Sete mortes
O Grupo Parlamentar do PAN – Em reação ao surto de legionela que está a afetar os concelhos de Vila do Conde, Póvoa de varzim e...

Segundo o partido, a deslocação destes profissionais para o apoio ao rastreamento e monitorização das redes de contágio de COVID-19 “colocou em risco programas de vigilância tão essenciais como a vigilância da qualidade da água, do ar e de diversos vetores fundamentais para a qualidade de vida das populações e saúde pública”.  Por outro lado, chama a atenção também de que “há mais de uma década que as Administrações Regionais de Saúde não admitem novos Técnicos de Saúde Ambiental. Com esta escassez de recursos humanos, agravada pelo contexto COVID-19, as Unidades de Saúde Pública têm os seus recursos direcionados para este combate, estando alguns destes serviços já em rutura, com elevado desgaste dos seus profissionais. Se esta situação se mantiver, este poderá não ser o único surto a acontecer no país”.

Em comunicado o PAN relembra que “em sede de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, e ainda antes do início do surto de legionela, o PAN apresentou uma proposta de alteração que visa o reforço dos técnicos especializados em saúde ambiental. O objetivo é que o governo lance concurso com vista à contratação de 30 técnicos de saúde ambiental no âmbito das Unidades de Saúde Pública”

As unidades de saúde pública são constituídas por equipas multidisciplinares, com técnicos de saúde ambiental, enfermeiros, médicos, entre outros profissionais, fundamentais na defesa e proteção da saúde da comunidade, escreve o PAN segundo o qual,  “desempenham um papel decisivo na avaliação dos determinantes ambientais e o seu impacte na saúde humana e da população, sendo agora, mais do que nunca, uma das funções mais prementes e importantes dos Serviços de Saúde Pública”.

De acordo com o partido com assento parlamentar, o “combate à atual pandemia e ao recente surto de legionela não se faz só com a investigação epidemiológica dos casos ou rastreamento dos contactos, mas faz-se preventivamente na avaliação e monitorização das condições sanitárias, no licenciamento ou não de determinadas atividades e edificações, no apoio à elaboração e implementação de Planos de Contingência, nas vistorias, na formação dos trabalhadores das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, no apoio à reabertura de estabelecimento de ensino, no controlo de infeção dentro dos serviços de saúde, entre muitas outras intervenções”. “Quebrar as cadeias de transmissão é fundamental, mas é igualmente imprescindível impedir novas cadeias, dotando os espaços, equipamentos e pessoas com os requisitos e meios para impedir a propagação da doença. Esse trabalho de terreno deve ser assegurado pelas Unidades de Saúde Pública, nomeadamente pelos seus Técnicos de Saúde Ambiental”, reivindica em comunicado.

Dados DGS
Portugal registou, esta quarta-feira, um novo máximo diário de óbitos por covid-19. De acordo com o boletim da Direção-Geral da...

Destes 82 óbitos, 44 ocorreram na região Norte, 19 em Lisboa e Vale do Tejo, 17 no Centro e dois no Alentejo. No total, Portugal regista já 3.103 mortes devido ao novo coronavírus.

O boletim desta quarta-feira revela ainda que, nas últimas 24 horas, foram diagnosticados mais 4.935 casos de covid-19, elevando para 192.172 o total acumulado de infetados no país desde o início da crise pandémica.

A região Norte continua a ser a que concentra a maior parte dos novos casos, com 2.845 diagnósticos. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.185 novos casos, o Centro com mais 743, o Algarve com mais 80 e o Alentejo com mais 44. Já os Açores reportaram mais 21 infeções, enquanto a Madeira contabilizou mais 17.

Também o número de doentes internados devido à covid-19 continua a subir, estando agora hospitalizadas 2.785 pessoas, mais 43 do que ontem. Destas, 391, mais nove face ao último balanço, estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Por outro lado, mais 3.475 pessoas recuperaram da doença. São agora 110.353.

Atualmente há 78.716 casos ativos em Portugal e as autoridades de saúde têm 89.107 contactos em vigilância.

Investigação
Foram anunciados os nomes dos investigadores premiados na 64ª edição dos Prémios Pfizer, o mais antigo galardão na área da...

O projeto distinguido na categoria de Investigação Clínica, foi atribuído à equipa de Investigadores internacionais liderada por Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM).

A equipa publicou recentemente na revista científica Science Translational Medicine, os resultados do ensaio clínico de Fase 1/2a de uma potencial nova vacina contra a malária, denominada PbVac, que envolveu um total de 24 voluntários saudáveis. Embora nenhum dos indivíduos vacinados ficasse totalmente protegido contra a doença, os resultados mostraram uma redução muito significativa de 95% na infeção hepática, o primeiro estágio da infeção por malária em humanos. Este estudo abre caminho para desenvolvimentos adicionais da vacina PbVac e similares, no sentido do desenvolvimento de uma estratégia de vacinação eficaz contra a malária humana.

O PbVac é o primeiro membro de uma nova classe de agentes do tipo “organismo completo” desenhados para a vacinação contra a malária que consiste na ideia de usar parasitas de roedores, que não são patogénicos para os seres humanos, como base para uma nova vacina contra a malária.

A malária é uma doença causada por parasitas Plasmodium que, apesar dos progressos registados na última década, causaram mais de 400.000 mortes só em 2018. Uma vacina eficaz é considerada uma ferramenta crucial para a prevenção e futura eliminação da malária.

No entanto, o desenvolvimento clínico de uma vacina contra a malária provou ser um enorme desafio para inúmeros grupos de investigação ao longo dos anos e em todo o mundo. Esta dificuldade resulta sobretudo da complexa biologia dos parasitas da malária, cujo ciclo de vida inclui várias etapas que ocorrem quer no mosquito, vetor da doença, quer no hospedeiro mamífero, incluindo um estágio obrigatório e assintomático de desenvolvimento no fígado humano.

“O nosso trabalho fornece a validação clínica de uma nova abordagem de vacinação contra a malária, e abre possibilidades para a sua otimização no sentido da criação de uma vacina eficaz contra esta doença. Foi por isto uma enorme felicidade e uma honra ver o nosso trabalho reconhecido através de um prémio com o prestígio inigualável que o Prémio Pfizer-SCML granjeou ao longo das últimas décadas”, refere o Investigador do iMM, Miguel Prudêncio.

Na categoria de Investigação Básica, um dos projetos vencedores pertence ao Investigador Henrique Veiga-Fernandes, da Fundação Champalimaud, sobre a função das células inatas linfoides de tipo 3 (ILC3).

Pessoas que fazem turnos de trabalho noturnos, ou que mudam com frequência de fuso horário, têm uma tendência acrescida para o excesso de peso e sofrem mais amiúde de inflamações intestinais. Vários esforços têm procurado desvendar a causa deste fenómeno, tentando relacionar os processos fisiológicos com a atividade do relógio biológico.

Este trabalho permitiu definir que a função das células inatas linfoides de tipo 3 (ILC3), conhecidas por contribuírem para a saúde intestinal, se encontra sob o controlo do seu próprio relógio biológico que por sua vez é regulado pelo cérebro.

Nomeadamente, as ILC3 possuem um relógio molecular, e a desregulação dessa maquinaria conduz a uma redução das ILC3 no intestino, a uma alteração do epitélio intestinal e do seu microbioma, assim como a um aumento de infeções intestinais e a um anormal metabolismo lipídico. Surpreendentemente, os investigadores observaram ainda que os ciclos noite-dia são os principais reguladores do relógio biológico das ILC3, sugerindo assim que sinais cerebrais possam controlar a atividade das ILC3. Nesse sentido, a desregulação cirúrgica ou genética da ritmicidade do cérebro conduziu a alterações das ILC3 assim como à desregulação do microbioma e do metabolismo lipídico.

Este estudo revelou a existência de um circuito circadiano que traduz os ciclos naturais noite-dia em sinais fundamentais para o funcionamento das ILC3, garantindo assim a saúde intestinal, o metabolismo e a proteção contra infeções.

“Este trabalho permitiu-nos identificar que, para além do papel dos linfoides brancos no intestino no controlo da inflamação, a atividade desses glóbulos brancos dependia do nosso ritmo biológico. Esse ritmo biológico está associado a doenças tão diversas como o cancro, a obesidade ou doenças inflamatórias crónicas. Essa compreensão revela-se essencial no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas”, refere o Investigador da Fundação Champalimaud, Henrique Veiga-Fernandes.

Na categoria de Investigação Básica, o outro projeto vencedor pertence à Investigadora Julie Ribot, do iMM, sobre as células T gamma delta (γδ), produtoras de IL-17 que residem nas meninges e controlam plasticidade sináptica e memória de curto prazo.

O trabalho centra-se na interface entre o sistema imunitário e o sistema nervoso central e em particular na cognição. Neste projeto, os investigadores perguntaram de que forma o sistema imunitário pode influenciar o processo de Aprendizagem e Memória, quais são as células envolvidas neste processo, onde e como atuam. Foi identificada pela primeira vez em modelos animais uma população de células - denominadas células T gamma delta (γδ) - que produzem uma molécula inflamatória - chamada IL-17 - e que colonizam os vasos linfáticos das meninges cerebrais rapidamente após o nascimento e onde permanecem durante a vida adulta tendo um impacto na neurofisiologia basal.

Os animais que não têm esta população de células T γδ, ou a molécula IL-17, perdem a memória de curto prazo. Curiosamente, estes ratinhos retêm uma memória de longo prazo normal, sugerindo que os dois processos de memória de curto e longo prazo são regulados por diferentes componentes do sistema imunitário. Conceptualmente, este trabalho revela uma ligação evolutiva entre os sistemas imunitário e nervoso central, ao mostrar que estão em constante comunicação e que esta influencia a construção da memória de curto prazo.

Julie Ribot, a Investigadora do iMM, refere sobre a importância deste prémio: “O prémio Pfizer é muito prestigiante e obviamente um grande reconhecimento do nosso trabalho. Isso dá-nos mais visibilidade junto de outros cientistas e também junto da sociedade em geral, pois acredito que o envolvimento público com a investigação básica é fundamental. Agora, de um ponto de vista mais pessoal, posso dizer que fiquei particularmente emocionada ao saber que o nosso trabalho foi premiado. Este foi o meu primeiro projeto como investigadora principal, onde supervisionei alunos pela primeira vez, tendo estabelecido colaborações. Tem sido uma ótima experiência e agora temos uma cereja no topo do bolo. Isso é muito importante e dá-nos motivação extra e força para prosseguir com os nossos projetos, agora com o objetivo de compreender as implicações das nossas descobertas no contexto das doenças neurodegenerativas”.

A cerimónia da entrega dos prémios, no valor total de 50 mil euros, terá lugar dia 11 de novembro, e conta com a presença do Presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, Luís Graça, e do Diretor-Geral da Pfizer Portugal, Paulo Teixeira.

A Cerimónia será transmitida através da página de Facebook do Expresso, a partir das 18h00.

 

Vacinação poderia evitar o número de mortes
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia, uma pessoa a cada 90 minutos. Em...

A fundadora do MOVA, Isabel Saraiva refere que “a população sabe o que é a Pneumonia mas desconhece os riscos que corre ao contraí-la. Falar de Pneumonia é falar de mortes, de morbilidades e de sequelas graves. Podemos preveni-las, basta que nos vacinemos”, relembrando que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura.”

A Pneumonia pode deixar sequelas permanentes, que reduzem drasticamente a qualidade de vida de quem a contraiu. Bronquiectasias (deformação dos brônquios) e compromisso da função pulmonar são apenas dois exemplos, tal como a permanência de tosse, expetoração ou falta de ar. Podemos evitar grande parte das Pneumonias e respetivas sequelas através de vacinação.

Nunca, como hoje, se falou tanto de prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Em plena pandemia, não temos, ainda, vacina contra a Covid-19 mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves e potencialmente fatais.

No Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA reforça que a vacinação deve ser uma prioridade em todas as fases da vida. A vacinação antipneumocócica está recomendada pela Direção Geral da Saúde a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco – idosos, pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais.

A vacina é gratuita para as crianças e alguns segmentos de adultos, para quem já se encontra em PNV, e é comparticipada pelo estado em 37% para a restante população. A sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias, incluindo na prevenção das formas mais graves da doença.

A proteção dos grupos de risco através de imunização é uma das grandes causas do Movimento Doentes pela Vacinação. Composto por especialistas e associações de doentes, o movimento de cidadania apela à acessibilidade da vacina a pessoas que se encontrem em situações de maior fragilidade.

 

 

Vencedores anunciados em Webinar no dia 18 de novembro às 21h30
A Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA) promove, em parceria com a Octapharma, a 1.ª Edição do “Prémio SPA – Octapharma”...

Puderam candidatar-se ao “Prémio SPA – Octapharma” todos os trabalhos científicos da autoria de Médicos Internos de Anestesiologia que, isoladamente ou em colaboração, tenham sido desenvolvidos e/ou implementados no ano 2020.

Os três melhores trabalhos científicos serão distinguidos por um Júri independente, constituído por três médicos anestesiologistas de reconhecido mérito científico, com um Prémio no valor de 1.500,00€ ao vencedor e com duas Menções Honrosas aos dois trabalhos selecionados no valor de 750,00€.

A Presidente da SPA, Maria do Rosário Matos Órfão sublinha que “É responsabilidade de qualquer profissional fazer investigação na sua área pois, a investigação gera conhecimento, permite evoluir e melhorar a qualidade do exercício profissional sendo imprescindível na formação dos Anestesiologistas”.

 Eduardo Marques, Diretor-Geral da Octapharma Portugal refere “é com grande satisfação que a Octapharma se associa à SPA neste prémio o qual pretende incentivar os jovens médicos Anestesiologistas à elaboração e publicação de trabalhos científicos, por forma a permitir o incremento do conhecimento científico e a partilha da experiência clínica”.

 Os trabalhos vencedores serão anunciados e apresentados no dia 18 de novembro de 2020 no Webinar “Prémio SPA – Octapharma”.

 

XVI Edição das Conferências Abertas de Optometria realiza-se em novembro
A XVI Edição das Conferências Abertas de Optometria vai realizar-se nos dias 14 e 15 de novembro de 2020, em formato de virtual...

Segundo Raúl de Sousa, presidente da APLO, “pretende-se com esta iniciativa criar um fórum de discussão e participação de todos os optometristas na conceção do futuro da classe optométrica, reforçando o seu papel como promotores dos cuidados para a saúde da visão, da defesa da saúde pública e dos direitos dos cidadãos a mais e melhores cuidados”.

E acrescenta: “O nível das apresentações e dos oradores da XVI Edição das Conferências Abertas de Optometria fala por si mesmo. Contaremos com a participação de personalidades e organizações de relevo nacional e internacional no panorama da saúde. É importante enfatizar a apresentação pública e mundial, pela primeira vez, do plano e trabalho desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde em sequência do Relatório sobre a Visão”.

Nesta iniciativa será possível conhecer e debater assuntos da maior relevância no que concerne à normalização de qualidade em dispositivos médicos: ótica oftálmica, optometria clínica e desafios tecnológicos e digitais na prestação de cuidados para a saúde da visão. Assim como conhecer os resultados do estudo do VLEG, com contributo de membros da Direção da APLO, a publicar brevemente na The Lancet Global Health.

As inscrições são obrigatórias e estão abertas a todos os profissionais de saúde, sendo gratuitas para os membros efetivos e em regime probatório, assim como para os estudantes universitários de Optometria e Ciências da Visão. Estas devem ser efetuadas na seguinte ligação: https://mla.bs/7668172a.

"É urgente melhorar os dados de vigilância epidemiológica"
Estudo desenvolvido por investigadores do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Faculdade...

O estudo, intitulado “COVID-19 surveillance – a descriptive study on data quality issues”, foi recentemente publicado na plataforma medRxiv. Os investigadores analisaram os dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) em abril e em agosto deste ano, na sequência dos apelos que os próprios fizeram no sentido de que as bases de dados fossem tornadas públicas.

Os resultados do estudo apontam então para a existência de “inconsistências significativas” nos dados disponibilizados, nomeadamente entre os números de casos e de mortes por COVID-19 divulgados diariamente.

A equipa da FMUP e do CINTESIS detetou ainda outros problemas, tais como diferenças entre as variáveis utilizadas e a ausência de um número significativo de dados. De acordo com estes cientistas, mais de quatro mil casos que faziam parte dos dados disponibilizados pela DGS em abril não constam da atualização feita pela própria DGS no mês de agosto.

“É urgente melhorar os dados de vigilância epidemiológica, através, por exemplo, da simplificação do processo de entrada dos dados, de uma monitorização constante e de um maior treino e consciencialização dos profissionais de saúde”, indicam os investigadores.

 

Informação
São mais fáceis de usar e permitem resultados em poucos minutos.

O que são os testes rápidos de Antigénio?

Segundo a Direção Geral da Saúde, os testes rápidos de antigénio são testes com um desempenho diferente dos testes moleculares. Estes permitem detetar as proteínas do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença respiratória, no entanto, “para haver confiança no resultado é preciso que quem os realiza tenha elevada probabilidade de ter Covid-19”.

Quer isto dizer que, face a um resultado negativo num teste rápido de pesquisa de antigénios, caso haja elevada suspeita clínica de covid-19, a Direção-Geral da Saúde recomenda a realização de um teste molecular (RT-PCR). Contudo, a decisão de fazer um teste molecular compete ao médico assistente, que age consoante análise e ponderação da situação clínica e epidemiológica evidenciada.

Entre as principais vantagens deste tipo de teste, a autoridade de Saúde Pública destaca a rapidez dos resultados.  

Quando deve utilizar-se um teste rápido?

De acordo com a DGS, os testes rápidos de antigénio podem ser utilizados por aqueles que apresentam sintomas, nos primeiros cinco dias de sintomas ou por pessoas que apresentem contactos de alto risco. Segundo a Direção Geral de Saúde, é obtida “uma maior sensibilidade dos testes” quando estes são realizados em indivíduos sintomáticos e numa fase inicial da infeção (casos com início dos sintomas inferior a 5-7 dias), período em que a carga viral no trato respiratório superior é mais elevada.

Os testes podem ainda ser utilizados em situações de surto ou no rastreio periódico de profissionais de saúde.

Quem pode pedir o teste?

Os testes de diagnóstico para a covid-19 devem ser realizados após indicação médica e por profissionais de saúde qualificados que têm o dever de registar os resultados, para que as autoridades de saúde possam manter a vigilância epidemiológica da covid-19 em Portugal.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Curso
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) vai organizar, entre os dias 2 de dezembro e 14 de janeiro, a primeira...

Beneficiando de financiamento do Fundo Social Europeu, e da colaboração de especialistas da ESEnfC, do Centro de Direito Biomédico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, o curso, de inscrição gratuita, destina-se a enfermeiros, médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais de saúde a exercerem funções naquele ACES, cuja área de influência corresponde aos concelhos de Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Mortágua, Penacova e Soure.

“Direitos das pessoas LGBT: leis e instituições”, “Especificidades da discriminação contra pessoas LGBT”, “Crimes de ódio e violência doméstica”, “Epidemiologia das infeções sexualmente transmissíveis em pessoas LGBT”, “Estratégias para a promoção da saúde” e “Rede de recursos LGBT existentes” são temas deste programa formativo, que corresponde a 18 horas de formação por videoconferência, distribuídas por sete sessões, às quartas e/ou quintas-feiras, no período da tarde.

Abordar a estigmatização e discriminação das pessoas LGBT na sociedade e nos contextos de prestação de cuidados de saúde, consciencializar para um conhecimento crítico sobre as especificidades relativas ao acesso aos cuidados de saúde por esta população e apresentar o enquadramento jurídico (nacional e internacional) das questões desta área e do conceito de crime de ódio e de violência doméstica, são alguns objetivos da formação multidisciplinar.

São formadores deste curso, Aliete Cunha-Oliveira, Ana Paula Camarneiro, Andreia Costa Andrade, Beatriz Xavier, Pedro Urbano e Rosário Pinheiro.

Duas outras edições do curso decorrerão integralmente no próximo ano civil, a 2ª de 24 de fevereiro a 17 de março e a 3ª de 14 de abril a 5 de maio.

A formação é apoiada pelo Portugal 2020 (acordo de parceria entre o Estado português e a Comissão Europeia), com financiamento do Fundo Social Europeu, na sequência de candidatura ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego.

Covid-19
A partir de hoje já é possível realizar os testes rápidos de antigénio sem sair da própria casa. Todo o serviço de testagem ao...

Dirigido, numa primeira fase, a grupos de risco podem requisitar este serviço pessoas que apresentem sintomas após contactos de risco comprovado, maiores de 65 anos, pessoas em isolamento profilático, pessoas com necessidades especiais e profissionais de saúde. 

Como explica Carlos Monteiro, CEO e Fundador da BioJam Holding Group “não deixam de ser inquietantes os números que apontam para mais de 7500 novos casos de COVID-19 num só dia e como tal são muitas as pessoas que têm procurado realizar os testes rápidos de antigénio da BioJam. Foi a pensar nesta crescente procura de soluções rápidas de diagnóstico, sobretudo por parte de pessoas inseridas em grupos de riscos acrescidos, que a BioJam, através da OPFC, lançou o serviço de testagem ao domicílio. A possibilidade de as pessoas se submeterem a testagem, mesmo sem indicação de uma autoridade como seja o delegado de saúde, acaba por ser uma boa ferramenta de controlo de cadeias de infeção que muitas vezes se desenvolvem nos convívios familiares, os quais, segundo a DGS, estão na origem de 67% dos novos casos de covid-19 em Portugal”.

Referenciados pela DGS, os testes rápidos de antigénio da BioJam constituem uma ferramenta fiável e acessível para detetar focos de infeção em grande escala reduzindo, assim, a propagação da doença através da quebra de cadeias de infeção.

Os testes rápidos de antigénio COVID-19, cujas indicações para utilização entraram em vigor no passado dia 9 de novembro conforme norma da DGS, permitem detetar, desde as primeiras 24 horas de contágio, possíveis casos positivos. Indicados para o diagnóstico rápido na fase inicial da infeção, o teste apresenta resultados em apenas 15 minutos, podendo a partir de hoje, ser realizado por um profissional de saúde, no próprio domicílio daqueles que constituem grupos de risco acrescido.

 

Estudo
A alimentação pesa 30 por cento na pegada ecológica dos portugueses, mais do que os transportes ou o consumo de energia. A...

A Pegada Ecológica nacional, por habitante, é superior à biocapacidade do país ou do próprio planeta, o que siginifica que se todas as pessoas no mundo consumissem como os Portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra.  29 por cento dessa pegada diz respeito à alimentação, 20 por cento aos transportes e 10 por cento à habitação.

“A pegada alimentar avalia em hectares globais (gha) a quantidade de recursos naturais que necessitamos para produzir o que comemos num ano. Sabendo que o país tem anualmente um ‘orçamento natural’ de 1,28 gha por habitante [valor de 2016], percebemos que só para nos alimentarmos ‘gastamos’ 1,08gha, ou seja, 84 por cento desse orçamento”, aponta Sara Moreno Pires, professora do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA.

Se dependêssemos exclusivamente da biocapacidade de Portugal para nos alimentarmos, refere a coautora do estudo, “ficaríamos com um saldo de 0,20 gha para todas as restantes atividades de consumo [transporte, habitação, energia, vestuário, etc.], se não quiséssemos ter défice ecológico”.

Mas grande parte da biocapacidade necessária para a nossa alimentação provém de outros países, como Espanha, França, Ucrânia ou mesmo China Senegal, o que implica uma pressão e uma dependência desses ecossistemas.

“Portugal é, por esses motivos, o pior país de 15 países do Mediterrâneo no que diz respeito à Pegada Alimentar”, alerta Sara Moreno Pires.

Publicado recentemente na reconhecida revista científica internacional Science of the Total Environment, o estudo intitulado “Transição alimentar sustentável em Portugal: uma avaliação da pegada das escolhas alimentares e das lacunas nas políticas de alimentação nacionais e locais”, assinado por investigadores da UA e da Global Footprint Network, apresenta conclusões relevantes sobre a insustentabilidade dos padrões alimentares dos portugueses e a ainda frágil estrutura de políticas públicas para inverter esta tendência. Para além de Sara Moreno Pires, também pela UA Armando Alves e Filipe Teles assinam o trabalho.

Consumo de peixe aumenta a pegada alimentar dos portugueses

Portugal é o terceiro maior consumidor de pescado do mundo, com cerca de 61,7 quilos consumidos por pessoa em 2017 e 60 por cento da biocapacidade para produzir esse pescado vem de outros países, sendo Espanha um dos parceiros comerciais mais evidente. A elevada intensidade da Pegada Ecológica de peixes como o atum, espadarte e bacalhau (não considerando a Pegada associada ao seu transporte) são outra evidência, que aliados à sua força cultural na alimentação portuguesa, salientam ainda mais o impacto elevado do consumo de peixe na Pegada Alimentar.

Além disso, o estudo identifica uma dependência da biocapacidade de países estrangeiros (como a Espanha, França, Brasil, ou mesmo a China) para produzir recursos alimentares, de modo a satisfazer a procura dos portugueses, sendo as categorias mais dependentes as de “pão e cereais” (em que se importa quase 90 por cento dos hectares globais necessários à sua produção), “açúcar, mel, doces, chocolate, etc.” (com um importação na ordem dos 80 por cento) ou “gorduras alimentares” (com cerca de 73 por cento).

Para além da esperada relação comercial com Países Europeus, o estudo aponta uma dependência de países como Uruguai (na carne), África Ocidental e Senegal (no peixe), EUA (no leite e produtos lácteos), Argentina, Canadá e Brasil (nas gorduras alimentares ou frutos), ou China (nos frutos e nos vegetais).

São necessários sistemas alimentares mais sustentáveis

“Urge mudar hábitos alimentares e ter tolerância zero quanto ao desperdício”, sublinha Sara Moreno Pires garantindo que “o papel das políticas públicas é igualmente crítico para promover sistemas alimentares mais sustentáveis, desde a produção agrícola, ao processamento, à distribuição, ao consumo ou ao reaproveitamento dos alimentos, e para envolver todos nesta mudança”.

Dada a relevância de se estruturar e apoiar a governação das cidades em torno de sistemas alimentares mais sustentáveis, por estas desempenharem um papel fundamental na promoção de padrões alimentares resilientes e economicamente prósperos, pela sua proximidade e interação com diversos atores, este estudo identifica um conjunto de pontos fortes e fracos nas políticas de alimentação em seis cidades portuguesas:  Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa e Vila Nova de Gaia.

Como importantes contributos dos municípios, o estudo destaca a sensibilização da população para a Pegada Ecológica da alimentação através de Calculadoras Municipais da Pegada Ecológica disponíveis nos websites destas Câmaras Municipais, a promoção de hortas urbanas, hortas sociais e hortas pedagógicas, ou iniciativas inovadoras como o Banco de Terra em Guimarães, através da sua Incubadora de Base Rural, ou a investigação agroalimentar, promovida pelo Município de Castelo Branco em parceria com o CATAA – Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar.

O Município de Vila Nova de Gaia destaca-se por inúmeras ações importantes, desde a divulgação de infografias de sustentabilidade alimentar na plataforma de educação a todos os encarregados de educação, a ações de avaliação do desperdício alimentar nas escolas ou cadernos de encargos para o fornecimento de refeições escolares promotoras da sustentabilidade alimentar. Este município é ainda signatário do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, um importante compromisso político assumido por muitos autarcas do mundo inteiro em 2015, para o desenvolvimento de sistemas alimentares baseados nos princípios da sustentabilidade e da justiça social.

Das principais fragilidades identificadas pelos investigadores, a falta de recursos humanos adequados e com conhecimento especializado para trabalharem estas temáticas (com grupos multidisciplinares de profissionais qualificados, de nutricionistas a engenheiros florestais e agrícolas) ou de estruturas municipais para a promoção integrada de uma política de alimentação, são alguns dos fatores mais críticos. Destacam-se ainda o frágil suporte a circuitos agroalimentares curtos, que aproximem os produtores dos consumidores e a produção alimentar periurbana às cidades; a falta de regulamentação que promova compras públicas sustentáveis e a redução do desperdício alimentar; a ainda frágil colaboração entre as autarquias e diferentes setores (produtores, escolas profissionais, terceiro setor, empresas), bem como a falta de um compromisso político forte orientado para políticas alimentares locais. A falta de estratégias alimentares municipais ou de políticas integradas dedicadas à alimentação saudável e sustentável é disso um exemplo.

O estudo mostra que é necessário e urgente investir em mais informação (que identifique e avalie os impactos das iniciativas locais), mais recursos humanos, bem como na capacidade dos governos locais para promoverem sistemas alimentares equitativos, resilientes e sustentáveis. A coordenação entre atores e políticas, sobretudo a nível intermunicipal, ou mesmo nacional (nomeadamente com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) é um passo necessário, bem como a sensibilização de todos os intervenientes na cadeia alimentar (da produção, ao processamento, distribuição, consumo e resíduos) para a mudança de comportamentos, de forma permitir um olhar renovado sobre como os sistemas alimentares se podem tornar mais sustentáveis em Portugal.

Entrevista
A Esquizofrenia é uma doença psiquiátrica crónica incapacitante, à qual continua associado um grande

Estima-se que a Esquizofrenia afete 1% da população mundial e embora esta patologia não seja tão comum como outros transtornos mentais, os sintomas podem ser muito incapacitantes. Neste sentido começo por lhe perguntar em que consiste e quais os principais sintomas?

De todas as síndromes psiquiátricas, a esquizofrenia é talvez a mais difícil de descrever e de definir na sua globalidade.  A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica crónica, sendo a perturbação psicótica mais comum e encontra-se entre as dez principais causas de incapacidade no conjunto de doenças de evolução prolongada. É uma doença mental complexa e heterogénea, que reflete alterações a nível do funcionamento cerebral, implicando mudanças a nível do pensamento, cognição, perceção, afeto e comportamento. 

Embora as causas não estejam ainda completamente esclarecidas, há algum consenso na literatura que atribui a esquizofrenia a uma interação de variáveis biológicas, psicológicas e culturais.

Como síndrome heterogénea, a esquizofrenia, tem uma apresentação clínica que envolve várias dimensões, por um lado sintomatologia dita “positiva” (ideias delirantes, alucinações, …) e por outro lado, sintomatologia “negativa” (embotamento afetivo, isolamento social, …). Podem igualmente estar presentes sintomas cognitivos, agressividade e impulsividade.

Os sintomas de esquizofrenia variam assim de pessoa para pessoa e ao longo da evolução da doença, ou seja, nem todas as pessoas com este diagnóstico apresentam os mesmos sintomas.

Qual a sua prevalência e a quais as faixas etárias mais acometidas por esta patologia? A partir de que idade pode ser diagnosticada?

A Esquizofrenia é uma doença de distribuição mundial de baixa incidência (número de novos casos por anos) mas de elevada prevalência (casos numa população num determinado momento).

A maioria dos estudos estima uma prevalência entre 2,7-7,0 por 1000 habitantes e incidências anuais correspondem entre 0,16 a 1 por 1000 habitantes. É mais frequente no sexo masculino com uma relação de 3:1.

Em termos globais pode-se dizer que afeta 1% da população.

A Esquizofrenia pode aparecer em qualquer idade. Contudo, na maioria dos casos, o início ocorre no final da adolescência, entre os 18 e os 25 anos nos homens e no fim da segunda década nas mulheres. Estima-se que até 10% das mulheres pode haver um início mais tardio, após 40 anos de idade, com sintomas mais negativos e menor hipótese de recuperação completa.

Sabendo que existem alguns sintomas precoces associados a esta doença quais os sinais de alerta?

Como referido, os sintomas e o modo de apresentação variam de pessoa para pessoa, sendo muito difícil prever quem vai ter a doença. Alguns sinais inespecíficos, que também podem estar presentes noutras patologias psiquiátricas, como a sensação de estar a ser observado, o isolamento social, comportamento inadequado ou bizarro, deterioração da performance académica ou profissional, descuido no autocuidado, por exemplo, podem ser indicadores precoces.

Sei que existem diferentes tipos de esquizofrenia. Que tipos são estes e como se caracterizam? Qual ou quais as formas mais graves da doença?

A Classificação Internacional de Doenças 10 (CID10) descreve diferentes tipos de esquizofrenia - paranóide, hebefrénica ou desorganizada, catatónica, indiferenciada, residual e simples.

A esquizofrenia paranóide é a mais frequente. Habitualmente cursa com ideação delirante bem sistematizada e de conteúdo persecutório. Comparativamente a outros subtipos o prognóstico é relativamente favorável com preservação da personalidade.

A esquizofrenia desorganizada ou hebefrénica tem normalmente um início mais precoce e pior prognóstico. O pensamento é desorganizado com afrouxamento associativo e os sintomas negativos como o embotamento afetivo e isolamento social, surgem mais precocemente.

A esquizofrenia catatónica é atualmente pouco frequente na Europa e América do Norte e carateriza-se por uma alternância entre a excitação e agitação psicomotora, agressividade e violência, estupor e mutismo.

A esquizofrenia simples tem um início insidioso e prognóstico pobre. Os sintomas negativos desenvolvem-se sem manifestações de sintomatologia “produtiva” evidente e há um marcado comportamento estranho, isolamento social e declínio do funcionamento laboral ou académico. No entanto, neste subtipo de esquizofrenia, os delírios e alucinações são pouco marcados.

Considera-se que existe um quadro de esquizofrenia residual quando a clínica progrediu de 1 ou mais episódios psicóticos para um quadro em que predominam os sintomas negativos. O diagnóstico requer um ano de sintomas negativos sem recorrência de sintomas positivos proeminentes.

Por fim, na esquizofrenia indiferenciada enquadram-se os doentes que não cumprem critérios para os referidos subtipos de esquizofrenia.

Quais os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento desta doença?

A Esquizofrenia é uma patologia multifatorial, embora se desconheça a causa exata.

É consensual que os fatores genéticos são importantes, uma vez que há alterações no desenvolvimento de esquizofrenia e história familiar positiva, alterações no neurodesenvolvimento que de alguma forma modifiquem o desequilíbrio da neurotransmissão no cérebro e um papel importante do meio ambiente a que estamos expostos nomeadamente: parto traumático, complicações durante a gravidez e infeções virais.

Outros fatores ambientais como o stress e o abuso de substâncias químicas (em particular alucinogénios e canabinóides), parecem desempenhar igualmente um papel importante.

Sem cura, para que está indicado o tratamento e em que consiste (que medicamentos são utilizados)?

 A Esquizofrenia é uma doença crónica. Não é curável, mas tem tratamento.

O tratamento farmacológico passa pela utilização de psicofármacos, incluindo antipsicóticos – que atuam essencialmente num neurotransmissor (mensageiro químico chamado dopamina), cujo excesso provoca os sintomas positivos como o delírio, alucinações e comportamento desorganizado – levando consequentemente a uma remissão destes sintomas.

A abordagem terapêutica deverá ser multidisciplinar incluindo, por exemplo, para além do tratamento psicofarmacológico, estimulação social, psicoterapêutica e ocupacional.

De que modo a doença condiciona o dia-a-dia do doente? É possível manter uma rotina profissional?

Algumas perturbações psiquiátricas, e esta em particular, pode ser extremamente incapacitante a nível pessoal, familiar e social. Os doentes esquizofrénicos, infelizmente, são expostos a diversas formas de preconceito e têm que enfrentar o estigma associado à sua doença.

Embora possam existir limitações nas capacidades sociais e cognitivas ou dificuldades em manutenção do emprego, a interação social positiva aumenta a capacidade dos indivíduos para se adaptarem e enfrentarem os desafios do quotidiano.

Existem associações e diversas estruturas sociais para apoiar estas pessoas.

Em termos sociais, quais as principais dificuldades / barreiras que se apresentam a estes doentes?

Os doentes com esquizofrenia podem ter um funcionamento social comprometido com dificuldade em manter conversação, expressar necessidades e sentimentos, que se agravam em períodos de descompensação de sintomatologia psicótica, alterando a sua perceção da realidade. As relações interpessoais e o ajustamento a várias situações sociais nomeadamente no trabalho, podem ser afetadas.

Qual o seu peso para as famílias?

Os familiares e amigos podem oferecer suporte emocional, encorajar a ida a consultas e a toma assídua da terapêutica, tendo um papel importante na recuperação dos doentes.

Embora a doença possa ser disruptiva em termos familiares e pessoais, felizmente hoje em dia com o tratamento correto e o seguimento devido, é possível ter uma vida estabilizada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Diabetes
A propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala a 14 de novembro, em conjunto com a International Diabetes Federation ...

Cuidar na diabetes já é, por si, um desafio para os enfermeiros e é sabido que as pessoas com diabetes fazem parte dos grupos de risco de complicações em caso de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, o que aumenta a complexidade do tratamento e maior necessidade de acesso aos cuidados e à informação. As pessoas com diabetes, para correrem menos riscos, necessitam de assegurar um bom controlo da doença. Com a nova evolução dos casos associados à COVID-19, é urgente encontrar soluções para que às pessoas com diabetes não falte um acompanhamento continuado.

“As pessoas com diabetes não podem ficar esquecidas, precisam de ser apoiadas para conseguirem uma boa compensação da sua diabetes e assim evitar complicações em caso de infeção pelo novo coronavírus. Neste momento, mais do que assinalar uma efeméride, temos de garantir que todas as pessoas com diabetes estão salvaguardadas. Os enfermeiros desempenham aqui um papel fundamental, pois são o paradigma do apoiar, do cuidar e da educação terapêutica.”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A associação esclarece que na diabetes, a educação e a prestação de cuidados de saúde são indissociáveis e, que neste momento, é necessário a existência de uma rede de apoio de proximidade e de fácil acesso. Recorde-se que a APDP, com a declaração do primeiro estado de emergência, criou uma linha de apoio telefónico (213816161) à qual todas as pessoas com diabetes podem recorrer para esclarecimentos e orientações. Esta linha é assegurada por enfermeiros especialistas da APDP.

2020 foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como o ano internacional dos enfermeiros, devido à importância da profissão. Lurdes Serrabulho, coordenadora de Enfermagem e Formação da APDP, menciona que “os enfermeiros representam 59% dos profissionais de saúde em todo o mundo e têm estado na linha da frente na luta contra a pandemia da COVID-19. Os enfermeiros desempenham um papel fundamental nos cuidados, no apoio, na educação, na relação terapêutica e na capacitação da pessoa com diabetes, como agentes facilitadores de mudanças de comportamento e adoção de estilos de vida saudável, especialmente durante este período”.

 

Tumores
Os tumores neuroendócrinos são raros e podem formar-se em qualquer parte do corpo.

Os tumores neuroendócrinos são tumores com origem nas células neuroendócrinas (isto é, células que apresentam algumas características comuns às células nervosas, e outras típicas das células endócrinas, que têm capacidade de produzir hormonas), que existem em múltiplos locais. Tal como acontece com outros tipos tumores, eles surgem quando uma das células normais sofre alterações que lhe permitem escapar aos mecanismos de controlo do organismo, começando a dividir-se de forma desregulada, dando origem ao tumor. De acordo com a coordenadora do Grupo Multidisciplinar de Tumores Neuroendócrinos, do IPO de Coimbra, Raquel Martins, apesar de não se saber ao certo o que está na sua origem, “conhecem-se algumas situações que aumentam o risco do seu aparecimento e que estão presentes numa minoria dos casos”. São elas alterações genéticas e algumas doenças inflamatórias que atingem alguns órgãos, nomeadamente o estômago.

Apesar de puderem surgir em qualquer parte do corpo, são mais frequentes no estômago, intestino, pulmão e pâncreas.

Dada a sua complexidade, os sintomas podem ser inespecíficos ou surgirem já em fases avançadas da doença. Dor, cansaço ou perda de peso podem ser sinais de alerta. Segundo a endocrinologista, muitos destes tumores “crescem de forma indolente, sem se associarem a sintomas durante muito tempo, até anos, pelo que podem ser diagnosticados apenas numa fase avançada, em que além do tumor inicial já existem múltiplas metástases, impedindo, frequentemente, o tratamento curativo (embora permaneçam disponíveis vários tratamentos para controlar a doença) ”.

Outros produzem hormonas que dão origem a sintomas, que se tornam mais intensos à medida que o tumor ou as suas metástases crescem, como a diarreia, azia ou rubor facial.

Poucos são aqueles que se comportam de forma mais agressiva e “mais semelhante aos cancros mais comuns” e que apresentam como sintomas o emagrecimento súbito e inexplicado. “Contudo, como crescem de forma muito rápida, os doentes comummente já apresentam doença extensa quando são diagnosticados”, explica a especialista.

Para além da dor, as principais complicações estão associadas à produção desregulada de hormonas e dependem do órgão onde o tumor ou tumores, designados de funcionantes, se encontram localizados.

Terapêutica farmacológica utilizada para controlar produção de hormonas

O tratamento dos tumores neuroendócrinos depende de múltiplos fatores como as suas características - o tipo de tumor, se produz ou não hormonas - a localização e presença de metástases. “Sendo (estes) heterogéneos e relativamente raros, o seu tratamento deverá ser decidido, idealmente, em reuniões que estejam presentes as várias especialidades médicas envolvidas na sua orientação, em centros com experiência”, começa por dizer a especialista do IPO de Coimbra.

Entre as várias opções terapêuticas disponíveis estão a cirurgia, a terapêutica farmacológica, os tratamentos de medicina nuclear, as técnicas ablativas por radiologia de intervenção ou a radioterapia.

“A terapêutica farmacológica é utilizada para controlo do crescimento tumoral nas situações em que os tumores são irressecáveis – isto é, quando não é possível remover toda a doença através da cirurgia”, esclarece Raquel Martins. Esta é também a opção utilizada “para controlar a produção de hormonas pelo tumor (e deste modo, melhorar os sintomas do doente) nas situações de neoplasias funcionantes.

“Os análogos da somatostatina são fármacos que imitam a somatostatina, uma das hormonas do nosso organismo que tem como função controlar a libertação de outras hormonas”, explica adiantando que estes além de diminuírem a secreção de hormonas nos tumores funcionantes, permitem controlar o crescimento dos tumores. “Como são muito bem tolerados, são habitualmente a primeira opção terapêutica a considerar nos tumores neuroendócrinos bem diferenciados irressecáveis”, refere.

Segundo a especialista os tipos de análogos de somatostatina mais utilizados são a lanreotida e o octreoctido, “habitualmente administrados de 28 em 28 dias, através de uma injeção subcutânea ou intramuscular, respetivamente”, em regime hospitalar. A novidade é que a lanreotida é agora administrada através de uma nova seringa pré-carregada, “mais ergonómica, que torna mais simples o manuseamento e mais cómoda a aplicação do fármaco, garantindo maior eficiência na sua utilização”.

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IOLzero disponível em versão experimental
Miguel Raimundo, especialista do corpo clínico da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra, é o criador de uma plataforma...

A ideia de construção do IOLzero colocou-se a Miguel Raimundo em consequência das suas próprias necessidades enquanto cirurgião oftalmologista. O software encontra-se nesta altura na fase final de desenvolvimento, estando já disponível para os oftalmologistas uma versão experimental, em https://iolzero.com, com praticamente todas as funcionalidades operacionais.

A primeira versão foi disponibilizada em maio deste ano, tendo o grosso do desenvolvimento sido feito durante o período de confinamento. O criador está convicto de que a plataforma estará madura o suficiente para se considerar estável em janeiro próximo.

IOLzero otimiza resultados em cirurgia de catarata

O IOLzero é uma plataforma online pensada para oftalmologistas, que permite a monitorização e otimização de resultados refrativos na cirurgia da catarata, com recurso a técnicas de data science e algoritmos de otimização próprios. Trata-se de um processo de melhoria contínuo, que incorpora permanentemente o feedback e correções dos cirurgiões.

A catarata corresponde à opacificação gradual da lente natural do olho, o cristalino. Surge na maioria dos casos com o envelhecimento, embora outros fatores possam contribuir para o seu aparecimento, nomeadamente traumatismos, fármacos e doenças oculares ou sistémicas.

A cirurgia da catarata é um procedimento relativamente comum, rápido e indolor em que a catarata (cristalino opacificado) é substituída por uma lente intraocular que restaura a transparência dos meios oculares. Ao mesmo tempo permite corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia) através da personalização da lente intraocular consoante as necessidades de cada pessoa.

A seleção da lente intraocular a implantar requer um estudo pré-operatório cuidadoso, auxiliado pela mais recente tecnologia, bem como uma técnica intraoperatória irrepreensível.

A excelência na cirurgia de catarata moderna resulta da combinação dos melhores cirurgiões, das melhores tecnologias e das melhores técnicas de análise e otimização de resultados. Consegue-se assim uma cirurgia verdadeiramente personalizada às necessidades visuais e refrativas de cada doente.

 

Covid-19
Nas últimas 24 horas morreram 62 pessoas devido à Covid-19. Há ainda a registar 3817 casos de infeção. O número de recuperados...

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Direção Geral da Saúde, o território português conta, hoje, com mais 62 mortos relacionados com a Covid-19 e 3.817 novos casos de infeção com o novo coronavírus.

Segundo os dados da DGS, das 62 mortes registadas desde ontem, 31 ocorreram na região Norte, 17 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 11 na região Centro, 3 no Alentejo. A região do Algarve, Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores não têm mortes a registar.

No que diz respeito ao número de novo casos, a região norte continua a ser aquela onde se regista o maior número de casos: 2.263 casos de infeção nas últimas 24 hora. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 736, a região Centro com 290, o Algarve com 57 e o Alentejo com 41. A Madeira contabiliza 9 novos casos de infeção e o arquipélago Açores viu confirmar mais 21 novos casos.

Desde segunda-feira foram internadas em enfermaria mais 91 pessoas, contando-se agora 2.742 internamentos. Há menos 9 pessoas em unidades de cuidados intensivos, onde estão 382 pessoas.

O documento divulgado pela refere ainda que as autoridades de saúde têm em vigilância 90.063 contactos, menos 25 em relação a segunda-feira, e que foram dados como recuperados nas últimas 24 horas mais 4.795 doentes, num total de 106.878 desde o início da pandemia.

 

Assistência às equipas nos hospitais
Para dar resposta à segunda vaga de pandemia da COVID-19, a Linde Saúde reforça a Linha de Apoio Ventilação e Terapia de Alto...

Sendo o conhecimento dos médicos e profissionais de saúde crucial, a linha de apoio está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana para ajudar no combate a esta crise de saúde pública e garantir uma resposta rápida e eficaz para todos os doentes. A Terapia de Alto-Fluxo, quando indicada, pode evitar a entubação traqueal, bem como as principais complicações que dela advêm.

“Com a segunda vaga de pandemia da COVID-19 estamos perante novas exigências, mas com mais conhecimento sobre as várias técnicas que podem ser aplicadas, contudo há que garantir que todos os profissionais estão preparados. Nos primeiros meses de pandemia, os hospitais equiparam-se com tecnologia para dar resposta a todos os doentes, sobretudo com ventiladores e equipamento para Terapia de Alto-Fluxo. A experiência dos últimos meses mostrou que a Terapia de Alto-Fluxo pode ser indicada para muitos doentes com insuficiência respiratória, sendo mais uma opção que se junta à ventilação. Assim sendo, mais uma vez, a equipa Linde Saúde está pronta para responder às principais dúvidas que possam surgir relativamente à utilização deste tipo de dispositivos médicos, uma área na qual temos grande experiência”, destaca Maria João Vitorino, Diretora da Linde Saúde. 

Maria João Vitorino refere ainda que “estamos conscientes do nosso papel no cenário atual e do contributo que podemos dar, antecipando soluções tecnológicas e apoiando a sua utilização pelos profissionais que estão na linha da frente da pandemia, para que consigam trabalhar com segurança conseguindo a máxima eficácia.”

A Linha de Apoio da Linde Saúde conta com uma equipa altamente qualificada na Ventilação e na Terapia de Alto Fluxo e, através do número de apoio (91 200 45 46), estão prontos para dar suporte e esclarecer todos os profissionais de saúde que o necessitem.

 

APDP
Centenas de habitantes da cidade de Lisboa em situação socialmente vulnerável vão integrar nas próximas semanas um rastreio de...

Estes rastreios decorrem até ao final de dezembro de 2020, nos polos de distribuição alimentar a famílias identificadas pelas juntas de freguesia e das entidades parceiras do Programa de Apoio Alimentar da CML. O rastreio consiste numa avaliação de risco de diabetes tipo 2, feita por profissionais de saúde. Em caso de resultado de elevado risco, é feito um teste de diagnóstico de diabetes, através da recolha de uma pequena amostra de sangue por picada no dedo, no local, com resultado em minutos. Consoante os resultados obtidos, a pessoa pode ser referenciada para consulta e seguimento no Centro de Saúde da sua área ou, se necessário, encaminhada para uma primeira consulta de urgência na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

O projeto “Lisboa a mudar a Diabetes” decorre no âmbito do programa “Cities Changing Diabetes Lisboa” que tem como parceiros a Câmara Municipal de Lisboa, a APDP, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Nova Medical School, a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e a Novo Nordisk Portugal (https://www.citieschangingdiabetes.com/cities/lisbon.html)

Esta iniciativa terá também uma componente de sensibilização e literacia em saúde e um questionário sociodemográfico e de avaliação da vulnerabilidade, o que somado ao apoio alimentar, permitirá um maior acompanhamento social e de saúde desta população de Lisboa.

Considerando que as pessoas com diabetes correm maior risco de sofrer complicações e ficar gravemente doentes em caso de infeção por Covid-19, torna-se crucial apoiar as populações que se encontram mais vulneráveis.  Com esta iniciativa, a cidade de Lisboa, para além de intervir diretamente em casos e pessoas concretas, ficará com um conhecimento mais aprofundado sobre a vulnerabilidade desta população, , tanto na componente social como na componente  saúde. Para o município, o projeto representa uma oportunidade para alcançar o seu objetivo de melhorar a vida das pessoas com diabetes e de quem está em risco de desenvolver esta doença, que se estima que atinja mais de 10,5% da população da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Com esta iniciativa, a cidade de Lisboa dá também cumprimento a um dos desígnios da OMS: “Não deixar ninguém para trás”.

 

Equipa multidisciplinar dá resposta personalizada e atualizada a pessoas com doença endócrina
O Hospital Lusíadas Lisboa abriu recentemente um novo Centro Multidisciplinar dedicado à Cirurgia Endócrina. A Unidade contará...

“A missão desta unidade cirúrgica é conseguir responder, de forma personalizada e atualizada, às pessoas com doença endócrina cujo tratamento possa vir a ser cirúrgico. A multidisciplinaridade é a pedra basilar deste grupo. Nesta área, raramente tratamos apenas um órgão, atuamos sim num sistema, tendo em conta a influência das hormonas na funcionalidade global do organismo”, esclarece Rita Roque, coordenadora Centro Multidisciplinar em Cirurgia Endócrina.

O principal objetivo da criação desta Unidade foi construir um centro multidisciplinar aberto e dinâmico, em que qualquer médico/cirurgião tem hipótese de referenciar, consultar ou solicitar o apoio do Centro Multidisciplinar de Cirurgia Endócrina para doentes ao seu cuidado com patologia benigna ou maligna de glândulas endócrinas, garantindo assim um maior alcance a outros doentes e contribuindo para uma maior colaboração entre especialidades.

“As particularidades da patologia endócrina cirúrgica, a raridade de algumas entidades e a especificidade do controlo hormonal pré e pós-operatório constituem desafios exigentes de diagnóstico e tratamento, só ultrapassados pela experiência da prática clínica, pela contínua atualização científica e técnica e pela multidisciplinaridade. Agora, é possível encontrarmos todos estes elementos reunidos nesta nova Unidade”, finaliza Rita Roque.

A cirurgia endócrina é uma área de especialização da cirurgia geral dedicada ao tratamento cirúrgico de doenças da tiroide, da paratiroide, da glândula suprarrenal e dos tumores neuroendócrinos (que podem existir em qualquer órgão). As doenças da tiroide são as mais conhecidas e as mais frequentes, mas as decisões que se tomam, especialmente em doenças malignas envolvem pormenores que exigem experiência específica e constante atualização. As particularidades das doenças da paratiroide e da suprarrenal, e dos tumores neuroendócrinos, por serem menos frequentes, e até raros, requerem uma dedicação e aprofundamento específicos.

 

Semana da Investigação
No âmbito da Iª Semana da Investigação do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, que decorreu entre 2 e 6 de novembro...

Assim, para além da exposição virtual de comunicações científicas, patente ao público no sítio web do CHUCB, ao longo de toda a semana, teve ainda lugar no dia 6 de novembro o webinar “CHUCB: incubadora de ideias”, através do qual os autores dos trabalhos tiveram a oportunidade de os apresentar publicamente e responder a questões colocadas pelos participantes que os assistiram on-line.

Este webinar, que no momento de abertura foi presidido pelo Dr. João Casteleiro, Presidente do Conselho de Administração do CHUCB, o qual parabenizou a organização do evento e saudou todos os investigadores, reconhecendo “o elevado nível e rigor científico dos seus trabalhos” foi integralmente conduzido e moderado pelo Prof. Doutor Miguel Castelo-Branco, Diretor do Centro de Investigação Clínica do CHUCB e Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, que reiteradamente destacou, “a capacidade de investigação dos profissionais de saúde, para além do seu empenho diário na atividade assistencial” e ainda referenciou “a aposta desenvolvida e sustentada pelo CHUCB, na área da investigação”.

A iniciativa culminou com a apresentação pública da Revista Científica do CHUCB, cujo lançamento está marcado para 2021. 

 

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