Boletim Epidemiológico
Nas últimas 24 horas, registaram-se quatro mortes associadas à Covid-19 e 258 novos casos, em Portugal. O número de doentes...

Segundo o boletim divulgado, há quatro mortes assinalar em todo o território português, desde ontem. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde ser registaram mais óbitos: três de quatros. Seguindo-se a região Norte com uma morte.  

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 258 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 65 novos casos e a região norte 128. Desde ontem foram diagnosticados mais 24 na região Centro, 6 no Alentejo e nove no Algarve. Quanto às regiões autónimas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais nove infeções e nos Açores 17.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 296 doentes internados, menos 26 casos que ontem. As unidades de cuidados intensivos contam também com menos três doentes internados. Atualmente, estão em UCI 87 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 777 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 797.901 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.833 casos, menos 523 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 443 contactos, estando agora 23.556 pessoas em vigilância.

Iniciativa conta com exposição de arte e motas ao longo do mês
A 4ª edição do “Prevent it Like a Gentleman”, a iniciativa solidária do MAR Shopping Algarve pretende sensibilizar para os...

Para participar no rastreio da campanha “Prevent it Like a Gentleman” basta marcar previamente na Clínica HPA do MAR Shopping Algarve ou através do contacto 707 28 28 28. Ao longo das três edições anteriores já foram realizados mais de 750 rastreios, permitindo a deteção e tratamento de casos em fase inicial. Reforçar a importância da prevenção do cancro da próstata e da saúde mental masculina são os principais objetivos da iniciativa, que este ano se realiza em maio de forma a coincidir com o evento “The Distinguished Gentleman’s Ride”.

A iniciativa conta ainda com três exposições de motas e de arte que vão estar patentes ao longo de maio no MAR Shopping Algarve. Logo a partir de dia 8 e até 13 de maio será possível visitar a exposição “Custom Bikes” by Rusty Wrench Motorcycles com motas customizadas, capacetes e acessórios de lifestyle para fãs de motociclismo. Às 17h00 de sábado, dia da inauguração, vai ser revelado o mais recente projeto, uma Moto Guzzi Mille GT de 1988.

Os aficionados das duas rodas vão também poder visitar, de 14 a 23 de maio, a “British Classic Week”, uma exposição da Triumph Portugal dedicada ao motociclismo britânico com algumas das motas mais emblemáticas da gama ‘modern classic’ da marca inglesa. Já a exposição “Metal Art” de João Jesus começa dia 8 e estará patente até 23 de maio. O artista é sócio há 30 do Moto Clube de Faro, onde tem a sua oficia/atelier Re-Cycle, e vai expor trabalhos em metal com reutilização de peças usadas de motas, bicicletas e automóveis.

O MAR Shopping Algarve volta ainda a associar-se à “The Distinguished Gentleman’s Ride”, um evento internacional que este ano se realiza em maio e que tem vindo a reunir cavalheiros e senhoras num desfile de motos vintage para a consciencialização sobre o cancro da próstata e saúde mental masculina. O desafio deste ano será uma “Solo Ride”, convidado os participantes a um passeio individual e seguro no dia 23 de maio, quando se realiza a mesma iniciativa a nível internacional.

 

Via webinar
A Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa (RESM-LP), que integra organizações de oito países,...

A apresentação, pelas 16h45 (hora de Portugal), via webinar, insere-se no programa do 6º fórum que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) dedica ao Dia Internacional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica.

A RESM-LP, que fica sediada em Portugal, justamente na ESEnfC (eleita para a coordenação transcontinental), conta com a cooperação de enfermeiros e parteiras empenhados na promoção da melhoria da saúde da mulher e da saúde sexual e reprodutiva, nos países que partilham a quarta língua mais falada no mundo, tendo os homens como parceiros estratégicos nesta missão.

A ideia de constituição da RESM-LP remonta a 2014, ano da realização, na ESEnfC, da X Conferência da Rede Global dos Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia.

Desde então, o projeto tem vindo a crescer, em número de profissionais, de instituições e de países aderentes, contando com participantes de oito países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – ligados a escolas superiores e universidades, mas também a entidades governamentais, a ordens e associações profissionais e, ainda, organizações prestadoras de cuidados.

Subdividida em grupos nacionais, e depois de apresentada, em 2017, em Brasília, aos ministros da Saúde da CPLP, a RESM-LP tem estado, nos últimos anos, a identificar as prioridades de atuação por países.

Em Portugal, por exemplo, as prioridades centram-se na promoção do parto normal e no envolvimento do pai nos cuidados às crianças. Já na Guiné-Bissau será dada preferência à formação e atualização de parteiras, ao passo que em Cabo Verde se vai trabalhar principalmente na saúde sexual e reprodutiva das adolescentes e no empoderamento das meninas.

«As/Os enfermeiras/os, devidamente formadas/os em saúde sexual e reprodutiva e em saúde das mulheres, exercendo a profissão regulada de acordo com as normas internacionais, podem prestar 87% dos cuidados essenciais necessários às mulheres e recém-nascidos e ajudar a garantir que se mantenham saudáveis e produtivas nas suas famílias e comunidades», lê-se no documento síntese do projeto.

A RESM-LP propõe-se, pois, «otimizar os recursos humanos de enfermagem de saúde materna e obstetrícia e das parteiras, promovendo a sua formação, maximizando as suas competências através de parcerias colaborativas, e potenciando a sua liderança em projetos de saúde a nível local, nacional e internacional».

«Queremos contribuir para que cada mulher e cada menina que vivem em países de língua portuguesa, desenvolvam o seu potencial de saúde, conheçam os seus direitos, sejam capazes de se autodeterminar face ao seu projeto de vida/saúde, tenham oportunidades sociais e económicas, e possam participar plenamente na construção de sociedades sustentáveis e prósperas», lê-se, ainda, no documento, que termina, em jeito de manifesto, com uma inequívoca declaração de intenções: «Enquanto enfermeiras/os e parteiras e de acordo com o nosso mandato social, não podemos deixar de agir: a promoção (da saúde integral) das mulheres é a nossa causa».

A apresentação da RESM-LP e do respetivo website (endereço para a reunião Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/86192903196) será feita pela Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, por um membro fundador, Maria da Conceição Bento (ex-Presidente da ESEnfC), e pela coordenadora executiva da Rede, professora Maria Neto da Cruz Leitão.

Revisão contínua
O comité de medicamentos humanos (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos anunciou, hoje, que deu início a uma revisão...

A decisão do CHMP de iniciar a revisão contínua baseia-se em resultados preliminares de estudos laboratoriais (dados não clínicos) e estudos clínicos. Estes estudos sugerem que a vacina desencadeia a produção de anticorpos que visam o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, e pode ajudar a proteger contra a doença.

Em comunicado a autoridade europeia faz saber que esta revisão “continuará até que haja provas suficientes para um pedido formal de autorização de introdução no mercado”.

A EMA avaliará a conformidade da vacina COVID-19 (Célula Vero) Inativada com as normas habituais da UE em matéria de eficácia, segurança e qualidade. Embora não possa prever os prazos globais, “deve levar menos tempo do que o normal para avaliar uma eventual aplicação devido ao trabalho realizado durante a revisão em curso”, esclarece em comunicado.

Como é que a vacina vai funcionar?

A vacina Covid-19 (Célula vero) Inativada deverá preparar o corpo para se defender contra a infeção com SARS-CoV-2. A vacina contém SARS-CoV-2 que foi inativado (morto) e não pode causar a doença. Esta vacina, explica a EMA, “também contém um 'adjuvante', uma substância que ajuda a fortalecer a resposta imune à vacina”.

“Quando uma pessoa recebe a vacina, o seu sistema imunitário identifica o vírus inativado como estranho e faz anticorpos contra ele. Se, mais tarde, a pessoa vacinada entrar em contacto com a SARS-CoV-2, o sistema imunitário reconhecerá o vírus e estará pronto para defender o corpo contra ele”, acrescenta.

 

Sensibilizar para as dificuldades ou desafios da fertilidade
Depois do sucesso da primeira edição do concurso FERTILID’ART, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) lança a...

O concurso FERTILID’ART pretende sensibilizar para o tema da fertilidade por via da expressão artística. Nesta edição, os estudantes são desafiados a criar uma fotografia ou um vídeo, tendo como tema a fertilidade. O trabalho poderá focar-se na conceção, fertilização, os desafios da infertilidade, processo de gravidez, gestação e até mesmo estados emocionais associados a todo o processo, não colocando quaisquer limites à criatividade dos autores.

Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade, reforça o sentimento de orgulho em ver o lançamento de mais uma edição do concurso FERTILID’ART. “Uma segunda edição deste projeto representa voltar a acreditar que é possível sensibilizar a sociedade, de uma forma inovadora e criativa, para as questões e dificuldades que envolvem as pessoas que querem ter filhos, mas que precisam de ajuda médica para o conseguir. Para esta edição decidimos desafiar os alunos de fotografia e de vídeo”, afirma.

As inscrições do concurso, a realizar num site criado para a iniciativa, começam no dia 03 de maio, podendo ser feitas pelos alunos que frequentam as instituições de ensino e formação parceiras deste projeto. A avaliação e a seleção das fotografias e vídeos vencedores serão anunciadas em junho de 2021.

Serão premiados seis vencedores, três para fotografia e três para vídeo, sendo que o valor do primeiro prémio é de 1.000€, do segundo de 500€ e do terceiro de 250€. Os valores são iguais para as duas categorias.

Como júri foi escolhido um grupo isento constituído por um representante da APFertilidade, das instituições de ensino e formação retratadas neste projeto e da Merck.

Pedro Moura, Managing Director da Merck Portugal, demonstra que “apoiar este projeto vai ajudar a sensibilizar toda a população portuguesa sobre o tema da Fertilidade, ao mesmo tempo que se estimula a criatividade em diferentes áreas artísticas". “O nosso compromisso é continuar a ajudar a criar vidas, contribuindo para a inovação no tratamento da infertilidade. Só com o nosso apoio já nasceram mais de 4 milhões de bebés em todo o mundo, um número que nos orgulha imenso. Estamos aqui, sempre, para apoiar estes temas.”

Doença previne-se com vacinação
Quando se fala em meningite são muitos os pais que ficam assustados com a possibilidade de os filhos

De acordo com Maria João Brito, infeciologista Pediátrica do Hospital Dona Estefânia, vacinar é o melhor remédio contra a meningite. Atualmente, é nos países em vias de desenvolvimento e sem cobertura vacinal suficiente que mais se morre com a doença e onde as suas sequelas são mais graves.

Desde que foram introduzidas no mercado a vacina pneumocócica conjugada heptavalente, a vacina para a meningo B e a vacina contra meningite por haemophilus influenzae tipo B, estas têm contribuído para uma redução não só da incidência de casos de doença, mas das taxas de mortalidade associadas em países com maior cobertura vacinal.

Deste modo, a especialista sublinha que quanto mais vacinarmos, menos casos de doença grave teremos no futuro.

Mas afinal o que é a meningite e por que motivo ainda é tão temida?

Para a especialista muitos pais não sabem o que é a meningite. Assim, “para desconstruirmos o que é esta entidade clínica podemos referir que há dois tipos de meningite mais prevalentes na idade pediátrica, nomeadamente a meningite viral e a meningite bacteriana”.

Segundo Maria João Brito, as meningites bacterianas são aquelas que estão associadas a sequelas a longo prazo, apresentando uma gravidade variável. “Já a meningite pneumocócica é a meningite que habitualmente tem mais complicações e essas complicações são muito importantes, são à volta de 30% - podem cursar com défice de audição, surdez, com epilepsia, com atrasos de desenvolvimento, pode existir também o insucesso escolar”, esclarece.

“Depois temos as meningites por haemophilus influenzae, com casos quase inexistentes na Europa, e outros hemofilos, não diretamente relacionados com a vacinação, mas que dão sequelas importantes”, acrescenta demonstrando, deste modo, que não só que existem vários agentes que provocam a doença como os fatores de risco associados também são variados.

“Ao falarmos de grupos de risco é importante considerar que variam mediante os tipos de meningite, ou seja, com a meningite pneumocócica, no grupo de alto risco, com pneumococo, temos as crianças com infeção VIH, crianças sem baço, crianças com anemias hemolíticas. Nas crianças para meningite por meningococo, há défices de imunidade que são os difíceis do complemento”, adianta sublinhando, no entanto, que “qualquer criança, mesmo sem estes fatores de risco tem, como qualquer pessoa em geral, um risco de poder ter a doença”.

Segundo a especialista, a meningite pneumocócica é provocada por uma bactéria que vive na nossa nasofaringe e que, em determinadas alturas da vida, “ou porque há uma infeção viral ou porque as pessoas estão com as defesas mais em baixo, invade o organismo”. Ou seja, esta bactéria não é transmissível de pessoa para pessoa.

“O mesmo não acontece com o meningococo, em que há transmissão. Os adolescentes habitualmente são os grandes disseminadores da doença, têm o meningococo na sua nasofaringe e disseminam para o grupo deles, para as crianças mais pequenas e para os idosos”, explica a médica infeciologista.

O período de incubação varia igualmente. “A meningite pneumocócica não tem nenhum período de incubação porque não se transmite. São os nossos pneumococos que vivem na nossa nasofaringe que se disseminam e causam a meningite. O período de incubação para a meningite meningocócica, é de três a cinco dias”, esclarece adiantando que no caos da meningite meningocócica o tratamento passa pela administração de antibióticos.

Entre os sinais a que devemos estar atentos, a médica do Hospital Dona Estefânia refere que os principais sintomas em idade pediátrica são a febre, as dores de cabeça e os vómitos. Já nas crianças com menos de um ano, para além da febre e vómitos, “podemos ainda considerar irritabilidade intensa”.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
INSPIRESCOPE é transmitido via streaming mas requer inscrição prévia
A Bayer organiza no próximo dia 15 de maio o evento INSPIRESCOPE que contará com a participação de vários médicos especialistas...

Os temas em debate centrar-se-ão nos desafios da oncologia em Portugal, no acesso à inovação, nos novos paradigmas de tratamento e no lançamento de uma nova plataforma – Oncology Inspired – com informação dedicada a profissionais de saúde, mas também ao público em geral e que pretende ser uma fonte de informação sobre doenças oncológicas credível e com rigor científico, no universo digital.

O primeiro painel subordinado ao tema “Desafios atuais no acesso à inovação em oncologia em Portugal” conta com a moderação do Diretor de serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Luís Costa, e integra participantes da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO); Ordem dos Médicos; INFARMED; Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e do Instituto Karolinska.

De seguida, três painéis compostos por médicos especialistas na área da oncologia de diferentes centros hospitalares, a nível nacional, irão abordar os temas “Foco nos doentes com CHC - uma abordagem multidisciplinar passo-a-passo” e “Novos desafios, diferentes estadios, os mesmos doentes - paradigma de tratamento do CPRC” com a moderação de Armando Carvalho e Arnaldo Figueiredo do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, respetivamente. Por fim, existe ainda um último painel sobre “Transformar vidas: do diagnóstico ao tratamento dos doentes com tumores de fusão NTRK” com a moderação de Júlio Oliveira do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil no Porto.

“A área de oncologia na Bayer, em Portugal, tem vindo a ganhar indiscutivelmente cada vez mais dimensão e importância. Por termos uma preocupação constante no cuidado dos doentes oncológicos e na garantia de que podem ter acesso às terapêuticas mais inovadoras para tratar os seus tumores, temos vindo a investir no debate da facilidade do acesso à inovação no país, prova disso é este evento que conta com a participação de um painel multidisciplinar de excelência para colocar este tema em agenda”, afirma Isabel Fonseca Santos, Diretora Médica da Bayer Portugal que em conjunto com a Diretora-Geral da companhia, Nathalie Cardinal von Widdern, farão a abertura do evento.

A sessão termina com a apresentação da nova plataforma Oncology Inspired e com uma conversa inspiracional, com o mote “Para além da ciência”, com a 1.ª Astronauta portuguesa da NASA, Ana Pires.

A participação no evento requer uma inscrição que pode ser feita aqui: https://www.inspirescope2021.pt/registration e é exclusiva para profissionais de saúde.

 

Utentes com mais de 65 anos
De acordo com dados do Ministério da Saúde, na passada quinta-feira o portal já tinha validade mais de 156 mil pedidos de...

À margem de uma visita à unidade hospitalar das Caldas da Rainha, que se realizou esta segunda-feira, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales salientou que “tem havido muitas pessoas a recorrer ao autoagendamento, o que significa que há confiança no processo e as pessoas até demonstram ansiedade em se vacinarem”.

O governante admitiu, no entanto, a existência de alguns problemas neste processo, mas acrescentou que “está a ser feito um esforço para melhorar” para que “não ocorram acontecimentos pontuais desse tipo”.

A funcionalidade de autoagendamento está disponível através do Portal da Covid-19 e permite que os utentes com mais de 65 anos, faixa etária que começará agora a ser vacinada, independentemente de qualquer doença, possam escolher o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados.

No caso de não haver vagas disponíveis, os utentes podem optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro ponto de vacinação, segundo as explicações do SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, entidade que desenvolveu a plataforma.

Posteriormente, o utente receberá um SMS com a hora precisa em que será vacinado no dia e no ponto de vacinação escolhido. O envio da mensagem está dependente de o utente não ter sido ainda convocado para vacinação ou não ter contraído Covid-19.

Segundo o coordenador da task force da vacinação, Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo Gouveia e Melo, as pessoas podem solicitar ajuda em algumas autoridades e instituições de apoio à população e, caso não se inscrevam através do portal de autoagendamento, podem também “esperar que sejam agendadas pelo processo central". 

 

Análise comparativa
Portugal voltou a não registar qualquer morte por Covid-19. Esta foi a quarta vez, desde o início da pandemia, em março de 2020...

O primeiro dia sem registo de óbitos ocorreu em 3 de agosto de 2020, o segundo foi em 26 de abril e o terceiro na passada sexta-feira, dia 30 de abril.

De acordo com o site de estatísticas Our World in Data, Portugal é, atualmente, o país da União Europeia (UE) com menos mortes diárias atribuídas à Covid-19, nos últimos sete dias por milhão de habitantes, e o segundo com menos casos.

Com uma média de 39,72 novos casos diários por milhão de habitantes nos últimos sete dias, Portugal só está atrás da Finlândia, que apresenta uma média de 36,72 para o mesmo indicador.

No que toca à média de mortes com Covid-19 por milhão de habitantes no mesmo período em análise, Portugal obtém a média móvel mais baixa, com 0,17 óbitos.

Quanto ao resto dos países europeus, o Chipre é o país, de acordo com a informação avançada no site do SNS, que apresenta a maior média de novos casos diários (656,14 por milhão de habitantes). Seguem-se a Suécia (498,78), a Lituânia (439,91), a Croácia (436,62) e os Países Baixos (400,68).

No que diz respeito à média diária de mortes por Covid-19 por milhão de habitantes, a Hungria é o país europeu que está em pior situação, apresentando nos últimos sete dias uma médica de 17,41.  Seguem-se a Bulgária (12,03), a Croácia (11,41), a Polónia (10,01), a Eslováquia (7,09) e a Grécia (6,11).

A média mundial neste indicador está em 1,71 e a da UE em 4,46.

 

 

Iniciativa digital gratuita
A iniciativa digital “Mamãs em Forma” está de regresso, em maio, com novos treinos e recomendações específicas para as grávidas...

Durante a gravidez, o exercício físico é essencial para o bem-estar da grávida. Todas as futuras mamãs que não têm contraindicações para a prática do exercício físico, devem incluir esta atividade ao longo da gravidez para aumentar os níveis de energia, prevenir o excesso de peso e diminuir o risco de diabetes, entre outros benefícios. Contudo, a sua prática tem de ser adaptada a esta fase tão particular da vida da mulher e, por isso, a Mamãs e Bebés oferece mais uma edição da “Mamãs em Forma”, guiada por João Dias, Personal Trainer especializado em exercício físico para grávidas e pós-parto.

Dia 6 de maio, o especialista irá realizar o treino e apresentar ao longo da sessão os “Cuidados a ter na prática de exercício físico durante a gravidez”. No segundo dia de treinos, 13 de maio, o tema da sessão será “Estou grávida: que exercícios posso fazer?”. Na quinta-feira seguinte, dia 20, o treino será direcionado para os “Exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico e alongamentos”. Por último, no dia 27, serão abordados quais os melhores “Exercícios para preparar o corpo para o parto e reduzir a dor”.

No final do mês, a Mamãs e Bebés realizará ainda um sorteio onde vai ainda oferecer a uma das mamãs participantes uma consulta online de aconselhamento alimentar por trimestre, juntamente com um plano alimentar personalizado pela nutricionista Carla Gomes.

Para assistir à Mamãs em Forma e participar nos treinos, é necessário um computador, tablet ou outro dispositivo com acesso à internet, roupa confortável que permita uma melhor movimentação, um tapete de yoga e, acima de tudo, muita energia! 

 A inscrição é feita através deste link.

 

Ensaio em população pediátrica
A Novavax adiantou esta segunda-feira que iniciou uma expansão pediátrica do ensaio PREVENT-19 da fase III para testar a sua...

No início deste ano, a Novavax disse ter concluído a inscrição de 30 mil voluntários adultos no ensaio PREVENT-19, que arrancou em dezembro nos EUA e no México. O ensaio está a avaliar duas injeções intramusculares de NVX-CoV2373 ou placebo, administradas com 21 dias de intervalo. A extensão adicional do ensaio avaliará a eficácia, segurança e imunogenicidade de NVX-CoV2373 em até 3 mil adolescentes com idades compreendidas entre 12 e 17 anos em até 75 locais nos EUA.

A Novavax notou que está previsto um crossover cego seis meses após o conjunto inicial de vacinas para garantir que todos os participantes do ensaio recebam vacina ativa. Os voluntários do estudo serão monitorizados até dois anos após a dose final. A empresa disse que vai partilhar uma atualização sobre a análise pediátrica do PREVENT-19 durante o Congresso Mundial da Vacinação que se realiza no final desta semana.

A Novavax informou recentemente que a NVX-CoV2373 tinha uma eficácia global de 89,7% na análise final de um ensaio tardio, desenvolvido no Reino Unido, e que envolveu mais de 15 mil participantes. Este ensaio revelou taxas de eficácia de 96,4% e 86,3%, respetivamente, contra a estirpe original da SARS-CoV-2 e da variante B.1.1.7. Verificou-se também que proporcionava uma proteção 100% contra doenças graves. Entretanto, a GlaxoSmithKline concordou em ajudar a produzir até 60 milhões de doses de NVX-CoV2373 para utilização no Reino Unido. A vacina ainda não está autorizada em nenhum lugar do mundo, mas deverá ser submetida a revisão no Reino Unido durante o segundo trimestre.

A Pfizer e o seu parceiro BioNTech apresentaram recentemente um pedido aos reguladores dos EUA e da UE para que a sua vacina COVID-19 seja autorizada para utilização em adolescentes com apenas 12 anos. A Johnson & Johnson e a Moderna também estão a realizar ensaios para avaliar as respetivas vacinas COVID-19 em populações pediátricas, enquanto um estudo do Reino Unido que testa vaxzevria da AstraZeneca em crianças foi interrompido, recentemente, no meio de preocupações de que possa estar ligado a casos raros de coágulos sanguíneos vistos em recetores adultos.

 

Permitir acesso "amplo, acessível e equitativo" a todos os países
A Moderna anunciou esta segunda-feira que assinou um acordo com a Gavi, a Aliança das Vacinas, para fornecer até 500 milhões de...

Segundo a empresa farmacêutica, no quarto trimestre serão entregues 34 milhões de doses iniciais à unidade de partilha de vacinas COVAX, enquanto a aliança mantém a opção de obter mais 466 milhões de doses em 2022. "Reconhecemos que muitos países têm recursos limitados para aceder às vacinas COVID-19", comentou Stéphane Bancel, presidente executivo da Moderna, acrescentando que "apoiamos a missão da COVAX de garantir um acesso amplo, acessível e equitativo".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu na passada sexta-feira uma lista de uso de emergência à vacina da Moderna para pessoas com idade ou superior a 18 anos, condição prévia para a elegibilidade da COVAX. A iniciativa apoiada pela OMS, criada para garantir o acesso oportuno às vacinas Covid-19 em 92 países de baixo e médio rendimento, também tem acordos de fornecimento com empresas como a AstraZeneca, Johnson & Johnson e Pfizer.

Moderna disse que todas as doses de mRNA-1273 ligadas à COVAX serão oferecidas ao "preço mais baixo da empresa", em linha com os seus compromissos globais de acesso. Entretanto, a Gavi observou que o acordo também inclui opções para aceder potencialmente às doses das vacinas adaptadas a outras variantes no futuro. Na semana passada, a empresa anunciou planos para aumentar a sua capacidade de produção para produzir até 3 mil milhões de doses de mRNA-1273 em 2022.

 

Conclusões do Congresso Português de Cardiologia 2021
Desafios estruturais, dificuldades no planeamento estratégico do financiamento e ausência de estratégias de avaliação claras...

Com o objetivo de levantar questões e propor soluções para ultrapassar os desafios atuais e futuros da abordagem às doenças cardiovasculares em Portugal, um grupo de especialistas de renome da área da Saúde em Portugal (decisores, gestores de saúde e médicos cardiologistas) criou um Think Tank a partir do qual surgiram novas medidas relacionadas com a gestão das doenças cardiovasculares (DCV). As conclusões, integradas no documento “Innovation and Healthcare Process in the Cardiovascular Patient in Portugal”, foram apresentadas por Fausto Pinto, Presidente da Federação Mundial do Coração e por Adalberto Campos Fernandes, ex-Ministro da Saúde, no decorrer do Congresso Português de Cardiologia 2021.

 As conclusões apresentadas no estudo apontam como principais causas do encargo com as doenças cardiovasculares em Portugal, o estilo de vida, a inatividade física, o consumo excessivo de sal, a prevalência da diabetes e a falta de adesão ao tratamento.

O grupo de especialistas destacou ainda que a gestão das doenças cardiovasculares em Portugal enfrenta vários desafios, como a “desigualdade no acesso à saúde” (relacionada com fatores geográficos e socioeconómicos) e a “fragmentação do sistema de saúde”, além da “falta de integração e comunicação entre os Cuidados de Saúde Primários e Cuidados de Saúde Secundários”, assim como entre os diferentes profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados cardiovasculares. Além disso, foram também encontradas dificuldades no planeamento estratégico do financiamento do Sistema de Saúde, aliadas à falta de estratégias de avaliação claras para a inovação.

De acordo com Fausto Pinto, “a área da prevenção está muito ligada à Saúde Pública e tem havido dificuldades na sua implementação. Um dos desafios é o impacto que as medidas de prevenção têm, uma vez que não acompanham o impacto das terapêuticas, que têm sido muito mais eficazes. Existem, de facto, barreiras na otimização da utilização das ferramentas de que dispomos e em como expandi-las para podermos implementar melhor as estratégias de prevenção na área cardiovascular, sabendo que 80% das DCV podem ser prevenidas”. O Presidente da Federação Mundial do Coração adiantou ainda que: “Temos sido muito melhores a tratar do que a prevenir”.

O documento indica, ainda, algumas potenciais soluções para melhorar a situação atual, que incluem: a criação de planos de saúde regionais para dar resposta aos imperativos e ações estratégicas sugeridas no Plano Nacional de Saúde, melhorando a coordenação entre o sistema nacional e a realidade local; a definição de percursos claros e multidisciplinares para o doente, envolvendo todos os níveis da prestação de cuidados de saúde e promovendo a coordenação destes cuidados desde as fases inicias; e o desenvolvimento de programas de educação estruturados, que envolvam as associações de doentes e os Médicos dos Cuidados de Saúde Primários habilitados.

No seguimento das intervenções, e no âmbito do Congresso Português de Cardiologia, Adalberto Campo Fernandes acrescenta que “os principais fatores da carga das DCV identificados estão relacionados com as estratégias e medidas de prevenção, sobretudo na prevenção primária. É por isso necessária a existência de um Plano Nacional de Saúde que defina as grandes linhas mestre, cuja estratégica está alinhada com as orientações internacionais, mas adaptada à proximidade. Enquanto um Plano Nacional é um plano técnico, elaborado por grandes peritos nacionais, os planos regionais e locais devem envolver quem conhece a realidade local, os utentes, as associações de doentes e também outros atores que não apenas a comunidade médica”.

Em Portugal, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbilidade, mortalidade e incapacidade. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres e a segunda entre os homens, apenas atrás do cancro. Além disso, em Portugal as doenças cerebrovasculares contribuem em maior número para a mortalidade do que a doença cardíaca coronária, em comparação com a maioria dos outros países europeus.

Estima-se que 75% dos casos de doenças cardiovasculares se devem fatores de risco cardiovascular modificáveis. Isto significa que as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas, tratadas e controladas. Dado o considerável impacto económico, social e cultural das doenças cardiovasculares, é inegável a necessidade de encontrar estratégias de promoção da saúde e prevenção da doença que tenham em consideração as características da população portuguesa.

Estudo “Maio, Mês do Coração”
91% das pessoas que se deslocaram a uma unidade de saúde no período de pandemia consideram que estas são locais seguros e onde...

A vacinação contra a covid-19 e a sua relação com as medidas de prevenção do vírus foi também alvo de estudo, tendo-se verificado que praticamente todos os inquiridos (99%) vão continuar a adotar medidas de proteção, como o uso da máscara, a lavagem frequente das mãos e o distanciamento social, após serem vacinados.

O mesmo estudo avaliou ainda quais são as principais fontes de informação dos portugueses relativamente à doença e concluiu que 64% recorre à comunicação social para obter informação sobre o tema. Já 28% dos inquiridos referem que optam por pesquisar na internet e apenas 9% não se mostram muito atentos em relação a este tipo de informação.

O inquérito, que também contou com uma avaliação específica dedicada aos doentes cardíacos, concluiu que 1 em cada 10 já esteve infetado com Covid-19 e que 62% dos doentes cardiovasculares não cancelaram nem adiaram as suas consultas e/ou exames médicos, no último ano, devido à pandemia.

Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, mostra-se satisfeito com os resultados deste estudo e reforça que “estas conclusões mostram que os portugueses começam a saber lidar com a pandemia de Covid-19, que veio para ficar, e que o receio do vírus já não coloca em causa o acompanhamento aos doentes cardíacos como se verificava há uns meses atrás. Os serviços de saúde têm assumido um papel fundamental na transmissão de uma mensagem de confiança e a prova disso é que verificamos que, cada vez mais, os doentes não temem as deslocações a estas unidades por considerarem que estão reunidas todas as condições de segurança”, conclui.

A amostra do estudo é constituída por 1000 portugueses, com idade superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental e o principal objetivo desta investigação era avaliar o comportamento dos portugueses face ao seu conhecimento, idas aos serviços de saúde e medidas de prevenção, tendo em conta o atual contexto pandémico.

O estudo foi ontem apresentado num evento virtual e marcou o arranque das comemorações de “Maio, Mês do Coração”, que este ano terá uma plataforma imersiva onde acontecem eventos e onde é disponibilizada informação útil sobre a temática das doenças cardiovasculares. Mais informação em: www.maionocoracao.pt.

Proposta será analisada esta semana
A Comissão Europeia apelou esta segunda-feira aos países da União Europeia para que reabram as suas fronteiras externas aos...

A proposta de Bruxelas vai ser analisada ainda esta semana a nível técnico com o objetivo de conseguir um acordo antes do final de maio, podendo esta mudança se implementada "no início de junho", de acordo com fontes comunitárias.

De acordo com proposta do executivo comunitário, o facto de os viajantes vacinados poderem viajar para destinos europeus não significa que o possam fazer "sem condições", uma vez que cabe a cada Estado-Membro decidir se deve ou não cumprir outras medidas à chegada ao destino, como a quarentena ou os testes de diagnóstico.

"A União Europeia está verdadeiramente pronta para se abrir ao mundo, mas em segurança. A nossa proposta garante um espaço Schengen forte graças a uma estratégia comum e coordenada na nossa fronteira externa", disse a comissária do Interior, Ylva Johansson, pouco depois de a proposta ter sido anunciada.

O objetivo da recomendação da Comissão Europeia é que os Estados-Membros tenham em conta não só a situação epidemiológica do país terceiro, mas também se as pessoas receberam “a última dose recomendada de uma vacina autorizada na UE".

Esta concessão poderia também ser alargada às vacinas que tenham concluído o processo de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), tal como estabelecido no documento da Comissão, mas em circunstância alguma os governos europeus poderão aceitar vacinas que não tenham sido aprovadas pela EMA ou pela OMS.

Por enquanto, a UE autorizou a utilização de quatro vacinas -- BioNTEch/Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen.

No entanto, o executivo comunitário pede para não baixar a guarda, pelo que solicita que seja incluída na sua proposta um "travão de emergência" que permita à UE agir de forma coordenada e mais rápida face a novas ameaças.

 

A proteína de pico do novo coronavírus desempenha um papel-chave adicional na doença
Os cientistas sabem há algum tempo que as distintas proteínas "pico" da SARS-CoV-2 ajudam o vírus a infetar o...

O artigo, publicado em 30 de abril de 2021, na Revista Circulation Research, mostra também que a COVID-19 é uma doença vascular, uma vez que demonstra exatamente como o vírus SARS-CoV-2 danifica e ataca o sistema vascular a nível celular. As descobertas ajudam a explicar a grande variedade de complicações aparentemente não relacionadas da COVID-19, e podem abrir a porta para novas pesquisas em terapias mais eficazes.

"Muitas pessoas pensam nela como uma doença respiratória, mas é realmente uma doença vascular", diz o professor assistente de investigação Uri Manor, que é coautor sénior do estudo. "Isso pode explicar porque é que algumas pessoas têm derrames, e porque é que algumas pessoas têm problemas noutras partes do corpo. A comunhão entre eles é que todos têm fundamentos vasculares."

Os investigadores de Salk colaboraram com cientistas da Universidade da Califórnia San Diego no trabalho, incluindo o coprimeiro autor Jiao Zhang e o autor co-sénior John Shyy, entre outros.

Embora as descobertas em si não sejam totalmente uma surpresa, este estudo fornece uma confirmação clara e uma explicação detalhada do mecanismo através do qual a proteína danifica as células vasculares pela primeira vez. Tem havido um crescente consenso de que a SARS-CoV-2 afeta o sistema vascular, mas exatamente como o faz não foi ainda bem compreendido. Da mesma forma, os cientistas que estudam outros coronavírus suspeitavam há muito que a proteína do pico contribui para danificar as células endoteliais vasculares, mas esta é a primeira vez que o processo é documentado.

No novo estudo, os investigadores criaram um "pseudovírus" que estava rodeado pela coroa clássica SARS-CoV-2 de proteínas de pico, mas não continha nenhum vírus real. A exposição a este pseudovírus resultou em danos nos pulmões e artérias de um modelo animal, provando que a proteína do pico por si só era suficiente para causar doenças. Amostras de tecido mostraram inflamação em células endoteliais que revestem as paredes da artéria pulmonar.

A equipa replicou então este processo em laboratório, expondo células endoteliais saudáveis à proteína de pico. Mostraram que a proteína de pico danificou as células ligando o ACE2. Esta ligação interrompeu a sinalização molecular do ACE2 às mitocôndrias (organelas que geram energia para as células), fazendo com que as mitocôndrias ficassem danificadas e fragmentadas.

Estudos anteriores mostraram um efeito semelhante quando as células foram expostas ao vírus SARS-CoV-2, mas este é o primeiro estudo a mostrar que os danos ocorrem quando as células são expostas à proteína de pico por si só.

"Se removermos as capacidades de replicação do vírus, ele ainda tem um grande efeito prejudicial nas células vasculares, simplesmente em virtude da sua capacidade de se ligar a este recetor de proteína S, o recetor de proteína S, agora famoso graças ao COVID", explica Manor. "Outros estudos com proteínas de pico mutante também fornecerão uma nova visão para a infecciosidade e gravidade dos vírus SARS CoV-2 mutantes."

Os investigadores esperam, em seguida, olhar mais de perto o mecanismo pelo qual a proteína ACE2 perturbada danifica as mitocôndrias e faz com que mudem de forma.

Atualmente está autorizada a ser utilizada em pessoas com idade igual ou superior a 16 anos
A Agência Europeia de Medicamentos começou a avaliar a candidatura de extensão da indicação de uso da vacina contra a Covid-19...

A Comirnaty é uma vacina para prevenir a Covid-19 que está, atualmente, autorizada a ser utilizada em pessoas com idade igual ou superior a 16 anos. “Contém uma molécula chamada RNA mensageiro (mRNA) com instruções para produzir uma proteína, conhecida como a proteína do pico, naturalmente presente na SARS-CoV-2, o vírus que causa COVID-19”, esclarece o regulador europeu em comunicado.

Nesta mesma nota, a EMA, faz saber que o Comité de Medicamentos Humanos (CHMP) vai realizar uma avaliação acelerada dos dados apresentados pela empresa que comercializa Comirnaty, “incluindo resultados de um grande estudo clínico em curso envolvendo adolescentes a partir dos 12 anos de idade, a fim de decidir se recomendará a extensão da indicação”.

Este parecer será depois encaminhado para a Comissão Europeia, “que emitirá uma decisão definitiva juridicamente vinculativa aplicável em todos os Estados-Membros da EU”.

Espera-se que o resultado desta avaliação seja conhecido em junho, “a menos que sejam necessárias informações suplementares”, pode ler-se em comunicado.

 

Webinar "“Combater a desinformação em saúde. O papel do profissional de comunicação”
A Secção de Relações Públicas e Comunicação Organizacional da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) vai organizar um...

A iniciativa, que assinala as comemorações da Semana Europeia da Saúde Pública, pretende promover a discussão sobre o papel do profissional de comunicação no combate à crescente desinformação no setor da saúde, assim como refletir sobre os desafios de comunicação introduzidos pela pandemia covid-19.

O painel de oradores será constituído pelo médico Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, pela professora Mafalda Eiró-Gomes, Coordenadora da Secção de Relações Públicas e Comunicação Organizacional da ESCS, e por Ana Sofia Tomás, Assessora de Comunicação do Hospital Garcia de Orta.

O evento será dinamizado pelos alunos finalistas da Licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial da Escola Superior de Comunicação Social, no âmbito da unidade curricular de Relação com os Media.

Para assistir à iniciativa (aberta a todos os interessados) basta seguir a seguinte ligação (não requer inscrição): https://videoconf-colibri.zoom.us/j/85668692723

 

6º fórum dedicado ao Dia Internacional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (ESMO
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) faz, na próxima quarta-feira (5 de maio), um balanço do investimento que...

A iniciativa, prevista para as 14h45, insere-se no 6º fórum dedicado ao Dia Internacional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (ESMO), que se comemora a 5 de maio, este ano sob o lema “Invest in Midwives” (Investir em parteiras), conforme proposto pela International Confederation of Midwives (Confederação Internacional de Parteiras) para a efeméride em 2021.

Neste fórum organizado pela ESEnfC, em formato de webinar, e que integra as celebrações dos 140 anos de ensino de enfermagem em Coimbra, haverá também espaço para comemorar os 10 anos do projeto "Terna Aventura" (16h15), no âmbito do qual a instituição vem a oferecer programas de preparação para o parto e adaptação à parentalidade, programas de adaptação ao pós-parto, programas de acompanhamento haptonómico pré e pós-natal, assim como sessões de aconselhamento e apoio em aleitamento materno.

Seguir-se-á (16h45) a apresentação da Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa (RESM-LP), uma rede de cooperação de enfermeiros e parteiras que conta com a participantes de oito países e que visa promover a melhoria da saúde da mulher nesses territórios. Antes, às 14h30, duas professoras belgas do Departamento Paramédico da Haute École de Namur-Liège, Luxembourg (Sophie Evrard e Milena Jarosik) intervirão no painel “Invest in Midwives”, que contará também com reflexões da bastonária da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique (Maria Acácia Ernesto Lourenço) e da presidente do Colégio da Especialidade de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros portuguesa (Irene Cerejeira).

A sessão de abertura, às 14h15, conta com a presença da Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, e da coordenadora da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica (UCP ESMOG) da instituição, Maria Neto Leitão.

Este “6º Fórum Internacional do Dia Internacional da/o Enfermeira/o Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (ESMO)” é promovido pela UCP ESMOG da ESEnfC, com o apoio da RESM-LP e do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a Prática e Investigação em Enfermagem sediado na Escola.

Mais informações sobre o programa e os oradores convidados podem ser obtidas no sítio do evento na internet, em www.esenfc.pt/event/6forumesmog

Dia Mundial do Sol
Apesar da exposição solar trazer múltiplos benefícios para a saúde, a verdade é que ela é também res

Embora o melanoma seja o tipo de cancro de pele mais grave, responsável por “mais 2/3 das mortes” associadas à doença, convém ressalvar que este não é o único tipo de cancro cutâneo que existe e ao qual devemos estar atentos.

De acordo com o especialista em dermatologia, Paulo Morais, “os tipos de cancro da pele mais frequentes, que correspondem a 97% de todos os casos, são o carcinoma basocelular (65%), o carcinoma espinocelular (25%) e o melanoma maligno (7%)”. E explica: “os carcinomas basocelular (CBC) e espinocelular (CEC), globalmente denominados de “cancro cutâneo não melanoma”, têm origem em células da epiderme chamadas queratinócitos”. Ao passo que, o melanoma maligno (MM) tem origem nas células da pele produtoras de pigmento chamadas melanócitos. “Existem, no entanto, outros cancros de pele menos comuns (< 3%), incluindo o carcinoma de células de Merkel, os linfomas cutâneos, o fibroxantoma atípico, o sarcoma de Kaposi, o carcinoma sebáceo, entre outros”, acrescenta.

De crescimento lento, explica, o Carcinoma Basocelular raramente dissemina “para outras partes do corpo; no entanto, pode recidivar e ser muito invasivo e destrutivo localmente, se não for tratado atempadamente”. “O CEC é mais agressivo que o anterior e pode, em fases mais avançadas, metastizar para os gânglios linfáticos e atingir outros órgãos”, refere acrescentando que o Melanoma Maligno (MM), caso não seja “detetado e tratado nos estadios iniciais, pode metastizar precocemente”. Segundo o especialista, “as metástases podem ocorrer para os gânglios linfáticos ou para outros locais do corpo, como pulmão, fígado, cérebro, osso ou aparelho digestivo”.

Associado à maioria das mortes por cancro cutêneo, este tipo de cancro é, no entanto, curável se diagnosticado precocemente. Em estadios iniciais a taxa de sobrevivência aos cinco anos ronda os 95%. “Em casos avançados, com metástases, o prognóstico pode ser mais reservado. A taxa de sobrevivência cai para 66% quando a doença atinge os gânglios linfáticos e 27% quando existem metástases para órgãos distantes”, acrescenta Paulo Morais.

“Perante a suspeita clínica de melanoma procede-se à remoção cirúrgica da lesão (ou biópsia parcial se a lesão for de grandes dimensões), com anestesia local, para exame anátomo-patológico e classificação (estadiamento)”, refere o dermatologista quanto ao procedimento terapêutico.

“Se o tumor estiver num estadio inicial, pode ser suficiente o alargamento das margens cirúrgicas, por remoção do tecido adjacente normal, num segundo tempo cirúrgico. Este passo visa diminuir significativamente a probabilidade de reaparecimento local do tumor. A pesquisa do gânglio sentinela, para determinar se existem células cancerígenas nos gânglios linfáticos, é um procedimento recomendado nos casos em que há grande probabilidade de metastização do melanoma para as cadeias ganglionares. Nos tumores mais profundos ou que se espalharam para os gânglios linfáticos, a probabilidade de recidiva ou metastização é superior. Conforme o caso, pode haver necessidade de esvaziamento ganglionar e tratamento adjuvante, para aumentar a possibilidade de cura”, explica adiantando que caso do melanoma avançado e com metástases à distância podem ser utilizados diferentes métodos terapêuticos: como a radioterapia, a quimioterapia e, mais recentemente, a imunoterapia e as terapias alvo. Destas, as últimas têm vindo a demonstrar resultados muitos promissores. No entanto, nem todas as pessoas apresentam a mesma resposta ao tratamento, o que faz com que esta terapia nem sempre seja bem-sucedida.

“Após o diagnóstico e tratamento, o doente deve manter-se em programa de vigilância regular. O seguimento, além de visar a deteção precoce de recidivas locais e de metástases, oferece uma oportunidade para o diagnóstico atempado de outros tumores primários cutâneos”, acrescenta Paulo Morais esclarecendo 5 a 10% dos doentes com melanoma sofrem de um segundo melanoma invasivo ocorre em 5–10% “e um novo melanoma in situ é diagnosticado em mais de 20% dos doentes com melanoma prévio”.

Além das consultas periódicas, o doente deve manter o autoexame mensal e não descurar as medidas de fotoproteção, acrescenta o especialista.

Para usufruirmos dos benefícios de uma exposição solar segura, Paulo Morais deixa alguns conselhos:

  • Evitar a exposição solar entre as 11 e as 17h, procurar sombras e ingerir água regularmente;
  • Utilizar boné, chapéu de abas largas, óculos de sol, T-shirt ou roupa com proteção ultravioleta;
  • Não expor bebés < 6 meses ao sol e evitar a exposição direta em crianças até aos 3 anos;
  • Atentar ao índice ultravioleta (consultar o site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera ou aplicações para smartphone) para adequar as medidas de proteção;
  • Usar um protetor solar de amplo espetro, com FPS ≥ 30 e proteção UVA (PPD ≥ 10 ou um terço do FPS);
  • Aplicar o protetor solar em quantidade generosa (2 mg/cm2), cerca de 30 minutos antes do início da exposição;
  • Reaplicar o protetor solar de 2/2 horas ou antes, se ocorrer imersão em água ou transpiração intensa;
  • Reforçar a aplicação do protetor solar nas zonas mais delicadas da face (regiões malares, nariz e lábios) e pescoço;
  • Não prolongar o tempo de exposição só porque está a ser usado um protetor solar.

E sublinha a necessidade de estarmos atentos a qualquer sinal suspeito, chamando a atenção para as seguintes características (conhecidas pela regram ABCDE):

A – Assimetria: uma metade é diferente da outra;

B – Bordo irregular: as extremidades do sinal são irregulares, sem padrão, abruptas ou mal definidas;

C – Cor: a cor do sinal é heterogénea ou não uniforme, podendo ter diferentes tonalidades de castanho ou preto, e por vezes outras cores;

D – Diâmetro: a lesão tem mais de 6 milímetros, embora possam existir melanomas menores;

E – Evolução: a lesão sofreu alteração do tamanho, cor e/ou forma.

Segundo o dermatologista Paulo Morais devemos ter ainda “em conta que, no contexto de vários sinais, a lesão maligna pode ser a que destoa do padrão global, ou seja, é o «patinho feio»”.

“Alguns melanomas apresentam pouco (hipomelanótico) ou nenhum (amelanótico) pigmento, o que pode dificultar o diagnóstico. Pode apresentar-se como uma mancha, pápula ou placa com bordos irregulares, avermelhada, ou como um nódulo saliente, geralmente, erosionado ou friável”, acrescenta.

Por outro lado, refere a importância de estarmos atentos a qualquer alteração que surja em toda e qualquer extensão da pele. “No autoexame devemos inspecionar toda a superfície cutânea, uma vez que o cancro da pele pode surgir no couro cabeludo, face, pescoço, tronco, membros, palmas, plantas, nádegas, região genital, mucosas ou no aparelho ungueal”, enumera adiantando que não devemos estar apenas atentos aos sinais pré-existentes, mas também a alterações que surgem “de novo” na pele, já que, refere o especialista, “70 a 80% dos melanomas surgem em pele aparentemente normal (apenas 20 a 30% dos MM surgem a partir de sinais)”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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