No âmbito da pandemia Covid-19
Com o objetivo de evitar que a população mais idosa saia de casa, a Junta de Freguesia de Arroios criou o programa “Não Saia de...

Destinado especialmente à população mais idosa, com mais de 60 anos, e a pessoas em situação de isolamento profilático ou de mobilidade reduzida, a Junta de Freguesia de Arroios dá continuidade ao seu serviço de entregas ao domicílio, que assegura os bens essenciais e de farmácia aos grupos mais vulneráveis residentes em Arroios.

Para aderir ao programa ou para indicar pessoas que possam necessitar deste apoio, pode contactar através do número 916 814 643 ou do e-mail [email protected], entre as 9h30 e as 13h30.

Esta medida já está em prática desde o início de março e prevê-se que seja mantida enquanto as recomendações de confinamento da Direção Geral de Saúde, estiverem em vigor.

 

Estudo premiado
Uma investigação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto conseguiu demonstrar, pela...

Segundo Miguel Alves-Ferreira, “há muito que se sabe que a enxaqueca tem uma grande componente familiar”. Tanto que “num estudo de agregação familiar em doentes portugueses, efetuado pelo nosso grupo, verificou-se que os familiares em 1º grau têm um risco três a quatro vezes superior, comparativamente com a população em geral, o que sugere que há uma forte componente genética”, refere o investigador do grupo UnIGENe do i3S.

Sobre o surgimento da enxaqueca, o investigador sublinha que “apesar das alterações fisiológicas da enxaqueca ainda não serem totalmente conhecidas, sabe-se que há vários mecanismos no sistema nervoso central que funcionam em dominó”.

“Primeiro, há um nervo que é ativado, o que faz com que os neurónios libertem pequenas partículas, os chamados neurotransmissores, segue-se uma inflamação e dilatação dos vasos sanguíneos, que desencadeia depois a enxaqueca (a dor)”, acrescenta.

Neste trabalho, o investigador centrou-se no estudo dos neurotransmissores e mais especificamente na neurexina, um gene que está presente nesta libertação de neurotransmissores por parte dos neurónios e que ajuda, aliás, à proximidade física entre os neurónios.

“Estudei as variantes genéticas em 183 doentes e a forma como a neurexina influencia outros dois genes que já se sabe que estão relacionados com a enxaqueca e verifiquei que este gene interage significativamente com os outros dois”, refere o investigador.

Com este estudo, possível “demonstrar pela primeira vez o envolvimento da neurexina na enxaqueca”, deixando assim caminho aberto para a para uma melhor compreensão da doença.

“Este gene, que tem um papel essencial na adesão de neurónios durante a sinapse (ajuda à proximidade física no processo de comunicação entre os neurónios), e as suas interações com outros genes do sistema nervoso central podem ajudar a resolver um puzzle de imensa complexidade, permitindo-nos o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas”, esclarecer o investigador do i3S.

 

 

 

Mantenha-se saudável no Inverno
Durante os meses de Inverno podemos ficar mas frágeis e suscetíveis a algumas doenças como as gripes

As nossas necessidades energéticas e nutricionais variam de acordo com múltiplos aspetos, e um deles são as diferentes estações do ano.

Quer isto dizer que a nossa alimentação deve ter em conta a sazonalidade. Por um lado, privilegiar os produtos da época que apresentam um maior valor nutricional, que são mais saborosos e têm uma pegada ecológica mais pequena, e por outro, garantir que escolhemos os alimentos mais adequados às necessidades específicas que o nosso corpo tem ao longo das diferentes fases do ano.

Parece difícil? Na verdade, é muito mais fácil do que parece. Não é por acaso que os alimentos da época são os melhores e que proliferam em determinadas alturas do ano. Se repararmos, a época da laranjas –ricas em vitamina C – dá-se no Inverno, altura em que as nossas necessidades de vitamina C estão aumentadas para fazer frente às gripes e, é no Verão, quando está mais calor que encontramos as frutas mais ricas em água – como a melancia.

Para nutrir o nosso corpo de forma passar um inverno saudável e com mais vitalidade, é importante fazer escolhas alimentares equilibradas e variadas e incorporar alguns alimentos chave no dia alimentar, sem esquecer a água.

Nos meses mais frios a hidratação adequada não deve ser esquecida

É igualmente importante, ao longo dos meses de Inverno, mantermos o nosso corpo bem hidratado. Apesar do frio e da diminuição da sensação de sede, isto não significa que precisamos de beber menos água.

A ingestão correta de água é essencial para o bom funcionamento do organismo, para a regulação da temperatura, para a eliminação de toxinas, para o transporte de nutrientes e para melhor proteger a pele e as mucosas.

Além da água, é possível optar pelos chás e infusões, de preferência sem adição de açúcar e privilegiar o consumo de alimentos ricos em água, como os hortícolas, a fruta e a sopa.

É de salientar que a sopa de legumes é uma excelente aliada para combater o frio, saciar e proteger o organismo das gripes e constipações. Estes benefícios da sopa devem-se à sua riqueza em água, e hortícolas ricos em diferentes vitaminas, minerais e antioxidantes.

A vitamina C, a vitamina E, o betacaroteno e mineiras - como o selénio e o zinco - desempenham um importante papel no fortalecimento do sistema imunitário.

Uma alimentação rica nestes nutrientes vai contribuir para a prevenção das gripes e constipações assim como ajudar o corpo a responder de forma mais rápida e eficaz a estas situações.

No que diz respeito às frutas, a Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo de pelo menos 3 porções por dia, e que uma das frutas seja rica em vitamina C - Laranjas, tangerinas, clementinas, toranjas, kiwis, romãs e frutos vermelhos como framboesas, amoras, mirtilos e morangos.

Os ácidos gordos essenciais como o ómega 3 e o ómega 6, também conhecidos como “gorduras boas”, vão contribuir para a diminuição do processo inflamatório. Os peixes gordos, como o salmão, o atum, a cavala e o arenque são uma excelente fonte destas gorduras essenciais.

Ainda, é importante lembrar que o alho a cebola são dos melhores condimentos. Estes alimentos são poderosos anti-inflamatórios e contêm propriedades antivirais e antibacterianas ajudando, por isso, a fortalecer e a reforçar as defesas do organismo.

Os frutos secos ou frutos oleaginosos são um prático snack ou um bom complemento de uma refeição. São muito energéticos (são ricos em calorias) e são uma ótima fonte de antioxidantes, ácidos gordos essenciais, minerais e fibra.

Para reforçar as defesas, opte pelos hortícolas frescos e da época. São mais ricos do ponto de vista nutricional, mais saborosos e mais económicos. Mas lembre-se de variar, os hortícolas de cor verde escura, como os espinafres, o agrião, os brócolos e as couves são ricos em ferro, enquanto os hortícolas alaranjados, como a cenoura e a abóbora, são uma boa fonte de carotenos. Por isso, faça uma alimentação rica em hortícolas variados, de forma a garantir o aporte de diferentes minerais e vitaminas.

Na prática, prefira e enriqueça a sua alimentação com produtos frescos, locais e da época. Privilegie o consumo de frutas e hortícolas, sempre que possível, inicie as refeições principais como o almoço e o jantar com um prato de sopa de legumes variados e coma pelo menos 3 peças de fruta (uma delas rica em vitamina C) por exemplo, ao pequeno-almoço e nas refeições intermédias, a meio da manhã e a meio da tarde.

Procure comer mais peixe do que carne, e pelo menos incluir peixes gordos nas suas refeições. Além de acompanhar com alimentos fornecedores de hidratos de carbono como o arroz, massa ou a batata, reserve uma porção significativa do seu prato para uma salada colorida.

Tempere com mais ervas aromáticas, alho e cebola.

E faça da água (ou das infusões) a sua bebida de eleição. Bebe ao longo do dia, mesmo sem sentir sede.

Aproveite os alimentos que o Inverno lhe dá para fortalecer o seu organismo e protegê-lo das gripes e constipações.

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa de Inovação
O projeto de teleconsulta para educação para a saúde e aconselhamento médico sobre vacinação da Knokcare Portugal concorreu na...

A primeira edição do Pfizer Vaccines Open Tech Awards, programa de inovação aberta da Pfizer, procurava soluções digitais que colocassem as vacinas e as doenças preveníveis pela vacinação no centro da reflexão. Aurora Vacinas, IndustryCare e ICUB3 venceram, respetivamente, as categorias Prevenção, Avaliação de Risco e Apoio aos Profissionais de saúde.

Desenhado pela Knokcare Portugal, Vacinas.help transporta a comunidade médica até ao digital, tornando-a acessível à população. Através deste projeto de teleconsulta para educação para a saúde e aconselhamento, a população passa a ter acesso a um contacto médico que possa esclarecer de forma individual e informada, todas as suas dúvidas sobre vacinação. Temas como vacinação dentro e extra-Programa Nacional de Vacinação (PNV), a avaliação da sua necessidade e a sua aplicabilidade em cada caso serão o foco ao longo de toda a experiência. Através da teleconsulta e da disponibilização de materiais informativos, Vacinas.help promove uma jornada de utilização linear, segura e informativa, baseada em informação credível e recorrendo a linguagem acessível.

A par de apoios como mentoria, disponibilização de espaço físico para co-work e recurso a tecnologia, o prémio de 15 mil euros atribuído pela Pfizer será destinado, segundo os vencedores, à implementação e promoção do projeto.

Não acumulável com este prémio, foram apurados os três melhores projetos de cada categoria. Receberão igual apoio logístico e um montante de 5 mil euros para impulsionar os seus trabalhos.

Os 8 finalistas estavam distribuídos por três categorias que incluíram Prevenção (Como desenvolver o conhecimento do público em geral sobre doenças infeciosas preveníveis por vacinação e reforçar a importância das vacinas ao longo de toda a vida?), Avaliação de Risco (Como avaliar ambientes ou situações que podem aumentar o risco de doenças infeciosas preveníveis por vacinação?) e Apoio aos Profissionais de Saúde (Como melhorar a journey dos profissionais de saúde, desde a recomendação até à administração das vacinas, ou da formação médica ao diagnóstico?). Aurora Vacinas, IndustryCare e ICUB3 venceram em cada uma delas.

 

Melhores ideias de negócio
A 3.ª Mostra Nacional de Jovens Empreendedores, organizada pela Fundação da Juventude, realiza-se pela primeira vez em formato...

O Concurso Nacional de Jovens Empreendedores coloca em competição duas categorias distintas: os melhores projetos desenvolvidos por jovens do Ensino Secundário e Profissional e uma outra categoria que envolve jovens universitários, com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos.

Com vista a promover o empreendedorismo criativo e empreendedorismo social, fomentando a geração de ideias e de negócios inovadores, a 3.ª Edição da Mostra Nacional de Jovens Empreendedores envolve cerca de 129 participantes, orientados por 19 professores de cerca de 37 instituições de ensino.

Para assistir à Mostra basta entrar em https://mostradeempreendorismo.virtualarena.pt/

 

 

The Lancet Global Health
Mais de mil milhões de pessoas vivem com deficiência visual e cegueira evitável por não possuírem acesso a serviços de cuidados...

O grupo internacional de peritos sobre a perda de visão, Vision Loss Expert Group (VLEG) e do Instituto de Avaliação e Métricas em Saúde da Universidade de Washington, que conta com dois investigadores Optometristas portugueses, publicou na The Lancet Global Health dois estudos absolutamente centrais sobre o peso global das causas e prevalência da deficiência visual. Os estudos, Causes of blindness and vision impairment in 2020 and trends over 30 years, and prevalence of avoidable blindness in relation to VISION 2020: the Right to Sight: an analysis for the Global Burden of Disease Study; e Trends in prevalence of blindness and distance and near vision impairment over 30 years: an analysis for the Global Burden of Disease Study analisam com uma profundidade, dimensão e detalhe nunca antes atingido, o peso e relevância das diferentes causas de deficiência visual e cegueira no mundo, incluindo Portugal. Os resultados foram comparados com o Plano de Ação Global Acesso Universal aos Cuidados para a Saúde da Visão da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em 2013, que tinha como meta reduzir a deficiência visual e cegueira evitável em 25% até 2020. Não só se verifica que esse objetivo não foi atingido, como se destaca também que este número irá aumentar significativamente no futuro, advertindo que a cegueira e a deficiência visual moderada ou severa no mundo deverão duplicar até 2050.

O autor principal Rupert Bourne, Professor de Oftalmologia na Universidade Anglia Ruskin (ARU) e no Hospital da Universidade de Cambridge, afirmou: "Os resultados deste estudo mostram claramente que os esforços dos serviços de cuidados para a saúde da visão no mundo não conseguiram acompanhar o ritmo do envelhecimento e crescimento da população, e não conseguiram atingir as metas estabelecidas pela OMS. Embora a prevalência da cegueira tenha diminuído, o número de casos aumentou de facto”. E concluiu: "Se isto continuar, os atuais sistemas de saúde continuarão a responder de forma insuficiente e não conseguirão providenciar às pessoas soluções relativamente simples para a sua perda de visão. O efeito da COVID-19 é suscetível de exacerbar esta questão, tendo a investigação já mostrado atrasos e uma acumulação crescente de pessoas que necessitam de cuidados para a saúde da visão. É absolutamente vital que todas as nações tenham uma estratégia robusta de saúde pública para lidar com a deficiência visual e cegueira evitável, que custa aos serviços de saúde milhares de milhões de euros todos os anos".

Jost Jonas, Professor na Universidade de Heidelberg, disse: "Com uma população envelhecida e em crescimento, as deficiências visuais a nível global têm de ser uma prioridade urgente em termos de cuidados de saúde. O método mais fácil, mais seguro e mais económico para melhorar a situação é disponibilizar cuidados e óculos adequados para corrigir os erros refrativos”.

Vera Carneiro e Raúl Alberto de Sousa, Optometristas e Colaboradores do IHME/Global Burden Disease enfatizam que o erro refrativo não corrigido, uma condição facilmente tratada com óculos ou lentes de contacto, contribui para a deficiência visual moderada ou severa estimada em 86 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os investigadores demonstram que a principal causa de cegueira é a catarata, representando cerca de 45% dos 33,6 milhões de casos de cegueira global (15 milhões de pessoas afetadas), causando também deficiência visual severa em 78 milhões de pessoas. Outras causas significativas, mas menos fáceis de tratar, de deficiência visual e cegueira incluem o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada com a idade.

Cerca de 5 milhões de portugueses sofrem de erro refrativo e apesar disso, o Estado Português ainda não implementou as recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre a integração e planeamento da força de trabalho dos cuidados para a saúde da visão desde os cuidados primários aos cuidados hospitalares e de reabilitação. Estas recomendações foram recentemente reforçadas pela OMS para o rastreio da retinopatia diabética no dia 14 de novembro, onde mais uma vez se reforça o papel que os Optometristas devem desempenhar na prestação de cuidados primários para a saúde da visão. Até lá, cada vez mais portuguesas e portugueses irão ver pior o seu presente e futuro.

Medidas de restrição
A circulação entre concelhos será permitida entre 23 e 26 de dezembro, e na véspera e no dia de Natal poderá circular-se na via...

Assim, durante o período da passagem de ano, a circulação entre concelhos vai estar proibida, sendo permitida a circulação na via pública na noite de passagem de ano até às 02h00, mas não são permitidos ajuntamentos. Não são permitidas festas públicas ou abertas ao público.

Segundo a estratégia apresentada pelo Governo as medidas de restrição vão-se prolongar até ao Natal, “havendo depois uma menor intensidade” nos dias 24, 25 de dezembro e 01 de janeiro. Após esta data é retomado o nível de limitações anteriormente decretado.  

Os concelhos com risco de transmissão de covid-19 muito elevado e extremo volta a ter proibição de circulação na via pública a partir das 13h00 nos fins de semana de 12 e 13 e de 19 e 20 de dezembro.

“É fundamental manter o esforço para que se possa atingir o objetivo de chegar ao Natal com o menor número de infetados possível” uma vez que “quanto menos infetados, menor o risco de transmissão”, sublinhou António Costa em conferência de imprensa.

Os horários da restauração que o Governo definiu para o período de Natal e da passagem de ano são uma exceção e dependerá do que for observado nestes próximos dois fins de semana em que a ordem de encerramento continuará a ser às 13:00 nos concelhos com risco extremo e muito elevado.

Fique a conhecer todas as restrições: 

Vacinação arranca em janeiro
Segundo o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, apresentado no passado dia 3 de dezembro, a

Vacinação realizada em três fases

De acordo com o Plano de Vacinação contra a Covid-19, estão previstas três fases de vacinação contra a Covid-19, cujo arranque acontece já no início do ano, e que acompanham o ritmo de disponibilização das vacinas.

1.ª fase:

Segundo o documento redigido pelos especialistas nesta primeira fase vão se vacinadas pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas; residentes e profissionais em lares e unidades de cuidados continuados; profissionais de saúde; profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos. Estima-se que nesta fase sejam vacinadas cerca de 950 mil pessoas.

2.ª fase:

Nesta fase vão ser vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos e cerca de 900 mil com patologias associadas e mais de 50 anos.

3.ª fase:

Nesta face o plano de vacinação vai incidir sobre a restante população. Os grupos desta fase vão ser revistos consoante o ritmo de entrega das vacinas

Vacina admistrada no Serviço Nacional de Saúde, mas há excepções

De acordo com o documento, divulgado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, a primeira fase da vacinação será administrada nos cerca de 1.200 pontos de vacinação habituais dos centros de saúde, nos lares e unidades de cuidados continuados.

Os centros de saúde estarão destinados às 400 mil pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades associadas, enquanto os utentes e profissionais de lares serão aí vacinados pelas equipas de enfermagem residentes.

A vacina será também administrada aos profissionais de saúde e dos serviços essenciais no âmbito da medicina no trabalho.

Investimento

Segundo fontes oficiais, Portugal adquiriu cerca de 22 milhões de doses com um encargo estimado entre 180 a 200 milhões de euros.

 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Combate à pandemia
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse hoje que este Natal “vai ser diferente garantidamente”...

Questionado no final de uma visita a duas unidades de saúde, em Matosinhos, no Porto, sobre como o Governo vai equilibrar os alertas de especialistas para o risco de aliviar as restrições no Natal e os partidos da oposição que pedem o contrário, o governante disse que “vai equilibrar como tem equilibrado, com medidas certas, no tempo certo e de uma forma moderada”.

“Há um decréscimo da doença neste momento, mas temos que manter a pressão sobre a cautela, sobre a prevenção e, portanto, não podemos aliviar essa pressão”, disse António Lacerda Sales.

O governante, citado pela página oficial do SNS, sublinhou que a época de Natal é um período em que as famílias tentam encontrar-se e há uma maior mobilidade.

“O que nós pensamos e apelamos é ao bom senso dos portugueses (…) que percebem que este Natal tem garantidamente que ser diferente e, por isso, o bom senso dos portugueses com certeza conduzirá a bons resultados”, reforçou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que hoje se deslocou ao Norte do país, no âmbito do acompanhamento da situação epidemiológica e resposta à pandemia na região.

Portugal está em estado de emergência desde o dia 9 de novembro e até 8 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

 

Projeto Europeu
O INESC TEC integra um novo projeto europeu para validar experimentalmente a utilização de técnicas de Inteligência Artificial...

O projeto arrancou a 1 de novembro e tem como objetivo realizar um conjunto de experiências de comunicações sem fios, para validação de uma abordagem baseada em Machine Learning, com capacidade para otimizar as comunicações Wi-Fi do futuro, na qual o INESC TEC tem vindo a trabalhar no contexto de teses de mestrado e doutoramento.

De acordo com Rui Campos, responsável do projeto e investigador do CTM, citado pela Universidade do Porto, o SMART “vai permitir a validação experimental da abordagem baseada em técnicas de inteligência artificial para controlo das redes Wi-Fi do futuro, uma tendência crescente no domínio das telecomunicações”.

Com um financiamento de 55 mil euros e uma duração de dez meses, foi um dos três projetos que o INESC TEC viu aprovados nas Open Calls do Fed4FIRE+.

O primeiro projeto aprovado foi o SIMBED, cujo financiamento foi de 95 mil euros, na 3th FED4FIRE+ Open Call. Já o segundo projeto (SIMBED+), com o mesmo financiamento, foi aprovado na 5th FED4FIRE+ Open Call.

 

Secretário de Estado
A vacinação contra a Covid-19 vai ser assegurada prioritariamente por cerca de 40 mil enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde ...

No final da visita a duas unidades de saúde em Matosinhos, no Porto, o governante afirmou que o SNS dispõe de cerca de 40 mil enfermeiros “e são eles que prioritariamente vão vacinar” acrescentando que, em caso de necessidade, os meios poderão ser reforçados.

Sobre se os centros de saúde podem vir a ter que alargar os horários de funcionamento, António Lacerda Sales disse que “é possível”, mas ressalvou que tal é do âmbito funcional das unidades locais de saúde e dos diretores executivos dos agrupamentos dos centros de saúde.

“[Essa possibilidade] é a adequabilidade que o plano tem que ter em função das necessidades e a resposta é em função das necessidades”, sublinhou o Secretário de Estado, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

Questionado ainda sobre se o Estado vai assegurar sozinho o plano de vacinação, o governante explicou que o Governo entendeu que por “uma questão de coordenação, de articulação e monotorização, o SNS assegurará numa primeira fase a vacinação contra a Covid-19”.

 

Monitorização à distância
Numa altura em que a pressão dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde continua a aumentar, o Grupo de Estudos da Esclerose...

O documento, agora divulgado no âmbito do Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla, fornece recomendações, uniformizando as melhores práticas a nível nacional, para melhorar o seguimento dos doentes, num contexto de telemedicina, em vetores como a triagem, consulta, monitorização, enfermagem e comunicação com o doente.

No que refere à triagem, os especialistas envolvidos recomendam a implementação de um sistema que permita a recolha de informações do estado do doente antes da consulta e consequente segmentação dos casos por prioridade e principais necessidades. O mesmo documento sublinha também que a videoconsulta deve ser privilegiada em relação à teleconsulta, uma vez que permite estabelecer uma conexão mais próxima entre doente e médico e aceder a mais informação clínica através da avaliação visual.

Sobre a monitorização dos doentes, o grupo de peritos manifesta a necessidade de adiamento de exames não vinculados a protocolo de segurança, o espaçamento do agendamento dos exames de rotina em doentes estáveis e a disponibilização, via e-mail, dos resultados dos exames realizados, evitando a deslocação ao hospital. A consulta de enfermagem deve ser realizada com recurso à telemedicina no intervalo das consultas médicas e sob a forma de videoconsulta de educação ao doente.

Em termos de comunicação, os médicos afirmam ser importante criar uma disponibilidade real para responder às questões do doente. Assim, consideram fundamental a partilha de informação relevante com os doentes através de e-mail ou SMS, a divulgação de informação através de associações de doentes ou do GEEM e a criação de uma linha de apoio aos doentes com esclerose múltipla.

“Estas recomendações foram definidas tendo presente que os doentes com esclerose múltipla podem ser mais suscetíveis à infeção por SARS-CoV2 ou contrair uma forma severa de COVID-19, caso estejam a fazer imunossupressores ou tenham incapacidade física marcada. É consensual a necessidade de ser cada vez mais utilizada a telemedicina, principalmente nesta fase pandémica, para fazer face à indisponibilidade dos serviços hospitalares e à necessidade de redução da exposição ao SARS-Cov2”, defende João Cerqueira, presidente do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla, da Sociedade Portuguesa de Neurologia.

“Para esta mudança, é fundamental a preparação dos profissionais de saúde e dos doentes e seus cuidadores, não esquecendo, contudo, a necessidade periódica de exame ao doente em regime presencial que também não deve ser descurado”, reforça o especialista.

O documento “Recomendações para o seguimento de doentes com Esclerose Múltipla durante a pandemia de Covid-19”, elaborado com o apoio da Novartis, resulta da opinião de 30 especialistas na área da esclerose múltipla com representatividade nacional. Os participantes têm, em média, 15 anos de experiência na área, sendo que 14 seguem menos de 150 doentes e 12 seguem entre 150 e 400 doentes. Relativamente às Unidades Regionais de Saúde, 10 pertencem à ARS Norte, 7 à ARS Centro, 10 à ARS LVT, 1 ao Serviço Regional de Saúde dos Açores e 2 ao Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira.

Dados DGS e INSA
A epidemia de Covid-19 verifica já uma tendência de descida em Portugal. De acordo com André Peralta Santos, Diretor do Serviço...

Apesar de ter havido um agravamento na semana de 22 de novembro, na semana de 29 “já houve um desagravamento em vários municípios, nomeadamente na região Norte, que apesar de manter incidências elevadas, tem já um desagravamento. Na região de Lisboa e Vale do Tejo também se verifica uma variação decrescente, o que são boas notícias”, referiu, durante a sessão de balanço das medidas tomadas e de análise da evolução da doença.

O Alentejo e os Açores, pelo contrário, ainda registam aumento da sua incidência.

Durante a apresentação dos dados, destacou-se também o facto de o decréscimo se estar a refletir em todas as faixas etárias. 

André Peralta Santos realçou uma boa e uma má notícia: “A boa notícia é que o grupo de 60/70 anos e 70/80 anos estão relativamente protegidos em relação aos outros grupos etários. No entanto, o grupo de mais de 80 anos é um grupo que tem maior dependência, maior intensidade de contactos e, por isso, tem ainda uma incidência mais alta”. Quanto às hospitalizações, salientou que que apesar de o país já ter “passado o pico da incidência, ainda não há um pico claro nos internamentos”, que é esperado em breve.

Cada doente infeta, em média, menos de uma pessoa

Quanto ao rácio de transmissibilidade, ou Rt, apresentado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, encontra-se atualmente abaixo de 1, com valor de 0,99”. Segundo Baltazar Nunes, este resultado deve-se ao decréscimo da incidência nas regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. 

Na região Norte, que tem sido a zona mais afetada pela pandemia, o Rt é agora de 0,96 e, em Lisboa, apesar de o Rt estar situado em 1, também se regista estabilização ou mesmo decréscimo. 

As restantes regiões mantêm o seu Rt acima ou muito próximo do 1. O Alentejo e o Algarve continuam a preocupar as autoridades, porque apesar de terem valores próximos de 1 ainda apresentam “uma taxa de crescimento”.

 

 

 

Para já, apenas no SNS
Na apresentação do Plano de Vacinação Covid-19, que decorreu esta 5ª feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que “as...

Durante a sessão, o coordenador do grupo de trabalho que elaborou o plano, Francisco Ramos, explicou que os objetivos do plano são “reduzir a mortalidade e o internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, controlar os surtos nas populações mais vulneráveis, e preservar a capacidade de resposta dos serviços universais”.

Os grupos prioritários foram, de acordo com as entidades envolvidas neste plano, definidos a partir dos dados conhecidos, que mostram que as pessoas mais de 50 anos são 97% dos óbitos, 91% dos internamentos hospitalares e 81% dos internamentos em cuidados intensivos. Há outras doenças que são fatores de risco importante, destacando-se as coronárias, renais e pulmonares.

Numa primeira fase vão ser vacinadas 950 mil pessoas

Segundo o plano de vacinação estabelecido, numa primeira fase, vão ser vacinadas as pessoas com 50 ou mais anos, com uma das doenças referidas acima, os residentes em lares e em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais, representando no conjunto 950 mil pessoas.

Na segunda fase, vão ser vacinados dois grupos de pessoas: as com mais de 65 anos sem doenças, e as com entre 50 e 65 que tenham diabetes, cancro, insuficiência hepática e renal, obesidade e hipertensão, representando, o primeiro subgrupo, 1,8 milhões e o segundo mais 900 mil.

Na terceira fase, e se a indústria conseguir produzir vacinas à velocidade suficiente vai ser vacinada o resto da população. Caso não seja possível, vão ser criados novos subgrupos prioritários, que serão vacinados ao ritmo a que as vacinas sejam produzidas.

A vacinação em Portugal começa em janeiro, como em toda a União Europeia, uma vez que a vacina será distribuída a todos os países a mesmo tempo. No entanto, ainda não foi definida uma data.

Segundo o Plano de Vacinação contra a Covid-19, a primeira fase deverá decorrer em janeiro e fevereiro, dependendo do ritmo de abastecimento das vacinas, podendo estender-se até abril. A segunda fase prevê-se que decorra no segundo trimestre do ano.

A administração da vacina decorrerá no Serviço Nacional de Saúde. Os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados serão vacinados nesses locais, pelas próprias equipas de enfermagem ou por equipas dos centros de saúde, os profissionais, serão vacinados pelos respetivos serviços de saúde ocupacional.

Plano de Vacinação
As vacinas contra a Covid-19 vão começar a ser administradas a partir de janeiro, sendo os grupos prioritários as pessoas com...

Segundo Francisco Ramos, coordenador do grupo de trabalho criado pelo Governo para definir o plano de vacinação contra a covid-19, numa segunda fase, pessoas com mais de 65 anos sem patologias associadas, e pessoas com mais de 50 anos, vão ser a prioridade. No entanto, a medida será estendida a um leque mais alargado de patologias associadas, como a diabetes.

Na apresentação do plano, que decorreu ontem no Infarmed, o responsável estimou que sejam vacinadas 950 mil pessoas numa primeira fase, sendo 250 mil o grupo dos lares, 400 mil as pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades associadas e 300 mil profissionais. Na segunda fase serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos.

 

«Vamos Salvar Portugal»
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) e a Câmara Municipal de Gondomar vão apresentar amanhã o projeto-piloto ...

De acordo com comunicado da autarquia, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, “este projeto tem como principais objetivos, por um lado, o reforço de recursos humanos destinados à realização dos inquéritos e, por outro, a otimização dos contactos com os casos positivos, por forma a torná-los mais céleres e, assim, interromper mais rapidamente as cadeias de transmissão na comunidade gondomarense”.

Este projeto-piloto contempla a criação de uma equipa para a realização de inquéritos relativos à Covid-19, composta por técnicos superiores da câmara municipal que tiveram uma formação prévia com a ARS Norte.

“Este projeto pretende ser uma resposta às queixas da população gondomarense relativas à demora no contacto com os munícipes, numa primeira fase, que testaram positivo à covid-19 e, numa segunda fase, que possam ter estado na rede de contactos de um caso positivo – pessoas essas que o infetado terá contaminado involuntariamente”, refere o comunicado. Segundo os dados disponibilizados pela autarquia, no início da iniciativa “eram 1.800 os indivíduos que, em Gondomar, ainda não tinham sido contactados” pela ARS Norte, com os contactos a demorarem “entre cinco a seis dias a ocorrer”.

 “Atualmente, com o reforço desta equipa, os contactos estão em dia, nas duas fases essenciais para interromper as cadeias de transmissão: quer na fase inicial em que é contactado o infetado, quer na segunda fase em que são contactados os indivíduos que possam ter sido contaminados por esse infetado”, explica em comunicado. 

Apesar do projeto ter arrancado já há cerca de uma semana, só agora será apresentado publicamente.

 

Conheça os sintomas
Cansaço, falta de ar e inchaço (edema), sobretudo, na zona do abdómen e nas pernas estão entre os pr

Caracterizada por um aumento de pressão na artéria pulmonar, estima-se que, a Hipertensão Pulmonar afete cerca de 300 portugueses. De acordo com Ana Mineiro, Assistente Graduada de Pneumologia no Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte, esta condição pode ocorrer por diversos motivos: “porque as artérias pulmonares ficam mais estreitas (alterações da sua parede, obstruções no seu interior), porque há insuficiência cardíaca esquerda, porque o oxigénio no sangue se encontra baixo (por exemplo nos doentes com doenças pulmonares crónicas), entre outras”.

É importante referir que a Hipertensão Pulmonar se encontra classificada em cinco grupos consoante as causas associadas. A insuficiência cardíaca ou as doenças pulmonares, como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, estão entre as principais causas da Hipertensão Pulmonar. No entanto, há uma percentagem de casos (e que constitui o Grupo 1 da classificação) que aparece associada a “doenças cardíacas congénitas, as doenças do tecido conectivo (como o lúpus e a esclerodermia), a doença hepática crónica, a infeção pelo VIH e algumas drogas como, por exemplo, as metanfetaminas”, entre outras, embora seja menos frequente.

Partindo deste pressuposto, alerta a especialista, “podemos então considerar os doentes com estes diagnósticos como grupos de risco a que devemos estar mais atentos aos sintomas e, em alguns casos, como na esclerodermia, fazer o rastreio ativo de hipertensão pulmonar”.

A Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica constitui o Grupo 4, um dos menos frequentes mais igualmente grave. “Numa percentagem pequena de doentes que tiveram tromboembolismo pulmonar agudo (obstrução aguda das artérias do pulmão por um coagulo) permanece uma oclusão residual que, pela sua cronicidade, leva também a alterações da própria artéria. Estes dois fatores têm como consequência a hipertensão pulmonar tromboembólica crónica”, explica.

Não obstante, a hipertensão pulmonar pode surgir em qualquer idade, estimando-se que em 10% dos casos esteja associada a fatores hereditários. Por isso, há que conhecer os seus sinais, valorizando a sintomatologia associada. “Numa fase inicial, os sinais de alerta são muito inespecíficos e pouco valorizados como, por exemplo, o cansaço e a falta de ar (dispneia), inicialmente ligeiros e que se agravam ao longo do tempo. Em fases avançadas, surge a dor torácica, perda de consciência (sincope) e palpitações”, sublinha Ana Mineiro.

“Se conhecerem bem a sua doença saberão detetar sinais de alarme e como reagir à sua presença. Por outro lado, penso que, conhecendo a doença e sabendo a razão pela qual fazem determinados medicamentos, bem como os seus eventuais efeitos adversos, estarão mais aptos para cumprir o tratamento regularmente, o que é essencial”, reforça a médica.

Caso exista sugestão da doença, “o primeiro exame a efetuar é o ecocardiograma. Se este for sugestivo, a confirmação é efetuada por cateterismo direito”.

Quanto ao tratamento, a especialista revela que apenas 2 grupos “têm tratamento específico”. “O grupo 4 (hipertensão pulmonar tromboembólica crónica) tem possibilidade de cura através de cirurgia: a endarterectomia. Se esta não puder ser realizada, a angioplastia (repermeabilização através de cateter das artérias obstruídas) e medicação oral são alternativas terapêuticas. No que diz respeito ao tratamento do Grupo 1, a medicação pode ser administrada por via oral, inalada, subcutânea ou endovenosa”, explica.

“Por outro lado, (…), a maioria dos casos de hipertensão pulmonar surgem associados a doença cardíaca e respiratória crónica. Estes doentes têm o seu prognóstico muito agravado quando se associa à sua doença de base a hipertensão pulmonar e estão muito limitados nas suas atividades diárias. Para eles não temos, de momento, qualquer terapêutica dirigida à hipertensão pulmonar aprovada, mas está a ser feita investigação com esse objetivo”, acrescenta.

De modo a evitar um agravamento da condição, o doente é aconselhado a ter um estilo de vida saudável – “o que inclui não fumar, ter uma alimentação variada e com baixo teor em sal e praticar exercício físico adaptado”. Segundo a pneumologista, “nas consultas e, nalguns casos, em programas específicos de reabilitação, são ensinadas várias técnicas que permitem realizar esforços com menos gasto de energia”.

“É ainda importante evitar fatores de descompensação tais como as infeções, vacinando-se contra a gripe e a pneumonia. Por último, o doente tem de se ver como parte integrante de uma equipa. Além do que já foi dito, isso implica também, na medida das suas capacidades, envolver-se ativamente em grupos de doentes que possam ter impacto nos decisores a nível político. Isto levará a melhores condições de tratamento e de apoio social”, conclui Ana Mineiro.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Baixa precisão
Novos dados médicos confirmam que cerca de 40% dos resultados positivos de SARS-CoV-2 obtidos através de testes PCR poderiam...

Uma comparação direta entre testes PCR e testes rápidos de antigénio, divulgada pelos Laboratórios SYNLAB, vem realçar a inexatidão destes últimos quando utilizados para testar pessoas "saudáveis". Neste estudo comparativo foram efetuados mais de 20.000 testes à SARS-CoV-2 em indivíduos no seu local de trabalho, ou seja, que não descreveram quaisquer sintomas (sendo, por isso, considerados "saudáveis"). Os resultados destes testes confirmam que quase 40% dos casos positivos de SARS-CoV-2 identificados através dos testes PCR poderiam não ter sido detetados se os indivíduos testados tivessem realizado apenas testes rápidos de antigénio. Foi demonstrado de forma clara que as pessoas que testaram negativo com os testes rápidos de antigénio (mas que, na realidade, estavam positivas) podem disseminar o vírus da COVID-19 com consequências graves. Estas situações ocorreram na Casa Branca (EUA) e com associações desportivas de alguns países nas quais o vírus se alastrou no seio das equipas em poucos dias.

A explicação para as limitações dos testes de antigénios reside numa queda acentuada da precisão de deteção do vírus nos indivíduos com cargas virais mais baixas, acima de 25 a 30 Ct (limiar de ciclo) (Figura 1). O valor Ct indica quantos ciclos de multiplicação PCR devem ser executados para revelar a presença do material genético viral. Regra geral, quanto mais alto o valor Ct, menos quantidade de vírus está presente na amostra. Desta forma, fica claro que os testes de antigénio não detetam a SARS-CoV-2 em pessoas testadas com valores Ct mais elevados; contudo, isto não significa que estas pessoas não possam infetar outras, pois foi demonstrado que o vírus infecioso pode ser isolado mesmo de indivíduos com valores Ct superiores a 35.

"Os dados médicos que obtivemos reforçam a nossa preocupação relativamente à utilização de testes rápidos de antigénio para garantir ambientes seguros para a interação humana. Os testes de antigénio poderiam falhar a deteção em quase 40% dos portadores do vírus, que seriam identificados por RT-PCR ou métodos equivalentes. Essas pessoas encontrar-se-iam em falsa segurança e poderiam espalhar o vírus sem o saberem, colocando em risco todas as outras à sua volta. Temos observado muitos exemplos destes casos. Todos queremos voltar ao normal, mas só o conseguiremos se agirmos e testarmos de uma forma responsável e precisa", explica Laura Brum, Diretora Médica da SYNLAB Portugal.

Inscrição obrigatória
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) e o Clube de Anestesia Regional (CAR) vão receber José Mourinho, no seu...

O objetivo do Congresso visa, essencialmente, demonstrar que a atividade cirúrgica pode ser mantida em segurança e com os elevados padrões de qualidade que tão bem a caracterizam, desde que para isso, sejam cumpridas as medidas impostas e que o espírito de equipa faça parte das unidades de Cirurgia de Ambulatório.

A entrevista ao treinador de futebol terá início pelas 14h30, do dia 11 de dezembro. Para Carlos Magalhães, presidente da APCA, “um Congresso, que certamente, ficará marcado na vida da organização e de todos os participantes. É com enorme prazer e orgulho que trazemos até ao nosso congresso, uma referência mundial do futebol, cuja entrevista estará subordinada ao tema liderança e team working, um aspeto importantíssimo e transversal a todas as atividades, uma vez que uma boa liderança e espírito de equipa parecem ser a chave para o sucesso.”

A inscrição é obrigatória e deve ser feita, em: https://mla.bs/c4499dc1

 

Síndrome de Olho Seco
Durante os últimos meses, a utilização de máscara passou a fazer parte do quotidiano da maioria dos

Ao longo deste último ano, com o uso regular da máscara, as queixas de irritação ocular tornaram-se cada vez mais habituais. A maioria dos indivíduos descrevem sistematicamente uma sensação de aumento do fluxo de ar, que, através da máscara, segue em direção aos olhos, durante a respiração - isto é especialmente notório em pessoas que usam óculos e que têm constantemente as lentes embaciadas. Consequentemente, este aumento de fluxo de ar contribui para a evaporação contínua do filme lacrimal, secando a superfície ocular, o que se traduz num aumento da irritação e inflamação do olho.

Apesar de a irritação ocular associada ao uso da máscara ser muito frequente, esta torna-se mais intensa em pessoas com antecedentes de inflamação ocular e/ou de olho seco. Os sintomas, ou sinais mais frequentes, a que devemos estar alerta são a presença de olho vermelho persistente, comichão, ardência, sensação de picada ou de corpo estranho e eventualmente lacrimejo. De acordo com Salgado Borges, médico especialista em oftalmologia, “é crucial não esfregar os olhos, para proteger a córnea e evitando dessa forma o risco de infeção. No caso de sentir vontade imperiosa de mexer nos olhos ou mesmo de ajustar os óculos deverá usar um lenço de papel, em vez dos dedos, e higienizar as mãos frequentemente.”

Comum ao tratamento de todas as situações de irritação ocular, nomeadamente, o olho seco, é a administração de lágrimas artificiais. Porém, há que ter o cuidado de utilizar lágrimas artificiais sem conservantes, uma vez que os conservantes podem ter efeitos tóxicos e ser indutores de alergias, que, por si só, podem agravar a situação de irritação ou olho seco.

Por outro lado, os utilizadores de lentes de contacto devem ter cuidados acrescidos e, sempre que possível, utilizar óculos, uma vez que que mexem mais frequentemente nos olhos, aumentando a probabilidade de contágio.

A utilização de máscara em espaços públicos é não só obrigatória como essencial, pelo que o seu uso não poderá ser negligenciado em situação alguma. Há, no entanto, diversas ações que poderão ajudar no controlo da irritação ocular. Segundo  Salgado Borges, “sempre que possível, deve-se pestanejar e aplicar um colírio lubrificante (mais conhecido por lágrimas artificiais). Por seu turno, e ainda que não oferecendo uma segurança de 100%, os óculos de correção ou de sol protegem os olhos de gotículas respiratórias infetadas. Relativamente às máscaras, poderá ser benéfico utilizar aquelas que associam as características de uma proteção certificada a uma melhor ergonomia (ou seja, que se adaptem à fisionomia facial), nomeadamente, as que possuem uma prega metálica e moldável para melhor se adaptarem ao dorso do nariz e, desta forma, diminuir o fluxo de ar nessa zona.”

Numa altura em que o risco de infeção por SARS-CoV-2 impera, torna-se fundamental, por um lado não descurar o uso da máscara e, por outro, combater e evitar o risco de irritação ocular uma vez que nos leva ao ato continuado e desaconselhado de tocar na face o que pode levar à propagação deste vírus. 

O que é o olho seco? 

Considera-se “olho seco” quando existe um desajuste entre a quantidade/qualidade da secreção lacrimal (lágrima) e as necessidades da superfície ocular. O olho seco é cada vez mais frequente, estimando-se que, atualmente, cerca de 15% da população adulta sofra desta patologia.

Principais sintomas

Os sintomas mais comuns associados ao olho seco incluem: sensação de corpo estranho, ardor, irritação, prurido ligeiro, lacrimejo, fotofobia, visão enevoada, intolerância às lentes de contacto, pestanejo frequente e flutuação visual diurna.

É muito comum que estes sintomas se agravem ao final do dia.

Causas

O olho seco pode ter diversas causas, tais como:

  • Parte do processo natural de envelhecimento, especialmente durante a menopausa;
  • Efeito secundário de diversos medicamentos, como é o caso dos anti-histamínicos e antidepressivos;
  • Doenças locais ou sistémicas, como blefarite, rosácea, artrite reumatoide, lupus eritematoso sistémico, síndrome de Sjögren, paralisia facial e a cirurgia refrativa para o tratamento da miopia e hipermetropia;
  • Condições ambientais, como a exposição ao ar condicionado/outros sistemas de aquecimento;
  • Pestanejo insuficiente, provocado pela fixação ao ecrã de computador durante longos períodos;
  • Utilização prolongada de lentes de contacto.

Diagnóstico e Tratamento

Só é possível realizar o diagnóstico do olho seco através de exames clínicos. Mesmo nos casos em que alguns dos sintomas se apresentam com alguma gravidade, o diagnóstico deverá sempre ser confirmado pelo médico oftalmologista.

Na esmagadora maioria dos casos, o diagnóstico pode ser relativamente simples, por exemplo, através da observação do olho ou de um teste simples para medir a produção de lágrima.

Apesar de ser uma doença crónica, o olho seco pode ser facilmente controlado com sucesso, desde que sejam seguidas as indicações do médico oftalmologista, não só em relação aos medicamentos a tomar, mas também aos cuidados diários a ter para que a situação não se agrave.

Geralmente, o tratamento do olho seco passa pela utilização de lágrimas artificiais, que compensam as lágrimas naturais em falta, lubrificando e protegendo os olhos, e que devem ser utilizadas as vezes necessárias para evitar o aparecimento dos sintomas.

Principais grupos de risco

Além da prevenção e tratamento, é também importante alertar os grupos de risco para este problema.

Os mais afetados pelo olho seco são, maioritariamente, pessoas idosas, mulheres no período da menopausa, pessoas sujeitas a determinadas medicações (como por exemplo: pílula contracetiva, anti-histamínicos ou antidepressivos) ou que passam muito tempo em frente a ecrãs de computador. Por outro lado, os portadores de lentes de contato, pessoas sujeitas a ambientes poluídos, que viajam frequentemente de avião, ou que estão sujeitas a ambientes com ar condicionado são também muito afetadas por esta doença crónica.

A importância das lágrimas

A lágrima tem um importante papel no olho e na qualidade da visão. Assegura a nutrição e hidratação do olho e regulariza a superfície ocular, o que permite uma visão com melhor qualidade.

As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, situadas junto à pálpebra superior, no seu canto externo, e espalhadas pela mucosa que recobre o olho. Estas são permanentemente produzidas para uma lubrificação do olho e, adicionalmente, em resposta a uma irritação ou emoção. 

A lágrima é constituída por três camadas:

  1. A camada lipídica, que está em contato com o ar, e cuja principal função é evitar que as lágrimas se evaporem;
  2. A camada aquosa, intermédia, que assegura a nutrição dos olhos e que os protege de corpos estranhos, potencialmente perigosos;
  3. A camada mucínica, que está em contato com a superfície ocular e que é responsável pela adesão da lágrima aos olhos, formando uma película protetora transparente.

A produção de lágrimas é igualmente afetada por fatores hormonais, daí a que o olho seco seja mais frequente nas mulheres após a menopausa. Outro fator importante é a idade, uma vez que, após os 60 anos, a produção de lágrimas é de apenas cerca de 25%, quando comparada com a de um jovem adulto.

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