Incontinência Urinária, Gravidez e Parto
A incontinência urinária é definida pela perda involuntária de urina.

A incontinência urinária é um dos problemas mais frequentes nas consultas de urologia feminina e é causa de sofrimento psicológico, limitação da vida social, familiar e profissional por razões de higiene e o receio emitir odor a urina que possa ser percebido pelos outros.

A gravidez e o parto estão associados ao risco de desenvolver incontinência urinária por razões que ainda não estão bem determinadas, mas que se relacionam essencialmente com lesões dos músculos, ligamentos e/ou nervos pélvicos. Este tipo de incontinência: Incontinência de Esforço, resulta da lesão dos ligamentos que suportam a uretra e o respetivo esfíncter (anel muscular que encerra a uretra e controla a continência urinária). Este defeito de suporte, resulta em hipermobilidade da uretra- uma descida exagerada da uretra durante esforços. 

A consequência, é a incapacidade da mesma em conter a urina armazenada na bexiga, durante aumentos da pressão abdominal, que acontecem ao realizar esforços como tossir, espirrar, carregar pesos ou fazer exercício.

Mais de 50% da grávidas têm episódios de incontinência durante o decurso da gestação. Esta incontinência geralmente resolve com o parto. No entanto, até 10% destas mulheres mantêm a incontinência pós-parto e algumas que não tiveram perdas até esta altura, também podem ficar incontinentes no pós-parto. Felizmente a maior parte destas mulheres acabam por recuperar nas semanas e meses que se seguem.

Assim, o risco de incontinência aumenta com o número de gestações. No entanto, o maior fator de risco parece ser o parto, sobretudo o tipo de parto. Se o nascimento for por cesariana, a incontinência que se desenvolve durante a gravidez, em regra geral, é transitória e resolve com o tempo. O parto vaginal, por outro lado, acarreta maior risco de incontinência persistente.  Este risco parece ser maior com o primeiro parto e sobretudo com partos traumáticos e complicados. Partos muito prolongados aumentam a probabilidade de incontinência persistente.  E no caso de partos com fórceps ou ventosas o perigo é maior. Também no caso de lacerações graves do períneo, o risco de prolapsos e incontinência aumenta. A episiotomia, protege destas rasgaduras e ajuda a evitar estas complicações.

Uma maneira de tratar e fazer profilaxia deste problema é o ensino de exercícios de reabilitação do pavimento pélvico. Os exercícios de Kegel, são o tipo de exercício de reabilitação mais conhecido. O objetivo é hipertrofiar o músculo do pavimento pélvico e aprender como o usar para aumentar o encerramento da uretra durante esforços.

No entanto, este tipo de reforço muscular não repõe o defeito que está na origem da incontinência. É apenas um mecanismo de compensação.

O problema é que em muitos casos, este reforço não é suficiente para compensar o efeito da perda de sustentação da uretra. Nestes casos, embora haja diminuição das perdas, o problema não fica resolvido e a doente continua com perdas. Nestes casos a solução é cirúrgica. Passa por colocar um reforço sob a uretra de modo que esta fique impedida de descer durante os esforços.

Este tipo de cirurgia é realizado com fitas de material sintético que se posicionam sob a uretra por meio de uma pequena incisão vaginal. Esta técnica cirúrgica que foi desenvolvida há cerca de 20 anos tem tido alguns desenvolvimentos ao longo do tempo, no sentido de uma maior simplificação e maior segurança, tem-se mantido no seu princípio básico, inalterada. Estas fitas, colocadas sob a região média da uretra apenas estão encostadas, sem exercer pressão.

Durante os esforços, a uretra é empurrada para baixo, de encontro á resistência desta fita, que a encerra e impede a saída da urina.

O que este texto descreve é a situação mais vulgar da incontinência urinária de esforço. No entanto, há que ressalvar que há muitas outras situações que resultam em incontinência urinária, bem como frequentemente a incontinência é um dos problemas de um conjunto de outras anomalias a tratar em cada doente específica.

A abordagem de cada pessoa implica uma avaliação cuidada e as soluções, não  são “standard” mas sim individualizadas para cada um.

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Incontinência urinária: menopausa e parto entre fatores desencadeantes 

Incontinência Urinária: em vez de falarem sobre o problema, mulheres tentam disfarçá-lo

Reabilitação pélvica: o que é?

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Webinar decorre a 15 de março
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos, responsável pela implementação de standards para promover uma cadeia...

No próximo dia 15 de março, decorre o webinar “Digitalização de processos financeiros e administrativos”, que contará, entre outros momentos, com um leque de oradores, especialistas na área do setor público e retalho, que apresentarão ideias e soluções para tornar os departamentos financeiros e administrativos das empresas mais ágeis e produtivos.

Ao longo da manhã, o evento abordará temas relacionados como a automação de processos financeiros; o relacionamento com fornecedores e clientes; faturação eletrónica como motor de aceleração do negócio; benefícios de uma linguagem eletrónica financeira global.

Esta ação formativa interativa, em que o público pode colocar questões diretamente aos especialistas, totalmente gratuita, tem como oradores confirmados Bruno Miguel Cardoso, da SONAE; Edério Alves, da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Nuno Miranda, da GS1 Portugal; e Eugénio Veiga, da YET.

As inscrições estão disponíveis através da página online da GS1 Portugal.

 

Excesso de peso
A prevalência da obesidade tem aumentado a um ritmo alarmante em todo o mundo nas últimas décadas.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a obesidade raramente é causada apenas pelos nossos genes. A obesidade resulta de uma relação sinérgica entre os nossos genes e fatores ambientais.

Formas raras de obesidade causadas por mutações num único gene (obesidade monogénica)

As formas mais raras de obesidade resultam de mutações espontâneas num único gene, denominadas de mutações monogénicas. Estas mutações foram descobertas em genes que desempenham papéis essenciais no controlo do apetite, na ingestão de alimentos e na homeostase energética.

Genes promotores de obesidade num mundo promotor de obesidade

Na maioria das pessoas, a predisposição genética para a obesidade é de origem poligénica, ou seja, resulta da ação conjunta de vários genes. Por si só, a genética tem pouco impacto no desenvolvimento da obesidade sem a presença de fatores ambientais promotores.

Um estudo demonstrou que o consumo de alimentos não saudáveis pode interagir com os genes associados à obesidade, evidenciando a importância de reduzir o consumo destes alimentos em indivíduos geneticamente predispostos à obesidade. Este estudo reforça a ideia da associação existente entre dieta, genes e obesidade.

Os fatores genéticos identificados contribuem em parte para o risco de obesidade, contudo a adoção de um estilo de vida saudável pode neutralizar esta predisposição genética.

Interações gene-ambiente: a hereditariedade não é destino

É improvável que as alterações genéticas justifiquem a rápida disseminação da obesidade em todo o mundo, pois estas alterações são demasiado lentas para serem apontadas como uma causa.

Se os nossos genes permaneceram os mesmos, o que mudou nas últimas décadas para o aumento da taxa de obesidade?

Ocorreram alterações no nosso ambiente e estilo de vida que afetaram o nosso consumo e gasto energético.

Apesar da maioria das pessoas poder apresentar alguma predisposição genética para a obesidade, esta predisposição só se torna relevante quando conjugados com fatores ambientais promotores, tais como:

  • Elevada disponibilidade e ingestão de alimentos
  • Diminuição acentuada da atividade física durante o trabalho, atividades domésticas e tempos de lazer
  • Aumento do tempo sentado em frente a monitores/telemóveis ou outras atividades sedentárias
  • Aumento da ingestão de alimentos altamente processados e de elevada densidade calórica

O estilo de vida e o ambiente em que vivemos têm mais impacto do que os nossos genes.

A contribuição dos genes para o desenvolvimento da obesidade é pequena, enquanto que a contribuição do meio ambiente é enorme. Os genes podem determinar quem está mais predisposto, mas é o ambiente que determina quem se torna efetivamente obeso.

É por isso que os esforços de prevenção da obesidade devem concentrar-se na mudança dos hábitos alimentares e no estilo de vida.

Tratamento da Obesidade

Se têm obesidade procure a ajuda de um profissional especializado. Dependendo do seu Índice de Massa Corporal (IMC), existem vários tratamentos disponíveis, tais como as terapias medicamentosas, as terapias endoscópicas bariátricas e a cirurgia bariátrica.

As terapias endoscópicas bariátricas são uma nova linha de tratamento de obesidade que incluem os balões intragástricos (normal e ajustável) e gastroplastia endoscópica (método Apollo e método POSE). Estas técnicas endoscópicas são menos invasivas que a cirurgia bariátrica e proporcionam em média uma perda de peso de 20%-25% do peso total.

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Curso de Introdução à Geriatria
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o Curso de...

Destinado a Médicos Internos ou Especialistas de Medicina Interna; Médicos de outras especialidades médicas; ou outros profissionais de saúde que prestem cuidados a pessoas idosas, o Curso de Introdução à Geriatria propõe-se a transmitir conceitos básicos de Geriatria úteis na compreensão do processo do envelhecimento e na abordagem clínica do doente idoso.

“Este é um curso que já vai para a 11ª edição.  O objetivo deste curso é ensinar e transmitir conceitos que são considerados princípios fundamentais da Geriatria. Em primeiro lugar abordar-se-á as alterações fisiológicas do envelhecimento, e que têm consequências na terapêutica farmacológica. Posteriormente iremos falar sobre a metodologia de avaliação da Geriatria que é a avaliação geriátrica global e as várias síndromes geriátricas”, afirma Sofia Duque, Coordenadora do NEGERMI referindo que “iremos falar, por exemplo, de alterações cognitivas, problemas nutricionais, da instabilidade e quedas”.

Média Internista, Sofia Duque enaltece que a pertinência desta formação se prende com o facto de, no decorrer da prática clínica, ser “comum falhar a avaliação de síndromes geriátricas que não encaixam, exatamente, em doenças específicas”.

“Estas são condições que são multifatoriais e, portanto, associadas a várias condições em simultâneo, mas enquanto ignorarmos a abordagem destas síndromes geriátricas, que não são exclusivas de nenhuma especialidade médica, não estaremos a tratar bem os idosos. Estas síndromes geriátricas são das condições que têm maior impacto na qualidade de vida das pessoas e no seu bem-estar”, frisa ainda a Coordenadora do NEGERMI.

Com uma componente prática, os formandos vão ter oportunidade de consolidar os conhecimentos adquiridos. “A grande mais-valia deste curso, é que o módulo presencial vai permitir a aplicação destes conceitos mais teóricos de um ponto de vista prático, aplicando os vários conceitos a casos clínicos de doentes reais, vai ser um componente presencial e , como tal, vai permitir a discussão interativa, entre os formadores e os formandos”, conclui Sofia Duque.  

Para mais informações:  Curso de Introdução à Geriatria - SPMI

 

 

Análise publicada no The Lancet
Dois anos depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o surto global de Covid-19 uma pandemia, a The Lancet...

Assim, embora o número oficial de mortes de Covid tenha sido de 5,9 milhões entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021, o novo estudo calcula que houve 18,2 milhões de mortes durante o mesmo período, o que sugere que o impacto total da pandemia pode ter sido muito maior.

O excesso de mortes – a diferença entre o número de mortes registadas por todas as causas e o número esperado com base nas tendências anteriores – é uma medida fundamental do verdadeiro número de mortes da pandemia. Embora tenha havido várias tentativas para estimar o excesso de mortalidade por parte da Covid, a maioria teve um âmbito geográfico limitado devido à disponibilidade de dados.

O novo estudo apresenta as primeiras estimativas revistas pelos pares de mortes em excesso responsáveis pela pandemia a nível global, para 191 países e territórios (e 252 locais subnacionais, como estados e províncias) entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021.

Os dados semanais ou mensais sobre as mortes por todas as causas em 2021, 2020 e até há 11 anos foram recolhidos para 74 países e 266 estados e províncias através de pesquisas em sites governamentais: a Base de Dados Global de Mortalidade, a Base de Dados de Mortalidade Humana e o Gabinete Europeu de Estatística. Os dados foram usados em modelos para calcular o excesso de mortalidade devido à pandemia, mesmo nos locais que não reportam dados semanais ou mensais de mortalidade.

A análise indica que o excesso de mortes a nível global devido à pandemia pode ter ascendido a 18,2 milhões – três vezes acima do valor oficial reportado – a 31 de dezembro de 2021. A taxa deste excesso é estimada em 120 mortes por 100.000 habitantes em todo o mundo, estimando-se que 21 países tenham taxas superiores a 300 mortes por 100.000 habitantes. O estudo observa que as taxas de mortalidade em excesso variam drasticamente por país e região.

Direção Geral da Saúde
Segundo a Direção-Geral da Saúde, o relatório da situação epidemiológica e de vacinação passa a ter, a partir de hoje, uma...

A atual fase justifica a alteração do padrão de divulgação, sendo descontinuados ambos os relatórios diários, explica a DGS.

De acordo com o organismo, o novo Relatório de Situação vai incluir “o número de casos confirmados e de óbitos em Portugal, acumulado a 7 dias, bem como a ocupação hospitalar diária no continente, com a respetiva variação semanal”.  

Serão igualmente divulgados o número de casos, internamentos e óbitos por região de saúde, bem como a sua distribuição por grupo etário. 

No que diz respeito aos internamentos, estes dados vão refletir “as camas ocupadas com casos de Covid-19, sendo estes dados disponibilizados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)”.

Relativamente à vacinação, o relatório englobará dados da cobertura vacinal contra a Covid-19, incluindo a vacinação iniciada, completa e de reforço por grupo etário. Os dados sobre a vacinação contra a gripe, cuja campanha está em fase de conclusão, deixarão de ser divulgados. 

O Relatório de Situação será publicado em simultâneo com o Relatório de Monitorização da Covid-19. 

“Este modelo de divulgação de dados será ajustado sempre que a situação epidemiológica o justifique ou exista necessidade de contemplar outros indicadores”, esclarece a DGS.

Comunicado
Mais doentes com fibrose quística vão poder beneficiar do tratamento gratuito com Kaftrio + Kalydeco no Serviço Nacional de...

De acordo com este alargamento do financiamento, estima-se 215 doentes sejam elegíveis para a utilização desta terapêutica no SNS.

Recorde-se que a fibrose quística é uma doença genética rara, que afeta aproximadamente 350 pessoas em Portugal. Provoca, frequentemente, deterioração da função pulmonar, infeções broncopulmonares e desnutrição, que eventualmente levam à morte do doente.

A inovação na área do medicamento é uma área essencial dentro do SNS. Em 2021, o Infarmed concluiu 72 processos relativos à introdução de medicamentos inovadores, com um crescimento de 14% face a 2020, releva em comunicado.

A decisão de alargamento do financiamento deste medicamento resulta de um processo de avaliação que visou assegurar que, por um lado, o medicamento é uma mais valia para todos estes doentes e, por outro, que se mantém assegurada a sustentabilidade do SNS.

 

Mayo Clinic
Um regime de gestão da dor sem opióides ofereceu o mesmo alívio da dor que os opióides geralmente prescritos, de acordo com...

Os opióides podem ajudar a controlar a dor, mas podem ser viciantes. Em todo o mundo, cerca de 500.000 mortes são atribuídas ao consumo de drogas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de 70% destas mortes estão relacionadas com opióides, com mais de 30% delas causadas por overdose. Segundo estimativa da OMS, cerca de 115.000 pessoas morreram de overdose de opióides em 2017. Overdoses por opióides que não levam à morte são muitas vezes mais comuns do que overdoses fatais.

O desafio para os cirurgiões é minimizar o uso de opióides enquanto otimizam o controlo da dor do paciente após a cirurgia, diz Kelechi Okoroha, cirurgião ortopédico e especialista em medicina desportiva na Mayo Clinic. Okoroha é o autor sénior de ambos os estudos.

“As doenças ortopédicas e espinhais são responsáveis por cerca de 3 em 10 prescrições opióides, pelo que os cirurgiões podem reduzir significativamente as mortes relacionadas com elas, limitando as prescrições de opióides”, diz Okoroha.

Os investigadores criaram uma abordagem de tratamento da dor que elimina os opióides após cirurgias desportivas comuns. No primeiro estudo, os participantes foram submetidos a cirurgias ao joelho para reconstruir o ligamento cruzado anterior (ACL). No segundo estudo, os participantes foram submetidos a cirurgias para reparar o manguito rotador. Todos receberam um bloqueio nervoso antes da cirurgia.

Em cada estudo, um grupo de participantes recebeu um regime opióide padrão para gerir a dor. O outro grupo participou numa abordagem de gestão da dor sem opióides. O regime livre de opióides incluía analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides e relaxantes musculares.

Ambos os estudos descobriram que o regime livre de opióides oferecia igual ou maior controlo da dor e satisfação do paciente em comparação com o regime opióide padrão.

Em ambos os estudos, os efeitos adversos mais comuns foram sonolência, tonturas e sintomas gastrointestinais. No estudo do manguito rotador, os participantes que receberam o regime sem opióides relataram efeitos ligeiramente menos adversos do que aqueles que receberam o regime opióide.

Okoroha diz que o motivo da Mayo Clinic estar a trabalhar para limitar os opióides é oferecer aos pacientes alternativas à gestão tradicional da dor.

"Acho que esta é a pesquisa que vai mudar o jogo", diz Okoroha. "Constatámos que é eficiente nas cirurgias desportivas comuns. O nosso plano é implementá-lo noutras cirurgias e esperamos reduzir a carga dos opióides em todo o mundo."

 

Em parceria com a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E)
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza hoje o “Encontro Internacional Desafios na Implementação da...

O encontro, em formato híbrido (presencial nas instalações da UICISA: E – Rua Dr. José Alberto Reis, freguesia de Santo António dos Olivais, em Coimbra –, ou online, via Zoom), tem início às 14h00 (sessão de abertura), com as intervenções da Presidente da ESEnfC, Aida Mendes, e do coordenador da UICISA: E, João Apóstolo.

Seguem-se, conforme previsto no programa do evento, comunicações de professores e especialistas da Universidade da Beira Interior, da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, da Unidade de Controlo do Tabaco do Instituto Catalão de Oncologia, da ESEnfC e da Universidade de Navarra.

O INSTrUCT, do qual a ESEnfC faz parte e que é liderado pela Unidade de Controle do Tabaco do Instituto Catalão de Oncologia, envolve académicos e investigadores de sete instituições de ensino superior europeias. Enquanto projeto educacional e de pesquisa, construiu um recurso de ensino e aprendizagem, dirigido a estudantes de profissões da área da saúde, sobre como tratar a dependência do tabaco, responsável por quase 700 mil mortes anualmente no continente europeu.

Já testado entre várias centenas de estudantes europeus de medicina e de enfermagem, e disponível em quatro línguas (inglês, francês, espanhol e português), este recurso é gratuito, sendo objetivo do consórcio que o desenvolveu torná-lo disponível (após avaliação da sua eficácia) no maior número de instituições de ensino superior de saúde na Europa, para implementação nos respetivos currículos.

Apesar do elevado número de mortes devido ao consumo de tabaco, «28% dos adultos europeus são fumadores, implicando o risco de manter e mesmo aumentar a carga das doenças relacionadas com o tabaco no continente europeu», lê-se na fundamentação do projeto INSTrUCT, que beneficia de financiamento do programa europeu ERASMUS + e que contou com a experiência da professora da ESEnfC, Tereza Barroso.

«As evidências científicas são consistentes no que diz respeito à eficácia e custo-benefício do tratamento do tabagismo», com os «profissionais de saúde», e «os enfermeiros em particular», a desempenharem «um papel fundamental na promoção e apoio à cessação do consumo de tabaco», lê-se na página web deste encontro internacional, onde fica expresso que «a OMS recomenda a integração destes conteúdos nos curricula de todos os profissionais de saúde».

Mais informações sobre Encontro Internacional Desafios na Implementação da Formação Cessação Tabágica estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/instruct2022

 

Investigação
Cientistas descobrem que o nosso sentimento subjetivo de controlo resulta da competição entre dois p

Já todos passámos por situações como… conseguir ser atendido por um assistente de um call centre, adormecer um bebé, fazer zapping na televisão para encontrar algo que nos interesse…. É inevitável que a dado momento nos questionemos - será que as minhas ações fazem realmente diferença?

Para decidirmos o que fazer, precisamos saber se as nossas ações são relevantes, e quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Mas perceber se temos controlo sobre uma determinada situação não assenta apenas numa estratégia de tentativa-erro. A nossa capacidade de o fazer é fortemente influenciada por fatores internos, especialmente pelo nosso estado mental. Elevados níveis de stress, ansiedade e depressão, comprometem o nosso sentimento de controlo, levando frequentemente a que consideremos que as nossas ações não são relevantes, mesmo quando o são.

Há décadas que os cientistas têm vindo a investigar a forma como este complexo processo cognitivo funciona. No entanto, devido a confusões conceptuais e metodológicas, o progresso tem sido lento. Num novo estudo, publicado hoje (10 de março) na revista científica Nature Human Behaviour, investigadores da Fundação Champalimaud, em Portugal, e do Donders Institute for Brain, Cognition and Behaviour, nos Países Baixos, apresentam uma importante descoberta nesta área.

“O mecanismo que descobrimos ainda não havia sido considerado anteriormente, mas reunimos amplas e fortes evidências - desde o comportamento à atividade neural - que sugerem que é de facto assim que o cérebro calcula a controlabilidade”, afirma Romain Ligneul, primeiro autor do estudo e investigador pós-doutorado no laboratório Neurociência de Sistemas.

Será que temos tudo sob controlo?

Para determinar como o cérebro avalia a controlabilidade, numa primeira fase a equipa teve de formular a experiência certa. Mas pode o sentimento subjetivo de controlo de uma pessoa ser medido de forma objetiva?

“Para dar uma ideia clara de como a tarefa que desenvolvemos funciona, costumo usar uma metáfora”, diz Ligneul. “Imaginem que estão, num ambiente de realidade virtual, a andar por uma casa onde cada quarto tem duas portas que, às vezes, mudam de cor.”

A equipa concebeu duas casas que parecem idênticas, mas que na verdade têm uma diferença essencial: podem ser controláveis ou não. Nas casas “controláveis”, a cor das portas determina as divisões a que dão acesso. Assim que aprendemos as associações corretas entre as cores das portas e as divisões, podemos escolher para onde queremos ir a seguir. Pelo contrário, nas casas “não controláveis”, a sequência de divisões é fixa. Ou seja, se estamos na cozinha, qualquer uma das portas dá acesso à casa de banho, tornando as nossas escolhas irrelevantes.

“Como as casas parecem iguais, podemos trocar os participantes entre casas “controláveis” e casas “não controláveis” sem que estes se apercebam”, disse Ligneul. “Depois, deixamo-los explorar a casa durante algum tempo antes de lhes perguntarmos: “que divisão está por trás de cada uma das duas portas que estão a ver?”.

Quando a questão surge, os participantes podem ainda não ter percebido bem o que está a acontecer. Especialmente porque, de vez em quando, o algoritmo os confunde ao alterar as associações entre a cor da porta e a divisão. Ainda assim, as respostas revelariam aquilo que a sua intuição lhes diz. Se sentem que não têm controlo, diriam que ambas as portas dão acesso à mesma divisão. Se, pelo contrário, sentem que as suas escolhas são relevantes, identificariam uma divisão diferente em cada porta.

 

Nas casas “controláveis”, a cor das portas determina as divisões a que dão acesso. Pelo contrário, nas casas “não controláveis”, a sequência de divisões é fixa, tornando as nossas escolhas irrelevantes. Créditos: Romain Ligneul

O Ator Versus O Espectador

Com o desenvolvimento desta elegante experiência, a equipa havia acabado de descobrir um novo mecanismo que explica como o cérebro avalia a controlabilidade. “Descobrimos que existem dois processos de aprendizagem que ocorrem em paralelo: o ator e o espectador. O cérebro controla e compara estes dois processos, continuamente, para determinar qual é o melhor a fazer previsões”, explicou Zachary Mainen, Investigador Principal na Fundação Champalimaud e coautor deste estudo.

“Um jogo de ténis é um ótimo exemplo de como o sistema funciona”, acrescentou Ligneul. “O ‘sistema ator’ seria dominante quando é a nossa vez de fazer o serviço, porque o cérebro precisa de calcular quais as ações que conduzirão à melhor trajetória. No entanto, se estamos na posição de recetor da bola, não há nada que possamos fazer para determinar onde esta irá cair. Então, nesse caso, o cérebro optaria pelo ‘sistema espectador’, para que estejamos preparados quando a bola vier na nossa direção.”

Um teste de stress

O novo modelo de aprendizagem da equipa ganhou tração quando foi acrescentado o fator stress à equação. “Sabe-se que, à semelhança do que acontece em situação de ansiedade e depressão, a exposição a fatores de stress conduz a uma ilusão de falta de controlo”, afirmou Ligneul. “Por isso, pensámos que, se o nosso modelo estivesse de facto correto, então a exposição dos participantes a esses fatores de stress, antes de executarem a tarefa, faria pender a balança para o ‘sistema espectador’”.

O teste de stress confirmou a sua hipótese. Os participantes que recebiam choques elétricos ligeiros sem controlo, tendiam a adotar a posição de espectador. E quanto mais elevados fossem os seus níveis gerais de stress à partida, mais eficaz era a manipulação. Em contrapartida, apesar de efetivamente receberem o mesmo número de choques, os participantes que podiam agir para os evitar eram melhor sucedidos a implementar o modelo ator.

Porque é que estas experiências iniciais teriam a capacidade de, mais tarde, influenciar a perceção das pessoas sobre a controlabilidade? De acordo com Ligneul, há duas hipóteses. A primeira é que níveis elevados de stress podem desencadear processos emocionais que prejudicam o desempenho em tarefas cognitivas. A segunda, que o autor considera mais provável, é que os participantes estão simplesmente a ser racionais. “A experiência ensinou-lhes que o mundo não é controlável. Por isso, o autor sugere que, quando são confrontados com uma situação nova, esta premissa guia as suas previsões e processo de tomada de decisão”.

Um Novo Circuito Cerebral

Na fase final do estudo, os cientistas investigaram a base neural deste mecanismo. Desta vez, os participantes desempenharam a tarefa dentro de um equipamento de MRI que recolheu imagens da sua atividade cerebral em tempo real. Com esta abordagem, a equipa identificou várias áreas relevantes no cérebro.

“Encontrámos certas estruturas cerebrais que codificam sinais relacionados com o processo de aprendizagem “ator” e outras que codificam ambos os processos. Isto significa que o cérebro, a cada momento, consegue comparar diferentes fontes para avaliar a controlabilidade”, explicou Ligneul.

Se é surpreendente que a mesma região do cérebro represente os dois processos? “Não. De todo” respondeu Ligneul. “Como os dois processos precisam ser continuamente comparados, a co-localização ajuda a assegurar que a comparação acontece rapidamente.”

Desenvolvimento, Depressão e Controlo

Apoiados por este conjunto de dados, a equipa está já a planear vários estudos de continuidade. “As nossas descobertas têm amplas implicações em diversos campos”, disse Ligneul. “Estamos entusiasmados com a possibilidade de investigar como este mecanismo evolui com a idade e como outros fatores, como é exemplo crescer num ambiente de stress, o afetam. Também estamos particularmente interessados em explorar este mecanismo em contexto de distúrbios mentais. Acreditamos que esta abordagem irá ajudar a perceber porque é que a depressão conduz à ilusão de perda de controlo, e como os medicamentos psiquiátricos funcionam, questões que estão ainda em aberto”, conclui.

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Antiga Clínica Europa
A Joaquim Chaves Saúde inaugurou, esta manhã, a sua mais recente aposta, a Clínica Cirúrgica de Carcavelos (CCC), antiga...

A Clínica Cirúrgica de Carcavelos é um espaço que, a partir de agora, dispõe de um bloco cirúrgico, onde é clara a forte aposta na tecnologia, e ainda um bloco de internamento, com 14 quartos individuais que oferecem a segurança, qualidade e conforto necessários no pós-operatório, alguns não só com vista de mar, mas com varandas, para uma recuperação que se deseja completa.

“A segurança do cliente é a nossa principal preocupação, uma condição inegociável para a Joaquim Chaves, que motivou as melhorias feitas não só ao nível das instalações, mas também de equipamentos”, refere Nuno Lourenço, Diretor Clínico da Clínica Cirúrgica de Carcavelos. “Não podíamos esquecer também o conforto, ao qual se associa ainda a humanização dos cuidados. Para a Joaquim Chaves, é essencial que o cliente tenha um atendimento diferenciado, num momento no qual está, certamente, mais fragilizado. Por isso, o Grupo aposta na constante formação dos colaboradores e sensibiliza-os para o facto de que cada cliente tem necessidades específicas”, acrescenta.

Além de todas as valências de que dispunha, a clínica oferece agora a realização de cirurgias com períodos de internamento reduzidos, menos complexas e que não necessitam de cuidados intensivos, como operações às cataratas, vitrectomias, cirurgias para a remoção de hérnia, para colocação de próteses, entre outras, com destaque para a Latarjet. Este é um método que torna a Clínica Cirúrgica de Carcavelos um dos poucos locais em Portugal a realizar este procedimento inovador e minimamente invasivo, realizado através de artroscopia, permitindo uma recuperação muito mais rápida, e que está indicado para o tratamento da luxação recidivante do ombro, em pacientes que sofreram este tipo de lesão de forma recorrente, tendo causado um desgaste no osso glenoide.

Fazem ainda parte das valências cirúrgicas a cirurgia percutânea do pé, realizada no nosso país em poucas unidades, uma intervenção minimamente invasiva que, através de pequenas incisões, permite corrigir deformidades nos pés; a cirurgia da mama, seja de remoção de tumor, biópsia do gânglio sentinela ou reconstrução mamária.

Do investimento na unidade destacam-se 120 mil euros para a substituição de todo o equipamento intensificador de imagem utilizado no tratamento da varicocele por laser; 200 mil euros em novos microscópios para o bloco operatório de neurologia e oftalmologia, que garantem, assim, maior segurança para os doentes; novos ventiladores para o bloco operatório e internamento e uma nova central de esterilização.      

A sessão de inauguração contou com a presença dos membros do Conselho de Administração do grupo Joaquim Chaves Saúde, nomeadamente, do seu Presidente, José Chaves, e ainda do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

A clínica pretende ser uma referência na zona da linha, com acordos com as principais seguradoras e a ADSE, e onde os circuitos de ambulatório, cirurgia e internamento são distintos, para garantir um atendimento diferenciado e seguro.

Promoção de estilos de vida saudáveis e bem-estar com equipas multidisciplinares
A Unilabs, empresa líder de diagnóstico clínico integrado, e a Solinca, cadeia de ginásios líder na área de fitness, criaram...

O objetivo desta parceria é juntar o diagnóstico avançado ao desenvolvimento de programas que permitam aos fisiologistas do exercício e instrutores dos ginásios Solinca definir planos de treinos personalizados, com base nos indicadores de saúde e condição física de cada cliente, sendo este plano reavaliado periodicamente, e utilizando ferramentas tecnológicas para ajudar a motivação e sucesso do programa.

Luís Menezes, CEO da Unilabs Portugal, explica que “Cada um de nós é único. Como tal a nossa ambição, da Unilabs Portugal e da Solinca, é criar ferramentas para se poderem definir metas de exercício adequadas à saúde de cada pessoa, que devem ser acompanhadas de forma regular para garantir uma progressão segura e saudável ao longo do tempo. Isto é, o princípio da individualização de plano de treino, usando ferramentas de Data Intelligence e Inteligência Artificial, e sabemos que com a Solinca temos as condições para desenvolver um projeto pioneiro em Portugal”.

Bernardo Novo, CEO da SC Fitness, revela que “um programa de treino deve ter uma visão holística da pessoa, aliando os benefícios do fitness à saúde, numa ótica de prevenção e bem-estar. Partindo de um bom diagnóstico clínico e tendo em conta os objetivos individuais de cada pessoa, seja a perda de peso, a melhoria da atividade cardíaca ou o aumento de massa muscular, vamos elaborar um plano de treino e de dieta alimentar através de uma equipa multidisciplinar com médico de medicina desportiva, nutricionista e treinador. E para obter resultados, isto pressupõe uma avaliação e acompanhamento periódicos em função dos resultados alcançados, quer na performance física quer na saúde”.

A prática regular de exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde, combate ao sedentarismo, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares como diabetes, o colesterol, a hipertensão ou a obesidade e melhora a qualidade do sono, essencial para a nossa saúde.  

A Solinca, atualmente com 34 clubes a nível nacional, conta com mais de 150 Instrutores Licenciados em Educação Física e Desporto, muitos dos quais com Mestrado em Atividade Física e Saúde; adicionalmente contam ainda com formação técnica especializada e diferenciada de acordo com a sua área de intervenção.

Dor é o principal sintoma
Considerada a terceira doença mais frequente do aparelho genitourinário, estima-se que a Litíase do

Tratando-se de cristais duros que são gerados a partir de resíduos químicos presentes na urina e que se juntam, ao longo do tempo, formando conglomerados de proporções progressivamente maiores, os cálculos no trato urinário começam a formar-se dentro de um rim e podem aumentar de tamanho no ureter ou na bexiga. Conforme a sua localização, estes podem ser denominados de cálculos renais, ureterais ou vesicais.   

Mais frequentes entre o sexo masculino, aumentando a sua incidência com a idade, os cálculos renais podem apresentar um tamanho variável, indo do tamanho de um grão de areia a uma bola de golfe.  

Como se manifesta?

Os cálculos podem ficar alojados nos rins durante muitos anos sem apresentar qualquer sintomatologia. O problema é quando os cálculos se deslocam para a bexiga através das vias urinárias.

O primeiro sintoma, geralmente, é a dor. A deslocação do cálculo através das vidas urinária pode provocar cólicas renais, que provocam dor aguda e intensa nas costas, e que pode alastrar para a parte da frente do abdómen e, por vezes, atingir as virilhas.

A presença de sangue na urina, que pode ser visível ou identificada através de análise é outro dos sintomas frequentes.

Há ainda pacientes que se queixam de náuseas e vómitos e outros que apresentam arrepios, suores e febre, acompanhados de urina turva ou com um cheiro desagradável, o que pode sugerir a existência de infeção.

A cólica renal associa-se, habitualmente, a uma urgência urinária e a um desconforto na região da bexiga, ambos causados pela passagem do cálculo da uretra para a bexiga. Estes sintomas são idênticos aos encontrados na infeção urinária.

O que está na sua origem?

Entre as principais causas para a formação de pedra nos rins estão as malformações congénitas ou adquiridas, má alimentação e a deficiente hidratação.

Por outro lado, sabe-se que as pessoas com histórico familiar de formação de cálculo têm uma maior probabilidade de desenvolver cálculos de cálcio. Além disso, as pessoas que passaram por cirurgia para perda de peso, como é o caso da cirurgia bariátrica, também apresentam um risco aumentado de formação de cálculos.

Diagnóstico e tratamento

Os médicos normalmente suspeitam de cálculos em pessoas com cólica renal. O seu diagnóstico feito com base no exame clínico e confirmado através de alguns exames complementares, como a análise da urina e a ecografia renal e vesical (da bexiga).

Quando existem dúvidas ou caso se pretenda definir com maior precisão as dimensões dos cálculos e a sua localização exata, pode ser necessário fazer uma tomografia computorizada (TAC).

No que diz respeito ao tratamento, se o cálculo renal for muito pequeno, pode não haver necessidade de intervenção já que pode sair por si. Os cálculos inferiores a 5mm são eliminados espontaneamente em cerca de 90% dos casos.

Caso seja necessária a intervenção cirúrgica, existem dois tipos de abordagem que dependem da composição e localização dos cálculos:  a Litotrícia extracorporal por ondas de choque (LEOC) e a Ureterorrenoscopia, uma exploração endoscópica do ureter em que o cálculo é fragmentado e depois retirado.

O que fazer para prevenir?

A prevenção passa por medidas gerais, como o aumento da ingestão de líquidos e alterações na alimentação. É importante que os doentes bebam cerca de dois litros de líquidos por dia (três litros nos dias mais quentes) de modo a tornarem a urina menos concentrada e dificultar a formação de novos cálculos.

No que diz respeito à alimentação é importante, reduzir o consumo de sal e de certos alimentos. Por outro lado, se tem antecedentes pessoais ou familiares de pedra nos rins, deve reduzir a ingestão de carne e peixe e alimentos ricos em oxalato, como espinafres, chocolate, chá preto, frutos secos e figos.

A ingestão de gorduras e de açúcar deve ser limitada e o álcool e o tabaco também devem ser evitados.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sessões de esclarecimento sobre a doença renal crónica
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar várias sessões de esclarecimento sobre a doença renal...

As sessões de esclarecimento estão adaptadas para os alunos que se encontrem no ensino básico e secundário, e vão ser realizadas no Agrupamento de Escolas de Valadares, em Vila Nova de Gaia, e na Escola Secundária José Saramago, em Mafra.

“Com esta iniciativa pretendemos contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde das várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Desta forma, iremos continuar a promover diversas ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender a cuidar da saúde dos seus rins”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

Estudo
O conforto é um dos fatores-chave na experiência dos usuários de lentes de contacto, como mostram os resultados de um inquérito...

Uma das principais conclusões deste inquérito indica que 81% dos usuários que deixam de usar as lentes de contacto fazem-no devido ao desconforto. Na verdade, entre os fatores mais importantes que devem ter as lentes de contacto, apenas a correção visual supera a comodidade, de acordo com os usuários que responderam a este inquérito. Além disso, mais da metade dos profissionais da visão considera que a falta de conforto é uma das principais barreiras que os usuários encontram ao usar lentes de contacto. Estes dados podem explicar o porquê de 41% dos usuários considerarem que é "normal" sentir algum desconforto com as lentes de contacto”. Comichão, secura ou desconforto ao final do dia são alguns dos problemas mais recorrentes entre os participantes do inquérito.

Importância da comunicação com os usuários

No entanto, estes problemas muitas vezes podem ser resolvidos com a escolha das lentes de contacto mais adequadas para cada pessoa, o que exige uma comunicação fluída entre o profissional da visão e o usuário de lentes de contacto. Como explica o Prof. José M. González Méjiome, “a troca de lentes de contato em usuários insatisfeitos depende do profissional. Por isso, é muito importante o tempo dedicado à melhoria da adaptação das lentes de contacto e prescrição do sistema de manutenção quando aplicável, identificando a opção mais adequada para cada pessoa”.

Além disso, o inquérito mostrou que apenas 35% dos usuários de lentes de contacto consideram que o conforto é algo que costumam discutir com o seu profissional da visão. "Quando o usuário de lentes de contacto sofre de desconforto ou outros problemas que possam estar relacionados com o uso das suas lentes de contacto, é fundamental que ele sinta confiança no profissional da visão para que possa encontrar a melhor alternativa e garantir a sua satisfação", explica o Prof. González Méjiome. Nesse sentido, há muito espaço para melhorias na comunicação, pois 55% dos usuários não sentem a confiança necessária com o seu profissional da visão para falar sobre o conforto das suas lentes de contacto.

 

 

Podologia
Os nossos pés acompanham-nos em todas as jornadas da nossa vida, impulsionam-nos a ultrapassar os ob

Por serem a nossa base sólida de sustentação, são os pés que suportam o peso do nosso corpo e que funcionam à semelhança dos alicerces das casas, garantindo-nos o equilíbrio necessário para a adoção de uma boa postura corporal. Razão pela qual é enorme o desgaste a que estão submetidos quando, por exemplo, passamos várias horas em pé durante o horário laboral. Adicionalmente, os nossos pés funcionam como molas/alavancas durante a deambulação, impulsionando o corpo durante a marcha. Assumindo o arco longitudinal interno do pé um papel na absorção de impactos e no armazenamento de energia, os pés são assim responsáveis por receber e distribuir o peso do organismo, ao mesmo tempo que se adaptam às superfícies irregulares pelas quais caminhamos.    

Com funções biomecânicas variadas e complexas, os nossos pés são compostos por três grupos ósseos (tarso, metatarso e falanges), músculos, ligamentos e articulações, sendo revestidos pela pele e estando as pontas dos dedos protegidas pelas unhas. Pela sua enorme relevância, é agora fácil perceber o quão crucial é protegermos todas as suas estruturas, evitando comportamentos incorretos que as podem prejudicar. 

Quais são as consequências desses comportamentos comuns e inadequados? 

É relevante ressalvar que a falta de mobilidade e o aumento dos níveis de sedentarismo, em resultado de alguns hábitos adquiridos face à pandemia, prejudicam a saúde dos pés e que entre as suas potenciais consequências se encontram a má circulação, as dores nos membros inferiores, o edema, a redução da flexibilidade, a atrofia muscular e o excesso de peso. 

De seguida, importa falar sobre a utilização de sapatos com saltos altos e finos, que levam a uma diminuição da área de apoio do pé e a uma concentração do peso corporal, o que aumenta o risco de quedas, entorses e inflamação. Depois, e ainda relativamente ao calçado, destaco que o volume do pé aumenta durante o dia, pelo que é um erro não garantirmos uma margem suficiente entre a ponta do dedo grande do pé e o sapato, sendo o calçado apertado um fator potenciador de calosidades. Tendo isso conta, é preferível escolher um calçado com atacadores ou tiras de velcro, para que possa ser ajustado. 

Enquanto o sol não brilha com todo o seu esplendor e o calor não se faz sentir, penso que é também importante alertar para os perigos de aproximar demasiado os pés das lareiras, dos aquecedores, dos radiadores ou dos sacos de água quente, uma vez que as altas diferenças de temperaturas são prejudiciais. Concomitantemente, pelo risco de queimadura, as pessoas com diabetes devem ter um cuidado redobrado. 

Dado que a xerose cutânea não é um problema exclusivo dos meses quentes, deve adotar-se um comportamento preventivo durante todo o ano, no que diz respeito a este problema, que está relacionado com a desidratação da pele. Assim, os banhos de água demorados e excessivamente quentes, beber água em quantidades insuficientes e esquecer a hidratação dos pés são alguns atos que podem estimular uma pele áspera, irritada e sem flexibilidade, bem como o desenvolvimento de fissuras e gretas, que podem funcionar como uma porta de entrada para organismos patogénicos. 

Adicionalmente, aderir à moda de usar sapatos sem meias ou preferir meias de materiais sintéticos são alguns erros relativamente comuns, que podem promover o desenvolvimento de infeções fúngicas. Já não trocar de meias, quando estas ficam húmidas ou molhadas, quer seja pelo excesso de transpiração ou devido aos dias de chuva, cria também um ambiente propício ao surgimento de micoses e irá provocar desconforto pela exposição da pele ao frio e à humidade, aumentando a sensação de arrefecimento e o risco de frieiras. Paralelamente, de modo a prevenir o desenvolvimento de fungos e o crescimento de bactérias responsáveis por maus odores, deve evitar-se usar o mesmo par de sapatos dois dias consecutivos.  

Relativamente às unhas dos pés, fazer um corte arredondado dos cantos, não ajuda a que a unha cresça para além da pele nas margens do dedo, o que pode levar à onicocriptose (vulgarmente reconhecida como “unha encravada”).  

Não consultar um especialista para avaliar o pé em caso de alterações visíveis ou dor é uma opção que pode levar ao agravamento de problemas podológicos e ao desenvolvimento de complicações. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Falta de literacia em saúde
Existe, em Portugal, um grande desconhecimento sobre o papel do rim no organismo, confirma um inquérito realizado junto da...

Um desconhecimento que Edgar Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, atribui à falta de literacia em saúde, que continua a ser uma constante para muitos portugueses. “Estes dados mostram que há necessidade de se aumentar a literacia em saúde, mas ela não é isolada, deve estar incluída na educação global, que tem de ser implementada para que possamos ter resultados. Mas atenção, que estes nunca serão imediatos, é uma ação a médio e longo prazo, mas vale a pena começar. Até porque a nossa população está a envelhecer, os fatores de risco aumentam com a idade e o grupo de pessoas com doença renal que atingem a fase em que são necessários tratamentos substitutivos aumenta bastante.” 

Ainda de acordo com os resultados do inquérito, os problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca ou enfarte, não são identificados como fator de risco da doença renal crónica por 21,8% dos inquiridos, com 33,5% a admitir não saber a resposta. Ao todo, 45% não sabem ou respondem de forma errada quando questionados sobre se as doenças cardiovasculares são uma consequência desta doença, ainda que os inquiridos com história de problemas renais ou história familiar para esta doença revelem um nível de conhecimento superior.

Edgar Almeida explica que “os fatores de risco para a doença renal crónica são muito semelhantes aos fatores de risco para as doenças cardiovasculares no geral. Ou seja, as pessoas que são obesas, hipertensas, os diabéticos, as pessoas que fumam, com um elevado consumo de sal na alimentação, também estão em risco de doença renal”. O que significa que “se fizermos tudo para termos hábitos de vida saudáveis estamos a proteger também o rim. No entanto, porque esta é uma doença muito vaga, surge a questão: quando é que as pessoas se têm que preocupar com isto? As pessoas têm que se preocupar em ter os chamados estilos de vida saudáveis, mas são os profissionais de saúde que têm de estar alerta para o diagnóstico da doença renal crónica. E a nossa missão não é só dirigida à população geral, mas também aos médicos, que podem detetar precocemente esta patologia, sobretudo quando as pessoas têm os fatores de risco referidos”. 

De acordo com o especialista, a doença renal crónica tem duas fases distintas: “uma fase até ao início do tratamento substitutivo renal, em que as pessoas são acompanhadas nas consultas; e uma segunda fase, em que as pessoas têm necessidade de fazer hemodiálise, diálise peritoneal, transplante”. Nesta situação estima-se que, em Portugal, se encontrem aproximadamente 20 mil pessoas, às quais se juntam “6,1% da população que se estima esteja na fase dita pré-diálise, ou seja, com uma doença moderada a severa”. O que significa que a doença renal crónica “é importante, embora passe despercebida e terá uma dimensão que não fica muito aquém, infelizmente, da diabetes como doença crónica”. 

E tudo isto com um grande impacto. “Felizmente, o tratamento é integralmente suportado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), existindo um grande impacto económico para o País. Mas além desse custo, com o qual todos nós contribuintes nos devemos preocupar, porque o dinheiro podia ser usado para outras coisas, há outro impacto, que se sente na vida das pessoas, que se altera de forma significativa. A hemodiálise costuma ser feita durante quatro horas, três vezes por semana, num centro de diálise, o que torna as pessoas limitadas na sua mobilidade e isto é muito limitativo para quem quer ser autónomo.” 

Precisamente com o intuito de alertar a população para a importância de reconhecer e não desvalorizar os sintomas da doença renal crónica, tentando assim chegar a um diagnóstico precoce e que permita um tratamento da doença menos limitativo, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia e a AstraZeneca, uniram-se para lançar a campanha #SemFiltros, uma alusão ao papel dos rins no organismo que, entre outras, têm a função de filtrar o sangue.

Submissões até 31 de dezembro de 2022
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, em colaboração...

Estas bolsas estão inseridas no programa Global Medical Grants (GMG) e pretendem apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

Este Request for Proposal (RFP) público fornece detalhes sobre a área de interesse, estabelece o período de submissão e datas de revisão e aprovação. Os projetos serão analisados por um painel de revisores interno que tomará a decisão final sobre a atribuição das bolsas. A Pfizer e a BioNTech não têm influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicitam relatórios sobre os resultados e sobre o seu impacto, com o intuito de os compartilhar publicamente.

As submissões podem ser apresentadas ao longo do ano, terminando a 31 de dezembro de 2022.  A sua revisão e consequente decisão sobre o apoio será efetuada continuamente.

 

22.ª edição do estudo “Marcas de Confiança” Selecções do Reader’s Digest
A revista Selecções do Reader’s Digest, que este ano comemora 100 anos, acaba de divulgar os vencedores da 22.ª edição do...

Os médicos, que ao longo do último ano têm sido uma constante no nosso dia-a-dia, são apontados como a profissão que oferece maior confiança, destronando, assim, Cientistas/Investigadores, que detinham a confiança dos portugueses em 2021. Políticos, Advogados, Juízes e Vendedores são profissões nos últimos lugares na confiança dos portugueses.

O Presidente da República, a Organização Mundial da Saúde, a par do INFARMED, são as instituições que os portugueses apontam como mais confiáveis. De salientar a confiança depositada também em instituições como a Direção-Geral da Saúde, nas Instituições de Solidariedade Social e na União Europeia.

Num ano marcado pela Pandemia Covid-19, 80% dos entrevistados refere que as várias medidas tomadas pelo Governo desde o início foram as necessárias. 66% defende mesmo que o teletrabalho foi uma realidade que se afirmou na sociedade e aponta o modelo misto de trabalho (teletrabalho e presencial) como o ideal numa situação pós-pandemia.

Personalidade de Confiança

No estudo “Marcas de Confiança” os portugueses são também convidados a eleger as Personalidades de Confiança, com base no contributo e desempenho que tenham prestado na respetiva área.

Na edição de 2022, o destaque vai para a entrada da área “Apresentação de programas (Rádio/TV)”, na qual Vasco Palmeirim recebe o maior número de votos. A “Música” também traz novidades, com Tony Carreira a suceder a Rui Veloso, vencedor em anos anteriores.  O médico pneumologista Filipe Froes passou a ser a personalidade de Confiança dos portugueses na área “Medicina”.

A “Personalidade Portuguesa do Ano” é agora o Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. 

Oito novas categorias em sessenta marcas vencedoras

A 22.ª edição do estudo “Marcas de Confiança” elegeu como habitualmente as 60 marcas nas quais os portugueses mais confiam, este ano com a introdução de oito novas categorias e seguindo o modelo de Pergunta Aberta, de modo a dar liberdade de escolha e sobretudo valorizar a espontaneidade dos portugueses.

Ao serem eleitas pelos portugueses, as marcas vencedoras passam a poder usar o selo “Marca de Confiança” durante um ano, como símbolo do seu reconhecimento e qualidade. 

63% dos portugueses revelaram que o selo “Marcas de Confiança” associado a uma marca, seja em embalagens ou em peças publicitárias, transmite “mais alguma” confiança nessa marca. Sendo que 24 % afirma que o selo confere “Muito mais” confiança.

Como escolhemos no dia-a-dia

A escolha que os portugueses fazem em cada dia, relativamente aos produtos que consomem, vai muito para além de um gesto automático. Cada vez mais se exige às marcas um comportamento que corresponda às expetativas ou que ultrapasse mesmo essas expetativas. Nesse sentido, a qualidade dos produtos da marca é apontada por 51% dos entrevistados como o fator que gera mais confiança. O preço justo, a transparência e boa conduta da marca são outros fatores que levam os portugueses a confiar numa marca em detrimento de outra.

Fórum Global da GS1
É possível afirmar que o movimento de vacinação global foi – e continua a ser – bem-sucedido. Ao dia de hoje, mais de metade da...

Entre os vários fatores que podem explicar a grande adesão da população está a “segurança da cadeia de valor” de cada inoculação, garantida pela adoção de mecanismos de rastreabilidade pelas farmacêuticas e entidades de saúde. “Desde o desenvolvimento à entrega, passando pela aceitação e administração, o fator segurança tornou-se uma pedra basilar para a distribuição e administração das vacinas por todo o mundo”. As palavras são de Hanno Ronte, partner da Delloite UK, que explicou o papel da rastreabilidade neste processo, durante o Plenário de Saúde do Fórum Global da GS1, a reunião anual da plataforma de colaboração neutra e global que reúne representantes da indústria, entidades reguladoras, Governo, universidades e associações, com vista ao desenvolvimento de soluções assentes em standards que permitam dar resposta aos desafios da troca da informação.

Entre as medidas que consolidaram a confiança geral da população na corrente da vacinação, Hanno Ronte lembra que “a regulamentação específica de produtos de saúde, de que as vacinas são exemplo, promovem ações colaborativas, garantindo simultaneamente sigilo e segurança em tempos de crise”.

O responsável da Delloitte apelou ainda a que as organizações e entidades governativas adiram “aos standards globais e serialização” de produtos, dando como exemplo a simbologia Datamatrix, a simbologia de codificação bidimensional da GS1: “Ao atingirmos uma utilização universal da tecnologia de DataMatrix, teremos uma mais rigorosa identificação e a garantia de rastreabilidade de produtos médicos de extrema importância”, como as vacinas. Durante o processo de vacinação, foram reportados 150 incidentes, em mais de 40 países, relacionados com a qualidade das doses a administrar. Contudo, e graças à rastreabilidade, foi possível identificar os lotes a que pertencia cada uma dessas vacinas e eliminá-los de imediato, lembrou o orador.

Olhando para o futuro, o representante da Delloite vê no “last mile” um dos maiores desafios para outras ações de escala global. Especificamente sobre a vacinação, Hanno Ronte lamenta que o acesso à saúde ainda não esteja totalmente democratizando, deixando por isso uma sugestão: “Se aliarmos a otimização das entregas ‘last mile’ em zonas rurais ou em países em desenvolvimento à utilização eficaz dos recursos locais, juntamente com uma visão e linguagem únicas sobre a administração das vacinas, poderemos finalmente atingir a equidade da vacinação em todo o mundo”

 

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