Consciencializar para doença rara
O objetivo desta campanha é sensibilizar os doentes, familiares, profissionais de saúde e comunidade em geral sobre a PKU - uma...

A Associação Portuguesa de Fenilcetonúria e Outras Doenças Metabólicas (APOFEN) lança a campanha “Live Unlimited PKU” em Portugal com o objetivo de sensibilizar os doentes, familiares, profissionais de saúde e comunidade em geral para o estigma associado a viver com Fenilcetonúria (ou PKU), doença hereditária rara do metabolismo das proteínas. A consciencialização desta patologia rara por parte do doente é meio caminho andado para conseguir gerir a doença e levar uma vida o mais normal possível.

 Esta campanha de sensibilização está disponível em cinco países: Itália, França, Suécia, Turquia, Espanha e agora em Portugal, em colaboração com a APOFEN -  https://liveunlimitedpku.com/pt-pt/. Para além de disponibilizar informação sobre o que é a PKU, sobre os cuidados a ter e a gestão necessária ao longo de toda a vida, este website também tem informação sobre as seis associações envolvidas, que estão disponíveis para prestar todo o apoio aos doentes de PKU. Para além disso, também estão disponíveis testemunhos de doentes dos diferentes países, inclusive um português, onde cada um deles partilha a sua experiência de vida e contam como é viver com PKU. Com o objetivo de tornar esta campanha mais dinâmica, serão adicionados regularmente novos conteúdos, na forma de pequenos vídeos informativos, que vão falando desta doença rara, desde o nascimento até à idade adulta.

Ivan Correia, doente português com PKU, tornou-se um desportista de alta competição e é um exemplo de superação da doença. “O desporto sempre foi uma das minhas grandes paixões, desde o futebol, trail, atletismo e agora o triatlo, um desporto que me coloca à prova, física e psicologicamente. Ser desportista requer um cuidado redobrado ao nível da alimentação, mas o facto de ter PKU não me impede de viver sem limites”, afirma.

Em Portugal existe um modelo de referenciação exemplar onde, após o diagnóstico, o processo é encaminhado de imediato para os centros de referência de modo a garantir o melhor acompanhamento do recém-nascido. Estes centros de referência são reconhecidos a nível nacional pelas suas equipas multidisciplinares que acompanham o doente ao longo da vida. Em Portugal, estima-se que a incidência seja de cerca de 1/10.000 recém-nascidos.

A Fenilcetonúria, ou PKU, é uma doença hereditária rara do metabolismo das proteínas, que pode ser diagnosticada após o nascimento através do Teste do Pezinho. Esta doença caracteriza-se pela acumulação de fenilalanina no sangue, devido ao défice da enzima (fenilalanina hidroxilase (PAH)) que a metaboliza. A PKU é uma doença que, se não for tratada, pode ter graves consequências a nível cerebral como atraso de desenvolvimento psicomotor, défice intelectual de grau variável e outras manifestações neurológicas como problemas motores, epilepsia e perturbações do comportamento. A dieta é extremamente restrita, evitando carne, peixe, ovos, leite, laticínios e outros derivados eé importante o rastreio das várias deficiências que podem surgir, como de oligoelementos e vitaminas inerentes a esta restrição. Além dos cuidados especiais necessários na infância e adolescência, é uma condição a gerir ao longo de toda a vida.

A presidente da APOFEN, Elisabete Almeida, refere que “aceitámos lançar a campanha “Live Unlimited PKU” em conjunto com outras seis associações  e em colaboração com a BioMarin, com o objetivo de termos mais uma ferramenta disponível como fonte de informação sobre esta doença e também para sensibilizar as entidades competentes para a importância de proporcionar uma melhor qualidade de vida.” Elisabete Almeida acrescenta ainda que “o mote desta campanha, “Live Unlimited PKU”, ou seja, viver sem limites com PKU, pretende chamar a atenção para a importância dos cuidados a ter com a alimentação e o acesso regular a equipas multidisciplinares, de forma a aumentar a consciencialização sobre a doença como uma condição a gerir ao longo da vida”.

 

Peritos na área da saúde sugerem novas políticas de saúde pública
A criação de um Registo Nacional de Esclerose Múltipla, a constituição de Centros de Referência em Esclerose Múltipla, o uso de...

A Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa acaba de divulgar as principais conclusões do Think Tank ‘Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla’, um estudo desenvolvido com o apoio da Biogen, empresa de biotecnologia pioneira nas Neurociências, e que tem como propósito identificar novas políticas de saúde pública a implementar na área da Esclerose Múltipla em Portugal.

De acordo com o documento, a principal conclusão apontada por peritos e entidades da área da Esclerose Múltipla está na necessidade de se fazer mais com os mesmos ou pouco mais recursos, nomeadamente ao nível da prestação de cuidados de saúde e sociais a doentes, cuidadores e familiares de Esclerose Múltipla.

“O trabalho de investigação desenvolvido no âmbito do Consenso agora apresentado, veio comprovar que a Esclerose Múltipla, por ser uma doença degenerativa com forte impacto em todas as esferas da saúde e vida do doente, representa uma realidade com elevados custos monetários e não-monetários”, afirma Henrique Lopes, coordenador do Think Tank e Professor da Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa

Para responder a este cenário, uma das soluções indicadas no Consenso prende-se com a criação de um Registo Nacional de Esclerose Múltipla, uma ferramenta, segundo os especialistas, capaz de garantir o uso eficiente dos recursos, ao mesmo tempo que permite avaliar com maior precisão os custos associados à gestão da doença e contribui para a melhoria da segurança dos doentes em todo o território nacional.

“Estamos a falar de um sistema agregador de informação-chave dos pacientes que poderá facilitar, de forma significativa, o trabalho dos profissionais de saúde ao nível do acompanhamento e tratamento da doença, mas também no que à gestão do sistema de saúde e investigação científica diz respeito. A implementação deste Registo traria um imperativo contributo para a resposta aos atuais atrasos no diagnóstico e acesso demorado à terapêutica, dois fatores causadores de maiores custos quer para a qualidade de vida do doente, quer para o próprio sistema de saúde e sociedade em geral”, explica o especialista

Este Consenso sugere também a criação de Centros de Referência em Esclerose Múltipla, com o objetivo de alargar a rede nacional de prestação de cuidados de saúde na Esclerose Múltipla, de forma a que se possa cobrir todo o território nacional, garantindo a equidade de assistência.

“Dada a complexidade da doença e experiência internacional, é imprescindível a existência de locais capacitados para a gestão do conhecimento, para lidar com todos os recursos tecnológicos integrantes dos protocolos clínicos, bem como para mitigar o risco inerente ao uso de novas tecnologias empregues no tratamento da doença”, acrescenta Henrique Lopes.

Para além destes, o documento destaca ainda a possibilidade do uso de linhas terapêuticas mais eficazes na fase inicial da doença de acordo com a recomendação clínica – garantindo a contenção da progressão da doença – assim como o reforço do apoio social aos doentes e respetivos cuidadores, área na qual, de acordo com os peritos, as associações de doentes têm um papel crucial, uma vez que acumulam uma maior experiência neste campo.

Sobre o Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla:

Resulta de um Think Tank que reuniu mais de duas dezenas de peritos e entidades relevantes na gestão da Esclerose Múltipla, tais como especialistas clínicos, sociedades científicas, ordens profissionais, associações de doentes, e representantes das autoridades reguladoras (INFARMED), da Apifarma e de partidos políticos. A criação deste grupo de trabalho teve como missão promover a reflexão do estado da gestão da Esclerose Múltipla no país, com base nos mais recentes desenvolvimentos científicos e tecnológicos nesta área, permitindo identificar um conjunto de respostas direcionadas para a melhoria de eficiência e eficácia do sistema de assistência clínica e social a doentes e cuidadores desta patologia.

Incontinência urinária, dor crónica e espasticidade tema de webinar
Incontinência urinária, dor crónica e espasticidade são os temas que vão ser promovidos e abertos a discussão no webinar...

“A EM é uma doença neurológica crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa que afeta cerca de oito mil portugueses. Ao falarmos desta patologia sabemos que não há um padrão de sintomas definidos, mas contamos com fadiga, fraqueza, problemas de visão, espasmos, dor, alterações na marcha, incontinência urinária e dormência. É assim fundamental termos uma sessão que explore a fundo algumas das consequências desta doença. Afinal, este é mais um passo para contribuirmos para um diagnóstico precoce e apoio a todas as pessoas que sofrem com EM, particularmente no período de pandemia que vivemos com a COVID-19” afirma Lurdes Silva, Coordenadora da ANEM.

Esta sessão conta com a moderação de Maria Edite Rio, especialista de neurologia no Hospital de Santa Maria, com a participação de Ricardo Pereira e Silva, urologista no Hospital de Santa Maria, para alertar para o impacto da incontinência urinária e explicar que esta condição não pode ser associada a uma falsa sensação de normalidade e negligenciada para segundo plano. Com a sessão sobre dor crónica e espasticidade, contamos ainda José Grilo Gonçalves, diretor do serviço de neurologia no Centro Hospitalar de Coimbra, para dar a conhecer o impacto desta consequência no dia-a-dia de uma pessoa com EM.

“As pessoas com EM devem ter acesso ao máximo de informação possível, é um direito que não lhes pode ser negado se queremos que tenham o tratamento mais eficaz. O objetivo final deverá ser conseguir criar uma boa qualidade de vida para cada doente. E, estarmos atentos aos sinais e sintomas da EM, significa que temos de os compreender e perceber que a doença pode manifestar-se de formas muito diferentes” reforça ainda Maria Edite Rio.

A ANEM tem apostado na partilha de informação clara para prestar apoio a todos os doentes com EM. Esta é mais uma iniciativa da associação para fomentar o conhecimento sobre a patologia e a sua gestão, de inscrição gratuita e com uma sessão para esclarecimento de dúvidas.

 

Webinar Alô, Alô, Sr. Doutor
No dia 3 de dezembro, às 18h, várias associações de doentes vão juntar-se no webinar “Alô, alô, Sr. Doutor” para debater as...

Carlos Sottomayor, membro da direção da Europacolon Portugal, Ana Sampaio, presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, Elsa Frazão Mateus, presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, e Carlos Horta e Costa, vice-presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia, com a moderação da jornalista Marina Caldas, vão partilhar as principais dificuldades e oportunidades identificadas pelos doentes no que concerne ao uso das tecnologias nas consultas à distância, partilhar de que forma as associações podem ajudar a facilitar a adaptação a esta nova realidade, especialmente nos doentes crónicos mais idosos e com baixa literacia em tecnologia.

Este webinar servirá também para promover a partilha de boas práticas no que toca ao uso da telessaúde, conselhos para que os doentes consigam exprimir melhor o que estão a sentir e porque é que esta nova realidade pode ser vista como uma oportunidade para o fortalecimento da relação médico-doente.

O webinar aberto ao público vai ser realizado na plataforma digital Virtual Healthcare, projeto de partilha de informação dedicado à telessaúde e que conta com a parceria de várias sociedades médicas e o patrocínio da Amgen, e pode ser consultado aqui. Os participantes podem participar através da partilha de perguntas por chat ou por vídeo.

HIV/Sida
O Hospital de Braga manteve “na íntegra” o atendimento prioritário a doentes HIV/Sida, apesar da pandemia de covid-19, tendo...

O Hospital de Braga específica que, daquele total, 54 foram primeiras consultas e as restantes 1.694 consultas subsequentes.

“Nesta altura de pandemia pelo vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, o Hospital de Braga manteve na íntegra o atendimento prioritário a estes doentes, sendo que a tipologia da consulta teve de ser adaptada às restrições da pandemia”, sublinha a instituição em comunicado.

Segundo a Unidade Hospitalar, citada pela página do Serviço Nacional de Sáude, este ano, o hospital já acompanhou 788 doentes em tratamento de HIV.

No âmbito do Dia Mundial da Luta contra a Sida, que se assinala todos os anos a 1 de dezembro, a equipa médica da consulta de Doenças Infeciosas do Hospital de Braga alerta que é “fundamental continuar a chamar a atenção para esta data, com o objetivo de sensibilizar, informar e diminuir o estigma e discriminação relativamente aos doentes que vivem com HIV e Sida”.

Por outro lado, reforça ainda “a importância de comportamentos sexuais seguros”, assinalando a existência do programa de troca de seringas e a profilaxia pré e pós exposição. Citada no comunicado, Joana Alves, infeciologista do Hospital de Braga, lembra que o rastreio da infeção está indicado a todos.

“Um diagnóstico atempado garante o tratamento adequado, fundamental para uma melhor qualidade de vida e diminuição da transmissão a terceiros”, afirma.

 

 

Para doentes com insuficiência cardíaca
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) encerra o ciclo de sessões de esclarecimento online, deste...

“Devido às circunstâncias inerentes à pandemia pelo SARS-CoV-2 a Associação AADIC, desde março, tem promovido várias sessões de esclarecimento.

O último webinar deste ano será transmitido no dia 9 de dezembro e tem como objetivo promover uma reflexão médico/paciente sobre a telesaúde no acompanhamento da evolução da doença crónica, na gestão das boas práticas, no diagnóstico precoce e no controlo da eficácia das terapêuticas” explica Maria José Rebocho, membro do conselho técnico-científico da AADIC.

Em simultâneo será divulgado, no site e por e-mail aos associados, um folheto sobre “Como selecionar, usar e lavar a máscara facial” e ainda com respostas às perguntas mais frequentes dos doentes com insuficiência cardíaca em contexto de pandemia, redigidas pelo conselho técnico-científico da AADIC.

O webinar “Telesaúde: Importância na vida dos doentes com insuficiência cardíaca”, será transmitido no dia 9 de dezembro, pelas 21h00, na página de Facebook e site da AADIC, com participação gratuita. Aurora Andrade, Cardiologista / Clínica de Insuficiência Cardíaca - CHTS; Dulce Brito, Cardiologista e Coordenadora do Programa de I.C. e Telemonitorização do CHULN e Maria João Lupi, Administradora Hospitalar do 1° Grau e Encarregada da Proteção de Dados do CHLO, vão ser moderadas por Maria José Rebocho. A sessão contará ainda com a participação de dois doentes com insuficiência cardíaca, que atualmente são acompanhados por um programa de telemonitorização.

“Durante a pandemia os doentes crónicos, nomeadamente com insuficiência cardíaca, foram confrontados com novas terminologias como “telemedicina”, “teleconsulta”, “e-saúde”, por isso parece-nos essencial e urgente promover o esclarecimento destes serviços e evidenciar os benefícios para a saúde pública”, conclui Maria José Rebocho.

 

Concurso
A empresa de medicina de precisão para o tratamento do cancro obtém esse reconhecimento pela terceira vez na sua história, com...

A OncoDNA, empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro com sede na Bélgica e delegações em Espanha, Portugal e América Latina, foi reconhecida pela terceira vez com o prémio Technology Fast 50 da consultora Deloitte. Prémio que a empresa já conquistou duas vezes, 2015 e 2018, nas categorias de ‘Companhia inovadora mais disruptiva’ e de ‘Empresa de Saúde, Bem Estar e Ciência’, e que este ano foi vencedora da categoria de melhor ‘Empresa Biotecnológica e Farmacêutica’.

Esses prémios são concedidos às empresas de base tecnológica com sede na Bélgica que tiveram o maior crescimento de faturação nos últimos quatro anos. “Ganhar o prémio em várias ocasiões é algo excecional, por isso estamos muito orgulhosos e gratos à Deloitte. Tem sido um desafio garantir que a nossa faturação continue a crescer gradualmente. Fast50 é um reconhecimento ao nosso esforço contínuo que motiva as nossas equipas a tornarem-se líderes mundiais em oncologia”, afirma Jean-Pol Detiffe, fundador da OncoDNA. 

O concurso Technology Fast50 tornou-se um ranking anual das 50 empresas belgas, públicas e privadas, com uma base tecnológica e inovadora que tiveram um rápido crescimento nos últimos quatro anos. Algo que a OncoDNA tem demonstrado de forma notável, com um crescimento de vendas superior a 180%.

Apesar da crise de saúde do coronavírus, este ano de 2020 abriu novas portas para a empresa se manter sustentável e em contínuo crescimento no futuro. Entre elas, a aquisição amigável da francesa IntegraGen, líder em sequenciação de ADN. O sucesso promete dobrar o tamanho da empresa e triplicar a faturação.

“Até ao momento, a OncoDNA já ajudou mais de 20 mil doentes em todo o mundo. A nossa força está na combinação das nossas soluções. Não apenas realizamos análises completas de amostras de tumor, mas também fornecemos ao oncologista um relatório detalhado para determinar o tratamento mais eficaz”, assegura o porta-voz da companhia.

 

Pandemia trouxe um agravamento da doença
Observa-se um agravamento das doenças reumáticas durante a pandemia COVID 19 devido a: confinamento

As doenças reumáticas (DRM) incluem mais de 150 doenças ou síndromes e cada vez mais portugueses são afetados por uma delas. Os custos para o Estado com doentes que sofrem de DRM ultrapassam os mil milhões de euros, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), que defende a criação de um novo programa nacional contra as doenças reumáticas da DGS para fazer face a estas doenças.

As doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (DRM) representam, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de metade da prevalência de doenças crónicas em pessoas com idade acima dos 50 anos e são a categoria mais destacada no grupo destas doenças não transmissíveis. Portugal não escapa a esta tendência já que os números associados a algumas das mais de 150 doenças ou síndromes de natureza reumática são significativos, quer ao nível do número de pessoas afetadas, quer no impacto provocado na economia da saúde pública, representando custos para o Estado acima dos mil milhões de euros.

Em Portugal, 51,8% da população não tem acesso à especialidade de reumatologia (de acordo com os dados da Rede Referenciação Hospitalar de Reumatologia relativos a 2015). Há necessidade de reforçar o número de unidades hospitalares com serviço de Reumatologia e de quadros técnicos e recursos humanos especializados. Sem esquecer a importância que atribui ao diagnóstico precoce das doenças reumáticas, como é o caso da Artrite Reumatoide cujo diagnóstico precoce pode representar uma poupança média anual por cada novo caso de, aproximadamente, 30%.

Apenas cinco hospitais no país têm o quadro completo de especialistas, nos outros há falta de especialistas e 16 hospitais não têm sequer a especialidade.

Com a pandemia COVID o problema das doenças reumáticas agudizou-se. Devido a desmarcações iniciais e ajuste do sistema, receio de os doentes frequentarem as unidades de saúde e tomarem a medicação, e mais importante, a imobilidade associada ao confinamento. Os portugueses estão muito mais sedentários e isso reflete-se no agravamento das doenças do sistema musculo esquelético.

Para além dos custos para o Estado com doentes que sofrem de DRM, os números são mais abrangentes uma vez que também envolvem, aproximadamente, 204 milhões de euros, anuais devido ao absentismo e 910 milhões de euros devido a reformas antecipadas. Estima-se que os doentes afetados com doenças reumáticas tenham uma despesa individual com a doença na ordem dos 500 euros, por oposição aos 250 euros gastos com saúde pelos indivíduos que não sofrem de doenças reumáticas

Alguns destaques sobre as DRM

  • No caso da lombalgia, uma doença referenciada em todo o mundo, pelo menos em alguma fase da vida, por 80% das pessoas (1); da osteoporose do joelho que, estima-se, afeta 40% das pessoas com idade superior a 70 anos (2); ou da artrite reumatoide que está na origem do abandono do mercado de trabalho em mais de 50% dos doentes (3).
  • No caso da Espondilite Anquilosante, por exemplo, um estudo desenvolvido pela Nova IMS e a SPR (no âmbito do projeto arEA) concluiu que o seu impacto económico total pode chegar aos 639 milhões de euros, e que esta doença em particular faz com que cada um dos doentes perca cerca de 110 dias de trabalho por ano. Ou ainda o exemplo da osteoporose que, em Portugal, é responsável, anualmente, por cerca de 950 fraturas do colo do fémur.
  • O estudo Produtividade, Empregabilidade e Saúde Social, de 2016 (4), revelou que o absentismo laboral que as DRM originam é superior a 9 horas semanais, dado que a dor, a rigidez e a dificuldade na locomoção levam a que muitos trabalhadores fiquem vários dias de baixa e, em casos limite, solicitem reforma antecipada. Aproximadamente 50% dos doentes reformados inquiridos admitiram ter sido esse o seu caso. Aliás, refira-se, que os custos indiretos anuais relacionados com as reformas antecipadas atribuídas devido a DRM anda na ordem dos 910 milhões de euros, e que 13,2% dos reformados entre os 50 e os 64 anos reportam doenças reumáticas. (5)
  • No caso português, a SPR tem vindo a alertar para o facto de 51,8% da população nacional não ter acesso à especialidade de reumatologia e para a necessidade de reforçar o número de unidades hospitalares com serviço de Reumatologia e de quadros técnicos e recursos humanos especializados. Ainda de realçar a importância do diagnóstico precoce das DRM, como no caso da Artrite Reumatoide cujo diagnóstico precoce pode representar uma poupança média anual por cada novo caso de, aproximadamente, 30%. (6)
  • No seu todo, as patologias reumáticas e músculo-esqueléticas representam um problema de âmbito mundial que requer a intervenção urgente e concertada das instituições que devem zelar pela saúde pública, numa ótica global e nacional.

Sobre a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR):

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia foi fundada em janeiro de 1972, depois de, dois anos antes, um grupo de 1085 médicos portugueses, de todo o país e de diferentes especialidades, entre os quais se incluíam todos os reumatologistas, que lideraram o

processo, ter solicitado à Ordem dos Médicos a criação da especialidade de reumatologia.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia tem contribuído, ao longo dos anos, para o desenvolvimento da reumatologia portuguesa. Entre os muitos objetivos a que se propôs estão a colaboração com os outros organismos internacionais de Luta Contra as doenças Reumáticas; promover a atualização dos conhecimentos reumatológicos; ser o centro de documentação e informação reumatológica; fomentar o ensino e a investigação em reumatologia; atribuir prémios científicos; defender o título de reumatologista, em colaboração com a Ordem dos Médicos e as Autoridades de Saúde; favorecer a criação de Centros Médicos de ensino, tratamento e investigação e profilaxia das doenças reumáticas e do Centro de Estudo e Investigação Reumatológica; Apoiar a ação da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas; e, ainda, liderar o processo de criação, desenvolvimento e acompanhamento do Plano Reumatológico Nacional.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa SPMI
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) volta a promover o Mês da Medicina Interna, em dezembro, com o objetivo de...

“A Medicina Interna é a especialidade base do Sistema Nacional de Saúde no Hospital, correspondendo a 14% do total dos especialistas hospitalares. Tem do seu lado profissionais competentes, que desenvolvem as suas funções assistenciais em áreas diversos, nunca deixando de ver o doente como um todo. É por isso que os internistas são os que melhor podem aconselhar os hábitos de vida mais saudáveis, que promovem a saúde e evitam a doença”, afirma João Araújo Correia, Presidente da SPMI.

“Neste ano de pandemia, a Medicina Interna demonstrou ser uma especialidade-chave na resposta hospitalar a doentes COVID, tendo-se evitado a rutura do Serviço Nacional de Saúde. Tentamos fazer o nosso melhor, para que o prestígio da Medicina Interna em Portugal seja cada vez maior”, acrescenta.

“É importante relembrar que foram os Internistas que trataram a maioria dos doentes COVID de grau moderado a grave, nos Serviços de Urgência, nas Enfermarias, nos Cuidados Intermédios e até nos Cuidados Intensivos, na primeira vaga, repetindo esse trabalho árduo neste segundo pico, que ainda estamos a viver. O nosso modelo de exercício da Medicina Interna, deu provas da sua valia. E, ao contrário de todas as outras especialidades, que reduziram ao mínimo a sua atividade, a Medicina Interna continuou a tratar, de forma diligente e segura, cerca de 90% dos seus doentes habituais não COVID”, conclui João Araújo Correia.

Dezembro é um dos meses de maior movimento nos hospitais, pelo aumento das doenças respiratórias de inverno. Este ano, acresce esta terrível pandemia COVID-19. No Serviço de Urgência, onde o afluxo de doentes é ainda mais notório, a população pode continuar a contar com o trabalho diligente e competente dos Internos e Especialistas de Medicina Interna.

A par de ser o Mês da Medicina Interna, o último mês do ano ficará também marcado pelo 69º aniversário da SPMI, comemorado a dia 14. Sessenta e nove anos após a sua fundação, a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna é filiada na Sociedade Internacional de Medicina Interna e membro da Federação Europeia de Medicina Interna, contando já com mais de 3.000 sócios, que lhe valeram o estatuto de maior Sociedade Científica Médica Portuguesa.

 

 

Iniciativa online aborda perspetivas futuras em Portugal
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) realizou uma conferência digital, subordinada ao tema “Canábis Medicinal no...

“Esta conferência teve como objetivos promover a discussão sobre a canábis para fins medicinais no tratamento da dor crónica, em Portugal, e partilhar o conhecimento e as boas práticas internacionais nesta área, para que os médicos possam aumentar o seu conhecimento sobre esta opção terapêutica”, explica Ana Pedro, presidente da APED e comoderadora da conferência.

Durante a sessão, o orador convidado Janosch Kratz, médico e coordenador de Investigação e Desenvolvimento na Clínica Kalapa, em Barcelona, salientou que a canábis medicinal é “mais uma opção terapêutica, com muitas vantagens no tratamento da dor crónica, que os médicos podem utilizar para melhorar a qualidade de vida dos doentes”.

“Os profissionais de saúde devem olhar para estes medicamentos da mesma forma que olham para os outros. Trata-se de uma opção terapêutica segura e, geralmente, bem tolerada pelos doentes, com efeito não só no que diz respeito à dor, mas também à melhoria da qualidade do sono; à estimulação do apetite; e à redução das náuseas e vómitos”, afirmou Janosch Kratz.

No final da sessão, as moderadoras Ana Pedro e Graça Mesquita, membros da APED, terminaram dizendo: “São esperadas novidades para o tratamento da dor, em Portugal. É importante que o Infarmed aprove mais produtos deste grupo e que sejam colocados à nossa disposição, para rapidamente entrarmos num patamar de conhecimento que nos permita utilizá-los de forma racional e correta.”

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia comunitária estão regulamentadas, em Portugal, com a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho e com o Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro.

Em Portugal, a utilização da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, entre as quais, a dor crónica. Estima-se que 36,7 por cento da população adulta portuguesa tenha dor crónica. A incapacidade associada a esta doença afeta diretamente a vida pessoal, familiar, social e profissional dos doentes. O tratamento da dor crónica requer uma abordagem biopsicossocial, onde se incluem intervenções farmacológicas e não farmacológicas, com diferentes níveis de eficácia, sendo uma mais-valia aumentar as opções terapêuticas disponíveis, por forma a melhorar a qualidade de vida dos doentes.

Revista Portuguesa de Cardiologia
Dados estatísticos disponíveis em Portugal revelam que em cerca de 20 anos (2000/2019) ocorreu um aumento de 194% de jovens do...

No que diz respeito à investigação científica, de acordo com o estudo, as diferenças de género são menos significativas em Portugal comparativamente com dados Europeus, com cerca de 50% das primeiras autorias dos artigos originais publicados na Revista Portuguesa de Cardiologia por mulheres. Contudo, relativamente à posição sénior das autorias, os dados são muito mais desfavoráveis comparativamente com as outras revistas, traduzindo o conhecido efeito de Glass Ceiling, com números reduzidos de mulheres em cargos de topo na medicina cardiovascular em Portugal.

Para Ana Teresa Timóteo, também Secretária-Geral da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a solução passará por uma mudança de política organizacional, mas também de uma modificação da perceção do papel da mulher na área da medicina.

Este fenómeno é suportado por estereótipos conscientes ou inconscientes de incompatibilidade entre vida pessoal/familiar e profissional, falta de políticas organizacionais de apoio ao balanço entre o esforço profissional e pessoal, falta de mentores ou role models para as mulheres com interesse em progressão na carreira e uma escassez de conexões que facilitem esse acesso a mulheres. Com efeito, podem-se apontar fatores socioeconómicos, culturais, religiosos, ambientais, entre outros, que condicionaram durante décadas, o acesso das mulheres a muitas áreas profissionais e a cargos de responsabilidade, mas esta situação tem sido progressivamente alterada nos últimos anos, nos países desenvolvidos.

Uma análise prévia internacional de dados dos últimos 20 anos encontrou apenas 16,5% e 9,1% de mulheres como primeira autora e autora sénior, respetivamente. Em 2016, último ano analisado, encontraram 21% como primeiras autoras e 12% como sénior, valores estes substancialmente inferiores quando comparados com jornais de elevado fator de impacto em outras áreas da medicina. Durante o período de análise, confirmou-se a tendência crescente nas autorias femininas, com incremento de 9,5% e 6,6%.

Quando comparado com o global das revistas internacionais, temos valores muito mais expressivos na Revista Portuguesa de Cardiologia de mulheres em artigos originais e de revisão, sobretudo no respeitante à primeira autoria. Estes resultados mostram claramente uma maior representatividade feminina na cardiologia portuguesa. Mesmo comparativamente com as revistas com base europeia, a melhor representatividade em Portugal é notória.

Gravidez e infeção por VIH
Em Portugal são diagnosticados cerca de três novos casos de VIH por dia.

Dados oficiais revelam que, em Portugal, existem mais de 50 mil portadores de VIH. Um número que coloca o país quase no topo dos estados membros europeus com mais casos registados, e onde predomina a transmissão por via heterossexual.

O recurso à terapia antirretroviral veio permitir não só o aumento da esperança média de vida, como a possibilidade do doente ter uma vida dita normal.

No que diz respeito à saúde reprodutiva, e mais concretamente ao planeamento de uma gravidez, a evolução das técnicas de Procriação Medicamente Assistida trouxeram maior esperança aos casais em que um dos elementos é portador da doença.

De acordo, com Sofia Nunes, diretora do Laboratório de Fecundação In Vitro da Clínica IVI Lisboa, “os principais objetivos das técnicas de Procriação Medicamente Assistida quando utilizadas em casais portadores de VIH são evitar a infeção do parceiro seronegativo e do feto/recém-nascido e, em algumas situações, ultrapassar uma causa de infertilidade concreta”.

Sabe-se, aliás, que a infeção por VIH é responsável pela diminuição da fertilidade, que afeta tanto homens como mulheres.

“Os doentes infetados pelo VIH podem apresentar uma deterioração dos parâmetros de avaliação da qualidade de esperma, nomeadamente, diminuição do volume, menos concentração e mobilidade e maior proporção de anomalias morfológicas dos espermatozoides”, explica Sofia Nunes, que refere ainda que alguns dos fármacos antirretrovirais utilizados também “têm um impacto negativo na mobilidade dos espermatozóides”.

No caso de mulheres portadoras do vírus, e de acordo com a ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, Tatiana Semenova,  há vários relatos de mulheres, em estados avançados da doença, que apresentam alterações menstruais e/ou diminuição da reserva ovárica. “Nesta população também existe uma maior prevalência de outras doenças de transmissão sexual (DST) que podem originar obstrução das trompas uterinas”, acrescenta.

Ultrapassada a barreira da infertilidade, importa observar o estado de saúde do casal. Para que casais serodiscordantes – “aqueles em que um dos membros apresenta serologia positiva para esta infeção viral mas o outro não” – possam recorrer às técnicas de Procriação Medicamente Assistida é necessário que apresentem um bom estado de saúde geral.

“Nos casos em que a mulher é a portadora de infeção, o médico infeciologista deve ser consultado e deverá emitir um parecer favorável a uma futura gravidez. A doença deve estar controlada, ou seja, com contagem adequada de linfócitos CD4 e carga viral indetetável no sangue e boa adesão à terapêutica antirretroviral quando indicada”, explica Sofia Nunes.

As técnicas de PMA para casais serodiscordantes

De acordo com a diretora do laboratório de Fecundação in vitro, a técnica mais utilizada em Procriação Medicamente Assistida quando o parceiro masculino é seropositivo é a Fecundação in vitro com microinjeção de espermatozóides. “Quando o parceiro masculino é seropositivo deve-se proceder à lavagem do sémen e este processo geralmente reduz consideravelmente a concentração de espermatozóides móveis, pelo que na maioria dos casos é necessário utilizar a microinjeção”, justifica.

Tal como explica Sofia Nunes, a lavagem seminal consiste na separação do vírus presente no plasma seminal dos espermatozóides. “Tecnicamente o sémen deve passar por um meio específico com gradiente triplo de densidade e, no final, é realizado um teste de deteção do vírus do VIH por PCR (Polymerase Chain Reaction). Uma vez que a análise do PCR demora algum tempo, a amostra de sémen lavada é congelada e só poderá se utilizada se o resultado confirmar a ausência de vírus na amostra”, acrescenta.

O único risco que a lavagem de sémen apresenta é poder não existir, no final do procedimento,  material seminal suficiente para congelar e usar, posteriormente, na inseminação dos ovócitos.

“Quando é feita a lavagem de sémen, a concentração de espermatozóides móveis obtida no final é reduzida. Por esta razão, quando fazemos este tipo de procedimentos, as amostras de sémen devem preencher um mínimo de requisitos  de concentração e mobilidade seminais”, acrescenta a diretora do laboratório.

No caso de ser a mulher portadora do vírus, as técnicas de PMA a utilizar dependem da avaliação global do casal pelo especialista de reprodução humana.

“Pode ser utilizada a inseminação intra-uterina que é a técnica mais simples. Ou técnicas mais complexas”, adianta Sofia Nunes.

Estas técnicas, ditas complexas, passam pela estimulação ovárica e extração dos ovócitos para fecundação em laboratório, “seguida da monitorização do desenvolvimento dos embriões e cujo objetivo final é a transferência dos embriões (ou embrião) para a cavidade uterina da mulher”.

De acordo com a especialista, a inseminação dos ovócitos pode ser feita por fecundação in vitro convencional (FIV) ou a microinjeção intracitoplasmática de um espermatozóide (ICSI).

Enquanto que na Fecundação in vitro convencional, considerada um processo mais natural, os ovócitos são colocados num meio de cultura com vários espermatozóides, “na ICSI é o embriologista que injeta um espermatozóide para dentro de um ovócito”.

Os riscos destes procedimentos são raros, uma vez que, hoje em dia, as técnicas de Procriação Medicamente Assistida são extremamente seguras. No entanto, “pode existir hiperestimulação ovárica e riscos inerentes à intervenção para extração de ovócitos, como hemorragia ou infeção”.

Risco de transmissão vertical inferior a 2%

A maioria dos casos pediátricos de infeção por VIH resultam da transmissão do vírus durante a gestação, o parto ou pela amamentação.

No entanto, embora a transmissão vertical seja um fator determinante na evolução dos casos de VIH em idade pediátrica, as mães infetadas não transmitem invariavelmente o VIH aos filhos.

Há, aliás, inúmeros estudos que apoiam a perceção de que o tratamento antirretrovírico, de alta eficácia na redução da carga vírica durante a gestação, está associado a taxas muito baixas de transmissão vertical do vírus.

“Na gravidez espontânea a principal via de transmissão do VIH de mãe para o filho é vertical”, afirma Tatiana Semenova, especialista em Medicina Reprodutiva.

“Atualmente, o risco é inferior a dois por cento, se a mulher tem a doença estabilizada e boa adesão ao tratamento antirretroviral”, garante, adiantando que  “no caso dos tratamentos de PMA com esperma lavado, a probabilidade de contágio é quase nula e, até há data, não há casos descritos”, acrescenta.

Deste modo, reafirma a importância de uma gravidez planeada e acompanhada até ao seu término.

“É fundamental a avaliação pré-concepcional de ambos os elementos do casal para estabelecer as condições ótimas antes de eventual gravidez, nomeadamente, a doença estabilizada com cargas virais indetetáveis”, explica a ginecologista, recomendando “um controlo estrito da infeção antes de planear uma gravidez”.

“Numa mulher com infeção por VIH a gravidez considera-se de alto risco e por isso deve ser vigiada por uma equipa multidisciplinar em centro especializado”, justifica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Médicos
Com um valor até 25 mil euros, o Prémio Maria de Sousa destina-se a galardoar jovens investigadores científicos portugueses,...

A terminar o mês em que se assinala o Dia Nacional da Cultura Científica, a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL anunciam o Prémio Maria de Sousa, uma homenagem à médica e grande imunologista, que morreu vítima de Covid-19 em abril passado.  

Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, destaca que “este prémio é para nós o melhor caminho para homenagear a forma como Maria de Sousa dedicou a sua vida à ciência e ao conhecimento pois reúne e enaltece as várias dimensões da médica e investigadora. Maria de Sousa desbravou caminho e demonstrou a importância da associação da clínica à investigação, sem nunca perder a capacidade de envolver os mais jovens e sem esquecer a importância da ética e do humanismo”. 

Para Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, “este Prémio é uma homenagem a uma personalidade ímpar da ciência a nível mundial, que marcou de forma incontornável o desenvolvimento científico e académico em Portugal. Ao premiar jovens investigadores estamos a perpetuar o trabalho único de Maria de Sousa, que sempre procurou criar condições para que os jovens cientistas pudessem concretizar os seus sonhos e os seus percursos científicos”. 

O júri desta primeira edição é constituído por cinco personalidades muito próximas de Maria de Sousa. O presidente é o neurocientista Rui Costa, professor de Neurociência e Neurologia na Columbia University nos EUA, e os restantes membros são Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular, Graça Porto, professora catedrática do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Miguel Castelo-Branco, diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional da Universidade de Coimbra, e Joana Palha, vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho. 

As candidaturas, abertas a cidadãos portugueses que sejam investigadores científicos, residentes em Portugal ou no estrangeiro, decorrem até 31 de maio de 2021.  

 

Comportamento
O Coaching Infantil é uma modalidade de coaching totalmente formatada e adaptada à singularidade do

Através da utilização de técnicas e ferramentas lúdicas e assertivas, permite mudanças benéficas no comportamento da criança. O Coaching Infantil foca-se na definição de objetivos concretos, levando a criança e seus pais a assumirem responsabilidade pelas suas ações, a fim de atingirem os resultados desejados. A principal finalidade do Coaching Infantil é dotar as crianças de estratégias que lhes permitam ser mais autónomas, mais conhecedoras das suas emoções e de como lidar com elas, mais capazes de fazerem escolhas vantajosas, mais conscientes das suas limitações e com maior capacidade para fazer frente às adversidades e desafios da sua rotina. Apesar do foco da intervenção ser a criança, os pais assumem um papel primordial. Se os filhos são o espelho dos pais, qualquer mudança que se queira ver na criança, começa também pela mudança nos pais. Através de um processo de Coaching Infantil, os pais são também incentivados a utilizar uma “postura coaching” em casa e na rotina familiar. Desta forma, todos saem beneficiados.

Em que situações o Coaching Infantil pode ajudar?

  • Bullying (criança vítima e criança agressora)
  • Alterações na rotina: morte de alguém, divórcio dos pais, mudança de escola, mudança de casa
  • Problemas de relacionamento com irmãos, colegas, familiares, professores
  • Comportamentos indesejados: birras, mentira, egoísmo, vitimização, arrogância, falta de empatia, tédio, inquietação, etc.
  • Não cumprimento das rotinas
  • Ausência de amigos / Distanciamento social
  • Medos e inseguranças
  • Incapacidade para dormir sozinho

Quais os benefícios para a criança?

  • Ampliação da sua autoestima, autoconfiança e motivação
  • Melhor entendimento das suas dificuldades e dos seus valores
  • Rompimento de crenças limitantes
  • Melhor entendimento das suas emoções, sentimentos e pensamentos
  • Compromisso com a sua rotina
  • Autorresponsabilidade sobre as suas escolhas e decisões
  • Senso de conquista e resolução de problemas
  • Construção de uma atitude crítica
  • Melhor relacionamento com pais, irmãos e amigos
  • Maior aceitação, tolerância e empatia no convívio com outros
  • Desenvolvimento de uma atitude positiva e otimista
  • Sentido de pertença

Um processo de Coaching Infantil, apesar de bastante terapêutico, não é uma terapia. Isto é, não trabalha com disfuncionalidades psíquicas, não faz diagnósticos nem trata distúrbios, sendo necessário para esses casos, a intervenção de um profissional da especialidade (um psicólogo, psicoterapeuta, terapeuta da fala ou outro). O Coach Infantil é um profissional habilitado que intervém como facilitador e incentivador à mudança de comportamentos (mas não trata nem cura problemas do foro psicológico ou de saúde mental). Pode sim, trabalhar em parceria com outras áreas de intervenção, mas nunca as substituindo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
“Todos pelo IPO” é uma iniciativa da ERP Portugal, entidade gestora de resíduos elétricos e eletrónicos e pilhas usadas, que se...

Fazer parte desta iniciativa é simples. Basta entregar pilhas usadas, até dia 31 de dezembro, que já não funcionam num dos mais de 5000 pontos de recolha da ERP Portugal (lista disponível aqui), distribuídos por todo o país, incluindo também as instalações do próprio IPO Lisboa.

No conjunto de resíduos abrangidos pela ação “Todos pelo IPO” encontram-se pilhas e pequenos equipamentos como comandos, brinquedos, lanternas ou relógios e baterias de computadores portáteis, telemóveis ou comandos de consolas de jogos.

Os resíduos recolhidos até ao final do ano serão transformados em donativo a entregar ao IPO para a aquisição de equipamentos de diagnóstico e tratamento ou melhoria das condições de conforto dos doentes.

Gisela Pestana, diretora do Serviço de Gestão Hoteleira do IPO, agradece desde já “a mobilização de todos para o sucesso desta campanha que beneficia o Instituto, contribui para um ambiente melhor e reflete o reconhecimento da sociedade em relação ao trabalho do IPO e dos seus profissionais.”

Rosa Monforte, Diretora Geral da ERP Portugal, adianta que “é gratificante para a ERP Portugal poder contribuir para uma causa tão nobre e, infelizmente, tão presente nos dias de hoje. Por isso queremos deixar o apelo à participação de todos os cidadãos nesta iniciativa de recolha solidária. Gestos tão simples como a entrega de pilhas que já não funcionam para reciclagem podem mesmo fazer a diferença e ajudar aqueles que lutam diariamente contra esta doença”.

 

“Cuidar em Pandemia”
Num encontro promovido recentemente pelo Núcleo de Investigação em Enfermagem (NIE) do Centro Hospitalar e Universitário de...

Neste estudo, subordinado à temática “Cuidar em Pandemia”, que está a ser conduzido pelo NIE do CHUC, em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica do CHUC e a Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E), acolhida pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), participaram enfermeiros, médicos e assistentes operacionais do CHUC.

O trabalho resulta de entrevistas que foram realizadas entre maio e julho de 2020, a profissionais voluntários que cuidaram de pessoas infetadas ou que foram eles próprios infetados com a COVID-19. Da análise das entrevistas emergiram significados diversos, agrupados em torno de quatro temas centrais: o “Eu” (pessoa e profissional), “Os Outros” (doentes), “Os outros como Eu” (equipa de saúde) e, não menos importante, “Os meus” (família).

António Marques, Enfermeiro Gestor em funções de direção e coordenador do NIE, dá nota de que o sentimento de missão é transversal a todos os profissionais entrevistados onde “o cuidar dos outros foi encarado como um desígnio da profissão que escolheram, imbuídos de um forte espírito de equipa, que levou a que muitos se colocassem em risco para acautelar a proteção de colegas, cuja saúde era mais frágil. Amenizar a solidão dos doentes foi um dos principais focos de atenção dos profissionais.”

E continua dando nota de que foram evidentes as diferentes formas de reagir, reproduzindo algumas das “expressões mais usadas pelos profissionais alvo do estudo e que denotam bem o que foi “a experiência de cuidar num ambiente de incerteza e de mudança constante, no qual reinava, no início, o medo, pouco depois seguido por um ambiente impregnado de “um silêncio de morte”, foi gerador de intensas alterações emocionais. “Havia um certo desespero de não conseguir dar resposta”. O uso de todo o equipamento de proteção individual foi também referido como elemento bloqueador no estabelecimento de uma boa comunicação e relação empática e de ajuda. “Muitas vezes era preciso gritar para que os doentes nos ouvissem, o que nos levava ao esgotamento e a um sentimento de impotência de transmitir afeto pelas palavras.”

Outras temáticas que também foram referidas pelos profissionais foi “a pressão social e o estigma sentido por alguns profissionais, por parte dos vizinhos”, tendo muitos passado a resguardar-se mais em casa, para evitar olhares inquisidores e sentimentos incómodos”, refere.

O Coordenador do NIE, dá ainda nota de que “alguns profissionais chegaram mesmo a ser medicados para a ansiedade ou depressão, tivemos pessoas que na primeira vaga, se viram forçados a meses de isolamento em suas próprias casas, separados de todos, inclusivamente, da sua família.” E continua referindo que outra questão exposta por estes profissionais foi a “limitação inicial de recursos materiais e de equipamentos, nomeadamente de proteção, que afetou a prestação de cuidados, nomeadamente o número de interações com os doentes.”

Áurea Andrade reconhece as dificuldades vividas por todos face ao desconhecido e salienta que houve questões que foram muito valorizadas pelos profissionais “como a relacionada com a liderança e a gestão que se tornaram muito manifestas e preponderantes neste âmbito, particularmente pela proximidade dos líderes e pela forma como acompanhamos a situação no terreno. Já em sentido contrário, foi-nos relatada a dificuldade em serem testados, sobretudo no início, e a forma como foi gerida a comunicação dos resultados dos testes, a qual melhorámos muito ao longo do tempo, tendo sido muito valorizado o contacto personalizado que, entretanto, fomentámos com os profissionais infetados”.

Garante, ainda, Áurea Andrade que “a forma abnegada e articulada como todos os profissionais, dos mais variados serviços do CHUC - clínicos, serviços de apoio e logística, unidade de prevenção e controlo de infeção e gestão do risco - foram fundamentais para dar a melhor resposta aos profissionais da primeira linha. É certo que os desafios que tivemos de enfrentar foram enormes, mas, com trabalho em equipa e em articulação com o gabinete de crise fomos conseguindo dirimir as dificuldades que se nos apresentavam e antecipar os problemas.”

Este estudo salienta ainda, “a existência de um sentimento globalmente positivo e de “dever cumprido”, contrastando com uma elevada carga emocional, familiar, com mudanças de comportamento (saúde mental) dignos de registo e a merecer ainda a nossa atenção “, conclui Áurea Andrade.

 

 

14ª Mostra Nacional de Ciência Virtual
Os vencedores do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, organizada pela Fundação da Juventude em parceria com a...

Considerada uma das maiores a nível Europeu, a Mostra Nacional de Ciência revelou os projetos de 129 jovens cientistas coordenados por 40 professores participantes no Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, e que pode conhecer aqui. Depois de analisados pelo júri, presidido por Raquel Seruca, Investigadora no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, foram declarados como vencedores da 28.ª edição do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores os seguintes projetos:

1.º Prémio, no valor de 1250€

Projeto “ATMOS”, da autoria de Klára Sofia Varga, Sara Ribeiro Couto e João Carlos Pereira Carvalho. O projeto foi orientado por Rita Rocha, professora no Colégio Luso-Francês, Porto.

“ATMOS” parte da premissa de que anualmente, em Portugal, morrem prematuramente 6630 pessoas devido à poluição do ar, principalmente causada pelo tráfego automóvel, sendo o Material Particulado (PM) responsável por mais de 50% das estatísticas. Assente em três pontos focais, o projeto visa quantificar a retenção de PM por paredes verdes arbóreas; desenvolver uma nova metodologia para calcular a retenção de PM, baseada na função volúmica e avaliar o valor económico do serviço prestado ao ecossistema por esta solução baseada na natureza. Os amostradores ATMOS possuem uma capacidade de retenção de PM2.5 de 738 g, e um valor económico potencial de 1116 euros. A biomonitorização proposta revela-se uma metodologia alternativa de aquisição e análise de dados fácil e económica.

2.º Prémio, no valor de 1000€

Projeto “SandSpace”, da autoria de Nuno de Figueiredo Brito e Castro, Bruno Dylan Pinto Ferreira e Jorge Miguel Fernandes Correia, parte da constatação de que as águas do mar continuam salgadas, as águas dos rios continuam cristalinas, mas… paira a ameaça. Por isso, através de um sistema de georreferenciação – entenda-se sistema de semáforos –, que inclui 680 praias oceânicas e fluviais de Portugal, será possível identificar a situação de cada praia. As praias sem informação aparecem referenciadas com sinais verdes de menor dimensão. A informação é fornecida pelos próprios utilizadores da aplicação e refere-se às duas últimas horas. Através de um gráfico, a SANDSPACE indica também o número de pessoas que deram a informação e a hora a que o fizeram. Este projeto efetuou, entretanto, parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, que detém a aplicação Info Praia. O projeto foi orientado por Fátima Paes, professora no Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, São João da Madeira.

3.º Prémio, no valor de 750€

Projeto “Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Deteção e Alerta de Radiações Ionizantes”, da autoria de Hugo Daniel Oliveira Vieira Remelgado, Hugo Ferreira Costa e Rita Fernandes de Matos. O projeto, orientado por Júlio Bigas, professor na Escola Secundária Dona Maria II, Braga, tem como objetivo controlar a exposição de grupo profissional às radiações ionizantes, pelo que apresenta um sistema de deteção e análise destas radiações de fácil utilização, analisa em tempo real a exposição a radiações nocivas e alerta o utilizador quando o limite diário for atingido. O sistema integra um detetor desenvolvido de raiz para o efeito na plataforma Arduino e comunica com uma aplicação móvel, desenvolvida na plataforma Kodular, que analisa e regista todas as sessões de trabalho. O resultado é um protótipo revolucionário, que introduz um novo paradigma de segurança dos profissionais de saúde com a finalidade de reduzir os riscos de saúde associados e salvar vidas.

4.º Prémio, no valor de 600€

Projeto “Comparação de Métodos de Análise de Ondas Gravitacionais - LIGO vs. ROOT”, da autoria de João Dinis Ribeiro Machado de Carvalho Álvares, parte da premissa de que a utilização de outras ferramentas para análise de ondas gravitacionais é essencial para uma compreensão mais completa dos sinais que são observados pelos detetores LIGO/Virgo. Por isso, os sinais de vários eventos foram tratados utilizando o ROOT, do CERN, onde foram notadas correlações anómalas, que foram estudadas posteriormente utilizando a Transformada de Fourier. O projeto foi orientando por João Vieira, professor na Escola Secundária Dona Maria II, Braga.

5.º Prémio, no valor de 400€

Projeto “Radio Watching”, da autoria de André Amorim Ribeiro e Larissa Pereira Andrade tem por objetivo desenvolver um modelo de interação de radiofrequências com o plasma gerado em incêndios florestais, de modo a estipular as bases de atuação de um sistema de deteção precoce. Os cálculos são efetuados a partir da criação de simulações computacionais de fogos de pequena escala e soluções de aplicação do sistema são desenhadas através de técnicas simples de machine learning. O projeto foi orientado por Maria Helena Rodrigues, professora na Agrupamento de Escolas Clara de Resende, Porto.

Prémio Especial Porto Editora, no valor de 300€ em edições PE

Projeto “Influência de um herbicida na fauna edáfica: ensaios de evitamento com Eisenia foetida”, da autoria de Tomás Fernandes Matos, Raquel Pacheco Martins e Timo Cláudio Dieter Kolb. O projeto foi orientado por Paula Canha, professora na Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, Odemira.

Prémio Especial LIPOR, no valor de 1.000€

Projeto “Relação entre a disponibilidade de Fe e a capacidade de sequestração de CO2 em Tetraselmis chui”, da autoria de Beatriz de Almeida Fernandes, Joana Espírito Santo Couto e Diogo Filipe Rosa Heleno. O projeto foi orientado por Rui José Fernandes, professor na Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, Marinha Grande.

Prémio Especial Professor Coordenador do 1º Prémio, no valor de 400€

Rita Rocha, professora no Colégio Luso-Francês, Porto.

Francisco Maria Balsemão, presidente da Fundação da Juventude, congratulou-se com a qualidade dos projetos a concurso e reforçou que “os jovens cientistas ao representarem Portugal em concursos internacionais da área da ciência estão não só a levar o nome da Fundação além-fronteiras como a colocar no mapa da ciência, da produção de investigação e inovação científica o nome do nosso país”.

Carla Mouro, presidente executiva da Fundação da Juventude, destacou para além da qualidade dos projetos, que traduzem os “ideias de cooperação e intercâmbio nacional e internacional”, os dois dias da Mostra Nacional de Ciência, que pela primeira vez se realizou online.

De acordo com Carla Mouro, “foram dois dias onde a Ciência esteve em destaque e onde foi possível discutir temas como a relação entre Ciência e COVID 19, propriedade intelectual, patentes, plágio na era Digital, ou como “a Educação e o ensino em tempo de Covid”, um painel que animou a tarde do segundo dia e que teve a participação de Eduardo Sá e Nuno Crato.

Carlos Moedas também marcou presença através de mensagem gravada e destacou a importância ímpar que os jovens assumem ao nível do desenvolvimento da ciência e da investigação em Portugal.

A 14ª Mostra Nacional de Ciência Virtual é uma organizada pela Fundação da Juventude em parceria com a Ciência Viva e tem como parceiro oficial o Município do Porto, como mecenas a JBFernandes e conta com o apoio do IPDJ, Fundação Calouste Gulbenkian, FLAD, Porto Editora, Bial e Lipor.

 

Com resultados excelentes
Na passada segunda-feira, dia 23 de novembro, uma equipa liderada pelo neurocirurgião Gonçalo Costa, do Serviço de...

Este sistema, que tem potencialidades para outras especialidades, baseia-se na impressão prévia de um molde em 3D para a aquisição do trajeto de parafusos pediculares. "Esta inovação foi desenvolvida em colaboração com o ex-aluno de engenharia da Universidade de Coimbra, que construiu cânulas para trajeto de parafusos transpediculares", escreve a unidade hospitalar em comunicado feito chegar esta tarde à comunicação social. 

Esta foi a primeira vez que, em Portugal, se realizou esta técnica em patologia degenerativa da coluna, nomeadamente da coluna cervicali, num doente com listese degenerativa em C7-D1, tendo a equipa considerado que “os resultados obtidos, com a utilização desta técnica, foram excelentes.”

 

Think Tank “Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla”
A Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa irá realizar no próximo dia 2 de dezembro, com o apoio da Biogen...

Esta iniciativa, realizada a partir das 18 horas, via Zoom, contará com uma breve apresentação das conclusões, conduzida por Henrique Lopes, coordenador do Think Tank e docente da Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa, seguida de um painel de discussão sobre a gestão da Esclerose Múltipla em Portugal, que terá como intervenientes José Vale, Presidente do Colégio de Neurologia da Ordem dos Médicos, João Cerqueira, Presidente do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla, Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e Alexandre Silva, Presidente da SPEM.

Sobre este tema, os especialistas envolvidos no Think Tank referem que é possível fazer muito mais com os mesmos (ou pouco mais recursos), sendo essa leitura transversal à prestação de cuidados de saúde e sociais aos doentes de Esclerose Múltipla. Para isso, o Consenso aponta como possíveis medidas a criação de um Registo Nacional de Esclerose Múltipla, a constituição de Centros de Referência em Esclerose Múltipla, o uso de linhas terapêuticas mais eficazes na fase inicial da doença de acordo com a recomendação clínica, e um reforço no apoio social prestado aos doentes e cuidadores.

O Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla congregou mais de duas dezenas de peritos e entidades relevantes na gestão da Esclerose Múltipla, num processo de reflexão conjunta ao longo do ano de 2019. Os peritos e as entidades envolvidas incluíram especialistas clínicos, sociedades científicas, ordens profissionais, associações de doentes, representantes das autoridades reguladoras (INFARMED), da Apifarma e de partidos políticos.

 

 

 

Diretora Geral da Saúde
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, deixou, no início desta semana, uma mensagem às pessoas “que, tendo de ficar em...

Em conferência de imprensa de atualização dos dados da Covid-19, a responsável lembrou que quem tem indicação para isolamento não deve receber visitas, deve higienizar as mãos e cumprir a etiqueta respiratória.

Por outro lado, é importante monitorizar a temperatura corporal e outros sintomas da doença e, se possível, isolar-se numa divisão de uso exclusivo.

Entre os principais cuidados a adotar, a Diretora-Geral da Saúde lembrou a necessidade de promover a ventilação adequada de toda a habitação e de colocar os seus resíduos num saco próprio.

Quem está em isolamento deve utilizar uma casa de banho diferente dos restantes coabitantes, ou, se tal não for possível, garantir que a casa de banho é adequadamente limpa depois de cada utilização.

Os espaços comuns devem ser utilizados ao mínimo, sempre com máscara e mantendo a distância física e a higiene das mãos.

Não é recomendada a partilha de objetos, como pratos, copos, toalhas, telemóveis ou comandos. Se não for possível, desinfete os equipamentos antes e após cada utilização.

“Tente manter as restantes rotinas intactas, tais como horários de alimentação e de sono, e uma alimentação variada e saudável. Tente praticar atividade física”, recomendou a Diretora-Geral da Saúde.

Graça Freitas reconhece que “estar isolado pode ser uma tarefa difícil”, por isso é importante “manter o contacto com amigos e familiares, recorrendo à tecnologia disponível”.

“Lembre-se que o isolamento é temporário. Ao adotar estas medidas, ajuda a travar a transmissão do vírus e protege aqueles que o rodeiam”, concluiu a especialista em saúde pública. 

 

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