Novo estudo publicado na Stem Cell Research & Therapy
Os resultados de um novo estudo, divulgado na revista científica Stem Cell Research & Therapy, revelam que a administração...

No próximo dia 06 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, “um problema de origem neurológica que resulta de danos cerebrais sofridos antes ou após o nascimento, podendo afetar, com maior ou menor gravidade, o movimento, a postura e a coordenação motora”, explica a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. O artigo científico, agora publicado, descreve os resultados de um ensaio clínico, que decorreu entre 2017 e 2019, e que incluiu 72 crianças dos 4 aos 14 anos com paralisia cerebral, a principal causa de incapacidade física em crianças, que afeta cerca de 3 em cada 1000 indivíduos, a nível mundial.

As abordagens clássicas, como a fisioterapia e a terapia ocupacional, embora possam ajudar no processo de reabilitação, têm-se revelado insuficientes no tratamento de crianças com paralisia cerebral. Por essa razão, “estão a ser investigadas novas opções terapêuticas, das quais se destaca a aplicação de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical, graças aos resultados favoráveis da aplicação destas células no tratamento de problemas do foro neurológico, reportados nos últimos anos”, acrescenta a especialista.

Durante o ensaio, as crianças foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo controlo, que não recebeu células, e o grupo experimental, ao qual foram administradas células estaminais do tecido do cordão umbilical por via intratecal (através de punção lombar). Todas as crianças participaram, ainda, no mesmo programa de reabilitação, que incluía três sessões de 75 minutos por semana.

Após um ano de seguimento, os investigadores concluíram que o grupo tratado com células estaminais do cordão umbilical - ao contrário do grupo de controlo - apresentou melhorias significativas na função motora, relativamente aos níveis iniciais. As crianças do grupo experimental destacaram-se também pelas melhorias no tónus muscular, mobilidade e autocuidados, e por melhorias estruturais ao nível cerebral, reveladas pelos estudos de imagiologia, sugerindo, assim, um efeito positivo da administração das células estaminais.

Não se verificaram diferenças significativas entre os grupos relativamente à frequência de efeitos adversos, nem a ocorrência de efeitos adversos graves durante o estudo, pelo que a administração intratecal de células estaminais do tecido do cordão umbilical foi considerada segura.

Os autores aconselham a realização de mais estudos para determinar qual a melhor via de administração, fonte e dose de células estaminais para realizar este tipo de tratamento, bem como para compreender os mecanismos subjacentes à reparação neurológica promovida pelas células estaminais.

Avaliação do Programa Mais Contigo
Cerca de 40% apresenta sintomatologia depressiva, dos quais 28% expõem indícios e manifestações de depressão moderados ou...

Desta feita, resultado do confinamento, apenas em escolas das zonas de intervenção das administrações regionais de Saúde do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. Por sexo, «as adolescentes apresentavam maiores vulnerabilidades, particularmente no bem-estar, autoconceito e sintomatologia depressiva», que aumentam para todos [rapazes e raparigas] a partir do 7º ano», revela o coordenador do Mais Contigo e professor de saúde mental na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), José Carlos Santos, que não tem dúvidas: «Os dados da sintomatologia depressiva são os mais elevados desde que fazemos esta avaliação», que já é realizada há cerca de uma década.

Para o docente de Coimbra, estes dados são «sinal de preocupação, mas sobretudo da necessidade de programas similares, que identifiquem, intervenham e encaminhem situações de sofrimento mental».

Hoje, durante a sessão de abertura do X Encontro Mais Contigo, realizado em formato de webinar, José Carlos Santos afirmou que «os comportamentos autolesivos mais comuns nas nossas escolas passam por uma metacomunicação, centrada no corpo, muitas vezes vivido, mas algumas vezes objeto e tela de todas as ambiguidades, utopias, angústias e, por fim, sofrimento mental tido como insuportável, inevitável e interminável».

O especialista notou que se verificam «algumas mudanças com comportamentos mais públicos, muitas vezes partilhados nas redes sociais, mais cedo ao nível da idade e, por vezes, na própria escola». «O olhar de proximidade, que as plataformas virtuais não permitem, o escutar sem juízos de valor, a legitimação do sofrimento, é o que pedimos às nossas equipas numa primeira ajuda e, nos casos justificados, posterior encaminhamento», recomendou José Carlos Santos.

O enfermeiro e coordenador do Mais Contigo nota que o trabalho que tem sido desenvolvido «apela a uma maior necessidade de presença de profissionais de saúde mental nas escolas, sejam psicólogos ou enfermeiros de saúde mental, mas também de maior interligação entre a escola e as instituições de saúde».

«O estigma, os processos de negação, de vergonha, de medo, de incompreensão e de falsos conceitos estão ainda presentes e dificultam intervenções atempadas», salientou o professor da ESEnfC.

Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental considera sustentabilidade do projeto uma “questão de primeira prioridade”

Presente na sessão de abertura do encontro, o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), Miguel Xavier, referiu que «os números [do Mais Contigo]» e «a capacidade de chegar» a tanta gente «começam a ser impressionantes».

Para o professor Miguel Xavier, «esperar que sejam os cuidados terapêuticos a resolver» os problemas de saúde mental «é uma falácia», numa alusão à relevância da prevenção e da intervenção ao nível dos cuidados de saúde primários. O diretor do PNSM disse mesmo que é «uma questão de primeira prioridade a sustentabilidade deste projeto» e que fará «o possível e o impossível para que o Mais Contigo possa continuar».

O coordenador do Mais Contigo fez questão de agradecer e de «destacar o papel das instituições proponentes: ESEnfC e ARSC», assim como o «apoio da DGS, particularmente do PNSM, que tem mantido algum financiamento para o seu desenvolvimento, e o CHUC, que tem sido um aliado na disponibilização de recursos humanos».

Segundo dados apresentados pelo coordenador do Mais Contigo, reconhecido como boa prática pelo PNSM (da Direção-Geral da Saúde), mas também pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros, em dez anos de intervenção, «mais de 40 mil adolescentes de norte a sul» do país participaram no programa, assim como «mais de 7 mil docentes e assistentes operacionais, cerca de 5 mil pais/encarregados de educação, mais de 600 dinamizadores, maioritariamente profissionais de saúde, cerca de 460 agrupamentos de escolas e 100 ACeS/ULS (agrupamentos de centros de Saúde e unidades locais de Saúde)».

Por outro lado, «ao longo deste decénio, tiveram acompanhamento especializado cerca de 600 adolescentes», sendo que «os cuidados de saúde primários foram o alicerce que permitiu este desempenho» e «as equipas de saúde escolar a cara do Mais Contigo, nas largas centenas de escolas que a ele se associaram», acrescentou o professor José Carlos Santos.

Na sessão de abertura do encontro intervieram, ainda, a enfermeira diretora de Enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Áurea Andrade, a presidente da ARS do Centro, Rosa Reis Marques, e a Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes.

O programa Mais Contigo é dinamizado em Portugal, desde o seu início, pela ESEnfC e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, contando já com múltiplos parceiros de norte a sul do país e nos territórios insulares – este ano terá início na região autónoma da Madeira.

O Mais Contigo trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência.

Reconhecimento precoce de sintomas pode salvar vidas
Por ocasião do Dia Mundial do Coração, que se assinala hoje, o INEM divulga que, durante os oito primeiros meses do ano,...

Segundo o INEM, em 72,8% dos casos, decorreram menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima através desta Via Verde. Já em 21,6% dos casos, o contacto através do 112 foi efetuado entre as duas e as doze horas de evolução da sintomatologia. Os restantes 5,5% dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução.

Os dados do INEM referentes ao período entre janeiro e agosto de 2021 indicam ainda que é na população de género masculino que se verifica uma maior incidência desta doença súbita, com 505 casos registados.

Em termos geográficos, os distritos onde se verificou a maior incidência de doentes encaminhados através da VVC foram Porto, Lisboa e Faro, com 136, 129 e 48 casos, respetivamente. Em particular, o Hospital de São João – Porto (87 doentes), o Hospital de Braga (64 doentes), o Hospital de Faro (49 doentes), o Hospital de São Francisco Xavier – Lisboa (42 doentes) e o Hospital São José – Lisboa (40 doentes), foram as unidades hospitalares que receberam o maior número de doentes com EAM encaminhados pelo INEM através desta Via Verde.

Dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos são alguns dos sinais que podem indicar um EAM.

O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita, prolongada e total ou quase total, da perfusão sanguínea coronária, essencial para garantir o funcionamento do coração. Se a causa da interrupção da perfusão coronária não for revertida rapidamente, as células cardíacas da(s) zona(s) do coração afetada(s) acabam por morrer, o que acontece ao fim de poucas horas.

Para assinalar o Dia Mundial do Coração, o INEM reforça que o reconhecimento precoce destes sinais e sintomas deve motivar de imediato o contacto com o Número Europeu de Emergência – 112. “Esta é a via preferencial através do qual os cidadãos devem pedir ajuda, dado que reduz o intervalo de tempo até ao início da avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para unidade hospitalar mais adequada”.

 

Já foram testadas mais de 27 mil pessoas através desta parceria com o Ministério da Educação
Face ao atual contexto de controlo na evolução epidemiológico da Covid-19, a Joaquim Chaves Saúde estabeleceu uma parceria com...

No âmbito das recomendações da Direção-Geral da Saúde acerca da testagem neste início de ano letivo, a Joaquim Chaves Saúde encontra-se a realizar testagens rápidas em escolas básicas e secundárias, de norte a sul do país, com o intuito de maximizar o ensino presencial em segurança.

Alunos, professores e auxiliares das escolas de 3.º ciclo do ensino básico e secundário da Grande Lisboa, Algarve, Braga, Aveiro e Alentejo já começaram a ser testados para despiste de infeções. As ações de testagem nas escolas continuarão até ao próximo dia 15 de outubro.

“Esta iniciativa constitui mais um esforço que a Joaquim Chaves Saúde tem vindo a realizar para estar na linha da frente e fortalecer as linhas de intervenção de combate à pandemia”, afirma Pedro Registo, Head of Labs Operation do Grupo. “Pretendemos garantir a segurança das nossas escolas através da testagem de mais de 80 mil alunos de escolas do norte a sul do país”, acrescenta.

 

 

 

Melasma
O melasma é uma afeção cutânea benigna que se caracteriza por hiperpigmentação localizada da pele, s

As manchas costumam ser castanhas, irregulares e simétricas. Com efeito, tendem a surgir de forma gradual em zonas específicas da face: testa, maçãs do rosto, nariz e “buço”.

A sua coloração varia ao longo do ano, mas intensifica-se com a exposição aos raios solares.

As principais causas de melasma são a exposição solar sem proteção, as alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez, os anticoncecionais hormonais e a luz azul, que faz parte do espectro de luz visível e que é emitida por ecrãs de telemóvel, computador ou luzes artificiais.

Quando associadas à gravidez são conhecidas como “pano” e ocorrem em cerca de 10-15% das grávidas. Nestes casos, por vezes revertem de forma espontânea, o que não acontece com outros tipos de manchas – que exigem tratamento adequado e personalizado.

Estas manchas resistem aos cremes de venda livre e são muito inestéticas, prejudicando a beleza do rosto.

É possível distinguir os diferentes tipos de melasma consoante a camada da pele afetada:

  • Melasma epidérmico: atinge a camada superficial da pele; nestes casos, a mancha costuma ser castanha e com os contornos bem definidos.
  • Melasma dérmico: aumento da pigmentação na zona mais profunda da pele; caracteriza-se por manchas com uma coloração azul/cinzenta.
  • Melasma misto: associação entre o melasma epidérmico e o dérmico; manifesta-se sob a forma de manchas com pigmentos castanhos/cinzentos.

O tratamento mais adequado vai depender da profundidade da pele afetada.

A prevenção é muito importante e passa pela utilização diária de protetor solar SPF 50, dando preferência às apresentações com cor e com filtros minerais, utilização de anticoncecionais de baixa dosagem hormonal e proteção adequada contra a luz azul do espectro da luz visível.

Ainda assim, para tratamento, utilizamos habitualmente produtos tópicos à base de ácido retinóico (vitamina A), hidroquinona, vitamina C, ácido tranexâmico e niacinamida. Todos eles têm ação comprovada em diferentes etapas da formação de manchas. Nas situações mais severas poderemos utilizar

peelings ou laser que ajudam a melhorar o melasma, reduzindo de forma muito evidente esta difícil condição estética.

Aquando da consulta, o médico especialista faz uma avaliação por forma a prescrever o protocolo terapêutico com maior possibilidade de sucesso para o seu caso em particular.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório de Vacinação
O último Relatório de Vacinação, divulgado pela Direção Geral da Saúde, revela que 84% dos portugueses estão totalmente...

O documento destaca que, desde que arrancou a campanha de vacinação, em dezembro de 2020, o país recebeu cerca de 19,5 milhões de doses de vacina, tendo sido distribuídas mais de 15,8 milhões. 

Segundo o balanço semanal, 100% das pessoas com 65 ou mais anos estão vacinadas contra a Covid-19. 

Por faixas etárias, 1.683.409 portugueses com idade compreendida entre os 65 e os 79 anos têm pelo menos uma dose e 1.667.623 a vacinação completa. Foi administrada a primeira dose da vacina a 694.670 pessoas com mais de 80 anos e 689.495 têm a vacinação completa. 

No grupo etário entre os 50 e os 64 anos, 2.160.334 (99%) tomaram pelo menos a primeira dose e 2.127.520 (98%) terminaram a vacinação. 

Cerca de 94% (3.143.749) das pessoas com idade compreendida entre os 25 e os 49 anos iniciaram a vacinação e 91% (3.031.235) já têm o esquema vacinal completo. 

Quanto aos jovens, 90% (703.462) com idade entre os 18 e os 24 anos têm pelo menos uma dose da vacina e 84% (656.089) a vacinação completa. 

Também na faixa etária 12-17 anos o processo de vacinação acelerou, tendo sido administrada a primeira dose da vacina a 87% (544.664) dos adolescentes com idade até 17 anos. Neste grupo, 491.794 pessoas terminaram a vacinação, o que equivale a 79%. 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados 755 casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território nacional. O número de...

Algarve e Alentejo foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balança: duas mortes cada. As regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo têm ambas um óbito a assinalar nas últimas 24 horas.  Nas restantes regiões do país não houve mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 755 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 295, seguida da região Norte com 213 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 117 casos na região Centro, 37 no Alentejo e 60 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 20 infeções, e os Açores com 13.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 386 doentes internados, menos 13 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos mantêm a rota descendente e têm agora menos seis doentes internados, desde o último balanço: 68.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 801 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.020.067 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.495 casos, menos 52 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 50 contactos, estando agora 27.441 pessoas em vigilância.

Iniciativa da Glintt Inov
A Glintt Inov, o Hub de Inovação na área de Digital Health da Glintt, multinacional portuguesa, líder em serviços tecnológicos...

No seguimento da sua estratégia de Open Innovation, e com o intuito de dar continuidade ao trabalho desenvolvido até ao momento, a Glintt Inov pretende agora dar a oportunidade a jovens de se candidatarem e desenvolverem projetos na área do Digital Health, podendo assim ter acesso ao contexto e mindset certo sobre o futuro da saúde.

Este evento, que ocorrerá entre os dias 18 e 22 de outubro, na Beloura, em Sintra, estará dividido em duas partes: de manhã vão ocorrer várias palestras, com diversas entidades das áreas da Saúde, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo, e da parte da tarde os concorrentes vão estar com os seus mentores a preparar o pitch, que será apresentado no último dia do evento.

O objetivo de criar estes diferentes programas, com conferências e com mentoria, passa por “incentivar a que todos os jovens das áreas da saúde e tecnologia sintam que podem e devem contribuir, com ideias e com o seu espírito crítico, para inovar ou melhorar ainda mais o setor da saúde e, por outro lado, abrir portas para que sejam identificados projetos com potencial para serem levados a cabo, quer pela Glintt quer mesmo por um parceiro nosso, ajudando financeiramente, com apoios de marketing ou tecnologia disponível, ou indicando apenas o contexto certo para os direcionarem de forma correta ao mercado endereçável”, refere Hugo Maia, Diretor da Glintt Inov.

Neste sentido, e tendo como missão a procura pelos projetos mais inovadores e que respondam aos desafios cada vez mais complexos do setor da Saúde, a Glintt Inov, através de hackatons e de concursos de parceiros, selecionou sete ideas – AllergyAct; AllergyApp; RHEUMA; REC; 47Care; Fala+ e PHOCUS. O evento é aberto para quem quiser assistir online e em direto, na página de LinkedIn. Aqui entre outras publicações sobre o evento, estão os vídeos de apresentação de cada uma das sete equipas selecionadas.

 

O que falta ainda fazer para garantir uma correta codificação no setor da saúde?
A GS1 Portugal, organização de direito privado, sem fins lucrativos, neutra e multissetorial, responsável pela introdução do...

Na linha de outras iniciativas que tem vindo a adotar, para participar nesta Reunião, a GS1 Portugal convidou especialistas e profissionais de saúde.

A sessão arrancou com intervenção de André Jacinto, da APORMED – Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos, numa atualização sobre a implementação do Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos. André Jacinto falou da legislação em vigor, com especial destaque para o alargamento de eIFU - Electronic Instructions for Use – a todos os dispositivos médicos de uso profissional, que por “falta de literacia digital, dúvidas sobre o aumento de riscos para os doentes e falta de acesso a meios tecnológicos”, não foi implementado. André Jacinto relembrou que “a participação na plataforma EUDAMED é voluntária por parte dos operadores económicos até estar totalmente funcional, o que se prevê que aconteça no final de 2022, início de 2023”.

Seguiu-se a apresentação das conclusões do VII Seminário da Saúde “Transformar o Sector da Saúde: Aprender com a Crise”, por Madalena Centeno da GS1 Portugal, um evento que contou com a participação do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, do Instituto de Medicina Molecular, do Health Cluster Portugal, da Hovione, da Multicare, da General Electric Healthcare e do Grupo Luz Saúde. Madalena Centeno recordou que, entre as principais conclusões desta sessão, destacou-se a importância da partilha de dados e a rastreabilidade como chave fundamental para o setor da saúde e para a segurança do doente.

Na intervenção seguinte, Sofia Perdigão, da GS1 Portugal, falou sobre os resultados do Projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém da Well’s, a cadeia de parafarmácias da Sonae MC. O projeto implementado, que tem como objetivo aumentar a eficiência da conferência das entregas na plataforma de receção, uniformizar as codificações aplicadas e lançar bases para a digitalização da cadeia de abastecimento, já se encontra na sua última fase de implementação.

Nesta altura, entre os mais de 200 fornecedores avaliados, 56% estão em formação para uma correta codificação, 45% foram já aprovados pela GS1 Portugal e 17% já encerraram o processo, que arrancou em janeiro deste ano.

Ainda durante a mais recente Reunião do HUG, foram apresentados os resultados do Estudo de Níveis de Serviço no setor da saúde, o Benchmarking de Saúde, promovido pela GS1 Portugal, em particular no que se refere aos resultados do canal armazenista.

O foco do estudo neste setor é, desde 2016, a eficiência da cadeia de valor da saúde. Em particular no que se refere ao canal armazenista, foi possível aferir as tendências de mercado nesta área e as prioridades de quem avalia e participa neste estudo. Assim, destaca-se, por ordem de prioridade o serviço logístico (prazo de entrega, bom estado do produto, roturas de stock), a relação com o laboratório, as condições comerciais, os sistemas de informação e os serviços de armazenista. “Comparando a avaliação anterior com a deste ano, existe uma melhoria significativa em todos os segmentos: medicamentos inovadores, genéricos, OTCs e democosmética”, explicou Maria João Amaral, Gestora de Estudos de Níveis de Serviço , da GS1 Portugal. “É claro o impacto do estudo nas empresas, que extraem conclusões e aplicam mudanças para melhorar a eficiência”, concluiu.

A fechar a sessão, Tania Snioch da GS1 Healthcare, falou sobre “A GS1 e os Ensaios Clínicos: as novas iniciativas no sector da Saúde”. Na sua intervenção, Tania Snioch realçou alguns dos problemas identificados na implementação de standards GS1 nos ensaios clínicos. Além de destacar a importância da partilha de dados e informações entre os diferentes elos da cadeia de abastecimento, a responsável da GS1 Healthcare sublinhou que, “na maioria das vezes, é tudo feito manualmente, além de existirem limitações de espaço para etiquetar/codificar nos produtos”. Foi ainda abordada a importância da comunicação entre a empresa farmacêutica e os hospitais envolvidos nos ensaios clínicos e também a distribuição dos medicamentos em teste no hospital.

No encerramento da reunião, a Madalena Centeno relembrou a audiência do evento GS1 Healthcare Online Summit, entre os dias 15 e 19 de novembro, e ainda da participação da GS1 no 44th World Hospital Congress de 8 a 11 de novembro.

Estudo RCSI
Uma nova pesquisa da RCSI University of Medicine and Health Sciences, na Irlanda, encontrou uma possível relação entre a...

Publicada na revista Gut, a investigação pode ajudar os médicos a identificar os pacientes em risco de resultados mais pobres e a tomar decisões sobre opções de tratamento para doentes com cancro do intestino cujos tumores estão infetados com a bactéria Fusobacterium nucleatum.

Usando a sequenciação genómica, os investigadores são agora capazes de detetar vestígios de uma infeção com bactérias ou outros micróbios em tumores de pacientes que anteriormente teriam sido indetetáveis. A investigação liderada pelo RCSI propôs-se compreender quais os tumores infetados com bactérias, e o que o papel de uma infeção bacteriana significa em termos de como a doença progride.

A pesquisa descobriu que uma coleção de bactérias que normalmente vive na cavidade oral infeta tumores intestinais, altera a forma como as células tumorais se comportam, e pode desencadear a propagação do tumor a outros órgãos. O estudo sugere que existe uma relação direta entre a presença de uma bactéria chamada Fusobacterium nucleatum e a propagação do cancro do intestino, resultando em resultados mais pobres para um subconjunto de pacientes.

O investigador principal, Jochen Prehn, Professor de Fisiologia e Diretor do Centro de Medicina dos Sistemas do RCSI, afirmou que "É urgente uma ferramenta eficaz para ajudar os oncologistas a personalizar o tratamento do cancro colorretal."

"Este estudo demonstra o papel que as bactérias desempenham na propagação do cancro do intestino. Esperamos que estas descobertas melhorem os diagnósticos para melhorar a eficácia do tratamento atual e ajudar a promover ainda mais o uso de novas terapêuticas para os doentes infetados com esta bactéria", acrescentou o professor.

De acordo com a Irish Cancer Society, quase 3.000 pessoas são diagnosticadas com cancro do intestino na Irlanda todos os anos. Em todo o mundo, o cancro do intestino é atualmente responsável por cerca de 10% dos novos casos de cancro diagnosticados (1,9 milhões de casos, OMS 2020).

Neste estudo colaborativo com a Universidade de Queens, foram analisadas amostras de pacientes da Irlanda do Norte e de mais de 600 doentes do Atlas do Genoma do Cancro. O Atlas do Genoma do Cancro é um programa internacional que analisa as mutações genéticas responsáveis pelos tipos de cancro para ajudar investigadores e clínicos a entender melhor a doença e como tratá-la.

O estudo foi apoiado pelo RCSI e pelo Irish Centre for High-End Computing (ICHEC) e financiado pelo Health Research Board, Science Foundation Ireland e o Northern Ireland Department for the Economy (NI DfE).

Aplicação móvel criada por médicos e para médicos
Depois da Doença Venosa Crónica, a Síndrome do Intestino Irritável é a patologia que vai ser abordada no âmbito da parceria...

Rui Martins, diretor de Marketing e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma refere que “A síndrome do intestino irritável é uma condição clínica que afeta aproximadamente 20% da população. Desta forma, decidimos apoiar estas árvores de decisão de diagnóstico, tratamento e referenciação desenvolvidas em parceria com a TONIC APP pelo Dr. Armando Peixoto, médico de gastrenterologia no Centro Universitário Hospitalar S. João, e revistas pela Drª. Joana Nunes, médica de gastrenterologia no Hospital Beatriz Ângelo.”

A SII é um dos distúrbios funcionais gastrointestinais mais comuns, caracterizado por manifestações e alterações digestivas crónicas através de vários sintomas, não apresentando uma causa identificada. Existe um conjunto de sintomas que são frequentemente mencionados como alterações no trânsito intestinal (diarreia ou obstipação), flatulência, distensão abdominal e dor abdominal, que se localiza, geralmente, na parte inferior do abdómen.

“A parceria da Alfasigma com a TONIC APP representa mais um passo na nossa visão e missão para proporcionar uma melhor saúde e qualidade de vida aos doentes, ao mesmo tempo que procuramos prestar um serviço aos profissionais de saúde, ao facilitar ferramentas e materiais de utilidade clínica para a classe médica.” reforça ainda Rui Martins.

Tonic App é uma aplicação móvel portuguesa, criada em 2016, estando atualmente disponível no território nacional, contando já com mais de 20.800 utilizadores portugueses, mas também em Espanha, Itália e França. Em 2018, venceu o segundo prémio da competição de apps médicas da MEDICA, a maior feira de saúde do mundo e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia pelo globo”. A Tonic App disponibiliza informação tratada de forma independente por uma equipa especializada, baseada em fontes científicas e de entidades oficiais, o que transmite credibilidade e entrega de valor aos médicos.

“Se já viu, tem de ir ver”
A propósito do Dia Mundial da Retina, que se assinala no dia 29 de setembro, o Grupo de Estudos da Retina de Portugal (GER)...

Até outubro, mês em que se assinala o Dia Mundial da Visão (dia 14), a campanha vai contar com publicações informativas nas Redes Sociais do GER (Facebook e Instagram), Mupis com imagens de sensibilização, em várias estações de comboios por todo o país, e um Vídeo de sensibilização nas estações de metro do Porto. O mesmo vídeo vai também ser transmitido em diversos centros de Saúde em Lisboa e no Porto, juntamente com a distribuição de cartazes e folhetos informativos sobre as doenças da retina.

“A visão desempenha um papel crítico em todas as fases e atividades da vida, sendo crucial procurar ajuda assim que são detetadas as primeiras alterações. Com esta iniciativa o GER pretende sensibilizar a população para os sintomas mais comuns da DMI e retinopatia diabética de forma a facilitar o diagnóstico e tratamento precoces. Uma população bem informada é uma população preparada”, explica Ângela Carneiro, Presidente do GER e oftalmologista, especialista em doenças da retina.

Globalmente, pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual e, dessas, pelo menos metade têm uma deficiência que poderia ter sido evitada ou que não recebeu assistência de qualquer tipo1.

A DMI é uma doença ocular causada por danos na parte central da retina, a mácula, que é responsável pela visão fina ou de pormenor, e cujo risco de desenvolvimento aumenta com a idade. Como consequência, os doentes são afetados por aparecimento de manchas fixas no seu campo visual ou por distorção das imagens.

A nível mundial, é considerada a terceira principal causa de cegueira no mundo e a primeira nos países desenvolvidos, considerando a população com idade igual ou superior a 55 anos. Afeta entre 10 e 13% das pessoas acima dos 65 anos, estimando-se que a sua prevalência duplique até 20302. Em Portugal, estima-se que afete mais de 350 mil pessoas3.

A DMI causa danos irreversíveis, mas existem alguns comportamentos que podem ajudar na prevenção e retardar a progressão da doença, como o tabagismo, que é o principal fator de risco modificável. Além disto, o diagnóstico precoce é um dos fatores fundamentais no tratamento da DMI, uma vez que pode prevenir a evolução da doença para fases mais graves.

Já a retinopatia diabética, causada pela diabetes mellitus, caracteriza-se pela existência de danos nos vasos sanguíneos da retina, estimando-se que esta afete cerca de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. A perda de visão ocorre frequentemente devido ao edema na parte central da retina.

A maioria dos casos de retinopatia diabética são evitáveis, sendo a deteção precoce crucial. Devido a isto, após o diagnóstico da diabetes, são importantes a realização de exames oftalmológicos regulares e o controlo dos principais fatores de risco (hiperglicemia e hipertensão).

Apelando à ação por parte dos atuais ou potenciais doentes e seus cuidadores, a campanha “Se já viu, tem de ir ver” pretende incentivar quem já viu ou conhece alguém que já tenha visto algum destes sintomas, que afetam a visão, a procurar ajuda junto de um médico oftalmologista, especialista em doenças da retina. Alerta ainda para o facto de o tratamento não poder ser adiado, uma vez que as lesões provocadas na retina são irreversíveis, podendo conduzir a situações de cegueira.

Alerta Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
A especialidade de Oftalmologia continua, neste momento e na maioria dos serviços do SNS, com tempos de espera para cirurgias...

Mas o que significa este regresso à normalidade, quando se fala em filas de espera para cirurgias?

Rufino Silva, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, responde:

“Em Oftalmologia, devemos colocar a nossa atenção em duas situações urgentes: os doentes que ainda não conseguiram ser diagnosticados (já que muitas pessoas não recorreram às urgências durante a pandemia, por razões diversas) e os doentes que necessitam de cirurgia da retina, que não pode atrasar!”

A estes doentes, juntam-se os doentes que necessitam de injeções intravitreas, de cirurgia de glaucoma ou mesmo de transplante de córnea - os critérios de gravidade e urgência são diferentes para as diversas patologias embora todas estejam na mesma lista.

Contudo, o Médico Oftalmologista esclarece. “É muito mais importante operar a tempo patologia retiniana - que provoca perda grave e irreversível de visão - do que fixarmo-nos na lista de cataratas. Esperar 4 ou 6 meses por uma catarata não está associado a perda irreversível de visão - mas esperar 3 meses por uma cirurgia de retina pode significar isso mesmo!”

Neste Dia Mundial da Retina, que se assinala esta quarta-feira, dia 29 de setembro, o Presidente da SPO sublinha a urgência de “implementar programas prioritários de tratamento de descolamentos de retina a nível nacional, libertando as equipas de retina cirúrgica para tratamento em horário normal de outras patologias da retina também causadoras de cegueira.”

Deixar para mais tarde a procura do Médico Oftalmologista pode atrasar o diagnóstico e respetivo tratamento e consequências irreversíveis para além de custos diretos e indiretos para o doente e sua família.

A retinopatia diabética está entre as três causas mais frequentes de perda grave de visão e de cegueira em Portugal (sendo as outras a degenerescência macular da idade (DMI) e o glaucoma).

 

 

Projeto vencedor da 2ª edição da Bolsa de Investigação em Leucemia Linfocítica Aguda
“Mecanismos de infiltração no sistema nervoso central em leucemia aguda precursora de células B tipo cromossoma de Filadélfia ...

“Nos casos mais agressivos de LLA, adultos e crianças em estadios mais avançados, é preciso uma análise celular e molecular aprofundada para compreender quais as terapias mais eficazes. Através de testes em modelos animais que refletem os casos de LLA mais agressivos, nomeadamente casos com ativação da quinase JAK2 juntamente com a eliminação do supressor tumoral CDKN2A, vai ser possível avaliar em detalhe as alterações associadas à genética e retratar a doença mais agressiva. O objetivo passa por compreender a resistência à terapia e estudar estratégias que tenham um impacto significativo no prognóstico do doente, abrindo caminho para futuros estudos terapêuticos pré-clínicos.” dá a conhecer Nuno Rodrigues dos Santos, investigador do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, e principal responsável deste projeto.

A equipa vencedora beneficia de uma equipa multidisciplinar que conta com Luís Maia, clínico em Neurologia no Centro Hospitalar Universitário do Porto e investigador no i3S, Matthias Futschik, investigador do Imperial College London Faculty of Medicine, Dulcineia Pereira e Ricardo Pinto, hematologistas, do Instituto Português de Oncologia no Porto e do Serviço de Hematologia do Hospital S. João do Porto, respetivamente.

O projeto apresentado procura identificar as moléculas nas células leucémicas que promovem a invasão do sistema nervoso central e que levam a sintomas neurológicos nos doentes. “Atualmente não existem terapias específicas para eliminar as células leucémicas do sistema nervoso central. Este projeto tem o objetivo de avaliar o comportamento de progressão da LLA para criar barreiras de proteção contra estas células, ou seja, em primeira análise procura identificar os agentes necessários para evitar a progressão da doença para o sistema nervoso central, invés de só atuar numa fase avançada da doença.” reforça o investigador.

Manuel Abecasis, Presidente da APCL, menciona que “apesar de uma taxa de cura muito elevada nas crianças, nos adultos e a situação é diferente. A doença é mais resistente, as remissões são de curta duração, é necessária uma abordagem estratégica diferente. Neste sentido, este é um projeto original que pode contribuir nesta frente, afinal, é a primeira vez que a ativação da quinase JAK2 juntamente com a eliminação do supressor tumoral CDKN2A são apresentados como interveniente chave para este tipo de LLA.”

Para João Raposo, Presidente da SPH, “a 2ª edição da Bolsa de Investigação em LLA representa mais um passo para desconstruirmos as principais barreiras envolvidas nesta doença e avançarmos no desenvolvimento de soluções que possam ser o futuro para estes doentes, principalmente nos casos mais agressivos da patologia. A SPH deseja os melhores resultados na obtenção das metas estabelecidas para abrirmos portas para novas abordagens terapêuticas”.

O Diretor-Geral da Amgen, Tiago Amieiro, reforça que “este é um projeto que beneficia de uma equipa multidisciplinar com elevada experiência e múltiplas valências.  A Amgen está orgulhosa por apoiar um projeto que procura aprofundar o conhecimento e alavancar o potencial da biologia humana, na busca de novas soluções terapêuticas para doenças hemato-oncológicas de elevada mortalidade”.

Dias 8 e 9 de outubro
Vai decorrer nos dias 8 e 9 de outubro, no Centro de Congressos do Sheraton Porto Hotel, o XXVIII Congresso de Pneumologia do...

Sara Conde, diretora do serviço de Pneumologia do CHVNG e presidente do Congresso, destaca a pertinência deste evento – “o Congresso de Pneumologia do Norte conta já com mais de 100 trabalhos científicos apresentados sobre a forma de comunicações e posters e, portanto, pensamos ter todo o sucesso assegurado e que será, certamente, um congresso com grande relevância científica”.

Antecedendo o congresso, estão programados, para dia 7 de outubro, um curso de provas funcionais, um workshop sobre imagem na doença pulmonar difusa e um workshop prático de ventilação não invasiva. “E para além dos cursos, que são bastante interessantes para a nossa formação, temos um amplo número de temas pneumológicos que certamente despertarão interesse”, refere Venceslau Hespanhol, diretor do serviço de Pneumologia do CHUSJ e vice-presidente do Congresso. O médico pneumologista destaca que, em ambos os dias do programa, há sessões dedicadas às novidades em diferentes áreas – “em sono e ventilação, fibrose quística, nas técnicas invasivas pneumológicas (que são sempre um aspeto diferenciador da Pneumologia) e em reabilitação respiratória e tabagismo - que é uma área amplamente discutida e da maior importância para os pneumologistas. Para além disso, temos a colaboração dos colegas da Galiza em vários temas relacionados com o ambiente e com a patologia profissional respiratória”.

Serão ainda abordados temas abrangentes na área da Pneumologia, nomeadamente DPOC, asma grave e cancro do pulmão, terminando depois o programa com uma sessão dedicada às complicações respiratórias pós-covid.

 

Estudo
Um novo estudo realizado com crianças japonesas revela que aqueles que sofrem de doença inflamatória intestinal, e sobretudo...

As doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerosa, podem desencadear episódios recorrentes de dor abdominal, alterações do trânsito intestinal e outros sintomas bastante desagradáveis. Um estudo recente realizado com crianças japonesas, com menos de 17 anos, demonstrou que há uma ligação entre a prevalência de doença inflamatória intestinal e as deficiências em micronutrientes essenciais, como selénio e zinco.

Níveis de antioxidantes significativamente mais baixos

O estudo, publicado na Digestive Diseases and Sciences, em junho de 2021, inclui 98 participantes com doença de Crohn, 118 participantes com colite ulcerosa e 43 participantes saudáveis (grupo controlo). Ao comparar a prevalência destas patologias e a quantidade de micronutrientes, os investigadores puderam observar claramente que os níveis dos dois antioxidantes eram significativamente mais baixos nos doentes, especialmente aqueles que sofrem da doença de Crohn.

Essencial para as defesas do organismo contra a inflamação

O selénio e o zinco estão envolvidos numa série de processos biológicos relacionados com a inflamação. O selénio é necessário para o funcionamento normal de algumas enzimas dependentes de selénio chamadas selenoproteínas, existindo cerca de 25-30 no corpo humano. Duas dessas selenoproteínas – a selenoproteína S e a selenoproteína K - têm um papel importante na redução das vias de sinalização inflamatória, ou seja, o selénio suporta as selenoproteínas que têm um efeito anti-inflamatório comprovado.

É fundamental obter as quantidades suficientes

O zinco também desempenha um papel essencial, na medida em que a sua deficiência aumenta o número de células pró-inflamatórias e a permeabilidade intestinal de certas citocinas inflamatórias, responsáveis pela promoção da inflamação. Portanto, é fundamental que as pessoas com inflamação intestinal obtenham quantidades suficientes de selénio e zinco, pois ajuda a controlar os sintomas.

Destrói a absorção de nutrientes no intestino

As doenças inflamatórias intestinais afetam negativamente a absorção dos micronutrientes presentes nos alimentos, pois a inflamação tem um impacto negativo na permeabilidade da mucosa intestinal. A suplementação com selénio e zinco parece ser uma boa solução, pois é uma forma fácil de obter a dose necessária de ambos os nutrientes.

Um papel importante na proteção contra o cancro?

Além de um papel protetor nas doenças inflamatórias do intestino, o selénio e o zinco demonstraram ter um efeito profilático nos adenomas colorretais, que são tumores benignos que podem potencialmente evoluir para cancro do intestino caso não seja tratado atempadamente.

Num estudo italiano2 randomizado controlado publicado no Journal of Gastroenterology em 2013, a suplementação com selénio e zinco juntamente com as vitaminas A, B6, C e E mostrou reduzir significativamente a recorrência de adenomas no intestino grosso em doentes submetidos a cirurgia de remoção de adenomas, antes da suplementação. O período de intervenção de cinco anos, em que os participantes foram aleatoriamente escolhidos para receber suplementação ativa ou placebo, reduziu em aproximadamente 50% o risco de recorrência do adenoma.

Fontes:
Digestive Diseases and Sciences, Junho de 2021 (doi: 10.1007 / s10620-021-07078-z)
Journal of Gastroenterology, Junho de 2013; 48 (6): 698-705.

Campanha #UseHeartToConnect
Hoje assinala-se o Dia Mundial do Coração, data em que a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) lembra que as...

A APDP junta-se assim à World Heart Federation que, este ano, comemora o Dia Mundial do Coração com a campanha #UseHeartToConnect, cujo objetivo é incentivar as pessoas com doenças cardiovasculares a conectarem-se e monitorizar a sua saúde cardiovascular, recorrendo à tecnologia.

“A doença cardiovascular é responsável por uma redução significativa, quer na qualidade de vida, quer na esperança de vida. Nunca é demais frisar a importância do investimento no controlo dos fatores de risco cardiovascular. Para que isso aconteça de forma mais sistemática, precisamos de melhorar o acesso das pessoas ao conhecimento e à perceção do risco.  É preciso aproveitar o poder da saúde digital para colmatar a discrepância entre o conhecimento científico e a realidade quotidiana, melhorar o controlo das doenças e a adesão à terapêutica na expectativa de que, no futuro, haja um impacto significativo na redução dos eventos cardiovasculares”, defende Dr. Pedro Matos, cardiologista da APDP.

Já José Manuel Boavida, presidente da APDP, lembra que a diabetes é um fator de risco para as doenças cardiovasculares (enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, entre outras) e é, também, a sua principal consequência e causa de morte. A maioria dos adultos com diabetes tipo 2 tem alto ou muito alto risco de desenvolver uma doença cardiovascular, principalmente a partir da meia-idade. Em média, a diabetes tipo 2 dobra o risco de doença cardiovascular e reduz a expetativa de vida em 4 a 6 anos.”

A APDP realça que atualmente existe uma necessidade de gerir, de uma forma mais agressiva, o risco de doença cardiovascular nas pessoas com diabetes, visto que são as doenças cardiovasculares a causa mais comum de morte entre os adultos com diabetes - doença que  afeta mais de um milhão de portugueses. 30% dos internamentos por acidente vascular cerebral (AVC) e perto de 1/3 dos internamentos por enfarte agudo do miocárdio ocorrem em pessoas com diabetes.

 

Sintomas e Tratamento
Sabia que a Fibrilação Auricular, além de ser uma das arritmias mais frequentes, é responsável por 2

O que é esta arritmia?

A fibrilhação auricular é o nome dado a uma das arritmias cardíacas mais comuns no mundo. Trata-se de uma ativação elétrica descoordenada das aurículas do coração, fazendo com que a sua contração seja ineficaz e, consequentemente, o sangue fique estagnado dentro destas cavidades cardíacas, com o risco de formação de trombos. Na eventualidade destes coágulos sanguíneos saírem do coração para a circulação sanguínea, podem chegar ao cérebro havendo o risco de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) isquémicos, com as já conhecidas sequelas e diminuição da qualidade de vida dos doentes.

Quais são os sinais e sintomas da doença?

A fibrilhação auricular é muitas vezes uma doença silenciosa sendo primeira e tardiamente diagnosticada após um evento como um AVC. Noutros casos pode-se manifestar com sensação de palpitações (descoordenação de batimentos cardíacos), taquicardia (batimentos acelerados e irregulares), tonturas, sensação de desmaio, dispneia (dificuldade em respirar), cansaço ou dor torácica (sensação de aperto no peito).

Como é que se deteta esta arritmia?

Para o diagnóstico desta arritmia, não são necessários exames complexos. O mais simples é a avaliação do pulso, embora este não seja um método fidedigno, é o que está disponível a todos. O exame preconizado para o diagnóstico é o eletrocardiograma.

No entanto, nem sempre as pessoas têm esta arritmia de forma sustentada, tendo períodos em que estão com fibrilhação auricular e outros em que o coração bate regularmente. Nestes casos, o diagnóstico pode ser mais difícil, sendo necessário realizar um Holter durante 24 horas (uma monitorização por eletrocardiograma durante um dia inteiro) ou até durante mais dias. Pode ainda ser preciso a colocação no corpo de um dispositivo chamado de detetor de eventos, naqueles casos em que a suspeita da doença é alta, mas não se detetou a arritmia de mais nenhuma forma.

Estão também já disponíveis alguns aparelhos, aplicações e relógios com ligação ao telemóvel que ajudam na deteção desta arritmia. Porém, o seu uso deve ser feito com cuidado pois muitos não estão validados pelas sociedades médicas europeias.

Como é que se trata ou se tenta evitar o seu aparecimento?

Para se tratar a fibrilhação auricular é importante considerar, acima de tudo, dois aspetos: controlar a velocidade a que bate o coração e evitar o aparecimento de coágulos no coração.

No primeiro caso usam-se alguns comprimidos que ajudam a desacelerar os batimentos cardíacos, podendo, em algumas situações de gravidade, ser necessário a hospitalização, com tratamentos mais complexos, para que seja possível este controlo.

Para evitar a formação de trombos e coágulos, o tratamento preconizado é o uso de anticoagulantes orais. Em Portugal, como no resto do mundo, são cada vez mais prescritos os Novos Anticoagulantes Orais (NOAC) pela sua facilidade de toma e gestão. Nalguns casos específicos de fibrilhação auricular é ainda necessário recorrer-se à varfarina. Em casos muito particulares e selecionados, pode ainda ser preciso fazer uma pequena cirurgia para se encerrar o local do coração onde estes coágulos são mais frequentemente formados.

Acima de tudo é igualmente importante evitar certos comportamentos que facilitam o aparecimento desta doença: o consumo de tabaco, bebidas alcoólicas ou de drogas, o stress, o sedentarismo, a toma incorreta de medicação ou o consumo de cafeína em excesso. Existem ainda algumas doenças que, quando não controladas, facilitam o aparecimento da fibrilhação auricular: a obesidade, a diabetes, a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, a doença coronária ou a síndrome de apneia obstrutiva do sono.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo internacional
Nas últimas décadas, registou-se uma evolução bastante favorável nos indicadores da desigualdade na mortalidade em Portugal,...

A investigação centrou-se na análise da evolução das desigualdades na mortalidade nos Estados Unidos da América (EUA), em comparação com a Europa, no período compreendido entre 1990 e 2018, envolvendo cientistas de 15 universidades americanas e europeias. Através de uma metodologia comum, a análise nos diferentes países foi efetuada por grupo de idade, sexo e nível de pobreza da área de residência. No caso da população americana, o estudo incluiu também as desigualdades étnicas.

«Em 1990 a mortalidade dos portugueses era muito distinta da dos outros países europeus, principalmente entre os mais jovens, tendo-se alterado rapidamente e em 2005 as taxas de mortalidade comparavam bem com as dos países mais ricos da Europa», afirma Paula Santana, professora catedrática da UC e coordenadora do estudo relativo a Portugal.

Segundo os resultados do estudo, publicado hoje na prestigiada PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), revista da Academia Americana de Ciências, na Europa «as desigualdades geográficas na mortalidade surgem, fundamentalmente, a partir dos jovens adultos. Ou seja, tornou-se evidente que para as crianças e jovens as desigualdades na mortalidade não são influenciadas pela área de residência: áreas pobres e ricas apresentam os mesmos padrões de mortalidade», referem Paula Santana e Cláudia Costa, coautoras do artigo científico.

Comparando os EUA com a Europa, os resultados são desfavoráveis para os americanos. O estudo indica que «em 1990 a esperança de vida dos americanos nas áreas mais ricas era ligeiramente inferior à esperança de vida à nascença dos europeus. No entanto, a esperança de vida era consideravelmente mais baixa para os americanos a residir nas áreas mais pobres. No caso da esperança de vida dos afroamericanos verificou-se que era sempre mais baixa, quer em áreas ricas ou pobres, quando comparada com a dos americanos e a dos europeus», declaram Paula Santana e Cláudia Costa.

Contudo, prosseguem, a evolução parece ter sido positiva ao longo do período analisado (1990-2018), observando-se que «em 2018 a diferença na esperança de vida entre americanos e afroamericanos diminuiu para quase metade, pela redução da mortalidade por tumores malignos, homicídios, SIDA e causas originadas no período fetal ou infantil. Esta diminuição teve uma expressão mais significativa nas áreas mais pobres e nos mais jovens». Também se pode concluir que «os maiores ganhos em saúde, com reflexos no aumento da esperança de vida, se ficaram a dever à diminuição da mortalidade sensível aos cuidados de saúde, ou seja, causas de morte que foram evitadas pelo acesso adequado e respetiva resposta dos cuidados de saúde», relata Cláudia Costa.

Outra conclusão relevante sobre a realidade americana, de acordo com as investigadoras do CEGOT, é o facto de no período 2012-2018 se verificar «uma estagnação, ou mesmo uma inversão na desigualdade, o que terá consequências na diminuição do fosso na esperança de vida entre americanos e afroamericanos. Esta evidência tem impactos negativos na tendência, que vinha a ser verificada, de diminuição da diferença na esperança de vida dos americanos e dos europeus, onde as taxas de mortalidade são mais baixas, independentemente do grupo etário, sexo e área de residência».

Este estudo comparativo, nota ainda Paula Santana, evidencia que «algumas políticas que foram implementadas desde 1990 nas áreas mais pobres dos Estados Unidos tiveram consequências positivas no aumento da Esperança de Vida, nomeadamente políticas com impacto direto na melhoria do acesso aos cuidados de saúde».

Porém, conclui, «apesar da melhoria da esperança de vida da população afroamericana, o decréscimo na mortalidade ainda não é suficiente, colocando os indicadores de saúde dos EUA, estudados neste artigo, numa posição desfavorável quando comparados com os da Europa».

O trabalho agora publicado, com o título "Inequality in Mortality between Black and White Americans by Age, Place, and Cause, and in Comparison to Europe, 1990-2018", foi realizado na sequência de um estudo anterior dedicado à evolução da desigualdade na mortalidade em 11 países da OCDE, incluindo Portugal, publicado no Journal of Fiscal Studies (https://onlinelibrary.wiley.com/toc/14755890/2021/42/1).

“Os enfermeiros estão exaustos, sentem-se desvalorizados e sobrecarregados"
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, desafia o Governo a fazer refletir nas tabelas salariais a gratidão que...

Pedro Costa lamenta, desde logo, que se continue a manipular a opinião pública, apresentando valores salariais que não refletem a realidade do que é praticado. “Ainda este fim de semana, um jornal de tiragem nacional publicou um artigo onde procura explicar a dificuldade que a Administração Pública sente para contratar mais profissionais de Saúde”, conta.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros salienta que “embora os valores apresentados no artigo correspondam ao que está plasmado nas tabelas salarias acordadas com a tutela, os valores são inalcançáveis em 20 ou 40 anos, como é referido”. Pedro Costa explica que para a Administração Pública, de acordo com a tabela remuneratória atual da carreira de enfermagem, “o valor remuneratório para os enfermeiros em início de carreira é de 1205,08€. Ao fim de 20 anos, atendendo a que existe progressão de uma posição remuneratória a cada 10 anos, o valor de remuneração é de 1618,26€ e não de 2445€ como é indicado”.

Além disso, acrescenta, “o valor indicado para o topo de carreira, 3374 euros, é o correspondente à última posição remuneratória da categoria de Enfermeiro Gestor e tal não é possível de alcançar em apenas 40 anos. São precisos quase 90 para atingir esse nível remuneratório”, conclui.

“Acaba por se passar a ideia de que os enfermeiros afinal ganham bem melhor no Setor Público, quando estamos a falar de uma progressão na carreira onde nenhum enfermeiro tem condições para alcançar o topo no seu tempo útil de vida profissional”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

Numa altura em que o Governo começa a preparar o Orçamento de Estado para 2022, Pedro Costa frisa que “o primeiro-ministro e a ministra da Saúde têm uma oportunidade única para demonstrar o agradecimento ao trabalho desenvolvido pelos enfermeiros no combate à COVID-19 e no plano de vacinação, que nos permitiu cotar como um dos países no mundo com maior taxa de vacinação completa”.

“Os sindicatos de enfermeiros entregaram à tutela um documento reivindicativo onde a evolução na carreira e a progressão remuneratória é um dos pontos focados”, recorda o dirigente sindical. É altura, diz, “de dar um sinal de abertura para negociar com os parceiros”.

Pedro Costa recorda que o prazo de dez dias dado à ministra da Saúde para dar uma resposta está a esgotar-se, pelo que “as estruturas sindicais, muito provavelmente, vão ter de avançar para outras formas de luta”. “Os enfermeiros estão exaustos, sentem-se desvalorizados e sobrecarregados com mais horas de trabalho e sem verem reconhecidas o risco e penosidade da profissão”, conclui.

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