A Importância da Segurança do Doente – parte II
Durante a manhã do passado dia 17 de setembro de 2021, a Direção-Geral da Saúde (DGS) apresentou o n

A Conferência “A Segurança do Doente em Portugal” assinalou o Dia Mundial da Segurança do Doente, com a apresentação dos resultados do Plano Nacional para a Segurança do Doente 2015-2020 (PNSD 2015-2020), boas práticas implementadas nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como o “Plano de Ação Mundial para a Segurança do Doente 2021-2030” da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Plano de Ação Mundial para a Segurança do Doente 2021- 2030 foi aprovado a 28 de maio de 2021, em Resolução, na 74ª Assembleia Mundial da Saúde. Este plano visa eliminar os danos evitáveis nos cuidados de saúde, permitindo evitar danos ou mesmo travar a morte de milhões de doentes, na sequência de cuidados de saúde inseguros a nível mundial. Ao todo, contempla 7 objetivos estratégicos:

  • Desenvolver políticas de saúde para eliminar danos evitáveis;
  • Criar sistemas de saúde de elevada confiança;
  • Garantir a segurança dos processos clínicos;
  • Envolver e capacitar os doentes e as famílias;
  • Motivar, educar e capacitar os profissionais de saúde;
  • Garantir a informação e a investigação;
  • Desenvolver parcerias, sinergias e a solidariedade.

Tendo este contexto presente e o facto das metas da OMS serem transpostas para o enquadramento jurídico nacional surgiu o novo PNSD 2021-2026 que resultou de uma colaboração entre a DGS, através do Departamento da Qualidade na Saúde, e a Escola Nacional de Saúde Pública-NOVA, num processo alinhado com as orientações internacionais, adaptado à realidade nacional e que se pretende agregador, integrador e evolutivo.

O novo PNSD 2021-2026 tem como objetivo primordial que a prestação de cuidados de saúde seja segura e de qualidade em todo o sistema de saúde e, em particular, no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este plano resultou da análise feita aos resultados do plano anterior (PNSD 2015-2020), mas, também, da consulta a profissionais de saúde envolvidos nas Comissões de Qualidade e Segurança, a peritos nacionais e internacionais, e da mais recente evidência científica.

O novo PNSD 2021-2026 assenta em cinco pilares - cultura de segurança, liderança e governança, comunicação, prevenção e gestão de incidentes de segurança e realização de práticas seguras em ambientes seguros. Este plano prevê, por exemplo, que as unidades de saúde implementem planos de formação para os seus profissionais desenvolverem práticas seguras e evitem incidentes, na sua maioria evitáveis.

Salientamos que o diretor do Departamento da Qualidade na Saúde da DGS, Dr. Válter Fonseca, que apresentou o plano, destaca a aposta no envolvimento de todos os cidadãos neste desígnio, “não só dos profissionais e dos doentes, mas também dos cuidadores, das famílias e da sociedade civil”. Acrescentou que “as metas deste plano serão alvo de contratualização pelas unidades de saúde, sejam elas hospitais ou unidades dos cuidados de saúde primários, aspeto que não estava previsto no plano anterior, mas que será um incentivo adicional às práticas seguras”.

No entanto, as metas deste plano não se circunscrevem às unidades prestadores de cuidados de saúde, mas também à telessaúde e ao domicílio dos doentes.

De realçar também a meta de redução das infeções associadas aos cuidados de saúde e do consumo de antibióticos, conjuntamente com o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA).

Concluindo, o novo PNSD 2021-2026 está alinhado com o repto lançado pela Organização Mundial da Saúde a todos os Estados Membros, para que coloquem a Segurança do Doente como uma prioridade nas Políticas de Saúde.

Fonte: Despacho n.º 9390/2021 que “Aprova o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026”, Gabinete do Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Diário da República: 2.ª série, N.º 187 (2021). Disponível em https://dre.pt/application/conteudo/171891094.

   

Autores:

Maria Helena Junqueira Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE [email protected]

Pedro Quintas Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal [email protected]

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ações de sensibilização
Nesta semana que celebra o Dia do Animal, a Associação Animais de Rua não tem mãos a medir em ações de sensibilização nas...

A convivência diária entre humanos e animais é uma realidade para 54%* das famílias portuguesas. Esta não é uma realidade exclusiva dos lares portugueses, mas também é um tema recorrente nas escolas portuguesas. No Dia do Animal (4 de outubro) esta temática é reforçada nas salas de aulas, com a Associação Animais de Rua a marcar presença em mais de 6 ações de formação e sensibilização em Escolas dos diversos ciclos de ensino.

Para a Associação Animais de Rua estas ações de sensibilização nas escolas “são uma prioridade”. A responsabilidade dos humanos para com os animais de companhia é “evidente para praticamente toda a gente, e essa tem sido a tendência política, legislativa e mediática dos últimos anos, no entanto as grandes mudanças quanto à proteção e bem-estar animal devem de facto começar nas escolas e na mentalidade das crianças”. 

Para além das últimas mudanças legislativas e operacionais lideradas pelo MAAC - Ministério do Ambiente e da Ação Climática e da educação cívica inerente aos direitos dos animais, o trabalho da Animais de Rua nas escolas também se foca nas boas práticas de bem-estar e detenção de animais de companhia, na aplicação do método CED - Capturar Esterilizar e Devolver e nas estratégias de combate ao abandono de Animais de Companhia. 

Para as escolas a Animais de Rua leva consigo os livros “Pimpão - Uma História de Amizade'' e "Aqui há Gato!”, ambos criados pela Associação para melhor chegar junto do público mais jovem. A Associação revela também que apesar de ter um maior número de ações em escolas durante esta semana do Dia do Animal, na realidade este é um trabalho permanente e que está a regressar às escolas em força neste novo ano letivo. Para esta associação é importante também que o Ministério da Educação e a DGEstE - Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares se envolvam diretamente na promoção do bem-estar animal dentro das escolas.

 

Inovação terapêutica nas diarreias severas
A Biojam realiza no próximo dia 13 de outubro, às 18h30 um webinar que coloca em discussão a Tintura de Ópio, enquanto Inovação...

Além de membro do conselho científico da European Society of Neurogastroenterology e European Federation of IASP Chapters, é presidente da Associação Escandinava de Neurogastroenterologia e Motilidade, investigador e co-inventor de patentes.

Na área da investigação tem-se debruçado sobretudo no estudo da pancreatite crónica, dor gastrointestinal, eixo cérebro-intestino, motilidade, farmacologia de analgésicos, fisiologia do trato gastrointestinal, estudos gastroenterológicos clínicos, imagem e desenvolvimento de tecnologia.

Com uma carreira marcada pela investigação, foi distinguido pela Associação Dinamarquesa de Gastroenterologia, pela Associação Dinamarquesa de Medicina de Reabilitação com o Prémio “Muusfelt” e pela Associação Dinamarquesa de Medicina Interna com o prestigiado Prémio Hagedorn.

 

Campanha da SPAIC com a Novartis
A Novartis, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) assinalam, a nível nacional,...

Além de chamar a atenção para a patologia em si, bem como para as implicações que pode ter no nosso dia-a-dia, esta campanha pretende ainda demonstrar que é possível viver bem com urticária e que com um diagnóstico e tratamento acertados é possível andar “com a confiança à flor da pele”, mesmo que esta tenha urticária. De forma a sensibilizar para esta doença, a campanha chama claramente a atenção para os sintomas mais comuns de Urticária Crónica Espontânea (UCE), como manchas avermelhadas e com relevo, comichão intensa e inchaço (edema), destacando a necessidade das pessoas procurarem um especialista em dermatologia ou imunoalergologia e, assim, obter o seguimento e tratamento adequados1,2.

Com a assinatura #eusouatuarede, pretende-se gerar um movimento nacional que envolva a maior “mancha” possível na sociedade, para que se reconheça o impacto desta doença. A campanha deste ano envolve ainda as dimensões de #cuidadosàflordapele, que pretende divulgar alguns conselhos práticos para o aumento do bem-estar, e de #peguntasàflordapele, que terá uma componente de respostas nas redes sociais para desmistificar junto da comunidade alguns temas associados à UCE.

Pelo quinto ano consecutivo a Novartis e a SPAIC desenvolveram uma campanha de divulgação da UCE, reconhecendo a necessidade de informação e sensibilização da sociedade para esta doença que continua subvalorizada, vista muitas vezes apenas como um problema estético e não como uma doença crónica de pele com elevado impacto na vida dos doentes. Cerca de 30,9% dos doentes com urticária crónica reportam um elevado impacto na sua qualidade de vida3. Este ano, a campanha conta ainda com a colaboração da APUrtica – Associação Portuguesa de Doentes de Urticária, criada recentemente para ajudar a dar maior visibilidade à UCE e apoiar as pessoas que sofrem desta doença.

Com uma comunicação diversificada e suportada em diferentes segmentos de media e plataformas digitais, nomeadamente o Instagram e o site da Novartis, o foco da campanha mantém-se assim na criação de informação para os doentes com urticária e para todos os que possam ter contacto com esta doença. Através dos seus canais de comunicação, a SPAIC tem disponíveis materiais educativos sobre urticária para a população (recentemente sobre COVID-19 e urticária) bem como várias ações de formação sobre urticária para profissionais de saúde. 

 

Receitas vão reverter a favor da Associação Amigas do Peito
“Luta Rosa, Pensa Rosa.” é o desafio do canal AXN White durante o mês de Outubro, apresentando um amplo programa de atividades...

Pelo segundo ano consecutivo, o AXN White vai associar-se à causa Outubro Rosa mas, em 2021, o canal pretende elevar esta campanha e movimento para outro nível. A campanha conta com um conjunto alargado de ativações ao abrigo das Family Talks, uma iniciativa de comunicação que, ao longo do ano, aborda temas estruturantes da atualidade e da sociedade numa conversa entre o canal e os portugueses, inspirando-os com pessoas especiais.

Assim, durante o mês de outubro, o AXN White adapta o seu logótipo - substituindo o “X” por um laço rosa reinventado, ícone da Luta Contra o Cancro. Também os seus conteúdos publicitários vão transformar-se em campanha de sensibilização, alertando para a doença oncológica e de como, na grande maioria das vezes, o rastreio poderá fazer toda a diferença. Além do canal, as redes sociais do AXN White vão vestir-se de rosa, dando também palco à sensibilização e prevenção junto das comunidade de fãs.

Como parte desta dinâmica, o AXN White dinamiza ainda a exposição fotográfica “Luta Rosa. Pensa Rosa.”, uma mostra digital e física criada pela fotógrafa Inês Costa Monteiro. Já a marca portuguesa de joalharia M’ Choices junta-se a esta iniciativa com o lançamento de uma edição limitada de um colar que simboliza a importância do diagnóstico precoce da doença. Todas as receitas deste movimento vão reverter a favor da Associação Amigas do Peito.

A exposição estará presente em dois centros comerciais do País, o Alameda Shop & Spot, no Porto, de 2 a 17 de outubro, e no Loureshopping, em Loures, de 18 a 31 de outubro. Nestas peças, compostas por 18 fotos, é retratado o lado lutador e persistente de cada um dos pacientes de cancro da mama, aqui transformados em modelos fotográficos. O AXN White quis ainda alargar esta sensibilização para os familiares e amigos de cada um dos doentes e ex-doentes, colocando o foco também as pessoas importantes para este processo. Desde casos com cirurgias complexas, reconstituições mamárias, um homem com mastectomia de intervenção e de prevenção, esta exposição retrata a realidade como esta é.

A marca portuguesa M’ Choices criou uma peça única, o colar “Luta Rosa, Pensa Rosa”, vendido apenas durante este mês de outubro, numa edição limitada. Um esboço de um par de mamas simboliza que esta luta deve estar sempre ao peito, promovendo a apalpação como primeira medida de autoavaliação. O colar estará à venda no site oficial mchoices.pt com o valor de 12.90 € + IVA, as receitas revertem na totalidade para a Associação Amigas do Peito.

Marta Trigoso, Marketing Manager dos canais AXN afirma que “é importante dar palco e voz a esta doença, demonstrando que nas dores, nos tratamentos, nas más noticias, mas também nas pequenas vitórias do dia a dia, estas pessoas não estão sozinhas. Há toda uma comunidade que tem de ser alertada para este problema pois é muito mais comum do que gostaríamos de imaginar. Cada fotografia aqui reflete a cumplicidade destas pessoas com os seus pais, mães, maridos, filhas e amigas, transmitindo uma onda de esperança e amor inigualável”.

"Este ano resolvemos iniciar o mês de outubro, mês de eleição da saúde da mulher a nível global com uma exposição fotográfica de Uli Schmidt, grande amigo da nossa Associação, pela grande sensibilidade que demonstra ter ao captar no rosto de mulheres a sua resiliência, sofrimento, angústia, paixão, medo, dor e também felicidade. O Outubro Rosa visa alertar a população sobre o cancro de mama consciencializando, quer os governantes quer a população feminina, para a necessidade de proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento reduzindo assim os índices de letalidade", afirma Emilia Vieira, Presidente da Associação Amigas do Peito.

A iniciativa “Family Talks - Luta Rosa, Pensa Rosa” é mais do que uma campanha: é um movimento que pode, pelo menos, ajudar a fazer a diferença na deteção precoce do cancro da mama. Marta Trigoso reforça ainda que “segundo dados da Liga Portuguesa Contra o cancro, em Portugal, são anualmente detetados cerca de 6.000 novos casos e, durante a pandemia, houve menos 400 mil rastreios de cancro de forma geral. Por isso, toda a sociedade civil, empresas e marcas devem continuar a juntar-se a esta causa. O cancro tem um rosto e não é assim tão diferente do nosso, por isso, desafiamos todos a pensar e a lutar rosa.”

As Family Talks são iniciativas do AXN White que arrancou este ano e pretende levar aos espectadores temas que lhes são próximos através de eventos, parcerias e ações diferentes e que vão muito além dos conteúdos do canal. Depois de quebrar estigmas sobre as madrastas, o canal foca-se agora num tema relacionado com a saúde, desta feita, a luta do cancro da mama.

Serviço de Obstetrícia e Ginecologia organiza Webinar
Outubro é o mês internacional da Prevenção do Cancro da Mama e do Colo do Útero. Para assinalar a importância deste tema e...

O movimento conhecido como Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos, na década de 1990, para sensibilizar a população quanto à importância da prevenção no combate ao cancro da mama, tornando-se rapidamente numa campanha à escala mundial, levando a cabo múltiplas atividades por fim a alertar e sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce. Mais tarde, foram integradas neste movimento campanhas de sensibilização para o cancro do colo do útero.

“O cancro da mama é uma das principais causas de morte por cancro entre as mulheres, sendo considerado o tipo de cancro mais frequente no sexo feminino. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama, e cerca de 1.500 mulheres morrem com esta doença”, aponta esta unidade hospitalar em comunicado, reforçando a importância
 de “sensibilizar os profissionais de saúde, a população em geral sejam homens ou mulheres, para a importância do autoexame sistemático da mama e para o diagnóstico e tratamento precoces”.

Já o Vírus do Papiloma Humano (HPV), é responsável por uma substancial taxa de cancros do colo do útero. “É hoje considerado o segundo carcinogéneo mais importante, logo a seguir ao tabaco. Está associado a 5% dos cancros, no geral, e a 10% dos cancros na mulher”, acrescenta.

“Esta conferência digital sobre o cancro da mama e do colo do útero, será enriquecida com o contributo de diversos profissionais de saúde do HFF, de outras instituições de saúde nacionais e contará também com a presença da tatuadora Mariza Seita e da locutora de rádio Joana Cruz.  Procurar-se-á, através deste painel, dar a devida relevância ao tema, contribuindo assim para ganhos em saúde para todos os utentes e em conhecimentos e competências para os profissionais de saúde”, descreve o HFF.

A participação neste Webinar é gratuita. No entanto, carece de inscrição, através do email: [email protected], onde se deve indicar o nome, profissão e instituição a que pertence.

 

 

Reconhecimento
O Colégio da Especialidade de Ortopedia da Ordem dos Médicos atribuiu idoneidade formativa para estágio parcial, de um a três...

Na sequência de uma visita de avaliação de idoneidade e capacidade formativa decorrida no passado mês de abril ao serviço de Ortopedia do Hospital CUF Santarém, o Colégio da Especialidade avaliou que o serviço tem as características qualitativas e quantitativas que permitem proporcionar uma formação de elevada diferenciação a médicos ortopedistas em formação.

“Esta concretização, que muito nos orgulha e que reforça a notoriedade do Hospital CUF Santarém, é mais um importante reconhecimento externo da qualidade, diferenciação e inovação do serviço de Ortopedia do nosso hospital e representa uma forte aposta na contribuição deste serviço para a especialização de jovens médicos” afirma Joaquim Costa, Diretor Clínico do Hospital CUF Santarém.  

 

Laboratório quer estender esta tecnologia a outras vacinas
A Pfizer já deu início aos primeiros testes de uma vacina contra a gripe baseada em tecnologia de mRNA.

O ensaio clínico da Pfizer está a ser realizado nos Estados Unidos e avaliará a segurança de uma dose da nova vacina, bem como a sua imunogenicidade (capacidade de induzir uma resposta imune), em pessoas saudáveis entre os 65 e os 85 anos.

Incluirá algumas centenas de participantes, de acordo com detalhes do ensaio clínico publicados num site do governo dos EUA.

As vacinas contra a gripe atuais usam vírus inativados, um processo demorado. As estirpes-alvo do vírus, que estão em constante mudança, devem ser escolhidas para o desenvolvimento da vacina cerca de seis meses antes do início da epidemia sazonal.

A eficácia das vacinas atualmente utilizadas é de 40% a 60%.

"A flexibilidade da tecnologia de mRNA e a sua rápida produção poderiam permitir uma melhor associação com a estirpe (vírus circulante), uma maior fiabilidade no fornecimento e a oportunidade de melhorar a eficácia das vacinas contra a gripe atuais", refere a Pfizer no seu comunicado.

A Organização Mundial de Saúde estima que a gripe causa entre três a cinco milhões de casos de doenças graves por ano e entre 290.000 e 650.000 mortes.

Além da gripe, a Pfizer disse que planeia estudar o uso da tecnologia de mRNA contra outros vírus respiratórios, bem como doenças genéticas ou cancros.

 

O webinar Meet The Expert - Rim decorre no dia 28 de outubro
A combinação de terapêuticas em primeira linha está a transformar o paradigma do tratamento do Carcinoma de Células Renais, o...

O evento online e interativo contará com participação especial do Dr. Guillermo de Velasco, oncologista do Hospital Universitário 12 de outubro, em Madrid, autor das guidelines de cancro do rim da European Society for Medical Oncology (ESMO) e investigador principal do ensaio KEYNOTE-426. O especialista vai abordar as combinações em primeira linha de tratamento no Carcinoma de Células Renais como resposta aos casos em que os doentes são diagnosticados com doença metastática e apresentam, por isso, um prognóstico muito reservado.

De forma a promover a aquisição e consolidação de conhecimentos nesta área, está ainda programado um momento de apresentação e discussão de casos clínicos, a cargo da Dr.ª Alina Rosinha, oncologista no IPO do Porto, e do Dr. Lorenzo Marconi, urologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e autor das guidelines de cancro do rim da European Association of Urology (EAU).

Ao longo da sessão, os participantes terão a oportunidade de colocar questões e de interagir com os oradores. Os profissionais das áreas de oncologia e urologia podem consultar mais informação e inscrever-se a partir da plataforma da MSD.

 

Vacina especial desenvolvida para animais
A Finlândia deu uma autorização de utilização temporária a uma vacina contra a Covid-19 especial para visons. Segundo a...

A Autoridade Alimentar Finlandesa, que supervisiona as atividades veterinárias, autorizou a utilização da vacina experimental em visons, que é criada para a sua pele e está especialmente exposta à contração do novo coronavírus.

“Já preparámos perto de meio milhão de doses, o que deve ser suficiente para vacinar todos os animais duas vezes", disse Jussi Peura, diretora de investigação da Associação Finlandesa de Criadores de Peles (FIFUR), que desenvolveu a vacina juntamente com investigadores da Universidade de Helsínquia, citada pelo jornal El Mundo. 

Até ao momento, não foram detetados casos de Covid-19 nestes animais a Finlândia, onde as taxas de transmissão entre humanos estão entre as mais baixas da UE.

O vison é o único animal identificado, até agora, como capaz de transmitir o novo coronavírus aos seres humanos.

A Dinamarca, o maior exportador europeu de peles de vison, viu a sua indústria de peles devastada depois de uma estirpe mutante do vírus se ter espalhado pelas explorações em novembro do ano passado, o que levou o governo a ordenar o abate de cerca de 15 milhões de animais.

 

Investigação
Um estudo realizado entre casais em que ambos foram expostos ao coronavírus, mas apenas um deles ficou infetado, está a ajudar...

Os investigadores acreditavam que estes casos eram raros, mas foram identificados mil casais que se enquadravam neste perfil, tendo sido convidados a participar no estudo.

Para tentar percebe o motivo que leva a que um dos dois se mantivesse livre da infeção por coronavírus, os investigadores recolheram amostras de sangue de 86 casais para análise detalhada.

resultados sugerem que os casais resistentes têm mais frequentemente genes que contribuem para uma ativação mais eficiente das chamadas células do assassino natural (NK), que fazem parte da resposta inicial do sistema imunitário aos germes. Quando os NKs são ativados corretamente, são capazes de reconhecer e destruir células infetadas, impedindo que a doença se desenvolva, explicam os investigadores num relatório publicado na Frontiers in Imunology.

"A nossa hipótese é que as variantes genómicas encontradas com mais frequência no cônjuge suscetível conduzem à produção de moléculas que inibem a ativação do NK", disse a líder do estudo, Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, no Brasil, em comunicado, citada pelo jornal El Mundo. 

 

outubro - Mês da Consciencialização para o Cancro do Fígado
Sabia que há cada vez mais pessoas com cancro no fígado?

Em países industrializados, o número de casos tem vindo a aumentar, sendo cerca de 2,5 vezes mais frequente nos homens. De acordo com dados da Globocan, de 2018, em Portugal, todos os anos, surgiram 1386 novos casos de cancro do fígado, o que corresponde a 2,4 por cento de todos os cancros. Em Portugal temos assistido a um aumento do número de casos todos os anos. Com a pandemia COVID-19 acreditamos, que o número de casos venha a diminuir, com menos e mais tardios diagnósticos efetuados, com consequências devastadoras.

É o 11.º tipo de cancro mais frequente no nosso país. Representa a 7.ª causa de morte por cancro, vitimando 1372 pessoas em 2018. A sua taxa de sobrevivência a cinco anos é inferior a 10 por cento, quando diagnosticado em fases avançadas.

Na maioria dos casos o diagnóstico é feito tardiamente. É tempo de consciencializar a população para a existência desta doença e, sobretudo, de a informar acerca da importância da sua prevenção e diagnóstico precoce.

O cancro do fígado é uma doença que é prevenível, evitável, tratável e, por vezes, até curável. É crucial apostar na prevenção. Contudo, não tendo sido possível, é fundamental iniciar um tratamento atempadamente, algo que só vai acontecer se a deteção for feita em fase inicial.

Tenha um estilo de vida saudável, de forma a manter a saúde do seu fígado; esteja atento aos sinais e sintomas corpo; consulte o seu médico assistente frequentemente; e faça exames de rotina.

O fígado é um órgão essencial, que remove as toxinas do organismo e distribui e armazena os nutrientes essenciais. Tem múltiplas funções: produção de proteínas e fatores de coagulação, de colesterol e triglicéridos. É um órgão que tem a capacidade única de se regenerar a si próprio, mesmo quando danificado pelas toxinas que processa. Mas atenção: não é indestrutível!

Existem vários subtipos de cancro do fígado, mas as suas causas ainda não são conhecidas. No entanto, há vários fatores de risco, muitos deles modificáveis, que estão relacionados, sobretudo, com os estilos de vida: infeção pelos vírus das hepatites B ou C; antecedentes familiares de cancro de fígado; cirrose hepática, que pode ser causada pelo consumo abusivo de álcool; obesidade; diabetes.

A prevenção desta doença está precisamente na mudança destes fatores. Adote uma alimentação equilibrada, faça exercício físico, não beba álcool, não consuma drogas, não partilhe seringas nem outro tipo de objetos, como sejam os de higiene pessoal, vacine-se contra a hepatite B, use preservativo, lave as mãos com frequência e certifique-se de que a comida que ingere foi devidamente higienizada, conservada e cozinhada, nomeadamente se estiver em países com condições higieno-sanitárias deficitárias.

Os sintomas do cancro do fígado são comuns a muitas outras doenças. Esteja atento aos sinais seu corpo, sobretudo se tem antecedentes familiares ou comportamentos de risco, e procure de imediato um médico, com o objetivo de detetar quanto antes a doença. Quando iniciado precocemente, o tratamento é eficaz e a cura é possível.

Esteja atento aos seguintes sintomas:

  • Fadiga sem razão aparente;
  • Dor ou desconforto do lado direito do abdómen superior, abaixo das costelas;
  • Aparecimento de uma massa do lado direito do abdómen superior;
  • Dor na omoplata direita;
  • Perda de apetite ou sensação de enfartamento;
  • Perda de peso sem razão;
  • Náuseas;
  • Vómitos;
  • Icterícia.

No mês de outubro e em todos os meses, cuide do seu fígado. Aposte na prevenção e na deteção e no tratamento precoce do cancro hepático. Este é um dos objetivos que integram a missão da APEF: prevenir, diagnosticar, tratar e minimizar, tanto quanto possível, as consequências do cancro do fígado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Segundo o U-Multirank 2021
O U-Multirank compara o desempenho de instituições de ensino superior nas diferentes atividades em que cada universidade está...

Na avaliação U-Multirank 2021, a Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa no Porto surge em 4º lugar entre 195 das instituições avaliadas a nível mundial, considerando o total de classificações máximas em todos os itens avaliados: quatro itens avaliados com A no “ensino e aprendizagem” (incluindo no tempo de graduação e corpo docente com doutoramento), três itens com nota máxima na investigação (nomeadamente na produção científica e doutoramentos) e um na internacionalização (referente à produção científica em parceria com outros países). Estas avaliações garantem à Enfermagem da Universidade Católica no Porto, o melhor lugar a nível europeu.

A Enfermagem da Católica, através dos seus processos de melhoria contínua da qualidade, com o envolvimento de toda a equipa docente, de investigadores, de colaboradores e parceiros e sobretudo de estudantes, congratula-se por ver concretizado o reconhecimento internacional, integrado num reconhecimento da Universidade Católica Portuguesa como um todo.

 

Iniciativa em formato híbrido
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira promove entre 11 e 16 de outubro 2021, a 15ª Edição da Semana do Bebé do CHUCB,...

“Rede Afetiva: Criança-Família-Comunidade” é a tríade temática que dá mote à edição deste ano, de uma iniciativa, que desde a sua criação tem visado chamar a atenção de toda a comunidade para os baixos índices de natalidade em Portugal, com particular ênfase nas regiões do interior, pretendendo-se também com as várias dinâmicas desenvolvidas, ao longo de cada uma destas semanas, consciencializar pais e cuidadores, para a importância de uma parentalidade afetiva e responsável, essencial à promoção da saúde na primeira infância.

"Base da sociedade, a família é o porto seguro e o pilar fundamental do desenvolvimento e formação de crianças e adolescentes, sendo que é no seio da família que cada ser humano assegura as suas necessidades básicas e inicia o seu processo de desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social. Compete assim à comunidade apoiar famílias e cuidadores neste complexo processo de criação e desenvolvimento, fomentando ambientes seguros, saudáveis e estimulantes para todos, ferramentas essenciais à autonomia, felicidade e sucesso das novas gerações", escreve em comunicado o Centro Hospitalar. 

Com o objetivo de cimentar esta rede de afetos, fornecendo as ferramentas e respostas adequadas à proteção e empoderamento desta parceria (criança – família – comunidade), a SB 2021 apresenta mais um programa de vulto, no qual se destacam diversos Workshops temáticos, Webinars, um Fórum Comunitário e um Seminário Científico, os quais contarão com a participação de especialistas reconhecidos na área do desenvolvimento infantil. A culminar a semana, a incontornável Cerimónia Religiosa que celebra a vida e presta homenagem a todos os bebés nascidos na maternidade do CHUCB e que uma vez mais será transmitida ao vivo, via facebook institucional do CHUCB.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados 749 casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O número de...

A região Centro foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: três em sete. Segue-se a região Norte com dois óbitos e a Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, ambos com um óbito a assinalar nas últimas 24 horas.  Nas restantes regiões do país não houve mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 749 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 276, seguida da região Norte com 214 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 121 casos na região Centro, 41 no Alentejo e 69 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 18 infeções, e os Açores com 10.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 366 doentes internados, menos 20 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos mantêm a rota descendente e têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 66.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 626 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.020.693 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.611casos, mais 116 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 88 contactos, estando agora 27.353 pessoas em vigilância.

 

Estima-se que doença custe à Europa cerca de 81 biliões de euros anuais
Solução desenvolvida pela Gripwise venceu o Born from Knowledge (BfK) Awards, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI)...

A população europeia está cada vez mais envelhecida e 60% da mesma sofre de síndrome de fragilidade, a qual culmina em vulnerabilidade física, perda de autonomia e redução da esperança e da qualidade de vida. Monitorizar, diagnosticar e tratar a fragilidade é, portanto, essencial, até porque a doença pode ser revertida se tratada adequadamente. Para dar resposta a esta necessidade, a Gripwise criou um dinamómetro digital, cuja introdução no mercado está prevista para este segundo semestre. A start-up estima que o dispositivo, que permite monitorizar os cinco critérios de diagnóstico da síndrome, vá auxiliar 20 milhões de pessoas só na Europa.

O projeto que acaba de conquistar o prémio Born from Knowledge (BfK) Awards, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito do processo de seleção nacional dos projetos para os World Summit Awards (WSA), liderado pela APDC.

“O Gripwise é um projeto nascido do conhecimento, com elevado potencial de transferência para o mercado. Além de inovadora, a solução desenvolvida terá um enorme impacto na saúde de milhões de pessoas, numa altura em que a Europa, e não só, tenta combater os problemas criados pelo envelhecimento crescente da população. Reunidas estas condições, o Gripwise, é um justo vencedor da distinção BfK Awards”, afirma João Borga, administrador da ANI.

A síndrome de fragilidade é o diagnóstico para idosos que apresentem três de cinco critérios: perda de peso (cinco quilos) no último ano, perda de força muscular, redução da velocidade de marcha, diminuição da atividade física e sensação subjetiva de exaustão. O dispositivo da Gripwise possibilita a avaliação destes critérios, de forma automática e simples, permitindo um diagnóstico em cinco minutos.

O sistema Gripwise incorpora Inteligência Artificial e big data, integrando um dinamômetro portátil e fácil de usar, com aplicativo móvel associado, acessórios (para avaliar a força em diferentes grupos musculares, por exemplo) e uma plataforma em nuvem. Avalia a fragilidade nos idosos através de um procedimento sequencial simples, que pode ser feito por um usuário menos capacitado, sendo acompanhado de perto pelo profissional de saúde, mesmo remotamente. O dinamómetro possui ainda características únicas, que permitem disponibilizar jogos de exercício físico para aumentar a atividade física dos idosos e promover a sua reabilitação.

Em 2020, a Gripwise foi financiada por investimento público e privado, no valor total de 616 mil euros.

Outubro - Mês da Consciencialização para o Cancro do Fígado
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) pretende alertar a população para a importância de prevenir, detetar e...

“O número de casos de cancro do fígado tem vindo a aumentar nos países industrializados, como é o caso de Portugal, sendo cerca de 2,5 vezes mais frequente nos homens. De acordo com os dados da Globocan, de 2018, é o 11.º tipo de cancro mais frequente no nosso país. Representa a 7.ª causa de morte por cancro, vitimando 1372 pessoas por ano. A sua taxa de sobrevivência a cinco anos é inferior a 10 por cento, se não for detetado a tempo. Com a pandemia COVID-19 o número de novos casos diminuiu, por ter havido menor número de diagnósticos”, afirma José Presa, presidente da APEF.

E salienta: “É uma doença que pode causar consequências graves, se não for tratada. Contudo, é prevenível, evitável, tratável e, por vezes, até curável.”

De acordo com o médico os fatores de risco são: infeção pelos vírus das hepatites B ou C; antecedentes familiares; cirrose hepática, que pode ser causada pelo consumo abusivo de álcool; obesidade; diabetes.

“Grande parte dos fatores de risco são modificáveis. Aposte na prevenção, mantenha um estilo de vida saudável, faça exercício físico, beba álcool com moderação, não consuma drogas, não partilhe seringas nem outro tipo de objetos, como sejam os de higiene pessoal, vacine-se contra a hepatite B, use preservativo, lave as mãos com frequência e certifique-se de que a comida que ingere foi devidamente higienizada. É também importante que esteja atento aos sinais e sintomas do seu corpo e que faça exames de rotina, de forma a detetar e tratar precocemente a doença”, conclui o médico.

O cancro do fígado pode ter consequências graves, colocando em causa a função vital deste órgão. Os sintomas são: fadiga sem razão aparente; dor ou desconforto do lado direito do abdómen superior, abaixo das costelas; aparecimento de uma massa do lado direito do abdómen superior; dor na omoplata direita; perda de apetite ou sensação de enfartamento; perda de peso sem razão; náuseas; vómitos; e icterícia.

 

Risco de malnutrição em Portugal influência a qualidade de vida dos doentes
De 4 a 8 de outubro, celebra-se a Semana da Malnutrição, uma iniciativa a nível mundial das principais sociedades científicas –...

A malnutrição resulta de um estado de ingestão alimentar deficitária que leva a perda de peso involuntária e a alterações da composição corporal (nomeadamente perda de massa muscular), que por sua vez contribuem para uma diminuição das funções físicas e mentais e impacta negativamente a evolução da doença. A atual pandemia agravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência, sendo por isso de extrema importância alertar a população para a necessidade de diagnosticar e tratar com suplementação nutricional oral adequada todos os doentes em défice nutricional.

A malnutrição existe em Portugal e é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional. Por esse motivo, de 4 a 8 de outubro, irão realizar-se rastreios em várias farmácias em Lisboa e no Porto, que visam diagnosticar os pacientes que estão em risco de malnutrição, e caso se confirme a malnutrição, tenham o devido acompanhamento médico.

Apesar de a malnutrição e o seu impacto ainda ser desconhecido em Portugal, os números da malnutrição crescem diariamente na comunidade, em especial nos idosos, que devido ao isolamento, pelo constrangimento nas visitas e imobilização, reduziram a sua ingestão alimentar. A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.

Também a malnutrição associada à doença é uma realidade, sendo responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição, o que tem um impacto direto no prognóstico e na qualidade de vida do doente – como implicações clínicas, perda de independência e morte precoce.

A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas doentes com capacidade financeira, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio. Há a necessidade de alertar a urgência de reembolso e comparticipação dos suplementos nutricionais orais – proporcionando aos doentes o fácil acesso ao mesmos – sem o pagamento na sua totalidade, uma vez que Portugal é dos poucos países da Europa em que não existe qualquer tipo de reembolso dos suplementos nutricionais orais.

Entre os sinais de Malnutrição destacam-se a perda de peso involuntária, perda de apetite, dificuldade em mastigar e deglutir, fadiga, falta de energia, perda de mobilidade, dificuldade em subir escadas e quedas frequentes.

 

Doenças Digestivas
O cancro digestivo mata 24 pessoas por dia em Portugal.

Cancro colo-rectal (CCR) 

O cancro colo-rectal tem vindo a aumentar a sua prevalência e em Portugal existem 6400 novos casos/ano, com cerca de 80000 doentes ativos e tem uma taxa de mortalidade de 65%.

A localização ao longo do cólon representa 20% no recto, 25% na sigmoideia, 5% no descendente, 15% no transverso e 25% no ascendente e cego, registando-se nos últimos 50 anos um desvio gradual com aumento da incidência dos tumores do cólon direito.

A sintomatologia é diferente nos diversos segmentos:

Recto: alteração do padrão defecatório, perda de sangue nas fezes (hematoquézias) e queixas proctológicas.

Cólon esquerdo: sintomas obstrutivos por menor calibre luminal, tais como: dor abdominal, obstipação alternando com diarreia, fezes de menor volume e hematoquézias.

Cólon direito: sintomas constitucionais, anemia e massa palpável no abdómen.

Em termos etários, verifica-se um aumento franco da incidência a partir dos 50 anos.

O rastreio está validado acima dos 50 anos, devido ao CCR ter uma alta incidência, ter uma lesão precursora identificada (adenoma- vulgarmente conhecido por pólipo) e ter grupos de risco identificados. O rastreio foi responsável por uma redução da mortalidade por CCR nos EUA de 53%.

O rastreio do CCR pode ser efetuado por exames fecais ou por exames estruturais.

Nos exames fecais salienta-se a pesquisa anual de sangue oculto nas fezes. Esta forma de rastreio está implementada em Portugal e todos os médicos de Medicina Geral e Familiar devem solicitar a sua execução em utentes com idade igual ou superior a 50 anos.  

No exames estruturais salienta-se a colonoscopia total de 10/10A , a colonoscopia esquerda de 5/5 A e a colonografia por TAC. O clister opaco já não aparece como método de rastreio. A colonoscopia total constitui o método mais eficaz mas também mais caro, invasivo e com maior risco.

A avaliação do risco pessoal de CCR condiciona o tempo e a metodologia usada no rastreio.

Assim, nomeadamente na história pessoal de pólipos, podemos seguir as seguintes orientações:

Pólipos Hiperplásicos - colonoscopia ao fim de 10 anos, pois o risco de malignização é praticamente nulo.

1-2 adenomas tubulares pequenos - colonoscopia ao fim de 5 anos

3-10 adenomas tubulares ou adenoma avançado - colonoscopia ao fim de 3 anos

Nos utentes com história familiar de CCR o rastreio deve iniciar-se 10 anos antes da população em geral, isto é, aos 40 anos.

Cancro Gástrico (CG)

Em relação ao CG tem-se verificado nos últimos anos um declínio gradual na incidência mundial, refletindo parcialmente a redução na infeção por Helicobacter pylori.

Por outro lado, tem-se verificado um aumento da incidência dos tumores gástricos proximais ao nível  do cárdia.

Representa a sexta neoplasia mais diagnosticada e a quarta causa de morte por neoplasia.

Os sintomas mais frequentemente associados ao CG são: dispepsia (más digestões com dor ou desconforto abdominal), emagrecimento, vómitos e anemia.

O CG (adenocarcinoma gástrico) divide-se em 2 tipos: intestinal e difuso ou de células pouco coesas (classificação de Lauren).

O tipo intestinal é mais frequente no sexo masculino e na idade mais avançada, surge em áreas de maior risco e está associado a fatores ambientais.

O ADC de tipo intestinal segue a evolução de Pelayo Correa: mucosa normal - gastrite superficial - inflamação crónica - gastrite atrófica/metaplasia intestinal - displasia e carcinoma.

O tipo difuso não tem predominância de sexo, atinge indivíduos mais jovens e tem pior prognóstico.

Os factores de risco são:

Ambientais: dieta, tabaco, álcool, status socio-económico e Helicobacter pylori .

Hospedeiro: cirurgia gástrica prévia, anemia megaloblástica, sexo masculino (2:1), doença de Menétrier, predisposição familiar, pólipos gástricos, úlcera gástrica e grupo sanguíneo A.

O diagnóstico faz-se essencialmente por endoscopia digestiva alta, mas em programas de rastreio pode-se utilizar o teste do pepsinogénio com redução da relação pepsinogénioI/II.

Não existe atualmente em Portugal, nenhum plano de rastreio implementado e apenas poderá ser efetuado um programa em doentes de risco aumentado, nomeadamente utentes com familiares de primeiro grau com neoplasia gástrica e em doentes com gastrite atrófica documentada.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Amanhã, 1 de outubro
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar o Webinar Saber+2.0: Parentalidade Positiva...

O envelhecimento populacional é uma conquista e um enorme ganho, no quadro da longevidade e do aumento da esperança média de vida. O aumento do envelhecimento em Portugal, com uma percentagem elevada de população idosa é, no entanto, frequentemente, referido como um “problema” e um cenário preocupante. Desde “peste grisalha” a “inverno demográfico”, tudo de triste, depressivo e “problemático” tem sido chamado a este conjunto heterogéneo de “faixas etárias”.

O principal desafio do envelhecimento é conseguir viver muitos anos com bem-estar e qualidade de vida, especialmente nos últimos anos de existência. As pessoas querem viver mais, mas acima de tudo querem viver melhor. Não estamos apenas a falar de problemas de saúde física e/ou mental, mas também da necessidade de mudança de atitudes na sociedade. O respeito, ou a falta dele, e a discriminação dos mais velhos são disso um bom exemplo.

A Enfermagem e outras Profissões de Saúde têm o dever de zelar pelo cuidado com qualidade, promover a segurança dos cuidados de saúde e contribuir para a prevenção da doença. Os papéis que cada um de nós (Profissionais de Saúde), a Sociedade em geral e o Estado devem desenvolver, muitas vezes, não são entendidos como complementares, contudo todos devem estar interligados e são necessários.

Sofia Nunes, Mestre em Gerontologia, Gestora de Comunidade da Sioslife e dinamizadora do Projecto Interage by Sioslife, trabalhou igualmente no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo; Rafael Efraim Alves, Enfermeiro, Mestre em Geriatria e Gerontologia no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, no Serviço de Psiquiatria Geriátrica e co-fundador Instituto Gineste Marescotti Portugal - Cuidados Humanitude®; e Nádia Alhadas, Enfermeira a trabalhar no Lar Quinta Verde - Repouso e Lazer, são os prelectores deste webinar.

Joana Ferreira, Enfermeira, Mestre em Enfermagem de Saúde do Idoso e Geriatria e Vogal Conselho Jurisdicional Regional da SRCentro será a moderadora do evento.

Este Webinar, com atribuição de 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional, é aberto a todos os enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse pela temática, sendo a inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único.

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