A Associação Nacional de Centros de Diálise deixa alerta
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) lembra que a diabetes mellitus é um dos principais fatores de risco para...

“A diabetes mellitus é um fator de risco para o desenvolvimento da doença renal crónica. É importante a população estar desperta para a importância da adoção de estilos de vida saudáveis como forma de prevenir a diabetes ou evitar as suas consequências, como a doença renal crónica”, afirma Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

E acrescenta: No âmbito da campanha ‘A Vitória Contra a Doença Renal começa na Prevenção’ a ANADIAL já promoveu, nos últimos dois anos, mais de cem sessões de esclarecimento em escolas publicas, sobre a doença renal crónica, dirigidas a crianças entre os 13 e os 18 anos.

A campanha “A Vitória Contra a Doença Renal começa na Prevenção” pretende aumentar o conhecimento e compreensão sobre a doença renal crónica, promovendo a sua prevenção. A iniciativa conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica é provocada pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Estes são os responsáveis por filtrar do sangue o excesso de água e os produtos tóxicos que se formam no organismo. Quando perdem a sua função há uma acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e história familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

Para prevenir a doença renal crónica aconselha-se que vigie o seu peso, tenha uma alimentação saudável (reduzindo o consumo de gorduras e de sal), não fume (os fumadores têm uma probabilidade três vezes maior de apresentar uma função renal diminuída), faça exercício físico, controle a hipertensão e a diabetes, não beba álcool e não se automedique. Os rastreios regulares são também um fator crucial de prevenção.

Dia Mundial da DPOC celebra-se a 18 de novembro
No âmbito do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC,) que se assinala a 18 de novembro, a RESPIRA - Associação...

A Campanha “Juntos para MelhorAR”, que marca também a celebração dos 13 anos da Associação, tem como principal objetivo colocar a população a refletir sobre um ato tão simples, como respirar.

“A nossa missão com esta campanha informativa é de facto sensibilizar a população para as vantagens de adotar hábitos e estilos de vida saudáveis, capacitá-la para a identificação precoce dos sinais de insuficiência respiratória, desmistificar a espirometria e apoiar a pessoa com DPOC” explica Isabel Saraiva, Presidente da RESPIRA.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença atinja 210 milhões de pessoas em todo o mundo, com cerca de 64 milhões de casos sintomáticos.

Em Portugal, os estudos mais recentes apontam para uma prevalência de 14,2% na população com mais de 45 anos, o que sugere a existência provável de 800 mil portugueses com DPOC, nos seus diversos estadios.

O principal fator desencadeante da DPOC é o fumo de tabaco, tanto para fumadores ativos, como para os que a ele estão expostos passivamente. No entanto, esta não é a única causa da DPOC, a exposição à poluição do ar exterior está ligada à diminuição da função pulmonar e a um risco aumentado de desenvolvimento desta doença. A poluição atmosférica é o assassino silencioso responsável por mais de 7 milhões de mortes por ano, em todo o mundo. A atividade profissional e o ambiente laboral podem também provocar doenças respiratórias graves pela exposição a poeiras, produtos químicos e/ou gazes. A inalação constante e diária de partículas tóxicas pode provocar o desenvolvimento de doenças respiratórias como a DPOC.

Os principais sintomas da DPOC e que devem ser entendidos como um sinal de alerta para consultar o pneumologista e/ou médico de família são:

  • os sintomas respiratórios crónicos e progressivos, como a tosse, expetoração, falta de ar, cansaço com atividade física, mas principalmente em ações simples do dia a dia e pieira;
  • exposição a fatores de risco, como o tabaco, poeiras e gases inalados;
  • obstrução ao fluxo aéreo, demonstrado por alterações espirométricas (FEV1/FVC - relação entre a fração de ar exalado no 1º segundo e o volume total de ar expirado - inferior a 70% após broncodilatação).

“Um diagnóstico precoce, através da realização de um exame simples como a Espirometria, pode efetivamente significar o aumento da qualidade de vida, ao reduzir de forma significativa o índice de mortalidade e morbilidade associado à doença”, conclui Isabel Saraiva.

O movimento #JuntosParaMelhorAR pode ser acompanhado na página de Facebook da RESPIRA, durante o mês de sensibilização para a DPOC.

Doença afeta 13% da população
A Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se por ser uma doença metabólica crónica, normalmente silencios

Quando o pâncreas não produz insulina, designa-se por Diabetes Mellitus tipo 1, que embora seja menos frequente, afeta sobretudo, crianças e adolescentes. Diz-se que é uma doença autoimune, porque o sistema imunológico, que é suposto proteger o nosso corpo contra agentes estranhos, como bactérias e infeções destrói as células beta do pâncreas que produzem insulina. Como consequência, há a necessidade de recorrer à terapêutica por insulina, para o resto da vida. Caso não exista um tratamento adequado, ou o corpo esteja por longos períodos sem receber insulina, o organismo decompõe a sua própria gordura e músculo, levando à perda de peso e até à desidratação extrema.

Em contrapartida, quando o pâncreas não produz insulina em quantidades suficientes, significa que estamos perante um tipo de Diabetes Mellitus tipo 2, que é considerado o menos grave, com uma taxa de incidência de 90%.  Este tipo afeta sobretudo pessoas adultas e idosas, com excesso de peso ou obesidade, sedentárias e com estilos de vida pouco saudáveis, e há geralmente, um historial familiar.

A diabetes afeta aproximadamente 13% da população portuguesa. Um número que se revela preocupante, atendendo ao aumento do número de casos, face aos últimos 4 anos. A má alimentação, o sedentarismo e o excesso de peso são alguns dos fatores que contribuem para o seu desenvolvimento.

Apesar de existirem fatores de risco que não são modificáveis, como: doenças do pâncreas ou doenças endócrinas, histórico familiar ou género e idade, sabe-se que as mulheres acima dos 45 anos têm maior tendência para o contrair este tipo de patologia. Há outros fatores que só dependem de si, como por exemplo: o controlo da hipertensão arterial, uma alimentação adequada aliada a um estilo de vida saudável. Para este efeito, deve-se praticar exercício físico e evitar o consumo de álcool e tabaco.

Existem, ainda, sinais aos quais devemos prestar a devida atenção para que não evoluam para complicações graves, como o pé diabético, a cegueira, a insuficiência renal ou doença periodontal, que pode resultar na queda de dentes. Assim, não ignore sinais, tais como:

  • Fome; 
  • Sede ou boca seca;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Cansaço;
  • Visão turva;
  • Perda de peso;
  • Feridas que demoram a cicatrizar; 
  • Dormência nos pés ou nas mãos.

Se, por outro lado, existe a suspeita de que possa ter diabetes, consulte o seu com o seu médico o quanto antes. O diagnóstico correto é o primeiro passo para a prevenção!

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma em cada 17 pessoas que tiveram Covid-19 pode ser diagnosticada com ansiedade, depressão ou insónia, sugere um estudo...

De acordo com Paul Harrison, professor de psiquiatria da Universidade de Oxford e o principal autor deste estudo, “as pessoas que tiveram Covid-19 correm maior risco de desenvolver problemas de saúde mental".

O estudo publicado no Lancet Psychiatry, revela ainda que mesmo os doentes que não necessitaram de internamento apresentam maior probabilidade de desenvolverem alguns transtornos.

Para chegar a estas conclusões, os investigadores de Oxford acompanharam 62.000 pessoas com Covid, ao longo de três meses, após o diagnóstico, estabelecendo uma comparação com milhares de pessoas com outras doenças, como gripe, cálculos renais ou fraturas

Segundo a investigação 18% dos doentes Covid-19 desenvolveram pela primeira vez algum tipo de doença do foro psiquiátrico e 5,8% tiveram uma recaída.

A maioria apresentava sinais de ansiedade com desordem de ajustamento, transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno de stress pós-traumático.

"Precisamos urgentemente de pesquisas para investigar as causas e identificar novos tratamentos", disse o professor Harrison.

Michael Bloomfield, da University College London, disse que a ligação entra Covid-19 e a doença psiquiátrica provavelmente se deve a "uma combinação de stressores psicológicos associados a esta pandemia, em particular, e os efeitos físicos da doença".

A professora Dame Til Wykes, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College London, chegou mesmo a afirmar que "o aumento dos distúrbios mentais em pessoas que desenvolveram Covid-19 reflete os aumentos relatados na população geral do Reino Unido."

No entanto, Jo Daniels, da University of Bath, disse que são necessárias mais pesquisas antes de se chegar a qualquer conclusão.

“Devemos estar cientes de que resultados psicológicos mais fracos são comuns em quem tem problemas de saúde física de qualquer natureza”, disse ela.

"Estar agudamente ou cronicamente indisposto é uma experiência difícil”, justifica.

 

Medida de prevenção
Integrado no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), o Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, passou a ter circuitos...

Segundo o Centro Hospitalar, a partir de agora, os espaços e circuitos das chamadas Urgência Respiratória e Urgência Não Respiratória “são absolutamente independentes”. Uma “organização determinada pelo atual contexto de pandemia e que visa contribuir para a não propagação da covid-19”, revela o centro hospitalar, em comunicado. Apenas a triagem mantem as características anteriores.

Esta medida levou à requalificação da Urgência Pediátrica, para a qual foram adquiridos espaços modulares, que “além de assegurar circuitos distintos e independentes, contempla acessos aos restantes espaços hospitalares, nomeadamente às áreas de exames e análises, bem como zonas de espera mais confortáveis e seguras”.

De acordo com esta unidade hospitalar, o Serviço de Urgência Pediátrica do CHBV já realizou, desde o início da pandemia, 2.226 testes ao novo coronavírus, sendo que, destes, 1.87% (41 crianças) foram positivos.

Em termos de procura, cerca de 55% das crianças têm critérios de patologia respiratória e as restantes recorrem à Urgência Pediátrica com outras patologias, revela ainda o CHBV.

 

Frequência gratuita
Um novo programa de preparação para o parto e adaptação à parentalidade oferecido pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra...

Num total de 12 sessões, o programa, dirigido a grávidas e a casais a partir das 24 semanas de gestação, decorrerá sempre às segundas-feiras, das 17h30 às 18h30, até dia 26 de fevereiro de 2021.

Este programa, inserido no projeto Terna Aventura, é composto por sessões educativas que ajudarão as grávidas e os casais a adaptarem-se às alterações inerentes à gravidez, a prepararem-se para o parto e o pós-parto, bem como para os cuidados a ter com o recém-nascido.

Os estilos de vida saudável durante a gravidez (exercício físico, alimentação, higiene, uso de substâncias), a vida intrauterina, os diferentes tipos de parto, o trabalho de parto e ida para a maternidade, as estratégias de alívio da dor durante o trabalho de parto, a higiene e vigilância de saúde do recém-nascido (teste do pezinho, vacinas, peso, consultas, boletim saúde infantil), as vantagens do aleitamento materno e os problemas durante a amamentação, os direitos parentais e a adaptação conjugal (Pós-parto & Contraceção) são assuntos tratados nas sessões.

A frequência do programa é gratuita, devendo os interessados inscrever-se para o endereço de correio eletrónico [email protected].

O projeto Terna Aventura, através do qual a ESEnfC pretende dar respostas às necessidades de mulheres grávidas e casais à espera de filhos, melhorando os resultados em saúde, engloba três outros programas: Acompanhamento Haptonómico Pré e Pós-Natal (sessões individuais a agendar com o casal – no mínimo 8 sessões pré-natais e 2 pós-natais), Aconselhamento e Apoio em Aleitamento Materno e Adaptação ao Pós-parto "Encontros com Mamãs, Papás & Bebés”.

O Terna Aventura é um projeto de extensão à comunidade que funciona em três níveis – prestação de serviços, formação e investigação – e no qual participam professores de Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica, especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, com formação em Acompanhamento Haptonómico Pré e Pós-Natal e em Aconselhamento em Aleitamento Materno.

Colaboram, igualmente, neste projeto, estudantes do curso de especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia e do curso de licenciatura em Enfermagem da ESEnfC, além de outros colaboradores externos.

Soluções inovadoras
O EIT Health anunciou os vencedores de uma das suas principais competições na área da saúde, o EIT Health InnoStars Headstart...

O EIT Health apoiou este ano 89 soluções europeias inovadoras na área da saúde, como resultado do programa acelerador EIT Health Headstart. Destas, 15 equipas são oriundas de regiões classificadas como inovadoras moderadas e modestas, principalmente da Europa Central, Oriental e do Sul (de acordo com o European Innovation Scoreboard). Todas as 15 equipas semifinalistas receberam 40.000€ para continuar a desenvolver as suas inovações.

Destas, as dez melhores equipas arrecadaram mais 10.000€, que lhes permitirá reduzir o tempo de colocação no mercado dos seus revolucionários produtos e serviços de saúde. Neste caso, para além das duas equipas vencedoras oriundas de Portugal, 5 projetos italianos foram igualmente agraciados com o prémio máximo, bem como 1 equipa, respetivamente da Hungria, Polónia e Roménia, todos com projetos que pretendem melhorar o setor da Saúde.

A competição InnoStars Headstart decorreu virtualmente no passado dia 29 de outubro, no decorrer do prestigiado evento Bio-Europe.

As equipas portuguesas vencedoras são a Bac3Gel, a qual desenvolveu um substrato universal para cultura de bactérias que permite gerar infeções humanas in vitro e auxiliar no desenvolvimento de novos antibióticos, e a C-mo Medical Solutions que responde a uma necessidade clínica relevante com um dispositivo de monitorização de tosse, que fornece uma avaliação abrangente dos padrões distintos de tosse de um paciente. Esta solução visa facilitar e agilizar o diagnóstico da doença subjacente à tosse, permitindo a prescrição de terapias e tratamentos personalizados e precisos.

Os restantes vencedores deste Programa

As equipas italianas que venceram são a IMMAGINA BioTechnology S.r.l., Kyme NanoImaging srl, SYNDIAG S.R.L., Mysurable LTD e a Allelica S.r.l..

A Allelica S.r.l. utiliza um software genómico para identificar pessoas que irão desenvolver uma maior gravidade de manifestação clínica de COVID-19, enquanto a IMMAGINA BioTechnology S.r.l. produz ferramentas genéticas de apoio a investigadores e empresas que realizem diagnóstico in vitro e que trabalham ao nível do cancro de mama e da próstata. A Kyme NanoImaging srl melhora a ressonância magnética com produtos médicos injetáveis ​​que combinam biomateriais com agentes de contraste usados ​​clinicamente. Produzidos com uma plataforma de nanotecnologia patenteada, estes produtos aumentam a capacidade de contraste para tornar mais visíveis pequenos detalhes anatómicos. A SYNDIAG S.R.L. capacita os médicos a realizar o diagnóstico precoce de cancro do ovário durante a ultrassonografia com software baseado em Inteligência Artificial, enquanto a Mysurable LTD produz o mioTest®, o primeiro sistema abrangente, portátil e automatizado para avaliar o desempenho muscular, com o objetivo de diagnosticar a sarcopenia, uma síndrome caracterizada pela perda de massa muscular.

A Sineko Global Kft., da Hungria, está também entre os vencedores. A solução da start-up ajuda os radiologistas com o software GRAID, um sistema de relatório estruturado com suporte de Inteligência Artificial para telerradiologia internacional. A solução permite a partilha imediata e fácil de resultados de radiologia e, portanto, visa diminuir o tempo para a elaboração de um relatório e melhorar a qualidade do diagnóstico. A Lorton Investments Sp. z o.o., start-up vencedora oriunda da Polónia produz o SenceBand, um sensor para eletrocardiografia (ECG) que pode ser utilizado em apenas um pulso, e que permite monitorizar constantemente o estado do sistema nervoso autónomo.

“Este ano recebemos três vezes mais candidaturas de países europeus considerados inovadores moderados ou modestos. Em muitos casos, o nível de maturidade e a preparação tecnológica dessas equipas é de classe mundial. Todas as 15 empresas estão no rumo certo para ajudarem os profissionais de saúde a entregarem um melhor diagnóstico e tratamento aos pacientes. Estas dez equipas acabam de receber um apoio extra para acelerar a sua entrada no mercado”, afirma Inês Matias, Business Creation Manager da EIT Health InnoStars.

O Headstart é apenas um dos muitos programas do EIT Health Accelerator que apoiam anualmente mais de 400 start-ups em toda a Europa e a cada ano aumenta a representação por parte de equipas oriundas de regiões da Europa Central, Oriental e Meridional.

“Isto mostra-nos que ainda existe um enorme potencial por explorar em Portugal, Polónia, Hungria ou Itália. Estamos a descobrir talentos, a dotá-los de competências empresariais, e assim a validar a sua solução e aumentar a possibilidade de atraírem novos investimentos”, acrescenta Inês Matias.

No programa Headstart, o EIT Health concede até 50.000€ a empresas com potencial para trazer ganhos à comunidade e aos sistemas de saúde, bem como na oferta de apoio às equipas ao longo do seu percurso até as suas soluções chegarem ao mercado, o que inclui a verificação, seja esta clínica, do paciente ou do sistema exigido para o produto ou serviço. Estas empresas são também apoiadas com o desenvolvimento de competências e contatos que lhes permitam atrair mais apoio financeiro por parte de investidores privados.

Bolsa de investigação e empreendedorismo
Dois recém-diplomados da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), que estão a trabalhar...

Carolina Melo e Rúben Nunes – que terminaram a licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais em outubro – vão receber até 12 meses de financiamento (a bolsa é renovada a cada quatro meses) para desenvolver o projeto “HIDGUP - Hidrocolóide de Galactomanana: Nova abordagem no tratamento de Úlceras de Pressão”.

O objetivo dos investigadores passa por encontrar uma nova abordagem – mais económica e eficaz – para o tratamento de feridas crónicas, como as úlceras de pressão. Predominantes sobretudo na população idosa e acamada, as úlceras de pressão são provocadas pela diminuição de circulação sanguínea e habitualmente tratadas com recurso a pensos que promovem a regeneração de tecidos e aceleram o processo de cicatrização. Contudo, este tipo de materiais é ainda dispendioso, estimando-se que o tratamento de feridas crónicas tenha um impacto financeiro de quatro a seis mil milhões de euros por ano nos sistemas de saúde europeus.

Em alternativa aos pensos já existentes no mercado, Carolina Melo e Ruben Nunes propõem uma gama de pensos hidrocolóides, constituídos por polissacarídeos extraídos da planta Adenanthera pavonina. Os dois investigadores acreditam que este novo produto, ainda em fase de desenvolvimento, pode afirmar-se como “uma alternativa viável e eficaz”, para “a resolução de um problema de saúde pública com grande impacto financeiro e social”.

Esta nova abordagem ao tratamento de feridas crónicas já tem, aliás, vindo a ser alvo de estudo pela ESTeSC. Em 2019/20, a Escola integrou um consórcio de investigação luso brasileiro (com o Instituto Federal do Maranhão e a Universidade Federal do Maranhão e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão), precisamente no âmbito desta temática. O projeto – ao qual Carolina Melo e Rúben Nunes dão, agora, continuidade – terminou em junho passado.

Durante os próximos meses, os investigadores vão realizar os primeiros ensaios microbiológicos nos laboratórios da ESTeSC, esperando apresentar o primeiro protótipo do novo penso no início do 2021.

Dados DGS
Nas últimas 24 horas foram registados mais 63 óbitos por Covid-19, um novo recorde diário que eleva para 2.959 o número total...

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Direção Geral da Saúde, foram ainda registados mais 4.096 novos casos de Covid-19, desde ontem, contabilizando-se já um total de 183.420 casos.

O número de casos ativo subiu para 78.378 ou seja, mais 1.731 pessoas do que no balanço anterior.

Tal como se tem verificado nas últimas semanas, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 4.096 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 2.265 localizam-se nesta região (55%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.217 novas infeções (29,7%).

Quanto ao número de internamentos, há mais 129 pessoas nos hospitais, 13 delas internadas nas unidades de cuidados intensivos.

Atualmente, existem 90.088 contatos em vigilância pelas autoridades de saúde, menos 418 relativamente ao último balanço.

 

 

Vacina contra a Covid-19
Os primeiros resultados da terceira fase de ensaios clínicos da vacina contra a COVID-19 da farmacêutica norte-americana Pfizer...

O laboratório farmacêutico Pfizer anunciou hoje que a sua vacina contra a COVID-19 é "90% eficaz", de acordo com a primeira análise intermediária dos testes de fase 3, a última etapa antes do pedido formal de homologação, avançaram hoje os órgãos de comunicação.

A eficácia de proteção ao vírus SARS-CoV-2 foi alcançada sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias após a primeira, anunciou o grupo norte-americano em comunicado conjunto com a empresa BioNTech. "Os primeiros resultados da fase 3 do nosso teste de vacina contra a COVID-19 apresentam as provas iniciais da capacidade da nossa vacina para prevenir esta doença", confirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla, no Twitter.

"Demos um passo importante e estamos mais perto de prover aos cidadãos do mundo esta vacina, tão necessária para contribuir para acabar com esta crise sanitária mundial", escreveu.

Segundo a farmacêutica garante a vacina não provocou efeitos secundários graves nos voluntários e que não houve diferenças significativas nos níveis de proteção desenvolvidos contra o novo coronavírus pelos vários participantes. Esta informação foi avançada nas redes sociais pelo grupo.

De acordo com as projeções, é possível a disponibilização de 50 milhões de doses no mundo até ao final do ano e até 1,3 mil milhões em 2021.

O estudo foi realizado depois de 94 participantes nos ensaios clínicos terem sido diagnosticados com COVID-19, metade dos quais vacinados com o fármaco em teste e outra metade com um placebo. O estudo vai manter-se até chegar a uma amostra total de 164 participantes.

 

 

 

Com entrega de prémios
O Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o seu...

Inicialmente previsto em formato híbrido, a comissão organizadora após deliberação dada a atual situação epidemiológica, decidiu transitar todo o congresso para formato virtual.

Durante o Congresso serão atribuídos os Prémios AVC e Investigação Clínica, AVC e Investigação Básica e o Prémio de Mérito AVC Inovação e Dinamismo. Estes prémios são constituídos por estágios em centros de referência Europeus, Oxford, Madrid e Barcelona, respetivamente.

Mais informações e inscrições aqui: https://www.spmi.pt/21o-congresso-do-nucleo-de-estudos-da-doenca-vascular-cerebral/

 

 

Conselhos
Milhares de portugueses sofrem todos os anos lesões na coluna.

As lesões na coluna têm um impacto tremendo na qualidade de vida dos pacientes, estando normalmente associada a limitações profundas como paraplegia, necessidade de utilizar cadeira de rodas ou outros aparelhos de locomoção e nalguns casos, dependência total ou parcial de um cuidador.

A paralisia dos membros, a incapacidade motora e o funcionamento parcial do sistema nervoso são apenas algumas das consequências que podem advir de uma lesão da coluna vertebral e medula espinhal, interferindo no desempenho das mais simples atividades rotineiras e na qualidade de vida, não só do paciente, mas também do seio familiar.

Principais causas

  • Acidentes de Viação (mais de metade)
  • Quedas de alturas elevadas
  • Mergulhos
  • Agressões
  • Lesões desportivas
  • Em pessoas idosas, quedas em casa

A principal causa desta lesão está, na grande maioria dos casos, relacionada com os acidentes de viação. De acordo com as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, esta tendência tem vindo a aumentar cerca de 20% ao ano, desde 2016, passando de 127 mil registos para 132 mil, causando cerca de 2.100 feridos graves só no ano passado. Os números revelam ainda que 1 em cada 100 portugueses está envolvido neste tipo de sinistros.

De forma a prevenir acidentes nas estradas nacionais, o médico especialista deixa alguns conselhos práticos:

  • Evite o excesso de velocidade; utilize um sistema de GPS com alerta para as velocidades máximas em cada troço ou defina o cruise control / limitador de velocidade de forma evitar ultrapassar os limites legais.
  • De mota / bicicleta / trotineta elétrica: utilize sempre capacete, mesmo em distâncias curtas ou em propriedades privadas: uma queda aparentemente pequena, mesmo a baixa velocidade, pode provocar uma lesão vertebro medular irreversível.
  • Não use o telemóvel enquanto conduz: a maioria dos smartphones já possuem modo ‘Não incomodar’, oferecendo a possibilidade de esconder as notificações e enviar mensagens automáticas com o texto ‘estou a conduzir’.
  • É importante regular a inclinação do banco para um ângulo entre 100 a 120º. Uma inclinação excessiva pode ser prejudicial, mas também um banco demasiado reto, exerce tensão e desconforto muscular, podendo ser igualmente perigoso. Certifique-se de que a sua coluna esta totalmente apoiada no encosto do banco e nunca conduza só com um braço, uma vez que leva a uma maior tendência de inclinação do corpo, o que no momento do embate pode ser muito prejudicial.
  • A distância do assento deve ser ajustada de forma a que a coluna esteja totalmente apoiada no banco, com as pernas e braços levemente fletidos. Ao pressionar os pedais de travagem e embraiagem, os joelhos devem permanecer ligeiramente fletidos. Este pormenor é muito importante uma vez que se os joelhos estiverem esticados no momento do impacto a energia pode provocar fraturas graves ao nível das pernas, bacia ou mesmo na coluna vertebral. No entanto, a flexão exagerada dos joelhos, poderá potenciar uma má circulação do sangue, o que é negativo quando conduz muitas horas seguidas, podendo igualmente contribuir para lesões graves numa colisão.
  • Ajuste do volante: Quando existe essa opção no veículo, o volante deve ser posicionado de forma a que o condutor tenha visibilidade total do painel de controlo sem ter que mover a cabeça para ler a sua informação. No entanto, o mesmo não deve tocar nas coxas. Deve ainda segurar o volante com as duas mãos. O condutor deve ainda estar posicionado corretamente de forma a que o encosto de cabeça absorva o impacto causado pelo efeito chicote ao nível da coluna cervical no caso de uma colisão.
  • Faça pausas a cada duas horas: válido para todas as viagens longas mas também para quem trabalha sentado o dia todo – a possibilidade de hérnia discal é maior, pela sobrecarga lombar.

Para além dos acidentes rodoviários, deve ter em atenção as seguintes situações, de forma a evitar estas lesões:

  • Não arrisque: não faça saltos para a água de alturas elevadas, em especial quando desconhece a sua profundidade.
  • Seja cuidadoso: sempre que tiver que subir a um telhado, não o faça sozinho. Utilize uma escada robusta e peça a ajuda de alguém para garantir que está bem fixa; afaste-se das bermas, use calçado adequado, capacete e arnês de segurança. Sempre que sente que o risco é demasiado grande, peça ajuda a um profissional.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa de Exercício
Anquilosante (ANEA), a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR), a Faculdade de Motricidade Humana ...

O projeto surge das incertezas e desafios pelas quais os doentes com Espondilartrite Axial passam no momento do diagnóstico e na gestão diária da sua doença. Foram desenvolvidos planos de treino com o objetivo de irem ao encontro das necessidades e/ou limitações dos doentes com esta doença. Estes planos abrangem exercícios de treino cardiovascular, força, flexibilidade, equilíbrio com vários graus de dificuldade, de acordo com a atividade e limitação funcional da doença. 

No plano terapêutico para o controlo da Espondilartrite Axial, a prática de exercício físico é fundamental. A prática de atividade física regular permite a estes doentes não só experienciar períodos longos com a doença controlada, como também, manter a mobilidade articular particularmente a da coluna vertebral. 

A OMS recomenda a prática de treino cardio vascular e de força duas vezes por semana. Este treino, complementado com exercícios de flexibilidade e de equilíbrio constitui um plano de treino completo e equilibrado para o doente com Espondilartrite Axial.  

O Programa de exercício na Espondilartrite Axial é composto por 6 vídeos: um em que os autores explicam os objetivos do programa, quatro relacionados com os vários tipos de exercício - Cardiovascular, Força, Flexibilidade e Equilíbrio – e um vídeo com Noções de Ergonomia. Foi criado por um grupo de trabalho composto por doentes e especialistas em espondilartrite axial e exercício físico, como reumatologistas, fisiatras e fisiologistas do desporto. 

O programa de exercício completo está disponível em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLqZ-YhNjR9F8-POG987-JAlCktZum6Nin

 

 

 

Dia Mundial da Diabetes
Em Portugal, cerca de um milhão de pessoas, entre os 20 e os 77 anos, sofre de diabetes e estima-se que um quarto destas...

Além de ser a principal causa de cegueira em Portugal, a diabetes é também responsável pela retinopatia diabética, uma patologia que poderia ser evitada ou retardada, na grande maioria dos casos, através de “uma observação anual pelo oftalmologista ou rastreio”, refere o médico oftalmologista.

Sendo possível evitar a cegueira em cerca de 95% dos casos, Rufino Silva alerta para “a diminuição da acuidade visual, a visão enevoada, as moscas volantes e a distorção das imagens”, sendo estes os principais sintomas de alerta da retinopatia diabética. Contudo, refere também que há uma regra fundamental a seguir: “Um diabético não deve ficar à espera dos sintomas para ir ao oftalmologista. Quando tem sintomas já é tarde demais e muita coisa poderia e deveria ter sido feita antes para evitar a progressão da doença até esta fase.”

Desta forma, a prevenção é essencial e tal “passa pelo controlo metabólico rigoroso (glicémia, tensão arterial, exercício físico, não fumar), bem como por um tratamento atempado da doença''. Rufino Silva explica que, hoje em dia, já existem tratamentos de oftalmologia capazes de tratar adequadamente a retinopatia diabética e que, por isso, “a perda grave de visão já pode ser evitada”.

Assim, em antecipação ao Dia Mundial da Diabetes, a SPO faz um apelo a todos os diabéticos: “A observação pelo médico oftalmologista é de extrema importância e deve obedecer a critérios rigorosos. Os diabéticos tipo 1 devem ser observados no início da adolescência e 5 anos após o diagnóstico da diabetes. Já os diabéticos tipo 2 devem ser observados logo após o diagnóstico”.

 

 

Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares prevê que até à prevê que até à próxima sexta-feira o número de doentes...

Segundo esta análise, espera-se que o número de doentes internados nas Unidades de Cuidados intensivo chegue aos 557. A confirmar-se esta previsão, e tendo em conta que a capacidade destas unidades é de cerca de 852 camas, metade das camas de UCI do SNS podem ter de ser dedicadas a doentes com covid-19.

De forma a minimizar os efeitos da pressão exercida sobre os hospitais, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares vai passar a publicar estimativa semanais sobre os recursos que se prevê que venham a ser necessários para dar resposta à pandemia na semana seguinte.

Face ao que se previa há duas semanas, quando os casos e os internamentos tiveram uma subida abrupta, houve, na última semana, uma subida mais lenta da pressão nos hospitais. Os hospitais acabaram por ganhar uma semana para se organizarem, mas, a expectativa é que esta pressão continue a crescer.

Recorde-se que a situação mais dramática ocorreu no Hospital de Penafiel, onde no final da semana foi possível transferir dezenas de doentes para outros hospitais, incluindo para o Hospital de Santa Maria em Lisboa, e também para hospitais privados.

 

 

Estudo
O estudo que junta investigadores da Nova SBE a equipas da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University e Bocconi...

Desde a segunda vaga do estudo, revela-se um significativo decréscimo da intenção dos portugueses em serem vacinados contra o COVID-19 quando a vacina ficar disponível. Se em junho 75% dos inquiridos estavam dispostos a serem vacinados, nesta terceira vaga, o número desce para 63%, caindo 12 pontos percentuais. A percentagem de pessoas que não pretende vacinar-se aumentou 5% e a dos hesitantes 7%, situando-se agora nos 25%. A redução da vontade em se ser vacinado é evidente em todas as regiões e todas as categorias de idade, com exceção para mais de 65 anos. Os homens são os que se mostram mais dispostos a vacinarem-se (70%).

Analisou-se que a predisposição para a vacina aumenta em função da adesão às medidas de proteção e vice-versa. Ou seja, quem está menos predisposto a vacinar-se contra o COVID-19 também tem menor adesão às medidas de proteção. Esta tendência também aumenta em função da confiança existente ou não no governo, entidades de saúde e OMS. Naqueles que manifestam uma baixa perceção de risco de contrair COVID-19 ou sobre suas consequências para a saúde também existe uma baixa disposição para vacinar.

A pesquisa revela ainda que a perceção de confiança na vacina COVID-19 diminui desde junho em todas as categorias de idade, regiões (exceto Açores), sexos e níveis de educação, com 54% dos portugueses completamente confiantes de que a vacina contra o COVID-19 será segura em comparação com os 70% da segunda vaga do estudo, uma queda de 16 pontos percentuais. Mais uma vez são os homens que mais confiam na segurança da vacina (60%). A confiança é também mais alta em indivíduos com alto nível de escolaridade (57%).

Adesão a medidas de proteção contra COVID-19

No que refere à adesão a medidas de proteção em Portugal regista-se uma ligeira diminuição no distanciamento social de 1 metro (especialmente entre os menores de 25 anos) e no evitar de abraços, beijos e apertos de mão, ainda que se alterações drásticas como o registado em outros países igualmente estudados. As mulheres são as que registam maior nível de adesão às medidas, assim como são as pessoas com maior nível de escolaridade que mais tendem a seguir as recomendações (exceto no que se refere à medida de distanciamento social). Quanto maior a perceção de risco em contrair o vírus ou quanto às suas consequências para a saúde, maior adesão às medidas de proteção e vice-versa.

 

Os mais jovens são os que se encontram menos dispostos a usar máscaras. Por outro lado, as pessoas com maior nível de escolaridade estão mais dispostas e propensas a usar máscara em lugares públicos.

Dificuldade de acesso a cuidados de saúde e menor qualidade de ensino

O acesso aos cuidados de saúde revelou que mais de metade dos inquiridos tiveram as suas consultas ao médico ou dentista atrasadas ou adiadas devido à situação pandémica e um em cada três português viu as suas consultas hospitalares ou de especialidade adiadas ou desmarcadas. A perceção de falta de cuidados de saúde é mais notória entre os inquiridos com mais de 45 anos de idade.

No que diz respeito ao ensino, mais de 50% dos pais questionados considera que a quantidade e qualidade do ensino durante a pandemia foi menor e pior do que no período pré-covid. Mais de 50% dos pais revela sentir-se preocupados e ansiosos com a escolaridade de seus filhos neste outono, sendo que a maioria dos pais prefere que os filhos frequentem as escolas ao invés das aulas online em casa, mas em turmas reduzidas (62%).

Cerca de metade dos portugueses contra a abertura de bares e discotecas

83% dos inquiridos na terceira vaga do estudo desaprovam férias no exterior e consideram que aqueles que incorrem tais riscos deveriam assumir os custos pelos testes COVID-19 (74%) e auto-quarentena (87%).

No que se refere a cultura e lazer, quase metade dos portugueses apoia a reabertura de cinemas (46%) e teatros (45%). Mais de metade desaprovam a reabertura de bares (54%), discotecas (70%) e espaços de concertos (53%).

Destaque ainda para o facto de serem os mais jovens os que se posicionam contra a reabertura de estádios ao público (55%) face às faixas etárias mais velhas.

Em traços gerais denotou-se ainda uma ligeira diminuição na confiança nas informações das notícias nacionais e veiculadas pelo governo. Em relação à anterior vaga do estudo, as preocupações com a saúde, sobre a perda de um ente querido e sobre o sistema de saúde ficar sobrecarregado aumentaram de 67% (dados de junho) para 76%. De entre os países europeus envolvidos na pesquisa, Portugal continua a ser o país onde existe uma maior preocupação com o impacto da pandemia na saúde. No que se refere às as preocupações económicas, não se registou alterações significativas em comparação a junho.

Já foram contratados mais 287 médicos de família
Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, Marta Temido anunciou a abertura de 1.385 postos de...

A ministra da Saúde realçou ainda o “reforço de profissionais de saúde no SNS com a previsão de um regime excecional de contratação a termo e a posterior possibilidade de conversão de 2.999 desses vínculos em contratos sem termo” e o investimento na aquisição de medicamentos e de vacinas para a COVID-19 que representam uma despesa estimada de cerca de 155 milhões de euros.

Marta Temido salientou “a capacidade de resiliência que o SNS tem tido” e o facto de em setembro “os níveis de atividade assistencial já estarem alinhados com os primeiros meses do ano e de se ter conseguido recuperar 6.000 cirurgias e 12 mil consultas em atividade adicional”.

Na audição conjunta da Comissão da Saúde e da Comissão de Orçamento e Finanças, a governante admitiu que o Orçamento do Estado para 2021 acontece “no momento mais difícil” da história do Serviço Nacional de Saúde.

Marta Temido lembrou que o orçamento do Serviço Nacional de Saúde aumenta 1.210 milhões de euros face ao orçamento inicial de 2020 ou 805 milhões de euros face ao orçamento suplementar sendo que destes 468 milhões de euros são aumento da receita de impostos.

“Este é o quadro financeiro no qual desenvolveremos dois eixos de ação relativamente aos quais é necessário continuar a prosseguir o melhor equilíbrio possível: o da resposta à pandemia da covid-19 e o da resposta às demais necessidades assistenciais da população. O da resposta à emergência e o da resposta a tudo o resto”, sublinhou.

Segundo Marta Temido, a criação de uma reserva estratégica de medicamentos, dispositivos médicos e equipamentos de proteção individual que nos primeiros meses da pandemia garantiu a disponibilidade destes artigos ao SNS e a outras áreas governamentais, tendo recebido até à data cerca de um milhão de batas, 1,4 milhões de fatos de proteção integral, 1,7 milhões de toucas, 20 milhões de luvas, 58 milhões de máscaras tipo 2, 13 milhões de respiradores e FFP2 e FFP3.

 

País em estado de Emergência
Face ao aumento de novos casos de Covid-19, o Governo aprovou as medidas do estado de emergência que vão vigorar entre 9 e 23...

Nestes 121 municípios, onde há “risco elevado de transmissão da covid-19”, abrangendo 70% da população residente, ou seja, 7,1 milhões de habitantes em Portugal, incluindo todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a circulação também está limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

O executivo aprovou ainda outras medidas que se irão aplicar a Portugal Continental, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos e a possibilidade de exigir testes rápidos à covid-19 em estabelecimentos de saúde, lares, escolas, prisões e nas chegadas a Portugal por via aérea e marítima.

A estas medidas juntam-se outras como a possibilidade de realizar medições de temperatura corporal por meios não invasivos, no acesso a locais de trabalho, estabelecimentos de ensino, meios de transporte, espaços comerciais, culturais e desportivos.

Passa a ser possível ainda exigir testes de diagnóstico para a covid-19 em estabelecimentos de saúde, estruturas residenciais, estabelecimentos de ensino, à entrada e à saída de território nacional, por via aérea ou marítima, em estabelecimentos Prisionais e em outros locais, por determinação da Direção-Geral da Saúde.

O Governo determinou ainda requisição de recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, se existir essa necessidade para além de ser possível mobilizar outros profissionais, de setores que não a saúde como militares ou professores sem componente letiva, para rastreamento ou seguimento de pessoas sob vigilância ativa.

 

 

 

 

Iniciativa
A Fundação AFID Diferença, em parceria com a Câmara Municipal da Amadora e a Fundação Montepio, lançou no passado dia 21 de...

O prémio, que pretende homenagear a Dra. Maria Lutegarda, ex-diretora da Fundação AFID Diferença, é um estímulo para os académicos e para a academia investigarem e aprofundarem questões fundamentais na área da reabilitação.

Aceitam-se candidaturas individuais ou de grupos de investigadores (como por exemplo centros de investigação, universidades, empresas, etc.), todos aqueles que sejam autores de trabalhos de investigação sobre a área da reabilitação, no âmbito académico, bem como titulares de uma especialização, técnicos de reabilitação com ou sem grau académico superior, que criaram ou desenvolveram metodologias e produtos de apoio especialmente produzidos para prevenir, compensar, atenuar ou neutralizar a incapacidade.

Com uma periodicidade bienal, o prémio terá as candidaturas abertas até setembro de 2021, decorrendo a fase de seleção de trabalhos nos meses de outubro e novembro de 2021. A entrega de prémios ocorrerá a 14 de dezembro de 2021. As candidaturas devem ser formalizadas pelos candidatos, preenchendo o formulário de candidatura que será disponibilizado no website da Fundação AFID Diferença.

O regulamento e o calendário podem ser onsultados no site da Fundação AFID Diferença.

O prémio está dividido em duas categorias, trabalhos individuais e trabalhos coletivos. Será atribuído o valor de 4000 euros ao trabalho de investigação individual classificado em primeiro lugar e o mesmo valor de 4000 euros ao trabalho de investigação coletivo classificado em primeiro lugar. Haverá, ainda, duas menções honrosas, para o segundo e terceiro classificados, respetivamente, no valor de 1500 euros cada para candidaturas individuais.

Os projetos de investigação vão ser avaliados por um corpo de jurados composto por Vítor da Fonseca, professor catedrático e agregado em Educação Especial e Reabilitação na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e consultor em Neuropsicopedagogia; Augusto Deodato Guerreiro, professor catedrático e agregado em Ciências da Comunicação e Investigador no CICANT (Centre for Research in Applied Communication, Culture, and New Technologies), na Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona e presidente do Centro Português de Tiflologia/Fundação Nossa Senhora da Esperança: Domingos Rasteiro, professor adjunto convidado em Ciências da Educação e Educação Inclusiva no Instituto Politécnico Jean Piaget do Sul; Francisco Godinho, professor auxiliar do Departamento de Engenharias da Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade; Susana Santos Nogueira, vereadora da Câmara Municipal da Amadora; Joaquim Caetano, técnico do Gabinete de Responsabilidade Social, da Associação Mutualista Montepio, em representação da Fundação Montepio e Domingos Rosa, presidente do Conselho Executivo da Fundação AFID Diferença e presidente de júri do Prémio de Investigação Científica e Reabilitação Dra. Maria Lutegarda.

A segunda edição do Prémio Dra. Maria Lutegarda foi apresentada a 21 de outubro de 2020 e contou com um número reduzido de convidados, devido ao contexto de pandemia causado pela Covid-19. No Lançamento estiveram presentes (in loco e online) os membros do júri, as vencedoras da primeira edição do prémio e outras personalidades convidadas

“Quero dar aqui uma palavra de agradecimento aos parceiros Câmara Municipal da Amadora e à Fundação Montepio, não só por estarem presentes no lançamento, mas porque nos têm dado força para continuar a desenvolver este Prémio, o que é muito importante não só por nós, mas também pela homenagem à Dra. Maria Lutegarda”, disse Domingos Rosa, presidente da Fundação AFID Diferença.

Por sua vez, a vereadora Susana Nogueira, em representação da presidente da Câmara Municipal da Amadora e membro do júri, afirmou: “Este prémio é dedicado a uma pessoa muito especial para nós, a Dra. Maria Lutegarda, e, portanto, foi muito natural associarmo-nos a esta distinção”

 

Doentes Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) vai reforçar “no imediato” a capacidade de internamento para doentes com...

“O CHULN atualizou o seu Plano de Contingência Covid-19 para a fase Outono/Inverno, na sequência do Despacho do Ministério da Saúde, de 3 novembro de 2020, e, tendo em conta a evolução da epidemia a nível nacional e regional”, anunciou o centro hospitalar em comunicado. 

O plano do CHULN, que integra os Hospitais Santa Maria e Pulido Valente, tem em consideração a pressão assistencial na região Norte do país, tendo já nove vagas reservadas para doentes transferidos do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa e 10 vagas para doentes do Centro Hospitalar do Médio Ave.

De acordo com o Plano de Contingência Covid-19 do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, o número de camas de enfermaria pode ainda crescer até às 200.

Centro hospitalar vai manter a atividade assistencial aos outros doentes

A par da necessidade de aumentar a resposta aos doentes com Covid-19, o centro hospitalar vai manter a atividade assistencial aos outros doentes.

“Mantém-se toda a atividade de Consultas Externas, Hospitais de Dia, Cirurgia de Ambulatório e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica”, assegura o centro hospitalar, citado pela página do Serviço Nacional de Saúde.  Adianta ainda que “quando for clinicamente indicada, será avaliada a reorientação de cuidados de saúde para regime de ambulatório, em alternativa ao internamento”.

No internamento também será assegurada a assistência a todos os doentes, de acordo com a hierarquização clínica das suas situações, através de um plano já criado de reorganização flexível da capacidade instalada de camas no centro hospitalar.

Quanto à atividade cirúrgica programada, o CHULN informa que “será mantida na exata medida em que seja compatível, em cada momento, com as necessidades de internamento impostas pela evolução da epidemia”. 

O CHULN lembra ainda que tem circuitos assistenciais completamente autónomos para doentes Covid-19, com total separação das áreas destinadas à assistência a doentes com infeção por SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a doença Covid-19 seja numa urgência totalmente dedicada a doenças respiratórias, no Internamento «regular», no internamento de «doente crítico» ou na atividade cirúrgica ou de intervenção.

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