Caminhada da Ortopedia marca o arranque da Campanha este ano
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) relança a campanha “Não Caia Nisso”, uma iniciativa de grande...

Segundo João Gamelas, presidente da SPOT, “a prevenção de quedas na população sénior é uma necessidade nacional. A queda e a fratura representam, para muitos idosos, o início de um processo de perda de independência e qualidade de vida. As consequências são não só físicas, como também emocionais e económicas.”

A campanha “Não Caia Nisso” foi inicialmente lançada há oito anos pela SPOT com forte presença na imprensa escrita e apoio de diversas instituições, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), contando ainda com o alto patrocínio da Presidência da República. Nesta edição de 2024, a campanha traz uma nova abordagem, com conteúdos reforçados e mais meios de comunicação para alcançar um público ainda mais vasto, reforçando a urgência da prevenção de quedas entre os mais velhos.

A Câmara Municipal de Loulé apoia a caminhada da Ortopedia que marca o arranque da Campanha “Não Caia Nisso 2024”, iniciativa que pretende sensibilizar para a prevenção de quedas entre a população sénior. O evento decorrerá no sábado, dia 9 de novembro, às 08h00, nas escadas de acesso ao Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, frente à Marina de Vilamoura. Os primeiros 100 participantes serão brindados com uma t-shirt alusiva à campanha.

A edição de 2024 conta com o apoio de várias entidades, incluindo AdvanceCare, Ageas Seguros, APORMED, ANF, ANMP, APHP, a Câmara Municipal de Loulé, a Grunenthal, a Johnson & Johnson, o Grupo Jerónimo Martins e o SAPO.

A campanha inclui ainda recomendações práticas para prevenir quedas no dia a dia. Nos corredores, é fundamental garantir que estão desimpedidos, sem tapetes e com luzes de presença instaladas. No quarto e na sala, deve manter-se uma boa luminosidade, retirando tapetes ou substituindo-os por modelos antiderrapantes e evitando objetos espalhados. Na cozinha, é importante garantir acesso livre e ter cuidado com líquidos no chão. Na casa de banho, recomenda-se a instalação de barras de apoio e a prática de tomar banho sentado.

A SPOT também incentiva a adoção de uma rotina saudável, promovendo mobilidade diária, uma alimentação equilibrada rica em vitamina D, hidratação e vigilância da medicação e da tensão arterial. Além de chamar a atenção para a prevenção de quedas, a caminhada também pretende incentivar o envelhecimento ativo e promover o exercício físico regular como uma forma eficaz de aumentar a estabilidade e a confiança dos mais velhos.

 
Apoio no diagnóstico e tratamento
A Kyowa Kirin apresenta a primeira calculadora para ajudar os profissionais de saúde a avaliar o estadio clínico dos doentes...

Os LCCT representam cerca de 4% de todos os casos de linfomas não Hodgkin e até 80% de todos os linfomas cutâneos primários. Na doença avançada, as células T malignas podem disseminar-se para o sistema linfático, o sangue, a medula óssea e os órgãos internos. Por conseguinte, podem ter um impacto profundo na qualidade de vida relacionada com a saúde e bem-estar psicológico dos doentes.

Esta nova ferramenta avalia o estadio dos dois subtipos mais comuns de LCCT: a micose fungóide (MF), que representa quase 60% dos LCCT, e a síndrome de Sézary (SS), que representa menos de 5%. A gestão da MF e da SS depende do estadio, pelo que o estadiamento é crucial para uma boa gestão da doença.

Julia Blanco, diretora médica da Kyowa Kirin Portugal, afirmou: "A missão da nossa empresa é responder às necessidades das pessoas com doenças raras. Por isso, estamos convencidos de que esta calculadora irá facilitar muito a gestão dos doentes com LCCT".

Como funciona a calculadora

O estadiamento da calculadora divide os doentes em nove estadios e é efetuado utilizando a classificação TNMB9: T (PELE), dependendo do tipo e da extensão do envolvimento da pele e da presença de eritrodermia; N (Gânglios), dependendo da presença/ausência de linfadenopatia, dos resultados da biopsia dos gânglios, da manifestação clonal e da classificação histopatológica dos gânglios afetados; M (VÍSCERAS): dependendo do envolvimento de órgãos com confirmação patológica e B (SANGUE), dependendo do nível de carga tumoral e da presença de clones.

Esta calculadora consiste em responder a quatro perguntas, uma para cada um dos compartimentos da doença. Depois de completar as quatro secções, a calculadora apresenta o resultado do estadio TNMB e orienta o utilizador para as diretrizes de tratamento do LCCT, estabelecidas pela EORTC para a gestão da micose fungóide e da síndrome de Sézary, para favorecer uma abordagem mais adequada e adaptada às necessidades de cada doente. 

Importância da gestão multidisciplinar dos LCCT

Julia Blanco destacou que “os linfomas cutâneos são um grupo de doenças que devem ser abordados de forma multicompartimental, pois envolvem a pele, o sangue, os órgãos e os gânglios linfáticos. Assim, é fundamental a existência de uma equipa multidisciplinar, com especial colaboração entre dermatologistas, que avaliem as lesões na pele, e entre hematologistas, que gerem os restantes compartimentos. Em conjunto a abordagem global do doente é mais eficiente e integrada.”

Dados do projeto SEPIA apresentados amanhã em evento do ISPUP
Em 2021, uma equipa de investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), em parceria com a...

O projeto SEPIA (acrónimo para a designação em inglês “Studying Experiences of Pain In Adolescents”) – financiado pela fundação europeia FOREUM – Foundation for Research in Rheumatology – surgiu com o objetivo de identificar características-chave da dor física durante a adolescência que permitissem prever o risco de desenvolver dor musculosquelética crónica na transição para a vida adulta.

“Pensa-se que a forma como vivemos a dor desde as primeiras décadas de vida é fundamental para desenhar as experiências de dor que sentimos ao longo de toda a vida. Saber quem são as pessoas com maior risco ajuda-nos a perceber como prevenir o aparecimento ou o agravamento da dor crónica (com duração superior a 3 meses). Em termos de saúde pública, isto é importante porque a dor musculoesquelética crónica é a principal causa de incapacidade no mundo”, adianta Raquel Lucas, investigadora do ISPUP e coordenadora do Projeto SEPIA.

Para responderem à principal questão científica deste projeto – que contou com pacientes parceiros de investigação em todas as suas fases, desde a conceção do estudo até à publicação dos resultados – os investigadores envolveram cerca de 5000 participantes, mais de 2000 jovens com idades entre os 14 e os 18 anos e os seus cuidadores. Estes jovens foram recrutados através da coorte de base populacional Geração XXI e do Registo Nacional de Doentes Reumáticos, o Reuma.pt, que acompanha jovens com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ).

A recolha de dados iniciou em junho de 2022, através de uma app para dispositivos móveis, desenvolvida especificamente para o SEPIA, por uma equipa do INESC TEC. Os jovens e os seus cuidadores foram convidados a instalar a app e a responder a questionários que incluíam perguntas sobre vários aspetos relacionados com a dor. Além disso, a equipa de investigação utilizou dados dos participantes da coorte Geração XXI, recolhidos nas avaliações dos 7, dos 10 e dos 13 anos e, posteriormente, dados recolhidos também na avaliação dos 18 anos, que arrancou em 2023 e que ainda está a decorrer.

Crianças vítimas de bullying têm 70% mais probabilidade de vir a desenvolver condições dolorosas na transição para a vida adulta

Ao olhar para os dados recolhidos nas diferentes fases da vida dos participantes, verificou-se que as experiências adversas na infância (como o divórcio dos pais, as dificuldades financeiras, as mudanças de casa/escola, entre outras) podem aumentar significativamente o risco de desenvolver condições dolorosas ao longo da vida.

Um outro exemplo é o das crianças que foram vítimas de bullying até aos 10 anos de idade, que manifestaram perfis de dor adversos aos 13 anos, tanto nos relatos que fizeram como na sua resposta física aos testes de tolerância à dor. O estudo mostrou que uma criança vítima de bullying tem 70% mais probabilidade de vir a sentir dor grave (aquela que impede o desempenho de atividades quotidianas, como ir à escola ou participar em atividades de lazer) na adolescência.

Mas mesmo na ausência de experiências de adversidade, o estudo mostra que a dor é uma experiência muito comum já na infância, com uma em cada seis crianças a revelar ter dor com duração superior a 3 meses, tanto aos 7 como aos 10 anos. Quando olhamos para as consequências a curto prazo, o estudo mostrou que uma em cada oito destas crianças tinham sentido uma dor suficientemente grave para as levar a faltarem à escola ou a alguma atividade de lazer.

Pais subestimam a dor dos filhos

Nos cuidados de saúde é, por vezes, necessário avaliar a dor pediátrica através dos cuidadores. Este estudo permitiu verificar que os pais têm tendência para subestimar a dor dos filhos, especialmente em casos de dor múltipla (em diferentes partes do corpo) e de alta intensidade. Apesar disso, os relatos dos pais sobre a dor que os filhos sentem na infância são indicadores importantes: 66% das raparigas cujos pais/cuidadores reportaram ter dor repetitiva ou frequente aos 7 e aos 10 anos, reportaram dor aos 13 anos e o mesmo aconteceu para 53% dos rapazes.

No caso dos pais/cuidadores de crianças com Artrite Idiopática Juvenil, constatou-se que os pais lembram e reportam mais a dor dos filhos que está tipicamente relacionada com a doença articular (por exemplo nos joelhos e mãos) e que, por outro lado, não mencionam tanto outras dores que são muito comuns, mas de causas geralmente desconhecidas (como dor de costas, de cabeça ou de barriga), às quais os filhos, nos seus relatos, dão mais importância.

Dor persistente na infância pode diminuir tolerância à dor na adolescência

Os questionários revelaram várias limitações na avaliação quantitativa da dor. Por isso, a equipa de investigação recorreu a um Teste Sensorial Quantitativo (QST), que mede a resposta à pressão física com base num equipamento computorizado. Este produz uma pressão padronizada, igual para todos os participantes, que permite caracterizar de modo seguro a sensibilidade à dor numa fase crucial para o desenvolvimento de trajetórias de dor crónica. Observou-se que adolescentes com histórico de dor musculoesquelética desde a infância apresentam menor tolerância à estimulação por pressão, o que sugere que a exposição prolongada à dor na infância pode aumentar a sensibilidade à dor na adolescência.

Ao olhar para as diferenças entre rapazes e raparigas, verificou-se que, nas raparigas, a tolerância à dor se mantém praticamente igual com a puberdade. Por outro lado, no caso dos rapazes, a tolerância à dor aumenta 20% nesta etapa. Estes resultados podem ajudar a explicar uma observação bem conhecida na investigação sobre a dor, em variados contextos geográficos e de saúde: as mulheres adultas reportam mais dor que os homens.

Foi ainda possível constatar que, nas raparigas, há uma relação estatística entre o Índice de Massa Corporal (IMC) aos 10 anos e a dor reportada na adolescência, aos 13 e aos 17 anos: quanto maior o IMC, maior o risco futuro de dor musculoesquelética. Esta relação pode ser explicada por motivos mecânicos ou bioquímicos, mas também pode ser causada por fatores psicossociais: foi possível observar que quanto menor a satisfação do adolescente com a sua imagem corporal, menor a sua tolerância à dor no teste QST.

Dor na adolescência é preditora de menor qualidade de vida no futuro

Quanto à localização da dor reportada, constatou-se que crianças que se queixavam de dor abdominal/pélvica entre os 7 e os 10 anos tiveram maior probabilidade de ter dor recorrente nessa e noutras partes do corpo, aos 13 anos, nomeadamente dor musculoesquelética. Aos 17 anos verificou-se um aumento da prevalência de relatos de dor, nomeadamente de dor musculoesquelética crónica e múltipla, tanto nos rapazes como nas raparigas. Percebeu-se também que ter um histórico de dor musculoesquelética crónica ou múltipla aos 13 anos está diretamente associado a uma menor qualidade de vida quatro anos mais tarde.

Forma como os jovens percecionam a dor é determinante para a formação do seu bem-estar ao longo de toda a vida

Os resultados do estudo destacaram as implicações da dor na infância a longo prazo e a importância da perceção da dor na formação do bem-estar futuro.

“Todos conhecemos pessoas que raramente se queixam de dores mesmo que nos pareça que têm doença ou lesão grave. Por outro lado, há pessoas que se queixam de muita dor quando têm uma doença que nos parece ligeira. Ou seja, independentemente da gravidade, o mesmo problema físico pode causar níveis de sofrimento muito diferentes em diferentes pessoas. Por isso, hoje a dor é entendida como uma experiência individual e subjetiva, que resulta das nossas doenças físicas, mas também da interação destas com o nosso contexto psíquico e social. Este projeto ajuda-nos a mostrar que o mundo que nos rodeia enquanto crianças influencia de modo relevante a dor futura.”, acrescenta a investigadora Raquel Lucas.

O SEPIA permitiu, assim, caracterizar a frequência e o impacto da dor pediátrica, que ocorre – e muitas vezes permanece - fora dos cuidados de saúde. Possibilitou também a identificação de fatores que, desde cedo, podem ser usados por decisores e profissionais de saúde – incluindo em âmbito escolar e no contexto familiar – para sinalizar crianças que terão maior risco de viver experiências adversas de dor musculoesquelética. Esta estratificação poderá contribuir para uma gestão precoce da dor pediátrica de modo a prevenir a sua transformação em dor crónica.

Em termos de saúde pública, o projeto informa possíveis áreas de atuação de políticas que se destinem a mitigar o impacto dos contextos adversos para o surgimento e a persistência da dor, como é o caso da adversidade social, que parece interagir com os fatores biológicos para piorar as experiências de dor física.

O evento de encerramento do SEPIA, onde serão apresentados estes e outros resultados do projeto, será no dia 8 de novembro, no auditório do ISPUP e contará com a presença da equipa de investigadores do ISPUP, das instituições parceiras, de alguns participantes do estudo e de um conjunto de convidados externos que comentarão os resultados e suas implicações. 

 
Em Espanha, liderava a área Cardiovascular e Metabólica
Mourad Aboubakr é o novo Presidente da Novartis, Portugal. Há 15 anos na Novartis, Mourad tem uma vasta experiência no mercado...

No seu percurso académico, Mourad Aboubakr conta com um MBA pela INSEAD e é formado pelo Global Healthcare Leaders Program da Harvard Medical School. Assume como sua prioridade impulsionar o potencial das pessoas, com um entusiasmo especial pelo poder da colaboração genuína e pelo trabalho em equipa.

“Portugal é um país de possibilidades. O talento, a paixão e a inovação que caracterizam a nossa equipa são os principais pilares que nos permitem gerar oportunidades para potenciar a inovação em saúde. Assumimos o nosso papel de agentes de mudança positiva, entregando inovação e cocriando soluções de saúde em parceria com o ecossistema, que possam contribuir verdadeiramente, não só para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com doença crónica, como também para os desafios do sistema de saúde e da sociedade”, afirma Mourad Aboubakr.

Mourad Aboubakr sucede assim a Simon Gineste que nos últimos 4 anos transformou a estrutura organizacional da empresa para potenciar um maior foco no cliente e posicionou Portugal como um país incubador de projetos, que se caracterizam pela ambição de transformar positivamente os cuidados de saúde e pela parceria com o sistema de saúde.

 
Dias 16 e 17 de novembro
A Atlântica – Instituto Universitário vai receber, nos dias 16 e 17 de novembro, o Congresso Internacional de Nutrição...

Nutricionistas especializados em várias áreas, enfermeiros, médicos de diferentes especialidades – como medicina geral e familiar ou cardiologia, entre outros –, farmacêuticos e ainda terapeutas, especialistas em medicina tradicional chinesa ou personal trainers, entre outros. Estes são alguns dos perfis de profissionais que integram o painel do Congresso, que apresenta um programa robusto, distribuído por três espaços da Atlântica, e que abordará diferentes temáticas, como “A Complexidade do Hipotiroidismo” – com Sandra Camacho, médica fisiatra funcional – ou “Suplementação Personalizada na Modulação Intestinal” – com a presença da farmacêutica Carla Rebelo.

O segundo dia do Congresso terá, além das atividades do programa, um curso complementar – das 09:30 às 12h00 – com o mote “Curso Introdutório em Nutrição e Relacionamentos, segundo uma abordagem sistémica”. O momento vai contar com as intervenções de Renata Pinotti – nutricionista integrativa – e Eduardo Torgal – business master coach. A formação requer uma inscrição independente do bilhete do Congresso, tendo o custo de 45 euros, devendo ser feita através do email cenif.informacoes@gmail.com

Susana Arranhado, coordenadora da Licenciatura em Ciências da Nutrição da Atlântica, avança que “esta será a primeira vez que a Atlântica recebe o Congresso Internacional de Nutrição Integrativa Funcional, acolhendo, no campus do instituto, profissionais desta área, com perfis tão distintos e interessantes”. A docente, que participará na sessão de abertura do evento em representação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, no dia 16, refere ainda que “é particularmente interessante promover momentos de troca de saber como este, que incentivam à investigação nestas áreas de conhecimento. A partilha entre a academia e os profissionais de setor que estes momentos proporcionam são fundamentais não só para oradores e participantes envolvidos no Congresso, como também para os nossos alunos e docentes da área de nutrição”. 

 
68% foram cidadãos com incapacidades adquiridas
Desde que entrou em funcionamento, em 1992, o CRPG - Centro de Reabilitação Profissional já acompanhou cerca de 30 mil pessoas,...

No âmbito da sessão dedicada ao tema “Reabilitação profissional de pessoas com incapacidades adquiridas em idade ativa”, realizada ontem no Centro Cultural de Belém, Mónica Salazar, Diretora do CRPG, lembrou que é necessário considerar a pessoa em todas as suas dimensões, garantindo que a recuperação abranja todas as fases da sua vida, nomeadamente o período da vida ativa e profissional.

Foi com esse objetivo que foram inauguradas duas novas delegações do CRPG em Coimbra e Lisboa, continuando a apoiar pessoas com incapacidades adquiridas, garantindo-lhes um acompanhamento mais próximo e especializado, em colaboração estreita com entidades locais e regionais.

“Através de uma abordagem integral e integrada, que alia os cuidados de saúde aos serviços de reabilitação profissional, pretendemos facilitar o retorno ao trabalho e promover a inclusão social e profissional”, realça.

Mónica Salazar defende que a reabilitação profissional no acesso ao trabalho faz todo o sentido. “Reabilitação na perspetiva dos direitos, que têm que ser acautelados. A igualdade e a inclusão. Todos têm direito ao regresso à vida e a um projeto”, considerando que os centros de emprego “têm um papel fundamental” para que a pessoas recebam o apoio necessário para a reabilitação profissional.

“A inclusão laboral é um dever social, mas também é um investimento na diversidade e no talento humano”, destaca.

Para Alberto Costa, Presidente do Conselho de Administração do CRPG, é importante dar visibilidade a um tema tantas vezes esquecido na nossa sociedade. Depois de uma doença ou acidente, a alta clínica é importante, mas a reabilitação não se esgota aí, sublinhando que “as pessoas necessitam de reaprender, readquirir competência e propósitos para a vida”.

Segundo Castro Caldas, Neurologista e Professor Catedrático Jubilado, as lesões no cérebro são difíceis de gerir, pois o mundo é o mesmo, mas é compreendido como diferente das memórias prévias. Quando aparecem as lesões, estas vão dar origem a alterações de várias áreas, nomeadamente ao nível dos sentidos.

Para que a reabilitação possa ter resultados efetivos, é necessária uma reabilitação contínua. Nesse sentido, considera que são necessárias estruturas de apoio multidisciplinares.

Uma das causas dessas lesões são os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), dos quais cerca de 20 mil pessoas sobrevivem anualmente.

Renato Nunes, Diretor do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital da Prelada e Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, refere que uma grande parte dessas pessoas fica com sequelas, o que leva a que necessitem de tratamento e reabilitação.

“Tudo isto tem custos, mas podiam ser diminuídos se as pessoas tivessem acesso a uma cadeia de cuidados integrados, para uma reabilitação integral, abrangente e continuada. O regresso ao trabalho é fundamental. Este é um fator importante para o sucesso de reabilitação”, afirma.

Renato Nunes defende ainda que se poderia referenciar muitos mais doentes para os centros de reabilitação profissional, sendo que estes têm que ser acessíveis a todas as pessoas que deles precisem.

Domingos Lopes, Presidente do Conselho Diretivo do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, realçou a importância da reativação e reintegração profissional de pessoas que enfrentam desafios decorrentes de incapacidades adquiridas, reforçando a necessidade de um suporte para um retorno ao trabalho bem-sucedido e sustentável. Tal importância foi igualmente sublinhada por Paulo Margalho, Diretor do Serviço de Lesionados Medulares do Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais, e Luiz Godinho Lopes, Vogal da Direção da Associação Novamente.

A encerrar a sessão, Adriano Moreira, Secretário de Estado do Trabalho, realçou que o governo está a tomar medidas para assegurar que todos os trabalhadores, inclusive os que têm alguma incapacidade tenham as mesmas oportunidades profissionais.

 
No âmbito da iniciativa 'Med on Tour'
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) promove, entre os dias 8 e 10 de novembro, e em parceria com a Câmara...

Esta iniciativa - Med on Tour -, que tem como objetivo promover estilos de vida saudáveis e alertar a população para a importância da tomada de decisões informadas em Saúde, arranca no dia 8 de novembro, pelas 9h00, nas escolas básicas e secundárias de Reguengos de Monsaraz.

Neste primeiro ponto de encontro, os estudantes vão promover ações de formação sobre Saúde (mental, sexual, reprodutiva e alimentar). Posteriormente, vão ser dinamizadas sessões sobre suporte básico de vida em escolas primárias, rastreios comunitários e sessões de sensibilização em locais de maior afluência populacional, incluindo os lares e centros de dia da região.

A ANEM prevê também dinamizar momentos dedicados aos mais pequenos, como o Hospital dos Bonequinhos, onde se procura desmistificar o medo da bata branca, convidando as crianças a levar os seus bonecos ao "médico", neste caso, os estudantes universitários, para poderem em trabalho de equipa entre os "médicos" e a criança curar os seus brinquedos.

Beatriz Morgado, diretora de Saúde Pública da ANEM, explica que os rastreios cardiovasculares e a avaliação de parâmetros como o peso, altura, IMC, perímetro abdominal, pressão arterial, glicemia capilar e hábitos como o do consumo de álcool e tabaco são cada vez mais importantes para a prevenção de doenças crónicas silenciosas, com elevada prevalência no país, como a Hipertensão, a Diabetes e a Obesidade. “Queremos contribuir para a tomada de decisões de saúde informadas por parte da população e para a promoção de um estilo de vida saudável. Antecipamos rastrear centenas de pessoas, de todas as idades, em Reguengos de Monsaraz e em Estremoz”, adiantou.

 
Saúde Capilar
A biotina é uma vitamina B essencial, vitamina B7, também conhecida como vitamina H.

Vários estudos demonstraram que a suplementação de biotina pode ajudar a estimular o crescimento do cabelo em pessoas com deficiência clínica de biotina ou que sofrem de alopecia.

Sabemos que a biotina promove o crescimento e a regeneração dos músculos, que também tem a ver com a síntese e oxidação das gorduras e que participa na formação da pele, das unhas e dos cabelos. Portanto, sua ação promove o fortalecimento dos cabelos e evita que fiquem fracos e quebradiços, ao mesmo tempo que melhora o estado dos folículos, que recebem o oxigênio e os nutrientes necessários. Além disso, a biotina incluída nos produtos capilares ajuda a regular a oleosidade e a caspa. Portanto, tudo parece indicar que é benéfico para a alopécia ou queda de cabelo.

Acelera o crescimento

Em pessoas com queda de cabelo temporária, estudos demonstraram que suplementos contendo biotina, melhoram significativamente o crescimento do cabelo após 90 dias. A biotina melhora a infraestrutura da queratina, proteína básica que compõe o cabelo, a pele e as unhas, podendo melhorar a saúde do cabelo, incluindo volume e cobertura do couro cabeludo.

A biotina, como vimos, também é conhecida como vitamina H ou B7. É uma vitamina solúvel em água que ajuda o corpo a metabolizar gorduras, carboidratos e proteínas. As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas no corpo, portanto sua ingestão diária é necessária. As células humanas não conseguem sintetizar vitamina B7. No entanto, as bactérias do corpo podem produzir biotina, e a vitamina está presente em muitos alimentos.

Os benefícios da Vitamina H (Biotina), além dos indicados, são:

  • Regula o metabolismo, usando gorduras, proteínas e carboidratos disponíveis para convertê-los na forma desejada de energia.
  • Protege o coração de possíveis problemas, estimulando o fluxo sanguíneo para este órgão.
  • Promove a função cerebral. O cérebro necessita de biotina para a formação da bainha de mielina, uma das substâncias gordurosas que o protege.
  • Reduz os níveis de açúcar no sangue, aumentando a produção de insulina.

Além disso, é benéfico para o sistema imunológico, auxilia na gravidez e na amamentação, alivia distúrbios alérgicos, repara tecidos e músculos e é até um aliado na perda de peso.

Contraindicações de biotina

Não existem contraindicações associadas ao uso da biotina, mas está comprovado que a ingestão de suplementos pode causar erros nos resultados de alguns exames laboratoriais.

A biotina é segura para a maioria das pessoas, desde que sejam seguidas as diretrizes de dosagem corretas. Se for aplicado na pele através de produtos cosméticos que o contenham, deve-se respeitar o percentual adequado: entre 0,0001% a 0,6%.

Se administrado por injeção, a dose recomendada também deve ser respeitada. Em qualquer caso, não devemos esquecer que tomar suplementos de biotina em excesso pode causar efeitos secundários nocivos. Alguns deles são: náuseas, dores de estômago e diarreia, acne, aborto espontâneo (gestantes devem evitar a ingestão de grandes quantidades de biotina) e alergias.

Alimentos com biotina

Entre os alimentos que fornecem biotina naturalmente em nossa dieta, destacam-se os peixes oleosos, que fornecem vitamina B7. Sardinha, atum ou salmão são ricos em biotina e também em ômega 3, outro nutriente essencial para os cabelos. Da mesma forma, as nozes são uma excelente fonte, assim como os ovos, laticínios e fígado bovino.

Existem suplementos de biotina em comprimidos, portanto, além de usar produtos para os cabelos, como champôs com biotina, podemos incluí-los na nossa alimentação diária.

O cabelo é muito sensível a qualquer deficiência nutricional. Se não nos alimentarmos adequadamente ou não sintetizarmos bem os nutrientes, é muito possível que vejamos isso refletido na saúde do nosso cabelo.

Embora a deficiência seja complicada por seguir uma dieta balanceada, a deficiência de biotina pode causar enfraquecimento ou perda de cabelo, sobrancelhas ou cílios como sintoma. Também é possível que soframos conjuntivites, episódios de dermatite seborreica ou percebamos sintomas neurológicos.

Colágeno ou biotina

O colágeno é uma proteína e um componente do tecido conjuntivo, enquanto a biotina é uma vitamina. Ambos desempenham um papel importante na saúde da pele e do cabelo, mas não está claro qual dos dois é objetivamente mais útil para melhorar a sua aparência.

Os champôs com biotina são uma boa forma de aplicar esse nutriente diretamente nos cabelos, embora exijam uso regular para ver os seus efeitos.

Além disso, podemos encontrar esta vitamina em tratamentos capilares de bioestimulação como mesoterapia capilar (MesoHair), entre outras vitaminas, proteínas e ingredientes como ácido hialuónico, diversos fatores de crescimento, antioxidantes, gotu kola, aminoácidos de queratina, extrato de ginkgo biloba e 5 inibidor da alfa-redutase, associado à alopecia androgénica.

A suplementação de biotina é muito importante para manter um cabelo saudável e resistente à queda. A forma mais eficaz de complementar o couro cabeludo e o cabelo é a aplicação direta de biotina no couro cabeludo na sua fórmula mais eficaz, a mesoterapia MesoHAir+, bem como com a utilização do nosso champô NutriPlus.

Lembre-se que as melhores vitaminas e minerais para o cabelo são a vitamina A, todas as vitaminas do grupo B, E e D e o ferro. O ideal é manter uma alimentação saudável e equilibrada.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Parceria entre o Zoomarine e a Unidade Local de Saúde do Algarve dirigida a crianças com doença
Nos dias 5 e 12 de outubro, o Zoomarine voltou a acolher dois grupos de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 13...

Este projeto, idealizado em 2019 em parceria com a Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS – Algarve) e com a Associação dos Amigos de Pediatria, iria iniciar quando se instalou a pandemia. O projeto materializou-se então no ano passado, e face ao seu sucesso, irá certamente continuar a repetir-se anualmente.

Este projeto valoriza as crianças que sofrem de doença e como tal, são sujeitas a tratamentos muitas vezes invasivos e dolorosos, reconhecendo e premiando-as pela sua enorme coragem.

Acompanhadas por profissionais de saúde dos Hospitais da ULS e pelos seus pais, as crianças que frequentam os tratamentos em hospital de dia, têm a oportunidade de assistir a alguns procedimentos médico-veterinários dos golfinhos, como por exemplo, a uma colheita de sangue para análises, tal como as crianças o fazem no hospital.

Com o apoio das equipas veterinária, de educadores e de técnicos de bem-estar animal do Zoomarine, as crianças testemunham o trabalho de treino comportamental positivo, que permite que os golfinhos participem de forma voluntária e tranquila nos procedimentos clínicos e de bem-estar, criando uma ligação positiva aos procedimentos, servindo como exemplo de identificação para estas crianças.

O medo, a reação à dor e a dificuldade em confiar nos profissionais de saúde durante os procedimentos, dissipam-se quando as crianças se remetem a este momento em que observaram a tranquilidade com que estes animais realizam esses procedimentos.

A escolha dos participantes teve ainda em atenção a seleção de crianças de famílias com carência económica, que dificilmente teriam a oportunidade de visitar o Zoomarine.

Independentemente dos problemas de saúde que enfrentam, é um dia de lazer em que podem verdadeiramente ser crianças, onde além de observarem os cuidados de saúde dos animais, têm a oportunidade de assistir a apresentações zoológicas e participar em atividades sensoriais e pedagógicas.

O programa incluiu ainda atividades e uma sessão para pais, dinamizada pela Psicóloga da Pediatria do Hospital de Faro, promovendo a partilha de experiências, fomentando a solidariedade e potenciando as interações entre as crianças e seus cuidadores (pais e profissionais de saúde), gerando um maior sentimento de pertença e confiança destas famílias.

De forma complementar, a iniciativa culmina com o “Dia da Celebração”, que vai acontecer a 26 de outubro, com a disponibilização de uma visita livre ao Zoomarine, desta vez para toda a família dos participantes e para o pessoal técnico da ULS do Algarve envolvido no projeto.

Dia 8 de novembro, no Auditório do Infarmed
A sociedade científica vai reunir, pela primeira vez, um conjunto de especialistas em Lisboa, no Infarmed, para refletir sobre...

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) considera ser o momento de debater a “Medicina de Precisão: um futuro incontornável” e contribuir para esclarecer o conceito, os passos, os desafios e o valor para as pessoas. O encontro, que reúne importantes especialistas da área, acontece esta sexta-feira, 8 de novembro, no Auditório do Infarmed, em Lisboa, entre as 14h30 e as 18h. 

Segundo a SPLS, este evento visa esclarecer a importância e a utilidade dos biomarcadores na otimização de tratamentos, tendo em vista a personalização da medicina de acordo com as características individuais dos doentes – como genética, perfil proteico e metabolismo. “Apesar da crescente relevância da medicina de precisão, o seu uso e compreensão ainda é limitado em Portugal. Por este motivo, queremos refletir e promover o diálogo sobre as técnicas que acompanham este tema, destinar sobretudo ao avanço do conhecimento sobre este tema, e áreas de intervenção”, explica a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida.  

De acordo com a presidente da sociedade científica, “a utilização de biomarcadores pode melhorar significativamente a eficácia dos tratamentos e a precisão dos diagnósticos, resultando em vantagens não apenas para os pacientes, mas também para os sistemas de saúde, ao permitir uma maior eficiência na gestão de recursos”. O evento, organizado pela SPLS e apoiado pela Johnson & Johnson, “vem promover, uma vez mais, a literacia em saúde numa área ainda pouco conhecida, tanto para profissionais como para a sociedade civil”, continua.  

O programa inicia com a receção às 14h, seguida pela mesa de abertura às 14h30, com a presença de representantes do Infarmed, da SPLS e da Faculdade de Medicina de Lisboa. O primeiro painel, “Medicina de Precisão – uma mudança incontornável”, vai contar com a participação de importantes especialistas, como o presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, José Luís Passos Coelho, André Mansinho, oncologista da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, e Zacharoula Sidiropoulou, cirurgiã oncologista no Hospital São Francisco Xavier.  

No segundo painel, “Oncologia de precisão e o valor para o doente”, os participantes vão poder ouvir os contributos de Susana Simões, pneumologista na Champalimaud, Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, e Vasco Fonseca, médico oncologista e representante da Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG). 

O terceiro painel vai abordar “Medicina de precisão: a visão dos jovens estudantes e profissionais”, envolvendo jovens líderes da área da saúde, como a representante da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, Inês Guerreiro, e o presidente da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos, Lucas Chambel. O encerramento do evento está previsto para as 17h30.  

“Está na hora de debater a Medicina de Precisão no futuro da saúde. Este encontro é uma oportunidade única para enriquecer o conhecimento em saúde e promover práticas mais eficazes na Medicina de Precisão”, conclui Cristina Vaz de Almeida. A presença no evento será certificada com um diploma a ser entregue a todos os participantes no final. 

Objetivo de divulgar informação sobre a asma grave e defesa dos direitos dos doentes
Acaba de nascer a primeira associação de doentes para representar quem sofre de asma grave em Portugal. A Associação Asma Grave...

A AG foi criada com o propósito de representar os doentes com Asma Grave na defesa dos seus direitos e na divulgação e reconhecimento da doença. É composta por um grupo de doentes, impulsionados pela Unidade Multidisciplinar de Asma Grave do Hospital Santa Maria, que se propõem a divulgar informação sobre a doença e a apoiar quem vive com esta condição.

Estima-se que em Portugal existam cerca de 35 mil pessoas com asma grave, um número significativo, que na sua maioria não se encontra diagnosticada, o que impede o acesso a tratamento adequado. A asma grave é mais perigosa e limita significativamente a vida diária dos doentes, uma vez que os incapacita de fazer tarefas básicas diárias. Além disso, causa também constrangimentos laborais e pessoais, sem que existam apoios  para quem sofre deste tipo de asma.

“A constituição da AG marca um momento muito importante para todos os doentes da asma grave. O nosso foco é assegurar que o diagnóstico correto é realizado e que o tratamento é o adequado. Pretendemos apoiar estes doentes e dar-lhes voz para que os seus interesses e direitos sejam ouvidos e defendidos. Para tal, pretendemos trabalhar para o reconhecimento da doença”, sublinha um dos membros fundadores da AG, Ana Gonçalves.

De forma a combater o estigma e isolamento social que muitas vezes atinge estes doentes, a AG ambiciona ser uma associação de confiança, na qual os doentes de asma grave se possam sentir acolhidos e compreendidos. Assim, a associação compromete-se  a dinamizar ações de divulgação de informação sobre a asma grave, contribuindo para que sociedade esteja mais informada sobre o impacto desta doença e os profissionais de saúde mais despertos para esta realidade.

Plataforma Saúde em Diálogo promoveu a sua conferência anual no passado dia 31, dedicada ao tema
Passar da teoria à ação, mais tempo com os doentes e proporcionar uma experiência melhorada nas unidades de saúde desde o...

O evento decorreu no auditório da PLMJ, em Lisboa, numa discussão profícua sobre os desafios e ações a tomar para se alcançar uma saúde mais humanizada.

Jaime Melancia, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, deu o mote para a discussão, referindo que “a evidência científica tem demonstrado os efeitos positivos da empatia e da compaixão nos cuidados de saúde a vários níveis: desde o nível clínico, à satisfação do doente, à maior segurança e qualidade dos cuidados prestados, à maior adesão à terapêutica, passando pela diminuição nas readmissões hospitalares e diminuição dos custos, à maior confiança nas instituições e a uma maior satisfação dos profissionais de saúde e consequente diminuição de burnout”.

“Tudo isto se traduz em valor em saúde para o sistema, contribuindo para a sua sustentabilidade e, por isso mesmo, a humanização deveria ser incluída nas variáveis a ponderar na contratualização e na avaliação dos resultados em saúde das instituições”, disse.

Já Fernando Regateiro, presidente da Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde no SNS, fez um balanço positivo dos trabalhos desta Comissão que se iniciaram em março deste ano, e anunciou que será publicado, nos próximos meses, um livro que reúne as boas práticas de humanização de 20 unidades locais de saúde (ULS), apresentadas em julho, no primeiro seminário desta comissão, e que ficará disponível para toda a comunidade de saúde.

“A humanização acrescenta e ganha em qualidade se tiver bons exemplos. Todos nós somos pilares para a humanização. Só é possível mudar atitudes através dos exemplos externos”, defendeu.

Victor Ramos lançou depois as bases para a discussão que se seguiu sobre como promover uma verdadeira cultura de humanização na saúde. O Presidente do Conselho Nacional de Saúde destacou três pilares instrumentais para a promoção dessa cultura de humanização: a partilha de informação em saúde, promoção da participação cidadã e a medição sistemática da experiência e dos resultados percecionados pelos doentes, destacando ainda a avaliação dos dirigentes e a formação contínua dos profissionais de saúde, como instrumentos auxiliares fundamentais para se alcançar esse desígnio.

Na mesa-redonda, Xavier Barreto, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, considerou que “a empatia é o grande desafio na humanização dos cuidados de saúde” e criticou a falta de incentivos para se fazer uma avaliação rigorosa da satisfação dos doentes em relação aos cuidados que lhes são prestados: “Temos de criar incentivos financeiros específicos para que isso aconteça”.

Já Susana Magalhães, Coordenadora da Unidade de Conduta Responsável na Investigação no i3S - Universidade do Porto, defendeu a criação de “espaços seguros para a partilha entre profissionais de saúde e doentes”, sublinhando a importância da medicina narrativa na forma como os médicos se relacionam com os doentes.

Catarina Alvarez, Psicóloga da Associação Alzheimer Portugal, referiu que “a humanização ainda não é uma prioridade em Portugal” e que “é preciso dar voz aos doentes”.

“Queremos sistematização e concretização. Que todos em todo o lado tenham o mesmo tipo de acesso a cuidados humanizados. Se há serviços que já o fazem, todos têm de conseguir fazê-lo”, alertou.

Por seu turno, João Pedroso de Lima, médico e fundador do Movimento Humanizar a Saúde em Coimbra, considerou que “a reaproximação da medicina às humanidades está a intensificar-se”, defendendo uma maior promoção da formação em empatia e comunicação para os profissionais de saúde.

“Uma coisa é ser licenciado em medicina e outra é ser médico. Aprendemos a ser médicos à medida que o tempo nos vai aproximando da vida real das pessoas”, disse.

O comentário final ficou a cargo de Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde, que exortou os profissionais de saúde a ouvirem o doente e a procurarem compreender o contexto que o envolve.

"Ouvir o doente pressupõe ir à procura das suas determinantes sociais. É diferente ouvir uma pessoa cujo percurso de vida não constituiu uma pressão causadora de doença, ou uma pessoa que sempre teve de contar dinheiro para fazer face às despesas, que não consegue aquecer a sua casa. Isso faz toda a diferença.”

Maria de Belém Roseira defendeu, ainda, “melhores metodologias de trabalho, mais tempo para os médicos falarem com as pessoas”, bem como “aliviá-los de um conjunto de tarefas que não acrescentam valor”.

A conferência contou, ainda, com as intervenções de Eduardo Nogueira Pinto, Sócio e Coordenador da área da Saúde, Ciências da Vida e Farmacêutica, PLMJ, e de Rosário Zincke, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Plataforma Saúde em Diálogo, que reforçaram o apelo a uma cultura de humanização que permita ouvir o doente para melhorar a sua experiência no sistema de saúde.

“Espaços onde vivemos, trabalhamos e circulamos são determinantes para a nossa saúde mental”
Decorre, no dia 28 de novembro, no Hotel Lumen, em Lisboa, o I Encontro de Neuroarquitetura, Bem-Estar e ESG (Environmental,...

O cruzamento destes dois conceitos não é recente, contudo, só desde a década de 90, com o contributo das ferramentas aplicadas nas Neurociências, foi possível gerar evidências robustas que permitem quantificar o impacto dos espaços interiores e exteriores no comportamento e nas emoções humanas. A pandemia veio consolidar, na vida real, os dados provenientes destes estudos.

Segundo Teresa Ribeiro, “já na década de 50, quando tentava desenvolver a vacina contra a poliomielite, Jonas Salk teve necessidade de sair do seu laboratório e viajar para Itália para desbloquear o processo que o impedia de avançar nas suas experiências. Foi junto à Basílica de S. Francisco de Assis que sentiu a inspiração criativa que lhe faltava para concretizar esta importante descoberta da Medicina”. É por isso que, ainda hoje, no Instituto batizado com o seu nome, na Califórnia, todos os laboratórios têm janelas voltadas para o mar. Aliás, é nesse Instituto que, desde 2002, está sediada a ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture).

De acordo com a arquiteta e membro da Comissão Organizadora do I Encontro de Neuroarquitetura, Bem-Estar e ESG, “a maioria das nossas decisões não é consciente, contudo, impacta a nossa saúde física e mental. Partindo destes conhecimentos, tentamos, através da Arquitetura e do Urbanismo, que os utilizadores tenham comportamentos benéficos para a sua saúde mental, psicológica e social. Na verdade, há vários fatores que podem ser manipulados e ajustados para que as pessoas tenham melhor qualidade de vida”.

Segundo o evidence based design, há características dos espaços que favorecem a saúde mental e reduzem o stresse e comportamentos negativos. Por exemplo, “o contacto com a natureza e com materiais naturais como a madeira, a exposição à luz solar, o tipo de luz artificial e o seu impacto nos ciclos circadianos. Isto é válido para as nossas casas, assim como para os locais onde trabalhamos”. Além disso, “é válido também para os espaços exteriores porque nenhum espaço é neutro”.

A pandemia e a obrigação de confinamento vieram confirmar os estudos que determinam esta relação. A degradação da saúde mental das populações após a pandemia representa, atualmente, uma preocupação de saúde pública em todas as faixas etárias. “Esse efeito prende-se, obviamente, com a privação da vida social e do contacto interpessoal a que estávamos acostumados, mas também com os espaços onde ficámos confinados. Não é por acaso que muitas famílias saíram dos seus apartamentos em zonas urbanas para fazerem a quarentena em meios rurais, em casas com quintais ou varandas, onde tinham acesso a uma horta, a espaços verdes e a contacto com a natureza”, argumenta Teresa Ribeiro.

Segundo a arquiteta, a Arquitetura aplicada à Neurociência teve um grande crescimento após a pandemia precisamente por causa desse impacto na saúde mental. E mesmo depois da pandemia, “as famílias que procuram habitação, têm agora em consideração alguns critérios que até então não valorizavam: varandas grandes que enchem de plantas, materiais naturais e menos tóxicos e, sobretudo, certificações ambientais e energéticas. Tudo isto contribui para um maior equilíbrio emocional, para uma melhor qualidade de vida e para uma redução do risco de stresse”.

Estes e outros temas estarão em debate no dia 28 de novembro, no Hotel Lumen, em Lisboa, onde estarão reunidos profissionais da área da Arquitetura e Design, da construção, do setor imobiliário e das Neurociências.

“Trabalhamos para um bem comum. Todos queremos ter melhores casas, melhores empresas, melhores hospitais, melhores escolas, melhores cidades. Neste setor, todos temos um papel porque aquilo que construímos vai ficar cá. Vai permanecer mesmo quando não estivermos cá nós. É algo que vamos deixar a quem vem depois. As nossas ações vão ter um impacto em toda a sociedade”, conclui Teresa Ribeiro.

A organização do I Encontro de Neuroarquitetura, Bem-Estar e ESG está a cargo da Academia Portuguesa de Neuroarquitetura, da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários e do Espaço Arquitetura. O evento conta com o apoio da Ordem dos Arquitetos.

Opinião
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os Objetivos de Desenvolvi

Um desses objetivos, o 1.º, é a Erradicação da Pobreza, que se revela de extrema importância a nível global. Mas afinal, como podemos definir a pobreza? Segundo a ONU, a pobreza envolve mais do que a falta de recursos e de rendimento que garantam meios de subsistência sustentáveis. A pobreza manifesta-se através da fome e da malnutrição, do acesso limitado à educação e a outros serviços básicos, à discriminação e à exclusão social, bem como à falta de participação na tomada de decisões. Mais de 700 milhões de pessoas, 10% da população mundial, vivem em pobreza extrema atualmente, abaixo do limiar internacional da pobreza, com rendimentos abaixo de 1,76 euros por dia, e dificuldades para satisfazer as necessidades mais básicas como a saúde, a educação, acesso a água potável e saneamento. Por outro lado, a pobreza também afeta a capacidade da população aceder aos serviços de saúde e receber o tratamento necessário para recuperar o seu estado de saúde (CIE, 2017).

Em 2024, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, assinalado pela Organização das Nações Unidades (ONU) no dia 17 de outubro, seguiu o lema “Acabar com os maus-tratos sociais e institucionais, agir em conjunto em prol de sociedades justas, pacíficas e inclusivas”. O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza constitui-se como uma oportunidade de manifestar solidariedade para com as pessoas que vivem na pobreza, sendo também uma forma de apelar aos Estados e aos respetivos decisores políticos para que tomem medidas para acabar com esta forma de violação dos direitos humanos e criar condições para viver com dignidade.

Em Portugal, a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 184/2021, de 29 de dezembro) enquadra-se no desafio estratégico de redução das desigualdades. Neste documento, a pobreza é assumida como fenómeno complexo e multidimensional, que vai muito além da definição de pobreza enquanto privação de recursos monetários, exigindo uma atuação integrada das diferentes áreas setoriais no domínio da intervenção pública.

Os ODS são um roteiro que estabelece a visão de um mundo saudável, pacífico e próspero, mas estes só podem ser alcançados se forem realizadas mudanças e, os enfermeiros, como os profissionais de saúde com mais contato direto com as populações, têm um papel especialmente importante a desempenhar. A voz dos enfermeiros é a voz das pessoas, das famílias, dos grupos e das comunidades com quem trabalham. É a voz de mais de 20 milhões de enfermeiros que podem fazer a diferença. É uma voz de liderança na transformação do mundo (CIE, 2017).

O papel dos enfermeiros é imprescindível no combate à pobreza e em todas as metas dos ODS, devido à forte relação que a enfermagem tem com as comunidades, especialmente as mais vulneráveis e marginalizadas. Este é um dos aspetos que faz a enfermagem tão única e tão crítica de maneira a garantir o progresso dos ODS.

Sabemos que a pobreza e a saúde estão inter-relacionadas, uma vez que a doença reduz as poupanças do agregado familiar, a capacidade de aprendizagem, a produtividade e diminui a qualidade de vida. A pobreza coloca os indivíduos em maior risco a acidentes ambientais, subnutrição e falta de acesso aos cuidados de saúde adequados. Por outro lado, a saúde pode prevenir a pobreza ou oferecer um caminho para a saída da mesma, uma vez que aumenta a produtividade, conduzindo a uma maior riqueza, além das crianças serem mais capazes de aprender e prosperar.

Mais especificamente, os enfermeiros devem, segundo o CIE (Conselho Internacional de Enfermeiros): defender políticas que deem prioridade às necessidades de saúde dos pobres e de outros grupos de risco; promover a preparação educacional e as práticas de enfermagem que vão ao encontro das populações mais vulneráveis; acentuar nas declarações políticas que a melhoria da saúde dos pobres contribui também para o crescimento económico e para o desenvolvimento; apoiar o desenvolvimento de modelos para sistemas de saúde locais que cheguem àqueles que mais precisam dos cuidados de saúde; empenhamento em aumentar o acesso aos cuidados de saúde, com foco na vacinação, apoio na maternidade e amamentação, programas de apoio às populações mais desfavorecidas, intervenções na saúde pública, educação para a saúde; realizar uma abordagem multissectorial no investimento na saúde de forma a reduzir a pobreza, com foco nos determinantes sociais de saúde e dar resposta às dificuldades, como o emprego, o rendimento, o alojamento, a segurança alimentar, o acesso à educação, água, saneamento, cuidados de saúde e fatores relacionados com o estilo de vida.

As Unidades de Cuidados na Comunidade podem ter um contributo bastante importante para atingir o ODS n.º 1, pois têm como missão a prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e funcional, atuando na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção. Na UCC Pombal, onde estamos atualmente a realizar ensino clínico, através da operacionalização dos seus programas e projetos de intervenção comunitária, esta unidade contribui para a mitigação do fenómeno da pobreza a nível local, quer através da articulação com os parceiros da comunidade (rede social, comissões socias de freguesias, rendimentos social de inserção/núcleo local de inserção, etc.), quer através do contributo ativo para aumentar os níveis de literacia em saúde da comunidade da sua área de abrangência.


Autores: 

Ana Raquel Rocha Ferreira e Miguel Ângelo Pedrosa Fernandes - estudantes do 3.º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em Ensino Clínico na Unidade de Cuidados na Comunidade de Pombal (UCC Pombal), sob orientação da Enfermeira Jerusa Gameiro e do Enfermeiro Pedro Quintas.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
‘A Fuga’ de António Faria
O Ispa – Instituto Universitário inaugura a exposição ‘A Fuga’, uma instalação do artista António Faria, que estará disponível...

Com uma proposta estética que combina escalas e contrastes de luz e sombra, ‘A Fuga’ aborda temas como melancolia, silêncio e renascimento, destacando a arte como um caminho para a introspeção. A instalação não só reflete as complexidades da mente humana, mas também propõe a arte como um meio de libertação e busca de significados.

A abertura da exposição promete ser uma viagem estética e simbólica que desafia as fronteiras do espaço físico e mental.

E lança Folheto “Tolerância Zero às Exacerbações” para saber identificar o problema
Crises, agudizações ou ataques do pulmão… São vários os nomes pelos quais são conhecidas as exacerbações da Doença Pulmonar...

“O grande objetivo desta iniciativa é aumentar o nível de conhecimento dos doentes sobre as exacerbações que, dependendo da sua gravidade, podem mesmo obrigar ao internamento, tendo um grande impacto na qualidade de vida do doente e até no prognóstico da doença”, refere José Albino, presidente da RESPIRA. “Estamos a falar de situações que podem aumentar o risco de morte, pelo que é essencial que o doente as saiba prevenir e identificar e ainda que partilhe essas situações com o seu médico para que possa receber os cuidados de saúde adequados”, acrescenta.

O material informativo, disponibilizado também em formato PDF no site da RESPIRA é composto por um questionário que permitirá ao médico dos cuidados de saúde primários, aquando da consulta, “avaliar” e ter maior perceção da evolução da DPOC no seu doente, com base nas suas respostas. Este folheto conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). 

De acordo com os dados mais recentes, mais de 36 milhões de europeus viviam com DPOC em 2020, estimando-se um aumento para os 49 milhões em 2050. Os doentes  devem conhecer os sintomas das exacerbações, os mais comuns dos quais são a sensação de falta de ar/ seu agravamento, ou pieira pior do que o habitual, aumento da tosse, mais cansaço e  maior produção de expectoração (muco).

Lundbeck é uma empresa centrada exclusivamente na inovação em neurociências
A Lundbeck acaba de anunciar a nomeação de Sara Montero como nova Diretora-Geral da Lundbeck Iberia, com o objetivo de...

Com um sólido percurso na indústria farmacêutica, tanto a nível nacional como internacional, Sara Montero traz uma abordagem centrada no doente e um profundo conhecimento do mercado, o que irá sem dúvida aportar elevado valor à Lundbeck Iberia.

Sara Montero juntou-se à companhia há 10 anos como diretora de vendas, tendo posteriormente liderado a unidade de negócio do Sistema Nervoso Central. Após cinco anos na Lundbeck Iberia, assumiu a Direção-Geral da Lundbeck México, América Latina e Países Andinos, gerindo operações em 19 países.

No seu novo cargo, Sara Montero compromete-se a trabalhar com determinação para que as equipas em Espanha e Portugal possam enfrentar os desafios no tratamento das doenças do cérebro, dando assim continuidade à missão da Lundbeck de melhorar a qualidade de vida dos doentes que sofrem de doenças mentais.

“A neurociência estabeleceu-se como uma das áreas médicas mais importantes para o futuro. A Lundbeck é uma das poucas empresas a nível mundial centrada exclusivamente na inovação em neurociências, com o objetivo de fazer avançar os tratamentos e melhorar a vida das pessoas que sofrem de doenças cerebrais. Para mim, trata-se de uma oportunidade única de fazer crescer a Lundbeck Iberia como uma empresa inovadora com um objetivo claro: transformar a vida dos doentes, o seu ambiente e a sociedade em geral”, afirma Sara Montero.

A Lundbeck Iberia é uma região de grande relevância para a empresa, sendo a segunda subsidiária mais importante a nível mundial, depois dos Estados Unidos.

“Este feito foi possível graças a uma equipa forte, centrada na inovação e na oferta dos melhores tratamentos para as doenças do cérebro. Acredito firmemente que o trabalho de equipa é a única forma sustentável de alcançar grandes resultados. O meu objetivo é que a Lundbeck Iberia não seja apenas líder de mercado, mas também uma referência em inovação, colaboração e excelência, com uma equipa de pessoas que têm a oportunidade de crescer e de se desenvolver”, conclui.

Tomada de posse é esta quarta-feira
A professora Ana Paula Macedo toma posse esta quarta-feira, dia 6, como presidente da Escola Superior de Enfermagem da...

Ana Paula Macedo é licenciada em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Universidade Católica, doutorada em Educação - Organização e Administração Escolar pela UMinho e pós-doutorada em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (Brasil). É professora da ESE há 27 anos, onde coordenou pós-graduações, projetos de investigação e foi também presidente (2017/2021). Venceu já o “Droesbeke Caring Award”, da Associação Internacional do Cuidar Humano (EUA) e publicou mais de meia centena de artigos científicos, uma dezena de capítulos de livros e o livro “Supervisão em Enfermagem: construir as interfaces entre a escola e o hospital”.

A ESE-UMinho é considerada uma referência na Enfermagem, tendo já sido premiada pelo Conselho Ibero-Americano em Honra da Qualidade Educativa, pela Organização das Américas para a Excelência Educativa e pelo Município de Braga.

Esta unidade politécnica nasceu em 1912 sob a dependência da Santa Casa da Misericórdia de Braga, com o nome Escola de Enfermagem do Hospital de São Marcos, que mais tarde passou a Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Braga, até ser integrada na UMinho em 2004. Possui o Centro de Investigação em Enfermagem e um núcleo da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde. A sua oferta educativa inclui licenciatura, mestrados e cursos breves, promovendo o desenvolvimento científico, técnico, cultural e ético dos seus estudantes. 

Para assinalar os 25 anos de existência da Valormed
A VALORMED assinalou 25 anos de existência no evento em que igualmente atribuiu os Prémios Ambiente 2024. A cerimónia reuniu e...

Ao nível das farmácias comunitárias foram distinguidas as que recolheram mais resíduos de embalagens e medicamentos de origem doméstica entregues e depositados pelos portugueses, tendo sido premiadas perto de 60 farmácias, de norte a sul do país.

O prémio dos distribuidores farmacêuticos foi atribuído à Alliance Healthcare, Empifarma; OCP Portugal; Plural+Udifar por terem apresentado e implementado  nas suas unidades logísticas projetos relacionados com eficiência energética, transição digital e economia circular. Em relação aos Embaladores, o prémio foi atribuído à Sanofi pela aplicação de medidas de ecodesenho aos produtos do seu portefólio. 

“É com muita alegria, mas enorme responsabilidade que celebramos estes 25 anos, em que olhamos para o nosso percurso e reconhecemos que ao longo dos anos temos ​de forma gradual vindo a recolher maiores quantidades de resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso e de prazo. Sabemos que não fizemos este caminho sozinhos o qual só foi possível com o envolvimento e compromisso dos nossos parceiros. Por isso, queremos comemorar com eles e destacar o seu contributo nesta jornada. Olhamos para o passado e projetamos o caminho que queremos continuar a fazer, o que ainda nos falta alcançar, para que todos, em Portugal, entreguem nos pontos de recolha as embalagens vazias e os medicamentos fora de uso e de prazo”, afirmou Luís Figueiredo, diretor-geral da VALORMED.

A cerimónia de comemoração do 25º aniversário e entrega dos Prémios Ambiente 2024 decorreu no passado dia 25 de outubro no Montes Claros Lisbon Secret Spot.

Dia 21 de novembro
Este ano sob o tema “O Cérebro Modificado: Implicações Éticas das Neurotecnologias", o Seminário Anual do Conselho...

A iniciativa irá contar com um painel de especialistas de renome internacional de organismos como a UNESCO, Conselho da Europa, Grupo Europeu de Ética da Comissão Europeia, Fundação Champalimaud e Plataforma Lusófona de Bioética. 

Apesar dos avanços recentes, o cérebro humano ainda tem muitos segredos por explorar. As neurotecnologias podem auxiliar no diagnóstico de doenças, mas também podem ser usadas para influenciar o pensamento e a consciência humana, abrindo caminho para novas formas de controlo. 

Para debater o tema, o evento contará com os painéis “Neurotecnologias: perspetivas presentes e futuras”, “Ética: o Olhar das Instituições” e “Sociedade: O Olhar da Lusofonia”. 

O programa pode ser consultado aqui: https://cnecv.pt/files/1730135092_e6fe743029792f393f69df96f5363ea4_cnecv-seminarioneurotech-programaa4-out2024-v09.pdf.

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