Para já, apenas no SNS

Vacina contra a Covid-19 vai ser administrada de forma universal e gratuita

Na apresentação do Plano de Vacinação Covid-19, que decorreu esta 5ª feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que “as vacinas a distribuir terão carácter universal e gratuito”, sendo “administradas de acordo com as características do medicamento”, e “disponibilizadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), usando o mais possível a cadeia do SNS, e depois eventualmente expansível a outros pontos do sistema” de saúde, com logística segura e registos que permitam monitorizar o processo.

Durante a sessão, o coordenador do grupo de trabalho que elaborou o plano, Francisco Ramos, explicou que os objetivos do plano são “reduzir a mortalidade e o internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, controlar os surtos nas populações mais vulneráveis, e preservar a capacidade de resposta dos serviços universais”.

Os grupos prioritários foram, de acordo com as entidades envolvidas neste plano, definidos a partir dos dados conhecidos, que mostram que as pessoas mais de 50 anos são 97% dos óbitos, 91% dos internamentos hospitalares e 81% dos internamentos em cuidados intensivos. Há outras doenças que são fatores de risco importante, destacando-se as coronárias, renais e pulmonares.

Numa primeira fase vão ser vacinadas 950 mil pessoas

Segundo o plano de vacinação estabelecido, numa primeira fase, vão ser vacinadas as pessoas com 50 ou mais anos, com uma das doenças referidas acima, os residentes em lares e em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais, os profissionais de saúde e dos serviços essenciais, representando no conjunto 950 mil pessoas.

Na segunda fase, vão ser vacinados dois grupos de pessoas: as com mais de 65 anos sem doenças, e as com entre 50 e 65 que tenham diabetes, cancro, insuficiência hepática e renal, obesidade e hipertensão, representando, o primeiro subgrupo, 1,8 milhões e o segundo mais 900 mil.

Na terceira fase, e se a indústria conseguir produzir vacinas à velocidade suficiente vai ser vacinada o resto da população. Caso não seja possível, vão ser criados novos subgrupos prioritários, que serão vacinados ao ritmo a que as vacinas sejam produzidas.

A vacinação em Portugal começa em janeiro, como em toda a União Europeia, uma vez que a vacina será distribuída a todos os países a mesmo tempo. No entanto, ainda não foi definida uma data.

Segundo o Plano de Vacinação contra a Covid-19, a primeira fase deverá decorrer em janeiro e fevereiro, dependendo do ritmo de abastecimento das vacinas, podendo estender-se até abril. A segunda fase prevê-se que decorra no segundo trimestre do ano.

A administração da vacina decorrerá no Serviço Nacional de Saúde. Os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados serão vacinados nesses locais, pelas próprias equipas de enfermagem ou por equipas dos centros de saúde, os profissionais, serão vacinados pelos respetivos serviços de saúde ocupacional.

Fonte: 
SNS
Nota: 
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