Clínica Qorpo
Época festiva é sinal de reencontros com família e amigos, amor e diversão, mas é também a época do convívio prolongado à volta...

É fácil esquecer a rotina do dia-a-dia e deixar-se levar, pelo que, para aproveitar ao máximo, mas de forma equilibrada, a clínica Qorpo, lançada pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) no ano passado, partilha 10 ‘mandamentos’ para não deixar para as resoluções de Ano Novo o que pode começar a fazer hoje.

“O Natal é uma altura em que, por vezes, a saúde fica para segundo plano, mas não tem de ser assim. Aproveitar ao máximo não tem de significar descurar a nossa saúde. Este é um momento de amor, porque não aproveitá-lo para criar tradições em família que contribuam para a saúde de todos?”, questiona Carolina Neves, endocrinologista e diretora clínica da Qorpo.

A Qorpo alerta, por isso, para a importância do equilíbrio e partilha dez dicas que podem ajudar a combater os excessos desta época sem precisar de comer apenas comida aborrecida ou isolar-se de quem mais ama:

  1. Restrição alimentar nem sempre é o caminho: respeitar o plano de refeições que costuma fazer ao longo do dia é uma forma de evitar chegar à noite de Natal ou a outra refeição festiva com fome e vontade de comer tudo o que é colocado na mesa. Assim, poderá fazer melhores escolhas alimentares e comer em menor quantidade. Por isso mesmo, não é aconselhável adotar uma postura demasiado restritiva durante esta época se o foco for colocado no problema errado.
  2. Menos é mais: Cozinhar a maioria dos pratos e dos doces em vez de comprar comida feita, simplificar as receitas, reduzir a quantidade de açúcar destas e utilizar métodos culinários mais simples, como estufados, cozidos ou grelhados, não preparar comida em excesso e controlar as porções são boas formas de evitar excessos desnecessários. Ir às compras ou cozinhar em família poderá gerar algumas das melhores memórias desta época, associando a cozinha a momentos felizes.
  3. O desporto pode ser um momento de convívio: nada melhor do que dar um passeio depois de um almoço ou jantar com a família ou com os amigos para reforçar a ligação com os entes queridos ou colocar a conversa em dia com o amigo de forma mais pessoal. Além disso, manter toda a família ativa, organizando momentos de desporto em conjunto durante as férias poderá proporcionar ainda mais momentos divertidos.
  4. Ter atenção ao álcool: durante esta época, é fácil perder conta. Além do impacto na saúde, importa ter atenção às calorias que as bebidas podem trazer, e isto não se cinge ao álcool, uma vez que os refrigerantes são também ricos em calorias. Por isso, escolher bebidas sem açúcar ou água poderá ser uma boa solução. No caso de consumo de bebidas alcoólicas, alterná-las com água ajudará a manter o equilíbrio.
  5. Ingerir primeiro as opções mais saudáveis à mesa: sopa, saladas, grelhados e legumes. Uma vez saciado, mesmo que não resista, terá tendência a consumir menor quantidade de alimentos mais calóricos depois.
  6. Comer com consciência: As iguarias favoritas não precisam de ser cortadas. O importante é moderar as quantidades, comendo em pequenas porções. Saborear e mastigar lentamente cada pedaço levará à satisfação com menos calorias envolvidas.
  7. Comer sem culpa: Um ou dois dias de festa não determinam o nosso peso. São os hábitos de estilo de vida ao longo de todo o ano que são determinantes. A culpa pode gerar mais ansiedade e esta pode aumentar o impulso de procurar mais prazer gastronómico. Contudo, é importante não transformar 2 dias em várias semanas seguidas de maior consumo calórico diário, porque há "sobras" de delícias natalícias em casa. Evitar cozinhar em excesso e distribuir pelos familiares ou mais carenciados a comida que sobrou do Natal. É importante voltar à rotina equilibrada no dia seguinte.
  8. Evitar ganhar o hábito de consumir doces todos os dias: É frequente nesta época recebermos chocolates, bolos, guloseimas e estarmos rodeados de tentações bem antes do dia de Natal. Quando a frequência de ingestão de doces aumenta, este consumo diário de açúcar pode gerar um círculo vicioso no sistema de apetite do cérebro. Este estímulo gera impulsos que levam à procura por alimentos ricos em açúcar com cada vez mais frequência. Trata-se de uma desregulação do sistema hedônico e funciona como uma adição. O melhor é evitar tornar este consumo num hábito.
  9. Prestar atenção ao que realmente importa: Embora a comida seja parte integrante das festividades, colocar o foco na família e nos amigos poderá ser uma forma de viver esta época de uma forma mais leve. Se o equilíbrio e a moderação são guias habituais, estes momentos devem ser caracterizados pela alegria e não pelo stress da rotina. Além disso, pensar em dinâmicas novas, além de partilhar uma refeição, poderá ser uma boa forma de contribuir para a saúde de todos.
  10. Procure ajuda profissional: “Para quem vive com obesidade, esta pode ser uma época de maior ansiedade e culpa, ou até medo de agravamento da sua saúde ou perda de conquistas já conseguidas no seu tratamento. Por isso, é importante apostar no acompanhamento especializado por profissionais de saúde que ajudem a manter a serenidade e o equilíbrio físico e mental, para viverem esta época sem angústia e com prazer, mas mantendo os cuidados já implementados. Para quem ainda não procurou ajuda profissional, o novo ano é uma oportunidade de recomeços e procurar o tratamento adequado, através de uma equipa multidisciplinar como a da Qorpo, pode ser o primeiro passo.”, remata a endocrinologista da APDP.

O excesso de peso e a obesidade são considerados pelo Organização Mundial de Saúde uma epidemia com graves consequências para a saúde. Segundo os dados recentemente divulgados pela Federação Mundial de Obesidade, estima-se que, em 2035, 51% da população mundial, ou quatro mil milhões de pessoas, terá excesso de peso ou obesidade se a prevenção e o tratamento não forem priorizados. Em Portugal, já existem cerca de 2 milhões de pessoas adultas com obesidade, um valor que aumenta para 67,6% da população portuguesa quando somadas as pessoas com excesso de peso. Isto significa que mais de metade da população portuguesa está também em maior risco de vir a desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas como distúrbios do sono.

A clínica Qorpo foi criada pela APDP para oferecer um serviço diferenciador a todos aqueles que procuram, por um lado, perder peso e, por outro, manter um peso saudável a longo prazo. Através de um programa de gestão de peso personalizado, a missão da clínica Qorpo passa por promover o peso saudável em benefício da melhoria da qualidade de vida e do bem-estar físico e psicológico.

Acesso a Cuidados de Saúde 2023 – Uma Década de Evolução
Apesar da eliminação da maioria das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a principal barreira no acesso aos...

A conclusão é revelada no mais recente Relatório Acesso a Cuidados de Saúde 2023, da autoria dos investigadores Carolina Santos e Pedro Pita Barros, detentor da Cátedra BPI | Fundação ‘la Caixa’ em Economia da Saúde, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação ‘la Caixa’, o BPI e a Nova SBE.

Para identificar as potenciais e efetivas barreiras no acesso aos cuidados de saúde em Portugal o Relatório Acesso a Cuidados de Saúde 2023 – Uma Década de Evolução analisa as decisões de utilização dos serviços de saúde, desde o momento em que os cidadãos sentem a possibilidade de doença, considerando variáveis como idade, classe socioeconómica, género e nível de escolaridade.

A primeira decisão do doente quando sente um problema de saúde prende-se com a procura, ou não, de ajuda profissional no sistema de saúde. Perante um episódio de doença, vários motivos podem justificar o não recurso ao sistema de saúde, no entanto, na grande maioria das vezes o pedido de ajuda profissional não se concretiza devido à reduzida gravidade do episódio de doença e, nos casos de maior severidade em que o recurso ao sistema de saúde não sucede são principalmente as barreiras financeiras ou geográficas que condicionam a opção do doente.

Em 2023, cerca de 11,26% dos inquiridos que sofreram um episódio de doença optaram por não utilizar o sistema de saúde (quase 3 ponto percentuais inferior ao valor registado em 2022) e, destes, 75,6% optaram por se automedicar. A diminuição da percentagem das pessoas que opta pela automedicação ocorrida entre 2020 e 2022 inverte-se em 2023 atingindo valores 32,3 pontos percentuais superiores aos registados em 2022 e 11,4 pontos percentuais superiores aos registados no pico do período pandémico (64,2%).

Quando analisadas as razões para a escolha por automedicação, verifica-se que a experiência com problemas similares no passado, é preponderante não só devido à vivência recorrente com certos problemas de saúde (especialmente entre indivíduos com doenças crónicas) mas também devido à existência de medicamentos disponíveis em casa (o que reduz o custo implícito de não procurar auxílio profissional no sistema de saúde). No entanto, entre 2022 e 2023, a experiência com problemas similares no passado perde relevância na decisão de os indivíduos se automedicarem e dos 76,1% registados em 2021 decresce para 49,6% em 2023. Relativamente aos doentes que optam pela automedicação devido à existência de medicamentos disponíveis em casa, verifica-se que em 2022 e 2023 houve um aumento significativo, embora em 2023 tenha sido menos expressivo que em 2022.  Os dados permitem ainda revelar que em 2023 verificou-se um aumento na percentagem dos indivíduos que escolhem automedicar-se por sugestão de amigos ou familiares e devido aos tempos de espera no SNS sendo ainda de realçar que, desde 2020, não há inquiridos a reportar terem optado por se automedicar devido a informação que recolheram na internet, rádio, televisão ou em campanhas publicitárias. No entanto ‘a elevada e crescente percentagem de indivíduos que reporta automedicar-se sinaliza que este é um comportamento que deve ser estudado e monitorizado, pelas consequências que pode ter, tanto para a saúde da população, como para a sustentabilidade e eficiência dos cuidados prestados no sistema de saúde’.

Quando analisados os dados relativos aos indivíduos que optam por recorrer ao SNS verifica-se que não existe uma relação sistemática com o grupo etário, o nível de escolaridade ou o género do inquirido, revelando apenas o grupo do escalão socioeconómico mais desfavorecido (escalão E) uma maior probabilidade de procurar ajuda no sistema de saúde perante um episódio de doença, facto que poderá estar relacionado com a maior severidade (autopercecionada) dos problemas de saúde desse grupo socioeconómico. No que diz respeito aos motivos para a procura de auxílio, os dados analisados permitem aferir uma grande homogeneidade ao longo dos anos, com o aparecimento de um problema inesperado a ser o principal motivo para os cidadãos procurarem cuidados de saúde (55,3% em 2023, abaixo do valor médio verificado em 2022, mas em linha com o valor reportado durante o período pandémico). As doenças crónicas surgem como o segundo motivo de recurso ao SNS com 36,8% dos inquiridos a sinalizarem que a deslocação se concretizou devido a um agravamento ou descompensação da sua doença crónica (em 2022 situava-se nos 24,9%).

Os dados obtidos permitem ainda verificar que a ocorrência de episódios de doença é fortemente condicionada pelo contexto social ‘em 2023, a probabilidade de uma pessoa com 65 e mais anos ter tido um episódio de doença foi superior a 50%’ e pela condição socioeconómica (em 2023 a probabilidade atingia 66% dos indivíduos do grupo com maiores restrições financeiras (classe socioeconómica E) ao passo que apenas 29% era revelada em pessoas das classes socioeconómicas mais favorecidas (A e B).

Analisando as barreiras financeiras no acesso a cuidados de saúde, verifica-se um acentuado gradiente socioeconómico, com os indivíduos com maiores carências económicas a registarem uma probabilidade substancialmente superior de não adquirir todos os medicamentos necessários ao tratamento de um episódio de doença, ou de não irem a uma consulta ou urgência por falta de dinheiro. Apesar da eliminação nos últimos anos da maioria das taxas moderadoras no SNS, as barreiras financeiras no acesso a consultas ou urgências permanecem elevadas. ‘As dificuldades financeiras reportadas no acesso a consultas e urgências extravasam os verdadeiros custos associados a taxas moderadoras no SNS e podem dever-se a despesas com medicamentos receitados na sequência de uma ida a uma consulta ou urgência, ou aos custos de transporte necessários para deslocação ao serviço de saúde’.

A mais importante componente da despesa em saúde continua a ser a relacionada com medicamentos (em 2023, a despesa média com medicamentos correspondia a cerca de 70,5% das despesas médias totais nas idas às urgências e a 89,5% nas idas aos cuidados de saúde primários) ‘por conseguinte, uma vez eliminadas a maioria das taxas moderadoras, a discussão das barreiras financeiras no acesso a cuidados de saúde deve centrar-se nas despesas com medicamentos’ concluem os investigadores.

No que diz respeito a barreiras não financeiras, não se verifica um gradiente socioeconómico associado ao cancelamento de consultas ou exames, verificando-se uma diminuição deste indicador em todas as classes socioeconómicas (embora de forma menos pronunciada em indivíduos com maiores dificuldades financeiras). Analisando o setor público (Serviço Nacional de Saúde, SNS) e o setor privado verifica-se que, em 2023, a probabilidade de um indivíduo recorrer unicamente ao setor público era de 87%, a probabilidade de recorrer unicamente ao setor privado era de 11% e a probabilidade de recorrer a ambos era de 2%. De referir ainda que, após o recurso particularmente acentuado ao setor privado no primeiro ano da pandemia COVID-19, desde então, este indicador tem vindo a decrescer.

Avaliando a probabilidade de um individuo ter médico de família atribuído pelo SNS os dados analisados revelam um decréscimo (91% em 2020 face a 80% em 2023) verificando-se um gradiente socioeconómico, com os indivíduos de escalões socioeconómicos mais desfavorecidos a terem (em 2023) uma menor probabilidade de ter médico de família no SNS do que pessoas de classes socioeconómicas mais favorecidas (facto que não resulta de uma discriminação ativa mas sim da menor atratividade das unidades de cuidados de saúde primários em zonas de baixos rendimentos da população), ‘por conseguinte, as barreiras não financeiras acentuam as barreiras financeiras no acesso a cuidados de saúde’. Os dados revelam ainda que a probabilidade de ter médico de família no setor privado é maior para pessoas que não têm médico de família no SNS (19%) confirmando que a população tende a considerar a oferta de cuidados de saúde primários no setor privado como um substituto dos cuidados de saúde primários no SNS.  Este serviço do setor privado é utilizado maioritariamente por pessoas das classes socioeconómicas mais favorecidas e com idades compreendidas entre os 65 e os 79 anos.

Por último, e atendendo ao contexto de envelhecimento populacional em Portugal, os dados recolhidos e analisados revelam que entre 2017 e 2023 registou-se um aumento na probabilidade de se ser doente crónico, tendo este aumento sido particularmente pronunciado em indivíduos com idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos e nas mulheres.  Apesar do crescimento deste indicador no grupo das mulheres, verifica-se uma diminuição das barreiras no acesso a consultas e urgências neste grupo populacional, o que sugere que, pelo menos em parte, o sistema de saúde está a conseguir dar resposta às necessidades acrescidas de cuidados de saúde das mulheres nesta faixa etária. ‘Ainda assim, face ao aumento da prevalência de doenças crónicas em indivíduos mais velhos (50+) e às melhorias pouco expressivas no acesso a cuidados de saúde para a generalidade das pessoas mais velhas, surge a preocupação de que o sistema de saúde pode não estar a conseguir fazer face às necessidades de cuidados de saúde da população’ concluem os investigadores.

Universidade de Coimbra
Desenvolver ferramentas mais avançadas e económicas para o diagnóstico de esquizofrenia, melhorando a qualidade de vida dos...

O projeto de investigação arranca oficialmente a 1 de janeiro de 2025, com a ambição de revolucionar o diagnóstico precoce e o tratamento da esquizofrenia, doença mental crónica que afeta aproximadamente 1% da população mundial (cerca de 80 milhões de pessoas) e está entre as 15 principais causas de incapacidade a nível global, reduzindo a esperança de vida em 10-15 anos.

Da Universidade de Coimbra, participam no VOLABIOS equipas de investigação coordenadas por Bruno Manadas (Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC) e Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB)), por Nuno Madeira Instituto de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da UC, Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) e Unidade Local de Saúde de Coimbra) e por Joel Arrais (Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC e Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC)).

Ao longo dos quatro anos e meio de duração do projeto, os investigadores deste consórcio multidisciplinar vão atuar em dois planos distintos: por um lado, estudando a mecânica molecular da esquizofrenia; e, por outro, utilizando novas tecnologias para facilitar o diagnóstico precoce da doença. Envolvendo diferentes abordagens científicas e integrando ferramentas da espectrometria móvel e inteligência artificial, os investigadores esperam que seja possível “a identificação precisa e rápida de sinais químicos e bioquímicos que servem como biomarcadores para a esquizofrenia, melhorando a precisão do diagnóstico, reduzindo os prazos e abrindo caminho para intervenções mais precoces, uma compreensão mais profunda da doença e melhores resultados para os doentes”.

O projeto será desenvolvido em múltiplas etapas, que vão da análise retrospetiva de 9 milhões de registos médicos ao estudo clínico de mais de 3000 doentes (de seis centros médicos de toda a Europa), que serão monitorizados regularmente durante um período de 18 a 36 meses, para avaliar alterações e validar os resultados.

A investigação realizada na Universidade de Coimbra vai centrar-se particularmente “no recrutamento de doentes para o estudo, assim como na partilha de resultados de proteómica (perfis proteicos em larga escala) no contexto de primeiro episódio psicótico”, explica Bruno Manadas, investigador do CNC-UC.

Em 2029, na conclusão do projeto VOLABIOS, “esperamos apoiar o diagnóstico precoce da esquizofrenia com base em informação molecular, utilizando um painel de biomarcadores que possa ser aplicado com recurso a diferentes tecnologias e inteligência artificial”, conclui o investigador.

Fundação José Neves
Programas, meditações, exercícios e sessões guiadas ao vivo.

A nova app de bem-estar e desenvolvimento pessoal da Fundação José Neves, com conteúdos baseados em informação e técnicas cientificamente validadas, já está disponível para iOS e Android e pode ser descarregada também no link https://www.joseneves.org/app-aware, onde consta mais informação sobre esta nova ferramenta. A aplicação Aware, uma evolução da app 29k FJN, é totalmente gratuita, em português, e proporciona uma experiência ainda mais incrível, com muitas novidades para os seus utilizadores, entre as quais sessões guiadas ao vivo.

“Estamos muitos satisfeitos por apresentar aos portugueses a app de desenvolvimento pessoal Aware. A Fundação José Neves, através da sua parceria com a Fundação 29k, acompanhou de perto todo o processo de desenvolvimento desta aplicação, garantindo a sua adaptação à língua portuguesa. Estamos certos de que esta evolução será uma mais-valia para os nossos utilizadores, e um contributo importante para melhorar o seu bem-estar e saúde mental. Convidamos todos a experimentar e a conhecer melhor a Aware”, destaca José Neves.

A Aware representa uma evolução estratégica da Fundação Sueca 29k relativamente à app 29k FJN, que será desativada a partir do dia 31 de janeiro.

É uma aplicação gratuita, dedicada à saúde mental, bem-estar e desenvolvimento pessoal, e adaptada às necessidades dos utilizadores. Disponibiliza exercícios baseados em ciência, sessões guiadas ao vivo, e ainda o acesso a ferramentas e estratégias que tradicionalmente não estão disponíveis de forma tão acessível.

São muitos e diversificados os benefícios desta aplicação: melhorar as relações, aprendendo técnicas de comunicação para gerir conflitos de forma mais eficaz; gerir o stress e a ansiedade; praticar o autocuidado para melhorar o bem-estar geral e atenção plena; tomar melhores decisões; lidar com emoções e pensamentos difíceis; construir ligações com significado através de sessões lideradas por facilitadores e grupos de apoio entre pares, promovendo a conexão humana e o apoio social; desenvolver as capacidades internas para adaptação à mudança, gerir a complexidade e incerteza, e adotar comportamentos mais sustentáveis.

Os utilizadores podem escolher uma variedade de exercícios e meditações guiadas, que utilizam terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia de aceitação e compromisso (ACT), combinadas com uma conexão humana profunda para combater o stress ou a ansiedade; as dificuldades nas relações; os sentimentos avassaladores; a falta de concentração; o diálogo interno negativo; problemas com o sono; encontrar propósito e viver de forma significativa; a auto-compaixão e o crescimento pessoal em tempos desafiantes.

A aplicação Aware está disponível para maiores de 15 anos e cumpre as regulamentações de privacidade e segurança da UE e RGPD. Não necessita de registo e os dados permanecem no dispositivo dos utilizadores. Para mais informações é possível consultar a página https://www.joseneves.org/app-aware.

O programa Aware está enquadrado no pilar da Fundação José Neves dedicado ao Desenvolvimento Pessoal. Resulta de uma parceria com a Fundação 29k, uma organização sueca sem fins lucrativos. 

Opinião
Nos últimos anos, a ciência tem oferecido uma luz ao fundo do túnel numa das batalhas mais desafiado

Mais do que uma inovação biomédica, uma vacina oncológica sinaliza uma transformação no entendimento de como enfrentamos esta doença devastadora, que rouba milhões de vidas todos os anos. Porém, enquanto celebramos os avanços, também é necessário questionar: será a medicina moderna uma manifestação de altruísmo ético ou um jogo estratégico de influência geopolítica? Quais são os limites e as oportunidades para o futuro da oncologia, e até onde podemos sonhar?

O que já foi feito: Uma linha do tempo de vitórias e desafios

A história da oncologia moderna está repleta de marcos que ilustram como a humanidade na busca incansável em combater o cancro. Desde o início do século XX, quando as primeiras terapias cirúrgicas começaram a ganhar sofisticação, até a criação da quimioterapia na década de 1940, a luta contra esta doença sempre foi permeada por avanços e retrocessos.

A radioterapia, descoberta como um subproduto do trabalho de pioneiros como Marie Curie, tornou-se um marco na abordagem localizada de tumores. Na década de 1970, o surgimento da hormonoterapia mudou a forma de tratar cancros hormonais, como o da mama e da próstata. O mapeamento do genoma humano, concluído em 2003, abriu portas para a medicina personalizada, enquanto as imunoterapias – como os inibidores de checkpoint – trouxeram uma nova dimensão ao permitir que o sistema imunológico reconhecesse e atacasse tumores.

Porém, o verdadeiro divisor de águas ocorreu no final da década de 2010, com os primeiros passos rumo a vacinas contra o cancro. Um exemplo notável foi a vacina contra o HPV, que comprovadamente previne o cancro do colo do útero. Agora, ao olharmos para o horizonte, a promessa de vacinas personalizadas e eficazes contra uma ampla gama de tumores parece estar ao alcance.

O presente: A geopolítica da saúde e os limites éticos

O anúncio da Rússia de que lançará uma vacina oncológica em 2025 coloca em destaque uma questão central: a quem pertence o progresso científico? A pesquisa médica, financiada por grandes potências, muitas vezes se torna uma ferramenta de «soft power». Não é coincidência que países como os EUA, China e Rússia estejam investindo pesadamente em biotecnologia. Em tempos de polarização global, o desenvolvimento de tratamentos revolucionários não é apenas uma questão de salvar vidas, mas também de projectar influência.

Esse cenário levanta questões éticas fundamentais: será que esses avanços estarão acessíveis para todos, ou serão reservados apenas para nações privilegiadas? A medicina deve ser um bem universal ou permanecerá sujeita às dinâmicas económicas e políticas?

Por outro lado, o impacto das vacinas oncológicas no próprio sistema de saúde será imenso. A prevenção do cancro poderia reduzir significativamente os custos de tratamentos longos e debilitantes, de modo a catalisar recursos para outras áreas da saúde. Mas, para isso, será preciso um esforço global de colaboração e acessibilidade, algo que a geopolítica contemporânea parece ter relutância em dar prioridade.

O futuro: Uma esperança à prova de desafios

Observando o que está por vir, o campo da oncologia parece estar em um ponto de viragem. A revolução tecnológica, combinada com a crescente integração da inteligência artificial, promete acelerar o desenvolvimento de terapias mais precisas e eficazes.

Imagina-se um mundo onde exames simples de sangue, as chamadas biópsias líquidas, permitam a detecção precoce do cancro em estágios imperceptíveis pelos métodos actuais. As terapias genéticas, como a edição de genes CRISPR, já começaram a mostrar potencial na modificação de células cancerígenas. Adicionalmente, o uso de nanotecnologia pode revolucionar a administração de medicamentos, tornando-os mais eficazes e menos tóxicos.

No entanto, o maior desafio continua a ser a acessibilidade. A ciência só terá cumprido seu propósito quando os avanços não forem privilégio de poucos. Isso exigirá políticas públicas que dêem prioridade a investimentos na saúde global, parcerias público-privadas e o fortalecimento de sistemas de saúde em países menos desenvolvidos.

Conclusão: O amanhã que queremos construir

Ao reflectirmos sobre o futuro da oncologia, é impossível ignorar o impacto potencial de uma vacina contra o cancro. Ela representa mais do que uma cura; simboliza um marco na história da medicina, um testemunho do que a humanidade pode alcançar quando ciência, tecnologia e determinação convergem.

Mas a pergunta permanece: estaremos prontos para tornar essa conquista acessível a todos? Ou permitiremos que ela seja mais uma ferramenta de desigualdade no mundo? A medicina, enquanto ciência da vida, não deve se submeter a jogos de poder; ela deve transcender as fronteiras geopolíticas e servir como um pilar universal de dignidade e esperança.

O futuro da oncologia – e da própria medicina – será definido pelas escolhas que fizermos hoje. Escolheremos a competição ou a colaboração? A exclusividade ou a inclusão? O que está em jogo não é apenas o combate ao cancro, mas o tipo de sociedade que desejamos construir.

Que esta seja uma era onde a ciência, além de vencer batalhas contra a doença, inspire o melhor da humanidade: empatia, igualdade e o compromisso com um amanhã mais saudável e justo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Psicólogos Portugueses
OPP partilha checklist que o ajuda a verificar o seu bem-estar e a lidar com alguém com um problema de saúde mental nesta...

A Ordem dos Psicólogos Portugueses alerta para o impacto significativo que a época natalícia pode causar na nossa saúde mental. 64% das pessoas com problemas de saúde mental relatam um agravamento dos seus sintomas e dificuldades habituais durante a quadra festiva. A época natalícia, frequentemente associada a celebrações e momentos de união familiar, pode também trazer desafios emocionais, particularmente para aqueles que enfrentam problemas como ansiedade, depressão ou stress. A pressão social para demonstrar felicidade, questões financeiras, isolamento e conflitos familiares são fatores que podem contribuir para o agravamento destes sintomas.

Para o ajudar a verificar se esta altura do ano está a impactar de forma negativa o seu bem-estar, a Ordem dos Psicólogos Portugueses elaborou uma lista de perguntas para utilizar durante a época das festas:

  • Reconhece e aceita as suas necessidades e sentimentos nesta época (mesmo quando não sente o mesmo que as pessoas à sua volta)?
  • Prioriza o seu autocuidado (mantém hábitos de atividade física, alimentação e sono saudáveis)?
  • Diz “não” a pedidos que lhe provoquem mal-estar e desconforto?
  • Aceita que, nas dinâmicas familiares, só controla o seu papel e que pode não ser realista esperar “momentos perfeitos”?
  • Reduz o tempo que passa nas redes sociais e evita comparar o seu Natal/Ano Novo com aqueles que aí vê?
  • Partilha como se está a sentir e comunica como as outras pessoas o/a podem ajudar neste período?
  • Agradece (por telefone ou mensagem, por exemplo) às pessoas que lhe deram apoio durante o ano?
  • Se for caso disso, garante que tem medicação suficiente e contactos de emergência?
  • Procura ou mantém/intensifica a ajuda profissional que já tem quando se sente sobrecarregado/a e não consegue funcionar habitualmente?

A acompanhar esta checklist, a Ordem dos Psicólogos Portugueses deixa ainda dicas do que fazer e evitar ao lidar com um familiar ou amigo que esteja a lutar com um problema de saúde mental.

Fazer: Escutar e aceitar necessidades e sentimentos diferentes dos nossos; compreender que o Natal e o Ano Novo não têm o mesmo impacto para todas as pessoas e que podem ser períodos difíceis de gerir; assegurar que a pessoa não está sozinha (estarmos presentes, enviar uma mensagem, fazer uma chamada); tornar o Natal inclusivo, organizando as atividades em função das necessidades de todos; perguntar às pessoas como podemos ajudar;

Evitar: Dizer coisas como “é suposto o Natal ser um momento feliz!”, “toda a gente se está a divertir menos tu! Podia ao menos tentar…”, “há quem esteja pior e não esteja com essa cara”; pensar e interpretar as situações de acordo com a ideia de que a pessoa está a (tentar) “estragar o natal”; pressionar a pessoa para comer, beber ou fazer comentários sobre a sua aparência e atitudes; “levar a peito” que a pessoa não queira participar ou estar connosco em determinados momentos; fazer perguntas difíceis ou implicar que a pessoa se deve justificar;

Saiba mais aqui: Natal e Saúde Psicológica - Eu Sinto-me

A Ordem dos Psicólogos Portugueses relembra que tem ajuda disponível através do Serviço de Aconselhamento Psicológico do SNS24 através do número: 808242424

ULSCBeira promoveu
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira realizou no passado dia 16 de dezembro, a habitual sessão de encerramento do ano,...

Esta sessão de balanço do ano formativo contou com a presença da Dra. Arminda Jorge, Diretora do Internato Médico, da Dra. Rosa Ballesteros, Diretora Clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalar, da Dra. Sara Rodrigues, Diretora do Serviço de Recursos Humanos, do Dr. Gustavo Factori, representante da Comissão de Internos da ULS da Cova da Beira, e da Dra. Maria Beatriz Batista, representante dos Internos de Formação Geral de 2024.

Foram reconhecidos o empenho e a dedicação destes jovens médicos, sublinhando-se a relevância do seu contributo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados. As intervenções reforçaram o compromisso da instituição com a excelência formativa e a valorização contínua dos seus profissionais.

Em janeiro de 2025, a ULS da Cova da Beira acolherá 42 novos médicos de formação geral e 16 de formação especializada, reafirmando a sua posição como referência na formação e desenvolvimento de carreiras na área da saúde.

 

Como prevenir riscos e evitar urgências veterinárias
O Natal é uma época de celebrações, convívio familiar e momentos de alegria, mas também é um período

A AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, considera importante reconhecer algumas ameaças que podem comprometer o bem-estar dos nossos animais de companhia e alerta os cuidadores para as precauções necessárias a fim de evitar urgências veterinárias, comuns durante esta época.

 

 

Entre os principais riscos, destacam-se:

  1. Ruídos fortes e fogos de artifício. Os foguetes, os fogos de artificio e a música alta são um clássico desta época, mas representam um dos maiores problemas para os animais, provocando medo, pânico, stress significativo ou mesmo traumas. Os cães e gatos têm uma audição muito sensível, pelo que o ideal é mantê-los num ambiente confortável e isolado do barulho, como um local com as janelas fechadas e, se o animal se apresentar agitado, considerar soluções como terapia hormonal ou medicamentos, mas sempre com orientação do veterinário.
  2. Plantas e decorações de Natal. Plantas decorativas como jacintos, amarílis, flor-de-Natal ou visco são tóxicas para os animais1. Tanto a ingestão como o contacto podem causar graves problemas. Além disso, objetos como grinaldas, fitas, velas e pequenos ornamentos podem ser ingeridos, levando a obstruções intestinais. Aconselha-se a manter as plantas e as decorações fora do alcance das patas e bocas dos animais curiosos.
  3. Alimentação inadequada. Alimentos típicos desta época, como doces, uvas, passas e frutos secos, são perigosos para os animais, mesmo em pequenas quantidades. Muitos destes alimentos contêm níveis elevados de gordura e sal, podendo causar intoxicação, graves problemas gastrointestinais e até mesmo insuficiência renal ou danos em órgãos internos. É importante não oferecer restos de comida aos animais e ter cuidado para que eles não acedam a alimentos deixados em locais vulneráveis. Em alternativa, oferecer alimentos indicados pelo veterinário ou guloseimas específicas para animais são as melhores opções.
  4. Risco de perda. O aumento de visitas, movimentação e passeios durante o Natal aumenta a possibilidade de os animais se desorientarem e se perderem. Deve certificar-se de que os animais têm coleira com identificação visível e, idealmente, microchip com os dados atualizados.
  5. Exposição ao frio. Nos passeios ao ar livre em dias frios ou com neve, alerta-se ainda para as feridas ou irritações nas patas e a necessidade de agasalhos adequados, especialmente em cães de pelo curto, idosos ou mais sensíveis ao frio. É aconselhável limpar as almofadas das patas após os passeios e uso de cremes protetores próprios para animais, se necessário, e evitar passeios prolongados em temperaturas muito baixas.

O Dr. João Reis, especialista em comportamento animal do AniCura Alma Hospital Veterinário, reforça que “as festividades podem ser desafiadoras para os animais de companhia devido às mudanças na rotina e ao ambiente festivo, que muitas vezes não consideram as necessidades dos animais. Com algumas precauções simples, é possível garantir que todos desfrutem de um Natal seguro e tranquilo”.

Os cuidadores ao planearem o Natal devem ter em conta o bem-estar dos seus animais e estarem atentos a sinais de intoxicação ou doença como prostração, falta de apetite, vómitos, diarreia, aumento da sede e do consumo de água, úlceras ou feridas na boca. 

A prevenção é essencial para evitar acidentes e emergências e, assim, viver o espírito de Natal da forma mais feliz. Caso se verifiquem comportamentos estranhos ou alguns dos sintomas mencionados, os cuidadores devem procurar imediatamente assistência veterinária.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) volta a consciencializar para a doença hepática alcoólica, uma...

No Ano Novo é comum traçarem-se novas metas e objetivos. "Com este desafio, queremos motivar os jovens e adultos portugueses a adotarem um estilo de vida mais saudável durante todo o ano. É particularmente preocupante o consumo de álcool entre os jovens, sobretudo no contexto da vida social e noturna." Segundo os dados do relatório do ICAD, podemos verificar que, no ano de 2023, em cada 10 jovens de 18 anos, 8 beberam álcool”, alerta Arsénio Santos, presidente da APEF.

De acordo com o relatório “Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2023: Consumos de Substâncias Psicoativas”, realizado pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) , há um elevado consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens com 18 anos, em Portugal, sendo a sua prevalência mais expressiva no sexo feminino (80%), do que no sexo masculino (77%).

O elevado consumo de álcool traz graves consequências para a saúde, principalmente para o fígado. “Entre as principais consequências estão a esteatose hepática, mais conhecida como fígado gordo, a hepatite alcoólica e a cirrose hepática. Além disso, há também consequências indiretas, como as provocadas por acidentes de viação, entre outras. Estas situações, se não forem tratadas ou prevenidas, podem causar danos graves à saúde e até levar à morte. É, assim, importante reforçar que viver sem consumir álcool é perfeitamente possível, sem que isso impeça as pessoas de se divertirem, relaxarem ou socializarem”, explica Arsénio Santos.

E acrescenta: “Os adultos devem ponderar sobre os seus comportamentos sociais e os impactos que estes têm na sua saúde, além de alertarem os jovens sobre os perigos e problemas associados ao consumo de álcool. Entre esses riscos, destacam-se situações de mal-estar emocional e comportamentos impulsivos ou arriscados, como a prática de relações sexuais desprotegidas”.

A iniciativa “Janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal é a quarta vez que o desafio é promovido.

Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2022, e as últimas estimativas disponíveis do WHO Global Information System on Alcohol and Health (GISAH) para Portugal, verifica-se que, em 2019, o consumo de álcool era mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de álcool puro per capita por ano, do que das mulheres, que consumiam 5,6 litros.

O relatório do SICAD demonstra também que em 2022 foram registados 40.465 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 30.301 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2021, morreram 2.526 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26% das quais por doença alcoólica do fígado. 

Federação Internacional da Diabetes
O Dr. Luís Gardete Correia, médico endocrinologista e ex-presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP),...

A IDF concede o título de Honorary Fellow a um seleto grupo de indivíduos que demonstram um compromisso extraordinário com a sua missão e que contribuem significativamente para o avanço do conhecimento e dos cuidados na área da diabetes a nível global. Os profissionais distinguidos com este título são verdadeiros embaixadores da missão da IDF: melhorar a vida das pessoas com diabetes e daquelas que estão em risco de a desenvolver. Luís Gardete Correia, que já foi vice-presidente da Federação Internacional da Diabetes junta-se agora a este grupo distinto, refletindo o impacto e a importância do seu trabalho.

"Receber o título de Honorary Fellow da IDF é uma honra imensa, especialmente por vir de uma organização que considero minha casa. A IDF tem sido uma parte integral da minha jornada profissional, e este reconhecimento reforça a importância do trabalho coletivo que a APDP realiza há mais de 100 anos para melhorar a vida das pessoas com diabetes em todo o mundo", revela o presidente da Fundação Ernesto Roma.

Representando a comunidade global da diabetes, a IDF é uma organização sem fins lucrativos que une mais de 240 associações nacionais em 161 países e territórios. Com o objetivo de melhorar a vida e capacitar os cerca de 540 milhões de indivíduos que vivem com diabetes, a IDF também trabalha na prevenção da doença em pessoas em risco. Através de ações de sensibilização, a organização mantém a diabetes como um tema central na agenda pública, destacando questões cruciais para a comunidade global afetada pela doença.

Para doentes renais
A pensar nas celebrações de Natal e Ano Novo, a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) está a promover o livro ...

"Para quem vive com doença renal, a alimentação durante a época festiva pode ser um desafio, já que muitos alimentos tradicionais do Natal, como o leite, os ovos, as batatas, as hortaliças e o bacalhau, possuem níveis elevados de fósforo, potássio ou sal. Por isso, é importante que os doentes tenham atenção às recomendações nutricionais, controlando a dose e a frequência com que ingerem estes alimentos”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

E acrescenta: “Com este livro, esperamos ajudar os doentes a desfrutarem desta quadra de forma prazerosa, saudável e segura. Além disso, queremos educar para escolhas alimentares mais conscientes, não apenas no Natal, mas em todas as ocasiões.” 

Com mais de 20 receitas, o livro inclui opções variadas de entradas, sopas, pratos principais (de peixe, carne e vegetarianos) e sobremesas, da autoria de nutricionistas de clínicas privadas de diálise associadas da ANADIAL.

A alimentação desempenha um papel fundamental na vida do doente renal crónico, sendo uma parte integrante do tratamento e da gestão da doença. Para estas pessoas, cada escolha alimentar tem um impacto direto na sua saúde renal e no seu bem-estar geral. A alimentação do doente renal crónico deve respeitar quantidades e qualidades específicas, sendo que as principais preocupações dizem respeito às quantidades de energia, proteína, potássio, fósforo, sódio e água recomendadas.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função renal, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no organismo. Doentes com diabetes, hipertensão, obesidade ou historial familiar estão entre os mais suscetíveis, sendo essencial que sigam um plano alimentar adaptado, equilibrando nutrientes como proteína, fósforo, potássio e sódio.

O livro “Receitas de Natal para Doentes Renais Crónicos” será distribuído nas clínicas de diálise privadas associadas da ANADIAL, e pode ser consultado em www.anadial.pt ou em www.rim.pt . Esta publicação sucede ao lançamento do livro “Receitas de Páscoa para Doentes Renais Crónicos”, apresentado em abril deste ano e igualmente disponível online.

Promete muito power!
O RETHINKING PHARMA, reunião magna dos profissionais da Indústria Farmacêutica em Portugal, regressa em 2025 com o mote ...

Este será um momento para reencontrar colegas, afinar parcerias, descobrir novas soluções e desbravar novos caminhos no negócio farmacêutico. 
"Este ano, podem esperar muito power! Estamos a construir um cartaz fantástico, que brevemente será revelado”, afirma Paulo Silva, diretor da Revista MARKETING FARMACÊUTICO. 

A edição de 2025 decorre no dia 5 de junho, em Lisboa, e as inscrições já se encontram abertas aqui.

O RETHINKING PHARMA 2024 é uma iniciativa da PHARMAPLANET em parceria com a revista MARKETING FARMACÊUTICO, o meio de referência do setor, e conta com o patrocínio da RANGEL LOGISTICS SOLUTIONS e da OCP Portugal. A revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, FARMÁCIA CLÍNICA e o Portal NETFARMA são media partners. 

Coimbra recebe debate
No próximo dia 19 de dezembro, pelas 19h, o Hotel D. Luís, em Coimbra, será o cenário de um evento que reúne especialistas de...

Inspirado no filme "Joy – O Nascimento da FIV", que narra a criação da técnica revolucionária que possibilitou o nascimento de Louise Brown, o primeiro "bebé-proveta", o encontro promete um olhar aprofundado sobre o passado, presente e futuro da Procriação Medicamente Assistida (PMA).

O evento tem como objetivo explorar os marcos históricos da medicina reprodutiva, desde os desafios enfrentados nos seus primórdios até os avanços mais recentes, como as tecnologias de inteligência artificial que auxiliam na tomada de decisões clínicas e as técnicas sofisticadas capazes de identificar problemas genéticos em embriões, permitindo prever características genéticas dos futuros bebés.

Para debater estes temas, o encontro conta com a presença de alguns dos mais conceituados especialistas portugueses da área da Medicina da Reprodução, nomeadamente:

●        Prof.ª Isabel Torgal, Diretora Clínica da Ferticentro e considerada uma das pioneiras da FIV em Portugal.

●        Dra. Joana Mesquita Guimarães, Diretora Clínica da Procriar e membro do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.

●        Dr. Vladimiro Silva, Diretor Científico das Clínicas Procriar, Ferticentro e Ava Clinic.

A participação no evento é gratuita e aberta ao público, sendo que a confirmação de presença deve ser feita para o seguinte contacto: [email protected]

Um Natal para todos ouvir
Natal é sinónimo de união e celebração, de convívios e reencontros com família e amigos.

Na hora de planear os detalhes da festa de Natal e de Ano Novo, importa considerar as diferenças de cada um e criar um ambiente mágico e verdadeiramente inclusivo, onde todos se sintam confortáveis e façam parte da celebração.

Para assegurar que todos os seus convidados, especialmente aqueles que vivem com dificuldades auditivas, desfrutam da magia desta época, partilhamos nove conselhos que deve seguir:

  1. Reduza o ruído de fundo – A música alta, conversas paralelas e o barulho de eletrodomésticos podem dificultar a compreensão para quem tem perda auditiva. É recomendado optar por música ambiente suave e, se possível, criar zonas mais calmas no espaço, para facilitar as conversas.
  2. Boa iluminação – A iluminação adequada ajuda na leitura labial, uma estratégia importante para as pessoas com perda auditiva que, por vezes, precisam de elementos visuais para complementar a audição.
  3. Escolha estrategicamente os lugares dos convidados – A organização da sala é um dos detalhes cruciais para integrar as pessoas com dificuldades auditivas. Estes convidados devem ficar em lugares onde consigam ver claramente os rostos de quem fala e afastadas de fontes de ruído (televisão ou colunas de som, por exemplo).
  4. Evitar gritos – Os gritos distorcem os sons e dificultam o entendimento do discurso. É recomendado falar de forma clara e pausada, articulando bem as palavras.
  5. Se quiser falar com alguém com perda auditiva, chame à atenção a pessoa e seja paciente – Quando se tem perda auditiva, distraímo-nos com mais facilidade. Se quiser falar com a pessoa, dê-lhe um sinal para captar a sua atenção, como um toque no braço. Caso a pessoa não consiga perceber o que foi dito, reformule com outras palavras e seja compreensivo.
  6. Envolva as pessoas com perda auditiva na conversa – É fundamental incluí-las nos temas, fazendo perguntas diretas.
  7. Escolha atividades lúdicas com recursos visuais – Nos momentos de lazer é aconselhado utilizar recursos visuais, que não dependam exclusivamente da audição, como jogos com cartas, filmes e programas de televisão com legendas, mímica, entre outros.
  8. Informe-se sobre as necessidades das pessoas com perda auditiva – Perguntar abertamente o que pode facilitar a sua participação e compreensão é indispensável, pois cada pessoa é única e tem necessidades específicas.

Se algum dos seus convidados utiliza aparelhos auditivos, é importante verificar que o ambiente permitirá o seu bom funcionamento, minimizando as interferências.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fóruns 20 Anos 20 Temas
No âmbito das comemorações dos 20 anos da criação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) serão ao longo de 2024 realizados...

Estes fóruns temáticos são abertos à participação de toda a sociedade portuguesa, quer através da colocação de perguntas por meios eletrónicos, quer através de colocação de perguntas em formato digital (usando vídeos).
 

 

FÓRUM: A participação no sistema de saúde: um direito dos utentes

DATA: 12 dezembro 2024

HORA: 11H30

CONTEXTO: Os utentes têm direito a participar no sistema de saúde, de forma individual ou coletiva, o que decorre, desde logo, do Estado de Direito Democrático e da consagração, na Constituição da República Portuguesa, do direito à proteção da saúde.

Neste fórum serão caracterizados os processos participativos, bem como abordados os princípios e formas de participação, a importância e o papel das associações representativas e de defesa dos direitos e interesses dos utentes, e outras figuras e aspetos relevantes sobre esta temática.

Apresentação: Teresa Santos

COMO PARTICIPAR

As pessoas interessadas em participar nos fóruns, que irão ser emitidos em direto e posteriormente disponibilizados na página eletrónica da ERS, podem enviar as suas questões do seguinte modo:

1. Enviar Perguntas através de Vídeo:

Nesta situação devem:

  1. Gravar a sua pergunta em vídeo;
  2. Submeter a questão através deste formulário que autoriza a difusão e reprodução da sua pergunta;
  3. Esperar pelo dia da emissão e acreditar que a pergunta será escolhida para ser exibida.

CLIQUE AQUI PARA ENVIAR PERGUNTA

2. Enviando perguntas em direto

Através do acesso à pagina eletrónica da ERS - www.ers.pt -, da página LinkedIn e do Canal de You tube, pode formular perguntas e estas podem ser emitidas durante o fórum.

Nota importante: Ao colocar a pergunta numa das caixas de diálogo esta poderá ser exibida durante a emissão, acompanhada do nome e do apelido. Caso pretenda colocar perguntas sob a forma de anonimato não deve usar o nome que o identifique , sendo permitido o uso de acrónimos, siglas ou pseudónimos.

Consulte as políticas de privacidade da ERS aqui

 

19 de dezembro
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira (ULSCBEIRA) vai promover a iniciativa “DIA DIGITAL E TELESSAÚDE”, um evento de...

Esta atividade surge como uma oportunidade única para explorar o papel transformador da tecnologia na saúde, promovendo uma conexão mais próxima e acessível entre cidadãos e serviços de saúde, transcendendo barreiras geográficas e físicas.

Durante este dia, a ULSCBEIRA irá:

- Apresentar iniciativas já implementadas no âmbito da telessaúde e telecuidados.

- Revelar novas ferramentas e tecnologias que em breve estarão disponíveis para a população.

- Facilitar a interação entre profissionais, utentes e soluções digitais inovadoras, destacando o futuro dos cuidados de saúde.

O evento é destinado a profissionais de saúde no período da manhã e à comunidade em geral durante a tarde, e visa oferecer a todos uma experiência imersiva e educativa.

Programa do Evento:

Período da Manhã – Exclusivo para Profissionais de Saúde

Local: Auditório do Hospital Pêro da Covilhã

Inscrições obrigatórias em: chcbeira.up.events (certificação disponível para os colaboradores da ULSCBEIRA inscritos).

09:30h - Receção dos participantes

10:00h - Boas Vindas e Abertura - Dra. Rosa Maria Ballesteros Ballesteros, Diretora Clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalares da ULSCBEIRA

10:10h - Apresentação da Plataforma Live para a prática de Teleconsultas - Catarina Sardinha, SPMS-UID

10:30h - Apresentação da Plataforma de Telecuidados, para a prática da Telemonitorização e Telereabilitação - Ana Garcia, SPMS-UID.

10:50h - Serviços Digitais, foco no profissional de Saúde - Rui Parreira, SPMS-UID

11:10h - Apresentação dos projetos piloto da ULSCBEIRA:

- Telemonitorização na Insuficiência Cardíaca - Dr. Luís Oliveira, Cardiologista, ULSCBEIRA

- Telemonitorização Fisiológica - Dr. Manuel Carvalho Rodrigues, Cardiologista, ULSCBEIRA

- Papel da Telemedicina na Diabetes Mellitus - Dra. Dídia Lages, Internista, ULSCBEIRA

12:30h - Encerramento da Sessão - Prof. Doutor João Pedro Marques Gomes, Presidente do Conselho de Administração da ULSCBEIRA

Período da Tarde – Aberto a Profissionais, Utentes e Público em Geral

Local: No átrio de entrada do Auditório do Hospital Pêro da Covilhã

14:00 – Apresentação e Demonstração:

Plataformas LIVE e Telecuidados com suporte técnico.

Acesso às plataformas e utilização de dispositivos médicos integrados.

Exploração de outros canais digitais disponíveis para utentes e profissionais.

Junte-se a nós e seja parte do futuro da saúde!

 

GEDII
Vinte estudos científicos, 89 publicações indexadas com elevado fator de impacto, 39 bolsas de investigação atribuídas no valor...

Para além do Grupo ter alcançado, em duas décadas, estes marcos significativos, conseguiu criar também uma estrutura organizacional de ensino, desenvolvimento e fomento de ciência no âmbito da doença inflamatória intestinal (DII). Tem sido o motor da DII e é o líder nacional da procura de conhecimento no diagnostico, monitorização e abordagem terapêutica.

Esteve na génese da procura de novos biomarcadores, alvos terapêuticos dirigidos e terapêutica personalizada. Foi líder mundial na exploração de novos “end-points” terapêuticos como a resposta e remissão histológica, e melhoria endoscópica-histológica da mucosa.

O Professor Fernando Magro, membro da Direção do GEDII, sublinha que “estamos extremamente orgulhosos de tudo o que foi conquistado nos últimos 20 anos. Este marco é uma prova do trabalho árduo, da inovação e da dedicação de toda a equipa. Iremos continuar a priorizar a excelência académica e clínica, assim como a promover a multidisciplinaridade e a implementação de critérios de qualidade nos centros de tratamento de Doença Inflamatória Intestinal (DII)”.

Principais impactos

Nos últimos anos a evolução foi significativa em várias áreas do conhecimento. No diagnostico, a imagem (por TAC, RMN ou ultrassonografia) tornou-se fulcral porque permitiu avaliar a extensão da inflamação e os seus múltiplos componentes; a monitorização por índices de atividade clínica, acompanhados de biomarcadores é fulcral, existindo entendimento que é necessário ir mais longe, procurando a inflamação subclínica, numa tentativa de alterar o prognóstico da doença; em termos terapêuticos, existe atualmente vários fármacos , que permitem aumentar a qualidade de vida do doente.

Contudo, o que mais progrediu nos últimos anos foi o conceito de alvo terapêutico bem definido, com monitorização continua e tratamento precoce e atempado numa janela de oportunidade.

“Com os avanços constantes, os objetivos definidos há 20 anos foram inevitavelmente mudando, mas o Grupo fez os ajustes necessários para acompanhar a evolução. Um dos maiores desafios iniciais foi criar um grupo motivado, empenhado, com energia empreendedora e vontade de fazer o que nunca tinha sido alcançado, isto é, sermos ambiciosos, diferentes e com capacidade edificadora. Neste momento o maior desafio é criar uma estrutura sólida e passar o testemunho às novas gerações”, remata o Professor Fernando Magro.

Planos futuros

Enquanto celebra os 20 anos, o GEDII também olha para o futuro. Os próximos planos incidem sobre um projeto muito ambicioso de estudo do microbioma fecal e tentar conhecer fatores prognósticos e preditivos. O objetivo é tentar perceber a correlação entre atividade, lesão da mucosa, microbioma e efetividade terapêutica.

Porto Business School
Mais de 102 mil estrangeiros atendidos pelo SNS, 27% de aumento na procura por hospitais privados e 13,4 mil turistas nas...

A Porto Business School (PBS) destacou o turismo de saúde e bem-estar como uma prioridade estratégica para Portugal durante o seminário "O Futuro do Turismo de Saúde e Bem-Estar", realizado na passada quarta-feira. Promovido pelo Tourism Futures Center do Innovation X Hub da Porto Business School, o evento reuniu especialistas nacionais e internacionais para explorar o potencial de crescimento acelerado deste setor.

Rita Marques, diretora do Tourism Futures Center da Porto Business School, sublinhou o posicionamento único de Portugal no mercado global, afirmando: “O turismo de saúde é mais do que uma tendência — é uma oportunidade real de diferenciação para Portugal. Temos tudo: excelência médica, infraestruturas de qualidade e um posicionamento competitivo no turismo mundial.”

O seminário iniciou-se com uma apresentação de David Vequist, fundador e diretor do Medical Tourism Research Center (EUA), que partilhou tendências globais do setor e reforçou o potencial de Portugal neste mercado. Em seguida, um painel de debate reuniu figuras como Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal; Óscar Gaspar, presidente da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada; António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e presidente da Associação Health and Leisure Portugal; Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal; além de Carlos Brito, docente da Porto Business School e moderador da sessão.

Os participantes enfatizaram a importância de colaboração entre os setores da saúde e do turismo para consolidar Portugal como destino de referência. Além disso, destacaram a necessidade de inovação e sustentabilidade, com soluções como a telemedicina, o desenvolvimento de centros de excelência regionais e a criação de pacotes integrados que combinem tratamentos médicos, terapias e experiências culturais.

Durante o evento, destacaram-se dados recentes da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Turismo de Portugal e APHP, que demonstram o crescimento deste segmento. Neste âmbito, foi sublinhado que, em 2023, mais de 102 mil estrangeiros foram atendidos pelo SNS, incluindo 43 mil sem seguros ou acordos internacionais. Nos hospitais privados, a procura internacional registou um aumento de 27% em diagnósticos e internamentos, e de 22,7% em consultas externas. Já no segmento do termalismo, 13,4 mil turistas estrangeiros recorreram a termas portuguesas, com 80% provenientes de mercados estratégicos como Espanha, França, EUA, Alemanha e Austrália.

Para que Portugal assuma um papel de liderança global no turismo de saúde e bem-estar, foi destacada a necessidade de um plano de ação abrangente. Sugeriram-se parcerias público-privadas para integrar os setores médico e turístico, a criação de centros de excelência em regiões estratégicas como Lisboa, Porto e Algarve, e campanhas dirigidas a mercados-chave, como Europa do Norte, Estados Unidos, Canadá e países do Golfo. Além disso, considerou-se essencial o investimento em tecnologia, como a telemedicina, e em infraestruturas sustentáveis para posicionar o país na vanguarda do setor.

Rita Marques reforçou a importância de ações concretas: “Portugal tem uma oportunidade única de liderar globalmente no turismo de saúde e bem-estar. Mas, para isso, precisamos de uma estratégia clara, colaboração entre setores e vontade de investir.”

O seminário reafirma o compromisso da Porto Business School em liderar o debate sobre os grandes desafios e oportunidades do turismo, alinhando-se com a Estratégia de Turismo 2035.

CIRC 2025 Eyes on the future!
Um grupo de licenciados de radiologia do Serviço de Imagem Médica (SIM) da ULS Coimbra, reunidos em associação denominada AHD1,...
Este evento reunirá durante dois dias especialistas, académicos, discentes, docentes e profissionais de saúde vários para discutirem as mais recentes inovações e pesquisas nas áreas de diagnóstico, tratamento e tecnologias aplicadas à radiologia. Tem associado um segundo evento, a Medical Radiology Exhibition, uma mostra de players obrigatórios no século XXI à disciplina de radiologia e que nos trazem as suas últimas inovações.
O CIRC 2025 contará com a participação já confirmada de conceituados conferencistas nacionais e internacionais, de Reino Unido, Noruega, Líbano, Galiza, Portugal (fundação Champalimaud, Universidade de Coimbra, Lusíada, entre outros).
"Este congresso é uma oportunidade única para os profissionais da saúde se atualizarem sobre as inovações que estão a moldar o futuro da radiologia", afirmou um dos elementos da comissão organizadora. "Estamos comprometidos em promover um espaço onde ideias inovadoras e tecnologia de vanguarda possam ser compartilhadas, estimulando a colaboração entre diferentes atores e uma socialização saudável”.
Os interessados em participar como congressistas do CIRC 2025 Eyes on the future! podem se inscrever pelo site oficial até o dia 30 de Janeiro ou, diretamente, aqui.
Os interessados em submeter resumos de trabalhos têm 16 áreas temáticas à escolha, e o prazo vai até ao dia 15 de janeiro de 2025, aqui.
Para mais informações, entre em contato com a Comissão Organizadora através do e-mail [email protected] ou pelo tlm: 917635120
 
Com a presença do Bastonário
A Ordem dos Médicos (OM) vai convocar todos os médicos que optaram por não ingressar no concurso para o internato médico, para...

A iniciativa do Bastonário visa identificar as principais razões que levaram estes médicos a não prosseguir com a sua especialização no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para preparar um plano que será entregue à tutela. Além da reunião, que deverá acontecer na próxima semana, a Ordem dos Médicos já enviou a todos os médicos um questionário para compreender as causas desta decisão.

“Esta é uma situação grave, que pode colocar em causa a capacidade de resposta básica do SNS. Queremos perceber o que está a falhar no sistema e quais as motivações que levaram estes médicos a não escolher uma especialização. O país e o SNS precisam de mais médicos especialistas. Não podemos desperdiçar este talento e por isso vamos apresentar um plano ao Governo para evitar que tantas vagas fiquem por preencher,” refere Carlos Cortes.

Na sequência do encontro, a Ordem dos Médicos irá solicitar à Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, uma reunião com carácter de urgência, de modo a discutir propostas e preparar um plano para a revisão do sistema de formação e acesso às especialidades médicas.

Recorde-se que no último concurso para o Internato Médicos, ficaram por ocupar 307 de 2167 vagas, em especialidades tão estruturantes tais como Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Patologia Clínica ou Saúde Pública, entre outras. Por regiões, o Alentejo ficou com mais de 50% das vagas por preencher.

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), havia 2.349 candidatos que reuniam condições de ingresso no concurso para a formação especializada, no entanto apenas 1860 o fizeram.

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