Projeto FIGHT COVID
FIGHT COVID é um projeto da SGS Portugal e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa direcionado para o combate à...

A SGS Portugal, empresa líder mundial em inspeção, verificação, ensaios laboratoriais, formação e certificação, estabeleceu uma nova parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) para desenvolver o projeto FIGHT COVID, que consiste na alocação e disponibilização de unidades laboratoriais móveis para a realização de testes à COVID-19 a particulares, empresas e outras entidades, nas melhores condições de segurança epidemiológicas e clínicas, garantindo credibilidade, conhecimento, inovação e resultados em menos de 24 horas.

O projeto FIGHT COVID tem a primeira estrutura móvel com posto de colheitas biológicas instalada no exterior do campus da Ciências ULisboa, na zona entre o edifício C6 e a Faculdade de Letras da ULisboa. Neste projeto, a SGS Portugal é responsável pela gestão de recursos, agendamento dos testes e pela implementação operacional do projeto no terreno, enquanto, a Ciências ULisboa assegura toda a componente de testagem, recolha e processamento de amostras, até ao envio dos resultados.

Ricardo Dias, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, salienta que “o rigor e a qualidade dos testes de diagnóstico e rastreio realizados no âmbito deste projeto são assegurados pelo Centro de Testes (CT) da Ciências ULisboa, que dispõe de um Sistema de Contenção Biológica de nível 3, recomendado pela Organização Mundial de Saúde”. Recorde-se que o CT Ciências ULisboa é membro da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da COVID-19, sendo certificado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e licenciado pela Entidade Reguladora da Saúde. Ricardo Dias acrescenta ainda que “o CT Ciências ULisboa se encontra equipado com tecnologia de referência em gestão de informação clínica (CLINIDATA®), certificada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o que garante a comunicação de informação laboratorial em tempo real com a DGS – Direção Geral da Saúde”.

Teresa Vieira, business manager da Área Laboratorial da SGS Portugal, refere que “esta unidade laboratorial móvel de testagem funciona por sistema de marcação prévia, possuindo equipamentos de emergência médica, plano de contingência e reenvio clínico para situações emergentes, garantindo todas as condições de segurança necessárias e de acordo com as recomendações atuais da DGS”, acrescentando ainda que “também está equipada com um sistema de desinfeção, por nebulização, de modo a garantir o controlo microbiológico da estrutura, respetivas superfícies e ar”.

A estrutura móvel FIGHT COVID está registada na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e no INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica – e conta, em permanência, com uma equipa de enfermeiros qualificados com experiência profissional comprovada em gestão de casos COVID-19 e por um responsável médico.

Conferência digital avança perspetivas futuras em Portugal
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) vai promover a realização de uma conferência digital, subordinada ao tema ...

“Esta conferência tem como principais objetivos promover a discussão sobre a canábis para fins medicinais no tratamento da dor crónica, em Portugal, e partilhar o conhecimento e as boas práticas internacionais nesta área”, explica Ana Pedro, presidente da APED.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia comunitária estão regulamentadas, em Portugal, com a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho e com o Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro.

Em Portugal, a utilização da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, entre as quais, a dor crónica. Estima-se que 36,7% da população adulta portuguesa tenha dor crónica. A incapacidade associada a esta doença afeta diretamente a vida pessoal, familiar, social e profissional dos doentes. Atualmente, existe um grande número de tratamentos disponíveis para a dor crónica, que requerem uma abordagem biopsicossocial, incluindo intervenções farmacológicas e não farmacológicas, que, no entanto, não controlam todas as situações clínicas.

A participação na iniciativa é gratuita, mas requer inscrição prévia. Está disponível apenas para profissionais de saúde. As inscrições são limitadas. Acompanhe todas as informações e novidades aqui: https://aped.rxf.vsmeeting.pt

 

Opinião
Desde 1984 que é comemorado em Portugal, a 17 de novembro, o Dia Nacional do Não Fumador.

Esta data comemorativa tem um significado especial para mim, não só por ser Médica Internista dedicada à área da prevenção e risco vascular, mas também porque foi uma das primeiras iniciativas em que participei na minha comunidade enquanto adolescente.

O consumo do tabaco, para além de ser um dos fatores de risco mais importante associado às principais causas de morte, tem um grande impacto na qualidade de vida, sendo, no entanto, a primeira causa de doença possível de se prevenir. Aumenta a  probabilidade de doenças crónicas como, por exemplo, a doença respiratória (bronquite crónica, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crónica), doença cardiovascular (cardiopatia isquémica, insuficiência cardíaca, insuficiência arterial periférica), doença cerebral (acidente vascular cerebral, demência), doenças da boca (gengivites, cáries, alteração da cor dos dentes), doença ulcerosa péptica, diminuição e perda de visão, envelhecimento precoce da pele, osteoporose, maior vulnerabilidade a infeções, redução da fertilidade feminina e impotência. Como também é de amplo conhecimento, o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de cancro como o respiratório, digestivo, ginecológico e urinário. Para além disso, sabe-se também que os fumadores com infeção a SARS-CoV-2 acarretam maior risco de progressão para doença grave, maior risco de ventilação mecânica e maior risco de morte.

Mas, para além das consequências negativas do tabaco, importa salientar os benefícios a médio prazo da cessação tabágica, tais como o aumento da esperança e qualidade de vida, a melhoria da saúde cardiovascular, o aumento da probabilidade de ter filhos mais saudáveis, entre outros. Já a curto prazo, há também resultados muito positivos como, por exemplo, a normalização da frequência cardíaca e pressão arterial ao fim de 20 minutos, a normalização dos níveis de monóxido de carbono após 8 horas e dá-se o início da redução do risco de doença cardiovascular após 24 horas.

Com o objetivo de melhorar a sua saúde e longevidade, cada vez mais são aqueles que tentam deixar de fumar. É, no entanto, um processo difícil de concretizar sem apoio profissional. A taxa de sucesso é comprovadamente maior quando existe uma abordagem multidisciplinar envolvendo a Medicina Interna, Pneumologia, Medicina Geral e Familiar, Nutrição, Psicologia e Enfermagem, definindo-se um plano de cessação tabágica adaptado a cada pessoa, de forma a assegurar o sucesso do tratamento.

E porque estamos em ano de mudanças de hábitos, porque não começar a pensar em aumentar a saúde individual e coletiva dos Portugueses, tomando a importante decisão de deixar de fumar?

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Master Class
Com a presença profissionais de saúde de diversas áreas, o ISCTE Executive Education realiza a 19 de novembro, pelas 18h30, a...

Em contexto de pandemia, as unidades de saúde estão a lidar diariamente com muitas mudanças para fazem face ao aumento de casos de COVID-19 em Portugal.  A pandemia mudou drasticamente o modelo organizacional dos hospitais, passando a exigir respostas extremamente urgentes e eficientes diante desta crise sanitária.

Tendo como oradores seis Profissionais de Saúde de diferentes grupos profissionais – Medicina Geral, Psiquiatria, Reabilitação, Psicologia, Farmácia, Nutrição, Enfermagem - o ISCTE Executive Education realiza no próximo dia 19 de novembro, pelas 18h30, a Real-Life Master Class “Lideranças nas Unidades de Saúde: Experiências e Desafios” com o objetivo de partilharem as suas experiências e desafios, tendo implícito a sua liderança enquanto processo construtivo de atuação.

Neste evento online serão transmitidos os testemunhos de alguns profissionais da linha da frente no combate ao Covid-19 nomeadamente Eunice Carrapiço, Médica, Diretora Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte, Carla Adriana Santos, Nutricionista, Hospital Garcia de Orta, Dália Nogueira, Terapeuta da Fala, Investigadora Associada da BRU-ISCTE, foi Diretora do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e da Obra Social do Pousal, Maria João Fagundes, Psicóloga, Taskforce da Implementação do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Miguel Veríssimo, Enfermeiro, Diretor do Hospital Luz Setúbal, Sara Silva Alexandre, Farmacêutica, Coordenadora dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, o número máximo de mortes diárias por Covid-19 ao contabilizar mais 91 óbitos. De...

Deste modo, desde o início da pandemia, Portugal já contabilizou 3.472 mortes associadas à Covid-19 e 225.672 casos de infeção.

Em relação a ontem, segundo os dados da DGS, foram registados mais 91 morta, 3.996 infetados e 3.560 pessoas foram dadas como recuperadas da infeção. Ao todo há já 142.155 casos de recuperação assinalados em território nacional.

O relatório da situação epidemiológica, mostra que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.607 óbitos, mais 44 do que ontem, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.302 +33), Centro (433 +11) e Alentejo (79 +3).

Quanto ao número de internamentos, contam-se agora 3.040 doentes internados, mais 111 que ontem, estando 426 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 do que no domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 80.045 casos ativos da infeção em Portugal – mais 345 que ontem - e 95.354 pessoas em vigilância pelas autoridades - mais 750.

 

Dia Mundial do Não Fumador
Em Portugal, todos os anos ocorrem cerca de 13 mil mortes associadas ao consumo de tabaco. Em vésperas de se assinalar o Dia...

Para além de ser um importante fator de risco para o Cancro, o fumo do tabaco está entre as principais causas de múltiplas doença cardíacas e respiratórias. 

“As pessoas devem ter presente que o consumo de tabaco contribui para 85% dos cancros do pulmão, que é a doença oncológica com maior taxa de mortalidade”, refere a presidente da Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão.

“Em Portugal, anualmente são diagnosticados 5200 novos casos e morrem mais de 4600 pessoas”, salienta Isabel Magalhães, “e isto apesar dos enormes avanços que têm sido desenvolvidos nesta área, onde a evolução da ciência permite hoje novas terapêuticas com grandes benefícios em termos de sobrevivência com qualidade de vida”.

E como “o pulmão não dói e alguns dos sintomas são muitas vezes interpretados e associados pelas pessoas a outras doenças, torna o diagnóstico muitas vezes tardio, com consequências no tratamento. Até por este facto, o melhor é mesmo antecipar o problema, ganhando a consciência que devem evitar o consumo de tabaco”, alerta.

 

Tomada de posição
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alertou hoje para as condições em que alguns doentes se encontram internados,...

“Ao longo das últimas semanas, face à enorme pressão que os hospitais têm vindo a sofrer, várias situações foram reportadas dando conta de cenários indesejáveis, de doentes internados em condições impróprias e sem a abordagem terapêutica considerada adequada”, refere a SPP numa tomada de posição relativamente à organização dos serviços de saúde.

Por outro lado, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia adianta que têm sido igualmente reportadas situações em que “os médicos pneumologistas e os restantes trabalhadores de saúde são colocados de forma arbitrária em enfermarias com um ratio/doente extremamente elevado”.

Desta forma, alerta, não podem “disponibilizar os melhores cuidados de saúde, para além da necessidade da organização de equipas multidisciplinares dado os doentes internados com infeção covid-19 terem em número considerável várias outras comorbilidades, com necessidade de serem abordadas pela especialidade em causa”.

A SPP adverte ainda que “a integridade dos trabalhadores de saúde e das suas famílias não pode ser colocada em causa por falta de material de proteção necessário para a execução de atos médicos no contexto da atual pandemia, continuando a serem reportadas situações deste género, para além de se manter um número excessivamente elevado de infeções por SARS-Cov-2 nos profissionais de saúde”.

Entendendo que o país atravessa “uma situação extrema de saúde pública e que o Serviço Nacional de Saúde é alvo de uma sobrecarga sem precedentes”, a SPP considera “ser dever das autoridades a organização dos serviços no sentido de garantirem a prestação de cuidados e de assistência aos doentes com covid-19, mas também aos doentes que sofrem de outras patologias”.

“O facto de a Pneumologia ser uma das especialidades de primeira linha na resposta à covid-19, implica por vezes o preenchimento dos internamentos adstritos apenas, ou de forma preferencial, aos serviços de Pneumologia, levando a que os doentes com patologia respiratória crónica sejam internados sem a assistência da especialidade responsável”, acrescenta na sua tomada de posição. 

No documento feito chegar à comunicação social, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia reforça que o facto de existir menor disponibilidade de recursos a nível dos cuidados primários de saúde e dos hospitais, leva “inevitavelmente a que os doentes respiratórios crónicos não tenham o seguimento apropriado e que os doentes com apresentação da doença não tenham um diagnóstico atempado, circunstância que poderá ser dramática no contexto de doenças que necessitam de um diagnóstico precoce sob pena de os doentes não terem benefício de terapêuticas mais eficazes por se encontrarem em fases mais avançadas da doença”.

“Esta situação será apenas contrariada, no contexto dramático em que nos encontramos, com uma organização racional e eficaz dos vários recursos existentes”, sublinha a Sociedade Portuguesa de Pneumologia

Soluções tecnológicas
Está a decorrer o "Alfathon", o primeiro hackathon totalmente digital criado pela Alfasigma, uma empresa italiana que...

O prémio final de 5.000 euros será entregue ao projeto em março de 2021. Os vencedores serão escolhidos entre aqueles que apresentarem soluções tecnologicamente avançadas no campo da investigação e inovação farmacêuticas e que forem mais capazes de melhorar a saúde dos pacientes.

Os participantes deverão apresentar um projeto de viabilidade, uma ideia inovadora e um plano de desenvolvimento, que a Alfasigma irá avaliar como um projeto futuro.

Existem três áreas nas quais o concurso se irá focar.

A primeira diz respeito ao desenvolvimento de uma forma farmacêutica que transforme a forma como os princípios ativos são administrados de modo inovador. O objetivo será o estudo de uma plataforma de formulação "oral" para a administração de fármacos pertencentes à classe de "moléculas grandes" com particular referência a proteínas ou peptídeos ou fragmentos ativos de origem proteica.

A segunda envolverá o desenvolvimento de software/hardware para o tratamento da encefalopatia hepática. Em particular, a criação de uma ferramenta - por exemplo, um dispositivo, uma aplicação ou algo semelhante - mais simples, eficaz e intuitiva de usar, que permita manter a evolução da doença sob controlo e que melhore a qualidade de vida dos doentes que sofrem desta patologia.

Por fim, os membros irão competir no tema "o aconselhamento do farmacêutico cada vez mais perto". De facto, nos últimos anos a farmácia transformou-se num verdadeiro centro de primeiras consultas e cuidados de saúde. O objetivo deste desafio é desenvolver um projeto de viabilidade de soluções tecnológicas, como aplicações, plataformas, software, apps, dispositivos com software ad hoc que possibilitem ao farmacêutico aconselhar pacientes frágeis.

O “Alfathon” está aberto a todas as pessoas com mais de 18 anos. A inscrição deve ser enviada até 30 de novembro de 2020 através da plataforma www.alfathon.com, sendo que pode ser realizada por uma única pessoa ou uma equipa de até cinco participantes. Após a inscrição, os participantes serão contactados para uma formação com especialistas focados no único desafio escolhido. Em dezembro, os projetos serão enviados à Comissão e, a seguir, os três primeiros serão selecionados para a avaliação final.

Pandemia
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) já realizou 100 mil testes de rastreio à Covid-19, avança fonte hospitalar.

De acordo com o CHULN, o Serviço de Patologia Clínica realiza uma média de 600 a 700 testes diários, não apenas aos utentes e profissionais do hospital, mas também para outras unidades de saúde e lares da região Sul.

Além de assegurar a resposta aos utentes na urgência dedicada a doenças respiratórias, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte faz ainda testes à Covid-19 a todos os doentes que são internados, que realizam cirurgias ou exames invasivos, bem como a grávidas e acompanhantes.

 

Programa H2020
O CHUC participou num consórcio de 12 instituições, liderados pelo Instituto Aragones de Ciencias de la Salud, que apresentaram...

No passado dia 11 de outubro, a Comissão Europeia informou os parceiros da aprovação da candidatura com o financiamento total de €4,968,784.59. O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) mereceu o financiamento de €1,297,001.25, estando previstas despesas de compra pública de inovação, recursos humanos e outros custos relacionados com o projeto.

Este modelo de cuidados, que necessita de um forte envolvimento da comunidade, é diversificado na utilização de tecnologia e implica soluções disruptivas em casa, intervenções orientadas a dados e uma plataforma aberta para soluções de terceiros que integra comunicação oportuna e eficaz. O ROSIA inclui parceiros especializados em áreas como: cuidados integrados, gestão de dados e plataformas abertas, saúde baseada em valor, experiência do doente, compra pública para a inovação, coordenação e disseminação.

O investimento em reabilitação é insuficiente e o envelhecimento da população aumenta a sua necessidade. Com este projeto pretende-se criar um modelo de cuidados de saúde organizado em torno da autogestão e autocuidado. Trata-se de um modelo de reabilitação no domicílio, desenhado a partir de um modelo de cuidados integrados com base em medidas que otimizam a qualidade e a utilização de recursos clínicos.

Sabemos, também, que algumas patologias como doenças cardiovasculares, covid-19 ou prótese da anca, podem ter um impacto dramático na saúde e no bem-estar das pessoas. A reabilitação tem o potencial de reduzir, ou mesmo reverter, esses impactos. Contudo, é um processo longo, doloroso e intensivo em recursos clínicos.

Em algumas regiões europeias, onde se inclui Portugal, as áreas geográficas remotas enfrentam grandes índices de despovoamento. Aumenta, por sua vez, a necessidade de cuidados relacionados à idade, onde se inclui a reabilitação. Porém, os recursos mantêm-se limitados e os inconvenientes da viagem tornam o tratamento penoso e muitas vezes até inviável.

O projeto ROSIA planeia desbloquear o mercado atual para buscar soluções disruptivas para a reabilitação domiciliária através do desenvolvimento do Ecossistema de Inovação ROSIA, para possibilitar aos clínicos a prescrição de soluções certificadas e facilitar às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e pesquisadores, o acesso ao sistema de saúde.

O grupo de compradores ROSIA representa três diferentes sistemas de saúde europeus: Servicio Aragones de Salud, uma autoridade regional de Espanha; Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de Portugal e o Hospital Nacional de Reabilitação da Irlanda. A validação ocorrerá em dois municípios/localidades por país.

Formato hibrído
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

O curso destina-se a todos profissionais de saúde interessados (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas ou outros), no entanto existirá ordem de preferência pelos Internistas e Especialistas de Medicina Interna.

Segundo Olga Gonçalves, coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos HD, “para a consolidação do trabalho das Equipas de HD e sua harmonização é fundamental que decorram tempos de formação e partilha de que este Curso constitui um primeiro módulo. Versará os aspetos da organização de uma Unidade de HD, as suas criação, expansão e divulgação (primeiro dia) bem como a vertente da prática clínica, contemplando a abordagem de algumas patologias, procedimentos inerentes e linhas terapêuticas a desenvolver (segundo dia).”

O curso pretende demonstrar que “a Hospitalização Domiciliária exige, pela sua própria essência, um forte trabalho multi e interdisciplinar e encerra a possibilidade de proporcionar, quer o melhor e mais integrador ambiente de tratamento dos doentes, quer um acesso mais fácil deste e dos seus cuidadores à literacia em saúde”.

 As inscrições encontram-se disponíveis no seguinte link: spmi.pt/curso-de-hospitalizacao-domiciliaria/#Participantes-e-inscricoes

 

Estudo
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um estudo, o primeiro em Portugal focado na adolescência, que...

A perturbação borderline da personalidade é uma perturbação grave associada a elevada tendência suicida. Estima-se que 2 a 6% da população mundial padeça desta perturbação marcada por uma intensa instabilidade emocional, impulsividade e autodano. Sendo uma perturbação desenvolvimental, não surge subitamente, pelo que se vai desenvolvendo ao longo do tempo. Por isso, a deteção precoce é essencial para prevenir o agravamento da patologia.

Este estudo pretende precisamente “detetar e sinalizar o mais precocemente possível esta perturbação, por forma a evitar que se agrave. Na adolescência, conseguimos logo detetar traços disfuncionais desta patologia, que, com o avançar da idade, acabam por se cristalizar e intensificar, com consequências graves”, explica Diogo Carreiras, investigador principal do estudo, destacando que esta é a grande novidade do projeto, já que, “em vez de estudar esta perturbação severa numa ótica remediativa, ou seja, a pessoa já tem a perturbação, o nosso foco é atuar antes, para prevenir e impedir a perturbação”.

Os primeiros resultados deste estudo, que envolveu 1007 adolescentes (420 rapazes e 587 raparigas) de sete estabelecimentos de ensino básico e secundário do Centro e Norte de Portugal, com uma média de idades de 15.3 anos, e pais, sugerem que, em média, as raparigas adolescentes apresentam traços borderline mais elevados do que os rapazes.

Foram também explorados fatores protetores e fatores de risco no desenvolvimento e na evolução dos traços borderline. “Estudámos duas variáveis opostas: uma de risco, a autoaversão, caracterizada por uma relação de grande criticismo, aversão e de ataque ao “eu”; e uma variável protetora, a autocompaixão (relação de autocuidado), que se traduz na capacidade de sermos sensíveis ao nosso próprio sofrimento, reconhecendo-o, e de agir de forma genuína e comprometida no sentido de o aliviar”, clarifica o investigador do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC).

Verificou-se que, independentemente do sexo, estas duas variáveis assumem um papel importante na evolução da sintomatologia borderline na adolescência, mostrando assim que são variáveis essenciais a considerar na compreensão dos traços borderline nesta faixa etária.

Devido à falta de investigação dos traços borderline na adolescência em Portugal, a equipa desenvolveu instrumentos de avaliação e sinalização destes traços, nomeadamente dois questionários de autorresposta, um para adolescentes e outro para os pais, e uma entrevista clínica para psicólogos, psiquiatras e pedopsiquiatras poderem administrar a adolescentes, com uma linguagem adaptada que traduz causas e mecanismos dos traços borderline.

Outra das conclusões do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), indica que há diferenças entre raparigas e rapazes no que respeita a comportamentos autolesivos não suicidários. As raparigas tendem a usar mais métodos de cortes superficiais de determinadas áreas do corpo (por exemplo, braços, pulsos), enquanto os comportamentos autolesivos dos rapazes tendem a relacionar-se mais com bater neles próprios (por exemplo, darem murros). Ao nível da impulsividade, não se encontram diferenças globais entre os sexos, porém os rapazes parecem ter maior dificuldade em controlar comportamentos relacionados com o consumo de álcool e drogas.

Segundo Diogo Carreiras, os resultados desta investigação podem ser fundamentais para desenvolver programas dirigidos a esta população de risco, “permitindo encontrar orientações para o desenho de intervenções psicoterapêuticas no âmbito da prevenção e de estudos empíricos futuros. Os dados desta investigação salientam variáveis essenciais para compreender os traços borderline em adolescentes, bem como as diferenças nesses mecanismos psicológicos entre raparigas e rapazes, tendo significativas implicações para a prática clínica e prevenção”.

Iniciado em 2018, este estudo insere-se num projeto mais amplo de investigação longitudinal, intitulado “Traços Borderline na Adolescência: Estudo prospetivo do desenvolvimento da Perturbação Borderline da Personalidade”, e faz parte da tese de doutoramento do investigador, orientado pelas docentes Paula Castilho e Marina Cunha.

Medidas do estado de emergência
Medidas mais restritivas como o recolher obrigatório, no âmbito do estado de emergência devido à Covid-19, passaram hoje a...

Com esta atualização, anunciada na página oficial do Serviço Nacinal de Saúde, a partir de hoje são 191 os concelhos abrangidos pelas medidas do estado de emergência. Nestes concelhos está proibida a  circulação na via pública durante a semana, entre as 23:00 e as 05:00, e durante o próximo fim-de-semana, entre as 13 e as 5 horas.

Entre os 18 concelhos capitais de distrito em Portugal continental, Leiria é o único que se mantém fora da lista, em que continuaram a estar identificados com risco elevado Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Porto, Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal e Beja e foram incluídos Viseu, Coimbra, Portalegre, Évora e Faro.

Reavaliada a cada 15 dias pelo Governo, a lista é definida de acordo com o critério geral do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) de "mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias", e considerando a proximidade com um outro concelho nessa situação e a exceção para surtos localizados em municípios de baixa densidade.

Medidas aplicadas aos concelhos de maior risco

O grupo de territórios abrangidos, que continua a incluir todos os concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, pode ser consultado site Covid-19 Estamos On.

Os sete concelhos que deixaram de estar incluídos na sexta-feira são Moimenta da Beira, Tabuaço, São João da Pesqueira, Mesão Frio, Pinhel, Tondela e Batalha.

Quanto às medidas aplicadas aos territórios de maior risco, o Governo determinou que, durante o fim-de-semana, o comércio passa a abrir a partir das 8 horas e a encerrar as 13 horas. A exceção são as farmácias, clínicas e consultórios, estabelecimentos de venda de bens alimentares até 200 metros quadrados com porta para a rua e bombas de gasolina.

Com autorização do presidente da câmara municipal territorialmente competente e mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança, “podem continuar a praticar o horário de abertura habitual os estabelecimentos cujo horário de abertura seja anterior às 8 horas”, lê-se na resolução do Conselho de Ministros.

“No caso de estabelecimentos autorizados a funcionar durante 24 horas por dia, ficam os mesmos autorizados a reabrir a partir das 8 horas”, determinou o Governo, ressalvando que a suspensão de atividades em estabelecimentos de comércio nos concelhos de risco elevado “é norma especial e prevalece sobre as demais disposições do presente regime que disponham em sentido contrário”.

Durante o fim-de-semana, a partir das 13 horas, a restauração nestes concelhos só pode funcionar para entrega ao domicílio, referiu António Costa, anunciando um apoio de 20% da perda de receitas dos restaurantes nos fins-de-semana em que tiverem de encerrar face à média dos 44 fins-de-semana anteriores (de janeiro a outubro 2020).

Medidas especiais no âmbito da declaração de situação de calamidade

Além do recolher obrigatório, os concelhos com risco elevado de transmissão da Covid-19 têm em vigor o dever de permanência no domicílio, a obrigatoriedade do teletrabalho, o encerramento dos estabelecimentos de comércio até às 22 horas e dos restaurantes até às 22h30, e a proibição de eventos e celebrações com mais de cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Estas medidas especiais estão em vigor no âmbito da declaração de situação de calamidade em todo o território nacional continental, que foi prorrogada até às 23h59 do dia 23 de novembro, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 96-B/2020, publicada na quinta-feira em Diário da República.

Segundo o decreto que regulamenta a aplicação do estado de emergência, em vigor desde 09 de novembro e até 23 de novembro, e que é aplicável em todo o território nacional, nos concelhos de maior risco identificados na declaração de situação de calamidade é aplicável a proibição de circulação na via pública, medida que prevê um conjunto de 13 exceções de deslocações autorizadas.

Incluem-se nas exceções o desempenho de funções profissionais como profissionais de saúde e agentes de proteção civil, a obtenção de cuidados de saúde, idas a estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, assistência de pessoas vulneráveis, exercício da liberdade de imprensa e passeios pedonais de curta duração.

Opinião
No âmbito do Dia Nacional do Não Fumador, que se assinala a 17 de novembro, é importante lembrar que

O tabagismo causa um grande prejuízo à saúde pública, uma vez que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida da população que fuma. Além disso, tem ainda a agravante de ser um fator de risco não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.

Assim sendo, deixar de fumar é uma medida preventiva eficaz para diminuir os riscos de enfarte do miocárdio e de muitas outras patologias causadoras de morbilidade e mortalidade.

O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coração, que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. Não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios porque este poderá ser um centro sem capacidade para realizar o tratamento mais adequado. Esta situação não acontece quando se liga para o 112 porque a equipa de emergência confirma a suspeita de um enfarte e ativa a via verde coronária que permite encaminhar os doentes para hospitais com laboratórios de hemodinâmica.

Não se esqueça, no enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) - o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco "perdido", o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida "normal".

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medicina de precisão
O cancro do pulmão é o tipo de cancro com maior número de novos casos em todo o mundo e é também o responsável pelo maior...

No dia 17 de novembro assinala-se o Dia Mundial do Não Fumador, data de extrema importância dado o tabaco ser uma das principais causas para o cancro do pulmão, que em Portugal representa 5.200 novos casos e mais de 4 mil mortes por ano. Prognóstico que tem melhorado graças à evolução das novas técnicas de medicina de precisão com as quais os oncologistas já trabalham. 

Não apenas medicamentos, mas também sistemas de diagnóstico e monitorização como estudos moleculares, soluções que fornecem mais informações sobre a genética do tumor e suas possíveis mutações. Desta forma, fica mais fácil decidir qual o tratamento que será mais eficaz para o doente, aumentando a sua qualidade de vida e sobrevida. 

Uma das empresas líderes na realização deste tipo de análises é a OncoDNA, especializada em Medicina de Precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro. Com sede na Bélgica e delegações em Espanha, Portugal e América Latina, a OncoDNA assessora oncologistas e patologistas desde 2012 que se dedicam ao cancro do pulmão. 

Manuel González Moya, membro da equipa da Oncoavanze: “Nos últimos anos, estamos a viver uma verdadeira revolução com a identificação de alterações moleculares em células tumorais, algumas delas implicadas no seu crescimento e multiplicação, sendo classificadas como possíveis alvos terapêuticos. Neste contexto, é de especial interesse a realização de técnicas de sequenciação genómica numa pequena amostra de tumor, como as oferecidas pela OncoDNA, para poder detetar as referidas alterações moleculares, tanto para aplicação de tratamentos já autorizados e com benefício comprovado para os doentes, como para avaliar a sua inclusão em ensaios clínicos de novas terapias personalizadas”. 

Exemplos como o Oncoavanze são notáveis e mostram os resultados positivos que podem ser obtidos após a realização de um perfil molecular dessas características nos casos de cancro do pulmão. Como o estudo genómico OncoDEEP, da OncoDNA, baseado na análise de uma amostra de tecido do tumor e útil para encontrar um tratamento eficaz no menor tempo possível. 

Ou o teste OncoSELECT, uma análise rápida e minimamente invasiva do ADN tumoral circulante de uma amostra de sangue (biópsia líquida). Uma boa ferramenta para identificar soluções terapêuticas naqueles doentes que não têm possibilidade de fazer biópsia de tecido ou a que está disponível é antiga ou escassa. Ou também para fazer um controlo exaustivo da resposta ao tratamento e detetar as resistências assim que aparecem, ainda mais cedo do que nos exames de imagem. 

“Em relação ao benefício proporcionado por essas novas técnicas diagnósticas, deve-se destacar que no cancro do pulmão não escamoso é necessário determinar alterações genéticas como EGFR ou ALK nas células tumorais, uma vez que existem várias opções de tratamento personalizadas. Mas também é importante repetir a biópsia ao tumor (ou biópsia líquida se a biópsia sólida não for possível) quando se progredir para uma primeira terapia, para identificar os mecanismos de resistência a esse tratamento inicial, ou outras novas alterações moleculares para as quais haja um tratamento benéfico ou um ensaio clínico para incluir o doente”, explica González Moya. 

 

 

Campanha alerta para diagnóstico precoce
Os números não enganam – a partir dos 40 anos de idade, a prevalência da Fibrilhação Auricular entre os portugueses ronda os 2...

Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de Fibrilhação Auricular é silenciosa. Só se deteta demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um Acidente Vascular Cerebral. A deteção precoce e o controlo desta arritmia são, por isso, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.

A partir dos 65 anos, devemos ter particular atenção a sinais nem sempre claros como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

É, por isso, aconselhável que, nestas idades, para além do controlo parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, se avalie o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular. Qualquer pessoa o pode fazer, de forma simples, através da autoavaliação do pulso.

Uma vez diagnosticada Fibrilhação Auricular, o risco de AVC pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a prescrição, a medicação poderá ser tomada uma ou duas vezes ao dia.

O bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.

Campanha internacional apela para a importância da deteção e do controlo

“Detetar, Proteger, Corrigir e Aperfeiçoar" é o mote da campanha global lançada pela Atrial Fibrillation Association e pela Arrhytmia Alliance, que visa envolver organizações de todo o mundo naquela que é a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular. Em Portugal é a Fundação Portuguesa de Cardiologia que se associa a esta iniciativa. O objetivo? Incentivar a deteção da Fibrilhação Auricular através de uma simples verificação do pulso. Um gesto e 30 segundos que podem salvar vidas.

Começa a 16 de novembro a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular (FA), a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, e a responsável por 20 a 30 % dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos.

Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se à Atrial Fibrillation Association  e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a campanha global que, sob o mote “Detetar, Proteger, Corrigir e Aperfeiçoar", visa incentivar a deteção da FA através de uma simples verificação do pulso. Bastam 30 segundos.

Em Portugal, o papel da sensibilização e o apoio a esta campanha cabe à Fundação Portuguesa de Cardiologia, para quem a deteção precoce e o controlo da FA são fundamentais. “O diagnóstico atempado da Fibrilhação Auricular pode revelar-se fundamental na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Apesar de estar associada à redução da qualidade de vida e a internamentos, sobretudo a partir de determinada idade, esta arritmia pode ser controlada através da gestão de comportamentos, hábitos de vida e medicação. Quanto mais cedo a detetarmos, maior a probabilidade de a controlarmos. Daí a importância deste tipo de campanhas”, explica Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Combate à Covid-19
A Ministra da Saúde apelou hoje aos portugueses que ajudem evitar a propagação da Covid-19, cumprindo as normas e medidas já...

“Contamos com todos para conseguir ultrapassar esta fase que a todos nos convoca da qual ninguém está mesmo dispensado” sublinhou Marta Temido, reiterando a importância do cumprimento das novas restrições que estão estabelecidas nos vários concelhos para conter a propagação da pandemia.

“Os nossos profissionais de saúde estão cansados, mas garanto-vos que estão a postos e podemos contar com eles, contudo, é nosso dever fazer um maior esforço de parar a transmissão da doença, afirmou a governante.

Sobre a pressão no sistema de saúde, a Ministra da Saúde lembrou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem sido reforçado, através de equipamentos, infraestruturas e recursos humanos. De acordo com a governante, “os ventiladores passaram de 1142 para 1939 e as camas em unidades de cuidados intensivos passaram de 433 para 704, com uma capacidade de expansão que ultrapassa as 900”. Relativamente aos recursos humanos, também “foram contratados mais de 6800 profissionais de saúde”, acrescentou.

“Por trás de todo este esforço, estão profissionais de saúde aos quais devemos a nossa admiração, respeito e o melhor cumprimento possível das regras básicas” concluiu Marta Temido.

 

Em regime online
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra vai lançar, em janeiro, a primeira pós-graduação portuguesa...

“A pós-graduação em Electroencefalografia (EEG) é inédita e, por isso, ESTeSC será pioneira, tal como o foi com a licenciatura em Fisiologia Clínica em 2014”, assume o docente coordenador do curso, Daniel Filipe Borges, explicando que a única formação pós-graduada na área atualmente existente está “reservada aos médicos especialistas que optem por frequentar o Ciclo de Estudos Especiais em Neurofisiologia, tutelado pela Ordem dos Médicos”.

O curso da ESTeSC é direcionado para profissionais com formação em Medicina, mas também em Neurofisiologia ou Fisiologia Clínica que pretendam desenvolver ou renovar os conhecimentos em electroencefalografia clínica. O objetivo passa, precisamente, por trabalhar numa lógica de “equipa e complementaridade”, na atualização e melhoria da prática clínica diária, explica Daniel Filipe Borges. De cariz prático, a pós-graduação abordará “de forma exaustiva, mas sintética”, todas as áreas da EEG, “incluindo as noções mais básicas de aquisição de sinal bioeléctrico cerebral e fundamentos de neurofisiologia e neuroanatomia aplicada, aos padrões normais, variantes e patológicos de EEG e a sua correlação com doenças neurológicas e sistémicas”, acrescenta.

O corpo docente do curso integra – além dos docentes da ESTeSC – 28 médicos especialistas (neurologistas e pediatras) e com subespecialidade (neurofisiologia clínica e neuropediatria) que exercem em 17 diferentes instituições hospitalares nacionais. A estes, juntam-se os professores Ley Sander, da University College London (Inglaterra), e Sándor Beniczky, da Aarhus University (Dinamarca), oradores dos webinar de abertura e encerramento, respetivamente (ambos de acesso ao público em geral).

Esta iniciativa conta com o apoio e patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Sociedade Portuguesa de Neurofisiologia Clínica e Medicina do Sono, cujos respetivos presidentes “foram inexcedíveis em todo este processo sinérgico, desde o desígnio à atual implementação”, refere Daniel Filipe Borges.

As aulas da pós-graduação em EEG têm início a 16 janeiro de 2021, e decorrerão aos sábados, das 10H00 às 13H00 e das 14H00 - 17H00. As candidaturas estão abertas até 04 de dezembro, em www.estescoimbra.pt.

 

Formato virtual
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) está a promover, pela terceira vez, a Caminhada Cancro...

A 3.ª Caminhada Cancro da Próstata tem como objetivo aumentar a consciencialização para o cancro da próstata e reverter quilómetros de “caminhada virtual” em donativos para a AICSO. Para além de estarem a ajudar na divulgação desta doença, os participantes estão também a aderir a uma iniciativa solidária.  Todos os quilómetros percorridos e partilhados nas redes sociais com a hashtag #caminhadacancrodaprostata num perfil/ publicação pública serão convertidos em donativos a esta associação para serem utilizados em prol de projetos de investigação científica nesta área.

Andreia Capela, Presidente da AICSO deixa o apelo “O mês de novembro está tradicionalmente associado às ações de sensibilização para o cancro da próstata. Em Portugal, o cancro da próstata é o segundo tumor mais prevalente, e o terceiro em incidência com cerca de 6600 novos casos por ano. Por este motivo queremos apelar à participação de todos os que puderem participar nesta caminhada, de forma virtual e em segurança, partilhando os quilómetros percorridos nas redes sociais para conseguirmos angariar o maior valor em donativos que contribuam para a promoção da investigação e suporte desta doença oncológica.”

Para além da realização desta caminhada, numa tentativa de consciencializar e esclarecer, quer a população em geral quer os doentes com cancro da próstata, a AICSO convidou vários profissionais de saúde ligados a esta área a elaborarem uma série de vídeos educativos com o objetivo de abordar os vários desafios que o doente com cancro da próstata pode enfrentar ao longo da sua trajetória com a doença.

A Presidente da AICSO acrescenta: “Este projeto conta assim com 20 vídeos narrados por profissionais ligados ao tratamento do cancro da próstata, que através de uma linguagem acessível a todos e com o apoio de algumas imagens, pretendem informar sobre a doença. Esperamos que esta iniciativa ajude a clarificar alguns conceitos relativos ao cancro da próstata e aos homens que vivem com e para além da doença”.

O cancro da próstata é o tumor mais frequente em homens que vivem em países industrializados e de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) representa 7,1% dos tipos de cancro mais comuns. A incidência deste tipo de cancro aumenta a partir dos 50 anos, sendo a idade média na altura do diagnóstico de 65 anos. Na maior parte dos casos, e nas fases precoces da doença, este cancro pode ser não causar sintomas e assim o diagnóstico precoce é essencial e tem contribuído para reduzir de forma significativa a taxa de mortalidade.

Entre os sintomas mais comuns, numa fase avançada, estão a dificuldade em urinar ou mesmo a retenção urinária e dores ósseas desencadeadas pela evolução da doença à distância.

A 3.ª Caminhada Cancro da Próstata começou no dia 1 de novembro e os participantes podem realizar os seus quilómetros e partilhá-los nas redes sociais até ao final deste mês.

Dia Mundial da Diabetes
Apesar da preocupação de todos estar compreensivelmente virada para a pandemia Covid-19, não podemos

No dia 14 de novembro celebra-se anualmente o dia Mundial da Diabetes.

Desde 1991 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Internacional da Diabetes (IDF) comemoram esta data.

 Segundo os dados desta Federação, referentes a 2019 e em todo o mundo, 463 milhões de pessoas adultas (entre os 20 e 79 anos de idade) têm diabetes. Estima-se que este número atingirá os 700 milhões em 2045. Em 2019 uma em cada 5 pessoas com mais de 65 anos sofria desta doença, tendo sido responsável por 4.2 milhões de mortes.

 O mesmo relatório refere que mais de 1.1 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo vive com diabetes tipo 1, e mais de 20 milhões de nascimentos têm uma história prévia de diabetes na gravidez.

Em Portugal, e segundo os dados do Observatório Nacional da Diabetes, mais de um milhão de pessoas têm diabetes (13.6% da população entre os 20 e os 79 anos de idade). Destas aproximadamente um terço está por diagnosticar e dois milhões têm risco elevado de vir a ter a doença no futuro.

Estes números não param de crescer, refletindo o impacto que a maior longevidade, associada a estilos de vida cada vez mais sedentários e maus hábitos alimentares, tem na prevalência desta doença.

As implicações sociais e económicas são enormes, consumindo a diabetes e as suas complicações uma fatia significativa do orçamento anual para a saúde. Em Portugal, a diabetes ainda é a principal causa de cegueira, de amputações não traumáticas dos membros inferiores e de doença renal crónica com necessidade de hemodiálise.

O Programa Nacional para a Diabetes, foi classificado como prioritário pela Direção Geral da Saúde. A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que pode ser prevenida se todos contribuirmos, com alterações profundas do estilo de vida ou seja adotando hábitos alimentares saudáveis e praticando regularmente exercício físico.

Perante esta realidade, em 2007 a Organização das Nações Unidas (ONU), através da sua resolução (61/225) associou-se a esta causa elegendo o dia 14 de novembro como o Dia Mundial da Diabetes.

Como símbolo foi escolhido um círculo de cor azul. O círculo nas diferentes culturas simboliza a vida e a saúde. A cor azul (a mesma da bandeira da ONU) simboliza a união de todas nações. O círculo azul pretende assim simbolizar a união para a resposta à (também) pandemia da diabetes.

A escolha deste dia do ano, constitui uma homenagem a Frederick Banting, nascido a 14 de novembro de 1891. Este investigador, em parceria com Charles Best e após anos de trabalho, anunciaram a descoberta da insulina em 1921, tendo o primeiro doente sido tratado logo no ano seguinte. Esta façanha valeu-lhes a atribuição do Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1923.

Em 2020 o tema de destaque escolhido pela IFD para o dia Mundial da Diabetes é: “Os (as) Enfermeiros (as) fazem a diferença na diabetes”. A campanha centra-se no papel fundamental que os profissionais de enfermagem desenvolvem nos vários locais, na prevenção e tratamento da diabetes.

Apesar da preocupação de todos estar compreensivelmente virada para a pandemia Covid-19, não podemos deixar de alertar também para a pandemia da diabetes como um problema nacional e mundial de saúde pública. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e o seu Núcleo de Estudos da Diabetes associa-se a esta causa, e desde há longa data que trabalha em prol de mais e melhores cuidados para as pessoas com diabetes em Portugal.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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