Alerta Sociedade Portuguesa de Pediatria
O vírus sincicial respiratório (VSR) é um vírus muito frequente e as infeções respiratórias que causa costumam ser, explica...

“A infeção pelo vírus SARS-Cov-2 veio alterar a epidemiologia da doença, dado que no inverno passado não se verificou o habitual pico. Assim, existe um maior número de crianças que nunca contactou com este vírus e, por isso, é teoricamente possível que se verifique um maior número de casos neste inverno, com maior gravidade”, alerta a especialista. 

São as crianças mais vulneráveis e em maior risco de desenvolver a doença aquelas que mais preocupam, ou seja, “as mais jovens, abaixo dos dois anos de vida e sobretudo as que apresentam fatores de risco, como os prematuros e crianças com doenças crónicas, como cardiopatias congénitas severas, doenças respiratórias crónicas ou doenças neuromusculares”. De tal forma que, para estes grupos de risco, “a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a prevenção da infeção através da injeção mensal de anticorpos monoclonais”, explica Inês Azevedo. Ou seja, “até ao primeiro ou segundo ano de vida, a prevenção da infeção faz-se pela injeção mensal de anticorpos durante a época de maior incidência, habitualmente de novembro a abril, num total de até cinco tomas”. No entanto, “este ano, excecionalmente, e devido à alteração da sazonalidade da doença, com casos identificados a partir do mês de maio, a DGS antecipou o início da prevenção para setembro”. Uma decisão tomada na sequência de um trabalho conjunto entre a Sociedade Portuguesa de Pediatria, o Instituto Ricardo Jorge e a DGS, “para documentar o aumento invulgar do número de infeções nos meses de verão. Face aos números e à gravidade das infeções, é plenamente justificada a antecipação da época profilática”.

De facto, este é um vírus que, por cá, ocorre habitualmente entre novembro e abril, com pico acentuado no fim de dezembro, “condicionando um elevado número de recursos a consultas urgentes e internamentos. Habitualmente, a bronquiolite aguda, da qual o VSR é o maior responsável, leva ao internamento de cerca de 5000 crianças por ano”. Mas as medidas que estiveram em vigor no inverno passado, entre as quais o isolamento social, a implementação do teletrabalho e do ensino não presencial, assim como o uso de máscaras “levaram a uma diminuição abrupta de casos de infeção por VSR e vírus da gripe. É plausível que o levantar das restrições tenha levado ao aumento de infeções”, refere a especialista.

Obstrução, corrimento nasal, tosse e febre são os sintomas mais comuns da infeção por este vírus. “No entanto, em crianças mais pequenas, especialmente abaixo do ano de idade, a infeção pode progredir para as vias aéreas inferiores, podendo causar bronquiolite aguda ou pneumonia. Nestas situações, surgem gradualmente sinais de dificuldade respiratória, com cansaço, aumento do trabalho dos músculos respiratórios, respiração acelerada, por vezes pieira (chiadeira) e dificuldades na alimentação”, explica a médica.

Uma infeção que, segundo a especialista, “é de fácil transmissão e geralmente as crianças pequenas adoecem por contacto com crianças em idade escolar ou adultos constipados. A melhor forma de prevenir é o cumprimento estrito das regras de etiqueta respiratória, especialmente a adequada higienização das mãos e a utilização de máscaras pelos contactos próximos quando apresentam sintomas respiratórios. Deve também evitar-se a frequência de espaços fechados com aglomeração de pessoas e a exposição ao fumo do tabaco”.

Apesar dos pais de bebés prematuros, um dos principais grupos de risco para esta infeção e para o qual a profilaxia está indicada, assim como os profissionais de saúde que cuidam destas crianças estarem sensibilizados para esta questão, Inês Azevedo considera que são necessárias “campanhas de sensibilização para a prevenção da infeção destinadas a outros profissionais de saúde e à população geral, para proteger não só os prematuros, mas também todas as crianças pequenas sem fatores de risco”. 

Medida justificada com elevada taxa de vacinação
A comparticipação a 100% dos testes rápidos de antigénio (TRAg) à Covid-19, que vigorava até ao final do mês de setembro, não...

Com o país num contexto de saúde pública diferente face ao que se registava em junho, “é expectável que a população-alvo abrangida por este regime (maiores de 12 anos, que não tenham completado o seu esquema vacinal há pelo menos 14 dias e não tenham tido Covid-19 há menos de 6 meses) seja agora residual, pelo que não se justifica a prorrogação deste regime”, refere o Governo em comunicado.

Esta decisão é justificada também pelo facto de se estimar que “em outubro, 85% de todos os residentes em Portugal venham a ter a vacinação completa”, sublinha ainda o Ministério da Saúde. Recorde-se que o coordenador da Task Force para a Vacinação, Henrique Gouveia e Melo, assegurou que Portugal tem já 85,6% da população com, pelo menos, uma dose da vacina, sendo que 84,03% das pessoas já possuem a vacinação completa.

Recorde-se que a 1 de julho, os testes rápidos de antigénio à Covid-19 passaram a ser comparticipados a 100% pelo Estado, com o objetivo de intensificar aa utilização dos testes para deteção do SARS-CoV-2 por parte da população, e contribuir para reforçar o controlo da pandemia. Esta medida previa que pudessem ser realizados, no máximo, quatro testes por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes, sendo que este regime excecional não se aplicava aos utentes com o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias, às pessoas que tivessem contraído a infeção há menos de 180 dias e aos menores de 12 anos.

 

 

 

Para comunidades carenciadas ou sub-representadas
A AWS vai disponibilizar 40 milhões de computing credits para empresas que desenvolvam soluções na área da saúde com o objetivo...

Acreditando que a saúde individual é uma prioridade e que não deve depender de fatores socioeconómicos, estatutos sociais ou etnia, Amazon Web Services (AWS) acaba de lançar um programa global que vem apoiar organizações que trabalham para melhorar as soluções na área da saúde das comunidades carenciadas ou sub-representadas.

Nesse sentido, a AWS vai disponibilizar serviços e conhecimentos técnicos no valor de 40 milhões de dólares (computing credits), durante três anos, às organizações que se comprometam a desenvolver soluções na área da saúde.

Este programa está aberto a organizações em todo o mundo que queiram tirar partido da AWS em qualquer uma das seguintes áreas:

1. Aumentar o acesso aos serviços de saúde para comunidades carenciadas. Atualmente, aproximadamente metade da população mundial não tem acesso aos cuidados básicos de saúde. Os projetos que se concentram em populações carenciadas de todo o mundo vão ser elegíveis para o programa. Isto poderia incluir o desenvolvimento de ferramentas como a telemedicina para alcançar comunidades isoladas e marginalizadas, monitorização remota de pacientes, aumento da disponibilidade e do impacto dos profissionais de saúde, e muito mais.

2. Abordagem dos condicionantes sociais da saúde: Os condicionantes sociais da saúde (SDoH) são as condições ambientais em que as pessoas nascem, vivem, aprendem, trabalham, divertem, rezam, e envelhecem que afetam um vasto conjunto de resultados e riscos para a saúde. Pode-se incluir exemplos como habitação segura, transporte, educação, acesso a alimentos nutritivos, ar puro, água limpa, e muito mais. A investigação demonstra que a melhoria destes fatores não médicos é fundamental para reduzir as desigualdades na saúde. Assim, vão ser elegíveis para este programa soluções que aproveitem a tecnologia para abordar os condicionantes sociais, económicos e ambientais mais abrangentes, que influenciam os resultados na área da saúde.

3. Impulsionar uma cultura de dados para promover sistemas de cuidados mais equitativos e inclusivos: As lacunas nos dados de saúde contribuem para as desigualdades quando as médias nacionais e globais, e os relatórios estatísticos de saúde não representam grupos diversos. Os projetos elegíveis que abordam estas lacunas podem incluir a criação ou consolidação de conjuntos de dados para aumentar a representação nos sistemas de saúde, a ligação a dados de condicionantes sociais da saúde para criar conjuntos de dados mais consistentes e informativos, ou o restabelecimento de conjuntos de dados existentes para melhorar a precisão sobre raça, etnia, género, deficiência, ou outros pontos de dados que vão ajudar a promover a equidade na saúde para todos.

A aplicação de tecnologia moderna aos sistemas de saúde não é uma solução milagrosa para acabar com a desigualdade na saúde, mas pode acelerar a investigação e inovação neste setor, nivelar as condições de acesso aos cuidados, ajudar a fornecer informação de confiança às pessoas quando e onde precisam dela, racionalizar as cadeias de abastecimento, e muito mais.

O lançamento deste novo programa baseia-se no trabalho da AWS com os seus atuais clientes que estão a impulsionar as tecnologias AWS para apoiar os seus programas de equidade na saúde, incluindo:

National Health IT Collaborative for the Underserved (NHIT): No início deste ano, a organização sem fins lucrativos lançou o Centro de Fusão de Dados, com base na AWS, para ajudar a enfrentar os desafios de dados intergovernamentais e para traduzir os dados condicionantes sociais da saúde em perspetivas implementáveis. Através do Centro, a indústria, o meio académico e as comunidades podem descobrir, explorar, e visualizar os fatores relacionados com as condicionantes sociais da saúde e a equidade da saúde e o seu impacto. Por exemplo, um utilizador pode elaborar um relatório sobre o acesso à banda larga, transporte e insegurança alimentar, e sobrepor esses conjuntos de dados para obter uma compreensão mais flexível de como estes diferentes pontos (ou conjuntos) de dados dos condicionantes sociais da saúde, interagem.

HealthImpact's Trust A Nurse, Ask A Nurse: Esta entidade sem fins lucrativos está a estabelecer parcerias com organizações comunitárias na Califórnia para disponibilizar gratuitamente enfermeiros registados, especialmente em comunidades com poucos recursos e comunidades de cor. Os enfermeiros estão disponíveis através de um novo serviço de telemedicina que fornece apoio e educação sobre a COVID-19 e opções de vacinas. A plataforma de telemedicina é operada pela Hippo Health, que se baseia na AWS, e a Telehealth Consulting Services fornece conhecimentos especializados nestes temas.

Rush University Medical Center Population Health Analytics Hub: O centro médico de Chicago é líder, reconhecido nacionalmente, em qualidade e equidade na saúde e está a desenvolver um centro analítico para abordar os determinantes clínicos e sociais da saúde que conduzem à morbilidade e mortalidade cardiovascular prematura. O projeto baseia-se no centro analítico COVID-19 Rush que recorreu à AWS durante a pandemia para integrar dados operacionais e de pacientes para uma intervenção rápida e direcionada.

"O Rush está profundamente empenhado em melhorar a saúde das comunidades com poucos recursos que servimos - está no nosso ADN. Sabemos que as condições no seio destes bairros da zona ocidental de Chicago e o acesso a cuidados de saúde para doenças comuns são os fatores de morte prematura", afirma Dr. Omar Lateef, presidente e CEO do Centro Médico da Universidade de Rush. "O Centro de Análise de Saúde da População de Rush será uma ferramenta chave para notificar sobre intervenções significativas e avaliar o progresso sobre os determinantes clínicos e sociais da saúde. Desta forma, a assistência da AWS melhora a nossa missão de diminuir a lacuna entre as mortes e continuar a desenvolver a equidade na saúde".

Este novo programa oferece às organizações outra forma de acederem aos créditos e conhecimentos técnicos da AWS para avançarem nas suas missões. No início de 2020, a tecnológica estabelece a AWS Diagnostic Development Initiative (DDI) e assim ajudou organizações em todo o mundo a aplicar o poder da cloud para acelerar a investigação e desenvolvimento do diagnóstico COVID-19. Através desta iniciativa, a AWS comprometeu-se a investir 20 milhões de dólares em computing credits e conhecimentos especializados para apoiar os clientes que utilizam a AWS para impulsionar inovações de diagnóstico. Até agora, a AWS apoiou 87 organizações em 17 países, desde organizações sem fins lucrativos e instituições de investigação a startups e grandes empresas. Este trabalho irá continuar em paralelo com o novo programa global de equidade na saúde.

O prazo para apresentação de candidaturas termina a 15 de novembro de 2021. 

Intercâmbio de experiências, conhecimentos e estudos no domínio da investigação e da formação profissional
O Grupo Lusíadas Saúde assinou um protocolo de cooperação com o Instituto Piaget, com o objetivo de potenciar a formação...

Celebrada em setembro, esta parceria abrange a elaboração de programas de formação especializada, licenciaturas ou pós-graduações, e a colaboração no âmbito da realização de estágios curriculares e profissionais nas áreas da Saúde, Psicologia, Gestão e Tecnologias de Informação.

Está igualmente previsto o intercâmbio de experiências, conhecimentos e estudos no domínio da investigação e da formação profissional (graduada e pós-graduada), com a criação de grupos mistos de trabalho.

“O protocolo assinado entre a Lusíadas Saúde, grupo de referência a nível nacional, e o Instituto Piaget, instituição com mais de 40 anos de experiência na formação de profissionais, é um enorme motivo de orgulho e constitui mais um importante passo para a promoção da saúde. Através desta parceria com o Instituto Piaget, conseguimos aliar o ensino e a investigação académica à prestação de cuidados de saúde de qualidade e isso torna-nos altamente competitivos e distintivos num setor cada vez mais exigente”, refere Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

“Este protocolo vai seguramente permitir o aproveitamento recíproco das potencialidades científicas, técnicas e humanas de cada uma das duas instituições, em benefício direto das comunidades a que cada uma se dirige. Ensino, investigação e saúde são três pilares essenciais para um país que queremos cada vez mais desenvolvido e moderno, e nesta parceria colocaremos o melhor de nós ao serviço dos portugueses”, afirma, por seu turno, António Oliveira Cruz, presidente do Instituto Piaget.

Entre os projetos comuns a concretizar estão incluídos seminários, workshops, participação em projetos comunitários, projetos de investigação e eventos científicos.

 

 

 

Explicações de um reumatologista
Aquilo a que o povo chama reumatismo não existe, mas sim doenças reumáticas e são mais de 100.

Durante largos anos, era relativamente comum ouvir as pessoas dizer que sofriam de “reumatismo”. De facto, esta expressão está de tal forma enraizada na cultura popular, que ainda hoje muitos a referem quando têm dores nas articulações e se sentem limitados por este motivo.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença reumática crónica, que se manifesta através da inflamação das articulações, podendo, no entanto, atingir outros órgãos como os olhos, o pulmão ou a pele.

Doença afeta mais mulheres

A artrite reumatoide atinge preferencialmente o género feminino, manifestando-se geralmente entre os 20 e os 50 anos, embora possa ter início também em crianças ou idosos. Em Portugal, estima-se que atinja cerca de 0,7% da população.

Apesar de ser uma das perguntas mais comuns aquando do diagnóstico, não sabemos ainda a causa para o seu aparecimento. Sabemos sim que resulta provavelmente da conjugação de fatores genéticos e ambientais, nomeadamente a exposição contínua ao tabaco e o excesso ponderal, que contribuem não só para o seu desenvolvimento como também para a sua gravidade.

Dor mais intensa durante a manhã

As principais articulações atingidas são as mãos, os punhos e os pés, mas pode atingir qualquer outra articulação do corpo. Tal como referido anteriormente, provoca inflamação crónica das articulações, que ficam edemaciadas, dolorosas e, por vezes, quentes.

A dor é mais intensa durante a manhã, e melhora ao longo do dia. Esta inflamação provoca também limitação dos movimentos, associando-se ainda a rigidez articular, tipicamente ao acordar, e que é superior a 30 minutos, dificultando a realização de gestos finos nas primeiras horas da manhã. Está também provado que os doentes com AR têm maior incidência de depressão e ansiedade, limitando ainda mais a sua qualidade de vida.

Apesar dos esforços de divulgação dos últimos anos, muitos doentes sofrem ainda as consequências mais nefastas desta doença, arrastando sintomas e limitação durante meses ou anos até ao correto diagnóstico e tratamento.

Riscos do diagnóstico tardio

Este atraso do diagnóstico agrava o prognóstico da doença, uma vez que, quando não tratada de forma adequada, é deformante e erosiva, destruindo as articulações muitas vezes nos primeiros anos de evolução. Assim, o diagnóstico precoce é essencial para prevenir danos futuros, evitando que as articulações se deformem de forma irreversível.

O diagnóstico é feito clinicamente, com observação do médico reumatologista, e geralmente com recurso a exames auxiliares de diagnóstico, nomeadamente exames ao sangue e exames de imagem. Uma das particularidades diagnosticas da AR é a presença de anticorpos no sangue, nomeadamente o fator reumatoide e o anti-CCP. A sua presença não é, no entanto, obrigatória para firmar o diagnóstico, uma vez que em alguns doentes nunca são detetados. Por outro lado, estes marcadores podem ser positivos em pessoas sem doença, de forma que o seu pedido deverá ser feito apenas quando clinicamente justificável. Outra das características é a elevação dos marcadores de inflamação sistémica no sangue, principalmente nos casos de doença ativa não tratada adequadamente ou refratária aos tratamentos.

Em relação aos exames de imagem, as radiografias são praticamente normais nas fases iniciais, mas quando estamos perante doença avançada ou não tratada podem surgir sinais de destruição articular, também chamados de erosões.

Tratamento

As opções de tratamento têm evoluído muito nos últimos anos, e longe vão os tempos em que os doentes faziam apenas elevadas doses de corticosteroides (“a cortisona”), que terminavam invariavelmente em excesso de peso, doenças metabólicas precoces e problemas de autoestima daí decorrentes. Atualmente, existem disponíveis no mercado diversos fármacos para controlar a AR, com potência e eficácia adequada para todos os doentes. O reumatologista prescreve os vários tratamentos de uma forma sequencial, uma vez que cada doente irá responder ao tratamento de forma individual, e, portanto, não existe um medicamento igualmente eficaz para todos.

Infelizmente, uma das consequências da pandemia da Covid-19 foi o atraso no diagnóstico de muitas doenças, entre as quais as doenças reumáticas como o AR. Este atraso fica a dever-se a vários fatores, nomeadamente o medo inicial da população na

procura de cuidados de saúde, e posteriormente a concentração de recursos disponíveis para tratar os doentes Covid. Outra das consequências da pandemia foi o sedentarismo decorrente das medidas de confinamento, com consequente aumento de peso, que agrava a sintomatologia das doenças articulares.

Assim, apesar de a AR ser uma doença crónica, e ainda sem possibilidade de cura, é expectável que com o tratamento e vigilância adequados seja eficazmente controlada. Desta forma, o doente fica livre de sintomas, e capaz de uma vida plena na esfera pessoal, social e profissional.

Se sofre de algum destes sintomas, procure um reumatologista.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Vacinação é Proteção”
Pelo segundo ano consecutivo o Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI)...

A campanha destina-se a sensibilizar todos os idosos, os seus cuidadores e familiares, para a necessidade, segurança e eficácia da vacinação contra diversas infeções, com destaque nesta altura do ano para a gripe e a pneumonia, na população idosa. Este ano foi ainda desenvolvida uma publicação com as “Recomendações Clínicas para a Vacinação da População Idosa em Portugal”, destinada a médicos e profissionais de saúde.

“A Direção Geral de Saúde (DGS) já recomenda a vacinação de alguns doentes crónicos e imunodeprimidos contra a doença pneumocócica invasiva e a pneumonia pneumocócica, mas, pela elevada suscetibilidade dos idosos a estas infeções e a sua potencial gravidade, consideramos importante expandir esta recomendação a todos os idosos, com ou sem doenças associadas”, afirma Paulo Almeida, do NEGERMI e responsável da campanha.

Para além das vacinas antipneumocócicas, a vacinação contra a Zona assume particular importância nos idosos considerando a maior frequência, gravidade e morbilidade da doença, assim como a influência na comorbilidades.

Com esta campanha relembra-se também a vacina contra o tétano e a difteria, a única incluída no Programa Nacional de Vacinação para idosos, e a vacina contra a gripe recomendada anualmente pela DGS para os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos.

“Os idosos são mais suscetíveis às infeções devido à diminuição progressiva da resposta imune com o envelhecimento associada às comorbilidades e síndromes geriátricas, pelo que sem programas específicos de vacinação, as doenças infeciosas continuarão a ter um impacto muito negativo nesta população nas próximas décadas”, conclui Paulo Almeida.

O aumento da esperança de vida justifica uma cuidadosa adaptação das recomendações vacinais à terceira idade, tendo por base uma melhor compreensão das razões subjacentes à baixa taxa de cobertura, bem como um melhor conhecimento da imuno-senescência. Ao contrário das crianças, para quem existem programas de imunização bem definidos, para os idosos não tem havido um plano de vacinação específico, o que tem como consequência uma baixa taxa de cobertura vacinal neste escalão etário.

As doenças infeciosas são uma significativa causa de morbilidade e mortalidade na população idosa podendo algumas ser prevenidas através de vacinação. As infeções do trato respiratório inferior são a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais frequentes acima dos 60 anos. Em particular, a pneumonia pneumocócica é uma das principais causas de morte nos idosos e a vacina previne as formas mais graves. O tétano ainda aparece em muitos países, incluindo Portugal, especialmente na população acima dos 50 anos.

As vacinas atualmente disponíveis têm um potencial suficiente para baixar o peso das doenças infeciosas nos idosos, independentemente de viverem no domicílio ou em instituições, prevenindo internamentos hospitalares e a deterioração funcional com subsequente diminuição da qualidade de vida.

Estenose aórtica e insuficiência mitral afetam pessoas acima dos 50 anos
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“Atualmente, mais de 6 por cento da população octogenária tem estenose aórtica. Em relação à doença mitral, estes números não serão menores, pois uma porção significativa das pessoas que tiveram um enfarte agudo do miocárdio ou têm insuficiência cardíaca acabam por desenvolver insuficiência mitral”, afirma Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

“É importante que a população idosa esteja atenta a sintomas como cansaço, falta de ar e incapacidade para realizar as tarefas que faziam anteriormente e que os transmitam ao seu médico assistente. Desta forma, é possível fazer-se um diagnóstico atempado e uma atuação precoce por parte da equipa de Cardiologia de Intervenção. Muitas pessoas continuam a desvalorizar os sintomas, por considerarem que advêm da longevidade, levando a que só procurem o médico quando já há alguma gravidade, o que pode ser um pouco tarde”, afirma Rui Campante Teles, coordenador nacional da iniciativa Valve for Life.

A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida. A aorta é a principal artéria do nosso corpo que transporta sangue para fora do coração. Quando o sangue sai do coração flui da válvula aórtica para a artéria aorta. A válvula aórtica tem como função evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Na presença de estenose, a válvula aórtica não abre completamente, vai ficando cada vez mais estreita e isso impede o fluxo sanguíneo para fora do coração. Se não for detetada atempadamente esta doença pode ter um desfecho letal. Os principais sintomas de estenose aórtica são cansaço, dor no peito e desmaios.

A insuficiência mitral é a segunda doença valvular mais comum, em todo o mundo, e antecipa-se que a sua prevalência aumente nos próximos anos, com o envelhecimento da população. É mais comum em homens e aumenta com a idade. Caracteriza-se por um refluxo de sangue através da válvula mitral. Cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai, ou seja, à medida que o ventrículo esquerdo bombeia o sangue para a aorta, uma porção de sangue retorna em direção à aurícula esquerda, aumentando o volume de sangue e pressão nesse local. Por sua vez, o aumento da pressão na aurícula esquerda irá traduzir-se num aumento da pressão nas veias dos pulmões. Ou seja, a insuficiência mitral leva a uma menor quantidade de sangue bombeado para a circulação geral a cada batimento cardíaco e, simultaneamente, a um aumento de pressão na circulação pulmonar, comprometendo a sua função. Estes mecanismos de doença provocam falta de ar e cansaço de agravamento progressivo.

Novo estudo publicado na Stem Cell Research & Therapy
Os resultados de um novo estudo, divulgado na revista científica Stem Cell Research & Therapy, revelam que a administração...

No próximo dia 06 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, “um problema de origem neurológica que resulta de danos cerebrais sofridos antes ou após o nascimento, podendo afetar, com maior ou menor gravidade, o movimento, a postura e a coordenação motora”, explica a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. O artigo científico, agora publicado, descreve os resultados de um ensaio clínico, que decorreu entre 2017 e 2019, e que incluiu 72 crianças dos 4 aos 14 anos com paralisia cerebral, a principal causa de incapacidade física em crianças, que afeta cerca de 3 em cada 1000 indivíduos, a nível mundial.

As abordagens clássicas, como a fisioterapia e a terapia ocupacional, embora possam ajudar no processo de reabilitação, têm-se revelado insuficientes no tratamento de crianças com paralisia cerebral. Por essa razão, “estão a ser investigadas novas opções terapêuticas, das quais se destaca a aplicação de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical, graças aos resultados favoráveis da aplicação destas células no tratamento de problemas do foro neurológico, reportados nos últimos anos”, acrescenta a especialista.

Durante o ensaio, as crianças foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo controlo, que não recebeu células, e o grupo experimental, ao qual foram administradas células estaminais do tecido do cordão umbilical por via intratecal (através de punção lombar). Todas as crianças participaram, ainda, no mesmo programa de reabilitação, que incluía três sessões de 75 minutos por semana.

Após um ano de seguimento, os investigadores concluíram que o grupo tratado com células estaminais do cordão umbilical - ao contrário do grupo de controlo - apresentou melhorias significativas na função motora, relativamente aos níveis iniciais. As crianças do grupo experimental destacaram-se também pelas melhorias no tónus muscular, mobilidade e autocuidados, e por melhorias estruturais ao nível cerebral, reveladas pelos estudos de imagiologia, sugerindo, assim, um efeito positivo da administração das células estaminais.

Não se verificaram diferenças significativas entre os grupos relativamente à frequência de efeitos adversos, nem a ocorrência de efeitos adversos graves durante o estudo, pelo que a administração intratecal de células estaminais do tecido do cordão umbilical foi considerada segura.

Os autores aconselham a realização de mais estudos para determinar qual a melhor via de administração, fonte e dose de células estaminais para realizar este tipo de tratamento, bem como para compreender os mecanismos subjacentes à reparação neurológica promovida pelas células estaminais.

Avaliação do Programa Mais Contigo
Cerca de 40% apresenta sintomatologia depressiva, dos quais 28% expõem indícios e manifestações de depressão moderados ou...

Desta feita, resultado do confinamento, apenas em escolas das zonas de intervenção das administrações regionais de Saúde do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. Por sexo, «as adolescentes apresentavam maiores vulnerabilidades, particularmente no bem-estar, autoconceito e sintomatologia depressiva», que aumentam para todos [rapazes e raparigas] a partir do 7º ano», revela o coordenador do Mais Contigo e professor de saúde mental na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), José Carlos Santos, que não tem dúvidas: «Os dados da sintomatologia depressiva são os mais elevados desde que fazemos esta avaliação», que já é realizada há cerca de uma década.

Para o docente de Coimbra, estes dados são «sinal de preocupação, mas sobretudo da necessidade de programas similares, que identifiquem, intervenham e encaminhem situações de sofrimento mental».

Hoje, durante a sessão de abertura do X Encontro Mais Contigo, realizado em formato de webinar, José Carlos Santos afirmou que «os comportamentos autolesivos mais comuns nas nossas escolas passam por uma metacomunicação, centrada no corpo, muitas vezes vivido, mas algumas vezes objeto e tela de todas as ambiguidades, utopias, angústias e, por fim, sofrimento mental tido como insuportável, inevitável e interminável».

O especialista notou que se verificam «algumas mudanças com comportamentos mais públicos, muitas vezes partilhados nas redes sociais, mais cedo ao nível da idade e, por vezes, na própria escola». «O olhar de proximidade, que as plataformas virtuais não permitem, o escutar sem juízos de valor, a legitimação do sofrimento, é o que pedimos às nossas equipas numa primeira ajuda e, nos casos justificados, posterior encaminhamento», recomendou José Carlos Santos.

O enfermeiro e coordenador do Mais Contigo nota que o trabalho que tem sido desenvolvido «apela a uma maior necessidade de presença de profissionais de saúde mental nas escolas, sejam psicólogos ou enfermeiros de saúde mental, mas também de maior interligação entre a escola e as instituições de saúde».

«O estigma, os processos de negação, de vergonha, de medo, de incompreensão e de falsos conceitos estão ainda presentes e dificultam intervenções atempadas», salientou o professor da ESEnfC.

Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental considera sustentabilidade do projeto uma “questão de primeira prioridade”

Presente na sessão de abertura do encontro, o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), Miguel Xavier, referiu que «os números [do Mais Contigo]» e «a capacidade de chegar» a tanta gente «começam a ser impressionantes».

Para o professor Miguel Xavier, «esperar que sejam os cuidados terapêuticos a resolver» os problemas de saúde mental «é uma falácia», numa alusão à relevância da prevenção e da intervenção ao nível dos cuidados de saúde primários. O diretor do PNSM disse mesmo que é «uma questão de primeira prioridade a sustentabilidade deste projeto» e que fará «o possível e o impossível para que o Mais Contigo possa continuar».

O coordenador do Mais Contigo fez questão de agradecer e de «destacar o papel das instituições proponentes: ESEnfC e ARSC», assim como o «apoio da DGS, particularmente do PNSM, que tem mantido algum financiamento para o seu desenvolvimento, e o CHUC, que tem sido um aliado na disponibilização de recursos humanos».

Segundo dados apresentados pelo coordenador do Mais Contigo, reconhecido como boa prática pelo PNSM (da Direção-Geral da Saúde), mas também pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros, em dez anos de intervenção, «mais de 40 mil adolescentes de norte a sul» do país participaram no programa, assim como «mais de 7 mil docentes e assistentes operacionais, cerca de 5 mil pais/encarregados de educação, mais de 600 dinamizadores, maioritariamente profissionais de saúde, cerca de 460 agrupamentos de escolas e 100 ACeS/ULS (agrupamentos de centros de Saúde e unidades locais de Saúde)».

Por outro lado, «ao longo deste decénio, tiveram acompanhamento especializado cerca de 600 adolescentes», sendo que «os cuidados de saúde primários foram o alicerce que permitiu este desempenho» e «as equipas de saúde escolar a cara do Mais Contigo, nas largas centenas de escolas que a ele se associaram», acrescentou o professor José Carlos Santos.

Na sessão de abertura do encontro intervieram, ainda, a enfermeira diretora de Enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Áurea Andrade, a presidente da ARS do Centro, Rosa Reis Marques, e a Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes.

O programa Mais Contigo é dinamizado em Portugal, desde o seu início, pela ESEnfC e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, contando já com múltiplos parceiros de norte a sul do país e nos territórios insulares – este ano terá início na região autónoma da Madeira.

O Mais Contigo trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência.

Reconhecimento precoce de sintomas pode salvar vidas
Por ocasião do Dia Mundial do Coração, que se assinala hoje, o INEM divulga que, durante os oito primeiros meses do ano,...

Segundo o INEM, em 72,8% dos casos, decorreram menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima através desta Via Verde. Já em 21,6% dos casos, o contacto através do 112 foi efetuado entre as duas e as doze horas de evolução da sintomatologia. Os restantes 5,5% dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução.

Os dados do INEM referentes ao período entre janeiro e agosto de 2021 indicam ainda que é na população de género masculino que se verifica uma maior incidência desta doença súbita, com 505 casos registados.

Em termos geográficos, os distritos onde se verificou a maior incidência de doentes encaminhados através da VVC foram Porto, Lisboa e Faro, com 136, 129 e 48 casos, respetivamente. Em particular, o Hospital de São João – Porto (87 doentes), o Hospital de Braga (64 doentes), o Hospital de Faro (49 doentes), o Hospital de São Francisco Xavier – Lisboa (42 doentes) e o Hospital São José – Lisboa (40 doentes), foram as unidades hospitalares que receberam o maior número de doentes com EAM encaminhados pelo INEM através desta Via Verde.

Dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos são alguns dos sinais que podem indicar um EAM.

O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita, prolongada e total ou quase total, da perfusão sanguínea coronária, essencial para garantir o funcionamento do coração. Se a causa da interrupção da perfusão coronária não for revertida rapidamente, as células cardíacas da(s) zona(s) do coração afetada(s) acabam por morrer, o que acontece ao fim de poucas horas.

Para assinalar o Dia Mundial do Coração, o INEM reforça que o reconhecimento precoce destes sinais e sintomas deve motivar de imediato o contacto com o Número Europeu de Emergência – 112. “Esta é a via preferencial através do qual os cidadãos devem pedir ajuda, dado que reduz o intervalo de tempo até ao início da avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para unidade hospitalar mais adequada”.

 

Já foram testadas mais de 27 mil pessoas através desta parceria com o Ministério da Educação
Face ao atual contexto de controlo na evolução epidemiológico da Covid-19, a Joaquim Chaves Saúde estabeleceu uma parceria com...

No âmbito das recomendações da Direção-Geral da Saúde acerca da testagem neste início de ano letivo, a Joaquim Chaves Saúde encontra-se a realizar testagens rápidas em escolas básicas e secundárias, de norte a sul do país, com o intuito de maximizar o ensino presencial em segurança.

Alunos, professores e auxiliares das escolas de 3.º ciclo do ensino básico e secundário da Grande Lisboa, Algarve, Braga, Aveiro e Alentejo já começaram a ser testados para despiste de infeções. As ações de testagem nas escolas continuarão até ao próximo dia 15 de outubro.

“Esta iniciativa constitui mais um esforço que a Joaquim Chaves Saúde tem vindo a realizar para estar na linha da frente e fortalecer as linhas de intervenção de combate à pandemia”, afirma Pedro Registo, Head of Labs Operation do Grupo. “Pretendemos garantir a segurança das nossas escolas através da testagem de mais de 80 mil alunos de escolas do norte a sul do país”, acrescenta.

 

 

 

Melasma
O melasma é uma afeção cutânea benigna que se caracteriza por hiperpigmentação localizada da pele, s

As manchas costumam ser castanhas, irregulares e simétricas. Com efeito, tendem a surgir de forma gradual em zonas específicas da face: testa, maçãs do rosto, nariz e “buço”.

A sua coloração varia ao longo do ano, mas intensifica-se com a exposição aos raios solares.

As principais causas de melasma são a exposição solar sem proteção, as alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez, os anticoncecionais hormonais e a luz azul, que faz parte do espectro de luz visível e que é emitida por ecrãs de telemóvel, computador ou luzes artificiais.

Quando associadas à gravidez são conhecidas como “pano” e ocorrem em cerca de 10-15% das grávidas. Nestes casos, por vezes revertem de forma espontânea, o que não acontece com outros tipos de manchas – que exigem tratamento adequado e personalizado.

Estas manchas resistem aos cremes de venda livre e são muito inestéticas, prejudicando a beleza do rosto.

É possível distinguir os diferentes tipos de melasma consoante a camada da pele afetada:

  • Melasma epidérmico: atinge a camada superficial da pele; nestes casos, a mancha costuma ser castanha e com os contornos bem definidos.
  • Melasma dérmico: aumento da pigmentação na zona mais profunda da pele; caracteriza-se por manchas com uma coloração azul/cinzenta.
  • Melasma misto: associação entre o melasma epidérmico e o dérmico; manifesta-se sob a forma de manchas com pigmentos castanhos/cinzentos.

O tratamento mais adequado vai depender da profundidade da pele afetada.

A prevenção é muito importante e passa pela utilização diária de protetor solar SPF 50, dando preferência às apresentações com cor e com filtros minerais, utilização de anticoncecionais de baixa dosagem hormonal e proteção adequada contra a luz azul do espectro da luz visível.

Ainda assim, para tratamento, utilizamos habitualmente produtos tópicos à base de ácido retinóico (vitamina A), hidroquinona, vitamina C, ácido tranexâmico e niacinamida. Todos eles têm ação comprovada em diferentes etapas da formação de manchas. Nas situações mais severas poderemos utilizar

peelings ou laser que ajudam a melhorar o melasma, reduzindo de forma muito evidente esta difícil condição estética.

Aquando da consulta, o médico especialista faz uma avaliação por forma a prescrever o protocolo terapêutico com maior possibilidade de sucesso para o seu caso em particular.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório de Vacinação
O último Relatório de Vacinação, divulgado pela Direção Geral da Saúde, revela que 84% dos portugueses estão totalmente...

O documento destaca que, desde que arrancou a campanha de vacinação, em dezembro de 2020, o país recebeu cerca de 19,5 milhões de doses de vacina, tendo sido distribuídas mais de 15,8 milhões. 

Segundo o balanço semanal, 100% das pessoas com 65 ou mais anos estão vacinadas contra a Covid-19. 

Por faixas etárias, 1.683.409 portugueses com idade compreendida entre os 65 e os 79 anos têm pelo menos uma dose e 1.667.623 a vacinação completa. Foi administrada a primeira dose da vacina a 694.670 pessoas com mais de 80 anos e 689.495 têm a vacinação completa. 

No grupo etário entre os 50 e os 64 anos, 2.160.334 (99%) tomaram pelo menos a primeira dose e 2.127.520 (98%) terminaram a vacinação. 

Cerca de 94% (3.143.749) das pessoas com idade compreendida entre os 25 e os 49 anos iniciaram a vacinação e 91% (3.031.235) já têm o esquema vacinal completo. 

Quanto aos jovens, 90% (703.462) com idade entre os 18 e os 24 anos têm pelo menos uma dose da vacina e 84% (656.089) a vacinação completa. 

Também na faixa etária 12-17 anos o processo de vacinação acelerou, tendo sido administrada a primeira dose da vacina a 87% (544.664) dos adolescentes com idade até 17 anos. Neste grupo, 491.794 pessoas terminaram a vacinação, o que equivale a 79%. 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados 755 casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território nacional. O número de...

Algarve e Alentejo foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balança: duas mortes cada. As regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo têm ambas um óbito a assinalar nas últimas 24 horas.  Nas restantes regiões do país não houve mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 755 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 295, seguida da região Norte com 213 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 117 casos na região Centro, 37 no Alentejo e 60 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 20 infeções, e os Açores com 13.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 386 doentes internados, menos 13 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos mantêm a rota descendente e têm agora menos seis doentes internados, desde o último balanço: 68.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 801 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.020.067 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.495 casos, menos 52 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 50 contactos, estando agora 27.441 pessoas em vigilância.

Iniciativa da Glintt Inov
A Glintt Inov, o Hub de Inovação na área de Digital Health da Glintt, multinacional portuguesa, líder em serviços tecnológicos...

No seguimento da sua estratégia de Open Innovation, e com o intuito de dar continuidade ao trabalho desenvolvido até ao momento, a Glintt Inov pretende agora dar a oportunidade a jovens de se candidatarem e desenvolverem projetos na área do Digital Health, podendo assim ter acesso ao contexto e mindset certo sobre o futuro da saúde.

Este evento, que ocorrerá entre os dias 18 e 22 de outubro, na Beloura, em Sintra, estará dividido em duas partes: de manhã vão ocorrer várias palestras, com diversas entidades das áreas da Saúde, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo, e da parte da tarde os concorrentes vão estar com os seus mentores a preparar o pitch, que será apresentado no último dia do evento.

O objetivo de criar estes diferentes programas, com conferências e com mentoria, passa por “incentivar a que todos os jovens das áreas da saúde e tecnologia sintam que podem e devem contribuir, com ideias e com o seu espírito crítico, para inovar ou melhorar ainda mais o setor da saúde e, por outro lado, abrir portas para que sejam identificados projetos com potencial para serem levados a cabo, quer pela Glintt quer mesmo por um parceiro nosso, ajudando financeiramente, com apoios de marketing ou tecnologia disponível, ou indicando apenas o contexto certo para os direcionarem de forma correta ao mercado endereçável”, refere Hugo Maia, Diretor da Glintt Inov.

Neste sentido, e tendo como missão a procura pelos projetos mais inovadores e que respondam aos desafios cada vez mais complexos do setor da Saúde, a Glintt Inov, através de hackatons e de concursos de parceiros, selecionou sete ideas – AllergyAct; AllergyApp; RHEUMA; REC; 47Care; Fala+ e PHOCUS. O evento é aberto para quem quiser assistir online e em direto, na página de LinkedIn. Aqui entre outras publicações sobre o evento, estão os vídeos de apresentação de cada uma das sete equipas selecionadas.

 

O que falta ainda fazer para garantir uma correta codificação no setor da saúde?
A GS1 Portugal, organização de direito privado, sem fins lucrativos, neutra e multissetorial, responsável pela introdução do...

Na linha de outras iniciativas que tem vindo a adotar, para participar nesta Reunião, a GS1 Portugal convidou especialistas e profissionais de saúde.

A sessão arrancou com intervenção de André Jacinto, da APORMED – Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos, numa atualização sobre a implementação do Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos. André Jacinto falou da legislação em vigor, com especial destaque para o alargamento de eIFU - Electronic Instructions for Use – a todos os dispositivos médicos de uso profissional, que por “falta de literacia digital, dúvidas sobre o aumento de riscos para os doentes e falta de acesso a meios tecnológicos”, não foi implementado. André Jacinto relembrou que “a participação na plataforma EUDAMED é voluntária por parte dos operadores económicos até estar totalmente funcional, o que se prevê que aconteça no final de 2022, início de 2023”.

Seguiu-se a apresentação das conclusões do VII Seminário da Saúde “Transformar o Sector da Saúde: Aprender com a Crise”, por Madalena Centeno da GS1 Portugal, um evento que contou com a participação do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, do Instituto de Medicina Molecular, do Health Cluster Portugal, da Hovione, da Multicare, da General Electric Healthcare e do Grupo Luz Saúde. Madalena Centeno recordou que, entre as principais conclusões desta sessão, destacou-se a importância da partilha de dados e a rastreabilidade como chave fundamental para o setor da saúde e para a segurança do doente.

Na intervenção seguinte, Sofia Perdigão, da GS1 Portugal, falou sobre os resultados do Projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém da Well’s, a cadeia de parafarmácias da Sonae MC. O projeto implementado, que tem como objetivo aumentar a eficiência da conferência das entregas na plataforma de receção, uniformizar as codificações aplicadas e lançar bases para a digitalização da cadeia de abastecimento, já se encontra na sua última fase de implementação.

Nesta altura, entre os mais de 200 fornecedores avaliados, 56% estão em formação para uma correta codificação, 45% foram já aprovados pela GS1 Portugal e 17% já encerraram o processo, que arrancou em janeiro deste ano.

Ainda durante a mais recente Reunião do HUG, foram apresentados os resultados do Estudo de Níveis de Serviço no setor da saúde, o Benchmarking de Saúde, promovido pela GS1 Portugal, em particular no que se refere aos resultados do canal armazenista.

O foco do estudo neste setor é, desde 2016, a eficiência da cadeia de valor da saúde. Em particular no que se refere ao canal armazenista, foi possível aferir as tendências de mercado nesta área e as prioridades de quem avalia e participa neste estudo. Assim, destaca-se, por ordem de prioridade o serviço logístico (prazo de entrega, bom estado do produto, roturas de stock), a relação com o laboratório, as condições comerciais, os sistemas de informação e os serviços de armazenista. “Comparando a avaliação anterior com a deste ano, existe uma melhoria significativa em todos os segmentos: medicamentos inovadores, genéricos, OTCs e democosmética”, explicou Maria João Amaral, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço , da GS1 Portugal. “É claro o impacto do estudo nas empresas, que extraem conclusões e aplicam mudanças para melhorar a eficiência”, concluiu.

A fechar a sessão, Tania Snioch da GS1 Healthcare, falou sobre “A GS1 e os Ensaios Clínicos: as novas iniciativas no sector da Saúde”. Na sua intervenção, Tania Snioch realçou alguns dos problemas identificados na implementação de standards GS1 nos ensaios clínicos. Além de destacar a importância da partilha de dados e informações entre os diferentes elos da cadeia de abastecimento, a responsável da GS1 Healthcare sublinhou que, “na maioria das vezes, é tudo feito manualmente, além de existirem limitações de espaço para etiquetar/codificar nos produtos”. Foi ainda abordada a importância da comunicação entre a empresa farmacêutica e os hospitais envolvidos nos ensaios clínicos e também a distribuição dos medicamentos em teste no hospital.

No encerramento da reunião, a Madalena Centeno relembrou a audiência do evento GS1 Healthcare Online Summit, entre os dias 15 e 19 de novembro, e ainda da participação da GS1 no 44th World Hospital Congress de 8 a 11 de novembro.

Estudo RCSI
Uma nova pesquisa da RCSI University of Medicine and Health Sciences, na Irlanda, encontrou uma possível relação entre a...

Publicada na revista Gut, a investigação pode ajudar os médicos a identificar os pacientes em risco de resultados mais pobres e a tomar decisões sobre opções de tratamento para doentes com cancro do intestino cujos tumores estão infetados com a bactéria Fusobacterium nucleatum.

Usando a sequenciação genómica, os investigadores são agora capazes de detetar vestígios de uma infeção com bactérias ou outros micróbios em tumores de pacientes que anteriormente teriam sido indetetáveis. A investigação liderada pelo RCSI propôs-se compreender quais os tumores infetados com bactérias, e o que o papel de uma infeção bacteriana significa em termos de como a doença progride.

A pesquisa descobriu que uma coleção de bactérias que normalmente vive na cavidade oral infeta tumores intestinais, altera a forma como as células tumorais se comportam, e pode desencadear a propagação do tumor a outros órgãos. O estudo sugere que existe uma relação direta entre a presença de uma bactéria chamada Fusobacterium nucleatum e a propagação do cancro do intestino, resultando em resultados mais pobres para um subconjunto de pacientes.

O investigador principal, Jochen Prehn, Professor de Fisiologia e Diretor do Centro de Medicina dos Sistemas do RCSI, afirmou que "É urgente uma ferramenta eficaz para ajudar os oncologistas a personalizar o tratamento do cancro colorretal."

"Este estudo demonstra o papel que as bactérias desempenham na propagação do cancro do intestino. Esperamos que estas descobertas melhorem os diagnósticos para melhorar a eficácia do tratamento atual e ajudar a promover ainda mais o uso de novas terapêuticas para os doentes infetados com esta bactéria", acrescentou o professor.

De acordo com a Irish Cancer Society, quase 3.000 pessoas são diagnosticadas com cancro do intestino na Irlanda todos os anos. Em todo o mundo, o cancro do intestino é atualmente responsável por cerca de 10% dos novos casos de cancro diagnosticados (1,9 milhões de casos, OMS 2020).

Neste estudo colaborativo com a Universidade de Queens, foram analisadas amostras de pacientes da Irlanda do Norte e de mais de 600 doentes do Atlas do Genoma do Cancro. O Atlas do Genoma do Cancro é um programa internacional que analisa as mutações genéticas responsáveis pelos tipos de cancro para ajudar investigadores e clínicos a entender melhor a doença e como tratá-la.

O estudo foi apoiado pelo RCSI e pelo Irish Centre for High-End Computing (ICHEC) e financiado pelo Health Research Board, Science Foundation Ireland e o Northern Ireland Department for the Economy (NI DfE).

Aplicação móvel criada por médicos e para médicos
Depois da Doença Venosa Crónica, a Síndrome do Intestino Irritável é a patologia que vai ser abordada no âmbito da parceria...

Rui Martins, diretor de Marketing e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma refere que “A síndrome do intestino irritável é uma condição clínica que afeta aproximadamente 20% da população. Desta forma, decidimos apoiar estas árvores de decisão de diagnóstico, tratamento e referenciação desenvolvidas em parceria com a TONIC APP pelo Dr. Armando Peixoto, médico de gastrenterologia no Centro Universitário Hospitalar S. João, e revistas pela Drª. Joana Nunes, médica de gastrenterologia no Hospital Beatriz Ângelo.”

A SII é um dos distúrbios funcionais gastrointestinais mais comuns, caracterizado por manifestações e alterações digestivas crónicas através de vários sintomas, não apresentando uma causa identificada. Existe um conjunto de sintomas que são frequentemente mencionados como alterações no trânsito intestinal (diarreia ou obstipação), flatulência, distensão abdominal e dor abdominal, que se localiza, geralmente, na parte inferior do abdómen.

“A parceria da Alfasigma com a TONIC APP representa mais um passo na nossa visão e missão para proporcionar uma melhor saúde e qualidade de vida aos doentes, ao mesmo tempo que procuramos prestar um serviço aos profissionais de saúde, ao facilitar ferramentas e materiais de utilidade clínica para a classe médica.” reforça ainda Rui Martins.

Tonic App é uma aplicação móvel portuguesa, criada em 2016, estando atualmente disponível no território nacional, contando já com mais de 20.800 utilizadores portugueses, mas também em Espanha, Itália e França. Em 2018, venceu o segundo prémio da competição de apps médicas da MEDICA, a maior feira de saúde do mundo e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia pelo globo”. A Tonic App disponibiliza informação tratada de forma independente por uma equipa especializada, baseada em fontes científicas e de entidades oficiais, o que transmite credibilidade e entrega de valor aos médicos.

“Se já viu, tem de ir ver”
A propósito do Dia Mundial da Retina, que se assinala no dia 29 de setembro, o Grupo de Estudos da Retina de Portugal (GER)...

Até outubro, mês em que se assinala o Dia Mundial da Visão (dia 14), a campanha vai contar com publicações informativas nas Redes Sociais do GER (Facebook e Instagram), Mupis com imagens de sensibilização, em várias estações de comboios por todo o país, e um Vídeo de sensibilização nas estações de metro do Porto. O mesmo vídeo vai também ser transmitido em diversos centros de Saúde em Lisboa e no Porto, juntamente com a distribuição de cartazes e folhetos informativos sobre as doenças da retina.

“A visão desempenha um papel crítico em todas as fases e atividades da vida, sendo crucial procurar ajuda assim que são detetadas as primeiras alterações. Com esta iniciativa o GER pretende sensibilizar a população para os sintomas mais comuns da DMI e retinopatia diabética de forma a facilitar o diagnóstico e tratamento precoces. Uma população bem informada é uma população preparada”, explica Ângela Carneiro, Presidente do GER e oftalmologista, especialista em doenças da retina.

Globalmente, pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual e, dessas, pelo menos metade têm uma deficiência que poderia ter sido evitada ou que não recebeu assistência de qualquer tipo1.

A DMI é uma doença ocular causada por danos na parte central da retina, a mácula, que é responsável pela visão fina ou de pormenor, e cujo risco de desenvolvimento aumenta com a idade. Como consequência, os doentes são afetados por aparecimento de manchas fixas no seu campo visual ou por distorção das imagens.

A nível mundial, é considerada a terceira principal causa de cegueira no mundo e a primeira nos países desenvolvidos, considerando a população com idade igual ou superior a 55 anos. Afeta entre 10 e 13% das pessoas acima dos 65 anos, estimando-se que a sua prevalência duplique até 20302. Em Portugal, estima-se que afete mais de 350 mil pessoas3.

A DMI causa danos irreversíveis, mas existem alguns comportamentos que podem ajudar na prevenção e retardar a progressão da doença, como o tabagismo, que é o principal fator de risco modificável. Além disto, o diagnóstico precoce é um dos fatores fundamentais no tratamento da DMI, uma vez que pode prevenir a evolução da doença para fases mais graves.

Já a retinopatia diabética, causada pela diabetes mellitus, caracteriza-se pela existência de danos nos vasos sanguíneos da retina, estimando-se que esta afete cerca de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. A perda de visão ocorre frequentemente devido ao edema na parte central da retina.

A maioria dos casos de retinopatia diabética são evitáveis, sendo a deteção precoce crucial. Devido a isto, após o diagnóstico da diabetes, são importantes a realização de exames oftalmológicos regulares e o controlo dos principais fatores de risco (hiperglicemia e hipertensão).

Apelando à ação por parte dos atuais ou potenciais doentes e seus cuidadores, a campanha “Se já viu, tem de ir ver” pretende incentivar quem já viu ou conhece alguém que já tenha visto algum destes sintomas, que afetam a visão, a procurar ajuda junto de um médico oftalmologista, especialista em doenças da retina. Alerta ainda para o facto de o tratamento não poder ser adiado, uma vez que as lesões provocadas na retina são irreversíveis, podendo conduzir a situações de cegueira.

Alerta Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
A especialidade de Oftalmologia continua, neste momento e na maioria dos serviços do SNS, com tempos de espera para cirurgias...

Mas o que significa este regresso à normalidade, quando se fala em filas de espera para cirurgias?

Rufino Silva, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, responde:

“Em Oftalmologia, devemos colocar a nossa atenção em duas situações urgentes: os doentes que ainda não conseguiram ser diagnosticados (já que muitas pessoas não recorreram às urgências durante a pandemia, por razões diversas) e os doentes que necessitam de cirurgia da retina, que não pode atrasar!”

A estes doentes, juntam-se os doentes que necessitam de injeções intravitreas, de cirurgia de glaucoma ou mesmo de transplante de córnea - os critérios de gravidade e urgência são diferentes para as diversas patologias embora todas estejam na mesma lista.

Contudo, o Médico Oftalmologista esclarece. “É muito mais importante operar a tempo patologia retiniana - que provoca perda grave e irreversível de visão - do que fixarmo-nos na lista de cataratas. Esperar 4 ou 6 meses por uma catarata não está associado a perda irreversível de visão - mas esperar 3 meses por uma cirurgia de retina pode significar isso mesmo!”

Neste Dia Mundial da Retina, que se assinala esta quarta-feira, dia 29 de setembro, o Presidente da SPO sublinha a urgência de “implementar programas prioritários de tratamento de descolamentos de retina a nível nacional, libertando as equipas de retina cirúrgica para tratamento em horário normal de outras patologias da retina também causadoras de cegueira.”

Deixar para mais tarde a procura do Médico Oftalmologista pode atrasar o diagnóstico e respetivo tratamento e consequências irreversíveis para além de custos diretos e indiretos para o doente e sua família.

A retinopatia diabética está entre as três causas mais frequentes de perda grave de visão e de cegueira em Portugal (sendo as outras a degenerescência macular da idade (DMI) e o glaucoma).

 

 

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