Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares prevê que até à prevê que até à próxima sexta-feira o número de doentes...

Segundo esta análise, espera-se que o número de doentes internados nas Unidades de Cuidados intensivo chegue aos 557. A confirmar-se esta previsão, e tendo em conta que a capacidade destas unidades é de cerca de 852 camas, metade das camas de UCI do SNS podem ter de ser dedicadas a doentes com covid-19.

De forma a minimizar os efeitos da pressão exercida sobre os hospitais, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares vai passar a publicar estimativa semanais sobre os recursos que se prevê que venham a ser necessários para dar resposta à pandemia na semana seguinte.

Face ao que se previa há duas semanas, quando os casos e os internamentos tiveram uma subida abrupta, houve, na última semana, uma subida mais lenta da pressão nos hospitais. Os hospitais acabaram por ganhar uma semana para se organizarem, mas, a expectativa é que esta pressão continue a crescer.

Recorde-se que a situação mais dramática ocorreu no Hospital de Penafiel, onde no final da semana foi possível transferir dezenas de doentes para outros hospitais, incluindo para o Hospital de Santa Maria em Lisboa, e também para hospitais privados.

 

 

Estudo
O estudo que junta investigadores da Nova SBE a equipas da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University e Bocconi...

Desde a segunda vaga do estudo, revela-se um significativo decréscimo da intenção dos portugueses em serem vacinados contra o COVID-19 quando a vacina ficar disponível. Se em junho 75% dos inquiridos estavam dispostos a serem vacinados, nesta terceira vaga, o número desce para 63%, caindo 12 pontos percentuais. A percentagem de pessoas que não pretende vacinar-se aumentou 5% e a dos hesitantes 7%, situando-se agora nos 25%. A redução da vontade em se ser vacinado é evidente em todas as regiões e todas as categorias de idade, com exceção para mais de 65 anos. Os homens são os que se mostram mais dispostos a vacinarem-se (70%).

Analisou-se que a predisposição para a vacina aumenta em função da adesão às medidas de proteção e vice-versa. Ou seja, quem está menos predisposto a vacinar-se contra o COVID-19 também tem menor adesão às medidas de proteção. Esta tendência também aumenta em função da confiança existente ou não no governo, entidades de saúde e OMS. Naqueles que manifestam uma baixa perceção de risco de contrair COVID-19 ou sobre suas consequências para a saúde também existe uma baixa disposição para vacinar.

A pesquisa revela ainda que a perceção de confiança na vacina COVID-19 diminui desde junho em todas as categorias de idade, regiões (exceto Açores), sexos e níveis de educação, com 54% dos portugueses completamente confiantes de que a vacina contra o COVID-19 será segura em comparação com os 70% da segunda vaga do estudo, uma queda de 16 pontos percentuais. Mais uma vez são os homens que mais confiam na segurança da vacina (60%). A confiança é também mais alta em indivíduos com alto nível de escolaridade (57%).

Adesão a medidas de proteção contra COVID-19

No que refere à adesão a medidas de proteção em Portugal regista-se uma ligeira diminuição no distanciamento social de 1 metro (especialmente entre os menores de 25 anos) e no evitar de abraços, beijos e apertos de mão, ainda que se alterações drásticas como o registado em outros países igualmente estudados. As mulheres são as que registam maior nível de adesão às medidas, assim como são as pessoas com maior nível de escolaridade que mais tendem a seguir as recomendações (exceto no que se refere à medida de distanciamento social). Quanto maior a perceção de risco em contrair o vírus ou quanto às suas consequências para a saúde, maior adesão às medidas de proteção e vice-versa.

 

Os mais jovens são os que se encontram menos dispostos a usar máscaras. Por outro lado, as pessoas com maior nível de escolaridade estão mais dispostas e propensas a usar máscara em lugares públicos.

Dificuldade de acesso a cuidados de saúde e menor qualidade de ensino

O acesso aos cuidados de saúde revelou que mais de metade dos inquiridos tiveram as suas consultas ao médico ou dentista atrasadas ou adiadas devido à situação pandémica e um em cada três português viu as suas consultas hospitalares ou de especialidade adiadas ou desmarcadas. A perceção de falta de cuidados de saúde é mais notória entre os inquiridos com mais de 45 anos de idade.

No que diz respeito ao ensino, mais de 50% dos pais questionados considera que a quantidade e qualidade do ensino durante a pandemia foi menor e pior do que no período pré-covid. Mais de 50% dos pais revela sentir-se preocupados e ansiosos com a escolaridade de seus filhos neste outono, sendo que a maioria dos pais prefere que os filhos frequentem as escolas ao invés das aulas online em casa, mas em turmas reduzidas (62%).

Cerca de metade dos portugueses contra a abertura de bares e discotecas

83% dos inquiridos na terceira vaga do estudo desaprovam férias no exterior e consideram que aqueles que incorrem tais riscos deveriam assumir os custos pelos testes COVID-19 (74%) e auto-quarentena (87%).

No que se refere a cultura e lazer, quase metade dos portugueses apoia a reabertura de cinemas (46%) e teatros (45%). Mais de metade desaprovam a reabertura de bares (54%), discotecas (70%) e espaços de concertos (53%).

Destaque ainda para o facto de serem os mais jovens os que se posicionam contra a reabertura de estádios ao público (55%) face às faixas etárias mais velhas.

Em traços gerais denotou-se ainda uma ligeira diminuição na confiança nas informações das notícias nacionais e veiculadas pelo governo. Em relação à anterior vaga do estudo, as preocupações com a saúde, sobre a perda de um ente querido e sobre o sistema de saúde ficar sobrecarregado aumentaram de 67% (dados de junho) para 76%. De entre os países europeus envolvidos na pesquisa, Portugal continua a ser o país onde existe uma maior preocupação com o impacto da pandemia na saúde. No que se refere às as preocupações económicas, não se registou alterações significativas em comparação a junho.

Já foram contratados mais 287 médicos de família
Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, Marta Temido anunciou a abertura de 1.385 postos de...

A ministra da Saúde realçou ainda o “reforço de profissionais de saúde no SNS com a previsão de um regime excecional de contratação a termo e a posterior possibilidade de conversão de 2.999 desses vínculos em contratos sem termo” e o investimento na aquisição de medicamentos e de vacinas para a COVID-19 que representam uma despesa estimada de cerca de 155 milhões de euros.

Marta Temido salientou “a capacidade de resiliência que o SNS tem tido” e o facto de em setembro “os níveis de atividade assistencial já estarem alinhados com os primeiros meses do ano e de se ter conseguido recuperar 6.000 cirurgias e 12 mil consultas em atividade adicional”.

Na audição conjunta da Comissão da Saúde e da Comissão de Orçamento e Finanças, a governante admitiu que o Orçamento do Estado para 2021 acontece “no momento mais difícil” da história do Serviço Nacional de Saúde.

Marta Temido lembrou que o orçamento do Serviço Nacional de Saúde aumenta 1.210 milhões de euros face ao orçamento inicial de 2020 ou 805 milhões de euros face ao orçamento suplementar sendo que destes 468 milhões de euros são aumento da receita de impostos.

“Este é o quadro financeiro no qual desenvolveremos dois eixos de ação relativamente aos quais é necessário continuar a prosseguir o melhor equilíbrio possível: o da resposta à pandemia da covid-19 e o da resposta às demais necessidades assistenciais da população. O da resposta à emergência e o da resposta a tudo o resto”, sublinhou.

Segundo Marta Temido, a criação de uma reserva estratégica de medicamentos, dispositivos médicos e equipamentos de proteção individual que nos primeiros meses da pandemia garantiu a disponibilidade destes artigos ao SNS e a outras áreas governamentais, tendo recebido até à data cerca de um milhão de batas, 1,4 milhões de fatos de proteção integral, 1,7 milhões de toucas, 20 milhões de luvas, 58 milhões de máscaras tipo 2, 13 milhões de respiradores e FFP2 e FFP3.

 

País em estado de Emergência
Face ao aumento de novos casos de Covid-19, o Governo aprovou as medidas do estado de emergência que vão vigorar entre 9 e 23...

Nestes 121 municípios, onde há “risco elevado de transmissão da covid-19”, abrangendo 70% da população residente, ou seja, 7,1 milhões de habitantes em Portugal, incluindo todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a circulação também está limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

O executivo aprovou ainda outras medidas que se irão aplicar a Portugal Continental, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos e a possibilidade de exigir testes rápidos à covid-19 em estabelecimentos de saúde, lares, escolas, prisões e nas chegadas a Portugal por via aérea e marítima.

A estas medidas juntam-se outras como a possibilidade de realizar medições de temperatura corporal por meios não invasivos, no acesso a locais de trabalho, estabelecimentos de ensino, meios de transporte, espaços comerciais, culturais e desportivos.

Passa a ser possível ainda exigir testes de diagnóstico para a covid-19 em estabelecimentos de saúde, estruturas residenciais, estabelecimentos de ensino, à entrada e à saída de território nacional, por via aérea ou marítima, em estabelecimentos Prisionais e em outros locais, por determinação da Direção-Geral da Saúde.

O Governo determinou ainda requisição de recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, se existir essa necessidade para além de ser possível mobilizar outros profissionais, de setores que não a saúde como militares ou professores sem componente letiva, para rastreamento ou seguimento de pessoas sob vigilância ativa.

 

 

 

 

Iniciativa
A Fundação AFID Diferença, em parceria com a Câmara Municipal da Amadora e a Fundação Montepio, lançou no passado dia 21 de...

O prémio, que pretende homenagear a Dra. Maria Lutegarda, ex-diretora da Fundação AFID Diferença, é um estímulo para os académicos e para a academia investigarem e aprofundarem questões fundamentais na área da reabilitação.

Aceitam-se candidaturas individuais ou de grupos de investigadores (como por exemplo centros de investigação, universidades, empresas, etc.), todos aqueles que sejam autores de trabalhos de investigação sobre a área da reabilitação, no âmbito académico, bem como titulares de uma especialização, técnicos de reabilitação com ou sem grau académico superior, que criaram ou desenvolveram metodologias e produtos de apoio especialmente produzidos para prevenir, compensar, atenuar ou neutralizar a incapacidade.

Com uma periodicidade bienal, o prémio terá as candidaturas abertas até setembro de 2021, decorrendo a fase de seleção de trabalhos nos meses de outubro e novembro de 2021. A entrega de prémios ocorrerá a 14 de dezembro de 2021. As candidaturas devem ser formalizadas pelos candidatos, preenchendo o formulário de candidatura que será disponibilizado no website da Fundação AFID Diferença.

O regulamento e o calendário podem ser onsultados no site da Fundação AFID Diferença.

O prémio está dividido em duas categorias, trabalhos individuais e trabalhos coletivos. Será atribuído o valor de 4000 euros ao trabalho de investigação individual classificado em primeiro lugar e o mesmo valor de 4000 euros ao trabalho de investigação coletivo classificado em primeiro lugar. Haverá, ainda, duas menções honrosas, para o segundo e terceiro classificados, respetivamente, no valor de 1500 euros cada para candidaturas individuais.

Os projetos de investigação vão ser avaliados por um corpo de jurados composto por Vítor da Fonseca, professor catedrático e agregado em Educação Especial e Reabilitação na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e consultor em Neuropsicopedagogia; Augusto Deodato Guerreiro, professor catedrático e agregado em Ciências da Comunicação e Investigador no CICANT (Centre for Research in Applied Communication, Culture, and New Technologies), na Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona e presidente do Centro Português de Tiflologia/Fundação Nossa Senhora da Esperança: Domingos Rasteiro, professor adjunto convidado em Ciências da Educação e Educação Inclusiva no Instituto Politécnico Jean Piaget do Sul; Francisco Godinho, professor auxiliar do Departamento de Engenharias da Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade; Susana Santos Nogueira, vereadora da Câmara Municipal da Amadora; Joaquim Caetano, técnico do Gabinete de Responsabilidade Social, da Associação Mutualista Montepio, em representação da Fundação Montepio e Domingos Rosa, presidente do Conselho Executivo da Fundação AFID Diferença e presidente de júri do Prémio de Investigação Científica e Reabilitação Dra. Maria Lutegarda.

A segunda edição do Prémio Dra. Maria Lutegarda foi apresentada a 21 de outubro de 2020 e contou com um número reduzido de convidados, devido ao contexto de pandemia causado pela Covid-19. No Lançamento estiveram presentes (in loco e online) os membros do júri, as vencedoras da primeira edição do prémio e outras personalidades convidadas

“Quero dar aqui uma palavra de agradecimento aos parceiros Câmara Municipal da Amadora e à Fundação Montepio, não só por estarem presentes no lançamento, mas porque nos têm dado força para continuar a desenvolver este Prémio, o que é muito importante não só por nós, mas também pela homenagem à Dra. Maria Lutegarda”, disse Domingos Rosa, presidente da Fundação AFID Diferença.

Por sua vez, a vereadora Susana Nogueira, em representação da presidente da Câmara Municipal da Amadora e membro do júri, afirmou: “Este prémio é dedicado a uma pessoa muito especial para nós, a Dra. Maria Lutegarda, e, portanto, foi muito natural associarmo-nos a esta distinção”

 

Doentes Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) vai reforçar “no imediato” a capacidade de internamento para doentes com...

“O CHULN atualizou o seu Plano de Contingência Covid-19 para a fase Outono/Inverno, na sequência do Despacho do Ministério da Saúde, de 3 novembro de 2020, e, tendo em conta a evolução da epidemia a nível nacional e regional”, anunciou o centro hospitalar em comunicado. 

O plano do CHULN, que integra os Hospitais Santa Maria e Pulido Valente, tem em consideração a pressão assistencial na região Norte do país, tendo já nove vagas reservadas para doentes transferidos do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa e 10 vagas para doentes do Centro Hospitalar do Médio Ave.

De acordo com o Plano de Contingência Covid-19 do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, o número de camas de enfermaria pode ainda crescer até às 200.

Centro hospitalar vai manter a atividade assistencial aos outros doentes

A par da necessidade de aumentar a resposta aos doentes com Covid-19, o centro hospitalar vai manter a atividade assistencial aos outros doentes.

“Mantém-se toda a atividade de Consultas Externas, Hospitais de Dia, Cirurgia de Ambulatório e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica”, assegura o centro hospitalar, citado pela página do Serviço Nacional de Saúde.  Adianta ainda que “quando for clinicamente indicada, será avaliada a reorientação de cuidados de saúde para regime de ambulatório, em alternativa ao internamento”.

No internamento também será assegurada a assistência a todos os doentes, de acordo com a hierarquização clínica das suas situações, através de um plano já criado de reorganização flexível da capacidade instalada de camas no centro hospitalar.

Quanto à atividade cirúrgica programada, o CHULN informa que “será mantida na exata medida em que seja compatível, em cada momento, com as necessidades de internamento impostas pela evolução da epidemia”. 

O CHULN lembra ainda que tem circuitos assistenciais completamente autónomos para doentes Covid-19, com total separação das áreas destinadas à assistência a doentes com infeção por SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a doença Covid-19 seja numa urgência totalmente dedicada a doenças respiratórias, no Internamento «regular», no internamento de «doente crítico» ou na atividade cirúrgica ou de intervenção.

Combate à Covid-19
O Governo vai criar uma rede nacional de estruturas de apoio de retaguarda em todos os distritos do território continental, no...

O despacho que operacionaliza esta rede, assinado pelo Ministro da Administração Interna, pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e pela Ministra da Saúde, foi publicado hoje, em Diário da República. 

Esta rede  vai garantir o apoio a pessoas infetadas com o novo coronavírus, sem necessidade de internamento hospitalar, e a utentes de lares para pessoas idosas que careçam de apoio específico fora das respetivas instalações.

De acordo com o diploma, cabe às Comissões Distritais de Proteção Civil identificar e propor, para cada um dos distritos do território continental, as infraestruturas aptas a acolher as estruturas de apoio de retaguarda, competindo aos Secretários de Estado que coordenam a execução, ao nível do Governo, das situações de alerta, contingência ou calamidade, decidir a sua instalação.

As estruturas de apoio de retaguarda devem obedecer aos critérios técnicos definidos pela Direção-Geral da Saúde e pelo Instituto da Segurança Social. O Instituto da Segurança Social vai garantir a coordenação técnica, assegurar a afetação de auxiliares de ação direta e de auxiliares de serviços gerais, bem como a distribuição e manutenção de equipamentos de proteção individual ao pessoal auxiliar, explica a informação disponibilizada pela página oficial do Serviço Nacional da Saúde.

De acordo com a tutela, cada Administração Regional de Saúde, em articulação com o hospital da área de referência, irá disponibilizar o pessoal médico e de enfermagem necessário ao acompanhamento das pessoas instaladas, assegurar a distribuição e manutenção de equipamentos, bem como de EPI às pessoas instaladas e ao pessoal médico e de enfermagem. Irá também contratualizar o serviço de recolha de resíduos hospitalares.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil vai suportar, sempre que necessário, as despesas relativas a alimentação, eletricidade, gás, água, telecomunicações, lavandaria, limpeza e higienização das instalações das estruturas de apoio de retaguarda, de acordo com as necessidades definidas pela respetiva coordenação técnica.

Na área de implementação de cada estruturas de apoio de retaguarda, o respetivo serviço municipal de proteção civil presta o apoio necessário, no âmbito das suas competências. As admissões de utentes devem ser validadas pela Subcomissão Distrital de Proteção Civil especializada Covid-19 ou, na sua falta, pela Comissão Distrital.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil acompanha a atividade das estruturas de apoio de retaguarda, a sua ocupação e eventuais constrangimentos que possam ocorrer.

ESO Angels Awards 2020
O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) é finalista dos ESO Angels Awards 2020 European Stroke Organization Conference...

Os ESO Angels Awards pretendem distinguir os hospitais que enviam dados de pelo menos 30 pacientes consecutivos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) no RES-Q ou no SITS QR Registry, usando o Protocolo de Premiação do WSO – World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC)

Com base no seu desempenho, no 2.º trimestre de 2020, em relação a várias medidas, a Unidade de AVC do HDFF foi eleita para o prémio Diamond e irá ser reconhecida na conferência ESO-WSO, via sessão virtual, no dia 08 de novembro.

Em comunicado, o Conselho de Administração do HDFF sublinha que esta distinção representa o reconhecimento internacional da competência do trabalho desenvolvido por esta unidade ao longo dos anos e é uma forma de reconhecimento das boas práticas de saúde da instituição, cujo mérito valoriza o hospital e motiva a equipa.

 

Plataforma Saúde em Diálogo recebida pelo Presidente da Republica
A Plataforma Saúde em Diálogo explicou a Marcelo Rebelo de Sousa as dificuldades no acesso aos cuidados primários em contexto...

“O Presidente identificou-se com as nossas preocupações e pediu para não esmorecermos”, conta Maria do Rosário Zincke. A Plataforma Saúde em Diálogo, que reúne mais de 50 associações de doentes, promotores e consumidores de cuidados saúde, foi recebida no dia 3 de novembro no Palácio de Belém, em Lisboa.

Numa altura em que os novos casos de infeção por COVID-19 continuam a subir, a presidente da Plataforma explicou ao Chefe de Estado as principais apreensões e dificuldades que os doentes enfrentam na pandemia.

“Questionámos sobre a resposta e estratégia pensadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) para estas pessoas. Falámos das dificuldades que os doentes crónicos têm nesta fase. Preocupam-nos os exames e as operações que não têm sido realizados, bem como as actuais dificuldades destas pessoas no acesso aos cuidados de saúde primários”, revelou a responsável.

Maria do Rosário Zincke mostra-se optimista perante a defesa do Presidente da República em manter conquistas alcançadas com a pandemia, como a questão da proximidade no acesso aos medicamentos. “O Presidente disse que essas conquistas são de manter para além da situação de pandemia”. Entre as conquistas destaca-se o acesso de proximidade a medicamentos hospitalares, assegurado pelas farmácias comunitárias desde o início de março.

Desde maio, a Plataforma tem vindo a alertar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministérios da tutela para a importância da participação das organizações das pessoas com doença nos debates e reuniões sobre a COVID-19, relembrando que muitas das decisões tomadas têm especial impacto na vida dos doentes crónicos.

 

Efeitos nefastos
Febre, tosse e dificuldade em respirar é do que mais se tem ouvido falar nos diversos canais noticio

O stress é já considerado pela Organização Mundial de Saúde, "a epidemia de saúde do século XXI" e a realidade é que, desde março de 2020, tem afetado um número crescente de pessoas, comprovado pela elevada procura e consumo de ansiolíticos e antidepressivos, na grande maioria das vezes, uma automedicação. A pandemia trouxe um isolamento social e físico e consequentemente aumentou o sentimento de solidão – principalmente no caso dos mais idosos. E a juntar à pandemia, existe ainda a pressão, caraterizada pela competitividade interpessoal, e o caos vivido nas grandes cidades. Muito trânsito, horários laborais para cumprir, um emprego exigente e não motivador, falta de tempo livre para desfrutar da família e de momentos de lazer, entre outros, são fatores responsáveis pelo stress. Este pode desencadear situações de ansiedade e de depressão, muitas vezes desvalorizada pelo seio familiar e pela sociedade.

A maior parte das vezes, o stress pode ser positivo. Trata-se de um processo natural, que funciona como uma resposta de defesa do organismo face a agressões externas ou internas. É muito útil em situações pontuais, mas passa a ser uma ameaça para a nossa saúde, quando se prolonga no tempo e se torna crónico. Por isso, é já considerado por uns como a maior causa de morbilidade, e pode conduzir a problemas de saúde, que surgem sob a forma de doenças cardiovasculares, disfunção sexual, complicações gastrointestinais, obesidade ou distúrbios alimentares e, ainda, problemas de pele e cabelo, como sejam o aparecimento precoce de rugas ou de calvície. Nas mulheres é ainda frequente existirem alterações hormonais, como problemas menstruais.

Para evitar futuras complicações, é essencial identificar e reconhecer os principais sintomas: suores, dor de cabeça, fadiga, distúrbios do sono, desorientação e perda de memória, ansiedade, irritabilidade e confusão mental, dificuldade de concentração, infelicidade, pensamentos negativos, e esquecimento. Além das situações externas, existem também fatores biológicos que determinam se a pessoa é ou não propensa a desenvolver situações de stress com maior facilidade.

Para este efeito, existem ferramentas disponíveis no mercado, como a análise de Avaliação de Stress da SYNLAB, que permite determinar se a pessoa está a viver um padrão biológico de stress, a fase de stress em que se encontra e ainda alertar para possíveis situações de Burnout (esgotamento profissional).

O teste é realizado de forma simples e rápida, sendo apenas necessária a recolha de 4 amostras de saliva para kit especial, em horas específicas do dia, de forma a fazer o doseamento de duas hormonas - cortisol e DHEA.

Em tempos pandémicos, temos duas missões: a de evitar a propagação do vírus e a de cuidar do nosso bem-estar e de quem nos rodeia. Lembre-se que o stress também pode ser evitável e aprenda a gerir futuras situações:

  • Pratique exercício físico para libertação de endorfinas (“hormonas da felicidade”)
  • Faça uma alimentação saudável;
  • Dedique tempo livre para o lazer e para a família (com o distanciamento necessário)
  • Utilize técnicas de introspeção, de meditação, de controlo da respiração;
  • Ouça música relaxante, que ajuda a desligar da vida ativa por momentos;
  • Desdramatize e relativize os seus problemas;
  • Foque-se nas soluções e não nos problemas;
  • Evite o diálogo/contacto de quem tem pensamentos negativos

Associado a todas estas medidas, por vezes é necessária a associação de medicamentos, que devem sempre ser prescritos apenas por um médico da especialidade e nunca através de automedicação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
UCareUClean criada por e para a comunidade UC
Ideia de estudantes de doutoramento do Departamento de Química da FCTUC já se traduziu em centenas de litros de gel...

No seio do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DQ/FCTUC), há um grupo voluntário que tem produzido gel desinfetante, primeiro para a faculdade e, mais recentemente, para toda a UC.

A UCareUClean é uma marca registada de gel desinfetante produzido por e para a UC.

A ideia surgiu de uma proposta das estudantes de doutoramento Giusi Piccirilo e Andreia Gonzalez, do grupo de Catálise e Química Fina, ainda durante a primeira onda da pandemia quando “muitas das instituições não dispunham de antissépticos, nomeadamente álcool-gel, para minorar a propagação do vírus”.

“Este produto, com nome votado também no interior do grupo, é agora marca registada da UC (UCareUClean) e será, com certeza, o embrião para o desenvolvimento de produtos antissépticos inovadores”, garante a coordenadora do grupo, Mariette Pereira.

De acordo com o diretor do DQ/FCTUC, Alberto Canelas Pais, o desafio foi recebido em abril, como uma “manifestação de solidariedade”. “Desde aí, toda a FCTUC tem sido fornecida com UCareUClean”. Para o responsável, “mais de mil litros mais tarde só podemos congratular os estudantes e os membros deste grupo de investigação pela sua dedicação e entusiasmo”.

 

Opinião
Que diferença pode fazer uma única palavra.

Este é um tempo de tremenda incerteza - e, portanto, de ansiedade - para as pessoas em todo o mundo, destaca a Adecco, empresa de Recursos Humanos. O impacto que a perda de emprego, o trabalho a tempo reduzido, a ansiedade em torno das perspetivas de subsistência, o domínio do duplo fardo do trabalho e dos cuidados infantis, o medo pela saúde de cada um (e dos seus entes queridos) ou o isolamento prolongado, está a ter no bem-estar dos colaboradores é enorme.

Então o que é que os empregadores podem fazer quando se trata de saúde mental e bem-estar?
Como um dos maiores empregadores do mundo, temos assistido ao aparecimento das seguintes mudanças que foram significativamente aceleradas pela pandemia, apontando para oportunidades de ação estrutural e transformadora:
 1. Possibilitar novas formas de trabalho

Os colaboradores estão interessados em manter a maior autonomia sobre as horas e horários de trabalho usufruídos durante a pandemia, com um equilíbrio entre o trabalho no escritório e o trabalho à distância. Ao mesmo tempo, os empregadores precisam de assegurar que os empregados tenham o direito de se desligarem. A ligação constante e o sofrimento devido à falta de descanso implicam riscos psicossociais importantes para os colaboradores, incluindo ansiedade, depressão e esgotamento. Ao estabelecer novos modelos de trabalho, ouvir os colaboradores é fulcral, para assegurar que os mecanismos de resposta são centrados no ser humano.  Na Adecco, convidámos colegas de todo o mundo a juntarem-se a nós numa série de workshops e fóruns sociais abertos para contribuírem com os seus pensamentos, perspetivas e ideias sobre como gostariam

de ver este conceito evoluir.

2. Reinventar a liderança

A pandemia está a ampliar a necessidade de um novo conjunto de capacidades de liderança, onde a inteligência emocional é o novo padrão de ouro: a nova geração de líder deve ser empática, um comunicador claro, atento às necessidades de bem-estar holístico dos seus colaboradores, e capaz de promover uma relação de trabalho baseada na confiança mútua e não numa gestão hierárquica de cima para baixo. Mas os líderes não estão atualmente bem equipados. Com as formas de trabalho flexíveis aqui para permanecerem, é importante que os gestores encontrem formas eficazes de fornecer aos seus colaboradores (próprios e trabalhadores de agências) o apoio e recursos para os ajudar a sentir que pertencem à organização, exigindo mais do que tecnologia. Investir no desenvolvimento da liderança, na formação e na atualização de competências é uma forma de resolver este desafio. A segunda é recrutar um perfil diferente de líder, mais adequado à força de trabalho do futuro.
 3. Passar a programas de bem-estar holístico

Os colaboradores querem ter a certeza de que o seu bem-estar e segurança continuam a ser a maior prioridade. Embora as necessidades de bem-estar dos colaboradores sejam uma área chave a ser abordada no futuro, não podem ser tratadas isoladamente. Os líderes precisam de cuidar do bem-estar holístico dos seus colaboradores que reconhece e apoia a pessoa no seu todo. Caso contrário, os colaboradores não serão capazes de lidar e aproveitar as mudanças na medida em que poderiam se o seu bem-estar fosse considerado prioritário. Muitas empresas não têm o plano para abraçar estas tendências - e as deficiências resultantes foram claramente sentidas durante o período de confinamento. A The Adecco Group Foundation desenvolveu uma metodologia - publicamente disponível para benefício de todos - que aborda esta questão. Ela depende de um conjunto de quatro elementos de bem-estar (físico, mental, social e objetivo), juntamente com quatro estimuladores que fazem qualquer intervenção e política de bem-estar funcionar e durar: cultura & marca, política & prática, ambiente e tecnologia & ferramentas. 

4. Focalização no défice de competências

Ao sairmos da atual crise e ao entrarmos potencialmente noutra, não devemos perder de vista o panorama geral - que os desafios estruturais, tais como o aumento do fosso de competências, continuarão a dificultar o mercado de trabalho até os enfrentarmos de frente. Sabemos que a adaptabilidade está no cerne da resiliência da carreira. Mas a nossa investigação mostrou um desencontro entre o nível de risco pessoal compreendido de um indivíduo e a sua vontade de tomar medidas para o enfrentar. Os empregadores precisam assim de se intensificar e desempenhar um papel na informação dos trabalhadores sobre os riscos para os seus empregos, identificar o que precisam para o crescimento futuro, e as oportunidades disponíveis - em vez de simplesmente complementar o pessoal com talentos vindos de fora da empresa. Fazer tal compromisso de investimento em competências é menos oneroso para a organização a longo prazo, colmata as lacunas de competências antes que estas se agravem, e aumenta o envolvimento e a lealdade dos trabalhadores. 

5. Repensar os esquemas de proteção

Embora o número de colaboradores atípicos, tais como freelancers, trabalhadores gig, trabalhadores temporários ou a tempo parcial tenha aumentado durante algum tempo devido a um mercado de trabalho em mudança, a pandemia expôs de forma muito acentuada a vulnerabilidade destes colaboradores numa crise - com um custo significativo para a sua saúde mental. É encorajador ver alguns governos aplicarem salários estatutários por doença aos trabalhadores independentes ou à economia gig, bem como as empresas que estão a estender a proteção aos seus trabalhadores independentes ou temporário. E embora aplaudir os nossos profissionais de saúde possa ser um sinal de apreço, precisamos de repensar os nossos sistemas de proteção social de forma mais fundamental. Na Adecco, temos vindo a defender há algum tempo um novo contrato social; agora tornou-se uma questão de urgência. O nosso esboço para um Novo Contrato Social de Trabalho no Século XXI oferece uma visão que identifica, resolve, e alinha as expectativas e responsabilidades de todos os intervenientes no mercado de trabalho. Estender as proteções sociais aos colaboradores que normalmente não as têm, não é apenas uma questão de justiça social, e deixar de ver o trabalho e os colaboradores como apenas uma mercadoria, é também uma medida importante para a resiliência da economia.

Reposição do normal

Uma das características que nos torna humanos resilientes e nos ajuda a recuperar das dificuldades, é a nossa capacidade de esquecer o passado. Caso contrário, seria impossível seguir em frente. Mas ao esquecer também reside um perigo, que na nossa tentativa de recuperar desta crise o mais rapidamente possível, podemos voltar automaticamente a aplicar comportamentos que talvez não nos tenham servido bem, em tempos.

O trabalho que temos pela frente pode ser assustador. Mas voltar ao 'normal' não é uma opção. Não vamos ajudar a perpetuar um sistema partido. Tal como definimos no Grupo Adecco, a ambição final tem de ser uma realidade que faça com que o futuro funcione para todos. As palavras importam, sim. Mas o que importa ainda mais são as ações.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde e segurança
Perante a situação atual da pandemia do COVID-19 e enquanto nos esforçamos para proteger toda a noss

A Demência não constitui, por si só, um fator de risco para a infeção pelo COVID-19. No entanto, a idade avançada e a existência frequente de comorbilidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou diabetes, tornam as pessoas com Demência mais vulneráveis e colocando-as no grupo de risco. Este facto torna-as mais suscetíveis a apresentarem sintomas mais graves se contraírem o vírus.

À luz destas preocupações, o que podemos fazer para proteger os nossos séniores e, especialmente, quem tem Demência?

Como minimizar a exposição ao COVID-19?

Em casa, as pessoas com Demência podem precisar de mais lembretes sobre a importância de manter as boas práticas de higiene no seu dia-a-dia. Assim:

  • Coloque pequenas mensagens na casa de banho e em outros lugares da casa para lembrar a pessoa de lavar as mãos por 20 segundos;
  • Mostre à pessoa, de forma calma, como lavar as mãos corretamente. A pessoa com Demência pode ter dificuldades em lembrar-se da sequência dos movimentos de lavar as mãos. Faça com ela um passo de cada vez. Poderá ser também útil imprimir uma figura da Direção Geral de Saúde com as instruções de lavar as mãos. Cante com a pessoa a sua música favorita por 20 segundos ou use um sabonete com uma fragância que ela possa gostar;
  • Mantenha a pessoa com Demência ocupada com atividades que envolvam as mãos, como arrumar a roupa de uma gaveta, dobrar toalhas, ver álbuns de fotografias ou fazer trabalhos manuais, visto que é recomendado que as mãos permaneçam afastadas do rosto;
  • Reduza ao máximo as visitas a fim de evitar possíveis riscos. Pode ser igualmente importante estabelecer contactos com amigos ou familiares que possam, por exemplo, ir às compras ou à farmácia, de modo a que se diminua o número de saídas de casa.
  • Para além dos riscos associados à doença, as mudanças nas rotinas criam desafios para quem cuida ou vive com uma pessoa com Demência. Geralmente, as pessoas com esta doença são muito sensíveis a mudanças nas suas rotinas, e alterações às mesmas podem deixá-las agitadas. É importante falar com a pessoa, explicar o que está a acontecer e validar as suas preocupações e emoções.

O que fazer em isolamento social e/ou em quarentena?

  • Ajude a pessoa com Demência a estabelecer uma rotina diária estruturada para ocupar o seu tempo e envolve-a na execução de algumas tarefas domésticas simples, como ajudar na cozinha na preparação de uma refeição ou pôr água nas plantas da casa;
  • Realize atividades diurnas que envolvam alguma mobilidade a fim de ajudar a melhorar a qualidade de sono à noite da pessoa com Demência e prevenir quedas no domicílio, como exercícios físicos simples e jardinagem;
  • Realize atividades em casa que a pessoa costuma gostar, de modo a reduzir a ansiedade associada à menor realização de atividades no exterior. Incentive a pessoa a envolver-se em atividades como ler um livro em conjunto, ver álbuns de fotografias para estimular a partilha de histórias, pintar, ouvir o álbum de música favorito dela, ver um filme e jogar (por exemplo, puzzles, dominó e jogo de damas).
  • Incentive a pessoa a falar com membros da família ou amigos distantes por telefone ou videochamada;
  • Evite expor a pessoa com Demência à visualização de informações sobre a pandemia durante muito tempo de forma a não a sobrecarregar com este tema. A visualização das notícias uma ou duas vezes por dia é suficiente;
  • Utilize jornais on-line para orientar a pessoa para a data e a altura do ano.

Por fim, o cuidador deve lembrar-se de cuidar de si mesmo, descansar e fazer algo de que goste. O surto do COVID-19 está a criar mudanças difíceis para todos, mas, pela sua saúde e da pessoa com Demência, é importante que siga as recomendações provenientes de instituições oficiais e se mantenha positivo e esperançoso a fim de continuar a apoiar a si mesmo e à pessoa que está a cuidar.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Propostas
A pandemia Covid-19 provocou uma crise sem precedentes nos sistemas de saúde em todo o mundo, e em Portugal, o Serviço Nacional...

São medidas simples e de rápida implementação, “porque o tempo urge”, que visam garantir que os cidadãos que não são beneficiários da ADSE ou de qualquer outro subsistema de saúde público ou privado ou que não têm seguro de saúde, que é o caso da maior parte da população portuguesa e a mais desfavorecida, não ficam para trás.

Deste modo, a FNS sugere que seja que os estabelecimentos integrados no Serviço Nacional de Saúde utilizem as requisições de prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico (MCDT) para as entidades convencionadas com o SNS. 

Por outro lado, pede que sejam lançadas novas convenções, “através de um rápido procedimento de adesão para consultas e técnicas de especialidade a que poderiam aderir todas as unidades de saúde licenciadas para cada uma das valências, bem como todos os médicos com consultório privado e inscritos no respetivo Colégio da Ordem dos Médicos. 

E que seja permitido que os meios complementares de diagnóstico, “cuja necessidade resultem dessas consultas, possam ser encaminhados para o Setor convencionado, nos mesmos termos em que o são as requisições dos médicos de família da rede pública de cuidados de saúde primários”.

Bruno Henriques, presidente da FNS, considera que “com estas três medidas serão dados passos decisivos para que não se repitam os números dramáticos dos últimos meses. É essencial tratar dos doentes com Covid-19, mas não podemos deixar os outros doentes sem resposta. A saúde não pode ter ideologia, todos temos de colaborar, é uma questão de solidariedade e humanidade. Não podemos perder tempo com questões ideológicas enviesadas que atrasam a tomada de decisões”.

No documento a FNS recorda que o setor convencionado com o SNS, tem mais de 4.000 postos de atendimento e constitui uma rede de proximidade que coloca a quase totalidade da população portuguesa a menos de meia hora de distância dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (análises clínicas, medicina física e reabilitação, radiologia, cardiologia, hemodiálise, gastrenterologia, medicina nuclear)

Esta rede de convencionados produz para o SNS mais de 300.000 atos por dia, mais de 100 milhões de atos por ano, dando resposta a cerca de 60.000 requisições médicas ao dia, ou seja, mais de 20 milhões de requisições por ano, o que representa mais de 90% da produção total do SNS, em ambulatório. 

Salientando ainda que a convenção de cirurgia que, através da participação da hospitalização privada no programa SIGIC – Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, tem tido um contributo decisivo, nos últimos anos, na recuperação das listas de espera para cirurgia.

Alternativa biológica sem risco para ambiente e saúde
A startup portuguesa Inokem desenvolveu uma solução biológica de futuro para a limpeza urbana. Esta solução orgânica e...

O glifosato é o ingrediente ativo dos herbicidas mais utilizados no mundo, servindo para eliminar as ervas daninhas em ambientes urbanos e também para fins agrícolas. Apesar de não haver certezas sobre os efeitos da exposição das pessoas ao glifosato, este pode ter um impacto negativo na saúde das pessoas, tendo sido considerado, em 2015, pela Organização Mundial da Saúde, um “carcinogénico provável para o ser humano”.

Em 2017, os representantes da União Europeia discutiram a utilização do glifosato, que viu a sua licença prolongada até 2022, altura em que vai ser feita uma nova avaliação.

Por sua vez, em dezembro de 2019, foi discutida no Parlamento português a utilização deste herbicida tendo em vista a restrição da sua utilização, que acabou por não ser aplicada. Já nos Açores, foi aprovada, em setembro deste ano, a proibição de utilização de glifosato em espaços públicos.

Foi por este motivo que a Inokem, no ano de 2019, desenvolveu o Biosupra 360. Esta solução alternativa desenvolvida por esta empresa portuguesa é “amiga” do ambiente, sendo orgânica, de componente biológica. Além disso, garante a segurança das pessoas que utilizam as vias públicas no período de limpeza urbana, bem como daqueles que aplicam a solução.

Esta solução alternativa é já utilizada nas vias urbanas (passeios, estradas, valetas e caminhos, áreas industriais, áreas urbanas, espaços verdes, vias-férreas, canais, etc.), por parte de algumas câmaras municipais, juntas de freguesia, e empresas de limpeza urbana no país, num total de mais de 30 entidades públicas e privadas.

“O Biosupra 360, que surge como uma alternativa de futuro na limpeza urbana, consegue cumprir a sua função secundária de deservagem biológica, ou seja, de eliminar as ervas daninhas, e permite ainda limpar e desodorizar os passeios, garantindo sempre a segurança das pessoas”, explica o CEO da Inokem, Pedro Santos Martins.

Entretanto, a Inokem lançou uma campanha de sensibilização, onde irá plantar uma árvore por cada embalagem de Biosupra 360 comprada.

 

Com a ajuda de profissionais de saúde
Sabe o que fazer se o seu bebé tiver convulsões, engasgar ou em caso de envenenamento? A BebéVida, laboratório de...

“Cuidar de um recém-nascido é uma tarefa que exige muita atenção dos pais, que devem sempre estar preparados para agir em situações de risco com calma e eficiência”, afirma a enfermeira La Salete Cruz, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que explica aos pais o que fazer em diversas situações.

A BebéVida aposta também em conteúdos mais ligeiros, como, por exemplo, os cuidados a ter com a pele do feto e do recém-nascido. “A pele do feto está mais ou menos completa e bem definida a partir das 34 semanas. E esta pele serve como uma barreira, que deve também ser protegida. Esta deve ser, portanto, cuidada, mas nunca hidratada. A pele do bebé é tão permeável, que tudo o que colocamos nela é absorvido, por isso, o produto utilizado, por exemplo, depois do banho, deve ser neutro, para não agredir a pele”, explica a enfermeira.

Os vários vídeos explicativos da enfermeira La Salete Cruz podem ser visualizados aqui.

O projeto “Mamãs Sem Dúvidas”, totalmente online, foi criado com o objetivo de oferecer um maior acompanhamento a pais e futuros pais durante a pandemia da Covid-19. É composto por uma academia e um blog com diversos conteúdos construídos com o apoio de profissionais de saúde. Os pais que tenham interesse em saber mais devem fazer o registo, para ter acesso a todas as novidades, e consultar no site da BebéVida a área de eventos com os próximos workshops que se vão realizar gratuitamente online sobre os mais diversos temas.

 

 

 

Covid-19
Segundo a informação avançada hoje na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, as equipas multidisciplinares criadas no...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Assim, entre 30 de junho e 4 de novembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 19.119 pessoas foram alvo desta intervenção.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

20 mil euros para projeto vencedor
A Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos e o Banco Carregosa vão atribuir, pelo 4º ano consecutivo, o “Prémio Banco...

Dos projetos apresentados a concurso, serão distinguidos três, com prémios no valor global de 25 mil euros, distribuídos da seguinte forma: 20 mil para o projeto vencedor e cinco mil para duas menções honrosas.

A entrega de prémios está marcada para hoje, com início às 21h30, no Salão Nobre da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto. A cerimónia vai contar com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e do ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que vai realizar uma conferência, emitida por streaming.

O presidente do Júri desta edição é o presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa.

O presidente da SRNOM, António Araújo, destaca que "o prémio se insere no objetivo de tentarmos ter alternativas de financiamento para a investigação clínica em Portugal, algo que se tornou possível graças a esta parceria com o Banco Carregosa". Visando em termos gerais promover a investigação clínica em Portugal, "o prémio tem como objetivo específico incentivar os jovens médicos a participar ativamente nestes processos, dado que estão mais sensibilizados para este tipo de questões e a área da investigação pode mesmo constituir-se como uma saída profissional para os novos médicos".

Para Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Banco Carregosa, "a gratidão da sociedade aos investigadores clínicos e médicos, que dedicam as suas vidas a descobrir formas de tratar ou prevenir doenças, cuidando assim do bem-estar de todos, vai muito para além deste prémio. Mas na medida das nossas possibilidades, o Banco Carregosa quer estar presente, dirigindo uma boa parte da sua responsabilidade social para a área da saúde".

Projetos premiados  

A 4ª edição do Prémio distinguiu como vencedor o investigador André Moreira, com o “Desenvolvimento e validação de biomarcadores no ar exalado para identificar e endotipar asma em crianças e adultos”.

Este trabalho foi publicado na forma de três artigos originais cujo mérito é a translação entre a imunologia básica e a sua aplicabilidade clínica, nomeadamente pelo desenvolvimento e validação de biomarcadores não invasivos, rápidos e simples de obter e que possam ser utilizados no auxílio à decisão clínica quer para diagnóstico quer para endotipar a doença e, assim, de forma personalizada decidir o plano terapêutico.

O médico refere que «em todos os trabalhos foi obtida aprovação da Comissão de Ética, os participantes ou os seus cuidadores deram o seu consentimento informado e todos os procedimentos foram em respeito da Convenção de Helsínquia». Realçando que «o objetivo comum foi desenvolver e validar método não invasivo de avaliação clínica relacionada com o diagnostico, fenotipagem e endotipagem de asma».

A primeira menção honrosa foi atribuída à investigadora Ana Catarina Fonseca, com o projeto “Imagem cardíaca no acidente vascular cerebral isquémico de causa indeterminada“, tendo como objetivo “determinar se os indivíduos com AVC de causa indeterminada têm na ausência de fibrilhação auricular, em imagem de ressonância cardíaca, parâmetros morfológicos e hemodinâmicos da aurícula que sejam indicadores de um estado protrombotico semelhantes aos encontrados em doentes com fibrilhação auricular”.

A segunda menção honrosa distinguiu João Lobo, médico patologia do IPO, com o trabalho de investigação "Novos biomarcadores epigenéticos com valor diagnóstico, prognóstico e preditivo de resposta à terapêutica em doentes com tumores de células germinativas do testículo”.

Doença genética
É uma doença quase desconhecida que se estima que afete 1 em cada 20 mil pessoas.

Rita Caetano nunca tinha ouvido falar nesta patologia quando soube que o filho sofria de Raquitismo Hipofosfatémico. Apesar de se tratar de uma doença hereditária, frequentemente com transmissão ligada ao cromossoma X, não se conhece outro caso nesta família.

A suspeita de que algo de errado se poderia passar com o filho partiu da pediatra, quando o menino tinha pouco mais de um ano de idade. “A pediatra do nosso filho alertou-nos que algo não estava bem logo quando ele começou a dar os primeiros passos, aos 18 meses. O sinal visível de que algo se passava era a ligeira curvatura que tinha nas pernas”, conta acrescentando que Gabriel foi imediatamente encaminhado para uma consulta de ortopedia, realizando análises e múltiplos exames radiológicos de forma regular até aos três anos. “Até essa idade nada é feito além do acompanhamento através dos exames e consultas, isto porque, até essa idade a curvatura das pernas poderia inverter ou normalizar”, explica a mãe. Aos três anos, Gabriel é assistido por um nefrologista para confirmar o diagnóstico que assolou esta família. “Foi tudo muito rápido”, revela Rita que após um mês conheceu o nome da doença que afetava o filho. “Já tinhamos ouvido falar em Raquitismo e nunca acerca do raquitismo hipofosfatémico ligado ao cromossoma X”, recorda admitindo que, até aqui, foi invadida por inúmeros receios. “Passou-nos o pior pela cabeça. Desde poder ser nanismo, de ter algum problema renal grave, como tem a cabecinha ligeiramente mais alongada achamos que poderia ter algo grave a nível neurológico”, explica acrescentando que, numa situação destas, “é inevitável não pensarmos no futuro, ainda mesmo sem saber o diagnóstico, e não sentir medo de que o nosso filho possa não vir a ter uma vida normal”.

Com o tempo, e pouco a pouco, a família foi adaptando-se à nova realidade sempre com vontade de aprender mais sobre a patologia. “Sabíamos muito pouco ou nada desta doença, ficámos a conhecer mais no dia do diagnóstico e após isso começámos a nossa pesquisa, o nosso estudo de forma a termos mais conhecimento sobre a mesma e foi nessa altura que as dúvidas foram aparecendo. Como por exemplo: se o nosso filho ia no futuro ter uma estatura dita normal, se iria ter complicações renais, se sofreria de dores musculares ao longo da vida, se poderia ter uma vida normal, que género de deformidades ósseas poderia vir a ter, se afetava a parte cognitiva”, revela Rita Caetano que desde o primeiro momento contou com todo o apoio da equipa médica que passou a seguir o filho. “fomos sempre, até ao momento, muito bem acompanhados e esclarecidos (…) pelos profissionais de saúde” que lhe transmitem “muita força, confiança e esperança no tratamento e na evolução do Gabriel”.

Sendo esta uma patologia que resulta de defeito no gene PHEX (um gene associado ao cromossoma X) e que leva a que os rins percam fosfato originando a falta de mineralização do osso em crescimento, o seu tratamento consiste na «correção» deste erro.

Gabriel encontra-se, há pouco mais de seis meses, a receber um tratamento inovador que consiste na toma de uma solução injetável, por via subcutânea, de um anticorpo monoclonal (um tipo de proteína) concebido para reconhecer e ligar-se à proteína FGF23 – a proteína que faz com que os rins parem de reabsorver o fosfato para a corrente sanguínea -, bloqueando a sua atividade. Isto permite que os rins reabsorvam o fosfato e restaurem os níveis normais de fosfato no sangue dando hipótese a remineralização dos ossos e dentes.

Rita Caetano está muito confiante com este tratamento, uma vez que já nota alguma melhoria - “ainda que pouca” - na curvatura das pernas e na estatura do menino.

Hoje, com o seu testemunho, espera sensibilizar mais pessoas para a existência desta patologia e deixar uma mensagem de esperança a outras famílias, onde o Raquitismo Hipofosfatémico possa estar presente.

“Quando há amor nada é impossível. Ao início é um choque e muita informação ao mesmo tempo. Mas, não se deixem ir abaixo porque estes pequenos grandes guerreiros precisam de nós, do nosso amor e da nossa força”, apela.

“Pela nossa experiência posso dizer que aprendemos a viver com a doença do nosso filho e crescemos muito enquanto seres humanos. Ele sofre desta patologia, mas faz tudo o que uma criança “normal” faz, salta, brinca, tem uma energia incrível e é um amor de menino e é nisso que nos agarramos”, termina.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade económica
A Emergência abem: COVID-19, nome da iniciativa lançada em março deste ano pelo Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, é...

A Emergência abem: COVID-19 presta apoio no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a portugueses em situação de vulnerabilidade económica e social provocada pela pandemia. Este prémio, além de representar um importante reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido, irá permitir que mais cidadãos fragilizados pela COVID-19 possam continuar a aceder à saúde de que precisam para viver neste período de maiores incertezas. Os 20 mil euros preconizados serão agora incorporados no Fundo Emergência abem: COVID-19, especialmente criado para esta iniciativa e a ela integralmente dedicado.

O Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos explica que "os Prémios Caixa Social nasceram para dar resposta a anseios e preocupações da sociedade, acompanhados e apoiados dentro do propósito, sustentabilidade e papel social que cabe a uma instituição como a Caixa Geral de Depósitos. Celebramos cada parceria e depositamos, em cada instituição, a nossa confiança, continuando a acreditar que aquilo que cada um de nós faz importa e procurando converter as boas ideias em valor efetivo para a sociedade".

No âmbito do apoio da Caixa Geral de Depósitos, para Paulo Moita de Macedo este "é o caso do projeto Emergência abem: COVID-19, apresentado pela Associação Dignitude, que perspetiva garantir a 200 beneficiários o acesso a medicação indispensável à sua sobrevivência e apoio indireto a 400 cidadãos, familiares e/ou cuidadores. Premiar esta iniciativa significa apoiarmos a adesão à terapêutica, através da toma da medicação necessária para manter a saúde, evitar o agravamento de doenças e/ou comorbilidades, promover o bem-estar emocional e o aumento da qualidade de vida dos beneficiários no seu todo. Significa, uma vez mais, cumprir o propósito dos Prémios Caixa Social", conclui o responsável.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

 

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