Pulseira que regista dados vitais
Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para...

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (oxigenação do sangue e pulsação, para já) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá em breve abranger outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

"Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura", afirma Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ).

 

Rastreio oncológico
Integrado no Programa de Rastreios da Administração Regional de Saúde do Alentejo, a Coordenação Regional, em articulação com a...

Esta sessão destina-se a utentes do concelho de Alvito, elegíveis para rastreio, com idade superior ou igual a 50 anos ou inferior ou igual a 74 anos. Decorre, das 10h00 às 12h00, no Centro Cultural de Alvito, e das 14h30 às 16h30, no Centro Cultural Vila Nova da Baronia.

O objetivo passa por dar resposta ao diagnóstico precoce do Cancro do Colon e Reto, melhorando e otimizando o acesso ao processo de rastreio da população no concelho, assim como a partilha de informação e recomendações relevantes sobre o tema.

No final da sessão, vão ser entregues kits com as devidas instruções para que os participantes possam realizar uma pesquisa de sangue oculto nas fezes, para rastreio.

Os rastreios, nomeadamente os oncológicos, são meios que nos permitem rápida, e de uma forma fácil, identificar anomalias/ lesões em estados iniciais de doença e/ou precursoras de situações mais graves.

 

 

4ª maior causa de morte precoce no país
O consumo de álcool está enraizado nos hábitos da população portuguesa, manifestando-se até nas faix

No entanto, todos os excessos têm as devidas consequências e é mais importante do que nunca sublinhar a ligação das bebidas alcoólicas com o desenvolvimento das doenças hepáticas crónicas, a quarta maior causa de morte precoce no país e, na sua generalidade, derivada do consumo de álcool. Se pretende cortar o mal pela raiz e prevenir-se, pode aproveitar a oportunidade de começar o ano com melhores hábitos, aderindo à segunda edição da iniciativa “Janeiro Sem Álcool”, da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

A campanha, que decorre internacionalmente sob o mote “31 Dias Sem Álcool”, objetiva consciencializar a população para os danos causados pelo álcool e as patologias que advêm do seu consumo, como é o caso da cirrose, a fase mais avançada da doença hepática alcoólica. No entanto, é crucial entender que o início destas condições é silencioso e passa pela acumulação de gordura no fígado, um distúrbio conhecido por esteatose hepática ou fígado gordo, e que afeta cerca de 80% dos consumidores, já que o álcool facilita a concentração de ácidos gordos.

Esta gordura pode ser detetada com uma simples ecografia à região do abdómen, verificando-se através da visualização do fígado aumentado. Nas fases iniciais da patologia, é possível ser-se assintomático ou apresentar sinais como mal-estar, fadiga, dor na zona superior do abdómen, alterações no apetite e inchaço. No entanto, a evolução para quadros clínicos mais graves está associada a problemas de saúde mais debilitantes:

  • Deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática);
  • Hemorragias;
  • Pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia);
  • Acumulação de líquido no interior da barriga (ascite);
  • Cancro do fígado (carcinoma hepatocelular).

Ainda que as lesões no fígado, no caso da cirrose, sejam permanentes e com a probabilidade de descompensação e falência do órgão, existe uma terapêutica associada e que pode atrasar a progressão desta doença que destrói o fígado e a sua capacidade de filtragem de elementos prejudiciais no sangue.

Nos casos iniciais, é possível minimizar os danos deixando de ingerir álcool e adotando uma dieta nutritiva, pobre em gorduras e rica em nutrientes. Por outro lado, nos estádios mais graves, poderá ser recomendada medicação que controle os sintomas. O transplante do fígado é apenas indicado quando o seu funcionamento está gravemente comprometido e as outras formas de tratamento não estão a ser eficazes.

Visto que o álcool é um dos elementos na base do desenvolvimento da doença hepática e as suas complicações potencialmente mortíferas, é necessário adotar uma postura reflexiva sobre o consumo deste tipo de bebidas, analisando comportamentos como:

  • Dificuldade em parar de beber; 
  • Consumo isolado, fora de situações sociais;
  • Indícios físicos de abstinência (ansiedade, tremores, suores excessivos, entre outros);
  • Priorização do consumo em relação às restantes atividades do quotidiano;
  • Agressividade ao ser confrontado com a dependência.

Se enfrenta este problema ou conhece alguém com atitudes aditivas, não hesite em recorrer a ajuda médica. Poderá ser necessário estabelecer um apoio multidisciplinar, que incida igualmente na esfera física e psicológica, englobando desde o hepatologista ao psicólogo clínico. Desafie-se, com a ajuda da APEF, e torne o seu janeiro (e o resto do ano) isento de álcool.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médicos vão ser homenageados pelo empenho, dedicação e resiliência em situações extremas de pandemia
A Ordem dos Médicos vai homenagear um conjunto de médicos que ao longo dos últimos três anos se distinguiram pelo seu empenho,...

“É um orgulho imenso ver reconhecido o papel que os médicos desempenharam nesta crise com contornos que ninguém poderia imaginar em março de 2020 e, acima de tudo, ver o meu nome no rol de médicos que a Ordem dos Médicos decidiu homenagear”, salienta o médico Rui Nunes.

O Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos contra a COVID-19 nasceu em janeiro de 2020, numa altura em que a Organização Mundial de Saúde não tinha sequer declarado a pandemia, e foi uma estrutura determinante nos alertas que lançou e nas recomendações que fez, para garantir que Portugal respondia melhor a esta emergência de saúde pública internacional.

“Este Gabinete de Crise desempenhou um papel central no aconselhamento à população e às estruturas de Saúde Pública em Portugal”, recorda o presidente da APB e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos. Numa altura em que ainda nem se falava em pandemia, mas que em vários pontos do mundo os casos positivos atingiam já números assustadores, recorda Rui Nunes, “este Gabinete teve o condão de estar na linha da frente do combate à COVID-19”.

O presidente da APB lembra que foi por ação deste Gabinete de Crise da OM que foi possível criar sinergias com o Instituto Superior Técnico, para desenvolver o Indicador de Acompanhamento da Pandemia, uma alternativa à matriz de risco que ajudou a monitorizar de forma mais célere e completa o impacto da pandemia, permitindo sugerir semanas antes muitas das medidas que viriam depois a ser acolhidas pelo Governo e pelas autoridades de Saúde.

Para o pretendente a bastonário da Ordem dos Médicos, e que reuniu em torno da sua candidatura o maior número de subscritores de todas as candidaturas, “a criação do Gabinete de Crise demonstrou, mais uma vez, o papel central que a OM deve assumir na Saúde em Portugal, sendo um dos parceiros preferenciais para a tomada de decisões e para a análise e monitorização da Saúde no nosso País”. “É um pilar que deve ser mantido e potenciado pelo próximo bastonário”, acrescenta o também professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A homenagem da Ordem dos Médicos irá decorrer esta manhã, durante um evento dedicado à Comunidade Médica de Língua Portuguesa, subordinado ao tema “Desafios da Saúde Global no Espaço da Lusofonia”, e que decorrerá no auditório da sua sede, em Lisboa.

Com esta conferência pretende-se privilegiar as relações de proximidade e sinergias que visam a partilha de conhecimento e experiências internacionais, abordando temas de maior relevância na medicina e na comunidade médica dos países lusófonos.

Inscrições decorrem até 15 de fevereiro
A IPF ACADEMY é um projeto do Instituto Português da Face, que tem como principal objetivo dinamizar a formação na área da...

Este curso é direcionado a fisioterapeutas, terapeutas da fala, médicos dentistas, médicos, entre outros profissionais de saúde com interesse na área e surge para dar resposta a uma lacuna existente: os pacientes que realizam tratamentos e cirurgias faciais, posteriormente, têm dificuldade em encontrar equipas devidamente especializadas para realizar o seu acompanhamento pós-tratamento/cirurgia.

Para os médicos é importante saber que podem confiar nos terapeutas/médicos dentistas para acompanhar o pós cirurgia, assim, um dos principais objetivos deste curso é criar uma equipa multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, médicos dentistas, entre outros) para uma colaboração conjunta, através de protocolos de tratamento e acompanhamento validados internacionalmente. O International Rehabilitation Course: TMD and Orthognatic Surgery também é uma oportunidade para profissionais recém-formados que se queiram especializar nesta área, sendo uma oportunidade para uma especialização numa área em que há muita procura e pouca oferta.

De forma a tornar este curso interessante, os dois módulos (básico e avançado) incluem parte teórica e prática. Para isso, haverá um número adequado de monitores com experiência, o que tornará o curso muito especial e interessante – a interação entre alunos e corpo docente será constante.          

O Prof. Valerio Palmerini, fisioterapeuta com Doutoramento nesta área é o elemento de destaque deste curso, assim como os outros diretores dos cursos, o Prof. David Ângelo, coordenador científico na área da Disfunção Temporomandibular, e o Dr. David Sanz, coordenador científico na área da Cirurgia Ortognática.

O “Curso Básico”, que decorrerá nos dias 18 e 19 de março, incluiu conceitos básicos e iniciais e mais focados na Disfunção Temporomandibular, incluindo no seu programa diversas temas nomeadamente: Anatomia Facial; Avaliação e Diagnóstico Temporomandibular; Reabilitação da Articulação Temporomandibular – Técnicas com validação científica ; Reabilitação Miofascial Temporomandibular – Técnicas com validação científica; Intervenções Médicas  para as Disfunções Temporomandibulares com Toxina Botulínica; Intervenções médicas em deformidades dentofaciais; dores de cabeça e disfunções Temporomandibulares – Educação e Aconselhamento do Paciente.

Quanto ao “Curso Avançado”, que decorrerá nos dias 29 e 30 de abril, será uma formação mais especializada que inclui abordagens mais técnicas ao nível da Cirurgia Ortognática. As temáticas em destaque vão focar-se nas Deformidades Dentofaciais; Músculos Hióides, Língua e Voz; Reabilitação Temporomandibular: coluna torácica; Cirurgia Ortognática; Fisioterapia em Cirurgia Ortognática; Stress e Dor Orofacial.

As inscrições são limitadas e devem ser efetuadas até 15 de fevereiro aqui: https://lnkd.in/dyCAac9S

Opinião
A Lei n.º 31/2018 de 18 de julho, veio concretizar os direitos das pessoas em contexto de doença ava

Para efeitos da presente Lei, considera-se que uma pessoa se encontra em contexto de doença avançada e em fim de vida quando padeça de doença grave, que ameace a vida, em fase avançada, incurável e irreversível e exista prognóstico vital estimado de 6 a 12 meses.

Esta legislação está atualmente um pouco esquecida, por isso importa recordar que a mesma oferece resposta a problemas bioéticos e jurídicos prementes, designadamente relacionados com a distanásia. Os principais conteúdos da referida Lei serão elencados a seguir.

Da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida

As pessoas que se encontrem em contexto de doença avançada e em fim de vida, depois de informadas pelos profissionais de saúde e prestando o seu consentimento, têm direito à informação sobre aspetos relativos ao seu estado de saúde. Devem ser esclarecidas sobre a natureza da sua doença, o prognóstico estimado bem como sobre os distintos cenários clínicos e possibilidades de tratamento.

Nos casos em que seja evidente um estado confusional agudo ou a agudização de um estado prévio, os pacientes têm direito à contenção química dos sintomas através do uso de fármacos indicados. A contenção física com recurso a imobilização e restrição físicas tem caráter excecional e temporário.

Da obstinação terapêutica e diagnóstica

Outro direito agora reconhecido é o direito a serem tratadas de acordo com o seu plano de tratamento, que define objetivos de cuidados e que, previamente, foi discutido entre a equipa médica e o paciente, o qual passa a ter um papel bastante ativo no seu tratamento.

A pessoa doente é, além do mais, detentora do direito de não ser alvo de distanásia através da aplicação de medidas que prolonguem ou agravem o seu sofrimento de modo desproporcionado.

Do consentimento informado

Já no âmbito do consentimento informado ficou estabelecido que as pessoas que se encontrem em contexto de doença avançada e em fim de vida são detentoras do direito de dar o seu consentimento para as intervenções clínicas a que sejam submetidas, desde que tenham sido previamente informadas e esclarecidas pelo médico responsável bem como pela equipa multidisciplinar que acompanha as intervenções clínicas. Este consentimento deve ser prestado por escrito, exigindo-se a presença de duas testemunhas quando em causa estejam intervenções que possam pôr em causa a vida da pessoa doente.

Pode ainda o paciente, desde que devidamente informado e esclarecido, recusar, nos termos da lei, o suporte artificial das funções vitais e a prestação de tratamentos que não sejam

proporcionais ou adequados ao seu estado clínico, bem como tratamentos de qualquer natureza que não tenham como objetivo exclusivo a diminuição do sofrimento e a manutenção do conforto do doente ou que prolonguem ou até agravem esse sofrimento.

Dos Cuidados Paliativos

Estabelece a nova lei que as pessoas que sofram de uma doença avançada e em fim de vida têm direito a receber Cuidados Paliativos através do Serviço Nacional de Saúde, nos termos da Lei de Bases de Cuidados Paliativos, aqui se incluindo apoio espiritual e religioso. Considera-se também prestação de cuidados paliativos o apoio que é prestado à família do doente.

A nova Lei determina que os Cuidados Paliativos são prestados por uma equipa multidisciplinar de profissionais e podem ser prestados em ambiente hospitalar, domiciliário ou em instituições residenciais. O Estado em articulação com o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social fica obrigado a dar formação adequada e apoio aos cuidadores informais da pessoa em contexto de doença avançada e em fim de vida, que recebe os cuidados paliativos em ambiente domiciliário.

A sinalização correta da pessoa doente na Rede Nacional de Cuidados é agora obrigatória, devendo também os profissionais sinalizar todos os casos de pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida que se encontrem em ambiente domiciliário sem acesso ao devido apoio profissionalizado.

Do prognóstico vital breve

Nos termos da nova lei, as pessoas com prognóstico vital estimado em semanas ou até dias, com sintomas de sofrimento não controlado pelos cuidados paliativos, têm direito a receber sedação paliativa para tratamento do sofrimento e serão monitorizados de forma regular por uma equipa de profissionais qualificada. Uma pessoa doente que se encontre em situação de últimos dias de vida tem o direito à recusa alimentar ou à prestação de determinados cuidados de higiene pessoal, respeitando-se assim o processo natural e fisiológico do doente.

Dos direitos não clínicos

A nova Lei elenca, ainda, uma série de direitos de caráter não clínico que assistem às pessoas em contexto de doença avançada e em fim de vida, como o direito a realizar um testamento vital, a nomear um procurador ou cuidador de referência para os cuidados de saúde.

Outro direito que se encontra consagrado para estes doentes refere-se ao recebimento de apoios e prestações sociais que sejam devidas a si e à sua família, tendo igualmente o direito a ser o único titular do direito à informação clínica relativamente ao seu estado de saúde.

Das decisões terapêuticas

Nas decisões terapêuticas, se isso corresponder à vontade do doente, os seus familiares ou curadores podem assisti-lo. Já quando os pacientes não estiverem no pleno uso das suas faculdades mentais e na hipótese de não serem assistidos por familiares ou cuidadores, é ao médico responsável e à sua equipa que compete tomar as decisões clínicas. Neste âmbito, devem médico e a sua equipa ouvir a família do paciente, mas sempre no exclusivo e melhor interesse do doente e de acordo com a vontade conhecida do mesmo.

Da discrepância de vontades ou decisões

A Lei determina igualmente o acesso dos doentes ou dos seus representantes legais aos Conselhos de Ética das entidades prestadores de cuidados de saúde, no caso de ocorrer uma discordância insanável entre os doentes ou os seus representantes legais e os profissionais de saúde quanto às medidas clínicas a aplicar. Já quando a assistência for prestada no ambiente domiciliário ou em entidade que não disponha de um Conselho de Ética é facultado aos doentes, ou aos seus representantes legais, o acesso aos órgãos competentes em matéria de ética da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Psicólogos.

Concluindo, a Lei n.º 31/2018 de 18 de julho - “Direitos das Pessoas em Contexto de Doença Avançada e em Fim de Vida” - pretende a consolidação de direitos das pessoas em contexto de doença avançada e fim de vida, reconhecendo-lhes expressamente o direito a não sofrer de forma disruptiva, aos cuidados paliativos e à informação sobre o seu estado clínico.

Fonte: https://dre.pt/dre/detalhe/lei/31-2018-115712240

 

Autores:

Maria Helena Junqueira - Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, [email protected]

Pedro Quintas - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, [email protected]

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em parceria com o Gabinete de Apoio Humanitário da OM
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realiza amanhã, dia 10 de janeiro, o curso “Advanced Critical Care...

“Vamos formar médicos portugueses e luso-ucrânianos, que posteriormente transmitirão os conhecimentos adquiridos nesta formação a profissionais de saúde ucranianos, na Ucrânia ou Polónia. Tem a coordenação de Vítor Almeida, coordenador do Gabinete de Apoio Humanitário da Ordem dos Médicos e conta com a colaboração da Cruz Vermelha Portuguesa e do INEM e formadores médicos do CHUC”, refere Mafalda Ramos Martins, Diretora do CSB do CHUC.

Mafalda Ramos Martins prossegue dando nota que “todos estes médicos em formação fizeram previamente um curso de formação em simulação, realizado no Centro de Simulação do CHUC, e um curso de TC3 (Technical Combat Casuality Care) com o objetivo de não só melhorarem as suas competências na abordagem de vítimas de guerra como para posterior formação de profissionais ucranianos.”

Refira-se que esta formação está a ser realizada num centro de referência nacional, o CSB do CHUC, onde as formações são realizadas com recurso a simuladores (manequins de alta tecnologia que simulam doentes reais) e pacientes simulados, o que permite uma experiência

realista, com maior envolvência e mais eficácia na aquisição dos conhecimentos e das competências abordadas.

Esta ação, de elevado valor humanitário, tem ainda a parceria da Sociedade Europeia de Simulação (SES), representada pelo seu presidente e médico do CHUC, Francisco Maio Matos.

A sessão de encerramento do curso, terá lugar no CSB, pelas 17:30h, e conta com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, do Presidente da SES, Francisco Maio Matos, do Conselho de Administração do CHUC, do Coordenador da Medicina de Catástrofe do Ministério da Saúde Ucrâniana, Vitalyi Krylyuk e da Diretora do Centro de Simulação de Ternopil, da Ucrânia, Halyna Tsymbaliuk.

9ª edição do prémio
A MALO CLINIC, referência mundial na área da medicina dentária, foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas 2023, destacando-se...

Pedro de Albuquerque Mateus, CEO da MALO CLINIC, realça que “a atribuição do Prémio Cinco Estrelas é mais um reconhecimento da excelência e qualidade das nossas clínicas, fruto da aposta na inovação e no serviço ao cliente, bem como numa equipa médica e clínica de excelência. Na MALO CLINIC estamos focados em oferecer aos nossos clientes as melhores e mais inovadoras soluções e tratamentos de medicina dentária, trabalhando todos os dias para ajudar a criar sorrisos e mudarmos vidas”.

A MALO CLINIC alcançou uma pontuação de 7,05 ao nível da inovação, sendo a única clínica em Portugal a ultrapassar a barreira dos sete pontos. Com uma forte componente científica, a MALO CLINIC é uma referência mundial na área da medicina dentária, principalmente na resolução de casos complexos, sendo responsável por mais de 100 artigos científicos e detentora de cinco patentes. Fruto da sua aposta na inovação e excelência, tem atualmente mais de 50 projetos de I&D em curso, que envolvem mais de 60 colaboradores e que deverão dar origem a novas patentes. Adicionalmente, a MALO CLINIC estabeleceu um ecossistema de inovação que envolve parcerias estratégicas com fabricantes de renome internacional, instituições universitárias e outros players ligados ao sector, os quais encontram na MALO CLINIC um parceiro para o desenvolvimento de estudos científicos e soluções inovadoras. A MALO CLINC é pioneira no All-on-4®, um conceito que permite a reabilitação dentária total com apenas 4 implantes e sem transplante ósseo, em apenas um dia.

Segundo o estudo, os clientes da MALO CLINIC são os mais satisfeitos, com uma pontuação global de experimentação de 8,33 pontos, sendo de destacar os níveis alcançados nos resultados dos tratamentos (8,64), no atendimento, no ambiente geral das clínicas e na confiança no médico. A MALO CLINIC apresenta ainda a melhor relação preço - qualidade, com uma pontuação de 7,92, o que contribui também para que a MALO CLINIC seja a clínica dentária mais recomendada pelos clientes, com de 8,34 pontos em 10 possíveis.

Com clínicas em todo o território nacional e na Polónia, a MALO CLINIC é uma referência na resolução de casos complexos. A sua equipa multidisciplinar, composta por médicos dentistas altamente qualificados, já resolveu mais de 165 mil casos complexos, apresentando a maior taxa de sucesso comprovada cientificamente nos últimos 18 anos no tratamento All-on-4®. 

Estudo liderado por Luís Graça
Um novo estudo liderado por Luís Graça, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes e Professor...

Segundo informação avançada na página oficial da DGS, já em setembro do ano passado uma análise dos mesmo investigadores mostrava que a infeção pelas primeiras subvariantes Omicron de SARS-CoV-2, em circulação em janeiro e fevereiro de 2022, conferia proteção considerável para a subvariante Omicron BA.5 que circula em Portugal desde junho e que continua a ser a variante predominante em muitos países. No entanto, a estabilidade da proteção conferida pela chamada imunidade híbrida, a imunidade conferida pela combinação da vacinação e infeção, não era ainda conhecida.

“Em setembro, tínhamos observado que a infeção pelas primeiras subvariantes Omicron conferia uma proteção para a subvariante BA.5 cerca de quatro vezes superior a pessoas vacinadas que não foram infetadas em nenhuma ocasião, mostrando a importância da imunidade híbrida para a proteção contra novas infeções. Agora mostramos que essa proteção conferida pela vacinação em conjunto com as infeções prévias é estável e mantém-se até pelo menos oito meses após a primeira infeção”, explica Luís Graça, colíder do estudo.

Para o estudo, recentemente publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases, os investigadores usaram o registo dos casos de COVID-19 a nível nacional até setembro de 2022, especialmente completo devido à obrigatoriedade legal de registar todos os casos de infeção por SARS-CoV-2 para ter acesso a baixa médica nos dias de isolamento obrigatório. “Usámos o registo nacional de casos de COVID-19 para obter a informação de todos os casos de infeções por SARS-CoV-2 na população com mais de 12 anos residente em Portugal. Os dados da população portuguesa permitem-nos concluir sobre a imunidade híbrida porque a vacinação abrangia já 98% da população estudada no final de 2021. A variante do vírus de cada infeção foi determinada tendo em conta a data da infeção e a variante dominante nessa altura”, explica Manuel Carmo Gomes, colíder do estudo.

Sobre os cálculos efetuados com estes dados, João Malato, primeiro autor do estudo explica: “Com estes dados, calculamos o risco relativo de reinfeção ao longo do tempo em pessoas vacinadas com infeções prévias pelas primeiras subvariantes Omicron de SARS-CoV-2, o que nos permite concluir sobre o nível de proteção contra uma reinfeção. Percebemos que a proteção mantem-se elevada 8 meses após o contacto com o vírus”.

“A proteção conferida pela imunidade híbrida é inicialmente de cerca de 90%, reduzindo-se ao fim de 5 meses para cerca de 70%, e mostrando uma tendência para estabilizar num valor de cerca de 65% ao fim de 8 meses, por comparação com a proteção em pessoas vacinadas e não infetadas. Estes resultados mostram que a imunidade híbrida conferida pela infeção por subvariantes anteriores de SARS-CoV-2 em pessoas vacinadas é bastante estável”, acrescenta Luís Graça sobre a proteção conferida pela imunidade híbrida.

Este estudo mostra que a infeção por subvariantes anteriores do vírus SARS-CoV-2, que causa COVID-19, tem a capacidade de conferir proteção adicional comparando com a proteção conferida pela vacinação apenas e que esta proteção é estável.

Técnica menos invasiva
A Unidade de Tratamento de Hérnias da Parede Abdominal do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Garcia de Orta (HGO) realizou...

A técnica em questão, designada por eTEP (extended totally extraperitoneal), é um procedimento inovador, que permite a reparação da hérnia de forma minimamente invasiva, com menos complicações e menos dor pós-operatória. Esta cirurgia resulta, assim, em menos tempo de internamento e recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta clássica ou mesmo a cirurgia laparoscópica convencional.

A hérnia incisional é um tipo de hérnia que surge no local cirúrgico de uma cirurgia prévia no abdómen. Uma cirurgia no abdómen leva a uma violação das estruturas da parede abdominal, tais como músculos e fáscias, o que contribui para um enfraquecimento da mesma. Esta predisposição, associada a um aumento da pressão intra-abdominal, como a obesidade, tabagismo ou outros fatores de risco, como quimioterapia, predispõe ao aparecimento de hérnias com protrusão de conteúdo intra-abdominal, nomeadamente intestino.

O tratamento das hérnias incisionais depende das características da hérnia em particular (dimensão e localização) e dos problemas associados do doente, nomeadamente patologias de base e cirurgias prévias. Pode passar por uma cirurgia aberta, na qual o cirurgião faz uma nova incisão para poder reduzir o conteúdo herniário e encerrar o orifício, ou numa cirurgia por laparoscopia, em que a abordagem intra-abdominal se faz por incisões centimétricas no abdómen, insuflação da cavidade abdominal, manipulação e redução do saco herniário e encerramento do orifício/defeito. Em ambas as abordagens é colocada uma prótese (que consiste numa rede) a cobrir amplamente o defeito encerrado, de modo a promover um fortalecimento dos tecidos e evitar o reaparecimento de novas hérnias.  

Mais recentemente surgiu uma nova abordagem minimamente invasiva, alternativa à laparoscopia convencional, designada por eTEP, em que se evita a entrada na cavidade abdominal. São igualmente feitas pequenas incisões na parede abdominal, com redução da hérnia, encerramento do orifício herniário, e colocação de uma prótese, mas evita-se a manipulação e o contacto da rede com o intestino. Esta via é a que, comprovadamente, permite reduzir substancialmente a dor pós-operatória, o risco de infeções, encurtar o tempo de internamento e acelerar o regresso à vida ativa, com maximização dos resultados a longo prazo, nomeadamente redução do risco de recorrência da hérnia ou de complicações relacionadas com a rede. 

A primeira cirurgia vídeo-endoscópica a uma hérnia incisional no HGO foi efetuada com sucesso técnico e sem intercorrências, com uma redução substancial da dor pós-operatória e rápido retorno do doente à sua vida ativa. 

 

Dicas para a mala da maternidade, primeiros-socorros e segurança automóvel
“Ano novo, vida nova”, mas os cuidados com recém-nascidos e bebés são sempre fundamentais. Nesse sentido, nos dias 13, 14, 21 e...

No dia 13, das 18h30 às 19h30, em formato online, vai ser abordado o tema “O que levar para a mala da Maternidade?” com a Enfermeira Alice Araújo, especialista em saúde materna e obstetrícia. Ainda online, no dia 27 deste mês, das 19h00 às 20h00, vai ser explorado o tema “Segurança automóvel e primeiros socorros pediátricos”, com o contributo das Enfermeiras Paula Juvantes e Sónia Patrício e ainda Maria Costa, formadora do laboratório BebéVida.  

Vão realizar-se ainda em formato presencial dois workshops. Nos Açores, em São Miguel, no dia 14, das 10h00 às 13h00, os temas em destaque vão ser o parto ativo e a alimentação nos primeiros  dias de vida do bebé, abordados pelas Enfermeiras Isabel Veiga e Marta Machado, e pela nutricionista Maria dos Santos. Em Terras de Bouro, na freguesia de Brufe, no dia 21 de janeiro, entre 10h30 e as 12h30, a sessão vai ser dedicada ao sono do bebé da grávida, com as explicações de Ana Maria Pereira, terapeuta.  

Além disso, durante todo o mês de janeiro, a BebéVida vai promover várias experiências Eco My Baby, sessões de ecografias 3D e 4D, em diversas localidades – Portalegre (13/01), Luso (16/01), Portimão (19/01), Castelo Branco (20/01), Calvaria de Cima (20/01), Rio Maior (24/01), Esposende (25/01), Paredes (25/01) e Porto (24/01) e (26/01). Estas ecografias destinam-se a grávidas a partir das 16 semanas de gestação.  

Durante todo o ano, o laboratório de criopreservação de tecidos e células estaminais BebéVida, realiza diversos workshops online, totalmente gratuitos, focados em vários desafios da maternidade, de forma a garantir que todos os futuros pais possam participar, independentemente da sua localização. 

150 mil dólares
A American Society of Gene + Cell Therapy e a Pfizer estão a colaborar no âmbito do Programa Competitivo de Bolsas para apoiar...

Está prevista a atribuição de 3 bolsas e apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 30 de janeiro de 2023.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel independente de revisores, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre nenhum aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o impacto dos mesmos, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Energia física e mental
A NADH (Nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) + Hidrogénio H) é uma coenzima, que desempenha um p

Quanto mais NADH estiver disponível para a célula, mais ela poderá desempenhar as suas funções, com melhor qualidade e, desta forma, mais longa será a sua vida. O código genético de todas as células localiza-se no nosso ADN. O ADN pode ser lesado se for exposto a algumas condições agressivas, como as radiações UV, certos antibióticos, anti-inflamatórios, entre outros. Se o nosso DNA for atacado e consequentemente danificado por uma ou mais substância, o nosso material genético pode ser alterado.

A replicação de ADN danificado pode causar mutações na divisão celular. Modificações genéticas são as bases bioquímicas para um grande número de doenças crónico-degenerativas tais como o cancro, a artrite reumatoide, a imunodeficiência, entre outras. Assim sendo é fundamental proteger o nosso material genético contra todos os tipos de agressões que possam modificar a sua essência, para que se possa garantir a pureza da reprodução.

Para evitar as consequências, que podem vir a ser fatais, dos danos ao ADN, as células dos mamíferos, principalmente do Homem, desenvolveram um sistema de proteção que é capaz de reparar certos danos do material genético e que para ser eficaz, necessita da participação efetiva da coenzima NADH.

Estudos demonstram que a NADH pode ter efeitos efetivos em diferentes situações, tais como:

  • Redução dos sintomas de depressão, tais como falta de iniciativa e concentração, redução da capacidade de trabalho, perda da líbido e ansiedade;
  • Função antioxidante contra os radicais livres associados ao cancro, doença coronária, diabetes, desordens neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer e outras doenças autoimunes;
  • Melhora as funções da memória, fluência verbal e perceção visual nos casos de doença de Alzheimer e nos sintomas da doença de Parkinson;
  • Proteção do fígado no que diz respeito ao consumo de álcool;
  • Diminuição dos níveis de colesterol e de tensão arterial;
  • Reforço do sistema imunitário.

Em suma, a NADH é a coenzima mais importante do nosso organismo, responsável pelo desenvolvimento celular e produção de energia a partir dos alimentos. É também um dos principais transportadores de eletrões no processo de produção de energia nas células e um importante antioxidante

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A Lista B tem como lema ‘’A Honra de ser Médico’’
Com quase 40 anos de experiência ao serviço da Saúde em Portugal, Dr. Victor Manuel Borges Ramos é o mandatário da Lista B aos...

A lista B para os Órgãos Sociais da Região Sul, tem como candidato a Presidente do Conselho Regional o Dr. Mário Jorge Neves como candidato ao Conselho Superior o Dr. António Caldeira Fradique, como candidato a presidente da Mesa da Assembleia Regional o Dr. João Varandas Fernandes e como candidato a presidente do Conselho Fiscal o Dr. João Moura Reis.

Relativamente aos Órgãos Sociais da sub-Região de Lisboa Cidade, a Lista tem como candidata a Presidente do Conselho sub-Regional, a Dr.ª Luísa Quaresma, e como candidato a Presidente da Mesa da Assembleia, o Prof. Doutor Pedro Soares Branco.

Já para os Órgãos Sociais da sub-Região de Grande Lisboa, o candidato a Presidente do Conselho sub-Regional é o Prof. Doutor Borges Dinis e o candidato a Presidente da Mesa da Assembleia, o Dr. Mário da Costa Pereira.

Entendemos que uma lista que assuma o firme propósito de lutar com êxito pelos nossos valores e interesses não pode estar prisioneira de conceitos de tribalismo partidário e de hegemonias internas que nada têm a ver com a eficácia de intervenção em defesa da nossa profissão” , afirma o Dr. Mário Jorge Neves.

No programa da lista são apresentados objetivos programáticos que assentam em princípios fundamentais que todos os membros se comprometem a defender, seja por ação direta, seja mediante a apresentação de propostas fundamentadas aos órgãos nacionais da Ordem dos Médicos.

A candidatura expressa a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como pilar central no acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde, merecedor de uma particular atenção e intervenção.

Nesta medida, serão exigidas condições de trabalho dignas, uma carreira médica dinâmica e atrativa aos vários níveis, um investimento orçamental consentâneo com o papel constitucional deste serviço público, e incentivos facilitadores para a fixação dos médicos nos serviços de saúde do SNS.

Por outro lado, o trabalho médico em instituições privadas e do setor social, merecerão igual atenção e medidas de intervenção na elevação contínua dos padrões de qualidade do exercício profissional. A Carreira Médica terá de se pautar por critérios idênticos nos vários setores de prestação, de modo a permitir a circulação dos médicos sem perda de direitos laborais.

Dentro dos objetivos propostos, a Lista B destaca a importância a importância de estabelecer o internato médico como o primeiro grau da Carreira Médica e a defesa da eleição do diretor clínico como instrumento que melhor salvaguarda a autonomia técnica, científica e política da profissão.

Acreditamos que temos o projeto indicado e as pessoas certas para representar e defender todos os médicos, unindo a experiência e a vontade de um conjunto de profissionais com um background heterogéneo e complementar.”, reforça ainda o mandatário á candidatura, o Dr. Victor Manuel Borges Ramos.

Entre os dias 10 e 19 de janeiro, realiza-se por via eletrónica o processo de eleição de todos os órgãos estatutários da Ordem dos Médicos.

Opinião
Será a memória a principal referência para a recuperação de funcionalidades?

A memória é uma função cognitiva essencial para as funções do quotidiano e a perda desta função pode ser catastrófica como é percetível pelo exemplo de doentes com défices de memória (por exemplo na doença de Alzheimer). Define-se pela capacidade de aprender, recordar e executar as competências aprendidas.

A memória envolve três etapas, sendo que podem ocorrer défices de memória por alterações em qualquer uma destas fases:

  1. Aquisição – processo pelo qual uma memória é armazenada no repertório mnésico;
  2. Armazenamento - processo pelo qual se organiza a informação e se guarda a memória ao longo do tempo, podendo mais tarde ser evocada;
  3. Evocação - processo pelo qual se “traz” à consciência uma memória armazenada.

Inicialmente é formada a memória sensorial, sendo que parte desse armazenamento é transformado em memória de trabalho ou de curto prazo, que não dura mais que alguns minutos e é-nos útil para organizar a informação sensorial que estamos a receber. A memória de trabalho é constituída pelas componentes auditiva e visual, ambas com uma capacidade relativamente limitada.

Outras características da memória de trabalho são os efeitos de primazia que, respetivamente, referem que as pessoas têm maior probabilidade de se lembrarem das coisas que lhes foram ditas mais recentemente (por exemplo os últimos 2 itens de uma lista) e que também têm maior probabilidade (no caso da lista) de se lembrarem dos primeiros itens da lista do que dos itens do meio da lista.

Posteriormente, a memória de trabalho pode ser armazenada e transformar-se em memória de longo prazo que pode mais tarde ser evocada. A memória de longo prazo divide-se sobretudo em 2 tipos:

  1. Memória declarativa ou explícita – referente à memória episódica (experiências pessoais) e/ou à memória semântica (factos, ideologias, conceitos); é explícita porque a sua evocação é consciente;
  2. Memória de procedimentos ou implícita – referente a procedimentos motores e cognitivos que executamos automaticamente; é implícita porque a sua evocação é inconsciente.

Entre as várias aplicações do conhecimento sobre o processo da memória, há uma que é transversal a toda a prática em contexto de saúde – conseguir que as pessoas memorizem toda a informação importante que lhes damos.

Estudos dizem que os doentes esquecem cerca de 50% da informação que lhes é dita pelos profissionais de saúde. Para adotar pequenas técnicas tendo esse fim em mente, é importante conhecer algumas características da memória:

  • Distinção – informação que se distinga ou que seja única é mais provável ser lembrada;
  • Elaboração e processamento – se a informação tiver um significado que tenha sido compreendido é mais facilmente lembrada;
  • Categorização – a informação é armazenada por categorias (ex: desporto, comida, animais) o que torna mais rápida e mais fácil o armazenamento de nova informação;
  • Contexto-dependentes – as memórias estão frequentemente associadas ao contexto em que foram adquiridas, pelo que num contexto semelhante a evocação da memória será mais fácil;
  • Poder da evocação – quanto maior a quantidade de informação que é evocada, melhor é lembrada a memória.

Sem memória não há: função – neurotransmissores (não existe transmissão dos impulsos de um neurónio a outra célula), atividade (as áreas envolvidas na memória são áreas também do Controlo Motor) e participação (neuroplasticidade, aprendizagem, evolução).

São várias as patologias associadas:

  • Doença de Alzheimer – Estado inicial caracterizado por alteração ligeira da memória declarativa e da orientação e dificuldade em encontrar palavras durante uma conversa. Progride para alterações demarcadas da memorização e orientação, alterações de humor, comportamento e personalidade. A prevalência da Doença de Alzheimer moderada a grave é de 5% nos doentes com mais de 65 anos e 20% nos doentes com mais de 80 anos.
  • Síndrome de Korsakoff - défice de vitamina B1 (tiamina) – visto em alcoólicos ou com anorexia nervosa. Caracteriza-se por lesões dos corpos e fibras mamilo-talâmicas. Apresentam amnésia anterógrada severa, confabulação (inventar histórias), ausência de insight, apatia e dificuldade na formação de memória declarativa.

As sinapses químicas podem induzir alterações plásticas que potenciam ou deprimem a transmissão sináptica. A potenciação de longo termo envolve alguns padrões de atividade sináptica que produzem um aumento duradouro na plasticidade sináptica. Essa plasticidade, serve de mecanismo para o armazenamento de informação duradoura. A potenciação de longo termo só é possível se fortes despolarizações nos neurónios pré e pós-sinápticos ocorrerem. “Neurons that fire together wire together” já dizia o neuropsicólogo Donald Hebb, que usou essa frase pela primeira vez em 1949 para descrever como os “caminhos cerebrais” são formados e reforçados por meio da repetição/memória.

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Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde
No Ano Europeu das Competências, SPLS sugere à Comissão Europeia dar menos destaque ao emprego e incentivar as competências...

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) deixa algumas críticas ao documento da instituição europeia de forma a melhorar a implementação do Ano Europeu das Competências. Em vez do foco nas competências profissionais, a sociedade pede medidas para melhorar a resposta das pessoas aos desafios do ciclo da vida, como parentalidade, luto e entrada no mercado de trabalho.

A Comissão Europeia já deu início aos trabalhos para implementar o Ano Europeu das Competências em 2023, que tem como objetivo “assegurar que ninguém seja deixado para trás no processo da dupla transição e na recuperação económica”, afirma a instituição. Para Cristina Vaz de Almeida, Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), “talvez o primeiro passo seja não haver um exclusivo foco no trabalho”, mas sim nos “vários momentos críticos da vida da pessoa”. 

Para chegar ao patamar de 78% da população empregada até 2030, a Comissão Europeia pretende promover o investimento privado e público em formações nos Estados-Membros, preparar os trabalhadores para a transição digital e ecológica e atrair pessoas de países terceiros com as competências profissionais de que a União Europeia necessita. Cristina Vaz de Almeida acredita que “as competências laborais são importantes, mas redutoras para sociedades que se querem mais felizes, produtivas, resilientes e resistentes aos tempos de mudança que se aproximam”. 

Segundo a Presidente da SPLS, “é preciso refletir mais seriamente sobre o estádio de desenvolvimento cognitivo e social que o indivíduo tem e as políticas públicas de literacia em saúde”. Para isto, a Comissão Europeia “tem de dar um segundo olhar sobre os vários relatórios da OCDE, que, desde 2005, têm vido sistematicamente a insistir no desenvolvimento de competências da formação humana, não apenas laborais”. Cristina Vaz de Almeida acredita que é necessário focar a atenção na saúde mental dos cidadãos, principalmente dos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com doença prolongada. 

A solução passa pelo conceito de competências integradoras — “aquelas que necessariamente urge combinar e que fazem a ponte entre o conhecimento (saber), as capacidades (fazer) e os próprios atributos pessoais (ser)”. É preciso preparar os cidadãos com competências que lhes permitam dar resposta aos vários momentos críticos da vida da pessoa, como é a parentalidade, a entrada na vida laboral e o luto. “Só assim é possível aumentar os níveis de competências para a maior capacitação do estado físico, mental e emocional — essencial para uma vida mais equilibrada”, conclui.

Obesidade
Especialista ajuda a responder à questão: será que a inclusão de probióticos numa dieta balanceada a

De acordo com a especialista em Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo da Mayo Clinic, Meera Shah, é um facto que “a população bacteriana em pessoas obesas é realmente diferente da população em pessoas não obesas. Mas ainda não sabemos se essa diferença contribui para a obesidade ou se é uma consequência dela”.

Até agora, explica, as pesquisas ainda não deram respostas claras quanto a este ponto. “Apesar de a ingestão de probióticos provavelmente não fazer nenhum mal, pode não ter utilidade no combate à obesidade”, acrescenta.

Antes de tudo, salienta, é importante entender que o ganho de peso é basicamente uma função de desequilíbrio de energia. “Nós ganhamos peso quando ingerimos mais calorias do que aquelas que o corpo gasta. E há algumas evidências de que as bactérias intestinais desempenham um papel na eficiência com que o corpo extrai energia dos alimentos que chegam ao intestino delgado”, justifica.

Segundo a especialista, o trato digestivo contém triliões de bactérias. Muitas dessas bactérias têm funções úteis para o corpo, incluindo metabolizar os nutrientes dos alimentos. No entanto, revela que a especialista que, apesar de muitas bactérias presentas no intestino serem importantes, algumas não o são. “Foram realizados estudos sobre como o desequilíbrio entre as bactérias intestinais pode contribuir para determinados distúrbios médicos”, diz destacando que “ingerir alimentos, como iogurte ou repolho, que contêm probióticos, um tipo de bactéria “boa”, ou tomar suplementos de probióticos têm benefícios comprovados para a saúde”.  “Há algumas evidências de que os probióticos podem melhorar a saúde intestinal”, afiança.

“No entanto, até agora, os únicos estudos que mostraram resultados convincentes de que alterar a composição das bactérias intestinais, também chamadas de microbiota intestinal, afeta o peso foram realizados usando ratinhos livres de germes. Por outro lado, os dados em humanos são imprecisos quanto a esta relação”, revela.

Segundo a endocrinologista, o que é claro é que o fator mais importante que determina a composição da microbiota intestinal é a dieta. Mas, como referido anteriormente, isso levanta a questão sobre o que acontece primeiro: a obesidade leva a determinados tipos de microrganismos? Ou um determinado tipo de microrganismo leva à obesidade? Neste momento, não há resposta.

“O que se sabe é que pode tomar medidas para manter a microbiota intestinal saudável, e que essas medidas também ajudam na jornada da perda de peso. Por exemplo, comer muitas frutas e vegetais parece ajudar o desenvolvimento das bactérias boas no intestino. E isso também pode ser benéfico para a sensação de saciedade e para limitar a ingestão excessiva de calorias desnecessárias. Além disso, limitar gordura, açúcar e proteína de origem animal também pode ajudar a manter a microbiota intestinal mais saudável, porque pesquisas mostram que dietas ricas nesses alimentos estão relacionadas com uma composição bacteriana intestinal mais desfavorável”, explica a médica.

Tomar um suplemento probiótico também pode melhorar a saúde da microbiota intestinal, mas, diz Meera Shah, não está claro qual o seu papel na perda de peso. “A maneira mais confiável de perder peso é ter uma dieta saudável e praticar exercício regularmente, para que gaste mais calorias do aquelas que consome”, termina.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidato quer ouvir os médicos
O candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Nunes, visita esta sexta-feira, dia 06 de janeiro de 2023, o Centro Materno...

A visita ao CMIN, unidade integrada no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, irá realizar-se a partir das 09 horas desta sexta-feira. Mais tarde, a partir das 11 horas, irá decorrer a visita ao Hospital de Guimarães. “É fundamental falar com os colegas, mostrar-lhes que estamos atentos às dificuldades que sentem no terreno, desde logo com a gritante necessidade de contratar mais médicos”, reitera o candidato.

Recorde-se que Rui Nunes, cuja candidatura reuniu o maior número de apoiantes e subscritores entre os seis candidatos que se apresentam a eleições, pretende dar um novo impulso à Ordem dos Médicos, tornando-a um pilar central na valorização e dignificação da classe médica. Embora defenda que a Ordem não deve ter um papel sindical, garante que enquanto Bastonário se irá bater para uma melhoria salarial e uma revisão das carreiras médicas.

As eleições para a Ordem dos Médicos arrancam no dia 10 de janeiro, com a votação eletrónica, que se prolonga até dia 19 de janeiro, data em que decorre também a votação presencial, nas diversas sedes regionais e distritais da OM.

 

 

 

Empresa destaca-se na categoria “Centros Auditivos”
A Minisom, uma marca Amplifon, foi eleita, pelo 4ª ano consecutivo, Escolha do Consumidor, na categoria “Centros Auditivos”....

O score de satisfação com a marca situou-se nos 82,5%, sendo que o score de recomendação atingiu os cerca de 78%, para um score total alcançado de 81,7%.

A Minisom destacou-se em todas as categorias da avaliação, nomeadamente em categorias como atendimento dos profissionais (8,74%); tempo de espera reduzido (8,66%); design discreto (8,55%); assistência e garantia pós-venda (8,39%); profissionais qualificados e competentes (8,33%); produtos modernos (8,26%); credibilidade da marca (8,14%), entre outros.

“É para nós um grande orgulho continuarmos a ser eleitos Escolha do Consumidor. Temos feito um caminho de credibilidade, transparência e qualidade especificamente no nosso mercado. Estamos muito contentes pelo facto dos consumidores reconhecerem a Minisom e destacarem-na em todos os parâmetros analisados. É sinal que estamos no caminho certo. Aproveito para agradecer a toda a equipa da Minisom. Só conseguimos estes resultados com uma equipa especializada e comprometida, que está todos os dias no terreno, a fazer mais e melhor”, comenta Pedro Alvarez, Diretor-Geral da empresa.

A Escolha do Consumidor é o sistema de avaliação de marcas nº1 em Portugal, liderando todos os índices (notoriedade, credibilidade, isenção e transparência e motivação de compra) junto dos consumidores portugueses (estudo More Março.2022), com 90% de notoriedade.

A ConsumerChoice desenvolve em Portugal os sistemas de avaliação Escolha do Consumidor, Escolha dos Profissionais, Escolha Sénior, Boa Escolha e agora a Escolha Ética, sendo líder de mercado neste sector de sistemas de avaliação por consumidores. A ConsumerChoice é única empresa certificada com ISO 9001 em gestão de qualidade para sistemas de avaliação de marcas.

 

Workshop
Nas últimas semanas da gestação, surge muitas vezes ansiedade impulsionada por dúvidas em relação ao dia do parto e à rotina...

A pensar nisso, as Conversas com Barriguinhas reúnem, nas próximas sessões online dos dias 10, 12 e 17 de janeiro, os temas mais procurados de 2022 para as grávidas saberem o que esperar do primeiro mês do bebé. A inscrição gratuita é feita através da plataforma e dá, ainda, acesso a um conjunto de descontos nos parceiros da iniciativa.

Sendo o sono do recém-nascido um dos principais pontos da nova rotina, a enfermeira Teresa Coutinho vai marcar presença na sessão do dia 10 de janeiro, às 17h00, para explicar como promover um sono seguro no bebé. A fisioterapeuta Joana Nunes, da Clizone, vai partilhar, por sua vez, o passo a passo da massagem do bebé que ajuda a aliviar cólicas.

Envolver o pai nestes momentos de maior fragilidade, dividindo responsabilidades da rotina do bebé, contribui também para aliviar o stress. Por isso, a paternidade ativa vai estar em destaque no dia 12 de janeiro, às 17h00, com a enfermeira Bárbara Sousa, especialista em Saúde Materna e Obstétrica, que vai abordar a importância do uso da licença exclusiva do pai. Ainda neste dia, a enfermeira Gisélia Machado vai esclarecer como fazer a massagem perineal para prevenir lacerações no momento do parto.

A “muda da fralda e a prevenção de assaduras” e “os benefícios da água mineralizada na gravidez, na amamentação e no alívio das cólicas do bebé” vão ser os temas abordados, no dia 17 de janeiro, às 17h00, com o contributo de Núria Durães, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstétrica, e de Célia Pinheiro, enfermeira em Pediatria e conselheira em Aleitamento Materno, respetivamente.

Vai marcar também presença, em todos os eventos online, uma conselheira em células estaminais da Crioestaminal para dar a conhecer as suas potencialidades, a sua aplicação terapêutica e a importância de guardar as células estaminais do cordão umbilical do bebé para a sua saúde futura

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