Qual a relação?
No Dia Mundial da Obesidade é essencial relembrar a associação desta epidemia dos nossos dias aos pr

Além disso, a obesidade é o principal fator de risco para um dos distúrbios do sono mais prevalentes - a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Nas pessoas obesas existe a deposição de tecido adiposo na região abdominal e cervical, comprometendo a permeabilidade da via aérea superior. Durante a noite com o relaxamento dos músculos desta zona, as pessoas obesas têm maior risco de colapso da via aérea, originando o ressonar e as paragens respiratórias que caracterizam a apneia do sono. Esta doença afeta 9 a 24% da população adulta. Cerca de 60 a 90% dos adultos com apneia do sono têm excesso de peso. Mesmo um aumento de 10% do peso, aumenta 6 vezes o risco de apneia do sono. A apneia do sono também ocorre em idade pediátrica (2%) e, sobretudo, na adolescência está associada ao excesso de peso e à obesidade crescente nestas faixas etárias.

Como problema adicional, frequentemente os obesos têm outras comorbilidades, como a hipertensão arterial, diabetes, arritmia ou história de enfarte do miocárdio. A ocorrência simultânea de apneia do sono causa inadequada oxigenação do sangue e vai aumentar, ainda mais, o risco a nível cardiovascular, cerebrovascular e metabólico.

Os principais sintomas que alertam para o risco de apneia do sono são: ressonar, paragens respiratórias testemunhadas, despertares noturnos, necessidade de urinar várias vezes ao longo da noite, sensação de acordar cansado e com sono não reparador e sonolência diurna excessiva, com risco de adormecer em situações mais monótonas. Esta sonolência diurna pode ainda reduzir a atividade física dos doentes, o que é particularmente relevante nos obesos, doentes que habitualmente já sentem maiores níveis de desconforto e dispneia para o esforço físico, limitando a sua atividade e contribuindo para o sedentarismo e aumento do peso, mas também para o isolamento social e diminuição da qualidade de vida. Além dos riscos para a saúde física já descritos, a apneia do sono aumenta a irritabilidade e o humor depressivo, com consequências importantes no bem-estar e saúde mental.

Por fim, a obesidade com a acumulação de tecido adiposo no tórax causa um aumento do esforço de respirar, como que “aprisionando” os pulmões. Quando isto acontece pode ocorrer a Síndrome de Hipoventilação da Obesidade, que causa alterações nos níveis de oxigenação no sangue dos doentes e leva à acumulação de um gás tóxico (o dióxido de carbono). Cerca de metade das pessoas com índice de massa corporal superior a 50 têm esta doença. Entre os sintomas mais frequentes estão o cansaço diurno, a sonolência e a dor de cabeça ao acordar. Cerca de 90% destes doentes têm também apneia do sono. Quando não tratada pode ser uma causa de insuficiência cardíaca e aumentar significativamente o risco de morte.

O tratamento da SAOS, tal como muitas outras doenças, começa por alterações do estilo de vida e, na maioria das pessoas com SAOS, isso inclui a aproximação ao peso ideal. A perda de peso está associada a menor propensão ao colapso da via respiratória superior, seja pela redução de perímetro cervical (redução gordura na região do pescoço), seja pelo aumento dos volumes pulmonares (redução gordura abdominal).

A perda de peso reduz muitos dos sintomas relacionados com SAOS como a sonolência diurna e a irritabilidade, com uma melhoria global na saúde cardiovascular e metabólica e melhoria da qualidade de vida. A perda de peso permite não apenas um melhor controlo das doenças cardiovasculares e metabólicas associadas, como uma perda de 10-15% de peso diminui em 50% a gravidade da apneia do sono. Estudos mostraram que com a normalização do peso até 60% dos doentes com SAOS podem deixar de precisar de tratamento dirigido. Assim, os benefícios da perda ponderal parecem ser independentes da técnica usada, mas proporcionais ao peso perdido.

Paralelamente à perda de peso, muitos doentes obesos com SAOS podem ter indicação para tratamento com dispositivos de pressão positiva na via aérea (CPAP), ventiladores para usar enquanto dormem. Além da melhoria significativa da sonolência nestes doentes, o tratamento da SAOS poderá facilitar ainda a perda de peso ao melhorar a qualidade de sono e as alterações hormonais (diminuindo a grelina e aumentando a leptina). Adicionalmente, o benefício do tratamento com CPAP está bem estabelecido no que respeita a redução do risco de arritmias, redução e melhoria no controlo da tensão arterial e redução global do risco cardio e cerebrovascular (nomeadamente de AVCs).

No Dia Mundial da Obesidade relembramos a importância do controlo do peso também para evitar doenças respiratórias do sono que aumentam o risco para a saúde e a mortalidade, além de terem impacto no bem-estar físico e mental.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados finais da época gripal de 2021/2022
Os dados do relatório final do Vacinómetro® 2021/2022 revelam que Portugal ultrapassou a meta de 75% de taxa de vacinação...

O Vacinómetro® é um estudo que analisa a monitorização da vacinação contra a gripe durante a época gripal através de questionários realizados a uma amostra populacional definida para determinados grupos, estabelecidos de acordo com as recomendações da Direcão-Geral da Saúde (DGS).

Esta análise revelou que, da população incluída, terão sido vacinados contra a gripe sazonal desde o início da época 2021/2022 cerca de 88,3% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade (margem de erro (ME) de ±3,1% para um intervalo de confiança (IC) de 95%); 83,4% dos indivíduos portadores de doença crónica (ME de ±3,5% para um IC de 95%); 64,4% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes (ME de ±3,7% para um IC de 95%); 53,3% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos (ME de ±3,5% para um IC de 95%) e cerca de 60,2% das grávidas (ME de ±3,7% para um IC de 95%).

No que respeita às mulheres grávidas, este grupo tem registado um consistente aumento na cobertura vacinal desde a sua inclusão no regime de disponibilização gratuita da vacina, na época de 2020/2021, quando se passou para uma cobertura vacinal de cerca de 53,6% vindo de uma época de 2019/2020 com uma cobertura de 23,5%. De salientar o crescimento da vacinação no grupo dos 60 aos 64 anos de idade, desde a última fase do estudo (14 a 20 de dezembro de 2021), com um valor que passou de cerca de 38,7% para 53,3%, coincidindo também com a inclusão deste grupo na gratuitidade da vacina a 15 de dezembro de 2021.

Destaca-se que das pessoas com 65 ou mais anos de idade, 8,5% ter-se-ão vacinado pela primeira vez, bem como 25,7% dos 60 aos 64 anos de idade 8,1% dos doentes crónicos e 10,5% dos profissionais de saúde.

“Os dados finais da época gripal 2021/2022 deixam-nos satisfeitos por termos não só cumprido (pelo terceiro ano consecutivo) como ultrapassado largamente a meta da OMS para a cobertura vacinal das pessoas a partir dos 65 anos de idade, garantindo assim a sua proteção contra a gripe e para além da gripe, uma vez que esta infeção aumenta o risco de enfarte agudo do miocárdio e de AVC. Registou-se um aumento da vacinação nas pessoas com doença crónica, que são um grupo de risco para infeções virais como a gripe, uma vez que podem ver a sua doença crónica descontrolada ou agudizada. Bem como no grupo dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes, algo muito importante desde sempre, mas ainda mais durante a pandemia de Covid-19 que vivemos”, destaca Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).  

António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), ressalva: “Estes números excelentes, bem como a clara redução do número de hospitalizações por gripe, revelam que compensou o esforço extra da Direção-Geral da Saúde e do Ministério da Saúde para alargar a cobertura vacinal, bem como a coordenação da vacinação conjunta contra a gripe e a Covid-19. Devemos retirar daqui aprendizagens para a próxima época gripal que vai exigir, com certeza, uma cobertura vacinal igual ou superior contra a gripe, uma vez que nas últimas duas épocas o registo de casos de gripe foi residual devido às medidas implementadas para fazer face à pandemia da Covid-19, o que permite antever uma maior atividade na época 2022/2023”. 

Nos dois grupos de doentes crónicos analisados, 89% das pessoas com diabetes terão sido vacinadas, 5% das quais pela primeira vez (ME de ± 5,9% para um IC de 95% (n=272)), e 84,2% das pessoas com doenças cardiovasculares terão sido vacinadas, 10,7% pela primeira vez (ME de ± 6,0% para um IC de 95% (n=266)). 

No que toca às motivações para a vacinação contra a gripe, da população incluída nas recomendações da Direção-Geral da Saúde, a maioria vacinou-se por recomendação do médico – 66,9% das pessoas com 65 ou mais anos de idade; 65,8% dos doentes crónicos; 43,7% das pessoas entre os 60 e os 64 anos de idade; e 63,7% das grávidas. A segunda motivação mais apontada foi por iniciativa própria, para estar protegido – em 26,5% das pessoas com 65 ou mais anos de idade; 21,7% dos doentes crónicos; 39,6% das pessoas entre os 60 e os 64 anos de idade; 19,8% das grávidas e 11,6% dos profissionais de saúde. No contexto de uma iniciativa laboral foi a razão apontada para a vacinação de 82% dos profissionais de saúde.

A campanha de vacinação deste ano decorreu por ordem decrescente de idades, através de convocatória por SMS para a administração em simultâneo da vacina contra a gripe e contra a COVID-19 ou apenas para a vacina contra a gripe (se não forem elegíveis para COVID-19) (1), o que, aliado a outras iniciativas, poderá ter contribuído para um aumento da cobertura vacinal e prevenção de complicações para além da gripe.

Relação entre patologias é perigosa
No Dia Mundial da Obesidade, que se assinala hoje, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) apela a um novo...

Em todo o mundo, quase 1 em cada 6 adultos vive com obesidade e os números têm aumentado nas últimas décadas, com a prevalência global da obesidade a triplicar desde 1975. Contudo, esta tendência não se verifica apenas na população adulta e a evidência diz-nos que a obesidade infantil aumentou dez vezes em 4 décadas. Se nada for feito, prevê-se que atinja cerca de 250 milhões de crianças até 2030.

“Um olhar para os números globais da obesidade é suficiente para percebermos que não estamos onde devíamos estar. A obesidade é um problema global que afeta 800 milhões de pessoas em todo o mundo. Este dado é particularmente alarmante quando pensamos que as pessoas com obesidade apresentam um maior risco de desenvolver doenças crónicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, cancro e doenças respiratórias”, explica José Manuel Boavida, Presidente da APDP.

É importante também lembrar que 67,6% da população portuguesa tem excesso de peso ou obesidade, sendo que a prevalência de obesidade é de 28,7%. Em 2018, ocorreram 46 269 óbitos por doenças relacionadas com obesidade, o que representa 43% dos óbitos totais ocorridos em Portugal continental naquele ano.

João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP, defende uma abordagem que contemple a intervenção da comunidade: “Para lidarmos com a obesidade com sucesso, precisamos de conhecer as suas causas mais profundas, implementando um pacote abrangente de políticas de prevenção e de tratamento. O exemplo das Casas da Diabetes, projeto da APDP que fomenta a capacitação e o apoio entre pares para o difícil processo de mudança de hábitos, um programa que mobilize a comunidade e que se dirija às pessoas com maior risco, pode fazer a diferença. O desafio ultrapassa o próprio Sistema de Saúde, necessitando da ação das autarquias e das organizações da sociedade civil. É necessário encorajar a colaboração entre todos estes diferentes sectores da sociedade.”

O Dia Mundial da Obesidade é um dia de ação promovido pela Federação Mundial da Obesidade. Este ano tem como mensagem “Podemos trabalhar todos juntos para garantir vidas mais felizes, mais saudáveis e mais longas para todos”. As causas para a obesidade são complexas e resultam da conjugação de vários fatores que podem estar relacionados com o risco genético, a alimentação, a atividade física, a literacia, o acesso aos cuidados de saúde, os eventos da vida, o marketing, a saúde mental, o sono, a discriminação e o estigma.

Investigação
Um grande consórcio internacional criou o primeiro atlas completo de todas as células da mosca-da-fruta, uma pequena, mas...

Há mais de um século que as moscas-da-fruta desempenham um papel essencial na investigação em biologia, desde que, utilizando estes pequenos insetos, Thomas Hunt Morgan descobriu que os genes residem nos cromossomas, basicamente desvendando o mecanismo de base da hereditariedade. Muitos cientistas seguiram as pegadas de Morgan e vários acabaram por ganhar o prémio Nobel pelas revolucionárias descobertas que fizeram utilizando este pequeno organismo como modelo animal.

Apesar do seu tamanho, as moscas-da-fruta são mais semelhantes aos humanos do que podem à partida parecer. Dos cerca de 14.000 genes do genoma da mosca que codificam proteínas, aproximadamente dois terços têm um equivalente humano. Para além de terem permitido adquirir conhecimentos-chave sobre o funcionamento de mecanismos biológicos em áreas como a genética e a biologia do desenvolvimento, as moscas-da-fruta têm tido um papel vital no desenvolvimento de tratamentos contra o cancro, as doenças imunes ou a diabetes, para citar apenas alguns exemplos.

A revolução da célula como unidade

Desde o aparecimento da tecnologia de genómica de célula única (single-cell), os cientistas tornaram-se capazes de estudar os tecidos biológicos com uma resolução sem precedentes, analisando, em simultâneo, a expressão de todos os genes em milhares de células individuais. Os resultados obtidos a uma escala tão minuciosa como esta podem ajudar a decifrar de que maneira certas células diferem e interagem com as suas vizinhas, e também a perceber a sua origem e função dentro do tecido.

Graças à popularidade inabalável das moscas-da-fruta na investigação biomédica – são pequenas e fáceis de criar –, a análise de célula única rapidamente ganhou força nesta comunidade científica. 

“Vários grupos de investigação em todo do mundo, incluindo o meu próprio laboratório, aplicaram recentemente a técnica de sequenciação de célula única a diversos tecidos da mosca-da-fruta em diversas fases do seu desenvolvimento”, diz Stein Aerts, líder de um grupo do Instituto de Biotecnologia da Flandres (VIB) Lovaina e da Universidade Católica de Lovaina (instituição também conhecida como VIB-KU Leuven), na Bélgica. “O problema é que os dados foram gerados por laboratórios diferentes, utilizando moscas geneticamente diferentes, utilizando protocolos e plataformas de sequenciação diferentes, e isso tem dificultado a comparação sistemática da atividade dos genes entre as diversas células e os diversos tecidos.”

Stein Aerts é um dos fundadores do consórcio Fly Cell Atlas (Atlas das Células da Mosca), cujos primórdios remontam a uma reunião de cientistas que trabalham com moscas-da-fruta, que teve lugar em dezembro de 2017, em Lovaina. Os planos mirabolantes discutidos em torno de algumas cervejas belgas tornaram-se hoje realidade: após quatro anos, inúmeras reuniões e trabalho árduo, o consórcio apresenta agora, na revista Science, o primeiro Atlas completo das Células da Mosca.

Trabalho de equipa, sonhos realizados

“Foi um trabalho titânico”, diz Liqun Luo, da Universidade de Stanford, que co-liderou este esforço com Aerts e mais três líderes da área: Stephen Quake, de Stanford e do Chan Zuckerberg Biohub (CZ Biohub, EUA); Bart Deplancke, da EPFL (Escola Politécnica Fédérale de Lausanne); e Norbert Perrimon, de Harvard. “No total, o consórcio envolveu 158 peritos de 40 laboratórios diferentes, de todo o mundo, e foi apoiado, tanto tecnicamente como financeiramente, pelo CZ Biohub”, acrescenta Luo.

Dois cientistas em início de carreira, cada um a trabalhar em cada lado do Atlântico, geraram os dados e conduziram as análises: Jasper Janssens, estudante de doutoramento que em breve irá obter o seu PhD pelo VIB-KU Leuven; e Hongjie Li, professor auxiliar no Colégio de Medicina Baylor (EUA), que fez uma pós-graduação no laboratório de Luo, em Stanford.

Do lado da Champalimaud, os co-autores do artigo agora publicado na Science são Carlos Ribeiro, investigador principal do laboratório de Comportamento e Metabolismo; Zita Santos, Darshan Dhakan e Ibrahim Tastekin, investigadores pós-doutorados, e Rita Figueiredo, aluna de doutoramento – todos eles membros do laboratório de Ribeiro.

Diz Hongjie Li: “O nosso objectivo era estabelecer um atlas das células da mosca-da-fruta adulta, na sua totalidade – utilizando moscas geneticamente idênticas, o mesmo protocolo de dissociação e a mesma plataforma de sequenciação. Desta maneira, seríamos capazes de obter uma categorização exaustiva de todos os tipos de células, integrando os dados do nosso transcriptoma de célula única com o conhecimento existente sobre a expressão dos genes e dos tipos de células, de forma a comparar sistematicamente a expressão dos genes em todo o organismo e entre machos e fêmeas. Isso também nos permitiria identificar os marcadores específicos dos tipos de células na totalidade do organismo da mosca.”

A equipa aplicou duas estratégias complementares para atingir o seu objectivo, acrescenta Janssens: “Sequenciámos células individuais de tecidos dissecados de forma a identificarmos o tecido de onde provinham, mas também sequenciámos células da cabeça inteira e do corpo inteiro para garantir que tínhamos amostras de todas as células.”

Após a sequenciação de todas as células da mosca, era necessário fazer sentido da enorme quantidade de dados gerados. Uma tarefa impossível de ser levada a cabo por uma única equipa de trabalho. Para ultrapassar este desafio foi criado um consórcio de especialistas capazes de identificar e anotar os diferentes tipos de células. Esta foi uma das importantes contribuições do laboratório de Carlos Ribeiro na Fundação Champalimaud, em particular na anotação dos dados provenientes de células do cérebro, ovários e tecido adiposo da mosca.

O conjunto de dados, designado de Tabula Drosophilae – o nome em latim da mosca-da-fruta é Drosophila melanogaster – contém mais de 580.000 células, que pertencem a mais de 250 tipos celulares distintos.

“Muitos destes tipos de células foram agora caracterizados pela primeira vez, seja porque são células raras, seja porque o perfil da expressão dos genes de muitos tipos de células só pode ser obtido através da sequenciação do ARN de núcleo único, que aliás constitui mais um dos aspectos a destacar do nosso estudo,” acrescenta Janssens. A sequenciação do ARN de núcleo único utiliza núcleos celulares isolados em vez de células inteiras para obter o perfil da expressão dos genes de uma célula.”

Este trabalho permite-nos, pela primeira vez, comparar o transcriptoma, ou seja, o mapa dos genes ativos, entre diferentes células dentro do mesmo organismo e perguntar o que as torna semelhantes e diferentes. O metabolismo celular tem ganho muita atenção recentemente por saber-se poder estar alterado em várias doenças como o cancro ou a diabetes. No entanto, para percebermos o que poderá estar alterado no contexto patológico precisamos perceber melhor estes processos no contexto fisiológico. Algo que este trabalho nos vai agora permitir estudar.”, diz Zita Santos.

Ao serviço da medicina (humana)

“O que é particularmente inspirador”, diz Deplancke, “é a forma como a comunidade da moscada-fruta se uniu, ultrapassando fronteiras biológicas, tecnológicas e computacionais, para gerar este gigantesco conjunto de dados e estudar todos os tipos de células diferentes com grande pormenor, talvez dando origem ao atlas de células mais detalhado de sempre.”

“Temos, portanto, a convicção de que o nosso Atlas das Células da Mosca irá constituir um valioso recurso para a investigação enquanto referência para estudos da função dos genes à escala da célula individual”, diz Perrimon. “Isso será útil para todos os que estudam os processos biológicos na mosca, e também para desenvolver modelos de doenças humanas, ao nível do organismo inteiro, com a resolução de uma célula individual".

Para possibilitar análises adicionais bem como análises costumizadas baseadas em outras ferramentas de célula única, o consórcio disponibilizou, online e gratuitamente, todos os seus dados através de múltiplas plataformas.

“Estou muito feliz por o CZBiohub ter conseguido contribuir para este recurso monumental para a comunidade”, diz Quake. “Ficamos muito entusiasmados ao ver que atlas de células de organismos completos estão a ser concretizados para uma série de organismos importantes e a ser disponibilizados aos cientistas do mundo inteiro.”


Legenda: Sumário do tipo de dados que compõem o Atlas das Células da Mosca, um projeto internacional que disponibiliza à comunidade científica dados de todas as células que compõem a mosca da fruta. Os dados agora disponibilizados permitirão, pela primeira vez, identificar os processos moleculares que distinguem diferentes tecidos e estudar como as mais variadas funções moleculares são reguladas nesses tecidos e em diferentes estados fisiológicos, como por exemplo, durante o desenvolvimento.

Jogo gratuito de realidade aumentada
A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) lança hoje, Dia Mundial da Obesidade, a app Heróis da Fruta, um...

O aplicativo, desenvolvido em parceria com os estúdios ONTOP, com financiamento da Novo Nordisk Portugal e com o apoio internacional da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO) e da Coligação Europeia de Pacientes com Obesidade (ECPO), surge para dar continuidade ao propósito da APCOI de contribuir para a prevenção da obesidade infantil.

O jogo Heróis da Fruta é uma “caça ao tesouro” dos tempos modernos, ao estilo Pokémon Go, que incentiva as famílias portuguesas a sair do sofá e caminhar ao ar livre, de telemóvel na mão, à procura dos 500 baús à solta pelas ruas do país, espalhados em múpis e cartazes presentes em mais de 100 municípios portugueses parceiros deste projeto.

Cada baú contém uma saqueta de cartas escondida, que é revelada quando lhe é apontada a câmara do smartphone. Há centenas de cartas para colecionar e segredos para descobrir sobre alimentação saudável, mas também há missões para completar ou até pontos que valem prémios.

Todos os jogadores que ficarem entre os 100 primeiros lugares no ranking nacional de pontuação ganham bilhetes para o cinema. Existem também outros prémios exclusivos para as crianças participantes no projeto escolar como vouchers para parques temáticos, zoológicos ou aquários. Mas para o jogador que ficar em primeiro lugar na app está reservado o prémio mais desejado por todos: a visita dos personagens Heróis da Fruta à sua escola.

Para facilitar a vida a miúdos e graúdos, há um mapa com a localização dos diferentes baús que podem ser encontrados de Norte a Sul e nas ilhas, disponível em: https://www.heroisdafruta.com/p/mapa-do-tesouro.html

Sobre esta app, Mário Silva, Presidente da APCOI, destaca: “Depois do sucesso da iniciativa ‘Heróis da Fruta’ nas escolas, e do recente lançamento da nossa série infantil com o mesmo nome, foi fundamental para a APCOI dar o salto e conseguir montar um projeto diferenciador e capaz de envolver ao mesmo tempo crianças e respetivas famílias numa maior consciencialização da sociedade para a obesidade infantil e, consequentemente, na adoção de hábitos de vida que contribuam para a prevenção desta doença, que afeta atualmente uma em cada três crianças”.

Neste contexto, Nuno Folhadela, CEO da ONTOP, refere que “Brincar e colecionar é inerente a todos nós. Faz-nos sentir felizes. E se o fizermos com amigos ou família ao mesmo tempo que descobrimos deliciosas curiosidades sobre uma alimentação saudável, ainda melhor! Foi essa a missão da ONTOP, ao juntar a nostalgia do colecionismo de cromos com a inovação tecnológica da realidade aumentada. Uma receita cheia de diversão a prometer grandes caminhadas na caça aos tesouros espalhados pelo país.”

Para Helena Novais, Diretora de Public Affairs da Novo Nordisk Portugal, “apoiar esta iniciativa representa a concretização da visão holística que a empresa pretende para a resposta à obesidade infantil. A par da contribuição para a inovação científica nesta área, queremos, em conjunto com a APCOI e outros parceiros, estar na dianteira da prevenção desta doença, apoiando iniciativas vencedoras que atuem ativamente na melhoria da qualidade de vida das crianças e na gradual redução do impacto da obesidade no nosso sistema de saúde”.

A app Hérois da Fruta encontra-se já disponível nas app stores de dispositivos móveis iOS e Android.

Consultas e tratamentos
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) disponibiliza os seus serviços de cuidados de saúde especializados na...

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, diz que “a escalada do conflito da Ucrânia tem consequências devastadoras para a saúde destas populações. Não há saída da guerra além do cessar fogo imediato, para que possam ser assegurados os tratamentos das pessoas que vivem com doença crónica. A vida humana não é compatível com a guerra”, acrescentando que, em Portugal, “além da pressão política e económica, temos de ter a capacidade para apoiar os refugiados que vão chegando a Portugal. Para que as iniciativas de solidariedade sejam eficazes têm de ser coordenadas e a APDP já confirmou a sua disponibilidade para a receção, orientação e acompanhamento dos refugiados com diabetes.”

Deste modo, os cidadãos refugiados que estejam em Portugal poderão, através dos serviços da APDP, “receber consultas médicas e todos os tratamentos necessários para a compensação da diabetes. Aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde da população refugiada é um ato de cidadania, principalmente numa altura em que são tão necessários. Para acederem aos nossos serviços, basta entrarem em contacto connosco pelo email [email protected]”, garante João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP.

A situação humanitária na Ucrânia e nos países vizinhos está a piorar aceleradamente e as hostilidades interrompem o acesso aos cuidados de saúde a milhões de pessoas, sujeitas a sofrimento e dificuldades extremas. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) , da qual a APDP é membro, está profundamente preocupada com a crise em curso na Ucrânia e está a monitorizar de perto a situação para garantir que o apoio de emergência chegue às pessoas que vivem com diabetes no país e às que foram forçadas a fugir para países vizinhos. De acordo com as últimas estimativas da IDF, mais de 2,3 milhões de adultos vivem com diabetes na Ucrânia e 15.000 crianças e adolescentes são afetados pela diabetes tipo 1.

 

10 de março
A MulherEndo – Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose - vai realizar, no próximo dia 10 de março, um...

A sessão de abertura ficará a cargo de Susana Fonseca, fundadora e atual presidente da MulherEndo. Com a moderação de Fátima Faustino, Vice-Presidente Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), o webinar contará com as presenças de Hélder Ferreira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, que abordará as perspetivas futuras do diagnóstico e tratamento da endometriose;  a fisioterapeuta Mariana Pereira, que falará dos benefícios da fisioterapia do pavimento pélvico; a nutricionista Ana Parreira, que apresentará o “Impacto da alimentação no controlo da sintomatologia”; e a psicóloga Débora Água-Doce, que falará sobre a importância da autoestima e a saúde mental das doentes que sofrem de endometriose.

A endometriose é uma doença que impacta cada vez mais as mulheres. Por isso, consideramos fundamental promover este género de eventos para que exista uma maior partilha de informação e experiências dentro da temática da endometriose, além do que esperamos que também seja um fórum de discussão, no qual todos os participantes podem fazer comentários e colocar as suas questões, afirma Susana Sousa.

A Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose (MulherEndo) é uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal promover e fomentar o apoio, a reabilitação e/ou recuperação física e psicológica da mulher com endometriose através da informação e colaboração direta.

O evento conta com o apoio científico da SPG e da Gedeon Richter.

A inscrição é obrigatória, aceda AQUI.

 

 

Entrevista
"A obesidade é um problema de saúde pública e as evidências científicas mostram que as consequê

Qual a evolução da incidência da obesidade e diabetes pediátrica em Portugal nos últimos anos e qual a perspetiva de evolução dos próximos?

A obesidade infantil e a diabetes, que está diretamente associada, é um dos principais problemas de saúde das crianças e dos adolescentes. É um problema que em Portugal tem uma dimensão muito preocupante, com taxas de excesso de peso e de obesidade muito próximas do 30%, o que coloca Portugal como um dos países com maior incidência desta doença, que afeta de forma transversal a toda a população infantil do nosso país. Se nada for feito, se mais medidas não forem implementadas, vai-se assistir a um aumento sustentado da incidência desta doença.

Quais os maiores desafios que as famílias dizem enfrentar na adoção de estilos de vida equilibrados?

Esta é uma área em que é difícil obter resultados. Estão por trás condições comportamentais muito enraizadas nas famílias e na comunidade, o que faz com que as mudanças de hábitos sejam difíceis de acontecer. O maior desafio para as famílias é perceber que o excesso de peso é um problema. Corrigir esta perceção não é fácil, uma vez que na infância não existe grande sintomatologia associada à obesidade. A informação deve ser bem enviada às comunidades (familiar e escolar), acompanhada de opções de alimentação saudável e exercício físico apelativas para cada faixa etária.

Há falta de literacia em saúde na população portuguesa?

Há muita falta de informação na família e na comunidade alargada. Este é um desafio multidisciplinar e temos que estar todos envolvidos no combate de este flagelo (excesso de peso e obesidade nas crianças) em termos de saúde pública.

Faz falta uma maior adaptação dos conteúdos e informação de saúde por parte das entidades promotoras ou é mais importante a promoção da literacia na população?

O primeiro enfoque tem que ser informar e sensibilizar as pessoas na importância de fazer face a este sério problema. A partir daí, devem ser criadas, junto dos principais intervenientes, condições e estratégias para promover a saúde. Tudo passa pela perceção do jovem e da família (no caso das crianças) de que o excesso de peso é um problema, e de estarem determinados em encontrar as melhores soluções e estratégias para o resolver. É importante que as pessoas saibam que é possível comer saudável e agradável. Depois, a comunidade no conjunto (escolas, autarquias, associações desportivas) deve encontrar maneiras de ajudar a controlar este problema. As crianças passam grande parte do seu dia nas escolas, muitas vezes tem uma parte das suas refeições neste ambiente, pelo que a comunidade escolar, para além da formação, tem também a responsabilidade de oferecer alimentação saudável e de promover o exercício físico através de atividades adequadas. Por outro lado, as associações devem desenvolver e oferecer práticas de exercício físico que vão ao encontro dos gostos das crianças e dos jovens. Obviamente, também são muito importantes questões legislativas de acesso a alguns produtos.

Qual foi o maior desafio no desenvolvimento do livro? Quanto tempo durou o processo?

O desenvolvimento do livro não foi um grande problema, uma vez que o objetivo estava bem identificado e existia uma alta preocupação por parte dos participantes, pelo que o envolvimento das pessoas no processo foi fácil. Foi desenvolvida uma proposta de intervenção na comunidade, cujo processo demorou aproximadamente dois anos. O foco foram duas áreas: alimentação saudável e exercício físico. O mais difícil foi identificar quais as ferramentas de comunicação que deveriam ser usadas para fazer chegar a informação aos diferentes tipos de público (população infantil, pré-adolescentes e adolescentes). Assim, foi desenvolvido um livro com conteúdos facilmente compreensíveis, muito práticos e que vão permitir a sua utilização no dia a dia. Para os mais novos, foi também concebido um jogo interativo que os desafia nas respostas as questões veiculadas neste livro. Tendo em conta o impacto das redes sociais nos adolescentes, foram desenvolvidos vídeos com dois ‘influencers’, uma atriz de televisão e um jovem atleta de alta competição, que mostram como a alimentação e a prática de exercício físico lhes permitem manter uma ótima performance diária.

É uma obra escrita a pensar na família como um todo ou mais dedicada às crianças ou aos pais?

Aos dois, é indissociável, sem as duas partes envolvidas e determinadas não é possível atingir o objetivo. Esta é a grande dificuldade para ter sucesso no combate à obesidade, conseguir que todos os intervenientes estejam alinhados.

Como é que as famílias e crianças podem ter acesso ao livro?

O livro vai ser distribuído pelas escolas de todo o país através da Missão Continente. Esta parceria foi muito importante porque permitiu a distribuição em grande escala para chegar ao maior número de pessoas. Vai estar também disponível no site da Missão Continente e no site do ICBAS. Existirão também exemplares impressos que serão distribuídos gratuitamente pelas escolas e por outros locais ainda a definir.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Apesar do controlo que é possível fazer da diabetes, com o passar dos anos, as pessoas com esta doença podem vir a desenvolver...

De acordo com o presente estudo, melhorias na secreção de insulina e no controlo metabólico de doentes com diabetes tipo 1 e redução da prevalência de complicações crónicas da doença foram os efeitos observados a longo prazo após a infusão de células mesenquimais do tecido do cordão umbilical e de células da medula óssea. “Estes resultados representam uma esperança para os doentes com diabetes tipo 1, dado que a terapia celular poderá melhorar a sua qualidade de vida”, afirma a investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, Carla Cardoso, em reação às conclusões deste estudo.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual as células do pâncreas produtoras de insulina (células beta-pancreáticas) são progressivamente destruídas por um ataque autoimune (do próprio organismo), devido a um desequilíbrio no sistema imunitário. Em resultado da produção insuficiente de insulina, os níveis de açúcar no sangue (glicemia) tornam-se elevados, exigindo a administração diária de insulina.

“Admite-se que devido às suas propriedades imunomoduladoras, as células estaminais mesenquimais possam ser capazes de abrandar a destruição autoimune das células produtoras de insulina e isso pode ser útil para o controlo da doença. As células estaminais mesenquimais têm a capacidade de regular a atividade do sistema imunitário e de promover a reparação celular, o que as torna potencialmente úteis para o tratamento da diabetes tipo 1”, explica a investigadora.

Os doentes que fizeram parte deste estudo¹ - com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos e historial clínico de diabetes tipo 1 entre 2 a 16 anos - tinham já sido incluídos num ensaio clínico em que um dos grupos recebeu tratamento convencional (grupo controlo) e o outro, além do tratamento convencional, recebeu terapia celular. Um ano após a terapia celular, o tratamento foi considerado seguro, tendo sido associado a melhoria moderada do controlo metabólico nos doentes tratados com recurso a este tratamento experimental, em relação ao início do estudo e comparativamente ao grupo controlo.

No presente estudo, os autores avaliaram a incidência de complicações a longo prazo da diabetes tipo 1, oito anos após os tratamentos efetuados no âmbito do referido ensaio clínico. Os investigadores avaliaram ainda a segurança da terapia celular, a função das células beta-pancreáticas e o controlo metabólico nos dois grupos de doentes. Os dados obtidos são referentes a 14 dos 21 doentes do grupo que recebeu terapia celular e a 15 dos 21 doentes do grupo controlo, por terem sido os doentes dos dois grupos do ensaio clínico em quem foi possível fazer o acompanhamento completo.

Assim, aos oito anos de acompanhamento, a incidência de lesões neurológicas (neuropatia periférica) foi de 7,1% (1 em 14) no grupo que recebeu terapia celular e de 46,7% (7 em 15) no grupo controlo. Já a incidência de lesões renais (nefropatia diabética) foi igualmente inferior nos doentes que receberam terapia celular, com uma percentagem de 7,1% (1 em 14), comparativamente aos 40,0% (6 em 15) dos doentes do grupo controlo. Quanto às lesões na retina (retinopatia), a incidência foi de 7,1% (1 em 14) no grupo que recebeu terapia celular e de 33,3% (5 em 15) no grupo controlo (não tendo neste caso, a diferença sido estatisticamente significativa).

Dois doentes do grupo que recebeu terapia celular e onze doentes do grupo controlo desenvolveram pelo menos uma complicação. Adicionalmente, um doente do grupo que recebeu terapia celular e seis doentes do grupo controlo apresentaram pelo menos duas complicações, não tendo sido observado o aparecimento ou desenvolvimento de qualquer tumor no grupo tratado por recurso a terapia celular, o que que reforça a segurança deste tratamento.

Estes resultados suportam a realização de mais estudos sobre o potencial terapêutico das células estaminais na prevenção de complicações crónicas da diabetes.

Dia Mundial da Obesidade assinala-se amanhã
No Dia Mundial da Obesidade, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) apresenta o livro “Cuida de Ti –...

“A obesidade é um problema de saúde pública e as evidências científicas mostram que as consequências da obesidade na infância, como a hipertensão ou a diabetes, acabam por acompanhar a criança ao longo de toda a vida. Os dados mostram que a incidência de diabetes tipo 1 entre a população pediátrica está a aumentar e a doença renal diabética continua a ser a principal causa de insuficiência renal a nível mundial” explica o Professor Alberto Caldas Afonso, Professor Catedrático de Pediatria, Diretor do Mestrado Integrado em Medicina do ICBAS da Universidade do Porto e Diretor do Centro Materno-Infantil do Norte do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CMIN-CHUPorto).

O livro quer ajudar a esclarecer conceitos e dúvidas, para que todos possam compreender e lidar com informações de saúde. Os conteúdos foram desenvolvidos por uma equipa multidisciplinar coordenada pelo Professor Caldas Afonso, com o objetivo de poderem ser apreendidos e difundidos pelo maior número de pessoas. Uma vez que em determinadas fases da vida as decisões não são tomadas pelo próprio indivíduo, como é o caso da população pediátrica, a obra é direcionada para todos os intervenientes para a promoção da saúde, nomeadamente a nível familiar e escolar, para que, direta ou indiretamente, todos sejam incluídos e participantes ativos nesta intervenção.

Para chegar às comunidades escolares de todo o país, o ICBAS associou-se à Missão Continente que incluirá o livro nos conteúdos do seu programa educativo (Escola Missão Continente), reforçando a mensagem da importância de uma alimentação e estilos de vida saudáveis às turmas do Pré-Escolar, 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico das escolas inscritas no programa. Este conteúdo estará também disponível no site da Missão Continente.

A educação para um consumo consciente e sustentável é um objetivo comum do trabalho do ICBAS e da Escola Missão Continente (Escola Missão Continente | Missão Continente), juntando as duas entidades no esforço de promoção do livro com o objetivo de fazer o mesmo chegar ao máximo de crianças e respetivos familiares e cuidadores.

 

Dia 7 de março
A Academia Mamãs Sem Dúvidas vai realizar no dia 7 de março, às 18h00, uma nova edição online do “Especial Grávida” por ocasião...

Com o objetivo de esclarecer as questões das futuras mamãs, na próxima sessão especialmente dedicada às mulheres que aguardam o nascimento do seu bebé a Mamãs Sem Dúvidas vai abordar três diferentes temáticas:

“Parto Humanizado: um direito da mulher”, com a intervenção da Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora da Academia Telma Cabral, para falar sobre este conceito relativo ao momento do parto que pressupõe uma assistência mais humana e acolhedora;

“O presente e o futuro das células estaminais”, com o contributo de Maria Costa, formadora do laboratório de criopreservação BebéVida, em que serão explicadas as vantagens da recolha e preservação dos tecidos e células estaminais do sangue do cordão umbilical do bebé no momento do nascimento do bebé;

“A Mulher depois da Maternidade”, último tema da sessão em que a Enfermeira Carla Pedro, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai abordar o que muda na vida da mulher com a chegada da maternidade.

A participação na sessão é gratuita, mas a inscrição é obrigatória. Ao participar, as grávidas presentes habilitam-se a receber um cabaz de produtos no valor de 200€, que inclui: uma mala Bioderma; um intercomunicador Miniland; um peluche Doodoo Babiage; uma bomba manual Nuvita e um conjunto de peluches Mascotes BebéVida. A vencedora será revelada no dia 8 de março, no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Para mais informações sobre a Academia Mamãs Sem Dúvidas, conteúdos informativos ou eventos consulte o website mamassemduvidas.pt .

 

Opinião
A lombalgia é uma condição muito frequente e uma das principais causas de incapacidade afetando o de

Quase todas as pessoas sofrerão de dores lombares. Segundo a Organização de Saúde cerca de 70% da população já teve ou terá alguma dor na coluna, sendo a faixa etária dos 35 aos 55 anos a mais atingida.

É uma condição multifatorial que pode estar associada a questões laborais, alterações anatomofisiológicas e psicossociais.

As lombalgias são um fenómeno com grande impacto nas atividades diárias do indivíduo, que se repercutem na vida familiar, laboral e social. Se tivermos em conta as estimativas de que todos os adultos terão eventualmente pelo menos um episódio de lombalgias durante a vida, entendemos porque é que esta sintomatologia representa a primeira causa de absentismo laboral na maior parte dos países industrializados.

A lombalgia é o termo usado para caraterizar uma dor na região lombar, portanto, é um sintoma e não uma patologia, significando, desta forma, que poderá estar presente em diferentes quadros clínicos. São habitualmente classificadas como agudas, subagudas ou crónicas consoante a duração das queixas.

A coluna vertebral é composta por vértebras, discos, ligamentos, nervos e músculos. Cada vértebra tem um disco, composto por uma porção gelatinosa envolto num anel fibroso e resistente, que atua como amortecedor. Possuem, também, duas articulações revestidas de cartilagem. Trabalhando em conjunto, os discos e as articulações permitem que a coluna se dobre e torça com segurança.

Os ligamentos são bandas fortes que mantêm as vértebras e os discos juntos. Os tendões prendem os músculos às vértebras. Essas estruturas ajudam a limitar o movimento excessivo. Torna-se evidente que todas as estruturas devem funcionar harmoniosamente para permitir movimento.

Em consequência das posturas e esforços desadequados, trabalho repetitivo, acidentes e quadros inflamatórios podem surgir alterações das estruturas anatómicas potenciando o surgimento das dores lombares.

No início, a sobrecarga pode causar, apenas, dores musculares, no entanto, a longo prazo, pode levar a um desgaste prematuro da coluna, causando hérnias de discais, artroses, discopatia e outros problemas.

A dor lombar leva, em muitos casos, à limitação da atividade laboral ou até mesmo ao absentismo com grandes consequências para a economia. São vários os estudos que apontam para os enormes custos em cuidados de saúde, acrescido dos cuidados indiretos relacionados coma ausência ao trabalho.

Determinar a causa da lombalgia pode ser um desafio, sendo necessário consultar um médico para que se possa determinar a história clínica e, se necessário realizar-se exames complementares de diagnóstico. Além disso, a prevenção e o controlo dos fatores de risco são fundamentais para o minimizar a incidência de dor lombar.

Torna-se, por isso, muito importante coadjuvar o acompanhamento médico com visitas regulares a um especialista na área de Osteopatia e/ou fisioterapia.

No que concerne à osteopatia, o especialista, avaliará a situação da pessoa, através do relato de sintomas e de um exame físico. Após a avaliação inicial proceder-se-á ao tratamento utilizando as técnicas mais adequadas ao quadro clínico de cada individuo. Desta forma, pode contribuir-se para redução das dores lombares favorecendo a manutenção da qualidade de vida e diminuindo o absentismo.

Quanto ao número e sequência de tratamentos, vai depender do caso e há quanto tempo está instalado o problema.

Embora não se possa parar o envelhecimento ou alterar sua determinação genética, as mudanças no estilo de vida podem ajudar a gerir e prevenir a dor lombar. Ter um estilo de vida saudável, estar consciente da posição mais correta durante as atividades do dia-a-dia, nomeadamente, ao levantar pesos, estar ativo, fortalecer os músculos paravertebrais e abdominais, se necessário, perder peso afim de dispor de uma compleição física global adequada e equilibrada, são alguns dos fatores que podem contribuir para minimizar a incidência de dores ou lesões lombares.

Conclui-se, assim, que a prevenção é uma mais-valia para as dores lombares tornando-se a Osteopatia uma excelente solução pois trata-se de um tratamento não invasivo, personalizado e sem recurso a fármacos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De março a novembro, em 13 cidades
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai dinamizar, de Março a Novembro de 2022, em 13 cidades...

Saber+2.0: Webinar Fibromialgia – quando o profissional é a terapêutica irá decorrer através da plataforma online Cisco Webex.

Estes eventos presenciais, que irão decorrer sempre à terça-feira, ora durante a manhã (9h-12h), ora durante a tarde (15h-18h), têm como intuito ser um ponto de referência para o debate, discussão e esclarecimento de dúvidas sempre com o intuito de empoderar os Enfermeiros e os estudantes de Enfermagem.

Em cada uma destas Reuniões Livres “queremos que os nossos colegas e futuros membros possam atualizar os seus conhecimentos ético-deontológicos para o exercício profissional da Enfermagem, partilhem as suas experiências no âmbito dos diversos contextos de prática clínica, que se querem de qualidade e seguros, e reflitam sobre possíveis ou efetivos constrangimentos éticos que têm vivido no exercício da profissão”, assinala Ricardo Correia de Matos sobre os objetivos desta iniciativa.

“A SRCentro convida todos os enfermeiros e estudantes de enfermagem a participarem nas Reuniões Livres, consoante a sua disponibilidade, para juntos, empoderarmos a Enfermagem!”, conclui o Presidente da SRCentro.

Aveiro, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Figueira da Foz, Guarda, Leiria, Lamego, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Seia e Viseu são os municípios que vão acolher as várias Reuniões Livres.

A SRCentro marca, assim, o caminho de regresso à normalidade, sendo necessário, contudo, o cumprimento das regras em vigor no decurso dos eventos em espaços interiores.

A participação em cada uma destas sessões é gratuita, apenas limitada à lotação de cada espaço, e atribui 0,40 Créditos de Desenvolvimento Profissional (CDP)

 

#SEXOCOMSENTIDO vai para o ar todas as 4as feiras, às 22h35
A websérie #SEXOCOMSENTIDO realizada pela Associação Abraço estreia hoje no Canal Q, a partir das 22h35. Durante 11 semanas,...

#SEXOCOMSENTIDO proporciona um ambiente descontraído aos convidados que falam de temas relevantes considerando a sua experiência pessoal, conduzidos pela sinceridade e descontração típicas de Beatriz Gosta.

O leque de convidados inclui nomes como Toy, António Raminhos, Sónia Tavares, Raquel Tillo, Pedro Crispim, entre outros.

Os episódios desta websérie vão abordar temas como fetiches, sexo oral, sexo lésbico, sexo entre homens, infeções sexualmente transmissíveis, viver com VIH e/ ou Hepatite B e C, profilaxia préexposição (PrEP) e pós-exposição (PPE), com muito humor à mistura.

O propósito desta websérie é garantir o empowerment, diminuir o estigma e a discriminação das pessoas que vivem com VIH e Hepatites Virais e disponibilizar mais informação que contribua para a redução do número de novas infeções.

Para além da emissão no canal Q, a websérie continua disponível no Youtube, Spotify e redes sociais da Associação Abraço.

 

 

Pela Breast Centres Network
A Unidade de Senologia do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) foi novamente reconhecida como Centro de Referência pela...

A Breast Centres Network é a primeira rede internacional de centros clínicos dedicados exclusivamente ao diagnóstico e tratamento do cancro da mama, sendo um projeto da European School of Oncology, com o objetivo de promover e melhorar os cuidados em cancro da mama, na Europa e no mundo.

De acordo com a Responsável da Unidade de Senologia, Lurdes Ramalho, este reconhecimento significa que” a nossa Unidade trabalha de acordo com os mais altos padrões de qualidade, e sempre apoiada numa metodologia multidisciplinar exemplar”. Relativamente ao futuro, “pretendemos manter a alta taxa de acessibilidade, rapidez no atendimento e orientação de todos os casos que sejam remetidos para a Unidade de Senologia”.

A Unidade de Senologia do CHBM efetua diagnóstico e tratamento cirúrgico de toda a patologia mamária, em ambos os sexos, com enfoque especial no cancro da mama e, ainda dedicados ao ensino e à investigação. O serviço desenvolve a sua atividade nas áreas da Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento e Cirurgia.

Nos últimos 2 anos, período dominado pela pandemia Covid-19, “a Unidade de Senologia manteve o seu rumo, mesmo no auge da pandemia, confiando nos seus profissionais e não perdendo nunca o seu foco principal, o doente, aumentando, mesmo na adversidade, os números de doentes recebidos, número de consultas, de sessões de Hospital de Dia e de doentes operados”, explica a Lurdes Ramalho. Em 2021, a Unidade de Senologia realizou 3.643 consultas, 2.024 sessões de Hospital de Dia, com um total de 227 doentes operados. Também no ano passado trabalhou em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, recebendo os doentes do rastreio efetuado nos concelhos abrangidos pelo CHBM.

 

 

4.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies”
A 4.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies” abriu candidaturas no dia 1 de março, com...

“É com grande satisfação que nos voltamos a juntar à APCL e à Gilead para estes projetos. Pela 4.ª vez, pretendemos encorajar a comunidade científica na investigação das doenças hemato-oncológicas malignas, porque acreditamos que a participação nestes projetos é uma mais-valia para o avanço da medicina”, refere João Raposo, presidente da SPH.

Todos os investigadores, nacionais ou estrangeiros, que estejam a desenvolver projetos em instituições portuguesas na área de investigação científica e/ou epidemiológica em neoplasias B de células maduras, podem candidatar-se à bolsa de investigação, até dia 31 de maio. São valorizados projetos de carácter interdisciplinar e de colaboração entre instituições, com foco no estudo das áreas de tratamento, diagnóstico, epidemiologia, qualidade de vida dos doentes e impacto a nível sociológico.

Para Manuel Abecasis, presidente da APCL, “a hemato-oncologia é das áreas oncológicas com maior taxa de sucesso de cura definitiva, para continuarmos a manter esses números é necessário continuar o estudo e investigação. Os estímulos à investigação científica em Portugal continuam a ser uma prioridade para a APCL, até porque essa é também uma forma de apoiar os nossos doentes, uma vez que é assim que se trilham os caminhos de descoberta de novos medicamentos”.

“A missão da Gilead é contribuir para um mundo com mais saúde para todos. Apoiar bolsas de investigação como esta, é um meio para atingir esse nosso objetivo. Acreditamos no valor da investigação científica desenvolvida em Portugal e temos grande expectativa relativamente aos trabalhos que serão apresentados nesta edição.”, refere Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal.

As candidaturas à 4.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies” podem ser enviadas para o email [email protected] até dia 31 de maio. Para mais informações pode consultar o regulamento no site da APCL.

 

ECR 2022 decorre de 02 a 06 de março
“TOGETHER, WORKING FOR YOUR HEALTH” – Juntos, estamos a trabalhar pela sua saúde. É este o mote que marca a presença da...

A primeira edição decorre exclusivamente online de 02 a 06 de março e irá trazer uma das grandes novidades no mundo Fujifilm. A 03 de março será apresentado oficialmente o equipamento de Ressonância Magnética totalmente aberto OASIS Velocity 1.2T, que já se encontra disponível para comercialização em Portugal.

Além disso, no dia 04 de março, Masaharu Fukumoto, Vice-Presidente Sénior, Diretor da European Medical, FUJIFILM Europe GmbH, e o Professor Michael Fuchsjäger, Chairman da ESR Board of Directors irão debater o futuro da Radiologia. “Levar a Radiologia para o próximo nível: multidisciplinaridade e tecnologias integradas para um melhor valor clínico” é o tema da conversa que analisará a abordagem multidisciplinar e o uso sinérgico de tecnologias nos novos projetos da Fujifilm, tendo em conta a expansão do novo portfólio de equipamentos médicos.

De recordar que desde 01 de setembro de 2021 que a Fujfilm Portugal detém total controlo das operações e soluções da Fujifilm Healthcare em território nacional. Este investimento traduz a forte aposta da FUJIFILM na sua área de negócios europeia de sistemas médicos, numa estratégia de crescimento da multinacional japonesa para se tornar líder nos setores de prevenção e diagnóstico em saúde na Europa.

 À parte do congresso, a Fujifilm irá ainda apresentar o equipamento de Ressonância Magnética ECHELON Smart Plus, com uma nova versão do sistema de automação SynergyDrive.

Também há novidades na série de ecógrafos ARIETTA, nomeadamente com a introdução da nova tecnologia cognitiva “DeepInsight” nos equipamentos ARIETTA 850 e ARIETTA 650.

A segunda edição do ECR 2022 marca o regresso ao evento de forma presencial, dado que irá decorrer em Viena, de 13 a 17 de julho. E a Fujifilm está a preparar algo especial: no stand, os visitantes poderão conhecer o novo portfólio integrado da Fujifilm e Fujifilm Healthcare nas áreas da Saúde da Mulher, Radiologia de Intervenção e Inteligência Artificial aplicada aos cuidados domiciliares.

Haverá ainda espaço para apresentar os novos serviços em sistema cloud, bem como as novidades do software Synapse, que permitirão disponibilizar uma assistência médica mais eficaz e centrada no paciente.

 

 

Projeto de literacia
No dia 9 de março de 2022, o Expresso associa-se à Sanofi para a 3.ª edição do evento Flu Summit, com o tema “Proteção para...

O evento vai ser divido em duas sessões, com alvos diferentes.

Uma primeira sessão dirigida ao público em geral e transmitida em direto pelo Facebook do Expresso, pelas 15h30, que contará com diversos convidados que nos falarão da importância da prevenção da gripe e de se investir na longevidade ativa, que será apresentada pela reconhecida jornalista Patrícia Carvalho, da SIC Notícias

Uma segunda sessão, com início às 16h, de acesso restrito a profissionais de saúde e a entidades sociopolíticas ligadas ao setor da saúde, que visa promover um debate mais aprofundado em torno dos seguintes temas: partilha de boas práticas de países como a Alemanha e a vizinha Espanha na prevenção contra a gripe; importância de uma abordagem multidisciplinar na prevenção da gripe e das suas complicações associadas, sobretudo na população mais vulnerável; reflexão sobre a Estratégia Nacional Contra a Gripe: recomendações e financiamento.

As epidemias anuais de Gripe continuam a ser um dos principais fatores de sobrecarga e pressão dos sistemas de saúde e dos profissionais de saúde, com enorme impacto financeiro e nos serviços, tornando este tema incontornável.

O FLU-SUMMIT é um projeto de literacia que pretende promover o debate e o conhecimento em torno das consequências da gripe para além da própria gripe, junto da população e das diversas entidades da área da saúde.

Qual o impacto da Gripe nos doentes, nas famílias e na sociedade? Como pode a população proteger-se e qual o papel da vacinação na prevenção? Qual a importância da prevenção nas pessoas a partir dos 65 anos? Ao longo deste evento, pretendemos abordar e dar resposta a estas e outras questões juntando as entidades mais relevantes do setor para debater e aprofundar estes temas.

 

Projeto de comunicação de ciência do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC)
Alertar para a problemática das doenças causadas pela falha de produção de energia no corpo humano é o objetivo do “Mit.OnOff”,...

Assente numa parceria bilateral entre a Universidade de Coimbra e a Universidade de Bergen (Noruega), este projeto visa criar um livro ilustrado, em português, inglês e norueguês, como ferramenta de literacia, de modo a sensibilizar a população para as doenças raras, em particular as que afetam as “centrais energéticas” das células humanas - as mitocôndrias. Estas doenças raras designam-se citopatias mitocondriais e são, por norma, desafiantes de diagnosticar e tratar. Um exemplo é a neuropatia ótica hereditária de Leber – LHON, uma forma de cegueira que afeta sobretudo jovens adultos e que, apesar de ser rara, é hereditária e tem um tratamento muito limitado, sendo considerada ainda incurável.

Assim, o “Mit.OnOff” centra-se «na sensibilização da população, de Portugal e da Noruega, para este tema, permitindo a amplificação da literacia em ciência e saúde», explica Manuela Grazina, líder de grupo do CNC e coordenadora do projeto.

«Espera-se ainda que a produção deste livro ofereça aos doentes um sentido de inclusão, dando-lhes visibilidade e influenciando a toma de decisões relativas à doença», acrescenta a também docente da Faculdade de Medicina da UC.

Este é um projeto que beneficia não só a população em geral, mas também a comunidade científica: «trata-se da construção de uma ferramenta que nos permite levar informação científica às pessoas e aproximá-las da ciência. Acreditamos que poderá ainda revelar-se um meio educativo em escolas, associações de doentes, instituições de prestação de cuidados de saúde e afins», conclui.

O desenvolvimento do livro arrancou no final do mês de fevereiro, com uma equipa multidisciplinar de investigadores, comunicadores de ciência e uma ilustradora. Durante um ano serão desenvolvidos materiais de divulgação para promover a sensibilização para as citopatias mitocondriais. O lançamento do livro está previsto para fevereiro de 2023, mês em que se celebra o Dia Mundial das Doenças Raras.

 

Aulas online
Nos dias 3, 14, 21 e 28 de março, às 18h00, a Academia Mamãs Sem Dúvidas vai realizar um novo ciclo temático, composto por...

As duas primeiras aulas acontecem nos dias 3 e 14 de março e vão ser centradas no plano do parto, enquanto uma ferramenta para o empoderamento da grávida, e no papel do acompanhante, respetivamente. Ambas as sessões vão ter o contributo da Enfermeira Telma Cabral, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora da Academia Telma Cabral.

Por sua vez, a aula de 21 de março vai ser dedicada ao empoderamento da mulher através da amamentação, sendo conduzida pela Enfermeira Carmen Pacheco, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora do projeto Mãe.

A última das quatro aulas do ciclo temático promovido pela Mamãs Sem Dúvidas realiza-se no dia 28 de março, com a participação da Enfermeira Sónia Ferreira, especialista em saúde materna e obstetrícia, para abordar a sexualidade na gravidez e no pós-parto.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória, devendo ser efetuada no site da Mamãs Sem Dúvidas aqui.

Também em março, a Academia Mamãs Sem Dúvidas vai realizar duas novas aulas no âmbito da iniciativa “Barrigas Ativas” que pretende incentivar a prática de exercício físico, adequado, durante a gravidez (em gravidezes sem riscos associados). No dia 2, às 18h30, a aula é de pilates, com Joana Rodrigues, fisioterapeuta e instrutora de Pilates, bem como fundadora do projeto Origem.fisio, enquanto que no dia 9, à mesma hora, a aula vai privilegiar exercícios de preparação para o parto, com Naida Moretti, Personal Trainer do Ginásio Ideal Korpus Porto. Embora a participação nestas aulas também seja gratuita, requer inscrição prévia aqui.

Para mais informações sobre a Academia Mamãs Sem Dúvidas, conteúdos informativos ou eventos consulte o website mamassemduvidas.pt .

 

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