Tratamento ideal e personalizado
O dia 17 de novembro marca o Dia Mundial do Não Fumador, um dia muito importante dado estar ligado a

Embora ainda seja muito cedo para dar um número concreto, para este ano o número de novos diagnósticos deve diminuir. Algo que, infelizmente, não será devido a uma melhoria na saúde da população, mas sim ao grande número de testes que o COVID-19 desacelerou ao longo de 2020.

Esta situação preocupa muito os oncologistas, que já há algum tempo nos alertam sobre as consequências que esta situação excecional pode trazer. Tanto no cancro do pulmão quanto noutros tipos. Já se está a perceber que atrasos no diagnóstico e nas cirurgias estão a resultar no aumento da deteção de casos em estadio avançado e com pior prognóstico.

Portanto, este ano é mais importante do que nunca comemorar esta data para lembrar a população da importância de rever e monitorizar a sua saúde. Mas também para destacar o trabalho constante de investigadores e especialistas em saúde especializados neste tipo de cancro, um trabalho que está a resultar em grandes avanços.

Um exemplo disso é toda a nova era da oncologia de precisão, com o estudo e deteção de biomarcadores que abrem um novo caminho para tratamentos direcionados capazes de modificar drasticamente a resposta e a evolução da doença. A imunoterapia também é outro grande avanço no tratamento do cancro, que visa, sobretudo, estimular as defesas do doente contra a doença.

E para que o seu resultado seja ainda mais eficaz, é necessária a implantação de ferramentas diagnósticas precisas e preditivas na prática clínica diária. Por exemplo, imunogramas e análises genómicas em biópsia sólida (amostra de tecido) ou biópsia líquida (sangue). Esta última, pouco invasiva, tornou-se uma técnica de grande utilidade pela vasta informação que oferece aos especialistas sobre a evolução de um tumor e suas alterações genéticas. Por meio dessas análises/estudos, é mais fácil para o oncologista encontrar a terapia mais eficaz para cada um de seus doentes. Um tratamento personalizado baseado nas características do seu tumor.

Por outras palavras, quem sofre de cancro do pulmão pode aproveitar os benefícios da genómica e da medicina de precisão para encontrar um tratamento ideal e personalizado. Atualmente, são conhecidas mais de uma dezena de mutações genéticas associadas ao cancro do pulmão que regulam processos determinantes como a proliferação e sobrevivência de células tumorais, decisivas no desenvolvimento da doença.

Ao detetar essas alterações, a sensibilidade e eficácia de novos tratamentos direcionados que atacam diretamente as células tumorais também podem ser previstas. Assim, o doente é tratado com medicamentos que produzem menos efeitos secundários, melhorando a sua qualidade de vida.

Em todo caso, não podemos esquecer que o melhor remédio contra o cancro do pulmão ainda é a prevenção. Tabaco, poluição ou exposição a certos componentes químicos, por um lado, são fatores que aumentam o risco de sofrer deste problema oncológico. Por isso, é também importante ter um estilo de vida saudável que, por outro lado, pode ajudar-nos a evitar muitas outras doenças graves. A tudo isso devem ser somados os check-ups periódicos, principalmente quando aparecem dificuldades respiratórias, pois a deteção precoce pode ajudar o doente a ter uma evolução com sucesso.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinar
No âmbito do dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala a dia 19 de novembro, o Hospital da Luz Learning Health, com o...

“As previsões são que, até 2030, esta seja a segunda maior causa de mortalidade por cancro, só superada pelo cancro do pulmão. Neste sentido, este webinar constitui mais um passo para uma análise  da evolução do que tem sido feito e quais as soluções para o futuro, assim como qual será abordagem que deve ser adotada para conseguirmos garantir sucesso terapêutico.” explica Rui Maio, cirurgião, diretor clínico do Hospital da Luz Lisboa e diretor do departamento de cirurgia do Hospital Beatriz Ângelo.

Durante o webinar, vai ser abordada a mortalidade do cancro do pâncreas e as suas causas, a epidemiologia e fatores de risco associados, o papel das intervenções endoscópicas no diagnóstico de pré-cancro e lesões cancerígenas, os principais desafios em estadios mais avançados, como uma explicação de quando, porque e como é que a radioterapia é útil e quando é que deve surgir a cirurgia. O programa termina com uma análise ao estado de arte da cirurgia ao cancro do pâncreas.

“Esta sessão é fundamental pois precisamos de explorar quais são os principais avanços e caminhos no tratamento do cancro do pâncreas. Atualmente, um dos dados mais alarmantes é que o crescimento da mortalidade é mais acentuado entre os 50 e os 54 anos, o que pode significar que se esta tendência se mantiver, num futuro próximo, um número crescente de mortes por cancro do pâncreas poderá ocorrer em idade cada vez mais precoce. Além disso, como os sintomas são poucos, são muitas vezes desprezados.” destaca Jorge Paulino, especialista de cirurgia geral no Hospital Curry Cabral.

Rui Maio reforça ainda o papel de um diagnóstico precoce para garantir o sucesso terapêutico “um diagnóstico precoce permite realizar uma intervenção cirúrgica, que é a única terapêutica curativa para o cancro do pâncreas, aumentando a sobrevida do doente.” Por outro lado, o diretor clínico do Hospital da Luz Lisboa destaca a importância da otimização dos doentes no pré-operatorio, intra-operatorio e pós-operatório dos doentes, que permite melhorar os resultados cirúrgicos.

Na altura do diagnóstico do cancro do pâncreas, apenas 20% dos doentes são suscetíveis de cirurgia direta. 50% dos tumores são irressecáveis, pelo que os doentes só podem ser submetidos a terapêutica paliativa. E cerca de 30% são borderline ressecáveis, ou seja, os doentes necessitam de fazer terapêutica neoadjuvante (quimioterapia e/ou radioterapia), de forma a terem possibilidade de intervenção cirúrgica a posteriori.

Opinião
Conhecemos hoje, melhor do que nunca, a população microbiológica associada aos doentes com infeção q

Um dos fatores mais relevantes para a emergência dessas resistências é a utilização excessiva de antibióticos, seja a nível do uso humano, seja a nível da indústria de produção animal. Este impacto não se verifica apenas nas infeções complexas tratadas a nível hospitalar, mas também nas infeções tratadas em ambulatório como a traqueobronquite aguda bacteriana ou pneumonia; infeções do trato urinário, entre outras. No caso particular das infeções urinárias da comunidade/ou tratáveis na comunidade, todos assistimos à emergência de microorganismos bacilos Gram negativo de resistências acrescidas, nomeadamente com produção de beta-lactamases de espectro alargado (ESBL). Os mesmos constituem um extremo desafio em considerar se são efetivamente agentes patogénicos daquela infeção; e a escolha de uma antibioterapia empírica eficaz é de considerável complexidade.

Com a entrada lenta de novos antibióticos capazes de superar o ritmo de emergência destes microorganismos multirresistentes, há hoje o entendimento que devemos utilizar melhor as “velhas” armas antibióticas. Nesse sentido, deve-se fazer uso optimizado das suas características farmacocinéticas/farmacodinâmicas; utilizar programas de descalação antibiótica e esclarecer melhor o perfil e o “rótulo” de reações adversas – nomeadamente das alergias reportadas pelos doentes – não excluindo à partida as boas opções – como é o caso mais frequente dos beta-lactâmicos. Ainda assim, o Infarmed I.P. aprovou nos últimos tempos, para uso hospitalar e após avaliação favorável de custo-eficácia, novos antibióticos que vale a pena conhecer: ceftazidima-avibactam para o tratamento de infeções por bactérias aeróbias Gram negativo com alternativas limitadas; ceftazolano-tazobactam em alternativa à piperacilina-tazobactam; ou a fidaxomicina no tratamento de infeções por Clostridium difficile em alternativa à vancomicina.

antibioterapia em cada situação é assim frequentemente revista, nas suas indicações, formas de administração (oral versus parentérica; bólus versus perfusão), tempo de administração e posologia. Fundamenta-se hoje a adaptação fármaco-prescrição individualizada a cada doente; com as suas morbilidades, com a sua infeção e microrganismo causador, associado a concentrações inibitórias mínimas específicas e variáveis da bactéria em causa.  Isto deve levar em conta a melhor ou pior performance nos processos de absorção, distribuição e eliminação do doente, que são mutáveis ao longo do processo da doença infeciosa aguda – fazendo variar os volumes de distribuição dos fármacos.

Estas exigências aconselham, à imagem de outras áreas da terapêutica, atualização técnico-científica permanente. A Medicina Interna é uma das especialidades que lida frequentemente com doentes e doenças complexas, e por isso é-nos exigida a adequação terapêutica individual optimizada nestes contextos, para daí retirarmos o benefício para o doente contribuindo ao mesmo tempo para o melhor controlo global das resistências aos antibióticos.

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Médicos deixam o alerta
Infeções simples que existem na atualidade podem vir a ser fatais nos próximos anos e causar a morte de 10 milhões de pessoas...

Para alertar para este problema de saúde pública, e numa altura em que se assinala o Dia Europeu do Antibiótico, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) volta a juntar-se à campanha de sensibilização nacional “Responsabilidade é o Melhor Remédio” e pede consciencialização na utilização destes medicamentos.

“Todos os anos morrem 700 mil pessoas devido à resistência aos antibióticos e o cenário pode complicar-se ainda mais no futuro, tal como mostram as previsões realistas e assustadoras da Organização Mundial de Saúde, que nos diz que se o consumo de antibióticos se mantiver nos números atuais, a resistência aos mesmos, e consequente falha no tratamento, vai ser responsável pela morte de 10 milhões de pessoas até 2050”, alerta Eurico Silva, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

“Importa ainda relembrar que, anualmente, morrem mais pessoas em Portugal devido a infeções associadas aos cuidados de saúde – falamos de bactérias resistentes – do que por acidentes de viação. O assunto é sério e muito preocupante e está na hora de fazermos alguma coisa para reverter esta situação. É tempo de sermos conscientes e alertar o familiar, o amigo ou o conhecido para este problema e tentar evitar o consumo de antibióticos de forma frequente e desnecessária porque, mais uma vez, relembramos que os antibióticos não são eficazes nas infeções causadas por vírus, situações onde costumam ser recorrentemente utilizados”, conclui.

Dados mostram que, por exemplo, 80% das dores de garganta são causadas por vírus, nas quais os antibióticos não são eficazes. Uma inflamação na garganta inclui sintomas como dor, vermelhidão, inchaço e calor, que podem durar entre 3 a 7 dias, devendo a pessoa melhorar após esse período.

Para sensibilizar para esta problemática, a APMGF uniu-se mais uma vez à campanha de sensibilização nacional “Responsabilidade é o Melhor Remédio”, uma iniciativa que tem como principal objetivo sensibilizar médicos, farmacêuticos e população em geral para a importância da utilização responsável do antibiótico e que, desde a sua criação, já fez chegar milhares de materiais informativos às farmácias e centros de saúde de todo o país.

3500 colheitas por dia
Numa altura em que os testes são uma etapa crucial no controlo da pandemia, a empresa portuguesa Penguin Formula lançou a...

A CVP tem um posto fixo em Lisboa com duas linhas ‘drive-thru’ em que o utente não precisa sair do carro e, quatro linhas ‘walk-thru’. O Snaptest permite à CVP ter um sistema de agendamento online e offline (utilizado por enfermeiros e staff). Podem inserir os resultados e fazer uma clara gestão dos espaços disponíveis, na testagem dos dois tipos de teste: o Teste Molecular e o Teste de Antigénio de Leitura Rápida (15 minutos).

Segundo Miguel Santos, coordenador de TI da CVP CNE (Coordenação nacional de emergência), a “utilização do SnapTest possibilitou à Cruz Vermelha Portuguesa substituir tabelas e formulários comuns, por um software integrado que permite ter toda a informação centralizada e segura”. “A forma como a plataforma foi construída permitiu a integração com a nossa plataforma interna existente e sermos capazes de analisar dados diretamente”, acrescentou.

O fator diferenciador deste teste é poder ser utilizado fora do edifício hospitalar e dependendo do tipo de teste, os resultados serem entregues em 15 minutos a até 48 horas. A colaboração com a CVP é a primeira instância a ser replicada para fornecer resultados de teste mais rápidos e melhorar as capacidades de teste em pontos de atendimento em tempos tão incertos da atual segunda vaga.

Características do SnapTest da Penguin Formula

Dotar as organizações de saúde de novas tecnologias que ajudem a conter a disseminação da COVID-19 é uma das prioridades da Penguin Formula e das autoridades de saúde pública. Os testes continuam a ser uma etapa crucial no controle da pandemia pela COVID-19.

O SnapTest faz parte da ferramenta de gestão de recursos de saúde da Penguin Formula, o Critical Planning Solution (CPS). Especialmente concebida para gestão de espaços hospitalares, Unidades de Cuidados Intensivos e stock de equipamento relacionado com a tecnologia impulsionada por Inteligência Artificial, as entidades de saúde podem otimizar e automatizar processos (ou seja, reserva de camas de UCI’s no hospital mais próximo por meio de dispositivos móveis, etc.). As soluções são projetadas tendo conta o cumprimento com o Regulamento Geral da Proteção de Dados (Europa).

O SnapTest da Penguin Formula foi projetado para dar suporte a centros de testes e outros recursos das organizações de saúde. Com uma implementação rápida e sólida, o SnapTest pode ser lançado em poucos dias e é facilmente adaptável para suportar um grande número de testes e vários locais.

“Thinking For All, Acting For You”
As Farmácias Holon promovem, pela primeira vez, o Encontro Holon 100% digital, nos dias 2 e 3 de dezembro. Sob o mote “Thinking...

Nuno Machado, Diretor das Farmácias Holon, explica: “cientes da atual situação pandémica, queremos transmitir a mensagem de que tudo o que fazemos é para os nossos farmacêuticos e utentes, com um grande sentido de missão e parceria. Enquanto Farmacêuticos Comunitários estamos na linha da frente e sempre disponíveis para colaborar com todos os stakeholders, em prol da promoção da saúde pública”.

Em destaque estará a discussão em torno da pandemia pela Covid-19 e a inegável pressão sobre o SNS e os Profissionais de Saúde. Os tempos são de incerteza. Sabemos que algumas medidas ajudam a evitar a propagação do novo coronavírus SARS-CoV-2.

Mas, o que nos reserva o futuro? Henrique Barros, Presidente do Conselho Nacional de Saúde, vai ajudar-nos a perceber melhor esta doença.

Cristina Queirós, Professora Associada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, vai falar sobre “Burnout: Sintomas e Prevenção”, um fenómeno ocupacional que tem vindo a crescer, também junto dos profissionais de saúde.

Ana Delgadinho, farmacêutica e especialista em Gestão de Categorias, ensina como melhorar a experiência de compra dos utentes, ao mesmo tempo que incrementa a rentabilidade da farmácia.

A Palestra PH Talks: “Marca Própria: Oportunidade e Vantagem de Negócio” é uma oportunidade para conhecer os bastidores dos Produtos Holon. Uma conversa que vai partilhar todo o valor acrescentado, para Farmácias e utentes, que a Marca Holon proporciona.

Carla Dias, Public Speaker e impulsionadora do conceito “SMERVE” (Smile and Serve) irá falar sobre o TOP SERVICE. Alexandre Monteiro, profiler e mestre em decifrar pessoas, vai revelar o que devemos saber para decifrar, influenciar e encantar os utentes, na sua palestra “7 Minutos para reconhecer 80% do Perfil Comportamental”.

A presença nas redes sociais – Facebook, Instagram, Tik Tok – é essencial para manter qualquer marca viva e de boa saúde. Um universo com regras diferentes que a Influencer Sofia Novais de Paula vai ajudar a desmistificar!

“No XIII Encontro Holon todos os participantes podem assistir a Palestras sobre Transformação Digital, Serviço de Excelência, Saúde Animal, Competências Comportamentais e, muito importante, ferramentas para garantir a rentabilidade e sustentabilidade das farmácias. Uma reunião onde é possível consolidar competências, ouvir especialistas sobre tópicos com forte aplicabilidade no dia-a-dia da farmácia, promover novas aprendizagens e partilhar de uma experiência digital muito positiva! Um evento aberto a toda a Comunidade Farmacêutica. De todos e para todos!”, finaliza Nuno Machado.

Projeto FIGHT COVID
FIGHT COVID é um projeto da SGS Portugal e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa direcionado para o combate à...

A SGS Portugal, empresa líder mundial em inspeção, verificação, ensaios laboratoriais, formação e certificação, estabeleceu uma nova parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) para desenvolver o projeto FIGHT COVID, que consiste na alocação e disponibilização de unidades laboratoriais móveis para a realização de testes à COVID-19 a particulares, empresas e outras entidades, nas melhores condições de segurança epidemiológicas e clínicas, garantindo credibilidade, conhecimento, inovação e resultados em menos de 24 horas.

O projeto FIGHT COVID tem a primeira estrutura móvel com posto de colheitas biológicas instalada no exterior do campus da Ciências ULisboa, na zona entre o edifício C6 e a Faculdade de Letras da ULisboa. Neste projeto, a SGS Portugal é responsável pela gestão de recursos, agendamento dos testes e pela implementação operacional do projeto no terreno, enquanto, a Ciências ULisboa assegura toda a componente de testagem, recolha e processamento de amostras, até ao envio dos resultados.

Ricardo Dias, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, salienta que “o rigor e a qualidade dos testes de diagnóstico e rastreio realizados no âmbito deste projeto são assegurados pelo Centro de Testes (CT) da Ciências ULisboa, que dispõe de um Sistema de Contenção Biológica de nível 3, recomendado pela Organização Mundial de Saúde”. Recorde-se que o CT Ciências ULisboa é membro da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da COVID-19, sendo certificado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e licenciado pela Entidade Reguladora da Saúde. Ricardo Dias acrescenta ainda que “o CT Ciências ULisboa se encontra equipado com tecnologia de referência em gestão de informação clínica (CLINIDATA®), certificada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o que garante a comunicação de informação laboratorial em tempo real com a DGS – Direção Geral da Saúde”.

Teresa Vieira, business manager da Área Laboratorial da SGS Portugal, refere que “esta unidade laboratorial móvel de testagem funciona por sistema de marcação prévia, possuindo equipamentos de emergência médica, plano de contingência e reenvio clínico para situações emergentes, garantindo todas as condições de segurança necessárias e de acordo com as recomendações atuais da DGS”, acrescentando ainda que “também está equipada com um sistema de desinfeção, por nebulização, de modo a garantir o controlo microbiológico da estrutura, respetivas superfícies e ar”.

A estrutura móvel FIGHT COVID está registada na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e no INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica – e conta, em permanência, com uma equipa de enfermeiros qualificados com experiência profissional comprovada em gestão de casos COVID-19 e por um responsável médico.

Conferência digital avança perspetivas futuras em Portugal
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) vai promover a realização de uma conferência digital, subordinada ao tema ...

“Esta conferência tem como principais objetivos promover a discussão sobre a canábis para fins medicinais no tratamento da dor crónica, em Portugal, e partilhar o conhecimento e as boas práticas internacionais nesta área”, explica Ana Pedro, presidente da APED.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia comunitária estão regulamentadas, em Portugal, com a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho e com o Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro.

Em Portugal, a utilização da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, entre as quais, a dor crónica. Estima-se que 36,7% da população adulta portuguesa tenha dor crónica. A incapacidade associada a esta doença afeta diretamente a vida pessoal, familiar, social e profissional dos doentes. Atualmente, existe um grande número de tratamentos disponíveis para a dor crónica, que requerem uma abordagem biopsicossocial, incluindo intervenções farmacológicas e não farmacológicas, que, no entanto, não controlam todas as situações clínicas.

A participação na iniciativa é gratuita, mas requer inscrição prévia. Está disponível apenas para profissionais de saúde. As inscrições são limitadas. Acompanhe todas as informações e novidades aqui: https://aped.rxf.vsmeeting.pt

 

Opinião
Desde 1984 que é comemorado em Portugal, a 17 de novembro, o Dia Nacional do Não Fumador.

Esta data comemorativa tem um significado especial para mim, não só por ser Médica Internista dedicada à área da prevenção e risco vascular, mas também porque foi uma das primeiras iniciativas em que participei na minha comunidade enquanto adolescente.

O consumo do tabaco, para além de ser um dos fatores de risco mais importante associado às principais causas de morte, tem um grande impacto na qualidade de vida, sendo, no entanto, a primeira causa de doença possível de se prevenir. Aumenta a  probabilidade de doenças crónicas como, por exemplo, a doença respiratória (bronquite crónica, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crónica), doença cardiovascular (cardiopatia isquémica, insuficiência cardíaca, insuficiência arterial periférica), doença cerebral (acidente vascular cerebral, demência), doenças da boca (gengivites, cáries, alteração da cor dos dentes), doença ulcerosa péptica, diminuição e perda de visão, envelhecimento precoce da pele, osteoporose, maior vulnerabilidade a infeções, redução da fertilidade feminina e impotência. Como também é de amplo conhecimento, o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de cancro como o respiratório, digestivo, ginecológico e urinário. Para além disso, sabe-se também que os fumadores com infeção a SARS-CoV-2 acarretam maior risco de progressão para doença grave, maior risco de ventilação mecânica e maior risco de morte.

Mas, para além das consequências negativas do tabaco, importa salientar os benefícios a médio prazo da cessação tabágica, tais como o aumento da esperança e qualidade de vida, a melhoria da saúde cardiovascular, o aumento da probabilidade de ter filhos mais saudáveis, entre outros. Já a curto prazo, há também resultados muito positivos como, por exemplo, a normalização da frequência cardíaca e pressão arterial ao fim de 20 minutos, a normalização dos níveis de monóxido de carbono após 8 horas e dá-se o início da redução do risco de doença cardiovascular após 24 horas.

Com o objetivo de melhorar a sua saúde e longevidade, cada vez mais são aqueles que tentam deixar de fumar. É, no entanto, um processo difícil de concretizar sem apoio profissional. A taxa de sucesso é comprovadamente maior quando existe uma abordagem multidisciplinar envolvendo a Medicina Interna, Pneumologia, Medicina Geral e Familiar, Nutrição, Psicologia e Enfermagem, definindo-se um plano de cessação tabágica adaptado a cada pessoa, de forma a assegurar o sucesso do tratamento.

E porque estamos em ano de mudanças de hábitos, porque não começar a pensar em aumentar a saúde individual e coletiva dos Portugueses, tomando a importante decisão de deixar de fumar?

 

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Master Class
Com a presença profissionais de saúde de diversas áreas, o ISCTE Executive Education realiza a 19 de novembro, pelas 18h30, a...

Em contexto de pandemia, as unidades de saúde estão a lidar diariamente com muitas mudanças para fazem face ao aumento de casos de COVID-19 em Portugal.  A pandemia mudou drasticamente o modelo organizacional dos hospitais, passando a exigir respostas extremamente urgentes e eficientes diante desta crise sanitária.

Tendo como oradores seis Profissionais de Saúde de diferentes grupos profissionais – Medicina Geral, Psiquiatria, Reabilitação, Psicologia, Farmácia, Nutrição, Enfermagem - o ISCTE Executive Education realiza no próximo dia 19 de novembro, pelas 18h30, a Real-Life Master Class “Lideranças nas Unidades de Saúde: Experiências e Desafios” com o objetivo de partilharem as suas experiências e desafios, tendo implícito a sua liderança enquanto processo construtivo de atuação.

Neste evento online serão transmitidos os testemunhos de alguns profissionais da linha da frente no combate ao Covid-19 nomeadamente Eunice Carrapiço, Médica, Diretora Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte, Carla Adriana Santos, Nutricionista, Hospital Garcia de Orta, Dália Nogueira, Terapeuta da Fala, Investigadora Associada da BRU-ISCTE, foi Diretora do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e da Obra Social do Pousal, Maria João Fagundes, Psicóloga, Taskforce da Implementação do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Miguel Veríssimo, Enfermeiro, Diretor do Hospital Luz Setúbal, Sara Silva Alexandre, Farmacêutica, Coordenadora dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, o número máximo de mortes diárias por Covid-19 ao contabilizar mais 91 óbitos. De...

Deste modo, desde o início da pandemia, Portugal já contabilizou 3.472 mortes associadas à Covid-19 e 225.672 casos de infeção.

Em relação a ontem, segundo os dados da DGS, foram registados mais 91 morta, 3.996 infetados e 3.560 pessoas foram dadas como recuperadas da infeção. Ao todo há já 142.155 casos de recuperação assinalados em território nacional.

O relatório da situação epidemiológica, mostra que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.607 óbitos, mais 44 do que ontem, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.302 +33), Centro (433 +11) e Alentejo (79 +3).

Quanto ao número de internamentos, contam-se agora 3.040 doentes internados, mais 111 que ontem, estando 426 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 do que no domingo.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 80.045 casos ativos da infeção em Portugal – mais 345 que ontem - e 95.354 pessoas em vigilância pelas autoridades - mais 750.

 

Dia Mundial do Não Fumador
Em Portugal, todos os anos ocorrem cerca de 13 mil mortes associadas ao consumo de tabaco. Em vésperas de se assinalar o Dia...

Para além de ser um importante fator de risco para o Cancro, o fumo do tabaco está entre as principais causas de múltiplas doença cardíacas e respiratórias. 

“As pessoas devem ter presente que o consumo de tabaco contribui para 85% dos cancros do pulmão, que é a doença oncológica com maior taxa de mortalidade”, refere a presidente da Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão.

“Em Portugal, anualmente são diagnosticados 5200 novos casos e morrem mais de 4600 pessoas”, salienta Isabel Magalhães, “e isto apesar dos enormes avanços que têm sido desenvolvidos nesta área, onde a evolução da ciência permite hoje novas terapêuticas com grandes benefícios em termos de sobrevivência com qualidade de vida”.

E como “o pulmão não dói e alguns dos sintomas são muitas vezes interpretados e associados pelas pessoas a outras doenças, torna o diagnóstico muitas vezes tardio, com consequências no tratamento. Até por este facto, o melhor é mesmo antecipar o problema, ganhando a consciência que devem evitar o consumo de tabaco”, alerta.

 

Tomada de posição
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alertou hoje para as condições em que alguns doentes se encontram internados,...

“Ao longo das últimas semanas, face à enorme pressão que os hospitais têm vindo a sofrer, várias situações foram reportadas dando conta de cenários indesejáveis, de doentes internados em condições impróprias e sem a abordagem terapêutica considerada adequada”, refere a SPP numa tomada de posição relativamente à organização dos serviços de saúde.

Por outro lado, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia adianta que têm sido igualmente reportadas situações em que “os médicos pneumologistas e os restantes trabalhadores de saúde são colocados de forma arbitrária em enfermarias com um ratio/doente extremamente elevado”.

Desta forma, alerta, não podem “disponibilizar os melhores cuidados de saúde, para além da necessidade da organização de equipas multidisciplinares dado os doentes internados com infeção covid-19 terem em número considerável várias outras comorbilidades, com necessidade de serem abordadas pela especialidade em causa”.

A SPP adverte ainda que “a integridade dos trabalhadores de saúde e das suas famílias não pode ser colocada em causa por falta de material de proteção necessário para a execução de atos médicos no contexto da atual pandemia, continuando a serem reportadas situações deste género, para além de se manter um número excessivamente elevado de infeções por SARS-Cov-2 nos profissionais de saúde”.

Entendendo que o país atravessa “uma situação extrema de saúde pública e que o Serviço Nacional de Saúde é alvo de uma sobrecarga sem precedentes”, a SPP considera “ser dever das autoridades a organização dos serviços no sentido de garantirem a prestação de cuidados e de assistência aos doentes com covid-19, mas também aos doentes que sofrem de outras patologias”.

“O facto de a Pneumologia ser uma das especialidades de primeira linha na resposta à covid-19, implica por vezes o preenchimento dos internamentos adstritos apenas, ou de forma preferencial, aos serviços de Pneumologia, levando a que os doentes com patologia respiratória crónica sejam internados sem a assistência da especialidade responsável”, acrescenta na sua tomada de posição. 

No documento feito chegar à comunicação social, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia reforça que o facto de existir menor disponibilidade de recursos a nível dos cuidados primários de saúde e dos hospitais, leva “inevitavelmente a que os doentes respiratórios crónicos não tenham o seguimento apropriado e que os doentes com apresentação da doença não tenham um diagnóstico atempado, circunstância que poderá ser dramática no contexto de doenças que necessitam de um diagnóstico precoce sob pena de os doentes não terem benefício de terapêuticas mais eficazes por se encontrarem em fases mais avançadas da doença”.

“Esta situação será apenas contrariada, no contexto dramático em que nos encontramos, com uma organização racional e eficaz dos vários recursos existentes”, sublinha a Sociedade Portuguesa de Pneumologia

Soluções tecnológicas
Está a decorrer o "Alfathon", o primeiro hackathon totalmente digital criado pela Alfasigma, uma empresa italiana que...

O prémio final de 5.000 euros será entregue ao projeto em março de 2021. Os vencedores serão escolhidos entre aqueles que apresentarem soluções tecnologicamente avançadas no campo da investigação e inovação farmacêuticas e que forem mais capazes de melhorar a saúde dos pacientes.

Os participantes deverão apresentar um projeto de viabilidade, uma ideia inovadora e um plano de desenvolvimento, que a Alfasigma irá avaliar como um projeto futuro.

Existem três áreas nas quais o concurso se irá focar.

A primeira diz respeito ao desenvolvimento de uma forma farmacêutica que transforme a forma como os princípios ativos são administrados de modo inovador. O objetivo será o estudo de uma plataforma de formulação "oral" para a administração de fármacos pertencentes à classe de "moléculas grandes" com particular referência a proteínas ou peptídeos ou fragmentos ativos de origem proteica.

A segunda envolverá o desenvolvimento de software/hardware para o tratamento da encefalopatia hepática. Em particular, a criação de uma ferramenta - por exemplo, um dispositivo, uma aplicação ou algo semelhante - mais simples, eficaz e intuitiva de usar, que permita manter a evolução da doença sob controlo e que melhore a qualidade de vida dos doentes que sofrem desta patologia.

Por fim, os membros irão competir no tema "o aconselhamento do farmacêutico cada vez mais perto". De facto, nos últimos anos a farmácia transformou-se num verdadeiro centro de primeiras consultas e cuidados de saúde. O objetivo deste desafio é desenvolver um projeto de viabilidade de soluções tecnológicas, como aplicações, plataformas, software, apps, dispositivos com software ad hoc que possibilitem ao farmacêutico aconselhar pacientes frágeis.

O “Alfathon” está aberto a todas as pessoas com mais de 18 anos. A inscrição deve ser enviada até 30 de novembro de 2020 através da plataforma www.alfathon.com, sendo que pode ser realizada por uma única pessoa ou uma equipa de até cinco participantes. Após a inscrição, os participantes serão contactados para uma formação com especialistas focados no único desafio escolhido. Em dezembro, os projetos serão enviados à Comissão e, a seguir, os três primeiros serão selecionados para a avaliação final.

Pandemia
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) já realizou 100 mil testes de rastreio à Covid-19, avança fonte hospitalar.

De acordo com o CHULN, o Serviço de Patologia Clínica realiza uma média de 600 a 700 testes diários, não apenas aos utentes e profissionais do hospital, mas também para outras unidades de saúde e lares da região Sul.

Além de assegurar a resposta aos utentes na urgência dedicada a doenças respiratórias, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte faz ainda testes à Covid-19 a todos os doentes que são internados, que realizam cirurgias ou exames invasivos, bem como a grávidas e acompanhantes.

 

Programa H2020
O CHUC participou num consórcio de 12 instituições, liderados pelo Instituto Aragones de Ciencias de la Salud, que apresentaram...

No passado dia 11 de outubro, a Comissão Europeia informou os parceiros da aprovação da candidatura com o financiamento total de €4,968,784.59. O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) mereceu o financiamento de €1,297,001.25, estando previstas despesas de compra pública de inovação, recursos humanos e outros custos relacionados com o projeto.

Este modelo de cuidados, que necessita de um forte envolvimento da comunidade, é diversificado na utilização de tecnologia e implica soluções disruptivas em casa, intervenções orientadas a dados e uma plataforma aberta para soluções de terceiros que integra comunicação oportuna e eficaz. O ROSIA inclui parceiros especializados em áreas como: cuidados integrados, gestão de dados e plataformas abertas, saúde baseada em valor, experiência do doente, compra pública para a inovação, coordenação e disseminação.

O investimento em reabilitação é insuficiente e o envelhecimento da população aumenta a sua necessidade. Com este projeto pretende-se criar um modelo de cuidados de saúde organizado em torno da autogestão e autocuidado. Trata-se de um modelo de reabilitação no domicílio, desenhado a partir de um modelo de cuidados integrados com base em medidas que otimizam a qualidade e a utilização de recursos clínicos.

Sabemos, também, que algumas patologias como doenças cardiovasculares, covid-19 ou prótese da anca, podem ter um impacto dramático na saúde e no bem-estar das pessoas. A reabilitação tem o potencial de reduzir, ou mesmo reverter, esses impactos. Contudo, é um processo longo, doloroso e intensivo em recursos clínicos.

Em algumas regiões europeias, onde se inclui Portugal, as áreas geográficas remotas enfrentam grandes índices de despovoamento. Aumenta, por sua vez, a necessidade de cuidados relacionados à idade, onde se inclui a reabilitação. Porém, os recursos mantêm-se limitados e os inconvenientes da viagem tornam o tratamento penoso e muitas vezes até inviável.

O projeto ROSIA planeia desbloquear o mercado atual para buscar soluções disruptivas para a reabilitação domiciliária através do desenvolvimento do Ecossistema de Inovação ROSIA, para possibilitar aos clínicos a prescrição de soluções certificadas e facilitar às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e pesquisadores, o acesso ao sistema de saúde.

O grupo de compradores ROSIA representa três diferentes sistemas de saúde europeus: Servicio Aragones de Salud, uma autoridade regional de Espanha; Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de Portugal e o Hospital Nacional de Reabilitação da Irlanda. A validação ocorrerá em dois municípios/localidades por país.

Formato hibrído
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

O curso destina-se a todos profissionais de saúde interessados (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas ou outros), no entanto existirá ordem de preferência pelos Internistas e Especialistas de Medicina Interna.

Segundo Olga Gonçalves, coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos HD, “para a consolidação do trabalho das Equipas de HD e sua harmonização é fundamental que decorram tempos de formação e partilha de que este Curso constitui um primeiro módulo. Versará os aspetos da organização de uma Unidade de HD, as suas criação, expansão e divulgação (primeiro dia) bem como a vertente da prática clínica, contemplando a abordagem de algumas patologias, procedimentos inerentes e linhas terapêuticas a desenvolver (segundo dia).”

O curso pretende demonstrar que “a Hospitalização Domiciliária exige, pela sua própria essência, um forte trabalho multi e interdisciplinar e encerra a possibilidade de proporcionar, quer o melhor e mais integrador ambiente de tratamento dos doentes, quer um acesso mais fácil deste e dos seus cuidadores à literacia em saúde”.

 As inscrições encontram-se disponíveis no seguinte link: spmi.pt/curso-de-hospitalizacao-domiciliaria/#Participantes-e-inscricoes

 

Estudo
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um estudo, o primeiro em Portugal focado na adolescência, que...

A perturbação borderline da personalidade é uma perturbação grave associada a elevada tendência suicida. Estima-se que 2 a 6% da população mundial padeça desta perturbação marcada por uma intensa instabilidade emocional, impulsividade e autodano. Sendo uma perturbação desenvolvimental, não surge subitamente, pelo que se vai desenvolvendo ao longo do tempo. Por isso, a deteção precoce é essencial para prevenir o agravamento da patologia.

Este estudo pretende precisamente “detetar e sinalizar o mais precocemente possível esta perturbação, por forma a evitar que se agrave. Na adolescência, conseguimos logo detetar traços disfuncionais desta patologia, que, com o avançar da idade, acabam por se cristalizar e intensificar, com consequências graves”, explica Diogo Carreiras, investigador principal do estudo, destacando que esta é a grande novidade do projeto, já que, “em vez de estudar esta perturbação severa numa ótica remediativa, ou seja, a pessoa já tem a perturbação, o nosso foco é atuar antes, para prevenir e impedir a perturbação”.

Os primeiros resultados deste estudo, que envolveu 1007 adolescentes (420 rapazes e 587 raparigas) de sete estabelecimentos de ensino básico e secundário do Centro e Norte de Portugal, com uma média de idades de 15.3 anos, e pais, sugerem que, em média, as raparigas adolescentes apresentam traços borderline mais elevados do que os rapazes.

Foram também explorados fatores protetores e fatores de risco no desenvolvimento e na evolução dos traços borderline. “Estudámos duas variáveis opostas: uma de risco, a autoaversão, caracterizada por uma relação de grande criticismo, aversão e de ataque ao “eu”; e uma variável protetora, a autocompaixão (relação de autocuidado), que se traduz na capacidade de sermos sensíveis ao nosso próprio sofrimento, reconhecendo-o, e de agir de forma genuína e comprometida no sentido de o aliviar”, clarifica o investigador do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC).

Verificou-se que, independentemente do sexo, estas duas variáveis assumem um papel importante na evolução da sintomatologia borderline na adolescência, mostrando assim que são variáveis essenciais a considerar na compreensão dos traços borderline nesta faixa etária.

Devido à falta de investigação dos traços borderline na adolescência em Portugal, a equipa desenvolveu instrumentos de avaliação e sinalização destes traços, nomeadamente dois questionários de autorresposta, um para adolescentes e outro para os pais, e uma entrevista clínica para psicólogos, psiquiatras e pedopsiquiatras poderem administrar a adolescentes, com uma linguagem adaptada que traduz causas e mecanismos dos traços borderline.

Outra das conclusões do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), indica que há diferenças entre raparigas e rapazes no que respeita a comportamentos autolesivos não suicidários. As raparigas tendem a usar mais métodos de cortes superficiais de determinadas áreas do corpo (por exemplo, braços, pulsos), enquanto os comportamentos autolesivos dos rapazes tendem a relacionar-se mais com bater neles próprios (por exemplo, darem murros). Ao nível da impulsividade, não se encontram diferenças globais entre os sexos, porém os rapazes parecem ter maior dificuldade em controlar comportamentos relacionados com o consumo de álcool e drogas.

Segundo Diogo Carreiras, os resultados desta investigação podem ser fundamentais para desenvolver programas dirigidos a esta população de risco, “permitindo encontrar orientações para o desenho de intervenções psicoterapêuticas no âmbito da prevenção e de estudos empíricos futuros. Os dados desta investigação salientam variáveis essenciais para compreender os traços borderline em adolescentes, bem como as diferenças nesses mecanismos psicológicos entre raparigas e rapazes, tendo significativas implicações para a prática clínica e prevenção”.

Iniciado em 2018, este estudo insere-se num projeto mais amplo de investigação longitudinal, intitulado “Traços Borderline na Adolescência: Estudo prospetivo do desenvolvimento da Perturbação Borderline da Personalidade”, e faz parte da tese de doutoramento do investigador, orientado pelas docentes Paula Castilho e Marina Cunha.

Medidas do estado de emergência
Medidas mais restritivas como o recolher obrigatório, no âmbito do estado de emergência devido à Covid-19, passaram hoje a...

Com esta atualização, anunciada na página oficial do Serviço Nacinal de Saúde, a partir de hoje são 191 os concelhos abrangidos pelas medidas do estado de emergência. Nestes concelhos está proibida a  circulação na via pública durante a semana, entre as 23:00 e as 05:00, e durante o próximo fim-de-semana, entre as 13 e as 5 horas.

Entre os 18 concelhos capitais de distrito em Portugal continental, Leiria é o único que se mantém fora da lista, em que continuaram a estar identificados com risco elevado Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Porto, Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal e Beja e foram incluídos Viseu, Coimbra, Portalegre, Évora e Faro.

Reavaliada a cada 15 dias pelo Governo, a lista é definida de acordo com o critério geral do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) de "mais de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias", e considerando a proximidade com um outro concelho nessa situação e a exceção para surtos localizados em municípios de baixa densidade.

Medidas aplicadas aos concelhos de maior risco

O grupo de territórios abrangidos, que continua a incluir todos os concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, pode ser consultado site Covid-19 Estamos On.

Os sete concelhos que deixaram de estar incluídos na sexta-feira são Moimenta da Beira, Tabuaço, São João da Pesqueira, Mesão Frio, Pinhel, Tondela e Batalha.

Quanto às medidas aplicadas aos territórios de maior risco, o Governo determinou que, durante o fim-de-semana, o comércio passa a abrir a partir das 8 horas e a encerrar as 13 horas. A exceção são as farmácias, clínicas e consultórios, estabelecimentos de venda de bens alimentares até 200 metros quadrados com porta para a rua e bombas de gasolina.

Com autorização do presidente da câmara municipal territorialmente competente e mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança, “podem continuar a praticar o horário de abertura habitual os estabelecimentos cujo horário de abertura seja anterior às 8 horas”, lê-se na resolução do Conselho de Ministros.

“No caso de estabelecimentos autorizados a funcionar durante 24 horas por dia, ficam os mesmos autorizados a reabrir a partir das 8 horas”, determinou o Governo, ressalvando que a suspensão de atividades em estabelecimentos de comércio nos concelhos de risco elevado “é norma especial e prevalece sobre as demais disposições do presente regime que disponham em sentido contrário”.

Durante o fim-de-semana, a partir das 13 horas, a restauração nestes concelhos só pode funcionar para entrega ao domicílio, referiu António Costa, anunciando um apoio de 20% da perda de receitas dos restaurantes nos fins-de-semana em que tiverem de encerrar face à média dos 44 fins-de-semana anteriores (de janeiro a outubro 2020).

Medidas especiais no âmbito da declaração de situação de calamidade

Além do recolher obrigatório, os concelhos com risco elevado de transmissão da Covid-19 têm em vigor o dever de permanência no domicílio, a obrigatoriedade do teletrabalho, o encerramento dos estabelecimentos de comércio até às 22 horas e dos restaurantes até às 22h30, e a proibição de eventos e celebrações com mais de cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Estas medidas especiais estão em vigor no âmbito da declaração de situação de calamidade em todo o território nacional continental, que foi prorrogada até às 23h59 do dia 23 de novembro, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 96-B/2020, publicada na quinta-feira em Diário da República.

Segundo o decreto que regulamenta a aplicação do estado de emergência, em vigor desde 09 de novembro e até 23 de novembro, e que é aplicável em todo o território nacional, nos concelhos de maior risco identificados na declaração de situação de calamidade é aplicável a proibição de circulação na via pública, medida que prevê um conjunto de 13 exceções de deslocações autorizadas.

Incluem-se nas exceções o desempenho de funções profissionais como profissionais de saúde e agentes de proteção civil, a obtenção de cuidados de saúde, idas a estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, assistência de pessoas vulneráveis, exercício da liberdade de imprensa e passeios pedonais de curta duração.

Opinião
No âmbito do Dia Nacional do Não Fumador, que se assinala a 17 de novembro, é importante lembrar que

O tabagismo causa um grande prejuízo à saúde pública, uma vez que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida da população que fuma. Além disso, tem ainda a agravante de ser um fator de risco não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.

Assim sendo, deixar de fumar é uma medida preventiva eficaz para diminuir os riscos de enfarte do miocárdio e de muitas outras patologias causadoras de morbilidade e mortalidade.

O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coração, que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. Não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios porque este poderá ser um centro sem capacidade para realizar o tratamento mais adequado. Esta situação não acontece quando se liga para o 112 porque a equipa de emergência confirma a suspeita de um enfarte e ativa a via verde coronária que permite encaminhar os doentes para hospitais com laboratórios de hemodinâmica.

Não se esqueça, no enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) - o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco "perdido", o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida "normal".

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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