Ordem dos Médicos
Com um valor até 25 mil euros, o Prémio Maria de Sousa destina-se a galardoar jovens investigadores científicos portugueses,...

A terminar o mês em que se assinala o Dia Nacional da Cultura Científica, a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL anunciam o Prémio Maria de Sousa, uma homenagem à médica e grande imunologista, que morreu vítima de Covid-19 em abril passado.  

Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, destaca que “este prémio é para nós o melhor caminho para homenagear a forma como Maria de Sousa dedicou a sua vida à ciência e ao conhecimento pois reúne e enaltece as várias dimensões da médica e investigadora. Maria de Sousa desbravou caminho e demonstrou a importância da associação da clínica à investigação, sem nunca perder a capacidade de envolver os mais jovens e sem esquecer a importância da ética e do humanismo”. 

Para Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, “este Prémio é uma homenagem a uma personalidade ímpar da ciência a nível mundial, que marcou de forma incontornável o desenvolvimento científico e académico em Portugal. Ao premiar jovens investigadores estamos a perpetuar o trabalho único de Maria de Sousa, que sempre procurou criar condições para que os jovens cientistas pudessem concretizar os seus sonhos e os seus percursos científicos”. 

O júri desta primeira edição é constituído por cinco personalidades muito próximas de Maria de Sousa. O presidente é o neurocientista Rui Costa, professor de Neurociência e Neurologia na Columbia University nos EUA, e os restantes membros são Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular, Graça Porto, professora catedrática do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Miguel Castelo-Branco, diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional da Universidade de Coimbra, e Joana Palha, vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho. 

As candidaturas, abertas a cidadãos portugueses que sejam investigadores científicos, residentes em Portugal ou no estrangeiro, decorrem até 31 de maio de 2021.  

 

Comportamento
O Coaching Infantil é uma modalidade de coaching totalmente formatada e adaptada à singularidade do

Através da utilização de técnicas e ferramentas lúdicas e assertivas, permite mudanças benéficas no comportamento da criança. O Coaching Infantil foca-se na definição de objetivos concretos, levando a criança e seus pais a assumirem responsabilidade pelas suas ações, a fim de atingirem os resultados desejados. A principal finalidade do Coaching Infantil é dotar as crianças de estratégias que lhes permitam ser mais autónomas, mais conhecedoras das suas emoções e de como lidar com elas, mais capazes de fazerem escolhas vantajosas, mais conscientes das suas limitações e com maior capacidade para fazer frente às adversidades e desafios da sua rotina. Apesar do foco da intervenção ser a criança, os pais assumem um papel primordial. Se os filhos são o espelho dos pais, qualquer mudança que se queira ver na criança, começa também pela mudança nos pais. Através de um processo de Coaching Infantil, os pais são também incentivados a utilizar uma “postura coaching” em casa e na rotina familiar. Desta forma, todos saem beneficiados.

Em que situações o Coaching Infantil pode ajudar?

  • Bullying (criança vítima e criança agressora)
  • Alterações na rotina: morte de alguém, divórcio dos pais, mudança de escola, mudança de casa
  • Problemas de relacionamento com irmãos, colegas, familiares, professores
  • Comportamentos indesejados: birras, mentira, egoísmo, vitimização, arrogância, falta de empatia, tédio, inquietação, etc.
  • Não cumprimento das rotinas
  • Ausência de amigos / Distanciamento social
  • Medos e inseguranças
  • Incapacidade para dormir sozinho

Quais os benefícios para a criança?

  • Ampliação da sua autoestima, autoconfiança e motivação
  • Melhor entendimento das suas dificuldades e dos seus valores
  • Rompimento de crenças limitantes
  • Melhor entendimento das suas emoções, sentimentos e pensamentos
  • Compromisso com a sua rotina
  • Autorresponsabilidade sobre as suas escolhas e decisões
  • Senso de conquista e resolução de problemas
  • Construção de uma atitude crítica
  • Melhor relacionamento com pais, irmãos e amigos
  • Maior aceitação, tolerância e empatia no convívio com outros
  • Desenvolvimento de uma atitude positiva e otimista
  • Sentido de pertença

Um processo de Coaching Infantil, apesar de bastante terapêutico, não é uma terapia. Isto é, não trabalha com disfuncionalidades psíquicas, não faz diagnósticos nem trata distúrbios, sendo necessário para esses casos, a intervenção de um profissional da especialidade (um psicólogo, psicoterapeuta, terapeuta da fala ou outro). O Coach Infantil é um profissional habilitado que intervém como facilitador e incentivador à mudança de comportamentos (mas não trata nem cura problemas do foro psicológico ou de saúde mental). Pode sim, trabalhar em parceria com outras áreas de intervenção, mas nunca as substituindo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
“Todos pelo IPO” é uma iniciativa da ERP Portugal, entidade gestora de resíduos elétricos e eletrónicos e pilhas usadas, que se...

Fazer parte desta iniciativa é simples. Basta entregar pilhas usadas, até dia 31 de dezembro, que já não funcionam num dos mais de 5000 pontos de recolha da ERP Portugal (lista disponível aqui), distribuídos por todo o país, incluindo também as instalações do próprio IPO Lisboa.

No conjunto de resíduos abrangidos pela ação “Todos pelo IPO” encontram-se pilhas e pequenos equipamentos como comandos, brinquedos, lanternas ou relógios e baterias de computadores portáteis, telemóveis ou comandos de consolas de jogos.

Os resíduos recolhidos até ao final do ano serão transformados em donativo a entregar ao IPO para a aquisição de equipamentos de diagnóstico e tratamento ou melhoria das condições de conforto dos doentes.

Gisela Pestana, diretora do Serviço de Gestão Hoteleira do IPO, agradece desde já “a mobilização de todos para o sucesso desta campanha que beneficia o Instituto, contribui para um ambiente melhor e reflete o reconhecimento da sociedade em relação ao trabalho do IPO e dos seus profissionais.”

Rosa Monforte, Diretora Geral da ERP Portugal, adianta que “é gratificante para a ERP Portugal poder contribuir para uma causa tão nobre e, infelizmente, tão presente nos dias de hoje. Por isso queremos deixar o apelo à participação de todos os cidadãos nesta iniciativa de recolha solidária. Gestos tão simples como a entrega de pilhas que já não funcionam para reciclagem podem mesmo fazer a diferença e ajudar aqueles que lutam diariamente contra esta doença”.

 

“Cuidar em Pandemia”
Num encontro promovido recentemente pelo Núcleo de Investigação em Enfermagem (NIE) do Centro Hospitalar e Universitário de...

Neste estudo, subordinado à temática “Cuidar em Pandemia”, que está a ser conduzido pelo NIE do CHUC, em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica do CHUC e a Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E), acolhida pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), participaram enfermeiros, médicos e assistentes operacionais do CHUC.

O trabalho resulta de entrevistas que foram realizadas entre maio e julho de 2020, a profissionais voluntários que cuidaram de pessoas infetadas ou que foram eles próprios infetados com a COVID-19. Da análise das entrevistas emergiram significados diversos, agrupados em torno de quatro temas centrais: o “Eu” (pessoa e profissional), “Os Outros” (doentes), “Os outros como Eu” (equipa de saúde) e, não menos importante, “Os meus” (família).

António Marques, Enfermeiro Gestor em funções de direção e coordenador do NIE, dá nota de que o sentimento de missão é transversal a todos os profissionais entrevistados onde “o cuidar dos outros foi encarado como um desígnio da profissão que escolheram, imbuídos de um forte espírito de equipa, que levou a que muitos se colocassem em risco para acautelar a proteção de colegas, cuja saúde era mais frágil. Amenizar a solidão dos doentes foi um dos principais focos de atenção dos profissionais.”

E continua dando nota de que foram evidentes as diferentes formas de reagir, reproduzindo algumas das “expressões mais usadas pelos profissionais alvo do estudo e que denotam bem o que foi “a experiência de cuidar num ambiente de incerteza e de mudança constante, no qual reinava, no início, o medo, pouco depois seguido por um ambiente impregnado de “um silêncio de morte”, foi gerador de intensas alterações emocionais. “Havia um certo desespero de não conseguir dar resposta”. O uso de todo o equipamento de proteção individual foi também referido como elemento bloqueador no estabelecimento de uma boa comunicação e relação empática e de ajuda. “Muitas vezes era preciso gritar para que os doentes nos ouvissem, o que nos levava ao esgotamento e a um sentimento de impotência de transmitir afeto pelas palavras.”

Outras temáticas que também foram referidas pelos profissionais foi “a pressão social e o estigma sentido por alguns profissionais, por parte dos vizinhos”, tendo muitos passado a resguardar-se mais em casa, para evitar olhares inquisidores e sentimentos incómodos”, refere.

O Coordenador do NIE, dá ainda nota de que “alguns profissionais chegaram mesmo a ser medicados para a ansiedade ou depressão, tivemos pessoas que na primeira vaga, se viram forçados a meses de isolamento em suas próprias casas, separados de todos, inclusivamente, da sua família.” E continua referindo que outra questão exposta por estes profissionais foi a “limitação inicial de recursos materiais e de equipamentos, nomeadamente de proteção, que afetou a prestação de cuidados, nomeadamente o número de interações com os doentes.”

Áurea Andrade reconhece as dificuldades vividas por todos face ao desconhecido e salienta que houve questões que foram muito valorizadas pelos profissionais “como a relacionada com a liderança e a gestão que se tornaram muito manifestas e preponderantes neste âmbito, particularmente pela proximidade dos líderes e pela forma como acompanhamos a situação no terreno. Já em sentido contrário, foi-nos relatada a dificuldade em serem testados, sobretudo no início, e a forma como foi gerida a comunicação dos resultados dos testes, a qual melhorámos muito ao longo do tempo, tendo sido muito valorizado o contacto personalizado que, entretanto, fomentámos com os profissionais infetados”.

Garante, ainda, Áurea Andrade que “a forma abnegada e articulada como todos os profissionais, dos mais variados serviços do CHUC - clínicos, serviços de apoio e logística, unidade de prevenção e controlo de infeção e gestão do risco - foram fundamentais para dar a melhor resposta aos profissionais da primeira linha. É certo que os desafios que tivemos de enfrentar foram enormes, mas, com trabalho em equipa e em articulação com o gabinete de crise fomos conseguindo dirimir as dificuldades que se nos apresentavam e antecipar os problemas.”

Este estudo salienta ainda, “a existência de um sentimento globalmente positivo e de “dever cumprido”, contrastando com uma elevada carga emocional, familiar, com mudanças de comportamento (saúde mental) dignos de registo e a merecer ainda a nossa atenção “, conclui Áurea Andrade.

 

 

14ª Mostra Nacional de Ciência Virtual
Os vencedores do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, organizada pela Fundação da Juventude em parceria com a...

Considerada uma das maiores a nível Europeu, a Mostra Nacional de Ciência revelou os projetos de 129 jovens cientistas coordenados por 40 professores participantes no Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, e que pode conhecer aqui. Depois de analisados pelo júri, presidido por Raquel Seruca, Investigadora no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, foram declarados como vencedores da 28.ª edição do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores os seguintes projetos:

1.º Prémio, no valor de 1250€

Projeto “ATMOS”, da autoria de Klára Sofia Varga, Sara Ribeiro Couto e João Carlos Pereira Carvalho. O projeto foi orientado por Rita Rocha, professora no Colégio Luso-Francês, Porto.

“ATMOS” parte da premissa de que anualmente, em Portugal, morrem prematuramente 6630 pessoas devido à poluição do ar, principalmente causada pelo tráfego automóvel, sendo o Material Particulado (PM) responsável por mais de 50% das estatísticas. Assente em três pontos focais, o projeto visa quantificar a retenção de PM por paredes verdes arbóreas; desenvolver uma nova metodologia para calcular a retenção de PM, baseada na função volúmica e avaliar o valor económico do serviço prestado ao ecossistema por esta solução baseada na natureza. Os amostradores ATMOS possuem uma capacidade de retenção de PM2.5 de 738 g, e um valor económico potencial de 1116 euros. A biomonitorização proposta revela-se uma metodologia alternativa de aquisição e análise de dados fácil e económica.

2.º Prémio, no valor de 1000€

Projeto “SandSpace”, da autoria de Nuno de Figueiredo Brito e Castro, Bruno Dylan Pinto Ferreira e Jorge Miguel Fernandes Correia, parte da constatação de que as águas do mar continuam salgadas, as águas dos rios continuam cristalinas, mas… paira a ameaça. Por isso, através de um sistema de georreferenciação – entenda-se sistema de semáforos –, que inclui 680 praias oceânicas e fluviais de Portugal, será possível identificar a situação de cada praia. As praias sem informação aparecem referenciadas com sinais verdes de menor dimensão. A informação é fornecida pelos próprios utilizadores da aplicação e refere-se às duas últimas horas. Através de um gráfico, a SANDSPACE indica também o número de pessoas que deram a informação e a hora a que o fizeram. Este projeto efetuou, entretanto, parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, que detém a aplicação Info Praia. O projeto foi orientado por Fátima Paes, professora no Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, São João da Madeira.

3.º Prémio, no valor de 750€

Projeto “Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Deteção e Alerta de Radiações Ionizantes”, da autoria de Hugo Daniel Oliveira Vieira Remelgado, Hugo Ferreira Costa e Rita Fernandes de Matos. O projeto, orientado por Júlio Bigas, professor na Escola Secundária Dona Maria II, Braga, tem como objetivo controlar a exposição de grupo profissional às radiações ionizantes, pelo que apresenta um sistema de deteção e análise destas radiações de fácil utilização, analisa em tempo real a exposição a radiações nocivas e alerta o utilizador quando o limite diário for atingido. O sistema integra um detetor desenvolvido de raiz para o efeito na plataforma Arduino e comunica com uma aplicação móvel, desenvolvida na plataforma Kodular, que analisa e regista todas as sessões de trabalho. O resultado é um protótipo revolucionário, que introduz um novo paradigma de segurança dos profissionais de saúde com a finalidade de reduzir os riscos de saúde associados e salvar vidas.

4.º Prémio, no valor de 600€

Projeto “Comparação de Métodos de Análise de Ondas Gravitacionais - LIGO vs. ROOT”, da autoria de João Dinis Ribeiro Machado de Carvalho Álvares, parte da premissa de que a utilização de outras ferramentas para análise de ondas gravitacionais é essencial para uma compreensão mais completa dos sinais que são observados pelos detetores LIGO/Virgo. Por isso, os sinais de vários eventos foram tratados utilizando o ROOT, do CERN, onde foram notadas correlações anómalas, que foram estudadas posteriormente utilizando a Transformada de Fourier. O projeto foi orientando por João Vieira, professor na Escola Secundária Dona Maria II, Braga.

5.º Prémio, no valor de 400€

Projeto “Radio Watching”, da autoria de André Amorim Ribeiro e Larissa Pereira Andrade tem por objetivo desenvolver um modelo de interação de radiofrequências com o plasma gerado em incêndios florestais, de modo a estipular as bases de atuação de um sistema de deteção precoce. Os cálculos são efetuados a partir da criação de simulações computacionais de fogos de pequena escala e soluções de aplicação do sistema são desenhadas através de técnicas simples de machine learning. O projeto foi orientado por Maria Helena Rodrigues, professora na Agrupamento de Escolas Clara de Resende, Porto.

Prémio Especial Porto Editora, no valor de 300€ em edições PE

Projeto “Influência de um herbicida na fauna edáfica: ensaios de evitamento com Eisenia foetida”, da autoria de Tomás Fernandes Matos, Raquel Pacheco Martins e Timo Cláudio Dieter Kolb. O projeto foi orientado por Paula Canha, professora na Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, Odemira.

Prémio Especial LIPOR, no valor de 1.000€

Projeto “Relação entre a disponibilidade de Fe e a capacidade de sequestração de CO2 em Tetraselmis chui”, da autoria de Beatriz de Almeida Fernandes, Joana Espírito Santo Couto e Diogo Filipe Rosa Heleno. O projeto foi orientado por Rui José Fernandes, professor na Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, Marinha Grande.

Prémio Especial Professor Coordenador do 1º Prémio, no valor de 400€

Rita Rocha, professora no Colégio Luso-Francês, Porto.

Francisco Maria Balsemão, presidente da Fundação da Juventude, congratulou-se com a qualidade dos projetos a concurso e reforçou que “os jovens cientistas ao representarem Portugal em concursos internacionais da área da ciência estão não só a levar o nome da Fundação além-fronteiras como a colocar no mapa da ciência, da produção de investigação e inovação científica o nome do nosso país”.

Carla Mouro, presidente executiva da Fundação da Juventude, destacou para além da qualidade dos projetos, que traduzem os “ideias de cooperação e intercâmbio nacional e internacional”, os dois dias da Mostra Nacional de Ciência, que pela primeira vez se realizou online.

De acordo com Carla Mouro, “foram dois dias onde a Ciência esteve em destaque e onde foi possível discutir temas como a relação entre Ciência e COVID 19, propriedade intelectual, patentes, plágio na era Digital, ou como “a Educação e o ensino em tempo de Covid”, um painel que animou a tarde do segundo dia e que teve a participação de Eduardo Sá e Nuno Crato.

Carlos Moedas também marcou presença através de mensagem gravada e destacou a importância ímpar que os jovens assumem ao nível do desenvolvimento da ciência e da investigação em Portugal.

A 14ª Mostra Nacional de Ciência Virtual é uma organizada pela Fundação da Juventude em parceria com a Ciência Viva e tem como parceiro oficial o Município do Porto, como mecenas a JBFernandes e conta com o apoio do IPDJ, Fundação Calouste Gulbenkian, FLAD, Porto Editora, Bial e Lipor.

 

Com resultados excelentes
Na passada segunda-feira, dia 23 de novembro, uma equipa liderada pelo neurocirurgião Gonçalo Costa, do Serviço de...

Este sistema, que tem potencialidades para outras especialidades, baseia-se na impressão prévia de um molde em 3D para a aquisição do trajeto de parafusos pediculares. "Esta inovação foi desenvolvida em colaboração com o ex-aluno de engenharia da Universidade de Coimbra, que construiu cânulas para trajeto de parafusos transpediculares", escreve a unidade hospitalar em comunicado feito chegar esta tarde à comunicação social. 

Esta foi a primeira vez que, em Portugal, se realizou esta técnica em patologia degenerativa da coluna, nomeadamente da coluna cervicali, num doente com listese degenerativa em C7-D1, tendo a equipa considerado que “os resultados obtidos, com a utilização desta técnica, foram excelentes.”

 

Think Tank “Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla”
A Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa irá realizar no próximo dia 2 de dezembro, com o apoio da Biogen...

Esta iniciativa, realizada a partir das 18 horas, via Zoom, contará com uma breve apresentação das conclusões, conduzida por Henrique Lopes, coordenador do Think Tank e docente da Unidade de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa, seguida de um painel de discussão sobre a gestão da Esclerose Múltipla em Portugal, que terá como intervenientes José Vale, Presidente do Colégio de Neurologia da Ordem dos Médicos, João Cerqueira, Presidente do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla, Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e Alexandre Silva, Presidente da SPEM.

Sobre este tema, os especialistas envolvidos no Think Tank referem que é possível fazer muito mais com os mesmos (ou pouco mais recursos), sendo essa leitura transversal à prestação de cuidados de saúde e sociais aos doentes de Esclerose Múltipla. Para isso, o Consenso aponta como possíveis medidas a criação de um Registo Nacional de Esclerose Múltipla, a constituição de Centros de Referência em Esclerose Múltipla, o uso de linhas terapêuticas mais eficazes na fase inicial da doença de acordo com a recomendação clínica, e um reforço no apoio social prestado aos doentes e cuidadores.

O Consenso Nacional para a Esclerose Múltipla congregou mais de duas dezenas de peritos e entidades relevantes na gestão da Esclerose Múltipla, num processo de reflexão conjunta ao longo do ano de 2019. Os peritos e as entidades envolvidas incluíram especialistas clínicos, sociedades científicas, ordens profissionais, associações de doentes, representantes das autoridades reguladoras (INFARMED), da Apifarma e de partidos políticos.

 

 

 

Diretora Geral da Saúde
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, deixou, no início desta semana, uma mensagem às pessoas “que, tendo de ficar em...

Em conferência de imprensa de atualização dos dados da Covid-19, a responsável lembrou que quem tem indicação para isolamento não deve receber visitas, deve higienizar as mãos e cumprir a etiqueta respiratória.

Por outro lado, é importante monitorizar a temperatura corporal e outros sintomas da doença e, se possível, isolar-se numa divisão de uso exclusivo.

Entre os principais cuidados a adotar, a Diretora-Geral da Saúde lembrou a necessidade de promover a ventilação adequada de toda a habitação e de colocar os seus resíduos num saco próprio.

Quem está em isolamento deve utilizar uma casa de banho diferente dos restantes coabitantes, ou, se tal não for possível, garantir que a casa de banho é adequadamente limpa depois de cada utilização.

Os espaços comuns devem ser utilizados ao mínimo, sempre com máscara e mantendo a distância física e a higiene das mãos.

Não é recomendada a partilha de objetos, como pratos, copos, toalhas, telemóveis ou comandos. Se não for possível, desinfete os equipamentos antes e após cada utilização.

“Tente manter as restantes rotinas intactas, tais como horários de alimentação e de sono, e uma alimentação variada e saudável. Tente praticar atividade física”, recomendou a Diretora-Geral da Saúde.

Graça Freitas reconhece que “estar isolado pode ser uma tarefa difícil”, por isso é importante “manter o contacto com amigos e familiares, recorrendo à tecnologia disponível”.

“Lembre-se que o isolamento é temporário. Ao adotar estas medidas, ajuda a travar a transmissão do vírus e protege aqueles que o rodeiam”, concluiu a especialista em saúde pública. 

 

Relatório
O número de novos casos de infeção por VIH voltou a descer em 2019, mantendo-se a tendência de decréscimo que já se verificava...

Além da redução no número anual de novos diagnósticos de infeção, este ano destaca-se também uma percentagem de diagnósticos tardios inferior a 50%. O relatório indica a percentagem de diagnósticos tardios passou de 54,4% em 2018 para 49,7%, o que demonstra o esforço que tem sido feito para diagnosticar mais e mais precocemente.

A maioria (69,3%) dos novos casos de infeção por VIH registaram-se em homens (2,3 casos por cada caso comunicado em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 38 anos.

Em 24,1% dos novos casos, os indivíduos tinham idade igual ou superior a 50 anos.

Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente, os casos em Homens que têm Sexo com Homens (HSH) constituíram a maioria dos novos diagnósticos em homens (56,7%).

No que diz respeito à área de residência, 50,4% dos indivíduos residiam na Área Metropolitana de Lisboa (13,7 casos/100.000 habitantes) e a região do Algarve apresentou a segunda taxa mais elevada de diagnósticos (13,5 casos/100.000 habitantes).

No período em análise, não foi notificado nenhum caso de transmissão de VIH em crianças.

Relativamente aos óbitos, foram comunicados 197 óbitos em doentes infetados por VIH durante o ano de 2019, sendo que em 46,2% destes casos as pessoas já tinham atingido o estádio SIDA.

Analisando os dados acumulados, até 31 de dezembro de 2019 foram identificados em Portugal 61.433 casos de infeção por VIH, dos quais 22.835 atingiram o estádio de SIDA.

Entre 2009 e 2018 registou-se uma redução de 47% no número de novos casos de infeção por VIH e de 65% em novos casos de SIDA.

Segundo as duas entidades que participaram neste relatória "para a obtenção de melhores resultados com impacto no diagnóstico precoce, importa reforçar e manter as respostas comunitárias, estimular o alargamento da realização do teste rápido nas farmácias comunitárias a outras regiões do país, divulgar as diferentes opções para a realização do rastreio, incluindo a disponibilidade do autoteste e promover a literacia da população e dos profissionais de saúde. Iniciativas como a “Cidades na via rápida para acabar com a epidemia de VIH” são fundamentais na prossecução dos objetivos traçados".

Mês do Cancro do Pulmão
É o quarto cancro com maior incidência em Portugal e aquele que apresenta maior letalidade.

Segundo os dados disponibilizados, em 2018 foram diagnosticados 5284 novos casos de cancro no pulmão e, embora este não seja o número mais elevado, no que diz respeito às neoplasias, este tipo de cancro é o que apresenta as maiores taxas de mortalidade.

Associado maioritariamente ao consumo do tabaco – sendo o tabagismo responsável por 80% dos casos -, há, no entanto, outros fatores de risco que podem condicionar a doença: o fumo passivo, a exposição ao rádon ou asbestos, exposição ocupacional e industrial, bem como a poluição do ar. “A evidência da predisposição genética para o cancro do pulmão tem sido difícil de estabelecer devido a fatores ambientais confundidores, no entanto alguns dados começam a surgir nesse sentido”, acrescenta Pedro Fernandes, cirurgião no Centro Hospitalar Universitário de São João.

Frequentemente diagnosticado já em fases avançadas da doença, estes doentes perdem a possibilidade de uma cura. “Um dos fulcrais problemas no cancro do pulmão é o tempo decorrido até ao diagnóstico, pois o curso silencioso desta doença determina em grande parte a sua elevada letalidade”, começa por explicar o médico cirurgião. A verdade é que, numa fase inicial do cancro do pulmão, a maioria dos doentes é assintomática, sendo a lesão pulmonar muitas vezes detetada acidentalmente. “A realização de uma radiografia torácica ou tomografia computorizada (TC) torácica por variadas razões, quer seja por uma infeção respiratória ou um traumatismo, leva à deteção de lesões nodulares de novo ou em crescimento, iniciando assim a marcha diagnóstica até ao cancro do pulmão”, revela Pedro Fernandes.

Em fases mais avançadas, os doentes podem apresentar sintomas, “porém não podemos falar de sintomas típicos de cancro do pulmão”. Segundo o médico cirurgião, “a doença pode manifestar-se por sintomas devido ao envolvimento local dos pulmões, tais como dificuldade em respirar, tosse, presença de sangue na expetoração ou dor torácica, bem como se pode expressar por sintomas generalizados de perda de apetite, perda de peso ou fadiga”.

Quando a doença já se espalhou para outros órgãos, ou seja, quando se encontra metastizada, os sintomas podem estar relacionados com o órgão afetado pelas metástases – como “sintomas neurológicos (no caso de metástases cerebrais) ou dor óssea (no caso de metastização óssea)”.

Para estabelecer o diagnóstico é necessário obter amostra da lesão suspeita através de “uma biópsia, quer seja percutânea, quer seja através de broncofibroscopia”.

“Após este diagnóstico de cancro do pulmão, inicia-se a etapa do estadiamento, de forma a percebermos em que fase está a doença. O estadio no qual conseguimos diagnosticar a doença determina o seu tratamento e o prognóstico, sendo que após diagnóstico, apenas 15% dos doentes estão vivos 5 anos depois, isto porque aproximadamente 70% dos casos são diagnosticados numa fase avançada da doença, tornando o diagnóstico precoce essencial para um tratamento prematuro e eficaz.

O largo espectro de fases nos quais a doença é estadiada compreende desde o pequeno nódulo pulmonar com menos de um centímetro que pode ser tratado com cirurgia – permitindo uma sobrevida aos 5 anos de cerca de 92% - até ao cancro do pulmão em estadios avançados, com múltipla metastização à distância, cujo prognóstico contempla uma sobrevida aos 5 anos inferior a 5%”, explica Pedro Fernandes.

O tratamento depende então da fase em que se encontra a doença, e apesar da maioria dos casos não permitir uma terapêutica curativa, na última década tem havido uma enorme evolução nesta área.

Exemplo disso é a implementação de uma técnica minimamente invasiva para tratamento de estadios mais precoces. “A cirurgia toracoscópica vídeo-assistida (VATS), permite através de uma única porta de 3 a 5 centímetros, sem necessidade de afastamento de costelas, remover o lobo pulmonar ou o segmento pulmonar afetado pelo cancro do pulmão”, explica o cirurgião acrescentado que esta “é uma abordagem cirúrgica menos agressiva, que possibilita ao doente um pós-operatório menos doloroso, menor tempo de internamento, com uma recuperação funcional mais positiva e um rápido retorno à sua atividade normal”.

“Em fases mais avançadas da doença, a cirurgia com ressecção pulmonar não demonstra ter efeitos benéficos na sobrevida dos doentes. Nestes estadios da doença, a quimioterapia clássica era a única opção, que permitia aos doentes uma sobrevida de pouco mais de um ano. Também nesta área, na última década, houve um incremento de qualidade no tratamento a oferecer, com o desenvolvimento das terapêuticas dirigidas e da imunoterapia”, revela Pedro Fernandes.

Segundo o especialista estas novas terapêuticas permitem “não só um incremento substancial na sobrevida, mas sobretudo um melhoramento na qualidade de vida destes doentes, sem os efeitos adversos conhecidos da quimioterapia”.

Não obstante esta evolução, o tempo que decorre entre a deteção de lesão suspeita, estadiamento e tratamento, constitui uma das maiores problemáticas associadas à patologia. Neste sentido, é imperativa a existência de uma via verde para o cancro do pulmão. “A via verde para o cancro do pulmão é uma estratégia dos centros nacionais de tratamento de cancro do pulmão de desenvolver e otimizar os seus recursos. O objetivo, sobretudo nos doentes que podem ser submetidos a terapêuticas potencialmente curativas (nomeadamente a cirurgia), é diminuir o tempo desde a suspeição de cancro de pulmão até à alta clínica após cirurgia”, explica Pedro Fernandes.

Na prática, pretende-se uma meta de 30 dias desde a deteção de um nódulo pulmonar suspeito, à realização de uma biópsia pulmonar diagnóstica, passando pelo estadiamento da doença até à cirurgia e alta clínica deste procedimento. “Este processo permitirá ganhar tempo e resgatar muitos doentes para um tratamento radical. Atualmente, o esforço de realizar cada um destes passos de forma mais célere possível é a luta dos profissionais no dia-a-dia”, adianta o especialista.

“O cancro do pulmão tem um fardo muito importante na nossa sociedade, no entanto, as armas para o combater estão cada vez mais refinadas. Os três passos fundamentais estão identificados: prevenir com evicção tabágica, diagnosticar precocemente e tratar cedo com o melhor que temos para oferecer”, conclui.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
Investigadores do RCSI University of Medicine and Health Sciences, na Irlanda, desenvolveram um novo bioma material que ajuda...

Os investigadores já haviam descoberto uma molécula chamada JNK3, que é um dos principais fatores-tronco das células-tronco das crianças que leva a que estas sejam mais sensíveis ao seu ambiente e a se regenerarem melhor que a dos adultos. Isso explica, pelo menos parcialmente, por que os ossos das crianças são capazes de curar mais rapidamente. Com base nesse conhecimento, eles criaram um biomamaterial que imita a estrutura do tecido ósseo e incorpora nanopartículas que ativam o JNK3.

Quando testado em um modelo pré-clínico, o bioma material rapidamente reparou grandes defeitos ósseos e reduziu a inflamação após um mês de uso. O bioma material também provou ser mais seguro e eficaz que outros biomateriais carregados de medicamentos para reparação óssea, cujo uso tem sido controversamente associado a efeitos colaterais perigosos, incluindo cancro, infeção ou formação óssea fora do local.

"Embora sejam necessários mais testes antes de começarmos os testes clínicos, estes resultados são muito promissores", disse o professor Fergal O'Brien, principal autor do estudo e diretor de Pesquisa e Inovação do RCSI.

"Este estudo mostrou que a compreensão da mecanobiologia das células-tronco pode ajudar a identificar moléculas terapêuticas alternativas para reparar grandes defeitos no osso e, potencialmente, em outros tecidos corporais. Num sentido mais amplo, este projeto é um grande exemplo de como o crescimento da nossa compreensão da mecanobiologia pode identificar novos tratamentos que beneficiam diretamente os doentes – um objetivo fundamental do que fazemos aqui no RCSI."

O trabalho foi realizado por investigadores do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Tecidos (TERG) e do Centro Âmbar SFI com sede no RCSI em colaboração com uma equipa da Children's Health Ireland (CHI) do Temple Street Hospital. A equipa do CHI em Temple Street foi liderada pelo Dylan Murray, um cirurgião craniofacial, plástico e reconstrutivo, líder do Centro Craniofacial Nacional Pediátrico (NPCC), que colaborou com a equipa do RCSI ao longo de vários anos.

"É muito emocionante fazer parte deste projeto translacional no qual a participação e o consentimento dos pacientes do NPCC em Temple Street – que doaram células ósseas colhidas – contribuíram imensamente para esse sucesso", disse Murray.

A pesquisa foi financiada pela Children's Health Foundation Temple Street, Health Research Board of Ireland under the Health Research Awards - Patient-Oriented Research scheme, European Research Council (ERC) sob horizon 2020 (Projeto ReCaP #788753) e Science Foundation Ireland (SFI) através do Centro avançado de pesquisa de materiais e bioengenharia (AMBER) (SFI/12/RC/2278).

"Agora provamos que a identificação de alvos terapêuticos inspirados na mecanobiologia pode ser usada para projetar biomateriais inteligentes que recriam a capacidade de cura superior das células-tronco nas crianças quando comparadas com os adultos", disse o Arlyng Gonzalez Vazquez, primeiro autor do estudo e pesquisador do TERG.

"Estamos usando a mesma estratégia para desenvolver um novo biomaterial para reparação de cartilagem em adultos. Um projeto de acompanhamento recentemente financiado pela Children's Health Foundation Temple Street também pretende utilizar uma abordagem científica semelhante para identificar se os mecanismos moleculares encontrados em crianças diagnosticadas com craniossinostose (uma condição em que o crânio se funde cedo) poderia ser usado para desenvolver um biomamaterial terapêutico que acelera a formação óssea e a cicatrização óssea em adultos."

Este projeto contribuiu para que Arlyng Gonzalez Vazquez ganhasse o altamente prestigiado "New Investigator Recognition Award" (NIRA) na Reunião Anual da Ortopédica Research Society (ORS) em 2019 em Austin, Texas.

 

Combate à pandemia
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa contactaram, entre 30 de...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Assim, entre 30 de junho e 24 de novembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida e Loures-Odivelas, realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 22.035 pessoas foram alvo desta intervenção.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

Balanço
De acordo com os agora dados divulgados, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os seus parceiros no Sistema...

Segundo o INEM, foi na região norte que se realizaram mais transportes, com 1.537 utentes transportados. Na região sul, os meios de emergência pré-hospitalar efetuaram o transporte de 1.152 utentes com suspeita de infeção com SARS-CoV-2. Na região centro foram efetuados 621 transportes e, mais a sul, no Algarve 110 transportes.

Ao todo, desde o dia 1 de março já foram efetuados 72.167 transportes de utentes com suspeita de Covid-19. “Recordamos que a definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar (dispneia) triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU2)”, revela o INEM.

Neste mesmo período, foram feitas 1.319 recolha de amostras para análise. A equipa da Delegação Regional do Sul (DRS) efetuou 572 colheitas, a Delegação Regional do Norte (DRN) 553, a da Delegação Regional do Centro (DRC) 159 e equipa da DRS- Algarve, uma.

 

 

Opinião
Hoje em dia, nos clubes de futebol, os dados estão espalhados entre os diversos departamentos.

Um sistema como o FootballISM, sendo totalmente holístico e não deixando nenhum departamento relacionado com a operacionalidade do clube de lado, faz com que a informação esteja toda centralizada numa só plataforma. O Big Data é isto mesmo. Poder centralizar a informação para depois a poder tratar da melhor maneira.

Dou um exemplo: O GPS. Atualmente todos os clubes de primeira e segunda divisão já dispõem destas ferramentas. Mais de 80 colunas de dados de treino e de jogo de todos os jogadores de um plantel. Os departamentos de performance fazem correlações entre os BPM e as acelerações, entre os metros percorridos acima de 18km/h e a distância total. Esta informação é sem dúvida muito boa e permite que se extraiam vários insights. Mas ela é apenas relativa a uma componente especifica: Dados Físicos em treino e em jogo. E as horas de sono? E as notas na escola? E a situação familiar? E a nutrição? O peso? A Antropometria? O contrato? As anteriores lesões?

O que acontece é que não havendo uma centralização da informação, não é possível fazer extrapolações para entender padrões de comportamento e deixar que a própria máquina desenvolva os seus próprios mecanismos de aprendizagem (Machine Learning).

O objetivo do FootballISM é que seja o próprio sistema que nos possa alertar para uma possivel lesão que pode vir a acontecer, usando como base todos os dados, desde a posição do atleta, de quem é o seu treinador (joga mais pela direita ou pela esquerda, mais físico ou menos físico), dos seus dados nutricionais (peso, antropometria), do seu estado psicológico (situação familiar, das suas notas na escola, das ocorrências disciplinares, das lesões anteriores e a forma como estas aconteceram, etc.

Sem ter a informação toda centralizada os departamentos dos clubes vão continuar a desenvolver-se sobre si próprios sem ter em conta a totalidade de fatores/dados que influenciam o desenvolvimento de um jogador.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Informação em tempo real
Prioridade VIH/SIDA – a doença ainda existe. O que fazer?” é a primeira plataforma de conteúdos em streaming dedicada ao VIH,...

Ao longo do dia vão ser lançados vários conteúdos com informação em tempo real que que vão desde entrevistas, discussão, partilha de conhecimentos e experiências de doentes e profissionais de saúde. Conta ainda com a participação de associações de doentes que, através dos seus testemunhos, deixam relatos que identificam os principais problemas que os doentes enfrentam, ao mesmo tempo que partilham o trabalho que têm vindo a desenvolver.

Para Ricardo Fernandes, que “abre” o projeto na qualidade de Presidente do European AIDS Treatment Group (EATG), “apesar da eficácia das terapêuticas atuais, que já permitem um controlo do ponto vista clínico, ainda existem problemas por resolver e soluções por encontrar, por forma a que consigamos apertar o controlo epidemiológico desta doença. Temos que fazê-lo num exercício conjunto entre doentes, profissionais de saúde, decisores e a comunidade em geral, conscientes de que a doença não pode ser esquecida ou remetida para segundo plano.”

Voltar a focar no VIH/SIDA é por isso o grande objetivo desta iniciativa. Através da criação de um espaço de informação em tempo real, pretende-se perceber em que situação se encontram os doentes, como promover a qualidade de vida da pessoa com VIH, e, sobretudo, como poderá Portugal alcançar as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Através do seu programa UNAIDS, a ONU estabeleceu a meta dos pilares 90-90-90 até 2020* como o primeiro passo para extinção do caracter epidémico da infeção VIH. Portugal atingiu valores superiores a 90 em cada um dos 3 pilares, algo que se traduz em ganhos de efetividade do sistema, tendo como resultado último a efetividade económica e viabilidade de recursos. A segunda etapa estabelecida pela UNAIDS é o aumento dos pilares para 95-95-95. No entanto, os especialistas defendem que este patamar só será alcançado com a potenciação de “uma viga estrutural” sobre os pilares 90: a qualidade de vida da pessoa que vive com VIH, considerado o 4º 90.

Como explica Ricardo Fernandes “para alicerçar a qualidade de vida é necessário apostar na literacia, no combate ao estigma social e ao autoestigma, na integração social, no acesso aos medicamentos e aos melhores cuidados, bem como nas condições socioeconómicas do doente”. Defende ainda que, nesta fase, a comunicação é a peça que falta para unir todas estas pontes e acrescenta que “este espaço virtual, prioridadevihsida.newsfarma.pt, é um contributo importante na construção de estratégias que ajudem a alcançar as novas metas estabelecidas”.

O projeto “Prioridade VIH/SIDA – a doença ainda existe. O que fazer?” é uma iniciativa da Newsfarma com o apoio da ViiV Healthcare e pode ser acedido em prioridadevihsida.newsfarma.pt

Contra a Covid-19
O governo emitiu um despacho que determina a constituição de uma task force para a elaboração do «Plano de vacinação contra a...

Coordenada por Francisco Ventura Ramos, esta task force integra representantes do Ministério da Defesa Nacional, do Ministério da Administração Interna, da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).

O Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P. (INÇA), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) são as entidades de apoio técnico.

O diploma, assinado pelos Ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, e pela Ministra da Saúde, refere que o trabalho desenvolvido pela Comissão Europeia nesta matéria, “não dispensa que cada Estado Membro estabeleça o seu próprio plano de vacinação, designadamente definindo a estratégia de vacinação, assegurando a logística do armazenamento e distribuição das vacinas, garantindo o registo eletrónico da respetiva administração e da vigilância de eventuais reações adversas e promovendo uma comunicação transparente com a população sobre a importância da vacinação”.

 

Solidariedade
Depois das campanhas comerciais de Black Friday, no dia 1 de dezembro é dia de se celebrar a generosidade com a iniciativa...

Criado em 2012 o #GivingTuesday parte de uma ideia simples: incentivar as pessoas a fazerem o bem. Nos últimos sete anos a ideia cresceu e tornou-se um movimento global que inspira centenas de milhões de pessoas a doar, colaborar e celebrar a generosidade.

Com a pandemia a Vida Norte, uma associação 100% privada que depende do apoio de particulares e empresas para dar resposta à sua atividade de acompanhamento de famílias em situação de fragilidade social e económica, registou um decréscimo das contribuições e donativos, o que resulta num forte impacto na atividade da associação e no apoio que consegue prestar, em contraste com o crescente aumento de pedidos de apoio que têm vindo a chegar à IPSS.

Como forma de procurar angariar apoios que permitam dar continuidade ao seu trabalho, que abrange uma média de 100 grávidas e famílias por mês, a Vida Norte juntou-se à campanha #GivingTuesday através do projeto “Torne-se um Amigo Vida Norte”.

Um Amigo Vida Norte é um particular ou uma empresa que contribui financeiramente, de forma regular, para a sustentabilidade da Associação, com valor e periodicidade à escolha. Com um apoio mensal a partir de 5€ este Amigo pode fazer toda a diferença na vida das mães e bebés que a associação acompanha, garantindo um acompanhamento de proximidade, com vista à capacitação da família e à construção de um projeto de vida autónomo, responsável e feliz.

Em alternativa a esta contribuição regular, é possível aos doadores optarem pela oferta de Kits de Produtos de Bebé, com valores que variam entre os 5€ e os 15€.

 

 

Mais mecanismos de apoio
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reforça que a sua Linha de Apoio à Diabetes continua como uma frente...

Esta linha destina-se a todas as pessoas com diabetes que procurem assistência em situações de descompensação da doença e esclarecimento sobre os procedimentos a adotar em caso de infeção pelo novo coronavírus. “Inicialmente, o principal objetivo era evitar que as pessoas com diabetes tivessem de se deslocar para resolver o seu problema e que continuassem a ser informadas e acompanhadas. Neste momento, a linha ganha uma nova dimensão e surge também como uma rede para amparar todos os que se viram impossibilitados de ter as suas consultas.” afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A APDP alerta ainda para o facto de as pessoas com diabetes serem um dos grupos de risco em caso de infeção pelo novo coronavírus. “Em caso de contágio, as pessoas com diabetes estão mais suscetíveis a consequências graves ou até à morte”, reforça o presidente da APDP. Afinal, estima-se que 10 a 20 mil pessoas tenham ficado sem acesso a diagnóstico e intervenção precoces, um dos passos cruciais para evitar complicações e internamentos, durante o período de quarentena.

A associação frisa ainda a importância do papel da Sociedade Civil para ajudar a fazer uma avaliação correta das necessidades e medidas necessárias para a redução do impacto das doenças crónicas. Outro dos objetivos da linha de apoio prende-se com esta medida: “é mais uma ferramenta de uma frente ativa da APDP que está a trabalhar para criar um sistema que permita combater a deterioração dos direitos e das condições das pessoas em situações mais vulneráveis”, explica José Manuel Boavida.

O projeto da Linha de Apoio à Diabetes foi recentemente distinguido com uma menção honrosa atribuída pelo Prémio Manuel António da Mota, este ano sob o lema “Portugal vence a covid-19”, pelo seu papel no combate à crise epidémica e às suas consequências na área da saúde.

A linha de atendimento telefónico da APDP, destinada a todas as pessoas com diabetes, está disponível todos os dias, entre as 9h e as 17 horas, através do número 213 816 161.

 

Projeto da Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) desafia os...

A participação envolve o preenchimento de dois questionários, disponíveis em www.figadogordo.com, antes e depois da leitura de uma banda desenhada desenvolvida pela equipa no âmbito do projeto europeu “FOIE GRAS” (Marie Sklodowska Curie Actions-Innovative Training Networks; MSCA-ITN), que se foca em investigação fundamental e aplicada sobre esta doença do fígado.

A iniciativa é coordenada por Mireia Alemany i Pagès, aluna do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB) do Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra (IIIUC), e faz parte da sua tese de doutoramento, que tem como objetivo a procura de novas estratégias e abordagens de comunicação da doença do fígado gordo não-alcoólico (NAFLD na sigla inglesa), assim como monitorização do impacto.

A aluna já realizou trabalho de campo com doentes, com o intuito de perceber o que conheciam ou desconheciam sobre a patologia. Esse trabalho, realizado numa colaboração interdisciplinar entre biólogos, psicólogos, sociólogos, cuidadores, clínicos e doentes, resultou numa publicação científica, e, com base nas histórias de vida e dúvidas dos doentes, surgiram as personagens e a história por trás da banda desenhada "Um fígado equilibrado é meio caminho andado", ilustrada por Rui Tavares, também aluno do PDBEB. Esta BD aborda características, tratamento e prevenção da doença do fígado gordo não-alcoólico, bem como de outras doenças metabólicas.

Os dois alunos são orientados por Anabela Marisa Azul e João Ramalho-Santos. Mais informação sobre o Projeto FOIE GRAS disponível em: http://www.projectfoiegras.eu/about/.

 

Apoio em tempo de pandemia
Desenvolvida e pensada por uma mãe que sentiu a necessidade de poder ter acesso, durante este período, ao apoio de...

Apesar de estar a ser lançada em plena pandemia da COVID-19, o projeto nasce há cerca de um ano, quando a criadora da aplicação – Teresa Horta e Costa – estava à espera do seu segundo filho e tinha já um bebé com pouco mais de um ano de idade. Apercebeu-se de que existia uma necessidade não atendida para as mulheres que tinham acabado de ser mães e tinham inúmeras dúvidas sobre a alimentação do bebé, a amamentação, o sono, os problemas mais frequentes, entre muitas outras questões e para as quais muitas vezes sair de casa era um desafio pela logística envolvida.

“Apesar de existir muita informação na internet sobre os vários temas que a maternidade envolve, está toda muito dispersa e nem sempre temos a certeza de que está correta ou até mesmo se tem validade científica. Isto ainda nos faz sentir mais ansiosas e com mais dúvidas”, começa por explicar Teresa Horta e Costa.

A Bean App surge então como resposta à criação de uma espécie de Marketplace online, com especialistas em áreas ligadas à puericultura e que se debruça sobre os vários temas relacionados com a maternidade. Aqui, as mães contam com a curadoria de profissionais de saúde e podem pesquisar sobre os temas que mais têm interesse ou caso precisem de ajuda, podem agendar consultas online em áreas como a Amamentação, Sono, Cuidados do Bebé, Psicologia, Coaching ou Fisioterapia.

Teresa Horta e Costa, acrescenta ainda que olha para a Bean App “como um projeto em constante desenvolvimento, que certamente vai crescer com as famílias e as suas necessidades. Cada bebé é único e por isso só traz novos desafios, queremos estar ao lado das famílias nesta nova etapa e continuar a dar respostas às necessidades que sintam e ainda não estejam atendidas”.

Esta é uma plataforma que vai permitir que as famílias estejam com o seu bebé num ambiente mais cómodo e seguro, mantendo o contacto com profissionais de saúde de forma prática, através do agendamento e participação nas sessões ou consultas online. Uma necessidade que no passado quando a fundadora da aplicação a pensou podia já fazer sentido, mas que atualmente devido ao período de pandemia que ainda nos encontramos a viver este formato ganha ainda mais pertinência. 

Bean App já se encontra disponível online através de um website que funciona como uma plataforma. No futuro, está previsto adotar-se um sistema com ambiente de aplicação, mas que não será necessário fazer o download. 

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