Regresso às aulas
Para a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) não há dúvidas: “O regresso às aulas deve ser acom

Depois de 18 meses muito atípicos, o regresso às aulas é visto pelos pais como algo preocupante - nomeadamente para as crianças que integram o sistema de ensino pela primeira vez.

Para além dos cuidados ainda inerentes à Covid-19, é fundamental existirem certos cuidados específicos, sobretudo com a visão - já que um défice visual pode ser impeditivo de uma boa relação com a própria escola.

As doenças dos olhos mais comuns nas crianças são a miopia, o astigmatismo, a hipermetropia, o estrabismo e a ambliopia. Mesmo com pais e mães atentos, estas situações podem não ser detetadas e acabar por interferir na vida da criança, inclusive no seu rendimento escolar. Alguns dos sinais mais comuns passam por:

  • Aproximação do ecrã da televisão e outros aparelhos eletrónicos;
  • Má postura e dificuldade na realização de tarefas lúdicas, como desenhar;
  • Semicerrar os olhos para focar objetos/imagens;
  • Saltar frases durante a leitura;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Sensibilidade à luz;
  • Dizer que não gosta de ir à escola ou apresentar dificuldades na própria aprendizagem.

O seu filho não gosta da escola? Já consultou um oftalmologista?

A resposta pode ser essa...

A falta de visão pode provocar apatia ou desinteresse durante as aulas, mas pode também conduzir a um comportamento agitado, com perda da concentração.

De acordo com Ana Vide Escada, “é desejável que as crianças façam sempre uma consulta no seu médico oftalmologista antes de entrar para a escola, de forma a evitar situações em que começam a afirmar que não gostam de ir às aulas, pura e simplesmente porque não conseguem ver o quadro ou até os livros!”

No caso de os mais pequenos já usarem óculos, o regresso às aulas “é também uma boa altura para uma reavaliação por parte do oftalmologista, pois as lentes dos óculos podem ter ficado riscadas nas férias ou a graduação ter alterado, acrescenta Ana Vide Escada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Pesquisa GlobeScan sobre sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis
Apenas metade das pessoas em todo o mundo (53%) considera fácil comprar alimentos saudáveis e sustentáveis, de acordo com um...

As conclusões apresentadas neste novo relatório, Grains of Truth, analisam as opiniões de mais de 30.000 consumidores em 31 mercados, em todo o mundo, sobre a sua definição de alimentos bons, saudáveis e sustentáveis. O inquérito também questionou as pessoas sobre outras questões, incluindo as suas maiores preocupações com a produção de alimentos e os desafios que enfrentam na compra de alimentos saudáveis e sustentáveis, bem como sobre quem pode ter o maior impacto positivo na criação de um sistema alimentar mais saudável e sustentável. Esta investigação tem sido realizada no âmbito da atividade em torno da Cimeira dos Sistemas Alimentares das Nações Unidas, onde a EAT liderou a Action Track 2 focada na mudança do consumo para padrões sustentáveis.

Embora muitas pessoas se debatam com a compreensão do que é um alimento saudável e sustentável, há também um entendimento de que os dois termos têm significados diferentes. As descrições mais populares de alimentos saudáveis são nutritivas (47%), orgânicas (47%) e não processadas/inteiras (44%). Para alimentos sustentáveis, as três principais descrições são boas para o ambiente (51%), orgânicas (42%) e cultivadas localmente (34%).

Gerações diferentes têm opiniões semelhantes sobre alimentos sustentáveis, mas há diferenças no que diz respeito a alimentos saudáveis. A geração Z é mais provável de descrever alimentos saudáveis como saborosos e nutritivos, enquanto os baby Boomers associam-nos a alimentos não processados/inteiros e cultivados localmente.

Ao considerar algumas das questões do sistema alimentar, as duas maiores preocupações são a utilização de pesticidas e fertilizantes químicos (81%) e resíduos plásticos de uso único provenientes de embalagens de alimentos (78%). Estes são seguidos de perto pela fome e pela obesidade, com 76% das pessoas a dizerem que estão preocupadas com ambas as questões. Estas preocupações são apoiadas pelo facto de uma em cada 11 pessoas ter fome crónica e de um terço da população mundial ter excesso de peso. A questão que menos preocupa as pessoas é o transporte de alimentos.

Talvez surpreendentemente, a preocupação com cada uma das questões tende a aumentar com a idade, com a geração Z, em média, a ser a menos preocupada e os Baby Boomers os mais preocupados. Do ponto de vista regional, os consumidores da América Latina, de África e do Sul da Europa expressam as mais fortes preocupações em relação ao sistema alimentar.

Quase metade dos consumidores (46%) acredita que a responsabilidade de fazer mudanças positivas para criar um sistema alimentar mais saudável e sustentável cabe aos governos nacionais. Mais de um terço (37%) considera que as empresas de alimentos e bebidas estão em melhor posição para o conseguir, enquanto 23% consideram que são as pessoas capazes de influenciar mudanças positivas, e uma em cada oito (15%) vê os jovens como poderosos agentes de mudança.

Falando sobre a investigação, Gunhild Stordalen, fundador e Presidente Executivo da EAT afirmou que “há muito a ser encorajado nesta pesquisa – com pessoas de todo o mundo a compreenderem o importante papel que podem desempenhar na mudança dos sistemas alimentares através dos seus próprios padrões de consumo. Mas também há muito a ser trabalhado, tanto pelos governos como pelos fabricantes de alimentos – são estes atores que os consumidores veem como detentores do poder. E, crucialmente, embora as pessoas queiram mudar para hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis, não acreditam que possam, porque, na sua opinião, os preços dos produtos são demasiado altos ou estes são difíceis de encontrar. Isto é algo em que os decisores políticos, os retalhistas e os fabricantes precisam de trabalhar e melhorar, para que todos possamos trabalhar em conjunto para impulsionar padrões de consumo mais saudáveis."

A divulgação desta investigação insere-se na cimeira das Nações Unidas sobre sistemas alimentares, que decorre hoje.

Após mudança de atitude em relação à vacinação no pós Covid-19
Estudo internacional mostra que 8 em cada 10 pessoas têm uma maior compreensão dos benefícios da vacinação como forma de...

Um estudo apoiado pela GSK sobre as perceções da vacinação e o seu papel na saúde e bem-estar na população adulta, revelou que as atitudes mudaram após a pandemia Covid-19 e que mais pessoas valorizam agora a saúde e a qualidade de vida, em detrimento da estabilidade financeira. A pesquisa, desenvolvida online pela Kantar, entrevistou 16 mil adultos do Japão, Espanha, Itália, França, Alemanha, Brasil, EUA e Canadá, entre julho e agosto de 2021, envolvendo 2.000 adultos com mais de 50 anos em cada país.

Os resultados revelaram que a proporção de adultos que consideraram a saúde, bem-estar e independência pessoal como muito importantes aumentou consideravelmente após a pandemia. Antes da COVID-19, 65% dos inquiridos classificaram estes pontos como importantes, tendo aumentado para 76% após a pandemia. O inquérito também revelou que as mulheres são mais suscetíveis de classificar a saúde e o bem-estar como muito importantes no mundo pós-pandémico (81%).

Adicionalmente, a maioria (70% ou mais) das pessoas auscultadas dizem que vão continuar a usar máscara em público e a manter práticas de distanciamento social. A maior consciência do valor da saúde refletiu-se nos resultados do estudo, com 73% dos adultos a afirmar ser importante manter as suas vacinas em dia.

"A pandemia criou uma enorme oportunidade para termos melhores conversas com as pessoas sobre a sua saúde e, em particular, sobre como podem manter-se saudáveis na idade adulta. Com uma maior consciência das medidas preventivas que podem ser tomadas, como a vacinação de rotina, estamos a assistir a uma mudança de perceção que poderá sustentar populações mais saudáveis a longo prazo", considera Eduardo de Gomensoro, Diretor Médico de Vacinas da GSK Portugal.

Oito em cada 10 inquiridos relataram ter recebido a vacina contra a COVID-19, com o mesmo número a relatar ter agora uma melhor compreensão dos benefícios da vacinação em geral. Quando questionados especificamente sobre a idade em que acreditam que o seu sistema imunitário começa a enfraquecer, cerca de 50% de todas as pessoas dizem que este declínio começa nos 50/60 anos.

84% dos inquiridos afirmaram que a autoproteção era a principal razão pela qual queriam manter-se em dia em relação às suas vacinas. Por outro lado, homens e mulheres, têm as mesmas razões gerais para a vacinação: preocupação em proteger a sua saúde e a dos outros. Entre aqueles que falharam uma vacina, tanto homens como mulheres citaram que não se sentiam particularmente em risco ou que lhes faltavam as informações necessárias para tomar uma decisão informada. Efetivamente, a maior barreira à vacinação é a falta de informação. As pessoas inquiridas consideram importante existir mais e melhor informação sobre quais as vacinas necessárias, em que período da vida e por que razão são recomendadas.

Alerta associação que apoia famílias carenciadas
A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil alerta para o crescimento expressivo nos pedidos de apoio à saúde...

Há 5 anos que a CAPITI apoia crianças e jovens que pertencem a famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento, para que recebam o tratamento adequado durante o período necessário. Infelizmente, com a pandemia, a associação notou um aumento significativo da procura dos pedidos de apoio.

Segundo um estudo da plataforma "Fixando", publicado em fevereiro deste ano, a procura por psicólogos na primeira quinzena de janeiro cresceu 450% em Portugal, quando comparado ao ano anterior, precisamente quando foi anunciado o segundo confinamento no país.

Se o impacto na saúde mental dos adultos é preocupante, o assunto toma proporções ainda mais graves quando se trata de crianças e jovens, principalmente pertencentes a famílias carenciadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 5 crianças precisa de apoio psicológico, sendo que mais de 30% dos jovens têm sintomas depressivos, 16% dos jovens sofrem de ansiedade e mais de 50% das doenças mentais têm início durante a adolescência. 

A CAPITI, além de identificar um aumento em 66% na procura dos seus serviços, conseguiu ampliar o acompanhamento regular de crianças e jovens em 33%. “A saúde mental por si só já é um tema que requer a máxima atenção, mas ao somarmos os efeitos de uma pandemia nas famílias carenciadas, que têm um rendimento mensal menor do que o salário mínimo, o impacto é muito maior. É precisamente nestas alturas que precisamos de reforçar o nosso apoio e atenção”, comenta Mariana Saraiva, presidente da CAPITI.

Fundada em 2016, a associação vive de doações, tendo apoiado até ao momento um total de 264 crianças, tornando possível a realização de mais de 10.000 atos clínicos, que englobam consultas com médicos, técnicos e avaliações para diagnóstico.

Para garantir o acompanhamento destas crianças, a CAPITI realiza anualmente uma exposição e um leilão de arte solidário para angariação de fundos.

“Um tratamento na área da saúde mental não é algo pontual e o diagnostico é apenas um ponto de partida de um longo e, muitas vezes, doloroso caminho. É preciso acompanhar as crianças e as suas famílias, por um período médio de 3 a 4 anos. Daí a importância de organizar iniciativas como a exposição e o leilão ‘Dar Luz a Esta Causa’, para atrair novos padrinhos e angariar fundos para garantir o apoio necessário para cada criança”, complementa Mariana. 

"A exposição “Dar Luz a Esta Causa” estará aberta ao público no dia 07 de outubro, no Museu da Eletricidade | Sala dos Geradores, a partir das 12 horas e contará com obras doadas por artistas como José Loureiro, Miguel Branco, Rui Sanches, Gil Heitor Cortesão, Fernanda Fragateiro, Manuel João Vieira, Pedro Barateiro, entre outros.

O leilão será online, terá início já no próximo dia 27 de setembro em www.pcv.pt e o fecho será no dia 07 de outubro, pelas 22 horas.

Formato híbrido
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT–NOVA) vai receber nos dias 11, 12 e 15 de...

A iniciativa vai decorrer em formato híbrido (presencial e online) para refletir as principais conquistas e desafios dos cuidados de saúde primários nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O seminário tem como objetivo estudar a evolução dos cuidados de saúde primários e o grau da sua articulação com os serviços especializados e hospitalares nos países que integram a CPLP. Espera-se aprofundar os conhecimentos sobre o grau de desenvolvimento dos cuidados de saúde primários e a sua integração com os cuidados ambulatoriais especializados e hospitalares no conjunto dos países de língua oficial portuguesa, numa perspetiva de intercâmbio de experiências e de ideias.

Nesta iniciativa serão abordados temas como a trajetória histórica e o desenvolvimento dos cuidados de saúde primários, os principais resultados obtidos ao longo do tempo e os desafios a serem superados, os programas, políticas e estratégias oficiais adotadas.

Em foco estará também a articulação com os cuidados ambulatoriais especializados e hospitalares, caso existam, bem como o papel que desempenham no combate às doenças endémicas e/ou negligenciadas. A preparação e a retenção dos recursos humanos é outro dos pontos que ocupará as intervenções e debates neste seminário.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados pouco menos de 900 casos de infeção pelo novo coronavírus e oito mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro mortes de um total oito. Segue-se o Algarve com duas. A região Centro e o Alentejo têm um óbito, cada, a assinalar. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 891 novos casos. Desta vez foi a região de Lisboa e Vale do Tejo a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 323, seguida da região Norte com 290 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 111 casos na região Centro, 46 no Alentejo e 99 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 13 infeções, e os Açores com nove.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 426 doentes internados, menos 29 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número de doentes internados, desde o último balanço: 78.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.212 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.013.789 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 32.269 casos, menos 329 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 947 contactos, estando agora 28.466 pessoas em vigilância.

Saiba tudo
A doença de Dupuytren é uma fibromatose benigna da fáscia palmar e digital caracterizada por nódulos

Descrita pela 1ª vez em 1614 por Plater foi, na realidade, Guillaume Dupuytren que descreveu minuciosamente esta doença pelo que ficou conhecida como Doença de Dupuytren.

A doença de Dupuytren tem sido sucessivamente referida como uma doença dos nórdicos, dos Vikings e da raça caucasiana; no entanto, embora predominante em populações com uma forte ascendência no norte da Europa esta doença afeta qualquer raça e não tem limitação geográfica conhecida ocorrendo em todos os continentes.

Estudos genéticos apontam para um padrão de herança autossómica dominante com penetração variável. No entanto, surge associada a traumas repetidos, doença hepática, diabetes mellitus, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crónica, vírus da imunodeficiência humana e epilepsia.

A história clínica é fundamental para despistar estas doenças pré-existentes que condicionam o prognóstico.

Histologicamente os nódulos ou de cordas consistem em miofibroblastos rodeados por colagénio denso no tecido afetado. A análise molecular revela uma preponderância do colagénio tipo III, que não é tipicamente observado em fáscia palmar normal.

O diagnóstico da doença é baseado na história clínica e no exame objetivo. A progressão de nódulos fibróticos em cordas de fibrose que condicionam a contração da palma da mão e dedos é patognomónica da doença de Dupuytren.

O diagnóstico diferencial faz -se com camptodactilia, cicatrizes traumáticas, cicatrizes de queimaduras, anquilose articular, dedos em gatilho, fibroma desmoide.

A progressão da doença pode variar de meses a anos. Os primeiros sinais consistem depressões ou irregularidades palmares com alteração morfológica da prega palmar distal e precedem o desenvolvimento de nódulos e de cordas longitudinais que são mais frequentes no lado cubital da mão e se estendem aos dedos. O 5 dedo é o dedo mais atingido seguido do 4 dedo, polegar, dedo médio e indicador.

Embora envolva toda a fáscia palmar e digital as articulações metacarpofalângicas e interfalângicas são as mais atingidas resultando em contraturas com deficit de extensão dos dedos e limitação funcional importante.

O tratamento bem-sucedido exige uma compreensão detalhada da anatomia da mão.

Os tratamentos médicos como a injeção de corticoide podem ter importância no tratamento de um nódulo palmar sintomático; no entanto, não foi estabelecida qualquer eficácia no tratamento de cordas tendinosas

Tratamentos com injeção de colágenase permite a lize enzimático em situações de cordas isoladas e em fases precoces.

Embora sejam tratamentos promissores o tratamento permanece principalmente cirúrgico e fasciectomia palmar continua a ser o pilar do tratamento cirúrgico.

As indicações cirúrgicas baseiam-se no grau de contração e na consequente incapacidade funcional da mão. São indicações para cirurgia a retração da metacarpofalângicas a 30º, a retração das interfalângicas, a retração do primeiro espaço ou quando deixa de apoiar a palma da mão e /ou sempre que exista compromisso neurosensitivo.

A fasciectomia palmar continua a ser o pilar do tratamento cirúrgico.

Situações graves com retrações severas poderão ser sujeitas a artroplastias, alongamento musculo-tendinoso, artrodeses ou mesmo amputação de dedos em casos graves.

Apesar das técnicas médicas e cirúrgicas existentes a recidiva e a progressão da doença continuam a ser os principais obstáculos ao tratamento.

No pós-operatório deve ser incentivado movimento precoce para manter a mobilidade articular com utilização de tala para reduzir o risco de contração precoce em situações graves ou quando se faz a lize enzimática.

As complicações pós-operatórias precoces incluem infeção, hematoma, necrose cutânea, alteração da sensibilidade cutânea.

As complicações pós-operatórias tardias incluem a recidiva da doença da cicatriz e algodistrofia sendo a complicação mais comum da doença de Dupuytren a recidiva. A incidência de recidiva varia com a técnica sendo maior com tratamento médico que cirúrgico.

O tratamento doença de Dupuytren continua a ser um desafio para os cirurgiões. A da farmacoterapêutica com lise das cordas e nódulos continua a ser um objetivo a alcançar.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório Semanal da DGS
Segundo o relatório semanal da Direção Geral da Saúde, que faz o balanço do plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal,...

De acordo com o último relatório de vacinação, 83% da população concluiu a o esquema vacinal e 86% – quase 8,9 milhões de pessoas – já tem pelo menos uma dose da vacina.

Por faixas etárias, o relatório mostra que a maior subida na última semana registou-se na vacinação completa dos jovens dos 12 aos 17 anos, que está agora nos 72% (cerca de 450 mil pessoas), enquanto 87% (mais de 538 mil) estão vacinados com pelo menos uma dose.

O relatório da vacinação avança ainda que 100% dos idosos dos grupos etários dos 65 a 79 anos e dos mais de 80 anos já estão totalmente vacinados, o que representa um total de mais de 2,3 milhões de pessoas.

Quanto à cobertura por regiões, apenas os Açores (79%) e o Algarve (76%) estão abaixo dos 80% de vacinação completa. A região Norte continua a liderar no que se refere à população que concluiu a sua vacinação (85%), seguido pelo Centro e o Alentejo, ambas as regiões com 84%, Lisboa e Vale do Tejo (81%) e a Madeira (80%). 

Evento decorreu entre 10 e 11 de setembro
António Massa, dermatologista e organizador da “Update on Dermatology Treatments”, sublinha a importância desta reunião...

“Considero que os colegas levaram muito desta experiência para os seus consultórios”, começa por referir o dermatologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV). “Gostaria de sublinhar, acima de tudo, a partilha de experiências da prática clínica, de diferentes modos de trabalho, bem como a melhor forma de resolver casos do dia a dia”.

Com um programa variado e a realização de 22 palestras e uma mesa-redonda, António Massa afirma que “quem esteve no evento teve a oportunidade de aprender e atualizar-se com elevado pormenor e detalhe em variadas técnicas” em diversas áreas, como a mesoterapia ou a fototerapia. Além de terem sido abordadas várias condições, como o acne na mulher adulta e o cancro da pele, também “falámos muito de emprego” e “técnicas para pôr a funcionar um consultório corretamente”.

A iniciativa, que contou com vários palestrantes nacionais e internacionais, recebeu a presença do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, cuja intervenção  “foi muito importante para validar todas as reuniões científicas que regressam ao modelo presencial”, bem como do presidente da International League of Dermatological Societies (ILDS), Lars French, “que abordou a temática no tratamento sistémico da psoríase, e ainda falou sobre os efeitos adversos graves na pele de alguns medicamentos”, destacou António Massa.

“Mesmo com algum receio, havia sobretudo um desejo muito forte de as pessoas se encontrarem e poderem falar pessoalmente”, disse António Massa. “Tivemos a mais-valia de conseguir organizar uma reunião presencial, com uma interação em tempo real, com perguntas e repostas da própria audiência”, destacou o dermatologista que já mostrou o seu entusiasmo relativo à realização do próximo Congresso Nacional da SPDV, marcado para os dias 26, 27 e 28 de novembro deste ano, em Coimbra, no Centro de Congressos de S. Francisco.

Ação Formativa
O Centro de Formação em Medicina Interna (FORMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar no próximo dia...

O objetivo deste curso passa por capacitar os formandos de conhecimentos e ferramentas que lhes permitam conhecer plataformas digitais que permitem a gestão parcial da Diabetes Mellitus à distância; dispositivos e monitorização contínua de glicemia e monitorização de glicemia intersticial e sistemas de perfusão sub-cutânea de insulina.

Entre outras valências, os inscritos vão também ter oportunidade de adquirir conhecimentos relativos a bases teóricas do funcionamento dos dispositivos de monitorização contínua; conhecer a tecnologia por detrás do sistema de monitorização flash d glicose e aplicação de sensores; e também conhecer as diferenças, vantagens e inconvenientes de glicose intersticial e glicemia capilar.

Segundo Alexandra Vaz, internista e coordenadora da formação, este curso, que terá duração de um dia e carga letiva de sete horas, é «uma mais-valia para qualquer interno ou especialista em Medicina Interna» uma vez que «vai de encontro ao que de mais recente existe relativamente a meios digitais e dispositivos médicos ao serviço dos profissionais de saúde, mas principalmente da pessoa com diabetes».

“No mundo digital e tecnológico em que vivemos, o desafio de adaptação é diário. Todos os dias a tecnologia avança e é por isso fundamental que os profissionais de saúde acompanhem esta evolução para que possamos ajudar a pessoa com diabetes a usufruir de tudo o que é hoje disponibilizado no mercado e, em consequência, a viver com mais qualidade de vida», frisa ainda a especialista.

A formação será ministrada por Profissionais da Unidade de Diabetes do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, sob coordenação de Alexandra Vaz.

As inscrições estão abertas no site da SPMI: https://www.spmi.pt/curso-novas-tecnologias-ao-servico-da-pessoa-com-diabetes-lisboa/

Nas redes sociais de 24 a 29 setembro
No âmbito do Dia Mundial do Coração, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) promove uma campanha de sensibilização, com...

A campanha decorre entre 24 e 29 de setembro e, durante estes dias, serão lançados, no site e redes sociais da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, seis vídeos de sensibilização que pretendem informar, aconselhar, desmistificar conceitos errados e aumentar a literacia dos doentes, das pessoas em risco (quase toda a população adulta) e também dos mais novos para estas doenças que afetam os vasos sanguíneos e o coração. Os vídeos são da responsabilidade de médicos especialistas que integram a direção da SPA e vão abordar temas como: fatores de risco cardiovascular; colesterol “bom e mau”, tratamentos que evitam enfartes, opções nas pessoas mais idosas; triglicéridos -uma gordura menos falada e a ameaça da diabetes.

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Ao longo do tempo, a sua prevalência tem vindo a aumentar devido a estilos de vida menos saudáveis e, consequentemente, pelo aumento de fatores de risco, sendo vários modificáveis. Há dados encorajadores nos últimos anos, mas a Sociedade está preocupada com esta problemática e, por isso, lançámos esta nova campanha de sensibilização com o intuito de passar a mensagem de que é preciso agir de forma preventiva, ao longo de toda a vida, em relação aos fatores que promovem as doenças vasculares que irão afetar o cérebro, o coração e os membros inferiores, de modo a vivermos saudáveis e ativos”, refere João Sequeira Duarte, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose.

E acrescenta: “Apesar de termos um arsenal terapêutico cada vez maior e mais eficaz, importa não esquecer que é essencial alterar estilos de vida, adotando uma dieta mais equilibrada e introduzir a prática de exercício físico na rotina diária, de forma a atingirmos a nossa meta: redução da mortalidade prematura e dos eventos cardiovasculares em todas as faixas etárias, mas sobretudo abaixo dos 70 anos”.

 

E se colocassem sensores moleculares ao longo de toda a cadeia de valor do campo ao garfo?
“Garantir a segurança alimentar e a qualidade do produto através da monitorização em tempo real de marcadores químicos pela...

A importância da realização desta conferência prende-se com a necessidade crescente da indústria alimentar em fornecer informações sobre os produtos que consumimos, com a finalidade de atender aos padrões de qualidade e de proteger os produtos da fraude alimentar. A ideia para todos aqueles que assistam ao evento é ficar com uma visão geral sobre os marcadores químicos não destrutivos e dos desafios aplicados à cadeia agroalimentar. 

Desenvolvimentos recentes a nível tecnológico e na análise dos “big data” na indústria alimentar contribuem para mudanças graduais que pretendem transformar o papel da garantia da integridade da comida, de um que seja apenas de conformidade, para um novo que abranja um largo conjunto de preocupações, incluindo soluções para a qualidade, segurança e autenticidade da comida. Sensores espectroscópicos não destrutivos - Non-destructive Spectroscopic Sensors (NDSS), permitem uma avaliação rápida, não destrutiva e ambientalmente segura de vários parâmetros numa variedade de produtos alimentares. Atualmente a maioria das aplicações dessas tecnologias na indústria alimentar é feita em linha. A indústria exige que os NDSS sejam implantados no local e, de preferência, on-line para o controlo total do processo em toda a cadeia alimentar.  

“Pretendemos que o Sensor FINT seja uma rede de partilha de conhecimento que combine a experiência em trabalho de investigação, fabricação, treino e transferência de tecnologia em relação aos NDSS. O objetivo é desenvolver soluções para problemas existentes e emergentes no controlo de processamento de alimentos não invasivos com base no "sistema inteligente de controlo de alimentos", assim como o desenvolvimento de um quadro de jovens investigadores experientes que irão converter os resultados científicos numa realidade que corresponda às necessidades industriais. Acima de tudo, pretendemos que seja uma plataforma de partilha entre investigadores, academia e da indústria alimentar num ambiente de excelência científica”, refere António Silva Ferreira, docente e investigador da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto. 

O Sensor FINT´21 irá decorrer em duas modalidades: de forma presencial e de forma virtual, e contará com a presença de cientistas na área alimentar e equipas de engenheiros de empresas industriais envolvidas no desenvolvimento e inovação de produtos, autoridades de controlo, reguladores e avaliadores de risco, assim como investigadores, profissionais e estudantes de diferentes países com o objetivo de divulgar e partilhar os resultados dos seus trabalhos de investigação.   

Ao longo do evento, haverá vários workshops e todas as manhãs haverá uma sessão plenária e várias apresentações orais. Dia 30, quinta-feira, da parte da tarde, haverá sessões de empresas do setor. Os três grandes temas da conferência serão: Sensores inteligentes na indústria agroalimentar, Desafios no Processo de Controlo (PAT) para Análise de Alimentos e Detecção de fluxo de dados para atuadores em ambientes industriais. 

Sintomas, diagnóstico e tratamento
Trata-se de um tipo raro de Leucemia que afeta os mais idosos.

Mais frequente entre os adultos acima dos 60 anos, a Leucemia Mieloide Crónica “é uma doença oncológica caracterizada por uma desregulação da medula óssea (local onde se produz o sangue)” que resulta na “proliferação desmesurada dos progenitores dos glóbulos brancos”, explica a hematologista do Hospital Lusíadas de Lisboa, Daniela Alves.

Inicialmente assintomática, a progressão da leucemia mieloide crónica é insidiosa e com sintomas inespecíficos como cansaço (por anemia), dor abdominal, enfartamento (por baço aumentado), febre e perda de peso.

Por isso, o a maioria dos casos é identificada de forma “acidental, após a realização de análises de rotina, que mostram “um aumento do número dos glóbulos brancos, à custa de uma produção aumentada de neutrófilos, basófilos e eosinófilos”. De acordo com a especialista, é frequente observar ainda “formas mais precoces destas células, tais como os promielócitos, mielócitos e metamielócitos”.

“Estes 3 tipos de células habitualmente não andam a circular no sangue, encontrando-se somente na medula óssea. Mas, como a medula está a produzir tantas células, fica “cheia e transborda” células para a corrente sanguínea”, acrescenta.

Além dos glóbulos brancos, também as plaquetas podem estar aumentadas. 

No que toca ao seu tratamento, se há uns anos a doença apresentava uma esperança média de vida curta, hoje, com a existência de novas opções terapêuticas é possível viver mais e melhor.

“Há 30 anos, após o diagnóstico desta patologia, os doentes tinham uma expectativa de vida de cerca de 20 anos, acabando por falecer por progressão para leucemia aguda. Os tratamentos não mudavam a história natural da doença, à exceção do transplante alogénico de medula que tinha potencial curativo, mas à custa de muita toxicidade e só acessível a indivíduos mais jovens”, refere a especialista.

Embora os fármacos mielossupressores possam ser utilizados, os inibidores da tirosina quinase (TKI) que melhoram de modo significativo a resposta e prolongam a sobrevida, costumam ser o tratamento de eleição.

Com a descoberta da causa subjacente para o aparecimento da LMC – hoje sabe-se que o cromossoma Philadelphia (Ph) está presente em 90 a 95% dos casos de leucemia mieloide crônica – “foi desenvolvido um fármaco que atua especificamente sobre a alteração genética, fazendo “desligar” o sinal que faz as células proliferarem”, explica a especialista.

Reserva-se o transplante alogénico de células-tronco hematopoiéticas para pacientes com LMC na fase acelerada ou blástica ou com doença resistente aos inibidores da tirosina quinase disponíveis.

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Inserido no Ciclo Webinares LadoaLado.Com a Comunidade
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar um Ciclo de Webinares LadoaLado.Com a...

Cuidado com a coluna é a primeira sessão do Ciclo de Webinares LadoaLado.Com a Comunidade, iniciativa desenvolvida pela SRCentro para dar a conhecer os diversos projetos desenvolvidos pelas equipas de Enfermagem junto dos seus utentes/comunidades dentro da sua área de abrangência.

Este webinar, que se inicia às 18h no dia 25 de setembro, irá apresentar o projeto Cuidado com a coluna, desenvolvido no âmbito do Programa de Promoção da Saúde Infantil e Prevenção da Doença e no Programa de Saúde Escolar, em conjunto com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Agrupamentos Escolas Coimbra Oeste.

A sessão online tem como objetivos promover a reflexão sobre os resultados do estudo; dinamizar o debate sobre esta temática entre e na comunidade, incluindo jovens, agentes parentais, professores, enfermeiros, entre outros e sensibilizar para os cuidados de prevenção e o impacto das limitações decorrentes das posturas incorretas na posição sentada e transporte de peso excessivo na mochila.

Ana Paula Morais, Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação e Presidente da Mesa da Assembleia Regional; e os médicos Inês Ferro e Filipe Carvalho, do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, Rovisco Pais irão explicar esta atividade. A moderação do painel estará a cargo de Carla Santos, Vogal do Conselho Diretivo Regional da SRCentro.

A atividade está aberta a enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse pelo assunto, atribuindo 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional. A inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

Além disso, encarregados de educação e professores também se poderão inscrever através deste link: https://forms.gle/vcD7VHJddxadQVsb9

 

Pedido de Providencia Cautelar foi indeferido pelo Tribunal Administrativo de Lisboa
Deu entrada no Tribunal Central Administrativo do Sul um recurso da Sentença do Tribunal Administrativo de Lisboa, que...

Já cerca de duas centenas de cidadãos se associaram a este recurso para que a ação seja admitida para apreciação, em nome da legalidade democrática e da proteção da saúde de menores.

Em causa, esclarece o grupo “está a sentença da juíza do Tribunal Administrativo de Lisboa, que após ter ouvido o Ministério Público, concluiu que as vacinas para a COVD-19 estavam aprovadas em Portugal, sendo «manifestamente improvável a procedência do pedido», cuja alegação principal assenta na natureza condicional da autorização de introdução no mercado das vacinas COVID-19 em Portugal”.

“É por demais manifesto o desconhecimento do tipo de autorização que as vacinas para a COVID-19 detêm em Portugal e no espaço europeu, não só dos magistrados em apreço, como de muitos profissionais de saúde e da população em geral, informação que pode ser confirmada, no RCM das vacinas, no site da EMA e no do INFARMED”, saliente a Ação Popular.

Segundo o grupo, uma autorização de introdução no mercado condicional, significa que relativamente ao medicamento ao qual é conferido este tipo de autorização não foram apresentados dados suficientes sobre segurança e eficácia que permitam a sua cabal aprovação pela entidade reguladora (EMA/INFARMED), mas que dada a existência de alguns critérios que têm que ser verificados, como a emergência clínica e a ausência de alternativas terapêuticas, pode ser temporariamente utilizado, sob estrita farmacovigilância.

“Não havendo emergência pandémica no que concerne ao grupo etário abaixo dos 18 anos, que na sua maioria são assintomáticos ou apresentam sintomas ligeiros, e só muito excecionalmente apresentam doença grave quando infetados por SARS-CoV-2, não pode ser permitida uma autorização condicional, para a utilização destas vacinas em Portugal”, afirma.

A Ação Popular alega ainda que “a atual campanha de vacinação COVID-19 em curso para as crianças com mais de 12 anos, não esclareceu a população sobre o que é uma autorização de introdução no mercado condicional, pelo que não estão estabelecidas as condições para um verdadeiro Consentimento Informado”.

 

Cuidados e tratamentos
Com a chegada do Outono, é altura de reparar os danos causados pela exposição solar prolongada na no

Sendo a pele um órgão sob stress durante o Verão, o seu término e, portanto, o retorno a um ritmo mais habitual, aconselha a que se faça um exame geral deste órgão. Existem inúmeros tratamentos que visam a recuperação da pele dos desequilíbrios a que é sujeita durante os meses de maior calor. Contudo, na hora de decidir o que fazer, encontramos uma quantidade excessiva de técnicas, tornando-se difícil escolher a que melhor se adapta às necessidades de cada tipo de pele.

Não existe nenhum tratamento indicado para melhorar a qualidade da pele que esteja indicado para todos os pacientes. O ideal é recorrer a um dermatologista para que seja efetuada uma avaliação personalizada e se defina qual o melhor procedimento a adotar.

Na recuperação da pele danificada pelo sol podem utilizar-se cosméticos que contenham substâncias ativas que melhoram a qualidade da pele, tais como a vitamina C, derivados de vitamina A como o retinol ou ácido retinóico e os alfa-hidroxiácidos tais como ácido glicólico. Existe uma enorme multiplicidade de produtos deste género, que devem ser usados atendendo ao estado da pele, tipo de vida e à idade.

Existem igualmente procedimentos estéticos que tratam mais profundamente a sua pele.

A mesoterapia, através da utilização de cocktails de vitaminas e aminoácidos que penetram até à derme, é um ótimo tratamento reparador e hidratante em profundidade.

A utilização de substâncias de preenchimento como o ácido hialurónico, com alto poder de fixação de água e hidratação da derme, nas rugas ou em regime de skin boosters, é também indicada e eficaz.

Numa outra perspetiva de combate ao fotoenvelhecimento, a realização de peelings químicos com ácido glicólico ou ácido tricloroacético em baixas concentrações, tem o objetivo de remover de forma quase não traumática as células envelhecidas e estimular parcialmente a formação de colagénio pela derme superficial, sendo por isso o tratamento ideal para a remoção das manchas causada pela exposição prolongada ao sol.

Com o mesmo objetivo de reparação, pode ainda recorrer-se à luz pulsada, laser ou radiofrequência.

Assim, o cuidado da pele em época pós-solar é de extrema importância, quer na prevenção de doenças malignas, como o cancro cutâneo, quer na prevenção do fotoenvelhecimento. A hidratação é sempre um aspeto muito importante quando se fala de sol e pele: uma pele bem hidratada cumpre melhor a sua função de proteção em relação a elementos externos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Primeiro Índice Mundial da Saúde das Mulheres alerta que as necessidades de saúde não estão a ser satisfeitas
São cerca de 1,5 mil milhões de mulheres em todo o mundo que afirmam não terem sido testadas, ao longo do último ano, para...

Esta é uma conclusão do primeiro Índice Mundial da Saúde das Mulheres (Global Women’s Health Index), um estudo que representa a saúde de aproximadamente 2,5 mil milhões de mulheres e raparigas em todo o mundo e que revela que as suas necessidades de saúde não estão a ser satisfeitas.

Em Portugal, o Índice apurou que a percentagem de mulheres que realizam exames preventivos é baixa. As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são as menos monitorizadas, com 88% das mulheres a afirmarem nunca ter feito um exame para este tipo de infeções nos últimos 12 meses. Segue-se o cancro, com 64,5% das mulheres a afirmarem nunca ter realizado qualquer tipo de exame preventivo, e, para despiste à diabetes apenas 46,2% fizeram análises.

O Índice Mundial da Saúde das Mulheres, uma iniciativa da Hologic, desenvolvido em parceria com a Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião, identifica cinco dimensões da saúde da mulher que contribuem em 80% para a sua esperança média de vida: Cuidados Preventivos, Perceções de Saúde e Segurança, Saúde Emocional, Saúde Individual e Necessidades.

 A pontuação global do Índice é de 54, numa escala até 100, e neste primeiro ano do estudo, nenhum país conseguiu obter mais de 69 pontos. A maior parte dos países que lideram o Índice são também os que mais investem nos seus sistemas de saúde. Portugal encontra-se na 16ª posição do Índice, com 62 pontos. 

“Os Cuidados Preventivas são um primeiro passo vital para combater doenças e infeções que afetam a esperança de vida e a fertilidade das mulheres”, disse Susan Harvey, Médica, Vice-presidente de Global Medical Affairs da Hologic. “Falhar em garantir que as mulheres façam exames de rotina para o cancro, doenças e infeções sexualmente transmissíveis e doenças cardiometabólicas pode criar complicações maiores que, se fossem monitorizadas ou tratadas precocemente, poderiam ser evitáveis.”

“A pandemia COVID-19 não só agravou como chamou a atenção a lacunas de longo prazo no acesso e na qualidade dos cuidados de saúde”, explica Vipula Gandhi, Senior Managing Partner na Gallup. “O Índice oferece um ponto de partida para a avaliação do estado da saúde das mulheres. Esperamos que este estudo sirva como uma call to action para líderes e decisores de políticas de todo o mundo, porque são eles quem guia a recuperação global.”

Uma abordagem holística da Saúde da Mulher

No geral, em 2020 as pessoas de todo o mundo sentiram-se pior desde os últimos 15 anos. Experiências de preocupação, stress, tristeza e raiva continuaram a crescer e a estabelecer novos recordes. Cerca de quatro, em cada dez mulheres dizem que sentiram preocupação (40%) e stress (38%) ao longo do dia anterior à realização da entrevista.

Muitas mulheres inquiridas também se mostraram preocupadas em relação à sua segurança e à capacidade de satisfazer necessidades básicas como comida e abrigo.

Desenvolvido em parceria com a empresa líder em consultoria Gallup, o Índice Mundial da Saúde das Mulheres é um exame profundo e sem precedentes de fatores críticos para a saúde da mulher, por país e território, e ao longo do tempo. Os seus resultados baseiam-se em respostas de 120.000 homens e mulheres, em 116 países e territórios, em mais de 140 línguas. Conduzido como parte da Gallup World Poll, o Índice Mundial da Saúde das Mulheres representa os sentimentos e ações de aproximadamente 2,5 mil milhões de mulheres e raparigas.

O Índice Mundial da Saúde das Mulheres fornece dados apoiados pela ciência que contribuem para melhorar a esperança e a qualidade de vida das mulheres e raparigas em todo o mundo.

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
Os distúrbios do ritmo cardíaco estão entre os problemas cardíacos mais comuns. As arritmias fazem com que o coração bata muito...

O que os cardiologistas sabem atualmente sobre as arritmias e a COVID-19

“Sabemos que a COVID-19 parece piorar as arritmias em pacientes que as têm e que a doença pode provocar arritmia. Para pacientes que apresentam risco de arritmia, a prevenção é o melhor tratamento e isso significa vacinação”, diz Behr. “Quanto mais doente estiver um paciente com COVID, maior será a probabilidade de desenvolver arritmias.”

A fibrilação atrial, um batimento cardíaco irregular que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, é comum com a COVID-19 grave, diz o especialista. Um subgrupo sofrerá arritmias ventriculares, e essas são mais e fatais, acrescenta.

O tratamento do distúrbio do ritmo cardíaco durante a COVID é semelhante ao tratamento em circunstâncias normais, mas os profissionais de saúde também tentarão tratar a infeção subjacente e as suas outras complicações, declara o médico. Os pacientes Covid-19 que apresentam arritmias podem precisar de reabilitação cardíaca ou outros cuidados contínuos.

“Isso depende de quão persistente e severo é o dano ao músculo cardíaco”, diz Dr. Behr. “Se o dano for possível de ser tratado, deve bastar a reabilitação. Se os danos forem permanentes, os pacientes podem precisar de tratamento para evitar problemas futuros ou insuficiência cardíaca subjacente. Eles podem precisar de medicação e/ou dispositivos de ritmo cardíaco implantáveis.”

Como os testes genéticos avançaram para prever e prevenir a morte cardíaca súbita

“Os testes genéticos atingiram um estágio bastante avançado para grupos com alto risco de arritmias, como pessoas com histórico familiar de distúrbios do ritmo cardíaco ou morte cardíaca súbita inesperada”, diz Dr. Behr. “Os testes genéticos agora estão progredindo para identificar o risco de várias maneiras diferentes.”

Por exemplo, uma área de pesquisa ativa concentra-se na identificação do risco genético de morte cardíaca súbita em pessoas resultantes de causas adquiridas em vez de genéticas, como pessoas com problemas nas artérias coronárias, afirma o especialista. Os pesquisadores também estão a estudar se é possível prever o risco de morte cardíaca súbita na população em geral, acrescenta ele.

“Atualmente, não há dados para apoiar a realização de testes genéticos preditivos para risco de morte cardíaca súbita na população em geral, então as pessoas nas quais nos concentramos agora são aquelas nas quais sabemos que há um histórico familiar de problemas cardíacos genéticos ou que morte cardíaca súbita”, revela.

O teste genético seria realizado com testes cardíacos clínicos e fornecido com aconselhamento genético. Então, seria determinado se medidas preventivas deveriam ser tomadas, como medicamentos ou dispositivos implantáveis para regular o ritmo cardíaco, explica.

Ocorreram avanços para ajudar os atletas com distúrbios do ritmo cardíaco

“Isso depende da condição e da sua gravidade e se a pessoa já apresentou sintomas ou consequências”, afirma Behr. “Haverá atletas que sofreram palpitações causadas por problemas de ritmo cardíaco sem risco de vida, como taquicardia supraventricular ou TSV, um batimento cardíaco anormalmente rápido. Estes são frequentemente muito preceptivos a tratamentos ‘curativos’, como terapia de ablação, em que uma abordagem minimamente invasiva é usada para bloquear sinais cardíacos anormais. Eles podem então retomar às atividades normais.”

Esse também pode ser o caso de pessoas que sofrem de síndrome de Wolff-Parkinson-White, adianta.

Continuar a praticar desporto pode ser mais difícil para pessoas com problemas antigos relacionados a impulsos elétricos ou nos músculos cardíacos. O tratamento requer uma abordagem personalizada que depende de muitos fatores, diz.

“No final, a decisão é do atleta”, diz ele. “Muitos avanços têm sido feitos, principalmente pela Mayo Clinic, em estudar atletas que têm essas condições e percebemos que há mais possibilidades de retorno ao desporto do que imaginávamos, pois, os riscos podem não ser tão grandes quanto pensávamos.”

Sintomas de arritmia a serem observados

Os sinais de alerta incluem um histórico familiar de arritmias ou mortes cardíacas súbitas prematuras e inesperadas. Os sintomas a serem observados incluem apagões inexplicáveis; por exemplo, desmaios não atribuídos a uma queda na pressão arterial ou choque ao ver sangue, diz o Dr. Behr.

“Quando há uma perda de consciência muito repentina, esse é um sintoma bastante sério e requer avaliação urgente em um hospital”, sublinha.

Palpitações cardíacas geralmente são benignas, mas se houver desconforto e/ou histórico familiar de problemas cardíacos, elas devem ser avaliadas e, se as palpitações foram provocadas por exercícios ou você estiver sentindo tonturas, deve procurar atendimento de emergência, afirma.

“Em geral, se as pessoas apresentam sintomas preocupantes, como palpitações que não causam efeitos colaterais mais graves, ainda assim é interessante verificá-los”, afirma ele. “Isso pode envolver testes cardíacos simples, como um eletrocardiograma ou monitor Holter para registrar o ritmo cardíaco.”

Muitos problemas de ritmo cardíaco estão associados a outros problemas cardíacos e a dieta: controlar a pressão arterial, o colesterol e o peso, assim como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool podem reduzir o risco, diz o Dr. Behr.

O potencial da farmacogenómica para prevenir arritmias induzidas por medicamentos

A farmacogenómica permite que os médicos usem informações sobre a genética de um paciente para escolher medicamentos com maior probabilidade de eficácia e com menor probabilidade de causar efeitos secundários.

“A farmacogenómica é uma área promissora e em rápido desenvolvimento”, diz ele, acrescentando que há pesquisas em andamento para desenvolver ainda mais o uso da farmacogenómica na cardiologia.

Mais de 200 medicamentos usados regularmente em todo o mundo, incluindo antibióticos, medicamentos para saúde mental e medicamentos relacionados ao coração, podem causar problemas de ritmo cardíaco, como a síndrome do QT longo, particularmente em pessoas geneticamente predispostas a arritmias, conclui.

Desenvolvida por dois psiquiatras
Criada pelo Centro de Medicina Digital P5, a PsyMatch é uma ferramenta de apoio à decisão médica, que reúne a informação...

A app, disponível para todos os médicos nas lojas Google Play e Apple Store, foi desenvolvida por Pedro Morgado, psiquiatra e professor da Escola de Medicina da Universidade do Minho, e Pedro Branco, psiquiatra do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.

Esta aplicação serve como instrumento de apoio na seleção dos psicofármacos de acordo com o perfil do doente, baseando-se num algoritmo desenhado para sistematizar a informação científica mais recente.

O algoritmo entra em consideração com a presença de várias condições como a gravidez e amamentação, as doenças do fígado, rins, epilepsia ou diabetes, indicando os benefícios e riscos de dezenas de psicofármacos disponíveis em Portugal, incluindo antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos, estabilizadores do humor e anti-demenciais.

Segundo Pedro Morgado, este projeto está alinhado com a missão do P5, centro de medicina digital da Universidade do Minho, ao colocar as tecnologias digitais ao serviço soluções inovadoras em saúde. "Esta aplicação é de grande utilidade na medida em que reúne num único local informação que normalmente está dispersa por vários locais e que não se encontra sistematizada", explica.

A escolha de psicofármacos é um processo de tomada de decisão altamente complexo e que requer um conhecimento aprofundado acerca das características clínicas da doença, interações medicamentosas e do perfil terapêutico e de efeitos secundários das diferentes opções disponíveis. E é aqui que a PsyMatch se reveste de uma maior importância, por congregar o melhor conhecimento científico face às variadas opções de diagnóstico e de tratamento.

 

 

"Um dos comportamentos para evitar a doença é a neuroplasticidade cerebral"
No Dia Mundial da Doença de Alzheimer, Fabiano de Abreu apresenta conclusões dos seus estudos sobre os efeitos da doença que...

Apesar de ser uma doença que afeta muitas pessoas a nível mundial, a sociedade, de maneira geral, ainda não conhece a dimensão da gravidade dessa doença nem as suas particularidades. Nesse sentido, o neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu Rodrigues tem desenvolvido uma série de pesquisas sobre o assunto com uma nova perspetiva: “Os meus principais estudos são sobre a inteligência, pois ela define o comportamento e uma melhor qualidade de vida. Mas, quando falamos dela na ciência, não podemos deixar de analisar a demência, onde os sintomas causam declínio progressivo na capacidade intelectual, raciocínio, competências, memória, entre outros. Cerca de 50% a 70% dos casos dizem respeito à doença de Alzheimer, sendo que esses dados me chamaram a atenção para aprofundar o conhecimento sobre a enfermidade, com o objetivo de procurar formas de a prevenir”.

Fabiano assinala que há genótipos e fenótipos para a doença, além de fatores como os próprios hábitos de uma pessoa, que podem ser determinantes para o seu desenvolvimento. “Sou a favor de que as pessoas possam ter melhores possibilidades de testes genéticos para saber a probabilidade de ter a doença e poder preveni-la desde cedo. Os hábitos desta cultura tecnológica e o tipo de nutrição que estamos adaptados atualmente são cruciais para aumentarem as hipóteses de apresentar a doença”, reforça.

Por outro lado, Abreu observa que ainda não há cura para esta doença, mesmo sabendo o comportamento dos neurónios e as regiões cerebrais afetadas. “Um dos comportamentos para evitar a doença é a neuroplasticidade cerebral. Menos rede social e mais leitura de livros, exercícios de lógica, assim como hábitos diferentes da rotina em que o seu cérebro já está adaptado. A nutrição, como a adoção da dieta do mediterrâneo, por exemplo, bem como exercícios físicos, mas sem exagero, pois o exercício em demasia não é bom”. “Hábitos do passado com um maior cuidado para os alimentos do presente. Menos stress, evitar consumo excessivo de álcool, evitar uso de substâncias psicoativas, evitar cigarro, canábis, toma de medicamentos como ansiolíticos sem real necessidade para tal. É importante procurar ter uma vida saudável e a ginástica cerebral é a melhor maneira de prevenir a doença de Alzheimer”, acrescenta.

Fabiano de Abreu Rodrigues tem estudado a doença de Alzheimer desde a pós-graduação em neuropsicologia na Cognos em Portugal. Na especialização avançada em nutrição clínica, também em Portugal, foi tema do TCC para conclusão do curso de nutrição para doentes de Alzheimer. Possui, ainda, um artigo científico publicado na Logos University International (UniLogos), nos Estados Unidos, sobre a proteína Tau na doença, juntamente com o Henry Oh, Chefe do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Idaho, tendo sido tema da sua tese para a conclusão do doutoramento em neurociência na mesma universidade com o tema “O processo de nutrição de pacientes com Alzheimer: Identificação de fatores de risco, prevenção e acompanhamento para a reabilitação cognitiva”.

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