhas que poderiam ser tratadas especificamente com medicamentos, sejam os já aprovados ou sob a égide do ensaio clínico.

Nesse sentido, temos que fugir da ideia geral de que os testes são evidências em cobaias. Eu vejo-os como uma oportunidade. Uma oportunidade de avançar e poder receber tratamentos que possam melhorar o controlo da doença e com melhor qualidade de vida. Isso nem sempre é possível, mas com mais conhecimento sobre a máquina do tumor, temos cada vez mais ensaios com tratamentos para mais tipos de tumores no cancro da mama que nos ajudam a combater a doença.

Por outro lado, o desenvolvimento tecnológico não se limita apenas à área do tratamento. Também se está a impor no diagnóstico e acompanhamento da doença. Com a realização de testes genómicos, como os fornecidos por empresas como a OncoDNA, já somos capazes de selecionar melhor os doentes que necessitarão de tratamento complementar com quimioterapia, salvando aqueles com baixo risco de recidiva da doença com um tratamento cuja toxicidade é bem conhecida.

Os exames geralmente são feitos em tecido removido de uma biópsia, mas também podem ser feitos de uma amostra de sangue que circula no tumor. É muito provável que nos próximos anos essa última variante, chamada de biópsia líquida, capaz de detetar resíduos de proteínas ou genoma de células tumorais no sangue, seja implementada na prática clínica de rotina. Com ela, a evolução da doença pode ser acompanhada para adequar os tratamentos, ou para chegar a diagnósticos cada vez mais precoces que nos permitem iniciar os tratamentos em fases anteriores.

Com tudo isso, imersos na situação atual que infelizmente nos trouxe a terrível pandemia do coronavírus, acho que devemos olhar para o futuro próximo do tratamento do cancro da mama com otimismo. Temos motivos para isso. Novas terapias, técnicas genómicas que nos levam à medicina personalizada e diagnósticos aprimorados fazem com que aos poucos consigamos ganhar terreno ao cancro em geral, e principalmente no cancro da mama.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A Moderna Inc., empresa norte-americana de biotecnologia, está prestes a divulgar os dados da terceira e última fase do ensaio...

De acordo com a publicação, um comité independente vai avaliar o ensaio clínico, que contou com 30 mil voluntários, já no início do próximo mês. O objetivo é conseguir enviar o pedido de autorização de urgência à U.S Food and Drug Administration, a agência norte-americana do medicamento, a meio de novembro.

“A Moderna tem os mais altos padrões de qualidade de dados e pesquisa científica rigorosa enquanto continuamos a trabalhar com os reguladores para avançar com a mRNA-1273”, disse Stephane Bancel, o CEO da empresa, em comunicado.

com sede em Cambridge, no estado do Massachusetts,  a farmacêutica vai ser a primeira a mostrar ao mundo uma linha temporal mais concreta no desenvolvimento vacina para combater o coronavírus.

“Estamos a preparar ativamente o lançamento da mRNA-1273 e assinámos uma série de acordos de fornecimento com governos em todo o mundo”, refere ainda o comunicado.

O Governo dos Estados Unidos e de outros países já se mostraram interessados na vacina, tendo a empresa já recebido 1,1 mil milhões de dólares para o efeito. Para além disso, a Moderna também se encontra em negociações com a Organização Mundial da Saúde (OMG) para fazer parte do COVAX, mecanismo destinado a tornar a vacina economicamente disponível nos países mais pobres.

 

Procedimento pioneiro
O Hospital CUF Porto é a primeira unidade privada do país a realizar uma técnica inovadora por cateterismo cardíaco na correção...

O FOP é um defeito na membrana que separa as aurículas direita e esquerda, permitindo a passagem de pequenos coágulos diretamente para a circulação arterial. “Esta poderá ser uma situação sem impacto negativo na nossa saúde. No entanto, após a ocorrência de um AVC ou embolia, e cujo mecanismo não seja explicado por outras doenças ou fatores de risco, está aconselhado o seu encerramento de forma a evitar a sua recorrência”, explica João Carlos Silva, Cardiologista no Hospital CUF Porto. 

A nova técnica utilizada no Hospital CUF Porto, que surgiu recentemente nos Estados Unidos, permite corrigir este problema com pontos de sutura através de um cateterismo cardíaco e sem deixar vestígios.

Ao contrário do método convencional, não é implementado qualquer dispositivo, o que, de acordo com o especialista, “permite evitar as complicações que, apesar de raras, podem ocasionalmente advir da utilização de dispositivos metálicos”. A aplicação desta nova técnica dispensa a monitorização ecocardiográfica e o doente permanece acordado durante todo o procedimento, sendo apenas aplicada anestesia local.

O procedimento realizado por João Carlos Silva, Cardiologista no Hospital CUF Porto, contou com a colaboração de Gerard Marti, um especialista pioneiro nesta área em Espanha.

 

 

Durante Encontro Renal 2020
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) e a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) entregaram o maior prémio de...

Segundo Jorge Polónia, os doentes com hipertensão e ou diabetes sofrem frequentemente uma deterioração da função renal mais acentuada do que a que é, inevitavelmente, determinada pelo aumento da idade. “O objetivo da nossa investigação foi calcular a taxa de declínio anual da função renal de doentes hipertensos com e sem diabetes, seguidos em consulta hospitalar, e identificar fatores responsáveis por essa deterioração”, afirma o investigador.

Os resultados obtidos, permitiram concluir que “uma significativa deterioração anual da função renal é frequente em doentes hipertensos diabéticos e não diabéticos, apesar de medicados; e que este facto pode orientar para um melhor controlo de reconhecidos determinantes da deterioração renal – como alterações da pressão arterial noturna, da excreção urinária de albumina e da elevação da glicemia (HbA1C>8%) – e implicar a necessidade de ajustamento antecipado das doses de alguns medicamentos usados no tratamento da hipertensão e/ou diabetes”.

O júri deliberou ainda atribuir duas menções honrosas, a primeira a Edgar Almeida, autor da investigação “Incidence, prevalence and crude survival of patients starting dialysis in Portugal (2010-2016)”; a segunda a Miguel Bigotte Vieira, pelo desenvolvimento do trabalho “Prescrição de anti-inflamatórios não esteroides a doentes com diabetes mellitus em Portugal”.

Para Edgar Almeida, “a análise do registo individual, online, – conhecido como Plataforma de Gestão Integrada da Doença Renal Crónica – dos doentes que iniciaram diálise em Portugal, entre 2010 a 2016, permitiu, pela primeira vez, a demonstração de que a sobrevivência destes doentes não é inferior à média europeia, 90 dias após o início dos tratamentos, sendo, até, superior à média europeia, no fim do primeiro e do segundo anos, após o início do tratamento”.

“É apenas uma confirmação da qualidade do tratamento em Portugal. Esta análise serviu também para uma validação recíproca do registo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e do registo individualizado, que deverá ser otimizado para que seja um valioso instrumento de análise do tratamento dialítico em Portugal”, explica Edgar Almeida.

No que respeita à investigação que desenvolveu, com o tema “Prescrição de anti-inflamatórios não esteroides a doentes com diabetes mellitus em Portugal”, Miguel Bigotte Vieira menciona que Portugal apresenta uma das incidências mais elevadas de doença renal crónica estádio 5, na Europa. “Especula-se que o elevado consumo de anti-inflamatórios não esteroides possa contribuir para esta incidência. O objetivo do estudo foi caracterizar a prescrição de anti-inflamatórios não esteroides a doentes com diabetes mellitus, em Portugal”, afirma.

Os resultados e a discussão feita em torno dos mesmos permitiram concluir que: “A prescrição de anti-inflamatórios não esteroides, em Portugal, a doentes com diabetes mellitus deverá ser reduzida, particularmente nos subgrupos identificados com prescrição mais elevada e com maior risco de progressão para doença renal crónica, estádio 5.”

Unidade de Saúde
O grupo Lusíadas Saúde vai abrir, no dia 2 de novembro, uma nova unidade hospitalar na cidade de Braga que contará com cerca de...

Em termos de capacidade, a unidade contará com 37 gabinetes de consulta, várias salas de tratamento e exames, salas de bloco operatório e uma Unidade de Imagiologia, com equipamentos de última geração com resposta para diagnósticos diferenciados. É ainda de salientar que este hospital é a primeira unidade privada de Braga dedicada em exclusivo à cirurgia de ambulatório.

Instalado no centro de Braga, no local onde há 500 anos foi erguido o emblemático Hospital de São Marcos, esta nova unidade hospitalar pretende amplificar a resposta do grupo numa altura em que aumentam as necessidades impostas pela pandemia de Covid-19. A unidade contará com toda a experiência clínica e capital humano da Clinica Médica de Santa Tecla, mantendo-se a mesma ativa e em total articulação com o Hospital Lusíadas Braga, para um conjunto de serviço específicos.

“A pandemia trouxe grandes desafios a todos os setores de atividade, mas as exigências impostas na área da saúde têm sido uma das principais preocupações e consideramos que a abertura deste novo hospital em plena pandemia vai ser uma mais-valia para todos os bracarenses. Esta é uma cidade com mais de 135 mil habitantes, integrada numa região com cerca de 1 milhão de habitantes, e acreditamos, através da nossa missão e proposta de valor, que temos tudo para ser uma unidade de referência em Braga, para todos os que nos procurarem”, destaca Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

O novo Hospital Lusíadas Braga pretende ser um hospital de referência quer em tecnologia, quer na humanização e excelência dos cuidados de saúde e vai assumir-se como um centro clínico com forte pendor de ambulatório, equipado com todos os meios necessários para uma abordagem médica transversal.

Equipas multidisciplinares
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covi-19, na área Metropolitana de Lisboa, contactaram, entre 30 de...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil / municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Entre os dias 30 de junho e 27 de outubro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 17.827 pessoas foram alvo desta intervenção.

De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da doença – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

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