Os avanços na prática clínica estarão em debate no dia 14 de outubro
O cancro da cabeça e pescoço é o 7.º tipo de cancro mais comum em todo o mundo, sendo que, em Portugal, surgem cerca de 2.500...

Os profissionais de saúde interessados nesta sessão online, exclusivamente dedicada ao tratamento em primeira linha do Carcinoma Espinocelular da Cabeça e Pescoço, poderão inscrever-se através da plataforma Profissionais de Saúde.

Ao médico oncologista do Institut Roi Albert II, na Bélgica, o Prof. Dr. Jean Pascal Machiels, juntam-se duas especialistas nacionais de renome na área do cancro da cabeça e pescoço: a Dr.ª Ana Joaquim, médica oncologista no Centro Hospital de Vila Nova de Gaia/Espinho e Presidente do Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e Pescoço, e a Prof.ª Dr.ª Cláudia Vieira, médica oncologia no Instituto Português de Oncologia do Porto.

Neste evento que se pretende interativo, os participantes têm a oportunidade de colocar questões para serem respondidas pelos oradores.

Para mais informações, os profissionais de saúde podem consultar a plataforma de registo no evento.

 

 

 

Aposta na formação
Lélita Santos assumiu a presidência da Direção da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) para o triénio 2021-2024....

“Temos consciência de que nos propomos coordenar os destinos de uma das maiores Sociedades Científicas do país, que completa os seus 70 anos já no próximo mês de dezembro. Os membros desta direção estão empenhados em continuar a desenvolver os projetos das anteriores acrescentando-lhes novas ideias, que farão parte dos objetivos a atingir para o triénio 2021-2024” afirma a nova presidente da SPMI.

A nova direção definiu como principais objetivos para a SPMI, nos próximos três anos, a aposta na formação, apoiar o desenvolvimento de redes de cooperação entre os núcleos de estudo e a criação ou adaptação de Recomendações Clínicas, incentivar a criação de registos de patologias ou entidades clínicas através da criação de uma plataforma especifica de registos e realizar o levantamento dos diferentes serviços ou unidades, nacionais e internacionais, que garantam formação de qualidade.

A nível externo, a nova direção pretende reforçar a colaboração com outras sociedades e associações científicas, colaborar ativamente com as associações de doentes, reforçar sinergias com a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) incentivar a proximidade com as instituições académicas, estimular as relações institucionais junto dos órgãos técnicos e decisores políticos e, manter o diálogo com o Colégio da Especialidade de Medicina Interna, contribuindo para a discussão sobre a qualidade da formação dos Internos de Especialidade e a formação contínua dos especialistas.

 

Pessoas perfecionistas têm risco elevado de sofrer de ansiedade, depressão e stress
Um estudo pioneiro conduzido por uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)...

Este estudo, o primeiro a nível internacional a avaliar o papel do perfecionismo no sofrimento psicológico durante a pandemia de Covid-19, foi realizado por investigadores do Instituto de Psicologia Médica da FMUC, dirigido pelo professor catedrático António Macedo, em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC).

Segundo os resultados da investigação, publicada na revista científica Personality and Individual Differences, com o título “COVID-19 psychological impact: The role of perfectionism”, as pessoas mais perfecionistas «tiveram mais medo da COVID-19, pensaram mais repetida e negativamente sobre a pandemia e as suas consequências e isso levou a que tivessem mais sintomas de depressão, ansiedade e stress», explica Ana Telma Pereira, docente da FMUC e coordenadora do estudo.

O perfecionismo é um traço de personalidade caracterizado pela tendência para estabelecer padrões de desempenho excessivamente elevados, «acompanhada de (auto)avaliação demasiado crítica e evitamento de falhas. As pessoas perfecionistas têm risco elevado de sofrer de ansiedade, depressão e stress», esclarece.

A amostra do estudo foi constituída por 413 adultos, homens e mulheres, da população portuguesa, recrutados entre setembro e dezembro de 2020. Embora as mulheres tenham demonstrando níveis mais elevados de «perfecionismo (na sua dimensão autocrítica), pensamento repetitivo negativo (preocupação e ruminação) e perturbação psicológica do que os homens, as três facetas do perfecionismo que avaliámos, e que são atualmente as consideradas mais relevantes (perfecionismo rígido, autocrítico e narcísico), tiveram este efeito de aumentar a perturbação psicológica, independentemente do género», realça Ana Telma Pereira.

A investigadora e docente explica que as reações psicológicas a pandemias dependem muito da personalidade da pessoa, uma vez que «são influenciadas pelos traços de personalidade, pois estes determinam a forma como interpretamos as situações e, portanto, as emoções e comportamentos que geram».

«Este foi o primeiro estudo publicado na literatura científica internacional a comprovar empiricamente o impacto negativo do traço de personalidade nas reações psicológicas à pandemia de COVID-19. Mais concretamente, verificámos que as diversas componentes do perfecionismo, quer intrapessoais (o próprio exigir-se a excelência), quer interpessoais (entender que os outros lhe exigem perfeição e, também, exigi-la aos outros), geraram mais ansiedade, depressão e stress face à pandemia», especifica.

Tendo em conta que o perfecionismo tem vindo a aumentar significativamente «nas duas últimas décadas, principalmente entre os jovens, falando-se mesmo de uma “epidemia de perfecionismo”», Ana Telma Pereira nota que os resultados deste estudo evidenciam que «o perfecionismo deve ser tido em conta na avaliação, prevenção e tratamento do impacto psicológico da(s) pandemia(s). É difícil alterar a personalidade, mas é possível ajudar as pessoas a reconhecer os seus traços e a desenvolver formas de lidar com os acontecimentos de vida que sejam menos negativamente influenciadas por eles».

Além de Ana Telma Pereira e António Macedo, a equipa integra Carolina Cabaços, Ana Araújo, Ana Paula Amaral e Frederica Carvalho.

Relação com a saúde mental
A infertilidade é, muitas vezes, um caminho de incerteza, ambiguidade e imprevisibilidade, que gera

“A sociedade atual ainda promove muito o papel da mulher enquanto ser capaz de conceber e gerar uma criança. Por este motivo, a vivência da infertilidade surge muitas vezes associada a sentimentos de diferença, estigmatização, defeito e solidão, sobretudo nas mulheres”, explica a psicóloga da clínica de fertilidade IVI Lisboa. Acrescenta que, “em pleno século da igualdade de género, as mulheres ainda tendem a viver mais a pressão social no sentido de terem filhos e a assumir a culpa da infertilidade, comparativamente com os homens, mesmo nos casos em que a infertilidade se deve a fatores masculinos”.

A infertilidade é considerada um problema de saúde pela Organização Mundial de Saúde. Define-se como ausência de gestação após 12 meses de tentativas, sendo tentativa caracterizada por uma vida sexual ativa (relações de 2 a 4 vezes por semana) sem a utilização de quaisquer métodos contracetivos. Pode afetar cerca de 10 a 15% dos casais e 30% dos casos estarão relacionados com causas femininas, outros 30% com causas masculinas, 20% com causas mistas e outros 20% inexplicados.

De acordo com Filipa Santos, alguns casais, quando procuram ajuda por dificuldades reprodutivas, já chegam muito desgastados psicologicamente. Geralmente, já viveram uma sucessão de ciclos sem gravidez, um acumular de questões para as quais não obtiveram respostas e eventualmente algumas perdas marcantes, com lutos ainda a processar. “É muito importante conhecermos a história do casal que nos chega, porque essa história pode de facto condicionar a forma como vão receber toda a informação e também os seus processos de tomada de decisão, assim como a sua capacidade de lidar com os tratamentos”, sublinha.

Áreas a explorar em consultas de Psicologia

Ao mesmo tempo que alerta para o facto de que “não há saúde sem saúde psicológica”, salienta que, “quando se fala de saúde psicológica é fundamental abordar e identificar as necessidades dessa mesma saúde psicológica”. Dá como exemplo dessas necessidades a resiliência, o autocuidado, as relações de intimidade saudáveis, a empatia, o humor, a aprendizagem, a esperança e o sentido de propósito.

Resiliência

É a capacidade para lidar com as adversidades, assim como com as consequências negativas e superá-las. “Podemos desenvolver a nossa resiliência ao alimentar relações positivas com familiares e amigos, que nos acompanhem nos dias bons e nos menos bons, que nos ajudem a pensar e a lidar com os nossos desafios. Aceitar que a mudança e a incerteza fazem parte da vida, encontrar significados, fazer coisas que, diariamente, dão sentido e propósito à nossa vida são também formas de nos tornarmos mais resilientes”, explica a psicóloga.

Autocuidado

Muitas vezes, nas fases de maior stresse há uma tendência para adotar mais comportamentos de risco como fumar mais, desenvolver problemas de sono, ter uma má alimentação e ao mesmo tempo investir menos ou não investir de todo no autocuidado. É exatamente nessas alturas que mais precisamos de o fazer. “O autocuidado pode-nos ajudar a gerir e a equilibrar melhor as exigências de fases mais desafiantes. O autocuidado pode ser envolvermo-nos em atividades que nos façam sentir bem, que nos ajudem a relaxar e a sentirmo-nos felizes; podem ser escolhas saudáveis no dia-a-dia relacionadas com a alimentação, a prática de exercício físico e a rotina do sono; pode ser investir nas relações sociais; pode ser procurar um equilíbrio mais saudável entre a vida profissional e a familiar”.

Saúde psicológica

A Saúde Psicológica está relacionada com a capacidade de utilizarmos as nossas competências para gerir os desafios do dia a dia nos diferentes contextos em que vivemos. “Quando temos saúde psicológica, sentimo-nos confiantes e capazes de lidar com a nossa vida e com as outras pessoas. Procurar um psicólogo pode ser importante. Falar ajuda”, remata Filipa Santos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Dados publicados no The Lancet, de uma análise realizada num sistema de saúde dos Estados Unidos, mostram que a vacina da...

Os investigadores analisaram os registos eletrónicos de saúde de mais de 3,4 milhões de pessoas com idades acima dos 12 anos que são membros do sistema de saúde Kaiser Permanente Southern California, nos EUA. A análise abrangeu o período a partir de 14 de dezembro de 2020, altura em que vacina passou a ser administrada, e 8 de agosto deste ano. Entre esta coorte, pouco mais de 184.000 indivíduos foram infetados com SARS-CoV-2 e 12.130 foram hospitalizados durante o período de estudo.

A análise prestou especial atenção à forma como duas doses da vacina de mRNA se comportaram no que diz respeito à variante Delta quando comparadas a outras variantes. Durante o período de estudo, a proporção de casos positivos atribuídos à Delta aumentou de 1% em abril para quase 87% em julho.

Globalmente, para as pessoas totalmente vacinadas com Comirnaty, a análise concluiu que a eficácia foi de 73% contra infeções de coronavírus e 90% contra hospitalizações relacionadas com a Covid-19 durante o seguimento de seis meses. Além disso, a vacina foi 93% eficaz na prevenção de internamentos hospitalares relacionados com a variante Delta até seis meses após a segunda dose.

É improvável qua a variante Delta seja o principal motor da redução da eficácia

Olhando apenas para as taxas de infeção, os investigadores descobriram que a eficácia da Comirnaty diminuiu de 88% durante o primeiro mês após a vacinação completa, para 47% após cinco meses. No caso das infeções causadas pela estirpe Delta, a eficácia caiu de 93% após o primeiro mês de vacinação completa, para 53% após quatro meses. No entanto, houve uma queda acentuada semelhante face às variantes não Delta, com a eficácia a diminuir de 97% um mês após a vacinação total para 67% em cerca de quatro a cinco meses depois.

"O que este estudo sugere é que a introdução da variante Delta pode não ser o principal motor para os declínios recentemente reportados na eficácia das vacinas Covid-19 e as taxas crescentes de infeções inovadoras entre as pessoas que estão totalmente vacinadas", comentou a autora principal Sara Tartof. "Dada a diminuição observada, será vital para os decisores políticos avaliar se as recomendações para as doses de reforço podem ser justificadas... para ajudar a controlar a transmissão acrescida da Delta, especialmente à medida que entramos na próxima temporada respiratória viral de outono/inverno", acrescentou.

As novas descobertas surgem menos de duas semanas depois de a FDA ter dado autorização para distribuir injeções de reforço da vacina da Pfizer a certos grupos, incluindo aqueles com mais de 65 anos e outros adultos considerados de alto risco. A Pfizer e a BioNTech citaram alguns dos dados do estudo Kaiser Permanente, que tinham sido previamente publicados no servidor de pré-impressão da Lancet, quando tentaram persuadir a FDA a permitir que terceiras doses da vacina fossem dadas a uma faixa muito mais ampla da população. No entanto, este plano foi contrariado pelo painel de peritos da agência.

De 11 a 22 de outubro na Reitoria da Universidade da Madeira
A exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina” viaja até à cidade do Funchal, mais...

Silvestre Abreu, Diretor do Serviço de Endocrinologia do Hospital Central do Funchal, e promotor local desta iniciativa, refere que “a passagem da exposição pelo Funchal é uma forma, por um lado, de sensibilização para a problemática da diabetes e, por outro, de aprendizagem sobre a história da medicina, concretamente da descoberta da insulina. A exposição integrará ainda um importante acontecimento no Funchal, que são as XV Jornadas de Diabetes da Madeira e que acontecem nos dias 14 e 15 de outubro”.

A exposição será inaugurada numa sessão dia 11 de outubro, às 12h00, que conta com a presença de Sílvio Fernandes, Reitor da Universidade da Madeira, Pedro Ramos, Secretário Regional da Saúde e Proteção Civil, e Silvestre Abreu.

A história desta exibição itinerante tem início no antigo Egipto onde, em 1550 A.C. havia já referência a uma doença que se assemelhava à diabetes e termina em 1921 - o ano da descoberta da insulina.

“A inclusão do Funchal no roteiro da exposição era imprescindível. Paul Langerhans, um dos investigadores descritos na exposição e a quem se deve o nome os Ilhéus de Langerhans, refugiou-se nos seus últimos anos de vida na ilha da Madeira e encontra-se sepultado no Cemitério Inglês, no Funchal”, conta Luis Gardete Correia, presidente da Fundação Ernesto Roma e membro da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina.

A exibição, que pretende percorrer Portugal de norte a sul e que iniciou o seu percurso em Lisboa, esteve já presente em cidades como Coimbra, Porto e Braga.

Poderá visitar a exposição na Reitoria da Universidade da Madeira até ao próximo dia 22 de outubro, entre as 9h00 e as 18h00.

 

Dependência Tecnológica
O apagão das redes sociais, esta segunda-feira, revelou um caos muito além de uma questão tecnológica. O neurocientista Fabiano...

A segunda-feira de caos nas redes sociais trouxe à tona muito mais do que a falta de acesso ao WhatsApp, Instagram e Facebook. Se por um lado as pessoas tiveram que passar horas longe dos seus conteúdos digitais favoritos, por outro muitas revelaram o quão dependentes estão destas ferramentas, e isso pode trazer sérias consequências para a saúde física e mental.

"Ontem, diferente das outras vezes, os aplicativos ficaram mais de 6 horas offline. Mediante a este acontecimento, monitorizei o comportamento das pessoas durante e após a volta destas redes sociais”, apontou o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.  “Se mediante a isso a pessoa pegou no telemóvel para procurar constantemente algo para fazer ou analisou se já havia voltado. Se a pessoa procurou outras redes sociais, isso já serve de alerta para um possível vício. A depender do grau que isso afetou, revelando o tamanho do problema”, acrescenta.

Diante deste cenário, Fabiano inclusive lembra de um passado não muito distante: “Há pouco tempo não tínhamos essas redes e vivíamos. O que acontece hoje com o comodismo para que não consiga usar outros meios e argumentos no cotidiano?”, questiona. Para saber se a pessoa está a sofrer deste vício, o neurocientista cita algumas situações que aconteceram com muitos usuários durante este tempo em que os aplicativos ficaram fora do ar:

  • “Ficou parado a olhar para o telemóvel sem saber o que fazer”.
  • “Entrava nos aplicativos constantemente para ver se havia voltado”.
  • “Entrou em aplicativos que não costumava usar e ficou perdido”.
  • “Sentiu agonia”.
  • “Vazio existencial”.
  • “Ficou impaciente e/ou irritado”.
  • “Teve a impressão de receber notificação”.
  • “Alteração de humor”.

 “Se você sentiu muitos destes sintomas durante o dia ontem, é bom acender o sinal de alerta, pois são sintomas que têm relação com a nomofobia", observa Fabiano. Para piorar, existe um contexto em que essa doença se revela ainda pior para a pessoa: “Há casos em que a pessoa sente tanto essa ausência que pode apresentar náuseas, sudorese, entre outros sintomas físicos”, pondera.

Mas, o que causa a nomofobia?

Segundo o neurocientista “no cérebro, na região dos núcleos da base trabalhando com o sistema límbico, a sensação de prazer que a liberação de dopamina promove a cada novo like ou expectativa de mensagem recebida na rede social transforma o hábito em vício, estimulando a ficar cada vez mais online buscando recompensa, aumentando a ansiedade que funciona como pendência para esta busca”.

Além disso, “a função da dopamina é fornecer um feedback positivo, uma recompensa ao organismo, que se torna uma busca constante. Isso é compensatório já que a ansiedade por si só tende a buscar mais ou entra em uma atmosfera ruim pedindo mais recompensa. Como um ciclo”, completa.

Dados DGS
Desde que arrancou a campanha de vacinação contra a gripa, a 27 de setembro, já foram vacinadas mais de 79 mil pessoas.

De acordo com informação avançada pela Direção-Geral de Saúde (DGS), no dia 1 de outubro já tinham sido inoculadas 79.045 vacinas contra a gripe e distribuídas mais de 320 mil doses da vacina em todo o território nacional.

O processo de vacinação começou com os utentes e profissionais dos Estabelecimentos Residenciais para Idosos e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e instituições similares e com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A vacinação destes grupos, bem como das grávidas, deverá decorrer durante as próximas semanas”, indica a DGS.

A vacinação contra a gripe irá estender-se, gradualmente, a outros grupos, incluindo os utentes com idade igual ou superior a 65 anos e as pessoas com doenças elegíveis para vacinação no âmbito do SNS, a partir da segunda fase.

A vacinação contra a gripe destas pessoas irá ocorrer paralelamente com o processo de vacinação contra a Covid-19, que ainda está em curso, nos Centros de Vacinação, lembra a DGS.

 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados 193 casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O número de...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro em sete. Segue-se a região Norte com dois óbitos e a região Centro com um óbito a assinalar nas últimas 24 horas.  Nas restantes regiões do país não houve mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 193 novos casos. Desta vez foi a região Norte a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 53, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 51 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 29 casos na região Centro, 38 no Alentejo e 11 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais oito infeções, e os Açores com três.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 351 doentes internados, mias nove que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos mantêm a rota descendente e têm agora menos um doente internado, desde o último balanço: 68.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 331 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.023.085 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.222 casos, menos 145 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 986 contactos, estando agora 26.579 pessoas em vigilância.

Estudo Fase 3
A MSD e a Ridgeback Biotherapeutics anunciaram hoje que uma terapêutica antivírica oral, ainda em investigação, mostrou reduzir...

Nesta análise, o fármaco reduziu o risco de hospitalização ou morte em cerca de 50% em relação ao grupo a quem foi administrado um placebo.

As empresas planeiam submeter um processo de autorização de uso em emergência à FDA, “assim que possível, com base nestes resultados, e fará as submissões necessárias às agências regulamentares a nível global”.

“Necessitamos urgentemente de mais opções e tratamentos para combater a pandemia da Covid-19, que se tornou numa causa de morte relevante e continua a afetar profundamente doentes, famílias e sociedades e a causar pressão nos sistemas de saúde em todo o mundo. Com estes resultados robustos, estamos otimistas de que molnupiravir pode tornar-se um importante medicamento no combate a esta pandemia”, refere Robert M. Davis, CEO e Presidente da MSD.

“Com o vírus em circulação a nível global, e porque as opções terapêuticas atualmente disponíveis são injetáveis e/ou requerem acesso uma unidade de saúde, os tratamentos antivíricos que possam ser tomados em casa para manter as pessoas com Covid-19 fora do hospital são extremamente necessárias” refere Wendy Holman, CEO da Ridgeback Biotherapeutics. “Estamos bastante entusiasmados com os resultados da análise interina e esperamos que molnupiravir, se autorizado, possa ter um impacto profundo no controlo da pandemia. A nossa parceria com a MSD é crítica para assegurar um acesso global célere se o medicamento for aprovado e temos apreciado o esforço colaborativo para alcançar esta importante fase de desenvolvimento.”

O estudo acompanhou 775 adultos com covid-19 com sintomas leves a moderados e que foram considerados de maior risco para doença grave devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas.

 

 

 

Estudos
As variantes mais recentes do coronavírus – Delta e Alpha – além de serem altamente contagiosas, infetam muito mais pessoas do...

A constatação de que o coronavírus está no ar interior transformou os esforços para conter a pandemia no ano passado, lançando vários debates sobre o uso de máscaras, distanciamento social e ventilação em espaços públicos.

A maioria dos investigadores concorda agora que o coronavírus é transmitido principalmente através de aerossóis que podem flutuar em distâncias mais longas dentro de casa e assentar diretamente nos pulmões, onde o vírus é mais prejudicial.

Os novos estudos não alteram fundamentalmente essa visão. Mas as descobertas indicam que o coronavírus está a mudar de forma a torná-lo mais eficiente e, portanto, mais temível.

"Este não é um cenário de fim do mundo", disse Vincent Munster, virologista do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas dos EUA e diretor dos novos estudos. "É como uma modificação do vírus para uma transmissão mais eficiente, que é algo que todos esperávamos, e agora vemos isso acontecer em tempo real."

A equipa de investigação mostrou que os pequenos aerossóis percorreram distâncias muito mais longas do que as gotículas maiores e que a variante Alpha era muito mais suscetível de causar novas infeções através de aerossóis. O segundo estudo descobriu que as pessoas infetadas com Alpha exalavam cerca de 43 vezes mais vírus em pequenos aerossóis do que aqueles infetados com variantes mais antigas.

Os estudos compararam a variante Alpha com o vírus original ou outras variantes mais antigas. Mas os resultados também podem explicar por que a variante Delta é tão contagiosa e por que deslocou todas as outras versões do coronavírus. "Indica realmente que o vírus está a evoluir para se tornar mais eficiente na transmissão aérea", disse Linsey Marr, especialista em vírus aéreos na Virginia Tech, que não esteve envolvido em nenhum dos estudos. "Não me surpreenderia se, com a Delta, esse fator fosse ainda maior."

A ultra-transmissibilidade das variantes pode dever-se a uma combinação de fatores. Pode ser que sejam necessárias doses mais baixas das variantes para a infeção, ou que as variantes se reproduzam mais rapidamente, ou que mais do vírus é expirado em aerossóis, ou todos os três.

A variante Alpha revelou-se duas vezes mais transmissível que o vírus original, e a variante Delta tem mutações que aceleraram ainda mais o seu contágio. Segundo os especialistas,  à medida que o vírus continua a mudar, as variantes mais recentes podem tornar-se ainda mais transmissíveis.

Campanha ‘De Sol a Sol’
Alertar para os riscos da exposição solar excessiva decorrente de atividades profissionais no exterior, sensibilizando para o...

A iniciativa ‘De sol a Sol’ marcará presença junto da área reservada à AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas e à AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, que juntas dão o seu apoio a esta ação pela relevância e pelo papel da construção civil enquanto um dos maiores setores empregadores, sendo também um dos setores onde grande parte dos trabalhadores exerce a sua atividade ao sol.

Para João Maia e Silva, Presidente da APCC, “a iniciativa ‘De Sol a Sol’ tem-nos permitido chegar a setores da economia cuja atividade laboral é desenvolvida maioritariamente ao ar livre durante todo o ano, o que representa um risco acrescido de desenvolvimento de cancro de pele, em particular o cancro de pele não melanoma muito característico nestes trabalhadores. Por se tratar de um dos cancros mais diagnosticados em todo o mundo, é da maior importância alertar, sensibilizar e fornecer ferramentas que permitam uma proteção efetiva durante a atividade laboral, além de incentivar a consulta ao médico especialista perante qualquer sinal de alerta com vista a uma deteção precoce de possíveis lesões na pele”.

Apesar de o cancro de pele não melanoma raramente ser letal, a verdade é que tem um elevado impacto na qualidade de vida dos doentes, levando a tratamentos dolorosos com uma desfiguração provável na zona afetada, sendo que a face, as orelhas e os antebraços são as áreas com o maior número de diagnósticos devido à exposição repetida a longo prazo à radiação ultravioleta.

A campanha ‘De Sol a Sol’ quer desta forma alertar todas as pessoas que desempenham a sua atividade laboral ao ar livre como por exemplo, agricultores, pescadores e profissionais da construção civil para a importância da adoção de medidas de proteção e prevenção para uma vida saudável.

 

Em formato híbrido
A primeira semana de outubro marca o início de mais uma edição da iMed Conference, um evento de palestras, workshops,...

De 6 a 10 de outubro, a iMed Conference volta a receber, em formato híbrido, alguns dos nomes mais importantes no panorama médico-científico mundial, para estudantes, especialistas e até os mais curiosos, conhecerem em primeira mão, os mais recentes avanços da medicina e da tecnologia. 

Com o objetivo de inspirar, estimular e abraçar a ciência, baseado em evidências e prática médica, a 13ª edição da iMed Conference conta com a participação de alguns dos mais prestigiados especialistas e investigadores mundiais em ciências da vida, desde a área de Oncologia à Pediatria, entre as várias palestras e painéis científicos e humanitários, ao longo do evento.

O painel de oradores será formado por nomes como Dr. Max D. Cooper, titã da investigação científica, premiado em 2019 pelo Albert Lasker Basic Medical Research Award, Bradley Nelson, PhD - Premiado pelo Guiness World of World records por ter criado o mini-robot mais desenvolvido para uso médico ou ainda,  Lisa Sanders, médica, jornalista e consultora médica da aclamada série “Dr. House” da FOX LIFE e protagonista da série Diagnosis, lançada pela Netflix em 2019.

A NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas será o local dos dois primeiros dias da conferência, para a realização de cerca de 40 workshops como, “abordagem de via aérea em cadáver” ou “reparação de válvulas cardíacas em corações de porco”, disponíveis também online, para alunos inscritos por todo o mundo.

O Teatro Camões recebe os três últimos dias “expositivos” com oradores especializados e competições onde os estudantes serão chamados a intervir e a resolver casos clínicos para se habilitarem a prémios como, um estágio humanitário de 2 semanas em São Tomé e Príncipe.

 

Saúde animal
Um animal só é feliz quando saudável, como tal é importante desvendar alguns mitos sobre a desparasi

O Médico Veterinário da Boehringer Ingelheim explica que “um parasita não pode viver sozinho, necessita de outro animal para viver, sustentar-se e reproduzir-se e é devido a esta necessidade que retira ao animal hospedeiro elementos essenciais à vida”. Os animais quando parasitados podem sofrer de anemia, perda de peso entre outros problemas de saúde. Para além disso, os parasitas produzem e/ou disseminam formas que contaminam o ambiente e através das quais vão atingir outros animais, podendo também infetar/infestar os humanos. Nestes, podem causar problemas como as “Febres da Carraça”, Leishmaniose, problemas alérgicos, oculares e cutâneos, tanto em crianças como em adultos, situações bem documentadas e com consequências muitas vezes graves, refere Octávio Pereira.

Contudo, existe solução, pois “um animal que faz prevenção adequada contra parasitas tem uma enorme probabilidade de vir a ter uma vida mais longa e saudável”, afirma o Médico Veterinário. O mesmo aconselha, para o bem da saúde dos animais e dos seus tutores, que “todos os animais devam ser desparasitados pelo menos contra pulgas e carraças, mensalmente, e ao longo de todo o ano”. No que toca à desparasitação interna, esta deve ser feita após aconselhamento adequado, não devendo ser uma decisão tomada de ânimo leve e apenas pelos tutores dos animais, pois é “um ato Médico Veterinário que deve ser feito em tempo e da forma clinicamente indicada, após avaliação das necessidades de cada animal”.

E é precisamente por esta razão que importa mencionar os mitos mais frequentes sobre a desparasitação que são, infelizmente, bastante populares e particularmente graves para a Saúde Animal e Pública. O Médico Veterinário aponta, pelo menos, três:  

  • “O meu cão/gato não vai à rua, por isso não precisa fazer desparasitação”; 
  • “Uma vez por ano é suficiente”;
  • “Dou ao meu animal de estimação o mesmo que dá o meu vizinho (familiar, amigo ou que vi na internet)”. 

A verdade é que tal como nós, os animais diferem entre si e cada um tem as suas necessidades, características e hábitos específicos. Assim, “é preciso perceber que desparasitar é uma medicação e as medicações devem ser feitas de acordo com as necessidades de cada animal e sempre sob orientação Médica Veterinária”, avisa Octávio Pereira. 

Em Portugal, as desparasitações não são obrigatórias por lei, contudo, é obrigatória a desparasitação interna quando os animais têm de se deslocar para certos países e deve ser feita quando os animais são jovens, em qualquer idade antes das vacinações e sempre que a avaliação do risco parasitário feita por um Médico Veterinário o justifique, variando em função do estilo de vida e do local de permanência habitual do animal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Identificar e sensibilizar o risco nutricional dos idosos
Começa hoje, dia 4 de outubro, até ao próximo dia 8, a Semana da Malnutrição, uma iniciativa a nível mundial das principais...

A malnutrição resulta de um estado de ingestão alimentar deficitária que leva a perda de peso involuntária e a alterações da composição corporal (nomeadamente perda de massa muscular), que por sua vez contribuem para uma diminuição das funções físicas e mentais e impacta negativamente a evolução da doença. A atual pandemia agravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência, sendo por isso de extrema importância alertar a população para a necessidade de diagnosticar e tratar com suplementação nutricional oral adequada todos os doentes em défice nutricional.

A malnutrição existe em Portugal e é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional. Por esse motivo, de 4 a 8 de outubro, irão realizar-se rastreios em várias farmácias em Lisboa e no Porto, que visam diagnosticar os pacientes que estão em risco de malnutrição, e caso se confirme a malnutrição, tenham o devido acompanhamento médico.

Apesar de a malnutrição e o seu impacto ainda ser desconhecido em Portugal, os números da malnutrição crescem diariamente na comunidade, em especial nos idosos, que devido ao isolamento, pelo constrangimento nas visitas e imobilização, reduziram a sua ingestão alimentar. A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.

Também a malnutrição associada à doença é uma realidade, sendo responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição, o que tem um impacto direto no prognóstico e na qualidade de vida do doente – como implicações clínicas, perda de independência e morte precoce.

A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas doentes com capacidade financeira, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio. Há a necessidade de alertar a urgência de reembolso e comparticipação dos suplementos nutricionais orais – proporcionando aos doentes o fácil acesso ao mesmos – sem o pagamento na sua totalidade, uma vez que Portugal é dos poucos países da Europa em que não existe qualquer tipo de reembolso dos suplementos nutricionais orais.

 

Opinião
“Vacinação é Proteção” é o lema da campanha que o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portug

Os idosos são mais suscetíveis às infeções devido ao envelhecimento do sistema imunitário, denominado imuno-senescência, que acarreta uma diminuição progressiva da resposta imune. Além disso, os idosos têm, habitualmente, mais doenças, tomam mais medicamentos e têm particularidades clínicas, como as síndromes geriátricas, que sinergicamente condicionam fragilidade e aumentam a vulnerabilidade e aumentam o risco de infeções.

Se não bastasse este risco, quando ficam doentes, os idosos sofrem mais e podem ter mais complicações. A descompensação das doenças crónicas, a reduzida capacidade dos órgãos em responder a agressões e a frequente necessidade de internamento hospitalar associam-se à desnutrição, perda da massa muscular e subsequente aumento da dependência funcional e risco de institucionalização. As infeções podem assim, efetivamente, comprometer o envelhecimento saudável, a qualidade e a esperança de vida, representando uma significativa causa de morbilidade e mortalidade nos idosos.

As vacinas atualmente disponíveis têm um bom perfil de segurança, são eficazes e, geralmente, bem toleradas. Apesar disso, a resposta vacinal poderá variar de acordo com tipo e via administração da vacina e entre os diversos indivíduos devido à sua heterogeneidade, comorbilidades e medicação habitual. Pese embora a imuno-senescência poder relacionar-se com a atenuação do estímulo imunológico das vacinas e, por conseguinte, com a diminuição da sua eficácia nos idosos, a vacinação é uma das estratégias mais importantes na prevenção primária de algumas doenças infeciosas, constituindo, atualmente, uma prioridade crescente da saúde pública.

Apesar do reconhecimento da vulnerabilidade dos idosos a infeções preveníveis eficazmente pela vacinação, verifica-se, ainda, uma baixa taxa de cobertura vacinal neste grupo etário. É neste contexto, que o NEGERMI lança, novamente, a campanha “Vacinação é Proteção” com objetivo de divulgar a importância e a necessidade da vacinação da população idosa e reduzir a propagação da desinformação e dos estigmas associados.

No documento agora divulgado, “Recomendações Clínicas para a Vacinação da População Idosa em Portugal”, o NEGERMI recomenda a vacinação atempada de todos os idosos não só contra o tétano e difteria e contra a gripe, já aconselhada pela Direção-Geral da Saúde, como também a vacinação contra infeções por Streptococcus pneumoniae e herpes zoster. 

Considerando a evidência dos benefícios nos idosos, a vacinação deverá ser integrada no conjunto de intervenções da prática clínica centradas nas necessidades de cada idoso a fim da diminuição da prevalência das infeções e, consequentemente, da sobrecarga assistencial e económica do Serviço Nacional de Saúde. O contacto com os serviços de saúde, tanto primários como hospitalares, representa uma oportunidade privilegiada para o aconselhamento e esclarecimento individual de indicações, contraindicações e efeitos adversos com a finalidade de uma prescrição racional e adaptada a cada indivíduo.

Assim como aconteceu há um ano, o Valentim defende a vacinação como uma estratégia de proteção dos nossos idosos de infeções graves, cuja prevalência ainda é significativa, e recomenda-lhes participarem ativamente na decisão de se vacinarem, sempre aconselhados pelos seus médicos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inquérito Deco Proteste
A Deco Proteste, com as suas congéneres na Bélgica, em Itália e em Espanha, repetiu o inquérito realizado em 2016 sobre a...

Neste estudo, mereceram especial atenção o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o sistema judiciário português, o Parlamento Europeu e a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados basearam-se em cinco questões específicas para aferir o grau de conhecimentos dos cidadãos sobre missão, atividade e estrutura destas organizações. Para medir os níveis de confiança, foi pedido aos inquiridos para atribuírem uma classificação de 1 a 10.

Em Portugal, o ensino público surge destacado no índice de confiança, com a nota mais alta (6,9). Em segundo lugar na confiança dos portugueses (6,7) foi referido o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo-se o Exército (6,6) a Polícia (6,5) e o Serviço Nacional de Saúde (6,3). A gestão da pandemia da covid-19 contribuiu para melhorar a imagem que os portugueses têm das autoridades de saúde. Em comparação com o inquérito de 2016, o índice de confiança no SNS passou de 5,1 para 6,3.

Ainda assim, parece haver um longo caminho a percorrer na melhoria do sistema. No inquérito, o grau de conhecimento e de confiança no SNS oscilou consoante as perguntas. Um terço dos inquiridos, por exemplo, desconhece o valor das taxas moderadoras em vigor no SNS, e 40% não sabem como apresentar uma reclamação dos serviços prestados. Metade dos portugueses revela baixa confiança no SNS para responder atempadamente às suas necessidades, sobretudo devido ao aumento das listas de espera com a pandemia.

No polo oposto, com a avaliação mais baixa no gráfico da confiança, está o sistema judiciário (4) que, ao contrário das restantes instituições, não registou alterações assinaláveis face ao estudo de 2016. Seguem-se a Autoridade da Concorrência (4,4) e o Banco de Portugal (4,9) com os menores índices de confiança.

No panorama internacional, a gestão da pandemia pela Organização Mundial de Saúde não afetou a confiança dos cidadãos na instituição. Em comparação com o inquérito de 2016, passou de 5 para 5,8. No entanto, uma percentagem relevante dos inquiridos (41%) não acredita na independência da OMS perante os interesses da indústria farmacêutica ou dos governos. O Parlamento Europeu é a outra instituição internacional com pouco nível de confiança dos portugueses (5,4 numa escala de 1 a 10), seja por causa da ação dos eurodeputados, seja pela crença de que a instituição privilegia certos países e grupos económicos. As gerações mais novas são as que atribuem maior pontuação ao Parlamento Europeu no inquérito.

Quanto à imagem das empresas, a Google reúne as preferências dos inquiridos ao obter 7,4 (na escala de 1 a 10), seguida da Microsoft (7) e da Volkswagen (6,7). A NOS e a Nowo, duas operadoras de telecomunicações, ocupam o fim da lista, com a pior pontuação das empresas analisadas (4,9 e 4,1, respetivamente).

De uma forma geral, os cidadãos revelam um enorme desconhecimento sobre as organizações nacionais e internacionais, o que fazem, como atuam ou estão organizadas. Quanto maior é o grau de informação sobre as mesmas, maior é também o nível de confiança.

“Em comparação com o estudo realizado há cinco anos, nota-se uma subida na confiança dos portugueses atribuída à grande maioria das instituições, mas os resultados estão ainda longe do ideal”, conclui Rita Rodrigues, Head of Public Affairs & Media Relation da DECO PROTESTE. “Uma das razões para a desconfiança parece estar relacionada com a convicção de um elevado número de inquiridos de que estas organizações não são independentes e são permeáveis a interesses de governos ou de grupos económicos, por isso, melhorar o acesso dos cidadãos à informação pode ajudar a mitigar essa desconfiança”, conclui a responsável.

Este estudo foi realizado em simultâneo nos quatro países, entre abril e maio de 2021. Uma amostra da população adulta, entre os 18 e os 75 anos, recebeu questionários online ou em papel. No total, obtiveram-se 5314 respostas válidas (1516 em Portugal), ponderadas por género, idade, região e habilitações literárias para refletirem a realidade de cada país. Os resultados espelham as opiniões e as experiências dos portugueses inquiridos.

Estudo
O número de casos de cancro colorretal (CRC) diagnosticados caiu drasticamente em 40% durante a pandemia Covid-19, revela uma...

A investigação, realizada em vários hospitais em Espanha, comparou os dados do primeiro ano da pandemia Covid-19 com os dados do ano anterior. Dos 1.385 casos de CRC diagnosticados durante o período de dois anos, quase dois terços (868 casos, 62,7%) foram diagnosticados no ano pré-pandemia, ano em que foram realizadas 24.860 colonoscopias. Em contrapartida, apenas 517 casos (37,3%) foram diagnosticados durante a pandemia, que também registou uma queda de 27% no número de colonoscopias realizadas (17.337).

O estudo conseguiu ainda verificar que aqueles que foram diagnosticados com CRC, entre 15 de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021, também eram mais velhos do que no ano pré-pandemia, apresentavam sintomas mais frequentes, um maior número de complicações e apresentavam uma fase mais avançada da doença.

Os peritos dizem que esta queda númeor de diagnósticos é uma consequência da suspensão dos programas de rastreio e do adiamento de investigações de colonoscopia não urgentes durante a pandemia. Menos cancros foram identificados pelo rastreio de CRC no período pandemia, com apenas 22 (4,3%) casos encontrados em comparação com 182 (21%) no ano pré-pandemia. Durante a pandemia, mais doentes foram diagnosticados através de sintomas (81,2% dos diagnósticos) em comparação com o ano pré-pandemia (69%).

Maria José Domper Arnal, do Serviço de Doenças Digestivas, do Hospital Universitário e do Instituto de Investigação em Saúde de Aragão (IIS Aragón), em Saragoça, Espanha, e principal autora do estudo, referiu que estas “são descobertas muito preocupantes – casos de cancro colorretal sem dúvida não foram diagnosticados durante a pandemia. Não só havia menos diagnósticos, como os diagnosticados tendiam a estar numa fase posterior e sofriam de sintomas mais graves."

Verificou-se um aumento significativo do número de doentes que foram diagnosticados com complicações graves – sinal de doença tardia – com um aumento de sintomas como perfuração intestinal, abcessos, obstrução intestinal e hemorragia que requer internamento hospitalar.

"O cancro colorretal é muitas vezes curável se for apanhado numa fase inicial. A nossa preocupação é que estamos a perder a oportunidade de diagnosticar pacientes nesta fase inicial, e isso terá um efeito expressivo nos resultados do paciente e na sobrevivência”, comentou.

 

Adoção e compra de animais disparou no período pandémico
Os portugueses dizem que os animais foram decisivos em período pandémico, contribuindo para o combate ao stress e à ansiedade...

Um inquérito da Fixando junto de 8.870 inquiridos da sua plataforma, entre os dias 24 e 29 de setembro, revela que 93% entende que os animais de companhia contribuem eficazmente para o bem-estar dos seus donos.

A informação hoje disponibilizada em Dia Mundial dos Animais explica a razão pela qual se verifica um aumento significativo na adoção e compra de animais durante a pandemia.

Os benefícios associados aos animais domésticos são reconhecidos pela maioria dos encarregados de educação, inclusive na importância que têm para o crescimento e desenvolvimento dos jovens.

No mesmo inquérito, 14% dos donos que adquiriram um novo animal no último ano, indicam que o fizeram para apoiar o crescimento das crianças, enquanto que 96% consideram os animais domésticos imprescindíveis no desenvolvimento dos mais novos.

Face ao aumento dos animais adotados, também os serviços de cuidado animal têm sido mais procurados pelos portugueses com o treino de animais a registar um aumento na ordem dos 61% face a 2020, enquanto os hotéis assistiram a um crescimento na ordem dos 36%.

Estas atividades representam um custo médio de €48 por serviço e, apesar do impacto negativo da pandemia nos orçamentos domésticos, o crescimento do setor animal traduz um esforço financeiro por parte das famílias que ronda os €52 mensais por cada animal.

 

 

“Mulheres complicadas, gravidezes complicadas”
O Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realiza, nos dias 15 e 16...

O Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realiza, nos dias 15 e 16 de outubro, em Lisboa, as suas II jornadas dedicadas às doenças crónicas em mulheres em idade reprodutiva. “Mulheres complicadas, gravidezes complicadas” é o lema do encontro que se realiza em formato híbrido.

Diversos especialistas vão debater os temas mais clássicos da Medicina Obstétrica, como a diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade e doenças auto-imunes e também as doenças cardíaca, hepática e infeção HIV na gravidez.

Os problemas crónicos cada vez mais importantes como gravidez após neoplasia, transplante ou cirurgia bariátrica e as grandes dúvidas e recomendações atuais acerca de contraindicações para gravidez, anticoagulação e profilaxias na gravidez, estarão igualmente na ordem de trabalhos.

“Os avanços da ciência têm permitido aumentar a esperança média de vida e isso tem permitido que as mulheres engravidem cada vez mais tarde. Muitas vezes a gestação acontece tendo a mulher já uma doença crónica. Assim, não raras vezes, os médicos precisam de ajustar a medicação crónica à gravidez, para garantir o melhor equilíbrio entre segurança materna e fetal. A Medicina Interna tem uma posição privilegiada, no centro dos hospitais, para integrar as diversas áreas de conhecimento e garantir o apoio médico nos cuidados à grávida doente” afirma Inês Palma Reis, Coordenadora-adjunta do NEMO.

“A presente pandemia mostrou como o mundo e a medicina podem mudar em semanas, como nova evidência e tratamentos podem surgir em meses e como os problemas podem persistir. Temos de nos adaptar e crescer com os desafios, temos de responder às crises sem descurar os mais suscetíveis, mantendo o controlo dos problemas crónicos”, conclui Inês Palma Reis.

No dia 16 à tarde tem lugar um webinar, aberto ao público, sobre “Gravidez, vírus e outros problemas emergentes”. Mais informações em: https://www.spmi.pt/2as-jornadas-do-nucleo-de-estudos-de-medicina-obstetrica/

 

 

 

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