Evento decorre nos dias 15 e 16 novembro
As X Jornadas de Cardiologia e Hipertensão do Algarve vão realizar-se nos dias 15 e 16 de novembro, no Real Bellavista Hotel,...

‘Interligação de Cuidados’ é o mote das X Jornadas de Cardiologia e Hipertensão do Algarve, que  conta com um programa variado de workshops, mesas redondas e simpósios dedicados a temas como a apneia do sono na doença cardíaca, as arritmias cardíacas, os fatores de risco vascular,  os avanços tecnológicos nos dispositivos cardíacos implantáveis e a reabilitação cardíaca.

Os participantes têm ainda oportunidade de assistir a algumas  sessões de enfermagem, onde serão discutidas as intervenções em situações de emergência cardiovascular e as estratégias para melhorar a comunicação entre profissionais de saúde e doentes.

O evento vai contar com o contributo científico de vários especialistas, nomeadamente cardiologistas, enfermeiros, médicos internos e médicos de Medicina Geral e Familiar. A iniciativa conta com a organização da Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia (LASC) do Hospital de Faro, uma organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção e sensibilização para as doenças cardiovasculares.

Investimento é uma aposta na inovação
O Hospital Garcia de Orta (HGO), da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS), instalou, neste mês de outubro, o seu...

Este sistema robótico é o único desenvolvido sob o conceito de “immersive intuituive interface”, que permite ter uma visão tridimensional do campo cirúrgico, sem ser necessário recorrer à utilização de óculos ou qualquer outro apoio, facilitando a avaliação e a intervenção bastante mais aproximada da realidade, numa perspetiva 3D do interior do corpo do paciente.

O sistema da Vinci Xi é a mais recente evolução da cirurgia robótica minimamente invasiva, permitindo a sua execução através do controlo manual, por parte do cirurgião, de comandos existentes numa consola no bloco operatório. Neste sentido, os movimentos do cirurgião são transmitidos aos instrumentos cirúrgicos de forma intuitiva, rigorosa e precisa.

Do ponto de vista do utente e, comparativamente com as técnicas tradicionais, o sistema da cirurgia robótica permite maior precisão no ato cirúrgico, menor sangramento, menor risco de infeção e redução da dor pós-operatória, redução do tempo de internamento hospitalar, menor necessidade de transfusões e melhor resultado estético.

A utilização deste novo sistema de cirurgia robótica permite a estandardização de procedimentos, a realização de uma cirurgia de excelência e a redução de uma curva de aprendizagem em relação à laparoscopia tradicional.

Nas próximas semanas decorrerão planos de formação intensivos e adaptados a cada profissional e grupo de trabalho nas especialidades de cirurgia geral, urologia, otorrinolaringologia e ginecologia.  

“O investimento neste robot traduz a aposta que temos vindo a fazer na inovação, com vista a prestarmos cuidados de saúde de última geração, em prol dos nossos utentes e em consideração também pelos nossos profissionais. Aliado à qualidade das nossas equipas diferenciadas, este equipamento permitirá dar uma melhor resposta aos nossos utentes”, afirma Teresa Machado Luciano, presidente do Conselho de Administração da ULSAS. 

 
Estudo sustenta que grávidas devem tomar vitamina D
Vários estudos demonstram que as crianças cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez desenvolv

Há muitos fatores envolvidos no processo de formação dos ossos mas a vitamina D é o que tem maior importância. De acordo com uma nova investigação as mães que tomam suplementos de vitamina D durante a gravidez aumentam as hipóteses de os seus filhos terem ossos fortes à nascença e ao longo da vida.

O estudo MAVIDOS (Maternal Vitamin D Osteoporosis Study), um ensaio controlado aleatório realizado no Reino Unido, que avaliou o efeito da suplementação com vitamina D durante a gravidez, revela que as crianças cujas mães tomaram vitamina D apresentaram uma densidade mineral óssea (DMO) significativamente mais elevada aos quatro anos de idade, em comparação com as crianças cujas mães que tomaram um placebo. A DMO é uma medida da quantidade de cálcio e de outros minerais no tecido ósseo, sendo que os ossos com maior conteúdo mineral são mais densos, mais fortes e menos susceptíveis de fraturar.

Filhos com ossos mais fortes

O estudo MAVIDOS analisou 477 crianças nascidas às 40 semanas, que foram submetidas a um exame DEXA (absorciometria de raios X de dupla energia) a partir do qual foi possível avaliar a DMO aos quatro anos de idade. A dose de vitamina D utilizada neste ensaio foi de 25 microgramas (1.000 UI) por dia.

Num estudo de follow-up recentemente publicado no The American Journal of Clinical Nutrition1, os investigadores realizaram um segundo DEXA às 447 das crianças do MAVIDOS, com idades entre os seis e os sete anos, e encontraram uma maior DMO no grupo da vitamina D em comparação com o grupo do placebo. Mesmo após o ajuste para possíveis viéses como o sexo, a altura, o peso e a duração da amamentação, as crianças cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez apresentaram uma DMO mais elevada.

Reforça outros estudos sobre a vitamina D

Este ensaio clínico reforça as conclusões de estudos anteriores, como o COPSAC2010 (Copenhagen Prospective Studies on Asthma in Childhood) e um estudo observacional australiano, que encontrou resultados positivos na DMO em jovens de 20 anos de idade cujas mães tomaram vitamina D durante a gravidez.

De que forma é que a ingestão e a suplementação materna com vitamina D afetam a saúde óssea das crianças? Através de diferentes mecanismos:

  • Melhora a absorção de cálcio: A vitamina D melhora a absorção de cálcio, garantindo que o feto em crescimento recebe cálcio suficiente para desenvolver ossos fortes;
  • Melhora a mineralização óssea: A vitamina D ajuda a garantir níveis adequados de minerais (cálcio, fósforo e magnésio) necessários para ossos fortes e saudáveis e uma estrutura esquelética sólida;
  • Contribui para o crescimento correto dos ossos: A vitamina D ajuda a regular tanto o crescimento como a remodelação do tecido ósseo, que é um processo contínuo. A vitamina D controla as células que formam o osso (osteoblastos) e as células que o reabsorvem (osteoclastos), assegurando assim o equilíbrio correto entre a decomposição e a reestruturação da massa óssea;
  • Previne as carências: A ingestão de vitamina D suficiente contribui para prevenir deficiências que, de outra forma, poderiam levar ao raquitismo ou a outras doenças relacionadas com os ossos nas crianças.

Os investigadores também concluíram que a vitamina D pode estimular a resposta do tecido ósseo à carga mecânica, depois de a criança começar a movimentar-se sozinha. A carga mecânica, que se obtém com a prática de exercícios de suporte de peso como a corrida, é essencial para estimular e manter a massa óssea.

Certifique-se que escolhe uma formulação documentada

Algumas pessoas podem questionar a necessidade de tomar um suplemento de vitamina D, uma vez que esta se encontra em vários alimentos. Contudo, a vitamina D está presente em alimentos como o peixe gordo e a gema de ovo, que cada vez mais pessoas não inclui nas refeições diárias, sobretudo se forem vegetarianas ou vegans. Além disso, o teor de vitamina D nos alimentos é bastante baixo. A nossa principal fonte de vitamina D é o sol durante o verão. No inverno, o sol está demasiado baixo e não permite a síntese deste nutriente na pele.

A toma de um suplemento é uma forma fácil de garantir uma ingestão adequada deste nutriente essencial. É aconselhável escolher um suplemento de elevada qualidade, que tenha sido utilizado em estudos e cuja absorção e biodisponibilidade estejam documentadas. A vitamina D em forma de comprimidos não é uma boa escolha, uma vez que o nutriente é lipossolúvel e deve, portanto, ser dissolvido em óleo vegetal em cápsulas para uma boa absorção no sistema digestivo.

Fonte:

1. Pregnancy vitamin D supplementation and offspring bone mineral density in childhood follow-up of a randomized controlled trial. American Journal of Clinical Nutrition, 18 de setembro de 2024

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Galardão promovido pela associação Portugal AVC, com o apoio da AbbVie
Amanhã, Dia Mundial do AVC, abrem as inscrições para o prémio de jornalismo relativo a trabalhos sobre o Acidente Vascular...

Aberto a jornalistas de todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, este prémio valoriza os trabalhos jornalísticos sobre a reabilitação dos sobreviventes, a reintegração social e profissional, o recomeço de vida após um AVC e os desafios enfrentados no dia a dia.

Podem ser submetidas a concurso peças jornalísticas publicadas ou transmitidas entre 1 de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2025, em imprensa (papel ou digital), rádio, televisão ou podcast / videocast.

As candidaturas podem ser submetidas até 15 de dezembro de 2025, por email, para [email protected].

“É importante chamar a atenção para a principal causa de morte e incapacidade em Portugal”

Esta iniciativa pretende reconhecer e incentivar a produção de trabalhos jornalísticos relativos a uma doença que é a principal causa de morte e incapacidade no nosso país. É importante a definição e implementação de um plano eficiente de cuidados no AVC em Portugal, que inclua a prevenção e os cuidados na fase aguda, com especial ênfase na reabilitação e na vida pós-AVC, relembrando a Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 que "Recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral", mas que ainda está por começar a ser cumprida. Até 2035, haverá um aumento de um milhão de pessoas que sobreviveram a um AVC na Europa, mas a desigualdade no acesso ao tratamento e, sobretudo, à reabilitação é, ainda, uma realidade no nosso país.

António Conceição, sobrevivente de AVC e presidente da Portugal AVC, sublinha a urgência da consciencialização acerca da doença, que afeta cerca de 25 mil portugueses anualmente e é responsável por mais de 10 mil mortes por ano: “A cada hora, três pessoas têm um AVC em Portugal e aproximadamente metade dos sobreviventes enfrentam incapacidades significativas. É importante chamar a atenção para a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. Através do Prémio de Jornalismo, a Portugal AVC espera incentivar a produção de conteúdos que promovam a sensibilização para o impacto do AVC e a importância da reabilitação e reintegração dos sobreviventes, contribuindo para uma sociedade mais informada e inclusiva.” E acrescenta, “há evidências para afirmar que, em muitos casos, a reabilitação, atempada, multidisciplinar e com qualidade, não é um custo, mas um investimento com retorno”.

Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo decorre a 31 de outubro
A humanização dos cuidados de saúde é o tema central da Conferência Anual da Plataforma Saúde em Diálogo, que junta associações...

São inúmeros os obstáculos a uma verdadeira humanização em saúde. A transição demográfica, com o aumento dos casos de demência e sobrecarga das doença crónicas; a transição tecnológica; a falta de disponibilidade dos profissionais de saúde para o estabelecimento de relações de confiança com os utentes; a atitude paternalista por parte das instituições de saúde e seus profissionais; os atuais critérios de financiamento das unidades de saúde, priorizando o volume de cuidados prestados em detrimento do acesso e qualidade dos cuidados; a falta de incentivo à participação cívica e de uma cultura participativa no sistema de saúde, tudo isto são desafios que têm impacto na condição clínica dos do doentes, nos resultados em saúde, na qualidade do serviço prestado, na motivação dos profissionais e na sustentabilidade do sistema de saúde.

“Humanização da Saúde: Um Caminho Para um Sistema mais Sustentável” será, por isso, o tema desta Conferência que pretende promover uma reflexão entre associações de pessoas que vivem com doença, profissionais de saúde, gestores hospitalares, órgãos de decisão e outros parceiros da saúde sobre como podemos, em conjunto, contribuir para a promoção de uma cultura de humanização na saúde.

“De que serve ter instalações de saúde modernas e tecnologia de suporte à prestação de cuidados, se depois o profissional de saúde não tem tempo para olhar para o doente, se não conhece adequadamente quem veio à consulta? Estaremos nós a tirar verdadeiramente partido da tecnologia e da informação disponível para humanizar os cuidados que prestamos ao outro? Como ter mais tempo para ouvir o outro e melhorar a prestação de cuidados?”, defende Jaime Melancia, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo.

O evento contará com Victor Ramos, presidente do Conselho Nacional de Saúde, como orador principal, cuja intervenção versará sobre a melhor forma de promover uma cultura de humanização em saúde, enquanto Fernando Regateiro, presidente da Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde do SNS, fará um balanço sobre os trabalhos desenvolvidos pela comissão de humanização, desde que iniciou funções.

“A humanização não é um decreto. Deriva de atitudes e comportamentos que fomentem estas boas práticas. É importante perceber o impacto económico e terapêutico que este processo pode ter no sistema nacional de saúde, criando condições para que profissionais e doentes possam ver reconhecidas as suas necessidades. Desde a criação de comodidades para doentes e famílias, sinalização e melhoria de infraestruturas, horários de atendimento, a criação de melhores condições de acolhimento nos espaços de tratamento, tudo isto são sinais de humanização sobre os quais é preciso refletir”, considera Fernando Regateiro.

Jaime Melancia acrescenta que ”desde o primeiro momento que a Plataforma Saúde em Diálogo está empenhada em contribuir positivamente para a promoção e valorização da humanização nos cuidados de saúde prestados aos utentes, uma vez que daqui resultam ganhos de qualidade e eficiência que advêm de uma prestação de cuidados de saúde centrados na pessoa”. “Por isso mesmo, é para nós uma honra poder integrar a Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde do SNS, e contribuir, não só para promover uma maior cultura de humanização no sistema nacional de saúde, mas também para dar a conhecer os exemplos de boas práticas”, acrescenta o presidente da Plataforma Saúde em Diálogo.

A sessão contará com uma mesa-redonda com a participação de João Pedroso de Lima, Médico e fundador do Movimento Humanizar a Saúde em Coimbra, Catarina Alvarez, Psicóloga da Associação Alzheimer Portugal, Susana Magalhães, Coordenadora da Unidade de Conduta Responsável na Investigação no i3S - Universidade do Porto, Victor Ramos, Médico e Presidente do Conselho Nacional de Saúde, e Xavier Barreto, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

Cristina Vaz Tomé, Secretária de Estado da Gestão da Saúde, fará o encerramento do evento, que conta ainda com a presença de Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde, entre outros oradores.

 
Dia Mundial do AVC | 29 de outubro
Comemora-se no dia 29 de outubro o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Globalmente, o número total de AVC aumentou, sendo este aumento mais marcado na população acima dos 70 anos e nos países menos desenvolvidos. Apesar de melhorias quer no acesso aos cuidados de saúde quer no tratamento prestado aos doentes em Portugal, ainda existe muito caminho a percorrer. Sabemos que, dos doentes internados por AVC, menos de metade são internados numa Unidade de AVC, menos de 10% dos doentes com AVC isquémico realizam terapêutica trombolitica e pouco mais de 10% são submetidos a tratamento endovascular.  Sendo estes os pilares do tratamento nos doentes com AVC isquémico agudo, urge melhorar estes números.

O primeiro passo passa pela prevenção. Cerca de um terço dos AVCs é causado por sete fatores de risco potencialmente modificáveis como o tabaco, o sedentarismo, os maus hábitos alimentares, a obesidade, a hipertensão, a diabetes e fibrilação auricular (esta última consiste numa arritmia mais prevalente com a idade). É fundamental na prevenção o envolvimento da população em colaboração com os cuidados primários e políticas de saúde adequadas que promovam estilos de vida saudáveis. 

O segundo passo envolve a literacia médica e a educação da população para os sinais de alarme. Sintomas como boca de lado, falta de força ou alteração da fala devem levar imediatamente o cidadão comum a ligar para o 112 de forma a ser transportado o mais rápido possível para um hospital com capacidade de tratamento. O terceiro passo envolve a capacitação dos hospitais para a prestação de cuidados adequados ao doente com AVC. Infelizmente, as assimetrias no nosso país envolvem também diferenças no acesso à trombólise, trombectomia e unidades de AVC.

Não será de todo possível eliminar o AVC como causa de morte ou morbilidade, dado o envelhecimento da população, mas todos juntos podemos melhorar o panorama desta doença que nos afeta de uma forma tão marcada. Nesta tarefa difícil, mas importante, todos contamos.

Por nós, pelas nossas famílias, pelos que nos são chegados: envolva-se!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Desde o armazenamento até à entrega final
O laboratório espanhol de nutricosmética avança no seu processo de internacionalização, apoiado pela Logista Pharma no mercado...

A Logista Pharma fica encarregada da distribuição completa dos produtos deste laboratório em Portugal. Desde o armazenamento até à entrega final, incluindo a receção das encomendas e a faturação.

Nesta decisão, a Luxmetique valorizou a capacidade logística da Logista Pharma, a rastreabilidade física e térmica em tempo real, e o sistema de transporte eficiente, que garante a entrega pontual dos produtos em perfeitas condições. Para além disso, o sistema de transporte inclui as redes da Nacex, Logista Parcel e Logista Freight.

Este acordo estratégico surge num momento crucial para a Luxmetique, que registou um crescimento de 30% no ano passado e está agora a iniciar o seu processo de internacionalização, após oito anos de expansão constante.

“A solidez da Logista Pharma e o seu vasto conhecimento do setor farmacêutico são as garantias necessárias para os nossos planos de expansão em Portugal”, afirma Julia Chacón, fundadora da Luxmetique.

“O nosso maior investimento é na ciência. Cada vez mais, os nossos produtos são suportados por estudos clínicos que demonstram a sua eficácia e explicam o sucesso e a fidelização dos consumidores”, afirmou Chacón.

Ignacio Sanchez Caballero, Diretor-Geral da Logista Pharma Iberia, afirmou: “Esta colaboração faz parte do nosso compromisso de oferecer soluções de distribuição farmacêutica abrangentes que incluem uma vasta gama de serviços de valor acrescentado. Estamos muito satisfeitos por contribuir para o sucesso da Luxmetique no mercado português.”

 
Campanha decorre de 31 de outubro a 3 de novembro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai promover, entre 31 de outubro e 3 de novembro, em todo o país, o Peditório...

Este ano, com música cedida por Jorge Palma, a campanha de comunicação do Peditório Nacional é protagonizada por pessoas reais que sofrem de cancro e desafiam Portugal a partilhar o seu “Peso”, contribuindo - tal como a LPCC tem feito, ao longo dos anos, através do apoio prestado aos doentes e famílias -, para aliviar o “peso” do cancro na vida das pessoas.

Com o mote “alguém pode ficar com um bocadinho do meu cancro?”, o filme da produtora THE END, com a execução criativa da Lola Normajean, pretende sublinhar a importância da partilha para reduzir o impacto da doença, porque “um cancro é uma coisa muito pesada para uma pessoa só”.

O Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vitor Veloso, agradece a forma generosa como a população tem participado nos peditórios anteriores e renova o apelo à participação seja através das doações, do voluntariado ou promovendo o Peditório Nacional nas redes sociais. “Acreditamos que, juntos, podemos construir um futuro onde todos os doentes oncológicos tenham acesso ao apoio e aos recursos de que necessitam para enfrentar esta batalha com dignidade e esperança”, afirmou.

Vitor Veloso acrescentou ainda “A Liga Portuguesa Contra o Cancro precisa do contributo do país para poder continuar a ajudar, com apoio social, domiciliário, psicológico e jurídico, quem mais precisa. Este é um esforço coletivo que nos une em torno de uma causa que toca a todos. Cada contribuição, por menor que seja, pode fazer uma diferença significativa na vida de quem enfrenta esta doença”.

Sob a orientação dos Núcleos Regionais da LPCC – Norte, Centro, Sul, Açores e Madeira, o Peditório Nacional vai decorrer em locais públicos, nomeadamente áreas comerciais, igrejas, cemitérios, e também nas principais ruas e avenidas das cidades do país.

Expansão nos principais mercados globais da Memmert
A Aralab, a única empresa portuguesa de produção e distribuição de câmaras climáticas, acaba de assinar uma parceria...

Esta parceria faz com que a Aralab se junte à estratégia contínua de expansão nos principais mercados globais da Memmert. Através da rede de distribuidores da Memmert, os clientes destas regiões terão agora acesso a uma gama ainda mais vasta de produtos, adaptados às necessidades específicas das indústrias das Ciências da Vida e Farmacêutica.

Esta parceria permite à Memmert combinar a sua experiência com o conhecimento especializado da Aralab em investigação de plantas e estabilidade farmacêutica. Em conjunto, as duas empresas irão fornecer soluções inovadoras e de alto desempenho que garantem os mais altos níveis de precisão e fiabilidade, solidificando ainda mais a reputação da Memmert como líder em tecnologia de controlo climático.

Através de esforços conjuntos, o objetivo é contribuir para os avanços globais na produção sustentável de alimentos e nos padrões de saúde farmacêutica. Ao introduzir tecnologias inovadoras e melhores práticas, as duas empresas estão a ajudar a moldar um futuro mais saudável para as pessoas e para o planeta.

João Araújo, CEO da Aralab afirma: "Estamos entusiasmados com esta parceria comercial, que nos permitirá combinar a nossa experiência em Ciências da Vida e Farma com o amplo alcance comercial da Memmert. Juntos, estamos empenhados em fornecer soluções que irão contribuir para culturas mais saudáveis e melhores medicamentos na China e nos EUA."

Christiane Riefler-Karpa, proprietária e diretora-geral da Memmert, também manifestou entusiasmo pela parceria: "Estamos orgulhosos de iniciar esta colaboração exclusiva com a Aralab nos mercados chinês e norte-americano. Esta parceria não só melhora a nossa oferta de produtos, como também reforça a nossa capacidade de servir estes mercados em rápido crescimento com uma precisão e qualidade incomparáveis. Valorizamos profundamente a nossa cooperação de longa data com a Aralab e, como empresas familiares, acreditamos que esta colaboração abrirá caminho para sucessos futuros."

Posição conjunta SPEO e SPEDM define proposta de intervenção
A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) e a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo ...

20 anos depois do seu reconhecimento enquanto doença crónica em Portugal, a obesidade é hoje uma das maiores ameaças à saúde pública do século XXI, continuando a registar uma tendência crescente de prevalência e, consequentemente, uma elevada carga de doença e de custos para a sociedade. A SPEO e a SPEDM promovem neste dia 28 de outubro a Conferência “Obesidade: é tempo de agir!” na Assembleia da República para debater a necessidade e a urgência de construir um novo modelo de resposta à doença.

Este será um momento que reúne especialistas e decisores técnicos e políticos para uma reflexão objetiva em torno do caminho percorrido nestes últimos 20 anos, do que foi possível conquistar, mas, sobretudo, das políticas de saúde que é hoje urgente implementar para que seja possível desacelerar e mesmo inverter esta alarmante curva de prevalência da obesidade na sociedade portuguesa.

“A Obesidade não pode continuar a ser encarada como uma mera consequência de um estilo de vida desajustado. É urgente que haja uma mudança profunda na forma como o SNS e as políticas de saúde encaram e tratam esta doença crónica e complexa, para que o próprio estigma em torno da doença desvaneça. Temos a oportunidade de transformar a forma como lidamos com a obesidade em Portugal. As condições estão criadas, os instrumentos de política pública estão à vista, e o passo que falta é a implementação eficaz e coordenada de uma estratégia integrada e concertada com os diferentes agentes e níveis de intervenção que permita reduzir a tendência de crescimento da Obesidade na sociedade portuguesa. É tempo de agir”, refere José Silva Nunes, Presidente da Sociedade Portuguesa de Obesidade (SPEO).

"Embora as mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta equilibrada e o aumento da atividade física, sejam fundamentais no tratamento da Obesidade, a evidência demonstra que estas intervenções isoladas acabam por falhara longo prazo. Nesse sentido, a inovação no tratamento médico e farmacológico tem surgido como uma resposta eficaz para apoiar uma perda de peso sustentável, bem como para garantir o acesso equitativo a essas intervenções. É, por isso, essencial que o Serviço Nacional de Saúde se comprometa a reforçar os meios disponíveis, pois sem estas medidas, continuaremos a comprometer a saúde de milhares de pessoas que vivem com Obesidade", destaca Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa de Endrocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

No âmbito da conferência, a SPEO e a SPEDM apresentam um call to action composto por quatro linhas de ação que entendem ser essenciais para que o setor e o país como um todo possam, com eficácia, implementar um novo modelo de gestão da obesidade.

O call to action contempla a publicação do Processo Assistencial Integrado (PAI) da Obesidade, previsto pelo anterior Governo em 2023, aquando da publicação de um despacho que traçava o compromisso do executivo em definir um Modelo Integrado de Cuidados para a Prevenção e Tratamento da Obesidade. A sua publicação será no contexto atual um passo fundamental para a consolidação de uma abordagem clínica integrada, universal e eficiente à obesidade por parte do sistema de saúde e em torno do qual os profissionais, as equipas e as instituições de saúde debruçam elevada expectativa.

Por outro lado, apela ao reforço das ferramentas para o acesso e monitorização efetiva do percurso de gestão clínica da Obesidade. Em concreto, "propõe-se uma adaptação dos modelos de incentivo, monitorização e contratualização das várias tipologias de unidades do SNS (a saber cuidados de saúde primários e unidades hospitalares), com vista à inclusão de métricas que impulsionem o reforço da resposta de cuidados no domínio do combate e controlo da Obesidade". E a "criação de condições que agilizem o acesso ao tratamento médico (não cirúrgico) da Obesidade no SNS, paralelamente a um empenho no acesso à cirurgia para os casos com a devida indicação clínica". Para tal acontecer, referem as duas organizações, será necessário otimizar das vias de acesso à consulta especializada e multidisciplinar de Obesidade, bem como garantir a comparticipação do tratamento farmacológico (acompanhando a realidade de outros países europeus), e definir os critérios de acesso aos referidos tratamentos.

Concretização do Programa de Combate e Controlo da Obesidade previsto no Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS) apresentado em maio deste ano pelo atual Governo, e no qual o combate à Obesidade foi identificado como um dos quatro programas clínicos prioritários, é outro aspeto essencial apontado por estas sociedades Médicas, sendo importante "explorarem possíveis parcerias com o setor privado nos domínios em que o SNS não consiga dar resposta; aprovar, regular e monitorizar os tratamentos específicos disponíveis para a obesidade (sejam estes do ponto de vista médico, cirúrgico ou farmacológico); e investir na prevenção da doença através de estratégias de promoção de literacia em saúde".

“A publicação do Processo Assistencial Integrado para a Obesidade pode e deve conjugar-se com a intenção do executivo de focar esta área de atuação, quer pelo compromisso estabelecido no Plano de Emergência e Transformação da Saúde, quer, mais recentemente, na proposta agora em discussão do Orçamento do Estado para 2025, em que é referida como eixo prioritário a implementação de um Programa de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde em que o combate e controlo da obesidade é destacado”, conclui.

Ingredientes perigosos
Embora o Halloween seja sinónimo de diversão, disfarces e doces para a família, é importante ter em

Ingredientes perigosos para cães e gatos

Durante esta época, é frequente que as casas fiquem cheias de doces, como chocolates e gomas. Para os amigos de quatro patas é muito tentador, contudo muitos destes doces contêm substâncias tóxicas para cães e gatos. É importante garantir que alguns ingredientes são mantidos fora do alcance dos animais. São exemplos disso o chocolate, que contém teobromina, uma substância que, em doses até pequenas, pode ser fatal, causando vómitos, tremores e, em casos graves, convulsões e morte; xilitol, um adoçante presente em gomas e rebuçados sem açúcar que pode causar uma queda brusca dos níveis de açúcar no sangue e insuficiência hepática1; passas e uvas, tóxicas para cães e que podem causar falência renal e nozes de macadâmia e nozes pecan, comuns em sobremesas e que podem provocar fraqueza, vómitos e dificuldades de coordenação2.

A enfermeira veterinária Ana Martins, do AniCura CHV Porto Hospital Veterinário, alerta que “o Halloween é uma altura de festa para muitas famílias, mas é essencial estar atento ao que os nossos animais ingerem. Ingredientes que são inofensivos para humanos podem ser fatais para cães e gatos”.

Garantir um Halloween seguro para os amigos de quatro patas

Para garantir que os animais de companhia também possam desfrutar da festividade de forma segura, recomenda-se guloseimas especificas, adquiridas em lojas especializadas ou feitas em casa. Petiscos saudáveis, como biscoitos de abóbora ou cenoura, são boas alternativas. No entanto, é importante que os cuidadores retifiquem os ingredientes com o médico ou enfermeiro veterinário, para não colocarem ingredientes nocivos como açúcar ou óleo.

Além disso, é importante adotar alguns cuidados durante as celebrações. “Os cães, em particular, são curiosos e têm olfato apurado. Mantenha os doces em recipientes fechados e fora do seu alcance”, acrescenta a enfermeira veterinária.

No caso de ingestão acidental de alimentos perigosos, o ideal é procurar assistência veterinária imediata para evitar complicações graves.

Referências

1American Veterinary Medical Association (AVMA). Halloween pet safety. Disponível em https://www.avma.org/resources-tools/pet-owners/petcare/halloween-pet-safety

2Pet Poison Helpline. Halloween Dangers to Dogs & Cats. Disponível em https://www.petpoisonhelpline.com/pet-owners/seasons/halloween/

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Um marco na Saúde em Portugal", diz Bastonário da Ordem dos Médicos
Com a publicação em Diário da República do novo regulamento geral dos Colégios de Especialidade, Secções de Subespecialidade e...

Segundo Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, “este é um marco na Saúde em Portugal e um sinal de esperança para os médicos que trabalham nas urgências dos hospitais, mais de 20 anos após o início do processo”.

A nova especialidade compreende os conhecimentos e competências necessárias à prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de aspetos urgentes e emergentes das condições resultantes de doença ou trauma, afetando indivíduos de todas as faixas etárias. Visa aliviar, de forma complementar e colaborativa, o trabalho de outras especialidades, atualmente sujeitas a enorme pressão e, desta forma, contribuir para a melhoria global da capacidade de resposta dos Serviços de Urgência.

Carlos Cortes considera que a criação desta especialidade “é um passo importante para uma maior diferenciação e especialização dos médicos que trabalham nos Serviços de Urgência. É fundamental criar melhores condições para os médicos que desenvolvem a sua atividade nas urgências, para tornar esta área mais atrativa. A criação desta especialidade não resolve todas as dificuldades dos serviços de urgência, mas é, certamente, um contributo relevante”.

Resultante de uma proposta apresentada pelo grupo de trabalho com representantes de diversos colégios, nomeado pelo Bastonário Carlos Cortes, a especialidade de Medicina de Urgência e Emergência foi aprovada em Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos, no passado dia 23 de setembro.

Recorde-se que a Assembleia de Representantes aprovou ainda a criação das Secções de Subespecialidade de Urgência e Emergência Médica do Adulto do Colégio de Especialidade de Medicina Interna, a Secção de Subespecialidade de Cirurgia de Emergência e a Secção de Subespecialidade de Urgência e Emergência Pediátrica.

O novo regulamento geral dos Colégios de Especialidade, Secções de Subespecialidade e Colégios de Competências da Ordem dos Médicos, acontece no seguimento das alterações introduzidas pela alteração ao Estatuto da Ordem, que exige a adaptação dos regulamentos ao novo enquadramento legislativo. Esta revisão visou colmatar o vazio normativo resultante das alterações nos Estatutos da Ordem dos Médicos, assegurando desta forma que a composição, competências e funcionamento dos colégios de especialidade estão formalmente estabelecidos no regulamento.

 
2º episódio do ciclo de webinars da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde
O ciclo de webinars “Com a saúde não se brinca”, promovido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), regressa com...

O primeiro episódio da iniciativa, que abordou temas ligados à campanha de vacinação, contou com cerca de 250 espectadores e está disponível para visualização no canal oficial da SPLS. “Esta série de webinars tem-se mostrado um importante espaço de disseminação de conhecimento, especialmente em tempos de grandes desafios para a saúde pública”, acredita a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. 

A próxima sessão, marcada para esta segunda-feira, tem um foco especial na cardiologia e vai contar com a participação de Fausto Pinto, importante cardiologista. Durante a sessão, serão discutidos, por exemplo, os comportamentos de risco que podem comprometer a saúde do coração, bem como medidas preventivas que podem ser adotadas pelos cidadãos para melhorar a sua qualidade de vida e longevidade. 

“As doenças associadas ao coração, como enfartes e acidentes vasculares cerebrais, continuam a ser uma das principais causas de morte no país. Estar informado sobre os fatores de risco, como a hipertensão, o colesterol elevado, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, permite que os cidadãos adotem estilos de vida mais saudáveis e, assim, reduzam significativamente a probabilidade de desenvolver essas condições”, sublinha Cristina Vaz de Almeida. 

A sociedade científica acredita que este webinar surge como uma oportunidade para sensibilizar a população sobre a necessidade de agir de forma preventiva. “Ao investir na educação e capacitação em saúde, a SPLS pretende contribuir para a redução da incidência destas patologias, promovendo o bem-estar e a longevidade da população portuguesa”, continua a presidente. 

A SPLS já confirmou também novos episódios nos próximos meses, cobrindo uma vasta gama de temas de saúde relevantes para os tempos atuais. Assim, estão já marcadas uma palestra sobre saúde mental com o psiquiatra Pedro Morgado, e outra sobre vacinação com Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, e Miguel Arriaga, diretor da Direção de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS. 

 
“Inteligência Artificial e Smart Hospitals” é o tema da 14.ª Conferência de Valor APAH
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) vai realizar a 14.ª edição da Conferência de Valor APAH, que...

A 14.ª edição da Conferência de Valor APAH contará com a participação de especialistas de várias áreas, que abordarão temas como “O impacto da Inteligência Artificial na prestação de cuidados de saúde”, “Novos modelos de cuidados de saúde impulsionados pela tecnologia”, “Inteligência Artificial e Bioética”, “Aplicação da Inteligência Artificial na saúde em Portugal”, e “Implementação de Inteligência Artificial no SNS”.

De acordo com Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), “com esta iniciativa pretendemos consolidar pontes e sinergias entre todos os parceiros do setor, tendo em vista uma melhoria da qualidade e a excelência dos resultados em saúde e contribuindo para um circulo virtuoso de riqueza e crescimento em Portugal. Nesta 14.ª edição apresentamos um programa inovador e dinâmico, composto por debates subordinados a temas diferenciadores e a painéis com convidados de renome nacional e internacional sobre o futuro da Inteligência Artificial, que permitirá aos participantes enriquecerem a sua experiência e o seu conhecimento”.

 
Doença ocorre em resultado da formação de placas ateroscleróticas
A Doença Arterial Periférica (DAP) é uma condição de saúde subdiagnosticada que afeta o sistema circ

O estreitamento ou bloqueio das artérias que levam o sangue para os membros inferiores, corre em resultado da aterosclerose. 

De acordo com especialista em Cirurgia Vacular, Ana Afonso, a DAP "tem uma prevalência de cerca de 10% e atinge mais os homens que as mulheres". No entanto, admitindo que metade dos casos são assintomáticos, pode dizer-se que é dificil estimar a sua prevelência. 

Quais os fatores de risco?

Segundo a especialista, os fatores de risco para a Doença Arterial Periférica são semelhantes aos das outras doenças cardiovasculares: 

  • Idade: É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, com uma incidência crescente com o envelhecimento.
  • Tabagismo: Fumar danifica o revestimento das artérias, acelerando o processo de aterosclerose.
  • Diabetes: Indivíduos com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver DAP, devido ao impacto negativo do excesso de glicose nas paredes das artérias.
  • Hipertensão Arterial: A pressão alta danifica as artérias, tornando-as mais suscetíveis à formação de placas.
  • Colesterol Elevado: O excesso de colesterol LDL (o “mau” colesterol) no sangue promove a formação de placas nas artérias.
  • Histórico Familiar: Indivíduos com familiares próximos com história de doenças cardiovasculares têm maior probabilidade de desenvolver DAP.
  • Sedentarismo e Obesidade: A falta de exercício físico regular e a obesidade também são fatores que aumentam o risco de aterosclerose e, consequentemente, de DAP.

Quais os sintomas? 

Nos estagios iniciais a DAP pode ser assintomática, mas à medida que a condição progride, surgem alguns sintomas como:

  • Dor ou cãibras nas pernas ao caminhar, especialmente nos musculos gémeos, coxas ou nádegas. Esta dor geralmente alivia após alguns minutos de repouso.
  • A região afetada, geralmente o pé ou a perna, pode sentir-se fria devido à redução do fluxo sanguíneo.
  • Podem aparecer feridas ou úlceras nos pés ou nas pernas que demoram a cicatrizar, devido à falta de circulação sanguínea adequada.
  • A pele da perna ou do pé afetado pode tornar-se pálida, azulada ou arroxeada.
  • A circulação insuficiente pode levar a alterações no crescimento das unhas e do pêlo na área afetada.
  • Em casos avançados, a dor pode surgir mesmo em repouso, especialmente ao deitar, causando desconforto que melhora ao manter a perna pendente.

Como se trata? 

De acordo com a especialista, o tratamento da DAP "apresenta 4 vertentes: a evicção dos fatores de risco, o tratamento médico da aterosclerose de forma a diminuir o risco cardiovascular, tratamento para melhorar os sintomas de claudicação e o tratamento cirúrgico de forma a revascularizar o membro isquémico".

Deste modo a primeira medida passa por alterar o estilo de vida. Parar de fumar é essencial. A prática de exercício físico regular, como caminhadas supervisionadas, também ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo.

Para o seu tratatamento, podem ser prescritos medicamentos para controlar a hipertensão, o colesterol e a glicose no sangue (para diabéticos), bem como para prevenir a formação de coágulos.

Em casos de bloqueio severo, pode ser necessário um procedimento minimamente invasivo, como a angioplastia com balão, que alarga a artéria, ou a colocação de stents para manter a artéria aberta.

Em casos graves e quando outras opções não são eficazes, pode ser necessária uma cirurgia para criar um “desvio” ao redor da artéria bloqueada.

Como pode ser prevenida? 

Prevenir a DAP passa pela adoção de um estilo de vida saudável e pela avaliação regular, sobretudo quando em presença de fatores de risco. Eis alguns cuidados: 

  • Parar de fumar reduz significativamente o risco de aterosclerose e DAP.
  • Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, cereais integrais e pobre em gorduras saturadas, ajuda a controlar o colesterol e a manter as artérias saudáveis.
  • A atividade física melhora a circulação, fortalece o sistema cardiovascular e ajuda no controlo do peso.
  • Manter o colesterol, a glicemia e a pressão arterial dentro dos valores normais é essencial para reduzir a formação de placas nas artérias.
  • Especialmente para pessoas com fatores de risco, é recomendável realizar exames regulares, incluindo a avaliação dos pulsos periféricos e, em alguns casos, exames de imagem, como ecodoppler, para detetar sinais precoces de DAP.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa contribui para o diálogo sobre longevidade e inovação na saúde
A FNAC junta-se à primeira Atlantic Health Wellness Summit (AHWS), que decorrerá nos dias 25 e 26 de outubro no Edifício da...

Durante os dois dias da summit, o palco Fórum FNAC acolherá apresentações de livros que exploram temas relacionados com saúde, longevidade e bem-estar, proporcionando aos participantes uma oportunidade de aprofundar conhecimentos e descobrir novas perspetivas nestas áreas.

A AHWS, organizada pelos farmacêuticos Augusto Meneses, Filipe Rebelo e Francisco Faria, pretende ser um marco na discussão sobre o futuro da saúde em Portugal, e reúne mais de 30 oradores e 40 expositores para debater as últimas tendências e desafios do setor. Com o objetivo de reduzir as desigualdades na comunicação entre empresas e profissionais de saúde, o evento aposta na partilha de conhecimento através de exemplos práticos e casos de sucesso.

Cerca de 70% dos portugueses utilizam meios digitais como fonte de informação
Os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que cerca de 70% dos portugueses utilizam meios digitais como principal...

Com a moderação de Ana Rita Pedro, especialista em literacia em saúde da ENSP NOVA, o episódio contou com a presença do jornalista da SIC João Moleira, com a enfermeira e autora do blog A Mãe Imperfeita, Carmen Garcia, e da consultora de comunicação em saúde, Débora Miranda.

Segundo o jornalista da SIC João Moleira, o papel dos meios de comunicação na promoção da saúde e na promoção da literacia em saúde trata-se de “um papel muito importante, principalmente, porque a saúde é algo que vende (…) É o bem mais precioso que temos, (…) e está em segundo lugar nas prioridades dos portugueses, logo a seguir à família”. No Lado B da Literacia, um dos focos da conversa foi a dificuldade em encontrar fontes credíveis, principalmente em informações disponíveis através das redes sociais, pois embora a saúde seja mediaticamente relevante, “ainda não atingimos um ponto ótimo em termos de acessibilidade às fontes fidedignas”, observou.

Carmen Garcia abordou os desafios das redes sociais na promoção de uma literacia em saúde eficaz, alertando para a proliferação de influenciadores sem base científica: “Cada vez mais, notamos que tudo o que se relaciona com a maternidade ou com outras inúmeras questões relacionadas com a saúde se tornou um negócio. Mas o problema é que, por trás disso, muitas vezes não há qualquer conhecimento real ou científico.”

Por outro lado, Débora Miranda reforçou a ideia de que a literacia em saúde vai além da informação, e que a motivação é essencial para mudar comportamentos: “A pandemia foi uma grande lição de como lidar com a incerteza. As pessoas precisam de confiança para adotar comportamentos saudáveis, e os meios de comunicação podem ser essa ponte.” Sublinhou ainda que “a pandemia mostrou a importância da comunicação na gestão da saúde pública, mas agora é essencial que não se perca esse aprendizado. A comunicação em saúde precisa de ser constante, e não apenas em situações de emergência.”

Durante o episódio, foi ainda discutido o impacto da pandemia na forma como a saúde é comunicada. “A pandemia aproximou-nos dos profissionais de saúde”, disse João Moleira. “Descobrimos excelentes comunicadores que ficaram conhecidos durante este período, mas, infelizmente, a saúde perdeu o protagonismo mediático que tinha na altura.”

Carmen Garcia concluiu que “não podemos educar para a saúde se não estamos onde as pessoas estão. Se deixarmos a desinformação proliferar, acontecem situações como as que ainda vivemos com a vacinação contra a COVID-19. Temos de ir às redes sociais, porque é lá que o público está.”

Dados ainda não foram publicados
A radioterapia é um tratamento comum para o cancro, mas será que também pode ser utilizada para ajudar a tratar alterações do...

Roger Thomsen, um técnico de manutenção reformado de 69 anos, teve o seu primeiro episódio há muitos anos. Após sentir-se tonto, verificou que a sua frequência cardíaca estava em cerca de 200 batimentos por minuto. "Eu avisei à minha esposa e disse: 'Acho que precisamos ir ao médico", conta Roger.

Roger ficou a saber após este episódio que  sofria de uma condição cardíaca chamada taquicardia ventricular, também conhecida como V-tach (sigla em inglês) ou TV.

"A taquicardia ventricular é um ritmo rápido anormal que se origina das câmaras inferiores do coração e pode causar sintomas significativos aos pacientes", explica Konstantinos Siontis, eletrofisiologista cardíaco da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota.

Essa condição pode ser fatal. Um tratamento comum para a V-tach é a ablação por cateter, que é, essencialmente, um curto-circuito causado por um tecido cicatricial no coração. Os médicos acedem ao coração através dos vasos sanguíneos utilizando um cateter para criar pequenas cicatrizes com energia térmica e bloquear os sinais irregulares. Roger já passou por várias dessas ablações complexas. 

"Os sintomas voltaram. Eu fui ao hospital duas ou três vezes depois disso", conta Roger, adiantando que há uns anos decidiu inscrever-se num ensaio clínico na Mayo Clinic ,onde seria um dos primeiros de um grupo de pacientes com V-tach a receber uma forma precisa de radiação, normalmente utilizada em tratamentos contra o cancro, chamada terapia de feixe de protões utilizada no coração.

"Não tenho nada a perder", conta Roger.

"O feixe de protões é um tipo único de radiação que é, na verdade, uma partícula carregada. Ele é capaz de fornecer a energia da radiação a uma profundidade ou alvo específico no tecido sem qualquer dose de saída", explica Kenneth Merrell, oncologista radioterapeuta da Mayo Clinic.

"Com a ablação por cateter, existem certas áreas dentro do coração que podem ser de difícil acesso", explica Siontis.

E ao contrário de uma ablação por cateter, a terapia por feixe de protões é completamente não invasiva.

"O paciente não precisa de anestesia. Ele ir para casa no mesmo dia dentro de cerca de 30 minutos a uma hora após a conclusão do tratamento", explica Siontis.

Já faz quase um ano desde que Roger teve um ritmo cardíaco anormalmente rápido.

"Isso fez com que o ritmo voltasse ao normal," diz Roger. Esse é o tipo de resultado que a equipa de investigação da Mayo afirma que pode trazer novas esperanças para alguns pacientes com V-tach.

"Este foi um primeiro passo encorajador", diz Siontis.

Embora sejam necessários mais estudos, os investigadores estão entusiasmados com o futuro. "Muito provavelmente, esta será outra ferramenta para utilizarmos nos pacientes", diz Merrell.

Os resultados completos do ensaio clínico que utiliza a terapia com feixe de protões para tratar a TV ainda não foram publicados. A equipa da Mayo Clinic espera apresentá-los ainda este ano.

Revela estudo
Um estudo, recentemente publicado na revista científica Frontiers, demonstrou que a utilização de células estaminais...

O estudo relata o caso clínico de um doente de 49 anos que, após 14 dias de hospitalização devido a uma cirurgia, desenvolveu uma úlcera de pressão de Grau I (pouco grave) no calcanhar direito. Apesar de várias medidas preventivas e tentativas de tratamento, o tamanho e a profundidade da úlcera de pressão acentuaram-se, o que provocou, após 130 dias de internamento, uma lesão profunda dos tecidos na zona da ferida (passando para Grau IV – mais grave).

Perante a gravidade da lesão e a falta de resposta às abordagens terapêuticas usadas, a equipa médica optou por recorrer a um tratamento experimental que combina células estaminais mesenquimais do cordão umbilical (UC-MSCs) e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido a partir de sangue do próprio doente (autólogo). Esta combinação foi administrada através de injeção intradérmica nas margens da úlcera.

Após uma única aplicação deste tratamento, a ferida foi coberta com um penso transparente e antiaderente, não tendo sido utilizados cremes ou pensos com ação cicatrizante. O doente foi mantido em vigilância durante 47 dias e a condição da lesão foi avaliada diariamente. Quatro dias após a aplicação da terapia, observaram-se sinais de cicatrização progressiva da úlcera de pressão. Nos 33 dias seguintes, foi observada a formação de novos tecidos, e ao 47º dia a ferida estava praticamente cicatrizada, tendo a dor diminuído. Durante os 12 meses de acompanhamento, o doente não apresentou nenhum evento adverso, tendo-se assistido a um processo de cicatrização que foi acompanhado por um aumento da formação de novos vasos sanguíneos na área da ferida.

“As características anti-inflamatórias, angiogénicas e regenerativas das células estaminais mesenquimais conjugadas com as propriedades cicatrizantes e regenerativas do PRP posicionam esta terapia como uma abordagem promissora para o tratamento de feridas de difícil cicatrização. Este caso representa mais um avanço na investigação por novas formas de tratamento de feridas crónicas”, destaca Carla Cardoso, Diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Segundo os autores do estudo, este tratamento experimental foi bem tolerado, seguro e eficaz. Contudo, são necessários mais estudos em grande escala, para confirmar a eficácia da utilização de células estaminais mesenquimais ou PRP, isoladamente ou em combinação, e para determinar o melhor plano para a sua aplicação, de modo a melhorar a sobrevivência e qualidade de vida dos doentes com feridas de difícil cicatrização.

Audição e estética
A microtia é uma alteração congénita que afeta o desenvolvimento do pavilhão auricular, ou seja, a p

Prevalência

Estima-se que a microtia ocorra em 1 a cada 6.000 a 12.000 nascimentos. Estes números variam  conforme a região do mundo e o grupo étnico. na América Latina na Ásia, a microtia é mais comum, particularmente no Japão. Em Portugal nascem todos os anos, cerca de 5-10 crianças com esta patologia.

Causas

A causa da microtia , resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A exposição da mãe a certos medicamentos, infecções ou substâncias tóxicas durante a gravidez pode aumentar o risco de a criança ser afetada. Além disso, a microtia pode ocorrer isoladamente ou como parte de síndromes genéticas.

Impacto na Audição e Qualidade de Vida

Além da alteração estética da orelha, a microtia pode estar associada a problemas auditivos, especialmente quando o canal auditivo é afetado. Em muitos casos, a capacidade auditiva é reduzida no lado afetado, o que pode dificultar o desenvolvimento da fala e da linguagem em crianças. Embora as questões de audição possam ser parcialmente resolvidas com o uso de aparelhos auditivos, a aparência da orelha muitas vezes leva a desafios emocionais e sociais, especialmente durante a infância e adolescência.

Abordagens de Tratamento

O tratamento da microtia envolve múltiplas especialidades médicas, incluindo Cirurgiões Plásticos e Otorrinolaringologistas. A reconstrução da orelha é realizada habitualmente após os 8-9 anos. A técnica mais comum envolve a construção de um pavilhão auricular a partir da cartilagem da costela em 2 fases. Na primeira, constrói-se um “esqueleto” de cartilagem que fica numa “bolsa” debaixo da pele, e numa 2º fase “levanta-se” a orelha criada com a pele, para que fique destacada da cabeça. Existem também  materiais sintéticos que podem substituir o uso da cartilagem costal,  e que também são colocados debaixo da pele.  Uma prótese de orelha  “presa” no lugar dela é outra alternativa. Estas últimas opções têm um maior risco de complicações. Além disso, a reconstrução com a própria cartilagem é aquela que dá o resultado mais duradouro e ajuda o doente a sentir a orelha como parte de si. Em casos de ausência do canal auditivo, aparelhos auditivos de condução óssea podem ser indicados para melhorar a audição.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas