Combate à pandemia
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse hoje que este Natal “vai ser diferente garantidamente”...

Questionado no final de uma visita a duas unidades de saúde, em Matosinhos, no Porto, sobre como o Governo vai equilibrar os alertas de especialistas para o risco de aliviar as restrições no Natal e os partidos da oposição que pedem o contrário, o governante disse que “vai equilibrar como tem equilibrado, com medidas certas, no tempo certo e de uma forma moderada”.

“Há um decréscimo da doença neste momento, mas temos que manter a pressão sobre a cautela, sobre a prevenção e, portanto, não podemos aliviar essa pressão”, disse António Lacerda Sales.

O governante, citado pela página oficial do SNS, sublinhou que a época de Natal é um período em que as famílias tentam encontrar-se e há uma maior mobilidade.

“O que nós pensamos e apelamos é ao bom senso dos portugueses (…) que percebem que este Natal tem garantidamente que ser diferente e, por isso, o bom senso dos portugueses com certeza conduzirá a bons resultados”, reforçou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que hoje se deslocou ao Norte do país, no âmbito do acompanhamento da situação epidemiológica e resposta à pandemia na região.

Portugal está em estado de emergência desde o dia 9 de novembro e até 8 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

 

Projeto Europeu
O INESC TEC integra um novo projeto europeu para validar experimentalmente a utilização de técnicas de Inteligência Artificial...

O projeto arrancou a 1 de novembro e tem como objetivo realizar um conjunto de experiências de comunicações sem fios, para validação de uma abordagem baseada em Machine Learning, com capacidade para otimizar as comunicações Wi-Fi do futuro, na qual o INESC TEC tem vindo a trabalhar no contexto de teses de mestrado e doutoramento.

De acordo com Rui Campos, responsável do projeto e investigador do CTM, citado pela Universidade do Porto, o SMART “vai permitir a validação experimental da abordagem baseada em técnicas de inteligência artificial para controlo das redes Wi-Fi do futuro, uma tendência crescente no domínio das telecomunicações”.

Com um financiamento de 55 mil euros e uma duração de dez meses, foi um dos três projetos que o INESC TEC viu aprovados nas Open Calls do Fed4FIRE+.

O primeiro projeto aprovado foi o SIMBED, cujo financiamento foi de 95 mil euros, na 3th FED4FIRE+ Open Call. Já o segundo projeto (SIMBED+), com o mesmo financiamento, foi aprovado na 5th FED4FIRE+ Open Call.

 

Secretário de Estado
A vacinação contra a Covid-19 vai ser assegurada prioritariamente por cerca de 40 mil enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde ...

No final da visita a duas unidades de saúde em Matosinhos, no Porto, o governante afirmou que o SNS dispõe de cerca de 40 mil enfermeiros “e são eles que prioritariamente vão vacinar” acrescentando que, em caso de necessidade, os meios poderão ser reforçados.

Sobre se os centros de saúde podem vir a ter que alargar os horários de funcionamento, António Lacerda Sales disse que “é possível”, mas ressalvou que tal é do âmbito funcional das unidades locais de saúde e dos diretores executivos dos agrupamentos dos centros de saúde.

“[Essa possibilidade] é a adequabilidade que o plano tem que ter em função das necessidades e a resposta é em função das necessidades”, sublinhou o Secretário de Estado, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

Questionado ainda sobre se o Estado vai assegurar sozinho o plano de vacinação, o governante explicou que o Governo entendeu que por “uma questão de coordenação, de articulação e monotorização, o SNS assegurará numa primeira fase a vacinação contra a Covid-19”.

 

Monitorização à distância
Numa altura em que a pressão dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde continua a aumentar, o Grupo de Estudos da Esclerose...

O documento, agora divulgado no âmbito do Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, fornece recomendações, uniformizando as melhores práticas a nível nacional, para melhorar o seguimento dos doentes, num contexto de telemedicina, em vetores como a triagem, consulta, monitorização, enfermagem e comunicação com o doente.

No que refere à triagem, os especialistas envolvidos recomendam a implementação de um sistema que permita a recolha de informações do estado do doente antes da consulta e consequente segmentação dos casos por prioridade e principais necessidades. O mesmo documento sublinha também que a videoconsulta deve ser privilegiada em relação à teleconsulta, uma vez que permite estabelecer uma conexão mais próxima entre doente e médico e aceder a mais informação clínica através da avaliação visual.

Sobre a monitorização dos doentes, o grupo de peritos manifesta a necessidade de adiamento de exames não vinculados a protocolo de segurança, o espaçamento do agendamento dos exames de rotina em doentes estáveis e a disponibilização, via e-mail, dos resultados dos exames realizados, evitando a deslocação ao hospital. A consulta de enfermagem deve ser realizada com recurso à telemedicina no intervalo das consultas médicas e sob a forma de videoconsulta de educação ao doente.

Em termos de comunicação, os médicos afirmam ser importante criar uma disponibilidade real para responder às questões do doente. Assim, consideram fundamental a partilha de informação relevante com os doentes através de e-mail ou SMS, a divulgação de informação através de associações de doentes ou do GEEM e a criação de uma linha de apoio aos doentes com esclerose múltipla.

“Estas recomendações foram definidas tendo presente que os doentes com esclerose múltipla podem ser mais suscetíveis à infeção por SARS-CoV2 ou contrair uma forma severa de COVID-19, caso estejam a fazer imunossupressores ou tenham incapacidade física marcada. É consensual a necessidade de ser cada vez mais utilizada a telemedicina, principalmente nesta fase pandémica, para fazer face à indisponibilidade dos serviços hospitalares e à necessidade de redução da exposição ao SARS-Cov2”, defende João Cerqueira, presidente do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla, da Sociedade Portuguesa de Neurologia.

“Para esta mudança, é fundamental a preparação dos profissionais de saúde e dos doentes e seus cuidadores, não esquecendo, contudo, a necessidade periódica de exame ao doente em regime presencial que também não deve ser descurado”, reforça o especialista.

O documento “Recomendações para o seguimento de doentes com Esclerose Múltipla durante a pandemia de Covid-19”, elaborado com o apoio da Novartis, resulta da opinião de 30 especialistas na área da esclerose múltipla com representatividade nacional. Os participantes têm, em média, 15 anos de experiência na área, sendo que 14 seguem menos de 150 doentes e 12 seguem entre 150 e 400 doentes. Relativamente às Unidades Regionais de Saúde, 10 pertencem à ARS Norte, 7 à ARS Centro, 10 à ARS LVT, 1 ao Serviço Regional de Saúde dos Açores e 2 ao Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira.

Dados DGS e INSA
A epidemia de Covid-19 verifica já uma tendência de descida em Portugal. De acordo com André Peralta Santos, Diretor do Serviço...

Apesar de ter havido um agravamento na semana de 22 de novembro, na semana de 29 “já houve um desagravamento em vários municípios, nomeadamente na região Norte, que apesar de manter incidências elevadas, tem já um desagravamento. Na região de Lisboa e Vale do Tejo também se verifica uma variação decrescente, o que são boas notícias”, referiu, durante a sessão de balanço das medidas tomadas e de análise da evolução da doença.

O Alentejo e os Açores, pelo contrário, ainda registam aumento da sua incidência.

Durante a apresentação dos dados, destacou-se também o facto de o decréscimo se estar a refletir em todas as faixas etárias. 

André Peralta Santos realçou uma boa e uma má notícia: “A boa notícia é que o grupo de 60/70 anos e 70/80 anos estão relativamente protegidos em relação aos outros grupos etários. No entanto, o grupo de mais de 80 anos é um grupo que tem maior dependência, maior intensidade de contactos e, por isso, tem ainda uma incidência mais alta”. Quanto às hospitalizações, salientou que que apesar de o país já ter “passado o pico da incidência, ainda não há um pico claro nos internamentos”, que é esperado em breve.

Cada doente infeta, em média, menos de uma pessoa

Quanto ao rácio de transmissibilidade, ou Rt, apresentado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, encontra-se atualmente abaixo de 1, com valor de 0,99”. Segundo Baltazar Nunes, este resultado deve-se ao decréscimo da incidência nas regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. 

Na região Norte, que tem sido a zona mais afetada pela pandemia, o Rt é agora de 0,96 e, em Lisboa, apesar de o Rt estar situado em 1, também se regista estabilização ou mesmo decréscimo. 

As restantes regiões mantêm o seu Rt acima ou muito próximo do 1. O Alentejo e o Algarve continuam a preocupar as autoridades, porque apesar de terem valores próximos de 1 ainda apresentam “uma taxa de crescimento”.

 

 

 

Para já, apenas no SNS
Na apresentação do Plano de Vacinação Covid-19, que decorreu esta 5ª feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que “as...

Durante a sessão, o coordenador do grupo de trabalho que elaborou o plano, Francisco Ramos, explicou que os objetivos do plano são “reduzir a mortalidade e o internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, controlar os surtos nas populações mais vulneráveis, e preservar a capacidade de resposta dos serviços universais”.

Os grupos prioritários foram, de acordo com as entidades envolvidas neste plano, definidos a partir dos dados conhecidos, que mostram que as pessoas mais de 50 anos são 97% dos óbitos, 91% dos internamentos hospitalares e 81% dos internamentos em cuidados intensivos. Há outras doenças que são fatores de risco importante, destacando-se as coronárias, renais e pulmonares.

Numa primeira fase vão ser vacinadas 950 mil pessoas

Segundo o plano de vacinação estabelecido, numa primeira fase, vão ser vacinadas as pessoas com 50 ou mais anos, com uma das doenças referidas acima, os residentes em lares e em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais, representando no conjunto 950 mil pessoas.

Na segunda fase, vão ser vacinados dois grupos de pessoas: as com mais de 65 anos sem doenças, e as com entre 50 e 65 que tenham diabetes, cancro, insuficiência hepática e renal, obesidade e hipertensão, representando, o primeiro subgrupo, 1,8 milhões e o segundo mais 900 mil.

Na terceira fase, e se a indústria conseguir produzir vacinas à velocidade suficiente vai ser vacinada o resto da população. Caso não seja possível, vão ser criados novos subgrupos prioritários, que serão vacinados ao ritmo a que as vacinas sejam produzidas.

A vacinação em Portugal começa em janeiro, como em toda a União Europeia, uma vez que a vacina será distribuída a todos os países a mesmo tempo. No entanto, ainda não foi definida uma data.

Segundo o Plano de Vacinação contra a Covid-19, a primeira fase deverá decorrer em janeiro e fevereiro, dependendo do ritmo de abastecimento das vacinas, podendo estender-se até abril. A segunda fase prevê-se que decorra no segundo trimestre do ano.

A administração da vacina decorrerá no Serviço Nacional de Saúde. Os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados serão vacinados nesses locais, pelas próprias equipas de enfermagem ou por equipas dos centros de saúde, os profissionais, serão vacinados pelos respetivos serviços de saúde ocupacional.

Plano de Vacinação
As vacinas contra a Covid-19 vão começar a ser administradas a partir de janeiro, sendo os grupos prioritários as pessoas com...

Segundo Francisco Ramos, coordenador do grupo de trabalho criado pelo Governo para definir o plano de vacinação contra a covid-19, numa segunda fase, pessoas com mais de 65 anos sem patologias associadas, e pessoas com mais de 50 anos, vão ser a prioridade. No entanto, a medida será estendida a um leque mais alargado de patologias associadas, como a diabetes.

Na apresentação do plano, que decorreu ontem no Infarmed, o responsável estimou que sejam vacinadas 950 mil pessoas numa primeira fase, sendo 250 mil o grupo dos lares, 400 mil as pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades associadas e 300 mil profissionais. Na segunda fase serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos.

 

«Vamos Salvar Portugal»
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) e a Câmara Municipal de Gondomar vão apresentar amanhã o projeto-piloto ...

De acordo com comunicado da autarquia, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, “este projeto tem como principais objetivos, por um lado, o reforço de recursos humanos destinados à realização dos inquéritos e, por outro, a otimização dos contactos com os casos positivos, por forma a torná-los mais céleres e, assim, interromper mais rapidamente as cadeias de transmissão na comunidade gondomarense”.

Este projeto-piloto contempla a criação de uma equipa para a realização de inquéritos relativos à Covid-19, composta por técnicos superiores da câmara municipal que tiveram uma formação prévia com a ARS Norte.

“Este projeto pretende ser uma resposta às queixas da população gondomarense relativas à demora no contacto com os munícipes, numa primeira fase, que testaram positivo à covid-19 e, numa segunda fase, que possam ter estado na rede de contactos de um caso positivo – pessoas essas que o infetado terá contaminado involuntariamente”, refere o comunicado. Segundo os dados disponibilizados pela autarquia, no início da iniciativa “eram 1.800 os indivíduos que, em Gondomar, ainda não tinham sido contactados” pela ARS Norte, com os contactos a demorarem “entre cinco a seis dias a ocorrer”.

 “Atualmente, com o reforço desta equipa, os contactos estão em dia, nas duas fases essenciais para interromper as cadeias de transmissão: quer na fase inicial em que é contactado o infetado, quer na segunda fase em que são contactados os indivíduos que possam ter sido contaminados por esse infetado”, explica em comunicado. 

Apesar do projeto ter arrancado já há cerca de uma semana, só agora será apresentado publicamente.

 

Conheça os sintomas
Cansaço, falta de ar e inchaço (edema), sobretudo, na zona do abdómen e nas pernas estão entre os pr

Caracterizada por um aumento de pressão na artéria pulmonar, estima-se que, a Hipertensão Pulmonar afete cerca de 300 portugueses. De acordo com Ana Mineiro, Assistente Graduada de Pneumologia no Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte, esta condição pode ocorrer por diversos motivos: “porque as artérias pulmonares ficam mais estreitas (alterações da sua parede, obstruções no seu interior), porque há insuficiência cardíaca esquerda, porque o oxigénio no sangue se encontra baixo (por exemplo nos doentes com doenças pulmonares crónicas), entre outras”.

É importante referir que a Hipertensão Pulmonar se encontra classificada em cinco grupos consoante as causas associadas. A insuficiência cardíaca ou as doenças pulmonares, como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, estão entre as principais causas da Hipertensão Pulmonar. No entanto, há uma percentagem de casos (e que constitui o Grupo 1 da classificação) que aparece associada a “doenças cardíacas congénitas, as doenças do tecido conectivo (como o lúpus e a esclerodermia), a doença hepática crónica, a infeção pelo VIH e algumas drogas como, por exemplo, as metanfetaminas”, entre outras, embora seja menos frequente.

Partindo deste pressuposto, alerta a especialista, “podemos então considerar os doentes com estes diagnósticos como grupos de risco a que devemos estar mais atentos aos sintomas e, em alguns casos, como na esclerodermia, fazer o rastreio ativo de hipertensão pulmonar”.

A Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica constitui o Grupo 4, um dos menos frequentes mais igualmente grave. “Numa percentagem pequena de doentes que tiveram tromboembolismo pulmonar agudo (obstrução aguda das artérias do pulmão por um coagulo) permanece uma oclusão residual que, pela sua cronicidade, leva também a alterações da própria artéria. Estes dois fatores têm como consequência a hipertensão pulmonar tromboembólica crónica”, explica.

Não obstante, a hipertensão pulmonar pode surgir em qualquer idade, estimando-se que em 10% dos casos esteja associada a fatores hereditários. Por isso, há que conhecer os seus sinais, valorizando a sintomatologia associada. “Numa fase inicial, os sinais de alerta são muito inespecíficos e pouco valorizados como, por exemplo, o cansaço e a falta de ar (dispneia), inicialmente ligeiros e que se agravam ao longo do tempo. Em fases avançadas, surge a dor torácica, perda de consciência (sincope) e palpitações”, sublinha Ana Mineiro.

“Se conhecerem bem a sua doença saberão detetar sinais de alarme e como reagir à sua presença. Por outro lado, penso que, conhecendo a doença e sabendo a razão pela qual fazem determinados medicamentos, bem como os seus eventuais efeitos adversos, estarão mais aptos para cumprir o tratamento regularmente, o que é essencial”, reforça a médica.

Caso exista sugestão da doença, “o primeiro exame a efetuar é o ecocardiograma. Se este for sugestivo, a confirmação é efetuada por cateterismo direito”.

Quanto ao tratamento, a especialista revela que apenas 2 grupos “têm tratamento específico”. “O grupo 4 (hipertensão pulmonar tromboembólica crónica) tem possibilidade de cura através de cirurgia: a endarterectomia. Se esta não puder ser realizada, a angioplastia (repermeabilização através de cateter das artérias obstruídas) e medicação oral são alternativas terapêuticas. No que diz respeito ao tratamento do Grupo 1, a medicação pode ser administrada por via oral, inalada, subcutânea ou endovenosa”, explica.

“Por outro lado, (…), a maioria dos casos de hipertensão pulmonar surgem associados a doença cardíaca e respiratória crónica. Estes doentes têm o seu prognóstico muito agravado quando se associa à sua doença de base a hipertensão pulmonar e estão muito limitados nas suas atividades diárias. Para eles não temos, de momento, qualquer terapêutica dirigida à hipertensão pulmonar aprovada, mas está a ser feita investigação com esse objetivo”, acrescenta.

De modo a evitar um agravamento da condição, o doente é aconselhado a ter um estilo de vida saudável – “o que inclui não fumar, ter uma alimentação variada e com baixo teor em sal e praticar exercício físico adaptado”. Segundo a pneumologista, “nas consultas e, nalguns casos, em programas específicos de reabilitação, são ensinadas várias técnicas que permitem realizar esforços com menos gasto de energia”.

“É ainda importante evitar fatores de descompensação tais como as infeções, vacinando-se contra a gripe e a pneumonia. Por último, o doente tem de se ver como parte integrante de uma equipa. Além do que já foi dito, isso implica também, na medida das suas capacidades, envolver-se ativamente em grupos de doentes que possam ter impacto nos decisores a nível político. Isto levará a melhores condições de tratamento e de apoio social”, conclui Ana Mineiro.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Baixa precisão
Novos dados médicos confirmam que cerca de 40% dos resultados positivos de SARS-CoV-2 obtidos através de testes PCR poderiam...

Uma comparação direta entre testes PCR e testes rápidos de antigénio, divulgada pelos Laboratórios SYNLAB, vem realçar a inexatidão destes últimos quando utilizados para testar pessoas "saudáveis". Neste estudo comparativo foram efetuados mais de 20.000 testes à SARS-CoV-2 em indivíduos no seu local de trabalho, ou seja, que não descreveram quaisquer sintomas (sendo, por isso, considerados "saudáveis"). Os resultados destes testes confirmam que quase 40% dos casos positivos de SARS-CoV-2 identificados através dos testes PCR poderiam não ter sido detetados se os indivíduos testados tivessem realizado apenas testes rápidos de antigénio. Foi demonstrado de forma clara que as pessoas que testaram negativo com os testes rápidos de antigénio (mas que, na realidade, estavam positivas) podem disseminar o vírus da COVID-19 com consequências graves. Estas situações ocorreram na Casa Branca (EUA) e com associações desportivas de alguns países nas quais o vírus se alastrou no seio das equipas em poucos dias.

A explicação para as limitações dos testes de antigénios reside numa queda acentuada da precisão de deteção do vírus nos indivíduos com cargas virais mais baixas, acima de 25 a 30 Ct (limiar de ciclo) (Figura 1). O valor Ct indica quantos ciclos de multiplicação PCR devem ser executados para revelar a presença do material genético viral. Regra geral, quanto mais alto o valor Ct, menos quantidade de vírus está presente na amostra. Desta forma, fica claro que os testes de antigénio não detetam a SARS-CoV-2 em pessoas testadas com valores Ct mais elevados; contudo, isto não significa que estas pessoas não possam infetar outras, pois foi demonstrado que o vírus infecioso pode ser isolado mesmo de indivíduos com valores Ct superiores a 35.

"Os dados médicos que obtivemos reforçam a nossa preocupação relativamente à utilização de testes rápidos de antigénio para garantir ambientes seguros para a interação humana. Os testes de antigénio poderiam falhar a deteção em quase 40% dos portadores do vírus, que seriam identificados por RT-PCR ou métodos equivalentes. Essas pessoas encontrar-se-iam em falsa segurança e poderiam espalhar o vírus sem o saberem, colocando em risco todas as outras à sua volta. Temos observado muitos exemplos destes casos. Todos queremos voltar ao normal, mas só o conseguiremos se agirmos e testarmos de uma forma responsável e precisa", explica Laura Brum, Diretora Médica da SYNLAB Portugal.

Inscrição obrigatória
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) e o Clube de Anestesia Regional (CAR) vão receber José Mourinho, no seu...

O objetivo do Congresso visa, essencialmente, demonstrar que a atividade cirúrgica pode ser mantida em segurança e com os elevados padrões de qualidade que tão bem a caracterizam, desde que para isso, sejam cumpridas as medidas impostas e que o espírito de equipa faça parte das unidades de Cirurgia de Ambulatório.

A entrevista ao treinador de futebol terá início pelas 14h30, do dia 11 de dezembro. Para Carlos Magalhães, presidente da APCA, “um Congresso, que certamente, ficará marcado na vida da organização e de todos os participantes. É com enorme prazer e orgulho que trazemos até ao nosso congresso, uma referência mundial do futebol, cuja entrevista estará subordinada ao tema liderança e team working, um aspeto importantíssimo e transversal a todas as atividades, uma vez que uma boa liderança e espírito de equipa parecem ser a chave para o sucesso.”

A inscrição é obrigatória e deve ser feita, em: https://mla.bs/c4499dc1

 

Síndrome de Olho Seco
Durante os últimos meses, a utilização de máscara passou a fazer parte do quotidiano da maioria dos

Ao longo deste último ano, com o uso regular da máscara, as queixas de irritação ocular tornaram-se cada vez mais habituais. A maioria dos indivíduos descrevem sistematicamente uma sensação de aumento do fluxo de ar, que, através da máscara, segue em direção aos olhos, durante a respiração - isto é especialmente notório em pessoas que usam óculos e que têm constantemente as lentes embaciadas. Consequentemente, este aumento de fluxo de ar contribui para a evaporação contínua do filme lacrimal, secando a superfície ocular, o que se traduz num aumento da irritação e inflamação do olho.

Apesar de a irritação ocular associada ao uso da máscara ser muito frequente, esta torna-se mais intensa em pessoas com antecedentes de inflamação ocular e/ou de olho seco. Os sintomas, ou sinais mais frequentes, a que devemos estar alerta são a presença de olho vermelho persistente, comichão, ardência, sensação de picada ou de corpo estranho e eventualmente lacrimejo. De acordo com Salgado Borges, médico especialista em oftalmologia, “é crucial não esfregar os olhos, para proteger a córnea e evitando dessa forma o risco de infeção. No caso de sentir vontade imperiosa de mexer nos olhos ou mesmo de ajustar os óculos deverá usar um lenço de papel, em vez dos dedos, e higienizar as mãos frequentemente.”

Comum ao tratamento de todas as situações de irritação ocular, nomeadamente, o olho seco, é a administração de lágrimas artificiais. Porém, há que ter o cuidado de utilizar lágrimas artificiais sem conservantes, uma vez que os conservantes podem ter efeitos tóxicos e ser indutores de alergias, que, por si só, podem agravar a situação de irritação ou olho seco.

Por outro lado, os utilizadores de lentes de contacto devem ter cuidados acrescidos e, sempre que possível, utilizar óculos, uma vez que que mexem mais frequentemente nos olhos, aumentando a probabilidade de contágio.

A utilização de máscara em espaços públicos é não só obrigatória como essencial, pelo que o seu uso não poderá ser negligenciado em situação alguma. Há, no entanto, diversas ações que poderão ajudar no controlo da irritação ocular. Segundo  Salgado Borges, “sempre que possível, deve-se pestanejar e aplicar um colírio lubrificante (mais conhecido por lágrimas artificiais). Por seu turno, e ainda que não oferecendo uma segurança de 100%, os óculos de correção ou de sol protegem os olhos de gotículas respiratórias infetadas. Relativamente às máscaras, poderá ser benéfico utilizar aquelas que associam as características de uma proteção certificada a uma melhor ergonomia (ou seja, que se adaptem à fisionomia facial), nomeadamente, as que possuem uma prega metálica e moldável para melhor se adaptarem ao dorso do nariz e, desta forma, diminuir o fluxo de ar nessa zona.”

Numa altura em que o risco de infeção por SARS-CoV-2 impera, torna-se fundamental, por um lado não descurar o uso da máscara e, por outro, combater e evitar o risco de irritação ocular uma vez que nos leva ao ato continuado e desaconselhado de tocar na face o que pode levar à propagação deste vírus. 

O que é o olho seco? 

Considera-se “olho seco” quando existe um desajuste entre a quantidade/qualidade da secreção lacrimal (lágrima) e as necessidades da superfície ocular. O olho seco é cada vez mais frequente, estimando-se que, atualmente, cerca de 15% da população adulta sofra desta patologia.

Principais sintomas

Os sintomas mais comuns associados ao olho seco incluem: sensação de corpo estranho, ardor, irritação, prurido ligeiro, lacrimejo, fotofobia, visão enevoada, intolerância às lentes de contacto, pestanejo frequente e flutuação visual diurna.

É muito comum que estes sintomas se agravem ao final do dia.

Causas

O olho seco pode ter diversas causas, tais como:

  • Parte do processo natural de envelhecimento, especialmente durante a menopausa;
  • Efeito secundário de diversos medicamentos, como é o caso dos anti-histamínicos e antidepressivos;
  • Doenças locais ou sistémicas, como blefarite, rosácea, artrite reumatoide, lupus eritematoso sistémico, síndrome de Sjögren, paralisia facial e a cirurgia refrativa para o tratamento da miopia e hipermetropia;
  • Condições ambientais, como a exposição ao ar condicionado/outros sistemas de aquecimento;
  • Pestanejo insuficiente, provocado pela fixação ao ecrã de computador durante longos períodos;
  • Utilização prolongada de lentes de contacto.

Diagnóstico e Tratamento

Só é possível realizar o diagnóstico do olho seco através de exames clínicos. Mesmo nos casos em que alguns dos sintomas se apresentam com alguma gravidade, o diagnóstico deverá sempre ser confirmado pelo médico oftalmologista.

Na esmagadora maioria dos casos, o diagnóstico pode ser relativamente simples, por exemplo, através da observação do olho ou de um teste simples para medir a produção de lágrima.

Apesar de ser uma doença crónica, o olho seco pode ser facilmente controlado com sucesso, desde que sejam seguidas as indicações do médico oftalmologista, não só em relação aos medicamentos a tomar, mas também aos cuidados diários a ter para que a situação não se agrave.

Geralmente, o tratamento do olho seco passa pela utilização de lágrimas artificiais, que compensam as lágrimas naturais em falta, lubrificando e protegendo os olhos, e que devem ser utilizadas as vezes necessárias para evitar o aparecimento dos sintomas.

Principais grupos de risco

Além da prevenção e tratamento, é também importante alertar os grupos de risco para este problema.

Os mais afetados pelo olho seco são, maioritariamente, pessoas idosas, mulheres no período da menopausa, pessoas sujeitas a determinadas medicações (como por exemplo: pílula contracetiva, anti-histamínicos ou antidepressivos) ou que passam muito tempo em frente a ecrãs de computador. Por outro lado, os portadores de lentes de contato, pessoas sujeitas a ambientes poluídos, que viajam frequentemente de avião, ou que estão sujeitas a ambientes com ar condicionado são também muito afetadas por esta doença crónica.

A importância das lágrimas

A lágrima tem um importante papel no olho e na qualidade da visão. Assegura a nutrição e hidratação do olho e regulariza a superfície ocular, o que permite uma visão com melhor qualidade.

As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, situadas junto à pálpebra superior, no seu canto externo, e espalhadas pela mucosa que recobre o olho. Estas são permanentemente produzidas para uma lubrificação do olho e, adicionalmente, em resposta a uma irritação ou emoção. 

A lágrima é constituída por três camadas:

  1. A camada lipídica, que está em contato com o ar, e cuja principal função é evitar que as lágrimas se evaporem;
  2. A camada aquosa, intermédia, que assegura a nutrição dos olhos e que os protege de corpos estranhos, potencialmente perigosos;
  3. A camada mucínica, que está em contato com a superfície ocular e que é responsável pela adesão da lágrima aos olhos, formando uma película protetora transparente.

A produção de lágrimas é igualmente afetada por fatores hormonais, daí a que o olho seco seja mais frequente nas mulheres após a menopausa. Outro fator importante é a idade, uma vez que, após os 60 anos, a produção de lágrimas é de apenas cerca de 25%, quando comparada com a de um jovem adulto.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia
A start-up portuguesa Fetalix venceu o principal programa do EIT Jumpstarter na categoria de saúde. A equipa foi reconhecida no...

O EIT Jumpstarter é o principal programa de pré-aceleração interindustrial do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT). Durante a edição deste ano, as equipas da Europa Central, Oriental e do Sul foram convidadas a competir na grande final, que decorreu virtualmente no dia 25 de novembro de 2020. Durante o evento virtual, 36 das 120 start-ups participantes apresentaram a potenciais investidores e um júri de especialistas as suas ideias de negócio, que se relacionaram com seis setores chave: Saúde, Alimentação, Matérias-primas, Energia, Manufaturação e Mobilidade Urbana. Os melhores projetos foram premiados com um valor total de 162 000 euros. A Fetalix venceu na categoria de Saúde, recebendo um prémio de 10 000 euros.

Fetalix: uma solução para a dor de costas

A Fetalix oferece uma solução regenerativa inspirada em fetos para tratar a dor lombar através de uma aplicação minimamente invasiva. O seu biomaterial natural é obtido a partir de uma fonte fetal de um mamífero, disponibilizando propriedades regenerativas únicas. Este material injetável e pronto a usar fornece a veterinários e cirurgiões ortopédicos um tratamento preventivo para degeneração do disco intervertebral, eliminando a necessidade de procedimentos cirúrgicos e novas operações. Segundo a Fetalix, o tempo de intervenção pode ser reduzido em 90%. Já o tempo de internamento em hospitais pode ser redúzio em 70% graças à terapia.

“O EIT Jumpstarter muniu-nos das habilidades empreendedoras básicas necessárias para lançar a nossa empresa. Recomendamos esta excelente iniciativa a todos os que desejam aprender como atrair investidores que financiem a sua ideia e a elevem ao próximo nível. A brilhante equipa de mentores foi fundamental para construir um plano de negócios forte e consistente e melhorar as nossas capacidades de apresentação”, afirmou Joana Caldeira, da Fetalix.

Vencedores do EIT Jumpstarter 2020

Para além da Fetalix, de Portugal, o Drone Plan (Energia), da Letónia, o ReCatalyst (Matérias-primas) e o ArcLub One (Manufaturação), da Eslovénia, o Horizer (Mobilidade Urbana), da Bósnia e Herzegovina, e o Coffeco (Alimentação), da Grécia, conseguiram convencer o júri do seu potencial de inovação e crescimento.

“O EIT Jumpstarter é um concurso europeu único que ajuda a desenvolver as ideias de negócio mais promissoras e inovadoras de toda a Europa. Convocámos um conjunto excecional de ferramentas e um painel de especialistas, que podem ajudar os participantes a obter conhecimento de negócios, desenvolver uma melhor compreensão relativamente à segmentação do mercado, criar uma boa proposta de valor, melhorar a vantagem competitiva e obter fundos para introduzir as suas ideias no mundo real. Estou muito orgulhoso por, ao longo dos seus quatro anos de existência, o programa ter criado a oportunidade para desenvolver muitos negócios inovadores e treinado 365 inovadores”, disse Dora Marosvolgyi, gerente do Programa Jumpstarter do EIT.

Associações devem ser consultadas
No âmbito das notícias que estão a ser publicadas com a apresentação do plano de vacinação para a Covid-19, a Associação...

A definição dos grupos prioritários e respetiva estratégia de vacinação deve ser clara e transparente para toda a comunidade. É fundamental que as pessoas com doenças crónicas se sintam protegidas e acompanhadas neste processo dado o risco aumentado que têm face às formas graves de Covid-19. As organizações da sociedade civil, pela sua proximidade aos cidadãos, podem e devem ser também elementos fundamentais nos aspetos de comunicação de factos e instruções fidedignas, credíveis e adequadas aos respetivos públicos-alvo.

“A pandemia do novo coronavírus exige soluções claras para as pessoas com doenças crónicas e, mais uma vez, a Sociedade Civil está a ser esquecida. É importante que, para uma estratégia eficaz de vacinação para a COVID-19, exista planeamento, organização, transparência e clareza na comunicação e definição de quem vai ter acesso, numa primeira fase, à vacina. E, apesar de este ser um período de incerteza, as pessoas com risco acrescido de complicação de infeção não podem ficar reféns da desinformação” afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP. 

A associação alerta para que o conhecimento científico sobre a nova vacina é ainda escasso, e que é necessário definir um programa que dê confiança às pessoas. O objetivo é que as associações e sociedades que estão na linha da frente no apoio a pessoas com doença crónica sejam envolvidas para ajudar a reduzir o receio relativo a esta nova vacina.

“Tem de ser realizada uma análise à ordem de prioridade na distribuição desta vacina. Há pessoas com diabetes que continuam a deslocar-se para o local de trabalho, em transportes públicos e, como tal, estão mais expostas. Numa sociedade que se diz inclusiva e promotora da participação, é importante que haja abertura e disponibilidade do Governo para ouvir as organizações da Sociedade Civil, para avaliarmos em conjunto quais são as pessoas em situações mais vulneráveis e quais os critérios de distribuição das vacinas. Depois desta audição, o Governo pode e deve tomar as medidas que considerar necessárias.” defende José Manuel Boavida.

 

Investigação
Uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e do Centro para a Inovação em Biotecnologia e...

Intitulado “COVIRNA - Um teste de diagnóstico para melhorar a vigilância e o tratamento de pacientes COVID-19”, o projeto é liderado pelo Instituto de Saúde do Luxemburgo (LIH, na sigla inglesa) e junta 15 parceiros das áreas da saúde, academia e indústria de 12 países europeus (Alemanha, Bélgica, Bósnia, Eslovénia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Luxemburgo, Portugal e Reino Unido).

O projeto, que acaba de arrancar, tem a duração de dois anos e conta com um financiamento de 3,9 milhões de euros da União Europeia (UE) no âmbito do plano de ação ERAvsCorona, que promove a cooperação entre instituições de investigação europeias para fortalecer a resposta à pandemia.

O grupo de investigadores da UC participa no projeto em duas fases distintas. Na primeira fase, e em estreita colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), vai recolher “amostras de sangue de pacientes diagnosticados com COVID-19, que depois serão analisadas no sentido de identificar biomarcadores que permitem antecipar o impacto cardíaco da doença de COVID-19”, explica Lino Ferreira, adiantando que, num segundo momento, a equipa da UC será responsável por “desenvolver terapias para atenuar o impacto da COVID-19 no coração”.

O consórcio espera fornecer “um teste de diagnóstico que estratificará os pacientes COVID-19 de acordo com o seu nível de risco de desenvolver doenças cardíacas, permitindo à equipa médica selecionar a terapêutica mais adequada para tratar os doentes” , salienta Lino Ferreira. Além disso, assinala ainda o investigador do CIBB da UC, no âmbito do projeto, «serão também desenvolvidos tratamentos inovadores para atenuar o impacto da COVID-19 no coração».

O projeto tem como objetivo final (ao fim dos dois anos) colocar no mercado o kit de diagnóstico.

 

 

Contra a discriminação pela idade
“Os Idosos são valiosos” é o lema da campanha nacional destinada a sensibilizar a população contra a discriminação pela idade,...

“A nossa espécie passou a viver muitos mais anos, a sociedade evoluiu. O conceito de que ser velho é ser doente e que a maioria dos velhos são doentes, dependentes e dementes, confirmou-se afinal como preconceito. Os velhos de hoje são, na maioria, autónomos, sem compromisso cognitivo e sentem-se saudáveis” afirma João Gorjão Clara, Coordenador do NEGERMI.

“O envelhecimento populacional provocou algumas perturbações nas sociedades ditas evoluídas. Sendo esta realidade indiscutível, os preconceitos persistiram e os velhos são marginalizados, ignorados nas qualidades e conhecimentos com que uma longa vida os enriqueceu. Considerados obsoletos, fora do tempo atual, são marginalizados, violentados física e psicologicamente pela sociedade e muitas vezes pelos familiares que lhes devem a vida, os cuidados, as preocupações, o esforço do trabalho, a dádiva de uma imensa ternura que os acompanhou enquanto cresciam”, conclui João Gorjão Clara.

Esta campanha nacional visa fazer entender que a Geriatria não se limita à intervenção na prevenção e tratamento das doenças, mas tem também no dever de se preocupar com o reconhecimento dos direitos, a defesa do bem estar e da qualidade de vida dos idosos.

 

Posição conjunta da OF, APF e ANF
Numa carta conjunta, a Ordem dos Farmacêuticos, a Associação de Farmácias de Portugal (AFP) e Associação Nacional de Farmácias ...

As três organizações garantem que os “farmacêuticos estão cientificamente preparados para vacinar”, sublinhando que há mais de 12 anos que, nas farmácias portuguesas, o fazem, “administrando anualmente mais de 1 milhão de vacinas e injetáveis”, garantindo “proximidade, segurança, conveniência, conforto e humanismo”.

Atendendo que a vacina Covid-19 “é uma conquista importante na inovação terapêutica contra a pandemia, para a qual muitos Farmacêuticos contribuíram”, estes profissionais querem “continuar a contribuir para que chegue a quem dela precisa de forma segura e rápida”.

“Devemos tirar conclusões da recente vacinação contra a gripe. Aproveitar para planear e organizar melhor, contando com a competência dos Farmacêuticos e das Farmácias”, apelam reforçando o seu papel no que diz respeito à distribuição e armazenamento de medicamentos.

“Os Farmacêuticos lideram com absoluta competência o processo de distribuição e armazenamento de medicamentos, que no caso da vacinação Covid-19 implica condições especiais de frio e segurança, bem como uma infraestrutura adequada para garantir a administração, em alguns casos de duas doses, num curto espaço de tempo”.

Para tal pedem que se siga o exemplo do que está a ser feito noutros países “como o Reino Unidos, os Estados Unidos, a Irlanda, o Canadá e a Austrália, que já integraram ou estão em processo de integração dos Farmacêuticos comunitários no Plano de Vacinação Covid-19, através das suas redes nacionais de Farmácias”.

“Seria incompreensível que Portugal, tendo uma das melhores redes de Farmácias da Europa, com três farmacêuticos, em média, por farmácia, com mais de 5.000 farmacêuticos habilitados para administrar a vacina, não utilizasse esta capacidade instalada para executar o Plano de Vacinação Covid-19. Incompreensível essencialmente para os Portugueses”, afirmam.

Por isso, reiteram a sua posição: “estamos disponíveis, estamos juntos para trabalhar em mais esta linha da frente contra a pandemia”.

“Cabe a quem coordena esta complexa operação no Ministério da Saúde fazer esta opção”, escrevem reforçando o desejo de “estar do lado certo da história, garantindo a nossa disponibilidade, de Norte a Sul, nas aldeias do Litoral e do Interior, nas Regiões Autónomas, junto daqueles que são a nossa razão de ser: os Portugueses”.

Área Metropolitana de Lisboa
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 já contactaram um total de 22.546 pessoas na área...

Segundo a informação disponibilizada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, os profissionais de saúde, segurança social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm “ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença”.

Na área Metropolitana de Lisboa, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares tendo contactado, entre 30 de junho e 27 de novembro 22.546 pessoas.

“Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população”, pode ler-se na página do SNS. 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 68 mortes devido à covid-19, e 3.384 novos casos de infeção, segundo os dados...

De acordo com o Boletim Epidemiológico de hoje, o número total de vítimas mortais já ascende a 4.645, e o número de casos confirmados desde o início da pandemia situa-se nos 303.846. Atualmente há 75.755 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus.

A região norte continua a ser aquela que reporta o maior número de novos casos, tendo registado 2.218 nas últimas 24 horas. Segue-se a região de Lisboa a Vale do Tejo, com 1.646 (mais 23 do que no último balanço) e a região Centro com 590 novos casos (mais 7 que ontem. No Alentejo foram identificados mais 121 novos caso e no Algarve surgiram mais 51 nas últimas 24 horas.

Quanto às regiões autónomas, os Açores registaram um aumento de 22 novos casos relativamente ao dia anterior, tendo sido identificados mais 1061. Na madeira foram confirmados mais 920 novos casos de infeção.

Em relação aos pacientes internados registou-se uma subida de 64 casos e o total corresponde a 3.338 pessoas, das quais 525 em cuidados intensivos (mais quatro em relação a ontem).

Ao mesmo tempo, a DGS revela que, nas últimas 24 horas, houve 2.569 recuperados.

 

Formato virtual
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) promove, esta 5ª feira, a 2.ª edição do seminário «Comunicação para...

Organizado pelo Departamento de Alimentação e Nutrição, o encontro pretende debruçar-se sobre metodologias e formas de comunicação em saúde, focando temas da comunicação em alimentação e informação aos consumidores.

A iniciativa, que decorre em formato virtual devido à atual situação epidemiológica da Covid-19, visa ainda contribuir para uma comunicação fundamentada em boas práticas, de forma a otimizar o seu alcance e eficácia.

O evento tem como destinatários operadores da indústria e distribuição alimentar, membros PortFIR, laboratórios, profissionais da comunicação e outros comunicadores, profissionais da saúde e da educação e membros da comunidade científica e académica.

«Da impossibilidade de não comunicar à comunicação do complexo: desafios e estratégias», «Porquê comunicar ciência em linguagem clara?» e «Pequenos detalhes, grandes impactos! Pode uma frase correta mudar comportamentos?» são alguns dos temas que fazem parte do programa do seminário. Os interessados em acompanhar esta iniciativa poderão fazê-lo através do canal de YouTube do INSA, sendo que a inscrição é gratuita.

O impacto dos hábitos, escolhas e práticas alimentares dos consumidores é determinante para o estado de saúde e prevenção de doenças como obesidade, doenças cardiovasculares ou toxinfeções alimentares.

Para que os consumidores tomem consciência do impacto da alimentação na prevenção e controlo da doença ou melhoria do estado de saúde, é necessário facilitar o acesso a informação de qualidade e aumentar o seu conhecimento para a realização de escolhas mais informadas, assim como assegurar que a comunicação seja fundamentada em boas práticas.

 

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