Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 13 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 28 mortes em território nacional. O...

A região Centro foi a região do país que registou o maior número de mortes, desde o último balanço: 11 em 28. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com nove e a região Norte com seis.  Alentejo e Algarve e Madeira têm, agora, mais um óbito cada. 

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 13.158 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 4.745, seguida da região Norte com 2.747 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 2.647 casos na região Centro, 859 no Alentejo e 917 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 444 infeções, e os Açores com 799.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.646 doentes internados, menos 117 que ontem. As Unidades de cuidados intensivos têm agora menos 10 doentes internados, desde o último balanço: 101.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 14.500 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.732.009 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 466.508 casos, menos 1.370 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 15.570 contactos, estando agora 459.334 pessoas em vigilância.

 

 

 

Petição com 12 mil assinaturas em apenas 12 horas
O Sindicato dos Enfermeiros – SE exige que os novos deputados sejam céleres na discussão e aprovação do projeto de lei que...

“Os enfermeiros estão e têm estado na linha da frente e não podemos continuar a tolerar que os colegas estejam sujeitos a atos de violência gratuita, como aqueles que se registaram no Hospital de Vila Nova de Famalicão, gerando quase um sentimento de impunidade”, adverte o presidente do SE, Pedro Costa.

O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros mostra-se solidário com os profissionais de Saúde que foram alvo de agressões e exige que sejam adotadas medidas para acautelar a repetição deste tipo de situações, “infelizmente cada vez mais frequentes”. “Há muito que os enfermeiros exigem que a profissão seja considerada de alto risco e desgaste rápido e este é mais um triste exemplo da razoabilidade das nossas pretensões”.

A este propósito, Eduardo Bernardino, da direção do SE, lançou ao final do dia de terça-feira uma petição a exigir o Direito do acesso ao estatuto de Profissão de Alto Risco e de Desgaste Rápido. Em menos de 12 horas, o documento, disponível em https://bit.ly/Peticao_SE_Enfermagem, foi já subscrito por mais de 12 mil pessoas.

A tipificação como crime público, salienta, “retira dos profissionais de Saúde a pressão de ter de formalizar a denúncia deste tipo de situações, evitando assim o receio que por vezes existe de o fazer com medo de represálias”.

“A violência gratuita sobre os profissionais de Saúde tem sido crescente e os dados só não são mais graves porque em 2020 a pandemia afastou muitos cidadãos das unidades de saúde”, recorda.

Pedro Costa lembra que os dados oficiais mostram que em 2021 se voltou a registar um acréscimo de notificações. Segundo dados divulgados recentemente pelo coordenador do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, entre janeiro e outubro de 2021 foram reportadas 752 ocorrências na plataforma Notifica da Direção-Geral de Saúde. Ou seja, um acréscimo de 4% face a 2020.

Se olharmos a dados pré-pandemia, “verificamos que em 2019 se registaram 5611 notificações de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho”. Destes, adianta, 24% são referentes a episódios de violência verbal e 13% de violência física. “Por grupo profissional facilmente constatamos que metade dos casos notificados são referentes a agressões a enfermeiros e maioritariamente praticados pelo próprio doente (em 56% dos casos notificados) ou por seus familiares (21%)”, adverte.

“É fundamental que o Governo reconheça a perigosidade e risco da nossa profissão, além do seu desgaste rápido, sobretudo quando estamos a falar de enfermeiros que trabalham em contexto de Serviço de Urgência, a porta de entrada do SNS e, por natureza, um dos espaços geradores de maior tensão”, justifica Pedro Costa.

Rugas ao redor dos lábios
Neste artigo, explicamos-lhe tudo o que precisa de saber sobre este tipo de “rugas de expressão” e o

As rugas que se instalam ao redor dos lábios são conhecidas por código de barras e resultam dos movimentos repetidos por nós realizados sempre que comemos, falamos ou que expressamos emoções. As rugas inicialmente (30 anos) são superficiais e impercetíveis, só aparecem quando a boca mexe, mas com o tempo, o fotoenvelhecimento, o tabaco, as rugas dinâmicas dão lugar às rugas estáticas, ou seja, já se vêm mesmo quando estamos em repouso.

É possível eliminar estas rugas naturalmente?

Não, só mesmo recuperando a elasticidade da pele, e hidratando em profundidade a ruga com ácido hialurónico, ou seja, preenchendo-a para que deixe de ser percetível.

Como funciona o tratamento através do preenchimento?

O tratamento é simples: com anestesia local (um creme ou uma anestesia semelhante àquela que conhecemos do dentista) o ácido hialurónico é aplicado com suavidade, de forma a não deixar marcas ou nódoas negras.

Este procedimento necessita de anestesia?

Normalmente sim.

É um procedimento doloroso?

Com o apoio da anestesia o procedimento é perfeitamente indolor.

Vou ficar com um ar “artificial”?

Este é um receio muito comum, uma vez que, quando não é realizado da forma correta este procedimento pode causar volume exagerado dado à periferia da boca um aspeto pouco natural. Quando é realizado com o ácido hialurónico específico e com a técnica adequada, este efeito exagerado não acontece e a boca e a sua periferia mantêm um ar natural, cuidado e rejuvenescido.

Quanto tempo demora o procedimento?

O procedimento dura cerca de 15 minutos. No dia seguinte, pode haver algum inchaço, ainda que ligeiro, mas passa até ao fim desse dia. Não interfere com a vida quotidiana da paciente.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1ª Corrida pela Diabetes
No próximo dia 12 de março, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia e o Abbott, em parceria com a Diabetes Team Portugal, vão...

O principal objetivo da 1ª Corrida pela Diabetes passa por promover uma vida saudável e a prática de exercício físico. Hélder Ferreira, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, afirma que “fazer exercício é uma forma eficaz de prevenir as complicações da diabetes e de controlar os níveis de glicémia, apresentando igualmente benefícios ao nível energético, emocional e mental. Assim, e a propósito da 18ª edição do Congresso Português de Diabetes, a organização desta corrida visa consciencializar para a importância de uma vida ativa na prevenção da doença. A epidemia da diabetes diz respeito a todos, pelo que convidamos os interessados e aficionados de corrida a juntarem-se a nós nesta iniciativa.”

Para que a corrida possa chegar ao maior número de pessoas, a 1ª Corrida pela Diabetes vai realizar-se de forma híbrida, e conjuga a prova presencial, em Vilamoura, e a prova virtual. Composta por dois percursos, uma corrida de 10 km e uma caminhada de 5 km, os participantes podem optar pela modalidade preferencial. A partida será dada no Centro de Congressos do Hotel Tivoli Marina Vilamoura, às 08h30.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui. A todos os participantes será entregue o kit de participante que inclui uma t-shirt, o dorsal e o chip de controlo de tempo que será entregue no entregue no stand da 1ª Corrida pela Diabetes situado à entrada do Centro de Congressos do Algarve, durante o dia 11 março até às 19 horas.

 

Centro sem fins lucrativos
A NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA anuncia o lançamento do 3D Printing Center for Health, centro sem fins...

O trabalho desenvolvido pelo centro visa, assim, a criação ou identificação dos modelos mais adequados para as próteses, tecnologias de apoio ou outros dispositivos existentes, impressos em 3D, com o apoio das instituições parceiras. Paralelamente, pretende também integrar e fomentar o espírito criativo e crítico entre os alunos dos diferentes ciclos de estudo do ensino superior, dotando-os de conhecimentos teórico-práticos sólidos. Com a criação deste centro, a equipa de investigação pretende que o processo de desenvolvimento seja essencialmente centrado no utilizador, e que envolva todos os intervenientes: doentes, prestadores de cuidados, profissionais de saúde, investigadores e estudantes.

Com o seu lançamento, o 3D Printing Center for Health anuncia também a coordenação dos primeiros dois projetos: o E-nable 3D printing Center for Health - Centro de referência E-NABLE para o desenvolvimento de próteses, constituído por um grupo de voluntários de diferentes áreas que fabricam gratuitamente próteses de membros superiores impressos em 3D para quem mais necessita. O processo de adaptação e desenvolvimento das próteses é feito em colaboração com várias instituições da área da saúde, com as quais se estabeleceu protocolos de parceria.

O segundo projeto, o Motion Seeker foi fundado por um grupo de voluntários constituído por alunos e professores da área de Engenharia Biomédica da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA. O projeto tem como objetivo desenvolver dispositivos / tecnologias de apoio impressos em 3D, de forma gratuita, para crianças, adultos e idosos. São dispositivos que ajudam em gestos tão simples como usar uma chave ou escrever à mão. O processo de design, desenvolvimento e validação é feito em colaboração com as instituições de saúde parceiras e de forma altamente personalizada, tendo em conta as necessidades do paciente.

“Com este projeto, além de estarmos a promover a prestação de serviços úteis na área da saúde à comunidade, queremos também identificar e criar novos materiais e metodologias de design, tecnologias e equipamentos de impressão 3D para esta área. O 3D Printing Center for Health está já a trabalhar em dois projetos específicos que criam dispositivos de apoio e próteses para pessoas de todas as idades”, explica Cláudia Quaresma, investigadora e coordenadora do centro.

O 3D Printing Center for Health conta com diversos parceiros clínicos como o Hospital Curry Cabral e Hospital D. Estefania do Centro Hospital Universitário Lisboa Central, o Centro de Medicina e Reabilitação do Alcoitão, Hospital Garcia de Orta e, não clínicos, como o American Corner.

O 3D Printing Center for Health, localizado NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, foi criado pelas Unidades de Investigação “Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física das Radiações - (LIBPhys)” e “Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia Mecânica e Industrial - (Unidemi)”, e pelo FCT FabLab.

Estudo
A aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido adiposo é segura e eficaz na redução de sintomas em doentes com lúpus...

As mulheres jovens são as mais afetadas pelo Lúpus Eritematoso Sistémico, uma doença reumática de caráter autoimune, que se caracteriza pela presença de anticorpos contra o próprio organismo, provocando danos em múltiplos órgãos. Uma das complicações frequentes é a alteração no funcionamento dos rins, sob a forma de nefrite lúpica, que se verifica em 60% dos doentes, estimando-se que evolua para doença renal crónica ou terminal em cerca de 25% dos casos.

A probabilidade de um doente com lúpus responder aos tratamentos convencionais e de se manter em remissão dez anos após o diagnóstico é extremamente baixa, estimando-se que possa ser inferior a 5%. Este motivo, bem como o facto de os tratamentos convencionais estarem associados a efeitos secundários indesejados, impulsionou a procura de novas alternativas terapêuticas. 

“Uma das alternativas em estudo são as células estaminais mesenquimais, que, pelas suas capacidades anti-inflamatórias e de regulação do sistema imunitário, têm vindo a ser investigadas ao longo das duas últimas décadas, em vários ensaios clínicos, no tratamento de doenças autoimunes”, explica a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Este ensaio clínico incluiu nove doentes, entre os 19 e os 36 anos, com nefrite lúpica diagnosticada há cinco anos, em média, que não respondiam às terapêuticas convencionais. O tratamento experimental consistiu numa única infusão de células estaminais do tecido adiposo, obtido por lipoaspiração, tendo os dadores de células sido irmãos saudáveis dos participantes, com idades compreendidas entre 25 e 40 anos.

Após a administração de células estaminais, observou-se uma diminuição da excreção de proteínas na urina, revelando uma melhoria na disfunção renal característica da nefrite lúpica. Três meses depois, os níveis de proteína na urina começaram a aumentar gradualmente, mantendo-se, contudo, abaixo dos níveis registados pré-tratamento. Não se verificaram reações adversas ao tratamento experimental, à exceção de um episódio de hipertensão, que foi facilmente resolvido.

Estes dados indicam que as células estaminais mesenquimais do tecido adiposo tiveram um impacto positivo nos sintomas renais de lúpus, embora com eficácia temporária, apontando para a necessidade de administração periódica do tratamento experimental, de forma a manter a eficácia e prevenir recaídas.

Além destas melhorias, verificou-se a diminuição da frequência de outros sintomas de lúpus, como o eritema malar (lesões cutâneas na face, em forma de borboleta), artrite, dor de cabeça, febre, queda de cabelo e alterações na visão. Ao final de um ano, várias destas manifestações tinham desparecido totalmente, nos doentes que antes as apresentavam.

Estas melhorias traduziram-se numa diminuição significativa do índice de atividade da doença, a partir da primeira semana após a administração de células estaminais e ao longo de todo o período de acompanhamento. Segundo os autores, este efeito positivo poderá dever-se, por um lado, a um efeito protetor exercido pelas células estaminais através da sua ação anti-inflamatória, e por outro, à sua ação de reparação das células afetadas.

Para aceder aos mais recentes estudos científicos sobre os resultados promissores da aplicação de células estaminais, visite o Blogue de Células Estaminais.

Opinião
Doença Rara (DR) é aquela que tem uma incidência de 1 caso em cada 2 mil pessoas.

Existem 300 milhões de pessoas no mundo com estas doenças, 36 milhões de Europeus e estima-se que em Portugal existam cerca de 600 mil pessoas portadoras destas patologias.

A carga epidemiológica destas doenças constitui um problema sério para a saúde pública. De elevada complexidade e muitas vezes incapacitantes são um desafio assistencial e para as ciências Biomédicas com necessidades ainda não atingidas a vários níveis.

Atualmente o enquadramento desta subpopulação de pacientes em Portugal está protegida por uma Estratégia Integrada para as Doenças Raras em implementação através de uma abordagem integrada dos Ministérios da Saúde, Segurança Social e Educação, que pretende responder as necessidades sanitárias, sociais e educativas destes doentes.

Estão disponíveis no Site da DGS, três documentos fundamentais explicativos de todo o processo desta Estratégia: Estratégia Integrada para as Doenças Raras; Informação de Apoio á Pessoa com Doença Rara e Cartão da Pessoa com Doença Rara.

Do ponto de vista sanitário a espinha dorsal assistencial assenta no estabelecimento de uma Rede de Referenciação (RR) eficaz e da consolidação de Centros de Referência (CR) que prestem cuidados diferenciados, de elevada especialização, dispensa de medicamentos órfãos, capacidade formativa específica de profissionais de saúde, organização de registos e Investigação médica, e integração em redes de conhecimento europeias (ERN – European Reference Network).

Todo este processo está em curso e estão já designados no País CR para nove áreas de DR pelo Ministério da Saúde (MS). Ainda um número restrito de intervenção, mas que abrange já algumas centenas de DR. Estes CR são necessariamente Unidades Hospitalares Centrais da Carta Hospitalar portuguesa e são constituídos por equipes pluridisciplinares certificadas pelo MS, algumas delas também já integradas em ERN. Está por outro lado em curso o estabelecimento de Centros afiliados a nível Distrital que prestam cuidados de proximidades aos doentes em colaboração estreita com os CR. Estão em desenvolvimento e implementação modelos de hospitalização e terapêuticas domiciliárias. A estratégia organizativa da RR beneficia já de Normas de referenciação estabelecidas pela DGS para vários CR que estão publicadas e em

divulgação nos serviços de saúde, promovendo a articulação adequada com os cuidados primários.

A prestação de Cuidados Continuados apropriados a estas patologias, está ainda muito atrasada, existindo escassas unidades com as características necessárias.

Os apoios ao cuidador, o empoderamento do doente no processo da decisão clínico-terapêutica e a literacia sanitária da população, a colaboração do doente na investigação clínica e farmacológica são áreas em que as Associações de Doentes desempenham um papel fundamental sendo fulcral o seu empenho em todo o processo assistencial.

Foram estabelecidos pela Comissão Europeia e IRDIRC (Consórcio Internacional de caracter mundial para apoio á investigação para as DR) que até 2020 se conseguissem testes de diagnóstico para grande parte das DR conhecidas – atualmente já possível para cerca de 3.600, e terapêutica específica com o uso de medicamentos órfãos para 200 DR – objetivos que foram atingidos. Até 2027 pretende-se o diagnóstico no espaço de 1 ano para a totalidade das DR que estiverem descritas e terapêuticas para 1000 DR. Deve por outro lado dizer-se que desde 2010 até janeiro 2022, foram a nível Mundial realizados 56.873 projetos de Investigação e 1380 ensaios clínicos na área das DRs; foram identificadas 886 novas DRs, 1.847 novos genes relacionáveis com DRs, e propostos 438 novos fármacos para serem avaliados como medicamentos órfãos. Estes dados refletem o enorme impulso investigacional efetivado na última década nesta área.

Numa época de Pandemia em que o acesso aos cuidados de saúde atravessou dificuldades verificaram-se atrasos nas consultas, procedimentos, exames complementares e até na dispensa de terapêuticas. Foi necessário readaptar a orgânica das Unidades de Saúde e recurso á telemedicina para repor eficácia na prestação de cuidados. O NEDR/SPMI publicou um Guia informativo para Pessoas com Doença Rara e seus Cuidadores – COVID 19, e fez uma recomendação á DGS para que os portadores de alguns grupos DRs com deficiência significativa, fossem considerados grupo prioritário para a vacinação em curso, o que obteve sucesso.

Considerando-se a saúde como um estado de pleno bem-estar para além da ausência de doença, as políticas de apoio social quer nos suportes económicos, integração socioprofissional e emprego, quer no reconhecimento do estatuto de cuidador informal são pedras basilares na estratégia de apoio a doentes e famílias. É também fundamental atender a necessidades de integração escolar e ensino especial assim como de ocupação de tempos livres, particularmente para as camadas mais jovens.

Numa fase da evolução das ciências biomédicas, em que a Medicina de precisão, personalizada, centrada no doente em todas as suas vertentes biopsicossociais, em que a relação médico – doente, associada a uma extraordinária evolução tecnológica da intervenção biomédica, volta a ser pedra angular no sucesso dos cuidados de saúde, a posição da medicina interna gestora do doente e da utilização criteriosa dos meios complementares e terapêuticos detém enorme responsabilidade na prestação dos cuidados de saúde, incluído na área das DR.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo prospetivo de coorte a profissionais de saúde vacinados e não-vacinados
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através dos seus departamentos de Doenças Infeciosas e de...

Os resultados deste trabalho, agora publicados na revista Vaccines, confirmam a existência de diferentes títulos de anticorpos de ligação e de neutralização ao longo do tempo.

O estudo acompanhou uma coorte de 132 profissionais do INSA vacinados e/ou com infeção prévia por SARS-CoV-2, tendo sido observado que após a segunda dose da vacina ocorreu um aumento de 10 vezes do título de anticorpos contra este vírus. Foi igualmente observado um aumento dos anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2 na mesma ordem de grandeza.

Cerca de seis meses após a vacinação primária completa, foi observada uma diminuição em oito vezes do título de anticorpos induzidos pela vacinação Covid-19, sendo esta diminuição menos acentuada para os anticorpos com capacidade para a neutralização do vírus. Este trabalho de investigação multidisciplinar permitiu assim contribuir para o conhecimento científico na área da Covid-19.

 

Portefólio de marcas de renome mundial
A GlaxoSmithKline plc (GSK) comunicou ontem, de forma oficial, que a nova empresa, que resulta da proposta de separação da...

A Haleon (pronuncia-se “Ei-li-on), nasce inspirada na conjunção das palavras “Hale”, uma antiga palavra inglesa que significa “boa saúde” e “Leon”, que se associa à palavra “força”. A identidade da nova marca foi desenvolvida com base no feedback dos próprios colaboradores, profissionais de saúde e consumidores. Esta identidade será implementada em mais de uma centena de mercados em todo o planeta, onde a empresa atua.

A criação da Haleon é o resultado de uma série de investimentos bem-sucedidos e mudanças estratégicas desenvolvidas pelo negócio da Consumer Healthcare da GSK nos últimos oito anos, incluindo a integração dos portefólios da Novartis e da Pfizer Consumer. Neste momento, representa um negócio global altamente valioso que gera vendas anuais de aproximadamente 10.000 milhões de libras.

Como empresa independente, a Haleon será uma nova líder mundial em Consumer Health, oferecendo uma proposta única: unir o seu profundo conhecimento das necessidades das pessoas e o seu saber científico para entregar melhor saúde no dia a dia, com humanidade.

Brian McNamara, CEO designado da Haleon, disse: “Apresentar a Haleon ao mundo representa mais um marco na nossa viagem para nos tornarmos uma empresa nova e independente. O nosso nome está fortemente ligado ao nosso propósito de entregar melhor saúde no dia a dia, com humanidade e ser líder mundial em Consumer Health. Mantemos o plano para lançar a Haleon em meados de 2022, enquanto desfrutamos de um momento comercial bastante robusto. Estamos ansiosos para dar informação mais detalhada, aos investidores e aos analistas no nosso evento 'Capital Markets Day' no final de fevereiro."

Emma Walmsley, CEO da GSK, disse: “A Haleon dá vida ao trabalho árduo de muitos anos de grandes profissionais para constituir esta empresa dedicada exclusivamente a Consumer Healthcare. A Haleon tem um enorme potencial para melhorar a saúde e o bem-estar em todo o mundo, com fortes perspetivas de crescimento e, através da sua colocação em bolsa, trazer um valor significativo aos acionistas da GSK."

Mariana Carvalho, Diretora Geral da GSK Consumer Healthcare Portugal, acrescentou: "Graças a marcas tão conhecidas para os nossos consumidores, como Voltaren, Sensodyne, Corega, Centrum ou Parodontax entre outras, a Haleon continuará a servir farmacêuticos, dentistas, higienistas e outros profissionais de saúde em Portugal, e claro, os milhares de pessoas que todos os dia confiam em nós e nos nossos produtos. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para melhorar a saúde no dia a dia, com base no nosso conhecimento das pessoas, da pesquisa e da ciência. Estou profundamente empolgada por fazer parte desta viagem e realizá-la com a formidável equipa portuguesa”.

Como uma nova empresa, a Haleon contará com um excelente portefólio de marcas de renome mundial, incluindo Sensodyne, Voltaren, Parodontax, Corega e Centrum. Marcas que contam com a confiança de profissionais de saúde, clientes e consumidores em todo o mundo, para melhorar a sua saúde e bem-estar, bem como a saúde dos seus familiares. Com forte procura do consumidor, o setor de Consumer Healthcare representa mais de 150 mil milhões de libras, destacando o crescente interesse em saúde e bem-estar, especialmente entre uma população envelhecida e as classes médias emergentes, bem como as necessidades não atendidas dos consumidores. Em conclusão, será um negócio bem posicionado de modo a proporcionar forte impacto na saúde das pessoas e crescimento sustentável nas suas categorias para os próximos anos.

O novo nome foi anunciado esta manhã a todos os funcionários da GSK Consumer Healthcare, numa celebração global de toda a empresa. Em todo o mundo, os trabalhadores tiveram a oportunidade de conhecer o novo nome e identidade corporativa, cujo objetivo não é outro, senão tornar realidade o propósito da nova empresa e as suas ambições de crescimento.

O nome foi também comunicado antes da GSK Consumer Healthcare organizar o “Capital Markets Day” para investidores e analistas, que terá lugar na próxima segunda-feira, 28 de fevereiro, onde serão fornecidos detalhes da estratégia geral, funções e operações para a Haleon, incluindo informação financeira detalhada, bem como planos de crescimento do negócio. Para potenciais investidores, a Haleon oferecerá um atrativo crescimento de vendas orgânico, uma expansão da margem operacional e um consistente elevado cash generation.

No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras
No dia 28 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras (DDR) e, por isso, a RD-Portugal - União das Associações de...

Destas iniciativas fazem parte uma Conferência Gratuita Online “Sensibilizar, conhecer e promover a mudança para 6% da população”, no dia 28 de fevereiro, às 9:30 horas, em parceria com o National Mirror Group do Programa Europeu para as Doenças Raras (NMG – EJPRD), Direção-Geral da Saúde (DGS), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Agência de Investigação Científica e Inovação Biomédica (AICIB), Comissão Nacional de Centros de Referência e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a divulgação do vídeo internacional das Doenças Raras e um filtro do Instagram e Facebook. 

Além disso, estão planeadas uma campanha digital de iluminação das casas, onde a RD-Portugal apela a que todas as pessoas, no dia mundial das doenças raras, às 18h00, iluminem a sua casa com uma luz rosa, verde ou azul e façam parte desta iniciativa para aumentar a sensibilização sobre estas doenças, partilhando o seu apoio através das redes sociais da Associação; uma campanha de iluminação dos edifícios e monumentos por Portugal, que neste momento, conta já com mais de 21 Entidades, e a continuação do projeto Informar sem Dramatizar, nas escolas, para alertar e sensibilizar as crianças e jovens para as especificidades relacionadas com as Doenças Raras e a deficiência.

Uma doença é considerada rara quando afeta no máximo 1 em 2.000 pessoas. No seu conjunto, as Doenças Raras afetam cerca de 6% a 8% da população, estimando-se que, em Portugal, existam cerca de 600.000 a 800.000 pessoas portadoras destas doenças. Cerca de 80% das Doenças Raras têm origem genética identificada, enquanto outras são o resultado de infeções (bacterianas ou virais), alergias e causas ambientais. Metade das Doenças Raras manifestam-se e são diagnosticadas em crianças.

 

Pedidos chumbados ou sem resposta por parte da tutela
O Sindicato dos Enfermeiros – SE confirmou com a administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) a dificuldade em...

Este é um problema transversal a muitas outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, mas, como sublinha o presidente do SE, “desta feita é a própria administração que confirma as dificuldades e os entraves colocados pela tutela”. Também na unidade hospitalar de Aveiro se verifica que “existe pressão para que se recuperem consultas, tratamentos e cirurgias em atraso, ao mesmo tempo que se continua a lidar com a COVID-19, mas sem um reforço do número de enfermeiros”, assinala.

Pedro Costa recorda o número de horas extraordinárias pagas no SNS ao longo de 2021 e que, salienta, se verifica também no Baixo Vouga. “As administrações, e Aveiro não é diferente da restante realidade do SNS, têm de decidir se investem nas infraestruturas e nos equipamentos, ou se contratam horas extraordinárias e prestação de serviços”, justifica o presidente do SE.

“A contratação de mais enfermeiros, a prazo, representa ganhos na eficiência das equipas e na redução do erro clínico e maior segurança do doente, uma vez que a estabilidade do quadro de enfermeiros gera um maior entrosamento e aumenta a segurança na prestação de cuidados de saúde ao doente”, explica Pedro Costa. Para o presidente do SE, “o subfinanciamento crónico do SNS está a colocar uma pressão crescente junto dos profissionais e das unidades de Saúde e, em muitos casos, acaba por afastar muitos profissionais de Saúde do SNS, que procuram melhores condições no setor privado ou até mesmo no estrangeiro”.

No decurso da reunião com a administração do CHBV foi ainda possível desbloquear um problema existente com “o gozo de tolerâncias de ponto aos enfermeiros que faziam o turno da noite ou que terminavam o turno à noite”, adiantou Pedro Costa. “Segundo foi explicado, trata-se de um problema informático que ainda não tinha sido reportado oficialmente à Administração e que não estava a validar o gozo da tolerância de ponto aos enfermeiros que fazem aqueles dois turnos”, adverte Pedro Costa. Na reunião ficou a garantia de que a situação vai ser resolvida e tal não estava a suceder devido a um erro informático que vai ser corrigido, repondo assim a normalidade”.

A direção do Sindicato dos Enfermeiros foi também alertada por alguns enfermeiros do CHBV da existência de problemas no cumprimento da lei da parentalidade. “A Administração diz desconhecer qualquer problema com o cumprimento de um direito basilar, mas diz-se disponível para analisar cada caso e encontrar a melhor solução para que estes direitos não sejam sonegados aos profissionais de Saúde do CHBV”, concluiu o presidente do SE.

Faculdade de Educação e Psicologia da Católica alia-se a empresa tecnológica
No seguimento do atual cenário altamente competitivo, do ritmo das inovações tecnológicas e dos curtos ciclos de vida dos...

No projeto GAIN (Games for Anxiety Inquired through Neuroscience): The Effects of playing mobile games in anxiety and neurocognitive functions, o Human Neurobehavioral Laboratory (HNL/FEP/UCP) e a Infinity Games são parceiros e assumem a responsabilidade conjunta de desenvolverem uma nova tendência no mercado: a validação científica de produtos. O papel do HNL é o de disponibilizar uma ampla experiência no desenho e implementação de estudos científicos, infraestruturas de investigação e recursos humanos preparados para garantir o sucesso da investigação. Já o papel da Infinity Games é o de disponibilizar suporte financeiro a jovens investigadores, conhecimento no desenvolvimento e comercialização de produtos, assim como uma ampla gama de produtos inovadores nessa área.

“Passamos por tempos desafiantes e queremos que os nossos jogos sejam uma ferramenta para lutar contra esses desafios. Este projeto irá ajudar-nos nessa nossa missão”, refere João Ramos, Head of Business Development da Infinity Games. E salienta: “Somos uma empresa que está verdadeiramente atenta para com o bem-estar das pessoas que utilizam os nossos jogos e desde o início que a nossa preocupação passa por, além de providenciar momentos de entretenimento, criar experiências que possam ser redutoras de stress e de ansiedade.”

Sobre os desafios colocados por esta parceria, João Ramos refere que “se prendem com o contexto que atravessamos e não com a parceria em si. Em primeiro lugar, a indústria dos jogos não tem, de forma geral, um relacionamento muito positivo com a saúde. Depois, o mercado dos jogos é um mercado de rápida evolução e transformação, que exige decisões muito rápidas e foco quase exclusivo na receita do próximo trimestre ou dos próximos seis meses. Nós estamos focados em como vamos produzir os melhores jogos do mercado dentro de um ou dois anos, aliando as nossas experiências imersivas ao relaxamento”. “Avizinham-se tempos de muita colaboração e investimento”, conclui.

Já Patrícia Oliveira-Silva, investigadora e coordenadora do GAIN, explica que "um dos grandes objetivos deste projeto é o de “criar uma parceria a longo prazo entre os dois parceiros que represente uma boa prática que interliga interesses, valores, investimento, estratégias e objetivos comuns. Trabalhar com as empresas representa um novo motor de inovação para a academia. E além disso, preocupamo-nos que a investigação realizada no HNL tenha uma forte adesão à realidade”. Ao longo do projeto GAIN, a equipa pretende também desenhar e validar novos protocolo de validação de produtos, que são aplicados como uma ferramenta para incentivar a mudança comportamental e promover atitudes desejadas em diferentes dimensões, e a aplicação de técnicas das Neurociências que procurem validar o efeito de jogos, desenvolvidos pela empresa Infinity Games, no bem-estar dos seus utilizadores, nomeadamente na ansiedade e noutras funções neurocognitivas.

Este projeto de investigação está a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar composta pela investigadora e diretora do Human Neurobehavioral Laboratory (HNL/FEP/CEDH), Patrícia Oliveira-Silva, em parceria com Pedro Miguel Rodrigues, responsável pela área de Processamento de Sinal do Centro de Investigação CBQF (CBQF/ESB/UCP), e dois estudantes de mestrado: Pedro Ribeiro (ESB) e Miguel Ferreira (FEP/UCO). Atualmente, os dados estão a ser recolhidos e o primeiro estudo será concluído no final do mês de março de 2022.

Série com oito episódios
Já está disponível o primeiro episódio de “A Receita para…”, o novo podcast da Universidade Europeia dedicado à área de...

Gestão Hospitalar, Comunicação em Saúde, Ética, Inovação no setor da Saúde, Medicina Dentária, Nutrição, Saúde Digital e Sistemas de Saúde, são alguns dos temas abordados em episódios de cerca de 15 minutos, conduzidos por Sandra Martins, docente e coordenadora da área da Psicologia e Desporto da Universidade Europeia, e Adalberto Campos Fernandes, coordenador estratégico da área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia.

Os episódios contam com a participação de personalidades como Vasco Antunes Pereira (CEO Lusíadas Saúde), Hélia Gonçalves Pereira (Reitora da Universidade Europeia), Alexandra Bento (Bastonária da Ordem dos Nutricionistas e coordenadora da área de Nutrição da Universidade Europeia), Paulo Maia (Médico Dentista e coordenador da área de Medicina Dentária da Universidade Europeia), José Mendes Ribeiro (Economista, Fundador e Administrador CESADI, Centro de Saúde Digital), Maria de Belém Roseira (Antiga Ministra da Saúde e Presidente do Advisory Board da Universidade Europeia), Germano de Sousa (Médico, Fundador e Administrador dos Laboratórios Germano de Sousa) e Manuel Barbosa (Médico Imunoalergologista e coordenador da área de Biociências da Saúde da Universidade Europeia).

“Com este podcast, pretendemos abrir-nos ao diálogo. Queremos ouvir e falar à sociedade sobre temas que nos interessam a todos, numa tentativa de entender verdadeiramente os desafios e como enfrentá-los. O desenvolvimento da área da Saúde é uma prioridade para a Universidade Europeia, que procura dar uma resposta qualificada e eficaz às carências existentes na formação superior nesta área. O projeto “A Receita para…” é apenas um primeiro passo neste processo de afirmar a Universidade Europeia como uma instituição de referência também na Saúde em Portugal”, afirma Lourdes Martin, diretora executiva da área da Saúde da Universidade Europeia.

Numa primeira fase, o podcast “A Receita para…” conta com oito episódios que serão disponibilizados até ao mês de junho no canal de Youtube da Universidade Europeia e na plataforma digital Spotify.

As Ciências da Saúde representam uma área estratégica para o desenvolvimento nos domínios do Ensino, da Formação, da Investigação Científica e da Inovação Tecnológica. Tendo em vista este desígnio, a área de Ciências da Saúde da Universidade Europeia vem proporcionar um processo inovador de educação integrado, através da qual os estudantes, das diferentes áreas disciplinares, adquirem conhecimentos e competências, de forma partilhada, tendo em vista as experiências futuras, ao longo da sua vida profissional. Esta abordagem assenta num Modelo Académico inovador, centrado na aprendizagem experiencial e transversal a todas as áreas da instituição e evidenciado nesta área de conhecimento.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados cerca 13 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 28 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a região do país que registou o maior número de mortes, desde o último balanço: 12 em 28. Segue-se a região Norte com 10. A região Centro registou mais três mortes desde ontem e o Alentejo, Algarve e Madeira têm, agora, mais um óbito cada.  

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 13.103 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 4.024, seguida da região Norte com 3.275 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 3.206 casos na região Centro, 856 no Alentejo e 652 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 561 infeções, e os Açores com 475.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 1.763 doentes internados, menos 69 que ontem. As Unidades de cuidados intensivos têm agora menos três doentes internados, desde o último balanço: 111.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 20.813 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.717.509 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 467.878 casos, menos 7.738 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 15.093 contactos, estando agora 474.904 pessoas em vigilância.

Questionário on-line
A Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade de Évora, em colaboração com a Escola Nacional de Saúde Pública da...

O estudo tem como objetivos gerais contribuir para a melhoria do conhecimento das situações de trabalho e relações laborais nas organizações de serviços de saúde e propor medidas para promover ações que contribuam para a melhoria das condições do exercício profissional em tempo pandémico. 

O questionário on-line está disponível. As respostas são confidenciais, anónimas e exclusivamente tratadas de forma agregada para fins científicos. Não há respostas certas e erradas; o intuito é conhecer a opinião dos participantes sobre o impacto da Covid-19 nas condições de trabalho dos profissionais de saúde.  

 

Uso excessivo pode vir a prejudicar a alimentação das gerações futuras
Atualmente, os suplementos, como os multivitamínicos, estão em alta. Basta entrar numa farmácia para ver as prateleiras...

Porém, qual é a real importância da suplementação, e como o seu excesso pode vir a afetar o ser humano? Para responder esses questões, o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela desenvolveu, em setembro de 2021, o estudo científico intitulado "Nutrição em vão", com o objetivo de compreender se o ser humano está a consumir uma quantidade maior de nutrientes sem necessidade, e qual será o impacto disso no futuro.

O trabalho elaborado por Agrela, que também é biólogo, possui formação em neuropsicologia e especialização em nutrição clínica, explica que organismo humano está acostumado a armazenar nutrientes para uso posterior, e que a tecnologia tenha avançado com a suplementação, o seu uso excessivo pode vir a prejudicar a alimentação das gerações seguintes, dentro do conceito da epigenética, alterando no DNA a condição de armazenamento colocando em risco a humanidade quando houver escassez de alimentos. 

O estudo surgiu a partir de uma inquietação do autor, que se questionou, baseado no alto uso de suplementação atual, como o organismo humano irá se adaptar caso aconteça uma escassez de alimentos devido ao crescimento populacional. O trabalho, aprovado pelo Comitê do Núcleo de Pesquisa Institucional do Centro Universitário de Itajubá - FEPI e publicado na Revista Científica Universitas, publicação digital da instituição, traz um questionamento progressista acerca de algo tão apreciado ultimamente.

 

 

 

 

Algoritmo inteligente para avaliar biopsias renais
Cerca de 50% dos rins provenientes de dadores falecidos são rejeitados para transplante porque os métodos atuais de...

Para tentar ultrapassar este problema, uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e médicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com a colaboração da Universidade de Buffalo, nos EUA, está a desenvolver um algoritmo inteligente que permita auxiliar os médicos especialistas na complexa tarefa de avaliar as biópsias renais de dadores falecidos no momento da colheita, o designado tempo-zero.

A biópsia fornece informação essencial para a avaliação da qualidade do órgão, se reúne ou não condições para ser implantado no recetor. Porém, os atuais métodos de classificação das biópsias renais são visuais, semiquantitativos e, por vezes, imprecisos, ou seja, «é um exame que resulta da observação humana e depende muito da experiência do especialista que interpreta os resultados, sendo difícil prever a evolução do órgão a longo prazo. É uma análise semiquantitativa porque está sujeita à forma como o clínico classifica uma imagem. O médico observa, avalia determinadas estruturas e toma uma decisão sobre a qualidade ou não do órgão. É um processo muito manual, laborioso e subjetivo, suscetível de gerar o desperdício de órgãos que poderiam ser utilizados», explica Luís Rodrigues, investigador principal do projeto, que foi recentemente distinguido pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia.

«A melhor opção terapêutica para tratar doentes com insuficiência renal muito grave, dependentes de hemodiálise, é o transplante, mas debatemo-nos com a escassez de órgãos, um grande problema. Em Portugal a taxa de incidência de doença renal terminal tratada é uma das maiores da Europa, e a lista de espera para transplante aumenta todos os anos, sendo por isso urgente desenvolver ferramentas que permitam aumentar o número de órgãos disponíveis para transplante e otimizar a sua alocação, melhorando assim a sobrevida e qualidade de vida dos recetores dos órgãos», frisa o também médico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

A equipa do projeto não tem dúvidas de que a inteligência artificial (IA) pode ser uma grande aliada para evitar o desperdício de órgãos. Mas não só. Luís Rodrigues esclarece que o grande objetivo da investigação, que faz parte do seu doutoramento, orientado pelo professor Rui Alves, é desenvolver um algoritmo inteligente de análise de imagem que «além de aumentar a eficácia e precisão da caracterização morfológica dos rins doados, também melhore a alocação dos órgãos, com correspondência de longevidade entre dador e recetor».

«Os dados obtidos através da análise computacional podem fortalecer significativamente a nossa capacidade de prever os resultados do transplante e otimizar o uso e a alocação de órgãos. Quanto mais durarem os órgãos que nós implantamos, menor é a possibilidade de um segundo transplante e menor é a possibilidade de precisarmos de mais um dador», nota o investigador da FMUC.

Se o desenvolvimento de um novo meio de diagnóstico, baseado em inteligência artificial, que permita uma abordagem robusta e sistemática de análise de biópsias renais for bem-sucedido, Luís Rodrigues estima que «entre 10 e 25% dos órgãos que atualmente são rejeitados poderão ser aproveitados». No entanto, acautela, até conseguir um algoritmo robusto para ser aplicado na patologia renal, a equipa ainda tem muito trabalho pela frente. Neste momento, os investigadores estão a recolher informação junto de doentes renais envolvidos no projeto. Os dados obtidos na amostragem clínica serão aplicados na aprendizagem e no treino do algoritmo.

O projeto, com o título “Redes neurais convolucionais para avaliação de biópsias de dadores cadáver de rim em tempo-zero”, decorre na Unidade de Transplante Renal do CHUC, envolvendo a colaboração dos serviços de Nefrologia, de Urologia e Transplantação Renal e de Anatomia Patológica. Além de Luís Rodrigues e Rui Alves, a equipa portuguesa é constituída por Vitor Sousa, Rui Almeida, Ana Pimenta, Catarina Romãozinho, Lídia Santos, Edgar Silva e Arnaldo Figueiredo.

 

Entrevista
A dor crónica é uma doença silenciosa, grave e complexa, com grandes repercussões sociais e económic

Em Portugal, a dor é o principal sintoma que leva o doente a procurar o médico e os cuidados de saúde, estimando-se aliás que mais de 30% dos indivíduos acompanhados em unidades de Cuidados de Saúde Primários vivem com dor crónica. Para entendermos a complexidade deste problema, como se caracteriza a dor crónica?

A Dor crónica é uma síndroma ou doença e não só um sintoma (na dor aguda). Resulta da experiência passada e caracteriza-se por todo um conjunto de sinais e sintomas que prevalece para além do tempo expectável de resolução desses sinais e sintomas. Estabelece-se e torna-se crónica ao longo do tempo, afetando o individuo em múltiplos aspetos da sua vida quotidiana.

Quais as principais causas ou fatores de risco associados à dor crónica? E neste sentido, quais as populações mais vulneráveis?

Desde logo e do ponto de vista físico, o envelhecimento e as suas implicações nos órgãos e estruturas do corpo humano; depois os hábitos de cada individuo, nomeadamente a alimentação o sedentarismo, mas também as condições sociais e económicas (acesso a cuidados de saúde preventivos ou as condições de trabalho em termos posturais ou de carga de trabalho). Do ponto de vista psicológico, a experiência de vida da pessoa ao longo do tempo, particularmente em termos de vivências emocionais e que moldam a sua personalidade (resiliência, depressão, otimismo, pessimismo...).

Como é feito o seu diagnóstico? De que forma é possível quantificar a dor, tendo em conta que é algo tão subjetivo?

O diagnostico é clínico e assente na história clínica. Isto é, no que cada individuo conta ou expressa. Depois confirma-se com o exame físico da pessoa e se mais for preciso, com os meios complementares de diagnóstico, que são ferramentas para isso mesmo, para complementar a hipótese de diagnostico que se equaciona no momento. Quantificar algo subjetivo é sempre difícil, mas importante para tentar perceber quão significativa é a dor para o individuo. Usam-se diferentes escalas métricas, sendo as mais frequentes a escala quantitativa, variando de 0 a 10 ou a qualitativa que varia entre estar sem dor e ter a dor máxima imaginável.

A dor pode ser prevenida? Quais os cuidados a ter?

Se tivermos hábitos de higiene corporal e de vida saudável nas suas diferentes dimensões (física, psicológica e social), a probabilidade de ter dor crónica é menor.

Tratando-se de uma entidade clínica complexa, em que consiste o seu tratamento?

Tratar é acima de tudo cuidar. Cuidar é estar atento e propor todas e quaisquer estratégias que atenuem ou eliminem a dor, quer sejam físicas (como o exercício físico), químicas (como os medicamentos) ou psicológicas (como a motivação, por exemplo). Não existe uma receita universal, mas apenas a grande máxima sempre presente, de que cada caso é um caso, pelo que o tratamento é sempre individualizado para cada pessoa.

De que forma pode a dor condicionar a vida do doente? Quais as repercussões sociais e económicas da dor?

Atualmente, é comum falar-se no conceito de dor total, dadas as repercussões que a dor crónica tem na pessoa. Pensamos nas repercussões físicas, psicológicas ou socioeconómicas. Se pensarmos que a dor nos faz recolher em nós próprios, no “nosso canto”, na nossa individualidade, percebemos facilmente que isso implica depois deixar de estar ativo profissionalmente e deixar de ter capacidade económica. Implicará mais isolamento, mais depressão e consequentemente mais dor. É um círculo vicioso, difícil de ultrapassar e que atinge o individuo na sua totalidade.

Na sua opinião, por que motivo continua a ser tão difícil entender e valorizar a dor? Qual o papel dos profissionais de saúde, sobretudo os profissionais associados aos cuidados de saúde primários, neste âmbito?

É difícil entender porque a dor é individual, subjetiva. Cada um tem a sua e não é reprodutível para os outros. Deve necessariamente ser valorizada para poder ser entendida e tentar ser ultrapassada. Isso significa necessariamente para o profissional de saúde estar atento, cuidar. Sendo os profissionais de saúde dos cuidados primários a porta de entrada no sistema de saúde, significa que deve ser aí a aposta na abordagem da dor. Travar a sua progressão ao longo do tempo. Evitar que a dor se torne crónica; evitar que seja necessário tratá-la, prevenindo-a.

Por fim, no âmbito desta temática, que mensagens chave devemos reter?

A dor crónica é uma doença com repercussões no individuo a todos os níveis. Como dizemos e bem, “mais vale prevenir, do que remediar”. Devemos cultivar um estilo de vida saudável, com exercício físico regular, evitar excessos alimentares e procurar estar bem connosco próprios. Será meio caminho andado para estarmos com os outros, com quem sociabilizamos e que nos deixem e façam felizes. Se o conseguirmos, vamos seguramente vencer a dor!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Informação acessível e credível
Acaba de ser lançado o novo website “Tudo Sobre Dermatite Atópica”, com o objetivo de disponibilizar informação acessível e...

Devido à existência de alguns mitos e estigmas associados a esta patologia, este website assume-se assim como uma ferramenta no combate à escassez de informação credível junto de toda a população, com a desmitificação de perceções erradas sobre a Dermatite Atópica – por exemplo, muitas pessoas ainda pensam que a D.A. é uma doença contagiosa.

“Este novo website vem complementar o investimento que temos vindo a fazer para disponibilizar informação de uma forma simples e acessível num mundo cada dia mais digital. A companhia tem lançado diversas plataformas digitais nas redes sociais como o Facebook e o Instagram que nos aproximam das comunidades, informando sobre a doença de uma forma aberta e transparente. O foco é sensibilizar e ajudar a atenuar o impacto provocado pela D.A., em todas as dimensões da doença, seja física, emocional e de um ponto de vista socioeconómico”, afirma Francisco del Val, General Manager da Sanofi.

A Dermatite Atópica é uma doença inflamatória crónica da pele que, na sua forma moderada a grave provoca lesões físicas graves. No entanto, os seus impactos estendem-se para além do físico: é uma doença caracterizada por causar problemas emocionais e socioeconómicos, muitas vezes associados ao estigma que ainda se faz sentir relativamente à D.A. Segundo as estimativas afeta entre 10 e 20% da população pediátrica a nível mundial1 e quase 4,5% da população adulta a nível europeu.

Saiba mais em: https://www.tudosobreadermatiteatopica.pt/

 

 

Parceria prevê um apoio no valor de 280 mil euros nos próximos três anos
A SWORD Health, startup portuguesa que criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas,...

Com esta parceria, as duas entidades vão promover um conjunto de iniciativas, nomeadamente laboratórios de ensino, ações de apoio à I&D como estágios e/ou bolsas de estudo, aquisição de equipamento, financiamento de protótipos, entre outros, e a criação de uma cátedra na área da Inteligência Artificial e Ciência de Dados ou Ciências da Reabilitação. Com esta colaboração, haverá ainda uma aposta conjunta na área do empreendedorismo, que irá refletir-se no financiamento de provas de conceito e em concursos de ideias.

A cooperação vai ainda permitir a promoção de projetos de I&D aplicada para que o unicórnio português continue a beneficiar do know-how da instituição de ensino superior no seu crescimento e implementação no mercado internacional. A SWORD Health começou a germinar na UA Incubator, a incubadora de empresas da UA.

Com a missão de revolucionar a forma como 2 mil milhões de pessoas em todo o mundo recuperam de patologias músculo-esqueléticas, a SWORD Health quer acelerar o tratamento destas patologias através do desenvolvimento de novas terapias digitais, desde a prevenção até à reabilitação pós-cirurgia. Estas patologias representam o maior custo de saúde a nível mundial e são uma das principais causas de dor crónica e incapacidade.

Recentemente, a SWORD Health fechou uma ronda de financiamento no valor de 189 milhões de dólares, que colocou a valorização da startup portuguesa nos 2 mil milhões de dólares, tornando-se na start-up que mais rapidamente chegou ao estatuto de unicórnio. A empresa está a contratar mais de 150 profissionais nas áreas de engenharia e produto.

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