Formato virtual
Numa altura em que as tecnologias digitais têm ganho preponderância na resposta do setor da saúde, o EIT Health vai dinamizar,...

O combate à pandemia do COVID-19, durante 2020, tem chamado à ação na área da saúde muitas soluções tecnológicas digitais, procurando dar resposta às limitações de recursos humanos e à necessidade de trazer os cuidados de saúde à casa dos cidadãos. Em particular, a Inteligência Artificial (IA) tem tido particular destaque, com aplicações deste o rastreamento, análise de imagem, e planeamento de recursos hospitalares a verem um interesse e adoção reforçadas durante este ano, e perspetiva-se que continuem a ser ferramentas essenciais de profissionais e cidadãos, mesmo num contexto pós-pandemia.

Em agosto deste ano, o relatório do EIT Health, em parceria com a McKinsey & Company, referia que “a IA permite facilitar a automação de tarefas rotineiras, que atualmente ocupam 70% do trabalho administrativo dos profissionais de saúde”. Uma das conclusões deste relatório mostra que, com a IA, é, assim, possível libertar mais tempo para o contacto com pacientes. O EIT Health apoia na sua rede Europeia e em Portugal diversas soluções que já demonstraram a capacidade da Inteligência Artificial de substituir e em muitos casos superar os resultados dos melhores especialistas da área da saúde. Mas estaremos preparados para escalar estes projetos para o dia-a-dia da saúde?

A conferência digital “Inteligência Artificial em Saúde: uma perspetiva de Portugal” quer promover a discussão e tentar perceber como pode Portugal incorporar o uso de Inteligência Artificial no Sistema de Saúde, percebendo o estado atual e perspetivando os desafios a serem ultrapassados no futuro - não só tecnológicos, mas também de competências digitais.

“O contexto de pandemia fez avançar o uso de tecnologias digitais, e em particular a Inteligência Artificial, nos hospitais, em várias décadas, face ao que era previsto da sua adoção gradual. Estamos por isso hoje confrontados com o desafio de apoiar milhares de profissionais de saúde e milhões de cidadãos numa transição digital para o qual a maioria não estava preparada. Esta conferência surge como uma necessidade de fazer o balanço de onde estamos e identificar para onde temos de caminhar. O EIT Health encontra-se numa posição única em Portugal, ao contar com parceiros por todo o país, que representam unidades hospitalares, academia e indústria, que participam em projectos à escala europeia. Precisamos destes fóruns para potenciar ainda mais cooperação entre todos os agentes em Portugal”, afirma Miguel Amador, responsável pelo EIT Health em Portugal.

O evento digital decorre a partir das 14h30, no dia 17 de dezembro (hora de Lisboa). As inscrições estão abertas na plataforma de eventos digitais Hopin, onde, para além de acompanhar as sessões, será possível interagir com os outros participantes e conhecer um conjunto de projetos de Inteligência Artificial na área da saúde, desenvolvidos pelos parceiros do EIT Health em Portugal.

A conferência começa com a intervenção de Ligia Kornowska, presidente da Federação Polaca de Hospitais, a deixar a perspetiva da Polónia no uso de Inteligência Artificial na Saúde. Ao longo da tarde será também possível conhecer diferentes projetos de Inteligência Artificial já aplicados nos hospitais e rede de cuidados de saúde portugueses, e participar numa pequena feira digital. O painel de discussão sobre os desafios destes inovadores será moderado pelo David Magboulé, da Labtomarket. No painel de oradores, estão também incluídos nomes como Filipa Fixe, da Glintt, Alexandre Lourenço, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, ou de António Murta, da Pathena. No tema “O papel das redes de inovação no apoio ao desenvolvimento da IA em saúde'', a moderação ficará a cargo de Mariana Barbosa, do ECO. A programação completa pode ser consultada aqui.

Mas o dia 17 de dezembro não será apenas para discutir o estado da Inteligência Artificial no setor da saúde. No dia da conferência, o EIT Health vai anunciar o “Mapa da Inovação nos Cuidados de Saúde em Portugal”, um relatório completo que pretende dar uma visão dos principais agentes e inovadores do país na área da saúde, a ser lançado em 2021. Ainda durante a manhã de dia 17, o Instituto Pedro Nunes, um dos parceiros do EIT Health em Portugal, vai também dinamizar um workshop aberto sobre as temáticas do Internet of Things (IoT) e da Inteligência Artificial (AI), com especial enfoque na área da saúde, cujo programa e inscrições podem ser consultados aqui.

Com a colaboração dos vários parceiros da rede EIT Health em Portugal, e ainda do Health Cluster Portugal - o cluster de competitividade da Saúde -, este será um evento dirigido essencialmente a profissionais de saúde, profissionais do setor tecnológico e responsáveis políticos, mas pretende constituir-se também como uma oportunidade para os empreendedores e investidores destas áreas. De acordo com a Agenda de Competência para a Europa, em 2019, pelo menos 85% dos empregos exigiu algum nível de competências digitais, embora apenas 56% dos adultos possua um mínimo de conhecimento digitais básicos. Também no ano passado, o Barómetro da Adoção da Telessaúde e de Inteligência Artificial, promovidos pela Glintt - parceira do EIT Health, em Portugal -, pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), já mencionava a falta de uma infraestrutura tecnológica e da inexistência de data scientists dentro das instituições de saúde, como maiores barreiras à Adoção de Inteligência Artificial.

Segundo o relatório do EIT Health em parceria com a McKinsey & Company, o impacto em escala da Inteligência Artificial ainda é limitado. Países e regiões têm abordagens fragmentadas, assim como a indústria, limitando o crescimento do seu uso. Apenas 14% das startups reportaram que “o papel dos profissionais de saúde foi fundamental no desenho inicial das soluções”. Já os profissionais partilharam que “não conseguem identificar o papel do setor privado na criação de dados e formação digital dos profissionais necessários''. O EIT Health pretende inverter este panorama, porque apenas através da transparência e colaboração entre inovadores e profissionais de saúde será possível todos beneficiarmos do enorme potencial da Inteligência Artificial na saúde, não só em Portugal, como na Europa.

Dados ARS Lisboa e Vale do Tejo
Segundo dados da ASR Lisboa e Vale do Tejo, desde que foram constituídas, as equipas multidisciplinares criadas no âmbito do...

Constituídas por profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança, estas equipas têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

Entre 30 de junho e 07 de dezembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 23.238 pessoas foram alvo desta intervenção.

Para além de contactarem pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

 

Solidariedade
Os humoristas Bruno Ferreira e Nilton e os gestores Paula Panarra (Microsoft), Fernando Braz (SalesForce), Miguel Sobral ...

O capítulo português da International Association of Microsoft Channel Partners (IAMCP) – associação de parceiros Microsoft em Portugal – está a lançar, em conjunto com a Fundação São João de Deus, a iniciativa de angariação de fundos “Aconchegar” (www.aconchegar.pt), que visa aumentar o número de camas disponíveis em estruturas de apoio de retaguarda e Hospitais nacionais.

Numa primeira fase, a campanha solidária já conseguiu obter um total de 20 camas hospitalares articuladas, 10 camas hospitalares articuladas e de elevação elétricas, 33 colchões hospitalares anti escaras e 60 guardas metálicas.

Mas esta iniciativa conjunta da Fundação São João de Deus, da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, e da International Association of Microsoft Channel Partners, pretende ir muito mais além, alargando a possibilidade de contribuição a todo o setor empresarial e a todos os que se queiram associar individualmente à iniciativa em prol da comunidade. O objetivo último é dotar o país de uma melhor capacidade de internamento e de prestação de cuidados aos mais idosos e vulneráveis.

“Para conseguirmos ampliar este movimento, estamos a incentivar a colaboração de todos os associados e de outras personalidades e amigos enquanto ‘embaixadores’ da causa. Temos já a confirmação de pessoas como Paula Panarra, General Manager da Microsoft Portugal, Fernando Braz, Country Manager da Salesforce, Rui Paiva, Co-Fundador da WeDo, ou Miguel Sobral, CEO da Vortal, e algumas figuras públicas, entre as quais Bruno Ferreira, Luis Filipe Borges, Nilton, Pedro Fernandes e Vasco Correia. Nunca a expressão ‘juntos somos mais fortes’ teve tanta importância”, salienta Nuno Miguel Guerra da IAMCP.

O site da campanha está disponível em www.aconchegar.pt sendo que o projeto disponibilizará regularmente o saldo angariado e os equipamentos adquiridos e entregues.

Diz especialista
Em entrevista à RTP, Bruno Silva-Santos, especialista em Medicina Molecular e Bioquímica, adianta que pode ser necessário usar...

De acordo com os dados avançados nesta entrevista, embora a vacina proporcione uma proteção eficaz ao pulmão, existem casos em que o vírus permanece nas narinas, o que faz com que a transmissão a outras pessoas, nomeadamente não vacinadas, seja possível.

“Os estudos pré-clínicos mostraram que a vacina proporciona uma proteção completa no caso do pulmão, o órgão que pode levar a complicações graves e até à morte, mas havia, por vezes, a presença do vírus nas vias respiratórias superiores”, disse Bruno Silva-Santos. Isto significaria que, embora pudesse não ser afetada pela doença, uma pessoa já vacinada poderia ainda assim transmitir o vírus.  

Assim, é necessário garantir a “proteção dos grupos de risco antes de podermos mudar os nossos hábitos”. “Isto corresponde à segunda fase, quando já terão sido vacinados quatro dos dez milhões de portugueses. Aí estaremos nas condições, como sociedade, de levantar o uso de máscaras”, esclarece o especialista em entrevista à estação pública.

 

"Psicologia da Pandemia"
A pandemia continua a paralisar a vida de uma percentagem considerável de portugueses, impactando ne

Desde o início da pandemia que muito mudou na vida dos portugueses. O isolamento, a incerteza sobre o futuro e sobre a doença, de um modo geral, criou estados de ansiedade muitas vezes difíceis de gerir. Segundo Mauro Paulino, um dos autores de “Psicologia da Pandemia”, “o medo do desconhecido e, neste caso, do alastramento da doença e do impacto sobre as pessoas, na saúde, nos hospitais e na economia, por exemplo, não só tem provocado o aumento da ansiedade em indivíduos saudáveis, bem como naqueles com problemas de saúde mental pré-existentes”. No entanto, diz o especialista embora se espere que “este impacto na saúde mental continue a ser, regra geral, mais expansivo, prolongado no tempo e debilitante, em comparação com os impactos físicos (…) não é expectável que a maioria dos portugueses venha a sofrer de perturbações psicológicas resultantes da pandemia e do seu impacto, mesmo não sendo esta fase atual inócua”. É que, de acordo com o especialista, para a grande maioria da população espera-se que “as respostas ao stresse pandémico sejam de curta duração e transitórias”. Seja como for, é importante estar ciente de que, em alguns casos, o impacto da pandemia pode ter repercussões mais graves a nível da saúde mental.

Para já, “as investigações científicas realizadas até à data sugerem que pessoas com patologias pré-existentes são mais suscetíveis a apresentar consequências de saúde mental decorrentes da pandemia”, explica Rodrigo Dumas-Diniz, coautor deste livro.

“Em Portugal, um estudo online com 10.529 participantes e que mereceu a publicação em revista científica internacional, constatou que 49,2% avaliaram o impacto psicológico da situação como moderado-severo, 11,7% relataram sintomas depressivos moderados a graves, 16,9% sintomas de ansiedade moderados a grave e 9,2% níveis de stresse moderados a graves, valores representativos dos desafios significativos que a pandemia tem colocado aos portugueses, no âmbito da saúde mental”, revela corroborando a ideia de que “embora maioria das pessoas com reações agudas de stresse à pandemia recupere sem tratamento, uma proporção notável poderá apresentar sintomas persistentes significativos de perturbação de stresse pós-traumático, resultando em angústia ou incapacidade de funcionamento”.

Tudo isto realça e representa, segundo Mauro Paulino, “a clara necessidade de maior investimento para a saúde mental”. À medida que a pandemia se prolonga, prevê-se uma procura ainda mais elevada de serviços de saúde mental, os quais ao longo dos últimos anos sofreram de subfinanciamento crónico. “É importante compreender que o investimento na saúde mental traz recompensas futuras”, reforça o especialista.

Entre os grupos de maior risco estão os profissionais de primeira linha, enumera Rodrigo Dumas-Diniz.

No entanto, estes efeitos não se fazem apenas sentir na população adulta. Também crianças e jovens têm vindo a apresentar elevados níveis de stresse ou ansiedade em tempos de pandemia.

“As evidências emergentes da pandemia sugerem vários fatores que influenciam a saúde mental e o bem-estar de crianças e jovens, incluindo nomeadamente o stress associado ao medo de que membros da família (incluindo pais, avós e irmãos), amigos ou eles próprios fiquem infetados, ou resultante da intensificação da cobertura mediática (as mensagens de redução do risco podem amplificar a ansiedade)”, refere Mauro Paulino, pelo que é tão importante que os pais possam falar de forma tranquila com as crianças sobre o que se está a passar. “A própria Ordem dos Psicólogos Portugueses disponibilizou material nesse sentido para que os pais o possam fazer com maior segurança”, revela.

Para os ajudar, Rodrigo Dumas-Diniz deixa alguns conselhos aos pais: “Em primeiro lugar, é importante ajudar as crianças a sentirem-se seguras, manter rotinas saudáveis, gerir as suas emoções e comportamento e desenvolver resiliência. As crianças confiam nos seus pais para a segurança, tanto física como emocional, daí que se torna necessário que os pais assegurem que estão lá para eles para ultrapassar isto em conjunto. Por outro lado, falar com as crianças sobre qualquer notícia assustadora que elas ouçam. Não há problema em dizer que as pessoas estão a ficar doentes, mas deve-se relembrar que as medidas de segurança como lavar as mãos, usar máscaras e passar mais tempo em casa, ajudará a sua família a manter-se saudável”.

Enquanto não for possível visitar os familiares, “as conversas telefónicas ou em videochamada podem ajudar a aliviar a ansiedade”, acrescenta o especialista.

Por outro lado, reforça a importância da criação e manutenção de rotinas: “nesta fase, é mais importante do que nunca manter a hora de dormir e outras rotinas, criando um sentido de estabilidade num tempo muito incerto. As crianças têm frequentemente mais problemas na hora de dormir durante qualquer período stressante, o que pode tornar mais difícil aprenderem e gerirem as suas emoções”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha de sensibilização
O receio inicial, manifestado por alguns, deu lugar ao desejo, que se faz acompanhar pela necessidade, de retomar o que a...

Esta é a mensagem que une a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), a Careca Power, a EVITA - Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes Relacionados com Cancro Hereditário, a RESPIRA - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), numa campanha de sensibilização, que conta com o apoio da AstraZeneca, e que pretende relembrar que “o acesso aos cuidados de saúde é um direito de todos”.

De acordo com o mesmo inquérito, durante o primeiro Estado de Emergência, apenas 28,8% dos portadores de doença crónica, como diabetes, doença cardíaca, doença respiratória ou doença oncológica, recorreram a um serviço de saúde para uma consulta ou tratamento. Findo este período, a percentagem subiu para cerca de metade: 53% confirmam ter ido, com apenas 5,8% a admitir ter faltado por receio da pandemia. Uma deslocação que, para 67% dos doentes que a fizeram, foi considerada segura ou relativamente segura. Sobre o acompanhamento de pessoas com e sem doença crónica, o estudo revela a importância do papel do médico de família. Durante o Estado de Emergência (entre março e maio), dos 50% de doentes crónicos que recorreram a aconselhamento não presencial, 48% fizeram-no junto do médico de família ou de outro tipo de profissional. O mesmo se verificou entre os 26,4% dos que, sem doença, recorreram ao mesmo tipo de aconselhamento: 47,4% fizeram-no também junto do médico de família.

Numa declaração conjunta, as associações de doentes que se unem nesta campanha, afirmam que “os dados deste inquérito confirmam que não é o medo da pandemia que tem impedido os doentes e a população em geral de acederem aos cuidados de saúde. As pessoas querem voltar a ser atendidas presencialmente, querem ter resposta para os seus problemas de saúde, que nada têm que ver com a COVID-19.  Enquanto associações de doentes, é nosso dever alertar e sensibilizar para esta situação e fazer ouvir a nossa voz, reforçando que só trabalhando em conjunto poderemos encontrar uma solução que permita dar resposta à pandemia, sem colocar em causa o acompanhamento de outros doentes, nomeadamente, os crónicos”.

Acompanhamento, esse, que segundo as mesmas, não está a ser devidamente assegurado, o que poderá explicar o excesso de mortalidade registado em Portugal desde o início da pandemia. De acordo com os últimos dados divulgados pelo INE, entre março a outubro de 2020, registaram-se 72.519 óbitos, mais 7.936 do que a média do período homólogo dos cinco anos anteriores. Destes, a Covid-19 foi responsável por 2.198 óbitos, o que representa 27,5% do total do aumento da mortalidade.

Neste sentido, as associações de doentes, mostram-se “disponíveis para fazer parte da solução” esperando, “ser ouvidos, a par de outras entidades do setor da saúde, na qualidade de representantes dos doentes crónicos”. O apelo é subscrito pela APAH que, embora reconheça “que os hospitais se encontram numa situação crítica, o objetivo tem de ser também assegurar a resposta a todos os que precisam de cuidados de saúde”. A uma só voz, as entidades promotoras desta campanha referem que “é importante que se encontrem soluções para que a resposta aos doentes não-Covid não fique comprometida, sob pena de não se conseguir recuperar os atrasos verificados desde o início da pandemia, que terão impacto não só nos custos para o SNS, como no aumento da morbimortalidade destes doentes”.

Investigação
Com o objetivo de encontrar uma terapia alvo, mediada por anticorpos, que seja mais eficaz para atacar a Leucemia Linfoblástica...

Apesar do crescente conhecimento sobre as alterações moleculares presentes no desenvolvimento de Leucemia Linfoblástica Aguda de Células T (LLA-T), nenhuma terapia dirigida a estas alterações atingiu ainda a aplicação clínica. É precisamente esse o objetivo a que se propõe o investigador do grupo «Intercellular Communication and Cancer» do i3S.

O projeto agora premiado, explica Nuno Rodrigues dos Santos, “centra-se numa molécula, a proteína TCR que, quando é estimulada, mata as células leucémicas. Pretendemos utilizar uma terapia dirigida à TCR, e combiná-la com a quimioterapia, para tentar atacar a leucemia de duas formas distintas, e assim ter mais eficácia nos tratamentos”.

O Prémio FAZ Ciência 2020, que se traduz numa bolsa no valor de 35 mil euros, representa para o investigador “um apoio valioso” que permitirá a continuidade de um projeto da sua equipa que visa “identificar e explorar as vulnerabilidades da LLA-T”.

O financiamento, acrescenta Nuno Rodrigues dos Santos, “vai possibilitar a realização de ensaios pré-clínicos com o objetivo de otimizar protocolos terapêuticos para eliminar células leucémicas e, assim, desenvolver uma imunoterapia eficaz contra a LLA-T”.

Em 2019, o investigador do i3S já tinha liderado um outro estudo que revelou que, no caso da leucemia linfoblástiga aguda, as células saudáveis podem influenciar o processo de desenvolvimento e formação da doença.

 

Leitor portátil lê e captura, em tempo real, texto de qualquer superfície
A parceria pretende avaliar crianças e jovens que sejam candidatos a utilização do OrCam Read, no sentido de aconselhar a sua...

A OrCam Technologies, empresa especialista em tecnologia baseada em inteligência artificial para pessoas que são cegas, disponibilizou ao Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria, o dispositivo OrCam Read, um novo produto que pretende ajudar as pessoas com dificuldades de visão ou de leitura a ler. O aparelho está desenhado para pessoas com dificuldades de leitura derivadas de fadiga, dislexia, afasia ou outras condições, bem como para pessoas que leem grandes quantidades de texto.

Já o CRID pretende ser um serviço privilegiado de apoio à comunidade na área da acessibilidade digital. Dotado de recursos tecnológicos e dinamizado por técnicos qualificados, este centro tem como missão promover a inclusão social da população com necessidades específicas através do recurso a ajudas técnicas/produtos de apoio no âmbito da acessibilidade digital.

O aparelho estará disponível para ser testado pelas pessoas com deficiência visual e baixa visão, que podem recorrer ao CRID e ficarem a conhecer as suas potencialidades. O equipamento será ainda apresentado aos Centro de Recursos TIC para a Educação Especial da Zona Centro.

“Estamos muito satisfeitos de anunciar esta parceria e disponibilizar o nosso espaço para que possam ser avaliadas crianças e jovens que sejam candidatos a utilização do OrCam Read, no sentido de aconselhar a sua prescrição,” diz Célia Sousa, Coordenadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria.

O OrCam Read já está disponível em Portugal e em português, bem como em múltiplos países e tem a capacidade de ler todas as principais línguas europeias. Utilizando tecnologia baseada em inteligência artificial, o leitor portátil lê e captura em tempo real, texto de qualquer superfície ou ecrã digital. Ao apontar para o texto são ativados dois lasers-guia que fornecem ao utilizador duas opções de leitura: ler tudo ou escolher onde começar a ler. A solução wireless dá ao utilizador feedback áudio instantâneo dos jornais, livros, ecrãs de smartphone, etiquetas, entre outros.

“Podermos auxiliar pessoas com algum tipo de dificuldade disponibilizando o nosso aparelho num local onde podemos criar uma experiência personalizada é para nós muito gratificante,” diz Fabio Rodriguez, Country Manager de Portugal e Espanha. “Com esta parceria o mesmo poderá ser usado como ferramenta de uso escolar ou laboral e será possível recomendar o dispositivo a pessoas com vários tipos de patologias, sendo por isso crucial o conhecimento e experiência dos profissionais do CRID.”

O funcionamento deste dispositivo é totalmente processado offline, sem necessitar de conexão à internet, o que assegura totalmente a privacidade de dados do utilizador.

Adicionalmente, para garantir a comodidade dos leitores, poderá ser emparelhado com auriculares via Bluetooth, para que só o utilizador oiça o texto selecionado.

 

Vacinação
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças alerta que pode haver escassez de vacinas contra a covid-19 pelo que se...

“Não sabemos exatamente quantas doses vão estar disponíveis no início, mas a previsão é que serão menos do que o número de pessoas incluídas nos grupos prioritários, portanto, pode ser preciso rever as prioridades”, afirma Andrea Ammon, diretora do ECDC, em entrevista à Antena 1 e RTP.

Deste modo, a responsável pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças considera que o mais certo é os países terem de redefinir os critérios no acesso à vacina contra o novo coronavírus. “Os critérios têm de ser refinados, alguns países até já o fizeram – trabalhadores da saúde sim, mas trabalhadores da saúde com mais de 50 anos”, dá como exemplo.

Por outro lado, Andrea Ammon chama atenção para o facto de ter de ser necessário monitorizar a cobertura da vacina, uma vez que a toma requer duas doses. Na sua opinião, este é mais um dos desafios que os países vão enfrentar, já que a distribuição das vacinas “não vai ser propriamente uma tarefa simples”.

 

Enfermeira Catarina Pazes eleita Presidente
No passado dia 5 de dezembro os membros da APCP reuniram-se em assembleia geral, para a eleição dos Corpos Gerentes para o...

A nova direção da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos anunciou a continuidade da missão e objetivos que caracterizam a Associação e a criação de novos projetos para a divulgação e promoção dos cuidados paliativos em Portugal.

“Sentimo-nos muito honrados com a missão que agora abraçamos. Estou plenamente confiante no espírito de missão e entrega deste grupo e na sua capacidade de trabalho para continuar o caminho que a APCP já percorre há 25 anos.

Enquanto novos corpos gerentes, queremos reafirmar o nosso compromisso com os Cuidados Paliativos e o seu desenvolvimento. A defesa dos doentes e famílias e do seu acesso a cuidados de saúde adequados, de qualidade e atempados, será sempre um guia para o debate e para os esforços a travar junto da sociedade”, afirma Catarina Pazes.

Segundo a presidente eleita “é tempo agora de preparar o plano de atividades para 2021, assim como o orçamento, sendo que os dois serão apresentados e votados na próxima Assembleia Geral a agendar no início do próximo ano”.

“Aproveito para apelar a todos os sócios que participem ativamente, nos interpelem e nos deem o seu contributo. A Associação é vossa!”, defende a Presidente Catarina Pazes.

A Enfermeira Catarina Pazes, agora presidente da APCP, é enfermeira na Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Beja+, ULSBA, e professora adjunta convidada na escola Superior de Saúde do IPBeja.

 

Diminuir as listas de espera
Segundo a unidade hospitalar, uma equipa de cirurgia está a realizar cerca de dez cirurgias de ambulatório por dia numa unidade...

Tendo sido necessário afetar profissionais de saúde às enfermarias dedicadas em exclusivo aos doentes infetados com Covid-19, bem como aumentar a capacidade de resposta em Unidades de Cuidados Intensivos exclusivas a estes doentes, durante a crise pandémica, houve muitas cirurgias que não puderam ser realizadas.

Ainda assim, o Hospital garantiu o funcionamento de duas salas do bloco operatório para as cirurgias oncológicas, bem como uma sala para doentes de trauma e uma outra sala para toda a cirurgia de urgência.

“Esta recuperação das cirurgias que não puderam ser realizadas devido à pandemia é um objetivo muito importante, pois servimos uma população de cerca de 550 mil pessoas que continuam a necessitar de resposta na área cirúrgica”, refere Alexandra Ferreira, vogal do Conselho de Administração do HFF, citada ela página do Serviço Nacional de Saúde.

Neste contexto, o hospital escolheu para realizar as cirurgias no exterior as especialidades com maior lista de espera, nomeadamente cirurgia geral e otorrino, bem como as que possam ser feitas em ambulatório.

“Aquando da elaboração do plano de contingência para a Covid-19 e plano de inverno, o HFF definiu como prioritário aumentar a resposta na área cirúrgica”, indica a referida responsável. Cirurgiões do hospital realizam diariamente cinco cirurgias de manhã e outras tantas no período da tarde, cedendo a unidade provada contratada as instalações e os recursos de enfermagem e anestesia.

Esta iniciativa deverá ter continuidade em 2021, estando já em preparação um caderno de encargos para contratação de cirurgia de ambulatório com pernoita e cirurgias com internamento para dar resposta à atividade assistencial não urgente, uma vez que as intervenções prioritárias continuarão a ser realizadas no HFF.

“Esta iniciativa tem sido muito bem acolhidas pelos doentes, que demonstram grande satisfação por a Instituição continuar a dar resposta às suas necessidades mesmo neste contexto pandémico que afetou a normalidade na área da saúde e nas vidas de todos nós”, conclui Alexandra Ferreira.

 

Diminuir as listas de espera
Para recuperar a listas de espera, o Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) iniciou a realização de atividade...

A iniciativa, que arrancou no último sábado, vai permitir recuperar parte da lista de inscritos para cirurgias em diferentes especialidades, como urologia, ortopedia, otorrinolaringologia ou oftalmologia, depois da atividade assistencial não urgente ter sido suspensa por força da pandemia de Covid-19.

“Este programa é muito importante para podermos recuperar a lista de espera cirúrgica que, fruto da suspensão da atividade que ocorreu por um largo período, acabou, naturalmente, por se agravar”, sublinha o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira.

“A atividade vai ser desenvolvida aos sábados, de manhã e de tarde, pelos profissionais do nosso hospital, pelo que importa aqui uma palavra de agradecimento pela disponibilidade das equipas em contribuir para aumentarmos a nossa capacidade de resposta, precisamente nos seus dias de descanso semanal”, salienta o responsável.

 

No âmbito da pandemia Covid-19
Com o objetivo de evitar que a população mais idosa saia de casa, a Junta de Freguesia de Arroios criou o programa “Não Saia de...

Destinado especialmente à população mais idosa, com mais de 60 anos, e a pessoas em situação de isolamento profilático ou de mobilidade reduzida, a Junta de Freguesia de Arroios dá continuidade ao seu serviço de entregas ao domicílio, que assegura os bens essenciais e de farmácia aos grupos mais vulneráveis residentes em Arroios.

Para aderir ao programa ou para indicar pessoas que possam necessitar deste apoio, pode contactar através do número 916 814 643 ou do e-mail [email protected], entre as 9h30 e as 13h30.

Esta medida já está em prática desde o início de março e prevê-se que seja mantida enquanto as recomendações de confinamento da Direção Geral de Saúde, estiverem em vigor.

 

Estudo premiado
Uma investigação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto conseguiu demonstrar, pela...

Segundo Miguel Alves-Ferreira, “há muito que se sabe que a enxaqueca tem uma grande componente familiar”. Tanto que “num estudo de agregação familiar em doentes portugueses, efetuado pelo nosso grupo, verificou-se que os familiares em 1º grau têm um risco três a quatro vezes superior, comparativamente com a população em geral, o que sugere que há uma forte componente genética”, refere o investigador do grupo UnIGENe do i3S.

Sobre o surgimento da enxaqueca, o investigador sublinha que “apesar das alterações fisiológicas da enxaqueca ainda não serem totalmente conhecidas, sabe-se que há vários mecanismos no sistema nervoso central que funcionam em dominó”.

“Primeiro, há um nervo que é ativado, o que faz com que os neurónios libertem pequenas partículas, os chamados neurotransmissores, segue-se uma inflamação e dilatação dos vasos sanguíneos, que desencadeia depois a enxaqueca (a dor)”, acrescenta.

Neste trabalho, o investigador centrou-se no estudo dos neurotransmissores e mais especificamente na neurexina, um gene que está presente nesta libertação de neurotransmissores por parte dos neurónios e que ajuda, aliás, à proximidade física entre os neurónios.

“Estudei as variantes genéticas em 183 doentes e a forma como a neurexina influencia outros dois genes que já se sabe que estão relacionados com a enxaqueca e verifiquei que este gene interage significativamente com os outros dois”, refere o investigador.

Com este estudo, possível “demonstrar pela primeira vez o envolvimento da neurexina na enxaqueca”, deixando assim caminho aberto para a para uma melhor compreensão da doença.

“Este gene, que tem um papel essencial na adesão de neurónios durante a sinapse (ajuda à proximidade física no processo de comunicação entre os neurónios), e as suas interações com outros genes do sistema nervoso central podem ajudar a resolver um puzzle de imensa complexidade, permitindo-nos o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas”, esclarecer o investigador do i3S.

 

 

 

Mantenha-se saudável no Inverno
Durante os meses de Inverno podemos ficar mas frágeis e suscetíveis a algumas doenças como as gripes

As nossas necessidades energéticas e nutricionais variam de acordo com múltiplos aspetos, e um deles são as diferentes estações do ano.

Quer isto dizer que a nossa alimentação deve ter em conta a sazonalidade. Por um lado, privilegiar os produtos da época que apresentam um maior valor nutricional, que são mais saborosos e têm uma pegada ecológica mais pequena, e por outro, garantir que escolhemos os alimentos mais adequados às necessidades específicas que o nosso corpo tem ao longo das diferentes fases do ano.

Parece difícil? Na verdade, é muito mais fácil do que parece. Não é por acaso que os alimentos da época são os melhores e que proliferam em determinadas alturas do ano. Se repararmos, a época da laranjas –ricas em vitamina C – dá-se no Inverno, altura em que as nossas necessidades de vitamina C estão aumentadas para fazer frente às gripes e, é no Verão, quando está mais calor que encontramos as frutas mais ricas em água – como a melancia.

Para nutrir o nosso corpo de forma passar um inverno saudável e com mais vitalidade, é importante fazer escolhas alimentares equilibradas e variadas e incorporar alguns alimentos chave no dia alimentar, sem esquecer a água.

Nos meses mais frios a hidratação adequada não deve ser esquecida

É igualmente importante, ao longo dos meses de Inverno, mantermos o nosso corpo bem hidratado. Apesar do frio e da diminuição da sensação de sede, isto não significa que precisamos de beber menos água.

A ingestão correta de água é essencial para o bom funcionamento do organismo, para a regulação da temperatura, para a eliminação de toxinas, para o transporte de nutrientes e para melhor proteger a pele e as mucosas.

Além da água, é possível optar pelos chás e infusões, de preferência sem adição de açúcar e privilegiar o consumo de alimentos ricos em água, como os hortícolas, a fruta e a sopa.

É de salientar que a sopa de legumes é uma excelente aliada para combater o frio, saciar e proteger o organismo das gripes e constipações. Estes benefícios da sopa devem-se à sua riqueza em água, e hortícolas ricos em diferentes vitaminas, minerais e antioxidantes.

A vitamina C, a vitamina E, o betacaroteno e mineiras - como o selénio e o zinco - desempenham um importante papel no fortalecimento do sistema imunitário.

Uma alimentação rica nestes nutrientes vai contribuir para a prevenção das gripes e constipações assim como ajudar o corpo a responder de forma mais rápida e eficaz a estas situações.

No que diz respeito às frutas, a Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo de pelo menos 3 porções por dia, e que uma das frutas seja rica em vitamina C - Laranjas, tangerinas, clementinas, toranjas, kiwis, romãs e frutos vermelhos como framboesas, amoras, mirtilos e morangos.

Os ácidos gordos essenciais como o ómega 3 e o ómega 6, também conhecidos como “gorduras boas”, vão contribuir para a diminuição do processo inflamatório. Os peixes gordos, como o salmão, o atum, a cavala e o arenque são uma excelente fonte destas gorduras essenciais.

Ainda, é importante lembrar que o alho a cebola são dos melhores condimentos. Estes alimentos são poderosos anti-inflamatórios e contêm propriedades antivirais e antibacterianas ajudando, por isso, a fortalecer e a reforçar as defesas do organismo.

Os frutos secos ou frutos oleaginosos são um prático snack ou um bom complemento de uma refeição. São muito energéticos (são ricos em calorias) e são uma ótima fonte de antioxidantes, ácidos gordos essenciais, minerais e fibra.

Para reforçar as defesas, opte pelos hortícolas frescos e da época. São mais ricos do ponto de vista nutricional, mais saborosos e mais económicos. Mas lembre-se de variar, os hortícolas de cor verde escura, como os espinafres, o agrião, os brócolos e as couves são ricos em ferro, enquanto os hortícolas alaranjados, como a cenoura e a abóbora, são uma boa fonte de carotenos. Por isso, faça uma alimentação rica em hortícolas variados, de forma a garantir o aporte de diferentes minerais e vitaminas.

Na prática, prefira e enriqueça a sua alimentação com produtos frescos, locais e da época. Privilegie o consumo de frutas e hortícolas, sempre que possível, inicie as refeições principais como o almoço e o jantar com um prato de sopa de legumes variados e coma pelo menos 3 peças de fruta (uma delas rica em vitamina C) por exemplo, ao pequeno-almoço e nas refeições intermédias, a meio da manhã e a meio da tarde.

Procure comer mais peixe do que carne, e pelo menos incluir peixes gordos nas suas refeições. Além de acompanhar com alimentos fornecedores de hidratos de carbono como o arroz, massa ou a batata, reserve uma porção significativa do seu prato para uma salada colorida.

Tempere com mais ervas aromáticas, alho e cebola.

E faça da água (ou das infusões) a sua bebida de eleição. Bebe ao longo do dia, mesmo sem sentir sede.

Aproveite os alimentos que o Inverno lhe dá para fortalecer o seu organismo e protegê-lo das gripes e constipações.

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa de Inovação
O projeto de teleconsulta para educação para a saúde e aconselhamento médico sobre vacinação da Knokcare Portugal concorreu na...

A primeira edição do Pfizer Vaccines Open Tech Awards, programa de inovação aberta da Pfizer, procurava soluções digitais que colocassem as vacinas e as doenças preveníveis pela vacinação no centro da reflexão. Aurora Vacinas, IndustryCare e ICUB3 venceram, respetivamente, as categorias Prevenção, Avaliação de Risco e Apoio aos Profissionais de saúde.

Desenhado pela Knokcare Portugal, Vacinas.help transporta a comunidade médica até ao digital, tornando-a acessível à população. Através deste projeto de teleconsulta para educação para a saúde e aconselhamento, a população passa a ter acesso a um contacto médico que possa esclarecer de forma individual e informada, todas as suas dúvidas sobre vacinação. Temas como vacinação dentro e extra-Programa Nacional de Vacinação (PNV), a avaliação da sua necessidade e a sua aplicabilidade em cada caso serão o foco ao longo de toda a experiência. Através da teleconsulta e da disponibilização de materiais informativos, Vacinas.help promove uma jornada de utilização linear, segura e informativa, baseada em informação credível e recorrendo a linguagem acessível.

A par de apoios como mentoria, disponibilização de espaço físico para co-work e recurso a tecnologia, o prémio de 15 mil euros atribuído pela Pfizer será destinado, segundo os vencedores, à implementação e promoção do projeto.

Não acumulável com este prémio, foram apurados os três melhores projetos de cada categoria. Receberão igual apoio logístico e um montante de 5 mil euros para impulsionar os seus trabalhos.

Os 8 finalistas estavam distribuídos por três categorias que incluíram Prevenção (Como desenvolver o conhecimento do público em geral sobre doenças infeciosas preveníveis por vacinação e reforçar a importância das vacinas ao longo de toda a vida?), Avaliação de Risco (Como avaliar ambientes ou situações que podem aumentar o risco de doenças infeciosas preveníveis por vacinação?) e Apoio aos Profissionais de Saúde (Como melhorar a journey dos profissionais de saúde, desde a recomendação até à administração das vacinas, ou da formação médica ao diagnóstico?). Aurora Vacinas, IndustryCare e ICUB3 venceram em cada uma delas.

 

Melhores ideias de negócio
A 3.ª Mostra Nacional de Jovens Empreendedores, organizada pela Fundação da Juventude, realiza-se pela primeira vez em formato...

O Concurso Nacional de Jovens Empreendedores coloca em competição duas categorias distintas: os melhores projetos desenvolvidos por jovens do Ensino Secundário e Profissional e uma outra categoria que envolve jovens universitários, com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos.

Com vista a promover o empreendedorismo criativo e empreendedorismo social, fomentando a geração de ideias e de negócios inovadores, a 3.ª Edição da Mostra Nacional de Jovens Empreendedores envolve cerca de 129 participantes, orientados por 19 professores de cerca de 37 instituições de ensino.

Para assistir à Mostra basta entrar em https://mostradeempreendorismo.virtualarena.pt/

 

 

The Lancet Global Health
Mais de mil milhões de pessoas vivem com deficiência visual e cegueira evitável por não possuírem acesso a serviços de cuidados...

O grupo internacional de peritos sobre a perda de visão, Vision Loss Expert Group (VLEG) e do Instituto de Avaliação e Métricas em Saúde da Universidade de Washington, que conta com dois investigadores Optometristas portugueses, publicou na The Lancet Global Health dois estudos absolutamente centrais sobre o peso global das causas e prevalência da deficiência visual. Os estudos, Causes of blindness and vision impairment in 2020 and trends over 30 years, and prevalence of avoidable blindness in relation to VISION 2020: the Right to Sight: an analysis for the Global Burden of Disease Study; e Trends in prevalence of blindness and distance and near vision impairment over 30 years: an analysis for the Global Burden of Disease Study analisam com uma profundidade, dimensão e detalhe nunca antes atingido, o peso e relevância das diferentes causas de deficiência visual e cegueira no mundo, incluindo Portugal. Os resultados foram comparados com o Plano de Ação Global Acesso Universal aos Cuidados para a Saúde da Visão da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em 2013, que tinha como meta reduzir a deficiência visual e cegueira evitável em 25% até 2020. Não só se verifica que esse objetivo não foi atingido, como se destaca também que este número irá aumentar significativamente no futuro, advertindo que a cegueira e a deficiência visual moderada ou severa no mundo deverão duplicar até 2050.

O autor principal Rupert Bourne, Professor de Oftalmologia na Universidade Anglia Ruskin (ARU) e no Hospital da Universidade de Cambridge, afirmou: "Os resultados deste estudo mostram claramente que os esforços dos serviços de cuidados para a saúde da visão no mundo não conseguiram acompanhar o ritmo do envelhecimento e crescimento da população, e não conseguiram atingir as metas estabelecidas pela OMS. Embora a prevalência da cegueira tenha diminuído, o número de casos aumentou de facto”. E concluiu: "Se isto continuar, os atuais sistemas de saúde continuarão a responder de forma insuficiente e não conseguirão providenciar às pessoas soluções relativamente simples para a sua perda de visão. O efeito da COVID-19 é suscetível de exacerbar esta questão, tendo a investigação já mostrado atrasos e uma acumulação crescente de pessoas que necessitam de cuidados para a saúde da visão. É absolutamente vital que todas as nações tenham uma estratégia robusta de saúde pública para lidar com a deficiência visual e cegueira evitável, que custa aos serviços de saúde milhares de milhões de euros todos os anos".

Jost Jonas, Professor na Universidade de Heidelberg, disse: "Com uma população envelhecida e em crescimento, as deficiências visuais a nível global têm de ser uma prioridade urgente em termos de cuidados de saúde. O método mais fácil, mais seguro e mais económico para melhorar a situação é disponibilizar cuidados e óculos adequados para corrigir os erros refrativos”.

Vera Carneiro e Raúl Alberto de Sousa, Optometristas e Colaboradores do IHME/Global Burden Disease enfatizam que o erro refrativo não corrigido, uma condição facilmente tratada com óculos ou lentes de contacto, contribui para a deficiência visual moderada ou severa estimada em 86 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os investigadores demonstram que a principal causa de cegueira é a catarata, representando cerca de 45% dos 33,6 milhões de casos de cegueira global (15 milhões de pessoas afetadas), causando também deficiência visual severa em 78 milhões de pessoas. Outras causas significativas, mas menos fáceis de tratar, de deficiência visual e cegueira incluem o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada com a idade.

Cerca de 5 milhões de portugueses sofrem de erro refrativo e apesar disso, o Estado Português ainda não implementou as recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre a integração e planeamento da força de trabalho dos cuidados para a saúde da visão desde os cuidados primários aos cuidados hospitalares e de reabilitação. Estas recomendações foram recentemente reforçadas pela OMS para o rastreio da retinopatia diabética no dia 14 de novembro, onde mais uma vez se reforça o papel que os Optometristas devem desempenhar na prestação de cuidados primários para a saúde da visão. Até lá, cada vez mais portuguesas e portugueses irão ver pior o seu presente e futuro.

Medidas de restrição
A circulação entre concelhos será permitida entre 23 e 26 de dezembro, e na véspera e no dia de Natal poderá circular-se na via...

Assim, durante o período da passagem de ano, a circulação entre concelhos vai estar proibida, sendo permitida a circulação na via pública na noite de passagem de ano até às 02h00, mas não são permitidos ajuntamentos. Não são permitidas festas públicas ou abertas ao público.

Segundo a estratégia apresentada pelo Governo as medidas de restrição vão-se prolongar até ao Natal, “havendo depois uma menor intensidade” nos dias 24, 25 de dezembro e 01 de janeiro. Após esta data é retomado o nível de limitações anteriormente decretado.  

Os concelhos com risco de transmissão de covid-19 muito elevado e extremo volta a ter proibição de circulação na via pública a partir das 13h00 nos fins de semana de 12 e 13 e de 19 e 20 de dezembro.

“É fundamental manter o esforço para que se possa atingir o objetivo de chegar ao Natal com o menor número de infetados possível” uma vez que “quanto menos infetados, menor o risco de transmissão”, sublinhou António Costa em conferência de imprensa.

Os horários da restauração que o Governo definiu para o período de Natal e da passagem de ano são uma exceção e dependerá do que for observado nestes próximos dois fins de semana em que a ordem de encerramento continuará a ser às 13:00 nos concelhos com risco extremo e muito elevado.

Fique a conhecer todas as restrições: 

Vacinação arranca em janeiro
Segundo o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, apresentado no passado dia 3 de dezembro, a

Vacinação realizada em três fases

De acordo com o Plano de Vacinação contra a Covid-19, estão previstas três fases de vacinação contra a Covid-19, cujo arranque acontece já no início do ano, e que acompanham o ritmo de disponibilização das vacinas.

1.ª fase:

Segundo o documento redigido pelos especialistas nesta primeira fase vão se vacinadas pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas; residentes e profissionais em lares e unidades de cuidados continuados; profissionais de saúde; profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos. Estima-se que nesta fase sejam vacinadas cerca de 950 mil pessoas.

2.ª fase:

Nesta fase vão ser vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos e cerca de 900 mil com patologias associadas e mais de 50 anos.

3.ª fase:

Nesta face o plano de vacinação vai incidir sobre a restante população. Os grupos desta fase vão ser revistos consoante o ritmo de entrega das vacinas

Vacina admistrada no Serviço Nacional de Saúde, mas há excepções

De acordo com o documento, divulgado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, a primeira fase da vacinação será administrada nos cerca de 1.200 pontos de vacinação habituais dos centros de saúde, nos lares e unidades de cuidados continuados.

Os centros de saúde estarão destinados às 400 mil pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades associadas, enquanto os utentes e profissionais de lares serão aí vacinados pelas equipas de enfermagem residentes.

A vacina será também administrada aos profissionais de saúde e dos serviços essenciais no âmbito da medicina no trabalho.

Investimento

Segundo fontes oficiais, Portugal adquiriu cerca de 22 milhões de doses com um encargo estimado entre 180 a 200 milhões de euros.

 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas