Inauguração contou com a presença do Ministro da Saúde
A AstraZeneca, multinacional biofarmacêutica orientada para a ciência, acaba de anunciar o investimento de 2,5 milhões de euros...

Este é um investimento que traduz o compromisso com a sociedade, as pessoas e o planeta e permite ainda contribuir para a descarbonização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), através da criação da primeira comunidade de energia desta natureza em Portugal, com o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), na Amadora, que dista apenas dois quilómetros da sede da AstraZeneca. 

Com este projeto, para o qual foi selecionada a Greenvolt, a AstraZeneca Portugal reforça a sua intervenção no movimento de transição energética. A criação da comunidade de energia inovadora permite a partilha da energia produzida e não consumida pela AstraZeneca aos seus vizinhos num raio de quatro quilómetros. Tendo presente os objetivos de descarbonização do SNS, esta partilha, estimada em 100MWh/h, será feita ao HFF, hospital que serve mais de 550.000 utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra.

Empenhada na liderança mundial na sustentabilidade e aceleração da descarbonização, além da renovação da sede foi também apresentada uma solução de mobilidade elétrica inovadora. Esta solução, implementada em parceria com a EVIO, possibilita a utilização da energia solar produzida no edifício para o carregamento das viaturas elétricas nas instalações da companhia, permitindo a descarbonização da frota da empresa bem como uma redução significativa do custo de carregamento.

A companhia já tinha assumido o compromisso de transição de toda a frota (aproximadamente 200 viaturas) para 100% elétrica até ao final de 2024. Para suportar esta transição estão a ser instalados carregadores na casa de cada um dos colaboradores, sempre que tecnicamente possível.

O investimento feito cobre ainda a criação de uma aplicação informática de marcação de almoços antecipada, de modo a diminuir as emissões de carbono associadas à dieta dos colaboradores na cantina do edifício; a instalação de um compostor para tratamento de resíduos orgânicos provenientes desta e a criação de uma horta comunitária com 12 parcelas de 10 a 12 m2, fertilizadas pelo composto destes resíduos, criando assim uma economia circular no edifício. Foi ainda feita a recuperação do depósito para o aproveitamento das águas pluviais e colocado chão exterior em betão poroso, para permitir a absorção da água das chuvas pelo solo.

Na renovação do edifício, a AstraZeneca recuperou e reutilizou algum do material já existente e doou o que já não fazia sentido manter e se encontrava em bom estado a algumas instituições, como a REMAR, a REFOOD, a Associação Paulo Bento e a Escola Terra, tendo ainda sido doados equipamentos informáticos à Câmara Municipal de Oeiras, à APPACDM e à Médicos do Mundo.

Sérgio Alves, presidente da AstraZeneca Portugal, considera que “é importante passar das palavras à ação e foi isso que quisemos com esta remodelação, que nos permite ter um edifício que alia o conforto à sustentabilidade, onde a gestão de recursos e a poupança energética se traduzem, de forma real, em benefícios para todos – pessoas, comunidade e planeta”.

João Manso Neto, CEO da Greenvolt, destaca ser um “privilégio anunciar a adjudicação da Comunidade de Energia AstraZeneca, uma comunidade diferenciadora, que vem demonstrar que os benefícios das comunidades não se limitam a energia limpa e mais barata, mas também podem ser um acelerador da descarbonização ao nível dos transportes, com uma solução de mobilidade elétrica inovadora, em colaboração com a EVIO. Estamos muito entusiasmados com este projeto e com futuros projetos com a AstraZeneca na execução da sua estratégia de sustentabilidade em Portugal e nas geografias onde estão presentes”.

Joana Chêdas, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Fernando Fonseca, afirma: “O HFF encara o tema da sustentabilidade ambiental na Saúde com grande seriedade, porque é prioritário para o futuro. A descarbonização e a eficiência energética são um desígnio para o futuro do nosso planeta, mas também para o futuro da nossa saúde.”

Nos últimos três anos, o HFF apostou em investimentos que melhoram a eficiência energética e produção de “energia verde”, através da candidatura ao POSEUR, no valor de 6 milhões de euros. Joana Chêdas precisa: “iremos melhorar a nossa classe energética de D para B e instalámos dez mil metros quadrados de painéis fotovoltaicos, permitindo já uma poupança de 350.000€.  Desde o primeiro contacto da AstraZeneca, onde nos transmitiram a sua visão sobre o futuro, a nova sede, a energia sustentável, a mobilidade verde, que o HFF aceitou fazer parte do mesmo, estabelecendo-se uma parceria assente no “novo” conceito de comunidade de energia produzida por painéis fotovoltaicos e assim damos mais um passo para a neutralidade carbónica do HFF. Tal como no dia-a-dia da saúde pública, sabemos que, juntos e em rede, é possível um caminho de todos para todos”.

A inauguração da renovada sede da AstraZeneca Portugal aconteceu ontem e contou com mais de 100 convidados externos, entre os quais o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que encerrou a cerimónia e plantou uma árvore numa das parcelas da horta comunitária da companhia. 

Nova valência permitirá alargar o leque de patologias tratadas
O Hospital de Braga vai aumentar as suas valências através da criação do Serviço de Hematologia, alargando as patologias...

A decisão do Conselho de Administração do Hospital de Braga é mais um exemplo da forte aposta na melhoria da qualidade, da eficácia e da eficiência dos serviços prestados aos utentes. Nas palavras da Diretora Clínica, Paula Vaz Marques, “o Hospital de Braga tem um nível de diferenciação tal que obriga à existência de um Serviço de Hematologia, de forma a poder oferecer mais serviços os seus utentes e trata-los em proximidade, evitando que estes tenham que se deslocar a outras instituições para verem o seu problema investigado e tratado”.

A Hematologia Clínica dedica-se ao diagnóstico e tratamento das doenças do sangue e dos órgãos que intervêm na sua formação. Até agora, os hematologistas do Hospital de Braga estavam integrados no Serviço de Oncologia. Contudo, a premência em dar resposta às necessidades crescentes da população, motivou a contratação de mais médicos, permitindo, assim, aumentar também o portefólio de serviços a oferecer aos utentes.

Herlander Marques, especialista em Oncologia, dedicado à Hematologia há largos anos, no Hospital de Braga, e investigador no Centro Clínico Académico de Braga (2CA-Braga), esclarece que a maior parte das doenças de hematologia são do foro oncológico, mas que se assiste a uma evolução e a um aumento de volume de doentes não oncológicos.

Considerando de grande importância a criação do Serviço de Hematologia Clínica, João Porfírio Oliveira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, destaca que a decisão se enquadra no compromisso do Hospital de Braga prestar cuidados de saúde de excelência, através de uma prática caraterizada pela qualidade, competência, rigor, eficiência e diferenciação

 

Opinião
A Síndrome do Intestino Irritável afeta cerca de 10% da população, o que é uma elevada prevalência.

O que é a Síndrome do Intestino Irritável?

Embora a causa subjacente da síndrome do intestino irritável ainda não seja conhecida, a condição leva a movimentos anormais a nível intestinal, o que por sua vez pode levar a espasmos. Esta é uma condição funcional, o que significa que não existem diferenças físicas no intestino de uma pessoa com ou sem a síndrome do intestino irritável. A única diferença é a forma como os intestinos funcionam.

Esta condição leva a uma série de sintomas incluindo dor, inchaço abdominal, diarreia e obstipação. Os fatores agravantes que levam a este tipo de episódios, não são sempre possíveis de serem identificados e podem ser esporádicos, sendo que nem sempre se irá perceber quando ocorrem.

Alguns profissionais acreditam que a síndrome do intestino irritável pode estar diretamente relacionada com a motilidade do intestino. Quando está baixa, poderá levar a obstipação e inchaço. Por outro lado, quando a motilidade está extremamente elevada, poderá estar relacionada com contrações mais intensas, sendo mais propenso a diarreia.

Os sintomas da síndrome do intestino irritável são extremamente diferenciados de pessoa para pessoa, quer a nível de frequência como da sua gravidade. Enquanto algumas pessoas podem apresentar esporadicamente alguns sintomas, outras precisam de fazer grandes alterações no seu dia-a-dia de forma a lidar com os mesmos. Isto faz com que a síndrome do intestino irritável seja uma condição muito individual e é raro encontrar duas pessoas com exatamente os mesmos sintomas.

A ligação corpo-mente

Estatisticamente, os sintomas da síndrome do intestino irritável são mais propensos em mulheres e poderão estar associados a ansiedade. Infelizmente, só aumenta o “mistério” em torno da condição! É sabido que a ansiedade tem um impacto direto no que toca à síndrome do intestino irritável. Para alguns, a ansiedade poderá despoletar episódios de diarreia ou obstipação, enquanto outros podem sentir inchaço ou flatulência. Como esta síndrome tem uma forte relação com a ansiedade e stress, muitas pessoas não atribuem a devida importância. Algumas até podem dizer “está tudo na cabeça”, mas não é o caso. Embora os sintomas sejam exacerbados pelo stress, eles são bem reais!

Gerir a Síndrome do Intestino Irritável: tratamento & suporte

Poderá até surpreender, mas quando se trata a síndrome do intestino irritável não se está a tratar realmente a condição. Ainda não há consenso a nível médico da causa, não havendo forma de combater a fonte do problema. Contudo, há formas de combater os seus sintomas, desde que saiba como.

Embora não haja cura para a SII, os seus sintomas podem ser controlados através de alterações na alimentação como no estilo de vida. Não têm de ser necessariamente grandes alterações, mas, manterão o seu intestino e por consequência, a pessoa, muito mais feliz! Quando se trata de combater os sintomas, estamos a lidar diretamente com casos de obstipação, diarreia, flatulência, inchaço e dor resultantes da síndrome do intestino irritável.

Reduza as porções

Refeições com porções mais pequenas e regulares irão ajudar o intestino, comparativamente com refeições “pesadas”. A preparação prévia das mesmas poderá ser uma grande ajuda na logística, basta saber o que dar preferência ou não, a nível da escolha dos alimentos.

Beba mais água

Os especialistas recomendam uma média de 8 copos de água por dia. Isto garante que o seu intestino fique lubrificado e evite a obstipação como o excesso de gases. Outro ponto importante, e que poderá influenciar de forma positiva, é a redução do consumo de café e refrigerantes. Para além de ser melhor para os seus intestinos, também tornará mais fácil aumentar o consumo de água.

A questão da fibra não é assim tão simples quando se trata da síndrome do intestino irritável. Enquanto por um lado é recomendado por outro lado, poderá ser benéfico a sua redução. E porque esta confusão? Porque depende do fator individualidade!

Se o seu problema é sofrer de diarreia e de forma regular, certifique-se que reduz a ingestão de fibras. Por outro lado, se sofre de obstipação, será recomendado o aumento de fibras. Obter o equilíbrio certo poderá ser complicado, mas, é importante ouvir o seu corpo e estar atento a cada alteração.

Faça um diário Alimentar

A forma mais simples de perceber quais os alimentos que tolera mais facilmente ou aqueles que deverá excluir, é através de um diário alimentar. Acompanhe o que come, quando come e como se sente após. Poderá começar por identificar os padrões e fazer as suas correlações. E torna muito mais simples fazer os ajustes necessários para que se sinta melhor e por mais tempo.

Alimentação baixa em FODMAP

A dieta FODMAP tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos devido ao seu impacto nos sintomas da síndrome do intestino irritável. Alimentos ricos em FODMAP (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols), têm uma correlação no aumento dos sintomas da Síndrome do Intestino Irritável. Tenha em mente que é uma dieta baixa em FODMAP e não uma dieta sem FODMAP. Eliminar por completo os FODMAPs da sua dieta e por um longo período tem um impacto negativo no seu organismo.

Indivíduos com SII, são por norma, aconselhados a substituir uma alimentação com elevado teor em FODMAPs por alternativas com baixo teor, de forma a minimizar o desconforto associados aos sintomas desta disfunção.

Segue uma lista genérica de alimentos que contêm baixo teor em FODMAPs que poderão ajudar no alívio dos seus sintomas:

  • Laticínios sem lactose ou substitutos como a bebida vegetal de amêndoa ou coco;
  • Alimentos ricos em proteína como peixe, carne, ovos;
  • Hortícolas como pepino, batata, alface, beringela, cenouras, curgete;
  • Frutas como a banana, morangos, meloa, kiwi, uvas, limões, papaia;
  • Determinadas oleaginosas: nozes, pecã, castanha-do-Pará;
  • Aveia, arroz, quinoa, milho.

Esta é a lista com alguns alimentos, com elevado teor em FODMAP, que deverá evitar, agrupados pelo tipo de Hidrato de Carbono presente:

Lactose
  • Leite de vaca;
  • Gelados, iogurte, pudins;
  • Determinados tipos de queijo, como ricota, mascarpone e cottage.
Frutano
  • Trigo e centeio como fibras adicionadas, como é o caso da inulina;
  • Cebola, alho, espargos, alcachofras, brócolos, couves de bruxelas e beterraba.
Frutose
  • Frutas como a pera, manga, maçãs, melancia, cerejas e pêssegos;
  • Produtos com elevado teor em frutose como xarope de milho, como refrigerantes, iogurtes adoçados, frutas enlatadas, alimentos processados;
  • Adoçantes artificiais como a sucralose e a sacarina.
Polióis
  • Ervilhas, cogumelos e couve-flor;
  • Peras, ameixas, maçãs, pêssegos, melancia, cerejas, amoras e nectarinas;
  • Adoçantes presentes habitualmente em pastilhas sem açúcar, gotas e xaropes para a tosse, como o sorbitol, manitol, xilitol, maltitol e isomalte.
Galacto-oligossacarídeos
  • Brócolos;
  • Soja, lentilha, grão e feijão.

Familiarizar-se com a lista dos alimentos com baixo teor em FODMAP e com a lista dos alimentos que deverá evitar é apenas uma parte da fórmula. Para uma gestão bem-sucedida dos seus sintomas, precisa de criar um compromisso com a sua saúde, manter-se disciplinado em seguir a sua dieta.

Esta condição tem potencial de afetar todos os aspetos do bem-estar da pessoa, desde as suas interações sociais até à sua alimentação, sendo fundamental que a pessoa tenha o máximo de controlo. Manter-se feliz e saudável significa conhecer as condições que o afetam, como ter as melhores opções de tratamento que se adequam melhor a si!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Encontro MentalPlus realiza-se amanhã
“Quanta atenção tens dado à tua Saúde Mental?” é o mote do encontro MentalPlus que se realiza amanhã, dia 22, na Faculdade de...

Num dia dedicado à promoção da saúde mental da comunidade estudantil, temas como o pensamento tóxico, as boas normas do pensamento critico e até o perfeccionismo enquanto causa de transtornos mentais, estarão em debate num encontro que inclui ainda um workshop de Mindfulness e Autocompaixão, assim como uma exposição subordinada ao tema Arte e Saúde Mental e um espaço dedicado à música.

Para António Macedo, docente da FMUC e Diretor do Instituto de Psicologia Médica “a Universidade de Coimbra tem, inevitavelmente, de ser promotora do bem-estar dos seus estudantes, para que a sua missão seja cumprida da melhor forma possível.”

Sobre o perfeccionismo, um dos temas em debate, António Macedo diz ser fundamental abordar o tema, recordando vários estudos promovidos por uma equipa de investigadores do IPM (FMUC), nomeadamente um estudo de 2021 o qual concluiu que as pessoas perfeccionistas sofreram mais problemas de saúde mental durante a pandemia de covid-19.

Segundo os resultados desta investigação, publicada na revista científica Personality and Individual Differences, as pessoas mais perfeccionistas "tiveram mais medo da covid-19, pensaram mais repetida e negativamente sobre a pandemia e as suas consequências, e isso levou a que tivessem mais sintomas de depressão, ansiedade e stresse", refere Ana Telma Pereira, docente da FMUC e coordenadora do estudo.

Nos últimos anos são muitos os estudos e iniciativas que, envolvendo jovens da instituição, procuram não só promover o bem-estar no seio da comunidade estudantil, como também implementar estratégias de apoio, dirigidas a estudantes em situação de stresse psicossocial.

Perante os desafios que a Faculdade coloca a cada um dos seus estudantes, a organização deste encontro considera ser importante fomentar a vigilância em torno da Saúde Mental, seja através das campanhas de sensibilização ou de iniciativas como a MentalPlus.

 

Entre 1 e 16 de abril
Segundo a Federação Portuguesa de Autismo, nos últimos 30 anos tem-se verificado um aumento do número de casos de Perturbações...

Assim, na véspera de se assinalar mais um Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, os meeting places MAR Shopping Algarve e MAR Shopping Matosinhos, em parceria com a IKEA Loulé e a IKEA Matosinhos, e com o Centro de Terapia e Desenvolvimento (O2a Centro), inauguram a exposição e iniciativa de sensibilização “Casa Adaptada”.

Entre 1 e 16 de abril, nos pisos 0 do MAR Shopping Algarve e 1 do MAR Shopping Matosinhos, estarão patentes os protótipos de dois quartos adaptados às necessidades de pessoas com PEA (Perturbações do Espetro do Autismo). Aí decorrerão também talks para o público em geral e para profissionais que trabalhem com pessoas com PEA, bem como ações de informação e sensibilização, orientadas por psicólogos e terapeutas do O2a.

Segundo a equipa do O2a Centro, que intervém de forma integrada em mais de 100 crianças com PEA, as adaptações de espaços públicos, locais de trabalho e casas devem ter em consideração não só a acessibilidade física e sensorial, mas também as competências socioemocionais e comunicativas de cada pessoa para serem o mais inclusivos possível. Optar por uma decoração com tons neutros, minimalista, compartimentada, com material pouco texturizado, insonorizado, sinalética visual, entre outros, pode ajudar a essa inclusão.

Famílias muito sobrecarregadas

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o salário bruto mensal médio da população portuguesa foi, em 2022, de 1.411 euros, o 17º mais baixo entre os 26 Estados-membros segundo o Eurostat. Famílias com crianças e jovens com PEA ficam sobrecarregadas emocional, psicológica e financeiramente. As necessidades habitacionais específicas para promover o bem-estar e a qualidade de vida das famílias é mais um custo e, por isso, os centros MAR Shopping e a IKEA unem-se para mostrar como é possível fazer essas adaptações ao custo mais acessível possível.

A equipa do O2a Centro explica que as necessidades variam consoante o grau de severidade da PEA, mas a promoção de espaços em open-space, com o mobiliário distribuído pelas laterais, bem identificado e minimalista são guidelines genéricas que podem contribuir para o bem-estar da generalidade das pessoas com PEA. O solo deve ser liso, os materiais de tons creme ou pastel, com rebordos acolchoados para minimizar o impacto sonoro e tátil, degraus diluídos e apoios à mobilidade e manipulação. Estes e outros aspetos, que vão ao detalhe dos brinquedos essenciais para as diferentes faixas etárias, serão passíveis de observar nos protótipos de quartos adaptados em exposição nos centros. 

As soluções em exposição serão posteriormente doadas a famílias com crianças e jovens com PEA, com carências económicas, identificadas pelas autarquias de Loulé e Matosinhos. Também o O2a Centro oferecerá acompanhamento a uma família carenciada durante um ano, nomeadamente uma sessão semanal de Terapia da Fala e Psicologia, e uma sessão quinzenal de Terapia Ocupacional.

“Esta é mais uma iniciativa com que procuramos contribuir para uma maior inclusão de todas as pessoas e sensibilizar para as necessidades de grupos específicos das nossas comunidades. É claro que ainda há um caminho a percorrer, mas este pode ser um ponto de partida para questões que atualmente ainda não são muito faladas, como é o caso das necessidades específicas de pessoas com PEA, as quais, segundo os estudos apontam, continuarão a ser cada vez mais”, explica Sandra Monteiro, porta-voz da Ingka Centres Portugal, proprietária do MAR Shopping Algarve e do MAR Shopping Matosinhos.

“A casa pode e deve ser o nosso local de refúgio, conforto e segurança. Percebemos também que nos pode trazer tranquilidade e bem-estar, tanto físico, como mental e emocional. Foi, por isso, um prazer pensar uma solução para pessoas que têm necessidades particulares, provando que, com os produtos regulares da nossa gama, é possível criar soluções funcionais, relevantes e sempre muito acessíveis, independentemente da condição de cada pessoa”, afirma Cátia Carvalho, Home Furnishing & Retail Design Manager da IKEA.

Henrique Mota, João Martins e Fábio Lux juntam-se à equipa
A MyCareforce, plataforma digital portuguesa que conecta Enfermeiros e Técnicos Auxiliares de Saúde a vagas disponíveis em...

Henrique Mota chega à MyCareforce como Head of Operations. Licenciado em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa, tem vários anos de experiência em gestão e direção de serviços de saúde, tendo passado pela Glintt, Trofa Saúde, Centro Hospitalar do Médio Ave, e, mais recentemente, pela Knokcare, enquanto Director of Operations.

João Sousa Martins integra a equipa como Head of Sales, com vários anos de experiência em brand innovation, gestão de contas e parcerias, bem como tecnologia ligada à saúde. Licenciado em International Business, Trade & Commerce, pelo Instituto Politécnico do Porto, contribui com competências na área de Sales, depois de passar por empresas como a SONAE Capital, Prozis, knokcare, e inclusive, ter criado a sua própria startup tecnológica.

Já Fábio Lux assumirá a gestão de operações no mercado brasileiro. Vem da Doctoralia Brasil, responsável pela criação da Doctoralia Lab e Doctoralia Saúde, e tem larga experiência no setor da saúde, tendo passado ainda por empresas como a Clínica Obstetrícia de São Paulo, InvestSP e a Claro/NET. É formado em Publicidade, Propaganda e Marketing e fez um MBA na Universidade de São Paulo.

“Estamos num momento de crescimento muito importante e precisamos de ter uma equipa experimente que nos ajude nestes grandes passos que estamos a dar”, começa por dizer Pedro Cruz Morais, Co-CEO da MyCareforce, acrescentando que, “temos objetivos ambiciosos para Portugal e para o Brasil, pelo que contamos com a nova equipa para nos ajudar a crescer e a conquistar novos objetivos.”

Recorde-se que, durante o fecho de 2022, a MyCareforce entrou no mercado brasileiro onde o objetivo para 2023 será chegar às 10 mil inscrições na plataforma e às 70 mil horas trabalhadas. A MyCareforce colabora com mais de 100 instituições no setor da Saúde, incluindo Grupo Trofa Saúde, SAMS, Grupo Orpea, Residências Montepio, União das Misericórdias Portuguesas, entre outras, através das quais já realizou mais de 100.000 horas.

Dia Mundial da Água assinala-se amanhã
Em Portugal, o consumo médio diário de água por habitante situa-se nos 186 litros, mas as recomendaç

Na próxima quarta-feira, dia 22 de março, celebra-se o Dia Mundial da Água e estas 10 dicas do Mundo Z da Zurich podem ajudá-lo a adotar hábitos diários para poupar água e fazer a diferença, assim como trazer alguma poupança adicional no orçamento familiar.

  1. Aproveitar a água do banho: aquela enorme quantidade de água que todos os dias se gasta até atingir a temperatura desejada pode ser recolhida com um balde e reutilizada para o autoclismo, para regar as plantas da casa, lavar o chão ou até para lavar pequenas peças de roupa à mão.
  2. Instalação de redutores de caudal nas torneiras e chuveiro: de uma forma muito simples, a instalação de um redutor de caudal numa torneira vai diminuir o desperdiço de água entre 50 a 60%. Ao misturar ar na água, estas peças permitem manter a pressão enquanto reduzem a quantidade de água consumida.
  3. Duches curtos, mais saudáveis e divertidos: reduzir o tempo debaixo do chuveiro, fechar a água enquanto se ensaboa e diminuir o tempo do duche para 5 minutos é uma mudança que se vai fazer sentir no longo prazo.
  4. Fechar as torneiras:  fechar sempre as torneiras enquanto não se está a utilizar a água, por exemplo ao lavar os dentes, o cabelo ou as mãos.
  5. Lavar a loiça na máquina: sim, é muito mais eficiente lavar a loiça na máquina, desde que a sua utilização seja otimizada, com a carga completa e recorrendo ao programa ECO.
  6. Lavar e cozinhar vegetais com menos água: em vez de lavar as frutas e legumes com água corrente, opte por usar um alguidar. Os vegetais também poderão ser cozinhados a vapor. Desta forma, não só consegue poupar água como reter maior quantidade de nutrientes.
  7. Atenção às torneiras a pingar: ter canos ou torneiras a pingar é uma das principais fontes de desperdício de água. Faça uma revisão do estado de toda a canalização e repare as fugas que encontrar.
  8. Não deite fora a água do desumidificador: esta água - que é destilada -, pode ser usada, por exemplo, para colocar no depósito do limpa para-brisas do carro, no ferro de engomar e até pode ser usada para lavagens domésticas ou para deitar na sanita.
  9. Lavandaria mais racional: embora a máquina permita programas com meia carga, os gastos de água e energia são sempre superiores. Será sempre melhor esperar por ter suficiente roupa suja para encher uma máquina completa.
  10. Ser um modelo para os mais novos: Não há nada melhor do que dar o exemplo. Envolva os mais novos nas rotinas explicando-lhes a razão de cada gesto.

Água é vida e tê-la disponível à distância de uma torneira é um privilégio. Se todos contribuirmos na preservação deste recurso, estaremos a contribuir para o bem da humanidade e do planeta.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Workshop dedicado à Prevenção Cardiovascular
Realizou-se no na passada quarta-feira, no Instituto de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina de Lisboa, o primeiro...

O evento contou com a coordenação da Professora Doutora Ana Abreu – Coordenadora do Grupo de Estudo do Risco e Prevenção Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e Diretora do Instituto de Medicina Preventiva & Saúde Pública e do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina de Lisboa, e da Professora Alda Pereira da Silva, Coordenadora da Clínica Universitária da Medicina Geral & Familiar, e reuniu um conjunto de profissionais de saúde e especialistas de áreas como a Cardiologia, Medicina Interna, Medicina Geral & Familiar, Psiquiatria, Psicologia, Nutrição e Exercício.

Ao longo deste workshop foram discutidas novas formas de aumentar a sensibilidade de profissionais e doentes para temas como fatores de risco Cardiovascular, prevenção e reabilitação cardíaca ou o tratamento farmacológico e não farmacológico.

Numa altura em que, de acordo com os dados do serviço estatístico europeu, as doenças cardiovasculares foram a principal causa de morte em 23 Estados-membros em 2020, mesmo no ano de início e prevalência da COVID-19, a importância deste encontro e partilha de informação procura colocar o tema das doenças cardiovasculares como prioridade para o sector da saúde, em Portugal.

Para a Professora Doutora Ana Abreu “este workshop foi um passo extremamente importante e de enorme utilidade para reunir alguns dos mais renomeados profissionais do setor para todos juntos, procurarmos dar uma melhor resposta e tentar criar técnicas de motivação e estratégias para aumentar a adesão dos doentes a terapêuticas mais eficazes no combate às doenças cardiovasculares”.

Já a Professora Alda Pereira da Silva acrescenta que “este evento é o primeiro a reunir um conjunto de especialidades e diferentes valências que procura dar algum tipo de resposta às atuais guidelines na prevenção e tratamento de doentes com prevalência de doença cardiovascular. O mais importante é reforçar que a cardiologia e a medicina geral & familiar deverão coexistir de uma forma cooperante encontrando soluções e práticas que acompanhem, tratem e tenham o doente como prioridade da sua atividade”.

Alguns dos dados apresentados revelam que existe uma necessidade de criar um sistema integrado de saúde que facilite o acesso do doente a novas terapêuticas e um acompanhamento multidisciplinar por parte de profissionais de cardiologia (no tratamento das doenças cardiovasculares) e medicina geral & familiar (no acompanhamento constante que deve ser realizado com doentes que tenham sofrido enfarte ou que apresentem risco elevado de sofrer um episódio).

Durante este workshop foram discutidos alguns dados que mostram que a doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade e morbilidade no mundo. Os indicadores apresentados pelos vários intervenientes apontam que, no futuro, será o cancro a primeira causa de morte no nosso país. Trabalhar na prevenção e educação é um elemento-chave para combater fatores de risco como o tabagismo, a obesidade, a diabetes, o stress, o sedentarismo e maus hábitos alimentares.

Sobre o atual momento pós-pandemia os dados ainda não estão completamente esclarecidos. O grupo de trabalho presente neste evento pensa ainda que, após a recolha e análise dos dados relativos às doenças cardiovasculares em Portugal, possa haver um aumento da prevalência da doença, uma vez que muitos doentes não recorreram às unidades de saúde ou a profissionais. Segundo a Professora Doutora Ana Abreu “este impacto poderá ser muito negativo, o que nos leva a ter a necessidade de agir rapidamente”.

Ao longo da sessão foram discutidas mais medidas de forma a efetivar um maior controlo das doenças cardiovasculares junto da população. A criação de novos rastreios junto da população em conjunto com a existência de tratamentos inovadores, são apenas algumas das medidas a implementar. Para a Professora Doutora Ana Abreu “existe uma necessidade de conhecer a população portuguesa e as suas características. As pessoas que têm ou não médico de família, cujo acompanhamento é feito no sector público ou privado de saúde, o seu historial, a sua evolução através de sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde, são cruciais para controlar a doença e melhorar a intervenção e o tempo e qualidade de resposta”.

Já o Professor Doutor Paulo Santos, Especialista em Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Presidente do Colégio Português de Médicos de Família, acrescentou que “enquanto a saúde continuar a ser vista pelas nossas instituições como um custo em vez de um investimento iremos ter sempre obstáculos para combater de forma efetiva o problema. A entrada nesta dinâmica e uma maior participação de municípios e autarquias a nível nacional é fundamental para trazer uma visão e missão aos serviços de saúde existentes. Não basta dotar uma unidade de saúde com tecnologia de ponta. É importante contribuir com uma equipa multidisciplinar composta por nutricionistas, psicólogos, técnicos de saúde, enfermeiros e médicos e trabalhar também a literacia nos doentes. É fundamental esta articulação entre todos”.

Para o Professor Doutor Luís Bronze, ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, “esta iniciativa é pioneira porque reúne elementos de diferentes áreas. Resulta de uma tentativa de fazer um enquadramento nacional das doenças cardiovasculares, para que surjam ações práticas e não apenas intensões. Estamos a viver um momento de grande incerteza a nível nacional e que tem consequências na saúde cardiovascular dos portugueses. Pretendemos tentar, entre atores no ramo da saúde, encontrar um terreno de ação comum em que possamos trabalhar juntos. Não é fácil, mas como iniciativa acho uma ideia brilhante e meritória.”

Este workshop é o primeiro do género em Portugal e terá novas iniciativas em breve de forma a continuar o trabalho de coordenação das várias áreas de saúde envolvidas.

Terapêuticas mais eficazes podem ajudar a prevenir e diminuir o número de mortes

Durante a sessão do workshop foram ainda discutidos os benefícios para os doentes ao tomar a polipílula Trinomia® da empresa farmacêutica Ferrer em vez dos componentes isolados, aumentando a adesão ao tratamento.

Esta polipílula desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares (CNIC) de Espanha e pela Ferrer, inclui três medicamentos (um anti-agregante, um inibidor da enzima de conversão de angiotensina e uma estatina) numa única cápsula, é eficaz na prevenção de episódios cardiovasculares decorrentes de um enfarte do miocárdio, diminuindo a mortalidade por causas cardiovasculares em 33%. Assim comprova o estudo SECURE, apresentado em sessão Hot Line no Congresso Europeu de Cardiologia (ESC 2022) que teve lugar em agosto na cidade de Barcelona e cujos resultados foram publicados no The New England Journal of Medicine (NEJM).

“Os resultados do SECURE revelam, pela primeira vez, que a polipílula que contém ácido acetilsalisílico, atorvastatina e ramipril, permite reduções clinicamente relevantes nos episódios cardiovasculares recorrentes em doentes que tenham sofrido um enfarte do miocárdio”, sublinha o investigador chefe do estudo SECURE, o Prof. Valentín Fuster, diretor-geral do CNIC, e diretor médico do Hospital Mount Sinai.

O Professor Doutor Miguel Mendes, Diretor de Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Cruz, salienta que “a polipílula é uma arma importante para otimizarmos e mantermos a medicação do doente. Os nossos doentes têm de fazer habitualmente, no mínimo, quatro fármacos e qualquer solução que permita reduzir este número é muito interessante já que é uma solução facilitadora. De referir que temos vindo a perceber que, em algumas situações, não há uma necessidade de tomar os diversos tipos de medicação em horas diferentes podendo a sua toma ser única. Com este medicamento facilitamos a adesão terapêutica por parte do doente”.

O SECURE incluiu 2.499 pacientes de sete países europeus que já tinham sofrido um enfarte do miocárdio e que foram selecionados, de forma aleatória, para receberem um tratamento standard ou a polipílula do CNIC*. A idade média dos participantes foi de 76 anos, sendo 31% mulheres. Destes, 77,9% registavam hipertensão, 57,4% diabetes e 51,3% antecedentes de tabagismo.

O objetivo passa também por desenvolver em Portugal a utilização deste tipo de terapêutica de forma a fomentar a adesão ao tratamento e a contribuir para a prevenção e o acompanhamento de doentes com risco de enfarte, ou que tenham sofrido um episódio de enfarte agudo do miocárdio.

22 a 24 de março
Vai ter lugar nos dias 23 e 24 de março de 2023, na Coimbra Business School, o Congresso de Enfermagem Intensiva do Centro...

Trata-se de um evento promovido pela equipa de enfermagem do Serviço de Medicina Intensiva do CHUC com a finalidade de estimular o desenvolvimento do conhecimento científico, promover a partilha, a reflexão e o debate sobre desafios e práticas da enfermagem no cuidado à Pessoa em situação crítica, em contexto de cuidados intensivos.

As mudanças e constrangimentos enfrentados recentemente foram o mote para os enfermeiros redescobrirem os congressos científicos presenciais, pelo que este evento será uma oportunidade única de aprendizagem e também de networking, uma vez que o evento contará com a presença de vários convidados nacionais e estrangeiros.

Uma importante mais-valia, na ótica dos organizadores deste congresso, foi a submissão da candidatura das atividades formativas do congresso ao processo de acreditação e creditação da Ordem dos Enfermeiros, culminando com atribuição de Créditos de Desenvolvimento Profissional (CDP), sendo a certificação garantida pelo Serviço de Formação do CHUC.

Informação mais pormenorizada pode ser consultada na página do congresso em www.cemi.pt ou nas páginas de redes sociais @cemi2023, no Facebook e Instagram.

O secretariado do congresso está disponível através do 239 801 009 ou pelo e-mail: [email protected]

 

 

 

 

24 e 25 de março
Vai ter lugar nos dias 24 e 25 de março de 2023, o Congresso Internacional de Radiologia de Coimbra (CIRC), na emblemática sala...

As técnicas de radiologia têm sofrido grande evolução bem como a formação nas áreas de diagnóstico e terapêutica. Com a organização deste congresso pretende-se potenciar a produção de conhecimento e de valor tecnológico na área da radiologia a nível nacional e internacional, reunindo peritos na área e criando uma rede de troca de conhecimento.

O evento foi concebido, tendo em conta quatro princípios:

  1. unir todos os organismos públicos que oferecem serviços de radiologia;
  2. internacionalizar as áreas de radiologia;
  3. tornar o evento uma referência no panorama nacional e internacional, pela qualidade científica;
  4. trazer novos projetos à cidade de Coimbra e promover a envolvência com os decisores públicos.

Aqui encontra o site oficial do evento onde poderá ser consultado o programa provisório bem como todas as atualizações.

 

Ação pretende dar a conhecer os livros infantis ‘A Diana e a Dermatite Atópica’
Com o objetivo de sensibilizar todas as crianças para a dermatite atópica moderada a grave e suas consequências, a Sanofi em...

A dermatite atópica (DA) é uma doença autoimune crónica que afeta cerca de 18,6% das crianças/adolescentes na Europa, sendo que 20% dos casos correspondem a estados moderados a graves da doença. Esta doença, de base genética e imunológica, pode ser agravada pela exposição a fatores ambientais, uma vez que a pele, por já se encontrar sensibilizada, pode reagir com quaisquer tipos de oscilações externas que possam ocorrer no exterior. 

Desta forma, no âmbito da “semana da saúde”, a Sanofi, em parceria com a ADERMAP, realiza na Escola Básica de Vilela, em Paredes (Porto), esta ação de sensibilização para a dermatite atópica moderada a grave em idade pediátrica, promovendo a leitura do livro “Diana vai à escola” e que faz parte da coleção de livros a “Diana e a Dermatite Atópica” lançada em 2022.

“A coleção ‘Diana e a Dermatite Atópica’ reafirma o nosso compromisso de promover a literacia em saúde sobre a dermatite atópica moderada a grave e de apoiar a comunidade de crianças e pré-adolescentes, bem como as suas famílias a lidarem com esta patologia de forma mais consciente. Seguimos firmes no nosso propósito de sensibilizar e de disponibilizar soluções inovadoras que transformem a prática da medicina e contribuam para melhorar a vida das pessoas”, diz Marisol Garcia Pulgar, General Manager da Unidade de Cuidados Especializados da Sanofi.

Segundo Joana Camilo, Presidente da ADERMAP, “este projeto permite chegar tanto às crianças como a educadores e pais que possam estar em contacto com pessoas com Dermatite Atópica. É importante compreender que esta é uma doença crónica, que pode ir muito para além da pele. Ações que permitam educar e sensibilizar toda a comunidade e, assim, apoiar as crianças com Dermatite Atópica moderada a grave, bem como os seus familiares e cuidadores, são fundamentais. Esta iniciativa é um excelente veículo de promoção do conhecimento sobre a doença".

Os Livros ‘A Diana e a Dermatite Atópica’ são uma iniciativa da Sanofi, com o apoio da ADERMAP, com o objetivo de consciencializar para o dia-a-dia das crianças que sofrem com dermatite atópica (DA), uma vez que esta patologia tem implicações graves ao nível físico e emocional, afetando as suas relações interpessoais e a forma como estes se desenvolvem enquanto seres individuais.

A Sanofi tem uma cultura de inovação e um compromisso com a sociedade. Estes livros apresentam-se com o objetivo de fomentar a literacia em saúde, começando pelos mais novos que são os pilares para um futuro mais consciente e informado.

No âmbito desta ação nas escolas, já foram entregues 8.570 livros em Portugal Continental e Ilhas, abrangendo cerca de 99 escolas e 322 turmas, o que contribui para o combate à iliteracia em saúde.

A ação conta com a presença de Joana Camilo, Presidente e uma das fundadoras da ADERMAP, assim como com Marisol Garcia, General Manager da área de Cuidados especializados da Sanofi Portugal.

Investigação abre caminho para uma abordagem terapêutica promissora
Um estudo conjunto da BebéVida, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, do i3S e da Escola Superior de Saúde do...

O artigo científico “Impacto do secretoma das células mesenquimais do cordão umbilical e do plasma do sangue do cordão umbilical na progressão do cancro da próstata” publicado na revista Human Cell avalia os efeitos dos fatores libertados pelas células estaminais do tecido do cordão umbilical e o plasma do sangue do cordão umbilical em células provenientes de cancro da próstata.

O cancro de próstata é a segunda neoplasia maligna mais comum em homens e a quinta causa de morte em todo o mundo. As células estaminais mesenquimais (CEM) do cordão umbilical e o plasma do sangue do cordão umbilical (SCU) são ricos em numerosos fatores de crescimento e fatores anti-inflamatórios e por isso capazes de modular a proliferação (multiplicação) e a sobrevivência das células tumorais, bem como a imunidade e a formação de vasos sanguíneos.

“Verificámos que após a exposição do secretoma das CEM e do plasma do SCU ambos os tipos celulares de cancro da próstata exibiram viabilidade, proliferação e motilidade reduzidas, enquanto as células não malignas (saudáveis) da próstata não foram afetadas”, explica Andreia Gomes, Diretora Técnica e de Investigação e Desenvolvimento e Inovação da BebéVida.

“Isto quer dizer que os fatores libertados pelas CEM promoveram morte celular, diminuição da multiplicação e da migração das células cancerígenas sem afetar as células não malignas”, conclui.

“Este estudo abre caminho para uma abordagem terapêutica promissora, baseada na utilização de fatores libertados pelas células do cordão umbilical bem como de componentes do plasma do cordão no tratamento do carcinoma da próstata. Ainda há muito trabalho pela frente, mas gostaria de salientar que estes resultados não poderiam ser obtidos sem a colaboração frutífera entre a BebéVida e o nosso grupo de investigação”, afirma Raquel Soares, Professora Catedrática, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Coordenadora do grupo “Metabesidade” do i3S.

Os resultados deste estudo perspetivam um horizonte de esperança sobre os possíveis mecanismos pelos quais as células estaminais do tecido do cordão e o plasma de SCU reduzem a progressão do cancro da próstata, reforçando ainda mais o seu uso potencial como nova opção terapêutica perante o cancro da próstata.

Este estudo foi publicado na revista científica Human Cell: https://link.springer.com/article/10.1007/s13577-023-00880-z

 

 

De 23 a 25 de março
Realiza-se esta semana, entre os dias 23 e 25 de março, no Évora Hotel, mais uma edição dos Encontros da Primavera onde a Bayer...

A primeira conferência Bayer tem data marcada para quinta-feira, dia 23 de março, com foco na temática "The Patient That Cannot Wait: Treatment intensification in mHSPC”, e conta com a participação da Dr.ª Sara Meireles (Centro Hospitalar Universitário de São João) e do Dr. João Vaco Barreira (Universidade Católica Portuguesa). Já no segundo dia dos Encontros da Primavera, a Bayer vai promover um balanço sobre os principais desafios e estratégias no tratamento do cancro da próstata não metastático resistente à castração (CPnmRC) na conferência “Don’t miss the train in nmCRPC: The details that matter”, liderada pela Dr.ª Alina Rosinha (Instituto Português de Oncologia do Porto) e pela Dr.ª Joana Febra (Centro Hospitalar Universitário do Porto).

Os Encontros da Primavera reúnem anualmente médicos oncologistas, hematologistas, cirurgiões, radiologistas, internistas, psicólogos e outros profissionais de saúde ligados à área da Oncologia.

Para mais informações, consulte o site do evento: https://encontrosdaprimavera.com/.

 

Responsável por toda a área médica da Companhia
Susana Castro Marques, que desempenhava a função de Diretora Médica da Pfizer Portugal na área de Medicina Interna desde julho...

Como Diretora Médica, Susana Castro Marques passará a ser responsável pela atividade médica de todas as áreas da Companhia: Vaccines & Antivirals, Inflammation & Immunology & Hospital, Internal Medicine & Rare Disease, Oncology, Medical Real World Data e Medical Quality Governance, garantindo que a Pfizer Portugal continuará na vanguarda da investigação e desenvolvimento científico.

Esta mudança insere-se como parte de uma reestruturação mais ampla ocorrida na Pfizer Portugal no final de 2022, com o objetivo de preparar a Companhia para o futuro. A nova estrutura da área Médica está assim focada em três áreas principais: Comunicação Médica, Geração de Evidência e Projetos de Educação Médica e Literacia em Saúde. A Pfizer está comprometida em investigar e desenvolver medicamentos, vacinas e terapias inovadoras capazes de transformar e melhorar a vida dos doentes e dos seus cuidadores.

Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal, afirma “Estou muito entusiasmada por assumir esta nova função na Pfizer Portugal e liderar as nossas equipas médicas em áreas tão críticas. Acredito que a Pfizer Portugal tem um papel fundamental a desempenhar na melhoria dos cuidados de saúde, e estou por isso empenhada em continuar a trabalhar com os nossos colegas e parceiros para discutir e partilhar soluções médicas inovadoras e eficazes para a nossa população, os nossos doentes e profissionais de saúde.”

Susana Castro Marques licenciou-se em Medicina pela Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, é especialista em Medicina Geral e Familiar, tem uma pós-graduação em Bioética, um MBA em Gestão de Negócios da Indústria Farmacêutica e um Executive MBA do ISCTE-IUL/INDEG Business School, somando mais de 20 anos de experiência na Indústria Farmacêutica.

Trabalhou cerca de 10 anos na área das Vacinas da Pfizer, tendo a partir de 2013 desempenhado cargos internacionais de Direção Médica das equipas de vacinas do Reino Unido, dos Mid-Size Markets da Europa Ocidental e da Alemanha. Em julho de 2019 assumiu a posição de Diretora Médica da Pfizer Portugal na área de Medicina Interna.

 

Doença genética rara
A VEXAS é uma doença genética (não hereditária), rara e autoinflamatória.

Vexas quer dizer:

V de vacúolo – local da célula alterado

E – E1 é a enzima ativadora da ubiquitina- UBA 1- o gene que sofre a mutação

X – Cromossoma que tem o gene que sofre a mutação

A – De autoinflamação, característica desta doença, relacionada com alterações da imunidade,

S – de somático - o tipo de mutação que acontece.

A sua incidência é baixa, e por isso não há motivo para alarme, é mesmo considerada uma doença rara. Porém, agora, temos de perceber o que causa esta mutação e quais as características que tornam alguns indivíduos mais suscetíveis a sofrer deste síndrome que outros. Os especialistas ainda têm muito que investigar

Quem são os mais vulneráveis?

Até agora sabe-se que são os Homens, porque ao terem apenas um cromossoma X (são XY) só necessitam de uma mutação, enquanto as Mulheres (XX) necessitam de ter duas mutações: uma em cada cromossoma X. Até agora tem sido diagnosticada principalmente em Homens com mais de 50 anos.

Os sintomas associados à doença são a febre recorrente, alterações na pele com erupções cutâneas, nas articulações com artrite, pulmonares (tosse e dispneia), vasos sanguíneos (vasculite) e hematológicas (anemia, trombocitopenia, trombose e leucemia (falência de medula óssea)).

O seu diagnóstico é feito através de teste genético que confirma a mutação. Claro que este teste só é pedido perante uma forte suspeita. Não existe tratamento específico para já. Neste momento é necessário tratar as complicações, mas está em estudo medicação e terapias com células estaminais.

Em Portugal, para já, temos 10 doentes diagnosticados, tendo já falecido 2 destes doentes. Neste momento estamos mais atentos à existência desta Síndrome e em alerta para novos estudos que possam surgir, para podermos sempre dar as melhores soluções aos nossos doentes.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
23, 24 e 25 de março
Mais de 260 profissionais de Saúde participam nas V Jornadas Regionais Temáticas de Infeciologia, que se realizam nos dias 23,...

As Jornadas iniciam-se dia 23 de março às 14:30 com um curso sobre vacinas e logo no 1º dia temos a Conferência sobre a História da Medicina, para a qual convidámos uma reconhecida autoridade nacional, Professor Doutor Jaime Nogueira Pinto, que, embora sendo um historiador não médico, nos dará certamente uma perspetiva complementar essencial à compreensão do fenómeno das pandemias ao longo dos séculos, pois fez recentemente uma importante publicação alusiva. E, em consonância, terminamos com uma tentativa de antevisão daquilo que nos poderá reservar o Futuro, porque temos a noção que importa sobremaneira prepararmo-nos adequadamente para a próxima pandemia, sendo certo que ninguém saberá por que agente microbiano será originada, nem a partir de que local do globo ou como se despoletará, tal como não dimensionamos as suas reais consequências para a vida das pessoas e das sociedades.

Estas Jornadas têm como Presidente Honorário: Dr. Leça da Veiga, a quem será prestada uma Homenagem. Distinto infeciologista, colega Leça da Veiga, que é inteiramente merecedor de tal iniciativa, uma vez que foi um dos fundadores da Revista Portuguesa de Doenças Infeciosas e um dos precursores, a nível nacional, das políticas de controlo de infeção hospitalar e da utilização racional dos antimicrobianos, temática que assume uma importância verdadeiramente transcendente nos tempos que correm, ao ponto de corporizar um efetivo desígnio civilizacional de sobrevivência coletiva, tal a dimensão quase cataclísmica que o fenómeno da multirresistência tem vindo a assumir ao longo dos últimos tempos por todo o Mundo.

Programa disponível em: https://www.admedic.pt/uploads/programa_v-jornadas-regionais-tema-ticas-de-infeciologia-2023.pdf

 

 

Entrevista | Dr. Cristian Godoy Pereira
O défice de fósforo que caracteriza o XLH, ou Raquitismo Hipofosfatémico, pode levar a problemas óss

Sabendo que o Raquitismo Hipofosfatémico ligado ao X ou XLH se trata de uma doença hereditária rara, que cursa com perda renal de fósforo, um mineral fundamental para a saúde dos ossos, dentes e músculos, importa abordar a importância da saúde oral no contexto desta patologia. Assim sendo, começo por lhe perguntar de que forma o XLH afeta a saúde oral dos doentes? Por que motivo o fósforo é tão importante para a saúde dos nossos dentes?

O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma condição genética rara que afeta o metabolismo do fósforo, um mineral importante para a formação e manutenção dos ossos e dentes.

O esmalte dentário, que é a camada mais externa e dura dos dentes, é composto principalmente por hidroxiapatita, uma substância mineral composta de fosfato de cálcio. O fósforo, portanto, é necessário para a formação e manutenção do esmalte dentário, bem como para a estrutura óssea subjacente. Além disso, o fósforo também é importante para a formação e metabolismo do ATP (adenosina trifosfato), a molécula que fornece energia para todas as células do corpo.

Quais os principais problemas que surgem na sequência desta doença?

O défice de fósforo pode levar a problemas ósseos e dentários, tais como:

  1. Alterações na formação dentária, como hipoplasia do esmalte e dentes com aparência mais opaca e pigmentada. A cárie dentária surge como doença oportunista numa situação em que o dente tem uma estrutura mais frágil. Disto poderão advir abcessos dentários e outras inflamações associadas.
  2. Alterações do desenvolvimento ósseo da face, levando a problemas de mordida e alinhamento dentário e doença periodontal.

O XLH pode, por exemplo, atrasar a erupção dos primeiros dentes, ou a transição para a dentição definitiva?

Sim. O desenvolvimento dentário, tanto na dentição decídua como na dentição definitiva, depende da quantidade de fósforo presente no organismo.

A erupção dentária em crianças com XLH poderá ser mais demorada e a transição para uma dentição adulta poderá ser mais tardia. Além disso, o atraso na erupção dentária associada à alteração de desenvolvimento ósseo pode ser um problema no posicionamento dentário.

Sendo a dor, uma das principais complicações da doença, quais os cuidados a ter? O que deve o doente fazer quando tem dor de dentes?

A dor pode ser causada por várias razões, tanto por alterações ósseas, artrite ou por abcessos dentários. Existem diversas formas de prevenir a dor, tais como manter consultas regulares no dentista, manter uma boa higiene oral e adotar uma alimentação adequada. No entanto, e como disse, a dor é uma das principais complicações associadas aos doentes com XLH. Quando existe dor, o paciente deve contactar de imediato o seu Médico Dentista para ser observado e eventualmente tratado/medicado. O tratamento de doentes com XLH pode ser diferente do tratamento convencional e deve ser adaptado às necessidades e particularidades da doença. Por isso, é fundamental que o doente seja acompanhado de forma regular e de forma preventiva, para evitar situações agudas.

Relativamente aos abcessos, o que são, quais as principais complicações associadas e como se tratam?

Os abcessos dentários são infeções bacterianas causadas pela necrose dentária, resultante de fraturas, cáries ou traumas. Podem causar dor intensa, edema na face, dificuldade a falar e mastigar, febre e mal-estar geral, e em casos mais graves poderá afetar estruturas adjacentes, como garganta, olhos e ouvidos.

O tratamento de um abcesso dentário requer a drenagem do abcesso e/ou a medicação com antibióticos. Em alguns casos será necessário realizar o tratamento endodôntico (desvitalizar), mas em casos mais extremos levará à extração do dente, ou mesmo tratamento em meio hospitalar. É muito importante recorrer de imediato ao Médico Dentista assim que os primeiros sinais de abcesso dentário aparecerem.

As cáries são mais frequentes neste grupo de pessoas? Porquê?

Sim. Os doentes com XLH poderão ter um maior risco de desenvolver cáries dentárias, uma vez que a hipoplasia de esmalte torna os dentes mais vulneráveis à cárie. Além disso, a má posição dentária pode dificultar uma higiene oral adequada.

Outra das complicações associadas é a dentinogénese imperfeita. Em que consiste? (como se caracteriza) E de que forma impacta a qualidade de vida do doente com XLH? Quais as complicações?

A Dentinogénese Imperfeita consiste numa alteração da formação da dentina (uma das camadas que constituem os dentes), resultando em dentes mais frágeis e com maior risco de fraturas e cáries. Em alguns casos pode levar à perda precoce dos dentes e à dificuldade na mastigação. Quando associada a outras complicações do XLH pode afetar significativamente a qualidade de vida do doente devido à dor, ao desconforto e à diminuição da autoestima.

Que opções terapêuticas existem para estes casos?

As opções terapêuticas dependem da gravidade das complicações e serão adaptadas às necessidades específicas do doente. Em casos mais simples e de forma preventiva, poderá ser a aplicação de flúor nas consultas de controlo, mas em situações mais agudas poderá passar por realizar restaurações dentárias, tratamento endodôntico (desvitalizações), extração de dentes ou colocação de próteses dentárias.

A partir de que idade, deve o paciente com XLH ir ao dentista? E com que frequência?

Os doentes com XLH devem ser acompanhados pelo Médico Dentista a partir dos 6 meses de idade ou quando erupciona o primeiro dente decíduo. A frequência das consultas de controlo dependerá das necessidades individuais de cada doente, no entanto é recomendado que as consultas sejam feitas de 6 em 6 meses para identificar precocemente quaisquer complicações e serem tratadas de forma adequada.

Que cuidados especiais devem ter os doentes?

Os cuidados a ter passam pela prevenção de eventuais complicações resultantes desta doença, e consistem em consultas de controlo regulares com aplicação de flúor pelo Médico Dentista, higiene oral adequada e cuidada, adotar uma dieta saudável e equilibrada, o uso de goteiras para proteger os dentes de eventuais fraturas e por fim, o uso de aparelhos ortodônticos para facilitar a higiene oral.

No âmbito deste tema, que conselhos deixaria a doentes e seus familiares?

Aos doentes com XLH e aos seus familiares aconselharia, em grande parte, a apostarem na prevenção, com consultas regulares no Médico Assistente e no Médico Dentista. Poderá ainda ser importante procurar uma rede de apoio para doentes nesta condição, fomentando uma aprendizagem e partilha de experiências.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Calculadora que quantifica a taxa de redução do edema para os doentes com edema macular diabético
A Tonic App, com apoio da AbbVie, lançou a CRTool, uma nova ferramenta com o objetivo de ajudar os médicos oftalmologistas no...

A nova ferramenta é uma calculadora que quantifica a taxa de redução do edema para os doentes com edema macular diabético, utilizando os valores da espessura central da retina fornecidos através do exame de tomografia de coerência ótica (OCT). O objetivo é agilizar o processo de avaliação do doente, conduzido pelo médico oftalmologista.

De acordo com Caterina Golotta, diretora médica da AbbVie, a empresa biofarmacêutica apoiou este projeto “com o objetivo de simplificar, facilitar e trazer objetividade ao processo de avaliação do doente com Edema Macular Diabético, para que os oftalmologistas possam ter mais uma ferramenta que, de forma prática, possa complementar os restantes parâmetros de avaliação destes doentes. Na AbbVie assumimos uma clara aposta na inovação tecnológica que colocamos ao serviço dos profissionais de saúde”.

O Edema Macular Diabético é a principal causa de perda significativa da função visual entre a população diabética. Continua a ser a principal causa de cegueira na população entre os 20 e os 70 anos de idade e, segundo dados da OMS, é responsável por 5% das causas de cegueira no planeta, pelo que é fundamental a sua prevenção, um diagnóstico atempado e um tratamento eficaz.

A CRTool foi apresentada aos oftalmologistas reunidos na 7ª Reunião Científica Internacional do Grupo de Estudos da Retina de Portugal, que decorreu nos dias 24 e 25 de fevereiro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A ferramenta está disponível na Tonic App, aplicação móvel desenvolvida por médicos e para médicos, que conta com mais de 24 200 médicos registados em Portugal.

 

21, 23 e 28 de março
Para as mulheres que estão a experienciar a maternidade pela primeira vez há um misto de sentimentos, que balançam entre a...

Nos primeiros dias com o bebé em casa, tudo pode parecer desafiante à primeira vista, começando pelas cólicas que podem ser muito dolorosas para o bebé, e levar os pais à exaustão. Nestas situações, a água mineralizada pode ser uma solução para o alívio.

Assim, a enfermeira em pediatria e conselheira em aleitamento materno da Vimeiro, Célia Pinheiro, vai estar presente, no dia 21 de março, para falar sobre os benefícios da água mineralizada não só para o alivio de cólicas, mas também na amamentação e gravidez.

Outro momento desafiante para muitos pais é a hora da higiene do bebé. Para ajudar as famílias nesta tarefa, a enfermeira parteira Isabel Ferreira vai explicar os cuidados a ter com o bebé na hora do banho e o passo a passo para uma boa higiene.

Os pais também vão passar a compreender melhor os vários motivos de choro do bebé, no dia 23 de março, com a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Conceição Santa-Martha. Neste dia, a terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma vai falar, ainda, sobre a importância da envolvência do pai no pós-parto.

Já no dia 28 de março, a osteopata especialista em pediatria Sofia Soares da Fisiokids vai falar sobre a importância da avaliação osteopática nos bebés após diferentes tipos de parto. Para completar a rotina da higiene do bebé, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstétrica Núria Durães vai abordar o banho e a hidratação do bebé.

Nestas sessões, estarão também presentes a técnica de laboratório da Crioestaminal, Marta Batista, e a conselheira em Células Estaminais Joana Gomes, que vão apresentar as potencialidades e aplicações terapêuticas das células estaminais do cordão umbilical do bebé e a importância de guardar estas células.

Além do conjunto de descontos dos parceiros da iniciativa a que todos os inscritos vão ter acesso, uma das grávidas participantes nas sessões de março vai receber uma mala de maternidade.

EndoMarcha decorre no dia 25 e chama a atenção para a patologia
Ter o diagnóstico de endometriose é, para quem tem de viver com esta doença inflamatória que se define pela presença de tecido...

Deverão ser, segundo a especialista, cerca de 350 mil as mulheres com endometriose em Portugal, uma estatística que resulta da certeza de que uma em cada 10 em idade fértil sofrerá com este problema, mais comum entre os 30 e os 35 anos. Muitas não estarão, por certo, diagnosticadas, “por um lado, porque há uma desvalorização da própria mulher em relação às suas dores, já que quando se fala em casa, com a mãe ou com a avó, todas elas já tiveram dores e, por isso, estas são consideradas normais. Depois, quando começa a procurar ajuda, continua a haver alguma desvalorização inicial e, mesmo quando são pedidos exames, se estes não forem feitos em locais de referência podem dar resultados não completos e isso significa um diagnóstico tardio.”

O que se traduz numa “evolução da doença. E isso quer dizer que vamos ter casos mais graves, com consequências para a mulher tanto a nível de sintomas, como de infertilidade”, acrescenta a médica. Susana Fonseca, presidente da direção da MulherEndo, Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose, confirma o desafio do diagnóstico. E confirma também a existência de uma desvalorização dos sintomas. “Falamos aqui de questões geracionais, porque desde sempre fomos habituadas a ouvir que é normal sofrer, o que faz com que as próprias mulheres não procurem logo ajuda quando têm os sintomas.” A isto junta-se o facto de “tudo o que seja associado ao ciclo menstrual ainda ser muito tabu, um tema que é muito visto como para ser mantido na intimidade”.

Uma desvalorização que se paga. De acordo com a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, os custos diretos e indiretos associados aos cuidados de saúde com a endometriose são comparáveis aos de outras doenças, como diabetes tipo 2 ou a artrite reumatoide. No entanto, a atenção que lhe é dada não é proporcional ao seu peso. Filipa Osório considera que isto se pode dever à falta de conhecimento. “Atualmente ainda não conseguimos identificar completamente o que causa a endometriose e o que leva ao seu desenvolvimento. Existem várias teorias, mas acaba por ser uma situação multifatorial e não totalmente compreendida, o que dificulta tanto o diagnóstico, como o tratamento.”

Tratamento que, por enquanto, não cura, mas visa “levar à atrofia do endométrio, seja ele dentro ou fora do útero, o que faz com que não cresça, estabilize e acabe por não se desenvolver, pelo uso de terapêutica hormonal”. Algo que, segundo a especialista, vai significar, para muitas mulheres, “uma vida normal. Mas não para todas e não pode ser um tratamento isolado, é quase um tratamento holístico, feito a vários níveis, o que passa por atuar a nível dos hábitos de vida, como a prática de exercício físico, alimentação equilibrada, tentativa de redução de stress”. 

É uma mensagem de esperança que Susana Fonseca gosta de partilhar, porque, como diz, “é possível, após um diagnóstico e quando se consegue um tratamento adequado, viver de forma mais ou menos bem com a doença. Mas mesmo com tratamento há crises de dor incapacitantes que podem ser despoletadas por alguma coisa que comemos, ou porque estamos num pico de stress. Ou crises hemorrágicas, ou quadros de obstipação, diarreia e cólicas intestinais intensas que, de um momento para o outro, podem incapacitar a mulher. Viver com endometriose costuma ser uma caixinha de surpresas”. 

Há sinais a que as mulheres devem estar atentas. “Uma dor incapacitante, que interfere com o dia-a-dia da mulher, seja profissional ou pessoal e a impede de se levantar da cama, isso é motivo para procurar ajuda, assim como o tentar engravidar há mais de um ano e não conseguir”, refere a médica. De facto, “dentro do grupo com endometriose, cerca de um terço vai precisar de ajuda para engravidar. Mas se virmos do outro ponto de vista, numa consulta de infertilidade, sabemos que 50% das mulheres têm endometriose”.

O conhecimento é essencial e é este o principal objetivo da EndoMarcha que, no próximo dia 25, convida todos a saírem à rua, em Lisboa. “Precisamos que todas as pessoas se juntem a nós, porque é urgente termos respostas, apoios e tratamentos. A EndoMarcha é um movimento mundial que visa dar voz a estas mulheres, levar as pessoas para a rua, sensibilizar para o impacto que esta doença pode ter na vida de todas as mulheres, mas também dos seus companheiros e companheiras, da família, dos colegas de trabalho e entidades patronais e de toda a sociedade”, reforça Susana Fonseca. Inscrições para a EndoMarcha aqui. 

A EndoMarcha vai decorrer no Parque das Nações, com início junto ao Pavilhão de Portugal, pelas 14h00.

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