25 de outubro no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian
Dos antibióticos às alterações climáticas, são vitais para a nossa existência. A relação entre humanos e micróbios é...

O evento científico, que decorrerá no próximo dia 25 de outubro, às 17h, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, é organizado por Moritz Treeck, Isabel Gordo e Giulia Ghedini, investigadores principais da Fundação GIMM – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine, com a colaboração de Luís Teixeira e Maria João Amorim, do Católica Biomedical Research Center, e Sarela Garcia- Santamarina, do ITQB NOVA – Instituto de Tecnologia Química e Biológica. O evento contará com a participação de três cientistas de renome, incluindo a própria Maria João Amorim (Católica Biomedical Research Center), ao lado de Katia Koelle (Emory University) e Sébastien Gagneux (Swiss Tropical and Public Health Institute/Universidade de Basileia). Os três cientistas irão partilhar os seus conhecimentos e perspetivas inovadoras sobre a importância dos micróbios na nossa existência e como estes impactam a saúde humana.

O evento vai contar com intervenções sobre o mundo das bactérias e vírus, com foco naqueles que causam doenças em humanos, abordando prevenção e tratamento de infeções virais, os desafios e o papel das vacinas e dos antivirais.

"Quando os vírus respiratórios, como a gripe e o SARS-CoV-2, se replicam, muitas vezes cometem erros que não são corrigidos. Embora uma pequena fração desses erros ou mutações acabe por ser vantajosa para os vírus, a maioria é prejudicial para eles ou não afeta substancialmente a capacidade desses vírus de se transmitirem e propagarem. Nesta palestra, irei resumir como a obtenção de amostras virais de indivíduos infetados e o sequenciamento dessas amostras podem ajudar-nos a compreender como esses vírus mudam ao longo do tempo, como se adaptam enquanto circulam na população humana e como se espalham globalmente ao longo dos anos", adianta Katia Koelle, uma das investigadoras participantes.

Este evento, aberto ao público, pretende dar a conhecer o papel vital que estes organismos invisíveis desempenham não só na saúde, mas também no ecossistema global, proporcionando uma visão mais clara e fundamentada sobre quem são estes amigos e inimigos invisíveis que nos rodeiam.

concurso de Projetos Exploratórios em Todos os Domínios Científicos 2023 da FCT
O projeto “FotoCATálise SOLar usando fotossensibilizadores magnéticos: uma abordagem sustentável para a eliminação de...

O plano de investigação submetido, e aprovado, foca-se no desenvolvimento de uma estratégia de tratamento de água considerada sustentável, onde o principal resultado esperado é o desenvolvimento de fotocatalisadores magnéticos à base de carbono, como os carbon quantum dots (CQDs), sozinhos ou acoplados a materiais semicondutores, para a remoção eficiente de antibióticos de efluentes por fotodegradação usando a radiação solar. Isso contribuirá, não só para o avanço das tecnologias de tratamento de água, mas também para mitigar a propagação da resistência antimicrobiana e preservar a qualidade do ambiente aquático.

De acordo com a investigadora principal, Diana Lima (ESTESC-IPC/H&TRC), “este projeto está devidamente alinhado com os objetivos da Agenda 2030, nomeadamente o objetivo 3: Boa Saúde e Bem-estar e o objetivo 6: Água Potável e Saneamento. Além disso, o plano de investigação está integrado numa instituição que tem por missão desenvolver investigação internacional de referência nas ciências ambientais e da saúde”.

A equipa do projeto é multidisciplinar, fazendo parte da equipa de investigação as investigadoras Diana Lima – investigadora principal (ESTESC-IPC/H&TRC), Ana Paula Fonseca (ESTESC-IPC/H&TRC), Carla Patrícia Silva (ESTESC-IPC/H&TRC), Nádia Osório (ESTESC-IPC/H&TRC), Marta Otero (Universidade de León) e Vânia Calisto (UA/CESAM).

 

Estudo
O Ispa - Instituto Universitário integra o projeto MathMot, um estudo internacional que analisa o desenvolvimento da...

287 escolas, mais de 11.000 alunos, 9.000 pais e 700 professores, em seis países europeus: é esta a valiosa amostra do projeto MathMot, um estudo internacional que aborda o desenvolvimento da motivação para a matemática numa perspetiva longitudinal, integrando dados de alunos, pais e professores. O estudo, realizado ao longo de quatro anos, foi coordenado por uma equipa da Universidade de Oslo, na Noruega, e integra, para além do Ispa – Instituto Universitário, em Portugal, mais quatro equipas da Finlândia, Suécia, Estónia e Sérvia. As conclusões fornecem um quadro relevante sobre como fatores emocionais, culturais e sociais influenciam a motivação e o desempenho dos estudantes e sobre o impacto das emoções, crenças parentais e género na aprendizagem da matemática.

Dados quantitativos mais aprofundados só estarão apurados no final do projeto, mas os primeiros dados qualitativos já permitem tirar conclusões importantes:

• Diferentes perfis emocionais em relação à Matemática

Ansiedade, aborrecimento ou felicidade são alguns exemplos de emoções apontadas em relação à matemática, que variam consoante os países, e que permitem identificar diferentes perfis entre os estudantes. Em Portugal, foram visíveis alterações entre o 4o e o 5o ano:, com os alunos mais novos a mostrarem maior prevalência nos perfis de “ansioso” e “aborrecido + ansioso”. No 5o ano, surgem perfis com a presença da emoção “feliz”, em paralelo com o perfil “ansioso”.

• Efeito Dunning-Kruger em Portugal

O estudo analisou o fenómeno Dunning-Kruger, no qual estudantes com menor competência tendem a sobrestimar as suas capacidades, enquanto os mais competentes as subestimam. Em Portugal, os alunos também manifestam este efeito, embora não exista um padrão específico que diferencie significativamente os países analisados.

• Disparidade de género da identidade Matemática

Em Portugal, os rapazes tendem a desenvolver uma identidade matemática mais positiva do que as raparigas. Este fenómeno, também observado na Finlândia, Estónia e Noruega sugere uma disparidade de género relevante que pode influenciar as escolhas de carreiras nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

• Impacto das crenças de pais e professores na motivação dos filhos

As atitudes e crenças dos pais e professores sobre a matemática foram identificadas como um fator determinante na motivação dos alunos, mostrando a necessidade de ações concertadas e promotoras de competência, para que a matemática seja sentida como algo importante e com sentido. Em relação às famílias, em todos os países participantes, os pais que acreditam que as capacidades matemáticas são inatas tendem a adotar práticas parentais menos apoiantes, o que pode prejudicar o desempenho dos filhos. Este dado sugere a importância de trabalhar com os pais para ajustar crenças e práticas que promovam a motivação e o desempenho dos estudantes.

 

Opinião
O envelhecimento normal existe. Repitam comigo. O envelhecimento normal existe.

Admite-se que o nosso Quociente de inteligência (QI), a medida que usamos para tentar avaliar a capacidade intelectual de uma pessoa, atinge o seu pico aos 25 anos, estabiliza até por volta por 60 ou 70 anos e depois diminui.

Não diminui por igual. O QI não é todo igual. Falamos essencialmente em dois tipos de QI: o QI verbal, que avalia a nossa habilidade com palavras, e o QI de desempenho, que se foca na nossa capacidade de pensar e raciocinar visualmente e nas nossas capacidades motoras.

Ora aquilo a que chamamos de QI de desempenho diminui mais acentuadamente. A velocidade de processamento diminui e é mais difícil de aprender coisas novas. As habilidades motoras finas e coordenação motora também podem ser um desafio. O QI verbal é mais estável e, em alguns casos, até melhor. Ao longo de nossa vida, acumulamos conhecimento e vocabulário. Estas informações são "cristalizadas", não se perdendo facilmente.

Então o que é normal?

- Esquecer-se do local onde deixou as chaves ou de nomes de pessoas conhecidas

- Esquecer-se de pagar as contas do mês (a água, luz, gás)

- Ter maior dificuldade em concentrar-se

- Haver uma maior lentidão a processar informação e menos capacidade na resolução de problemas

- Ter menos capacidade de reter informação nova

- Haver uma desaceleração psicomotora

E este envelhecimento da cabeça não vem só. Contam também as comorbilidades medicas, os défices sensoriais e a perda de independência que muitas vezes complicam isto. Contam também, em alguns casos, o isolamento, a perda do conjugue ou do círculo próximo de amigos e a perda de poder económico ou de status socioprofissional. Estes são aspetos muitas vezes esquecidos mas que ajudam, a maioria das vezes, a explicar as dificuldades que surgem.

Mas a pergunta que nos traz hoje é outra. Então, quando é que podemos falar em demência?

A demência é uma diminuição grave, lenta e progressiva, da função mental, que afeta várias áreas da cognição (memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender) e que surge habitualmente com uma incapacidade de ser autónomo para as atividades da vida do dia-a-dia.

O que nos deve chamar a atenção?

- Perder os óculos e nem sequer lembrar-se de que precisa de óculos ou que os perdeu

- Esquecer-se de como pagar as contas do mês ou que existem contas para pagar

- Desorientar-se em locais conhecidos ou esquecer eventos recentes

- Não perceber o significado de uma palavra ou para que serve um objeto que anteriormente era familiar

- Alterações do modo habitual de se comportar ou de ser

Quando estes sintomas existem, é mandatória a procura de ajuda. Ajuda especializada que permita uma avaliação capaz do que é que existe e do que é que podemos fazer para ajudar.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
VII Jornadas de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras realizam-se dia 26 de outubro
O Hospital CUF Torres Vedras e a CUF Academic Center vão juntar profissionais de saúde num debate sobre as doenças ortopédicas...

As doenças ortopédicas são uma das causas mais frequentes de idas à urgência, em Portugal, e estão entre as patologias com maior impacto na qualidade de vida dos doentes. António Rodriguez de Sousa, Coordenador de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras e membro da Comissão Organizadora das Jornadas, alerta que “o diagnóstico correto e atempado destas doenças é fundamental, para obtermos bons resultados no tratamento dos doentes. Ao refletirmos sobre os meios auxiliares mais adequados para diagnosticar as principais doenças ortopédicas, consoante a sua fiabilidade, especificidades e o caso particular de cada doente, estamos a contribuir para a melhoria da vida destas pessoas, e essa é a nossa principal preocupação.”

O programa da sétima edição das Jornadas de Ortopedia do Hospital CUF Torres Vedras é composto por palestras e mesas redondas, nas quais irão participar profissionais diferenciados nas áreas da coluna, anca, joelho, ombro e cotovelo, punho e mão, tornozelo e pé e, ainda, em Ortopedia Pediátrica. O evento destina-se a especialistas e internos de Ortopedia, Medicina Física e Reabilitação e Medicina Geral e Familiar, assim como reumatologistas e fisioterapeutas.

O objetivo é a atualização de conhecimentos e a partilha de experiências entre pares, promovendo a formação contínua dos profissionais de saúde. 

Domingo, dia 20 de outubro
É com um rastreio de avaliação do risco de fraturas osteoporóticas, dirigido a pessoas com mais de 40 anos, que a Escola...

O rasteiro gratuito, a decorrer entre as 10h00 e as 18h00, no Alma Shopping, em Coimbra, visa calcular a possibilidade de ocorrência de fratura a 10 anos, com entrega de resultados e recomendações personalizadas.

Adicionalmente, serão realizadas intervenções educativas no âmbito da prática de exercício físico e da nutrição, que ajudam a prevenir a osteoporose e a manter os ossos saudáveis.

Caraterizada pela diminuição da densidade mineral óssea responsável pela resistência e solidez da generalidade do esqueleto, a osteoporose é uma doença crónica progressiva, que pode ser muito incapacitante, devido ao aumento da fragilidade dos ossos e, como consequência, do risco de fratura.

Em Portugal, a osteoporose atinge 17% das mulheres e 2,6 % dos homens em idade adulta, sendo mais frequente nas mulheres pós-menopáusicas e em indivíduos idosos, embora possa afetar qualquer pessoa.

Prevê-se que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens, após os 50 anos de idade, virão a sofrer uma fratura osteoporótica, o que representa um grave problema de saúde pública (dada a sua elevada prevalência), estando a ele ligados numerosos custos económicos e sociais.

Não tendo cura, entre as formas de tratamento para a osteoporose incluem-se a melhoria dos hábitos alimentares, a prática de exercício físico regular, a cessação tabágica (no caso dos fumadores), suplementos de cálcio e vitamina D e, ainda, medicação para o fortalecimento dos ossos.

 
A importância da adoção de hábitos saudáveis
A osteoporose é uma doença metabólica óssea caracterizada pela perda de densidade mineral óssea e pe

Diagnóstico

O diagnóstico de osteoporose é feito através de exames de densitometria óssea, que medem a densidade mineral óssea e comparam os valores obtidos com os de uma pessoa saudável jovem. Estes valores são expressos em termos de "T-score", sendo que um T-score de -2,5 ou inferior indica osteoporose. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames complementares para avaliar a presença de fraturas ou outros fatores de risco​

Complicações

A principal complicação associada à osteoporose são as fraturas de fragilidade, que ocorrem com pouco ou nenhum trauma. Estas fraturas, principalmente da anca, coluna vertebral e punho, podem levar a dor crónica, perda de mobilidade e, em casos graves, mortalidade prematura. Fraturas da anca são particularmente graves e estão associadas a uma elevada taxa de incapacidade e mortalidade entre os idosos​

Tratamento

O tratamento da osteoporose visa reduzir o risco de fraturas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Inclui medidas farmacológicas, como o uso de bifosfonatos, suplementos de cálcio e vitamina D, e terapias hormonais em mulheres pós-menopáusicas. Além disso, o tratamento deve incluir mudanças no estilo de vida, como o aumento da atividade física (especialmente exercícios de resistência e equilíbrio) e a cessação de hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool​

Prevenção

A prevenção da osteoporose deve começar cedo, com a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, exposição adequada ao sol e prática regular de exercício físico. A atividade física é fundamental, pois fortalece os ossos e melhora o equilíbrio, diminuindo o risco de quedas. Para pessoas com risco elevado, a deteção precoce através de exames de densitometria óssea pode ser crucial para prevenir complicações graves​.

Fontes: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para ajudar a prevenir e evitar que as quedas quebrem a rotina
A plataforma Ossos Fortes assinala o Dia Mundial da Osteoporose com o lançamento da 2ª temporada da minissérie “Anti-Quebras: a...

Ao longo de 4 episódios, cada especialista aborda, de forma simples, prática e clara, conceitos fundamentais a ter em conta na abordagem à Osteoporose. O episódio sobre risco de fratura, conduzido pela enfermeira Andréa Marques, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Unidade Local de Saúde de Coimbra, e com a participação de Cátia Duarte, reumatologista da Unidade Local de Saúde de Coimbra, dá a conhecer a Ferramenta de Avaliação de Risco de Fratura – FRAX Portugal, que permite avaliar o risco de fratura de qualquer pessoa com idade compreendida entre os 40 e os 90 anos. De acordo com os resultados obtidos são abordadas sugestões de acompanhamento e seguimento.

Tendo em atenção a importância do exercício físico no fortalecimento ósseo e muscular – um valioso contributo para a prevenção de fraturas – Ricardo Morais, personal trainer, dedica um episódio à exemplificação de exercícios práticos que podem facilmente ser realizados em casa.

As fraturas são um dos principais perigos associados à osteoporose, sendo fundamental o acompanhamento das cirurgias pós-fratura. É este tema que a Enf.ª Paula Rocha, especialista em enfermagem de reabilitação, da Escola Superior de Saúde de Viseu, aborda, refletindo sobre o processo de internamento hospitalar após uma fratura e a importância dos cuidados após a cirurgia, necessários para garantir uma rápida e eficaz recuperação da mobilidade e o desejado regresso a uma rotina diária normal. É deixado também o alerta para o papel essencial que a família ocupa em todo este processo. 

No último episódio desta temporada, o destaque vai para a avaliação geriátrica global, uma avaliação que deve ser multidimensional para permitir um envelhecimento saudável e a prevenção de eventos adversos, em particular as quedas. Este episódio conta com a participação do Enf. João Tavares, Professor na Escola de Enfermagem de Aveiro, que explica a importância da interdisciplinaridade entre diferentes profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros. Esta interdisciplinaridade tem como objetivo a avaliação dos diferentes domínios da pessoa idosa, tais como, funcional, cognitivo, nutricional, marcha e social.

Portugal é um país cada vez mais envelhecido, onde se estima que meio milhão de portugueses são afetados pela osteoporose e se contabilizam 50 mil fraturas osteoporóticas por ano. É, por isso, urgente alertar e sensibilizar para a prevenção e os cuidados a ter, nomeadamente junto da população do sexo feminino com mais de 50 anos e após a menopausa, mais vulnerável a sofrer uma fratura osteoporótica!

A minissérie “Anti-Quebras: a Osteoporose pode ser prevenida” é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSREUMA) e conta com o apoio da Amgen Biofarmacêutica. Estes são um dos conteúdos em destaque na plataforma Ossos Fortes, um espaço de cariz informativo, que se destina a alerta e educar para a temática da osteoporose e a sua prevenção ou cuidados.

 
Entre 23 e 25 de outubro
Este ano, decorre, entre os dias 23 e 25 de outubro, no Centro de Congressos de Vilamoura a 24ª edição do Congresso Nacional de...

Com um programa elaborado pela direção da Sociedade Portuguesa de Pediatria em conjunto com as suas Secções, Sociedades, Comissões e Grupos de Trabalho, este evento abrange várias área da pediatria. 

No primeiro dia do evento, a manhã será marcada pela realização de três cursos: Atualizações em Pediatria, Cardiologia Pediátrica e Urgências em Neuropediatria.  As sessões científicas terão lugar partir das 14h30. 

Durante três dias, para além destas sessões vão decorrer ainda vários simpósios, apresentações de pósteres e comunicações orais. 

Destaca-se ainda a atribuição dos Prémios e Bolsas da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) com o apoio da Pfizer e Sanofi. 

Tal como nas edições anteriores, será também atribuído o Prémio Carreira 2024, a uma figura de destaque da Pediatria portuguesa. 

 
Transformação, Desafios e Oportunidades na Saúde Digital
O próximo ciclo de Webinars JoinHealth - Autumn Series decorre nos meses de outubro e novembro. Esta iniciativa de abrangência...

O primeiro webinar JoinHealth - Autumn Series acontece no dia 22 de outubro e é dedicado ao processo de desenvolvimento de um novo produto em Saúde, passando pela validação, alinhamento e formulação da estratégia. 

No dia 29 de outubro, a sessão é sobre Design de Tecnologias de Saúde Centradas no Humano. Por fim, o webinar de dia 5 de novembro terá enfoque na Gestão da Inovação em Saúde.

O programa completo das sessões e inscrições estão disponíveis em: www.healthclusterportugal.pt/pt/eventos/eventos/joinhealth-autumn-welcome-webinars24/.

As sessões são abertas à comunidade e representam uma oportunidade única de aprendizagem e networking para qualquer profissional do setor com interesse nestas temáticas.

 
Dia Mundial da Menopausa | 18 de outubro
Este período de transição, que envolve alterações hormonais significativas, pode ter impacto não só

Durante a menopausa, muitas mulheres enfrentam desafios como o aumento de peso, a perda de massa muscular e um risco acrescido de osteoporose. No entanto, uma abordagem proativa pode fazer toda a diferença. “O exercício diário é um aliado fundamental para melhorar a saúde física e mental durante a menopausa, ajudando, entre outras coisas, a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e a melhorar o humor”, afirma Theresa Zabell. Além disso, o American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda exercícios de força, como levantamento de pesos, e movimentos de peso corporal, pelo menos duas a três vezes por semana. Estes exercícios não só melhoram a composição corporal e a força muscular, como também ajudam a manter a densidade óssea, o que é crucial nesta fase.

Além disso, a atividade aeróbica, que pode incluir atividades tão simples como caminhar, nadar ou andar de bicicleta, deve ser parte integrante da rotina semanal. O ACSM sugere um mínimo de 150 minutos de exercício aeróbico moderado, o que se traduz em melhorias significativas na saúde cardiovascular e numa redução dos sintomas da menopausa, como os incómodos afrontamentos. A incorporação de exercícios de flexibilidade e equilíbrio, como o yoga ou o tai chi, pode enriquecer ainda mais esta experiência, promovendo uma melhor mobilidade e prevenindo lesões.

Zabell sublinha igualmente que o equilíbrio entre o exercício e a alimentação é crucial. A este respeito, salienta a importância de consumir quantidades adequadas de proteínas e cálcio durante a menopausa. “As mulheres devem ter como objetivo consumir entre 1 e 1,2 gramas de proteínas por quilograma de peso corporal. Para as que estão a tentar perder peso, este valor pode aumentar”, salienta. A especialista afirma ainda que manter uma ingestão de cálcio entre 1000 e 2000 miligramas por dia é essencial para proteger a saúde óssea, especialmente quando os níveis de estrogénio baixam.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No final de 2023, 1339 tinham inscrições suspensas há mais de cinco anos
O número de médicos dentistas com inscrição suspensa há mais de cinco anos aumentou 7,6 por cento em 2023, atingindo a 31 de...

De acordo com o estudo ‘Números da Ordem 2024’, no final de 2023 existiam 2312 profissionais com inscrição suspensa, o que representa o segundo maior aumento num só ano (235) desde que há registos. O recorde de 258 (14,2%) foi atingido em 2022. Pelo segundo ano consecutivo, a taxa de crescimento é de dois dígitos (11,3%), um facto que não ocorria desde 2019 quando o crescimento foi de 12,2%. A última vez que houve dois anos seguidos com taxas de crescimento acima dos 10% foi em 2015 (10,3%) e 2016 (10,9%).

Mais de metade (54,4%) das 2312 inscrições suspensas tiveram como objetivo trabalhar no estrangeiro. Destes 1257, 26,8% escolheram exercer em França, 18,1% no Reino Unido e 13,4% em Espanha, que supera a Itália como o terceiro destino face aos ‘Números da Ordem 2023’.

“Portugal formou e perdeu estes 1339 médicos dentistas com inscrição suspensa há mais de cinco anos. E a situação vai continuar a agravar-se, porque continuamos a despejar num mercado de trabalho saturado jovens com perspetivas muito reduzidas de conseguir uma situação profissional estável”, afirma Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, preocupado com o atual cenário nas universidades portuguesas: “Somos o segundo país que mais médicos dentistas forma na União Europeia, conforme confirmou o Eurostat. É urgente parar e pensar numa estratégia nacional que inverta estes números”.

A preocupação com o elevado número de alunos nas instituições de ensino superior é igualmente partilhada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). No processo realizado este ano de acreditação dos ciclos de estudo da medicina dentária, a A3ES identificou fragilidades que promovem a perda de qualidade do ensino e, por conseguinte, a empregabilidade dos futuros profissionais. A saber: um elevado rácio docente/estudante nas unidades curriculares clínicas (em alguns casos, existe um docente para 20 estudantes, traduzindo-se num sistema de um doente para três ou quatro estudantes), um excesso de estudantes e um desadequado rácio docente/estudante no ensino pré-clínico (em alguns casos, um docente para 20 estudantes, o que condiciona a aquisição das competências necessárias para ingressar na clínica).

Em Portugal existem sete instituições de ensino superior a lecionarem o curso de mestrado integrado em medicina dentária, que foram convidadas a colaborar na produção do ‘Números da Ordem 2024’. Cinco forneceram dados relativos ao número de alunos inscritos no ano letivo 2023/2024. Ressalvando que o Instituto Universitário de Ciências da Saúde e o Instituto Universitário Egas Moniz não apresentaram qualquer valor, a verdade é que o número de alunos aumentou nas restantes. “É um retrato incompleto. Lamentamos porque as universidades são um elemento fundamental na estratégia que urge definir para a medicina dentária em Portugal”, acrescenta Miguel Pavão.

O estudo ‘Números da Ordem 2024’ confirma o aumento (2,2%) de médicos dentistas com inscrição ativa, totalizando 12 988 membros. Este aumento do número de profissionais aptos a exercer em Portugal traduz-se igualmente no aumento do rácio de médico dentista por habitantes. No final de 2023, o valor voltou a agravar-se: passou de 1MD/814 pessoas residentes em 2022 para 1MD/796. Este resultado afasta Portugal da recomendação da Organização Mundial da Saúde que define um rácio de 1MD/1500-2000 habitantes.

Numa análise mais detalhada, o estudo confirma sem surpresa as disparidades existentes entre as diferentes regiões do País. A Área Metropolitana do Porto (1MD/564) e Viseu Dão Lafões (1MD/640) têm excesso de médicos dentistas, enquanto as regiões do Baixo Alentejo (1MD/2051) e Alentejo Litoral (1MD/2052) têm falta destes profissionais.

Das 25 regiões do País há 19 com uma densidade de médicos dentistas acima da recomendada pela OMS, mais uma (Beira Baixa) do que em 2022. Oeste, Lezíria do Alentejo, Alto Alentejo e Alentejo Central são agora as únicas dentro dos parâmetros da OMS.

O estudo ‘Números da Ordem’ reúne num só documento os grandes números, estimativas e tendências da profissão. Todos os números resultam da base de dados da própria OMD, à data de 31 de dezembro de 2023. Os capítulos ‘Estudantes’ e ‘Projeções e Tendências’ resultam de informação enviada à Ordem pelas instituições de ensino superior com curso de mestrado integrado em medicina dentária.

 
Estudo publicado na revista Nature
Um estudo recentemente publicado na revista Nature revela informação inédita fundamental sobre a forma como o cérebro aprende...

O primeiro autor do estudo e investigador do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra, Pawel Tacikowski, refere que "a capacidade de reconhecer padrões e antecipar potenciais eventos futuros é uma parte essencial da aprendizagem humana”.

Estudos anteriores recorreram a técnicas de neuroimagem, como a ressonância magnética funcional (fMRI), para estudar a forma como estes processos ocorrem no cérebro. No entanto, este tipo de métodos não permite uma observação direta da atividade neuronal. Neste estudo inovador, os investigadores conseguiram registar a atividade neuronal de células individuais em tempo real, permitindo uma nova compreensão dos processos de codificação cerebral.

Os participantes no estudo visualizaram uma série de imagens numa sequência específica, sem que lhes tivesse sido dito para memorizarem ou preverem nada. Surpreendentemente, os neurónios do hipocampo e do córtex entorrinal ajustaram gradualmente a sua atividade para refletir o padrão subjacente, mostrando que o cérebro foi capaz de aprender implicitamente a estrutura da sequência e construir um mapa mental de ‘quando’ e ‘o quê’ se seguiria.

Os investigadores observaram também que os neurónios ativaram o mesmo padrão espontaneamente. Pensa-se que esta atividade de repetição é a forma como o cérebro consolida a aprendizagem.

Os resultados obtidos permitem-nos compreender melhor como o nosso cérebro codifica e memoriza a sequência das nossas experiências vivenciadas, combinando informação sobre “o que” acontece e “quando” acontece, permitindo assim antecipar comportamentos futuros.

"Estamos muito entusiasmados com este estudo. Poder compreender como é que o cérebro organiza temporalmente as nossas vivências pode ter aplicações clínicas importantes, com em futuras terapias para melhorar a memória, que poderão centrar-se no aumento da atividade neuronal específica que representa as memórias relevantes”, acrescenta o investigador.

Além do primeiro autor, Pawel Tacikowski, são coautores do estudo os investigadores Güldamla Kalender, Davide Ciliberti, e Itzhak Fried. A investigação decorreu na Universidade da Califórnia, Los Angeles (Departamento de Neurocirurgia), no Instituto Karolinska (Departamento de Neurociências) e na Universidade de Coimbra.

O artigo científico "Human hippocampal and entorhinal neurons encode the temporal structure of experience" está disponível aqui: https://www.nature.com/articles/s41586-024-07973-1.

Opinião
A neuroestimulação é uma técnica médica que utiliza impulsos elétricos de baixa intensidade para mod

A neuroestimulação envolve a implantação de um dispositivo, um neurostimulador, geralmente sob a pele, que emite impulsos elétricos para áreas específicas do corpo. Estes impulsos podem ser ajustados para aliviar diferentes tipos de dor, dependendo da sua localização e causa.

Existem diferentes tipos de neuroestimulação, incluindo:

  • Estimulação da medula espinal (EMS): É colocado um elétrodo perto da medula espinhal para bloquear os sinais de dor antes de chegarem ao cérebro.
  • Estimulação do nervo periférico: Um elétrodo é colocado perto de um nervo específico para bloquear os sinais de dor nessa área.
  • Estimulação do gânglio da raiz dorsal: É colocado um elétrodo perto dos gânglios da raiz dorsal, que são grupos de células nervosas localizadas na medula espinhal.

Para que serve a neuroestimulação

A neuroestimulação é utilizada para tratar uma variedade de condições dolorosas, incluindo:

  • Dor lombar crónica
  • Dor ciática
  • Dor neuropática (causada por danos nos nervos)
  • Dor complexa regional
  • Dor pós-cirúrgica
  • Cefaleias crónicas

Benefícios da neuroestimulação

  • Alívio da dor: A neuroestimulação pode reduzir significativamente a intensidade da dor, permitindo que os pacientes retomem as suas atividades diárias.
  • Redução do consumo de medicamentos: Muitas vezes, a neuroestimulação permite reduzir ou mesmo eliminar a necessidade de medicamentos para dor, com os seus potenciais efeitos secundários.
  • Melhoria da qualidade de vida: Ao aliviar a dor, a neuroestimulação pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, permitindo-lhes dormir melhor, ter mais energia e participar em atividades sociais.

Quem pode beneficiar

A neuroestimulação é indicada para pacientes que sofrem de dor crónica que não responde a outros tratamentos, como medicamentos, fisioterapia e intervenções minimamente invasivas. É importante consultar um médico especialista em dor para avaliar se a neuroestimulação é a opção de tratamento mais adequada para cada caso.

Procedimento e Segurança

O procedimento de implantação de um neuroestimulador é geralmente realizado sob anestesia local ou geral. Após a implantação, há um período de teste para ajustar os parâmetros de estimulação e aferir a eficácia do tratamento. A segurança e a eficácia da neuroestimulação têm sido amplamente documentadas, com muitos pacientes relatando melhorias significativas na gestão da dor.

A neuroestimulação representa uma abordagem eficaz para o tratamento da dor crónica, oferecendo esperança a muitos pacientes que sofrem de condições dolorosas intratáveis. Com os avanços contínuos na tecnologia e na compreensão dos mecanismos da dor, a neuroestimulação continuará a evoluir, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas em sofrimento.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dias 8 e 9 de novembro
A Up Clinic, em parceria com Aesthetics & Surgery Academy e a UltraSkinUS, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Medicina...

Graças aos avanços tecnológicos, os aparelhos de ultrassom atuais combinam a alta resolução de imagem com portabilidade, sem comprometer o conforto e a acessibilidade para os médicos. Esta ferramenta inovadora está a transformar a prática clínica diária, proporcionando diagnósticos mais precisos e tratamentos mais seguros e eficazes.

A formação é direcionada a todos os médicos que atuam na área estética, em especial Cirurgiões Plásticos, Dermatologistas e Médicos de Medicina Estética. O principal objetivo é capacitar os profissionais com a tecnologia mais avançada em ultrassons cutâneos, introduzindo-os a uma nova era no diagnóstico e prevenção de complicações. Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de conhecer os benefícios das intervenções guiadas por ultrassom, acrescentando um valor diferenciador às suas consultas médicas e elevando o padrão de segurança e eficácia nos tratamentos estéticos.

No dia 8 de Novembro o curso incidirá sobre os módulos teóricos de Anatomia da Face pela Dra. Rita Meireles, Anatomia Periocular pelo Dr. Rui Lima, Anatomia do Pescoço pelo Dr. Tiago Baptista Fernandes, Indicações e Técnicas de injeção pelo Dr. Luca da Silva Costa e de Ecografia pela Dra. Karina Ravera. No dia 9 de novembro haverá o módulo prático com imersão hands on dos médicos particpantes em pacientes reais com aplicação de Preenchimentos e Toxina Botulínica ecoguiados.

 

 
Em Aveiro
O Skope – Museu de Medicina e Saúde – foi inaugurado hoje em Aveiro, num evento que contou com a presença do Presidente da...

Os objetos expostos nas várias salas que compõem o Museu pertenciam à coleção pessoal de Hermes de Oliveira Castanhas, médico e colecionador aveirense apaixonado pela sua profissão, que se dedicou a reunir peças de diferentes épocas e origens, às quais chamava “perfeições do passado”. Após a sua morte, coube à família dar continuidade ao legado, repensando o futuro da coleção e da Casa-Museu Dr. Hermes, que hoje recebe o Museu de Medicina e Saúde.

O Skope tem seis salas dedicadas a especialidades médicas e importantes períodos históricos. Começa na origem de tudo, com uma sala dedicada ao nascimento e às especialidades de obstetrícia e ginecologia, e avança cronologicamente por diversos momentos da história - tais como a Antiguidade Clássica, a Idade Média, o Renascimento e o Iluminismo – e pelos avanços no século XIX e termina na grande transformação da Medicina dos séculos XIX e XX.

O Museu conta ainda com uma área dedicada à Medicina do Futuro e aos estilos de vida saudáveis, com dinâmicas focadas na importância – entre outros – do sono, da atividade física e da boa alimentação, que servirão de base a um plano educativo para alunos de várias áreas e níveis de ensino, desde o 2.º ciclo ao secundário.

Rita Gíria, Diretora Geral da Fundação Casa Hermes, destaca: “O Skope nasceu sob a alçada da Fundação Casa Hermes que entendeu homenagear a figura de Hermes de Oliveira Castanhas e a sua paixão pelo colecionismo. Inspirados por esta sua paixão, empenhámo-nos em valorizar e partilhar uma coleção única sobre a História e a evolução da Medicina. Pretendemos que os nossos visitantes adquiram novos conhecimentos e se apaixonem pelos objetos expostos e pelas histórias que contam, tal como nós ou o seu colecionador. Mas o nosso objetivo é ir mais além e pensar a saúde numa ótica de futuro e progresso, ao promover um conjunto de iniciativas no âmbito da educação, formação e responsabilidade social”.

A Fundação Casa Hermes pretende ter um papel ativo no desenvolvimento das vertentes da educação para a saúde, da prevenção da doença e do envelhecimento saudável, bem como contribuir para a formação e consciencialização da comunidade para estes temas.

O museu agora inaugurado está integrado no Aradas Campus, um empreendimento mais amplo com origem na Quinta de Aradas, sede da Fundação Casa Hermes, que reúne à data de hoje o Skope e um edifício polivalente. Integra um projeto que prevê a extensão do museu, a construção de um Centro de Eventos com capacidade para mais de 100 pessoas e de um Centro de Investigação para a Longevidade, bem como um edifício hoteleiro com 40 quartos para alojar desde investigadores a visitantes, através dos quais a Fundação pretende promover a formação, investigação e educação para a saúde.

O Skope – Museu de Medicina e Saúde é um projeto privado que foi tornado possível com o apoio de 14 empresas fundadoras que desempenharam um papel crucial no seu desenvolvimento. Além disso, o museu conta com parceiros como a Nova Medical School, no campo da saúde; a Ordem dos Médicos, no âmbito científico; a Altice Labs, na vertente tecnológica e o LIBPhys-UNL da NOVA FCT, na área da conservação e restauro. 

Nutricionista deixa recomendações
Os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais fatores de risco para a carga de doença

Por ser um fator de risco modificável, é fundamental repensar a forma como nos alimentamos. As dietas mais ricas em alimentos de origem vegetal, como hortofrutícolas, leguminosas e cereais integrais têm um impacto positivo na saúde. Além disso, comparativamente com as matérias-primas de origem animal, a produção de matérias-primas vegetais implica, de forma geral, uma menor utilização água e solo e produz menos gases com efeito de estufa.

Não é preciso ser vegetariano para aumentar a presença de refeições à base de vegetais na rotina alimentar. Com a ajuda da nutricionista Sofia Dinis, reunimos algumas dicas e soluções práticas que podem ajudar os consumidores a colocar em prática uma alimentação mais vegetal:

  1. Planeie as refeições: planear as refeições pode ser uma atividade decisiva para incorporar mais opções vegetais na ementa. Para fazer esse plano, devemos olhar para o que temos no frigorífico e na despensa e, depois então, fazer uma lista de compras para assegurar que estão disponíveis os ingredientes que permitem colocar em práticas refeições mais plant based;
  2. Inicie a refeição com sopa: à base de legumes e onde podem, também, estar presentes leguminosas como feijão, grão ou lentilhas. As sopas são uma forma prática e reconfortante de incluir mais vegetais na alimentação;
  3. Utilize leguminosas como fonte de proteína: não é preciso ser vegetariano para fazer refeições sem carne ou peixe. Incluir leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilhas, …) em substituição parcial ou total de fontes animais de proteína, contribui para aumentar a prevalência destes ingredientes na dieta. Por exemplo, em vez carne picada, experimente lentilhas numa bolonhesa ou feijão num chili.
  4. Legumes e fruta em receitas inesperadas: introduza legumes e fruta em receitas tradicionais ou momentos mais inesperados. Por exemplo, junte cenoura ou abóbora a um molho de tomate, inclua brócolos ou espinafres numa lasanha, adicione tomate, alface ou rúcula a uma simples sandes de queijo. No que diz respeito à fruta pode ser um grande aliado tanto nos lanches, como substituto de uma sobremesa quando apetece algo doce. Mas pode ser também um ingrediente de receitas salgadas. Experimente adicionar maçã a uma salada ou manga a uma receita de caril.
  5. Lembre-se das conservas e dos congelados: Ter hortícolas e leguminosas congelados e em conserva é uma ferramenta para assegurar que os vegetais estão sempre disponíveis e de forma conveniente. Assim, mesmo quando já não frescos em casa ou não houve tempo para colocar a demolhar as leguminosas secas, não há desculpa para não os incluir na receita do jantar.
 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sugere estudo
A partir do estudo dos efeitos das células senescentes – células que se acumulam à medida que os órgãos envelhecem – em outras...

Esta investigação constitui a primeira evidência direta que células senescentes na pele podem acelerar o envelhecimento noutras partes do corpo. Sugere, portanto, que a senescência de células da pele pode contribuir para efeitos generalizados de envelhecimento”, explica a equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC/CiBB) da Universidade de Coimbra (UC) e da Faculdade de Farmácia da UC (FFUC) envolvida na investigação.

Para desenvolver este estudo, as equipas de cientistas investigaram os efeitos de células senescentes na pele de ratinhos jovens. Conseguiram perceber que a presença destas células envelhecidas na pele levou à diminuição da função musculo-esquelética, aumentou a fraqueza física e diminuiu a capacidade de memória dos ratinhos. Observaram ainda que o cérebro era afetado, nomeadamente o hipocampo, zona-chave para a memória e a função cognitiva, “condições frequentemente observadas no envelhecimento”, sublinha uma das coordenadoras do estudo, Cláudia Cavadas, líder do grupo de investigação em Neuroendocrinologia e Envelhecimento do CNC-UC/CiBB. “Estas reações indicam que houve uma ligação entre as células envelhecidas na pele e o cérebro”, avança.

Os resultados deste estudo contribuem, assim, para o conhecimento do envelhecimento do organismo, “podendo abrir caminho para investigar intervenções inovadoras que visem atrasar o processo de envelhecimento sistémico”, destaca a cientista. “Potencialmente, podem ainda explicar a ligação entre doenças cutâneas e outras doenças associadas ao envelhecimento”, acrescenta.

Novos dados sobre o envelhecimento do corpo humano são cruciais na atualidade, uma vez que “o envelhecimento da população é uma preocupação global e um dos maiores fatores de risco das principais doenças crónicas, como as doenças neurodegenerativas”, refere ainda a cientista.

A investigação abre, assim, caminho a novas possibilidades de investigação sobre o envelhecimento que podem focar-se, por exemplo, “em conhecer melhor as células senescentes na pele e explorar novas estratégias que visem eliminar ou neutralizar células senescentes na pele com o objetivo de reduzir os seus efeitos sistémicos no envelhecimento do organismo”, acrescenta o cocoordenador deste estudo, líder do Laboratório de Envelhecimento Celular e Molecular da Clínica Mayo, nos Estados Unidos da América, João Passos.

Os resultados desta investigação estão disponíveis no artigo científico Senescent cell transplantation into the skin induces age-related peripheral dysfunction and cognitive decline, publicado na revista Aging Cell, que tem como primeira autora a estudante de doutoramento da FFUC e do CNC-UC, Ana Catarina Franco.

 
Opinião
A saúde dos ombros é essencial para a realização de diversas atividades diárias, como levantar objet

O que é a Artrose no Ombro?

A artrose no ombro, também conhecida como osteoartrite, é uma condição degenerativa que afeta a cartilagem articular.

A cartilagem desgasta-se gradualmente ao longo do tempo, levando ao atrito entre os ossos e causando dor, inflamação e perda de função no ombro.

Causas e Sintomas

Causas da artrose no ombro

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da artrose no ombro

  • Envelhecimento: O processo natural de envelhecimento leva ao desgaste da cartilagem, tornando-a mais suscetível à artrose.
  • Lesões Anteriores: Traumas no ombro, como fraturas, luxações ou lesões dos tendões, podem acelerar o processo de degeneração articular
  • Desgaste: Atividades repetitivas e de alto impacto, como levantamento de peso ou prática desportiva intensa, podem sobrecarregar as articulações do ombro e contribuir para o desgaste da cartilagem.
  • Predisposição Genética: Alguns indivíduos possuem uma predisposição genética para o desenvolvimento da artrose, o que pode afetar as articulações do ombro.
  • Condições Médicas Subjacentes: Doenças metabólicas, como diabetes, e condições inflamatórias, como artrite reumatoide, podem aumentar o risco de desenvolver artrose no ombro.

Sintomas da artrose no ombro

Os sintomas da artrose no ombro podem variar de pessoa para pessoa. Alguns dos sintomas mais comuns incluem

  • Dor no Ombro: A dor é um sintoma predominante da artrose no ombro. Pode ser uma dor constante ou intermitente, agravada pelo movimento do ombro.
  • Rigidez Articular: A rigidez no ombro é frequentemente sentida após períodos de inatividade e pode dificultar a realização de movimentos amplos.
  • Inchaço e Inflamação: Em alguns casos, a artrose no ombro pode levar ao inchaço e inflamação na região afetada
  • Crepitação: Durante o movimento do ombro, pode-se ouvir ou sentir uma sensação de rangido, estalos ou crepitação, resultantes do atrito entre os ossos.
  • Fraqueza Muscular: A degeneração articular pode levar à fraqueza dos músculos ao redor do ombro, causando dificuldade em levantar objetos ou realizar atividades que exijam força.

Diagnóstico da Artrose do Ombro 

O diagnóstico preciso da artrose no ombro é fundamental para um tratamento adequado.

O médico deve realizar uma avaliação clínica detalhada, levando em consideração os sintomas do paciente.

Além disso, podem ser solicitados exames complementares, como radiografias, ressonância magnética ou Tomografia Computorizada, para avaliar o grau de degeneração articular e descartar outras condições.

Como Prevenir a Artrose no Ombro

Embora nem sempre seja possível prevenir completamente a artrose no ombro, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a condição:

  • Manter um Estilo de Vida Saudável: Alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos podem ajudar a manter a saúde das articulações.
  • Evitar Lesões: Ao praticar atividades físicas ou desporto, é importante utilizar técnicas adequadas e equipamentos de proteção para reduzir o risco de lesões no ombro.
  • Realizar Exercícios de Fortalicemento: Exercícios específicos para fortalecer os músculos do ombro podem ajudar a estabilizar a articulação e prevenir o desgaste excessivo.

Opções de Tratamento para a Artrose no Ombro

Embora a artrose no ombro não tenha cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para aliviar a dor, melhorar a função e retardar a progressão da doença. 

Algumas das opções de tratamento incluem:

Medicamentos

Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e reduzir a inflamação no ombro.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento da artrose no ombro. Exercícios específicos podem fortalecer os músculos ao redor do ombro, melhorar a estabilidade articular e aumentar a amplitude de movimento.

Injeções Intra-Articulares

Injeções de corticosteroides ou ácido hialurônico podem ser administradas diretamente na articulação do ombro para aliviar a dor e melhorar a função.

Cirurgia

Em casos graves de artrose no ombro, quando outras opções de tratamento não proporcionam alívio adequado, a cirurgia pode ser considerada. As opções cirúrgicas incluem nalguns casos bem selecionados a artroscopia, ou a substituição total do ombro (prótese de ombro).

Conclusões

A artrose no ombro é uma condição degenerativa que pode causar dor, rigidez e limitações nos movimentos. 

Embora não haja cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

É importante procurar um médico especialista para obter um diagnóstico correto e desenvolver um plano de tratamento personalizado.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A poucos dias do início da discussão do OE
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) apela ao Governo que cumpra de forma efetiva as promessas de melhorias...

“Num país com uma taxa de natalidade incapaz de contrariar o envelhecimento da população, existem cidadãos que, apesar da sua condição de saúde ou projeto de parentalidade, não têm os seus direitos atendidos pelo Serviço Nacional de Saúde e acabam excluídos de apoios estatais quando lhes é fechada a porta no serviço público. Assim, resta apenas recorrer ao privado para beneficiar de um direito constitucional: constituir família”, continua.  

Com mais de 16.500 associados, a APFertilidade pede que os constrangimentos do SNS em relação à fertilidade sejam atenuados com novas políticas públicas incentivadas pelo novo Orçamento do Estado. “A realidade desta população continua a ser caracterizada por tempos de espera além do razoável para a realização de tratamentos de infertilidade”.   

A presidente relembra ainda que, dependendo da necessidade de recorrer ou não à doação de gâmetas, os tempos de espera para técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) podem oscilar entre um e três anos. “Mantém-se a falta de recursos humanos nos centros públicos de PMA, fomentada por sucessivos atrasos na contratação de pessoal médico e técnico para reforçar equipas, melhorar infraestruturas e atualizar equipamentos de laboratório. É preciso mais investimento e precisamos que o Orçamento de 2025 possa responder a alguns destes problemas”.  

Segundo a associação, que vem alertando para este problema sucessivamente, continuam por existir centros públicos de PMA nas zonas sul e na Região Autónoma dos Açores, promovendo-se um desequilíbrio da distribuição geográfica do apoio do SNS aos beneficiários.  

Procurar soluções no setor privado “está igualmente longe de ser uma possibilidade aberta a todos”, diz. “As despesas em clínicas privadas são um fardo financeiro pesado e inacessível a muitos dos que precisam frequentemente de recorrer a várias tentativas de tratamento, muitas vezes sem sucesso imediato”.  

“Perante uma taxa de natalidade baixa e a existência de milhares de pessoas que querem inverter essa tendência, mas precisam de ajuda, o Estado deve atuar e determinar medidas efetivas de suporte médico e financeiro que permitam a estes cidadãos serem pais. O apoio à fertilidade tem sido relegado para o fim da lista de prioridades dos sucessivos governos”, resume a responsável.   

No final de setembro, o Parlamento aprovou, na generalidade, os projetos de resolução do PSD, Livre, PAN e PCP que recomendam ao Governo o reforço do acesso à procriação medicamente assistida no Serviço Nacional de Saúde. “É um ponto de partida, mas precisamos de políticas concretas e não apenas de recomendações”, conclui Cláudia Vieira.  

 

Páginas