Eleita nova Direção da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT)
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) elegeu o ortopedista João Gamelas como Presidente da Direção, cargo...

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, João Gamelas é Especialista em Ortopedia e Traumatologia, desde 1997. Atualmente, exerce funções como Diretor do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, leciona como Professor Auxiliar Convidado na NOVA Medical School e assume ainda a vice-presidência da Sociedade Latino Americana de Ortopedia e Traumatologia.

“Esta é uma liderança pela união de todos os ortopedistas. Todos juntos reinventaremos a SPOT com um projeto que privilegia a partilha de experiências e conhecimento, a promoção de literacias e a discussão dos problemas socioprofissionais dos ortopedistas”, menciona João Gamelas.

A nova Direção assume o compromisso de trabalhar para servir a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e apresenta uma nova estrutura organizativa que promete aproximar os sócios e alargar relações de cooperação com as sociedades congéneres, bem como com a sociedade civil.

Adélio Vilaça, como Secretário-Geral, Manuel Sousa, como tesoureiro, e os vogais: Nuno Diogo, Jorge Alves, Joana Bento Rodrigues, constituem a restante direção eleita.

“Health & Technology – What is the common ground?”
Qual o papel da Tecnologia na Saúde? O que podemos esperar do desenvolvimento tecnológico no tratamento das doenças do Presente...

Para analisar os pontos comuns entre a Tecnologia e a Saúde estarão, na NMS, alguns dos nomes mais destacados nesta área como Karim Lekadir (Diretor de Inteligência Artificial do Laboratório de Medicina, Universidade de Barcelona), Marla Zinni Gil da Costa (Diretora de Usabilidade e Neuroergonomia, Neuroverse Inc), Peter Villax (CEO & Fundador, Mediceus), Márcio Navalho (CEO, Centro Internacional de Telemedicina) e Hugo Marques (Diretor de Saúde Digital, Siemens Healthineers).

Esta é uma das conferências teaser que marca o lançamento das Conferências do Estoril, que irão decorrer a 1 e 2 de setembro, coorganizadas pela NOVA Medical School, Nova SBE, Câmara de Cascais e pelo Turismo de Portugal. Assentes em 4 pilares, Planeta, Paz, Políticas e Pessoas/Saúde, as Conferências do Estoril, cujo tema é “Reumanizar o Mundo”, contarão com a participação de inúmeros oradores para promover um futuro mais justo, equitativo, sustentável e inclusivo.

Nesta mesa-redonda, moderada pela jornalista Sara Sá, serão discutidos os desafios da Inteligência Artificial e o seu impacto na Saúde, Educação e Economia e entender como podem ajudar a “Reumanizar o Mundo”.

A conferência terá lugar, na quinta-feira, dia 23 de março, às 17h, na sede da NMS, em Lisboa.

 

 

Dr. Pacheco Pinto explica
Seja por desconhecimento, seja por falta de recursos, a realidade no País é que, ainda, existe uma c

Nesse âmbito, Pacheco Pinto, Coordenador Clínico da Clínica Médis, esclarece e ajuda-o a tomar decisões mais informadas para manter o seu sorriso:

Mitos e Verdades em Higiene Oral

1. Deve escovar os dentes imediatamente após cada refeição. Mito.

A verdade é que deve esperar cerca de 30 minutos antes de o fazer. O ambiente ácido que é formado pela saliva após a ingestão de alimentos, faz com que o esmalte “amoleça”. Isto quer dizer que se escovar os dentes mesmo depois da sua refeição, vai acabar por eliminar parte do esmalte com a escovagem. Assim, deve esperar um pouco após cada refeição.

2. O mau hálito está sempre relacionado com uma má higiene oral? Mito.

É verdade que a causa mais comum para o mau hálito se prende com a falta de higiene oral. Contudo, existem outras causas associadas a esta condição, como o jejum prolongado, desidratação, ansiedade e stress, tabagismo, patologias no sistema digestivo e/ou respiratório, diabetes mal controlada (hipoglicemia) ou medicamentos que alterem a produção de saliva (como a hipertensão, por exemplo).

3. A escovagem mais importante do dia é antes de dormir? Verdadeiro.

Quando dormimos, a produção de saliva é menor e quase não há movimento da língua, o que dificulta a eliminação dos restos de comida. Por isso, se não lavar os dentes antes de dormir, os restos de comida vão permanecer na boca durante a noite, servindo de alimento às bactérias.

4. Os Dentes sensíveis têm sempre cáries? Mito.

Apesar de algumas cáries poderem causar sensibilidade ao frio e doces, nem todas o fazem. A sensibilidade dentária pode ter muitas causas, por isso se sofre desta patologia consulte o seu médico dentista.

5. Não se deve escovar os dentes se a gengiva está a sangrar? Mito.

Se as suas gengivas sangram aquando da escovagem dentária, isto significa que está com uma inflamação. Muitas vezes, tudo o que basta para se acabar com o sangramento e inflamação das gengivas, é um reforço na higiene oral, removendo bem a placa bacteriana, partículas de comida e mantendo os seus dentes, gengiva e língua limpos. Para tal, deve usar uma escova suave ou de média rigidez, pasta dentífrica e bochechar com elixir.

6. Beber muito café ou chá escurece os dentes? Verdadeiro.

O café, o tabaco, os refrigerantes, o chá preto e o vinho tinto podem causar manchas amareladas nos dentes. Tudo o que inclui corantes contribui para o escurecimento dos dentes.

7. É preciso colocar na escova uma grande quantidade de pasta dentífrica para lavar bem os dentes. Mito.

O verdadeiro responsável pela limpeza dos dentes é a escova e a escovagem. A pasta aplicada deve ser colocada na ponta superior da escova, e ser do tamanho equivalente a uma ervilha.

Os mitos associados à higiene oral resultam, muitas vezes, num desconhecimento generalizado do que são os melhores hábitos a adotar. O segredo de uma boa higiene não é difícil, assentando sobretudo na prevenção. Além da escovagem dos dentes e uma boa alimentação, ainda a visita regular a um médico dentista são regras fundamentais para garantir que mantém um sorriso sempre saudável.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nosso futuro está ligado aos dos animais e do ambiente, uma vez que os três partilham "Uma Só Saúde"
No âmbito do Dia Internacional das Florestas, que se assinala amanhã, a APIFVET pretende reforçar a importância de cada vez...

Segundo o estudo “Livestock and climate change: impact of livestock on climate and mitigation strategies”, com a adoção de boas práticas, seria possível reduzir em 30% a emissão de GEE. Posto isto, a APIFVET incentiva os criadores a adotar as melhores práticas no que diz respeito à criação, alimentação e gestão, e todo o setor a adotar tecnologias inovadoras em matéria de saúde animal, para aumentar a sua produtividade. 

“Atualmente, há um interesse crescente em proteger o ambiente de riscos evitáveis. Porém, é necessário esclarecer que isso inclui, também, a consciência de que animais mais saudáveis têm uma pegada ambiental menor e que os resíduos de medicamentos podem entrar no ambiente, com efeitos potencialmente indesejáveis. É importante enfrentar as ameaças à saúde animal, humana e ambiental como parte de uma abordagem conjunta”, afirma Mário Hilário, Presidente da APIFVET - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários. 

Nesse sentido, acrescenta Mário Hilário, “é importante ter em mente que, para animais mais saudáveis, devemos agir em prol da prevenção, que é a primeira linha de defesa contra as doenças, na vigilância, no diagnóstico atempado e no tratamento adequado e responsável”. 

 

De 20 a 25 de março em todas as suas unidades
No âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala hoje, a Lusíadas Dental vai levar a cabo, em todas as suas Unidades, um...

Estes rastreios irão decorrer, entre os dias 20 e 25 de março, na zona da Grande Lisboa (Lusíadas Dental – Clínica Amoreiras, Clínica Lusíadas Oriente, Hospital Lusíadas Amadora, Hospital Lusíadas Lisboa e Clínica Lusíadas Almada), no Porto (Hospital Lusíadas Porto) e em Gaia (Clínica Lusíadas Gaia), em Braga (Hospital Lusíadas Braga) e no Algarve (Clínica Lusíadas Fórum Algarve e Hospital Lusíadas Albufeira).

A iniciativa surge numa altura em que ainda metade dos portugueses (50,2%) afirma não se deslocar ao médico dentista, ou, quando o faz, fá-lo menos de uma vez ao ano, de acordo com os dados VII Barómetro de Saúde Oral de 2022. Segundo este relatório, os motivos que justificam esta realidade prendem-se com o facto destes 50,2% de portugueses acreditarem não necessitar de cuidados dentários, enquanto 30% afirmam não ter dinheiro para o fazer.

Para David Aleixo, médico dentista e Chief Medical Officer e Chief Operations Officer da Lusíadas Dental, “estes números comprovam o estigma que persiste em relação aos cuidados de saúde oral, que ainda são tidos como uma necessidade estética. Contudo, a verdade é que a carência de cuidados de saúde oral pode aumentar o risco de desenvolver diversos problemas de saúde mais graves”.

Ainda assim, acrescenta, “o último Barómetro de Saúde Oral mostra-nos que mais portugueses estão a ir ao dentista, nomeadamente mais 20,1% de 2022 para 2021. A sensibilização é cada vez maior, e nessa medida é necessário criarmos oportunidades para mais pessoas poderem aceder a melhores cuidados de saúde oral, tal como estamos a fazer neste mês de março com a realização do nosso rastreio nacional”.

Com o objetivo de assegurar a todos os seus clientes os melhores serviços e cuidados de saúde oral, a Lusíadas Dental dispõe, em todas as suas unidades, de uma equipa de pro­fissionais de saúde especializados nas mais diversas áreas da Medicina Dentária e Estomatologia. Durante o mês de março, a Lusíadas Dental dá, ainda, a possibilidade aos seus clientes de trazer um familiar para uma consulta de avaliação.

Mais informações sobre as datas de realização dos rastreios em cada unidade encontram-se disponíveis em Lusíadas - Rastreios Saúde Oral.

 

Falta de dentes
Entende-se por edentulismo a falta de um ou mais dentes na cavidade oral.

Dados em Portugal

Em relação à população portuguesa, cerca de 70% dos portugueses têm falta de dentes naturais (excetuando os dentes do siso) e, destes, 30% já perdeu seis ou mais dentes e 8,7% da não tem qualquer dente natural.

E, entre aqueles que têm falta dentes, há 53% que nada tem a substituir.

Em termos absolutos quer dizer que 7 milhões de portugueses têm falta de um ou mais dentes, destes 2,5 milhões tem falta de seis ou mais dentes, 820 000 sem qualquer dente.

22.0% dos portugueses com falta de seis ou mais dentes não têm nada a substitui-los, ainda assim melhorámos 6 pontos percentuais relativamente a 2019. (In 6ª Edição Barometro da Saude Oral, OMD 2021)

Causas do Edentulismo

O aumento da perda dos dentes com a idade é uma tendência universal, motivando na sociedade o imaginário do idoso desdentado como reflexo natural da dentição humana. Contudo, o edentulismo nos grupos mais velhos é expressão do efeito cumulativo de doença oral ao longo dos anos, sendo a cárie e a doença periodontal os fatores mais prevalentes. Portanto, o edentulismo em idade avançada não é consequência apenas do processo de envelhecimento.

A saúde oral do idoso continua a não estar no centro das atenções quando se trata de discutir a saúde dos idosos como um todo, quando falamos de uma faixa da população com diversas comorbilidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, neoplasias que tanto afetam a qualidade de vida dos idosos.

Como todos sabemos só em meados do século XX é que se começou a dar mais atenção à saúde oral, e à preservação de dentes em detrimento da sua extração, isto nos grandes centros urbanos, pois o interior do país era muito pobre em oferta de profissionais.

A falta de literacia e o baixo nível socioeconómico também contribuiu, e continua a contribuir, para a vontade do doente em preferir extrair um ou mais dentes a tratar dos mesmos e consequentemente não os substituir.

Impacto na Saúde

Logo após a perda de um dente, e quando este não é substituído começa a haver uma alteração na posição dos dentes adjacentes, gerando várias consequências:

  • Má posição dentária: que pode levar ao aparecimento de espaços entre os dentes, ou apinhamento dificultando a higiene oral e a acumulação de alimentos entre os dentes. Egressão do dente oponente, levando à exposição das raízes e aumento da sensibilidade dentária e aumento da propensão para cárie radicular.
  • Diminuição da capacidade mastigatória: A presença de poucos dentes pode ser um dos motivos pelo qual uma grande parte dos idosos apresenta um índice de massa corporal (IMC) acima do indicado para o peso e altura do idoso e de doenças crónicas não transmissíveis como diabetes e hipertensão, pois esta falta de dentes propicia um bolo alimentar menos triturado, ou a adoção de uma dieta mais mole, rica em hidratos de carbono e alimentos multiprocessados. Por outro lado, a dificuldade em mastigar pode provocar anorexia pelo sofrimento que uma refeição pode causar.
  • Alterações na fonética, a falta de dentes provoca alterações na pronunciação de algumas letras.
  • Alterações na estética oral e facial, alterações no sorriso
  • Disfunções Temporo-Mandibulares, manifestando-se através de dores musculares, zumbidos nos ouvidos, dores de cabeça.
  • Reabsorção óssea o que dificulta a futura reabilitação, mas não impossibilita.
  • Apneia: a perda dentária completa provoca alterações anatómicas que prejudicam a função das vias aéreas superiores, o que compromete a qualidade do sono. Também com o avançar da idade toda a musculatura sofre uma hipotonia que associada com a indentação, provoca obstrução das vias aéreas, levando a períodos sem respirar e comprometendo a qualidade do sono, com isso, o doente ressona muito ou engasga-se durante a noite e acorda inúmeras vezes.
  • Doenças psicológicas: a falta de autoestima leva ao isolamento social e à ideia de que não vale a pena substituir os dentes em falta, causando afastamento e isolamento mesmo da família mais próxima. e a dificuldade em mastigar pode provocar anorexia por repulsa do sofrimento que uma refeição pode causar.

Soluções

  1. Prótese sobre implantes

Os implantes dentários têm poucas contraindicações, e havendo, a maioria são temporárias.

A toma de bifosfonatos, tratamento de quimio ou radioterapia, diabetes descontrolada, fumadores pesados, são as maiores contraindicações.

A idade avançada não é por si um impedimento, tal como em todos os doentes, o médico dentista terá de avaliar a história clínica e o caso que tem à sua frente, a partir das quais decidirá em conjunto com o doente qual a opção mais adequada ao caso.

Esta pode ser fixa, estando aparafusada a 4 ou mais implantes, sendo a solução mais adequada no que diz respeito ao restabelecimento das funções perdidas.

Ou semifixa, sendo esta removível, mas com retenção nos implantes, o que confere maior estabilidade quando comparamos com uma prótese total removível.

Será uma boa solução, ou uma solução de resultados intermédios, quando falamos de idosos que necessitem do apoio do cuidador para a manutenção de uma boa higiene da prótese e dos pilares que ficam em boca e que não pretendam ser sujeitos a tratamentos mais invasivos.

  1. Prótese removível

A prótese removível ainda tem um peso grande como primeira opção devido ao baixo custo que apresenta, mas não é de todo uma solução considerada definitiva, apesar de em Portugal ser assumida como tal.

No idoso a adaptação nem sempre é fácil, e a própria retenção da prótese, sobretudo inferior torna-se na maioria dos casos impossível devido à grande reabsorção óssea, aos movimentos da língua, e de toda a musculatura inserida no maxilar inferior.

Este tipo de prótese apoia-se na mucosa oral, provocando lesões que têm de ser constantemente avaliadas de forma a prevenir doenças como a Candidíase, lesões pré-malignas ou cancerígenas, sendo a mucosa oral do idoso mais propensa a estes fatores por ser mais fina. As “feridas” provocadas pelas próteses podem ser porta de entrada de bactérias para a corrente sanguínea.

A falta de saliva no idoso e doentes polimedicados também compromete o uso de prótese removível.

Conclusão

Em primeiro lugar devemos continuar a apostar na prevenção e promoção da saúde oral, de forma a que o número de desdentados venha a diminuir ao longo do tempo.

Abordar o idoso como um todo, dando mais importância à saúde oral, já que outras comorbilidades poderão ser prevenidas ou melhoradas se a capacidade mastigatória for reposta.

Desmistificar junto da população, dos cuidadores e dos próprios idosos que vale sempre a pena melhorar a qualidade de vida, não olhando à idade.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prevenção
No Dia Mundial da Saúde Oral, em que se pretende sensibilizar a população para a relevância da saúde oral enquanto elemento...

“As escolas são locais privilegiados para a transmissão da informação e capacitação das crianças e jovens, sendo, por excelência, palcos indutores de comportamentos. Assim, as atividades de promoção da saúde, designadamente da saúde oral, e de prevenção da doença devem estar integradas nas atividades regulares das escolas, devendo os responsáveis educativos ser envolvidos em projetos e programas de saúde. (…) Tal deverá passar pela promoção, (re)implementação e/ou reforço da escovagem dentária em todas as escolas do país e pela execução do bochecho de flúor que os serviços de saúde fornecem gratuitamente”, lê-se na missiva enviada à Associação Nacional de Dirigentes Escolares e à Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, e que seguiu, também, para o Ministério da Educação. 

De acordo com o bastonário da OMD, Miguel Pavão, “além de pedagógico, a escovagem dos dentes nas escolas promove hábitos e rotinas de higiene oral e é fundamental na prevenção de doenças orais, não esquecendo que os mais novos são capazes de influenciar positivamente os padrões das próprias famílias, potenciando os ganhos desta medida que, a par das consultas de rotina, é dos comportamentos mais determinantes que se podem adotar em termos de prevenção. A importância da promoção da saúde oral nas escolas cedo foi reconhecida, ainda na década de 80, mas este é um trabalho que não cessa e é fundamental reforçar esta aposta”. Desta forma também se responde às necessidades identificadas pelos próprios jovens e que estão plasmadas na Agenda da Juventude para a Saúde 2030.

Dados do último Barómetro da Saúde Oral da OMD indicam que, relativamente aos hábitos de visita ao médico dentista, apenas 67,4% dos portugueses o fazem, pelo menos, uma vez por ano e que entre os menores de 6 anos 65,2% nunca visitaram o médico dentista, ao que se soma o facto de apenas 51,8% dos menores de idade utilizarem o cheque-dentista quando recorrem a uma consulta. As conclusões evidenciam, ainda, que menos de um terço dos portugueses tem a dentição completa, e revelam que diminuiu, pelo terceiro ano consecutivo, o hábito de escovar os dentes. Também a utilização de fio dentário e elixir, embora tenha aumentado, não atinge os níveis ideais.

O bastonário frisa que “há muito ainda a fazer no sentido de melhorar os índices de saúde oral dos portugueses. Sem saúde oral, não há saúde geral e só com o contributo de todos (Governo, organizações não-governamentais, ordens, associações, comunidades e indivíduos), poderemos alcançar bons resultados em saúde”.

Bons resultados em saúde dependem da aposta na prevenção, mas também de uma verdadeira política de cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS), por forma a diminuir as barreiras no acesso. A OMD assiste, assim, com bons olhos ao retomar do diálogo no sentido de relançar o programa Saúde Oral Para Todos, com a criação de um grupo de trabalho que, até maio, apresentará uma proposta de estratégia para 2023-2025.

“A definição de uma estratégia que contemple a integração dos médicos dentistas no SNS, através da criação da prometida carreira, a reestruturação do cheque-dentista e o planeamento dos recursos humanos, equipamentos e materiais” são, para o bastonário, o ponto de partida para se “criarem as bases do acesso universal à medicina dentária”.  “Não é possível continuar sem agir, sobretudo quando estão disponíveis fundos estruturais que não podem ser desperdiçados. O Plano de Recuperação e Resiliência pode servir para reformar e reestruturar uma dimensão da saúde que não tem os alicerces ainda suficientemente sólidos e estabilizados.”

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças orais estão entre as doenças não transmissíveis mais comuns em todo o Mundo, afetando cerca de 3,5 mil milhões de pessoas, e é urgente a aposta na prevenção.

Como forma de assinalar esta efeméride, a OMD está a promover a semana da saúde oral, durante a qual tem divulgado, nos seus meios de comunicação, mensagens da campanha lançada pela Federação Dentária Internacional, promovendo, desta forma, a literacia em saúde oral. O objetivo é alertar para a importância de manter a boca saudável em todas as fases da vida, sensibilizando, em simultâneo, para o impacto das doenças orais na saúde sistémica, na socialização, e no absentismo laboral e escolar.

Esta segunda-feira, Dia Mundial da Saúde Oral, a OMD organiza um evento comemorativo na Ilha do Faial, nos Açores, que se divide em três partes: visita a duas unidades de saúde; ação educativa na Escola Básica Integrada da Horta e reunião com médicos dentistas que exercem na Região Autónoma dos Açores. Esta ação tem como foco dois temas: o impacto dos estilos de vida saudável e da prática desportiva na saúde oral e a saúde oral no âmbito da saúde escolar.

Candidaturas até 20 de março
O Reconhecimento de estruturas anatómicas, a utilização de ecografi¬as e sondas, a Identi-ficação de patologia(s) através de...

Promovido pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e pela NOVA Medical School em Lisboa, a segunda edição do Curso de Formação de Ecografia Abdominal Clínica arrancará em maio, tendo como principal objetivo capacitar os atuais e futuros profissionais de saúde, bem como estudantes de medicina e de outros cursos no âmbito da área de imagiologia.

Como explica Luís Curvo Semedo, coordenador do projeto em Portugal, “a ecografia é geralmente a primeira técnica de imagem usada no diagnóstico. É uma técnica de imagem que apresenta múltiplas vantagens como o facto de ser portátil, os resultados são obtidos em tempo real, é uma técnica não invasiva, de baixo custo, sendo um importante auxílio ao diagnóstico em situações de urgência. A Organização Mundial de Saúde, reconhecendo as vantagens e importância desta técnica recomenda a criação de cursos específicos em ecografia, destinados a todos os médicos, incluindo não radiologistas”.

Na Faculdade de Coimbra da Universidade de Coimbra os módulos online serão ministrados de 3 a 31 de maio, com sessões práticas de 1 a 5 de junho. A NOVA Medical School inicia o programa de formação online a 29 de maio e termina a 23 junho, com sessões práticas a realizarem-se de 26 a 28 de junho. As aulas práticas, organizadas em grupos distribuídos por 2 sessões de 5 horas cada, incluem demonstrações de ecografia abdominal, através de ferramenta robótica de tele-ecografia, exercícios práticos de recolha de imagem ecográfica com sonda e ecógrafo. “Esta edição apresenta ainda as mais modernas tecnologias para realização de Ecografia Abdominal, como seja sistemas robotizados que permitem realizar exames à distância, permitindo aos profissionais de saúde prestar assistência em áreas remotas de difícil acesso”, acrescenta.

Certificada pela Universidade de Coimbra, a segunda edição do Curso de Formação de Ecografia Abdominal Clínica tem a duração total de 40 horas (1,5 ECTS), divididas em 30 horas de módulos online e 10 horas de sessões práticas presenciais, ministradas por docentes especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e da NOVA Medical School.

Promovido no âmbito do projeto TRAINR4U - Training Robot for Ultrassound, um projeto financiado pelo EIT Health e liderado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN) e conta com a coordenação de Luís Curvo Semedo, docente da FMUC, líder da equipa académica deste projeto que inclui um consórcio do qual fazem parte o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (PT), NOVA Medical School (PT), Parc Sanitari Sant Joan de Déu (ES), Karolinska Institute (SE), Trinity College Dublin (IE), Sorbonne Université (FR), Academisch Ziekenhuis Groningen (NL), Tecnalia Research & Innovation (ES), Assistance Publique Hôpitaux de Paris (FR) e Sensing Future Technologies.

Entenda a relação
A restrição aguda e/ou crónica do sono é altamente prevalente na sociedade moderna, tendo-se tornado

O sono considera-se insuficiente quando não é capaz de suportar um nível de alerta adequado nem um bom desempenho. A sua restrição tem sido associada a doenças neurodegenerativas demenciais, com efeitos quantificados na função neurocognitiva, mas também a outras comorbilidades e efeitos fisiopatológicos, para além dorisco aumentado de acidentes e de erros no trabalho.

É por isso importante fazer uma pesquisa direcionada aos sintomas relacionados com esta condição e que incluem: fadiga crónica, sonolência diurna, instabilidade do humor, irritabilidade, dificuldades cognitivas, diminuição da libido, entre outras. É ainda fundamental investigar distúrbios do sono como a apneia obstrutiva ou central, a insónia crónica, a síndrome das pernas inquietas e ponderar algumas condições que podem contribuir para a má qualidade do sono. Incluem-se as doenças neurológicas (considera-se hoje a qualidade do sono um potencial biomarcador para doenças neurodegenerativas demenciais, pelo que é importante estar sensibilizado para este facto), entre várias outras doenças médicas como a depressão ou alguma medicação com efeitos secundários na arquitetura do sono.

De realçar que, com o envelhecimento, há uma perda natural de neurónios no núcleo supraquiasmático, com redução da produção da melatonina, por vezes de forma mais significativa se na presença de patologia ocular, contribuindo para a dessincronização do ritmo circadiano no idoso, acontecendo muitas vezes um avanço na fase do sono. Sendo um processo normal do envelhecimento, as consequências negativas para a saúde são importantes e potenciam o processo de envelhecimento, devendo este distúrbio de fase do sono ser abordado, desacelerando assim o processo neurodegenerativo.

Em relação ao impacto no envelhecimento precoce, que se relaciona com a inflamação persistente, verificada pela elevação de marcadores pró-inflamatórios como a proteína C reativa, a restrição do sono é reconhecidamente um fator de risco para perfis cardiometabólicos adversos, como aliás foi verificado em estudos prospetivos de grande amostra dimensional como a do biobanco do Reino Unido.

Para além de promover um estado inflamatório, a privação crónica de sono também se associa a imunossupressão, obesidade e síndrome metabólico, contribuindo para a senescência celular.

A restrição do sono tem também um efeito disruptivo no maior órgão do corpo humano: a pele.

A pele, como a maioria dos outros sistemas, tem um ritmo circadiano associado à ritmicidade endógena. Uma série de genes circadianos CLOCK (Circadian Locomotor Output Cycles Kaput), BMAL1 (Braib and Muscle Arntlike 1), PER (Perio) and CRY (Cryptochrome) influenciam diretamente a proliferação celular, a sua renovação e o envelhecimento. Essa renovação celular cutânea ocorre sobretudo durante a noite, quando também há maior secreção de melatonina, adenosina, cortisol e hormona de crescimento e que vão influenciar as propriedades anti-inflamatórias e regenerativas da pele. 

Quando esse ritmo não é respeitado, a aparência facial é afetada, favorecendo edema palpebral, olheira, olho vermelho, palidez cutânea e o aparecimento de rugas, para além de comprometer a recuperação da barreira cutânea após agressão externa.

A auto-percepção de atratividade também fica afetada, com repercussão até a nível social e relacional.

O sono é essencial para a saúde física e mental e regula praticamente todos os sistemas do nosso organismo. A sua perturbação pode acontecer em qualquer idade e, apesar do grande impacto que acarreta na qualidade de vida, muitas vezes não é valorizada pela pessoa que sofre dessa perturbação. 

Cabe-nos, por isso, estar alerta aos sinais e promover uma boa qualidade do sono, prevenindo dessa forma a imunosenescência acelerada e o envelhecimento precoce.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Um antibiótico nunca vem só”.
Durante a toma de antibióticos a diarreia é uma complicação frequente, que pode surgir até 2 meses após o término do tratamento...

Os antibióticos são aliados de peso no combate aos microrganismos responsáveis pelas infeções bacterianas. Contudo, este tratamento pode alterar o equilíbrio da microbiota intestinal e provocar efeitos indesejados, uma vez que tem funções muito importantes no organismo, tais como: ajudar na digestão dos alimentos; favorecer a absorção de minerais, como o magnésio, cálcio e ferro; auxiliar no bom funcionamento do aparelho digestivo e no sistema imunitário.

“Devido ao avançar da ciência sabemos atualmente que a microbiota pode ter um grande impacto quer na saúde, quer na doença. Uma vez que, os antibióticos são um dos fatores que desequilibram a microbiota, mas que facilmente podemos contornar, através da toma concomitante de um probiótico” explica Filipa Horta.

A diarreia é a consequência mais visível a curto prazo, sendo que 1 em cada 3 doentes sofre de diarreia e em cada 3 têm um desequilíbrio na microbiota intestinal, com consequências a longo prazo, como o Síndrome do Intestino Irritável, a obesidade, entre outras.

“Os profissionais das farmácias, através de um aconselhamento personalizado, vão ajudar os seus utentes a prevenir e tratar a diarreia associada à toma de antibióticos. Estamos cientes que muitos deles não reconhecem a diarreia como um dos principais efeitos decorrentes da toma de antibióticos, até porque esta situação nem sempre ocorre em simultâneo com o tratamento”, explica a Ana Sofia Ramos, farmacêutica e responsável pela implementação deste projeto nas Farmácias Holon.

Os efeitos secundários da toma de antibióticos vão para além do perigo da diarreia, uma vez que também podem promover o abandono da terapêutica por parte dos doentes, aumentando assim o risco de proliferação de estirpes resistentes aos antibióticos.

“A diarreia e a candidíase são os sinais mais visíveis e reconhecidos, mas há muitas consequências a longo prazo para as quais também temos o dever de alertar e prevenir. Cientes da crescente evidência científica quanto ao papel da microbiota em numerosas doenças, o papel dos profissionais de farmácia é fundamental para sensibilizar os utentes para estas questões”, conclui Filipa Horta.

Esta é uma iniciativa que tem por objetivo promover a intervenção dos farmacêuticos junto dos utentes com indicação para a toma de antibióticos e que visa a ativação do aconselhamento diferenciado na prevenção dos eventos gastrointestinais associados à antibioterapia, através de probióticos.

A Campanha “Um antibiótico nunca vem só” está a ser promovida pelas Farmácias Holon em parceria com a Biocodex.

Recomendações na diarreia aguda (medidas não farmacológicas):

  • Promover hábitos de higiene – lavar as mãos antes das refeições, antes de preparar alimentos e depois de usar a casa de banho
  • Recomendação de dieta – refeições pequenas e frequentes, ricas em micronutrientes e energia, pobres em fibras vegetal e gordura
  • Ingestão de água – muito importante para prevenir situações de desidratação
Opinião
Existem muitos mitos relacionados com o sono e alguns deles relacionados com a necessidade de dormir

De facto, um dos fatores que mais influencia as fases do sono e o nosso ritmo circadiano (o nosso relógio interno) é a idade.

No recém-nascido, quando o ritmo circadiano começa a adaptar-se à luz (um dos principais sincronizadores no processo de sono-vigília), a criança dorme ao longo do dia e da noite, com uma duração esperada de 14 a 17 horas e por períodos curtos de sono. A partir dos 2 a 4 meses, começa a existir diferenciação da estrutura e funções cerebrais. Depois dos 4 meses, existe tendência a concentrar o sono no período noturno, à medida que a duração de sono esperada passa a ser de 12 a 15 horas.

A partir do 1º ano de vida, a duração de sono continua a reduzir (para 11-14 horas) e a partir dos 3 anos as sestas deixam de ser necessárias e o sono concentra-se definitivamente no período noturno. Nesta fase existem algumas regras e rotinas que devem ser implementadas para melhorar a qualidade de sono da criança e da família, que designamos por medidas de higiene do sono. É essencial a regularidade dos horários de sono, bem como dos horários das refeições e das sestas. A rotina na hora de deitar deve ser assegurada e a autonomia da criança na hora de adormecer deve ser estimulada.

O sono dos adultos começa a esboçar-se a partir dos 6 anos de idade e a partir desta idade até aos 18 anos a duração esperada começa a aproximar-se das necessidades das 9-11 horas e depois para 8-10 horas.

No início da puberdade, ocorre uma alteração fisiológica no horário de adormecer, que consiste num atraso da hora, razão pela qual surge a vontade de deitar mais tarde e em que a família deve estar alerta para hábitos de sono que podem ser prejudiciais.

A tendência para dormir mais tarde numa sociedade em que as aulas têm início muito cedo de manhã, a utilização de dispositivos eletrónicos até muito tarde e o início frequente do consumo de tabaco e álcool podem levar a hábitos irregulares de sono e a sono insuficiente. Sabemos que, entre as inúmeras funções do sono, estão a aprendizagem e memória, e por isso é fácil de antecipar o impacto no rendimento escolar e académico que a privação do sono ou o sono irregular podem ter.

A partir da idade adulta a duração esperada de sono é de 7 a 9 horas (habitualmente 7 a 8 a partir dos 60 anos), no entanto, este número de horas é meramente indicativo. Cada pessoa tem o seu número «mágico», aquele que permite repousar e acordar com sensação de sono reparador e sem sonolência durante o dia e esse número pode ser diferente de pessoa para pessoa.

Com o envelhecimento surgem alterações do estilo de vida: da reforma ao isolamento, da alteração de rotinas à diminuição da atividade física e social que podem ter impacto no sono e aumenta a probabilidade de desenvolvimento de doenças do sono.

Para evitar o aparecimento dessas doenças é necessário compreender que um bom sono começa numa vida saudável: o exercício regular e alimentação equilibrada são essenciais.

A preparação de uma boa noite de sono tem início durante o dia. Depois devem ser criadas condições para um bom sono: uma atividade relaxante à noite, evitar consumo de bebidas alcoólicas à noite, não fumar, evitar bebidas com cafeína após o almoço. É fundamental criar condições para uma boa noite de sono: quarto com temperatura 17-19 graus, sem luminosidade ou ruído e sem dispositivos eletrónicos.

O mais importante é reconhecer que o sono é essencial à vida e que é necessário que seja regular (horários de adormecer e acordar semelhantes dia após dia), contínuo (sem despertares durante a noite), na quantidade adequada e reparador.

Da infância à idade adulta, o sono é essencial à vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revisão atualizada e baseada na melhor evidência científica na área
No Dia Mundial do Sono, a editora LIDEL apresenta uma obra dirigida a médicos de Medicina Geral e Familiar, internos de várias...

A editora LIDEL apresenta o livro “Sono para Medicina Geral e Familiar”, coordenado por Susana Sousa, Pneumologista, Ana Rita Peralta, Neurologista e Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Ana Santa Clara, Psiquiatra e parte integrante do Centro de Electroencefalografia e Neurofisiologia Clínica e António Bugalho, Pneumologista e integrante do Serviço de Pneumologia do Hospital CUF Descobertas e do Hospital CUF Tejo. O livro conta ainda com a participação de 26 especialistas de diversas especialidades médicas. 

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, 52% dos portugueses sente que raramente ou apenas às vezes dorme bem, 75% dorme menos de 7 horas e 19% dorme menos de 6 horas por dias. Estes são números que demonstram a prevalência de distúrbios e patologias do sono na sociedade portuguesa, e a necessidade dos médicos de medicina geral e familiar, que são quem normalmente faz o primeiro contacto com o doente sobre estes problemas, terem a melhor e mais atualizada informação sobre este tema. 

Durante a obra os autores dedicam-se à compreensão do sono normal, à sua evolução ao longo da vida e à fisiologia básica. Ao longo dos capítulos são retratados temas relativos à avaliação clínica, que englobam a estruturação da anamnese e exame objetivo, bem como a solicitação dos principais exames complementares nesta área. O livro termina com 23 subcapítulos, onde os autores descrevem as doenças do sono mais frequentes, organizadas de modo a poder transformar este manual numa ferramenta útil na prática clínica. 

A obra, que chega durante a próxima semana às bancas, destina-se a médicos e internos de várias especialidades, entre as quais Medicina Geral e Familiar, estudantes de Medicina, e a outros profissionais da área de saúde. 

“O objetivo do presente livro é facultar aos clínicos uma revisão atualizada e baseada na melhor evidência científica nesta área específica, promovendo e melhorando os cuidados de quem necessita de ajuda e assistência. (…) Para que o sono passe a ser avaliado como um sinal vital, é necessário conhe­cer a sua fisiologia, evolução ao longo da vida e a forma de abordar, diagnosticar, orientar ou tratar os principais distúrbios do sono.”, revelam os coordenadores.

Novos dados do inquérito da APU e da APDPróstata
58% dos doentes com cancro da próstata sentem que lhes falta informação geral sobre a doença e cerca de 45% afirmam que lhes...

Na semana em que se assinala o Dia do Pai, importa relembrar uma vez mais a importância de os homens estarem atentos à sua saúde, para que os pais possam passar mais tempo junto dos seus filhos e os filhos passem mais tempo junto dos seus pais. Assim, no âmbito da campanha de sensibilização #VamosTocarNesteAssunto, a APU e a APDPróstata reforçam o papel das famílias no apoio aos seus entes queridos (pai, tio, irmão ou avô) que vivam com cancro da próstata.

“O questionário demonstrou que cerca de 50% dos doentes passam meses sem falar ou nunca falam sobre a doença com os seus familiares. É fundamental que a família incentive o diálogo em todas as fases da jornada de luta contra a doença e esteja ao lado do doente ao longo do processo”, reforça Joaquim Domingos, presidente da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP) e sobrevivente de cancro da próstata.

Para apoiar os doentes com cancro da próstata é essencial que também os seus familiares estejam devidamente informados sobre a doença e tudo o que esta envolve. Contudo, apesar de o cancro da próstata ser a doença oncológica mais frequente no homem e, em Portugal, afetar cerca de 6 mil homens por ano, os dados do questionário mostraram que ainda existe uma grande falta de conhecimento e de literacia sobre a doença.

Miguel Silva Ramos, presidente da Associação Portuguesa de Urologia (APU), sublinha: “46% dos inquiridos sabiam pouco sobre a doença no momento do diagnóstico e 26% afirmam mesmo que não sabiam nada. É necessário colmatar esta lacuna urgentemente. Temos de promover cada vez mais a partilha de informação credível sobre a doença e alertar para a importância de realizar exames periódicos, que permitam um diagnóstico e tratamento atempados.”

O cancro da próstata é a quarta principal causa de morte mundial por cancro, o que representa mais de 10% das mortes por doença oncológica a nível global.

Sintoma de Distúrbio respiratório do sono
A roncopatia é muito frequente na população geral, estimando-se que afete cerca de 40% dos homens e

“A roncopatia ou ressonar é o ruído emitido durante o sono resultante da vibração de estruturas da via aérea superior, como as paredes da faringe e o palato”, explica a especialista em Pneumologia adiantando que entre os fatores de risco “estão a anatomia obstrutiva da via aérea (por exemplo, a hipertrofia das amígdalas) e a obstrução nasal (por desvio do septo ou rinite), o excesso de peso e a obesidade, o consumo de álcool, tabaco, relaxantes musculares ou medicação para a dor, como os opióides”.  

Quando ressonar é um ato isolado, é frequente que quem ressona procure ajuda em consulta pelo impacto que o problema tem na sua vida familiar e social, nomeadamente, por perturbar ou interromper o sono do casal.

Não obstante, Vânia Caldeira revela que “que a roncopatia é o início de um espectro que pode terminar na Apneia do Sono”.

“O doente começa por apenas ressonar. Com a manutenção do problema podem começar a surgir microdespertares do sono associados ao esforço respiratório e depois fenómenos de obstrução parcial ou total da via aérea com dessaturação de oxigénio associada”, explica sublinhando que “ressonar não é normal” e é uma condição que deve ser investigada.

“Os doentes com apneia do sono podem ter também outros sintomas durante a noite como a dificuldade em manter o sono com muitos despertares, a necessidade frequente de urinar durante a noite e as paragens respiratórias testemunhadas por outros”, enumera acrescentando que as consequências se fazem sentir também durante o dia. “No dia seguinte pode haver a sensação de sono não reparador e o doente acordar cansado, com sonolência nas atividades mais monótonas (por vezes mesmo a conduzir), dores de cabeça, dificuldades de concentração, atenção ou irritabilidade”, revela. Motivos mais que suficientes para que o doente seja avaliado e realize um estudo do sono para que confirme o diagnóstico.

“O tratamento da roncopatia isolada depende das causas associadas. As medidas de boa higiene do sono, com adequado tempo e regularidade do mesmo, evicção de tabaco, álcool e medicação de risco, tal como refeições mais ligeiras ao deitar e perda de peso podem ajudar neste problema”, adianta quando às medidas terapêuticas disponíveis.

“O dispositivo de avanço mandibular é um dispositivo intraoral feito por médicos dentistas e que causa um avanço da mandíbula (“puxando-a para a frente”), prevenindo o colapso da via aérea e tratando a roncopatia. Também o tratamento de condições associadas como a rinite, com medicação adequada, ajuda a uma melhor respiração nasal”, acrescenta ainda, revelando que a cirurgia pode ser uma opção nos casos em que a roncopatia esteja associada ao desvio do septo nasal ou hipertrofia das amígdalas.

“Nos casos de Apneia do Sono Grave ou com sonolência diurna excessiva associada pode mesmo ser necessário fazer o CPAP, em que o doente coloca uma máscara de noite que fornece uma pressão na via aérea capaz de corrigir as apneias e diminuir o risco cardiovascular e metabólico associado”, alerta.

Quando atinge crianças, a roncopatia está associada sobretudo ao tamanho das amígdalas, excesso de peso e obesidade. “A incidência de roncopatia nas crianças é de cerca de 10 a 12%. Os estudos referem que a prevalência de Apneia do Sono moderada a grave nas crianças em idade escolar é de cerca de 1%”, refere.

“A principal particularidade dos distúrbios respiratórios do sono nas crianças é que além do ressonar, predominam sobretudo sintomas atípicos – respiração essencialmente pela boca, despertares frequentes durante a noite e enurese (incontinência urinária no sono), dificuldades de concentração e atenção, com alterações do comportamento, hiperatividade e impacto no rendimento escolar”, sublinha Vânia Caldeira.

Deste modo, a especialista aconselha a que não desvalorize o ressonar. “Ressonar não é normal e tem tratamento. Por outro lado, pode ser o primeiro sinal de um distúrbio mais grave – como a Apneia do Sono – com riscos para a saúde. Estes doentes têm maior risco de hipertensão arterial ou diabetes mellitus não controlada, de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral e de doenças como a ansiedade e a depressão”, reforça.

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Dia 20 de março na sede da APDP
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), em parceria com a Associação Protectora dos Diabéticos de...

Os rastreios vão ser realizados por dois médicos aos utentes do dia (crianças e adultos) e caso haja necessidade de referenciação, a mesma será feita para o médico dentista assistente de cada utente ou para a Faculdade de Medicina Dentária.

As pessoas com diabetes têm uma maior tendência para desenvolver complicações orais, principalmente se os níveis de glicémia não estiverem controlados. Esta tendência é derivada dos malefícios do açúcar em excesso no sangue, que promovem a inflamação e a infeção oral. As complicações orais mais frequentes incluem problemas como cárie dentária e doenças periodontais.

“Já é do conhecimento geral que as pessoas com diabetes têm o sistema imunitário mais fragilizado, nesse sentido é muito importante controlar os níveis de glicose no sangue aliado a uma boa higiene oral. É neste contexto que a APDP e a SPEMD se juntaram nas celebrações do Dia Mundial da Saúde Oral para avaliar a saúde dentária das pessoas com diabetes”, alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

João Silveira, Vice-Presidente da SPEMD, explica que “nas pessoas com diabetes os cuidados de higiene oral e o acompanhamento regular são fundamentais para a prevenção de eventuais complicações. Caso seja necessário tratamento, nomeadamente cirúrgico, o controlo da diabetes é muito importante para a prevenção de complicações pós-operatórias.”

A diabetes implica um cuidado acrescido na saúde oral, por isso é essencial manter hábitos regulares de boa higiene oral, com escovagem dos dentes, língua, uso de fio dentário e não fumar. Uma vez que nem sempre existe dor associada, quando existem problemas de saúde oral, alguns dos sinais a que os utentes devem estar atentos são: sangrar facilmente das gengivas; gengivas sensíveis, inchadas ou muito vermelhas; dentes soltos; mau hálito; entre outros. Qualquer uma destas alterações deve ser avaliada por um médico dentista.

Bruxismo pode afetar a qualidade do sono
Cada pessoa tem a sua forma de andar, dormir, beber ou até mastigar, mas a verdade é que mesmo indiv

O Instituto de Implantologia afirma que entre 15% a 90% da população já teve episódios de bruxismo, uma patologia muito associada ao stress, mas que, contudo apenas 5 a 20% tem consciência do acontecimento. Este é um comportamento que, na grande parte dos casos, não acarreta qualquer tipo de problema. No entanto, se persistir de forma regular, pode desgastar os dentes e toda a musculatura da mandíbula e ocorrendo durante a noite, pode ser considerado como sintoma de perturbação do sono.

Fatores externos e internos

Quanto à sua etiologia o bruxismo surge essencialmente a nível do sistema nervoso central, e pode ser associado em 70% dos casos a causas patofisiológicas (perturbações do sono, apneia, etc.), a fatores neuroquímicos, isto é, medicação e drogas, fumo do tabaco ou consumo de álcool, transformações genéticas), em 20 % dos casos a perturbações de stress, ansiedade, alterações da personalidade e humor, e em 10% a mudanças morfológicas (morfologia facial, assimetria condilar, forma arcada dentária, entre outros).

Sintomas de alarme

Independentemente das causas, tipologia e do grau de bruxismo que a pessoa possa sofrer, entre os sinais e sintomas que deve estar atento incluem-se:

  • Ranger ou apertar de dentes suficientemente audível para acordar a pessoa ao nosso lado;
  • Dentes que ficam desgastados, fraturados ou soltos;
  • Esmalte dos dentes gasto expondo camadas interiores dos dentes;
  • Dor crescente nos dentes ou sensibilidade dentária;
  • Músculos da mandíbula cansados ou “presos”, não “abrindo” na totalidade;
  • Dores no maxilar, pescoço ou face;
  • Dor semelhante a uma dor de ouvidos, apesar de não ter nenhum problema nessa zona;
  • Dores de cabeça que começam na região lateral da cabeça (entre os olhos e orelhas);
  • Danos derivados da mastigação;
  • Distúrbios do sono.

Por um lado, quando o diagnóstico apresenta um tipo de bruxismo mais leve, pode não vir a necessitar de tratamento médico, mas ainda assim existem casos em que a degradação dos dentes atinge tal nível que necessita de intervenção terapêutica e/ou comportamental. É um distúrbio silencioso que embora recorrente, torna-se complexo detetar a sua existência, principalmente quando ocorre durante o sono. No entanto este é um comportamento que pode ser atenuado com o devido acompanhamento médico.

Abordagem Terapêutica

Antes de mais deve ser despistada qualquer patologia, ou derivado da medicação, que possa estar por trás do bruxismo como sintoma secundário. O aconselhamento médico relativamente a bons hábitos de sono e técnicas de relaxamento pode ter efeitos positivos numa abordagem inicial.

A utilização de uma goteira oclusal, durante a noite, pode proteger os dentes de algum dano causado, sobretudo em casos de bruxismo detetados através de uma eletromiografia. Além disso, é necessário perceber que um tratamento multidisciplinar onde o desporto, a postura e novos bons hábitos de vida são fundamentais, já que a componente do stress é uma das chaves desta patologia.

Estratégias de Prevenção

  • Existem alguns comportamentos que podem ser adotados para evitar o bruxismo. Entre outras dicas incluem-se:
  • Evitar o consumo de alimentos e bebidas que contenham cafeína como refrigerantes, chocolates ou café;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar mastigar pastilha elástica, uma vez que intensifica a atividade dos músculos da mandíbula;
  • Treine-se para não ranger os dentes. Se verificar que o faz durante o dia coloque a língua entre os dentes de modo a praticar o relaxamento dos músculos da mandíbula;
  • Relaxe os músculos da mandíbula de noite com uma toalha quente junto à bochecha.

Bruxismo nas Crianças

O Bruxismo também pode ocorrer nas crianças, particularmente em dois momentos, aquando do nascimento dos primeiros dentes ou com o surgimento da dentição permanente. Além de fatores morfológicos, esta patologia nas crianças pode ser um indicativo de alergias, distúrbios intestinais, ansiedade e stress. Existem algumas medidas que podem ser tomadas para evitar o crescimento do problema, mas é sempre importante consultar o seu médico dentista.

Apesar da idade, o dormir é comum a todos e embora o nosso corpo esteja “em repouso”, a verdade é que é durante este tempo que gastamos mais energia. Por isso, é importante dormir bem e com qualidade. É necessário estar atento a todos os sintomas e na dúvida, procure a ajuda de um profissional de saúde.

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Campanha de sensibilização para os doentes com risco de evolução para COVID-19 grave.
“Avance rápido” é a mais recente campanha de sensibilização da Pfizer Portugal para os doentes com risco de evolução para COVID...

“Avance rápido” foi o título escolhido para a campanha de sensibilização desenvolvida pela Pfizer, no ar a partir do dia 16 de março. Uma iniciativa de apelo à consciencialização da população de risco para a importância de continuarmos atentos à COVID-19. Com “Avance rápido”, a Pfizer pretende impactar a população de risco de forma positiva e proativa, levando-a a tomar uma atitude: em caso de dúvida, faça uma pausa e teste-se. Se o resultado for positivo, avance – consulte o seu médico ou farmacêutico.

“A COVID-19 foi presença assídua nas nossas vidas durante mais de dois anos: em casa e na vida profissional alterou o nosso quotidiano e dominou a maioria das conversas. Com a aparente estabilização do número de casos positivos e o abrandamento dos internamentos, o tema praticamente desapareceu da agenda mediática. Com esta ação, pretendemos retomá-lo, sem alarmismos. Queremos mostrar que a COVID-19 ainda existe e que representa um risco para a população mais vulnerável, mas que a vida não tem de parar”, explica Paulo Teixeira, Diretor Geral da Pfizer Portugal. “Acima de tudo, queremos que a população de risco para a COVID-19 se mantenha informada, que esteja atenta aos sinais e que se teste sempre que se justificar. Como em tantas outras doenças, um diagnóstico precoce permite-nos atuar, também de forma precoce, na sua resolução”, conclui.

Com particular foco em grupos mais vulneráveis, como as pessoas com imunodepressão, os portadores de doenças crónicas, ou os mais idosos, a Pfizer disponibiliza através da página avancerapido.pt informação útil e reforça a importância de procura de orientação profissional em caso de doença.

 

Telemonitorização de Doentes em Risco
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira realiza no próximo dia 30 de março, no auditório do Hospital Pêro da Covilhã –...

Esta iniciativa tem o objetivo de promover a apresentação pública dos resultados do projeto. Com efeito, esta sessão irá evidenciar e reconhecer a capacidade instalada no CHUCB, com a utilização da nova solução para monitorização de doentes que promove uma melhoria na prestação de cuidados de saúde especializados para os cidadãos.

Este evento, de cariz gratuito, mas de inscrição obrigatória destina-se à comunidade hospitalar e ao público em geral e estará orientado sob a forma de mesas referentes às diferentes fases e áreas do saber, envolvidas no desenvolvimento e implementação do TERI.

Só a inscrição e presença no evento confere direito a certificado de participação. Inscrições em: chcbeira.up.events

 

 

 

HAInnovPrev tem um financiamento de 800 mil euros
Melhorar a qualidade dos currículos de enfermagem na América Latina e contribuir para a prestação de cuidados de saúde seguros...

HAInnovPrev – Empowering Nursing High Education with Innovative Healthcare-Associated Infection Prevention and Control Practices in Latin America, assim se designa o projeto, que beneficia do apoio da União Europeia e no qual participam mais cinco instituições de ensino superior: Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Viçosa (as duas do Brasil), Universidade Andina del Cusco e Universidade Nacional Autónoma de Chota (ambas do Peru).

O consórcio propõe-se desenvolver um inovador modelo pedagógico de ensino-aprendizagem, ajustado ao contexto da América Latina (modelo HAInnovPrev), sustentado em investigação, com o foco na prevenção e controlo de infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) e da resistência aos antimicrobianos (RAM).

«Prevê-se melhorar os currículos e a qualidade do ensino» nas instituições parceiras, «fomentar o desenvolvimento profissional contínuo dos professores e a cooperação interinstitucional, aumentar o nível de competências dos estudantes, adequando-as às necessidades do mercado de trabalho e da sociedade, bem como promover a prevenção e controlo de IACS e da RAM, melhorando, de modo global, a segurança e qualidade nos cuidados de saúde», lê-se na ficha do projeto liderado pela ESEnfC, estabelecimento português que já interveio, neste mesmo âmbito, com universidades do continente asiático (projeto PrevInf).

Serão produtos deste projeto, além do modelo pedagógico HAInnovPrev, um conjunto de cenários de simulação para aprendizagem clínica e um e-Book, adaptados ao contexto cultural da América Latina.

Segundo consta na fundamentação do projeto, «as infeções associadas aos cuidados de saúde e a resistência aos antimicrobianos constituem um problema de saúde e um desafio a nível global, com elevados custos e impacto nos resultados para os clientes, para os profissionais e para os sistemas de saúde», sendo que «esta problemática, acentuada pela pandemia de COVID-19, reveste-se de particular importância na América Latina, que enfrenta dificuldades decorrentes da pressão contínua das organizações de saúde, para garantir o acesso a cuidados de saúde com segurança e qualidade».

A equipa da ESEnfC ligada a este projeto é composta pelos professores Anabela Salgueiro Oliveira, Maria da Conceição Bento, João Graveto, Pedro Parreira, Manuel Chaves e Teresa Neves (que coordena), assim como pelos investigadores Paulo Costa e Filipe Santos e, ainda, pelos técnicos João Pardal e Rita Gonçalves.

O projeto HAInnovPrev tem um financiamento de 799 566 euros, proveniente da UE.

Dezoito professores das seis instituições participantes no projeto estiveram, durante esta semana, na ESEnfC, para o primeiro encontro transnacional do HAInnovPrev.

 

Implementação de boas práticas de apoio aos cuidadores informais
Foram 54 as propostas apresentadas no âmbito da 2ª edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), um...

Albufeira, Almada, Amadora, Amarante, Arruda dos Vinhos, Braga, Câmara de Lobos, Caniço, Cantanhede, Celorico da Beira, Coruche, Cuba, Esposende, Fornos de Algodres, Gondomar, Ílhavo Leiria, Loures, Lousada, Machico, Maia, Marinha Grande, Miranda do Corvo, Moura, Nelas, Oeiras, Oliveira do Bairro, Ovar, Porto, Póvoa de Lanhoso, São Pedro Fins, São Salvador e Santa Maria, Sesimbra, Silves, Sintra, Trancoso, Trofa, Viana Do Castelo, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, Vila Verde foram as autarquias locais com iniciativas que, de norte a sul do País, sem esquecer as ilhas, dão resposta às necessidades por satisfazer dos cuidadores informais. 

Necessidades que, de acordo com o inquérito feito pelo Movimento, vão desde a falta de apoio emocional/psicológico (64,6%), apoios relacionados com Estado (59,1%), apoios financeiros (51,8%), até à necessidade de receber formação específica em algum aspecto do processo de cuidar (41,2%).

Em 2021, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais já tinha desenvolvido a mesma iniciativa, recebendo 50 candidaturas, das quais 24 foram reconhecidas com o selo RACCI uma vez que se destacaram pelo cumprimento dos critérios definidos. Ver lista completa das autarquias que receberam o selo: https://movimentocuidadoresinformais.pt/racci-edicao-2/

No ano passado, em 2022, com o apoio de algumas destas entidades locais, promoveram-se ações de formação presenciais para os cuidadores informais, uma ação que recebeu centenas de cuidadores informais para esclarecimento de dúvidas e partilha de formação. 

 

 

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