Iniciativa decorre ao longo das próximas semanas
Com o objetivo de ajudar à manutenção das reservas de sangue do hospital Doutor Fernando da Fonseca, o Regimento de Comandos da...

Para assinala o início desta iniciativa, o hospital contou hoje com as dádivas do Tenente-Coronel António Cancelinha e do Sargento-Chefe Edmundo Batista, que, como refere a nota do HFF, “vieram dar um pouco de si para ajudar o próximo”.

De acordo com a informação disponibilizada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, ao longo das próximas semanas, os militares, que aderiram à iniciativa, vão proceder à dádiva de sangue “repartidos em diferentes dias e horários para garantir o necessário distanciamento social e o cumprimento de todas regras em vigência”.

O HFF sublinha que, desde sempre, tem contado com a generosidade e altruísmo das instituições militares através da dádiva benévola de sangue e agradece este gesto que permite salvar vidas.

Por outro lado, e apelando à dádiva de sangue, esta unidade hospitalar relembra que “ajudar o próximo nunca foi tão seguro”. Para o fazer, informa, “é necessário agendamento prévio da colheita de sangue através do número 214348279, nos dias úteis entre as 8h30h e as 15h00”. Segundo explica, assim fica garantido “o distanciamento social e o cumprimento de todas regras em vigência, bem como a segurança de todos os dadores que pretendam realizar a sua dádiva”.

 

Evento virtual
Evento conta com a apresentação dos resultados do estudo sobre a “Acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento...

Quais os principais desafios na acessibilidade ao medicamento? Como tem sido a resposta hospitalar na dispensa de proximidade durante a pandemia? Podemos repensar o atual modelo nacional de dispensa de medicamentos hospitalares? Estas e outras questões serão debatidas na 12ª edição do Fórum do Medicamento, que este ano, por força da atual situação pandémica, acontece como um evento online, com transmissão na página de Facebook e canal de Youtube da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), no próximo dia 13 de novembro, a partir das 9h30m.

Com o tema “Acesso ao medicamento: precisamos de um novo normal?”, a iniciativa da APAH, com o apoio da AstraZeneca, irá promover uma reflexão sobre o modelo nacional para o acesso ao medicamento hospitalar, uma vez que, com a experiência adquirida em contexto de pandemia, coloca-se a questão se a respetiva dispensa destes medicamentos não poderá passar a ser feita num regime de maior proximidade, respondendo às necessidades específicas dos utentes.  É, aliás, neste seguimento que a APAH está a promover o estudo “Acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento hospitalar”, com o intuito de perceber quais as expectativas e necessidades dos doentes, ou dos seus cuidadores, no processo de acesso e dispensa dos medicamentos hospitalares, e cujos resultados serão apresentados no decorrer do Fórum.

 

Valor alcançado em caminhada solidária foi duplicado
A 4.ª Maratona da Maternidade realizou-se este fim de semana, entre os dias 31 de outubro e 01 de novembro, e contou com a...

“Estamos muito orgulhosos dos resultados alcançados neste evento, que, mesmo em formato virtual e em plena pandemia, voltou a conquistar os corações das grávidas portuguesas. Este ano conseguimos, mais uma vez, alcançar o objetivo a que nos propusemos e vamos por isso entregar o dobro do valor das inscrições à Make-A-Wish, o que irá, com certeza, contribuir para proporcionar momentos de alegria e crianças e jovens doentes”, afirma Luís Melo, administrador da BebéVida.

Sob o mote “Juntos pela Maternidade, em qualquer lado”, a iniciativa para além de promover o aumento da natalidade, teve como objetivo ajudar a Make-A-Wish a realizar mais desejos a crianças e jovens dos 3 aos 17 anos que sofram de doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas.

“Apoios como este fazem toda a diferença. Agradecemos a todos os participantes que, mesmo com a situação que vivemos atualmente, decidiram investir o seu tempo e a sua energia para ajudar a realizar os desejos das crianças Make-A-Wish”, agradece Mariana Carreira, Diretora Executiva da Make-A-Wish Portugal.

Esta foi já a segunda iniciativa deste ano que juntou a BebéVida e a Make-A-Wish. A Fundação está presente em mais de 50 países e já realizou mais de 500 000 desejos no mundo desde 1980, mais de 33 000 dos quais em 2019, contando para isso com a colaboração de milhares de voluntários.

 

Sono do bebé
Ao longo de todos estes anos a trabalhar com centenas de famílias, a cada dia fica mais forte a conv

Como prevenir a privação de sono?

Eis a questão que incomoda, preocupa e nos deixa em alerta. “Respostas! Queremos respostas!” – Dizem as mães desejosas de as obter enquanto percorrem as páginas e grupos de mães nas redes sociais.

Algumas ouvem “temos de nos conformar, a privação de sono, faz parte”, outras “pode ser que tenhas sorte e o teu seja daqueles que dorme a noite toda”, outras notícias dizem-nos que “cada bebé é diferente" e, por isso, é uma questão de sorte e que a ´man´ has to do what a ´man´ has to do, trocando por miúdos, se o bebé pede colo, deve dar colo, se o bebé pede para mamar, deve dar, se o bebé pede… tem de dar! Só tem de dar! Esse é o seu papel de mãe, de mãe perfeita. 

Eu acredito em algo bem diferente. Acredito que os nossos filhos vieram para nos acrescentar, não para nos retirar a paz interior, o descanso, a nossa luz e brilho no olho. E por isto, não coloco nas mãos da sorte (nem permito que o façam!) que um bebé durma ou não bem.

Coloco sim nas nossas mãos de pais essa responsabilidade. Assustador? Não é! Porque repare, aquilo que lhe quero dizer é que depende de si, de nós, dormir ou não. É ou não é bom saber que afinal de contas, podemos controlar esta situação, que tantas pessoas pensam que é uma condenação? É maravilhoso.

Ao longo de todos estes anos a trabalhar com centenas de famílias, a cada dia fica mais forte a convicção e a certeza de que os bebés precisam da sua autonomia para dormir descansados. Assim como defende também a Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento “É fundamental que a criança adquira desde cedo a autonomia para adormecer, isto é, que seja capaz de adormecer sem a presença ou interferência de um adulto”. 

Quando os ajudamos a ter esta autonomia (e quanto mais cedo melhor, começa a partir do seu nascimento) bebés e crianças assumem uma relação com o sono e com a sua cama de perfeita harmonia: noites longas de sono, adormeceres sem dramas, sestas boas e longas, dias regulados, bebés bem dispostos. Os pais, nem queiram saber como ficam felizes quando isto acontece.

Ensiná-los a adormecer sem a nossa ajuda é promover o bom sono da família inteira.

Esta é a resposta que procurava saber. A privação de sono não tem de acontecer (salvo quando o bebé precisa de mamar durante a noite, claro – o que acontece apenas nos primeiros 3 meses), a privação de sono é opcional. Há solução e a solução está aqui: na autonomia no adormecer.

Comece cedo com este princípio e verá a “sorte” que é ter um filho que dorme divinalmente bem.

Para saber mais sobre este tema, inscreva-se na próxima sessão das Conversas com Barriguinhas, a decorrer no dia 5 de novembro pelas 17h, em https://www.conversascombarriguinhas.pt/evento/conversas-com-barriguinhas-online-35/.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para estudantes universitários
A Glintt INOV, o Hub de Inovação na área de Digital Health da Glintt organiza nos próximos dias 12 e 13 de novembro o GBattle –...

O evento, virtual, terá a duração de dois dias, e focar-se-á na criação de uma ideia para o ecossistema de saúde, entre os universitários de Norte a Sul do país e Ilhas incluídas. Assim, durante 24h a Glintt Inov vai colocar à prova o nível de inovação e criatividade dos estudantes, promover o espírito de equipa e o empreendedorismo. No final os finalistas vão poder fazer o pitch do seu projeto durante três minutos.

Do programa do GBattle, fazem também parte integrante diversas conferências, no dia 13 de novembro, entre as 09h00 e as 20h30, com reconhecidos oradores, especialistas e profissionais da área da saúde e da tecnologia, com vista a uma maior sensibilização para a importância de se criarem soluções inovadoras que tornem mais eficiente o acesso e a prestação de cuidados de saúde, assim como a importância do empreendedorismo e da retenção de talento, tendo em conta as atuais necessidades do mercado de trabalho. Neste ponto, contamos com a preciosa ajuda dos parceiros e patrocinadores Talkdesk, Lenovo, Oracle e Pfizer.

Trata-se de uma ação de networking que pretende cativar, reunir e descobrir no mesmo espaço, profissionais e jovens estudantes que partilham um entusiasmo comum pela área da tecnologia e da saúde, promovendo futuras ideias e colaborações, reforçando a valorização do empreendedorismo inerente à própria transformação digital da sociedade.

A par disto vão ser também apresentados, através da plataforma da Shake It, os stands virtuais dos patrocinadores, com quem os estudantes de norte a sul do país podem interagir e conhecer melhor as empresas e os seus projectos. No último dia será anunciado o vencedor, através de uma votação feita por um painel de jurados. Cada uma das 10 equipas finalistas, que vai apresentar a sua ideia em pitch, recebe um prémio de participação de 300 euros. No final, a equipa vencedora recebe um prémio monetário no valor de 1.500 euros.

As inscrições para assistir a esta conferência são gratuitas e podem ser feitas em https://gbattle.inovglintt.com/inscricao.

 

Medicamentos
Esta recomendação surge após ensaio que demonstrou a eficácia do medicamento, no controlo geral da doença, quando associado a...

Este é o primeiro produto biológico aprovado para o tratamento da DA não controlada moderada a grave com idade igual ou superior a 12 anos na UE e maiores de 6 anos nos EUA, estando também na UE para doentes com asma grave e rinossinusite crónica grave com polipose nasal, duas outras doenças inflamatórias do tipo 2.

A Comissão Europeia deve anunciar uma decisão final nos próximos meses. A opinião positiva do CHMP é suportada por dados que incluem resultados essenciais da fase 3 sobre a eficácia e segurança de dupilumab combinado com corticosteroides tópicos em crianças de 6 a 11 anos com Dermatite Atópica grave não controlada com tratamentos de prescrição.

No ensaio, as crianças tratadas com a combinação de dupilumab e corticoide tópicos apresentaram melhorias significativas da gravidade geral da doença (Índice de área e gravidade do eczema), redução das lesões da pele, prurido e medidas de qualidade de vida relacionadas com a saúde, em comparação com corticoides tópicos. Os eventos adversos mais comuns observados com dupilumab incluíram conjuntivite, nasofaringite e reações no local da injeção. Estes dados são consistentes com a eficácia bem estabelecida e o perfil de segurança observado em ensaios em adultos e adolescentes.

O seu uso em crianças com idade entre 6 e 11 anos é experimental e a sua eficácia e segurança ainda não foram totalmente avaliadas na UE.

 

Combate à pandemia
Durante a última conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, a Diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, apelou aos...

Graça Freitas referiu ainda que todos os cidadãos têm “responsabilidade achatar a curva epidemiológica” e sublinhou que a melhor arma que existe neste momento de combate à Covid-19 continua a ser a prevenção. “Apesar dos profissionais de saúde fazerem todo o possível para tratar bem os doentes, o melhor mesmo é não adoecer”, disse a responsável.

Segundo Graça Freitas, a prevenção depende não só dos comportamentos individuais, mas também das medidas implementadas pelo Governo, empresas e outras entidades, que têm de criar as condições necessárias para as pessoas se protegerem e se manterem em segurança.

De modo a “achatar a curva” de infeções, devemos reduzir o número de contactos, sem, no entanto, deixarmos de trabalhar, ir às escolas ou às compras, afirmou na ocasião a diretora geral de saúde.  “O básico é manter a distância física, uma distância de dois metros”, sublinhou Graça Freitas, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde. A especialista em Saúde Pública destacou ainda outras medidas essenciais: usar máscara, lavar ou desinfetar as mãos e evitar levar as mãos à cara.

Segundo Graça Freitas, apesar das “restrições”, “temos de continuar a viver” e ir “ao cinema, às compras”. “O que temos de fazer é alterar o nosso estilo de vida e o número de contactos”, acrescenta.

A Diretora-Geral da Saúde reconheceu ainda que existe alguma “fadiga pandémica”, mas diz que não podemos desistir. “Não podemos baixar a guarda, não podemos facilitar e dar passos que nos desprotejam, temos de fazer tudo para não adoecer e, sobretudo, para não sermos propagadores da doença”, apelou durante a conferência de imprensa.

 

O Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga venceu o prémio para o Melhor Vídeo de Cirurgia Minimamente Invasiva com...

Uma distinção atribuída durante o Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, que se realizou entre 23 e 24 de outubro.

De acordo com a nota publicada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, a atribuição deste prémio, “para o qual concorreram os serviços de todas as especialidades cirúrgicas e intervenção do país”, distingue a excelência do Serviço do de Cirurgia Pediátrica desta Unidade Hospitalar no tratamento de malformações e deformações pulmonares e torácicas na criança em Portugal.

Para o Hospital de Braga, a equipa cirúrgica da intervenção distinguida representa “o empenho e a dedicação contínua para o aperfeiçoamento de técnicas e a procura de conhecimento diário como forma de uma melhor resposta aos cuidados de saúde prestados”.

 

Tumores
Em Portugal surgem, todos os anos, oito mil novos casos de cancro no intestino.
Médico e homem em consulta

O cancro do cólon e do reto – também conhecido por cancro colo-retal - é um dos tipos de cancro mais frequentes e também um dos que mais mata, estimando-se que, todos os dias, morram 11 pessoas com a doença.

Embora seja mais frequente acima dos 50 anos, este tipo de cancro pode surgir em qualquer idade, sobretudo se houver história familiar ou pessoal da doença. No entanto, na maioria dos casos, o cancro do cólon e do reto desenvolve-se a partir de lesões no intestino grosso ou pólipos. Estes são mais frequentes a partir dos 50 anos e nem sempre revelam características malignas.

Para além da idade, a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e uma dieta “rica em gorduras, fritos, açúcar, carnes vermelhas, carnes processadas e pobre em fruta, legumes e hortaliça”, apresentam-se como os principais fatores de risco.

A prevenção, tal como em outros tipos de cancro, passa fundamentalmente pela adoção de hábitos saudáveis e a realização de exames de rasteio para a deteção precoce de pólipos ou outras lesões.

De acordo com as recomendações internacionais, o diagnóstico precoce deve começar a partir dos 50 anos. Contudo, a necessidade de realizar o rastreio deve ser “antecipado se houver razões genéticas ou sintomáticas que necessitem de ser despistadas”.

“A colonoscopia é o método mais eficaz de rastreio e diagnóstico do cancro do intestino. O SNS já disponibiliza o custo da sedação para este exame e é através dele que o médico visualiza todo o intestino e identifica as eventuais lesões que existam ou pólipos para retirar”, começa por explica Vítor Neves, presidente da Europacolon.

No entanto, vários mitos e o desconhecimento associado aos benefícios deste exame faz com que muitas pessoas o evitem, comprometendo assim o prognóstico da doença.

De acordo com o estudo europeu Public Attitudes Towards Colonoscopy, a maioria das pessoas acha que este exame é mais difícil do que na realidade é e muitos dizem que se sentem constrangidos se o tiverem de fazer. Por outro lado, a colonoscopia está fortemente associada ao diagnóstico de uma doença intestinal ou cancro e, por isso, acaba por não ser vista como um procedimento preventivo ou terapêutico, causando maior resistência por parte da população.

“Para acabar com os mitos associados à colonoscopia é necessário alertar, informar e motivar a população, não só sobre o exame, mas também para as consultas de rotina, uma vez que os médicos têm um papel fundamental neste processo. É também fundamental haver igualdade de acessos, combater as assimetrias regionais e investir no desenvolvimento de profissionais de saúde e novas tecnologias”, realça Vitor Neves.

Segundo o presidente da Europacolon “está provado que o o cancro do intestino pode ser detetado tempo de ser curado e/ou estabilizado bastando, para esse efeito, que a população, entre os 50 e os 74 anos, seja sujeita ao rastreio que poderá ser feito através de pesquisa de sangue oculto nas fezes”. Cabe ao doente intervir “no seu próprio processo de saúde e exigir aos médicos assistentes” a realização do rastreio do cancro do intestino. “Na maior parte dos casos a falta de vigilância leva a um diagnóstico tardio, precisamente por não haver sintomas na fase inicial da doença. As fases iniciais do cancro do intestino, por norma, não causam dor. Contudo, mesmo sem qualquer sintoma, a partir dos 50 anos é necessário fazer o despiste, pois a progressão da doença é silenciosa. Se a doença for detetada a tempo, poderá ter cura em 90% dos casos”, justifica acrescentando que devemos estar atentos ao seguintes sintomas:  

  • Perda de sangue nas fezes
  • Dores abdominais constantes
  • Perda de peso e cansaço “sem razões próximas”
  • Sensação de que o intestino não esvazia completamente
  • Diarreia ou obstipação constantes.

“Caso estes sintomas persistam deve contactar o médico assistente para despistar a sua causa", conclui.

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O que são as Doenças Inflamatórias do Intestino

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) vai promover a realização de uma conferência digital, subordinada ao tema ...

“Esta conferência tem como principais objetivos promover a discussão sobre a canábis para fins medicinais no tratamento da dor crónica, em Portugal, e partilhar o conhecimento e as boas práticas internacionais nesta área”, explica Ana Pedro, presidente da APED.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia comunitária estão regulamentadas, em Portugal, com a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho e com o Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro.

Em Portugal, a utilização da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, entre as quais, a dor crónica. Estima-se que 36,7% da população adulta portuguesa tenha dor crónica. A incapacidade associada a esta doença afeta diretamente a vida pessoal, familiar, social e profissional dos doentes. Atualmente, existe um grande número de tratamentos disponíveis para a dor crónica, que requerem uma abordagem biopsicossocial, incluindo intervenções farmacológicas e não farmacológicas, que, no entanto, não controlam todas as situações clínicas.

A participação na iniciativa é gratuita, mas requer inscrição prévia. Está disponível apenas para profissionais de saúde. As inscrições são limitadas.

Para saber mais sobre o evento a APED aconselha que visite a página https://aped.rxf.vsmeeting.pt.

 

Estudo do Colégio Americano de Cardiologia
De acordo com um estudo publicado hoje no Journal of the American College of Cardiology, uma dieta rica em carne vermelha,...

A inflamação crónica tem mostrado um papel importante no desenvolvimento de doenças cardíacas e AVCs. Certos biomarcadores inflamatórios, como interleucinas, quimiocinas e moléculas de adesão, têm sido associados com estágios iniciais e tardios de aterosclerose. Estudos anteriores descobriram que a dieta pode influenciar os níveis de inflamação, mas alguns padrões alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea (rica em azeite, nozes, grãos integrais, frutas e legumes e consumo de frutos do mar), têm mostrado menores concentrações de alguns biomarcadores inflamatórios e menor risco de doenças cardíacas. Tem havido menos pesquisas focadas em saber se a adesão a longo prazo às dietas pró-inflamatórias está associada ao aumento das taxas de doenças cardíacas ou AVC.

Para esta análise uma equipa de investigação, avaliou parametros de homens e mulheres ao longo de 32 anos. Após a exclusão dos participantes com informações de dieta ausentes ou doença cardíaca previamente diagnosticada, acidente vascular cerebral ou cancro, mais de 210.000 participantes foram incluídos na análise. Os participantes realizaram uma pesquisa a cada quatro anos para determinar a ingestão alimentar.

"Usando um índice alimentar empiricamente desenvolvido e baseado em alimentos para avaliar os níveis de inflamação associados à ingestão alimentar, descobrimos que padrões alimentares com maior potencial inflamatório estavam associados a uma taxa crescente de doenças cardiovasculares", disse Jun Li, MD, PhD, autor principal do estudo e investigador do departamento de nutrição da Harvard T.H. Chan School of Public Health. "O nosso estudo está entre os primeiros a vincular um índice inflamatório alimentar com risco de doenças cardiovasculares a longo prazo."

O índice alimentar pró-inflamatório foi baseado em 18 grupos alimentares pré-definidos que, juntos, mostram as associações mais fortes com um aumento de biomarcadores inflamatórios. Após o controlo de outros fatores de risco, como IMC, atividade física, histórico familiar de doenças cardíacas e uso multivitamínico, os participantes que consomem dietas pró-inflamatórias apresentaram risco 46% maior de doenças cardíacas e 28% maior risco de derrame, em comparação com aqueles que consomem dietas anti-inflamatórias.

Os investigadores sugeriram o consumo de alimentos com maiores níveis de antioxidantes e fibras para ajudar a combater a inflamação: vegetais verdes (couve, espinafre, repolho, rúcula), vegetais amarelos (abóbora, pimento amarelo, feijão, cenoura), grãos integrais, café, chá e vinho. Estes sugeriram ainda limitar a ingestão de açúcares e grãos refinados, fritos, refrigerantes e restringir a carne processada e vermelha. Esses alimentos estão entre os principais contribuintes para o índice alimentar pró-inflamatório.

"Um melhor conhecimento da proteção à saúde fornecido por diferentes alimentos e padrões alimentares, principalmente suas propriedades anti-inflamatórias, deve fornecer a base para projetar padrões alimentares ainda mais saudáveis para proteger contra doenças cardíacas", disse Ramon Estruch, MD, PhD, consultor sénior do departamento de medicina interna do Hospital Clinic em Barcelona, Espanha, e autor de um comentário editorial que acompanha este estudo. "Ao escolher os alimento que constitue a nossa dieta, devemos realmente ter cuidado com o seu potencial pró-inflamatório e anti-inflamatório!"

Incorporação de nozes na dieta diminui a inflamação
Num outro estudo, os investigadores avaliaram como a incorporação de nozes na dieta habitual de um indivíduo melhoraria os biomarcadores inflamatórios. Estudos anteriores descobriram que o consumo regular de frutos secos está associado a menor risco de doenças cardíacas e menor colesterol global; no entanto, tem havido pesquisas limitadas ligando o consumo de frutos secos com menos inflamação no corpo. Um total de 634 participantes foram designados para uma dieta sem nozes ou uma dieta com nozes regularmente incorporadas (cerca de 30-60 gramas por dia). Após um período de acompanhamento de dois anos, aqueles que comem uma dieta com nozes apresentaram níveis significativamente reduzidos de inflamação no corpo em 6 de 10 dos biomarcadores inflamatórios testados.

"O efeito anti-inflamatório do consumo de nozes a longo prazo demonstrado neste estudo fornece uma nova visão mecanicista para o benefício do consumo de nozes sobre o risco de doenças cardíacas além do de redução do colesterol", disse Montserrant Cofán, PhD, principal autor do estudo e investigador do Instituto de Pesquisa Biomédica August Pi i Sunyer em Barcelona, Espanha.

 

 

 

Boletim Epidemiológico
Segundo o boletim da Direção Geral da Saúde, nas últimas 24 horas registou-se o maior número de mortes diárias relacionadas com...

Quanto ao número de novos casos, estes ascenderam aos 2.506, elevando o número total de infetados para 146.847. A região Norte continua a ser a região aquela que regista maior número de casos, tendo sido nas últimas 24 horas foram registados 1.202 casos, nas últimas 24 horas. Lisboa e Vale do Tejo registou 845 novos casos, a região Centro 333 casos, o Algarve 66 e do Alentejo 46. A Madeira conta com mais 13 diagnósticos de covid-19 e os Açores mais um.

As faixas etárias mais atingidas pela infeção situam-se entre os 40 e os 49 anos e os 20 e os 29. No que diz respeito ao número de óbitos é acima dos 80 anos que existem mais vítimas mortais.

Quanto ao número de internados, o último relatório da DGS, dá conta de mais 133 pessoas internadas. 10 das quais nas unidades de cuidados intensivos. Ao todo estão agora 294 pessoas nos cuidados intensivos.

Por outro lado, foram confirmados mais 1.523 recuperados, elevando o número de pessoas que venceram a doença para 83.294.

As autoridades de Saúde têm 66.428 contactos em vigilância e há 60.963 casos ativos no país.

 

 

Projeto de investigação
Start-up portuguesa vai criar as primeiras bolachas anti-inflamatórias do mercado. A ideia que nasceu de um projeto de...

A Moléculas Soberbas, start-up criada com o objetivo de continuar a desenvolver a investigação sobre a deflamina, proteína extraída das sementes do tremoço, que poderá estar na base de vários produtos anti-inflamatórios e anticancerígenos, recebeu o sinal verde para avançar com uma pequena fábrica de bolachas na Ilha da Madeira. Por agora, o grupo de investigadores, em parceria com várias outras entidades de investigação e de saúde, desenvolve os testes pré-clínicos que poderão conduzir ao uso de um extrato em bruto de deflamina na prevenção e cura de doenças inflamatórias intestinais e do cancro colorretal. Os resultados são animadores e encontram-se em fase de preparação vários ensaios pré-clínicos conjuntamente com várias instituições de Lisboa.

O projeto deflamina, desenvolvido pelos investigadores do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA-UL), Ana Lima, Joana Mota e Ricardo Boavida Ferreira, venceu a distinção Born from Knowledge (BfK) Awards, promovida pela Agência Nacional de Inovação (ANI) na última edição dos Food & Nutrition Awards (FNA), que, 10 anos após a sua criação, têm a sua conferência anual e entrega de prémios agendada para 18 de novembro, às 15h00, podendo ser acompanhadas online no website e redes sociais do Jornal Económico.

“A deflamina é uma molécula com potencial para causar uma disrupção na prevenção e no tratamento de doenças do aparelho digestivo, de alguns tipos de cancro e de efeitos colaterais indesejados dos tratamentos oncológicos”, aponta Ricardo Boavida Ferreira. O investigador aponta as razões: “A família das enzimas metaloproteinases da matriz (MMP) compreende proteases que participam intensivamente em inflamação e cancro, mas também estão envolvidas em muitos papéis fisiológicos saudáveis. Por esta razão, muitos inibidores de MMP, tanto naturais como sintéticos, falharam na fase dos ensaios clínicos, porque entram na corrente sanguínea e inibem as funções ‘boas’ que as MMPs desempenham no corpo humano”. Os investigadores admitem que a deflamina, atuando no aparelho digestivo, não deve apresentar os efeitos colaterais nefastos dos inibidores de MMP previamente testados.

Uma potencial cura para a COVID-19?

“Entretanto abriram-se novas perspetivas, uma vez que o mecanismo de ação da deflamina sobre as MMPs, que explica a sua potente ação anti-inflamatória e anticancerígena, é o mesmo que é necessário para travar, potencialmente, a COVID-19. Resumidamente, as células dos pulmões (e muitas outras do nosso corpo) respondem ao vírus produzindo moléculas inflamatórias, incluindo MMPs, sendo as moléculas inflamatórias que provocam a inflamação. Ou seja, são as nossas próprias células e proteínas que destroem o nosso tecido pulmonar. Estou convencido de que a inalação de deflamina pura trata a doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2, mas teremos de averiguar muito bem o seu perfil de toxicidade”, defende Ricardo Boavida Ferreira, reconhecendo, contudo, que para comprovar esta teoria e produzir resultados ainda há um longo caminho a percorrer, começando pela necessidade de financiamento e de recrutamento de uma equipa de investigadores.

Num sentido lato, a deflamina é uma mistura de polipéptidos que exibe propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, obtidos após aplicação de um procedimento específico de extração a um número de sementes comestíveis. A preparação bruta da deflamina é alcançada envolvendo exclusivamente extração com água e tratamentos com temperatura, visto que o oligómero puro é conseguido usando apenas água e etanol, assim como alterações de temperatura e de pH. A deflamina foi encontrada em sementes de algumas leguminosas (por exemplo, tremoço, grão-de-bico e soja, por ordem decrescente de atividade) e não-leguminosas. Estes procedimentos foram programados para serem facilmente adaptáveis a processos de scaling-up, quer para um nível de unidade-piloto, quer para uma escala industrial.

Primeiros estudos com resultados animadores

Atualmente, ao grupo de investigadores do ISA-UL juntaram-se Anabela Raymundo, da área de Engenharia Alimentar do ISA-UL, outros investigadores deste instituto e de várias outras instituições como o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), a Universidade da Madeira e a Universidade de Guadalajara, México. O projeto engloba ainda parcerias com outras entidades.

Até ao momento, foram desenvolvidos ensaios em ratos e peixes-zebra, com resultados excelentes. Os primeiros, realizados na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e na Universidade Luterana do Brasil, em Porto Alegre, Brasil, consistiram na indução de colite em ratos que, previamente ou posteriormente (efeitos preventivo e curativo, respetivamente), ingeriram deflamina sob a forma de extrato bruto de tremoço como suplemento alimentar ou a quem foi administrada deflamina pura via injeção intraperitoneal. As experiências com peixes-zebra enxertados com células de cancro do cólon humano e expostos à deflamina, conduzidas no iMM, mostraram uma redução de cerca de 75% no tamanho dos tumores. Curiosamente, a deflamina, que não afeta a viabilidade celular nem o crescimento de células de cancro do cólon em cultura, mas apenas a sua capacidade invasiva, induz apoptose celular nos tumores que se formam nos peixes-zebra enxertados com células de cancro do cólon humano. Foram ainda realizados no INSA ensaios à mutagenicidade, genotoxicidade e citotoxicidade da proteína, que passou em todos os testes como sendo 100% segura para ingestão. Em breve, está previsto o arranque do ensaio de nutrição com leitões desmamados, com a colaboração do grupo de nutrição animal do ISA-UL, para averiguar como é que a deflamina se comporta num modelo animal de nutrição semelhante ao humano. Dentro de dois a três meses, será iniciada uma série de testes pré-clínicos com ratos no iMM. “Estamos também a avançar rápido com todos os inúmeros testes e experiências de preparação do nosso primeiro ensaio clínico”, revela Ricardo Boavida Ferreira.

Apesar de a deflamina pura poder vir a ser usada na prevenção e tratamento de doenças, a Moléculas Soberbas não pretende desenvolver um medicamento, um processo que poderia durar 10 a 12 anos e custar entre 300 e mais de 500 mil milhões de dólares. A estratégia passa por criar alimentos que incluam um extrato bruto de tremoço contendo deflamina. Nesta fase, a startup pretende financiar o subsequente desenvolvimento da deflamina, fazer o scaling-up do processo de produção para o nível de unidade-piloto e, logo que possível, iniciar as vendas. Atualmente, as bolachas já existem em várias versões (sem glúten, farinhas alternativas, etc.), podendo ser comercializadas dentro de um ano. No entanto, o objetivo de médio-prazo será o de criar um label que aponte as suas propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, o que poderá ainda levar algum tempo e a realização de diversos ensaios.

A produção das bolachas arrancará assim que a unidade-piloto estiver em funcionamento, mas a start-up já estuda declinações para outros alimentos, como gelatina, que possam ser mais facilmente ingeridos por alguns doentes. A Moléculas Soberbas acaba de ver aprovado o primeiro projeto a que se tinha candidatado, no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial da Região Autónoma da Madeira – Inovar 2020, para a construção das instalações da unidade-piloto na Ilha da Madeira, onde também já desenvolveu uma parceria com a Universidade local.

O projeto venceu a distinção Born from Knowledge Awards nos prémios FNA 2018 por incorporar uma forte componente de inovação com base científica e tecnológica. Depois do sucesso da sua 9ª edição, o FNA festeja 10 anos de existência com as seguintes categorias: sustentabilidade alimentar; investigação e desenvolvimento; produto inovação e educação alimentar. Organizados pelo Jornal Económico e pela Sustainable Society, os FNA afirmam-se como agente mobilizador para a inovação no setor agroalimentar, agregado às áreas da Educação e da Saúde, sendo um motor para o empreendedorismo, valorização da produção nacional e promoção de estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis.

A distinção BfK Awards será atribuída pela terceira vez no âmbito da parceria da ANI com os FNA. A distinção foi anteriormente atribuída aos projetos River Rice Sugar®, um adoçante natural obtido através do arroz e com produção 100% nacional, e Deflamina. De referir que a iniciativa Awards reconhece projetos e empresas “nascidas do conhecimento” e que mais se destaquem em atividades de Investigação & Desenvolvimento, nomeadamente colaborativa. É um prémio especial atribuído pela ANI em alguns dos mais prestigiados concursos e/ou prémios de inovação em Portugal e realiza-se no âmbito do projeto SIAC – Iniciativa de Transferência de Conhecimento, cofinanciada pelo COMPETE 2020, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Evento online
Na próxima quinta-feira, dia 5 de novembro, entre as 09h30 e as 13h00, a GS1 Portugal promove uma conversa sobre “Ecossistemas...

A abertura da sessão estará a cargo de Ulrike Kreysa, Senior Vice President da GS1 Healthcare, que irá pronunciar-se sobre a importância da digitalização na cadeia de abastecimento para uma mais eficiente prestação de cuidados de saúde; irá antecipar o impacto dos desenvolvimentos regulamentares previstos, a nível mundial e, ainda, salientar o que estamos a aprender com a atual crise, no que se refere à necessária transformação do setor da saúde.

No primeiro painel do Seminário estarão à conversa Joaquim Cunha, Executive Director da Health Cluster Portugal; Pedro Simas, Group Leader do Instituto de Medicina Molecular (IMM), assim como um representante do INFARMED e um representante do INSA. Os pontos em debate passarão pelas implicações e perspetivas para o negócio durante a pandemia, a segurança dos utentes, a necessidade de alinhamento e de uma estrutura global que permita uma maior rastreabilidade e os desafios da cadeia de valor na área da saúde.

Na segunda parte da sessão, juntam-se os oradores João Marques Gomes, Chairman da Nova Saúde; Nuno Loureiro, Diretor de Supply Chain do Centro Hospitalar Lisboa Norte; e Pedro Lima, Supply Chain & Operations do Grupo Luz Saúde, para debater a cadeia de abastecimento dos hospitais, os mais recentes constrangimentos e inovações registados, a importância da digitalização no processo logístico e o motor de aceleração dos desafios, vindo do novo normal.

Por fim, Cátia Gouveia, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço, da GS1 Portugal, apresentará os resultados do mais recente Estudo de Benchmarking de níveis de serviço no setor da saúde, partilhando também alguns testemunhos de entidades participantes.

Através deste Seminário online, com dois painéis de excelência, os convidados terão oportunidade de conhecer as lições retiradas pelos players do setor da saúde na gestão da crise pandémica e dos desafios que ainda precisam de ser solucionados dentro da cadeia de valor deste setor.

Para informações adicionais sobre este Seminário de Saúde, por favor consultar o site da GS1 Portugal.

Aumento da capacidade de testagem
O maior laboratório de despiste por PCR do Sars-Cov2 da Península Ibérica, instalado em Leça do Balio, foi planeado para dar...

Segundo o comunicado da Unilabs Portugal, este reforço de capacidade, para além de permitir satisfazer as necessidades crescentes de combate à pandemia, vai permitir aumentar a capacidade de resposta à realização de testes à COVID-19 em Portugal, estando disponível, caso seja necessário, para apoiar também outros países europeus. 

 A abertura do Laboratório representa um investimento de 2,5 milhões de euros, sobretudo em equipamento, e a contratação de 50 a 70 colaboradores, para além das mais de 200 pessoas já hoje dedicadas aos centros de rastreio e despiste laboratorial da Covid-19. 

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “este laboratório vem reforçar a capacidade de testagem do país de forma muito significativa, o que vai permitir ajudar a diagnosticar mais pacientes, encontrar os casos positivos, fazer o tracing de contactos e o seu isolamento. Desta forma, vamos continuar a ajudar o sistema nacional de saúde e todos os cidadãos portugueses no combate a esta 2ª vaga da pandemia”. 

 

 

Setor da Saúde
Entre profissionais esgotados, doentes a quem foram adiadas consultas e cirurgias ou cancelados trat

Numa altura em que os hospitais estão sobrecarregados e os profissionais de saúde esgotados, de que forma o desenvolvimento de novas ferramentas digitais podem contrariar este cenário? De que modo podem contribuir para uma melhor resposta dos serviços de saúde?

A Medtronic sempre pautou a sua atividade pelo trabalho próximo com as autoridades de saúde, hospitais, profissionais de saúde e utentes. O desafio que estamos a enfrentar obriga as instituições a adotar soluções tecnológicas a um ritmo jamais visto para suprir algumas das necessidades do sector da saúde.

A área de IHS (Integrated Health Solutions) da Medtronic tem vindo a redefinir a sua proposta de valor, tirando maior partido das novas ferramentas digitais em duas frentes: do lado da oferta, através do aumento a capacidade de resposta e, do lado da procura, através da alteração da forma de prestação de cuidados.

As soluções para comunicação à distância com doentes, a digitalização de percursos clínicos e a consequente redefinição do modelo de prestação de cuidados têm permitido minimizar as deslocações dos utentes ao hospital, facilitar a adoção de novos protocolos e reduzir tempos médios de internamento.

Numa outra frente, as soluções visam apoiar a gestão no esforço para aumentar a capacidade existente e maximizar a utilização da capacidade já disponível. A título de exemplo, e numa área tão crítica para o hospital como a rentabilização dos blocos operatórios, esta crise veio acentuar as dificuldades existentes de resposta e de gestão das listas de espera cirúrgicas. Com o apoio de algoritmos de inteligência artificial, é possível já hoje, a alguns hospitais, tomar decisões tendo por base diferentes cenários que balanceiam o cumprimento de objetivos, a curto e médio prazo e os recursos disponíveis, assim como, estimar os custos associados a cada cenário.

No que diz respeito às Integrated Health Solutions, que ferramentas foram desenvolvidas especificamente para este período excecional? Quem as utiliza (por exemplo, que unidades hospitalares as utilizam) e que resultados têm vido a apresentar?

Durante a crise sanitária decorrente da 1ª vaga, em Portugal, a Medtronic desenvolveu um conjunto de mecanismos de capacitação de doentes, cuidadores e profissionais de saúde. Em colaboração com a Direção Geral de Saúde e os Hospitais, implementou uma solução de telemonitorização e educação dos doentes à distância, que permite que as pessoas com diabetes só necessitem de se deslocar ao hospital em caso de urgência. Nesta área, a prioridade é empoderar os doentes, dotando-os de ferramentas que os possam tornar o mais autónomos possível na gestão da sua doença, em particular, daqueles que usam bomba de insulina.

A área de IHS desenvolveu, especificamente para este período, uma solução para monitorização remota de doentes com COVID-19 em isolamento domiciliário. Esta solução permitiu, aos hospitais que a adotaram, reduzir em 75% o número de chamadas realizadas diariamente, seguindo através de uma ferramenta digital o mesmo número de doentes. Duas vezes por dia, através de um algoritmo clínico, são analisadas as respostas dos doentes, sendo esta avaliação disponibilizada aos profissionais de saúde e alertando-os, sempre que se verifique um agravamento da condição clínica. A taxa de adoção desta ferramenta pelos doentes chegou aos 90%.

Também durante o estado de emergência, foram facultadas gratuitamente aos hospitais e profissionais de saúde nacionais, duas ferramentas de comunicação que facilitam o dia-a-dia e a coordenação assistencial entre os profissionais de saúde. A plataforma MEDCOM e o acesso a reuniões virtuais Cisco WebEx pretendiam facilitar a comunicação, a coordenação e a tomada de decisão entre profissionais de saúde que estavam à distância, e assim minimizar o impacto que a situação estava a causar na continuidade dos tratamentos de doentes agudos.

Quais as principais vantagens a nível socioeconómico?

Quando referi há pouco que a área de Integrated Health Solutions tem vindo a redefinir a sua proposta de valor para tirar partido das novas ferramentas digitais, o objetivo subjacente é apoiar hospitais e autoridades de saúde a reduzir o gap existente entre a procura de cuidados de saúde e a capacidade disponível. Estas ferramentas tecnológicas permitem criar canais de comunicação, iguais para todos, e acelerar o acesso sempre que necessário de uma forma dirigida e informada.

Destacaria, no entanto, o papel crucial que as soluções digitais podem ter na educação em saúde e na capacitação dos portugueses. Hoje é possível ter acesso a um conjunto informação de saúde que pode ajudar cada utente a tomar decisões para prevenir doenças, cuidar de si durante a doença ou aprender a viver com a sua doença. Para tal as soluções têm de refletir que dados devem ser medidos face aos objetivos que queremos alcançar, como tratar os dados e como os incorporar no processo de prestação de cuidados de saúde, presente e futuro, através da sua utilização para I&D.

Concluindo, são ferramentas que podem ajudar a reduzir as desigualdades existentes na sociedade, promovendo a educação, o acesso, a eficiência e a eficácia.

No que diz respeito à telemonitorização de doentes, embora o conceito seja relativamente “recente” no país, a verdade é que são vários os projetos que apresentam um balanço muito positivo com a sua introdução. Em plena pandemia, quais os doentes que mais beneficiaram da telemonitorização?

Nesta fase de pandemia, as soluções que existiam previamente em funcionamento, mesmo que incipiente, são aquelas que mais valor deram ao sistema numa primeira fase. Por exemplo, as teleconsultas. O sucesso da implementação destas, e de uma forma geral, de novas tecnologias, está associado a um sentimento de urgência e de abertura, como o que surge durante uma crise. O envolvimento de todos e o espírito de equipa têm permitido criar paradigmas de prestação de cuidados distintos, reescrever funções e definir novos mapas de responsabilidade de profissionais de saúde, doentes e cuidadores.

As soluções de monitorização de doentes com dispositivos médicos são hoje entendidas por todos como o futuro, sejam elas para seguimento de doentes cardíacos, bombas de insulina, para gestão da dor crónica ou para o envio da informação de uma pill cam, são ferramentas que melhoram os outcomes clínicos e reduzem a necessidade de deslocações físicas ao hospital.

Na sua opinião estas soluções vieram para ficar? Tendo em conta que uma fatia grande da população que ainda não tem acesso a tecnologias de informação, ou não tem conhecimento suficiente para as utilizar, o que pode ser feito para uma distribuição mais equitativa destes serviços? Neste sentido, que áreas ainda podem ser melhoradas?

Ao nível hospitalar estas soluções terão uma evolução significativa e tornar-se-ão, em breve, standard de prestação de cuidados. Hoje estão ao nível da patologia, associadas a um dado percurso clínico ou a uma fase deste percurso.

De futuro, permitirão multiplicar os mesmos benefícios “a plataformas hospitalares”, por exemplo, sendo generalizadas a todos os pré e pós-operatórios, eliminando as tarefas que não geram valor e dirigindo o esforço dos profissionais para os momentos onde a sua diferenciação é necessária.

Por exemplo, muitos dos doentes com um CDI (dispositivos cardíacos implantados) não necessitam de se deslocar a um hospital apenas para verificar a informação do seu dispositivo.  Esta informação pode ser acompanhada diariamente, gerando alertas para o doente e para os profissionais de saúde sempre que se justifique. O seguimento do doente passa a ser contínuo e não pontual, as consultas ocorrerem sempre que se justificam para aquele doente e não de acordo com um calendário genérico. Substituem-se visitas ao hospital por comunicações remotas, algoritmos de triagem e alerta contínuos e, eliminam-se tarefas administrativa, como o agendamento de consultas desnecessárias, ou a transferência de informação de dispositivos para o processo clínico do doente, que passa a ser realizada automaticamente.

Calculo que existam regiões do país que beneficiariam do acesso a estas ferramentas… 

Certamente que, quanto mais difícil for o acesso físico de uma dada população à rede de unidades de prestação de cuidados de saúde, maior será o impacto que a continuidade que estas soluções, digitais ou remotas, permitem. Quando o acesso é digital, o local onde se encontra o doente pode deixar de ser uma variável a ter em conta para o seguimento.

Para terminar, e no âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar?

Neste contexto tecnológico e digital, gostaria de sublinhar, a componente humana, a confiança, empatia e compaixão que caracteriza e vincula a relação entre os profissionais de saúde e os utentes.

As soluções tecnologias que abordamos têm no contexto da prestação de cuidados de saúde um desafio que vai muito além da eficiência. A complexidade inerente a um contexto onde o equilibro entre a tecnologia e a vertente humana são fundamentais. João Lobo Antunes referiu que “Apesar do progresso, e ainda mais numa especialidade altamente tecnológica como a minha, nunca vi, não conheço arma nenhuma, de qualquer natureza, seja medicamentosa seja instrumental, que faça anular a necessidade da compaixão”.

E no equilíbrio entre as duas componentes estará o futuro… porque é também nesta harmonia que nós na Medtronic conseguimos alcançar a nossa missão de aliviar a dor, restabelecer a saúde e prolongar a vida dos doentes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção 2020
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de atribuir o Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção a...

“Este ano os trabalhos foram subordinados ao tema ‘Uma imagem vale mais do que mil palavras’ e as candidaturas superaram as nossas expectativas, com adesão da grande maioria dos centros nacionais que contribuíram para um número record de casos submetidos. Foram aceites 57 casos que ilustram a elevada qualidade da cardiologia de intervenção nacional. Acreditamos que estas iniciativas são de extrema importância, uma vez que fomentam o interesse e a motivação dos jovens pela investigação em Cardiologia”, afirma Pedro de Araújo Gonçalves, presidente da e-APIC20.

Pedro Ribeiro Queirós, que ficou em primeiro lugar com o trabalho “A valve through a stent: how will it end?, descrevendo um caso desafiante de intervenção valvular aórtica num doente com doença arterial periférica grave.

Luís Graça Santos, do Centro Hospitalar de Leiria/Hospital de Santo André, foi o segundo classificado, distinguindo-se pelo desenvolvimento do trabalho “Vida por um fio: Uma sequência rara de complicações de angioplastia coronária eletiva”. André Dias de Frias e Ricardo Costa, ambos do Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António, ficaram os dois em terceiro lugar com os trabalhos “Oh no! Another case of Rotaregret…” e “Mycotic coronary aneurysm after percutaneous treatment of chronic total occlusion” respetivamente.

A APIC atribui o Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção aos melhores trabalhos apresentados na sua Reunião Anual, que este ano se realizou pela primeira vez em modo virtual, de 22 a 24 de outubro. Uma comissão de 53 peritos avaliou os melhores trabalhos, que continuam disponíveis para consulta na App APIC e no site da reunião (www.reuniaoanualapic.pt).

 

 

Covid-19
Anabela Cordeiro, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e investigadora no Instituto de Investigação...

Desenvolvido em parceria com o Banco de Sangue do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia| Espinho (CHVNG/E), o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) e o Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto (ISPUP), e financiado no quadro da iniciativa “RESEARCH 4 COVID-19” da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT),  o projeto de investigação conjuga a deteção da resposta celular específica das células do sangue periférico, com a resposta serológica de anticorpos específicos contra as proteínas do coronavírus SARS-COV-2 na sua conformação nativa, o que não acontece nos kits sorológicos que existem atualmente no mercado.

A grande inovação é a possibilidade de se testar, com recurso a técnicas laboratoriais, a resposta celular à presença da proteína do novo coronavírus, através de estimulação de células de pacientes em contacto com o SARS-COV-2 e verificar a capacidade de resposta a nova infeção.

De acordo com Anabela Cordeiro, “o método conjuga a resposta das células com a resposta dos anticorpos. Nós queremos identificar o estado imunológico da pessoa que contactou com o vírus, ou seja, se a pessoa tem a capacidade de as suas células responderem ao novo contacto do vírus e produzir anticorpos contra o SARS-COV-2, e que tipos de anticorpos são esses. Se são polireativos sem especificidade contra o vírus, ou se são anticorpos que podem neutralizar o vírus”.

Os resultados da investigação podem ser fundamentais para determinar a possibilidade de utilização de marcadores celulares, em conjunto com os anticorpos produzidos por estes doentes assintomáticos, na avaliação do estado imunológico antes da vacinação e da capacidade destes anticorpos no tratamento de doentes infetados.

 

 

MedSafetyWeek
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde recebeu este ano mais de 10.600 notificações de reações...

Os dados foram revelados no arranque da iniciativa #MedSafetyWeek, que decorre entre 2 e 8 de novembro e que visa alertar para a importância da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos.

Segundo o Infarmed, do total de notificações, 6.712 corresponderam a reações adversas consideradas graves e 3.982 não graves.

Os números do Infarmed mostram ainda que que a maioria das notificações chega da indústria, seguindo-se do médico, farmacêutico, enfermeiro, outros profissionais de saúde e, por fim, do utente.

Ao todo, nos últimos 12 anos, foram registadas pelo Infarmed mais de 59.500 notificações de reações adversas a medicamentos, 39.597 graves (66,5%) e 19.934 (33,4%) não graves.

Em comunicado sobre a #MedSafetyWeek, o Infarmed lembra que os medicamentos são seguros e eficazes, mas podem ocorrer efeitos indesejáveis, também conhecidos como reações adversas.

“É difícil prever quem poderá sentir uma reação não esperada após a administração de medicamentos, mas é essencial que quaisquer potenciais riscos sejam compreendidos e comunicados”, sublinha o Infarmed, citado pela página oficial do Serviço Nacional da Saúde, lembrando que a notificação ajuda a tornar os medicamentos mais seguros e a proteger a saúde pública.

A edição de 2020 da #MedSafetyWeek é subordinada ao tema «Cada notificação conta!» e tem a participação de autoridades reguladoras nacionais de medicamentos de 75 países de todo o mundo.

Durante a #MedSafetyWeek, os utilizadores de medicamentos, os cuidadores e os profissionais de saúde serão solicitados a notificar suspeitas de reações adversas a medicamentos, não só durante a campanha, mas sempre que ocorrer algum efeito indesejável.

O Infarmed participa pelo 5º ano consecutiva nesta iniciativa, com o objetivo de aumentar a consciencialização para a importância da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos.

 

Reforço da capacidade
As unidades de cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde, vão contar com mais 202 camas e mais 350 enfermeiros, de...

Segundo António Costa, as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) vão ser reforçadas agora com 52 camas, 50 até ao final de dezembro e as restantes 100 no primeiro trimestre de 2021. No entanto, o primeiro ministro sublinho que, em caso de necessidade, esta capacidade pode ser alargada com recurso a mais 505 camas que podem ser mobilizadas e afetas aos doentes com covid-19.

Além do reforço no número de camas, o Primeiro-Ministro adiantou que vão ser contratados novos enfermeiros para as UCI através de um “regime excecional” e o “concurso agora aberto” terá até 350 vagas.

Neste momento, está em curso a colocação nos hospitais de 48 médicos intensivistas e em janeiro será aberto um novo concurso para a formação de mais 46.

Apresentando vários indicadores, António Costa referiu que a média de testes positivos à Covid-19 subiu, desde o início da pandemia, de 4,1% para 8% no mês de outubro, o que significa que “está a crescer de forma significativa”.

A realização de testes também tem vindo a assistir a um aumento, passando de uma média diária de 2.578 em março para 24.397 em outubro. De acordo com o gobernante, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde,  o passado dia 20 de outubro foi dia que registou o maior número, com um total de 32.717.

 

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