16 de janeiro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], irá organizar uma Sessão intitulada “A Transformação Digital da...

Esta sessão decorre após o primeiro ano do lançamento do livro “Transformação Digital em Saúde: Contributos para a Mudança” que pretende ser um guia que incentiva a procura de soluções na área da saúde e ao mesmo tempo um espaço de partilha e de aprendizagem.

A Transição Digital da Saúde é uma alavanca indispensável à evolução do sistema de saúde para aumentar o acesso, a qualidade e a eficiência dos cuidados, desde a promoção ao follow-up e integrando todas as entidades prestadoras.

Esta sessão visa promover a discussão do impacto da Transição Digital da Saúde para os cidadãos, profissionais e gestores envolvidos no sistema de saúde. Por outro lado, visa debater os ganhos expectáveis com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, partilhando objetivos, resultados esperados e alcançados.

O programa contará com uma Sessão Plenária [15h00-15h30] “O PRR e transformação digital na Saúde” apresentada por Luis Goes Pinheiro, Presidente da SPMS [Serviços Partilhados do Ministério da Saúde]. Seguir-se-á um Debate [15h30-16h30] sobre o tema, cuja moderação estará a cargo de Teresa Magalhães [Professora na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e Coordenadora do Grupo de Gestão de Informação em Saúde da APAH].

A abertura contará com a presença de Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde e Paulo Barbosa, Presidente do Conselho de Administração do CHUPorto, fará as honras do encerramento.

Desafiar uma abordagem da deficiência baseada numa nova cultura organizacional
Problematizar a deficiência, reconhecendo o seu caráter intrinsecamente multidimensional para uma abordagem de discussão-ação...

“Em pleno século XXI, o tema da deficiência é frequentemente problematizado de forma unidimensional e assistencialista, ignorando as suas múltiplas narrativas, contribuindo para a desumanização da deficiência,” destacam os coordenadores deste curso. Abordar esta problemática requer uma análise multidimensional, multidisciplinar e integrada, numa lógica de discussão para a ação. Neste sentido, os coordenadores alertam para a necessidade de “humanizar a deficiência, promover diálogos críticos com pessoas com deficiência que permitam desconstruir tabus, dar espaço e escutar ativamente quem quer construir e fazer parte desta sociedade que somos todos nós.”

A 2ª edição do curso avançado “Diálogo(s) e Deficiência(s): A construção de narrativas para a inclusão”, que terá início em março de 2023, pretende provocar a reflexão crítica e escuta ativa, bem como desafiar a uma abordagem da deficiência baseada numa nova cultura organizacional e social que provoque um modo de olhar e de atuar centrado na pessoa e não na deficiência. Pretende ainda dar conhecimentos mais profundos sobre o potencial das narrativas na problematização da deficiência e partilhar ferramentas e práticas em torno de desafios concretos e centrais da e na deficiência, provocando uma leitura transversal e plural da temática. Outro dos objetivos é a aquisição de conhecimentos sobre a importância, o papel, as possibilidades e os limites das narrativas e dos diálogos multidisciplinares para a inclusão das pessoas com deficiência. Este curso de formação avançada enquadra-se na Área Transversal de Economia Social da Universidade Católica no Porto (ATES/UCP) e terá início em março de 2023.

 

Podologia
Porque estão em crescimento, passando por várias fases de desenvolvimento, é importante que tenhamos

Consultar um podologista é uma mais-valia no sentido de diagnosticar precocemente e evitar ou tratar possíveis patologias dos pés, como são exemplo o transtorno dos padrões de marcha, as alterações dos joelhos, as alterações do apoio plantar, o pé plano (mais conhecido por pé chato), pé cavo, o desvio dos dedos, bem como algumas alterações da pele e das unhas do pé infantil.

Contudo, a par de procurar um especialista em Podologia, existem muitos cuidados que os pais devem ter com os pés dos seus filhos, permitindo-os crescer mais saudáveis:

  • Lave e seque bem os pés das crianças todos os dias, sobretudo entre os dedos. O objetivo é prevenir as infeções por fungos, como por exemplo o pé de atleta.
  • Certifique-se que o tamanho dos sapatos é sempre o correto. Substitua os sapatos que não servem. O pé precisa de espaço para crescer.

Na altura de comprar calçado, a criança deve experimentar os sapatos nos dois pés, pois normalmente existe uma assimetria de tamanhos entre ambos. Certifique-se que a criança está confortável em ambos os pés. Opte por sapatos com contrafortes rígidos e solas maleáveis.

  • Alterne o calçado diariamente, de forma que possa arejar para eliminar a humidade e o suor.
  • Use meias apropriadas, de preferência de algodão ou de lã, e do tamanho certo. Tenha atenção que as meias podem encolher e podem restringir o crescimento do pé da criança ou provocar dedos em garra.
  • Corte as unhas da criança em linha reta, evitando que fiquem encravadas.
  • Observe os pés no sentido de identificar unhas grossas e/ou amareladas.
  • Pergunte-lhes se têm comichão nos pés.
  • Esteja atento às quedas frequentes das crianças (a posição dos pés e dos joelhos influenciam a estabilidade e o equilíbrio)
  • Valorize o aparecimento de dores nos pés, principalmente quando praticam desporto.
  • Dentro de casa, incentive as crianças a andarem descalças. Isto permite desenvolver o sistema propriocetivo, melhora o equilíbrio e permite que os seus pés se desenvolvam e fortaleçam sem restrições.
  • Lembre-os que devem andar sempre calçados em piscinas e balneários.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo da Universidade de Coimbra
Um estudo liderado por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) revela...

A doença de fígado gordo não alcoólico caracteriza-se pela acumulação de gordura no fígado, que pode levar à fibrose hepática, que, por sua vez, pode progredir para cirrose (cicatrização do fígado) e cancro hepático. A patologia não resulta do consumo excessivo de álcool, mas de um estilo de vida pouco saudável, com pouco exercício físico e uma dieta rica em calorias. É também uma complicação frequente em doentes com diabetes tipo 2.  A diabetes tipo 2, a forma mais frequente da diabetes, é caracterizada por valores elevados de glicose no sangue, a hiperglicemia, devido à produção insuficiente de insulina (hormona que controla a entrada de glicose nas células do corpo) ou pela incapacidade do corpo em utilizá-la.

Neste estudo, publicado na revista científica Nutrients e liderado por John Griffith Jones, investigador do CNC-UC, participaram voluntários recrutados pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). A equipa de investigação entrevistou 156 participantes obesos de meia-idade, dos quais 98 apresentavam diabetes tipo 2. Além da entrevista sobre os hábitos de consumo de café, foram ainda recolhidas amostras de urina para analisar os metabolitos da cafeína e outros – os produtos naturais que resultam da degradação do café no organismo. Esta análise permitiu obter dados quantitativos mais definidos sobre a ingestão de café, algo que tem particular importância para explicar a relação entre ingestão de café e a doença de fígado gordo não alcoólico.

Margarida Coelho, investigadora do CNC-UC e uma das primeiras autoras do estudo explica que «os participantes que apresentaram maior consumo de café revelaram ter fígados mais saudáveis. Por sua vez, os indivíduos com valores elevados de cafeína mostraram ser menos propensos a ter fibrose hepática, enquanto que níveis mais altos de outros componentes do café foram significativamente associados a um baixo índice de fígado gordo, sugerindo que, para doentes com diabetes tipo 2 com excesso de peso, uma maior ingestão de café está associada a doença de fígado gordo não alcoólico menos grave».

A investigadora da Universidade de Coimbra sublinha ainda que «mudanças na dieta e no estilo de vida atuais têm contribuído para o aumento da obesidade e da doença de fígado gordo não alcoólica em doentes com diabetes tipo 2. Estas condições podem evoluir para outras mais graves e irreversíveis, sobrecarregando os sistemas de saúde».

O estudo contou também com a colaboração de investigadores da NOVA Medical School (NMS) de Lisboa e com o apoio do Instituto de Informação Científica sobre o Café (ISIC).

O artigo científico “Increased Intake of Both Caffeine and Non-Caffeine Coffee Components Is Associated with Reduced NAFLD Severity in Subjects with Type 2 Diabetes” está disponível em https://doi.org/10.3390/nu15010004

30 e 31 de janeiro
A Escola Superior de Enfermagem do Porto organiza, nos dias 30 e 31 de janeiro, o Simpósio sobre os Desafios Colocados ao...

O evento pretende contribuir para a solução do problema da falta de articulação das autonomias das instituições de ensino de enfermagem e da saúde na definição de vagas e clarificação de papéis na estruturação do “ensino clínico”.

Com lugar no Auditório da ESEP, o Simpósio junta profissionais de diversas áreas do ensino e da política. O debate relacionado com a regulação da articulação das autonomias das instituições de ensino e saúde conta com a participação dos deputados Miguel dos Santos Rodrigues do PS. Ricardo Baptista Leite do PSD, Pedro dos Santos Frazão do Chega, Carla Castro da Iniciativa Liberal e Luís Monteiro do Bloco de Esquerda.

Também nomes como João Santos, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, António Amaral, Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Manuel Lopes, Presidente da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus marcam presença no evento.

O evento termina a 31 de janeiro com o debate moderado pelo Presidente da ESEP, Luís Carvalho, com a participação de Filomena Cardoso do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS e Pedro Nuno Teixeira, Secretário de Estado do Ensino Superior.

 

Projeto cofinanciado pela União Europeia
Especialistas de instituições de quatro países (Bangladesh, Finlândia, Portugal e Vietname) estão, durante esta semana, na...

Este manual, assim como um conjunto de seis artigos científicos que espelham os resultados de estudos empíricos feitos com grupos de alunos de Enfermagem e de Medicina daqueles dois países asiáticos – a publicar em revistas com fator de impacto –, fazem parte de um trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito do projeto “DigiCare - Educating students for digitalized health care and coaching of their patients”.

Cofinanciado pela União Europeia, o projeto é coordenado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (Finlândia), com a coliderança da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e a participação de mais cinco instituições: duas do Vietname (Hanoi Medical University e Nam Dinh University of Nursing) e três do Bangladesh (City Medical College & Hospital, Khulna City Medical College & Hospital e Universal Medical College and Hospital).

De acordo com Pedro Dinis Parreira, docente da ESEnfC e investigador na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), por estes dias, os parceiros do projeto DigiCare estão «a terminar os capítulos do handbook (manual) que funcionará como modelo orientador para quem quiser implementar o projeto no seu país ou na sua academia».

Paralelamente, está prevista a publicação de «seis artigos em revistas com fator de impacto, para facilitar a disseminação do projeto», dando-lhes «mais credibilidade» e transformando o modelo Digicare, já criado, «numa ferramenta pedagógica com aceitação por parte da comunidade científica», explica Pedro Dinis Parreira.

Segundo o professor coordenador da ESEnfC, um «objetivo paralelo do projeto DigiCare consistirá em «aumentar a satisfação dos pacientes, usando as tecnologias da digitalização como parte de seu tratamento», o que irá encurtar tempos de reposta, evitando inconvenientes da ida a uma consulta.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Os protagonistas desta parceria euro-asiática estão, ainda, a preparar uma campanha mediática para divulgação do projeto, que pretendem que faça parte do maior número possível de currículos escolares.

Este projeto pretende, também, potenciar a colaboração da Comunidade Europeia (DigiNurse Community) na melhoria dos programas de apoio à prática clínica nas diferentes regiões através do uso da digitalização.

 

Segurança, qualidade e rigor dos processos, experiência demonstrada e inovação entre os critérios
A Crioestaminal foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas, pelo 3.º ano consecutivo, na categoria de Criopreservação, com uma...

Em comparação com os restantes laboratórios do setor, a Crioestaminal foi o que conquistou maior satisfação ao nível do serviço prestado (8,24), destacando-se pela segurança, qualidade e rigor dos processos, que incluem testes de viabilidade realizados a todas as amostras recebidas; pela experiência demonstrada ao nível dos tratamentos realizados – a Crioestaminal conta com 19 amostras de sangue do cordão umbilical libertadas para tratamento, 10 das quais em crianças portuguesas; pela acreditação internacional e ainda pela possibilidade de investigação e desenvolvimento de terapias com células estaminais em laboratório próprio.

Além deste critério, os 1701 casais atualmente à espera de bebé, ou que pensam vir a estar no próximo ano, envolvidos no inquérito colocam a Crioestaminal no primeiro lugar de classificação em termos de preço/qualidade (7,56), confiança na marca (7,10) e inovação (7,01), gerando uma elevada intenção de recomendação (7,66), comparativamente com outros laboratórios do setor.

A CEO da Crioestaminal, Mónica Brito, dirige o agradecimento “a todas as famílias portuguesas que depositam na Crioestaminal a confiança para guardar as células estaminais do cordão umbilical dos seus filhos e que reconhecem o trabalho dos nossos profissionais, que todos os dias se dedicam para garantir a possibilidade de acesso a tratamentos convencionais e inovadores com recurso a células estaminais”. “É pelas famílias, e a pensar no seu futuro, que a Crioestaminal se tem dedicado, ao longo dos seus 20 anos de existência, à investigação na área das células estaminais e ao desenvolvimento de novas terapias celulares”, acrescenta Mónica Brito.

O Prémio Cinco Estrelas é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, os serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação, as principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores. Utiliza a metodologia mais completa e rigorosa do mercado, aplicando diferentes técnicas de recolha de informação, de acordo com os diferentes produtos e serviços e com o perfil do seu público-alvo.

Dieta Planetária
É um daqueles dias em que chego em casa e tenho 20 minutos para almoçar.

Ao ouvir o mesmo, quando chega aos motivos pelos quais o levaram a seguir tal estilo de vida, como a existência miserável à qual a indústria da carne submete milhões de animais, o nível assustador que estamos a experienciar os efeitos das alterações climáticas, imediatamente sinto-me culpada - por estar prestes a comer as coxas de frango que estão na bancada. É caro leitor, a verdade incomoda. Vivemos como se a natureza fosse um objeto em que seres vivos se tornaram coisas e ecossistemas se tornaram recursos.

Mas a questão aqui é que nos dias que correm não nos podemos dar ao luxo de pensar apenas na nossa saúde, sem também pensar na saúde do nosso planeta. E a maior parte de nós está mesmo preocupada. Em 2019 o European Council on Foreign Relations, realizou uma pesquisa em 14 países da UE onde foi feita a seguinte pergunta “Acredita que devemos dar prioridade ao meio ambiente mesmo que ao fazer isso tenha um impacto negativo no crescimento económico?" Na maior parte dos casos, entre 55-70% das pessoas disseram que sim.

Considerando que a forma como nos alimentamos é uma das principais causas das alterações climáticas em 2019, a EAT-Lancelet Comission criou a Dieta Planetária. Esta é um tipo de dieta que foi criada com o objetivo de ser sustentável a longo prazo e promover a saúde do indivíduo e do planeta. É flexível o suficiente para acomodar tradições e preferências alimentares e os produtos de origem animal são minimizados, não totalmente excluídos, pelo que existe uma variedade de opções, tanto para os onívoros, como para os que seguem dietas vegetarianas ou veganas.

Ela se baseia em ingerir alimentos maioritariamente plant-based, ou seja, alimentos que são derivados de plantas, como frutas, legumes, grãos, nozes e sementes. Além disso, a dieta planetária promove a redução do consumo de alimentos processados e o aumento do consumo de alimentos frescos e locais, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental da produção de alimentos. Também incentiva o uso de práticas agrícolas sustentáveis e a preservação da biodiversidade.

No que diz respeito à quantidade de alimentos de origem animal, se considerarmos um adulto saudável que consome 2500 calorias por dia, recomenda-se comer aproximadamente 100g de carne vermelha, 200g de carnes brancas e peixe e 2 ovos por semana. Os valores de ingestão ideais de cada um, dependem da idade, tamanho do corpo e nível de atividade física.

Existem muitas vantagens para a saúde do ser humano e para o planeta ao seguir uma dieta planetária. Algumas das vantagens mais importantes incluem:

  1. Vantagens para a saúde: ajuda a prevenir doenças crónicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Alimentos plant-based também são ricos em nutrientes, como fibras, antioxidantes e fitoquímicos, que podem promover a saúde geral do indivíduo.
  2. Vantagens ambientais: A produção de alimentos de origem animal é mais intensiva em termos de recursos e gera mais emissões de gases de efeito estufa do que a produção de alimentos plant-based.
  3. Vantagens éticas: A produção de alimentos de origem animal muitas vezes envolve a criação de animais em condições de sofrimento e exploração. Ao escolher alimentos plant-based, é possível reduzir ou eliminar o apoio a essas práticas.
  4. Vantagens económicas: A dieta planetária pode ser mais acessível do que uma dieta baseada em alimentos de origem animal, especialmente em regiões onde os alimentos plant-based são mais abundantes e baratos.

Precisamos de reorganizar a forma como nos alimentamos para manter os ecossistemas, uma vez que dependemos dos mesmos para a nossa existência. A mentalidade de que somos entidades separadas de todo o resto que faz parte do planeta, foi justamente o que causou o problema. Pode ser difícil, uma vez que estamos acostumados a ver a natureza como algo separado da sociedade, em vez de um sistema complexo, em que, além de estarmos todos interligados, também temos os nossos destinos entrelaçados.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação é denunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros
Mais de 2.000 enfermeiros promovidos, por concurso, a especialistas entre 2005 e 2010 estão a ver recusada a contagem dos...

A situação chegou ao conhecimento do SE após a denúncia de alguns associados, que se queixam de estarem a ser ultrapassados na progressão profissional por colegas que entraram mais tarde na carreira, que se encontram na mesma categoria, mas que apenas foram promovidos a especialistas em 2019.

“Esta situação está a fazer com que os enfermeiros promovidos em 2019 vejam contados todos os pontos desde 2004, sendo assim beneficiados para efeitos de progressão na carreira, o que, naturalmente, se irá refletir num índice remuneratório superior, ou seja, num vencimento superior aos colegas promovidos em 2009 ou 2010”, explica Pedro Costa.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros recorda que, em 2009, com a publicação do Decreto-lei n.º 248/2009 de 22 de setembro, foi criada a Carreira Especial de Enfermagem, integrando as cinco categorias existentes (incluindo a de Enfermeiro Especialista) em apenas duas: as de Enfermeiro e Enfermeiro Principal. Mais tarde, com a criação do Decreto-Lei n.º 71/2019, foi reposta a categoria de enfermeiro especialista. Nessa altura, sublinha Pedro Costa, “aos profissionais que tinham progredido para a categoria de enfermeiro foi permitida a transição automática para a categoria de enfermeiro especialista”. Agora, adianta, “a estes colegas está a ser reconhecido todo o tempo de serviço para efeitos de avaliação de desempenho, sendo considerado que, como a transição foi feita de forma automática e não por concurso, a contagem de pontos é contínua até 2004”.

“Estamos perante uma situação de injustiça, dado que, para enfermeiros com a mesma progressão, há critérios diferentes na contagem de pontos para efeitos de avaliação de desempenho”, sustenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

De acordo com Pedro Costa, “aos enfermeiros que se submeteram a concurso entre 2006 e 2010 apenas foram contados pontos após as datas de tomada de posse”.

O Sindicato dos Enfermeiros irá dar nota desta matéria ao Ministério da Saúde, dado que considera que “esta situação é potenciadora de injustiças entre os enfermeiros”. No limite, “pode mesmo violar o princípio da igualdade previsto na Constituição da República”, sustenta Pedro Costa.

“É inaceitável que o Decreto-lei n.º 80-B/2022, criado para resolver injustiças na avaliação dos enfermeiros, acabe por gerar ainda mais injustiças do que as anteriormente existentes”, acrescenta o presidente do SE.

Janeiro e Fevereiro são meses críticos
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela a todos os potenciais dadores que façam a sua dádiva de sangue...

Em comunicado, o IPST explica que o agravamento das infeções respiratórias sazonais e as condições atmosféricas adversas têm contribuído, tal como em anos anteriores, para uma menor afluência aos locais de colheita e uma maior suspensão para a dádiva de sangue.

Dados do IPST revelam que, a 10 de janeiro, as reservas de sangue e componentes sanguíneos situam-se entre os 4 dias para O positivo e O negativo, 5 dias para A negativo e 45 dias para AB positivo. Os dias de reserva considerando as existências nos hospitais situam-se entre os 18 dias para O positivo, os 20 dias para A positivo e os 57 dias para AB positivo.

Para fazer face a esta carência sazonal, o IPST deslocalizou algumas sessões de colheita de sangue do mês de dezembro para o mês de janeiro, iniciou a emissão de spots de apelo à dádiva nas rádios e televisões.

O IPST relembra que, embora a maioria das colheitas nos serviços de sangue hospitalares sejam realizadas em horário laboral, os três Centros de Sangue e da Transplantação do IPST estão disponíveis para receber todos os dadores de segunda a sábado das 8h00 às 19h30. O IPST realiza ainda todos os dias, de segunda a domingo, uma média de quatro sessões móveis de colheita de sangue.

Para ser dador de sangue é necessário ter entre 18 e 65 anos (idade limite para a primeira dádiva é 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 Kg e estar saudável.

 

Dados de 2022
Segundo os dados agora divulgados, mais de 13 mil portugueses registaram, em 2022, o seu testamento vital, um número que...

O Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV), sistema gerido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) que permite registar toda a informação relativa a este documento, entrou em funcionamento em 2014 e, desde essa data, mais de 53 mil portugueses registaram o seu testamento vital.

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem o número mais elevado de testamentos vitais registados, aproximando-se dos 22 mil, seguindo-se o Norte com mais de 16.700, o Centro supera os 7.700, o Algarve mais de 2.800, o Alentejo ultrapassa os 1.900, a Madeira tem mais de 1.300 e nos Açores há mais de 800 registos.

Até dia 9 de janeiro de 2023, o número de testamentos vitais ativos ultrapassava os 34.500, dos quais mais de 12 mil outorgados por homens e mais de 22.500 por mulheres. Em qualquer dos géneros, as faixas etárias com maior número de registos ativos situam-se entre os 65 e os 80 anos e entre os 50 e os 65 anos.

Para fazer o seu testamento vital, basta preencher o formulário do testamento vital ou diretiva antecipada da vontade e entregar num dos muitos balcões do RENTEV, espalhados pelo país, ou enviar por correio. É válido durante 5 anos, a contar da data da assinatura, e pode ser alterado e renovado.

 

 

Reconhecimento das boas práticas de promoção da prevenção e reciclagem de resíduos
A Universidade Católica no Porto foi distinguida pela Lipor com o certificado “Coração Verde”, como reconhecimento pelas boas...

Isabel Braga da Cruz, presidente da Universidade Católica no Porto, enalteceu o papel de todos no percurso que levou à atribuição do “Coração Verde”, reiterando que este “é o reconhecimento de que a Universidade e a sua comunidade estão empenhadas em reduzir a pegada ecológica e em contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e membro do conselho de administração da Lipor, elogiou o trabalho desenvolvido pela Católica no Porto, salientando que “este é um processo contínuo de mudança que deve ser liderado por todos em prol de um bem comum.”

A Universidade Católica no Porto tem mantido um olhar atento ao contínuo desafio da otimização dos processos de gestão ambiental. Neste sentido, em janeiro de 2019, com o objetivo de reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade, a Universidade iniciou o processo para obtenção do Certificado “Coração Verde” junto da Lipor. Através desta cooperação, os resultados são visíveis: alteração de comportamentos na deposição seletiva de resíduos; melhoria na qualidade da separação efetuada; envolvimento de estudantes, colaboradores e investigadores nas opções das áreas de maior influência; eliminação significativa de pontos de deposição de resíduos indiferenciados desnecessários; colocação de novos pontos de recolha seletiva, em especial de plástico/metal; reforço dos pontos de recolha de papel/cartão, nomeadamente junto de todas as impressoras e dos gabinetes; uniformização dos equipamentos de deposição, solução com aproveitamento de contentores existentes, aquisição de novos contentores complementados com a colocação de contentores fornecidos pela Lipor; melhoria da recolha seletiva nos laboratórios de investigação e na recolha das áreas académicas e espaços de restauração, entre muitos mais aspetos.

Seguiu-se uma mesa redonda sobre o tema “A Sustentabilidade na Universidade Católica no Porto”. Célia Manaia, vice-presidente da Católica no Porto, moderou uma conversa entre especialistas que deram exemplos da abordagem ao tema Sustentabilidade.   As iniciativas pioneiras “Cadeiras ODS” e “A Natureza em Sala de Aula” foram dois exemplos trazidos para ilustrar o que se tem vindo a fazer ao nível do ensino.  Helena Gonçalves, docente da Católica Porto Business School, explicou que na iniciativa pioneira da Universidade Católica, as cadeiras ODS são pautadas por uma forte interdisciplinaridade, ministradas por docentes de diferentes áreas do conhecimento para estudantes de diferentes cursos dos 4 campi da Católica. Marisa Costa, docente da Faculdade de Educação e Psicologia, explicou como se pode incutir nos mais jovens, simultaneamente o gosto pela natureza e pelo conhecimento através de aulas que decorrem na Natureza. Ezequiel Coscueta, investigador do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), explicou como a investigação e a inovação podem dar valor ao que temos vindo a considerar desperdício, os ditos subprodutos industriais que podem ganhar uma nova vida na indústria cosmética, farmacêutica ou alimentar, reintegrando assim a economia. Carlos Ferreira, investigador do projeto Alchemy do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), referiu como todos podemos ser embaixadores de sustentabilidade, dando o exemplo de opções como os orçamentos participativos, como forma de incentivo à criatividade e proatividade no desenvolvimento de soluções promotoras de sustentabilidade. No final da mesa redonda, todos concordaram que ainda há um longo caminho a percorrer, mas que se cada um conseguir fazer o seu papel, estaremos mais perto de contribuir para o cumprimento dos grandes objetivos europeus: reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050.

A sessão de entrega do Certificado “Coração Verde”, que se realizou a 6 de janeiro num Auditório do Edifício Américo Amorim da Universidade Católica Portuguesa no Porto, contou com a presença da presidente da Universidade Católica no Porto, Isabel Braga da Cruz; do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto e administrador da Lipor, Filipe Araújo; do CEO da Lipor, Fernando Leite; de um membro da WEGHO, Elsa Alves; e da diretora de infraestruturas da Universidade Católica no Porto, Isabel Figueiredo.

Robot permite cirurgias com maior precisão, flexibilidade e controlo
O Hospital CUF Porto adquiriu o robot ‘Da Vinci Xi’, um modelo de última geração de sistemas cirúrgicos robóticos, tendo já...

Esta aposta permite ao Hospital CUF Porto prestar uma resposta ainda mais diferenciada às necessidades dos doentes, tornando-se na primeira unidade de saúde privada a norte do país a dispor desta tecnologia robótica de última geração.

Com equipas experientes e certificadas em cirurgias assistidas por robot, o Hospital CUF Porto, numa primeira fase, inicia a cirurgia robótica nas especialidades de Urologia, Ginecologia e Cirurgia geral, alargando no futuro a resposta nas áreas de Cirurgia Cardíaca e Cirurgia Torácica.

A robótica tem vindo a revolucionar a forma como as cirurgias são realizadas. O robot ‘Da Vinci Xi’ funciona como uma extensão dos olhos e das mãos do médico, permitindo executar procedimentos cirúrgicos com maior precisão, flexibilidade e controlo, e realizar procedimentos complexos de forma mais facilitada. “Está comprovado cientificamente que a cirurgia robótica acrescenta vantagens, quer para o doente quer para o cirurgião, e permite ultrapassar algumas limitações da cirurgia laparoscópica na realização de intervenções mais complexas”, afirma Rui Prisco, Coordenador de Urologia no Hospital CUF Porto. 

A imagem tridimensional de alta definição é ampliada, o que possibilita ao médico, durante a cirurgia, ver o que antes era difícil ou até impossível. Para além de proporcionar uma melhor ergonomia ao cirurgião, que opera sentado numa consola, a cirurgia robótica “aumenta a precisão dos movimentos do cirurgião e a estabilidade dos instrumentos no campo operatório, filtrando o tremor natural do cirurgião", evidencia Rui Prisco. 

Por serem cirurgias menos invasivas e mais precisas, “implicam um menor número de incisões, o que faz com que o doente fique com cicatrizes mais pequenas, tenha menos dor no pós-operatório, uma recuperação mais rápida com melhor cicatrização de tecidos e, por isso, menos tempo de internamento”, destaca o cirurgião.

Este sistema robótico tem vários campos de aplicação, dos quais se destacam, a cirurgia urológica, sobretudo no tratamento do cancro da próstata e rim, a cirurgia bariátrica, a cirurgia colorretal, a cirurgia ginecológica para tratamento da endometriose, entre outros. 

Ao nível da cirurgia urológica, Rui Prisco evidencia o papel da robótica no tratamento do cancro da próstata, a primeira cirurgia realizada no Hospital CUF Porto com recurso ao robot:  “a remoção total da próstata é uma cirurgia exigente e de grande dificuldade técnica, existindo uma grande mais-valia na cirurgia robótica  por ter um menor risco de complicações cirúrgicas e de efeitos secundários associados”.

A cirurgia assistida por robot é um procedimento seguro e realizado apenas por equipas especializadas, certificadas e com muita experiência, desde cirurgiões a enfermeiros e anestesistas. 

A instalação deste sistema robótico no Hospital CUF Porto vai permitir prestar uma resposta mais diferenciada às necessidades dos doentes e aumentar o acesso da população da região a tecnologia de última geração. 

Esta aposta é mais um exemplo de como a CUF se posiciona na vanguarda da inovação ao serviço da medicina, assumindo como prioridade a segurança clínica e o conforto para o doente.

 

Tabaco e gravidez
O consumo de tabaco está associado a uma diminuição da fertilidade natural, tanto no homem como na m

“Todos sabemos que o tabaco é prejudicial para a saúde e que as mulheres grávidas não devem fumar, mas é preciso reforçar o alerta para os malefícios do cigarro antes mesmo de a gravidez acontecer. E, em alguns casos, pode não acontecer devido ao tabaco”, lembra o médico.

“Se o casal está a pensar ter um filho neste novo ano, deve deixar de fumar. Hábitos saudáveis como praticar atividade física e passear ao ar livre podem ajudar a controlar a ansiedade da abstinência do tabaco. O casal deve apoiar-se e definir estratégias em conjunto para superar o desafio de deixar de fumar. Esta cumplicidade é benéfica e necessária quando se pretende iniciar a caminhada de fazer crescer a família”, aconselha o especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

De acordo com Sérgio Soares, o cigarro prejudica a função ovárica, o transporte embrionário ao longo da trompa e a recetividade do endométrio. No homem, a exposição aos compostos do fumo do tabaco afeta a produção espermática, com redução do volume seminal, mobilidade, morfologia e concentração de espermatozoides. A qualidade dos espermatozoides também pode estar comprometida: nos casais com parceiro masculino fumador, observa-se um aumento no tempo necessário para conseguir uma gravidez natural quando o consumo ultrapassa os 15 cigarros por dia.

No caso das mulheres, o tabaco pode aumentar em 60% o risco de infertilidade, sendo que as que recorrem a tratamentos de procriação medicamente assistida veem diminuído em 50% o sucesso terapêutico. “O tabagismo reduz a probabilidade de gravidez após a transferência de embriões de ótima morfologia à cavidade do útero, mesmo quando se trata de embriões resultantes de ovócitos doados por dadoras não fumadoras”, alerta o médico.

Impacto na saúde dos filhos

De acordo com Sérgio Soares, a exposição pré-natal ao tabaco está associada a um aumento da incidência de má formação no feto, obesidade, hiperatividade e transtornos de comportamento da descendência na vida adulta. Além disso, as mulheres que fumam durante a gravidez podem provocar, no caso dos rapazes, “uma redução da concentração do esperma de 20-50% em comparação com os não-expostos, e uma reserva limitada de ovócitos e subfecundidade no caso das raparigas”, explica Sérgio Soares.

O pai fumador, mesmo apenas no período pré-concecional imediato, pode contribuir para uma maior incidência de cancro na descendência. “Acredita-se que tal facto se deva a que as mutações do esperma possam ser transmitidas ao feto de modo permanente, passando a fazer parte da composição genética da futura geração”, salienta o médico.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26 de janeiro
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) realiza no dia 26 de janeiro, às 17h00, um webinar exclusivamente dedicado à...

O evento, moderado pelo jornalista Paulo Farinha, vai centrar-se na abordagem dos sintomas e no diagnóstico da LLC bem como na evolução da doença e nas opções terapêuticas. As temáticas serão abordadas, respetivamente, pelos hematologistas Daniela Alves, do Centro Hospital Universitário Lisboa Norte, e José Carda, do Hospital Universitário de Coimbra. No final da sessão, os participantes terão ainda oportunidade de conhecer o testemunho real de um doente.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela APCL que tem como objetivo criar um espaço de partilha de informação e experiências relevantes para pessoas que vivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

13 de janeiro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove no dia 13 de janeiro, a partir das 9h30, a 24.ª Edição...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade.

A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 24.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do CHUA. Com um programa bastante diversificado, em cima da mesa de debate vão estar temas como: «CHUA: realidade e principais desafios», «Atenuando constrangimentos: apostas recentes e futuras» e «Novo estatuto do SNS – que expetativas?».

 

Pulseira que regista dados vitais
Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para...

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (oxigenação do sangue e pulsação, para já) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá em breve abranger outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

"Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura", afirma Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ).

 

Rastreio oncológico
Integrado no Programa de Rastreios da Administração Regional de Saúde do Alentejo, a Coordenação Regional, em articulação com a...

Esta sessão destina-se a utentes do concelho de Alvito, elegíveis para rastreio, com idade superior ou igual a 50 anos ou inferior ou igual a 74 anos. Decorre, das 10h00 às 12h00, no Centro Cultural de Alvito, e das 14h30 às 16h30, no Centro Cultural Vila Nova da Baronia.

O objetivo passa por dar resposta ao diagnóstico precoce do Cancro do Colon e Reto, melhorando e otimizando o acesso ao processo de rastreio da população no concelho, assim como a partilha de informação e recomendações relevantes sobre o tema.

No final da sessão, vão ser entregues kits com as devidas instruções para que os participantes possam realizar uma pesquisa de sangue oculto nas fezes, para rastreio.

Os rastreios, nomeadamente os oncológicos, são meios que nos permitem rápida, e de uma forma fácil, identificar anomalias/ lesões em estados iniciais de doença e/ou precursoras de situações mais graves.

 

 

4ª maior causa de morte precoce no país
O consumo de álcool está enraizado nos hábitos da população portuguesa, manifestando-se até nas faix

No entanto, todos os excessos têm as devidas consequências e é mais importante do que nunca sublinhar a ligação das bebidas alcoólicas com o desenvolvimento das doenças hepáticas crónicas, a quarta maior causa de morte precoce no país e, na sua generalidade, derivada do consumo de álcool. Se pretende cortar o mal pela raiz e prevenir-se, pode aproveitar a oportunidade de começar o ano com melhores hábitos, aderindo à segunda edição da iniciativa “Janeiro Sem Álcool”, da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

A campanha, que decorre internacionalmente sob o mote “31 Dias Sem Álcool”, objetiva consciencializar a população para os danos causados pelo álcool e as patologias que advêm do seu consumo, como é o caso da cirrose, a fase mais avançada da doença hepática alcoólica. No entanto, é crucial entender que o início destas condições é silencioso e passa pela acumulação de gordura no fígado, um distúrbio conhecido por esteatose hepática ou fígado gordo, e que afeta cerca de 80% dos consumidores, já que o álcool facilita a concentração de ácidos gordos.

Esta gordura pode ser detetada com uma simples ecografia à região do abdómen, verificando-se através da visualização do fígado aumentado. Nas fases iniciais da patologia, é possível ser-se assintomático ou apresentar sinais como mal-estar, fadiga, dor na zona superior do abdómen, alterações no apetite e inchaço. No entanto, a evolução para quadros clínicos mais graves está associada a problemas de saúde mais debilitantes:

  • Deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática);
  • Hemorragias;
  • Pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia);
  • Acumulação de líquido no interior da barriga (ascite);
  • Cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

Ainda que as lesões no fígado, no caso da cirrose, sejam permanentes e com a probabilidade de descompensação e falência do órgão, existe uma terapêutica associada e que pode atrasar a progressão desta doença que destrói o fígado e a sua capacidade de filtragem de elementos prejudiciais no sangue.

Nos casos iniciais, é possível minimizar os danos deixando de ingerir álcool e adotando uma dieta nutritiva, pobre em gorduras e rica em nutrientes. Por outro lado, nos estádios mais graves, poderá ser recomendada medicação que controle os sintomas. O transplante do fígado é apenas indicado quando o seu funcionamento está gravemente comprometido e as outras formas de tratamento não estão a ser eficazes.

Visto que o álcool é um dos elementos na base do desenvolvimento da doença hepática e as suas complicações potencialmente mortíferas, é necessário adotar uma postura reflexiva sobre o consumo deste tipo de bebidas, analisando comportamentos como:

  • Dificuldade em parar de beber; 
  • Consumo isolado, fora de situações sociais;
  • Indícios físicos de abstinência (ansiedade, tremores, suores excessivos, entre outros);
  • Priorização do consumo em relação às restantes atividades do quotidiano;
  • Agressividade ao ser confrontado com a dependência.

Se enfrenta este problema ou conhece alguém com atitudes aditivas, não hesite em recorrer a ajuda médica. Poderá ser necessário estabelecer um apoio multidisciplinar, que incida igualmente na esfera física e psicológica, englobando desde o hepatologista ao psicólogo clínico. Desafie-se, com a ajuda da APEF, e torne o seu janeiro (e o resto do ano) isento de álcool.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médicos vão ser homenageados pelo empenho, dedicação e resiliência em situações extremas de pandemia
A Ordem dos Médicos vai homenagear um conjunto de médicos que ao longo dos últimos três anos se distinguiram pelo seu empenho,...

“É um orgulho imenso ver reconhecido o papel que os médicos desempenharam nesta crise com contornos que ninguém poderia imaginar em março de 2020 e, acima de tudo, ver o meu nome no rol de médicos que a Ordem dos Médicos decidiu homenagear”, salienta o médico Rui Nunes.

O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos contra a COVID-19 nasceu em janeiro de 2020, numa altura em que a Organização Mundial de Saúde não tinha sequer declarado a pandemia, e foi uma estrutura determinante nos alertas que lançou e nas recomendações que fez, para garantir que Portugal respondia melhor a esta emergência de saúde pública internacional.

“Este Gabinete de Crise desempenhou um papel central no aconselhamento à população e às estruturas de Saúde Pública em Portugal”, recorda o presidente da APB e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos. Numa altura em que ainda nem se falava em pandemia, mas que em vários pontos do mundo os casos positivos atingiam já números assustadores, recorda Rui Nunes, “este Gabinete teve o condão de estar na linha da frente do combate à COVID-19”.

O presidente da APB lembra que foi por ação deste Gabinete de Crise da OM que foi possível criar sinergias com o Instituto Superior Técnico, para desenvolver o Indicador de Acompanhamento da Pandemia, uma alternativa à matriz de risco que ajudou a monitorizar de forma mais célere e completa o impacto da pandemia, permitindo sugerir semanas antes muitas das medidas que viriam depois a ser acolhidas pelo Governo e pelas autoridades de Saúde.

Para o pretendente a bastonário da Ordem dos Médicos, e que reuniu em torno da sua candidatura o maior número de subscritores de todas as candidaturas, “a criação do Gabinete de Crise demonstrou, mais uma vez, o papel central que a OM deve assumir na Saúde em Portugal, sendo um dos parceiros preferenciais para a tomada de decisões e para a análise e monitorização da Saúde no nosso País”. “É um pilar que deve ser mantido e potenciado pelo próximo bastonário”, acrescenta o também professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A homenagem da Ordem dos Médicos irá decorrer esta manhã, durante um evento dedicado à Comunidade Médica de Língua Portuguesa, subordinado ao tema “Desafios da Saúde Global no Espaço da Lusofonia”, e que decorrerá no auditório da sua sede, em Lisboa.

Com esta conferência pretende-se privilegiar as relações de proximidade e sinergias que visam a partilha de conhecimento e experiências internacionais, abordando temas de maior relevância na medicina e na comunidade médica dos países lusófonos.

Páginas