Como exercitar o cérebro
Quando o cérebro humano se reorganiza para aprender algo novo, ele exerce a neuroplasticidade, que c

“Exercitar o cérebro permite ampliar e melhorar a forma dos neurónios, promovendo resultados benéficos para a saúde ao longo da vida e diminuindo as hipóteses de desenvolver doenças neurológicas”, informa o neurocientista Doutor Fabiano de Abreu Agrela.

Um exemplo dos benefícios preventivos da neuroplasticidade é a resposta dos tecidos cerebrais contra o coronavírus: “a proteína da Covid-19 se acopla aos astrócitos, que são células gliais que dão suporte aos neurónios. Elas possuem as mais diversas funções, entre elas estão proteção, energia e nutrição neural”, adverte Agrela. “O coronavírus prejudica o funcionamento dos astrócitos e consequentemente desencadeia perda de memória. Portanto, exercer a neuroplasticidade e fortalecer a saúde desses tecidos é um cuidado preventivo para os males do vírus”, afirma.  

O tecido do cérebro é maleável, podendo sempre melhorar conforme estímulos externos. Portanto, a adoção de hábitos saudáveis aliada a estímulos benéficos podem promover grandes benefícios para a saúde do tecido cerebral e do corpo como um todo.

 “A neuroplasticidade cerebral promovida mediante ao processo de aprendizagem condiciona não apenas uma boa saúde mental, como também diminui os danos de doenças que atacam as células neuronais”, constata o neurocientista professor e pesquisador da Universidad Santander. Exercitar o cérebro permite ampliar e melhorar a forma dos neurônios, promovendo resultados benéficos para a saúde ao longo da vida e diminuindo as chances de desenvolver doenças neurológicas.

 Um estudo feito pela cientista Marian Diamond constatou que Einstein tinha mais células gliais por neurónio que a maioria das pessoas, fator relacionado com a sua inteligência: “logo, as pessoas mais inteligentes têm neurónios maiores e podem ter mais células gliais para que deem um melhor suporte”, pontua o PhD em neurociência, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Redilat, rede de cientistas latino-americanos Fabiano de Abreu Agrela.

 Além disso, o neurocientista destaca que hábitos como uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos, boas noites de sono e também o controle do stress e da ansiedade podem beneficiar o funcionamento dos neurónios e garantir tecidos mais saudáveis para responder contra a ação de agentes nocivos como os exemplos abaixo:

  1. Alimentação - Estamos cansados de saber que dietas como a japonesa e a do mediterrâneo ajudam nesta neuroplasticidade.  
  2. Exercícios físicos - Sim, há uma libertação de neurotransmissores que ajudam no processo de memorização, crucial para a neuroplasticidade.  
  3. Dormir de noite e não de madrugada - Começamos a libertar melatonina, neurotransmissor crucial para o "reset" do cérebro ao anoitecer, sua produção mais intensa acontece das duas às quatro da madrugada. Durante o sono ocorre, no sistema nervoso central, uma limpeza de substâncias nocivas como as beta-amiloides. No hipocampo as memórias são recolhidas provisoriamente durante a noite e depois vão para o lobo frontal, onde se dá a escolha entre o que interessa ou não guardar, armazenando as escolhidas através de ondas do sono profundo, para o córtex cerebral onde são armazenadas. O sono lento e profundo ajuda a consolidar o que se aprendeu.
  4. Auto-observar-se - observar atentamente os seus pensamentos, sentimentos e sensações corporais.
  5. Procure as perguntas e não as respostas – Elas são melhores para que explore o conteúdo mais completo enquanto as perguntas são mais bem definidas e a emoção na expectativa é ilimitada até que a resposta a limita.  
  6. Faça o oposto – Se está mal, troque, mude o seu ponto de vista, mas não apenas isso, mude a mão que escova os dentes, ande de costas, inverta as mãos no teclado, mude os exercícios físicos. Obrigue o seu cérebro a trabalhar em novas vertentes já que fazer a mesma coisa consolida o modo automático do cérebro.  
  7. Controle a ansiedade – A ansiedade aciona o sistema simpático do corpo, alterne acionando o sistema nervoso periférico para tirar o foco da ansiedade, como faz isso? Mexendo em partes do corpo como pés, nádegas, coxas, braços, aperte com vontade e sinta. Pense em palavras que te tragam pensamentos relaxantes, uma palavra já te leva a outra atmosfera mental. Mude o pensamento, revertendo-o para o que não te traga ansiedade.  
  8. Metas alcançáveis - Tenha metas em que sua capacidade as faça alcançar. É melhor ter milhares de metas alcançáveis do que uma só impossível que possa te frustrar caso não a conquiste. As metas são motivos de vida e te levam a procurar conhecimento para conquistá-las.
  9. Estímulo intelectual – Ler, estudar, escrever trabalhos com pesquisas, fazer resumos, aprender música, novos idiomas e áudios e vídeos que tragam conhecimento são menos eficazes, mas é melhor que nada.  
  10. Arte e dança - Isso mesmo, dance, ou pinte um quadro, que tal desenhar o que aprendeu? Explore seu lado artista, afinal, Leonardo da Vinci foi um génio.
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Minimizar as dificuldades e obstáculos que o Cuidador Informal enfrenta diariamente
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Câmara Municipal de Coimbra estabelecem protocolo de cooperação na área dos...

Promover programas e projetos de âmbito educacional na área dos Cuidados Continuados e Paliativos e Solidariedade Social é o objetivo de um protocolo de cooperação assinado hoje pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o Município de Coimbra.

Esta é uma parceria que irá envolver o Núcleo Universitário de Voluntariado dos Estudantes de Medicina (NUVEM), levando-os a apoiar o pelouro da Ação Social da Câmara Municipal de Coimbra na implementação e promoção de programas e projetos de âmbito educacional na área dos Cuidados Continuados e Paliativos e Solidariedade Social.

Através desta parceria de cooperação serão implementadas ações com vista a contribuir para minimizar as dificuldades e obstáculos que o Cuidador Informal enfrenta diariamente, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida. O projeto pretende ainda implementar ações de capacitação e formação para o desenvolvimento de competências de cuidar, no âmbito de um plano de intervenção específico.

Com uma forte componente pedagógica este é um projeto que para Marília Dourado, coordenadora do Centro de Estudos e Desenvolvimento dos Cuidados Continuados e Paliativos (CEDCCP), irá permitir que os jovens estudantes de medicina, durante a sua formação, tomem contacto com aquela que é a realidade de pessoas que, pela sua condição social, familiar, de saúde ou pela idade, apresentam diferentes necessidades de apoio: “Promover este tipo de relação não só irá ajudar os futuros médicos a conhecer a realidade de quem precisa de apoio como ajudá-los a conhecer melhor a Pessoa Humana, a perceber o seu papel na sociedade e a desenvolver a empatia, e a aptidão para cuidar, promovendo também a inserção daquelas pessoas na sociedade, tornarem-se socialmente mais responsáveis. Tal como disse um dia William Osle, considerado um dos ícones da medicina moderna: o bom médico trata a doença, mas O grande médico trata a pessoa doente”, acrescenta.

Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra considera que as relações médico-doente e a solidariedade são dois importantes aspetos no que toca à formação de médicos: “ao colocar os estudantes em contacto direto com a realidade vivida pelas pessoas com as mais variadas limitações estaremos a contribuir decisivamente para o desenvolvimento de competências sociais, comportamentais, relacionais e de empatia que são fundamentais para o desempenho daqueles que serão os futuros médicos”.

Este é um projeto que irá incidir em dois tipos de apoio: por um lado procura apoiar e ajuda o Cuidador Informal que presta assistência a alguém que, pela sua idade ou como resultado de uma condição crónica, tem um grau de incapacidade variável, que o impede de realizar todas as ações necessárias a uma existência humanamente digna, por outro lado irá contribuir para apoiar socialmente as pessoas que se encontram numa situação de solidão.

De 16 a 18 de março
“Psicologia em Jogo” é o tema da 10ª edição dos “Dias da Psicologia”, um evento anual organizado pela Faculdade de Educação e...

O primeiro dia, 16 de março, contará com a presença de Isabel Braga da Cruz, presidente da Católica no Porto, para a sessão inaugural, seguindo-se o debate “Psicologia, Excelência e Performance” com Ana Bispo Ramires (Comité Olímpico de Portugal). Ainda no mesmo dia haverá uma mesa-redonda intitulada “Ossos do ofício” com a participação dos atletas João Brenha (voleibol), Marco Caneira (futebol) e Catarina Monteiro (natação). E ainda os workshops “Gestão de stress em contexto desportivo”; “Treino de Competências Psicológicas – O caminho para a excelência!”; “Stop, breathe and go for it! You Can do It!” – Estratégias de Intervenção e Gestão Emocional em Contexto Desportivo” e “Psicologia do Desporto, Performance e Coaching”.  

A 17 de março, haverá o tradicional “Café Com Psis”, que conta com testemunhos de psicólogos e posteriormente a sessão Zoom in Zoom out - apresentação dos mestrados. A sessão “Na desportiva”, organizada pelos Alumni da Faculdade de Educação e Psicologia, Diogo Resende e Rúben Araújo, é uma conversa que conta com a presença de Catarina Morais, docente e investigadora da FEP-UCP; Rafael Albuquerque; ex-atleta, treinador de guarda-redes da equipa de Sub19 do FC Porto e Coordenador do Departamento de guarda-redes da formação do clube; Pedro Assis, psicólogo do FC Porto e formador na ReConstruir, e Jorge Silvério, psicólogo da seleção nacional de futsal, bicampeão da europa e campeão do mundo.  

A manhã do dia 18 de março será aberta às escolas secundárias e os participantes terão a oportunidade de assistir a uma aula de introdução às neurociências e realização de experiências no Human Neurobehavioral Laboratory (HNL) da Faculdade de Educação e Psicologia. Realizar-se-á também o 9º fórum para psicólogos escolares, dirigido a profissionais de psicologia cuja sessão terá como tema “Relação entre desenvolvimento de carreira e sucesso académico". O dia fechará com as sessões “CUP Morning” para debate de estudos de caso com docentes de psicologia, e “À conversa com… Manuel Serrão”. 

Associação conta todos os anos com o apoio dos que consignam 0,5% do imposto
Em 2021, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) apoiou mais de duas mil pessoas e famílias a avançarem no seu projeto de...

“Sabia que já pode fazer a consignação prévia do IRS?” É desta forma que a APFertilidade arranca com mais uma campanha de apelo a este ato solidário simples e sem custos para o contribuinte e que deslocaliza parte do imposto já liquidado ao Estado a instituições particulares de solidariedade social como a associação, através da indicação do NIF (507 724 216) no campo 1101 (quadro 11), do Modelo 3 da declaração.

A campanha decorre entre 15 de março e 30 de junho, último dia para a entrega do IRS, através do Portal das Finanças. Durante este período, a associação vai apelar à consignação do imposto junto dos contribuintes no seu site, redes sociais e contato com os seus associados e parceiros.

“Desde que iniciámos este apelo, que a APFertilidade é surpreendida de forma muito positiva pela generosidade não só dos associados como dos restantes contribuintes. Este apoio é um reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos há quase 16 anos e que queremos continuar junto dos que recorrem à nossa orientação e aconselhamento. A associação recebe diariamente a confiança destas pessoas e é nosso objetivo continuar a merecê-la”, afirma Cláudia Vieira, presidente da APFertilidade.

Desde 2006 a apoiar, informar e a esclarecer os que lutam pela sua fertilidade, a “associação pretende que a consignação do IRS reforce a capacidade de desenvolver projetos e iniciativas que continuem a colocar esta questão em destaque junto dos órgãos decisores e a dar voz aos que procuram a sua ajuda”, sublinha a responsável.

 

 

Alimentação, atividade física e qualidade do sono
O sucesso de um tratamento de perda de peso depende da adoção de várias estratégias focadas na alter

A mudança dos comportamentos, embora não seja uma intervenção em si, é um método para modificar os hábitos alimentares, atividade física ou outros hábitos que possam estar a contribuir para o excesso de peso e obesidade.

Existem algumas técnicas que auxiliam o aumento da consciencialização e alteração de comportamentos, que incluem:

Auto-monitorização

A auto-monitorização é a observação sistemática e registo dos comportamentos e resultados. As ferramentas de auto-monitorização incluem:

  • Diário Alimentar - Registar todos os alimentos e quantidades que são ingeridos
  • Registos de atividade física - Registar a frequência, duração e intensidade do exercício
  • Escalas de peso ou medidas de composição corporal - Pesar-se com alguma frequência sempre nas mesmas condições.

Embora nem sempre seja preciso registar os comportamentos de dieta e exercício, o objetivo principal da auto-monitorização é aumentar a consciência dos comportamentos e dos fatores que os influenciam de forma positiva ou prejudicial no controlo do peso.

Estudos demonstram que a auto-monitorização consistente está associada a melhores resultados nos tratamentos e os pacientes relatam que é uma das ferramentas mais úteis na gestão da obesidade.

Controlo dos estímulos do ambiente

O controlo dos estímulos envolve a identificação e alteração dos fatores ambientais que possam estar associados aos excessos. Ao mudar os ambientes individuais, os pacientes podem ter mais sucesso para sustentar os comportamentos de controlo de peso.

O controlo dos fatores associados a excessos ou a um estilo de vida sedentário pode ser útil para a manutenção a longo prazo, pois a exposição a esses fatores pode resultar em recaídas.

Sugestões para os pacientes poderem implementar esta estratégia:

  • Fazer refeições apenas sentado à mesa sem assistir a televisão ou outras distrações
  • Comprar apenas os alimentos que se encontram dentro da lista do que pode comer
  • Não ter alimentos em casa que saiba que não consegue resistir ou que possam causar compulsão
  • Se tiver eventos sociais, comer algo saciante antes de sair de casa de forma a controlar o apetite quando for exposto a alimentos menos saudáveis
  • Preparar antecipadamente o saco/roupa de exercício para o dia seguinte
  • Se não conseguir ir por vontade própria ao ginásio, marcar sessões com um personal trainer para ter esse compromisso
  • Quando comer fora estar preparado para pedir adaptações no acompanhamento do prato caso não exista nenhum adequado à dieta

Os pacientes devem trabalhar em conjunto com a nutricionista para desenvolver estratégias práticas e individualizadas no controlo dos estímulos, que se ajustem ao seu dia-a-dia.

Reestruturação cognitiva

A reestruturação cognitiva consiste na identificação de “pensamentos automáticos” negativos sobre si próprio que possam estar a prejudicar o alcance dos seus objetivos e a mudar ativamente o seu diálogo interno.

Pensamentos como:

  • “Eu não consigo perder mais de _kg”
  • “Eu não consigo emagrecer porque….”
  • “Eu não consigo viver sem comer….”
  • “Eu não emagreço porque tenho o metabolismo lento”

Todos nós temos crenças limitantes que são apenas suposições sobre a realidade que não são verdadeiras.

É importante identificar este tipo de pensamentos e crenças que possam estar fortemente enraizadas e que acabam por condicionar os nossos comportamentos, acabando por racionalmente desconstruí-las e refutá-las. O aumento da consciência destes pensamentos ajuda a responsabilizarmo-nos pelas nossas próprias escolhas, que podem estar a prejudicar a nossa perda de peso.

Gestão do stress

Como o stress é um dos principais desencadeadores de recaídas e excessos, é crucial adquirir estratégias para o reduzir e controlar. A prática de exercício físico, meditação e respiração diafragmática são algumas das técnicas que pode utilizar, no entanto qualquer atividade que o ajude a relaxar poderá ser uma boa opção, como um banho quente, ir caminhar junto à praia, ver um filme ou ver o pôr do sol.

Apoio social

Ter uma rede de apoio num tratamento de perda de peso pode significar a diferença entre o sucesso e o insucesso. As pessoas com níveis mais elevados de apoio social tendem a ter mais sucesso a atingir e a manter a perda de peso idealizada. O apoio social pode advir da inclusão da família ou amigos desde o início do tratamento como fonte de motivação, partilha e ajuda. A participação em programas comunitários ou envolvimento em atividades sociais externas que promovam hábitos saudáveis também podem ser muito positivas.

Atividade física

Manter um estilo de vida ativo que inclua a prática de exercício físico durante e após um tratamento de perda de peso é fundamental. O exercício físico para além de nos ajudar a queimar calorias no momento em que é realizado também nos ajuda a aumentar a taxa de metabolismo basal, que são as calorias que gastamos em repouso. O aumento da massa muscular ajuda-nos a queimar mais calorias e a manter o peso perdido. São também inúmeros os estudos que demonstram a importância do exercício na saúde mental e gestão de stress.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados do RepScore™
A Consultora OnStrategy apresenta os resultados do estudo de relevância em Responsabilidade Social Corporativa das marcas com...

Este trabalho é desenvolvido de forma contínua ao longo do ano e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), avaliando os atributos associados à notoriedade, admiração, relevância, confiança, preferência e recomendação.

Numa escala de 100 pontos, e entre mais de 50 setores de atividade, este estudo regista apenas 17 marcas no nível de excelência (mais de 80 pontos) e volta a destacar as marcas associadas ao setor da saúde, que registam os melhores índices em dois anos consecutivos no cenário de pandemia, tais como o Hospital de São João, no topo da tabela, com 85,8 pontos, seguido do Hospital de Santa Maria com 85,7 pontos.

Seguem-se a Pfizer (85,4 pts), a Delta (84,9 pts), CUF (84,5 pts) e o Hospital da Luz (83,6 pts).

As Farmácias Portuguesas registaram 82,9 pontos e a Cruz Vermelha 82,6 pontos.

A Nestlé conquistou 81,7 pontos e a meio da tabela, com 81,2 pontos, encontra-se a Fundação Champalimaud.

O Hospital de São José registou 80,8 pontos e o Hospital Egas Moniz 80,6.

Seguem-se o Banco Alimentar (80,5 pts), o grupo Lusíadas Saúde (80,5 pts), a Santa Casa da Misericórdia (80,5 pts) e a UNICEF (80,2 pts).

Pedro Tavares, Partner e CEO da OnStrategy refere, “ao analisarmos os resultados deste índice em conformidade com as normas ISO20671 e ISO10668 que consolida os atributos de admiração, relevância, confiança, apoio aos cidadãos, apoio a causas nobres, proteção ambiental, promoção de conhecimento e educação, e influência positiva na sociedade das marcas junto dos cidadãos em Portugal, verificamos que o ano de 2021 voltou a destacar o setor da saúde com um conjunto de marcas que recolheram as melhores avaliações sobre a sua atuação e consequentemente sobre a reputação das mesmas na dimensão de Responsabilidade Social Corporativa (Governo, Cidadania e Ambiente de Trabalho)”.

O mesmo responsável adianta ainda que: “no cenário de pandemia que vivemos há dois anos não é estranho que o setor da saúde seja o mais exposto e que as suas marcas voltem a ser as mais relevantes e melhor consideradas e avaliadas pelo esforço, dedicação e resultados da sua atividade”.

Por fim, Pedro Tavares conclui que “a pandemia veio mudar e as motivações e preocupações dos cidadãos, e nesse sentido as marcas dos outros setores de atividade têm um novo desafio sobre a forma de atuar e de serem mais relevantes sendo uma das vias a construção de pontes com o setor da saúde”.

"Neuroanatomia das cores"
O Neurocientista Fabiano de Abreu explica como o cérebro humano percebe as cores, e discorre sobre a sua capacidade de...

O ser humano aprende sobre as cores ainda na infância. Durante o período de alfabetização, as crianças, por meio de atividades que envolvem tinta, lápis de cor e muita diversão, passam a identificar quais são as cores primárias, as secundárias, e quais cores surgem a partir da mistura de uma com a outra.

Para muitos, esse conhecimento acaba por ficar por esse patamar, porém, o assunto já se tornou uma ciência, denominada colorimetria, que engloba o conjunto de tecnologias envolvidas na investigação física do fenómeno de perceção de cores pelos seres humanos. A partir daí, os pesquisadores da área puderam atestar que o propósito das cores vai muito além da estética.

Seguindo esse raciocínio, o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela desenvolveu um artigo sobre o funcionamento desse processo de captação e perceção das cores pelo cérebro humano. Intitulado "Neuroanatomia das cores", o estudo científico foi publicado no volume 6, número 1 da Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, iniciativa da Asociación Latinoamérica para el avance de las ciencias.

De acordo com a pesquisa de Abreu, as cores apresentam-se na presença de luz, da sua frequência e oscilação, e vão para as retinas. Dessa forma, o córtex visual indica qual cor o indivíduo está vendo. Ele explica também que as formas como as cores são percebidas estão relacionadas com luz e com as suas ondas eletromagnéticas, que refletem nos objetos e chegam aos olhos humanos.

Por fim, o neurocientista discorre sobre as diferentes influências das cores, ainda que inconscientes, no comportamento do ser humano, além de despertarem uma quantidade de sensações e emoções. De uns tempos para cá, esse fenómeno tem sido cada vez mais estudado e analisado por diversas áreas da comunicação, como Marketing e Publicidade e Propaganda, evidenciando a importância do estudo sobre as cores.

Link do artigo: https://ciencialatina.org/index.php/cienciala/article/view/1731

 

EMA aprova atualizações do Resumo das Características do Medicamento (RCM)
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) procedeu a uma atualização do Resumo das Características do Medicamento (RCM) para...

“A decisão da EMA de incluir evidência de mundo real do tratamento em doentes adultos no RCM de nusinersen representa uma rara distinção, que reflete o contínuo compromisso da Biogen em providenciar aos médicos informação de alta qualidade para os apoiar na decisão terapêutica na Atrofia Muscular Espinhal”, refere Rita Lau Gomes, Diretora Médica da Biogen Portugal. “Estes dados fornecem mais confiança aos médicos em relação à efetividade e segurança de nusinersen para tratar indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal, seja qual for a idade ou o estadio da própria doença.”

Os novos dados apresentados demonstram que o tratamento com nusinersen melhorou ou estabilizou a função motora, a função dos membros superiores e a marcha em alguns adultos com Atrofia Muscular Espinhal com início tardio (nomeadamente com SMA tipo 2 e 3). Os resultados de segurança nesta coorte de adultos foram consistentes com o perfil conhecido de nusinersen e com as comorbilidades associadas à doença subjacente. A efetividade de nusinersen em adultos é ainda demonstrada por uma meta-análise independente recentemente publicada, e que concluiu que a melhoria da função motora pode ser observada numa ampla faixa de indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal tipo 2 e tipo 3 durante um período de observação de 10 a 14 meses.

Adicionalmente, a nova atualização do RCM inclui algumas orientações para os médicos prescritores de como ajustar o esquema posológico de nusinersen no caso de um doente falhar ou precisar de adiar o tratamento devido ao impacto da COVID-19 ou outras circunstâncias. Nos últimos dois anos, a pandemia causada pela COVID-19 interferiu nos tratamentos previstos para alguns doentes com Atrofia Muscular Espinhal quando os hospitais tiveram de alterar alguns dos seus protocolos e procedimentos.

Nesse sentido, a EMA aprovou informação adicional no RCM indicando que, se um doente falhar uma dose de carga ou de manutenção de nusinersen, o esquema posológico deve ser ajustado para restaurar os níveis do medicamento para os esperados caso não houvesse interrupção do tratamento.

A EMA aprovou ainda a remoção do triângulo preto invertido da rotulagem de nusinersen, em linha com outros medicamentos que demonstraram dados de segurança consistentes ao longo de cinco anos.

Estudo
Um estudo pioneiro, avaliou retrospetivamente mais de 5 mil doentes do Reino Unido que utilizaram cateteres intermitentes....

A recorrência de infeções do trato urinário é um dos principais problemas enfrentados. A utilização de técnicas e produtos adequados é essencial para melhorar a segurança das pessoas com disfunções do trato urinário.

Os cateteres são pequenos “tubos” que precisam de ser inseridos na uretra. Para que seja mais fácil a sua introdução, podem ser revestidos com produtos específicos. Há dois tipos de cateteres revestidos no mercado, o cateter pré-lubrificado e o cateter hidrofílico. Este estudo demonstrou que há diferença na ocorrência de ITUs de acordo com o tipo de cateter usado, uma conclusão importante para quem utiliza diariamente estes dispositivos.

As disfunções miccionais atingem pessoas com as mais variadas patologias e lesões, como é o caso das lesões medulares. Existem diversos fatores que contribuem para a retenção urinária nomeadamente: a obstrução do trato urinário, o enfraquecimento do músculo da bexiga ou complicações neurológicas. A obstrução do trato urinário pode ser sinal de doenças como hiperplasia prostática benigna, uma doença caracterizada pelo aumento de volume da próstata, que resulta na obstrução da uretra.

A empresa B. Braun, que, no âmbito do dia Mundial da Incontinência Urinária, alerta para este risco, dispõe de uma gama de cateteres leves – Actreen ® Hi-Lite – que podem ser dobrados e guardados dentro de uma bolsa discreta fornecida em cada caixa. São convenientes, uma vez que dispõem de duas opções de abertura adaptadas ao nível de destreza manual; disponibilizam o sistema “No touch”, com duas opções que permitem evitar tocar no cateter durante a utilização, prevenindo possíveis infeções.

 

 

 

A empresa de Oliveira de Frades obteve a certificação internacional que permite comercialização
A Pantest recebeu a certificação europeia que permite a comercialização dos testes de gravidez produzidos pelo laboratório...

Esta aprovação foi reconhecida pelo Conselho Europeu, após avaliação da qualidade do dispositivo médico. É o primeiro teste de gravidez produzido por uma empresa portuguesa que obtém esta certificação internacional. A licença permite à Pantest exportar para todas as farmácias da comunidade europeia. 

A Pantest prepara-se para colocar nas farmácias portuguesas e europeias, mais um teste rápido, destinado a ser utilizado pelo consumidor final e não apenas por um profissional de saúde.

De acordo com os dados da Agência Americana Data Market Forecast, o mercado dos testes rápidos de gravidez na Europa registou em 2021 um volume total de cerca de 7,1 milhares de milhões de euros, prevendo-se um crescimento de aproximadamente 4,3% até 2030.

Com a autorização de venda destes testes em farmácia, a Pantest espera um aumento do seu volume de negócios em mais de 30%, considerando que “face à dimensão do mercado português, temos condições para numa situação normal, isto é, sem pandemia, tornar Portugal autosuficiente na produção tipo de testes, evitando as atuais importações produzidas em países fora da UE, como a China. Isto ajudará a tornar o país mais resiliente a instabilidades que possam acontecer internacionalmente”, referiu Catarina Almeida, Presidente do Conselho de Administração da Pantest. “Esta certificação é uma excelente notícia para a Pantest e estamos muitos felizes com mais esta distinção que vem reforçar a qualidade dos testes da Pantest”, reforça Catarina Almeida. 

Os testes de gravidez da Pantest chegarão às farmácias portuguesas até ao final de março.

 

 

Tema será debatido na Happy Conference
O confinamento e distanciamento impostos pela pandemia de Covid-19 teve um forte impacto na saúde mental da população, com...

O ambiente de trabalho influencia a saúde mental dos colaboradores, sendo reconhecido que as empresas que promovam o bem-estar e o equilíbrio das suas equipas reduzem o absentismo, aumentam a produtividade, o que influencia diretamente os resultados económicos.

Em 2020, apenas 52% dos países membros da OMS cumpriram a meta relativa aos programas de promoção e prevenção de saúde mental, muito abaixo da meta de 80%, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde.

A saúde física, mental e relacional no local de trabalho e a forma como as empresas e os seus líderes podem promover o bem-estar das suas equipas será o tema em destaque na Happy Conference, uma das maiores conferências na área de liderança e desenvolvimento humano, que terá lugar em Lisboa, a 29 de março.

“O principal ativo das empresas são os seus colaboradores e a forma como estes se sentem comprometidos e envolvidos tem um impacto direto na sua produtividade. Com esta conferência, queremos promover e partilhar boas práticas e estratégias que permitam às empresas criar ambientes felizes e saudáveis. Este é um compromisso social que todos os líderes deveriam assumir”, defende Carlota Ribeiro Ferreira, CEO da WIN World, entidade promotora da iniciativa.

O evento, que conta com a participação de Antonija Pacek, Amy Bradley, Minnie Freudhental, Sofia Couto da Rocha e Felipe Gomez, propõe aos participantes uma experiência imersiva e formativa, onde serão partilhados conceitos, estratégias e ferramentas úteis à construção de organizações mais saudáveis e felizes.

Mais informações disponíveis em: www.happycorporationssociety.com.

 

Dados da pandemia
Em dois anos de pandemia, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou cerca de 980 milhões de euros em medidas de reforço à...

Este é o balanço feito pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que refere que cerca de 295 milhões de euros foram para comprar equipamentos de proteção individual e cerca de 346 milhões de euros para financiar os testes para deteção do SARS-CoV-2. No que respeita a vacinas, o SNS gastou cerca de 327 milhões de euros e para os serviços de suporte à vacinação cerca de nove milhões.

De salientar que, além destes custos, há ainda os que resultam de contratações, prestações de serviço e horas extra feitas pelos profissionais de saúde.

 

 

“Tornar-se profissional num mundo global e em mudança” é o tema desta edição
Entre os dias 14 e 17 de março, realiza-se a IV Semana da Psicologia e Educação na Universidade Portucalense (UPT), em formato...

“Conscientes que a obtenção de sucesso num mundo em rápida transformação exige, mais do que nunca, o domínio de competências académicas, pessoais e interpessoais, bem como uma atualização constante e adaptação a novos contextos e desafios, torna-se, pois, fundamental reconhecer estas mudanças para informar e desenhar trajetórias académicas e profissionais ajustadas às necessidades do mercado de trabalho”, afirma Alexandra Araújo, Diretora do Departamento de Psicologia e Educação da UPT.

A IV edição do evento conta com conferências e mesas plenárias, em que será discutida a distância ou a proximidade existente entre o que os estudantes aprendem no Ensino Superior e o que os contextos de trabalho exigem na atualidade. O programa é, ainda, enriquecido com a realização de workshops.

No dia 17, realiza-se, via zoom, o XIII Encontro Científico de estudantes de Mestrado, que contará com a apresentação e discussão de trabalhos inovadores em contexto académico e prático da licenciatura em Educação Social e de investigação de estudantes de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde, Administração e Gestão da Educação e Ciências da Educação

Pode consultar o programa aqui.

 

 

Condição está subdiagnosticada
A incontinência urinária é definida pela International Continence Society como a perda involuntária

Afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, pelo que a Organização Mundial de Saúde identificou esta patologia como um problema major de saúde pública sendo necessário sensibilizar a população para a importância de tratar esta doença. A incontinência urinária atinge cerca de 35% das pessoas com mais de 60 anos, sendo 2 vezes mais comum nas mulheres que nos homens, e a sua frequência aumenta com a idade, estimando-se que 50-85% dos idosos que residem em lares sofram desta patologia.

A pouca importância atribuída à patologia, considerada um “problema normal da idade” e o constrangimento em reportá-la podem estar na base do problema que se prende com o facto de apenas 5% dos indivíduos que apresentam sintomas de incontinência terem o diagnóstico e destes só cerca de 25% procuram ou recebem tratamento.

Tipos de incontinência e sintomas

Na verdade, não se deve falar em incontinência, mas sim incontinências, pois existem diversos tipos. A incontinência urinária é frequentemente classificada em três tipos principais: incontinência de urgência, incontinência de esforço e incontinência mista (quando ambos os tipos estão presentes).

Outros tipos incluem a enurese noturna (urinar a dormir), incontinência urinária contínua, incontinência insensível, incontinência postural e incontinência por extravasamento. Todas estas têm causas, métodos de diagnóstico e tratamento diferentes, pelo que carecem sempre de uma cuidada avaliação médica.

As circunstâncias em que a incontinência ocorre e os sintomas associados variam consoante o seu tipo. Na incontinência de esforço, a perda ocorre associada a esforços (por exemplo no contexto de tosse, um espirro, movimentos ou esforços). É típica das mulheres de meia-idade, multíparas ou submetidas a cirurgias ginecológicas, mas também pode ocorrer nos homens submetidos a cirurgia prostática. Na incontinência de urgência, a perda involuntária de urina está associada a uma súbita necessidade de urinar. Este tipo de incontinência está integrado num conjunto mais vasto de sintomas, designados de bexiga hiperativa, que se caracteriza por urgência miccional, com ou sem incontinência, normalmente associada a frequência urinária aumentada diurna e noturna. Na incontinência mista, ambos os tipos de sintomas estão presentes podendo variar a sua intensidade.

A presença de sangue na urina, a dor e a má resposta aos tratamentos são alguns dos sinais de alarme para a possibilidade de a incontinência ser secundária a doenças mais graves, nomeadamente o tumor da bexiga.

Fatores de risco e Prevenção

A incontinência urinária é um sintoma que, nas mulheres, está frequentemente relacionado com a diminuição da função dos músculos pélvicos. Fatores de risco importantes e comuns são a

gravidez e os partos por via vaginal, sobretudo traumáticos, bem como o estado de pós-menopausa. A incontinência pode igualmente associar-se a prolapso de órgãos pélvicos (bexiga, reto ou útero “descaídos”), a cirurgias pélvicas e à obesidade. Nos homens, a hiperplasia benigna da próstata e as cirurgias prostáticas estão frequentemente envolvidas.

Tanto em homens como em mulheres, outros tipos de doenças podem estar na origem ou contribuir para o agravamento da incontinência urinária - são exemplos as infeções urinárias, diabetes, insuficiência cardíaca ou doenças neurológicas. Estas últimas são responsáveis por uma percentagem significativa das incontinências difíceis de tratar e que carecem de maior atenção. O tratamento ou controlo desses fatores pode ajudar a prevenir a incontinência. São exemplos o controlo de peso, hábitos de vida saudáveis, a ginástica pré-parto e o controlo das doenças concomitantes.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é habitualmente fácil e quase sempre feito pela história clínica e pelo exame objetivo do doente, apoiados por exames simples, sendo que avaliações mais complexas reservam-se para casos complicados. Após o diagnóstico, a avaliação do impacto na qualidade de vida é um ponto crítico para a planificação da estratégia terapêutica.

A incontinência urinária tem tratamento em 85% dos casos, pelo que é essencial quebrar o tabu e a vergonha ligada a este problema e incentivar os doentes a consultar o médico. O tratamento desta patologia é muito variado e faseado. Revestem-se de particular importância os tratamentos conservadores, que devem estar sempre presentes em todas as fases da doença. Estes incluem mudanças do estilo de vida e reabilitação do pavimento pélvico (fisioterapia pélvica).

As mudanças do estilo de vida passam por alterações alimentares (evitar alimentos picantes, álcool, café, chá, bebidas gaseificadas) e treino vesical em doentes com incontinência de urgência; gestão de líquidos ingeridos; regularização da função intestinal - tratar a obstipação - e perda de peso.

A reabilitação do pavimento pélvico é utilizada para melhorar o seu suporte muscular e é efetuada com recurso a exercícios do pavimento pélvico. Os programas de reabilitação devem ser supervisionados e dirigidos por profissionais de forma a otimizar os resultados.

Como complemento aos tratamentos conservadores, existe para a incontinência de urgência e bexiga hiperativa o tratamento farmacológico (em comprimidos), que melhora os resultados. Nos casos em que não se alcança o resultado desejado, pode-se recorrer a técnicas cirúrgicas minimamente invasivas (injeção de toxina botulínica ou neuromodulação de raízes sagradas). A incontinência de esforço, quando não é possível ser tratada com medidas conservadoras, tem tratamento geralmente cirúrgico (colocação de fita para sustentação da uretra). É uma cirurgia minimamente invasiva e com elevada taxa de sucesso.

Mensagens finais

Infelizmente, a incontinência urinária é ainda um tema tabu. A maioria dos doentes não procuram avaliação médica por provável estigma social. Há inclusivamente uma franja significativa da população que acha que a incontinência urinária é “normal” a partir de certa idade e que, portanto, não há nada a fazer.

Por outro lado, muitos profissionais de saúde não estão ainda suficientemente sensibilizados para a importância e frequência desta doença, pelo que é uma condição subdiagnosticada, com um atraso de 6-9 anos no diagnóstico e tratamento.

Torna-se por isso premente alertar consciências para este problema, não só trazendo-o à discussão pública, mas também explicando que não é necessário sofrer diariamente com esta doença. Pelo contrário, há tratamentos eficazes que podem devolver qualidade de vida à maioria dos doentes que dela sofrem.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rastreios realizados durante a Semana da Malnutrição mostram risco nutricional da população acima dos 65 anos
Os rastreios realizados na Semana da Malnutrição, que decorreu no passado mês de outubro e que pretendia averiguar o risco...

De uma amostra de 117 indivíduos avaliados, todos com mais de 65 anos, cerca de 68% são do sexo feminino, tendo a análise dos resultados dos rastreios permitido concluir que 15% acusou uma perda de peso involuntária superior a 5% nos últimos 3 meses.

A malnutrição resulta de um estado de ingestão alimentar deficitária que leva a perda de peso involuntária e a alterações da composição corporal (nomeadamente perda de massa muscular), que por sua vez contribuem para uma diminuição das funções físicas e mentais e impacta negativamente a evolução da doença. A atual pandemia agravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência, sendo por isso de extrema importância alertar a população para a necessidade de diagnosticar e tratar com suplementação nutricional oral adequada a todos os indivíduos que não consigam atingir as suas necessidades nutricionais através da sua ingestão habitual.

A malnutrição existe em Portugal e é reversível com um adequado e precoce suporte nutricional.

Apesar do impacto da malnutrição ainda ser desconhecido em Portugal, os números crescem diariamente na comunidade, em especial nos idosos, que devido ao isolamento, pelo constrangimento nas visitas e imobilização, reduziram a sua ingestão alimentar. A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.

Também a malnutrição associada à doença é uma realidade, sendo responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição, o que tem um impacto direto no prognóstico e na qualidade de vida do doente – como implicações clínicas, perda de independência e morte precoce.

A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas doentes com capacidade financeira, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio. Há a necessidade de alertar a urgência de reembolso e comparticipação dos suplementos nutricionais orais – proporcionando aos doentes o fácil acesso aos mesmos – sem o pagamento na sua totalidade, uma vez que Portugal é dos poucos países da Europa em que não existe qualquer tipo de reembolso dos suplementos nutricionais orais.

Distinção
A GSK – GlaxoSmithKline foi uma das organizações distinguidas na edição 2022 dos “DIT Business Awards”, uma iniciativa...

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no dia 10 de março, na Residência Oficial do Embaixador Britânico em Portugal, tendo o Diretor-Geral da GSK Portugal, Maurizio Borgatta, recebido das mãos de Chris Barton, Trade Commissioner do Reino Unido para a Europa, o prémio “Innovation and Business Development Award – Export Win”. A distinção reconhece o compromisso e sucesso alcançados pela GSK em Portugal nas áreas da ciência e inovação, ao conseguir unir a ciência, talento e tecnologia para juntos, vencer as doenças.

“Em nome da fantástica equipa da GSK Portugal, foi com enorme alegria e orgulho que recebi esta distinção. É um reconhecimento muito importante ao trabalho que temos vindo a desenvolver no mercado nacional, em que disponibilizamos mais de 300 vacinas, medicamentos inovadores e produtos estabelecidos, para prevenir e tratar doenças. Por outro lado, este prémio eleva ainda mais os padrões de exigência e as expetativas que a sociedade portuguesa deposita na nossa organização e colaboradores, pelo que teremos de ser ainda mais ambiciosos pelos nossos doentes e comprometidos com os resultados, porque as pessoas contam connosco”, defende Maurizio Borgatta, Diretor-Geral da GSK Portugal.

A GSK interage com cerca de 250 parceiros locais de negócio e contribui com perto de 20 milhões de euros por ano para a economia nacional. No que diz respeito ao compromisso com a ciência e inovação, tem cerca de 25 estudos e investigações clínicas a decorrer em Portugal, incluindo ensaios clínicos e apoio a estudos da iniciativa dos investigadores, em áreas como oncologia, doenças autoimunes, HIV, vacinas e patologias respiratórias, no que representa um investimento anual próximo de um milhão de euros.

 

 

Compreender o funcionamento das relações de casal e familiares
A editora PACTOR e as psicólogas e terapeutas familiares Maria Gouveia-Pereira e Mariana Pires de Miranda anunciam a publicação...

O Manual de Terapia Familiar situa-se no ponto de equilíbrio entre a prática clínica e a investigação, tendo como base o conceito de que de que indivíduos são inseparáveis das suas relações, pelo que só se percebe a produção individual tendo em conta o contexto em que tem lugar.

Este livro é marcado pela diversidade da natureza dos conteúdos, procurando um equilíbrio entre as dimensões teórica e prática, privilegiando uma combinação entre as leituras académicas e interventivas. O manual propõe que os modelos teóricos de terapia familiar devem ser usados sem dogmatismo e revisitados em continuidade, enriquecendo a compreensão e a conceptualização dos casos clínicos.

Este manual consiste em 19 capítulos estruturados em três partes: teoria; avaliação; e intervenção familiar. Foi pensado como uma ferramenta essencial para psicólogos, terapeutas familiares, estudantes de psicologia e outros profissionais que trabalhem na área da família, saúde, acolhimento familiar, etc.

O documento será apresentado por Isabel Leal no fim do debate PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA TERAPIA FAMILIAR que decorre no dia 18 de março, às 18h30, no El Corte Inglès, e conta com a participação dos especialistas, Ana Gomes, Daniel Sampaio e Jorge Gato.

 

Quebrar o tabu e a vergonha ligados à Incontinência Urinária
A propósito do Dia Mundial da Incontinência Urinária, que se assinala esta segunda-feira, 14 de março, o Movimento Continência...

“A incontinência tem consequências absolutamente devastadoras para a vida dos afetados, que muitas das vezes não pedem ajuda por vergonha”, alerta Joana Oliveira, presidente do movimento. “A nossa missão passa por contribuir para a melhoraria das condições de vida dos doentes que sofram de incontinência e disfunções do pavimento pélvico, nomeadamente no que se refere à integração social e comunitária”, acrescenta.

Criar visibilidade para os problemas associados à perda de continência e disfunção do pavimento pélvico, encorajando o debate público e aberto e a quebra de estigma e tabus associados a estas doenças são assim os principais objetivos do movimento, que se estreia agora nas plataformas online, de forma a chegar a mais doentes.

"Queremos ser a voz dos doentes e ser ouvidos pela sociedade e pelos poderes políticos, incentivando ainda à alteração da lei de incapacidade”, reforça Joana Oliveira.

A nível mundial, mais de 200 milhões de pessoas são afetadas por incontinência urinária, tendo esta patologia sido identificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Ainda assim, durante a pandemia, a incontinência urinária foi classificada como uma patologia de baixa prioridade, o que afetou diretamente os diagnósticos e o tratamento desta patologia.

Segundo defende o movimento, a solução para contrariar os efeitos da pandemia passa agora por quebrar o tabu e a vergonha ligados a este problema, incentivando os doentes a consultar o médico. É crucial alertar a população para as consequências da incontinência urinária quando não é diagnosticada e devidamente tratada. Esta tem tratamento em 85% dos casos”, explica a presidente do movimento.

 

 

 

 

Nova técnica não invasiva, com recurso à imagiologia médica
Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), da Faculdade de...

Segundo, Hélder Oliveira, investigador do INESC TEC e docente na FCUP, embora a técnica standard “para avaliar o estado mutacional do cancro recorre à biopsia” apresente resultados altamente fiáveis, trata-se de um “método bastante invasivo e em alguns casos pode trazer complicações ao paciente”. Adicionalmente, acrescenta “não é capaz de caracterizar globalmente o cancro, pois apenas é retirada uma porção de tecido”. Deste modo, “uma solução alternativa passa por fazer esta caracterização a partir dos exames radiológicos baseados em Tomografia Computorizada, os mesmos que são utilizados para o diagnostico inicial”, explica o investigador.

O projeto LuCaS, desenvolvido por este grupo de investigação, tem como objetivo otimizar os sistemas de apoio à decisão na caracterização daquele que é um dos é tipos de cancro mais frequentes e mortíferos em todo o mundo.

De acordo com o cientista e líder do projeto, “a imagiologia médica permite a obtenção de um grande conjunto de informação útil, a partir de uma abordagem holística englobando uma caracterização completa, abrindo oportunidades para investigar a relação entre as manifestações visuais presentes numa imagem médica e o perfil genético do cancro, usando uma abordagem não-invasiva”.

“Assim, a tecnologia que estamos a utilizar terá uma abrangência maior do que a própria biópsia, pois é baseada em informação tridimensional e é não-invasiva. Desta forma, também reduz fortemente os custos”, conclui Hélder Oliveira.

Este projeto, segue uma abordagem “Radiogenomics”, ou seja, que analisa os atributos da imagem para descrever e criar modelos matemáticos capazes de identificar padrões e oferecer uma previsão do diagnóstico. Para além disso, é capaz de relacionar características de imagens com a análise dos genes recolhidos durante a biópsia.

Até ao momento, foram desenvolvidas técnicas de machine learning que utilizam a informação da imagem para prever o estado mutacional do cancro do pulmão. O projeto compreendeu, ainda, uma componente prospetiva, em que foi desenvolvido um modelo para avaliar contribuições de biópsia líquida na caracterização do cancro de pulmão.

“Esta abordagem será de grande valor como meio para obter dados moleculares de forma minimamente invasiva e compatível com a rotina clínica”, afirma Hélder Oliveira.

Certificação
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) é a primeira instituição certificada em Portugal para a realização do...

No âmbito da implementação e disponibilização para o Serviço Nacional de Saúde deste novo teste genético, o INSA, através da Unidade de Citogenética, com a colaboração da Unidade de Tecnologia e Inovação, do Departamento de Genética Humana (DGH), completou com sucesso a certificação do teste NIPS com a solução VeriSeq NIPT Solution V2 da Illumina, com um fluxo CE-IVD. Esta solução inovadora permitirá, no futuro, alargar o estudo genético pré-natal não invasivo a todos os cromossomas, possibilitando também o rastreio de outras patologias cromossómicas.

A Unidade de Citogenética do DGH realiza, através do esclarecimento da base cromossómica de patologias no feto e na população, as suas diversas competências técnicas e científicas, tanto nas suas funções de observatório da saúde e atividade de apoio à decisão clínica, bem como de laboratório de referência. A Unidade participa, desde 1994, em programas internacionais de Avaliação Externa da Qualidade, nomeadamente os do GenqQA/CEQAS e implementa metodologias para garantir o Controlo da Qualidade em todos os procedimentos laboratoriais.

Nos últimos anos, o DGH do INSA tem investido de forma empenhada na disponibilização de novos testes genéticos de apoio clínico, disponibilizando atualmente o diagnóstico genético para mais de 500 doenças raras e assumindo-se como o maior departamento de genética humana do setor público nacional, para o diagnóstico laboratorial de patologias genéticas.

 

 

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