Entrevista
Fenilcetonúria ou PKU é uma doença metabólica, hereditária e rara que, quando não tratada, pode prov

O que é a fenilcetonúria? Como surge a doença? E quais as principais complicações associadas?

A Fenilcetonúria (PKU) é uma doença hereditária do metabolismo da fenilalanina, um aminoácido constituinte das proteínas. É causada pela deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase.

O défice da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH) ocorre devido a uma mutação no gene que codifica a sua atividade. Trata-se de uma doença hereditária, de transmissão autossómica recessiva. Isto significa que a doença é transmitida geneticamente e ocorre quando tanto o pai como a mãe, mesmo não tendo qualquer sintoma, são portadores de uma mutação no gene da enzima PAH. A probabilidade de um casal de portadores ter um filho com fenilcetonúria, é de 25% em todas as gestações do casal.

O bloqueio causado na degradação da fenilalanina (FEN), pelo défice da PAH leva a um aumento da fenilalanina. Concentrações elevadas de FEN no cérebro são tóxicas influenciando negativamente a mielinização e inibindo a síntese de neurotransmissores, podendo provocar atraso mental e de desenvolvimento.

Quais as principais manifestações clínicas da PKU? E a partir de que idade podem surgir os primeiros sintomas? A que sinais se deve estar atento?

Ao nascimento, os fenilcetonúricos são clinicamente normais. Se não for iniciado um tratamento dietético nos primeiros dias de vida a clínica poderá manifestar-se com atraso psicomotor, epilepsia, microcefalia, eczema (em 20 a 40% dos casos) e diminuição da pigmentação dos olhos, cabelo e pele. Esta clínica instala-se progressivamente de forma crónica a partir dos primeiros 6 meses de vida.

A doença afeta da mesma forma em todos os doentes?

O espectro de gravidade da doença é variável e nem todos os doentes, não tratados, apresentam atraso mental profundo.  A gravidade clínica depende dos níveis de fenilalanina, que por sua vez refletem o grau de deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase. A gravidade das manifestações é maior em situações de atividade nula ou muito reduzida da enzima.

Como é feito o seu diagnóstico? 

O diagnóstico em Portugal é realizado numa fase pré-sintomática, desde 1979, a partir de sangue colhido em papel de filtro “teste do pezinho”. Nas maternidades, hospitais e centros de saúde, existem cartões apropriados para a colheita de sangue do bebé, que deverá ser feita após o 3º dia de vida e preferencialmente antes do 6º dia de vida. A análise é suportada pelo Serviço Nacional de Saúde, sendo gratuita para os pais. A elevação da fenilalanina associada a uma relação diminuída entre a fenilalanina e o aminoácido tirosina levam ao diagnóstico. Nesta fase é importante excluir outras situações muito mais raras de elevação da fenilalanina nomeadamente os defeitos no metabolismo das biopterinas.

Nas situações de exceção, em que não é feito o rastreio neonatal, o diagnóstico é baseado na suspeita clínica após aparecimento de sintomas e confirmado pelos marcadores bioquímicos da PKU e estudo molecular. 

Que implicações pode ter um diagnóstico tardio no seu tratamento ou na evolução da doença?

Só um diagnóstico precoce e pré sintomático vai possibilitar um bom prognóstico porque as manifestações neurológicas da doença após instaladas são irreversíveis.

Como se trata a fenilcetonúria? Quais os cuidados a ter?

A base do tratamento, que permite à criança um desenvolvimento normal, baseia-se no cumprimento de uma dieta com restrição (pobre) em fenilalanina. Uma dieta com restrição de fenilalanina consiste na redução de proteínas naturais, substituindo-os por uma fórmula especial praticamente isenta/sem FEN mas que contém os restantes aminoácidos. A restrição nutricional de fenilalanina (e consequentemente de proteínas naturais) deve ser adequada à tolerância de cada criança, de modo a manter uma concentração segura de aminoácidos no sangue e nos tecidos do organismo. Adicionalmente a dieta é complementada com substitutos energéticos e alimentos especiais hipoproteicos.

O tratamento dietético é para manter toda a vida? Quais os cuidados alimentares que estes doentes devem ter? Por exemplo, quais os alimentos proibidos?

O tratamento dietético terá que durar toda a vida podendo, no entanto, ser possível alguma liberalização da dieta após a adolescência, não ultrapassando valores de FEN sanguínea considerados aceitáveis. Nas formas mais graves estão proibidos alimentos com elevado teor proteico nomeadamente o leite e derivados, carne, peixe, ovos e leguminosas entre outros.

Em matéria de terapêutica medicamentosa, que medicamentos existem para o tratamento desta doença?

Nos últimos anos estão a surgir tratamentos alternativos ou complementares da dieta.

A sapropterina, primeira terapêutica não dietética da fenilcetonúria é a forma sintética da BH4 que é o cofator da enzima PAH. A terapêutica com este medicamento, poderá aumentar a tolerância dos doentes à fenilalanina e, em alguns casos, eliminar mesmo as restrições alimentares. Deve ser efetuada uma prova terapêutica, sendo considerada uma resposta favorável a descida da fenilalanina de 30% em relação aos valores prévios à toma.

A terapêutica enzimática de substituição, com fenilalanina amónia liase, está já ser utilizada a partir dos 16 anos de idade, aguardando-se a sua aprovação em Portugal. 

A terapia génica poderá vir a ser, também, uma opção futura de tratamento.

Qual o seu prognóstico? Quais os principais desafios associados quer ao tratamento quer à convivência com esta doença?

O prognóstico é totalmente alterado e favorável com uma terapêutica adequada. Esta vai permitir ao PKU um desenvolvimento pleno das suas capacidades físicas e mentais. Sendo uma doença crónica e para toda a vida os principais desafios são a aceitação da doença e do tratamento dietético por parte dos pais, familiares e posteriormente do próprio doente com a manutenção da dieta ao longo do seu ciclo de vida. Sendo a adolescência um período mais conturbado, com o receio da não aceitação pelos seus pares, e a gravidez um período que exige um cuidado acrescido por parte das mulheres com PKU, os profissionais de saúde que fazem o seu seguimento têm que ter uma atenção especial nestas fases.

Em todos os doentes com tratamento dietético, é importante o doseamento de minerais, vitaminas e ácidos gordos essenciais que podem estar alterados pela alimentação hipoproteica a longo prazo. A vigilância de síndrome metabólica e alterações da densidade óssea fazem também parte da monitorização.

Quais as consequências quando não tratada?

O não tratamento desta doença leva ao aparecimento das manifestações clínicas já referidas com quadros de doença neurológica irreversível, por vezes extremamente graves, com consequências nefastas para o individuo, família e sociedade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para desenvolvimento da investigação na área da Fisiologia Clínica
Os alunos e docentes da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, do Instituto Politécnico de Lisboa (ESTeSL), vão...

É uma mais-valia para a ESTeSL ter à sua disposição um equipamento com estas características, permitindo-nos potenciar a resposta naqueles que são os três eixos principais da sua missão: o ensino, a investigação e os serviços à comunidade”, afirma Joana Belo, professora adjunta de Fisiologia Clínica na ESTeSL.

E acrescenta: “Este equipamento possibilitará aos estudantes a aquisição de competências ao nível da identificação de eventos através da poligrafia e da tecnologia de Holter, aumentando as oportunidades de aprendizagem na componente de prática-laboratorial. Adicionalmente, permitirá o contacto com uma tecnologia inovadora e desenhada para o diagnóstico simultâneo da síndrome de apneia do sono e de arritmias cardíacas.”

Este dispositivo tem capacidade de Holter, para deteção de arritmias cardíacas, e de Polígrafo, para deteção de apneias respiratórias. A sua capacidade de diagnóstico simultâneo permite uma otimização de recursos, uma vez que é possível a realização de dois exames num único período de utilização; e ainda perceber a interação entre patologias do foro cardiológico, como, as arritmias cardíacas, e do foro respiratório/sono, como é o caso da síndrome de apneia do sono.

Existe uma forte relação entre as arritmias cardíacas, nomeadamente a fibrilhação auricular (FA) e a apneia do sono, estimando-se que 62% FA apresentam apneia obstrutiva do sono (SAOS). Uma abordagem combinada demonstrou melhorar significativamente a eficácia do tratamento da FA, pelo que todos os doentes com FA deveriam ser avaliados relativamente à existência de SAOS.

Estudo IVI
Nos últimos anos, o desenvolvimento e implementação da tecnologia de Inteligência Artificial (IA) tem demonstrado potencial...

Com este estudo, o IVI revolucionou o setor da embriologia, proporcionando às suas clínicas uma variedade de técnicas que lhe permitem oferecer uma seleção de embriões universal, padronizada e automática. Além disso, as últimas descobertas foram publicadas na revista norte-americana Fertility and Sterility e na European Reproductive Biology OL.

“Nos laboratórios de embriologia aplicamos soluções baseadas em dados para avaliar o potencial de implantação de embriões. O que permite melhorar a eficiência de um dos processos mais importantes na reprodução assistida: cultura e seleção de embriões, com uma precisão de 75% na seleção de embriões cromossomicamente normais. Sendo que no processo de avaliação manual não é possível identificar esses embriões, independentemente da experiência do embriologista”, comenta Sofia Nunes, diretora do Laboratório de Fecundação in vitro do IVI Lisboa. 

O mais recente trabalho sobre a aplicação da IA à seleção embrionária, sob o título “Computer vision can distinguish between euploid and aneuploid embryos. A novel artificial intelligence (AI) approach to measure cell division activity associated with chromosomal status”, foi apresentada hoje na 37ª edição do ESHRE, que este ano, pela segunda vez e devido à pandemia, acontece online. A doutoranda Lorena Bori, do IVI Valencia, ficou a cargo da apresentação dos principais resultados do estudo, co-dirigido pela Dr. Meseguer e Dra. Daniella Gilboa, de Telavive.

Valores principais do estudo apresentado na ESHRE

Nasceu com o objetivo de analisar um embrião cromossomicamente euploide sem a necessidade de aplicar técnicas invasivas, ou seja, extrair do blastocisto uma série de células (entre 5 e 10) necessárias para poder analisá-las cromossomicamente e saber o perfil cromossómico do blastocisto.

Pela primeira vez, um sistema baseado em IA pode analisar com precisão os estágios iniciais do desenvolvimento embrionário e quantificar a duração dos ciclos celulares, além de conhecer o diâmetro das células que compõem o blastocisto, gerando um algoritmo capaz de distinguir um embrião cromossomicamente normal ou anormal com 75% de fiabilidade. 

O estudo de mais de 2.500 embriões analisados ​​geneticamente no IVI Valencia – permitiu verificar que os embriões, dependendo de seu conteúdo cromossómico, se comportam de forma diferente no seu padrão de desenvolvimento e que este pode ser analisado de forma automatizada por análise de imagens.

Assim, embriões cromossomicamente normais (euploides) começam o seu desenvolvimento como blastocistos um pouco antes dos embriões aneuploides. Esse maior período de tempo para que os embriões aneuploides atinjam o seu crescimento até a fase de blastocisto é explicado pelo seu maior nível de atividade celular.

A possibilidade de selecionar e categorizar cromossomicamente os melhores embriões supõe um aumento nas taxas de gestação e gravidez, e reduz as probabilidades de anomalias cromossómicas, proporcionando uma previsão objetiva fiável, por meio de uma técnica rápida e barata.

Esta é uma revolução na reprodução assistida porque permitiria evitar técnicas invasivas que, de certa forma, podem afetar a viabilidade do embrião, igualando os resultados atuais com a PGT-a não invasiva sem os custos e danos ao embrião que isso acarreta. Além disso, envolveria a automação de um processo que atualmente é realizado manualmente e de forma artesanal.

Como é que os tratamentos de FIV podem melhorar com a IA?

IA é um termo amplo que inclui aprendizagem de máquina e aprendizagem profunda; refere-se a qualquer programa com a capacidade de resolver problemas, aprender com as experiências e realizar tarefas como os humanos normalmente fazem. 

“Este sistema classifica embriões automaticamente por meio de métodos de aprendizagem dirigida baseados na experiência de embriologistas especialistas, deteta e avalia todas as etapas do desenvolvimento do embrião e também classifica a sua morfologia. A seleção automática de embriões, comparada à manual, é mais precisa, portanto a probabilidade de gravidez evolutiva está diretamente relacionada ao percentual de pontuação e, portanto, as mulheres e casais tem maior probabilidade de sucesso”, explica Dr.Marcos Meseguer, embriologista e supervisor científico da Unidade de Embriologia do IVI Valencia.

Assim, as melhorias que a IA pode oferecer nos tratamentos reprodutivos seriam:

  • Identificação mais ampla e antecipada do paciente com novos indicadores de infertilidade e correlações de padrões de comportamento por meio da análise de big data.
  • Melhoria na gestão das expetativas do paciente por meio da análise de previsões de sucesso de FIV considerando nascidos vivos.
  • Maiores taxas de sucesso de tratamento por meio de um protocolo personalizado e individualizado. 
  • Apoio na tomada de decisão clínica em todas as etapas do processo laboratorial, baseado em algoritmos e visão computacional para identificar a maioria dos gâmetas e embriões viáveis.
  • Definição do estado de receção do endométrio por meio de algoritmos inteligentes e biomarcadores que ajudariam a determinar as hipóteses de uma transferência ideal e obtenção de gravidez.

 

Escrevem investigadores
Os imunologistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, revelam que os efeitos secundários das vacinas do...

O rápido desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes contra a SARS-CoV-2 trouxe esperança de que, em breve, a pandemia global Covid-19 possa ser controlada. No entanto, a vacinação permanece incompleta em muitos países desenvolvidos e está cada vez mais atrasada nos países do mundo em vias de desenvolvimento, avança a edição digital do jornal El Mundo, de hoje. 

Por outro lado, as dúvidas sobre as vacinas, motivadas em parte pelo medo dos efeitos secundários documentados nas revistas científicas e nos meios de comunicação social, podem impedir a população mundial de alcançar a imunidade em grupo.

Estas dúvidas são especialmente verdadeiras para os jovens, que geralmente suportam bem a infeção por Covid-19, com o mínimo ou mesmo nenhum sintoma. Além disso, está bem documentado que as vacinas podem ter efeitos colaterais significativos. Refere-se, aliás, que o medo dos efeitos secundários pode aproximar-se do medo que algumas popuções têm da própria infeção SARS-CoV-2. 

Para tranquilizar aqueles que têm reservas em relação às vacinas, os autores de uma artigo de opinião, publicado na revista 'Science Imunology', sugerem que "é muito provável, mas não comprovado, que os efeitos secundários das vacinas sejam simplesmente um subproduto de uma breve explosão de interferão de tipo I com a indução de uma resposta imunitária eficaz".

 

Investigação
De acordo com um estudo publicado esta segunda-feira pela Universidade de Oxford, deixar um intervalo de vários meses entre a...

Segundo os investigadores, deixar um intervalo de até 45 semanas entre ambas as doses melhora a resposta imune.

"Isto deve ser uma notícia tranquilizadora para países com menos fornecimento de vacinas, ou que podem estar preocupados com atrasos na obtenção de segundas doses para as suas populações", disse o professor Andrew Pollard, diretor do Grupo de Vacinação de Oxford, que desenvolveu a vacina com o grupo farmacêutico anglo-chinês AstraZeneca, citado pelo jornal El Mundo.

Sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção
Dor, edema ou cansaço nos membros inferiores são os principais sinais de alerta para a Doença Venosa

Segundo Gonçalo Cabral, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca Torácica e Vascular, “a doença venosa crónica constitui uma anomalia do funcionamento do sistema venoso provocada por incompetência valvular ou obstrução ao fluxo venoso”. Esta pode afetar o sistema venoso superficial ou profundo, sendo responsável pela hipertensão venosa.

“As varizes estão associadas a queixas de edema, peso, cansaço e dor nos membros inferiores, que podem comprometer significativamente a qualidade de vida dos doentes. Alguns doentes referem também queixas de prurido”, revela o especialista quanto aos principais sintomas sublinhando que “estas queixas são mais evidentes ao final do dia e quando o tempo está mais quente”.

Consideradas uma doença de incidência familiar, já que “se houver algum familiar próximo com varizes, a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver varizes aumenta significativamente”, apresentam fatores de risco individuais associados. É o caso da obesidade, idade, o género (é mais frequente entre as mulheres) e gravidez. 

Não obstante, “O ortostatismo prolongado, a exposição ao calor, a obesidade, o uso frequente de saltos altos e a contraceção hormonal, aumentam o risco de desenvolver a doença”, explica o cirurgião.

“O diagnóstico da doença venosa crónica dos membros inferiores é feito através da história clínica, do exame físico e da realização do ecodoppler venoso dos membros inferiores. Para o diagnóstico de varizes dos membros inferiores, este exame é, atualmente, o gold standard, dado o seu caráter não invasivo e à qualidade da informação morfológica e hemodinâmica que nos proporciona”, avança referindo, no entanto, que, caso se suspeite de “doença venosa mais proximal, nomeadamente de oclusão crónica do sector ilio-cava ou de insuficiência venosa pélvica, é fundamental a realização de Veno TC para clarificar o diagnóstico”. E quanto mais cedo este chegar, mais cedo se pode intervir e evitar as complicações associadas à doença, sublinha o especialista.

No que diz respeito ao tratamento, Gonçalo Cabral esclarece que este tem por base a terapia compressiva, através do uso de meias elásticas. “Uma vez que a fisiopatologia da doença venosa crónica tem por base a hipertensão venosa, a compressão extrínseca do sistema venosa superficial pela meia elástica vai reduzir a estase venosa, reduzir os sintomas, abrandar a dilatação progressiva das veias e o aparecimento de novas veias varicosas, bem como minimizar as complicações”, explica.

Contudo, só a cirurgia pode eliminar as veias varicosas. “Nos casos em que as varizes se relacionam com a existência de refluxo nas veias safenas, mais de 90% podem ser tratados por técnicas minimamente invasivas, mais frequentemente, por ablação térmica (laser endovenoso ou radiofrequência)”, revela.

De acordo com o Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca Torácica e Vascular, as técnicas de ablação térmica são realizadas através da punção da veia por controlo ecográfico. “É introduzida uma fibra de radiofrequência ou laser no interior da veia e a extremidade distal dessa fibra é posicionada no segmento proximal da veia que se pretende tratar. De seguida, e mais uma vez com a ajuda do ecógrafo, é efetuada uma anestesia de tumescência. Ou seja, é injetado soro arrefecido com fármacos anestésicos ao longo de todo o comprimento da veia. Este procedimento permite um maior conforto analgésico do doente no pós-operatório e impede que o calor que irá destruir a veia se transmita aos tecidos adjacentes”, descreve referindo que com este tratamento o doente pode ter alta no próprio dia. 

Nos casos em que estas técnicas não possam ser utilizadas, seja por questões anatómicas, complicações trombóticas prévias ou recidiva de varizes, é necessário recorrer à cirurgia convencional, “que consiste na remoção das veias afetadas através de incisões”.

“Por último, existem fármacos venoativos, que, atuando no endotélio das veias e na sua parede, podem levar à melhoria dos sintomas de doença venosa crónica e reduzir a progressão da doença”, acrescenta.

Quanto não diagnosticada ou tratada adequadamente, a Doença Venosa Crónica, que pela sua história natural “é caracterizada por um aumento da quantidade e calibre das varizes”, pode dar origem a complicações como o aparecimento de coágulos nas veias superficiais dos membros inferiores, quadro designado por tromboflebite.

Por outro lado, refere o especialista, “com o passar do tempo a própria pele começa a sofrer alterações, nomeadamente da sua pigmentação e textura, tornando-se mais espessa, descamativa e escura, culminando, ao fim de anos em úlceras varicosas. Embora mais raramente, podem também ocorrer roturas de varizes com hemorragia”.

Deste modo, Gonçalo Cabral alerta para a necessidade de estarmos atentos aos sinais, já que “o diagnóstico atempado e o seu tratamento reduzem significativamente os sintomas de doença venosa crónica, nomeadamente a dor, cansaço, peso e edema dos membros inferiores, com resultados mensuráveis em vários questionários de qualidade de vida”.

“A adoção de estilos de vida saudáveis, a prática de exercício físico regular, o controlo do peso, assim como o uso de meias de contenção elástica, podem ajudar a retardar o aparecimento da doença e atrasar a sua evolução”, sublinha em matéria de prevenção.

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Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 902 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e duas mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo e a região Norte têm hoje a assinalar uma morte por Covid-19 cada, desde o último balanço, mostra o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

De acordo com o documento, foram ainda diagnosticados 902 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 509 novos casos, quase metade dos números registados na semana passada, e a região norte 203. Desde ontem foram diagnosticados mais 45 na região Centro, 18 no Alentejo e 100 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 10 infeções e 17 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 502 doentes internados, mais 25 que ontem.  Sendo que as unidades de cuidados intensivos têm agora 105 pacientes, menos um doente internado que no dia anterior.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 608 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 826.292 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 32.071 casos, mais 292 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 731 contactos, estando agora 50.051 pessoas em vigilância.

Perturbações do olfato
A Sogrape e a Universidade de Aveiro aliaram-se no desenvolvimento do projeto TOP COVID, um kit 100% vegetal para treino dos...

A apresentação do TOP COVID vai estar a cargo do Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira e do Administrador da Sogrape e enólogo, Miguel Pessanha. Uma sessão que termina com a entrega de 100 kits ao Centro Hospitalar Baixo Vouga.

De seguida, há lugar uma mesa redonda sobre o tema ‘Vamos falar de olfato’, que vai juntar Lourenço de Lucena, compositor de perfumes e sensorialista, Luísa Azevedo, Diretora do Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga, Miguel Pessanha, Administrador Sogrape e enólogo, Ricardo Costa, Chef do restaurante The Yeatman, Sílvia M. Rocha, Professora do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e especialista em química de aromas e Tiago Santos, Psiquiatra e Membro do Programa Nacional para Saúde Mental

"A pandemia da COVID-19 trouxe notoriedade às perturbações do olfato, dado que está entre os sintomas mais prevalentes da doença e que tem um impacto direto na qualidade de vida, principalmente para quem tem neste sentido o seu principal instrumento de trabalho, como é o caso dos enólogos, dos Chefs ou dos perfumistas", pode ler-se em comunicado. 

Foi neste contexto que o grupo de investigação da Universidade de Aveiro, especializado na área da química de aromas e dos produtos naturais, iniciou a procura de uma solução eficaz na recuperação e tratamento dos desvios olfativos, a qual deu origem ao TOP COVID.

 

Iniciados tratamentos com abertura de Hospital de Dia e Unidade especializadas
O Hospital Lusíadas, em Braga, iniciou o tratamento de doentes oncológicos com abertura do Hospital de Dia Médico. Esta Unidade...

Trata-se de "um local onde tudo é pensado, desde a admissão do doente até ao acesso a profissionais de saúde especializados nas diversas áreas oncológicas", garante a Diretora Clínica, Sónia Vilaça. A multidisciplinariedade, a excelência clínica e os cuidados centrados no doente são "os pilares desta Unidade de Oncologia".

Desta forma, Sónia Vilaça salienta que a Unidade de Oncologia do Hospital Lusíadas Braga vem "otimizar os recursos existentes, promovendo maior interligação entre diferentes especialidades", que elevará "o padrão dos cuidados de saúde do doente oncológico, assim como da família e do cuidador, para um patamar de referência, não só na vertente física, mas também psicossocial" e que permitirá "aumentar o grau de satisfação e apoio aos doentes, familiares e também profissionais de saúde”.

A Unidade de Oncologia, coordenada pela médica oncologista Diana Santos Freitas, alargou os seus serviços, criando várias unidades em cada área de intervenção.

Unidades Oncológicas: Mama, Pulmão, Urológico, Ginecológico, Digestivo e de Cabeça e Pescoço

De acordo com Luís Castro, responsável pela Unidade da Mama, trata-se de uma “unidade multidisciplinar, especializada na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, dotada dos recursos técnicos e humanos necessários para abordagem integral de doentes com cancro da mama, desde o diagnóstico precoce até ao tratamento da doença avançada, com a máxima eficiência e qualidade”.

Com o acesso às mais recentes formas de tratamento, esta Unidade pretende estabelecer-se como uma mais valia no tratamento do cancro da mama em Braga. Para além disso, foi concebida de forma a proporcionar às doentes com patologia mamária uma abordagem rápida e integrada, em condições de conforto e privacidade e respeito pela sua dignidade.

Foram também criadas as Unidade de Cancro Urológico e de Cancro de Pulmão; as Unidades de Cancro Digestivo e Cancro de Cabeça e Pescoço; a Unidade de Cancro Ginecológico e uma consulta de Hemato-Oncologia para o diagnóstico e tratamento das doenças do sangue.

O objetivo destas unidades é centralizar todos os especialistas no tratamento de cada patologia maligna específica, desde o Cirurgião ao Oncologista, Radioterapeuta, Imagiologista e Anatomo-patologista, através da discussão em Consulta de Grupo Multidisciplinar e personalizar o tratamento de cada doente oncológico.

Assim, o Hospital Lusíadas Braga dispõe para além de uma equipa de profissionais totalmente dedicados a cada patologia especificamente, os meios complementares de diagnóstico e o tratamento mais inovador e adequado a cada situação. Unidade de Oncologia possui uma equipa de enfermagem diferenciada nesta área, de modo a oferecer cuidados especializados ao doente e apoiar a família/cuidadores.

Transversal a todas as Unidades, a existência de uma ligação estreita com várias especialidades realçando a Genética, Psiquiatria, Psicologia, Nutrição, Controlo da Dor e Cuidados Paliativos.

A Unidade de Cuidados Paliativos, que para além de consulta externa possui consulta ao domicílio, permitindo através de uma equipa médica e de enfermagem especializada, cuidar do doente e da família durante todas as fases de uma doença oncológica avançada.

A partir de hoje
O Reino Unido foi incluído na lista de países cujos cidadãos vão estar sujeitos a quarentena de 14 dias após entrada em...

De acordo com o despacho que entra em vigor a partir de hoje, os passageiros provenientes do Reino Unido podem, no entanto, ficar dispensados de confinamento “se munidos de comprovativo de vacinação realizada nesse país, e que ateste o esquema vacinal completo do respetivo titular, há pelo menos 14 dias, com uma vacina contra a Covid-19 com autorização de introdução no mercado nos termos do Regulamento (CE) n.º 726/2004”.

O diploma, publicado ontem no Diário da República, aprova as listas dos países e das competições desportivas internacionais a que se aplicam as regras em matéria de tráfego aéreo, aeroportos, fronteiras terrestres, marítimas e fluviais.

A essa lista de países – até agora composta pela África do Sul, Brasil, Índia, e Nepal – junta-se o Reino Unido, cujos cidadãos dali provenientes também devem cumprir, após a entrada em Portugal continental, “um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”.

 

 

Sessões online gratuitas
A Academia Mamãs sem Dúvidas promove no dia 29 de junho entre as 18h00 e as 20h00 uma nova edição do “Especial Grávida”, uma...

Com início marcado para a 18h00, e duração aproximada de duas horas, a 11.ª edição do “Especial Grávida” é destinada a futuras mamãs e tem programados os temas: “O que acontece no dia do parto?” com a participação da Enfermeira Carla Duarte, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora do centro de preparação para o parto Pronto a Nascer, que vai explicar o que as futuras mães devem saber e esperar no tão aguardado dia do nascimento do seu bebé; “O presente e o futuro das células estaminais” em que Ana Silva, formadora do laboratório BebéVida, vai abordar as principais vantagens da criopreservação que começa com a recolha do sangue do cordão umbilical no momento do parto e “A muda da fralda”, com o contributo de Ana Ruvina, formadora da Bambo Nature, que vai partilhar conselhos e aspetos que os pais devem ter em conta no momento de mudar a fralda.

A inscrição é gratuita, mas para participar é necessário inscrever-se aqui. Os participantes ficam habilitados a receber um cabaz de produtos no valor de 450€, composto por: uma mala de maternidade Bioderma, uma bomba tira-leite manual Nuvita, uma Pegada Baby Art, um intercomunicador Miniland, um Baby Nest Voksi, um Kit Pré-Mamã Elifexir, as Mascotes BebéVida, fraldas e toalhitas Bambo Nature e ainda um Coffret Skin Care Essentials da Bambo Nature. O vencedor do cabaz será conhecido no dia 30 de junho no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela Mamãs sem Dúvidas a pensar nos futuros e recém papás, visando dar apoio em questões ligadas à maternidade e à parentalidade. Para saber mais sobre iniciativas como esta ou aceder a conteúdos informativos visite o website mamassemduvidas.pt .

 

Ferramenta complementar de apoio permanente
Graças ao Ageas INsure, o Programa de Inovação Aberta da Ageas, a LactApp está finalmente disponível na língua portuguesa,...

Através de um algoritmo de inteligência artificial esta aplicação consegue apoiar mães, de forma automática e personalizada, respondendo a questões, acompanhando a amamentação - como a pega, os horários e a sua duração - analisando a evolução de tamanho e peso, e até as fraldas sujas.

Para além deste aconselhamento, é possível encontrar dicas práticas sobre gravidez, sono e picos de crescimento.

A LactApp é uma ferramenta complementar de apoio permanente, essencial para as mães de 1.ª viagem, disponibilizando artigos e posts de blogs, que vão ajudá-las a tomarem algumas decisões.

Dispõe de uma área privada, onde é possível registar-se as principais informações, nomeadamente os horários em o bebé foi amamentado e os períodos em que o mesmo esteve a dormir.

Dado o modelo de negócio valioso para o ecossistema empreendedor que as startups representam, este Programa de Inovação Aberta da Ageas, o Ageas INsure, tem como objetivo colaborar na cocriação de soluções inovadoras que atribuam valor não só para a Ageas mas para a Sociedade.

Assim, das mais de 200 candidaturas de 35 países diferentes, foram selecionadas as 5 startups mais promissoras, entre as quais a LactApp, que se encontram a desenvolver uma Prova de Conceito em conjunto com o Grupo Ageas Portugal.

 “Este projeto está alinhado com o compromisso da Médis em ser um Serviço Pessoal de Saúde e surge no âmbito deste programa de inovação aberta que liga o Grupo Ageas Portugal a startups de todo o mundo, para desenvolver soluções inovadoras que façam o mundo mais seguro e feliz. Queremos continuar a trazer novas soluções que ajudem a área de saúde mental, saúde materno-infantil e análise e prevenção de riscos”, sublinhou Nuno Horta, Responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal.

A LactApp, que conta com mais de 500 mil utilizadores em todo o mundo, o que corresponde a 100 mil consultas por semana, está agora disponível na APP Store e Google Play em português.

 

Opinião
O confinamento imposto pela pandemia gerou o aparecimento de queixas de dores na coluna em doentes s

O número total de consultas sobre patologia da coluna tem vindo a aumentar todos os anos, e o último não foi exceção. Não posso atribuir esse aumento diretamente ao estado da pandemia e à situação de confinamento imposta, até porque o aumento verificado esteve em linha com os anos anteriores. Claro que podemos justificar que talvez as restrições de deslocação e o próprio receio por parte dos doentes sejam fatores que tenham justificado não se ter verificado um aumento ainda maior.

Durante este período verificamos a presença de um maior número de doentes com queixas inespecíficas de lombalgias, com contracturas musculares paravertebrais. Verificámos ainda uma diminuição significativa da traumatologia da coluna vertebral na sequência de acidentes de trabalho.

O teletrabalho piora

Esse é um aspeto muito relevante. O confinamento imposto pela pandemia gerou o aparecimento de queixas de dores na coluna em doentes que anteriormente não tinham ou o agravamento naqueles que já possuíam alguma patologia. O sedentarismo motivado pelas restrições de deslocação e pelo encerramento de ginásios aumenta as contracturas musculares para-vertebrais, diminui a elasticidade da coluna vertebral e condiciona uma atrofia muscular progressiva dos músculos do tronco. Todos estes fatores determinam um aumento da dor e incapacidade funcional. Por outro lado, o teletrabalho, a utilização mais frequente de computadores condiciona horas prolongadas em posições fixas, muitas vezes incorretas, contribuindo definitivamente para o aumento das queixas.

SARS-CoV-2 agrava problemas de coluna

O SARS-CoV-2 gera uma resposta desregulada do sistema imunitário atingindo diversas articulações e a coluna vertebral não é exceção. São gerados processos inflamatórios de forma exacerbada contra tecidos com lesões na coluna vertebral como discos intervertebrais, facetas articulares, desenvolvendo artrites, e inflamações musculo-ligamentares. Por outro lado, é conhecida a capacidade do SARS-CoV-2 de atingir células do sistema nervoso, mas não estão ainda bem definidas quais as alterações que tal pode condicionar na coluna vertebral.

Conselhos para quem está em teletrabalho

Atenção às condições do novo local de trabalho:

  • Ver a ergonomia da cadeira – deverá ter regulação em altura, apoio de braços e costas não rígidas preferencialmente com apoio lombar
  • Monitor deve ser colocado ao nível da cabeça para evitar flexão excessiva da coluna cervical
  • A secretária ideal deve ter uma inclinação de 15º ainda que tal mobiliário seja extremamente difícil de encontrar

Atenção à postura corporal

  • Regular a altura da cadeira de forma a conseguir apoiar os pés no chão, tendo os joelhos fletidos a cerca de 90.
  • Manter o corpo ereto, ombros relaxados e costas apoiadas na cadeira evitando curvar a coluna
  • Apoiar os cotovelos nos braços da cadeira ou na mesa de trabalho

Outros conselhos gerais

  • Antes de iniciar o trabalho faça alguns alongamentos
  • Faça pausas de 40 em 40 minutos, caminhando um pouco pela sala e fazendo alguns exercícios de flexão, extensão, rotação e inclinação lateral da coluna vertebral.
  • Beba líquidos. Mantenha-se bem hidratado.
  • Pratique exercício físico durante 45 a 60 minutos três vezes por semana, envolvendo os músculos do tronco.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Portugal entre os promotores de estratégia para aquisição conjunta de medicamentos
Os representantes dos países membros do Comité Técnico de La Valletta reuniram esta quinta-feira virtualmente no âmbito da...

A décima reunião desta colaboração regional que integra Itália (presidente), Portugal (vice-presidente), Espanha, Malta, Chipre, Grécia, Eslovénia, Croácia e Roménia foi organizada pelo INFARMED para discutir a continuidade e aprofundamento da cooperação e partilhar conhecimento na negociação e aquisição de medicamentos.

Na reunião acordou-se criar um pequeno grupo para analisar opções de contratação conjunta no âmbito dos países integrantes do Comité que tenha em conta a experiência adquirida durante a pandemia e as melhores práticas dela resultantes. Esta análise visa propor um modelo futuro para negociação e aquisição conjunta de medicamentos em situações normais.

O objetivo de uma futura proposta neste domínio será facilitar e acelerar os processos de negociação sustentabilidade neste tipo de aquisições de medicamentos.

Os participantes partilharam e debateram ainda as suas experiências relacionadas com diferentes medicamentos, nomeadamente de terapia avançada e, sobretudo, na área das doenças oncológicas.

O INFARMED aproveitou a reunião para apresentar os resultados obtidos sobre os objetivos assumidos pela Presidência Portuguesa. Foram apresentadas as Conclusões do Conselho, aprovada na reunião EPSCO da semana passada, relativas ao Acesso a Medicamentos e Dispositivos Médicos, que estabelecem um conjunto de ações estratégicas para os Estados-Membros e Comissão em matérias tão variadas como a disponibilidade, acessibilidade e sustentabilidade do medicamentos e dispositivos médicos.

O INFARMED informou o grupo sobre o acordo atingido já esta semana sobre a proposta legislativa relativa à avaliação das tecnologias de saúde (HTA) que irá beneficiar o acesso dos doentes a medicamentos e dispositivos médicos e simplificar os procedimentos de apresentação para os fabricantes dessas tecnologias de saúde que visa em benefício dos doentes e facilitar o trabalho conjunto sobre a avaliação das tecnologias da saúde.

O grupo La Valletta tem como objetivo melhorar o acesso dos medicamentos e terapias novas e inovadoras e apoio à sustentabilidade dos seus sistemas nacionais de saúde para o benefício mútuo dos cidadãos dos países que constituem o grupo. Tem um foco particular em medicamentos oncológicos, tratamentos para doenças autoimunes, medicamentos órfãos, biossimilares e produtos com um impacto orçamental substancial.

Investigação
A tuberculose é uma das dez principais causas de morte em todo o mundo, infetando cerca de um quarto da população mundial....

A tuberculose é causada por uma bactéria – Mycobacterium - que infeta os pulmões humanos e outros órgãos utilizando estruturas moleculares complexas. Estas incluem complexos proteicos conhecidos como sistemas de secreção tipo VII, que permitem a M. tuberculose libertar moléculas no seu hospedeiro, que desarmam e, em última análise, matam a célula humana infetada. Cinco desses sistemas de secreção, rotulados ESX-1 a ESX-5, encontram-se entre m. tuberculose e outras micobactérias estreitamente relacionadas, muitas das quais são patogénicas. Sem elas, as bactérias são incapazes de infetar as células humanas.

O grupo Wilmanns do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL, sigla em inglês) Hamburgo tem usado biologia estrutural de alta resolução para estudar proteínas micobacterianas nas últimas duas décadas. A compreensão molecular da maquinaria bacteriana usada para infetar as células resultou em colaborações com a indústria para desenvolver novos fármacos contra a tuberculose.

No seu estudo mais recente, determinou a estrutura molecular do sistema de secreção ESX-5 com um alto nível de detalhe. Os investigadores do grupo viram que o núcleo do ESX-5 é construído de 30 unidades proteicas, que formam um poro dinâmico da membrana para permitir a secreção de proteínas que permitem que a bactéria sobreviva e se multiplique dentro das células humanas. O conhecimento da estrutura ESX-5 em alta resolução é essencial para direcionar locais específicos com drogas de pequenas moléculas.

"A nossa nova estrutura do complexo de secreção ESX-5 fornece uma visão profunda de um grande portão que separa o interior destas bactérias do ambiente exterior do hospedeiro. A abertura deste portão permite que o agente patogénico cuspa as suas armas mortais para infetar os humanos para desenvolver tuberculose. Podemos usar esta estrutura como uma caixa de ferramentas com literalmente milhares de potenciais alvos de drogas. Isto abrirá um campo inteiramente novo de estudos sobre a tuberculose", diz Matthias Wilmanns, que lidera o estudo. Kate Beckham, que desenvolveu uma forma inovadora de isolar o ESX-5, acrescenta: "O poro central que vimos no ESX-5 pode servir como um novo alvo de drogas. Bloqueá-lo poderia prevenir a infeção com micobactérias patogénicas."

O estudo também pode ajudar os cientistas a desenvolver novas vacinas para a tuberculose. A vacina bacillus Calmette-Guérin (BCG) muito utilizada, que tem este ano o seu 100º aniversário, baseia-se numa estirpe de micobacterium que perdeu a capacidade de causar doenças devido a um defeito no sistema ESX-1. No entanto, uma vez que a vacinação BCG oferece uma proteção insuficiente e é mais eficaz apenas em bebés jovens, são necessárias vacinas alternativas. Devido à sua estreita relação estrutural e funcional com o ESX-1, o sistema de secreção ESX-5 pode estimular o desenvolvimento de novas vacinas que possam complementar ou substituir as atualmente utilizadas.

Determinar a estrutura molecular do ESX-5 foi particularmente desafiante devido ao seu grande tamanho e complexidade. Nenhum método de biologia estrutural pode fornecer o quadro completo. Neste caso, a chave para o sucesso foi a utilização de biologia estrutural integrativa, na qual os dados obtidos utilizando diferentes métodos – microscopia crio-eletrão, cristalografia de raios-X, espectrometria em massa e métodos computacionais – foram usados conjuntamente para criar um modelo coerente.

"Há 18 meses, resolver esta estrutura parecia uma missão impossível", diz Matthias Wilmanns. “Conseguimos juntar as peças do puzzle porque cada membro da equipa contribuiu com uma experiência única. Para resolver a estrutura completa, colaborámos com o grupo de Jan Kosinski no EMBL Hamburgo e com o Centro de Biologia de Sistemas Estruturais, que forneceu os conhecimentos necessários em biologia estrutural integrativa. Também recebemos uma grande ajuda dos nossos colegas do EMBL Heidelberg, que realizaram experiências de microscopia crio-electrária."

Investigadores identificaram alterações moleculares que são comuns em amostras metastáticas
As análises exaustivas dos dados dos primeiros 381 doentes incluídos no programa de investigação europeu AURORA revelaram...

O AURORA é um programa internacional de investigação académica baseado no rastreio molecular e dedica-se a melhorar a nossa compreensão do cancro de mama metastático.

Até agora, os investigadores identificaram alterações moleculares que são mais comuns em amostras metastáticas. Estas incluem mutações nos genes condutores (em 10% das amostras) e nas variações do número de cópia (em 30% das amostras). Estas descobertas podem levar ao desenvolvimento futuro de novas estratégias de tratamento para doentes com cancro de mama metastático.

O programa já gerou o maior conjunto de dados de sequenciação de ARN (RNAseq) na doença. As análises de dados de RNAseq de amostras primárias e metastáticas emparelhadas dos mesmos pacientes mostraram que, em 36% dos casos, o subtipo intrínseco do cancro de mama muda entre a doença primária e a doença metastática, geralmente para uma forma mais agressiva. Isto pode ter implicações no tratamento e merece uma avaliação mais aprofundada.

As análises também indicaram que as metástases expressam menos genes imuno-relacionados e tinham uma composição celular imune diferente, o que pode criar um microambiente mais favorável ao desenvolvimento de metástases.

A análise de quanto tempo os pacientes sobreviveram com a doença mostrou que aqueles com cancro da mama her2-negativo (HR+) que também tinha um elevado fardo de mutação tumoral (TMB) nos seus tumores primários tinham uma sobrevivência global mais curta e um menor tempo para recaída, indicando que o TMB é um fator prognóstico pobre independente.

Finalmente, os investigadores também descobriram que mais de 50% dos pacientes tinham alterações moleculares que poderiam ser combinadas com as terapias direcionadas existentes, destacando o impacto potencial do rastreio molecular na gestão do cancro de mama metastático.

Estes resultados serão ainda validados na coorte completa dos pacientes da AURORA. Até à data, o AURORA é o maior programa de rastreio molecular envolvendo biópsias emparelhadas, amostras de sangue, e um rico conjunto de dados clínicos e moleculares recolhidos longitudinalmente de pacientes com cancro de mama metastático.

"Este estudo oferece uma oportunidade única para gerar descobertas robustas que nos ajudarão a entender melhor a evolução do cancro de mama metastático, que continua a ser a principal causa de morte relacionada com o cancro entre as mulheres em todo o mundo. Fiel ao seu nome, o AURORA trará luz à paisagem escura do cancro da mama avançado", diz Martine Piccart, a investigadora que impulsionou este estudo.

"O conhecimento que está a ser gerado no AURORA abre caminho ao desenvolvimento de novas estratégias de tratamento para doentes com cancro da mama metastático. Estamos firmemente empenhados em continuar este esforço para que os nossos pacientes possam viver mais e melhor num futuro próximo", acrescenta Mafalda Oliveira, Investigadora Co-Diretora do AURORA, Investigadora Clínica do Instituto Vall d'Hebron de Oncologia em Barcelona, Espanha, e membro da Comissão Executiva do Grupo de Investigação do Cancro da Mama SOLTI.

Primeiro estudo na Europa é português
A COVID-19 é mais severa nas pessoas que apresentam desequilíbrio da microbiota intestinal. A conclusão é de um estudo...

Este estudo, financiado pela Biocodex e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), é o primeiro realizado na Europa sobre o impacto da microbiota intestinal na severidade da COVID-19 e envolveu 115 portugueses com diagnóstico da doença em diversos hospitais de norte a sul do país, entre abril e julho de 2020. 

“O desequilíbrio da microbiota intestinal é um dos fatores de risco para a gravidade da doença. E isso explica-se pelo facto de este desequilíbrio envolver menor diversidade de bactérias, menor presença de bactérias benéficas e, por consequência, impacto negativo na imunidade, no processo inflamatório, entre outras consequências metabólicas”, explica a investigadora. 

Conceição Calhau sublinha que o sistema imunitário é modulado pela microbiota intestinal, que tem um papel determinante na saúde e particularmente no sistema imunológico. “Cerca de 70% das células produtoras de anticorpos residem no nosso intestino”, acrescenta.  

 A investigadora espera agora que a evidência obtida neste estudo, intitulado Gut microbiota, Spark and Flame of COVID-19 Disease, abra caminho para que sejam impulsionadas “novas intervenções médicas direcionadas à microbiota intestinal contra este tipo de vírus, por exemplo, com prebióticos e/ou probióticos associados a outras intervenções farmacológicas COVID-19 em desenvolvimento”. E frisa: “Mais importante ainda, fica reforçada a importância de cuidar da microbiota intestinal prevenindo os piores cenários quando acontecem ameaças como esta!”. 

Os participantes do estudo foram recrutados no Serviço de Medicina Interna do Hospital São Sebastião (Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga), no Serviço de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital Curry Cabral (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central), no Serviço de Atendimento Permanente do Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa, na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital de São Francisco Xavier (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental) e na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Universitário de São João. Os critérios de inclusão foram ter COVID-19 e mais de 18 anos. Esta investigação contou ainda com o envolvimento de uma equipa de investigadores associados ao Centro laboratorial Germano de Sousa. 

Para explorar as bactérias (espécie, género ou filo) que podem estar representadas nos doentes infetados, em menor ou maior quantidade, foi analisado o perfil da microbiota em diferentes estados de doença: doença leve (autoisolamento em casa); doença grave (isolamento no quarto do hospital) e pacientes críticos (Unidade de Cuidados Intensivos hospitalar). 

Mas vai diminuindo com a idade
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem vindo a levar a cabo um estudo de grande dimensão relativo à resposta...

Esta análise demonstrou ainda que o título médio de anticorpos em resposta à vacina vai diminuindo com a idade, sendo esta descida mais marcada nos indivíduos do sexo masculino. Também se verificou que a resposta humoral à vacina é mais acentuada em indivíduos que estiveram anteriormente expostos ao vírus SARS-CoV-2, quando comparada com os indivíduos naïve (i.e. indivíduos que nunca foram expostos a SARS-CoV-2), revela a nota de imprensa enviada pela Unidade Hospitalar. 

A avaliação aos 3 meses após a conclusão do processo de vacinação, revelou uma acentuada descida dos anticorpos, sendo esta mais marcada em indivíduos naïve, o que poderá não ser forçosamente sinónimo de perda de imunidade, já que esta poderá ser assegurada pela imunidade celular e pela presença de linfócitos B de memória. No entanto, aguardam-se as próximas avaliações dos 6 e 12 meses, que permitirão tirar conclusões mais exatas sobre a imunidade a longo prazo.

"A imunidade celular é, igualmente, um componente importante na proteção contra o SARS-CoV-2, estando demonstrado em outros coronavírus que é ela que assegura a imunidade a longo prazo, quando os níveis de anticorpos descem", pode ler-se no documento. 

Este estudo, realizado no CHUC, mostra que 98,2% dos indivíduos naive vacinados desenvolveram imunidade celular adequada contra SARS-CoV-2, 21 dias após completarem o processo de vacinação. "Curiosamente, os indivíduos que não desenvolveram imunidade celular adequada, apresentam uma resposta humoral (i.e. por anticorpos) eficiente. E, de forma similar ao observado para a resposta humoral, indivíduos anteriormente expostos a SARS-CoV-2 apresentam uma resposta celular mais forte do que os indivíduos naive", indica. 

Os resultados preliminares deste estudo indicam que a vacina contra a COVID-19 leva ao desenvolvimento de uma resposta imune adequada na grande maioria dos indivíduos (mais de 97%), tanto a nível da imunidade humoral, como da imunidade celular; a resposta imune à vacina é mais acentuada em indivíduos anteriormente expostos a SARS-CoV-2.

"É ainda importante salientar que, dos poucos indivíduos que não desenvolveram uma resposta celular adequada após a vacinação, essa falha está compensada pelo desenvolvimento de uma resposta humoral adequada. O acompanhamento dos indivíduos vacinados durantes os próximos meses irá permitir tirar conclusões importantes sobre a proteção conferida pela vacina contra a COVID-19 a longo prazo", avança o CHUC. 

Estes estudos têm sido elogiados por parte da comunidade científica e têm merecido a maior atenção e curiosidade de diversas entidades, dada a sua dimensão e qualidade, tendo, inclusive, já ganho o 1º prémio no Congresso Nacional das Pandemias.

Para diagnóstico e tratamento de doenças graves do foro digestivo
A Lusíadas Saúde inaugura hoje o primeiro Centro de Endoscopia Avançada do país, no Hospital Lusíadas Lisboa, uma forte aposta...

Equipado com os mais modernos aparelhos endoscópicos a nível mundial e composto por uma equipa de profissionais diferenciados, o Centro de Endoscopia Avançada de Lisboa (CEAL) possibilita a realização de um vasto conjunto de exames endoscópicos que permitem identificar todo o espectro de doenças digestivas benignas e malignas.

Para além da capacidade de diagnóstico preventivo, o CEAL promove o tratamento de lesões oncológicas precoces, como a remoção de tumores em fase inicial, sem necessidade de cirurgia, através de técnicas diferenciadas, como a Dissecção Submucosa ou FTRD, assim como meios de paliação oncológica endoscópica dos mais avançados, como a radioterapia endoluminal nos tumores do pâncreas e via biliares.

A criação de protocolos com profissionais de outras áreas, como Radiologia, Anatomia Patológica, Oncologia, Radioterapia e Cirurgia, dá origem a uma “Via Verde Oncológica”, através da qual os doentes passam a ter acesso, num prazo de sete dias após o diagnóstico, a um parecer interdisciplinar com estadiamento e com uma solução terapêutica integrada.

Simultaneamente, o Hospital Lusíadas Lisboa cria também uma Unidade de Prevenção do Cancro Colorrectal (Clínica do Pólipo) com consultas especializadas, realizadas em simultâneo por gastroenterologistas e cirurgiões, para diagnóstico, tratamento e aconselhamento sobre pólipos ou lesões colo-rectais.

Outra área de destaque é a Terapêutica Endoscópica da Obesidade, ao disponibilizar a inovadora cirurgia endoscópica minimamente invasiva (“Sleeve Endoscópico”, Método Apollo), que permite tratar de casos de Obesidade tipo I e II, através de uma simples endoscopia, sem qualquer incisão cirúrgica abdominal.

Precursor a nível nacional nas modernas técnicas de cirurgia endoscópica, em doenças como a Acalásia ou o Divertículo de Zenker, no seio do CEAL é igualmente possível encontrar um moderno laboratório de estudos funcionais, que permite estudar as doenças motoras do esófago e anorretais.

“Pela primeira vez em Portugal, o CEAL concentra os melhores meios de diagnóstico e tratamento de doenças graves do foro digestivo. Juntando esse facto a uma equipa clínica com provas dadas na vertente assistencial, estou certo de que temos todas as condições para dar uma resposta atempada e de qualidade aos desafios que enfrentamos nesta especialidade", afirma David Martins Serra, médico Coordenador do Centro de Endoscopia Avançada de Lisboa.

Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose assinala-se a 26 de junho
A escoliose é uma deformidade em que existe uma curvatura lateral da coluna no plano frontal.

A sua causa é, na maioria dos casos, desconhecida e por isso não é possível preveni-la. A escoliose afeta principalmente mulheres saudáveis na adolescência (escoliose idiopática adolescente) e em idades mais precoces: escoliose idiopática infantil (antes dos três anos) e escoliose juvenil idiopática (entre os três anos de idade e a puberdade). Estima-se que esta deformidade afete cerca de 2 a 3 por cento dos adolescentes.

Embora a causa da escoliose permaneça desconhecida, o seu desenvolvimento não tem sido relacionado a fatores nutricionais ou posturais, à prática de desporto, ao uso de mochilas ou ao transporte de uma mala pesada. A escoliose em que se conhece a sua origem está usualmente relacionada com uma doença subjacente, com fatores genéticos e hereditários. Pode estar associada a doenças neuromusculares (como a paralisia cerebral) ou doenças do tecido conjuntivo (como o síndrome de Marfan). Quando a escoliose é secundária a uma malformação vertebral, é conhecida como escoliose congénita.

O problema mais importante relacionado com a escoliose é a progressão da deformidade e os efeitos colaterais resultantes, como distúrbios respiratórios. Os principais sinais de alerta são os ombros a alturas diferentes, uma das ancas mais levantada, cintura desigual, inclinação do corpo para um dos lados e proeminência da grelha costal (bossa torácica) ao fletir a coluna para a frente.

Após a deteção da doença (onde os pais e professores desempenham um papel importante), a criança ou adolescente deve ser seguido por um especialista médico. A confirmação do diagnóstico e o acompanhamento geralmente são feitos por métodos radiológicos.

As escolioses com menos de 20-25 graus exigem apenas uma vigilância regular até à conclusão do crescimento da coluna vertebral. Em escolioses com uma curvatura entre os 20-25 e os 40-45 graus em adolescentes que ainda não terminaram o seu crescimento, o uso de um colete pode ser recomendado para impedir o agravamento da curva.

O tratamento deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia não reduzem a magnitude da curva ou o risco de progressão, mas essas opções podem ser usadas como terapia coadjuvante para melhorar a postura e fortalecer os músculos.

A cirurgia, quando necessária, destina-se às escolioses mais graves (cerca de 1 em cada 5000 casos). O procedimento cirúrgico é feito com recurso a anestesia geral e geralmente obriga a um regime de internamento entre 4 a 7 dias.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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