Nos próximos dois meses
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê o aumento de infeções com Covid-19, devido à rapidez de contágio da variante Ómicron...

Numa conferência de imprensa que decorreu hoje, o Diretor Regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou que, ao ritmo atual, se prevê que mais de metade da população da região será infetada pela Ómicron nas próximas seis a oito semanas, indicando que as mutações desta variante "lhe permitem aderir mais facilmente às células humanas, podendo infetar mesmo as pessoas que foram já infetadas ou estão vacinadas".

O especialista explicou que a disseminação da variante fez aumentar o número de pessoas internadas com Covid-19 mas que a taxa de mortalidade se mantém estável, sublinhando a eficácia das vacinas já aprovadas.

Segundo a OMS, ainda não é possível classificar a Covid-19 como uma endemia, como a gripe. "Temos um vírus que evolui muito rapidamente e que coloca desafios novos. Não estamos em condições de o poder classificar como endémico", afirmou a responsável europeia pelas emergências sanitárias, Catherine Smallwood.

 

 

Boletim Epidemiológico
Desde ontem foram registados mais de 33 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 28 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 10 em 28. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com nove óbitos registados. O Algarve registou quatro mortes e a região Centro, três. O Alentejo e a região autónoma da Madeira registaram uma morte cada, desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 33.340 novos casos. A região Norte foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas, desta vez: 13.253 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 12.390 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 3.907 casos na região Centro, 725 no Alentejo e 686 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 2.136 infeções, e os Açores com 243.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.564 doentes internados, menos 24 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora menos oito doentes internados, desde o último balanço: 153.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 43.513 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.404.786 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 269.451 casos, menos 10.201 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 3.243 contactos, estando agora 224.730 pessoas em vigilância.

 

Poupança entre 19% e 52% nos custos médicos diretos
Uma revisão da literatura publicada na Advances in Therapy assinala que a remissão clínica na artrite reumatoide (AR) pode...

“A artrite reumatoide não só tem uma carga física e emocional significativa na vida das pessoas que sofrem desta doença crónica e progressiva, como está também associada a um impacto financeiro substancial”, afirmou Sepideh F. Varon, vice-presidente para a Health Economics and Outcomes Research do Departamento de Imunologia da AbbVie. “Além do impacto fundamental que a remissão pode ter na vida dos doentes, as conclusões desta revisão salientam a poupança a ela associada em termos de custos diretos e indiretos.”

Ficou demonstrado que alcançar remissão na AR permite uma poupança entre 19% e 52% nos custos médicos diretos (p. ex. diminuindo o número de consultas em ambulatório/de especialidade, internamentos, exames médicos/exames imagiológicos/análises clínicas, cirurgias, fisioterapia e ortoses), e entre 37% e 75% nos custos indiretos (p. ex. reduzindo a perda de produtividade laboral e a incapacidade para o trabalho). Os doentes com controlo sustentado da doença apresentaram ainda menos exacerbações da doença e necessitaram de menos recursos para o tratamento da doença, tais como consultas, exames ou fisioterapia, em comparação com outros níveis de atividade da doença.

“Está bem estabelecido que alcançar taxas elevadas de remissão no início do percurso terapêutico pode, a longo prazo, ajudar os doentes a conservar a função articular e a evitar a incapacidade. Porém, esta publicação inclui dados novos e muito necessários sobre os benefícios económicos obtidos quando se alcança a remissão”, afirmou Andrew Ostor, principal autor da revisão da literatura e consultor em Reumatologia no Cabrini Medical Centre, Melbourne, Austrália. “Estas conclusões reforçam ainda a importância da estratégia 'treat-to-target' para alcançar remissão na AR, algo que é igualmente recomendado nas orientações clínicas.”

A remissão clínica na AR pode ser definida como a ausência ou a ocorrência mínima de sinais e sintomas de inflamação, incluindo dor nas articulações, dor à palpação e rigidez matinal. Os critérios frequentes de avaliação de remissão clínica baseiam-se no Índice de atividade da doença com 28 articulações (DAS28), no Índice simplificado de atividade da doença (SDAI), no Clinical Disease Activity Index (CDAI) e na remissão boleana. O DAS28 representa os critérios de avaliação de remissão clínica mais frequentemente utilizados na prática clínica e nos ensaios clínicos. Alcançar a remissão significa atingir determinados índices usando estes critérios de avaliação.

 

É o primeiro cientista a trabalhar em Portugal a receber esta distinção
Jaime A. S. Coelho, professor convidado do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de...

O galardão atribuído anualmente existe desde 1999 e é concedido a cientistas em início de carreira, jovens promissores que trabalham em Síntese e Catálise Química ou áreas relacionadas da Química Orgânica. Os premiados são selecionados exclusivamente pelos membros do conselho editorial da SYNTHESIS, SYNLETT e SYNFACTS. A edição de 2022 premiou 79 cientistas.

Para Jaime A. S. Coelho “este prémio é o reconhecimento do trabalho desenvolvido na área da Química Orgânica. É uma enorme honra fazer parte desta prestigiada lista em que estão presentes outros químicos internacionalmente reconhecidos, como o Dean Toste (distinguido em 2003), Nuno Maulide (distinguido em 2010), Benjamin List (distinguido em 2001, prémio Nobel da Química 2021), David MacMillan (distinguido em 1999, prémio Nobel da Química 2021), entre outros”.

Atualmente Jaime A. S. Coelho desenvolve a sua atividade na área de Química Orgânica, em particular no desenvolvimento de metodologias sustentáveis de síntese orgânica, no CQE Ciências ULisboa e também leciona nesta faculdade aulas de Química introdutória e Química Orgânica.

 

Burnout e os modelos de gestão centrados nas pessoas e no bem-estar em destaque
O Building The Future, o principal evento português de transformação digital, que conta com o patrocínio principal da Microsoft...

O palco Wellbeing powered by Fidelidade abordará as temáticas Sociedade, Organizações, Indivíduo, Corpo, Mente e Propósito. O burnout e os modelos de gestão centrados nas pessoas e no seu bem-estar serão alguns dos temas em destaque e que irão ser analisados durante os dias 26, 27 e 28 de janeiro de 2022.

Teresa Virgínia, Diretora de Marketing e Comunicação da Microsoft Portugal, afirma: “A realidade do trabalho remoto trouxe novas possibilidades, como estar mais próximo das famílias ou perder menos tempo com deslocações, mas também trouxe novos desafios como stress, reuniões excessivas, burnout e depressão. E é precisamente estas mudanças que iremos abordar no Building The Future, através do patrocínio da Fidelidade, pela necessidade de colocarmos em prática estratégias mais responsáveis e sustentáveis com o foco nas pessoas e no seu bem-estar físico e psicológico.”

Sahar Yousef, neurocientista na Universidade da Califórnia, é uma das oradoras em destaque. Com base no seu trabalho de investigação, Yousef irá partilhar o impacto que a exposição ao stress e desafios na gestão do tempo entre as esferas familiar e laboral, resultantes do contexto pandémico, têm do ponto de vista neuronal. Na sessão “The Science of Preventing Burnout”, a neurocientista explicará as diferenças entre a doença do burnout do excesso de stress ou depressão, as suas consequências para o corpo humano e estratégias de combate.

Yousef comenta: “Infelizmente, o burnout tem aumentado constantemente desde maio de 2020 e agora atingimos um patamar crítico. As pessoas e as organizações estão a ser preparadas para o fracasso, uma vez que níveis de burnout elevados levam a um decréscimo da motivação, mais erros e uma falta de envolvimento no trabalho. Felizmente, a ciência por trás do burnout avançou rapidamente na última década e hoje sabemos que estratégias (como o modelo 3M) nos podem ajudar a evitar esta síndrome da «morte por mil cortes de papel»”.

A escolha do tema foi resultado de uma votação pela comunidade do Building The Future que, através da plataforma LinkedIn e a convite de Sahar Yousef, pôde escolher entre esta temática e dois projetos de investigação da neurocientista: “The Science of Energy Management and Chronotype-Based Productivity” e “The Science of Digital Hygiene and the Dark Side of our Devices”.

Além da participação dos oradores principais, o palco Wellbeing powered by Fidelidade terá também as sessões de fireside chat, conversas de 30 minutos entre dois oradores sobre temáticas relacionadas com o wellbeing. Vasco Gaspar, Human Flourishing Facilitator, e Helena Marujo, Professora e Coordenadora no ISCSP; Sandro Resende, Founder do Manicómio, e Pedro Morgado, Psiquiatra, Professor e Investigador na Universidade do Minho; Álvaro Lopes-Cardoso, CEO e Fundador na UPNDO, e Pedro Almeida, Psicólogo de Desporto e Performance; Joana Vasconcelos, Modern Work Customer Success Lead na Microsoft Portugal e Ricardo Parreira, CEO na PHC Software; Joana Coelho, HR Consultant da AON Portugal, e Sandra Ribeiro, Subdiretora do Departamento de Ciências Económicas e Empresariais da UAL; Rosa Pires, Psicóloga Clínica, e Daniel Leal, Médico, são alguns dos oradores confirmados.

Através da partilha de melhores práticas, aplicação do conhecimento científico e intervenção multidisciplinar nos temas de Wellbeing, o Building The Future irá ajudar pessoas, líderes, gestores e organizações a repensarem os seus modelos de trabalho e de gestão para o futuro.

Devido ao elevado número de casos ativos de Covid-19 em Portugal e tendo como prioridade a saúde e segurança de toda a comunidade, a organização do Building The Future decidiu que o evento será exclusivamente digital, em www.buildingthefuture.pt.

Exclusivo para profissionais
Exclusiva a profissionais de saúde, esta nova ferramenta, lançada pelo Centre d'Enseignement et de Développement de l'...

“Mais do que um site, é uma plataforma inovadora que reúne várias funcionalidades para os profissionais de saúde utilizarem no seu dia a dia. Homeo&Care reúne características únicas enquanto ferramenta de pesquisa e apoio à prática clínica diária, permitindo uma prescrição/indicação rápida e uma personalização do tratamento homeopático através da pesquisa por patologia ou sintomas”, afirma Maria Barata, Sales and Marketing Manager.

Revelando-se uma ferramenta fundamental na prática diária destes profissionais, Homeo&Care permite comparar, prescrever e personalizar o tratamento à medida de cada doente. 

Homeo&Care é um website inovador que possibilita um esclarecimento rápido dos profissionais de saúde, além de proporcionar maior confiança no momento de prescrever determinado tratamento. Com o propósito de oferecer uma melhor experiência de navegação, permite ainda que o profissional de saúde “copie” o tratamento definido, guarde o conteúdo da sua prescrição e cole diretamente no seu software de assistência médica.

“Esta plataforma não só permite encontrar o melhor tratamento a prescrever como a pesquisa por protocolos comuns de patologias com terapêuticas mais completas e descritivas a utilizar e o acesso ao material médico para uma formação mais adaptada”, acrescenta.

Com uma utilização e navegação de fácil acesso, a plataforma encontra-se dividida em dois separadores, denominados por “Beginners Mode” e “Expert Mode”, com conteúdos distintos.

Para mais informações visite a plataforma Homeo&Care aqui.

18 e 19 de março de 2022
Investigadores, médicos e profissionais de saúde de mais de uma dezena de especialidades vão estar reunidos nos dias 18 e 19 de...

O Symposium é organizado pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, que inclui profissionais de diversas áreas para dar resposta à necessidade de cuidados de suporte mais completos e abrangentes, baseados na evidência, na área da Oncologia. 

“A evidência científica mostra-nos que a atividade física e o exercício físico são ótimos aliados da pessoa que vive com e para além da doença oncológica. Já muito se sabe sobre a dose e a intensidade certa de exercício físico nas várias fases da doença. No entanto, em Portugal ainda não existe a translação deste conhecimento para a prática clínica. É um gap que se pretende ajudar a preencher com este simpósio”, explica Ana Joaquim médica oncologista e vice-presidente da AICSO. 

Na sua opinião, os serviços de saúde prestados aos doentes oncológicos estão estruturados ainda “em torno dos tratamentos dirigidos ao cancro, seja a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e outros tratamentos médicos, quando se sabe que uma abordagem integrada e centrada na pessoa que vive e sobrevive com o diagnóstico de doença oncológica traz benefícios que estão hoje documentados”.  

Um dos oradores convidados é o professor Lee Jones, investigador do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e um dos mais conceituados fisiologistas do mundo. O especialista será palestrante de uma keynote lecture sobre a translação de ensaios fase 1 para ensaios fase 3 de exercício e cancro. Confirmada está também uma palestra sobre os modelos de integração do exercício na prática clínica e o papel das sociedades científicas, a cargo do professor Nicolas Hart, da Flinders University, (Austrália) e membro da Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC), que inclui representantes de 70 países. 

O papel da reabilitação cardíaca na reabilitação oncológica, a importância da suplementação nutricional, incluindo a vitamina D, na função do músculo, e a sua importância na eficácia do exercício físico ao longo da jornada do doente oncológico são outros exemplos de temas que vão estar em destaque na 2.ª edição ONCOFIT.  

“O exercício físico faz parte de todos os programas de reabilitação cardíaca. Sabemos que a saúde cardiovascular do doente oncológico beneficia de exercício físico. No entanto, hoje em dia o exercício físico (ainda) não faz parte integrante dos programas de reabilitação oncológica. O que tentamos com este grande tema é discutir o que a reabilitação oncológica pode ir "beber" à reabilitação cardíaca”, sublinha Ana Joaquim, acrescentando que a médica Ana Abreu, referência nacional e internacional na área da Cardiologia e Reabilitação cardíaca, é uma das moderadoras do evento. 

A vice-presidente da AICSO revela que a última mesa do symposium é dedicada à perspetiva de dois sobreviventes de cancro para os quais o exercício físico teve um papel fundamental numa parte do percurso: Telma Costa (que é também médica oncologista e membro da direção da AICSO) e João da Silva (jornalista e escritor). 

As inscrições já estão abertas AQUI e o prazo para submissão de resumos termina no próximo dia 14 de fevereiro. Os trabalhos aceites serão publicados na revista Motricidade. 

Nos EUA
A Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland revelou que conseguiu transplantar um coração de porco geneticamente...

"Este transplante de órgãos demonstrou, pela primeira vez, que um coração animal geneticamente modificado pode funcionar como um coração humano sem rejeição imediata pelo corpo", refere a instituição em comunicado.

O paciente, David Bennet, de 57 anos, foi submetido à cirurgia há três dias no Centro Médico da Universidade, depois de ter sofrido uma arritmia. Atualmente encontra-se sob vigilância médica, mas com boa saúde.

Segundo a instituição, o transplante de coração de porco "era a única opção disponível para o doente", uma vez que vários hospitais tinham descartado a possibilidade de fazer um transplante convencional.

"Era morrer ou fazer este transplante. E eu queria viver. Sabia que era um tiro no escuro, mas era a minha última opção", disse o paciente, de acordo com o comunicado da Universidade de Maryland.

A entidade reguladora dos EUA, a FDA, autorizou na véspera de Ano Novo a operação de Bennet, que se encontrava acamado há meses.

"Foi uma cirurgia revolucionária e aproxima-nos um passo para resolver a crise da escassez de órgãos. Não há corações humanos suficientes disponíveis para atender à longa lista de potenciais destinatários", disse Bartley Griffith, o médico responsável por esta cirurgia.

Cerca de 110 mil americanos estão atualmente à espera de um transplante e mais de seis mil morrem, todos os anos, antes de receberem um, de acordo com dados oficiais citados pela universidade.

Em outubro passado, um hospital em Nova Iorque conseguiu transplantar temporariamente o rim de um porco geneticamente modificado para um corpo humano, outro sucesso que, tal como a recente intervenção, pode tornar, no futuro, desnecessária a dádiva de órgãos de pessoa falecida. 

 

Estudo
Um estudo realizado pela University London College (UCL) no Reino Unido revela os locais e atividades onde é mais provável...

Se achava que corria maiores riscos indo a uma discoteca, a um bar ou restaurante, desengane-se. Segundo este estudo, a atividade onde tem uma maior probabilidade de ser infetado com o novo coronavírus é ir às compras. O “Virus Watch” demonstra que esta probabilidade se situa nos 2,18%.

Seguem-se outras atividades diárias, como o desporto ao ar livre (1,36%); viajar de autocarro (1,31%); ir a restaurantes (1,29%); Ir a pubs, bares ou cafés (1,28%); festas (1,27%); ir ao ginásio (1,27%); no local de trabalho (1,2%) ou em viagens de comboio ou de táxi (1,9%).

 

Artigo Mayo Clinic
A medicina regenerativa pode retardar a evolução de doenças degenerativas que muitas vezes devastam

Os investigadores argumentam que novas soluções para aumentar as expectativas de saúde estão na intersecção da investigação em medicina regenerativa, investigação anti senescente, cuidados clínicos e apoio social. Uma abordagem regenerativa oferece a esperança de prolongar a longevidade da boa saúde para que os últimos anos da vida de uma pessoa possam ser plenamente vividos.

"As diversas populações envelhecidas, vulneráveis a doenças crónicas, estão à beira de um futuro promissor. De facto, as opções regenerativas em crescimento oferecem oportunidades para impulsionar a cura inata e lidar com o declínio associado ao envelhecimento. A perspetiva de um bem-estar prolongado procura alcançar a saúde para todos", diz André Terzic, médico, doutorado, cardiologista da Clínica Mayo e autor sénior. Terzic é o diretor da Marriott Family Foundation, o programa de Medicina Regenerativa Cardíaca Integral do Centro de Medicina Regenerativa e professor de investigação cardiovascular na Marriott Family Foundation.

A medicina regenerativa é um novo campo de investigação e prática que está a transferir a ênfase do combate às doenças para a reconstrução da saúde. O Centro de Medicina Regenerativa da Clínica Mayo está na vanguarda deste movimento, apoiando a investigação em novas formas de retardar, prevenir ou mesmo curar doenças.

O avanço da investigação em relação às opções regenerativas

A pesquisa aumentou a compreensão das tecnologias que visam e removem as chamadas células "zombie" que se acumulam com a idade avançada. As células “zombia”, também conhecidas como células senescentes, segregam proteínas nocivas e químicos que contribuem para a doença e fraqueza da saúde. Quando as células se tornam senescentes, já não se dividem e já não se diferenciam, e perdem a capacidade de reparar tecidos doentes.

"Os avanços na tecnologia anti-senescente e regenerativa oferecem a esperança de prolongar a esperança de vida e viver os anos mais longos sem doenças", diz Armin Garman, primeiro autor e estudante de Mestrado em Rastreio de Ciências Regenerativas na Alix School of Medicine da Clínica Mayo.

As novas intervenções regenerativas no horizonte são promissoras no tratamento de doenças crónicas como o cancro, doenças cardíacas e diabetes. Por exemplo, os avanços em imunotérmicos regenerativos, como a terapia com células T com recetor de antigénio quimérico, despertam a capacidade do corpo de reconhecer e destruir alguns cancros.

"A prontidão clínica das terapias regenerativas relacionadas com as doenças do envelhecimento está a amadurecer", diz Satsuki Yamada, cardiologista da Clínica Mayo e coautor do estudo. "A evolução do conhecimento em termos de ciências regenerativas está a oferecer ferramentas para parar ou inverter a progressão das doenças refratárias, transformando os objetivos de controlo da doença dos cuidados à cura."

Os cuidados clínicos estão prontos para prestar cuidados regenerativos

O aumento dos registos eletrónicos de saúde e da inteligência artificial oferece novas formas de analisar vastos conjuntos de dados e identificar terapias regenerativas adequadas às necessidades individuais. Isto pode atrasar o aparecimento de doenças crónicas que surgem mais tarde na vida. Orientar os procedimentos regenerativos para uma multiplicidade de doenças crónicas relacionadas com a idade pode ser uma forma poderosa de colmatar o fosso entre a esperança de saúde e a esperança de vida.

"O modelo de cuidados regenerativo está pronto para avançar numa perspetiva de longevidade sem doenças, transformando a prática atual de cuidados", diz Terzic. "A implementação eficaz da inovação médica da próxima geração será acelerada pelo aumento da tomada de decisões."

Apoio social ajuda a prolongar uma vida saudável

As iniciativas de saúde pública podem contribuir para a longevidade da saúde. Por exemplo, a proibição do tabagismo em público, a aplicação de rótulos de informação nutricional e a promoção da vacinação podem levar a vidas mais saudáveis e à prevenção de condições degenerativas que surgem mais tarde na vida.

Além disso, abordar os determinantes sociais da saúde (as condições do ambiente em que as pessoas vivem) pode contribuir para a prevenção ou atraso das doenças.

"As adversidades na infância, a alienação social, o estatuto socioeconómico inadequado e o acesso comprometido aos cuidados de saúde estão todos associados à desigualdade de saúde e à redução da esperança de vida", diz Garmany. "Resolver estes problemas está no centro da prevenção da doença."

A demografia mundial estima a esperança de vida se situa nos 73 anos, mas a idade média de início de doenças crónicas encontra-se nos 64 anos. Este fosso entre a esperança de saúde e a esperança de vida poderia ser preenchido com iniciativas de ordem pública adequadas e a aplicação de novos resultados regenerativos e anti senescência nos cuidados clínicos. Avanços importantes que aumentam a esperança de vida podem potencialmente traduzir-se em mais anos com boa saúde.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
A exposição prolongada à poluição atmosférica ambiente pode aumentar o risco de infeção Covid-19, revela um novo estudo.

A investigação, publicada na revista Occupational & Environmental Medicine, indica que existe uma ligação mais forte nas partículas suspensas, com um aumento de 5% na taxa de infeção. Isto equivale, segundo os investigadores, a 294 casos adicionais por 100.000 pessoas por ano.

O estudo centra-se numa localidade no norte de Itália, uma região duramente atingida pela pandemia coronavírus, com a Lombardia como a área mais afetada em termos de casos e mortes. De acordo com a Agência Europeia do Ambiente (EEE), a maioria dos 3,9 milhões de europeus que residem em áreas onde a poluição atmosférica ultrapassa os limites da UE vivem no norte de Itália.

Pesquisas recentes implicaram a poluição atmosférica como um fator de risco para a infeção Covid-19, mas as falhas de planeamento do estudo e a captura de dados apenas até meados de 2020 limitaram as descobertas, segundo os investigadores.

Para resolver estes problemas, analisaram a exposição a longo prazo a poluentes aerotransportados e padrões de infeção COVID-19 desde o início da pandemia até março de 2021 entre os residentes de Varese, a oitava maior cidade da Lombardia.

Relatório Fórum Económico Mundial
Os riscos climáticos dominam as preocupações globais à medida que o mundo entra no terceiro ano da pandemia. De acordo com o...

Além disso, a maioria dos especialistas acredita que uma recuperação económica global será volátil e desigual nos próximos três anos.

Agora, na sua 17ª edição, o relatório incentiva os líderes a pensarem fora do ciclo trimestral de reporte e a criarem políticas que gerem riscos e moldem a agenda para os próximos anos. Explora quatro áreas de risco emergente: cibersegurança; competição no espaço; uma transição climática desordenada; e pressões migratórias, cada uma exigindo coordenação global para uma gestão bem-sucedida.

 "A saúde e as perturbações económicas estão a agravar as clivagens sociais. Isto está a criar tensões numa altura em que a colaboração entre as sociedades e a comunidade internacional será fundamental para garantir uma recuperação global mais equilibrada e rápida. Os líderes mundiais devem unir-se e adotar uma abordagem coordenada pelos vários stakeholders para enfrentar desafios globais implacáveis e construir resiliência antes da próxima crise", disse Saadia Zahidi, diretora-geral do Fórum Económico Mundial.

Carolina Klint, Risk Management Leader da Marsh, afirmou que "à medida que as empresas recuperam da pandemia, estão a aguçar o seu foco na resiliência organizacional e nas credenciais do ESG. Com as ameaças cibernéticas a crescerem mais rapidamente do que a nossa capacidade de as erradicar permanentemente, é evidente que nem a resiliência nem a governação são possíveis sem planos credíveis e sofisticados de gestão de riscos cibernéticos. Da mesma forma, as organizações precisam de começar a compreender os seus riscos espaciais, nomeadamente o risco para os satélites dos quais nos tornámos cada vez mais dependentes, dado o aumento das ambições geopolíticas e das tensões."

Peter Giger, Diretor de Risco do Grupo Zurique, afirmou: "A crise climática continua a ser a maior ameaça a longo prazo que a humanidade enfrenta. A não atuação em matéria de alterações climáticas poderia reduzir o PIB mundial em um sexto e os compromissos assumidos na COP26 ainda não são suficientes para atingir o objetivo de 1,5 C. Não é tarde demais para os governos e as empresas agirem sobre os riscos que enfrentam e para conduzirem uma transição inovadora, determinada e inclusiva que proteja as economias e as pessoas."

O relatório encerra com reflexões sobre o segundo ano da pandemia Covid-19, dando novos conhecimentos sobre a resiliência a nível nacional. O capítulo baseia-se também nas comunidades de peritos em risco do Fórum Económico Mundial para oferecer conselhos práticos para a implementação da resiliência das organizações.

O Global Risks Report 2022 foi desenvolvido com o apoio do Conselho Consultivo de Riscos Globais do Fórum Económico Mundial. Beneficia também da colaboração contínua com os seus Parceiros Estratégicos, Marsh McLennan, SK Group e Zurich Insurance Group, e seus conselheiros académicos da Oxford Martin School (Universidade de Oxford), da Universidade Nacional de Singapura e do Wharton Risk Management and Decision Processes Center (Universidade da Pensilvânia).

Crises e tratamento
A epilepsia é uma disfunção do sistema nervoso associada a interrupções repetidas e imprevisíveis da
Epilepsia nas crianças

Estima-se que numa percentagem elevada dos casos, não é possível identificar o que está na origem da epilepsia, no entanto, esta é uma condição que atinge as crianças com bastante frequência.

Baixo peso, asfixia durante o parto, defeitos congénitos ou malformações e algumas infeções virais podem estar na origem desta disfunção. Por outro lado, a epilepsia pode esta associada a certas mutações genéticas. Isto significa que existe uma multiplicidade de situações ou condições que podem estar associadas ao seu desenvolvimento, podendo ser identificados diferentes tipos de síndromes epiléticas.

Sabendo que o diagnóstico de epilepsia pode provocar um grande impacto emocional na criança e sua família, é importante referir que, quando a epilepsia é bem gerida, é possível levar uma vida “praticamente” normal. Para isso, é essencial compreender e aceitar a doença.

Compreender a epilepsia

O que é uma crise epilética?

Uma crise é resultado de uma disfunção temporária na atividade elétrica do cérebro. Quando ocorre, as mensagens cerebrais são temporariamente interrompidas ou trocadas. O número de crises pode variar menos de uma por ano ou várias por dia, podendo ocorrer em qualquer momento. Geralmente, duram apenas alguns segundos ou minutos, após as quais as células do cérebro retomam a sua atividade normal.

As crises epiléticas podem ser classificadas em dois tipos:

Crises parciais, que envolvem uma parte limitada do cérebro. Estas podem ser simples ou complexas, sendo que algumas podem progredir para crises generalizadas que envolvem a totalidade ou quase totalidade do cérebro.

  • Crises parciais simples – estas crises não provocam a perda de contacto com o meio circundante, ou seja, a consciência não é afetada. Uma vez que o cérebro controla a maioria das funções corporais, quando ocorre uma crise, esta afeta geralmente o órgão controlado por essa parte do cérebro.
  • Deste modo, as crises podem atingir os músculos causando espasmos em certas partes do corpo; os órgão sensoriais, como olhos (a pessoa pode ver luzes, animais ou outras pessoas), ouvidos (pode levar a pessoa a ouvir vozes, ruídos ou melodias), nariz (na maioria das vezes, pode levar as pessoas a sentir odores difíceis de descrever) ou nervos (causando sensação de ardor ou formigueiro em determinadas partes do corpo); o sistema digestivo, provocando náuseas; a memória ou as emoções ou coração provocando uma aceleração do ritmo cardíaco, por exemplo.
  • Crises parciais complexas – As pessoas afetadas por este tipo de crise perdem o contacto com o meu circundante, ou seja, perdem a consciência. Podem permanecer imóveis, com o olhar fixo sendo incapazes de reagir. No entanto, geralmente, mastigam e engolem ou mexem as mãos como se estivessem conscientes, mas não conseguem interagir com as outras pessoas. As crises parciais complexas podem igualmente progredir para uma crise generalizada.

As Crises generalizadas, envolvem a totalidade ou quase totalidade do cérebro podendo ser classificadas como:

  • Crises tónico-Clónicas – capazes de provocar uma perda de consciência abrupta, ficando todo o corpo rijo numa primeira fase – a chamada fase tónica -, seguido de espasmos nos braços e pernas (a fase clónica). A pessoa pode morde a língua, urinar ou magoar-se na queda devido aos espasmos. Assim que a crise termina a pessoa volta gradualmente ao estado normal.
  • Crises de Ausência – estas crises são muito curtas, apresentando uma duração de apenas alguns segundos, mas podem ocorrer diversas vezes no mesmo dia. Quando a pessoa sofre este tipo de crise pode ficar imóvel e alheada, com o olhar fixo, mas recuperam imediatamente. Por vezes este tipo de crise pode passar despercebida devido à sua curta duração.
  • Este tipo de crise começa geralmente na infância ou na adolescência e pode provocar a perda de atenção e problemas de aprendizagem.
  • Crises mioclónicas – provocam espasmos no corpo ou membros que pode fazer com que a pessoa deixe cair objetos.
  • Crises atónicas – provocam uma perda súbita de força muscular e de consciência, fazendo com que a pessoa caia. A recuperação é imediata, mas a gravidade deriva do risco associada à própria queda.

Como se trata a epilepsia?

O objetivo do tratamento da epilepsia nas crianças e adolescentes é a ausência de crises sem os sintomas indesejados, designados de efeitos secundários, ou efeitos a longo prazo, de modo a restaurar ao máximo a qualidade de vida.

A maioria das pessoas com epilepsia são medicadas com antiepiléticos destinados a restabelecer o equilíbrio elétrico no cérebro. Atualmente estão disponíveis diversos medicamentos que são utilizados para controlar ou, no caso de alguns doentes, parar as crises.

A escolha de tratamento com um medicamento antiepilético não é uma decisão aleatória. Este deve ser baseado no tipo específico de crise, na idade da criança e a probabilidade de sofrer efeitos secundários importantes.

Tratar a epilepsia não é fácil. Apesar de diversas opções de tratamento, algumas crianças não conseguem atingir o objetivo de ter uma vida sem crises. No entanto, assim que identificado o medicamento e dosagem indicada para cada caso, é possível parar as crises. No entanto, este processo é por vezes longo.

O neuropediatra ou neurologista é o único que pode determinar o tipo de tratamento e a dosagem correta para o seu filho. É importante tomar os medicamentos conforme a prescrição médica.

É importante ainda que saiba que os medicamento antiepiléticos não curam a epilepsia e que a sua eficácia depende da sua correta utilização. Estes devem ser tomados todos os dias, à mesma hora, uma vez que este deve manter-se a um nível constante no organismo. Dependendo do tipo de medicação, podem ser tomados uma, duas ou três vezes ao dia.

Normalmente, o tratamento inicia-se com doses mais baixas, havendo um aumento gradual da dosagem para que o organismo se adapte, limitando os seus efeitos secundários.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ciclo de Seminários junta académicos, alunos e professores do ensino secundário
Anualmente, docentes da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica organizam um Ciclo de Seminários de...

Cristina Palmeirão, coordenadora da 12ª Edição do Ciclo de Seminários de Aprofundamento em Administração, Supervisão e Organização Escolar, explica que este Ciclo “tem como finalidade pensar e sentir a escola e a educação, com o propósito de que nos fala Joaquim Azevedo ‘somos nós que temos de desatar os nós que nos atam, pois ninguém o fará por nós’ (Azevedo, 2011: 329).” 

“Sustentabilidade educativa: ambientes, espaços e lugares” é o tema do primeiro seminário que se realiza online já a 19 de janeiro. Este seminário conta com a moderação de Ilídia Cabral, professora da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto, e com a participação de alunos do Agrupamento de Escolas Vale de S. Torcato; de Paulo Antunes, do Agrupamento de Escolas Maximinos; e ainda de Fernando Paulo, consultor e ex-vereador da educação da Câmara Municipal do Porto. 

“Diálogos educativos: organização, lideranças e aprendizagem” é o tema do segundo seminário que se realiza a 16 de fevereiro. Com moderação de José Matias Alves, professor da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto, conta com a participação de alunos do Agrupamento de Escolas Fajões; de Maria Luísa Coelho, diretora do Agrupamento de Escolas Pinheiro; e com Mireia Tintoré, da Universidade de Barcelona.  

A 23 de março, realiza-se o terceiro seminário sob o tema “Interculturalidade: qualidade educativa, coesão social e cidadania”.  A moderação vai estar a cargo de Cristina Palmeirão, professora da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto, e vão participar alunos do Agrupamento de Escolas Vilela e Carlos Gomes de Sá, diretor do Agrupamento de A Ver o Mar; e João Costa, Secretário de Estado Adjunto e da Educação. 

O último seminário intitulado “Profissionalidade docente: ensinar, aprender, avaliar” realiza-se a 4 de maio. Isabel Baptista, professora da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto, vai moderar o seminário que conta com a voz dos alunos do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa; com a presença de Adília Cruz, presidente da CAP do AE Soares Basto; e com Maria do Céu Roldão, professora coordenadora do Instituto Politécnico de Santarém.  

Este ano, o mote deste Ciclo de Seminários, é uma expressão célebre do sociólogo Edgar Morin: "Aprender não significa apenas saber gramática, matemática, um pouco de geografia e história. As escolas devem cuidar de nossa dupla aspiração: realizar-nos como indivíduos, em nossas atitudes, habilidades e construir vínculos dentro de uma comunidade. Os professores devem, antes de tudo, estar conscientes de que as crianças devem ser acompanhadas nesta dupla aspiração”.  

CEO
A farmacêutica norte-americana Pfizer disse, esta segunda-feira, que espera ter uma nova vacina contra o coronavírus em março,...

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que ainda não é claro se este novo produto será necessário, mas disse que a sua empresa já está a começar a fabricar as primeiras doses, uma vez que alguns países as querem ter o mais rapidamente possível.

"A esperança é que consigamos algo que ofereça mais proteção, particularmente contra infeções, porque a proteção contra hospitalizações e doenças graves neste momento é razoável com as vacinas atuais, desde que a terceira dose tenha sido administrada", disse Bourla à televisão CNBC.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados cerca de 20 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 20 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 10 em 20. Segue-se a região Centro com cinco óbitos registados. O Alentejo registou duas mortes. A região Norte, o Algarve e a região autónoma da Madeira registaram uma morte cada, desde ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 20.212 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 8.349 seguida da região Norte com 7.744 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.614 casos na região Centro, 452 no Alentejo e 652 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 1.185 infeções, e os Açores com 216.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.588 doentes internados, mais 139 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos têm agora mais 11 doentes internados, desde o último balanço: 161.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 14.501 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.361.273 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 279.652 casos, mais 5.691 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 3.300 contactos, estando agora 227.973 pessoas em vigilância.

 

Reforço da testagem no âmbito da Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2.
Desde dia 8 de janeiro que os estabelecimentos de ensino universitário e politécnico registados na Entidade Reguladora da Saúde...

A portaria nº 25-A/2022, assinada pelo Ministra da Saúde, Marta Temido, e publicada em Diário da República, estabelece um regime excecional e transitório de celebração de contratos com os referidos estabelecimentos de ensino universitário e politécnico para a realização de testes laboratoriais para SARS-CoV-2, nomeadamente, de pesquisa de RNA por PCR em tempo real, e de pesquisa de antigénio por imunocromatografia, mediante requisição emitida pelo Serviço Nacional de Saúde ou gerada pelo SNS24.

O diploma estabelece ainda que as Administrações Regionais de Saúde podem celebrar contratos com os estabelecimentos de ensino universitário e politécnico que estejam registados na ERS e no SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, que disponham de metodologia para diagnóstico molecular de SARS-CoV-2 validada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, e que cumpram o disposto na Circular Informativa Conjunta n.º 001/CD/100.20.200, de 12 de fevereiro, e demais normativos aplicáveis em matéria de testagem.

Os contratos em causa observam, “em tudo o que não se mostre contrário ao regime previsto na presente portaria, as normas aplicáveis à convenção nacional na área da patologia clínica e das análises clínicas, no âmbito das medidas excecionais e temporárias em resposta à pandemia da doença COVID-19, designadamente, as condições de preço”, pode ler-se na portaria, que define também para estes contratos “um período de validade de três meses, renovável mensalmente, em função da avaliação de necessidade decorrente da situação epidemiológica”.

 

Dados SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde
Entre os dias 6 e 9 de janeiro foram vacinadas contra a Covid-19 306 mil pessoas, entre crianças, professores e funcionários...

Segundo dados preliminares divulgados em comunicado pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, 201 mil crianças entre os 5 e os 11 anos foram inoculadas com uma primeira dose nestes quatro dias.

No mesmo período, cerca de 87 mil pessoas do grupo prioritário de vacinação “comunidade escolar”, professores e funcionários de escolas básicas e secundárias, receberam a dose de reforço, tal como cerca de 18 mil funcionários de creches e ATL.

De acordo com a SPMS, das 201 mil crianças dos 5 aos 11 anos que iniciaram a vacinação contra a Covid-19, entre quinta-feira (dia 6 de janeiro) e as 18 horas de domingo (dia 9), 44 mil receberam a primeira dose na manhã de domingo.

Segundo a SPMS, as crianças que ainda não foram imunizadas “vão ter oportunidade de agendar a vacinação para os próximos períodos dedicados à vacinação pediátrica, a partir de 5 de fevereiro”. De 5 de fevereiro a 13 de março vão ser administradas igualmente as segundas doses pediátricas, que completam o esquema vacinal.

 

Imunização ativa e prevenção de doença invasiva e pneumonia
A Comissão Europeia (CE) aprovou a vacina pneumocócica conjugada 15-valente para imunização ativa e prevenção de doença...

A decisão da CE segue um parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos, que reviu os dados de sete estudos clínicos em dupla ocultação, aleatorizados, que avaliaram esta vacina em 7.438 indivíduos, de uma variedade de populações adultas e diferentes condições clínicas. Estas incluíram adultos saudáveis com 50 anos ou mais, adultos com 18 a 49 anos com fatores de risco para doença pneumocócica e adultos imunocomprometidos que vivem com VIH. 

No estudo principal em dupla ocultação, e controlado por comparador ativo em 1.205 adultos imunocompetentes, sem vacina pneumocócica prévia com idade igual ou superior a 50 anos, as respostas imunitárias induzidas pela vacina de MSD demonstraram não-inferioridade às da vacina pneumocócica conjugada 13-valente atualmente disponível (PCV13) para os 13 serotipos compartilhados, conforme avaliado pelos títulos médios geométricos (GMTs) da atividade opsonofagocítica (OPA) aos 30 dias pós-vacinação. Adicionalmente, as respostas imunitárias, para o serotipo 3 partilhado, foram superiores às da PCV13 bem como para os dois serotipos únicos – 22F e 33F. Não foram realizados ensaios clínicos aleatorizados para avaliar da sua eficácia clínica em comparação com PCV13.

“Na MSD estamos empenhados em ajudar a proteger mais pessoas da doença invasiva pneumocócica (DIP), bem como da pneumonia pneumocócica, a forma mais comum de doença pneumocócica em adultos”, disse Roy Baynes, vice-presidente sénior e chefe do desenvolvimento clínico global, diretor médico do Merck Research Laboratories. “Com VAXNEUVANCE, desenvolvemos uma vacina conjugada que induz uma forte resposta imunológica aos serotipos pneumocócicos que contribuem substancialmente para a carga da doença, incluindo o serotipo 3, uma das principais causas de DIP na EU. Esta aprovação fornece a médicos e doentes na EU uma nova opção que pode ajudar a proteger contra os serotipos pneumocócicos responsáveis por cerca de 40 por cento dos casos de DIP em adultos com mais de 65 anos, nos maiores países membros da EU.”  

Em julho de 2021, esta vacina recebeu aprovação da FDA para imunização ativa e prevenção de doença invasiva causada pelos serotipos de Streptococcus pneumoniae 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F, 22F, 23F e 33F em adultos de idade igual ou superior a 18 anos.

 

Investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Sérgio Domingos, cientista da Universidade de Coimbra (UC), acaba de ganhar uma bolsa “Starting Grant”, no valor de 1,9 milhões...

Esta verba vai permitir desenvolver, durante os próximos cinco anos, uma estratégia experimental, inovadora, «para desvendar as formas tridimensionais de algumas moléculas chave no campo da nanotecnologia molecular, e entender a sua mecânica de funcionamento», afirma o investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Essencialmente, o projeto distinguido pelo Conselho Europeu de Investigação, intitulado “MiCRoARTiS – Microwave Fingerprinting Artificial Molecular Motors in Virtual Isolation”, ambiciona desvendar «os segredos da mecânica estrutural de motores moleculares “construídos” pelo Homem, de forma a torná-los cada vez mais funcionais, mas também desenvolver a técnica de espectroscopia de micro-ondas para além do estado da arte, tornando-a cada vez mais útil nesta e noutras áreas do conhecimento, como na identificação de moléculas em partes distantes do universo (Astrofísica Molecular), ou no estudo de interações entre medicamentos e recetores moleculares do corpo humano (Química Medicinal)», destaca Sérgio Domingos.

Para tal, e graças ao financiamento obtido, vai ser criado, na Universidade de Coimbra, um laboratório de espectroscopia de micro-ondas de elevada performance, «uma infraestrutura única em Portugal», esclarece o investigador.

Sérgio Domingos diz ainda que «é um sentimento incrível ser selecionado num programa tão competitivo de ciência e ter a oportunidade de desenvolver este projeto na minha casa, a Universidade de Coimbra».

O Conselho Europeu de Investigação foi criado em 2007 pela União Europeia (UE) para financiar cientistas de excelência. As bolsas “ERC Starting Grant” são dirigidas a investigadores em início de carreira, possibilitando-lhes formar grupos de trabalho e desenvolver projetos em diferentes áreas científicas.

 

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