Rui Tato Marinho explica
Embora pouco conhecida, a Encefalopatia Hepática é uma condição bastante comum entre aqueles que sof

Segundo o gastrenterologista, Rui Tato Marinho, sabendo que a doença do fígado é a sétima ou oitava causa de morte em Portugal, “é frequente nos serviços de urgência, internar doentes com encefalopatia hepática”. Isto significa que, mesmo que nunca tenha ouvido falar nesta condição, ela é mais frequente do que imagina. Em média, morrem 50 pessoas por semana por doença hepática e “qualquer uma delas pode estar em Encefalopatia antes do desenlace fatal”, sublinha o especialista.

Caracterizada pela deterioração da função cerebral, - um cenário que decorre porque as substâncias tóxicas que normalmente são eliminadas pelo fígado acumulam-se no sangue até chegarem ao cérebro - os primeiros sinais de Encefalopatia Hepática podem ser quase impercetíveis, traduzindo-se, por exemplo, no esquecimento tarefas simples como apertar botões ou por estados de sonolência.

Entre quatro classes de gravidade, o coma hepático é o estado mais grave.

“Os sintomas observados refletem uma função cerebral comprometida, especialmente a capacidade de ficar alerta e algum grau de confusão mental. Inicialmente, assistimos a pequenas alterações do pensamento lógico, da personalidade e de comportamento social. Além disso, o humor pode estar alterado, gerando até agressividade para com os familiares”, explica quanto aos sintomas. “Podem existir alterações do sono, com um distúrbio dos padrões normais. Tudo isto pode ser rodeado de depressão, ansiedade ou irritabilidade. Podemos ainda referir que alguns doentes podem apresentar um hálito característico, o chamado fetor hepático, cheiro a carne apodrecida, resultante da eliminação pela via respiratória dos produtos tóxicos”, acrescenta.

Entre os grupos de risco, Rui Tato Marinho destaca as pessoas com cirrose, “qualquer que seja a causa”.

“As hemorragias no Aparelho Digestivo, infeções, prisão de ventre/obstipação, falha na medicação”, então entre os fatores desencadeantes da Encefalopatia Hepática.

Quanto ao diagnóstico, este “assenta na avaliação clínica, contextualizada na doença do fígado avançada, eventualmente no doseamento da Amónia no sangue, que não sendo 100% fiável, pode ajudar e na resposta ao tratamento”. Por outro lado, Rui Tato Marinho refere que “existem alguns testes de simples aplicação, ligar uma sequência de números, escrever o próprio nome, e outros para aferir a precisão e o tempo de raciocínio para tarefas simples”. Pode ser necessário excluir outras doenças, sendo frequente a realização de uma TAC ou uma ressonância magnética cerebrais, acrescenta o gastrenterologista.

“Reconhecer uma encefalopatia hepática na sua fase inicial pode ser mais difícil”, revela já que “os primeiros sintomas (como, por exemplo, alterações dos padrões do sono e ligeira confusão) podem ser atribuídos a demência ou, erradamente, considerados alterações da personalidade, ligados a ansiedade, um certo grau de intolerância, entre outros”. No entanto, “um diagnóstico precoce é muito importante para o doente, para os familiares e para a Família, pois esta é uma condição suscetível de tratamento e de redução e antecipação de danos previsíveis”. Quedas graves, comportamentos autolesivos ou acidentes de viação afiguram-se como algumas das principais complicações decorrentes desta condição.

“A encefalopatia per se é um sinal de mau prognóstico, é um sinal de que o fígado já não está a cumprir com eficiência sua função de desintoxicação dos produtos derivados das proteínas”, adianta referindo que é muito frequente existirem reinternamentos por encefalopatia hepática.

O seu tratamento passa, sobretudo, por controlar qualquer fator desencadeante da encefalopatia, como é o caso das infeções ou da obstipação. Por outro lado, salienta o especialista, pode ser necessário eliminar as substâncias tóxicas do intestino, já que estas substâncias podem contribuir para a encefalopatia – “uma situação que pode ser realizada através de lactulose ou antibióticos como a rifaximina”, esclarece.

Sendo que a sua prevenção é possível, Rui Tato Marinho alerta para a necessidade da população esta consciencializada para o problema e que entenda que é necessário incluir “análises ao fígado nas avaliações de rotina”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPG desenvolve várias iniciativa ao longo deste mês
Junho é o Mês da Saúde Digestiva, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) a que se aliam, todos os...

“Uma iniciativa de todos para todos, é assim que a SPG descreve este projeto que se traduz numa maior aposta na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças do aparelho digestivo que afetam milhões de portugueses de forma silenciosa. É, por esta razão fundamental a realização de consultas regulares ao gastrenterologista, e não apenas como reação a sintomas ou sinais de desconforto”, esclarece Rui Tato Marinho, presidente da SPG e, acrescenta que “maior conhecimento e literacia é também uma missão que a SPG se propõe através, por exemplo, da criação de plataformas criadas como o site www.saudedigestiva.pt  e presença nas redes sociais”. 

Para reforçar a mensagem e chegar a mais portugueses, em junho, o “Mês da Saúde Digestiva” conta com os seguintes embaixadores: o chef Rui Paula, o músico Pedro Abrunhosa e o antigo jogador internacional de futebol Pedro Pauleta, três personalidades de elevado reconhecimento público que ajudam, desta forma, a promover a saúde digestiva.

“Como somos o que comemos, é muito importante a alimentação, com equilíbrio e com preocupações com a saúde digestiva”, ou seja, “nós temos de comer bem para que a nossa saúde digestiva fique também bem”, refere o chef Rui Paula, reconhecido com duas estrelas Michelin, adiantando, “como especialista da área da culinária, quer na seleção dos alimentos quer na sua preparação, a preocupação em ser saudável está sempre presente, nomeadamente no que diz respeito à boa digestão”.

Pedro Abrunhosa, músico sobejamente conhecido dos portugueses, não poderia estar mais de acordo: “Eu preciso de ter muitos cuidados com a minha saúde digestiva”, explica, adiantando que “a minha profissão envolve o desempenho no palco, e o desempenho no palco é um desempenho físico, é um desempenho de alta competição. São 2h30 no palco e por isso é fundamental que o meu corpo também responda, intelectualmente e fisicamente. Eu tenho 60 anos, tenho vigiado a minha saúde digestiva regularmente – é muito importante que façamos esse rastreio de uma forma constante e rigorosa”.

Integrando atualmente a Direção da Federação Portuguesa de Futebol, com a pasta das seleções jovens, o ex-jogador internacional, Pedro Pauleta entende que “a alimentação e o exercício físico são fundamentais para uma boa saúde digestiva”, frisa.

Na 2ª edição do Mês da Saúde Digestiva, a SPG apresenta o filme deste movimento e, através de várias iniciativas ao longo de junho, visa sensibilizar para a importância do aparelho digestivo e para a necessidade de o mantermos saudável.

 

Até 25 de junho
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) prolongou o prazo para a submissão de trabalhos para o 27º Congresso Nacional...

O Congresso terá lugar de 02 a 05 de outubro no Centro de Congressos de Vilamoura, no Algarve.

A SPMI criou ainda condições especiais para as inscrições para o Congresso que se realizem até dia 09 de agosto.

A organização do 27º Congresso Nacional será da responsabilidade do Serviço de Medicina Interna do Hospital da Luz de Lisboa e terá como lema “Valorizar a Medicina Interna”.

Submissão de trabalhos: https://spmi.pt/27congresso/resumos/

Inscrições: https://spmi.pt/27congresso/inscricoes/

 

 

Medicamentos
Com o decorrer do programa de vacinação, e o estímulo à notificação de suspeitas de Reações Adversas

Hoje vamos falar sobre o Portal RAM…

Este Portal permite aos profissionais de saúde e utentes comunicarem ao Infarmed suspeitas de Reações Adversas a Medicamentos (RAM), contribuindo para a monitorização contínua da segurança e a avaliação do benefício/risco dos medicamentos.

Porque é importante notificar?!

Podem existir reações adversas, por exemplo raras ou de aparecimento tardio, que não são detetadas durante a fase experimental do medicamento. Estas reações adversas poderão ser identificadas através da notificação espontânea com a utilização mais alargada do medicamento.

Se um utente suspeitar de uma reação adversa devido à utilização de um ou mais medicamentos, deve procurar aconselhamento junto de um médico, farmacêutico ou outro profissional de saúde, para tratamento da situação.

Habitualmente existem dúvidas se uma reação adversa é devida, ou não, a um medicamento. Mesmo que se trate apenas de uma suspeita, os profissionais de saúde e/ou utentes devem comunicar essa informação ao Infarmed.

Como notificar?!

Para uma notificação ser válida é apenas necessário fornecer 4 informações:

  • a(s) reação(ões) adversa(s);
  • o(s) medicamento(s) suspeito(s) de ter(em) causado a RAM;
  • os dados do doente (como iniciais ou idade ou sexo);
  • os meios de contacto do notificador da RAM.

Nota: é garantida a confidencialidade dos dados do notificador e do doente.
No entanto, para facilitar a avaliação do caso, a informação fornecida deve conter o maior número de dados possível.

O que acontece à informação sobre Reações Adversas?!

Após receção e validação, a informação é avaliada por uma equipa de farmacêuticos e médicos especialistas em segurança de medicamentos. A informação do caso, totalmente anonimizada, é enviada para as bases de dados europeia (Eudravigilance) e mundial da OMS (Vigibase) para efeito de uma avaliação permanente mais abrangente do perfil de segurança do medicamento.

Caso tenha problemas na submissão de notificações…

Em caso de dificuldades na submissão de uma notificação através do Portal RAM, poderá contactar o Infarmed através do endereço de email: [email protected], ou utilizando o telefone: +351 217987373. Poderá ainda notificar em papel, imprimindo e preenchendo a respetiva ficha de notificação:

Há vantagens do Registo?!

O registo no site do Infarmed e Portal RAM vai simplificar e acelerar o processo de notificação, através das seguintes funcionalidades:

  • Preenchimento automático pelo sistema dos dados pessoais do notificador; este pré preenchimento ocorre após efetuar login no site do Infarmed a partir da segunda notificação de RAM, subsequente ao registo; existe a possibilidade de alterar os seus dados pessoais se estiverem incorretos ou desatualizados;
  • Gravação da informação à medida que o formulário vai sendo preenchido, evitando perder a inserção dos dados por eventual falha do sistema antes da submissão da notificação;
  • Acesso a todas as notificações submetidas pelo notificador registado.

E em relação à proteção de dados pessoais?!

A notificação de RAM obriga ao envio e tratamento de alguns dados pessoais, quer do doente quer do notificador (contacto). Só assim é possível validar a notificação e/ou contactar o notificador se houver necessidade de esclarecimento ou informação adicional. O tratamento desta informação cumpre os requisitos legais e europeus em matéria de proteção de dados garantindo-se a sua segurança e confidencialidade. A informação sobre os dados pessoais não é partilhada com entidades externas ao Sistema Nacional de Farmacovigilância.

Pode aceder ao Portal RAM em http://www.infarmed.pt/web/infarmed/portalram

 

Fonte: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/notificacao-de-reacoes-adversas/efeitos-indesejaveis-de-medicamentos

   

Autores:
Maria Helena Junqueira

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EP
[email protected]

Pedro Quintas
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal
[email protected]

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Espondilartrite Axial é tipicamente diagnosticada em pessoas com menos de 45 anos
A campanha “Controlar o Monstro”, uma iniciativa da Novartis, a Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA), a Liga...

A iniciativa recorre à metáfora do “Monstro” para ilustrar visualmente o impacto que os sintomas causam nos doentes, alertando para os sinais a que se deve dar atenção. Este alerta é ilustrado através de vídeos que representam o impacto do “Monstro” (ou dos sintomas) no dia a dia destas pessoas, seja na sua vida familiar ou em situações como o teletrabalho ou em lazer.  

O sinal de alerta mais comum é a dor nas costas há 3 ou mais meses consecutivos, de ritmo inflamatório, ou seja, uma dor que teve um início lento, que melhora com o exercício, mas agrava ou não melhora em repouso, podendo, por vezes, levar a despertares noturnos na segunda metade da noite. Este é um sinal que surge normalmente antes dos 45 anos de idade. Entre outros sintomas, os doentes com Espondilartrite Axial podem também experienciar uma rigidez na coluna quando acordam, o que limita os seus movimentos durante 30 ou mais minutos.  

“Controlar o Monstro” deixa ainda o apelo, em caso de identificação com os sintomas ilustrados, para a procura de aconselhamento, diagnóstico e cuidado médico junto da especialidade médica indicada para o diagnóstico da patologia – a Reumatologia.  

Para aprofundar a partilha de informação relevante sobre a patologia, a campanha incide ainda na criação de uma comunidade de Instagram - @Conheceromonstro - na qual passa a estar disponível, com atualizações regulares, mais e nova informação sobre a campanha e a doença, assim como recomendações úteis para uma boa gestão da patologia.  

Segundo Helena Canhão, Presidente da SPR, “o confinamento associado à pandemia representou para muitas pessoas menor atividade física, maior sedentarismo e adoção de más posturas. Temos observado com maior frequência dores articulares e musculares de carácter mecânico. Porém, é necessário estar alerta para os sintomas e sinais de doenças reumáticas inflamatórias que podem ocorrer em qualquer idade e se não diagnosticadas, podem tornar-se crónicas e incapacitantes.”

“A Campanha “Controlar o Monstro” é deveras importante para alertar a comunidade da existência desta situação. Controlar os sintomas que “atacam” e que tanto afetam o dia a dia destes doentes é o grande problema que tem de ser dominado. Este é um monstro que tem várias “manias” e gosta que se sinta a sua presença e é por isso que é tão importante aprender a Controlar o Monstro”, afirma José Gomes da Silva, Presidente da ANEA. 

Para Elsa Mateus, Presidente da LPCDR, “com esta campanha, esperamos que seja possível diagnosticar a Espondilartrite Axial mais rapidamente, já que entre os primeiros sintomas e o diagnóstico decorrem, em média, cerca de 7 anos. Uma intervenção atempada e adequada ajudará a diminuir o enorme impacto desta doença e a melhorar a qualidade de vida das pessoas por ela afetadas.” 

Renature desenvolve programas destinados aos líderes e gestores de empresas
São vários os estudos que comprovam as vantagens e benefícios dos banhos de natureza, nomeadamente na redução do stress que, de...

Segundo um estudo publicado no International Journal of Mental Health and Addiction, o Forest Therapy pode ser eficaz na redução dos sintomas de saúde mental a curto prazo, sobretudo o stress e a ansiedade. De acordo com a referida investigação, uma revisão sistemática e meta-análise que avaliou o impacto desta terapia na saúde mental, recorrendo a 20 estudos realizados na Ásia e na Europa com mais de duas mil pessoas, o Forest Therapy é eficaz no combate à depressão, ansiedade e stress.

Um outro estudo, publicado em 2020, na revista científica Urban Forestry and Urban Greening, confirma que esta prática aumenta a criatividade. O teste foi feito com os participantes de um workshop de Forest Therapy, de três dias de duração, e revelou que estes exibiram um aumento de 27% no desempenho criativo, um aumento ao nível das emoções positivas e uma diminuição das emoções negativas.

Foi com este objetivo que a Renature criou o conceito For Your Company, programas destinados aos líderes e gestores de empresas que acreditam que o contacto com a Natureza pode ajudar as equipas (as pessoas que fazem parte das equipas) a ficaram mais equilibradas, alinhadas, focadas e prontas a enfrentar os desafios do mundo corporativo.

A Renature desenvolveu programas únicos que permitem melhorar e aumentar a qualidade, a eficiência, a criatividade e a produtividade no trabalho, em cinco grandes áreas de intervenção: Relaxed Presence, Expanded Clarity, Creative Vitality, Authentic Connections e Stirring Inspirations. Para cada uma destas áreas, a Renature oferece 12 workshops diferentes.

A Renature baseia os seus programas em evidência científica. “Todas as soluções propostas pela Renature são criadas com base em estudos e a pensar no que as pessoas e as empresas estão a passar, e como a Natureza pode, efetivamente, ser uma enorme aliada", refere Geeta Stilwell, fundadora da Renature.

Luís Valente, sócio da Renature e responsável pela co-criação dos programas para empresas explica: “Desenvolvemos programas, totalmente criados para serem implementados na Floresta e que vão de encontro àquilo que os Gestores têm como o maior desafio atual: a ausência de contacto pessoal devido às circunstâncias actuais”. Luis Valente revela ainda que “o digital nunca substituirá a interação de colaboradores e equipas e com essa inevitabilidade a Floresta e o ar livre são o local de eleição para reunir equipas e reforçar sentimento de pertença. Criámos vários programas mas o meu preferido é o Relaxed Presence onde convidamos as pessoas a estarem, pura e simplesmente, na presença da Natureza e umas das outras. Vivemos tempos muito marcantes e só soluções marcantes ajudarão gestores, equipas e empresas a florescerem, tal como uma Floresta”.

Para equipas maiores ou mais pequenas, com objetivos mais específicos ou para a criação de momentos de partilha e ligação à Natureza, a Renature tem 12 programas exclusivos que permitem restaurar um equilíbrio interior tão necessário e perdido, física, mental e emocionalmente com a ajuda dos nossos sentidos: tato, visão, audição, olfato e paladar.

Teste de Covid-19 Antígeno
Com o propósito de reinventar a tecnologia médica, criando soluções que ajudam a democratizar o acesso à saúde em todo o mundo,...

A Pantest é o parceiro internacional da startup na Europa, atuando numa primeira fase como distribuidor e depois como fabricante dos testes da Hilab na Europa, com foco principalmente em farmácias e clínicas, além de dar suporte em temas regulatórios. A startup já conseguiu a marca CE para o teste de Covid-19 Antígeno, “que se trata do registo essencial para acesso a este mercado e em breve contará com a aprovação de outros exames e também do aparelho Hilab para ser utilizado em Portugal”.

Entre os exames do seu portfólio que a Hilab vai comercializar e fabricar em parceria com a Pantest estão o de identificação do Coronavírus: Covid-19 IgG/IgM, Covid-19 Ag e Covid-19 LAMP. “Além disso, existe o objetivo de comercializar outros exames como: Vitamina D, Perfil Lipídico, Glicemia, Beta hcG, Influenza A e B, Sífilis, Hemoglobina Glicada e Função Renal. Todo o site da Hilab, vídeos e materiais de treinamento, laudos, bulas, materiais técnicos serão traduzidos para o idioma local”, revela em comunicado.

Segundo, a empresa este dispositivo pode funcionar em qualquer lugar do mundo já que usa IoT, inteligência artificial e conectividade com a internet para a realização dos exames. “Após a coleta do material que será examinado, a amostra é colocada em contato com os reagentes dentro de uma pequena cápsula, que é depositada dentro do dispositivo que cabe na palma da mão. O dispositivo, então, cria uma "versão digital" da amostra que é transmitida instantaneamente via internet para a equipe de biomédicos em um laboratório físico, onde especialistas, que contam o auxílio de algoritmos de Inteligência Artificial (IA) própria, vão emitir um laudo em questão de minutos. O paciente recebe o resultado no smartphone via SMS ou na app Hilab”, explica.

Em Portugal, as amostras recolhidas através do dispositivo Hilab, serão analisadas e laudadas por uma equipa de biomédicos portugueses, coordenados pela Professora Susana Almeida, investigadora do Instituto de Ciências Biomédicas, Dr. Abel Salazar no Porto.

“É muito gratificante levar a nossa tecnologia, que ajuda milhares de pessoas no Brasil e que agora estará em Portugal. Este é o nosso primeiro passo na internacionalização da Hilab e estamos felizes em poder alcançar novas pessoas, democratizando o acesso à saúde em todo o mundo”, explica Marcus Figueredo, CEO da Hilab.

“É bastante gratificante para a Pantest ser reconhecida por uma empresa como a Hilab como um parceiro estratégico, não só na distribuição como no fabrico dos seus produtos a serem distribuídos na Europa. Esta parceria permite reforçar o que tem vindo a ser a estratégia de internacionalização da Pantest”, comenta Catarina de Almeida, diretora da Pantest.

Superpath
O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira atingiu as vinte cirurgias consecutivas, no âmbito da...

O pioneiro desta técnica inovadora no CHUCB é Diogo Pascoal, jovem ortopedista que fez a sua especialização no centro hospitalar, “e que apoiado pela equipa médica do serviço, realizou a primeira Superpath neste hospital, em novembro de 2019, e que pese embora, à semelhança de outras cirurgias programadas, tenha estado parcialmente suspensa, devido à pandemia de covid-19, ganhou nos últimos meses uma maior expressão, visível no número de doentes intervencionados”.

Entre as principais vantagens desta técnica, relembra o CHUCB, “está o facto de não promover a agressão muscular ou tendinosa da região da anca, o que resulta numa melhor recuperação funcional do doente e na cicatrização mais rápida dos tecidos, e ainda uma acentuada diminuição do risco de complicações e efeitos colaterais, pelo que o doente começa a andar nas primeiras 24h, e o tempo de internamento é de apenas 2 a 3 dias”. Além disso como o tempo de recuperação é mais rápido, os doentes podem regressar à vida normal, “no segundo mês de pós-operatório, inclusive já sem apoio de canadianas”.

“Outros benefícios deste procedimento minimamente invasivo, em contraponto com a cirurgia convencional, registam-se logo no período pós-operatório, no qual os doentes referem sentir menos dor e maior conforto, não sendo sequer necessária a limitação de movimentos, pelo risco de luxação da prótese”, escreve em comunicado a unidade hospitalar. Para além disso, na fase de convalescença, que é também muito mais rápida, sublinha, “verifica-se uma menor dependência do doente face aos seus cuidadores, e a cicatriz resultante do procedimento é mais estética”.

Segundo o CHUCB esta técnica destina-se sobretudo, a doentes mais jovens (até aos 70 anos), ativos e com perspetivas de reinício da atividade laboral precoce. “Não têm indicação para esta cirurgia, doentes com grandes deformidades da anca, com múltiplas comorbilidades, ou com índice de massa corporal muito elevado”, salienta.

Para António Figueiredo, diretor do Serviço de Ortopedia do CHUCB, “esta é uma cirurgia inovadora, com claros benefícios para o doente. Contudo, tratando-se de uma técnica nova, temos avançado neste domínio com muita cautela, selecionando criteriosamente os doentes com indicação para a mesma, uma vez que em qualquer curva de aprendizagem e sobretudo numa técnica nova, o risco de complicações é naturalmente maior. O sucesso, espelhado nos resultados obtidos, tem conduzido à realização regular desta técnica no Cova da Beira, sendo que o Dr. Diogo Pascoal é, neste momento, o médico que realiza este procedimento, com maior regularidade no país”.

Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Diogo Pascoal, enveredou pelo aperfeiçoamento desta técnica, após um estágio realizado em cirurgia da anca no Instituto Catalão de Traumatologia e Medicina Desportiva, Hospital Universitari Dexeus, em Barcelona e de um Curso de Certificação em Superpath, feito em Madrid. Ultrapassado o marco das 20 cirurgias consecutivas no CHUCB, este jovem médico pretende “continuar a aplicar a técnica, ir aprendendo com a nossa experiência e continuar em formação contínua em Portugal e no Estrangeiro, de forma a fazer mais e melhor pela população da Beira Interior”.

Brevemente a equipa de Ortopedia do CHUCB será reforçada com outro cirurgião experiente em Superpath, o que deixará esta unidade de saúde numa posição privilegiada neste tipo de cirurgia em Portugal.

Projetos de pesquisa básica, translacional e clínica com foco em distúrbios hipofisários
O Prémio de 2022 será dedicado à promoção e reconhecimento da excelência na pesquisa sobre distúrbios hipofisários. O projeto...

Durante o 23º Congresso Europeu de Endocrinologia, o Prémio Internacional Arrigo Recordati de Investigação Científica anunciou o concurso para a décima edição do prémio.

O Prémio Internacional de Pesquisa Científica foi criado em 2000 em memória do empresário farmacêutico italiano Arrigo Recordati, de forma a perpetuar o seu legado e a inspirar descobertas biomédicas que beneficiem pessoas em todo o mundo no campo das doenças cardiovasculares.

Arrigo Recordati, que faleceu prematuramente em 1999, acreditava fortemente no poder da pesquisa para impulsionar o desenvolvimento da indústria farmacêutica e fornecer produtos benéficos para a saúde pública e o bem-estar individual.

Nos últimos quinze anos, a Recordati fez do campo de Doenças Raras uma prioridade de saúde e aumentou o seu compromisso em todo o mundo por meio de sua subsidiária Recordati Doenças Raras.

O foco principal da Recordati Rare Diseases é pesquisar, desenvolver e comercializar medicamentos para o tratamento de doenças genéticas metabólicas. Recentemente, este portfólio foi otimizado com produtos inovadores adicionais na área de doenças endócrinas raras.

“De forma a refletir o nosso forte compromisso no campo da endocrinologia, decidimos que a edição de 2022 do Prémio Arrigo Recordati Internacional de Pesquisa Científica, será dedicado à promoção e reconhecimento da excelência na pesquisa sobre doenças da hipófise. O projeto vencedor receberá uma bolsa de pesquisa de 100.000€”, referiu Andrea Recordati, CEO-Chief Executive Officer.

Jovens investigadores de todas as nacionalidades que trabalham na área dos distúrbios hipofisários são elegíveis a candidatar-se. São, de uma forma geral, investigadores juniores que não possuem mais de dez anos de pós-doutoramento ou bolsa de especialidade clínica, não sendo de forma nenhuma, diretamente afiliados a uma empresa farmacêutica.

Projetos de pesquisa básica, translacional e clínica com foco em distúrbios hipofisários são elegíveis.

As candidaturas serão analisadas por um painel de especialistas independente, reconhecidos internacionalmente, que têm liderado as suas carreiras de investigação na área das doenças raras.

O Comité de Revisão para a décima edição do prémio é presidido pelo Professor Robert J. Desnick, Ph.D., MD, Reitor de Genética e Medicina Genómica, Professor e Presidente Emérito do Departamento de Genética e Ciências Genómicas, Mount Sinai School of Medicine, Nova Iorque, NY, EUA. Os outros membros do painel são, Andrea Giustina, MD, Professora Titular e Presidente do Instituto de Endocrinologia e Ciências Metabólicas, IRCCS San Raffaele Hospital, Vita-Salute San Raffaele University, Milão, Itália e Shlomo Melmed, MD, ChB, Vice Executivo Presidente de Assuntos Académicos, Reitor da Faculdade de Medicina e Professor de Medicina do Cedars Sinai Medical Center, Los Angeles, CA, EUA.

O procedimento de inscrição seguirá uma abordagem de seleção em duas etapas. O prazo para pré-seleção será até 31 de agosto de 2021 e as inscrições completas deverão ser enviadas até 28 de fevereiro de 2022.

Os detalhes sobre o Prémio de 2022 podem ser encontrados em: www.prize.recordati.it

O Comité de Revisão avaliará e selecionará o projeto vencedor com base na qualidade da pesquisa proposta.

O projeto vencedor será anunciado formalmente durante a cerimónia de entrega de prémio no Congresso Europeu de Endocrinologia de 2022, que será realizado em Milão, de 21 a 24 de maio de 2022.

 

Covi-19
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, esclareceu que as limitações de circulação impostas à Área...

Segundo o governante, “Lisboa tem uma zona de grande densidade populacional, grande mobilidade e grandes movimentos pendulares que, de alguma forma, contribuem para uma maior dispersão do próprio vírus e, por isso, o que o Governo fez foi tentar contrariar essa situação através de uma forma proativa, preventiva e articulada entre si de forma a que pudesse inibir essa cadeia de transmissão”.

“O tempo de atuação em pandemia é sempre muito importante e repare-se que os decisores políticos têm que ajustar as estratégias e tem que ajustar tempos de reação o mais rapidamente possível para poderem fazer a prevenção da disseminação das cadeias de transmissão”, adiantou em declarações preferidas esta segunda-feira, à margem do encerramento do AQUAFORUM – Fórum Europeu de Investigação, Inovação e Valorização da Água Mineral Natural, em Chaves, no distrito de Vila Real.

Recorde-se que na quinta-feira, o Conselho de Ministros anunciou a proibição da circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) aos fins de semana, a partir das 15 horas de sexta-feira, devido à subida dos casos de Covid-19 nesta região.

 

Estudo
De acordo com o primeiro estudo realizado em Espanha sobre a eficácia das vacinas de ARN (Pfizer e Moderna), estas reduzem em...

Em comunicado, o Ministério da Saúde espanhol detalhou que a investigação, realizada em conjunto com o Instituto De Saúde Carlos III (ISCIII) e publicada na revista médica 'Eurosurveillance', contém dados extraídos entre 27 de dezembro de 2020 e 4 de abril de 2021, quando 300.133 residentes de centros com mais de 65 anos já tinham o calendário de vacinação concluído (88,8% do total).

Nesse período, de acordo com a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica (RENAVE), foram estimados 8.370 casos de covid-19 em pessoas com 65 ou mais anos que vivem em lares de idosos.

"Os benefícios da vacinação são vistos a partir da primeira dose, o que reduz para metade a probabilidade de contrair a doença", sublinha o estudo.

A investigação fornece resultados semelhantes a outras investigações realizadas em países como o Reino Unido e Israel, o que mostra que a vacinação tem um impacto direto nas infeções, internamentos e mortes em lares de idosos.

A estratégia de vacinação começou em 27 de dezembro, em Espanha, em lares de idosos espanhóis, para proteger um grupo especialmente vulnerável devido à sua idade, presença de doenças crónicas e situação frágil, entre outros fatores.

Desde o início da pandemia até 4 de abril de 2021, foram registadas nestes centros 30.176 mortes relacionadas com o Covid-19.

Situação Epidemiológica
Desde ontem morreram mais três pessoas com Covid-19 em Portugal e foram registados 756 novos casos de infeção pelo novo...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a única de todo o território português a registar mortes (três) por Covid-19, desde o último balanço, mostra o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

De acordo com o documento, foram diagnosticados 756 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 484 novos casos e a região norte 126. Desde ontem foram diagnosticados mais 28 na região Centro, 23 no Alentejo e 69 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais três infeções e 23 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 443 doentes internados, mais 38 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número de doentes, estando agora 97 pessoas na UCI.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 393 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 820.081 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 28.657 casos, mais 360 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.629 contactos, estando agora 40.519 pessoas em vigilância.

Formato digital
O Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira em parceria com os Serviços de Pediatria da ULS de...

“Um Olhar Transversal” é o tema central desta dupla iniciativa, que tem como propósito dinamizar a partilha de informação científica e a disseminação de boas práticas clínicas e educativas, em torno de questões relacionadas com a parentalidade e com a avaliação / vigilância do desenvolvimento psicomotor das crianças e jovens, ainda mais relevante neste tempo de pandemia.

Para além das temáticas a abordar, nos diversos painéis que compõem o programa científico dos dois Encontros, a iniciativa também proporciona a oportunidade de apresentação de trabalhos, em formato de poster e conta com as conferências: “Obesidade e o Impacto da Pandemia” e “Parentalidade”, dos conhecidos pediatras Carla Rêgo e Hugo Rodrigues, respetivamente.

A iniciativa conta com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos (OM) da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), da Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento (SPND) e, ainda, com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã, Câmara Municipal do Fundão, Câmara Municipal de Belmonte, Grupo IMB Hotels e Hotel Alambique de Ouro.

O Programa e Regulamento pode ser consultado em: www.chcbeira.min-saude.pt. Para inscrições siga o link: chcbeira.up.events

 

Mesa redonda assinala Dia Internacional da Fenilcetonúria ou PKU
No dia 28 de junho comemora-se o Dia Internacional da Fenilcetonúria ou PKU, uma doença hereditária rara do metabolismo das...

Com início às 18h, este evento é aberto ao público em geral através do portal https://pensarafenilcetonuria.eventovirtual.pt/ e é uma oportunidade para responder a perguntas pertinentes da comunidade. A realização desta mesa redonda pretende desmistificar a PKU, sensibilizar os doentes, familiares, profissionais de saúde e comunidade em geral para o estigma associado a viver com PKU e colocar esta patologia na ordem do dia.

No Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), após o diagnóstico, faz-se a referenciação do processo, encaminhando-o de imediato para os centros de tratamento de modo a garantir o melhor acompanhamento do recém-nascido. Estes centros são reconhecidos pelas suas equipas multidisciplinares que acompanham o doente ao longo da vida. Por isso, a consciencialização para esta patologia rara por parte do doente é meio caminho andado para conseguir gerir melhor a doença e levar uma vida o mais normal possível.

Por isso, Elisabete Almeida, presidente da APOFEN, afirma que “não podíamos deixar de assinalar este dia, que é tão importante para nós, e de participar nesta mesa redonda que pretende trazer algumas questões sobre esta doença para a ordem do dia. Esta doença rara deve ser encarada como uma condição a gerir ao longo da vida, sempre sob o olhar atento de equipas multidisciplinares, que envolve especialistas em Pediatria, Medicina Interna, Nutricionistas, Neurologistas, Psicólogos, Ginecologistas, etc.” As pessoas com esta patologia tendem a “apresentar baixa autoestima, que muitas vezes leva ao isolamento e por esse motivo, sempre que possível, somos a favor de promover o contacto e a troca de experiências entre os doentes para que percebam que não estão sós apesar do condicionamento que esta pandemia trouxe. Continuamos a apostar em ações de sensibilização e de formação para incentivar os doentes e os seus familiares a um bom cumprimento da dieta e da terapêutica que é fundamental para gerir a doença”, refere Elisabete Almeida, também ela doente de PKU.

“O nosso papel, enquanto associação, é conseguir que os doentes e familiares que nos procuram, que pedem ajuda, tenham uma melhor adaptação à doença e uma atitude mais positiva, mas também é lutar por uma maior sensibilização por parte das entidades competentes, com o objetivo de proporcionarem uma melhor qualidade de vida aos doentes”, refere a Presidente. “Para além da APOFEN disponibilizar toda a informação sobre a doença a doentes e às suas famílias, também vamos acompanhando de perto a investigação científica que está a ser feita para uma melhor gestão da doença”, afirma a presidente da associação de doentes.

Opinião
Assumir a liderança de uma associação que representa pessoas com doença, num contexto em que a exper

Quem vive com uma doença crónica conhece bem esse dilema: somos muito mais do que a doença que temos! É sempre difícil dosear o impacto negativo que a doença tem nas nossas vidas, com a mensagem positiva de que, apesar disso, é possível viver as nossas paixões, muitas vezes moldadas nesse diálogo entre os sonhos e as circunstâncias, entre as limitações e as precauções.

No exercício das minhas funções, perguntaram-me um dia como era viver diariamente centrada na doença. Não soube responder, porque nunca encarei a situação dessa forma. Mais do que as doenças em si, preocupam-nos as pessoas e as suas paixões. A ação de uma associação como a Liga não se centra tanto na doença em si, mas nas diversas formas de reduzir o seu impacto na vida das pessoas por ela afetadas, advogando pelo acesso a cuidados de saúde e tratamentos, pela inclusão social e emprego, por proteção social na incapacidade, pelo bem-estar e qualidade de vida e, sobretudo, pelo acesso à informação.

É esse o nosso papel, a nossa paixão. Apenas centrando as nossas ações no apoio, educação, sensibilização, advocacia, cooperação e investigação conseguiremos ajudar os doentes a serem compreendidos e a compreenderem-se a si próprios como pessoas com doença e com toda uma vida além disso.

Por isso e para isso, torna-se necessário mostrar aos outros que, apesar de termos uma doença reumática crónica, não é ela que nos define como pessoas. Apesar do impacto que tem, somos capazes de viver sem necessidade de compaixão, pela resiliência que adquirimos e que deve ser valorizada.

Na Liga valorizamos a experiência de viver com a doença transformando-a em apoio a outras pessoas diagnosticadas, em informação para alertar os decisores políticos para os problemas existentes, em contributos para uma investigação direcionada para as necessidades dos doentes.

Foi essa uma das minhas aprendizagens, desde que me associei. A minha experiência de viver com a doença conta, é importante para os outros, para que saibam mais sobre a doença, sobre o impacto que pode ter e formas como o reduzir para podermos viver uma cidadania plena e as nossas paixões. É dentro deste espírito de partilha que, sendo uma associação que representa todas as doenças reumáticas, conseguimos compreender os problemas comuns e as especificidades de cada uma, como é o caso da Esclerodermia.

Para que aos olhos dos outros sejamos mais do que a doença que temos, precisamos de mostrar que somos muito mais do que a doença e que apesar das dificuldades que ela nos coloca, ou até mesmo por isso, somos capazes de viver diversas paixões e concretizações. O Núcleo de Esclerodermia da Liga muito nos inspira nesse sentido!

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Restrições vão manter-se para evitar contágios
As autoridades japonesas decidiram hoje permitir a entrada de 10.000 espectadores nos Jogos Olímpicos de Tóquio, embora...

A decisão foi anunciada na segunda-feira pelos organizadores de Tóquio 2020, após uma reunião com o Executivo japonês, o Governo Regional de Tóquio e os chefes dos comités olímpicos e paralímpicos internacionais, noticia a agência Efe.

O anúncio surge no mesmo dia em que o estado de emergência de saúde devido ao coronavírus é levantado em Tóquio e noutras regiões do país, embora sejam mantidas restrições para prevenir contágios que afetam principalmente o horário de funcionamento dos bares e restaurantes.

 

Ginecomastia: o que é e como se trata
No Homem, existem 2 fases da vida, em particular, na qual as mamas podem ter um tamanho grande, muit

O caso masculino de mamas muito desenvolvidas é chamado ginecomastia, e ocorre devido à acumulação de gordura (falsa ginecomastia) ou problemas hormonais que ocorrem na adolescência ou adulto maduro, com desenvolvimento anormal da glândula mamária (verdadeira ginecomastia). Podendo ainda haver uma associação de gordura e mama. Esta alteração pode causar traumas psicológicos e complexos graves, principalmente em jovens, causando alterações da sua vida social, afetiva e familiar.

Com a aproximação do Verão, a situação agrava-se por usarem roupas mais leves e justas, notando-se muito as mamas, ou deixarem de ir à praia por terem vergonha e complexos com o corpo. Quando a ginecomastia ocorre de forma natural em jovens, há, raramente, a possibilidade de o problema desaparecer após a adolescência. O tipo de cirurgia indicada depende do volume e intensidade, do tipo de tecido a ser retirado, se se tratar de uma ginecomastia pura, só gordura ou uma associação de ambos.

Na maioria das situações, por terem como principal causa o excesso de gordura, resolve-se através de uma ou mais N.I.L.- Lipoescultura Infrasónica Nutacional. Nos outros casos, em que o predomínio é glandular, tem que se retirar a glândula, procedendo-se a uma mastectomia. Existe ainda a possibilidade da associação das duas técnicas quando a causa é combinada (gordura e glândula). Ambas as cirurgias são realizadas sob anestesia local, sob sedação, com uma pequena incisão (para a lipo) ou uma incisão feita dentro da aréola para retirar a mama em excesso, não havendo alterações definitivas da sensibilidade dos mamilos.

O pós-operatório é bem tolerado, pouco ou nada doloroso e com poucas limitações para a vida habitual.

Pode andar, tomar duche, conduzir e fazer quase tudo a partir do dia seguinte. Exercícios físicos violentos 3- 4 semanas depois da cirurgia (ginásio com tapete/passadeira a partir de 1-2 semanas. Todo o tipo de exercício a partir das 3- 4 semanas). Apanhar sol direto três semanas depois.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sensibilizar para estilos de vida saudáveis
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) elogia Cristiano Ronaldo por rejeitar publicamente, numa conferência de...

Miguel Pavão, bastonário da OMD, agradece o gesto do craque português que acredita “poderá ter repercussões para a saúde de milhões de crianças e jovens. As bebidas açucaradas são consumidas em excesso pelas gerações mais jovens, nomeadamente as crianças, fazendo com que existam inúmeras doenças associadas como a obesidade, a diabetes e problemas orais”. 

A conferência de imprensa, em pleno Campeonato Europeu de Futebol, em que Cristiano Ronaldo retirou de cima da mesa duas garrafas de Coca-Cola e disse preferir beber água, tornou-se viral em todo o mundo e lançou o debate sobre os apoios publicitários a grandes eventos desportivos.

Um gesto que o bastonário da OMD agradeceu em carta enviada ao capitão da seleção portuguesa, salientando que “hábitos alimentares inadequados, como a ingestão excessiva de açúcar simples ou adicionados, promovidos pela indústria alimentar, constituem um dos principais fatores de risco para a cárie dentária, que é uma das doenças não transmissíveis mais prevalentes a nível mundial”.

Miguel Pavão sublinha que a Coca-Cola, uma das maiores multinacionais em todo o mundo, “tem um orçamento superior ao da Organização Mundial da Saúde. Logo, mostrar o impacto negativo na saúde destas bebidas açucaradas é muito difícil, devido ao enorme investimento que fazem em publicidade, por isto gestos como o de Cristiano Ronaldo são tão importantes, espero que o capitão da nossa seleção continue esta sensibilização para os estilos de vida saudáveis, incluindo a escovagem dentária diária”. 

 

Campanha “Dê Troco a Quem Precisa” decorre entre 21 e 29 de junho
A campanha de angariação de fundos “Dê Troco a Quem Precisa”, promovida pela Associação Dignitude, arranca hoje nas farmácias...

Até ao dia 29 de junho, os portugueses são convidados a doar o “troco” da compra realizada na farmácia à Emergência abem: COVID-19. Os donativos recolhidos serão integralmente aplicados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a pessoas que ficaram mais vulneráveis devido à pandemia.

A Emergência abem: COVID-19, lançada em março de 2020, já apoia mais de 1.400 portugueses referenciados por entidades parceiras locais como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.

«A situação pandémica que vivemos veio tornar mais profundas muitas das fragilidades da nossa sociedade. O impacto tem sido muito pesado a nível económico e muitas pessoas foram confrontadas com uma redução drástica dos seus rendimentos. Pessoas que até então nunca se tinham imaginado na situação de absoluta incapacidade para fazer face às despesas mais básicas entre as quais se contam os medicamentos», refere Maria de Belém Roseira, associada fundadora da Associação Dignitude.

«Foi para apoiar estas pessoas que criámos a Emergência abem: COVID-19. Uma iniciativa que, como o próprio nome indica, reflete a situação de emergência em que se encontram estas famílias e que necessitam da ajuda de todos os que possam participar nesta campanha solidária. Enquanto sociedade, é nestes momentos que temos que estar mais unidos. Voltamos, pois, a apelar ao espírito de entreajuda e solidariedade dos portugueses”, conclui.  

Paralelamente à campanha, que decorre nas farmácias aderentes entre os dias 21 e 29 de junho, é também possível apoiar esta iniciativa a qualquer momento, através de transferência bancária para o IBAN: PT50 0036 0000 9910 5930 0855 9 e Via MBWAY: 932 440 068

Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected], para que lhes seja enviado o recibo de donativo.

Esta é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Formato digital
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promove amanhã, dia 22 de junho, a 30ª...

O tema central da sessão será a Legislação. Comunicação e Standards GS1: a atuação da GS1 Portugal no setor da saúde.

Nesta reunião o foco será essencialmente local, no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela GS1 Portugal. Os temas a abordar passarão pela apresentação do novo Espaço Saúde da organização e pelos mais recentes desenvolvimentos do projecto em curso na Well’s, a insígnia da Sonae MC especializada em saúde, bem-estar e óptica, relativo à prestação de serviços de garantia da qualidade de dados, âmbito do serviço Validata, visando a promoção de eficiência ao longo da cadeia de abastecimento. Ainda durante a sessão será apresentada a nova e-newsletter bimestral da GS1 Portugal, Comunicar Saúde, dedicada exclusivamente ao setor.

O encontro digital terminará com uma sessão explicativa sobre o Innovation Scoring, segundo o qual a GS1 Portugal foi classificada como “organização inovadora” e ainda com a apresentação do programa provisório do Seminário da Saúde, promovido pela GS1 Portugal, em formato híbrido, a 15 de julho.

Neste HUG, a nível internacional, será discutido o Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos - a Plataforma EUDAMED - e a implantação de standards GS1 nesta área, com a participação especial de Manel Martinez, da GS1 Espanha.

A participação é gratuita, devendo os interessados inscrever-se através do envio de e-mail para [email protected], manifestando o seu interesse.

 

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