Investigação
Miguel Tábuas Pereira e Isabel Santana, investigadores do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra...

“Estamos a fazer um estudo sobre fatores de risco genético da doença de Alzheimer em Portugal, esperando contribuir para a melhor compreensão da doença, e, no futuro, um tratamento melhor e mais personalizado dos nossos doentes”, referem Miguel Tábuas Pereira e Isabel Santana.

Esta primavera, Rita Guerreiro e José Brás (do Van Andel Institute), em colaboração com os investigadores do CHUC, receberam uma bolsa de cinco anos e um financiamento de 3,7 milhões (USD) do National Institute on Aging (NIA) que é parte do NIH (National Institutes of Health) para estudar a predisposição genética para a doença de Alzheimer na população portuguesa.

Trata-se do primeiro estudo do género no nosso país e também do maior, estando previsto estudar, ao todo, 25 famílias, 2.500 casos esporádicos de Alzheimer e 2.500 controlos no decorrer do projecto. As amostras serão recolhidas em colaboração com os investigadores portugueses do Serviço de Neurologia do CHUC, Miguel Tábuas Pereira e Isabel Santana.

Em conjunto, os investigadores irão identificar variantes comuns e raras associadas com o risco genético da doença de Alzheimer, mapeando e analisando o genoma de uma amostra de população portuguesa. Estes dados serão combinados com dados genómicos publicamente disponíveis de populações não portuguesas para aumentar a diversidade e o poder estatístico dos estudos internacionais em curso.

De acordo com os investigadores, a população portuguesa pode ter pistas que podem melhorar a compreensão das origens genéticas da doença. Não só por ter um perfil genético único - “o perfil genético da população portuguesa é homogéneo e predominantemente europeu, mas retém contribuições das populações da África do Norte e Subsaariana e dos judeus sefarditas. Essa composição genética diversa pode conter percepções promissoras sobre a doença, seu início e sua progressão” como pela existência de um elevado número de casos de inicio precoce e de incidência familiar.

“Os seus estudos preliminares indicam que a frequência de algumas variantes de risco genético para a doença de Alzheimer na população portuguesa difere da de outras populações”, acrescentam os investigadores.

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e a causa mais comum de demência em todo o mundo. Caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro com algumas causas ainda não determinadas. Esta doença provoca uma deterioração global e progressiva de diversas funções cognitivas, conduzindo a diversas alterações na capacidade funcional da pessoa, no comportamento e na personalidade.

O nome da doença deve-se a Alois Alzheimer, médico alemão, que em 1907 descreveu a doença pela primeira vez. Mas foi apenas no início dos anos 90 do séc. XX, que os cientistas identificaram as primeiras ligações claras entre o início da doença e a genética. Apesar dessas e de outras descobertas inovadoras que foram surgindo ao longo de todos estes anos, o facto é que ainda não existem tratamentos para retardar ou interromper a progressão da doença de Alzheimer.

Concurso
A empresa de Medicina de Precisão para o tratamento do cancro soma uma nova nomeação a estes prémios, que reconhecem as...

OncoDNA, empresa especializada em Medicina de Precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro com sede na Bélgica e delegações em Espanha, Portugal e América Latina, foi novamente nomeada ao prémio Technology Fast 50 da consultora Deloitte. Um prémio que a empresa já conquistou duas vezes, em 2015 e 2018, nas categorias de 'Empresa inovadora mais disruptiva' e na de 'Empresa de Saúde, Bem-estar e Ciência', respetivamente, e que é atribuído a empresas de tecnologia estabelecidas na Bélgica que tiveram um maior crescimento em termos de faturação nos últimos quatro anos.

“Estamos muito honrados em sermos nomeados novamente para o Technology Fast 50 da Deloitte neste ano tão difícil. Queremos agradecer à organização por este reconhecimento do sucesso contínuo da nossa estratégia. Mostra que estamos no caminho certo e que continuamos a crescer cada vez mais fortes”, afirma Jean-Pol Detiffe, fundador da OncoDNA. Nesta ocasião, os vencedores serão anunciados numa cerimónia que ocorrerá no dia 26 de novembro.

O concurso Technology Fast 50 passou a ser um ranking anual das 50 empresas belgas, públicas e privadas, de base tecnológica e inovadora que mais cresceram nos últimos quatro anos. Para as empresas jovens, com menos de quatro anos de desenvolvimento, foi criada a categoria especial Rising Star, que a OncoDNA conquistou em 2015. Todas as empresas serão avaliadas por um júri independente que levará em consideração o seu potencial de faturação e escalabilidade.

A participação no concurso pode ajudar as empresas que se apresentam a desenvolver seus os negócios, aumentando a sua visibilidade, bem como o acesso à rede Fast 50 de executivos e investidores de sucesso.

 

Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão
Mais tempo para estarem com quem amam, mais tempo para fazer o que gostam, mais tempo para viver. No Mês de Sensibilização para...

António Morais, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, adianta que “havendo uma maior dificuldade nos acessos aos cuidados de saúde primários e na referenciação hospitalar, havendo também a nível do hospital uma menor disponibilidade dos exames que são necessários para o diagnóstico desta doença, tivemos como consequência um atraso no diagnóstico do cancro do pulmão”. A mensagem do especialista é, por isso, clara: “é isto que temos de combater de forma muito persistente.”

Todas as doenças devem ser diagnosticadas o mais precocemente possível. No caso do cancro do pulmão, António Morais reforça que “é particularmente importante, porque quanto mais precocemente for diagnosticado, mais doentes poderemos encontrar numa fase ainda cirúrgica, sendo o único tratamento que tem potencial curativo”. Mas mesmo que isso não seja possível, “é importante que os doentes ainda estejam com um bom estado geral para que possam usufruir de todos os tratamentos que temos hoje para combater a doença. Caso os doentes cheguem a um estádio mais avançado, com metástases, acabam por não tornar possível equacionar alguns tratamentos um pouco intensos”.

Ainda que o único tratamento com potencial curativo seja a cirurgia, são várias as opções que podem prolongar a vida do doente. É o caso das terapêuticas-alvo. António Morais explica que estas “permitem que o doente, aquele para o qual estas terapêuticas se dirigem, tenha uma maior sobrevida. Assim, quem pode fazer este tipo de terapêutica e que quem tem este tipo de tumor pode ser objeto para este tipo de terapêuticas, permitindo uma maior sobrevida e também um maior tempo livre da doença. Ou seja, um maior tempo em que o doente tem uma qualidade de vida que se aproxima do normal”. São, por isso, “um avanço significativo na abordagem terapêutica destes doentes”.

Há ainda a imunoterapia que, “juntamente com as terapêuticas alvo, é talvez um dos maiores avanços que tivemos na abordagem terapêutica, sendo um avanço muito significativo”. De acordo com o especialista, trata-se de “um tratamento que tem em conta a resposta imunitária. Normalmente, o tumor desenvolve determinados tipos de defesas que levam a que o organismo não o considere como um corpo estranho. Aqui, a imunoterapia, que existe em diversas formas de atuação porque os fármacos não atuam todos de forma igual, em termos de princípio, aquilo que tenta fazer é não permitir ao tumor que desenvolva este tipo de estratégia, levando a que o organismo o reconheça como algo estranho e, por fim, o combata. No fundo, acaba por estimular a própria defesa do indivíduo a atuar sobre o tumor”.

Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão, realça “o avanço do conhecimento nos últimos anos, no que concerne a esta patologia, traduzido em novas abordagens terapêuticas. A questão de ser possível efetuar uma abordagem holística do doente, não se limitando apenas à aplicação do melhor ‘estado da arte’, mas proporcionando-lhe um apoio multidisciplinar, nutrição, psicologia, reabilitação etc, e o empowerment do doente, dotando-o das ‘ferramentas’ necessárias a que possa ser agente ativo da sua doença afigura-se fundamental em tudo isto”.

Numa altura em que vivemos tempos atípicos na área da saúde por causa da Covid-19, a mensagem é apenas uma: “as pessoas não devem desvalorizar os sintomas como a tosse, a falta de ar, a dor torácica e o facto de deitar sangue na expetoração5. Tudo isto é muito importante e deve levar a que qualquer pessoa que tenha estes sintomas recorra aos serviços de saúde com a maior brevidade”, refere António Morais.

A presidente da Pulmonale concorda. “De referir que nunca como agora importa o doente ser proativo, ser agente do processo de gestão da sua doença. De forma totalmente digital e reorganizada, a Pulmonale tem procurado ir ao encontro das novas necessidades do doente com cancro do pulmão e seus cuidadores face aos desafios decorrentes da pandemia.”

Inquérito a diretores de serviço mostra impacto da pandemia na Oncologia
O início da pandemia de Covid-19 em Portugal levou a alterações no regime de consultas externas em todos os serviços de...

O estudo, que analisa a atividade nos meses de março e abril de 2020, revela que, em quase metade dos serviços, as consultas de follow-up não foram adiadas, tendo-se optado gradualmente pela realização de teleconsulta. Igual procedimento foi seguido para as consultas em doentes em terapêuticas oncológicas via oral, que não foram adiadas na quase totalidade dos Serviços (em 19 unidades), sendo a sua realização feita em teleconsulta, a forma preferencial a partir da 2ª quinzena de março.

A necessidade de reforço de recursos humanos é sublinhada neste questionário. Em quase todos os serviços de Oncologia existentes em Portugal Continental não foram recrutados profissionais de saúde nas várias categorias, desde médicos, profissionais de enfermagem, auxiliares de ação médica ou assistentes técnicos. O inquérito aponta ainda que, em mais de metade das unidades inquiridas, também não se verificou recrutamento de médicos oncologistas nas equipas especializadas na abordagem de Covid-19 (comissões de infeção, PAP's, espaços dedicados a doentes suspeitos).

Testes regulares e entrevistas telefónicas de rastreio a doentes oncológicos

De acordo com conclusões deste inquérito, na larga maioria dos serviços analisados não houve escassez de material de proteção individual e houve formação em medidas de controlo de infeção e de proteção individual para os profissionais de saúde do serviço, logo a partir de março. Contudo, apenas em uma das 21 unidades que responderam a este inquérito foram feitos testes aos profissionais de saúde assintomáticos.

O estudo aponta que em quase metade dos serviços (47,6%) foi realizada entrevista telefónica de rastreio de sintomas suspeitos previamente ao tratamento oncológico, principalmente a partir da 2ª quinzena de março. E um terço já tinha feito essa entrevista telefónica logo a partir da 1ª quinzena de março.

Os inquiridos apontam que, em quase todos os serviços, foram realizados sistemáticos testes Covid-19 aos doentes sob quimioterapia assintomáticos, sobretudo a partir da 2.º quinzena de março. Em mais de metade dos serviços, foram feitos testes aos doentes internados, em diferentes fases, com a maioria a decorrer logo a partir da 1ª quinzena de março. A modalidade mais frequente foi a realização do teste antes de cada tratamento no caso dos doentes sob quimioterapia assintomáticos, ou, em segundo lugar, de acordo com os critérios de cada serviço.

Já sobre as medidas de atuação em doentes Covid-19 positivos, a maioria das instituições optou por manter os doentes nos respetivos serviços. Além de que em todas as instituições se verificou a criação de um serviço específico para doentes suspeitos com necessidade de internamento hospitalar a aguardar resultado de teste.

Praticamente todos os inquiridos referem que se verificaram alterações físicas do Serviço de Oncologia de ambulatório, com a criação de circuitos de circulação dos doentes oncológicos, para permitir o distanciamento social, alterações na sala de espera e a criação de áreas de verificação para deteção precoce de pessoas potencialmente infetadas.

Entre os meses de março e abril foram ainda detalhadas outras alterações como a colocação de separadores de proteção nos pontos de interação: gabinetes de serviço e área de atendimento, a redução do número de unidades de tratamento com maior distanciamento entre as restantes e a criação de áreas de contenção com circuito e equipamentos adequados para receber doentes não suspeitos, mas que aguardavam resultado de teste. A maioria dos serviços suspendeu os acompanhantes dos doentes nas consultas externas, logo a partir da 1ª quinzena março.

O inquérito sobre o impacto da pandemia na Oncologia em Portugal também mostra que mais de metade das instituições optou por interromper o recrutamento para ensaios clínicos, entre a 1ª quinzena de março e abril. Quase a totalidade optou pela monitorização destes ensaios por videoconferência, mas a larga maioria não adiou as visitas obrigatórias dos ensaios clínicos.

Das 21 unidades que responderam a este inquérito metade (52,4%) pertence a um hospital central do SNS e a larga maioria (71,4%) está num serviço integrado numa instituição dedicada Covid-19.

Para Ana Raimundo, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, “estes resultados vêm mostrar que os doentes diagnosticados com cancro em Portugal continuaram a ser tratados, mesmo em pleno período pandémico, graças aos esforços dos serviços oncológicos que, sem terem verificado recrutamento extra, fizeram as adaptações necessárias para dar resposta a esta pandemia. Neste contexto, ressalvamos a necessidade de criação de uma via verde do cancro que pode ajudar a melhorar a resposta aos doentes oncológicos, reduzindo os tempos de espera que se vão somando entre a primeira ida ao médico, o diagnóstico e o início do tratamento devido aos constrangimentos criados pela Covid-19.”

O inquérito “Impacto da pandemia Covid-19 na Oncologia em Portugal” foi desenvolvido pela SPO para aferir a adaptação dos serviços durante a primeira vaga de pandemia no país. Está enquadrado num projeto abrangente com várias vertentes, que vai também avançar com o registo dos doentes oncológicos com infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Neste âmbito, a SPO vai ainda promover futuros questionários para aferir o impacto da pandemia no atraso dos diagnósticos, na não realização de exames complementares e em tratamentos que eventualmente não tenham sido realizados.

“Microbiota Gastrointestinal e Sistema Imunitário”
Estão abertas, até ao dia 17 de dezembro próximo, as candidaturas à 2.ª edição da Bolsa Nacional para Projetos de Investigação...

A Bolsa Nacional para Projetos de Investigação, com um prémio no valor de 25 mil euros, distingue o melhor trabalho de investigação na área da Microbiota realizado por clínicos/investigadores que trabalhem em instituições científicas e tecnológicas portuguesas.

As candidaturas devem ser enviadas, até ao dia 17 de dezembro de 2020, para o endereço de e-mail: [email protected]

Os projetos vão ser avaliados por um júri independente constituído pelos quatro membros do Comité Científico da Biocodex Microbiota Foundation em Portugal e devem ter uma duração máxima de 18 meses.

O projeto vencedor será anunciado em abril de 2021. Consulte o regulamento em: https://www.biocodexmicrobiotafoundation.com/national-call-projects/portugal

 

 

 

Universidade de Coimbra
Um estudo que explorou o potencial das biópsias líquidas no diagnóstico e na monitorização de doentes com cancro oral,...

O trabalho, intitulado “Cell-free DNA: A Tool for The Diagnosis and Follow-up of Oral Cancer?”, teve a participação do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). O prémio foi entregue durante a reunião anual da SPGH.

Segundo os autores do estudo, «as taxas de incidência e de sobrevivência do cancro oral permanecem preocupantes, principalmente devido ao seu diagnóstico tardio e ao frequente desenvolvimento de recidivas e metástases. As biópsias líquidas, que consistem na deteção de componentes derivados dos tumores, incluindo DNA tumoral em circulação (do inglês ctDNA) em biofluidos, como o sangue e a urina, surgiram recentemente como uma potencial abordagem não invasiva ou minimamente invasiva para a deteção precoce, o diagnóstico e a monitorização de doentes oncológicos».

No entanto, acrescentam, «o impacto clínico das biópsias líquidas no cancro oral ainda é muito limitado quando comparado com outros tipos de cancro, requerendo mais estudos de validação para a sua implementação com sucesso na prática clínica».

Com o objetivo de explorar o potencial das biópsias líquidas no diagnóstico e na monitorização de doentes com cancro oral, a equipa procedeu à «monitorização das concentrações de DNA livre em circulação no plasma e na urina durante o acompanhamento clínico de doentes com diagnóstico de cancro oral, avaliando e comparando o perfil mutacional do ctDNA e do tecido tumoral correspondente por sequenciação de nova geração (do inglês, NGS)».

Ambas as análises quantitativas e qualitativas do DNA livre em circulação foram correlacionadas com as caraterísticas clinicopatológicas dos doentes em estudo. Nesta fase do estudo, adiantam os investigadores, «já foi possível obter informações preliminares interessantes relativamente à cinética do DNA livre em circulação durante o tratamento dos doentes com cancro oral, nomeadamente, que os níveis de DNA livre em circulação no plasma parecem aumentar em resposta ao tratamento antes de diminuir».

Para além disso, a identificação de «mutações específicas em alguns genes revelou que as biópsias líquidas podem ser uma fonte de informação relativamente ao perfil genético dos tumores e à resposta à terapêutica no cancro oral. Os resultados obtidos revelam que é possível isolar ctDNA de plasma e urina destes doentes e que a análise integrada de biópsias líquidas e de tecido permite uma caracterização mais abrangente do perfil do tumor», referem os autores do trabalho, salientando que a continuação do estudo, com um período de acompanhamento mais longo destes doentes, será fundamental para confirmar o potencial das biópsias líquidas no diagnóstico e monitorização do cancro oral.

A equipa é constituída por Ivana Martins, Leonor Barroso, Inês Tavares, Luís Pires, Francisco Marques, Joana Barbosa de Melo, Isabel Marques Carreira e Ilda Patrícia Ribeiro.

Este trabalho envolveu diferentes centros da FMUC, incluindo o Laboratório de Citogenética e Genómica (iCBR-CIMAGO) e a Área de Medicina Dentária.

ESEnfC
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) leva a efeito, amanhã à tarde, o Seminário Internacional “Erradicação da...

Organizado pela ESEnfC, no âmbito do Projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, o evento (em formato de webinar), que pretende assinalar o Dia Internacional da Erradicação da Violência contra as Mulheres, começa por tratar a questão da “Violência sexual na adolescência: sexismo, um fator de risco”, tema da intervenção (17h00) do professor da ESEnfC, Armando Silva.

Segue-se (17h20) a comunicação de Alexandra Silva (Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres), intitulada “Violência sexual masculina contra mulheres e raparigas: prevenção e combate à luz da Convenção de Istambul”.

“Vulnerabilidades para violência em jovens/adolescentes” (17h45) e “Menos violência, mais igualdade: desafios e oportunidades na Itália após a pandemia” (18h15) são as preleções finais, a proferir, respetivamente, por Lúcia Penna (Universidade Federal Rio de Janeiro, Brasil) e por Andrea Santoro e Annina Lubbock (Associazione Cerchio degli Uomini, Itália).

Reunir profissionais com experiência de intervenção em diversos públicos na área de violência sobre mulheres, partilhar experiências em contextos multiculturais e disseminar o conhecimento sobre a intervenção na área da violência sobre as mulheres, perspetivando modos de atuação, são objetivos deste encontro, cujo encerramento (18h50) está a cargo da Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes.

O Seminário Internacional “Erradicação da Violência sobre as Mulheres - Um desafio para todos/as!” insere-se, ainda, no plano de atividades previstas pela ESEnfC para o ano de 2020, no âmbito do Ano Internacional do Enfermeiro e do 200º aniversário do nascimento de Florence Nightingale.

Mais informações sobre esta iniciativa podem ser obtidas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/seminarioviolencia2020.

Proteção contra as Radiações
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), através do departamento de Imagem Médica e...

A renomeação da ESTeSC-IPC enquanto Centro Colaborador da OMS representa “o reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido” pela Escola nesta área, quer em termos de investigação, quer no “apoio e cooperação técnica com a OMS no desenvolvimento de uma cultura de segurança na utilização de radiação ionizante para fins médicos”, afirma Graciano Paulo, docente responsável pelo Centro Colaborador da ESTeSC (a par com a professora Joana Santos).

Enquanto Centro Colaborador, a ESTeSC-IPC tem como missão providenciar aconselhamento técnico à OMS para a identificação de prioridades na pesquisa científica na área da proteção contra as radiações e apoiar no desenvolvimento e revisão de ferramentas de comunicação sobre os riscos de exposição à radiação. Irá ainda desenvolver metodologias de trabalho, traduzidas em normas orientadoras, manuais e plataformas online, sobretudo para países de expressão portuguesa, com vista à harmonização de procedimentos em imagem médica e radioterapia.

Nos últimos quatro anos, este trabalho materializou-se, por exemplo, na criação de “documentos orientadores” sobre a importância de diminuir a exposição dos doentes – e, consequentemente, dos profissionais – aos efeitos da radiação ionizante. Destaque para a colaboração na publicação do livro “Comunicar os Riscos da Radiação em Imagiologia Pediátrica”, lançado pela ESTESC e disponível para download gratuito, em https://www.who.int/ionizing_radiation/pub_meet/radiation-risks-paediatric-imaging/en/

O impacto negativo da utilização da radiação para fins médicos em pacientes e profissionais de saúde tem vindo a ser estudado pela comunidade cientifica, verificando-se que utentes e profissionais de saúde expostos sucessivamente a radiação para fins médicos demonstram maior incidência de patologia radioinduzida em relação a indivíduos que não sofrem essa exposição. Neste sentido, o compromisso da ESTeSC-IPC para o próximo quadriénio passa por continuar a contribuir para a “consciencialização acerca da importância da proteção contra a radiação ionizante para profissionais e doentes, bem como desenvolver e disseminar conteúdos atinentes à proteção radiológica e apoiar no desenvolvimento destas matérias nos países de expressão portuguesa”, explica Graciano Paulo.

Recorde-se que a OMS tem centros colaboradores em todo o mundo nas mais diversas áreas, que prestam apoio técnico e científico à instituição. Em Portugal, existem atualmente apenas cinco centro colaboradores ativos – entre eles a ESTeSC-IPC, cuja nomeação vigora até dezembro de 2024.

Webinar
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza no próximo dia 27 de novembro, às 21 horas, o webinar “Contra...

O webinar será feito através da plataforma Zoom e com transmissão em direto na sua página do Facebook (@apdpdiabetes). O objetivo é facultar as principais ferramentas aos profissionais de saúde para a educação de pessoas com diabetes para uma melhor gestão da doença durante este período, sendo esta mais uma das iniciativas que a associação tem vindo a concretizar em formato digital devido à pandemia da COVID-19.

“Esta iniciativa servirá para reforçar a importância da luta contra a gripe e a pneumonia pneumocócica em pessoas com diabetes, incentivando profissionais de saúde a evitar consequências graves, como o internamento em unidades de cuidados intensivos. Nesta fase, visto que apenas uma minoria das pessoas com diabetes se previne contra estas infeções, é fundamental focarmo-nos no papel dos profissionais de saúde enquanto agentes de sensibilização e mudança para evitar cenários mais graves.”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

O webinar "Contra factos não há argumentos. Prevenção da gripe e da pneumonia pneumocócica do ponto de vista dos profissionais de saúde" será moderado por João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, e contará com a participação de Ana Filipa Lopes, endocrinologista da APDP e do pediatra Luís Varandas como convidado. Esta é uma iniciativa de participação gratuita.

“É necessário explorar os efeitos da gripe e da pneumonia pneumocócica em pessoas com diabetes, bem como apresentar os tratamentos disponíveis e as medidas de prevenção. O objetivo final é que os profissionais de saúde aprofundem ainda mais o seu conhecimento de forma a poderem prestar um melhor cuidado. Afinal, em caso de internamento, as pessoas com diabetes ficam, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença e a mortalidade, nestes casos, também é superior." reforça ainda João Filipe Raposo. 

Estudo
Um estudo que desvendou o potencial da ativação do metabolismo do colesterol como uma futura terapia para a Doença de Machado...

Desenvolvido por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve e da BrainVectis Therapeutics (França), o trabalho, intitulado “Restoring brain cholesterol turnover improves autophagy and has therapeutic potential in mouse models of spinocerebellar ataxias”, foi publicado em julho de 2019 na conceituada revista científica Acta Neuropathologica.

Os investigadores descobriram que a proteína CYP46A1, enzima com papel fulcral no metabolismo do colesterol do cérebro, «apresenta níveis mais baixos no cérebro dos doentes com a doença de Machado-Joseph e que a sobre-expressão desta proteína desencadeia a ativação da autofagia (o principal processo de limpeza das nossas células), cuja ativação havíamos demonstrado anteriormente ser extremamente importante para a limpeza dos aglomerados de ataxina-3 mutante, o lixo que se acumula nos neurónios e causa a doença de Machado-Joseph».

A entrega do prémio decorreu durante a 24ª reunião da SPGH, na passada 6ª feira, dia 20 de novembro, aos principais autores do estudo, Liliana Mendonça, do CNC-UC, e Clévio Nóbrega, do CBMR. Segundo os dois investigadores, «a modulação da CYP46A1 poderá levar a uma estratégia terapêutica mais geral, com aplicação a várias doenças neurodegenerativas que apresentam redução nos níveis da CYP46A1 no cérebro, e que – se não puder curar – pode pelo menos aliviar o fenótipo destas doenças».

O trabalho premiado pode ser consultado em https://doi.org/10.1007/s00401-019-02019-7

Novembro: Mês de Sensibilização para a Saúde do Homem
A Associação Portuguesa de Urologia (APU) acaba de distribuir pelos profissionais de saúde da área da urologia de todo o país,...

Esta ação tem como objetivo sensibilizar não só para o cancro da próstata como para todas as outras doenças do homem, pedindo aos homens portugueses que não tentem “mascarar” sintomas e que continuem a cuidar da sua saúde em tempos de pandemia. Esta iniciativa tem como principal público alvo homens com mais de 50 anos de idade, uma vez que a idade se revela o principal fator de risco para as doenças da próstata1

A pandemia tem exigido uma redução na procura das consultas não Covid-19, na generalidade, e esta é uma realidade que consequentemente resulta na diminuição do diagnóstico, tornando ainda mais imperativas todas as ações de sensibilização. No caso das doenças da próstata, o diagnóstico precoce e por sua vez o seu tratamento adequado, contribuem de forma significativa para a redução das taxas de mortalidade.

O Presidente da APU, Luís Abranches Monteiro, reforça “É muito importante falarmos também de muitas outras doenças do homem que não o cancro da próstata. A hiperplasia benigna da próstata, ou carcinoma da próstata, são outras doenças que carecem igualmente de um diagnóstico e por sua vez de um tratamento, para que muitos homens não vejam a sua qualidade de vida reduzida com o avançar da idade. Este ano a APU está verdadeiramente focada em colocar na agenda as outras doenças não-covid que estão a ser indiretamente afetadas pela pandemia, como é o caso da área da Urologia.”

O movimento Movember foi lançado pela Movember Foundation, uma organização não-governamental de alcance internacional, e que tem como objetivo sensibilizar e alertar a população masculina para a importância das consultas de rotina. Desde 2003, o Movember financiou mais de 1.250 projetos relacionados com a saúde dos homens em todo o mundo, desafiando o status quo, impulsionando a investigação da saúde dos homens e transformando a forma como os serviços de saúde alcançam e apoiam os mesmos. Até 2030, a fundação prevê reduzir em 25% o número de homens que morrem demasiado cedo2.

1https://patients.uroweb.org/pt/fatores-de-risco-para-cancro-da-prostata/

2https://ex.movember.com/pt/about/foundation

 

Desenvolvido na Universidade de Coimbra
Um programa de intervenção psicológica para contexto oncológico, desenvolvido na Universidade de Coimbra (UC), mostrou ser...

Elaborado no âmbito do doutoramento de Inês Trindade, investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), o programa, batizado de “Mind”, combina técnicas de mindfulness (atenção plena), aceitação e compaixão, tendo como objetivo promover uma autogestão emocional mais eficaz e, assim, melhorar o funcionamento psicossocial e qualidade de vida de doentes com cancro.

Num estudo-piloto realizado com um grupo de mulheres com cancro da mama não metastático em tratamento no Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o programa Mind teve um efeito notável na melhoria da saúde psicológica das participantes.

A amostra foi constituída por 32 mulheres, distribuídas por dois grupos – um grupo experimental e um grupo de controlo (doentes que não realizaram a intervenção). No final das oito sessões previstas no programa Mind, com a duração de aproximadamente duas horas cada, «a saúde psicológica das mulheres com cancro da mama que realizaram a intervenção melhorou significativamente em comparação ao grupo de mulheres que não realizou o programa (grupo de controlo)», assinala Inês Trindade.

Foram também notadas melhorias na saúde física e qualidade das relações sociais e diminuição de sintomas de depressão e stresse. Além disso, as mulheres do grupo experimental relataram que o programa é muito útil para lidarem melhor tanto com a doença como com outras áreas de vida. Estes resultados, já publicados no Journal of Contextual Behavioral Science, sugerem que «o programa Mind pode ser um complemento muito útil ao tratamento médico do cancro da mama, ajudando a melhorar a qualidade de vida e a saúde mental dessa população», afirma a investigadora. O cancro da mama é o segundo cancro mais comum e o mais frequente em mulheres.

Agora, com o objetivo de otimizar o programa Mind, Inês Trindade, em conjunto com Helena Moreira, também do CINEICC, vai conduzir um novo estudo, com um maior número de participantes. Para tal, acaba de obter 245 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Este novo estudo, designado "Mind programme for cancer patients: A randomized controlled trial testing the programme´s cost-effectiveness and efficacy in changing psychological and biological outcomes in women with breast cancer”, tem a duração de três anos e vai permitir «realizar um ensaio clínico mais robusto e controlado, e avaliar também o efeito do programa em marcadores fisiológicos (epigenéticos e inflamatórios), além das medidas psicológicas, relacionadas com saúde mental e adaptação à doença, assim como o custo-efetividade (ganhos económicos) do programa», finaliza a investigadora do CINEICC.

Doença Cardíaca
A American Heart Association e o American College of Cardiology divulgaram hoje uma diretriz atualizada para o tratamento de...

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença que torna o músculo cardíaco anormalmente espesso, o que pode tornar mais difícil para o coração bombear sangue suficiente para o corpo. Estima-se que 1 em cada 500 pessoas tem CMH, mas uma grande percentagem de pacientes não foi diagnosticada. Muitos pacientes com CMH são assintomáticos, mas aqueles que apresentam sintomas sofrem de desmaios, dor no peito, falta de ar ou palpitações cardíacas.

A diretriz atualiza a versão anterior, emitida em 2011, para oferecer recomendações sobre a avaliação e o tratamento de pacientes com CMH e é voltada para tanto para cardiologistas como para médicos de outras especialidades.

As recomendações refletem evidências recentes sobre modalidades diagnósticas, como eletrocardiografia, imagem e teste genético; gestão de pacientes, incluindo terapias médicas, terapias de redução septal e avaliação / prevenção de risco de morte cardíaca súbita; e outras considerações, como participação em atividades / desporto, ocupação e gravidez.

Pessoas com CMH podem ter condições médicas adicionais, como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e arritmias ventriculares, o que significa que as decisões de tratamento nem sempre são claras. A diretriz atualizada esclarece os diversos tratamentos que podem incluir medicamentos como um beta-bloqueador e / ou bloqueador dos canais de cálcio, um procedimento cirúrgico e / ou dispositivo como um desfibrilador cardioversor implantável (CDI). Diferente da diretriz anterior de 2011, a diretriz atualizada enfatiza a tomada de decisão compartilhada no manejo de HCM para personalizar as opções de tratamento com base nos objetivos e preocupações do paciente.

“A tomada de decisão conjunta, um diálogo entre os pacientes e sua equipa de atendimento que inclui a divulgação completa de todas as opções de teste e tratamento, discussão dos riscos e benefícios dessas opções e, mais importante, o envolvimento do paciente para expressar seus próprios objetivos, é particularmente relevante na gestão de condições como a cardiomiopatia hipertrófica ", disse Steve R. Ommen, professor de medicina na Mayo Clinic College of Medicine e consultor do departamento de medicina cardiovascular e presidente do comitê que redigiu esta guideline. “Esta diretriz atualizada enfatiza a inclusão do paciente no processo de tomada de decisão, em vez de simplesmente fornecer listas dogmáticas do que fazer e do que não fazer.”

Embora os redatores das guidelines reconheçam que os pacientes com CMH podem ser avaliados e tratados por uma equipa de cuidados cardiovasculares, as recomendações são feitas para que os pacientes com CMH grave, ou aqueles que enfrentam decisões complexas, sejam encaminhados a centros multidisciplinares de HCM para receber o atendimento ideal.

As orientações sobre a participação em atividades físicas saudáveis ​​também foram atualizadas para deixar mais claro que o exercício recreativo é uma opção para pacientes com CMH. De acordo com a diretriz atualizada, a participação em desportos de competição também pode agora ser considerada em pacientes selecionados após uma discussão completa com os médicos sobre os riscos potenciais.

“Cada vez mais, os dados afirmam que os efeitos benéficos do exercício na saúde geral podem ser estendidos aos pacientes com CMH”, disse Ommen. “O exercício recreativo saudável (intensidade moderada) não foi associado ao aumento do risco de eventos de arritmia ventricular em estudos recentes.”

Promovendo a abordagem personalizada para o atendimento, a diretriz de HCM atualizada também inclui recomendações atualizadas para avaliar marcadores de risco individuais para SCD, o que pode ajudar a identificar pacientes que podem precisar de um ICD e aconselhar pacientes sobre a potencial transmissão genética de HCM e opções de triagem para membros da família.

A Diretriz 2020 da AHA / ACC para o diagnóstico e tratamento de pacientes com cardiomiopatia hipertrófica será publicada no Journal of American College of Cardiology and Circulation.

A diretriz foi escrita em colaboração com a Heart Failure Society of America, a American Society of Echocardiography, a Heart Rhythm Society, a Society of Cardiovascular Magnetic Resonance, a American Academy of Thoracic Surgery e a Society for Cardiovascular Angiography and Interventions e foi endossada pela Pediatric & Congenital Electrophysiology Society.

 

Balanço de atividade
Entre os dias 9 e 15 de novembro, o INEM e os seus parceiros no Sistema Integrado de Emergência Médica realizaram um total de 3...

Em termos geográficos, a Delegação Regional do Norte (DRN) foi a região onde se realizou o maior número de transportes deste tipo, mais concretamente, 1.506 utentes com sintomatologia compatível com Covid-19. Os meios afetos à Delegação Regional do Sul (DRS) realizaram 1.101 transportes, sendo que a Delegação Regional do Centro (DRC) registou 658 e a DRS – Algarve, 116.

No que diz respeito a colheitas de amostras biológicas, também aqui se verificou um aumento da atividade face à primeira semana de novembro. As equipas do INEM realizaram um total de 1.515 serviços, sendo que a equipa da DRS recolheu 1.253 amostras, a da DRN 117, a da DRC 49 e a DRS-Algarve uma.

Desde março que o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) do INEM tem em funcionamento uma equipa que acompanha os profissionais do INEM afetados pela COVID-19, contando até 15 de novembro com 309 intervenções.

 

Despacho publicado esta semana
Trezentos elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Serviço de Estrangeiros e...

De acordo com o Ministério da Administração Interna, estes 300 elementos das forças e serviço de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) fazem parte do grupo de funcionários públicos que vão reforçar a capacidade de rastreio das autoridades e serviços de saúde pública para a realização de inquéritos epidemiológicos no âmbito das medidas de contenção da pandemia de Covid-19, previstas no estado de emergência.

O despacho que determina a operacionalização deste reforço do rastreio de contactos de doentes com Covid-19 e seguimento de pessoas em vigilância ativa foi publicado esta 4ª feira em Diário de República.

Os elementos da Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e ANEPC que vão realizar estes inquéritos são os que se encontram em isolamento profilático e os imunodeprimidos e os portadores de doenças crónicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

De acordo com o diploma deve ser dada prioridade, em relação aos restantes funcionários públicos afetos as estas funções, aos profissionais de profissões regulamentadas da saúde, detentores de licenciatura ou grau académico superior e trabalhadores detentores de 12.º ano de escolaridade ou curso equiparado.

A mobilização destes recursos humanos para a realização de inquéritos epidemiológicos, o rastreio de contactos de doentes com Covid-19 e o seguimento de pessoas em vigilância ativa justifica-se com o facto de estes poderem ser realizados “por quem não seja profissional de saúde, desde que garantida a confidencialidade da informação tratada”.

Segundo o despacho, o serviço prestado por estes trabalhadores é considerado como prestação de trabalho efetivo, sendo remunerado como tal, pelo que não é enquadrado como falta e as autoridades de saúde fornecem a cada trabalhador mobilizado a formação e os formulários, orientações e guias de inquéritos epidemiológicos, para rastreio de contactos de doentes com Covid-19 e seguimento de pessoas em vigilância ativa.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou ontem o segundo caso de alotransplante osteocartilagíneo maciço...

Ambas as cirurgias foram lideradas pelo médico João Pedro Oliveira em conjunto com os restantes especialistas dedicados à patologia do joelho - Carlos Alegre e Pedro Marques - equipa esta coordenada por Fernando Fonseca (diretor do Serviço de Ortopedia) e apoiada por uma equipa de enfermeiros de bloco operatório, especialmente preparada.

Fenando Fonseca adianta: “não sendo um procedimento inédito no mundo, em Portugal, tanto quanto é do nosso conhecimento, fomos o primeiro hospital público a oferecer este tipo de solução cirúrgica, o que em muito contribuiu o facto de possuirmos um Banco de Tecidos Ósseos, salientando, deste modo, a sua importância estratégica ao nível da potenciação da oferta cirúrgica a nível regional e nacional.”

“Apesar do contexto pandémico, o Serviço de Ortopedia do CHUC tem mantido a sua atividade assistencial regular, não descurando a realização de cirurgias diferenciadas e complexas”, acrescenta o especialista.

De acordo com o Centro Hospitalar, o Banco de Tecidos Ósseos, coordenado por Fernando Judas, com a colaboração de Alexandrina Mendes (Faculdade de Farmácia) e Celeste Francisco (CHUC) desenvolveu a capacidade de tratamento e processamento de enxertos osteocartilagíneos frescos, possibilitando a realização da sua implantação em doentes, aumentando, deste modo, a viabilidade celular dos mesmos e com isto a capacidade de êxito cirúrgico e de longevidade do procedimento.

"Tendo em conta esta capacidade recentemente potenciada e o surgir de casos desafiantes como o de doentes jovens com quadro clínico de perda de cartilagem e osso a nível do joelho, o que originaria o desenvolvimento de uma artrose e uma incapacidade funcional precoces, o Serviço de Ortopedia do CHUC passou a oferecer mais esta possibilidade terapêutica", revela a unidade hospitalar. 

Estudo
Segundo um estudo realizado pelo Centro Estudos Aplicados da Católica Lisbon School of Business & Economics, 79% dos...

O estudo “As Farmácias e a População Portuguesa”, conduzido pelo CEA, procurou perceber de que forma os portugueses olham para as farmácias portuguesas, o que mais valorizam e como avaliam o ato farmacêutico.

Neste estudo, quando questionados sobre o nível de satisfação do atendimento nas farmácias, numa escala de 1 a 5, em que 1 representava nada satisfeito e 5 representa muito satisfeito, foi possível aferir que os portugueses inquiridos se encontram bastante satisfeitos com o atendimento das farmácias (4.62).

Este estudo revela também que a opinião do farmacêutico é o segundo motivo mais importante numa ida à farmácia (média de 2.93, em que 1 era nada importante e 5 era muito importante), sendo o primeiro a aquisição de medicamentos prescritos com receita médica (4.40). Já a aquisição de acessórios não médicos (1.96) e a realização de testes rápidos (2.24) foram apontados como os motivos menos relevantes.

Quanto à frequência com que os portugueses vão à farmácia, 80% dos inquiridos vai pelo menos uma vez por mês, sendo que na faixa etária dos “+65 anos”, 58% referiu ir mais de duas a três vezes por mês.

Relativamente à importância atribuída a atos farmacêuticos, todos os atos sugeridos foram considerados como importantes e muito importantes, numa escala de 1 a 5, sendo o “aconselhamento na toma de medicação prescrita por médicos” (4.33), o “acompanhamento de doentes crónicos” (4.27), e os “conselhos na presença de sintomas ligeiros” (4.26) os mais valorizados.

Quando questionados sobre como antecipam a farmácia do futuro, os inquiridos referiram como mais importante as farmácias terem “balcões de atendimento rápido” (4.35) e “entrega ao domicílio” (4.35), “farmacêuticos para doenças crónicas” (4.29) e “mais proximidade com a comunidade” (4.29). Como menos importante, os participantes apontaram “kiosks self service” (2.74), “compra online” (3.31), “renovação de terapia sem intervenção do médico” (3.33) e “maior intervenção na prescrição de medicamentos” (3.41).

 

Consulta do pré-natal odontológico
Hoje em dia acredita-se, e as principais recomendações nacionais e internacionais, vão no sentido de

Por isso recomendamos a consulta da grávida, no primeiro trimestre, e a consulta do pré-natal odontológico, que deve ocorrer no terceiro trimestre da gravidez. Enquanto a primeira é dirigida à saúde oral da mãe e aos cuidados durante os 9 meses de gestação, a última é direcionada ao bebé. Nesta consulta fornecemos todas as informações para cuidar da higiene oral do bebé, e os hábitos a implementar para garantir o correto desenvolvimento dos maxilares e das funções básicas.

O tratamento dentário pode ser realizado em qualquer período da gravidez, no entanto o segundo trimestre é a época mais indicada, uma vez que é o período de maior estabilidade de gestação. Em casos de urgência pode realizar-se o tratamento necessário em qualquer período, porque as consequências da dor e do stress são mais maléficas do que a possível ansiedade do tratamento dentário. Além disso a infeção oral é mais prejudicial para o bebé que o tratamento dentário, porque a mãe pode infetar o bebé por meio dos microrganismos provenientes destas doenças.

As consultas devem ser rápidas e realizadas na segunda metade do período da manhã, quando os enjoos são menos comuns. Deve evitar o contacto com crianças que frequentam o consultório de modo a prevenir o contágio de doenças vírias da infância.

Se pensarmos um pouco percebemos que o bebé, nos primeiros anos de vida, interage com o mundo através da boca. Estudos recentes indicam que a primeira infância é determinante para o correto desenvolvimento do bebé. Na verdade, a dentição permanente é um registo das alterações da formação dos dentes no período de tempo compreendido entre o nascimento e os 12 anos de idade. Os hábitos que se adquirem nesta fase de crescimento podem trazer consequências graves para todo o sistema respiratório e oral. Só assim é possível prevenir problemas de desenvolvimento e da futura dentição.

Por isso, a ideia é que seja acompanhada pelo médico dentista da criança, o odontopediatra, durante todo o crescimento, porque estes hábitos serão determinantes.

Assim que nascem os primeiros dentes, deve começar a escovar os dentes com escova de dentes com cerdas macias e pasta de dentes com 1000 ppm de flúor, na quantidade de um grão de arroz Cru. Claro que não nos podemos esquecer que cada criança é diferente e por isso aconselhamos a primeira consulta no odontopediatra até ao primeiro ano de vida para receber as orientações individuais e personalizadas a cada caso e família.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revelados dados preliminares de estudo em Portugal
O agravamento do stress durante a pandemia afetou particularmente os jovens adultos, mais de um terço dos inquiridos no projeto...

Os dados preliminares revelam que, em Portugal, o agravamento do stress afetou um terço dos inquiridos e foi particularmente significativo entre os jovens adultos (36%). Estes são também o segmento mais afetado pela solidão. Esta faixa etária registou um nível desproporcionalmente elevado de agravamento deste estado comparativamente com os participantes de outras faixas etárias.

No que respeita à irritabilidade, também cerca de um terço dos inquiridos reportou um agravamento, e apenas um número reduzido (<8%) referiu melhorias nas duas semanas anteriores à participação neste estudo internacional. A grande maioria dos inquiridos relatou pequenas ou nenhumas alterações na irritabilidade (60%).

As estratégias de homens e mulheres para passar o tempo durante a pandemia

Mais de 75% dos participantes admitiu um aumento do tempo consumido nos meios de comunicação social, o que foi mais notório nos homens (81%). Em relação à ocupação dos tempos livres, metade dos inquiridos afirmou ter despendido mais tempo em contactos sociais, a realizar exercício físico e a obter informação sobre a pandemia de COVID-19.

Quando questionados sobre as estratégias utilizadas para lidar com as emoções geradas pela pandemia, a maioria dos inquiridos referiu o contato ou interação pessoal direta, o exercício físico ou os passeios, a utilização da internet, a procura de informação sobre a pandemia, a prática de hobbies significativos, e o trabalho, quer presencial, quer à distância.

Para os homens, as estratégias mais eficazes foram o contacto pessoal/interação direta, exercício ou passeios, utilização da internet e um hobby significativo; no caso das mulheres as foram o contacto pessoal/interação direta, exercício ou passeios, e utilização da internet.

A intimidade física/atividade sexual foi uma estratégia mais importantes para os homens do que para as mulheres, enquanto que para estas o contacto pessoal/interação direta, a utilização da internet, as redes sociais e o trabalho foram as estratégias mais utilizadas para combater o stress e a irritabilidade durante a pandemia.

Capacidade de testagem
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) volta a reforçar a total disponibilidade da rede de farmácias em colaborar com o SNS...

“As farmácias, enquanto rede de saúde pública que abrange todo o País, assumem a sua obrigação de contribuir para este objetivo nacional. Todos os serviços de saúde habilitados devem ajudar a detetar e a interromper o mais cedo possível as cadeias de transmissão”, declara Duarte Santos, membro da Direção da ANF.

Desde o início da pandemia que milhares de portugueses procuram os seus farmacêuticos comunitários para fazerem testes rápidos à COVID-19. A ANF recomendou o seu uso para rastreio das próprias equipas das farmácias, até ser possível reunir evidência quanto à fiabilidade dos testes e da resposta estratégica no âmbito da Saúde Pública.

A Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 veio reconhecer a importância dos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) na redução e controlo da pandemia, recurso adotado maciçamente noutros países.

Segundo a ANF, “as farmácias reúnem todas as competências técnicas para a realização segura deste serviço. Por iniciativa do Ministério da Saúde, já fazem testes rápidos orientadores para o diagnóstico a doenças como o HIV-sida e hepatites”.

Sendo que, atualmente, as farmácias comunicam os resultados positivos dos testes rápidos de antigénio à SARS-CoV-2 ao médico prescritor e à linha Saúde 24, a ANF afirma que os sistemas informáticos estão também “preparados para partilhar dados com o SNS, como acontece no registo da vacinação contra a gripe”.

 

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