INSA
Numa parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e 33 hospitais do...

De acordo com a nota divulgada, este trabalho, que será desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do INSA, “vai conhecer a distribuição dos anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 na população residente em Portugal, por grupos etários e regiões de saúde. Esta informação permitirá monitorizar a taxa de ataque desta infeção na população, assim como a imunidade da população após a implementação do programa de vacinação contra a Covid-19”.

Segundo o INSA o trabalho de campo deve decorrer até final de outubro, envolvendo cerca 350 pontos de colheita e contando com o recrutamento de cerca de 4.600 indivíduos “com idade superior a 12 meses que recorram a um hospital ou laboratório participante no estudo para realização de análises clínicas”. A um pequeno número de participantes vai ser feito também o estudo serológico da gripe, com o objetivo de monitorizar a evolução da imunidade da população residente em Portugal contra a gripe antes do início do próximo inverno.

“Os primeiros resultados da terceira fase do ISN COVID-19 deverão ser conhecidos no início de dezembro. A informação e as amostras recolhidas no âmbito do ISN COVID-19 são codificadas no momento da recolha de modo a que os dados partilhados e divulgados não permitam a identificação individual do participante. A participação no inquérito não tem qualquer custo para os participantes, que poderão ter acesso aos seus resultados individuais, caso assim o entendam”, acrescenta a nota do INSA

De recordar que os resultados da segunda fase do inquérito serológico indicaram uma prevalência de anticorpos específicos contra-SARS-CoV-2 na população residente em Portugal de 15,5 %, sendo 13,5% conferida por infeção. “As regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência. Em relação à distribuição por idades, observou-se uma seroprevalência mais elevada na população adulta em idade ativa e mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos.”

Regras aplicáveis às creches e estabelecimentos de ensino pouco mudaram com desconfinamento
A Deputada Cristina Rodrigues recomendou hoje ao Governo que garanta que os pais/encarregados de educação possam, durante a...

A pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 obrigou à implementação de medidas restritivas destinadas a conter a sua propagação. Atendendo aos dados relativos à pandemia em Portugal e à evolução da vacinação, temos assistido ao levantamento progressivo destas restrições. Desde 1 de Outubro, que estão em vigor medidas como a abertura de bares e discotecas com certificado digital; os restaurantes deixarem de ter limite máximo de pessoas por grupo; o fim da exigência de certificado digital para acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos ou alojamento local, bingos, casinos, aulas de grupo em ginásios, termas e spas e o fim dos limites de lotação, designadamente para Casamentos e batizados, comércio e espetáculos culturais.

A parlamentar refere que concorda “em absoluto com o levantamento das restrições, até porque, de acordo com os últimos dados disponíveis, 87% da população já recebeu pelo menos uma dose e 84% já têm a vacinação completa.”.

No entanto, aquilo que se verifica é que, apesar do país se encontrar em processo de desconfinamento, com diversos sectores a voltarem a funcionar normalmente, as regras aplicáveis às creches e estabelecimentos de ensino pouco mudaram.

Em primeiro lugar, desde o ano letivo passado que as creches e jardins de infância foram forçadas a adaptar-se, tendo sido implementadas diversas medidas onde se inclui, nomeadamente, a obrigatoriedade do uso da máscara e a restrição de acesso dos pais ao recinto escolar.

Assim, a Orientação 025/2020, de 13/05/2020, atualizada em 09/09/2021, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), com o título “Medidas de Prevenção e Controlo em Creches, Creches familiares e Amas” prevê, na alínea c) do n.º 9, que “à chegada e saída da creche, as crianças devem ser entregues/recebidas individualmente pelo seu encarregado de educação, ou pessoa por ele designada, à porta do estabelecimento, evitando, sempre que possível, a circulação dos mesmos dentro da creche.”.

Esta medida tem sido fortemente contestada pelos pais que se encontram impedidos de acompanhar os seus filhos ao interior da creche, situação particularmente grave quando a criança é entregue pela primeira vez.

Recorde-se que a Ordem dos Psicólogos, numa missiva com o assunto “Medidas Sanitárias e Saúde Mental Psicológica”, considera que “o envolvimento dos Pais no processo de ensino aprendizagem e de comunicação escola-família passa também pela sua presença no espaço físico escolar. No caso das crianças mais novas é, aliás, condição para que se sintam seguras e possam desenvolver relações de confiança com os agentes educativos do espaço escolar (educadores, professores, assistentes operacionais).”. Esta afirmação demonstra a importância de assegurar a possibilidade de os pais poderem entrar no recinto escolar para apoiar a transição da criança.

Em segundo lugar, o Governo procedeu à revisão do referencial para as escolas, para o ano letivo 2021/2022, o qual não apresenta alterações significativas em relação ao ano letivo 2020/2021.

No que diz respeito à utilização de máscara, o referencial prevê que “qualquer pessoa com idade superior a 10 anos, e, no caso dos alunos, a partir do 2.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade, deve obrigatoriamente utilizar máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica para o acesso ou permanência no interior dos estabelecimentos de educação e/ou ensino”, não sendo esta obrigatória nos “espaços de recreio ao ar livre, sem prejuízo de ser recomendado o uso de máscara sempre que se verifiquem aglomerados de pessoas.”.

No caso das crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade, “a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica é recomendada para o acesso ou permanência no interior dos estabelecimentos de educação e/ou ensino, como medida adicional de proteção uma vez que estas crianças não se encontram vacinadas. Nos espaços de recreio ao ar livre, pode ser utilizada máscara sempre que se verifiquem aglomerados de pessoas.”.

Em relação aos rastreios, o referencial prevê a realização de testes laboratoriais para SARS-CoV-2 adaptados ao risco epidemiológico. O fundamento para esta medida prende-se, de acordo com o documento, com o facto de “ainda que tenha sido considerada a vacinação, em curso, dos jovens e a vacinação, já concluída, da grande maioria dos trabalhadores dos estabelecimentos de educação e/ou de ensino públicos e privados, a Autoridade de Saúde Nacional entende que a possibilidade das pessoas vacinadas serem “veículo” de transmissão do vírus justifica a sua testagem em ambiente escolar, nas primeiras semanas do novo ano letivo.”.

Finalmente, o referencial determina a manutenção do distanciamento físico, nomeadamente com a implementação de medidas como “nas salas de aula, sempre que possível, um distanciamento físico entre os alunos e alunos/docentes de, pelo menos, 1 metro, com a maximização do espaço entre pessoas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades letivas; a definição de circuitos no recinto escolar; a segmentação dos espaços comuns para funcionamento em coortes (ex: recreio) e a alternância de horários de entrada, saída e mobilizações dos “grupos bolha”.

Cristina Rodrigues considera que medidas como as acima identificadas foram importantes no passado para conter a propagação do vírus. Contudo, entende que as mesmas já não se justificam no contexto atual, atendendo à evolução da pandemia e da taxa de vacinação.

Recorde-se a criação do Movimento “Assim não é escola”, que foi formado em agosto de 2020 e é composto por pais, pediatras, psicólogos, profissionais de educação e outros cidadãos que estavam em desacordo com as medidas determinadas pela Direcção-Geral da Saúde. De acordo com a Carta aberta deste Movimento pretendia-se a “revisão das diretrizes da DGS de forma a serem mais adequadas para o bom funcionamento escolar e vivência das crianças”, por considerarem que estas comprometem as “aprendizagens, a saúde mental das crianças e o seu potencial bom desenvolvimento”, destacando que “o afeto, a segurança emocional e a socialização com os pares são importantes para o seu crescimento e desenvolvimento intelectual e emocional harmonioso.”.

“Sendo certo que a adoção de qualquer medida restritiva deve ter em conta os impactos psicológicos e emocionais que a sua implementação acarreta, considero que as autoridades de saúde devem ser particularmente cautelosas quando estejam em causa medidas que afetam diretamente as crianças. Na minha opinião, no momento atual, algumas medidas constantes da Orientação 025/2020, da Direcção-Geral da Saúde, e do “Referencial Escolas – Controlo da transmissão de COVID-19 em contexto escolar” não são proporcionais e não têm em conta os impactos ao nível do bem-estar e da Saúde Mental/Psicológica.”, conclui a Deputada.

Aberto ao público
Realiza-se no dia 16 de outubro, entre as 13h15 e as 14h14, um webinar, aberto ao público em geral, sobre “Vírus, Gravidez e...

Este webinar, conta com a participação do virologista Pedro Simas e será moderado por médicos de Medicina Interna e Obstetrícia que responderão a todas as questões colocadas pela audiência.

“Esta é uma oportunidade a não perder por todas as mulheres grávidas ou que pretendem engravidar e familiares para colocarem questões, esclarecerem as suas dúvidas ou receios sobre gravidez e o risco de infeção por Covid-19, a amamentação e a vacinação” afirma Pedro Correia Azevedo, Coordenador do NEMO.

Segundo dados recentes a gravidez, por si só, não aumenta a gravidade da Covid-19 e o risco das mulheres grávidas ficarem infetadas é semelhante ao da população em geral. Contudo, em Portugal, as mulheres engravidam cada vez mais tarde, ou seja, existe cada vez mais potencial para a existência de patologia crónica associada, nomeadamente hipertensão arterial e diabetes mellitus.

São estas doenças crónicas que parecem estar associadas ao aumento do risco da Covid-19 e a abordagem multidisciplinar destas mulheres grávidas é essencial.

“As informações são ainda muito reduzidas, mesmo assim, parece que podemos afirmar que a Covid-19 parece não aumentar o risco de malformações congénitas. À luz dos conhecimentos atuais, parece que existe uma associação entre a infeção Covid-19 e o aumento de parto pré-termo (antes das 37 semanas) e a rotura prematura de membranas (bolsa de águas)” conclui Pedro Correia Azevedo.

 

 

Opinião
A palavra pandemia invadiu as nossas casas nos últimos tempos.

Agora que todos percebemos a força da palavra pandemia, está na altura de olharmos para outra pandemia. Não menos importante, não menos valorizável, e seguramente com elevado impacto em termos de morbilidade e mortalidade: A OBESIDADE. Ou, se quisermos ser mais abrangentes, em duas pandemias gémeas que eventualmente serão o espectro de um continuo fisiopatológico: A DIABESIDADE (Diabetes & Obesidade).

Está na altura de nos voltarmos a focar nos verdadeiros problemas de saúde pública que teimamos em (fingir) ignorar.... Sob pena de chegarmos tarde demais. Está por isso está na altura de, de forma séria e responsável, avaliar a dimensão do problema e elaborar estratégias de intervenção eficazes.

Deixo-vos as premissas:

  • A prevalência da obesidade aumentou em todo o mundo nos últimos 50 anos, atingindo níveis de pandemia. Em 2020, 650 milhões de pessoas viviam com obesidade. Em Portugal, de acordo com o Inquérito nacional de Alimentação e Atividade Física, que recolheu informações no período de 2015-2016, cerca de 6 em cada 10 portugueses têm excesso de peso ou obesidade (34,8% e 22,3% respetivamente). Estima-se que estes números tenham aumentado significativamente nos últimos anos, e que continuem a aumentar drasticamente. E é de salientar que aumenta proporcionalmente com a idade e inversamente com o nível socioeconómico.
  • A obesidade é uma DOENÇA CRÓNICA. É fundamental mudar o “mindset” da sociedade em geral (e dos profissionais de saúde também...), que estigmatiza estes indivíduos. É um erro acreditar que chamar obeso é um insulto à sua dignidade. A obesidade é uma doença crónica, muito complexa e multifatorial. A gordura corporal anormal ou excessiva (adiposidade) compromete a saúde, aumentando o risco de complicações a longo prazo e reduzindo a esperança de vida. Não é – apenas - um problema estético e não resulta – apenas - do excesso de ingesta alimentar.
  • A obesidade aumenta substancialmente o risco de doenças como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, demência, osteoartrite, apneia obstrutiva do sono e vários tipos de cancro. E está, como tal, associada a elevada morbilidade e mortalidade. É difícil encontrar qualquer patologia que não seja mais prevalente no individuo obeso, ou cuja obesidade não a agrave. A Covid 19 mostrou-nos isso mesmo, com as elevadas taxas de mortalidade nestes doentes.
  • Para além da sua dimensão clínica a obesidade tem ainda grandes repercussões de dimensão económica e social. Para além do impacto direto nos custos de Saúde, está ainda associada ao desemprego e à diminuição da produtividade, e assume contornos de flagelo social. 
  • Existem atualmente instrumentos e tratamentos farmacológicos de provada eficácia e segurança. Porém, por não serem comparticipados, o seu acesso é limitado a quem os pode pagar, e praticamente vedado aos setores mais desfavorecidos da sociedade, precisamente os mais afetados, onde é maior a incidência da doença.

Com tanta premissa, fica a mensagem: 

A obesidade é uma das doenças mais prevalentes, mais subvalorizadas, menos diagnosticadas e menos tratadas da atualidade. Mais que um Problema de Saúde Pública é um Problema Prioritário de Saúde Pública!

Para o enfrentar são requeridas estratégias de prevenção, mas também de tratamento, em abordagens que combinem intervenções individuais com mudanças sociais e políticas. Abordagens que têm de envolver profissionais de saúde, mas também a sociedade civil e, naturalmente, os decisores políticos. Mas tem de ser JÁ, porque já deveria ter sido ontem!

Até quando vamos ignorar?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Congresso virtual decorre a 22 e 23 de outubro
Após a fase de submissão, onde foi possível reunir um total de 60 casos clínicos, o HPV Clinical Cases, organizado pela MSD...

“Uma forma original e diferente de abordar o tema”, que “permite que as diferentes áreas e especialidades trabalhem de forma conjunta com foco na melhor opção para o doente”. É assim que o Comité Científico descreve o Congresso Virtual HPV Clinical Cases, uma iniciativa que pretende impulsionar novos conhecimentos na área da infeção por Papilomavírus Humano (HPV).

Com a moderação da jornalista Carla Jorge de Carvalho, o Congresso Virtual HPV Clinical Cases 2021 inicia os dois dias com a apresentação e discussão multidisciplinar dos Casos Clínicos que melhor corresponderam aos critérios de pertinência, originalidade, rigor científico, raciocínio clínico e impacto no conhecimento da comunidade médica e nos cuidados a prestar ao doente.

Sob o mote “HPV como um TODO!”, os profissionais de saúde terão ainda oportunidade de assistir à conferência “Efetividade da vacinação em mundo real”, liderada pela Luísa Villa, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil, com a apresentação e discussão de dados reais da vacinação contra o HPV.

Já no segundo dia, o tema da conferência será dedicado aos “Hot Topics sobre a infeção por HPV”, nomeadamente no que diz respeito ao rastreio, diagnóstico, novos paradigmas, entre outros temas na voz das diferentes especialidades. Esta última conferência estará a cargo do Comité Científico, composto por Cândida Fernandes (dermatologia e venereologia), Daniel Pereira da Silva (ginecologia oncológica), José Maria Moutinho (ginecologia oncológica),  Luís Varandas (pediatria), Pedro Montalvão (otorrinolaringologia), Sandra Pires (gastrenterologia) e Teresa Fraga (ginecologia e obstetrícia).

No final do Congresso será entregue a menção honrosa para o Caso Clínico com maior relevância na área do HPV e todos os participantes receberão um certificado de participação.

O projeto HPV Clinical Cases 2021 conta já com o patrocínio científico / apoio de várias sociedades médicas: Associação Portuguesa de Urologia (APU), Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SPORL) e Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), Sociedade de Infeciologia Pediátrica (SIP), Sociedade Portuguesa da Contracepção e Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG).

Importância do apoio psicológico na luta contra a infertilidade
A infertilidade é uma jornada com diferentes fases, mas com um aspeto comum entre elas: o impacto incontornável na saúde mental...

A infertilidade é caracterizada como a incapacidade de um casal alcançar a gravidez desejada após, pelo menos, um ano de relações sexuais regulares sem qualquer contraceção. Esta doença e as implicações do seu tratamento médico tendem a originar respostas emocionais de stresse, ansiedade, vulnerabilidade, medo e perda, podendo mesmo chegar a níveis mais acentuados como a depressão.

Contudo, há diferentes respostas emocionais em função da fase do tratamento em que as pessoas se encontram. Por exemplo, a punção ovárica e a transferência de embriões são, tendencialmente, as etapas mais referidas como indutoras de stresse e de ansiedade, uma vez que estão associadas a períodos de tempo em que se espera por resultados importantes. Segundo a psicóloga Ana Galhardo, “estas dificuldades emocionais muitas vezes levam ao abandono precoce dos tratamentos”. “Tendo em conta a carga negativa que a infertilidade acarreta para a relação conjugal, muitos são os casais que se sentem demasiado ansiosos ou deprimidos para continuarem”, acrescenta.

Embora não exista ainda um programa de acompanhamento psicológico especificamente direcionado para estas pessoas, já existem algumas estruturas de apoio psicológico disponíveis, como a app “My Journey”, uma app de autoajuda. Ana Galhardo, que é uma das psicólogas e investigadora envolvida no desenvolvimento desta plataforma, caracteriza-a como “uma companheira de viagem neste processo de adaptação psicológica de pessoas que não concretizaram o seu desejo de ter um filho”. Após uma primeira fase de utilização para perceber a sua viabilidade, “foi possível entender que as pessoas que utilizaram a app aumentaram significativamente os seus níveis de bem-estar”, explica.

Ana Galhardo acrescenta ainda que o apoio psicológico promove “a normalização de estados emocionais e formas mais adaptativas de lidar com as preocupações, dúvidas e expectativas, a par da aceitação.” Esta é igualmente uma altura de grandes decisões, pelo que o apoio também “ajuda a clarificar valores ou a lidar com situações em que os tratamentos não foram bem-sucedidos”, conclui. Além disso, um maior acompanhamento permite identificar as pessoas que apresentam maior vulnerabilidade para o surgimento de depressão ou ansiedade com relevância clínica.

Perante a enorme importância que o apoio psicológico tem na luta contra a infertilidade, a APFertilidade conta com uma vasta rede de psicólogos com formação e experiência específicas nesta área, que podem ajudar as famílias, os casais ou as pessoas que pretendem realizar este sonho.

Estudo explica a origem de algumas lesões nas mãos e pés
As lesões nas mãos e pés que alguns pacientes Covid-19 apresentam, e que ficaram conhecidas como Dedos Covid, podem ser um...

Os investigadores da Universidade de Paris, examinaram na primavera de 2020, 50 pessoas com os dedos inflamados e vermelhos após a contratação da SARS-CoV-2 e treze outras com eritema pérnio instalado antes da pandemia.

Os autores acreditam ter identificado, pela primeira vez, as partes do sistema imunitário que parecem estar envolvidas no aparecimento deste tipo de lesões, o que pode ajudar a desenvolver novos tratamentos.

De acordo com o estudo, com base em testes de sangue e pele, existem dois elementos que levam ao sintoma: uma proteína antiviral chamada interferão tipo 1 e um tipo de anticorpo que ataca erradamente as próprias células e tecidos, além de invadir o vírus.

As células presentes nos pequenos vasos sanguíneos que irrigam as áreas afetadas também desempenham um papel, notam os investigadores.

Um dos autores, Charles Cassius, observou que a sua pesquisa fornece novos dados para compreender o fenómeno, uma vez que, apesar de a sua epidemiologia e características clínicas terem sido extensivamente examinadas, faltavam detalhes sobre a "fisiologia".

Os "dedos covid" geralmente aparecem entre uma a quatro semanas após a pessoa ser infetada e, embora possam afetar qualquer um, geralmente aparecem em crianças e adolescentes. Segundo os especialistas, normalmente desaparecem sem a necessidade de tratamento.

Os dermatologistas salientam que, embora este tipo de lesão tenha sido bastante frequente na primeira onda da pandemia, parece ser menos habitual com a variante Delta.

 

Parceria com o Ministério da saúde para apoiar o plano de vacinação
As 50 unidades móveis de vacinação disponibilizadas ao Ministério da Saúde, como forma de apoiar o Plano de Vacinação contra a...

No conjunto do projeto, entre março e setembro, registou-se a administração de 102.488 vacinas e 124.938 quilómetros percorridos pelas 50 unidades móveis. Durante este período, foram efetuadas ações de vacinação em 172 dias nas 5 Administrações Regionais de Saúde, que por sua vez envolveram 30 Agrupamentos de Centros de Saúde que cobrem 5.903.314 utentes. A vacinação abrangeu 12,5% de pessoas que reúnem as condições de acamados, 87,3% de população em geral e 0,2% de população em prisões. Foram envolvidos de 3.012 profissionais de saúde, de entre os quais 946 médicos, 1.711 enfermeiros e 355 assistentes operacionais. Em suma, foram vacinados mais de 50 mil cidadãos, de entre os quais pelo menos 6 mil acamados e vulneráveis de elevado risco para desenvolver a doença COVID-19 e morte.

Estima-se que a iniciativa “Gulbenkian onde é Preciso” possa ter contribuído para evitar 1.406 mortes e 2.124 internamentos relacionados com Covid-19.

“A vocação da Fundação Calouste Gulbenkian tem sido, desde o seu início, a de estar próxima dos mais vulneráveis. Depois de, no início da pandemia, em 2020, termos lançado um Fundo de Emergência de 5 milhões de euros, tentámos com esta iniciativa ‘Gulbenkian onde é preciso’ ajudar as autoridades de saúde e a Task Force a chegar àqueles que têm mais dificuldade em aceder aos circuitos normais de vacinação. Porque para vencermos o desafio da pandemia de COVID 19, todos temos um papel a desempenhar”, considera Isabel Mota, presidente da Fundação Gulbenkian.

Esta parceria com o Ministério da Saúde permitiu à Fundação Calouste Gulbenkian dar continuidade ao seu legado na área da vacinação. Recorde-se que, já em 1965, a Fundação financiava o primeiro plano de vacinação realizado a nível nacional, adquirindo vacinas contra a poliomielite, a difteria, o tétano e a tosse convulsa e permitindo vacinar, a título de exemplo, 3 milhões de crianças contra a poliomielite nesse mesmo ano. Em resultado desse plano, Portugal tornou-se num dos primeiros países a erradicar a poliomielite. Tanto ontem como hoje, a Gulbenkian está onde é preciso.

Complicações cardiacas
As autoridades sanitárias da Suécia e da Dinamarca suspenderam parcialmente o uso da vacina contra a Covid-19 da Moderna,...

Casos de miocardite e pericardite foram previamente reportados na sequência da imunização com vacinas COVID-19 baseadas em mRNA, como a Spikevax e a Comirnaty, e estas questões já estão listadas em ambos os rótulos dos produtos como efeitos secundários potencialmente "muito raros". No entanto, dados preliminares de um novo estudo nórdico sugerem que "a ligação é especialmente clara quando se trata da vacina da Moderna, especialmente após a segunda dose", de acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira pela agência sueca de saúde, que apontou, no entanto, que este risco será pequeno.

Dados finais conhecidos em breve

Conduzido por institutos de saúde na Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, o estudo, que ainda não foi publicado, será agora enviado à Agência Europeia de Medicamentos para posterior avaliação. A Autoridade Dinamarquesa de Saúde disse que os dados finais são esperados dentro de um mês.

As autoridades suecas disseram que a vacina da Moderna será suspensa para maiores de 30 anos até 1 de dezembro. No início desta semana, as autoridades de saúde recomendaram que crianças entre os 12 e os 15 anos obtenham a vacina da Pfizer e da BioNTech em vez da Spikevax. "O aumento do risco [de inflamação do coração] é observado dentro de quatro semanas após a vacinação, principalmente nas primeiras duas semanas", disse a agência de saúde sueca, referindo-se aos resultados do novo estudo, acrescentando que os sintomas cardíacos "geralmente desaparecem por conta própria".

Por seu lado, a Dinamarca decidiu parar de distribuir a vacina [da Moderna] a menores de 18 anos, embora tenha notado que a Comirnaty já era a principal opção para as pessoas entre os 12 e os 17 anos.

Finlândia vai decidir esta semana

A Noruega já recomenda a Cominarty aos menores e disse, esta quarta-feira, que está a seguir este conselho, referindo que os rapazes e os jovens eram mais propensos a serem afetados pelos raros efeitos secundários, principalmente depois de receberem uma segunda dose. "Os homens com menos de 30 anos também devem considerar escolher a Cominarty quando são vacinados", afirmou Geir Bukholm, chefe de controlo de infeções do Instituto Norueguês de Saúde Pública. Entretanto, um responsável de saúde finlandês disse que a Finlândia espera publicar uma decisão esta quinta-feira.

A vacina de duas doses da Moderna, anteriormente mRNA-1273, foi autorizada pela primeira vez na UE no início deste ano para pessoas com 18 anos ou mais, tendo sido alargada em julho a pessoas com apenas 12 anos. A Comirnaty também é autorizada na Europa para adultos e adolescentes.

Amigos e familiares podem ter um papel importante na decisão de realizar uma cirurgia estética
A decisão de se fazer uma cirurgia estética nem sempre é fácil de tomar, sendo motivo de muitas refl

Também é verdade, que hoje em dia, com tantas informações e a pesquisa no “Dr. Google” as pessoas acabam por ficar baralhadas com tantas informações e opiniões contraditórias.

Os amigos e familiares podem ter um papel importante na decisão e em todo o processo que se segue. Infelizmente, o que se passa, é que em muitos casos não existe qualquer apoio e até pode haver contrariedade e desmotivação e casos ainda de ameaças de comprometer o relacionamento familiar e afectivo.

É essencial que um doente tenha à sua volta pessoas que lhe dêem apoio físico e emocional quando tem que se submeter a uma cirurgia, seja estética ou não, e mais ainda no período pós-operatório, não comentando coisas que desanimam, alarmam e pioram a situação. Por mais independente que alguém possa parecer, vai precisar de algum suporte após uma cirurgia, pois nos primeiros dias e semanas o doente pode sentir-se deprimido pelo desconforto, inchaços e «nódoas negras».

O doente deve tentar escolher uma companhia adequada que seja realmente um suporte e educadamente declinar a oferta de ajuda de pessoas muito críticas e negativistas. O mesmo deve fazer às que não se sentem à vontade com o aspecto inchado, com as nódoas negras, que temporariamente pode ter. É importante afastar ou não valorizar pessoas que, mesmo sem intenção consciente, são críticas e negativas contra tudo o que é estética, e algumas até, quem saberá, com alguma ponta de inveja...

Infelizmente não é raro ouvirem-se comentários e críticas pela cirurgia que se fez, assim como: «Eu preferia como dantes», «Não era preciso ter feito a cirurgia» ou «Está pior». Tais comentários podem ter diversas motivações, muitas vezes até inconscientes, mas podem determinar um stress adicional ao período de recuperação.

As críticas de amigos e familiares devem ser encaradas como algo natural de quem vê a situação de fora. Também não se devem esperar elogios – geralmente as pessoas são mais generosas na crítica do que no elogio...

Deve-se ter em atenção alguns “conselhos” de amigas, sem dúvida bem-intencionadas, para ir a este ou aquele médico mais barato porque vem fazer consultas a um cabeleireiro, gabinete de estética e outros locais e muitos deles nem sequer são especialistas ou estão devidamente credenciados e legalizados. Pode haver consequências difíceis ou impossíveis de resolver. O barato sai caro.

Pertencemos a uma cultura, que ainda não mudou, virada para o alarmismo e fatalismo. Prova disso a recente pandemia. Então é comum que quando um de nós vai fazer um tratamento, cirurgia seja ao que for, logo aparecem histórias que conheceram alguém em correu mal, que as coisas não foram como esperavam, etc., e que em cirurgia e medicina estética ainda é pior.

Deve ter-se sempre em mente que fez a cirurgia para si mesmo e não para satisfazer outras pessoas. Deve procurar-se apoio nas pessoas de maior afectividade, no cirurgião e na sua equipa para contornar essas dificuldades, concentrar-se nos objectivos traçados, nos motivos da cirurgia estética e no que de positivo vai alcançar.

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

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Promoção da literacia emocional
Promover a literacia emocional em contexto escolar, bem como, potenciar nas crianças e jovens competências de autoconhecimento,...

Apostaram neste projeto de educação socioemocional — desenvolvido e dinamizado pela Associação Mente de Principiante —, escolas do Município de Valongo, de Macedo de Cavaleiros, de Vila Nova de Paiva (Viseu) e os Salesianos do Porto.

A educação socioemocional tem vindo a assumir uma importância crescente e comprovada em contexto escolar e a mudança de paradigma já está a acontecer em Portugal. O papel da escola não é só transmitir competências cognitivas e académicas, mas também, competências sociais e emocionais. Educação e Emoção são, por isso, duas faces de um ensino integral.

Ser agente de mudança na área da educação socioemocional foi, desde sempre, um dos propósitos da Associação Mente de Principiante, uma associação com intervenção no desenvolvimento pessoal desde a infância, que promove o bem-estar integral, sobretudo, em contexto escolar.

A missão e projetos desenvolvidos têm sido reconhecidos a nível nacional, mas a maior conquista aconteceu no ano letivo 2020/21, com a integração do programa “Calmamente – Aprendendo a Aprender-se” em horário curricular em quatro escolas públicas do Agrupamento de Escolas Abel Salazar, em São Mamede de Infesta (Matosinhos), abrangendo mais de 400 crianças com idades compreendidas entre os 8 e 11 anos. Um projeto que contou com o apoio das Academias Gulbenkian do Conhecimento e que foi monitorizado pelo Instituto Universitário da Maia.

Todos os agentes educativos participantes no evento sublinharam o impacto positivo da educação socioemocional, reconhecendo a sua implementação como imperiosa para a educação integral de crianças e jovens e, ainda, como ferramenta de prevenção ao nível da saúde mental, tão importante nos dias que correm.

O Município de Valongo foi um dos concelhos pioneiros no país a valorizar a educação socioemocional como ferramenta essencial para os alunos, celebrando um protocolo com a Associação Mente de Principiante para a implementação do programa “Calmamente”, durante o presente ano letivo, em oito turnas do 4ºano do Agrupamento de Escolas de São Lourenço, em Ermesinde, intervenção dinamizada pela equipa da Associação Mente de Principiante. Esta será uma experiência piloto no concelho, sendo objetivo do Município e segundo fonte da autarquia, o alargamento da implementação do projeto a todos os 4º anos de todas as escolas do concelho.

A contribuir para a mudança de paradigma na Educação em Portugal estão também os Municípios de Macedo de Cavaleiros e de Vila Nova de Paiva (Viseu) que, de forma visionária, investiram na formação de equipas que estão já a implementar o programa Calmamente - Aprendendo a Aprender-se, numa intervenção dirigida a um total de 25 turmas dos Agrupamentos de Escolas de Macedo de Cavaleiros e Vila Nova de Paiva.

Para além das escolas públicas, também o ensino privado e cooperativo reconhece a importância de trabalhar as emoções dos seus alunos. É o caso dos Salesianos do Porto que firmaram uma parceria de formação com a Academia Mente de Principiante, para neste ano letivo, implementarem o programa “Calmamente” em quatro turmas da instituição.

De acordo com Andreia Espain, fundadora e presidente da Associação Mente de Principiante, estão a ser concertadas mais parcerias com escolas públicas, colégios, agrupamentos escolares e autarquias, prevendo-se que, até ao final do ano, o número de crianças e jovens abrangidos pelo programa aumente ainda mais.

“É fundamental que, crianças e jovens, aprendam a criar, desde cedo, alicerces de sustentação emocional para serem adultos equilibrados e confiantes e, sobretudo, mentalmente saudáveis.  É, cada vez mais, exigida à escola uma capacidade de se reinventar de forma a dar resposta não só, a questões do conhecimento e da cognição, mas também a questões do crescimento pessoal, social e emocional de toda uma comunidade escolar.  É motivo de enorme regozijo, para mim, enquanto autora do programa e mentora deste projeto, esta evolução notória da implementação, bem como, o reconhecimento da qualidade e mais-valia que representa o programa Calmamente® - Aprendendo a Aprender-se na vida das comunidades escolares. É com enorme satisfação que fazemos parte desta mudança tão necessária no panorama educativo nacional. Ser um verdadeiro agente de mudança é o propósito da nossa associação”, afirma Andreia Espain.

A metodologia “Calmamente” e os seus benefícios

O programa ‘Calmamente - Aprendendo a Aprender-se’ é um programa de educação socioemocional que já foi aplicado em várias turmas e escolas do país, estruturado em sessões compostas por diversas dinâmicas que favorecem a aquisição de competências como o autoconhecimento, a comunicação e a autorregulação emocional, entre outras, contribuindo para o crescimento emocional equilibrado dos participantes. 

"Marta Temido, ao que parece, não pretende ser parte da solução"
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, lamenta a ausência de resposta da ministra da Saúde ao documento...

“Estamos sempre dispostos a dialogar, a criar pontes de entendimento com o governo”, explica Pedro Costa, lamentando que idêntica postura não seja adotada pelo ministério. Recorde-se que a 21 de setembro as sete estruturas sindicais representativas dos enfermeiros entregaram no Ministério da Saúde um documento onde exigiam a reabertura do diálogo e das negociações conjuntas. Em cima da mesa estão temas como a avaliação, a progressão na carreira, o pagamento de milhares de horas extraordinárias e o reconhecimento do risco e penosidade da profissão.

Na altura, os representantes dos sete sindicatos, que foram recebidos por uma funcionária administrativa no hall dos elevadores do ministério, deram à tutela um prazo de dez dias úteis para obter uma resposta ou reabrir a mesa de negociações. O prazo acabou ontem, dia 06 de outubro, mas, até ao momento, nenhuma resposta foi dada pela tutela.

Pedro Costa lembra que “os problemas crónicos dos enfermeiros ficaram ainda mais expostos com a pandemia de COVID-19 e urgem ser resolvidos”. “Só que a ministra não nos respeita quando manda que sejamos recebidos à porta de um elevador, não nos ouve quando apelamos ao diálogo e tudo isso é ainda mais notório na ausência de resposta ao fim destas duas semanas”, acrescenta.

O dirigente recorda que “a ministra da Saúde faz tábua rasa de uma resolução da Assembleia da República aprovada no início do ano, onde se recomenda que o Governo retome a negociação com os sindicatos de enfermeiros, de forma a dar resposta às nossas reivindicações”. Em causa está, salienta, a Resolução da Assembleia da República n.º 58/2021, aprovada a 15 de janeiro de 2021 e publicada em Diário da República a 8 de fevereiro.

Na reunião da próxima segunda-feira, sublinha Pedro Costa, “todos os cenários vão estar em cima da mesa”. “É compreensível que a senhora ministra não esteja muito preocupada com a possibilidade de voltarmos à greve, pois basta-lhe recorrer a uma unidade privada”, acrescenta o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros. Porém, diz, “nem todos os portugueses se podem dar a tal luxo e, para muitos, o Serviço Nacional de Saúde é o único ‘seguro’ a que podem aceder”.

Pedro Costa recorda que nos últimos dois anos “os enfermeiros foram uma peça fundamental no combate, controlo e vacinação contra a COVID-19”. E vão voltar a sê-lo com a vacinação em simultâneo contra a gripe e a eventual terceira dose da vacina contra a COVID. “Merecemos que haja, agora, espaço para o diálogo e para a negociação do reconhecimento de direitos que há muito deveriam estar consagrados na carreira de enfermagem”, acrescenta.

Se as estruturas sindicais decidirem avançar para a greve, Pedro Costa pede, desde já, desculpa aos portugueses “que vão voltar a ser prejudicados com o adiamento de cirurgias, consultas ou tratamentos”. “Lamentamos que quem não tem culpa da inoperância do Ministério da Saúde seja prejudicado mais uma vez, mas o que pedimos ao Governo é simples e justo”, acrescenta.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros mantém viva a esperança do diálogo. “A ministra, e o Governo, ainda têm tempo de mostrar que estão mesmo interessados em negociar com todos os sindicatos, sem promoverem negociações paralelas, que procuram dividir a classe para poderem impor a vontade de uma minoria à maioria da classe de enfermagem”, conclui.

JCI é líder mundial em acreditação de instituições de saúde
Pela quarta vez, o Hospital de Cascais - gerido pelo Grupo Lusíadas Saúde - vê a sua qualidade e segurança reconhecidas pela...

O Hospital de Cascais volta a concluir com sucesso a quarta auditoria internacional à qualidade e segurança dos seus processos e procedimentos, vendo assim renovado o rigoroso selo de qualidade pela Joint Commission International (JCI), o maior órgão certificador de qualidade e segurança de instituições de saúde do mundo.

Após ter recebido a sua primeira distinção em 2012, esta é a quarta vez que o Hospital de Cascais, gerido pela Lusíadas Saúde em regime de parceria público-privada, é reconhecido pela entidade norte-americana. Uma avaliação que vem reforçar a segurança dos processos e procedimentos em prol dos doentes, a qualidade do atendimento e o funcionamento interno.

Este reconhecimento surge após uma auditoria, por parte de peritos internacionais, que aferiu a conformidade do Hospital com mais de 1200 requisitos relacionados com a segurança do doente, padrões clínicos e não clínicos, atendimento, gestão e organização.

“É a quarta vez consecutiva que a equipa do Hospital de Cascais evidencia, junto de auditores internacionais, que a qualidade e a segurança dos seus doentes é um compromisso inequívoco de todos, que exige uma constante atualização e alinhamento com aquilo que são as melhores práticas mundiais na prestação de cuidados de saúde. Este reconhecimento é motivo de grande orgulho, não apenas para a equipa do Hospital de Cascais como de toda a Lusíadas Saúde”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

“É com enorme satisfação e orgulho que recebemos esta reacreditação, fundamental para continuarmos a ter uma equipa alinhada com as melhores práticas mundiais na área da qualidade e segurança do doente, o que nos permite manter o reconhecimento como um Hospital de Excelência, um Hospital feito de pessoas para pessoas, onde o utente estará sempre em primeiro lugar. Um estatuto que nos orgulha e que nos permitiu ser um exemplo internacional num período tão complicado como o da pandemia”, refere José Bento e Silva, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais Dr. José de Almeida.

 

 

“Partilhar para melhor cuidar”
As necessidades em saúde tendem a ser cada vez mais complexas e a necessitar de intervenção urgente, como se demonstrou com a...

Inspirada nessa missão de partilha, a LIDEL anuncia a realização de um novo ciclo de 4 Webinars de Enfermagem, sob o lema "Partilhar para melhor cuidar”.

Estes quatro webinars, moderados por Carlos Sequeira, Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto e Manuela Néné, Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa – Lisboa, trazem a debate novos temas de suma importância para a classe e celebram também a publicação de quatro novos livros, escritos maioritariamente por enfermeiros e para enfermeiros, reforçando a aposta da editora na publicação de conteúdos para todos os profissionais desta área.

Curso destinado a jovens médicos
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) organiza a 18ª edição da Hypertension Summer School (HSS), nos dias 19 e 20 de...

No curso vão ser abordados diferentes temas na área da hipertensão arterial e da doença cardiovascular: genética, fisiologia, epidemiologia, tratamento, sal e doença cardiovascular, leitura critica da evidência e discussão de casos clínicos. 

O Presidente da SPH, Luís Bronze, enaltece a HSS pelo facto de “reunir vários especialistas internacionais que participam na iniciativa com o intuito de partilhar os seus conhecimentos e as suas experiências com os nossos jovens profissionais de saúde”.  

Ao melhor participante neste Curso, escolhido após avaliação efetuada no fim do mesmo, será concedida a inscrição no próximo Congresso da Sociedade Europeia de Hipertensão 2022, a realizar de 17 a 22 de junho em Atenas, na Grécia. 

Os interessados devem formalizar a sua candidatura até ao dia 31 de outubro, através de carta dirigida à Comissão Organizadora ou via e-mail para [email protected] . 

Os participantes recebem, com antecedência, bibliografia por e-mail por forma a contribuir para uma boa participação nesta atividade científica. Posteriormente, a Comissão Organizadora envia aos interessados um formulário cujo preenchimento é indispensável para que a candidatura seja aceite, assim como, toda a informação para concretizar a sua candidatura. Esta documentação deverá ser enviada por e-mail até 5 de novembro. A organização comunicará até 8 de novembro, a todos os candidatos, a aceitação ou não da candidatura. 

Todas as despesas do Curso, assim como, as despesas associadas à frequência do Congresso Europeu de Hipertensão serão suportadas pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão. A comissão organizadora da HSS é composta pelos Prof. Agostinho Monteiro, Dr. Fernando Pinto e Dr. Rasiklal Ranchhod. 

 O programa da Hypertension Summer School pode ser consultado aqui

 

Estudo
O setor de Healthcare and Life Sciences encontra-se entre os que registaram maior adoção dos modelos digitais de recrutamento...

O estudo, intitulado “Digital Talent Attraction”, reúne informação destes especialistas da Michael Page relativamente ao recrutamento, consultoria e parcerias com empresas especializadas em Healthcare and Life Sciences, com vista a encontrar os perfis de altos executivos, profissionais especializados e equipas de apoio necessárias para a trajetória comercial, e descobrir as tendências relacionadas com a aquisição de talentos nesta área.

A enorme escassez de talentos neste setor, caracterizado como próspero e com elevada exigência em termos de excelência e qualificação de profissionais, e a extrema necessidade dos mesmos, independentemente das zonas geográficas, é outra das conclusões retiradas do estudo. Quer seja na América, Ásia ou Europa, a dificuldade em encontrar talento de topo é observada tanto em países como os Estados Unidos da América, Japão ou Suíça. Desta forma, a escassez de candidatos no setor de Healthcare and Life Sciences na maior parte do mundo, conduz a um aumento do poder de negociação e do pagamento de salários acima da média para a obtenção de talentos.

O estudo conclui ainda que as ferramentas digitais, como a videoconferência e webinars organizados pelas empresas, são mais utilizadas para encontrar os candidatos, devido ao protocolo de distanciamento social que ainda prevalece na maioria dos locais de trabalho. O interesse de candidatos que não estão necessariamente à procura de emprego de forma ativa, é também despertado por processos digitais.

No entanto, as organizações precisam de se esforçar mais por utilizar tecnologias digitais em seu benefício para resolver os problemas de formação de laços afetivos e de cultura empresarial, que são mais comuns na interação digital.

Pedro Borges Caroço, Associate Partner da Michael Page, refere que “a transformação digital está a moldar o setor de Healthcare and Life Sciences. A crescente cultura de trabalho remoto e as deslocações limitadas fizeram com que encontrar os talentos-chave se tivesse tornado

cada vez mais difícil. No entanto, algumas empresas tiveram um grande êxito através de abordagens inovadoras e flexíveis em relação à procura de talentos”.

No panorama do recrutamento no setor das ciências da vida e farmacêutico, a mudança manifesta-se ainda nas qualidades e qualificações que os recrutadores procuram atualmente. A valorização das competências sociais, como a capacidade de adaptação, resiliência e proatividade, surgem como prioridades relativamente à experiência profissional e às competências técnicas.

O estudo conclui ainda que a manutenção digital é também um elemento indispensável no processo de contratação, especialmente neste setor que dá particular valorização aos detalhes. Quer seja a oferecer ou a procurar emprego, as empresas e os candidatos precisam de ter em conta os respetivos perfis e presença a nível digital, conferindo-lhes a atenção e o cuidado como o fariam com o seu próprio aspeto físico, e certificar-se de que os respetivos perfis digitais estão atualizados e são interessantes.

Os candidatos também devem encarar o processo digital tão seriamente como um processo presencial e certificar-se de que os respetivos perfis digitais estão atualizados e são interessantes, conclui o estudo.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados 500 casos de infeção pelo novo coronavírus e quatro mortes em território nacional. O número de...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: duas em quatro. Seguem-se a região Centro e Algarve com uma morte, cada, a assinalas nas últimas 24 horas. Nas restantes regiões do país não houve mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 500 novos casos. A região Norte voltou a ser a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 183, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 158 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 42 casos na região Centro, 49 no Alentejo e 46 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 10 infeções, e os Açores com 12.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 349 doentes internados, mais três que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos mantêm a rota descendente e têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 60.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 322 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.024.471 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.058 casos, menos 174 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 800 contactos, estando agora 25.218 pessoas em vigilância.

Relatório de Vacinação
Cerca de 87% da população tem pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e 84% a vacinação completa, o que corresponde,...

De acordo com o balanço semanal, Portugal continental e Regiões Autónomas já receberem 20.258.230 doses, das quais 16.192.139 já foram distribuídas.

Segundo o documento, na faixa etária 12-17 anos foi administrada a primeira dose da vacina a 88% (548.049). Neste grupo, 510.071 pessoas terminaram a vacinação, o que equivale a 82%. 

Quanto aos jovens com idade entre os 18 e os 24 anos, 91% (709.346) têm pelo menos uma dose da vacina e 86% (669.188) a vacinação completa. 

Cerca de 95% (3.157.272) das pessoas com idade compreendida entre os 25 e os 49 anos iniciaram a vacinação e 92% (3.056.947) já têm o esquema vacinal completo. 

No grupo etário entre os 50 e os 64 anos, 99% (2.163.032) tomaram pelo menos a primeira dose e 98% (2.132.915) terminaram a vacinação. 

Relativamente aos mais velhos, o relatório refere que 100% das pessoas com mais de 65 ou mais anos têm pelo menos uma dose da vacina e a mesma percentagem de portugueses inseridos nesta faixa etária possui a vacinação completa. 

 

 

 

 

Carla Andrino e Joana Cruz são embaixadoras desta iniciativa
“Viver depois do Cancro da Mama” é o mote da campanha promovida pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS) ao longo do mês de...

A atriz Carla Andrino e locutora de rádio Joana Cruz, sobreviventes do cancro da mama, são as embaixadoras escolhidas para dar a cara pela nova campanha da SPS, contando a sua história na primeira pessoa de forma a inspirar as mulheres que viveram esta doença.

Ao longo do mês em que se assinala o Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático (13 de outubro), o Dia Mundial da Saúde da Mama (15 de outubro) e o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama (30 de outubro), as embaixadoras vão publicar nas suas redes sociais diversos conteúdos que pretendem mostrar como lidaram com a doença, como reaprenderam a viver depois do cancro, ao mesmo tempo que deixam uma mensagem de força e esperança para todas as sobreviventes do cancro da mama.

Os vários conteúdos e iniciativas realizadas no âmbito desta ação vão estar agregados na nova plataforma www.viverdepoisdocancrodamama.pt, dirigida em especial aos sobreviventes, às suas famílias e cuidadores, mas também às associações de doentes, à comunidade médica e ao público em geral. Esta plataforma estará organizada por diversas seções informativas, com destaque para uma secção dedicada a um conjunto de dicas e cuidados que as sobreviventes de Cancro da Mama têm que ter, nomeadamente no que diz respeito a quatro pilares fundamentais: nutrição, sexualidade, exercício físico e relaxamento.

“O cancro da mama é a segunda causa de morte por cancro na mulher. Em Portugal, são detetados cerca de 7.000 casos por ano e cerca de 1.500 mulheres morrem devido a esta patologia. Estes números revelam a necessidade de trazer este tema para a agenda pública, pois é preciso existir uma maior consciencialização para a doença, para a necessidade de um diagnóstico mais precoce, e um melhor acompanhamento às sobreviventes da doença. É fundamental fazer com que o doente sobrevivente se sinta apoiado, tenha toda a informação necessária para restaurar a sua qualidade de vida e ultrapassar os desafios trazidos por esta doença e seu tratamento, bem como é essencial incentivar estas pessoas a viverem a vida ao máximo através de mensagens de força e esperança”, refere a Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia, Gabriela Sousa.

No âmbito da campanha, irá também realizar-se um webinar, com o tema “Viver depois do cancro da mama”, que conta com a participação de Gabriela Sousa, Vice-Presidente da SPS, profissionais de diferentes áreas em debate (nutrição, exercício físico, sexualidade e relaxamento), uma das embaixadoras da campanha, uma sobrevivente do cancro da mama e um familiar de uma sobrevivente.

A sessão realiza-se no dia 26 de outubro, às 18h30m, e está integrada no pré-programa do XI Congresso Nacional de Senologia www.congressonacionalsenologia.pt, que se realiza nos dias 29 e 30 de outubro, em formato híbrido, com o tema “Cancro da Mama no novo milénio: Ciência e Decisão” e que decorre em simultâneo com a campanha de sensibilização.

Sessões gratuitas em direto
Com o objetivo de incluir a prática do exercício físico na rotina das grávidas e para que estas se mantenham em forma e...

As quatro sessões online serão conduzidas por João Dias, Personal Trainer certificado e especializado em exercício físico para grávidas e pós-parto. 

Esta iniciativa promove os inúmeros benefícios que a atividade física tem nas futuras mamãs, como a prevenção de diabetes gestacional e o aparecimento de varizes, a promoção de uma postura correta durante a gravidez e ainda a melhoria da autoconfiança, entre outros. 

Todas as grávidas, exceto aquelas com indicações médicas contrárias, devem incluir a prática de exercício físico ao longo da gravidez. Contudo, os exercícios têm de ser adaptados, por isso fique atenta aos treinos “Mamãs em Forma” e descubra tudo o que pode e deve fazer para ter uma gravidez fisicamente saudável.  

Para assistir aos lives, faça o seu registo aqui: https://cutt.ly/treino-outubro

 

 

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