Estudo
Pelo menos 5,2 milhões de crianças, menores de 18 anos, perderam um pai ou cuidador desde março de 2020 devido à pandemia,...

A investigação, liderada pelo Imperial College london (Reino Unido) com dados da mortalidade de 20 países, destaca que o grupo de adolescentes entre os 10 e os 17 anos é o mais afetado, já que até 2,1 milhões perderam um pai ou cuidador para a doença.

Este tipo de orfandade ligado à pandemia também afetou quase 500.000 crianças entre zero e quatro anos e 740.000 entre cinco e nove anos, segundo dados atualizados por especialistas em julho de 2021.

O estudo refere que o número de crianças afetadas quase duplicou nos seis meses, entre 1 de maio de 2021 a 31 de outubro desse ano, em comparação com o número registado nos primeiros 14 meses da pandemia (de 1 de março de 2020 a 30 de abril de 2021).

Em termos globais, notam os autores, a pesquisa sugere que a taxa de mortalidade da Covid-19 afetou "desproporcionalmente" os pais ou cuidadores masculinos.

Nesse sentido, três em cada quatro crianças menores de 18 anos que ficaram órfãos, cerca de 75%, perderam o pai ou o cuidador.

No geral, salientam, a orfandade provocada pela Covid-19 aumenta o risco de as crianças sofrerem de pobreza, exploração e abuso sexual ou violência, infeção por VIH, desafios de saúde mental e graves angústias, bem como, em alguns contextos, propensão para se envolver em gangues de jovens e extremismo violento.

 

Sem evidências
Em outubro de 2020, um grupo de investigadores enviou uma carta à revista The Lancet sobre vacinas que usam um tipo particular...

A carta, redigida por um grupo de investigadores, publicada na revista científica 'The Lancet' em outubro de 2020, dava conta que as vacinas experimentais contra o VIH que usavam o adenovírus humano 5 (Ad5) como vetor tinham aumentado o risco de infeção pelo vírus num subgrupo de participantes. Na altura, os investigadores expressaram a sua preocupação com o facto de as vacinas contra a Covid-19, que utilizam este vetor, poderem aumentar o risco de contrair VIH em populações de risco.

Um dos conteúdos que circulam indicou, inicialmente, que a vacina da Janssen contém o adenovírus 5, um dos quais se fala na missiva publicada no 'The Lancet'.

Os adenovírus são uma família de vírus que pode causar a constipação comum e são usados como vetores da vacina para transportar instruções para as nossas células. A vacina da AstraZeneca usa um adenovírus de chimpanzés, enquanto a da Janssen usa um adenovírus humano 26 (Ad26). O que ambos conseguem é introduzir no corpo um adenovírus com ADN modificado que é inofensivo e que, dentro das nossas células, forma cópias de RNA. É este RNA que contém as instruções para as nossas células fabricarem a proteína S (pico) que é igual à do coronavírus SARS-CoV-2.

Como esclarecido num artigo na revista científica 'Science', não há evidências de que algum destes adenovírus aumente o risco de infeção pelo VIH.

 

 

Galardoar até cinco jovens investigadores científicos portugueses, de idade igual ou inferior a 35 anos
A Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL estão a divulgar a segunda edição do Prémio Maria de Sousa, lançado em 2020 em homenagem...

O Prémio Maria de Sousa visa galardoar e apoiar jovens investigadores científicos portugueses até aos 35 anos, residentes em Portugal ou no estrangeiro, em projetos de investigação na área das ciências da saúde, incluindo um estágio num centro internacional de excelência.

No total, o prémio vai distribuir até 150 mil euros por um máximo de cinco vencedores, um aumento de 25 mil euros face à primeira edição.

As candidaturas encerram a 31 de maio e têm de ser apresentadas individualmente, não sendo admitidas candidaturas por grupos de investigadores.

O neurocientista Rui Costa é novamente o Presidente do Júri e recorda que “este Prémio continua a obra da cientista Maria de Sousa na construção de uma escola sem fronteiras, uma escola de novos cientistas portugueses ligados ao resto do mundo e que serão o alicerce de uma sociedade onde o conhecimento cria valor e muda a forma como vivemos.”

Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, explica que “pretendemos celebrar a vida e carreira de uma grande mestre que se distinguiu pela qualidade científica e técnica, aliando a investigação ao humanismo, o conhecimento ao ensino e formação. O talento da Professora Maria de Sousa foi responsável pela evolução da ciência e por dignificar o nome de Portugal a nível internacional.”

Para o Presidente da Fundação BIAL, Luís Portela, “Maria de Sousa continua viva no brilhantismo da obra que realizou, neste Prémio que a homenageia, nos jovens cientistas premiados na 1ª edição do Prémio e nos que se seguirão. Na primeira edição recebemos mais de 80 candidaturas; esperamos continuar com elevada adesão e apoiar jovens cientistas de grande qualidade a desenvolverem a sua carreira e a ganharem mundo.”

Para além de Rui Costa, o júri é composto por investigadores que foram muito próximos de Maria de Sousa: Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), Graça Porto,  diretora do grupo de investigação sobre a biologia do ferro do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, Miguel Castelo-Branco, diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) da Universidade de Coimbra, e Joana Palha, professora catedrática da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

O regulamento, formulário de candidatura e mais informação sobre esta edição estão disponíveis aqui.

 

Desmistificar as Doenças Raras
A RD-Portugal nasceu a 29 de maio de 2021, mas o nosso exército de voluntários de boa-vontade, já cá

Um conto antigo fala de uma tempestade que assolou uma ilha atirou com milhares de estrelas-do-mar para o areal. Na manhã seguinte, com o regresso da bonança, um homem vê uma jovem a devolver as estrelas ao mar. À pergunta de porque o está a fazer, se são milhares de estrelas, esta responde: “para esta estrela fará a diferença!”.

Existem muitas iniciativas que promovem a inclusão, a atenção para muitos assuntos para os quais achamos que será difícil mudar o mundo, mas, um pequeno gesto, uma pequena iniciativa pode transformar uma vida, um bairro, uma comunidade. Felizmente temos excelentes exemplos no nosso país, alguns promovidos ou até com o Alto Patrocínio da Presidência da República, pelo impacto que provocam.

Há mais de década e meia, Portugal teve um Programa para levar às escolas, desde os mais pequenitos até aos jovens quase adultos o conceito de separação de lixos que conduziria à reciclagem. O que isto tem a ver? É a forma de mudar paradigmas e alterar culturas. Aos dias de hoje, temos famílias que têm caixotes separados em casa para os vários tipos de resíduos, nos bairros, nas cidades os pontos de recolha. Tudo começou com um programa de sensibilização.

O que estamos a fazer?

Percebemos que existem alguns mitos na sociedade sobre as doenças raras. Desde logo, são muito pouquinhos, contagioso, alguém do governo estará a tratar disso, eu não posso fazer nada, nem percebo grande coisa do assunto, etc...

Se construirmos um conjunto de perguntas sobre doenças raras e, respostas simples e adequadas às várias idades, estaremos a ajudar? Parece que sim.

Se adicionarmos um conjunto de materiais e atividades que possamos pôr em prática de forma simples, repetitiva e transportar para os ambientes familiares, informais, melhorará o resultado final? Também parece que sim.

E se a isto somarmos um pequeno inquérito para perceber se os materiais estão adequados às idades, aos meios, à cultura, aos valores, às necessidades? Parece fazer sentido.

Experimentámos! Com um piloto no final de 2021 concluímos que foi muito positivo. Daremos conta dos resultados muito em breve. Com estes resultados, quisemos perceber até que ponto o Governo, nas áreas da Educação e Saúde, seria sensível a ponto de nos permitir ter a sua chancela. Parece que estamos no bom caminho.

Aumentámos o grau de ambição e perguntámos a outros países, a congéneres de Federações de Associações de Doenças Raras. Rapidamente percebemos que há uma adesão e vontade de traduzir e adaptar às suas realidades.

A pergunta que fica é como é que nós conseguimos chegar a todas as escolas? E a resposta é: “Não conseguimos!”. Pelo menos, sem a sua ajuda. Se consultar o que já estamos a fazer em https://raras.pt/informarsemdramatizar/ poderá ver como pode participar. Seja a divulgar a iniciativa, seja com donativos, seja sugerindo a empresa/entidade para a qual trabalha ou lidera a analisar e contribuir para que esta mudança cultura e comportamental passe a ser uma realidade nos próximos anos.

É importante afirmar que no site da Direção Geral da Saúde está lá que se estima haver em Portugal entre 600.000 a 800.000 pessoas com Doença Rara. Isto significa aproximadamente 6% da população. Qual a probabilidade de haver nas suas relações familiares, laborais ou sociais alguém que vive com uma doença rara? Isso, 6%.

Se conseguirmos que algumas destas pessoas sejam alertadas para sintomas e procurem ajuda profissional ou que auxilie na inclusão de pessoas nas comunidades ou, ainda, que melhore nos acessos de pessoas com deficiência ou diferentes, já valeu a pena!

O que queremos é informar sem dramatizar e, mesmo que seja numa comunidade, num bairro, num prédio, numa sala de aulas, para uma única pessoa, tal como a jovem com a estrela-do-mar: “para esta pessoa fará a diferença!”.

Ao fazer isto de forma continuada talvez desconstruamos mitos, mitiguemos dificuldades e alteremos culturas de proximidade e de inclusão.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista da Mayo Clinic esclarece
A doença cardíaca pode significar o fim do jogo ou mesmo uma ameaça de vida para atletas de alta competição ou atletas...

Pesquisas importantes avaliaram os riscos reais de paragem cardíaca em jovens atletas com problemas cardíacos, diz Elijah Behr. Isto inclui descobertas feitas na Mayo Clinic sobre a síndrome de QT longo, um distúrbio do ritmo cardíaco que pode causar batimentos cardíacos caóticos e rápidos.

"Há uma tendência para permitir a prática de exercício nos doentes que recebem um bom tratamento para a sua doença", diz Behr. "Esta deve ser uma abordagem personalizada que avalia totalmente o paciente usando conhecimentos especializados e que pode envolver o clube desportivo, a escola ou a faculdade para garantir a forma mais segura de agir."

Um dispositivo que pode ajudar os atletas a voltar a jogar após uma paragem cardíaca é o cardioversor- desfibrilador implantável. Pode fazer leituras eletrónicas do coração e determinar se está a ocorrer uma desordem do ritmo cardíaco que pode ser fatal e, em seguida, emitir um choque elétrico para devolver o ritmo cardíaco ao normal, explica o cardiologista. Em geral, os dispositivos são altamente eficazes para salvar vidas quando acontece uma paragem cardíaca, diz.

Uma paragem cardíaca é frequentemente causada por uma doença cardíaca subjacente que pode deixar uma cicatriz no coração, predispondo-o a um problema de ritmo que causa paragem cardíaca, explica o médico.

"É muito incomum que a paragem cardíaca em si cause mais danos cardíacos do que a doença cardíaca subjacente. Há também doenças que são basicamente elétricas e não estão associadas a qualquer dano ao músculo cardíaco em si", diz Behr. "Se não houver danos no coração, ou se for um pequeno dano, é possível que o atleta regresse ao seu normal funcionamento e desempenho. Depende muito da doença e da gravidade."

Pesquisas sobre morte súbita em jovens atletas e não-atletas sugerem que a morte súbita pode ser duas vezes mais frequente em atletas. Acredita-se que isso se deve ao efeito do stress extremo em pessoas com doenças cardíacas subjacentes, como a cardiomiopatia (doença muscular cardíaca), revela o médico. "Ainda assim, é raro notar que a maioria das mortes cardíacas repentinas não ocorrem durante o desporto", acrescenta.

Em geral, os atletas mais velhos que praticam exercícios físicos de resistência ou de alta intensidade durante muitos anos tendem a ter mais problemas de ritmo cardíaco e na artéria coronária do que os não atletas da mesma idade, diz Behr.

"Acreditamos que este pode ser o efeito da pressão excessiva no coração durante períodos intermitentes de pressão arterial alta e frequência cardíaca. Isto ainda não está totalmente compreendido e há necessidade de fazer mais pesquisas", acrescenta. "Há um benefício geral e significativo do exercício físico em termos de qualidade de vida e longevidade que provavelmente supera qualquer risco de problemas cardíacos."

Se o exercício pode piorar algumas doenças cardíacas ou mesmo aumentar o risco de paragem cardíaca, os cardiologistas podem trabalhar em conjunto com os atletas para moderar a intensidade e duração da atividade, diz Behr. Para limitar a intensidade do exercício, a medicação e a monitorização da frequência cardíaca podem ser usadas para obter uma frequência cardíaca mais baixa.

Estes problemas podem limitar muito os atletas de competição e pode ser necessário que eles mudem de desporto se quiserem continuar a competir. Passar de exercícios físicos rigorosos e dinâmicos para desportos menos desafiantes pode ser a única forma de equilibrar as necessidades psicológicas do doente e os riscos das suas doenças, diz.

"Em geral, o desporto é benéfico e o exercício é saudável para o corpo e a mente. Devemos evitar impor demasiadas restrições desnecessárias aos pacientes e, em vez disso, alcançar o equilíbrio certo para eles", avança o cardiologista. "São mais propensos a seguir planos de tratamento e que estarão bem em geral."

Saúde e bem-estar
O Ginkgo biloba é uma planta medicinal – também chamada de “nogueira japonesa” – cuja origem remonta

Os especialistas da Atida | Mifarma, o ecossistema online de saúde e bem-estar que pretende tornar-se na maior plataforma de saúde online da Europa, explicam-lhe as principais utilidades desta planta e tudo o que pode fazer pela sua saúde.

Tem efeito antioxidante. Graças ao seu alto teor de antioxidantes, o ginkgo ajuda a proteger as nossas células das agressões causadas por fatores externos. Para além disso, também pode ajudar a retardar o desenvolvimento de certas doenças, como cancro, doenças cardiovasculares ou o próprio envelhecimento.

Cuida a memória. Quando tomado sob a forma de suplemento alimentar, o ginkgo permite que as pessoas se lembrem mais facilmente das informações armazenadas no seu cérebro. É, por isso, também indicado para prevenir condições como o Alzheimer.

Ajuda a combater o stress. O ginkgo é também considerado como uma substância “adaptogénica”, ou seja, que beneficia a capacidade do organismo de lidar com fatores de stress e neutraliza os efeitos dos altos níveis de hormonas, como o cortisol e a adrenalina.

Melhora a circulação sanguínea. O ginkgo possui nutrientes como os “ginkgolides” que dificultam a ativação das plaquetas e, consequentemente, a coagulação do sangue. Assim, os suplementos com este ingrediente podem ser benéficos para pessoas com tendência para formar coágulos – sem, obviamente, dispensar uma consulta médica para se informar melhor. Como provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de ginkgo é adequado para pessoas com varizes, em convalescência após uma trombose, com problemas cardíacos, derrames e outras dificuldades relacionadas com a circulação sanguínea.

Ajuda a manter a linha. O ginkgo também é útil para a peroxidação lipídica, uma cadeia de reações que evita que a gordura se acumule nas nossas paredes vasculares. Contudo, atenção: ele não é milagroso! Os fatores mais importantes para quem pretende perder peso serão sempre um estilo de vida saudável e uma dieta equilibrada. O Gingko biloba pode, no entanto, dar-lhe uma mãozinha para conseguir atingir os seus objetivos.

Suplementos à base de Cardo Mariano ou Maca Peruana – como consumi-los?

Para além do Ginkgo biloba, os especialistas da Atida | Mifarma destacam ainda outras duas plantas medicinais cujos benefícios para a saúde são relevantes: o Cardo Mariano e a Maca Peruana (também conhecida como Maca Andina). Existem muitas formas de consumi-las, sendo os suplementos alimentares uma das mais comuns.

Durante séculos, o Cardo Mariano tem sido usado como estabilizador da função hepática – pelo que tomar comprimidos com esta substância é útil para auxiliar digestões pesadas, bem como para combater a dispepsia causada por distúrbios hepáticos.

Já a Maca Peruana, originária dos Andes do Peru e da Bolívia, é uma planta com diversas propriedades benéficas para o nosso corpo. Alguns exemplos? Ajuda a aumentar o desejo sexual, melhorando a libido tanto em homens como mulheres, e também contribui para a melhoria do desempenho desportivo e da resistência, aumentando a força e combatendo a fraqueza e a fadiga.

"Consumir suplementos que contenham Ginkgo biloba, Cardo Mariano ou Maca Peruana vai, sem dúvida, ajudar a melhorar a sua produtividade e desempenho, para além de unir o corpo e a mente," comenta Reme Navarro, farmacêutica e Business Strategy Director da Atida para o Sul da Europa. "O dia a dia pode ser muito exigente e, nunca substituindo uma alimentação saudável, os suplementos alimentares oferecem-lhe o equilíbrio de que todos precisamos para nos sentirmos a 100%.”

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Empresa foi, até aqui, gerida pela família de Diane e Ivan Villax
Jean-Luc Herbeaux será o novo Chief Executive Officer (CEO) da Hovione a partir de 1 de Abril. A decisão do Conselho de...

A nova liderança marca o início de uma nova fase na história da Hovione, fundada em 1959 por Diane e Ivan Villax — e, desde então, sempre gerida pela família —, que se traduz numa ambiciosa estratégia de expansão e crescimento.  “Vinte cinco anos depois de ter assumido esta responsabilidade, chegou o momento de deixar a liderança nas mãos de alguém que todos sabemos capaz de nos tornar ainda mais competitivos e melhores, e de o fazer dentro do quadro de princípios e valores que definem a Hovione desde o primeiro dia: integridade, servir bem os nossos clientes, rigor científico e trabalho em equipa. É um orgulho para a Hovione e para Portugal contribuirmos em 10% dos novos medicamentos que todos os anos são aprovados pela FDA (Food and Drug Administration). Isto é fruto do talento dos nossos colaboradores e das nossas universidades.” revela Guy Villax.

Nos últimos 25 anos a Hovione, duplicou o número de fábricas no mundo, viu a sua equipa aumentar de cerca de 450 para 2000 colaboradores, dos quais cerca de 1400 em Portugal, e tornou-se no maior empregador privado de doutorados em Portugal.

Jean-Luc Herbeaux é o chief operating officer (COO) da Hovione desde 2020, tendo desenvolvido um importante trabalho de reorganização e definição de estratégia para preparar a empresa para os desafios de um mercado cada vez mais global e competitivo. “Os nossos clientes são exigentes, os problemas que nos pedem para resolver implicam cada vez mais sofisticação e rigor do ponto de vista técnico, científico e industrial. As expectativas são, portanto, elevadas e a nossa responsabilidade aumenta à medida que a Hovione ganha mais protagonismo.”  Jean-Luc Herbeaux acrescenta “Produzimos em Portugal, na Irlanda, nos Estados Unidos e em Macau; e essa presença, nacional e internacional, será aprofundada com a consistência e qualidade que nos define desde sempre e assim continuará a ser.”

O novo CEO da Hovione assume funções num momento em que a empresa tem em curso a execução de um ambicioso plano de investimentos anunciado em $170Milhões, com a ampliação e melhoramento das instalações em Portugal, na fábrica de Loures, Nova Jérsia, EUA, mas também em Cork, na Irlanda. Está também em planeamento a construção de um novo polo industrial no Seixal.

Antes de se mudar para Portugal para se juntar à Hovione, Jean-Luc Herbeaux ocupou vários cargos de liderança na Evonik, onde liderou a Linha de Health Care, tendo reposicionado o negócio, impulsionando uma agenda de crescimento intencional, sustentável e lucrativa. Os seus cargos anteriores, que incluíam cargos seniores na Europa e na Ásia, permitiram que ele desenvolvesse uma forte experiência na gestão de organizações globais complexas. Jean-Luc Herbeaux, tem formação em Engenharia Mecânica, pela Université de Technologie de Compiègne (UTC), França, com um mestrado e doutoramento em Engenharia Mecânica, ambos atribuídos pela Universidade de Houston nos EUA.

 

Estudo
Segundo um estudo, publicado na revista The Lancet Regional Health, 62% das mulheres grávidas deram à luz sem puderem ser...

Os dados concluem que 62% das mulheres não podiam ser acompanhadas na sala de parto, 41,8% tinham dificuldade em aceder aos cuidados pré-natais, 20,8% não recebiam alívio da dor durante o parto e 23,9% das mulheres entrevistadas consideram que nem sempre foram tratadas com dignidade.

O estudo, sublinha ainda que mais de metade das inquiridas que tiveram um parto vaginal instrumental não deram o seu consentimento.

De acordo com o estudo, as mulheres da Croácia, Roménia e Sérvia tiveram os mais baixos padrões de cuidados maternos e recém-nascidos, enquanto as mulheres de França, Luxemburgo, Espanha, Suécia e Alemanha tiveram os mais elevados padrões.

 

Estudo
Um estudo publicado na revista The Lancet Child & Adolescent Health refere que os casos de síndrome inflamatória...

Embora não exista um comparador direto disponível, esta pesquisa concluiu que a taxa de casos desta síndrome em crianças e adolescentes vacinados entre 12 e 20 anos, nos EUA, é substancialmente inferior às estimativas anteriormente publicadas em indivíduos não vacinados, dentro dessa mesma faixa etária, que tinham sido infetados com SARS-CoV-2 durante os meses de abril a junho de 2020.

Anna R. Yousaf, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), nota que, "como parte do esforço abrangente para monitorizar a segurança da vacina Covid-19 nos EUA, a CDC tem acompanhado de perto casos de MIS-C em crianças vacinadas. Os nossos resultados sugerem que os casos de síndrome inflamatória multissistémica infantil após a vacinação são escassos e que a probabilidade de o desenvolver é muito maior em crianças que não são vacinadas e contraem Covid-19. Por isso, a vacinação é recomendada para todos os maiores de 5 anos."

O estudo investigou casos de MIS-C em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos, relatados durante os primeiros nove meses do lançamento da vacinação Covid nos EUA (14 de dezembro de 2020 a 31 de agosto de 2021). Uma equipa de especialistas médicos e epidemiologistas analisou 47 relatórios de possíveis doenças MIS-C em pessoas, entre os 12 e os 20 anos, em qualquer momento após receberem uma dose da vacina Covid. Destes 47 relatórios, 21 cumprem os critérios do CDC para a síndrome inflamatória infantil.

Estes casos foram então divididos em dois grupos, com e sem provas de uma infeção SARS-CoV-2 passada ou recente de testes laboratoriais. Calcularam as taxas de reporte de casos usando dados nacionais de vigilância da vacina do CDC sobre o número de pessoas entre os 12 e os 20 anos nos EUA que receberam uma ou mais doses da vacina Covid.

Dos 21 casos de erro C, 15 tinham provas de infeção sars-cov-2 passada ou recente, enquanto seis não. Mais de 21 milhões de crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos receberam uma ou mais doses de uma vacina Covid, representando um caso reportado por milhão de pessoas vacinadas nesta faixa etária. A taxa de notificação MIS-C para aqueles sem provas de infeção SARS-CoV-2 foi de 0,3 casos por milhão de pessoas vacinadas.

Opinião
Nos últimos anos, tem aumentado a procura por soluções mais naturais e saudáveis no que diz respeito

Ao longo dos tempos, a Homeopatia enquanto terapia mais natural tem despertado cada vez mais interesse, muito devido à qualidade, eficácia e segurança que aporta para a saúde e bem-estar. Com uma visão holística e propondo-se a compreender e tratar o binómio doente-doença, coloca no centro da sua ação a saúde como um todo, com o objetivo de contribuir para o bem-estar global: físico, mental e emocional do doente. 

Enquanto terapia complementar, a Homeopatia permite uma abordagem individualizada na medida em que a prescrição do tratamento se adequa a cada indivíduo tendo em conta a observação de sintomas e/ou patologias apresentadas. As soluções homeopáticas estão indicadas para todas as faixas etárias e etapas da vida. 

Uma forma diferente de cuidar, a Homeopatia é uma terapia eficaz uma vez que ajuda a prevenir doenças agudas, aliviar sintomas e promover a saúde e qualidade de vida. No entanto, não dispensa o devido acompanhamento médico nos casos moderados a graves. De acordo com a evolução da doença e a natureza particular do indivíduo, é o profissional de saúde quem aconselha sobre que medicamentos homeopáticos podem ser incluídos ou, até mesmo, combinados com outras terapêuticas. 

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David Ângelo é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Depois de em 2018 ter sido o primeiro português aceite na sociedade que reúne os maiores especialistas europeus da Articulação...

David Ângelo vai ser o primeiro estomatologista português a pertencer ao grupo restrito de médicos da Sociedade Americana de Cirurgiões da Articulação Temporomandibular (American Society of Temporomandibular Joint Surgeons – ASTMJS). Depois de ter sido referenciado por um médico norte-americano e por dois cirurgiões espanhóis que pertencem a esta sociedade, foi dirigido o convite ao diretor clínico do Instituto Português da Face pelos vários trabalhos científicos que tem desenvolvido na área da Articulação Temporomandibular (ATM), nomeadamente sobre a regeneração do disco articular, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e um protocolo único a nível mundial de recuperação pós-operatória destes doentes.

O conselho científico de médicos especialistas da sociedade americana de cirurgiões da ATM, após uma avaliação criteriosa ao seu percurso académico e profissional, aos seus artigos de investigação e às técnicas cirúrgicas aplicadas, reconheceu e elogiou o contributo científico que David Ângelo tem dado para a área da ATM. Após uma entrevista em dezembro, foi convidado a apresentar um artigo original no encontro deste ano da ASTMJS em San Diego, Califórnia, entre 3 e 5 de março.

“Pertencer à sociedade americana de cirurgiões da ATM significa passar a poder discutir diretamente os casos clínicos mais complexos com cirurgiões reconhecidos internacionalmente, todos eles com longos anos de experiência no tratamento da disfunção da ATM”, afirma David Ângelo, o único português a pertencer à Sociedade Europeia de Cirurgiões da ATM. “A partilha de conhecimento é a uma mais-valia da medicina: aliás, conheci os médicos que me referenciaram para a sociedade americana em fóruns internacionais de discussões clínicas e em cirurgias conjuntas. Um deles conheci-o ainda antes da pandemia, numa operação complexa realizada no The Wellington Hospital, em Londres”.

Protocolo de recuperação único e inovador

Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, David Ângelo criou um protocolo de tratamento único a nível mundial, o qual permite uma recuperação mais rápida dos pacientes com disfunção da ATM e resultados mais duradouros. O protocolo é essencialmente composto por três sequências: a preparação pré-cirúrgica com toxina botulínica para descomprimir a cápsula articular com uma técnica exclusiva; o tratamento cirúrgico da disfunção da ATM; e o acompanhamento pós-operatório híbrido com exercícios de fisioterapia, terapia da fala e recuperação gradual da função mastigatória.

“O protocolo de recuperação foi um dos meus projetos mais elogiados na entrevista de dezembro com os especialistas da sociedade americana da ATM. Para além dos artigos científicos, apresentei mais de 500 cirurgias que realizei – artrocenteses, artroscopias, cirurgias abertas e próteses de ATM – com dois anos de acompanhamento comprovado”, afirma David Ângelo. “Para a apresentação final em San Diego, vou levar um trabalho sobre o processo de recuperação da mastigação nos primeiros 30 dias após a cirurgia da articulação temporomandibular”.

Nos pacientes que acompanhou depois de os operar com uma técnica minimamente invasiva, em média a partir do 15º dia estes deixam de sentir dor articular na mastigação, altura em que já se sentem confortáveis para voltar ao trabalho. Ao 18º dia já se sentem confortáveis com a reintrodução da atividade física moderada. E, em média, a partir do 24º dia já recuperaram a mastigação normal de 90% da sua dieta alimentar. A satisfação dos pacientes com a recuperação da função mastigatória após 1 mês de intervenção foi de 8.88/10.

Em 2020, David Ângelo concebeu a plataforma “EuroTMJ” para registo de diagnósticos, intervenções e evoluções pós-operatórias de doentes no espaço europeu. David Ângelo obteve financiamento da Sociedade Europeia de Cirurgiões da Articulação Temporomandibular para conceber uma plataforma informática que regista os diagnósticos, intervenções e evoluções pós-operatórias de uma forma rigorosa e de fácil consulta e utilização pelos médicos em toda a Europa.

“A plataforma está a crescer e, no futuro, à medida que forem sendo registados os dados de mais doentes, será cada vez mais útil para auxiliar a decisão dos médicos”, afirma David Ângelo. “Nesta fase estamos a criar um algoritmo inteligente de apoio à decisão clínica, com base nos sintomas de cada paciente introduzidos na base de dados”.

Em formato híbrido
No dia 29 de março, o Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, vai ser palco da Happy Conference, uma das maiores conferências na área de...

“As pessoas passam muito do seu tempo no trabalho e, neste sentido, as empresas têm uma influência enorme na vida dos seus colaboradores. É fundamental que as empresas promovam e inspirem ambientes de trabalho saudáveis, tornando-se verdadeiros catalisadores e agentes de saúde pública. Com a realização desta conferência, queremos promover a partilha de boas práticas e de estratégias e contribuir para a criação e manutenção de empresas mais saudáveis. A médio e longo prazo, as pessoas saudáveis são mais felizes, mais criativas, mais envolvidas, mais eficazes. As empresas que dão prioridade à saúde no trabalho estão não só a agir corretamente do ponto de vista social, mas também a apostar numa visão empresarial vencedora”, adianta Carlota Ribeiro Ferreira, CEO da WIN World, entidade promotora da iniciativa.

Carlota Ribeiro Ferreira salienta ainda a importância da conferência num contexto pós-pandémico, reforçando que “a Covid-19 trouxe imposições como os confinamentos e o distanciamento social, que tiveram um grande impacto na saúde mental das pessoas. Esta situação foi transversal a todas as áreas e, inevitavelmente, transformou o setor empresarial, exigindo uma responsabilidade acrescida aos seus líderes”.

Sob o mote “Health Now: How leaders and teams dare to create greater organizations”, o evento, que recebe em palco Rob Cooke, Antonija Pacek, Amy Bradley, Minnie Freudhental, Sofia Couto da Rocha, e Felipe Gomez, convida líderes e equipas para participarem numa experiência imersiva e formativa, que nos traz contextos, conceitos, estratégias, ferramentas e exemplos práticos úteis à dinamização de culturas de saúde mais vigorosas e positivas nas organizações.

 

 

 

 

Participação através de preenchimento de questionário
Segundo a Confederação Portuguesa do Voluntariado, Portugal tem uma taxa de Voluntariado muito mais baixa do que a média...

Preocupados com estes dados, os jovens da Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV), no âmbito da atividade do Grupo de Trabalho "CPV Jovem", “sentem uma grande inquietação e anseiam por encontrar soluções para garantir que o Voluntariado cresça em Portugal”.

Deste modo, diversas organizações provenientes de vários setores da sociedade civil, relacionadas com o Voluntariado, pretendem definir uma estratégia que abra caminhos que possam ir ao encontro dos diferentes e complexos desafios que se colocam ao maior envolvimento da juventude no desenvolvimento sustentável e integrado mundial, nomeadamente, em Portugal.

Através do preenchimento de um questionário, para o qual a CPV Jovem solicita a colaboração de todos os jovens, com idades compreendidas entre 15 e os 30 anos, pretende-se retratar o voluntariado jovem em Portugal.  

“Entender as principais motivações dos jovens para fazer voluntariado; conhecer a dinâmica de voluntariado jovem nas diferentes regiões do país; identificar as áreas e tipos de voluntariado mais praticados pelos jovens; aferir o grau de conhecimento dos jovens sobre oportunidades de voluntariado; mensurar a regularidade com que os jovens fazem voluntariado; perceber se as políticas de incentivo ao voluntariado dão resultado; incentivar os jovens a conhecer diferentes oportunidades de voluntariado e promover o Voluntariado Jovem em Portugal”, pode ler-se em comunicado.

A propósito desta fundamental iniciativa, Eugénio Fonseca, Presidente da CPV, afirma: “Estas preocupações dos Jovens da CPV são de singular importância e motivação. Estou, profundamente convicto, de que as respostas às perguntas propostas contribuirão para a perceção de que, contrariamente ao que possa ser a situação predominante no Mundo, em Portugal, os jovens não estão tão indiferentes ao rumo que a sociedade está a seguir. É esta certeza que dá relevância à necessidade de conhecer o pensamento da juventude para que se criem condições de agir no presente e preparar o futuro. A CPV, com a ousadia criativa dos jovens, não quer deixar de estar na linha da frente em tudo o que ajude o país a ser mais próspero e humano.”

A CPV representa mais de meio milhão de voluntários, que colocam o seu tempo e as suas competências ao serviço dos outros. Para além das já existentes, a COVID-19 veio colocar a descoberto outras problemáticas que estão a intensificar as dificuldades de muita gente, que, imperiosamente, espera a cooperação de toda a sociedade portuguesa.

Março, Mês Mundial de Consciencialização para a Endometriose
A endometriose não é uma doença fácil de diagnosticar e pode hipotecar o sonho da maternidade, uma v

Cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo sofrem de endometriose. De acordo com médica ginecologista, a endometriose consiste na presença do tecido que reveste o útero por dentro (endométrio) fora da sua localização habitual. Os focos de endometriose encontram-se mais frequentemente nos ovários, nas trompas, nos ligamentos que sustentam o útero e no revestimento da cavidade pélvica ou abdominal. Os principais sintomas são a dor menstrual (dismenorreia), dor na relação sexual (dispareunia), dor ao evacuar (disquezia) e dor ao urinar (disúria). No entanto, há outras dores associadas como a abdominal ou torácica e cada doente apresenta sintomas e níveis muito distintos de dor.

“A endometriose tem um impacto muito significativo na vida das mulheres. Ao causar dores intensas, por vezes incapacitantes, diminui a qualidade de vida, interfere com a vida sexual e pode causar infertilidade”, explica.

De acordo com a médica, o diagnóstico de suspeita pode ser estabelecido com base na clínica e visualização ecográfica de quistos e/ou nódulos de endometriose. No entanto, sublinha que a confirmação é feita através da visualização direta das lesões, através de laparoscopia.

35% das mulheres inférteis tem endometriose

Embora não haja cura para a endometriose, existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida da mulher, prevenir a eventual progressão da doença, preservar a sua fertilidade e/ou ajudar na concretização do projeto reprodutivo. A fertilização in vitro é um tratamento apropriado para a infertilidade associada à endometriose (cerca de 35% das mulheres inférteis têm endometriose) quando outras técnicas mais básicas fracassam. A gestação em muitos casos proporciona a melhoria da clínica da endometriose, embora temporária. Regra geral, a cirurgia está indicada para os casos de endometriose mais graves e consiste na recessão das lesões endometriais nas suas diferentes localizações e restabelecimento da anatomia pélvica.

Endometriose: três perguntas e respostas

Esta doença causa sempre dor?

Há casos em que pode ser assintomática, o que pode atrasar ainda mais o diagnóstico. No entanto, também pode causar dores intensas. Nestes casos, deve ser procurada ajuda médica para despistar esta ou outras doenças. Quando não tratada, a endometriose pode evoluir, dificultando a gravidez. Cerca de 35% das mulheres inférteis podem ter endometriose. E das mulheres com endometriose, 40% podem sofrer de infertilidade. Daí a importância do diagnóstico precoce.

A endometriose é hereditária ou pode causar cancro?

Não está comprovado, mas existem estudos que apontam para a existência de uma maior probabilidade de a mulher ter endometriose quando há casos na família. A doença é benigna e é muito raro tornar-se numa condição maligna.

Há cura para a endometriose?

Não há cura para a endometriose, mas existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida da mulher, prevenir a eventual progressão da doença, preservar a sua fertilidade e/ou ajudar na concretização do projeto reprodutivo. A cirurgia só está indicada para os casos mais graves. Durante a gravidez há um alívio dos sintomas, mas, na maioria dos casos, estes voltam após o parto.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
P-BIO promoveu sessão sobre o impacto da pandemia na pessoa com doença rara
Carla Pereira, da Direção-Geral da Saúde (DGS), referiu que “o diagnóstico em doença rara demora muito tempo, mas, em 2020,...

Com o surgimento da pandemia, as vidas de doentes raros e cuidadores foram bastante impactadas, obrigando a uma nova forma de gerir os cuidados de saúde. Em Portugal, estima-se que entre 600 mil e 800 mil pessoas sejam doentes raros, num número que chega a 320 milhões a nível mundial.

Durante a sessão, este foi o principal tópico da P-BIO: perceber o impacto da pandemia para o doente raro e as lições que se podem retirar a partir daí. Olga Azevedo, Coordenadora do Centro de Referência de Doenças Lisossomais de Sobrecarga do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, referiu dados específicos do impacto negativo no acesso dos doentes com doença rara ao acesso aos cuidados de saúde, ao nível do diagnóstico, tratamento e seguimento das suas doenças. Segundo um questionário da EURORDIS, 9 em cada 10 doentes tiveram interrupção nos seus cuidados de saúde, 6 em 10 tiveram interrupção nos exames de diagnóstico, 7 em 10 tiveram consultas canceladas e cerca de 50% tiveram os seus tratamentos interrompidos ou adiados.

Alexandre Lourenço, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), assinalou que “cedo se percebeu que havia um impacto grande no acesso aos cuidados de saúde, além da resposta à Covid-19”. O mesmo referiu que “a maior parte das instituições, mais especificamente os hospitais, conseguiram desenvolver respostas assimétricas”, entre estas encontra-se a dispensa do medicamento em proximidade, em parcerias com farmácias comunitárias, associações de doentes ou outros mecanismos. “Estas iniciativas tiveram grande efeito” e “esperemos que não voltemos atrás nesta matéria”, salientou. Para Alexandre Lourenço, “a principal discussão que devemos ter agora é encontrar novas soluções para organizar os sistemas de saúde em função dos doentes”.

Paulo Gonçalves, Presidente Executivo de Empatia da RD Portugal – União das Associações de Doenças Raras em Portugal, referiu que muitos doentes raros acabaram por ser “esquecidos” no âmbito da luta contra a pandemia. De qualquer forma, destaca, como pontos positivos, a aceleração da digitalização, em especial no seio das associações de doentes. Foi em plena pandemia que foi criada a RD Portugal, que agrega várias associações de doenças raras em Portugal, contando já com mais de 30 de associados. Paulo Gonçalves exemplifica o papel da tecnologia, assinalando que a RD Portugal está a trabalhar com a DGS e SPMS, para que o cartão da pessoa com doença rara seja integrado nos restantes.

Um dos principais temas abordados na sessão foi o tratamento domiciliário. Para Olga Azevedo, um “grande avanço que ocorreu que foi a implementação do tratamento domiciliário para as doenças lisossomais de sobrecarga” que aconteceu no centro de referência do qual é coordenadora. “O custo da implementação do tratamento domiciliário vai depender das estruturas que cada centro já tem montadas para dar este tipo de resposta aos doentes”, assinala.

Armando Alcobia, Serviços Farmacêuticos do Hospital Garcia de Orta, EP., referiu que “nem todo o circuito de acesso ao medicamento funcionou, em termos de tratamento holístico ao doente”, mas realçou também a entrega do medicamento em proximidade e o tratamento domiciliário, do qual o Hospital Garcia de Orta foi pioneiro, bem como a agilização dos processos administrativos.

Para Carla Pereira, “a introdução do domicílio como nível de cuidados é atualmente uma prioridade, mas é preciso garantir condições de qualidade e segurança”. “Embora o balanço possa nunca ser positivo, percebemos que as respostas locais fizeram um esforço e conseguiram, de alguma forma, ir garantindo aquilo que são a necessidade de diagnóstico de doença rara e de acompanhamento de pessoas com doença rara em todas as suas dimensões”, acrescentou.

A moderação da discussão esteve a cargo de Joaquim Marques e foi integrada no ciclo BIOMEET Sessions. Esta é uma iniciativa organizada pela P-BIO, que promove várias sessões de temáticas relacionadas com a Biotecnologia e as Ciências da Vida.

Um dos 100 melhores médicos em Espanha
Luis Madero, consultor científico do laboratório português de tecidos e células estaminais BebéVida, acaba de ser distinguido...

Todos os anos, a Forbes identifica os nomes mais importantes por especialidade médica, reconhecidos a nível nacional e internacional pela excelência no desenvolvimento das suas atividades assistenciais, clínicas, de investigação, divulgação e ensino. Passados cinco anos desde a primeira distinção, Luis Madero volta a destacar-se entre os melhores especialistas médicos em Espanha.

Luis Madero, consultor científico do banco de tecidos e células estaminais BebéVida desde 2017, apresenta uma vasta experiência na transplantação hematopoiética, tendo sido responsável pelo primeiro transplante com recurso a sangue do cordão umbilical em Espanha. Até hoje, realizou mais de 100 transplantes com recurso a esta fonte de células estaminais.

Durante os mais de 40 anos da sua carreira, a sua investigação focou-se no tratamento de leucemias infantis, imunoterapia celular e oncolítica para tumores pediátricos metastáticos, refratários ou recorrentes, exercício físico em crianças com cancro, assim como ensaios clínicos em fase inicial e desenvolvimento de novos alvos terapêuticos.

Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Universidade Complutense de Madrid, Luis Madero especializou-se em oncologia pediátrica. Além de dirigir o Serviço de Hemato-Oncologia Pediátrica no Hospital Quirónsalud-Madrid, é chefe do Serviço de Onco-Hematologia e Transplante Hematopoiético do Hospital Niño Jesús, em Madrid, onde desenvolve o seu trabalho de investigação em diferentes projetos. É também chefe do Grupo de Progenitores Hematopoiéticos e Terapia Celular do Instituto de Pesquisa do Hospital Universitário da Princesa e professor catedrático do departamento de pediatria da Universidade Autónoma de Madrid.

 

Estudo
O envelhecimento é um processo natural que acomete todos os seres vivos. Mesmo assim, é também uma das principais preocupações...

No seu estudo aprovado pelo comité do núcleo de pesquisa institucional do Centro Universitário de Itajubá - FEPI, o neurocientista, biólogo, com formação em neuropsicologia e antropólogo luso-brasileiro,  Fabiano de Abreu Agrela, procurou compreender o papel da melatonina e das roupas apertadas no envelhecimento. “O neurotransmissor que tem relação com o envelhecimento é libertado no início do período noturno, quando cai a iluminação natural e tem seu pico durante a madrugada auxiliando no sono”, explica.

De acordo com o neurocientista, pode-se definir o envelhecimento como o processo de substituição das células somáticas, que morrem e são substituídas por novas. “Ao envelhecer, fisiologicamente ocorre a perda do tecido fibroso, diminuição da renovação celular e a redução da rede vascular e glandular”, detalha. Além disso, diversos fatores podem interferir no ciclo de renovação das células como stresse oxidativo ou questões genéticas como alterações no DNA.

A pressão exercida na pele pelas roupas prejudica a excreção de diversas substâncias, entre elas a melatonina, responsável por manter uma boa qualidade de sono. “As roupas apertadas também aumentam a temperatura corporal durante a noite, prejudicando a secreção de melatonina”, pontua o neurocientista.

A melatonina possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, ou seja, afeta diretamente no envelhecimento e ao ter um distúrbio de secreção dela, consequentemente, favorece o envelhecimento precoce. “Não só pela questão do envelhecimento, mas por outras questões de saúde também, é importante usar roupas largas e confortáveis para garantir uma boa noite de sono e o devido funcionamento dos neurotransmissores em suas diversas funções”, aconselha Fabiano de Abreu Agrela, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, representante e membro Redilat, rede de cientistas latino-americanos, professor na Universidad Santander de México e Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International.

 

 

 

Norma atualizada
A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a norma que determina o fim do isolamento profilático dos contactos de alto risco dos...

De acordo com a DGS, as normas agora atualizadas, “recomendam os contactos de alto risco a recorrer, preferencialmente, ao teste rápido de antigénio de uso profissional (TRAg) para SARS-CoV-2. “O primeiro deve ser realizado o mais precocemente possível após a data da última exposição ao caso confirmado e o segundo (após um primeiro teste negativo ou na ausência da realização do primeiro teste) entre o terceiro e o quinto dia desde a data da última exposição ao caso confirmado”, adianta o comunicado.

A DGS estabeleceu ainda que os contactos de alto risco podem também realizar um autoteste, exceto em instituições de apoio ou acolhimento a populações mais vulneráveis. “No caso de o resultado do autoteste ser positivo, deve ser feito um teste de confirmação por TAAN ou TRAg de uso profissional, preferencialmente, no prazo de 24 horas”, refere o documento.

Segundo a DGS, os diversos sistemas de informação serão adaptados, de forma faseada, até à próxima segunda-feira, dia 28 de fevereiro, “entrando de imediato em funcionamento as medidas necessárias a garantir que apenas são colocados em isolamento, nomeadamente pelo SNS24, os utentes com teste positivo para Covid-19”.

 

 

 

Ensaios mostram 75% de eficácia contra doença grave ou moderada
A Sanofi e a GSK anunciaram ontem que pretendem enviar os dados dos seus ensaios de fase 3 de eficácia e de reforço, como base...

A relevância para a saúde pública da vacina Sanofi-GSK de base proteica, adjuvada, estável à temperatura de frigorífico, é fortemente suportada pela indução de respostas imunitárias robustas e por um perfil de segurança favorável em vários ambientes. Nos participantes que receberam a vacinação primária com uma vacina de mRNA ou adenovírus, a vacina de reforço Sanofi-GSK induziu um aumento significativo nos anticorpos neutralizantes entre 18 e 30 vezes, para todas as plataformas de vacinas e faixas etárias. Quando a vacina Sanofi-GSK foi administrada como vacinação primária de duas doses, seguida de uma dose de reforço, os anticorpos neutralizantes aumentaram entre 84 e 153 vezes, em comparação com os níveis pré-reforço (ver figuras 1a e 1b para detalhes).

“Estamos muito satisfeitos com estes dados, que confirmam a nossa forte ciência e os benefícios da nossa vacina contra a COVID-19. A vacina Sanofi-GSK demonstra uma capacidade universal para reforçar todas as plataformas de vacinas, em todas as faixas etárias. Também observámos a eficácia robusta da vacina como vacinação primária no atual e desafiante ambiente epidemiológico. Nenhum outro estudo de eficácia global de fase 3 foi realizado durante este período com tantas variantes de preocupação, incluindo a Omicron, e estes dados de eficácia são semelhantes aos dados clínicos recentes das vacinas aprovadas”, afirma Thomas Triomphe, Vice-Presidente Executivo, Sanofi Vaccines.

Para Roger Connor, Presidente da GSK Vaccines, “a evolução da epidemiologia da COVID-19 demonstra a necessidade de uma variedade de vacinas. A nossa vacina candidata, de base proteica, adjuvada, usa uma abordagem bem estabelecida que tem sido amplamente usada para prevenir infeções por outros vírus, incluindo a gripe pandémica. Estamos confiantes que esta vacina pode desempenhar um papel importante à medida que continuamos a enfrentar esta pandemia e a preparar-nos para o período pós-pandemia.”

Quando usada como vacinação primária de duas doses, a vacina Sanofi-GSK forneceu níveis robustos de anticorpos neutralizantes, com GMT a atingirem as 3711 unidades. Para comparação, um painel sérico obtido de voluntários da mesma faixa etária, que receberam as duas doses de uma vacina de mRNA já aprovada e altamente eficaz, apresentou GMT de 1653 unidades, medido simultaneamente no mesmo laboratório.

Dados do estudo de eficácia VAT08 demonstraram que duas doses da vacina Sanofi-GSK geraram uma eficácia de 57,9% (95% de intervalo de confiança [IC, 26,5; 76,7]) contra COVID-19 sintomática, em população seronegativa.

A vacina Sanofi-GSK forneceu 100% de proteção (0 vs 10 casos pós-1ª dose, 0 vs. 4 casos pós-2ª dose) contra doença grave e hospitalizações, assim como 75% (3 vs 11 casos) de eficácia contra doença moderada ou grave, em populações seronegativas. Embora o sequenciamento esteja ainda em progresso, dados recentes indicam 77% de eficácia contra COVID-19 sintomática associada à variante Delta, de acordo com a eficácia esperada da vacina.

Em ambos os estudos, a vacina Sanofi-GSK foi bem tolerada tanto em adultos jovens como em idosos, sem preocupações de segurança.

As empresas estão em discussão com as autoridades regulamentares, incluindo a FDA dos EUA e a Agência Europeia do Medicamento (EMA), e planeiam submeter a totalidade dos dados gerados com esta vacina candidata, para apoiar as autorizações regulamentares.

Para avaliar a imunogenicidade da vacina Sanofi-GSK como dose de reforço, foram testadas pela Monogram Biosciences [São Francisco, CA] amostras de soros humanos imunes, usando um teste de neutralização de pseudovírus (pVNT), padronizado e aprovado pela FDA, contra o vírus protótipo D614G.

Sobre o VAT08 e o VAT02

O estudo de fase 3, VAT08, realizado nos EUA, Ásia, África e América Latina, está a avaliar uma formulação de 10µg do antigénio da vacina à base de proteína recombinante, adjuvada, contra o SARS-COV-2, quanto à eficácia, imunogenicidade e segurança, em comparação com placebo. A primeira etapa do estudo é avaliar a eficácia de uma formulação da vacina que contém a proteína spike contra o vírus D614 original (parental), em mais de 10000 participantes com mais de 18 anos, aleatorizados para receberem duas doses de 10 µg da vacina ou do placebo, no dia 1 e no dia 22.  . Foi recentemente concluído o recrutamento para uma segunda etapa do estudo, para avaliar uma segunda formulação bivalente, incluindo a proteína spike da variante B.1.351 (Beta). O estudo de fase 3 sucede os resultados iniciais positivos do estudo clínico de Fase 2 (VAT00002). Nesse estudo, a vacina candidata contra a COVID-19 foi administrada a 722 adultos, para avaliar a eficácia, reatogenicidade e imunogenicidade de 2 doses, e para identificar a dose ótima para usar como reforço. Os resultados demonstraram taxas de resposta elevadas em termos de anticorpos neutralizantes, com 95% a 100% de seroconversão após uma segunda injeção, em todas as faixas etárias (18 a 95 anos) e em todas as doses.

Os resultados completos dos estudos VAT08 e VAT02 serão publicados ainda este ano.

Estes esforços são apoiados por fundos federais da Autoridade de Investigação e Desenvolvimento Biomédico Avançado, parte do Office of the Assistant Secretary for Preparedness and Response of Department of Health and Human Services dos EUA, em colaboração com o Department of Defense Joint Program Executive Office for Chemical, Biological, Radiological and Nuclear Defense dos EUA ao abrigo do contrato W15QKN-16-9-1002 e pelo Instituto Nacional de Alergias e doenças Infeciosas (NIAID). O NIAID  fornece financiamento para o Centro de Operações e Liderança (UM1 AI 6861HVTN) da rede de ensaios de vacinas contra o HIV (HVTN), o Centro de Gestão de Estatística e Dados (UM1 AI 68635), o Centro de laboratórios HVTN (UM1 AI 68618), o Centro de Operações e Liderança da Rede de estudos para a Prevenção do HIV (UM AI 68619), O Centro de Operações e Liderança para o grupo de estudos clínicos AIDS (UM1 AI 68636) e o Consórcio de Investigação Clínica para as doenças Infeciosas (UM1 AI 148684, UM1 AI 148450, UM1 AI 148372, UM1 AI 148574)

600 modelos às primeiras 600 candidaturas que cumpram os requisitos
A LEGO Foundation anunciou a atribuição de 600 LEGO® MRI Scanners (Scanner de Ressonância Magnética) a hospitais de todo o...

O que começou em 2015, para o funcionário da LEGO Erik Ullerlund Staehr e o Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca, como projeto de amor, adquire agora a dimensão e os meios de formação para as equipas hospitalares. A equipa desenvolveu os sets como forma de ajudar as crianças a navegar no turbilhão que é muitas vezes a realização de uma ressonância magnética. Os sets foram pensados para ajudar as crianças a cooperar melhor com o corpo clínico e a perceber em que consiste, afinal, a grande e complicada máquina que faz estes exames.

Erik Ullerlund Staehr, Chemical Technician do Grupo LEGO, afirma: «Estou muito orgulhoso deste projeto e do impacto positivo que já demonstrou ter. Pude observar em primeira mão como as crianças reagem a estes modelos; sentem-se mais descontraídas, e uma experiência muitas vezes aflitiva torna-se positiva, lúdica. Olhando para a altura em que fazíamos, eu e outros funcionários da LEGO, uns quantos modelos LEGO MRI no nosso tempo livre, é espantoso ver agora o projeto ganhar esta dimensão.»

O LEGO MRI Scanner foi desenvolvido com foco na criança e numa linha que privilegia a aprendizagem por meio da brincadeira, que fortalece na criança o desenvolvimento de competências. O modelo foi concebido em torno dos cuidados infantis com recurso à ressonância magnética e constitui um meio de os clínicos favorecerem o faz de conta e o diálogo, de modo que a criança se sinta em segurança e possa adquirir mais confiança e persistência antes do caminho propriamente dito, reduzindo, por sua vez, a ansiedade e o stress. A brincadeira estimula a curiosidade natural da criança e a abertura a experimentar coisas novas e, por vezes, difíceis. Porque a brincadeira favorece um “espaço de treino” cómodo e seguro para lidar com momentos e consequências da vida real, trata-se de uma maneira eficaz de as crianças desenvolverem as suas competências sociais e afetivas. Pode também integrar um conjunto de experiências lúdicas que contribuam para a aspiração dos clínicos à diminuição do uso da anestesia.

Desde que foi feito o primeiro protótipo, a equipa do Departamento de Radiologia do Hospital Universitário de Odense usa os LEGO MRI Scanners como parte da aprendizagem lúdica que defende, com que tem ajudado, por ano, mais de 200 crianças dos quatro aos nove anos de idade.

Ulla Jensen, do Departamento de Radiologia do Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca, diz: «Os MRI Scanners são máquinas enormes. E fazem também muito barulho, o que pode ser assustador para as crianças. A nossa equipa percebeu que o uso de modelos como o modelo LEGO proporcionou a muitas crianças experiências mais positivas, mais pacíficas. Isto é benéfico para a criança, para a família e para a qualidade da própria ressonância magnética, que, para funcionar, depende de a pessoa conseguir permanecer muito quieta até uma hora.»

Chegar a mais crianças

Graças a Erik e à sua generosa dedicação, perto de 100 hospitais pelo mundo fora tiraram já partido do uso do LEGO MRI Scanner. O projeto foi muito bem aceite, e no sentido de criar ainda maior impacto e melhor compreensão do seu potencial, a LEGO Foundation está agora a expandir o projeto e a encorajar os hospitais de todo o mundo a concorrerem a um dos 600 modelos disponíveis neste momento. Construídos por voluntários da LEGO, estes modelos serão transportados, sem nenhuns encargos, até aos hospitais. Uma vez distribuídos, a LEGO Foundation, com as observações dos hospitais participantes, terá uma ideia mais clara de como continuar a cimentar a pesquisa com base científica e, assim, abrir caminho a potenciais projetos.

Para melhor auxiliar o uso dos LEGO MRI Scanners, a LEGO Foundation desenvolveu quatro vídeos de formação para serem parte integrante do modelo. Estes vídeos foram pensados para ajudar a equipa médica a orientar as crianças durante a realização da ressonância magnética, favorecendo deste modo a sua aprendizagem social e afetiva por meia da brincadeira. Os vídeos estão disponíveis gratuitamente para qualquer hospital que pretenda saber mais sobre a técnica.

Este vídeo mostra uma introdução ao modelo LEGO MRI e ao material de formação que o acompanha.

Dorthe Feveile Kjerkegaard, Play & Health Specialist da LEGO Foundation, acrescenta: «As ressonâncias magnéticas podem ser momentos assustadores e capazes de gerar ansiedade em todos nós, mas ainda no caso das crianças. Por meio de uma técnica de aprendizagem lúdica, como no caso do LEGO MRI Scanner, temos conseguido conduzir as crianças durante o processo, passo a passo, para as preparar para o que há de vir; como resultado, ajudamo-las a sentir segurança ao tornar familiar o desconhecido. Até agora, a resposta tem sido avassaladora. É para nós uma honra poder ajudar tanto crianças como pais a terem uma experiência mais positiva e menos preocupante, e é com vontade que procuraremos ajudar ainda mais famílias pelo mundo com a expansão deste conceito.»

A LEGO Foundation vai doar 600 modelos às primeiras 600 candidaturas que cumpram os requisitos. Estas terão de partir de um departamento de radiologia num hospital, com instalações para ressonância magnética, para uso em crianças e adolescentes, já implantadas. Para ter acesso ao formulário de pedido, visite https://learningthroughplay.com/lego-mri-scanner-models.

O modelo vem com aproximadamente 500 elementos e mede 13 cm de largura, 25,5 cm de comprimento e 10,5 cm de altura.

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