Reunião científica conta com a participação de Lee Jones, um dos fisiologistas mais conceituados do mundo
A partilha de conhecimento sobre o exercício físico enquanto tratamento de suporte em Oncologia, baseado na evidência...

Neste Symposium organizado pela Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, são esperados especialistas das mais diversas áreas, como do Exercício, Nutrição, Psicologia, Oncologia, Cardiologia, Reabilitação e ainda enfermeiros e fisioterapeutas. 

Telma Costa médica oncologista no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e membro da AICSO, sublinha que “há estudos que comprovam que o exercício nestes doentes melhora a qualidade de vida e constitui um apoio no controlo de diversos sintomas, como a fadiga, a ansiedade e os sintomas depressivos”. E lembra que a Sociedade Europeia de Oncologia Médica, que representa mais de 150 países em todo o mundo, defende “que a prática de exercício deveria constituir um standard of care para todos os sobreviventes oncológicos”. 

O objetivo da reunião é partilhar conhecimento para que os profissionais os possam transpor para a prática clínica, com benefícios inquestionáveis para os doentes. A médica Telma Costa sublinha que “é necessário colocar em prática todo o saber e a evidência científica acumulada na área do exercício para tratar os doentes com cancro de forma mais integrada e abrangente, e não apenas com foco nos tratamentos cirúrgicos, de radioterapia ou quimioterapia”.  

Um dos oradores convidados é o professor Lee Jones, investigador do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e um dos mais conceituados fisiologistas do mundo. Confirmada está também uma palestra do professor Nicolas Hart, membro da Multinational Association of Supportive Care in Cancer (MASCC), que representa 70 países. 

O papel da reabilitação cardíaca na reabilitação oncológica, a importância da suplementação nutricional na função do músculo, e a sua importância na eficácia do exercício físico ao longo da jornada do doente oncológico são outros temas em destaque na 2.ª edição ONCOFIT.  

A última mesa do symposium é dedicada à perspetiva de dois sobreviventes de cancro para os quais o exercício físico teve um papel fundamental na doença: a própria médica Telma Costa e João da Silva (jornalista e escritor). 

O IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude – atribui a esta ação de formação 2.3 Unidades de Crédito. 

As inscrições já estão abertas aqui.

 

Dia Mundial da Obesidade: a pandemia silenciosa do século XXI
O Dia Mundial da Obesidade assinala-se a 4 de março para reforçar a compreensão e o alerta sobre est

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade afeta entre 13 a 15% dos adultos, a nível mundial. O Dia Mundial da Obesidade, celebrado a 4 de março, pretende sensibilizar a população sobre os danos que esta patologia causa ao organismo, bem como os hábitos que ajudam à sua prevenção, ou melhoria, em casos avançados da doença. 

A obesidade é uma patologia crónica e progressiva, que é diagnosticada e classificada com base nos resultados do Índice de Massa Corporal (IMC), que se calcula em função do peso e da altura de cada pessoa.  Com base neste índice - que a partir dos 25 kg/m² já se considera uma situação de excesso de peso - podem realizar-se vários diagnósticos: sobrepeso, obesidade (tipo um e tipo dois), obesidade mórbida ou obesidade extrema. As causas da doença podem ter origem quer em fatores genéticos, quer ambientais. Embora os fatores genéticos possam ser determinantes, os fatores ambientais também devem ser tidos em conta, já que um individuo com predisposição genética para obesidade pode evitá-la, se adotar um estilo de vida saudável.

Obesidade em Portugal

Segundo os dados do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, em Portugal 16,9% da população adulta tem obesidade e cerca de 60% tem excesso de peso (obesidade e pré-obesidade). De acordo com dados da OCDE, a prevalência de obesidade na população adulta em Portugal é de 28,7%, o que coloca Portugal como o terceiro país europeu com maior prevalência de obesidade.

Para além disso, as pessoas que vivem com esta doença correm maior risco de contrair outras patologias - como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, respiratórias, alguns tipos de cancro - e a obesidade torna-se ainda um fator de risco para complicações da COVID-19.

Causas e tratamentos

A ingestão excessiva de gorduras alimentares, a falta de exercício físico, o sedentarismo e o desequilíbrio entre os aportes e gastos de calorias são os grandes causadores desta patologia, sobretudo, quando somados a uma predisposição genética.

A prevenção da obesidade, com base na promoção de hábitos de vida saudáveis, ​​ deve ser estimulada desde a infância, através da adoção de uma boa alimentação e da prática regular de exercício físico. No entanto, nos casos de indivíduos com a doença já avançada, existem diferentes tratamentos: farmacológicos - acompanhados de dietas e exercício- em situações de sobrepeso ou obesidade mais leve, ou mesmo cirúrgicos, para casos de obesidade mórbida.

Cirurgia robótica no tratamento da obesidade

Atualmente, este tipo de intervenções cirúrgicas pode realizar-se com técnicas inovadoras, como a cirurgia robótica. O tratamento cirúrgico mais indicado para a obesidade consiste numa redução da capacidade do estomago, e existem casos em que também se realiza uma restrição na absorção de nutrientes, tendo em conta as caraterísticas de cada paciente.  O recurso ao sistema robótico da Vinci - a mais avançada tecnologia em cirurgia robótica - permite numerosos benefícios neste tipo de intervenção cirúrgica, quer para os pacientes, quer para os cirurgiões.

Para um cirurgião robótico, as vantagens desta técnica cirúrgica são diversas. Em primeiro lugar, a comodidade, dado que com o sistema cirúrgico da Vinci, o cirurgião não opera diretamente no paciente, mas sentado numa consola, a partir da qual manuseia os comandos dos instrumentos, com menor cansaço e maior tranquilidade, porque esta técnica implica menos riscos que uma cirurgia tradicional.

O sistema traduz os movimentos das mãos do médico em impulsos que são literalmente transmitidos aos braços robóticos, permitindo realizar uma cirurgia totalmente imersiva.  As vantagens são inquestionáveis em termos de precisão, quer na fase de intervenção, aumentando o controlo e reduzindo as perdas de sangue, quer na fase reconstrutiva. Com o sistema cirúrgico da Vinci, o acesso é mais fácil em anatomias complicadas, permite uma excelente visualização dos pontos de referência anatómicos e planos teciduais, são eliminados tremores fisiológicos ou movimentos involuntários do cirurgião e minimizada a fadiga postural após longas horas de intervenção.

Através deste método, a cirurgia bariátrica pode ser realizada de forma minimamente invasiva e com grande precisão. Graças à visão 3D imersiva e a uma ampliação de até 10 vezes, a precisão com que o procedimento é realizado atinge ótimos resultados e o tempo de hospitalização e pós-operatório são consideravelmente reduzidos, permitindo ao paciente retomar a vida normal em poucos dias, reduzindo ao mesmo tempo a dor, o risco de infeção ou a necessidade de mais intervenções.

A obesidade e as doenças associadas são um problema grave que afeta milhões de portugueses. Com técnicas inovadoras como a cirurgia bariátrica robótica, o tratamento melhorara consideravelmente. Tendo em conta os desenvolvimentos da medicina, as pessoas que sofrem de casos avançados desta patologia têm agora melhores hipóteses de recuperação.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ana Bola e Rui Mendes juntam-se a Júlio Isidro como embaixadores
No Dia Mundial da Audição, a Minisom, uma marca Amplifon reforça o seu compromisso com o tratamento e prevenção da perda...

Ao longo do corrente ano, a OMS vai focar-se na importância da audição segura como meio de manter uma boa audição ao longo da vida, realçando na mensagem que os cuidados auditivos – combinados com uma exposição mais segura a sons altos – podem mitigar o risco de desenvolver perda de audição. Por essas razões, a OMS apela aos governos, parceiros da indústria e sociedade civil para aumentar a conscientização e implementar padrões baseados em factos que promovam a audição segura.

“É com um enorme entusiasmo que nos associamos à campanha global da OMS e com muita satisfação que podemos contar com pessoas como a Ana Bola e o Rui Mendes, que em conjunto com o Júlio Isidro, amavelmente aceitaram dar voz ao tema. Mais do que ninguém, sabem como é viver com perda auditiva, como esta condicionava as suas vidas e como é tão importante realizar uma avaliação anual e não adiar a procura de uma solução.” comenta Pedro Alvarez, Diretor-Geral da Minisom. “Os distúrbios auditivos representam uma questão crucial para as pessoas em todo o mundo. Em Portugal, acreditamos que ações de apoio devem ser tomadas para sensibilizar as pessoas a cuidar da audição tanto quanto elas cuidam de qualquer outra patologia de saúde. Na Minisom temos o compromisso de fazer mais e melhor a cada dia, para permitir que as pessoas sintam a audição como uma prioridade que devem para sempre cuidar”.

Nesse sentido, ao longo deste ano, a Minisom irá promover, para além da avaliação auditiva gratuita que já implementou nos seus centros auditivos, diversas ações junto da população mais idosa, assim como alargar as mesmas a diferentes faixas etárias da população portuguesa, nomeadamente aos mais jovens, num esforço conjunto de sensibilizar para uma audição responsável desde cedo.

A OMS estima que, em 2050, 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo irão viver com algum grau de perda auditiva, enquanto 1,1 bilhão de jovens estão atualmente em risco de perda auditiva permanente ao ouvir música em volumes altos por períodos prolongados.

“Estarmos expostos de forma recorrente a um volume demasiado elevado coloca uma séria ameaça à saúde auditiva. O volume adequado é a chave para que, desde pequenos, possamos evitar um problema auditivo precoce. É urgente despertarmos para uma devida proteção auditiva de forma a combater este fator de risco, pois quão pior tratarmos a nossa audição atualmente, mais cedo viremos a sofrer de problemas de audição no futuro. E a perda de sensibilidade auditiva afeta gravemente a nossa qualidade de vida.”, salienta Pedro Alvarez, Diretor-Geral da Minisom. “Existem pequenos comportamentos que podemos adotar para proteger a nossa audição, como usar protetores auditivos durante concertos, ouvir música num volume mais baixo e realizar testes auditivos pelo menos uma vez por ano, em particular a partir dos 55 anos. Quando já não é possível evitar a perda auditiva, pode travar-se a sua evolução através da procura de ajuda especializada. Um diagnóstico, acompanhamento e reabilitação apropriados ajudarão a minimizar as consequências.”

Opinião
Em Portugal, surgem anualmente cerca de 400 novos casos de cancro infantil, o que equivale a cerca d

Assim, surge a necessidade de criar iniciativas para apoiar estas famílias, principalmente pelo facto de a informação existente sobre oncologia pediátrica se encontrar dispersa e de difícil acesso e compreensão para uma pessoa leiga.

Foi com tudo isto em mente que a Fundação Rui Osório de Castro, que existe desde 2009, escolheu desenvolver a sua atividade principal na área da informação, uma vez que, nos dias de hoje, a literacia na área da saúde assume uma importância e uma necessidade crescente, sendo o acesso a esta informação cada vez mais autónomo e rápido e consequentemente mais perigoso.

As famílias da criança doente fazem parte da equipa de tratamento da mesma, e são um pilar muito grande para elas, por isso, têm de ser capazes de tomar decisões, sendo a sua capacitação fundamental. Acreditamos que famílias mais informadas são famílias mais tranquilas, mais seguras e por isso mais capazes de apoiar a criança ou adolescente a ultrapassar esta doença.

O acesso a informação séria e credível ajuda as crianças, os adolescentes, os pais e restante família a adaptar-se a esta realidade para o qual ninguém está preparado, respondendo às inúmeras dúvidas, medos e questões que surgem no momento do diagnóstico e durante todo o processo.

Por isso, disponibilizamos informação em vários formatos: seminários, webinars, guias, folhetos e vídeos. No entanto, sendo a Internet uma das ferramentas de pesquisa mais utilizadas por quem procura informação, a criação de um site tornou-se fundamental. Esta necessidade de informação pode rapidamente transformar-se em "desinformação" e quando falamos de um tema sensível como o cancro numa criança ou adolescente, a informação consultada deve ter o máximo de rigor e fiabilidade.

O PIPOP – Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica, é o principal projeto na área da informação da Fundação Rui Osório de Castro. Criado em 2011, reúne e disponibiliza informação rigorosa e atual relacionada com a temática da oncologia pediátrica. É composto por duas vertentes distintas: diariamente são publicadas notícias relacionadas com oncologia pediátrica, de âmbito nacional e internacional, e são disponibilizados conteúdos explicativos sobre a doença, como por exemplo os vários tipos de cancro, tratamentos e efeitos secundários, cuidados alimentares, cuidados paliativos, glossário e dúvidas frequentes, bem como testemunhos.

Na vertente dos conteúdos explicativos, estes encontram-se divididos em duas grandes áreas – para adultos e para as crianças, utilizando uma linguagem adaptada a cada destinatário para que, dessa forma, seja possível transmitir a informação o mais adequadamente possível a todos. Por isso, é procurado pelas crianças, adolescentes, pais e famílias, mas também abarca outros tipos de público/utilizadores, como a comunidade escolar, profissionais de saúde, estudantes, instituições que atuam na área e voluntários.

O PIPOP- www.pipop.info - é o único portal em língua portuguesa com atualização de conteúdos constante e publicação de notícias e eventos nacionais e internacionais e pretende continuar a auxiliar todas as famílias a lidarem melhor com esta doença, de forma a minorar o impacto das mesmas, promovendo uma melhoria da qualidade de vida não só do doente, como dos que o rodeiam.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) Amadora-Sintra (HFF) registou um total de 3510 saídas em 2021, o que...

De acordo com Patrícia Freitas, internista e coordenadora médica da VMER Amadora-Sintra “o balanço que fazemos é muito positivo e uma das razões é o facto de uma vez mais, termos assegurado 100% operacionalidade de escala”. 

Em funcionamento desde o dia 1 de março de 2016, a VMER Amadora-Sintra conta com uma equipa constituída por 28 médicos e 19 enfermeiros, com formação específica e competências adquiridas na abordagem do doente critico. 

“Ao longo destes seis anos de atividade a VMER do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca foi ativada 21295 vezes, tendo assistido 21200 vítimas e realizado 55 partos. A estatística revela ainda que 91% das saídas correspondem a saídas médicas e 9% a situações de trauma. Nas saídas médicas destacam-se alguns números: 2164 ocorrências relativas a dor torácica, 1254 crises convulsivas e 1199 ocorrências referentes a alteração do estado de consciência”, afirma Patrícia Freitas.  

As ativações da VMER Amadora-Sintra são efetuadas pelo CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), que faz um processo de localização, triagem e aconselhamento. O objetivo é determinar qual é o meio de socorro mais adequado a cada ocorrência, podendo ser acionados diversos tipos de meios.  

“Mais de 51,2% das vítimas socorridas tinham mais de 65 anos, havendo mesmo o registo de 17% dos casos em idosos com idade superior a 85 anos. As vítimas com idade inferior a 18 anos representam 8,5% do total de ocorrências. 58% das ocorrências deram-se no concelho de Sintra e 34% no concelho da Amadora. Os restantes 8% registaram-se noutros concelhos da região de Lisboa”, conclui Patrícia Freitas. 

“O trabalho realizado pelos profissionais da VMER do HFF tem uma grande relevância social. Este serviço de âmbito pré-hospitalar tem permitido salvar inúmeras vidas, permitindo ao HFF cumprir a sua missão fora das paredes do Hospital”, refere Marco Ferreira, presidente do Conselho de Administração do HFF.

 

Novas sessões
Com o mês de março, chegam novas sessões das Conversas Com Barriguinhas, para ajudar as famílias a preparar a chegada do seu...

Na sessão de 1 de março, às 17h00, Susana Nobre, médica pediatra, vai partilhar conselhos úteis, e esclarecer dúvidas e alguns dos receios frequentes na chegada a casa com o   recém-nascido.

Luciana Rodrigues, enfermeira especialista em Reabilitação Respiratória e fundadora do projeto Alívio em Respirar, ensinará a técnica mais eficaz para lavar o nariz do bebé, para ajudá-lo a respirar melhor.

Sandra Sousa, personal trainer, fechará a sessão com três exercícios de pilates, que contribuirão para o bem-estar físico e emocional da mulher durante a gravidez, e que podem ser feitos em casa.

Na sessão de 3 de março, também às 17h00, Queila Guedes, enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia, vai falar sobre um dos temas mais delicados para as futuras mães: a hora do parto. Ensinará a reconhecer os sinais, as contrações, a dilatação, e esclarecerá dúvidas sobre o plano de parto, a epidural, a diferença entre parto natural e cesariana, pós-parto, entre outros temas.

Carolina Vale Quaresma, terapeuta familiar, falará sobre a “hora de deitar o seu filho”, desmistificando os cinco erros mais comuns dos recém-papás, com estratégias úteis para que que os pais recuperem as noites de sono.

Nesta sessão das Conversas Com Barriguinhas, será ainda apresentada a visita guiada da atriz Sofia Arruda ao laboratório da Crioestaminal, o banco familiar que escolheu, para guardar as Células Estaminais do Cordão Umbilical do seu bebé. Nas Conversas Com Barriguinhas de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, também às 17h00, será entrevistada Alexandra Mendes, diretora de Recursos Humanos na Crioestaminal, e mãe de 4 filhos, que apresentará a sua perspetiva sobre a criopreservação das Células Estaminais do Cordão Umbilical dos seus filhos.

Depois, Mariana José, nutricionista, explicará a importância do consumo de verduras durante a gravidez e estratégias simples para que qualquer futura mamã consiga implementar mudanças mais saudáveis no seu dia a dia.

Cláudia Xavier, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno, ensinará a vigiar a saúde do bebé no primeiro mês de vida, período de normais incertezas e inseguranças.

Na sessão de 10 de março, a partir das 17h00, Núria Durães, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, apresentará a hora do banho. Os cuidados com a pele do bebé, a temperatura da água, o tempo que o bebé deve estar na banheira ou que produtos de hidratação devem usar serão alguns dos temas em foco.

Esta sessão fecha com Enf.ª Teresa Coutinho, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que falará sobre o passo a passo para uma amamentação bem-sucedida.

Em todas as  sessões, estará presente um especialista da Crioestaminal, o único laboratório com acreditação internacional pela Association for the Advancement of Blood & Biotherapies (AABB), que  abordará a importância das Células Estaminais do Cordão Umbilical dos bebés, para que a decisão de as guardar ou doar seja tomada de forma consciente e informada. Os participantes ficarão a saber o que são as Células Estaminais do Cordão Umbilical e o seu potencial, como são armazenadas, em que tratamentos podem ser uma mais-valia e de que forma constituem uma opção terapêutica para mais de 80 doenças.

As sessões online das Conversas com Barriguinhas realizam-se todas as semanas e têm como objetivo ajudar as grávidas e os casais portugueses a preparar a chegada do seu bebé, a partir do conforto das suas casas.

Dois testes por mês
O regime excecional e temporário de comparticipação de testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional vai continuar em...

Tendo em conta a evolução positiva da situação epidemiológica, bem como o levantamento de várias medidas aplicadas no âmbito da pandemia, este regime excecional será ajustado para dois testes gratuitos por mês para cada utente, por forma a continuar a assegurar uma utilização dos testes proporcional ao risco, sem descurar a proteção da saúde pública.

Esta decisão surge na sequência da publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 25-A/2022, de 18 de fevereiro, segundo a qual “o Certificado Digital COVID da UE passa a ser exigível apenas no que respeita ao controlo de fronteiras” e “deixa de se exigir apresentação de comprovativo de realização de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas”.

Por outro lado, o valor da comparticipação dos TRAg, no âmbito deste regime excecional de comparticipação, volta a ser 10 euros, refletindo os atuais custos associados à sua realização.

Será de sublinhar que este regime especial de comparticipação é apenas uma componente de uma estratégia de testagem a nível nacional. Não deverá ser confundido com a realização de testes de diagnóstico à COVID (PCR ou TRAg) prescritos pelo SNS a pessoas sintomáticas ou a contactos com infetados. Estes últimos continuarão a ser realizados, quando prescritos pelo SNS, segundo as normas das autoridades de saúde, sem custos para os utentes.

 

 

 

Estudo
Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Centro Hospitalar Universitário de São...

Segundo o estudo, “o RDW, um parâmetro hematológico que mede a diferença entre as células maiores e menores dos glóbulos vermelhos, pode ajudar a prever o risco de mortalidade e da ocorrência de enfarte agudo do miocárdio após a realização de uma cirurgia vascular às artérias”.

Nos resultados já publicados no World Journal of Surgery, os investigadores portugueses relatam que “por cada aumento de uma unidade na amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos, o já designado RDW aumenta em 8% o risco de o doente sofrer um enfarte e em 10% o risco de mortalidade no período pós-operatório”.

Marina Dias Neto, professora da FMUP e uma das autoras do estudo, explica que “a utilização de parâmetros hematológicos, como é o caso do RDW, têm vido a ser investigados ao longo dos anos por se tratarem de parâmetros baratos, medidos por rotina na prática clínica e, por isso, facilmente acessíveis em todos os hospitais”.

Outra das conclusões a que chegaram os investigadores está relacionada com a descoberta de três fatores que interferem no prognóstico após uma cirurgia arterial, nomeadamente a idade do paciente, o seu estado funcional e o ser ou não portador de diabetes tratada com insulina.

Segundo os autores da investigação, “o risco de morte aumenta 8% por cada ano de idade com que o paciente é submetido à cirurgia”. Por outro lado, o risco de enfarte “aumenta cerca de cinco vezes em pacientes que são dependentes de terceiros para as suas atividades de vida diária”, e no caso de doentes diabéticos que necessitam de tratamento com insulina, esse risco “aumenta cerca de quatro vezes”.

Tendo em conta estes novos dados, os médicos podem definir com maior exatidão quais os doentes submetidos a cirurgia vascular arterial que têm pior prognóstico, incorporando essa estratificação na “decisão cirúrgica, na deteção precoce e na prevenção de efeitos adversos, sempre que possível”.

Além de Marina Dias Neto, colaboraram neste estudo os médicos e investigadores Francisca Caldeira de Albuquerque, João Rocha Neves e Pedro Videira Reis.

Serviço de Neonatologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
A equipa de Enfermagem do Serviço de Neonatologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) dá continuidade ao ciclo...

Sob a coordenação de Sónia Semião, enfermeira-chefe do Serviço de Neonatologia, a equipa de Enfermagem promove a sua 3ª Reunião Científica subordinada ao tema “Qualidade de Cuidados: a Importância da Comunicação”, que se realizará no próximo dia 14 de março, pelas 17h, em formato webinar.  

A boa articulação entre os profissionais faz com que a equipa de saúde se torne mais estruturada, proporcionando assim uma melhor prestação de cuidados. Para uma comunicação adequada é necessário “sinceridade, autenticidade, transparência, respeito mútuo e confiança” explica Joana Gama Imaginário, especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria e moderadora da sessão. 

Apesar da sua importância, são diversas as barreiras existentes para comunicar, especialmente em situações de doença crítica/complexa que exijam uma atuação rápida de todos os profissionais, tal como acontece, frequentemente, nas Neonatologias. A enfermeira Ana Lúcia Brantes, responsável pelo projeto, acrescenta que com este webinar pretende-se “sensibilizar os profissionais de saúde para a importância de uma adequada e efetiva comunicação multidisciplinar”, pois a mobilização de estratégias comunicacionais eficazes e adequadas aos contextos, permitirá “otimizar o trabalho em equipa e promover a melhoria dos cuidados prestados ao recém-nascido de risco e sua família”. 

A reunião científica conta, assim, com a participação do Professor Doutor Abel Paiva e Silva (ESEP), da Professora Doutora Isabel Lucas (ESSCVP-Lisboa) e da Professora Doutora Margarida Custódio dos Santos (ESTeSL; UL: Faculdade Psicologia), em que se discutirá os fatores determinantes para uma comunicação eficaz em equipa e com os clientes de cuidados. 

A participação nas Reuniões Científicas é gratuita, mas está sujeita a inscrição através do seguinte link: https://forms.office.com/r/WKXmMFRSQQ

Esta iniciativa integra-se no ciclo de Reuniões Científicas subordinadas ao tema “Pensar em Neonatologia: Da complexidade à essência dos cuidados…”, cujo objetivo é promover a partilha de experiências e a divulgação da evidência científica mais relevante na área da Neonatologia.  

Em caso de dúvidas ou sugestões de temas para discussão, pode contactar a comissão organizadora através do seguinte email: [email protected]

 

 

Sensibilizar para as doenças raras
Hoje assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras (DDR) e, por isso, a RD-Portugal - União das Associações de Doenças Raras de...

Neste dia, marcante para os Doentes Raros, todos podem ver iluminado o Edifício dos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo, de Guimarães, de Castelo Branco, de Coimbra, de Évora, de Faro, da Guarda, de Cascais, de Oeiras, da Calheta, do Funchal, de Portalegre e de Vila Real. Além disso, também será iluminado o Castelo de Bragança, o Castelo dos Mouros em Sintra, a Estátua D. José I  no Terreiro do Paço, o Museu Nacional de Arqueologia, o Palacete dos Viscondes de Balsemão no Porto, o Palácio da Bolsa, as Portas do Sol em Santarém, as Rotundas dos Golfinhos e Peixes em Setúbal, o Museu do Traje em Viana do Castelo, o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Braga, o Castelo de Leiria, a Igreja de Santiago em Óbidos, os Edifícios do Abraço Verde, do CAR Badminton e o Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. 

“Ajude-nos a tornar Portugal ainda mais iluminado e ilumine a sua casa com uma luz rosa, verde ou azul. Faça parte desta iniciativa e contribua para o aumento da sensibilização das Doenças Raras”, apela a RD-Portugal.

 

2 de abril
A CUF Academic Center e a Unidade da Órbita do Hospital CUF Descobertas realizam, dia 2 de abril, entre as 9h00 e as 18h00, no...

Este evento é uma oportunidade para compreender a visão das várias especialidades que tratam patologia orbitária - como é o caso da Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Neurocirurgia, Oncologia, Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e Cirurgia Maxilo-facial, contribuindo, desta forma, para uma atualização e enriquecimento dos cuidados prestados.

O programa contempla a discussão de diferentes tipos de tumores orbitários, como, por exemplo, os tumores da glândula lacrimal, os tumores mesenquimais e os tumores do nervo óptico; será abordada a endoscópica endonasal para tumores orbitários e as técnicas de reconstrução após exenteração e cirurgia eye-sparing. 

Os participantes poderão, também, assistir a uma cirurgia ao vivo - marginotomia óssea lateral por abordagem endoscópica.

O evento destina-se a médicos especialistas, internos, enfermeiros e técnicos. As inscrições podem ser efetuadas através deste link, onde também é possível consultar o programa. 

 

Multinacional farmacêutica dedicada à saúde da mulher
A Theramex, empresa de âmbito global especializada na área da saúde feminina, com especial enfoque sobre a Contraceção,...

A presença da Theramex em Portugal tem sido gerida numa ótica ibérica integrada, a partir de Madrid, por Javier Carpintero, Diretor-Geral Espanha & Portugal da Theramex. Assim, a estratégia de reforço da presença da marca em Portugal contempla um investimento estimado de 10 milhões de euros, a abertura de escritórios em Lisboa e no Porto nos próximos dois anos, bem como a criação de entre 60 a 100 postos de trabalho diretos e indiretos. Até 2026, a farmacêutica prevê alcançar uma faturação anual de 15 milhões de euros.

Adicionalmente, a Theramex pretende construir uma equipa de vendas com capacidade de cobertura de todo o país, com o objetivo de alcançar mais de 200 hospitais, cerca de 3 mil especialistas portugueses (como das áreas da ginecologia, reumatologia e traumatologia) e mais de 3 mil farmácias.

Javier Carpintero, Diretor-Geral de Espanha & Portugal da Theramex, sublinha que «Dada a vocação global da Theramex, entendemos que Portugal é um país com forte capacidade para atrair e reter talento, considerando a qualidade da formação dos seus profissionais, o bilinguismo tão característico e a qualidade de vida proporcionada pelo país.».

Em Portugal, o segmento de Fertilidade está avaliado em 12-13 milhões de euros, o da Contraceção em 50 milhões de euros, o da Menopausa em 10 milhões de euros e o da Osteoporose em 50 milhões de euros. A Theramex estima que os segmentos da Menopausa e da Osteoporose venham a registar um crescimento de dois dígitos em Portugal, considerando o ritmo acelerado de envelhecimento da população nacional.

Para o mercado português, a empresa não descarta a possibilidade do estabelecimento de parcerias nem aquisições, sempre com o objetivo de reforçar a sua presença no país.

Um website em português: proximidade, esclarecimento e informação de qualidade

A entrada da Theramex em Portugal é também marcada pelo lançamento de uma versão em língua portuguesa do seu portal online.

Este é um website moderno, intuitivo e fácil de navegar, que se procura posicionar no mercado nacional como uma referência em matéria de informação sobre as 4 áreas de atuação da farmacêutica: menopausa, osteoporose, fertilidade e contraceção.

Através da sua presença online, a Theramex disponibiliza informação clara acerca de cada uma das áreas da Saúde feminina em que atua, apresentando explicações e conselhos que pretendem ajudar a Mulher a agir da melhor forma e da maneira que melhor se adeque a ela.

Numa segunda fase, será incluída no website uma área especialmente direcionada para os profissionais de saúde. Esta será uma secção de acesso restrito, na qual se pretende que sejam apresentados conteúdos sobre os tratamentos, produtos, novidades terapêuticas, entre outros, recorrendo a linguagem e abordagem com um cunho mais técnico, adequadas ao público-alvo

«Para a Theramex, Portugal é uma prioridade e, como tal, era importante disponibilizar uma página web própria em português, para podermos estar mais perto de pacientes, utilizadoras e profissionais de saúde portugueses», explica Javier Carpintero.

«Desta forma, podemos oferecer informação rigorosa e de interesse sobre as 4 áreas de saúde em que desenvolvemos a nossa atividade: a osteoporose, a menopausa, a conceção e a fertilidade. Continuamos, assim, a apostar na digitalização da empresa, como fizemos em Espanha no início do ano», conclui o responsável ibérico.

Entrevista
Manifestando-se, habitualmente, no final do primeiro ano de vida, “quando a criança começa a fazer c

Tratando-se de uma entidade clínica rara, e da qual quase nunca se houve falar, começo por lhe pedir que explique em que consiste o XLH ou Raquitismo Hipofosfatémico. O que está na génese desta doença?

Raquitismo define-se como deficiente mineralização da zona óssea onde ocorre o crescimento (placa de crescimento), sendo por isso exclusivo das crianças e adolescentes. Coexiste com mineralização deficiente da restante matriz óssea, designada de osteomalácia que também ocorre nos adultos.

A mineralização consiste na deposição de cristais de hidroxiapatite, constituídos por cálcio e fosfato, que conferem a rigidez ao osso. Para a mineralização adequada, é necessário que a concentração sanguínea do cálcio e do fosfato sejam normais. No raquitismo hipofosfatémico é o fosfato que está baixo (hipofosfatémia) e habitualmente devido a eliminação renal aumentada. O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X (XLH) resulta de uma anomalia de um gene localizado no cromossoma X, o gene PHEX, que condiciona a elevação de uma hormona, o fator de crescimento dos fibroblastos 23 (FGF23). Esta hormona promove um aumento da eliminação urinária de fosfato e simultaneamente uma deficiente produção, a nível renal, da vitamina D ativa, o calcitriol. É uma doença hereditária dominante ligada ao cromossoma X, que afeta rapazes e raparigas. Os pais transmitem sempre a doença às filhas e nunca aos filhos, as mães podem transmitir a doença aos filhos e filhas com um risco de 50% em cada gestação. Em cerca de 20-30% dos casos a doença pode ocorrer por mutação que surge de novo, não havendo nestes casos história familiar.

Quais os principais sintomas e a partir de que idade é possível observar as primeiras manifestações da patologia? A que sinais devem estar os pais ou educadores atentos?

Os primeiros sintomas manifestam-se habitualmente no final do primeiro ano de vida, quando a criança começa a fazer carga nos membros inferiores com o início da marcha. Como o osso é mais “mole” surgem as deformidades ósseas típicas com arqueamento das coxas e das pernas. A marcha é alterada tipo bamboleante e a estatura é afetada pelos membros inferiores ficarem mais curtos. Ocorre frequentemente atraso na marcha. Por deficiente mineralização da dentina, podem haver defeitos no esmalte e surgir abcessos dentários espontâneos, sem evidência de cáries.

São estes sinais que devem ser valorizados pelos pais e educadores.

Podem ainda surgir alterações da conformação do crânio como bossas frontais, fusão precoce de suturas com craniossinostose e ainda associar-se a malformações do canal medular na junção com o crânio, a malformação tipo Chiari I.

No entanto, há casos que só são diagnosticados na idade adulta, pelo que se supõe que as deformações ósseas não sejam tão evidentes… O que explica estes casos? E quais a complicações frequentemente associadas a este diagnóstico?

A hipofosfatémia pode condicionar gravidade variável na apresentação clínica – nalguns doentes pode nem haver doença óssea, noutros as deformidades podem passar despercebidas e noutros serem muito graves. As deformidades dos membros inferiores, com encurvamento e afastamento dos joelhos (joelho varo) ou joelhos juntos e afastamento dos pés (joelho valgo), ocorrem também de forma fisiológica em crianças saudáveis e podem não ser devidamente valorizadas.

As complicações são as sequelas com deformidade dos membros inferiores, alteração da marcha, problemas a nível articular e dos ligamentos com manifestação de dor óssea na vida adulta, fraturas, a baixa estatura que não se recupera, abcessos dentários repetidos com anomalias da dentição e, no jovem adulto, surdez por esclerose dos ossículos do ouvido.

Como é feito o diagnóstico do XLH?

É importante antecipar o diagnóstico através de rastreio familiar quando um dos progenitores tem a doença.

A clínica pode sugerir o diagnóstico. Para o confirmar é necessária uma avaliação analítica de sangue e de urina. Um marcador de raquitismo é a elevação da fosfatase alcalina. A diminuição de fosfato sanguíneo (hipofosfatémia) com cálcio normal e a eliminação urinária aumentada de fosfato indicam a causa.

A radiologia pode confirmar sinais de raquitismo com as deformidades ósseas dos membros inferiores, alargamento e irregularidade das extremidades dos ossos longos.

Pode-se ainda dosear o FGF23 que está elevado.

O estudo genético com identificação da mutação no gene PHEX é importante, porque identifica o raquitismo como sendo ligado ao X (XLH) e nesta situação pode usar-se uma terapêutica específica.

De um modo geral, quais as principais complicações do Raquitismo Hipofosfatémico?

As complicações que decorrem da doença são as deformidades ósseas sobretudo dos membros inferiores, baixa estatura, rigidez articular, dor óssea, fadiga, anomalias da dentição e surdez.

Quais as especialidades médicas que acompanham estes casos?

Idealmente estes casos devem ser acompanhados por equipes multidisciplinares. Estas equipes devem incluir áreas de intervenção como a Nefrologia ou Endocrinologia, a Ortopedia, a Estomatologia, a Otorrinolaringologia e a Radiologia.

Quais os principais cuidados a ter após o diagnóstico? Quais os principais conselhos médicos?

É importante explicar á família um pouco da fisiopatologia da doença. Promover estilo de vida saudável com alimentação equilibrada, evitando o excesso ponderal é outro aspeto fundamental para atenuar a gravidade das deformidades ósseas. Deve-se aconselhar também uma boa higiene oral e promover vigilância regular pela Estomatologia.

Tendo em conta a sua experiência, por que é tão importante continuar a existir investigação e inovação nesta área? O que poderia melhorar?

Apesar de ser uma doença rara, perturba a qualidade de vida e o bem-estar físico e psicológico dos doentes e famílias. A dificuldade de mobilidade, as dores ósseas, a baixa estatura e as deformidades dos membros inferiores estão presentes diariamente na vida destes doentes.

A investigação no sentido de existir uma formulação de mais fácil administração ou com intervalo maior poderá ser um contributo.

Considera que a comunidade médica está suficientemente desperta para esta doença?

Infelizmente não. Continuam a chegar-nos crianças com 3-4 anos já com deformidades significativas, porque falhou o rastreio familiar da doença –

impõe-se excluir e precocemente a doença nas crianças cujos pais são portadores. Quando as crianças pequenas, no final do 1º ano, surgem com deformidades dos membros inferiores, embora podendo ser de causa fisiológica, se aquelas forem significativas e progressivas, uma simples análise ao sangue e urina, acessível em qualquer laboratório de análises clínicas, permite equacionar o diagnóstico e referenciar precocemente.

Embora seja mais difícil que o conhecimento a respeito das doenças raras chegue a cada vez mais pessoas, que mensagens essenciais gostaria de deixar no âmbito deste tema? (Não só para pais e cuidadores, mas também para a sociedade em geral)

  • O raquitismo é uma doença que continua a ocorrer nos nossos dias.
  • O raquitismo XLH embora sendo raro, é a forma de raquitismo hereditário mais frequente.
  • O rastreio familiar é essencial.
  • Numa criança pequena com consultas de vigilância de saúde regulares, as deformidades dos membros inferiores, o atraso na aquisição da marcha são os sinais que se devem valorizar.
  • A vigilância desta doença e complicações exige uma equipe multidisciplinar.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Unidades móveis em Alcântara e Sete Rios
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lança um rastreio do cancro da mama no distrito de Lisboa para mulheres entre os 50 e...

A campanha faz parte do alargamento do rastreio que a Liga tem vindo a desenvolver e que pela primeira vez se realiza no concelho de Lisboa, com postos em Alcântara e Sete Rios (junto ao Centro de Saúde), indicou a mesma fonte.

O rastreio destina-se a pessoas assintomáticas que não tenham feito mamografia há seis meses, e sem outros fatores de risco para além da idade e do sexo.

A iniciativa vai decorrer também em Cascais, Sintra, Mafra, Amadora e Oeiras. Depois de em 2021 ter sido lançada para abranger quase 100.000 mulheres, o objetivo é chegar a 400.000, até 2023, na região sul, indica a Liga.

O alargamento do rastreio realiza-se em parceria com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

 

Atribuído pelo Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos
“A nutrição parentérica na área da oncologia” foi o tema do estudo vencedor da edição 2021 do Prémio Biojam INOVAR em Farmácia...

Atribuído a Manuel Morgado, farmacêutico hospitalar do Centro Hospitalar da Cova da Beira, este é um prémio que, segundo o autor, “constitui um incentivo para continuar a trabalhar em projetos de investigação e a fazer mais e melhor, em particular na área de oncologia farmacêutica, uma área em que os autores apresentam um particular interesse profissional, académico e científico. Este prémio irá contribuir para sinalizar e chamar a atenção para algumas orientações práticas no âmbito da nutrição parentérica em oncologia e, para desta forma, melhor tratarmos os nossos doentes oncológicos”.

Segundo Manuel Morgado, também docente e investigador da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS-UBI) estima-se que, à luz de alguns estudos, cerca de 50% ou 80% dos doentes oncológicos apresentem um quadro de desnutrição. “É essencial dispor de algumas orientações que possam ser aplicadas de forma precoce e eficaz na prática clínica dos profissionais de saúde que fazem parte da equipa multidisciplinar envolvida na prescrição e monitorização da nutrição parentérica do doente oncológico”, acrescenta.

O estudo constitui uma revisão de diversos conhecimentos e orientações que são importantes para o farmacêutico hospitalar e para o tratamento e acompanhamento de doentes oncológicos que necessitam de intervenção clínica assistida, em particular, de nutrição parentérica. Uma vez avaliado o doente oncológico e a nutrição parentérica ser estabelecida, esta deve ser monitorizada com frequência.

Este foi um projeto que contou com o apoio de Fátima Roque, Professora da Escola Superior de Saúde do Intitulo Politécnico da Guarda e Cecília Mariano, especialista em farmácia hospitalar no Hospital Nossa Senhora da Assunção – Seia, da Unidade Local de Saúde da Guarda.

Para Carlos Monteiro, CEO da Biojam Holding Group, “a criação do Prémio Biojam Inovar foi e é mais um contributo que queremos dar à investigação, publicação e divulgação de trabalhos científicos em algumas áreas e sempre com a gestão científica e de seleção de artigos por parte das Sociedades Médicas das especialidades onde se inserem esses prémios”.

Mais estudos
Os líderes do Grupo de Investigação de Vacinas da Mayo Clinic sublinham a necessidade de aumentar os estudos a longo prazo das...

Gregory Poland e Richard Kennedy escrevem num comentário recentemente publicado na revista científica Nature Reviews Imunology que um maior foco na compreensão do impacto subsequente das vacinas (não só na imunidade, mas também em todos os outros sistemas biológicos) fornecerá informações que podem ajudar a tornar as vacinas mais seguras para todos e aumentar a confiança do público nas vacinas.

Segundo os especialistas da Mayo Clinic, o aumento de estudos sobre mecanismos moleculares, genéticos e imunológicos das vacinas ajudará a compreender e evitar os efeitos adversos das vacinas.

Por outro lado, defendem uma investigação em curso sobre os adjuvantes (substâncias que aumentam a imunidade) e permitem que os investigadores ajustem as intervenções em condições específicas ou subconjuntos de doenças. Por outras palavras, para tornar o alvo mais preciso.

Os dois investigadores defendem ainda uma abordagem de "biologia sistémica" que considere todas as interações possíveis e efeitos posteriores que possam interferir com outros sistemas corporais normais.

Por fim, apelam a uma maior vigilância das reações dos participantes durante os estudos clínicos e à prática clínica de rotina durante muito tempo após a conclusão do estudo.

Dizem que nenhuma vacina estará completamente livre de riscos e efeitos adversos, mas ao investir mais em investigação em infraestruturas, avaliação, acompanhamento, análise e estudos longitudinais, a segurança das futuras vacinas e a confiança dos doentes podem aumentar consideravelmente.

 

Moderna
A Moderna já veio a publico afirmar que a Covid-19 está a passar de uma pandemia para uma fase endémica em algumas zonas do...

"Acreditamos que estamos a transitar para uma fase endémica marcada por um período de estabilidade em caso de contagem, hospitalizações e mortes pelo menos no Hemisfério Norte", disse o diretor médico da Moderna, Paul Burton. No entanto, acrescentou que a Moderna está a acompanhar de perto a trajetória do vírus no Hemisfério Sul à medida que o inverno se aproxima.

Burton disse que o vírus continuará a circular durante uma fase endémica, mas a um ritmo mais estático e previsível. Provavelmente seguirá padrões sazonais como outros vírus respiratórios, como a gripe, observou.

O CEO Stephane Bancel disse que, embora a Covid esteja a entrar numa fase endémica em algumas partes do mundo, as pessoas vão precisar de outra injeção no outono, sobretudo acima dos 50 anos e na presenta de condições de saúde subjacentes.

"Alguns países como o Reino Unido quiseram garantir a oferta porque acreditam profundamente que o mercado endémico exigirá reforços anuais", disse Bancel.

A Moderna anunciou, durante a semana passada, que está a desenvolver uma dose de reforço que visa a Ómicron e outras variantes, como a Delta. Burton disse que a atual dose de reforço protege contra a hospitalização da delta e, em menor medida, a ómicron. No entanto, a eficácia da vacina diminui ao longo do tempo, acrescentou.

 

Hoje assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras
A CDG & Allies apela à necessidade de se investigar com base nas necessidades das pessoas que vivem com doenças raras e os...

“O Dia Mundial das Doenças Raras é um movimento global sobre as Doenças Raras com extrema relevância para as pessoas que vivem com este tipo de patologias. Atualmente, a grande maioria das CDG não tem qualquer terapia disponível, é necessário investigar. É uma luta constante pela equidade, pela inclusão social, e por conseguir que as pessoas que vivem com as CDG tenham a melhor qualidade de vida possível”, afirma Vanessa Ferreira, irmã de uma pessoa que vive com CDG, co-fundadora e investigadora da CDG & Allies.

Hoje em dia, muitas Organizações de pessoas que vivem com doenças raras, levam a cabo uma forma de ativismo colaborativo, que se denomina “Modelo Híbrido Coletivo (MHC)”. “A CDG & Allies é um exemplo único e pioneiro no nosso país deste tipo de ativismo.  Desde 2016, que várias associações CDG, famílias e especialistas uniram-se na “luta contra as CDG". As famílias CDG e as associações que as representam, são “experts pela experiência” com o poder de identificar necessidades urgentes quando falamos de investigação e desenvolvimento de terapias. Ou seja, as famílias CDG não se restringem apenas a viver com um diagnóstico, pois as mesmas têm um papel ativo no que respeita à investigação e desenvolvimento de terapias para responder às necessidades destas famílias e das pessoas que vivem com Doenças Raras.”, acrescenta Vanessa. 

“Os pais, e familiares, são abandonados à sua sorte, vivendo na busca incessante de informações fidedignas sobre estas doenças, sobre terapias e na procura de resposta para as necessidades dos seus filhos. Debatem-se quotidianamente com o inatingível – a cura da doença”, refere Rosália Félix, mãe de uma pessoa que vive com CDG, co-fundadora da Associação Portuguesa CDG.  

“Muitos dos desenvolvimentos que se têm verificado na área das CDG prendem-se, sobretudo, com a identificação e descrição de novos tipos da doença e com os métodos de diagnóstico”, acrescenta Paula Videira, co-fundadora e investigadora da CDG & Allies na NOVA School of Science and Technology (FCT NOVA). 

“Aos dias de hoje, existe, ainda, atraso e falha no diagnóstico, falta de informação acerca das doenças raras em geral, falta de profissionais familiarizados com este grupo de doenças, falta de disponibilidade de cuidados com qualidade, escassez de benefícios sociais, autonomia reduzida e dificuldade na integração no mundo do trabalho e no ambiente social e familiar”, conclui Rosália Félix. 

As CDG são um grupo de mais 160 doenças hereditárias que afetam a Glicosilação, um processo pelo qual todas as células humanas acumulam açúcares de cadeia longa que estão ligados a proteínas ou lípidos (gorduras), essenciais para muitas funções biológicas. Estas doenças são altamente incapacitantes, com uma elevada taxa de mortalidade pediátrica e com significativo impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e das famílias.

Com grande impacto na qualidade de vida
Na data em que se assinala o Dia Mundial das Doenças Raras - 28 de fevereiro - a Sociedade Portuguesa de Alergologia e...

O angioedema hereditário – uma doença rara que se manifesta pelo aparecimento de crises recorrentes de angioedema (inchaço) em várias localizações – afeta cerca de 300 portugueses interferindo negativamente no seu quotidiano e causando, em contexto de crises, além de desconforto e desfiguração, sofrimento físico e psíquico.

No âmbito da reunião da ADAH – Associação de Doentes com Angioedema Hereditário, no passado mês de dezembro, alguns doentes partilharam o seu testemunho de convivência com esta doença referindo diferentes episódios de crise da doença nos quais os profissionais de saúde, por existir um escasso conhecimento sobre a patologia não foi realizado um correto diagnóstico e tratamento. 

Consciente de todas estas implicações para a vida dos doentes, a SPAIC lançou, com o apoio da Takeda, a campanha “E se fosse consigo?” e que, através de diferentes ações, pretende alertar para a importância de uma melhor compreensão do angioedema hereditário junto dos profissionais de saúde. Esta campanha pretende combater a falta de informação que existe sobre a patologia, sendo fundamental que os profissionais de saúde saibam reconhecer os sinais da doença, o seu tratamento e também como fazer a referenciação.

Por ser confundido com uma alergia, o diagnóstico do angioedema hereditário é, muitas vezes atrasado, estimando-se que existam, em Portugal, entre 100 a 200 doentes por diagnosticar. É importante estar atento a sinais como edema de qualquer parte do corpo e/ou edema das mucosas, nomeadamente, das vias aéreas superiores (edema da glote) ou tubo digestivo (dor abdominal e vómitos).

 

28 de fevereiro
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) associa-se, uma vez mais, ao Dia Mundial das Doenças Raras, que se...

O Dia Mundial das Doenças Raras tem como objetivo sensibilizar o público e os decisores políticos para as doenças raras e provocar uma mudança significativa na vida de cerca de 300 milhões de pessoas que vivem com uma doença rara, suas famílias e cuidadores.

Estima-se que em Portugal existam entre 600 a 800 mil pessoas com doenças raras. Cerca de 72% destas doenças são genéticas e declaram-se na infância. Estes doentes e suas famílias deparam-se com desafios particularmente difíceis por haver pouca ou nenhuma informação científica sobre a sua doença ou, porque, os medicamentos existentes são demasiado caros ou inacessíveis ou, ainda, porque não existe um especialista no seu país. Todas estas circunstâncias, decorrentes da raridade da doença, podem conduzir a um diagnóstico demasiado tardio.

Perante este contexto, a União Europeia criou a “Rare Diseases Task Force” que levou ao surgimento das redes europeias de doenças raras – “European Reference Networks” (ERN). A primeira rede de referência europeia foi aprovada no início de 2017 contando, actualmente, com 24 redes ERN.

As redes europeias de referência (ERN) são redes virtuais que reúnem prestadores de cuidados de saúde de toda a Europa, com a finalidade de facultar o debate sobre doenças raras ou complexas e que demandam cuidados altamente especializados, bem como concentrar os conhecimentos e os recursos disponíveis.

Os doentes sinalizados com uma doença rara por médicos do CHUC, poderão beneficiar dos conhecimentos e da orientação de um especialista europeu na sua doença, caso exista na Europa. Este contacto é feito pelo seu médico através da plataforma, sem haver necessidade de o doente se deslocar ao estrangeiro.

 

 

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