Medicina de precisão
O cancro do pulmão é o tipo de cancro com maior número de novos casos em todo o mundo e é também o responsável pelo maior...

No dia 17 de novembro assinala-se o Dia Mundial do Não Fumador, data de extrema importância dado o tabaco ser uma das principais causas para o cancro do pulmão, que em Portugal representa 5.200 novos casos e mais de 4 mil mortes por ano. Prognóstico que tem melhorado graças à evolução das novas técnicas de medicina de precisão com as quais os oncologistas já trabalham. 

Não apenas medicamentos, mas também sistemas de diagnóstico e monitorização como estudos moleculares, soluções que fornecem mais informações sobre a genética do tumor e suas possíveis mutações. Desta forma, fica mais fácil decidir qual o tratamento que será mais eficaz para o doente, aumentando a sua qualidade de vida e sobrevida. 

Uma das empresas líderes na realização deste tipo de análises é a OncoDNA, especializada em Medicina de Precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro. Com sede na Bélgica e delegações em Espanha, Portugal e América Latina, a OncoDNA assessora oncologistas e patologistas desde 2012 que se dedicam ao cancro do pulmão. 

Manuel González Moya, membro da equipa da Oncoavanze: “Nos últimos anos, estamos a viver uma verdadeira revolução com a identificação de alterações moleculares em células tumorais, algumas delas implicadas no seu crescimento e multiplicação, sendo classificadas como possíveis alvos terapêuticos. Neste contexto, é de especial interesse a realização de técnicas de sequenciação genómica numa pequena amostra de tumor, como as oferecidas pela OncoDNA, para poder detetar as referidas alterações moleculares, tanto para aplicação de tratamentos já autorizados e com benefício comprovado para os doentes, como para avaliar a sua inclusão em ensaios clínicos de novas terapias personalizadas”. 

Exemplos como o Oncoavanze são notáveis e mostram os resultados positivos que podem ser obtidos após a realização de um perfil molecular dessas características nos casos de cancro do pulmão. Como o estudo genómico OncoDEEP, da OncoDNA, baseado na análise de uma amostra de tecido do tumor e útil para encontrar um tratamento eficaz no menor tempo possível. 

Ou o teste OncoSELECT, uma análise rápida e minimamente invasiva do ADN tumoral circulante de uma amostra de sangue (biópsia líquida). Uma boa ferramenta para identificar soluções terapêuticas naqueles doentes que não têm possibilidade de fazer biópsia de tecido ou a que está disponível é antiga ou escassa. Ou também para fazer um controlo exaustivo da resposta ao tratamento e detetar as resistências assim que aparecem, ainda mais cedo do que nos exames de imagem. 

“Em relação ao benefício proporcionado por essas novas técnicas diagnósticas, deve-se destacar que no cancro do pulmão não escamoso é necessário determinar alterações genéticas como EGFR ou ALK nas células tumorais, uma vez que existem várias opções de tratamento personalizadas. Mas também é importante repetir a biópsia ao tumor (ou biópsia líquida se a biópsia sólida não for possível) quando se progredir para uma primeira terapia, para identificar os mecanismos de resistência a esse tratamento inicial, ou outras novas alterações moleculares para as quais haja um tratamento benéfico ou um ensaio clínico para incluir o doente”, explica González Moya. 

 

 

Campanha alerta para diagnóstico precoce
Os números não enganam – a partir dos 40 anos de idade, a prevalência da Fibrilhação Auricular entre os portugueses ronda os 2...

Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de Fibrilhação Auricular é silenciosa. Só se deteta demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um Acidente Vascular Cerebral. A deteção precoce e o controlo desta arritmia são, por isso, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.

A partir dos 65 anos, devemos ter particular atenção a sinais nem sempre claros como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

É, por isso, aconselhável que, nestas idades, para além do controlo parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, se avalie o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular. Qualquer pessoa o pode fazer, de forma simples, através da autoavaliação do pulso.

Uma vez diagnosticada Fibrilhação Auricular, o risco de AVC pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a prescrição, a medicação poderá ser tomada uma ou duas vezes ao dia.

O bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.

Campanha internacional apela para a importância da deteção e do controlo

“Detetar, Proteger, Corrigir e Aperfeiçoar" é o mote da campanha global lançada pela Atrial Fibrillation Association e pela Arrhytmia Alliance, que visa envolver organizações de todo o mundo naquela que é a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular. Em Portugal é a Fundação Portuguesa de Cardiologia que se associa a esta iniciativa. O objetivo? Incentivar a deteção da Fibrilhação Auricular através de uma simples verificação do pulso. Um gesto e 30 segundos que podem salvar vidas.

Começa a 16 de novembro a Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular (FA), a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, e a responsável por 20 a 30 % dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos.

Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se à Atrial Fibrillation Association  e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a campanha global que, sob o mote “Detetar, Proteger, Corrigir e Aperfeiçoar", visa incentivar a deteção da FA através de uma simples verificação do pulso. Bastam 30 segundos.

Em Portugal, o papel da sensibilização e o apoio a esta campanha cabe à Fundação Portuguesa de Cardiologia, para quem a deteção precoce e o controlo da FA são fundamentais. “O diagnóstico atempado da Fibrilhação Auricular pode revelar-se fundamental na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Apesar de estar associada à redução da qualidade de vida e a internamentos, sobretudo a partir de determinada idade, esta arritmia pode ser controlada através da gestão de comportamentos, hábitos de vida e medicação. Quanto mais cedo a detetarmos, maior a probabilidade de a controlarmos. Daí a importância deste tipo de campanhas”, explica Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Combate à Covid-19
A Ministra da Saúde apelou hoje aos portugueses que ajudem evitar a propagação da Covid-19, cumprindo as normas e medidas já...

“Contamos com todos para conseguir ultrapassar esta fase que a todos nos convoca da qual ninguém está mesmo dispensado” sublinhou Marta Temido, reiterando a importância do cumprimento das novas restrições que estão estabelecidas nos vários concelhos para conter a propagação da pandemia.

“Os nossos profissionais de saúde estão cansados, mas garanto-vos que estão a postos e podemos contar com eles, contudo, é nosso dever fazer um maior esforço de parar a transmissão da doença, afirmou a governante.

Sobre a pressão no sistema de saúde, a Ministra da Saúde lembrou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem sido reforçado, através de equipamentos, infraestruturas e recursos humanos. De acordo com a governante, “os ventiladores passaram de 1142 para 1939 e as camas em unidades de cuidados intensivos passaram de 433 para 704, com uma capacidade de expansão que ultrapassa as 900”. Relativamente aos recursos humanos, também “foram contratados mais de 6800 profissionais de saúde”, acrescentou.

“Por trás de todo este esforço, estão profissionais de saúde aos quais devemos a nossa admiração, respeito e o melhor cumprimento possível das regras básicas” concluiu Marta Temido.

 

Em regime online
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra vai lançar, em janeiro, a primeira pós-graduação portuguesa...

“A pós-graduação em Electroencefalografia (EEG) é inédita e, por isso, ESTeSC será pioneira, tal como o foi com a licenciatura em Fisiologia Clínica em 2014”, assume o docente coordenador do curso, Daniel Filipe Borges, explicando que a única formação pós-graduada na área atualmente existente está “reservada aos médicos especialistas que optem por frequentar o Ciclo de Estudos Especiais em Neurofisiologia, tutelado pela Ordem dos Médicos”.

O curso da ESTeSC é direcionado para profissionais com formação em Medicina, mas também em Neurofisiologia ou Fisiologia Clínica que pretendam desenvolver ou renovar os conhecimentos em electroencefalografia clínica. O objetivo passa, precisamente, por trabalhar numa lógica de “equipa e complementaridade”, na atualização e melhoria da prática clínica diária, explica Daniel Filipe Borges. De cariz prático, a pós-graduação abordará “de forma exaustiva, mas sintética”, todas as áreas da EEG, “incluindo as noções mais básicas de aquisição de sinal bioeléctrico cerebral e fundamentos de neurofisiologia e neuroanatomia aplicada, aos padrões normais, variantes e patológicos de EEG e a sua correlação com doenças neurológicas e sistémicas”, acrescenta.

O corpo docente do curso integra – além dos docentes da ESTeSC – 28 médicos especialistas (neurologistas e pediatras) e com subespecialidade (neurofisiologia clínica e neuropediatria) que exercem em 17 diferentes instituições hospitalares nacionais. A estes, juntam-se os professores Ley Sander, da University College London (Inglaterra), e Sándor Beniczky, da Aarhus University (Dinamarca), oradores dos webinar de abertura e encerramento, respetivamente (ambos de acesso ao público em geral).

Esta iniciativa conta com o apoio e patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Sociedade Portuguesa de Neurofisiologia Clínica e Medicina do Sono, cujos respetivos presidentes “foram inexcedíveis em todo este processo sinérgico, desde o desígnio à atual implementação”, refere Daniel Filipe Borges.

As aulas da pós-graduação em EEG têm início a 16 janeiro de 2021, e decorrerão aos sábados, das 10H00 às 13H00 e das 14H00 - 17H00. As candidaturas estão abertas até 04 de dezembro, em www.estescoimbra.pt.

 

Formato virtual
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) está a promover, pela terceira vez, a Caminhada Cancro...

A 3.ª Caminhada Cancro da Próstata tem como objetivo aumentar a consciencialização para o cancro da próstata e reverter quilómetros de “caminhada virtual” em donativos para a AICSO. Para além de estarem a ajudar na divulgação desta doença, os participantes estão também a aderir a uma iniciativa solidária.  Todos os quilómetros percorridos e partilhados nas redes sociais com a hashtag #caminhadacancrodaprostata num perfil/ publicação pública serão convertidos em donativos a esta associação para serem utilizados em prol de projetos de investigação científica nesta área.

Andreia Capela, Presidente da AICSO deixa o apelo “O mês de novembro está tradicionalmente associado às ações de sensibilização para o cancro da próstata. Em Portugal, o cancro da próstata é o segundo tumor mais prevalente, e o terceiro em incidência com cerca de 6600 novos casos por ano. Por este motivo queremos apelar à participação de todos os que puderem participar nesta caminhada, de forma virtual e em segurança, partilhando os quilómetros percorridos nas redes sociais para conseguirmos angariar o maior valor em donativos que contribuam para a promoção da investigação e suporte desta doença oncológica.”

Para além da realização desta caminhada, numa tentativa de consciencializar e esclarecer, quer a população em geral quer os doentes com cancro da próstata, a AICSO convidou vários profissionais de saúde ligados a esta área a elaborarem uma série de vídeos educativos com o objetivo de abordar os vários desafios que o doente com cancro da próstata pode enfrentar ao longo da sua trajetória com a doença.

A Presidente da AICSO acrescenta: “Este projeto conta assim com 20 vídeos narrados por profissionais ligados ao tratamento do cancro da próstata, que através de uma linguagem acessível a todos e com o apoio de algumas imagens, pretendem informar sobre a doença. Esperamos que esta iniciativa ajude a clarificar alguns conceitos relativos ao cancro da próstata e aos homens que vivem com e para além da doença”.

O cancro da próstata é o tumor mais frequente em homens que vivem em países industrializados e de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) representa 7,1% dos tipos de cancro mais comuns. A incidência deste tipo de cancro aumenta a partir dos 50 anos, sendo a idade média na altura do diagnóstico de 65 anos. Na maior parte dos casos, e nas fases precoces da doença, este cancro pode ser não causar sintomas e assim o diagnóstico precoce é essencial e tem contribuído para reduzir de forma significativa a taxa de mortalidade.

Entre os sintomas mais comuns, numa fase avançada, estão a dificuldade em urinar ou mesmo a retenção urinária e dores ósseas desencadeadas pela evolução da doença à distância.

A 3.ª Caminhada Cancro da Próstata começou no dia 1 de novembro e os participantes podem realizar os seus quilómetros e partilhá-los nas redes sociais até ao final deste mês.

Dia Mundial da Diabetes
Apesar da preocupação de todos estar compreensivelmente virada para a pandemia Covid-19, não podemos

No dia 14 de novembro celebra-se anualmente o dia Mundial da Diabetes.

Desde 1991 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Internacional da Diabetes (IDF) comemoram esta data.

 Segundo os dados desta Federação, referentes a 2019 e em todo o mundo, 463 milhões de pessoas adultas (entre os 20 e 79 anos de idade) têm diabetes. Estima-se que este número atingirá os 700 milhões em 2045. Em 2019 uma em cada 5 pessoas com mais de 65 anos sofria desta doença, tendo sido responsável por 4.2 milhões de mortes.

 O mesmo relatório refere que mais de 1.1 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo vive com diabetes tipo 1, e mais de 20 milhões de nascimentos têm uma história prévia de diabetes na gravidez.

Em Portugal, e segundo os dados do Observatório Nacional da Diabetes, mais de um milhão de pessoas têm diabetes (13.6% da população entre os 20 e os 79 anos de idade). Destas aproximadamente um terço está por diagnosticar e dois milhões têm risco elevado de vir a ter a doença no futuro.

Estes números não param de crescer, refletindo o impacto que a maior longevidade, associada a estilos de vida cada vez mais sedentários e maus hábitos alimentares, tem na prevalência desta doença.

As implicações sociais e económicas são enormes, consumindo a diabetes e as suas complicações uma fatia significativa do orçamento anual para a saúde. Em Portugal, a diabetes ainda é a principal causa de cegueira, de amputações não traumáticas dos membros inferiores e de doença renal crónica com necessidade de hemodiálise.

O Programa Nacional para a Diabetes, foi classificado como prioritário pela Direção Geral da Saúde. A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que pode ser prevenida se todos contribuirmos, com alterações profundas do estilo de vida ou seja adotando hábitos alimentares saudáveis e praticando regularmente exercício físico.

Perante esta realidade, em 2007 a Organização das Nações Unidas (ONU), através da sua resolução (61/225) associou-se a esta causa elegendo o dia 14 de novembro como o Dia Mundial da Diabetes.

Como símbolo foi escolhido um círculo de cor azul. O círculo nas diferentes culturas simboliza a vida e a saúde. A cor azul (a mesma da bandeira da ONU) simboliza a união de todas nações. O círculo azul pretende assim simbolizar a união para a resposta à (também) pandemia da diabetes.

A escolha deste dia do ano, constitui uma homenagem a Frederick Banting, nascido a 14 de novembro de 1891. Este investigador, em parceria com Charles Best e após anos de trabalho, anunciaram a descoberta da insulina em 1921, tendo o primeiro doente sido tratado logo no ano seguinte. Esta façanha valeu-lhes a atribuição do Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1923.

Em 2020 o tema de destaque escolhido pela IFD para o dia Mundial da Diabetes é: “Os (as) Enfermeiros (as) fazem a diferença na diabetes”. A campanha centra-se no papel fundamental que os profissionais de enfermagem desenvolvem nos vários locais, na prevenção e tratamento da diabetes.

Apesar da preocupação de todos estar compreensivelmente virada para a pandemia Covid-19, não podemos deixar de alertar também para a pandemia da diabetes como um problema nacional e mundial de saúde pública. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e o seu Núcleo de Estudos da Diabetes associa-se a esta causa, e desde há longa data que trabalha em prol de mais e melhores cuidados para as pessoas com diabetes em Portugal.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Diabetes
O Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), em parceria com o Unidade...

O vídeo, que tem como protagonista a equipa da Unidade Integrada da Diabetes do CHOeste (Unidades de Caldas da Rainha e Peniche), visa informar e consciencializar as pessoas sobre a doença, alertando para a importância do diagnóstico e tratamento desta patologia, que tem tido um aumento alarmante de casos no mundo. Para além disso, dirige também uma mensagem às pessoas com diabetes em caso de infeção de COVID-19.

 A diabetes é uma doença crónica que afeta mais de um milhão de portugueses. No mundo, foram já contabilizados mais de 460 milhões de adultos com diabetes. Esta é uma pandemia silenciosa que não para de aumentar, sendo a diabetes mellitus tipo 2 a forma mais frequente da doença. Esta pode surgir em qualquer idade, mas é mais frequente em adultos e em pessoas com excesso de peso.

 É uma doença que está associada a várias complicações, nomeadamente a doenças cardiovasculares, doenças da pele, doenças renais, lesões oculares, lesões neurológicas, problemas do foro dentário e disfunção erétil, e a uma elevada mortalidade, estando entre as 10 principais causas de morte.

 

Balanço semana
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) realizou, entre 2 e 8 de novembro, 3.032 transporte de utentes com suspeita de...

Os meios da Delegação Regional do Norte transportaram 1.381 utentes e os meios da Delegação Regional do Sul, 1.043. Na Delegação Regional do Centro foram transportados 499 utentes e no Delegação Regional do Sul – Algarve 109.

Desde o dia 1 de março os meios de emergência pré-hospitalar do INEM transportaram 65.366 utentes com suspeitos de terem contraído Covid-19. A definição de caso suspeito de Covid-19 é, entre outros e de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

Na mesma semana foram realizadas pelas equipas de colheita de amostras 1.028 colheitas para análise ao novo coronavírus. Desde que estas equipas especializadas foram criadas no INEM, em 10 de março, foram realizadas 27.995 colheitas de amostra. O trabalho destas equipas é coordenado pela Sala de Situação Nacional do INEM após os pedidos efetuados pelas Autoridades de Saúde.

 

Zaragatoa
Acaba de chegar ao mercado um dispositivo médico para diagnóstico de COVID-19 e Gripe. Depois dos testes rápidos de antigénico,...

Esta é uma ferramenta de diagnóstico que surge numa altura em que, segundo especialistas, há riscos de se cruzarem ao mesmo tempo uma ‘onda’ de COVID-19 com uma 'onda' de gripe. A dificuldade em distinguir os sintomas das duas doenças, associada à pressão que existe atualmente nos serviços de saúde e seguindo a norma em vigor da Direção Geral da Saúde (DGS), levou a que alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) já começassem a realizar, ao mesmo tempo, testes à COVID-19 e à Gripe recorrendo a este tipo de solução “dois em um”.

Como explica Carlos Monteiro, CEO e Fundador da BioJam Holding Group, “vivemos tempos difíceis que exigem de todos nós a capacidade de nos reinventarmos dia após dia para dar a melhor resposta capaz de combater o pior dos cenários que se anteveem com a chegada do inverno. Assim sendo, consideramos que é fundamental colocar no mercado soluções que permitam diagnosticar possíveis casos de coinfecção pelos dois vírus (gripe e SARS-CoV-2). Segundo um estudo publicado no Journal of Medical Virology esta conjugação viral gerou, em alguns casos, piores resultados para a saúde. Há comprovadamente o risco de existir uma forte pressão sobre os serviços de saúde caso de intensifique a junção de ondas de gripe e COVID-19.”

Baseada num duplo sistema de fluxo lateral, a realização do teste duplo de antigénio e gripe não pressupõe o recurso a instrumentação, ou seja, o teste é feito com um só dispositivo simples que deteta a presença de antigénios da nucleoproteína viral do SARS-CoV-2 bem como do vírus influenza tipo A e B, em amostras humanas nasofaríngeas.

Fabricados na Alemanha, este teste rápido Duo (antigénio COVID-19 + vírus da gripe), constitui uma ferramenta fiável e acessível para detetar focos de infeção em grande escala reduzindo, assim, a propagação das doenças e atenuando os riscos inerentes à associação de ambas. A utilização de um só dispositivo (cassete) apresenta inúmeras vantagens como a diminuição do risco de erro e identificação, a redução dos recursos humanos alocados para realização de testes, a economia na aquisição de um só teste para realização de dois diagnósticos, redução do desconforto para o doente que é sujeito a uma só recolha, facilidade de uso em ambiente hostil de urgência e a diminuição de resíduos.

 

O que tem de saber
O raquitismo é uma doença que acomete crianças e que se caracteriza por uma falha na mineralização ó

Desde a introdução de suplementos vitamínicos e da alimentação fortificada que os casos de raquitismo são raros. Atualmente, as crianças nos países subdesenvolvidos, onde vivem com grandes carências alimentares, são as que mais riscos correm de desenvolver esta condição.

Por cá, a toma de suplementação de vitamina D até, pelos menos, a um ano de idade tem vindo a prevenir os riscos associados à doença.

Mas o que é o raquitismo?

Raquitismo é uma condição que afeta o desenvolvimento dos ossos, tornando-os suaves e fracos, o que pode conduzir a deformidades ósseas. Entre as causas mais frequentes estão a deficiência de vitamina D e de cálcio, doenças que provocam má absorção intestinal, o uso de certos medicamentos e alguns fatores genéticos.

Que tipos de raquitismo existem?

Existem dois subtipos de raquitismo: o raquitismo hipocalcémico e o raquitismo hipofosfatémico. O tipo hipocalcémico apresenta como causa mais comum a deficiência da vitamina D ou problemas relacionados com a ação dessa vitamina no corpo. Já o tipo hipofosfatómico é causado por perda renal de fosfato.

Embora o raquitismo familiar hipofosfatémico seja, geralmente, uma doença transmitida hereditariamente de modo dominante ligado ao cromossoma X, há casos (muito raros) em que a doença surge associada a tumores mesenquimais benignos que produzem um fator humoral que diminui a reabsorção tubular renal proximal de fosfato.

Quais os sintomas?

Os sintomas de raquitismo incluem dor óssea e deformidades dos ossos, como grandes curvas na coluna vertebral ou pernas arqueadas. As crianças com raquitismo podem crescer mais lentamente do que outras crianças, e muitas vezes têm problemas dentários. As crianças com raquitismo também são mais propensas a fraturas em pequenos acidentes.

Como é feito o diagnóstico?

De um modo geral, o pediatra mediante exame físico pode solicitar a realização de exames ao sangue e de radiologia para identificar a doença. No caso específico do raquitismo hipofosfatémico é avaliada a função renal, afunção hepática, o cálcio, o fósforo, PTH, vitamina D - 25(OH)D3 e doseamento urinário de fósforo e cálcio. É pedido ainda um estudo genético.

Como se trata o raquitismo?

O tratamento do raquitismo depende dos fatores que estão na origem desta condição. A utilização de vitamina D e preparações de cálcio e fósforo podem ser recomendadas pelo médico, mas cada caso é um caso.  Em alguns doentes, é necessária a realização de cirurgias ortopédicas, a fim de se corrigirem deformidades ósseas.

No caso do raquitismo hipofosfatémico o tratamento passa, essencialmente pela administração oral de doses adequadas de fósforo e calcitriol. Por outro lado, pode ser administrado um anticorpo monoclonal anti FGF 23, que constitui uma arma terapêutica específica contra a doença.

Artigos Relacionados: 

Um terço dos bebés portugueses não faz suplementação de vitamina D

Raquitismo Hipofosfatémico: sinais a que deve estar atento 

Raquitismo Hipofosfatémico: o meu filho sofre de doença da qual nunca tinha ouvido falar

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde ocular e Diabetes
Segundo a Organização Mundial de Saúde existem 422 milhões de adultos com diabetes e são causadas 1.

A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da diabetes que afeta os vasos sanguíneos da retina, o tecido ocular responsável pela captação e envio das imagens para o cérebro. Geralmente é bilateral e caso não seja diagnosticada e tratada atempadamente, pode conduzir à perda de visão e até mesmo à cegueira.

Uma das principais causas da retinopatia diabética está associada ao tempo de duração da diabetes e à falta de controlo dos níveis de glicemia no sangue.

Por vezes, os sintomas desta complicação podem surgir numa fase tardia, o que pode levar a um diagnóstico e tratamento tardio. Ainda assim, existem alguns sintomas comuns como miodesópsias ou pontos flutuantes, visão desfocada, diminuição da acuidade visual e perda de campo visual parcial ou total.

No entanto, numa fase inicial o tratamento pode passar pelo controlo dos níveis de glicose no sangue evitando a progressão da doença. Nos casos mais avançados de retinopatia diabética, o tratamento pode ser realizado com recurso à fotocoagulação por laser ou antiangiogénicos.

Para evitar este flagelo é recomendável adotar algumas estratégias como seguir todas as recomendações do seu médico de família, consultar frequentemente um optometrista, ter aconselhamento nutricional e fazer uma alimentação saudável, praticar atividade física, não fumar, controlar os níveis de glicemia no sangue, a tensão arterial e o colesterol.

O acompanhamento de um optometrista é fundamental, pois este desempenha um papel importante na educação e incentivo às mudanças no estilo de vida, prevenindo e rastreando a retinopatia diabética.

O Optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica, para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Transferência de doentes
Os hospitais do setor social e privado podem vir a receber até 8.431 euros por um doente covid que necessite de ventilação...

De acordo com este jornal, os episódios de internamento com ventilação até 96 horas podem custar aos cofres do estado 6.036 euros. Se não for necessário suporte respiratório, a estadia de um doente num destes hospitais, independentemente da duração, poderá ficar por 2.495 euros.

Quanto aos doentes não covid, que também podem vir a ser transferidos para estes hospitais de forma a aliviar a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, os valores contam com um desconto de pelo menos 20% face ao custo que o procedimento ou tratamento teria num estabelecimento público.

Segundo revela, não será cobrado qualquer valor ao doente, desde que este provenha de um hospital público.

As condições e os preços apresentados estão ainda a ser estudados pelos hospitais. No entanto, o JN adiando que estes valores estão abaixo dos preços pagos pelo Ministério da Saúde às unidades do SNS.

 

Combate à Covid-19
Segundo dados divulgados pelo SNS, as equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 na Área Metropolitana...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.

De acordo com os dados da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, entre 30 de junho e 10 de novembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares, contactando 19.993 pessoas.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

MyJourney
Ajudar pessoas que não conseguiram realizar o desejo de ter filhos é o principal objetivo da aplicação MyJourney, desenvolvida...

Ana Galhardo, psicóloga e investigadora envolvida no desenvolvimento da app, explica que “a MyJourney é um programa de autoajuda, interativo e gratuito, baseado nas Terapias Cognitivo-Comportamentais Contextuais, que disponibiliza, passo a passo, apoio para a promoção da adaptação psicológica de pessoas que não concretizaram o seu desejo de ter filhos”.

Segundo a professora do Instituto Superior Miguel Torga e investigadora do CINEICC, “do nosso conhecimento, e não só em Portugal, não existe um programa de acompanhamento psicológico especificamente desenhado para estas pessoas, pelo que a disponibilização de uma ajuda deste tipo nos pareceu vir preencher uma necessidade real”. Apesar de, “nesta circunstância de vida dolorosa e difícil, cada um fazer a sua ‘viagem’, a ajuda psicológica pode permitir a estas pessoas atenuar a dor e o sofrimento e ajudá-las a desenvolver uma relação diferente com este aspeto das suas vidas”, explica, acrescentando que “pode também encurtar o período de adaptação”.

Por isso, Ana Galhardo acredita que a app pode ser uma ferramenta para um primeiro passo na procura de ajuda ou para quem se sente menos à vontade para procurá-la de forma presencial. Contudo, a psicóloga realça que a “MyJourney não realiza o diagnóstico nem o tratamento de uma condição clínica ou problema de saúde mental, recomendando que as pessoas que considerarem necessitar de um outro tipo de ajuda o façam junto de um profissional e disponibilizando alguns contactos úteis neste âmbito”.

Numa primeira fase, a utilização da aplicação será possível no âmbito de um estudo de viabilidade, que “tem o intuito de saber como é que as pessoas utilizam a MyJourney e o efeito que esta tem no seu bem-estar.” Na sessão online de apresentação, moderada por Joana Freira, da direção da APFertilidade, e que conta com a participação de Pedro Xavier, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, Ana Galhardo e Sofia Gameiro, psicóloga e investigadora da Universidade de Cardiff, darão a conhecer esta app ao pormenor e vão falar sobre as dificuldades que as pessoas nesta situação enfrentam a nível pessoal e social. 

Opinião
O Dia Mundial da Diabetes - 14 de Novembro - foi criado, em 1991, pela Federação Internacional de Di

Em 2007, esta data destacou-se, na medida em que no ano anterior, as Nações Unidas reconheceram, através da Resolução 61/225 de 20/12/2006, que a Diabetes “é uma doença crónica, debilitante e onerosa com complicações graves que constituem risco severo para famílias, Estados Membros em todo o mundo, podendo comprometer a obtenção de objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente”.

Após esta Resolução, o dia 14 de novembro passou a ser considerado o Dia Mundial da Diabetes e passou a ser comemorado em todo o mundo, com o objetivo de consciencializar a população mundial para o impacto desta doença.

A diabetes afeta em termos mundiais cerca de 366 milhões de pessoas. Já em Portugal, o número anda à volta de 1 milhão de portugueses. Segundo as estatísticas, a cada 7 segundos morre no mundo uma pessoa devido a este flagelo. Prevê-se que, em 2030, o número de diabéticos possa chegar aos 552 milhões de pessoas.

Portugal, com uma taxa de 12,4%, é o país da Europa Ocidental com maior prevalência.
Esta é pois uma doença que é um flagelo à escala mundial e que urge combater com maior eficácia, com todos os meios à nossa disposição. Os enfermeiros são um desses meios que já fazem a diferença. Mas sabia que ainda são precisos cerca de 6 milhões de enfermeiros à escala mundial para que toda a população possa ter acesso a cuidados de enfermagem no âmbito da diabetes nos próximos 10 anos?!

Este ano – o Ano Internacional do Enfermeiro – o tema escolhido pela Federação Internacional de Diabetes foi: “Enfermeiros: Fazem a Diferença Contra a Diabetes”.  O objetivo deste ano visa aumentar a consciencialização sobre o papel crucial que os enfermeiros desempenham no apoio e vigilância das pessoas que vivem com a diabetes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) os enfermeiros representam:

  • 59% dos profissionais de saúde;
  • a força de trabalho mundial em enfermagem é cerca de 27,9 milhões, dos quais 19,3 milhões são enfermeiros profissionais;
  • a escassez global de enfermeiros no mundo inteiro é de 5,9 milhões. 89% desta carência concentra-se em países com salários médios e baixos;
  • e sabia que o número de enfermeiros formados e contratados deveria crescer 8% ao ano, para fazer frente à previsão alarmante da falta de enfermeiros até 2030…

Hoje desafiamos a nossa Comunidade!

Faça uma “selfie” e promova o “Círculo Azul”! Não sabe o que é o “Círculo Azul”?!

O “Círculo Azul” é o símbolo universal para a Diabetes. Significa a unidade da comunidade global em resposta ao número crescente de pessoas afetadas pela diabetes. No entanto, o “Círculo Azul” não significa nada para algumas pessoas…

Ajude-nos a mudar isso! Faça uma “selfie” através da App “World Diabetes Day”, posicione o Círculo Azul em torno de seu rosto ou em qualquer lugar da imagem e partilhe nas redes sociais (# WDD) com a sua Mensagem Pessoal.

A App está disponível para iOS e Android em:

https://apps.apple.com/us/app/world-diabetes-day/id891700278

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.idf.wdd&hl=pt-PT

#EnfermeirosFazemADiferença

Bibliografia: 
International Diabetes Federation (2020), Diabetes: Nurses Make The Difference - Campaign Toolkit 2020, disponível em https://worlddiabetesday.org/wddbrk/wp-content/uploads/2019/09/2020-Toolkit-EN.pdf

Autores:
Isabel Pessa - Enfermeira – Elo da Diabetes na USF São Martinho
Elisabete Carrasqueira - Enfermeira – Elo da Diabetes na USF Marquês
Pedro Quintas - Enfermeiro responsável pelo Programa de Literacia em Saúde na UCC Pombal.


 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Impacto da pandemia
Na semana em que se assinalam 60 anos da sua existência, a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFisio) alertou esta...

Para a APFisio, ao abrir a porta à suspensão, durante o mês de novembro, da “atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, o recente despacho do Governo poderá resultar na interrupção ou limitação de muitos tratamentos de Fisioterapia, fruto de uma errónea interpretação da sua não necessidade imediata.

“Receamos que possa agora repetir-se o que se verificou em março, altura em que a incerteza e o desconhecimento sobre a melhor forma de gerir a pandemia justificou medidas mais restritivas, em que muitas pessoas viram os seus cuidados nesta área bastante comprometidos durante o confinamento, com todas as consequências conhecidas para a sua funcionalidade e prognóstico de recuperação”, alerta Adérito Seixas.

O mesmo responsável recorda que os fisioterapeutas atuam não apenas em condições de saúde agudas, mas também crónicas e, muitas vezes, com pessoas com várias comorbilidades e que apresentam inúmeras limitações à sua autonomia e desempenho nas atividades da vida diária.

“A suspensão ou modificação da frequência recomendada de tratamentos poderá traduzir-se não apenas no aumento da necessidade de cuidados mais dispendiosos no médio e no longo prazo, mas também numa ainda maior limitação na qualidade de vida das pessoas que, pela necessidade de recolhimento domiciliário imposta pela crise pandémica, já têm visto a sua funcionalidade bastante condicionada”, considera Adérito Seixas.

O presidente da APFisio reforça que é essencial olhar para o que se passou com os cuidados de reabilitação, que na sua larga maioria são prestados por fisioterapeutas, desde o início da pandemia e tirar as necessárias ilações.

“Na primeira fase da pandemia cerca de 73% dos fisioterapeutas interromperam a sua atividade presencial e destes, apenas cerca de 60% recorreu a estratégias de telefisioterapia para continuar a acompanhar os seus utentes. Neste momento, é seguro afirmar que a maioria dos serviços de Fisioterapia ainda não voltou à atividade normal e as consequências negativas desta limitação no acesso aos cuidados de Fisioterapia, quer em termos físicos, mas também ao nível da saúde mental, estão bem visíveis”, revela.

A APFisio atenta ainda para o facto de a pandemia ter agudizado problemas que já existiam, como é exemplo a realidade dos lares, onde deveria ser obrigatória a presença de fisioterapeutas, uma vez que cada vez mais devem ser vistos como unidades de saúde.

“A presença de fisioterapeutas nos lares já era muito limitada e, para agravar ainda mais esta situação, sabemos que cerca de 20% das instituições onde eram prestados serviços de Fisioterapia antes da pandemia não permitiram ainda o regresso dos fisioterapeutas, o que contribui para uma deterioração do estado funcional dos idosos ao seu cuidado”.

Em conclusão, Adérito Seixas afirma que “os fisioterapeutas reconhecem os desafios que estão a ser colocados à sociedade em geral e aos serviços de saúde em particular, mas alertam que é vital dar prioridade à continuidade da prestação dos cuidados de Fisioterapia, sem secundarizar ou desvalorizar a sua importância”.

Recorde-se que, ainda no passado mês de junho, a APFisio chamava a atenção para o facto de a presença de fisioterapeutas nas Unidades de Cuidados Intensivos de forma permanente não ser uma realidade em Portugal, ao contrário do que acontece na maioria dos países europeus, o que estaria a condicionar a recuperação de doentes com Covid-19 com capacidade funcional reduzida.

Nos casos mais graves de doentes com Covid-19 que necessitam de internamento em UCI e ventilação mecânica, alertou a APFisio, a ausência de cuidados de fisioterapia pode potenciar a ‘Síndrome pós-internamento em cuidados intensivos’, que envolve alterações físicas, cognitivas e psicológicas que afetam gravemente a qualidade de vida.

Em internamento hospitalar, lembrava em junho a Associação, sem cuidados de fisioterapia, pode verificar-se, logo nos primeiros sete dias, a perda de cerca de 20% da massa muscular da pessoa, levando a situações graves de fraqueza muscular, fadiga, rigidez articular e perda de funcionalidade.

 

Opinião
Nos tempos que correm, e a propósito do Dia Mundial da Pneumonia, é importante lembrar que a pneumon

A pneumonia é um quadro de infeção respiratório grave, por atingir uma parte importante do pulmão – o parênquima pulmonar –, correspondente à área onde se efetuam as trocas gasosas, fundamentais para a manutenção da vida. Pode ser desencadeada por diversos microrganismos, dos quais se destacam as bactérias e os vírus. Estes últimos têm ganho particular destaque, uma vez que o SARS-CoV-2 pertence à família de agentes virais causadores desta patologia. De salientar ainda, que para além do vírus SARS-CoV-2, o pneumococo era, e continua a ser, o principal agente responsável por pneumonias a nível mundial. Trata-se de uma bactéria, que em muitos casos, pode ser letal.

Na maior parte dos casos, a pneumonia ocorre quando os mecanismos de defesa da pessoa estão enfraquecidos. É por isso que hoje, mais do que nunca, há uma preocupação acrescida com os grupos de risco, de que fazem parte ou pessoas com problemas respiratórios graves, os doentes oncológicos, obesos, idosos, entre outros. No caso da COVID-19, infeção causada pelo SARS-CoV-2, a maior parte das pessoas infetadas apresentam apenas sintomas ligeiros como febre, dores no corpo e tosse, ou podem mesmo não apresentar qualquer sintoma. No entanto, em cerca de 5% dos doentes pode haver um agravamento do quadro, levando a pneumonia, o estádio mais grave da COVID-19.

Qualquer que seja o agente causador de pneumonia, os sintomas manifestam-se habitualmente na forma de febre e calafrios, muitas vezes acompanhados de dores de cabeça e musculares, tosse com ou sem expetoração, dor torácica e dificuldade respiratória, que pode mesmo resultar na sensação de falta de ar. A pneumonia pode ainda evoluir para mais complicações, como a insuficiência respiratória, os abcessos pulmonares (coleções de pus no pulmão), a bacteriemia,  (que ocorre quando as bactérias causadoras da pneumonia se disseminam para a corrente sanguínea e provocam infeções que podem afetar outros órgãos), ou ainda o derrame pleural, (que se traduz pela existência de líquido ou mesmo de pus nos pulmões).

Para um adequado diagnóstico e identificação das principais causas de pneumonia, existem os testes laboratoriais em que são mais comuns as colheitas de expetoração e as secreções respiratórias. Já os testes específicos servem para identificar determinados agentes, como bactérias ou vírus respiratórios. Para este efeito, recorre-se às técnicas de biologia molecular, como é exemplo as de PCR, que recentemente ganharam popularidade e permitem identificar vírus como a COVID-19 ou a gripe, ou a bactéria Legionella. Todos estes testes são realizados nos laboratórios SYNLAB.

A melhor forma de se proteger passa por alguns conselhos já amplamente divulgados, mas que, por vezes, temos tendência a descurar. Proteja-se das diferenças de temperatura bruscas; desinfete e lave as mãos com frequência; e alimente-se de forma adequada. Muitas das bactérias alojam-se na boca, por isso, melhore a sua higiene oral, lavando os dentes com frequência e, se possível, utilize um elixir bucal. As próteses dentárias removíveis podem ser um agente propagador de bactérias, desinfeta-as com produtos próprios. Este processo vai ajudá-lo a prevenir-se de infeções.

Naturalmente que as formas de nos protegermos da pneumonia causada pela COVID-19 ou pela gripe são amplamente conhecidas, sendo semelhantes para as duas infeções.

A juntar a estas medidas, a vacina contra a gripe é sempre uma medida importante, particularmente importante este ano, em que poderão co-circular os dois vírus, SARS-CoV-2 e gripe. Ainda se vai a tempo para esta vacinação…

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Testes de rastreio à Covid-19
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) fez, até ao dia 6 de novembro, em parceria com a Administração Regional de...

A grande maioria destes testes de pesquisa de SARS-CoV-2, iniciados ainda no mês de junho, foi realizada como procedimento prévio à retoma dos ensinos clínicos do ano letivo de 2019-2020 (que, desde março, estavam suspensos em virtude das medidas de contenção da pandemia), sendo que 83 foram feitos a estudantes alojados na Residência da ESEnfC.

Paralelamente, e sempre que necessário, o Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC faz testes de despiste, independentemente de os estudantes irem para ensino clínico, ou de estarem em contexto de ensino teórico (sala de aula).

Desde o início da pandemia e até ontem (11 de novembro), foram detetados na comunidade da ESEnfC, na sequência destes testes, oito casos positivos, quatro dos quais estão já recuperados e outros tantos em vigilância ativa (dois na Residência da ESEnfC e dois em casas de familiares).

O Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC acompanha todos os estudantes em vigilância epidemiológica, promovendo intervenções educativas para toda a comunidade educativa.

Residência preparada para estudantes em isolamento

Dois estudantes que testaram positivo estão a cumprir isolamento na Residência da ESEnfC, que reservou quartos para este efeito, adaptados e equipados o melhor possível para minorar a sensação de isolamento (dispondo de casa de banho privativa, de micro-ondas, acesso à Internet e televisão), e onde, diariamente, recebem as refeições.

O número de camas na Residência da ESEnfC passou de 156 para 144, uma redução de 12 lugares para alojamento que resulta da reconfiguração dos quartos triplos, que passaram a duplos.

Todos os quartos foram reorganizados no sentido do um maior distanciamento entre os residentes. Também nas copas, a serem frequentadas no máximo por cinco estudantes em simultâneo, cada mesa ficou restringida a duas cadeiras, dispondo de uma embalagem de desinfetante, para que cada residente possa higienizar o espaço que utiliza.

Embora a limpeza e desinfeção tenham sido reforçadas pelos serviços contratualizados pela ESEnfC, foram também colocados, nas casas-de-banho, recipientes de álcool gel antisséptico e panos, para os estudantes poderem utilizar e, assim, se sentirem mais seguros.

Numa iniciativa solidária, a Associação de Estudantes da ESEnfC constituiu grupos de apoio interpares, para fazer face a necessidades de colegas que estiveram ou venham a estar em isolamento em espaços de alojamento arrendados na cidade.

A Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, reforça que “o controlo da pandemia só se faz com a adesão às medidas de prevenção” e que “é muito importante que os momentos de proximidade sem máscara – concretamente as refeições, que não devem ser motivo para juntar grupos – sejam reduzidos ao mínimo, mantendo-se a distância de segurança”.

Refeições que, “quando realizadas em conjunto, devem demorar o menor tempo possível sem máscara”, sem esquecer a necessidade de “higienizar as mãos antes e depois” de cada comida diária.

“Outra informação importante a passar é que ninguém se deve apresentar a aulas, ou a ensino clínico, se tiver sintomas. O nosso plano de contingência é claro. Nestas situações devem avisar o Serviço de Saúde Escolar e seguir as orientações”, adverte a Presidente da ESEnfC.

Desde junho, sempre que mudam de área de ensino clínico, os estudantes são sujeitos a uma sessão de esclarecimentos com a participação do Serviço de Saúde Escolar.

Nestas sessões informativas, há um reforço na passagem de conhecimentos relacionados com a COVID-19 (transmissão e sintomas e importância da automonitorização), com as precauções básicas de controlo, com a importância do uso do equipamento de proteção individual e do cumprimento do plano de contingência definido pela ESEnfC.

Curso gratuito
A Ordem dos Nutricionistas dinamiza, esta sexta-feira, dia 13 de novembro, o curso “Nutrição e Problemas ligados ao álcool”,...

O curso, que tem início pelas 10h00 e termina pelas 17h00, tem como principal objetivo a atualização de conhecimentos dos nutricionistas, tanto ao nível da prevenção, como do tratamento dos problemas ligados ao álcool, explorando igualmente a abordagem multidisciplinar a estes problemas.

Conta com um painel vasto de profissionais de saúde, com trajetória profissional e académica na área: nutricionistas, médicos, psicólogos, sociólogos e assistentes sociais. De destacar a presença de Carla Lopes, nutricionista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que irá abordar o impacto do consumo de bebidas alcoólicas na saúde da população; e de João Breda, nutricionista da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diretor do Gabinete Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças Não Transmissíveis, que irá apresentar a estratégia global para a redução do consumo de álcool.

“Sabemos que o consumo de bebidas alcoólicas é um dos principais fatores de risco para a carga de doença e perda de qualidade de vida a nível nacional. É com o objetivo de atuarmos ao nível da prevenção e, também, do tratamento dos problemas ligados ao álcool, que organizámos esta iniciativa. Pretendemos melhorar a formação, a qualificação e o modo de atuação dos nutricionistas no domínio dos problemas ligados ao álcool, assentando a nossa atuação numa abordagem comunitária ou individualizada, de acordo com o nível de atuação, mas sempre numa lógica multidisciplinar, com a articulação dos diferentes profissionais e estruturas que lidam com este problema”, defende Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Recorde-se que a Ordem dos Nutricionistas integra o Fórum Nacional de Álcool e Saúde (FNAS), uma plataforma que pretende assegurar, através de ações de todas as partes interessadas, a minimização dos problemas ligados ao consumo nocivo de álcool, no contexto do Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências.

O curso “Nutrição e Problemas ligados ao álcool” é gratuito e exclusivo para nutricionistas e será transmitido online para todos os que se tenham inscrito através do website (www.ordemdosnutricionistas.pt).

Observatório Nacional da Diabetes
Segundo dados do Observatório Nacional da Diabetes, registados de março a 28 de abril de 2020, a taxa de hospitalização de...

O Observatório Nacional da Diabetes refere ainda que, do total de pessoas que testaram positivo para COVID-19, 1 145 tinham diabetes (5,3% do total). Um número que se traduz em 83 óbitos, no total de 502 óbitos que se registaram em Portugal durante o período em análise. Além disso, 20,3% das pessoas com diabetes (por comparação ao valor de 8,8% das pessoas infetadas) necessitaram de Internamento em Unidades de Cuidados Intensivos.

“Estes dados permitem confirmar o risco acrescido da COVID-19 para as pessoas com diabetes e evidenciam a importância de se estabelecer, rapidamente, uma estratégia eficaz e organizada que permita melhorar a capacidade de testagem a pessoas com diabetes. Só uma testagem populacional devolverá a confiança às pessoas e as motivará para se continuarem a proteger. A responsabilização não é suficiente, temos de saber apoiar e incentivar em vez de criticar e acusar. A experiência acumulada da APDP, de educação e de defesa do autocuidado é um bom caminho, porque parte do apoio às pessoas.” afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Atualmente, segunda a norma definida, só os casos suspeitos é que devem ser testados. E, apesar de estar referida uma ordem de prioridade que contempla as pessoas com doenças crónicas não há um sistema de testagem pró-ativo. “Temos de começar com as pessoas que estão expostas a transportes públicos e ambientes de trabalho com potencial de contágio, e depois avançar com a testagem à família e a toda a comunidade envolvente. Só assim é que conseguimos confinar o vírus e não as pessoas!” reforça José Manuel Boavida

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, expõe ainda que “a análise comparativa que foi realizada revela ainda que a taxa de letalidade é mais elevada nos indivíduos com diabetes em todos os escalões etários (com exceção dos 50-59 anos), e é tanto mais elevada quanto mais aumenta o escalão etário”.

“E, enquanto o sexo feminino é mais prevalente no total dos indivíduos diagnosticados com COVID-19 (representando 58,7% do total), no subgrupo dos indivíduos com diabetes a relação é inversa, provavelmente relacionada com a maior prevalência da diabetes no sexo masculino”, conclui o especialista.

Páginas