Escala de Controlo de Tabaco de 2021
No passado mês de dezembro foi apresentada, no Instituto Catalão de Oncologia, Centro Colaborador da Organização Mundial de...

Portugal foi apontado como um mau exemplo de políticas públicas para travar hábitos tabágicos, apesar de ter ratificado a Convenção Quadro de tabagismo da OMS, avançando apenas quando são impostas medidas vinculativas da União Europeia. Entre as políticas recomendadas na Convenção Quadro de Controlo de Tabaco da OMS encontram-se o aumento de preço através da taxação do tabaco; a proibição de fumar em locais públicos; a melhoria da informação para o consumidor, incluindo campanhas públicas de informação, cobertura dos media e divulgação de resultados de estudos; as proibições da publicidade de todos os produtos de tabaco, logotipos e nomes de marcas; as advertências de saúde nas embalagens dos produtos de tabaco; e, por fim, o tratamento para ajudar os fumadores a cessar, incluindo maior acesso a medicamentos.

Para Ana Figueiredo, pneumologista e membro da Direção do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), “a criação de locais públicos sem fumo é, sem dúvida, uma medida que irá ajudar a melhorar a saúde da população, não só porque o controlo dos hábitos tabágicos tem um impacto direto na diminuição das doenças respiratórias, cardiovasculares e oncológicas, mas também porque facilita o abandono do hábito de fumar”. E acrescenta: “Portugal foi um país pioneiro na introdução de legislação para controle do tabagismo e proteção dos não fumadores (as primeiras normas que vieram estabelecer a proibição de fumar aplicaram-se aos recintos fechados de espetáculos e aos transportes públicos e datam de 1959 e 1968), e dos primeiros países a ratificar a Convenção Quadro de tabagismo da OMS (09/01/2004), e é desolador ser neste momento apontado como um mau exemplo. É altura de Portugal fazer mais e melhor!”.

A liderar esta tabela surgem a Irlanda, o Reino Unido e a França, países que estão no bom caminho no que diz respeito à implementação de medidas para controlo do tabagismo. Por exemplo, a Irlanda tem os preços do tabaco mais altos da Europa (15,40€ um maço de Marlboro, em 2022). Do lado oposto surgem países como a Suíça, a Bósnia e Herzegovina, que obtiveram as pontuações mais baixas desta escala. A Suíça, por exemplo, está sob forte influência das empresas de tabaco e não consegue fazer progressos na tributação do tabaco ou no apoio à cessação tabágica. 

Destaque ainda para os Países Baixos e para a Dinamarca, que melhoraram significativamente o controlo do tabagismo através do aumento dos impostos, da implementação da proibição da exibição dos produtos de tabaco em montras visíveis nos locais de venda e da adoção de embalagens de tabaco brancas ou simples, sem cores, logotipo ou design da marca.

Sofia Ravara, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), declara, perante estes dados, que “Portugal precisa cumprir consistentemente os seus compromissos de promover e proteger a saúde da população portuguesa''. A médica pneumologista acrescenta ainda que “de acordo com vários estudos epidemiológicos, a grande maioria da população portuguesa aprova as medidas de controlo de tabaco. Por exemplo, mais de 85% dos portugueses concorda com uma política abrangente de espaços públicos sem tabaco, sem exceções”.

Podcast está de volta
Regressa hoje o projeto “Cancro sem Temor”, uma iniciativa do IPO do Porto, com o lançamento episódio intitulado “Na saúde e na...

O tema da sexualidade continua a ser, nos dias de hoje, um tabu na sociedade e, como tal, também no contexto clínico continuam a existir dificuldade em abordá-lo. Os diagnósticos de cancro, bem como as diferentes abordagens terapêuticas, afetam o bem-estar psicológico e a qualidade de vida do doente, da vida do casal e do/a seu parceiro/a. Contudo, a sexualidade é um importante indicador do bem-estar e da qualidade de vida dos doentes.

No primeiro episódio da segunda temporada participam Mafalda Cruz, radioncologista, Isaac Braga, urologista e Ana Amaral, psiquiatra, que irão abordar a sexualidade no doente oncológico e a forma como os fatores físicos e psicológicos podem limitar a atividade e o desejo sexual, reforçando a necessidade de um diálogo aberto entre o doente e o seu médico assistente.

“Cabe aos profissionais de saúde dispor de novas estratégias com o doente de forma a introduzir o tema da sexualidade logo no início do percurso oncológico, e abordá-lo ao longo de todo o processo. Dois terços dos doentes oncológicos não partilham com o seu médico que estão a vivenciar problemas de natureza sexual”, afirma Mafalda Cruz.

O urologista Isaac Braga reforça que “deve ser um tema falado e bastante discutido com o doente, em especial as consequências adversas do tratamento na vida sexual, mais do que da taxa de cura, temos de falar do espectro que as sequelas vão deixar, por isso o doente deve optar por estar informado”, reforçando a mensagem: “para se ter saúde, tem de ser ter uma boa vida sexual, não podemos desconsiderar esta parte da vida”.

Já Ana Amaral aborda a “culpa” que a maior parte dos doentes sentem ao falar com o médico assistente sobre esta temática: “Salvou-me a vida! Quem sou eu para estar a pedir ainda mais? Para estar a falar sobre sexo”.

Este episódio conta ainda com a participação especial de Vanda Patrício, ginecologista, e de Graça Braz, Enfermeira.

“Cancro sem Temor” é um projeto do IPO do Porto, dirigido a toda a população, com o objetivo de realçar a importância de aprender a viver com o diagnóstico de cancro e desmistificar conceitos e ideias sobre esta vivência. Através de diferentes testemunhos e perspetivas, procura-se simplificar e retirar a carga negativa, o medo associado à doença, clarificando diferentes aspetos, para ajudar a lidar melhor com ela. Olhar para a doença de diferentes perspetivas, psicológico, emocional, farmacológico, médico e social. O impacto do diagnóstico no indivíduo e no seu mundo.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

Projeto europeu HARMONICS
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) integra o projecto HARMONICS, financiado pela União Europeia, e que...

O projeto europeu HARMONICS é a primeira iniciativa de cuidados de saúde integrados baseados em valor do European Institute of Technology - Health (EIT-Health) da União Europeia. Esta aposta inovadora de cuidados de saúde focados na pessoa baseia-se na implementação de uma solução digital focada no acompanhamento pós-hospitalar de doentes com acidente vascular cerebral (AVC), envolvendo todos os níveis de cuidados de saúde em duas regiões europeias, Coimbra e Catalunha. Ao permitir a medição dos resultados em saúde relevantes para os doentes, este projeto permite um redesenho da oferta de cuidados de acordo com as necessidades e experiência dos doentes e das suas famílias. Adicionalmente permitirá ao Serviço Nacional de Saúde desenvolver modalidades de recompensa de acordo com os resultados em saúde alcançados para cada doente.

Estão incorporados neste projecto, para o qual o CHUC conta com um orçamento de aproximadamente 150.000€, vários Serviços: o Serviço de Neurologia, o Serviço de Medicina Física e Reabilitação, de Psiquiatria, o Serviço Social e a Unidade de Inovação e Desenvolvimento.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e os Cuidados de Saúde Primários da Região Centro, também integram este projeto.

João Sargento Freitas, Coordenador do Projeto no CHUC, lembra que “o AVC é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e está associado a elevados custos de saúde. O projecto HARMONICS representa um novo paradigma e uma solução inovadora no acompanhamento e gestão dos cuidados de saúde ao doente após AVC, isto é, promove a integração, harmonização e optimização do acompanhamento do doente após a alta hospitalar, envolvendo e aproximando o doente/familiares e cuidadores com todos os elementos prestadores de cuidados de saúde.”

João Sargento Freitas prossegue dando nota que “esperamos que este projeto possa contribuir para aumentar a qualidade de vida dos doentes com AVC e a eficiência dos sistemas de saúde. O sucesso do projeto permitirá depois replicá-lo por outros hospitais da União Europeia por forma a aumentar também a qualidade de vida dos pacientes com AVC em toda a Europa.”

Hiperreflexia
A cantora Celine Dion, de 54 anos, revelou ter um distúrbio neurológico raro chamado "síndrome da pessoa rígida”. De...

Outros sintomas que também podem caracterizar o distúrbio que, geralmente, aparece entre os 30 e os 70 anos são a hiperreflexia e a rigidez muscular axial que pode ainda, progredir lentamente para os músculos proximais dos membros.

De acordo com Fabiano, os espasmos são desencadeados, na maioria dos casos, por sensações de medo, estímulos táteis ou auditivos inesperados.

“As características funcionais do portador da doença são a marcha lenta, a perda insidiosa da flexibilidade do tronco e, posteriormente, da musculatura dos membros. Fato que leva a dependência de terceiros”, explicou.

Um estudo, publicado na revista científica Cognitions, concluiu que a descompressão medular e radicular por meio da discectomia endoscópica transforaminal foi eficiente em controlar a dor radicular e disfunção neural pela compressão sem apresentar agressões tecidulares, o que poderia ser um gatilho para os espasmos.

“A rizotomia A-RF, por sua vez, conseguiu bloquear a entrada de estímulos nociceptivos da artrose facetária que sustentavam uma via de retroalimentação de dor-rigidez-dor. Já a rizotomia P-RF, se mostrou eficiente em modular a dor crônica, possivelmente por múltiplas causas”, diz trecho do artigo.

Por isso, conforme Fabiano, é necessário avaliar diferentes esferas do relato de uma dor crónica. Pois, a dor relatada por um paciente deve ser abordada nos âmbitos biológico, psicológico e social.

“Compreender a multidimensionalidade da dor, pode ajudar a desenvolver estratégias menos agressivas e mais eficientes em pacientes pouco convencionais, como no caso da SPS”, comentou o professor sobre o estudo.

 

Projeto tem como mentora a Professora Teresa Paiva
Foi inaugurado em Lavre, perto de Montemor-o-Novo, o “Sleep and Nature”, um hotel rural dedicado às terapias do sono, pensado...

Num lugar recolhido do mundo, o Sleep & Nature Hotel abre as portas a um novo conceito de hotel pensado para que quem procura esta unidade hoteleira, possa reencontrar, naturalmente, o bem-estar absoluto que um sono revigorante pede.

Situado numa zona cem por cento rural, ideal para estimular o reencontro com a natureza, este hotel promete mudar a vida aos hóspedes que procuram muito mais do que um sítio para descansar, já que se trata de um destino perfeito para quem pretende ter um sono repousante. Especialmente vocacionado para hóspedes que procurem melhorar o seu bem-estar geral, uma estadia revitalizante e que valorizam a conexão com a natureza e com o seu eu interior.

O conceito deste hotel baseia-se no equilíbrio da natureza envolvente e na importância de transferir esse equilíbrio para o nosso corpo, aliando uma componente turística de lazer a uma abordagem de bem-estar. Devido ao aumento exponencial do número de problemas de saúde relacionados com o sono na população portuguesa, surgiu a ideia de criar um conceito hoteleiro numa zona calma, que estimula o contacto com a natureza com a capacidade de intervir na saúde e bem-estar dos hóspedes através de terapias não médicas. Aqui, os hóspedes podem melhorar o seu estilo de vida e explorar a sua conexão com a natureza, aprendendo a descansar e a estar integrado na natureza como forma de melhorar a saúde.

Com uma carreira de mais de quatro décadas dedicada ao estudo do sono, a Professora Teresa Paiva, mentora deste projeto não tem dúvidas: “dormir pouco e mal é o maior flagelo da sociedade portuguesa. Portugal é dos países da União Europeia com um dos maiores níveis de utilização de sedativos para dormir. Além disso, os portugueses são também dos povos que se deitam mais tarde e que são sobrecarregados com mais horas de trabalho. Tendo em conta este problema grave que afeta a nossa sociedade, foi criado este espaço pensado especialmente para desconectar e favorecer um sono tranquilo e reparador”.

O Sleep & Nature Hotel dispõe de 32 unidades de alojamento, restaurante, bar, ginásio, biblioteca, spa, uma piscina interior e uma piscina exterior a perder de vista para um imenso vale. Há bicicletas disponíveis para quem quiser explorar desportivamente a zona e duas lareiras nas áreas comuns para quem, no tempo frio, prefere deixar-se estar.

Literacia em Saúde
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou recentemente a Norma 17/2022 de 19/12/2022 sobre “Notificaçã

A Norma da DGS referida acima elenca a tipologia de incidentes a notificar, assim como o processo de notificação, a análise e gestão dos mesmos incidentes, reforçando que todas as instituições prestadoras de cuidados de saúde devem ter uma estrutura responsável pela gestão e análise interna de incidentes de Segurança do Doente. Essa estrutura gestora de incidentes terá como principais objetivos: desenvolver uma cultura de segurança, promover a notificação, gestão e análise de incidentes, implementando medidas corretivas e/ou de melhoria, de modo a evitar novos incidentes.

Constata-se que a atualização do sistema “NOTIFICA – Segurança do Doente”, teve como objetivo otimizar o processo de notificação e de gestão de incidentes de segurança do doente, e está agora mais robusto, dando resposta às necessidades identificadas pelos utilizadores, quer os notificadores, quer os gestores de incidentes. Verifica-se que a atualização do sistema e do ponto de vista do utilizador, o seu uso está mais fácil e intuitivo que a versão anterior, permitindo a notificação, a gestão e o acompanhamento de incidentes notificados num único sistema.

Assim, possibilita ao notificador, o fornecimento de informação com maior detalhe sobre os incidentes e a validação de um resumo da sua notificação antes da submissão, facilitando-se a análise por parte dos gestores de incidentes. Ainda, para os gestores de incidentes, o “NOTIFICA – Segurança do Doente”, integra várias ferramentas que permitem trabalhar os dados e os conteúdos, especificando-se, por exemplo, com maior detalhe, o local onde ocorreu o incidente. A partir de agora, as instituições de saúde podem também ter um maior número de gestores de incidentes de Segurança do Doente.

Especificando mais, neste sistema de notificação pode ser reportado qualquer incidente relacionado com a prestação de cuidados de saúde, gerador ou não de dano para o doente, nomeadamente: acidentes do doente (quedas, úlceras por pressão, outros); comportamento (tanto da parte dos profissionais da instituição de saúde, como do doente); dieta/alimentação; dispositivos/equipamento médico; documentação (registos médicos ou de enfermagem, relatórios clínicos, outros); infeção associada aos cuidados de saúde; infraestrutura/edifício/ instalações; medicação/fluídos intravenosos (medicamentos LASA - Look Alike Sound Alike, dose, preparação, outros); oxigénio/gás/vapor; processo/procedimento clínico (diagnóstico, avaliação, procedimento/tratamento, outros); processo administrativo (admissão, marcação, referenciação, outros); recursos/gestão organizacional; ou sangue /hemoderivados.

Importa acrescentar que o sistema “NOTIFICA - Segurança do Doente” é confidencial e anónimo, não permitindo a identificação de quem faz uma notificação, nem do profissional ou profissionais envolvidos num incidente. Deste modo, este sistema não é punitivo, ou seja, pretende contribuir para compreender e aprender com o erro, de modo a prevenir que este se repita no futuro.

Por outro lado, importa referir que o sistema “NOTIFICA – Segurança do Doente”, não é um sistema de reclamações e/ou disciplinares. É antes um sistema de alerta para circunstâncias ou factos no âmbito da prestação de cuidados de saúde que necessitam ou devem ser objeto de análise e/ou de um plano de melhoria. Desta forma, a Segurança do Doente é reforçada e os cuidados de saúde tornam-se mais seguros.

Para mais informações sobre o sistema “NOTIFICA – Segurança do Doente” aceda https://www.dgs.pt/em-destaque/notificacao-e-gestao-de-incidentes-de-seguranca-do-doente.aspx

Poderá aceder diretamente ao “NOTIFICA – Segurança do Doente” em https://notifica.dgs.min-saude.pt/

Fonte: https://www.dgs.pt/qualidade-e-seguranca/seguranca-dos-doentes/notifica-seguranca-do-doente.aspx

Documentos de Apoio:

Norma nº 17/2022 de 19/12/2022 - Notificação e Gestão de Incidentes de Segurança do Doente, disponível em https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma_017_2022-de-19_12_2022-pdf.aspx

Manual Notificador de Incidentes de Segurança do Doente: Navegação no Sistema NOTIFICA - Segurança do Doente (cidadão e profissional de saúde), disponível em https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/notifica-seguranca-do-doente_manual-notificador_07122022_final-pdf.aspx

Manual Gestores de Incidentes de Segurança do Doente: Navegação no Sistema NOTIFICA - Segurança do Doente (gestores de incidentes de Segurança do Doente), disponível em https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/notifica-seguranca-do-doente_manual-gestor_12122022_dqs_final-pdf.aspx

Contactos úteis: [email protected]

 
Maria Helena Junqueira - Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, [email protected]

Pedro Quintas - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, [email protected]

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Escolha do Consumidor
A Crioestaminal foi eleita Escolha do Consumidor, pelo 10.º ano consecutivo, na categoria de criopreservação. As famílias...

O prémio foi atribuído pelos bons resultados, que se traduzem, de forma global, num índice de satisfação de 90,19% e de recomendação de 87,60%.

Entre os laboratórios do setor, a Crioestaminal apresentou-se em primeiro lugar nos seguintes parâmetros: “Transparência na informação transmitida”; “Acreditação internacional”; “Entidade com valores”; “Profissionais experientes e competentes”; “Credibilidade”; “Inovação”; “Experiência no mercado”; “Facilidade no processo de entrega do kit de recolha”; “Tecnologia de ponta” e “Investigação e Desenvolvimento”.

“A Crioestaminal está há 20 anos lado a lado com as famílias portuguesas, apoiando-as no momento de cuidar dos seus filhos e do seu futuro. Este novo reconhecimento surge como fruto do investimento contínuo na qualidade dos nossos serviços de criopreservação das células estaminais do cordão umbilical e é mais um fator de motivação para continuarmos o percurso que até aqui nos tem distinguido”, refere Mónica Brito, CEO da Crioestaminal.

“Além das famílias portuguesas, estendemos também o nosso agradecimento aos profissionais da Crioestaminal que se dedicam todos os dias na entrega de um serviço de excelência e na investigação e desenvolvimento de novas terapias, de forma a promover a melhoria da qualidade de vida das famílias a longo prazo, e sem os quais este reconhecimento não seria possível”, acrescenta.

A Escolha do Consumidor é o sistema de avaliação de marcas n.º 1 em Portugal. Avalia o nível de satisfação e aceitabilidade das marcas pelos seus atributos individuais, com a garantia de que estas são avaliadas, sempre, por consumidores com experiência corrente de consumo e de acordo com os seus critérios específicos de satisfação.

 

Combater a má nutrição nas escolas
Arranca hoje oficialmente a 12ª edição da maior iniciativa de educação para a saúde em Portugal “Heróis da Fruta” em 3.649...

Lisboa é o distrito onde se regista o maior número de escolas inscritas (287), seguindo-se o distrito do Porto (217), Setúbal (132), Braga (108), Faro (93), Leiria (80), Santarém (74), Aveiro (72), Coimbra (62), Viseu (47), Viana do Castelo (42), Beja (36) e Évora (36), Açores (28), Castelo Branco (24), Portalegre (22) e Madeira (22), Vila Real (20), Guarda (15) e Bragança (13). Lista completa das escolas (por Distrito e por Concelho) disponível no link seguinte: https://bit.ly/listaescolas2023

Aumentar o consumo diário de frutas e legumes nas escolas é o principal objetivo deste projeto lançado em 2011 pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) que este ano letivo é implementado em 216 dos 308 municípios portugueses (70,1%).

Nas próximas semanas, os alunos das turmas inscritas vão ser incentivados a melhorar os seus hábitos alimentares através do método “Heróis da Fruta” que disponibiliza gratuitamente às escolas materiais educativos protagonizados por um grupo de personagens-modelo que ganham «superpoderes» quando ingerem «superalimentos» combinando as técnicas de educação não-formal: storytelling e gamification.

Na última década mais de meio milhão de alunos já melhoraram os seus hábitos alimentares diários com a participação no projeto Heróis da Fruta com resultados cientificamente comprovados por investigadores do Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL): 40% das crianças que participam pela primeira vez atingem o consumo das porções diárias recomendadas pela OMS de frutas e legumes, em apenas 5 semanas. Após 10 semanas, essa percentagem aumenta para 60%.

 Escolas que repetem o programa no ano letivo seguinte alcançam mais de 90% da turma em apenas 2 semanas, incluindo alunos que não tinham adotado essa rotina de alimentação saudável no primeiro ano.

Mário Silva, presidente da APCOI afirma que “96% dos professores participantes em edições anteriores consideram que seria muito benéfico para a saúde das crianças se o projeto Heróis da Fruta fosse implementado em todas as escolas portuguesas” e recorda que “no ano letivo anterior, além do aumento de consumo de hortofrutícolas, este projeto conseguiu diminuir a ingestão de alimentos menos saudáveis nos lanches escolares em 52%. 

 Um sucesso que só é possível alcançar graças ao envolvimento de todos os parceiros que apoiam esta iniciativa.” A 12ª edição do desafio escolar Heróis da Fruta é realizada com o apoio solidário de Supermercados Aldi, Lusíadas Dental e Maçã de Alcobaça. “E para que nenhuma escola interessada fique de fora desta edição, decidimos prolongar o período de inscrições no site www.heroisdafruta.com até 15 de janeiro de 2023", conclui Mário Silva.

 

Acordo tinha sido firmado em 2016
A Sanofi e a Innate Pharma SA anunciaram, no passado dia 19 de dezembro, uma expansão da sua colaboração, com a Sanofi a...

A Sanofi terá, também, a opção de adicionar até dois alvos ANKETTM adicionais. Após a seleção do candidato, a Sanofi será responsável por todo o desenvolvimento, fabrico e comercialização. A Innate e a Sanofi assinaram uma primeira colaboração de ativadores de células NK em 2016 para gerar e avaliar até dois ativadores de células NK biespecíficos, que estão atualmente a ser avaliados pela equipa de I&D da Sanofi, com uma destas moléculas já em estudos clínicos.

Segundo Valeria Fantin, Diretora Global de Investigação Oncológica na Sanofi, “estamos a explorar o potencial das células NK para imunoterapia oncológica, um pilar fundamental para a nossa estratégia em oncologia. A nossa relação com a Innate está alinhada com o nosso compromisso de trabalhar com empresas francesas promissoras e apoia a nossa ambição de desenvolver um portefólio diverso de ativadores de células NK da próxima geração, altamente sinérgicos com a plataforma de células NK alogénicas da Sanofi, linfocinas concebidas que estimulam as células NK e pipeline crescente de imuno-oncologia. Como empresa global líder com raízes em França, temos orgulho em colaborar para apoiar o ecossistema de cuidados de saúde francês.”

Já Yannis Morel, Vice-Presidente Executivo, Estratégia de portefólio de produtos e Desenvolvimento de negócios na Innate Pharma revela que “com base no sucesso da nossa colaboração existente sobre alvos hematológicos, temos o prazer de expandir e fortalecer a nossa parceria com a Sanofi em Ativadores de Células NK com a adição de até três novos programas, incluindo tumores sólidos. O investimento da Sanofi na Innate valida ainda mais o valor da nossa plataforma ANKETTM e o seu potencial para abordar vários tipos de tumores. Ao incorporar vários ligantes de antigénios tumorais, os ativadores de células NK são uma tecnologia versátil que pode fornecer novas opções para os doentes e oferecer benefícios clínicos em vários cancros, mantendo ao mesmo tempo um bom perfil de segurança. Este acordo também destaca a estratégia da Innate de construir um amplo portefólio de programas ANKET que abordam diferentes tipos de cancro.”

Ao abrigo dos termos do novo contrato de licença, a Innate receberá um pagamento antecipado de 25 milhões de euros e um total de até 1,35 mil milhões de euros em marcos pré-clínicos, clínicos, regulamentares e comerciais, acrescidos de royalties sobre potenciais vendas líquidas. O encerramento da transação está sujeito à aprovação do HSR.

Sobre o acordo de colaboração de investigação e licenciamento Sanofi/Innate de 2016

Em 2016, a Sanofi e a Innate celebraram um acordo de colaboração de investigação e licenciamento para a geração e avaliação de até dois ativadores de células NK biespecíficos, utilizando tecnologia da Innate Pharma e o formato de anticorpos biespecíficos, propriedade da Sanofi, bem como alvos tumorais.

Está em curso um ensaio clínico de Fase 1/2 da Sanofi, que avalia o IPH6101/SAR’579 (SAR443579), o primeiro ativador de células NK ANKETTM direcionado a CD123 baseado em NKp46/CD16, em doentes com leucemia mieloide aguda recidivante ou refratária (R/R AML), leucemia linfoblástica aguda de células B (B-ALL) ou síndrome mielodisplásica de alto risco (HR-MDS).

No verão de 2022, a Sanofi tomou a decisão de avançar o IPH6401/SAR’514 (SAR445514) para estudos de ativação de novos medicamentos experimentais (IND). O IPH6401/SAR’514 é um ativador de células NK direcionado para antígeno de maturação de células B  (BCMA) que utiliza a plataforma multifuncional CROSSODILE® exclusiva da Sanofi, que inclui o formato de domínio variável duplo (CODV). Induz um duplo direcionamento dos recetores ativadores de NK, NKp46 e CD16, para uma ativação otimizada das células NK, com base na plataforma proprietária ANKETTM da Innate.

Ao abrigo dos termos do acordo de licença original, a Sanofi é responsável pelo desenvolvimento, fabrico e comercialização dos produtos resultantes desta colaboração em investigação. A Innate Pharma será elegível para até 400 mil euros em pagamentos de metas de desenvolvimento e comerciais, bem como de direitos sobre as vendas líquidas. Até à data, foram anunciados pagamentos de 13 milhões de euros à Innate.

Doença Celíaca
Para quem sofre de doença celíaca aderir a uma dieta sem glúten faz parte do tratamento, pois a inge

A contaminação cruzada ocorre quando o glúten entra em contacto com alimentos naturalmente sem glúten. Este contacto pode ocorrer de diversas formas, tais como:

  • Nos campos de cultivo: o facto dos grãos sem glúten serem cultivados próximo de campos de trigo ou cevada
  • No transporte: quando o transporte de grãos sem glúten é realizado no mesmo camião ou comboio em que são transportados grãos com glúten
  • Na fábrica: pode ocorrer uma contaminação cruzada no processo de armazenamento ou embalamento dos grãos em equipamentos que tenham tido contacto com alimentos com glúten
  • Em restaurantes ou em casa: com o uso de utensílios que têm contacto com alimentos com glúten para confecionar pratos sem glúten

Este tipo de contaminação pode não ser prejudicial para pessoas que tenham apenas intolerância ao glúten, mas poderá ter um grande impacto em pessoas com doença celíaca.

Nem todos os pacientes celíacos apresentam sintomas e, possivelmente, a quantidade de glúten seja pequena o suficiente para que estes surjam, no entanto poderá ser suficiente para que cause danos no intestino delgado e se isso ocorrer repetidamente poderá levar a complicações mais sérias.

De modo a evitar a contaminação cruzada tenha algumas precauções, tais como:

  • Comprar grãos sem glúten certificados para garantir que a contaminação não ocorreu durante o processamento na fábrica
  • Ter uma torradeira só para si ou utilizar sacos de torradeira (consegue adquiri-los facilmente num supermercado)
  • Comprar frascos ou embalagens unitárias para os condimentos e rotular os recipientes
  • Ter tábuas de corte, facas e utensílios apenas para utilizar em alimentos sem glúten
  • Preparar os alimentos em diferentes áreas/superfícies na cozinha

Quando realizar refeições fora de casa tenha em atenção às seguintes situações e questione durante a realização do pedido:

  • Alimentos que tenham sido fritos no mesmo óleo em que foi utilizado para fritar alimentos com glúten
  • Alimentos que tenham sido preparados ou cozinhados na mesma superfície ou com o mesmo utensílio
  • Massa sem glúten que pode ser cozida em água utilizada para massas normais ou arroz que possa ter sido cozinhado em água com glúten

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Balanço de atividade
A Linha SNS 24 bateu o record em 2022, atendendo mais de nove milhões de chamadas só no último ano.

Segundo a informação avançada, no dia 30 de dezembro, pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em 2021 a Linha SNS 24 tinha superado os seis milhões de chamadas e, em 2020, os quatro milhões. Em 2022, janeiro foi o mês com mais atendimentos (perto de 3,3 milhões), seguindo-se os meses de maio (mais de 1,4 milhões) e fevereiro (mais de 1,1 milhões).

A Linha de Aconselhamento Psicológico, uma resposta de proximidade em saúde mental, prestou apoio a mais de 191 mil pessoas. Só este ano ultrapassou as 64 mil chamadas, um serviço que, desde abril, também passou a ser disponibilizado em língua inglesa.

A informação divulgada pela SMPS indica ainda que a app SNS 24 registou, até à data, mais de oito milhões de downloads e o Portal SNS 24 contou com mais de 27 milhões de utilizadores.

A app SNS 24, uma das mais procuradas no país na categoria «Saúde», permite consultar resultados de exames ou o boletim de vacinas, ver a agenda de saúde com os próximos eventos, por exemplo, as consultas, cirurgias ou exames agendados, realizar teleconsultas previamente marcadas ou consultar baixas médicas. Também o novo Portal SNS 24, lançado em outubro, disponibiliza diversos serviços e conteúdos diferenciados sobre saúde pública.

Já os 318 Balcões SNS 24 – 195 dos quais abriram este ano em juntas de freguesia, estabelecimentos residenciais e prisionais – pretendem facilitar o acesso a quem precisa de recorrer remotamente aos serviços do SNS e à realização de teleconsultas.

A SPMS sublinha que, mais do que uma linha telefónica, o SNS 24 é hoje um serviço omnicanal, que permite o acesso a um conjunto de serviços digitais e de telessaúde do Serviço Nacional de Saúde, assegurando equidade, transparência e simplicidade no acesso.

 

 

 

Desenvolvimento cognitivo e motor
Uma equipa de investigação, coordenada pelo Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental ...

Este treino cognitivo computorizado, denominado Full-Body Interaction Cognitive Training (FBI-CT), revelou ter impactos positivos em indicadores cognitivos, tais como velocidade de processamento, atenção sustentada por curtos períodos de tempo e memória verbal, como também em indicadores não cognitivos, como diminuição da sintomatologia depressiva.

Com este estudo, a equipa procurou «avaliar a viabilidade e a aceitabilidade do programa, assim como analisar o seu impacto em indicadores cognitivos (por exemplo, atenção, memória, funções executivas) e não cognitivos (como qualidade de vida, capacidade funcional e estado emocional)», contextualiza Joana Câmara, investigadora do CINEICC e primeira autora do estudo. «Até à data, são ainda escassos os estudos científicos que avaliam o impacto de intervenções combinadas com enfoque funcional em população psiquiátrica, sendo este um tema inovador no processo de intervenção terapêutica nestes quadros clínicos», elucida a investigadora.

Segundo o Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, «mais de um quinto dos portugueses (22.9%) apresenta uma patologia psiquiátrica, número que seguramente tem vindo a crescer desde a pandemia», contextualiza Joana Câmara. Paralelamente, «a literatura científica revela que a população psiquiátrica apresenta défices cognitivos persistentes que comprometem a sua adesão à terapêutica, a qualidade de vida e a capacidade funcional, e, por essa razão, esta população tende a ser mais sedentária do que a população em geral, sendo mais suscetível de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas que agravam a sua condição clínica e que afetam o seu funcionamento cognitivo», acrescenta. Neste sentido, a implementação de intervenções junto desta população, especialmente as que combinam componentes cognitivas e motoras, «pode ajudar a fazer frente às consequências negativas previamente mencionadas e tem ainda a vantagem de ser mais viável num contexto de internamento psiquiátrico, onde os recursos humanos e o tempo para intervir são limitados», destaca a investigadora.

Foram realizadas 14 sessões, de 30 minutos cada, administradas três vezes por semana a 18 participantes. Uma parte do grupo de pacientes frequentou o programa em formato de intervenção combinada (mais dinâmico), no qual o conteúdo do treino cognitivo foi projetado numa parede com os participantes a resolverem tarefas através da realização de movimentos detetados por Kinect (sensor de movimentos). O restante grupo frequentou o programa de treino considerado mais passivo, em que os participantes resolveram as tarefas de treino cognitivo num tablet.

O treino foi desenvolvido com recurso à plataforma Musiquence, que permite a personalização do treino em função das características do utilizador. As sessões do programa foram organizadas por temáticas funcionais distintas, com o objetivo de aproximar as tarefas de treino cognitivo a ações que as pessoas têm de realizar na vida real, tendo em vista o treino de competências funcionais e a promoção do envolvimento e motivação. As temáticas abordadas incluíram a comunicação funcional, o uso de transportes públicos, a confeção de refeições, a ida às compras, a gestão financeira e a gestão de questões relacionadas com a saúde.

Depois da participação nas 14 sessões do programa, as participantes foram acompanhadas no momento pós-intervenção e também passados três meses. No acompanhamento após as sessões, foi possível atestar a «viabilidade e aceitabilidade do programa, bem como níveis elevados de satisfação na sequência da intervenção», explica Joana Câmara.

O grupo de pacientes que frequentou a intervenção combinada «apresentou níveis de satisfação ligeiramente mais elevados, possivelmente pelo facto de esta implicar uma interação mais dinâmica e multissensorial, apresentando melhorias significativas em indicadores cognitivos, tais como velocidade de processamento, atenção sustentada por curtos períodos de tempo e memória verbal, e em indicadores não cognitivos, como diminuição da sintomatologia depressiva», destaca a estudante de doutoramento da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. No caso do grupo que frequentou as sessões com recurso ao uso de tablet, «evidenciaram ganhos significativos, mas apenas em indicadores cognitivos, incluindo a atenção sustentada por longos períodos de tempo, a memória verbal e as funções executivas», acrescenta Joana Câmara. No acompanhamento que decorreu três meses depois, «as participantes de ambos os grupos foram reavaliadas e verificou-se que o primeiro grupo manteve os ganhos obtidos na memória verbal, bem como a diminuição na sintomatologia depressiva», destaca.

Sobre os impactos deste estudo-piloto, a investigadora do CINEICC refere que «futuramente, seria importante replicá-lo com uma amostra mais alargada, que incluísse participantes de ambos os sexos, por forma a clarificar qual destas abordagens/formatos de implementação é mais eficaz». Relativamente aos benefícios das intervenções combinadas com enfoque na componente funcional, Joana Câmara adianta que «a investigação científica em grupos saudáveis sugere que as intervenções que contemplam diferentes abordagens de atuação – entre elas o treino cognitivo, a atividade física, a nutrição e o acompanhamento psicológico – são mais eficazes na promoção de indicadores cognitivos, físicos, funcionais e de bem-estar do que todas estas intervenções adotadas isoladamente. Neste sentido, urge desenvolver e avaliar a eficácia deste tipo de intervenções em populações clínicas com necessidades de intervenção complexas, como é o caso da psiquiátrica, e procurar transpô-las do domínio da investigação para a prática clínica».

O estudo contou ainda com a participação de Manuela Vilar, docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental, e de Luís Ferreira, Ana Lúcia Faria e Sergi Bermúdez i Badia, do NeuroRehabLab da Universidade de Madeira.

Os resultados desta intervenção podem ser consultados no artigo científico “Feasibility, Acceptability, and Preliminary Impact of Full-Body Interaction on Computerized Cognitive Training Based on Instrumental Activities of Daily Living: A Pilot Randomized Controlled Trial with Chronic Psychiatric Inpatients”, publicado na revista científica Games for Health Journal, disponível em https://doi.org/10.1089/g4h.2021.0228.

De acesso livre e disponível online
O Instituto Piaget acaba de lançar o segundo número da sua revista científica Germinare, uma publicação de acesso livre e...

Criada a pensar nos estudantes, docentes e investigadores do Instituto, a revista abrange um conjunto diversificado de temas em linha com a oferta formativa e de investigação da instituição académica. Ensino clínico em tempos de pandemia Covid-19, prevenção de quedas em idosos, estilos de liderança em enfermagem, e intervenções não farmacológicas na prevenção do delirium em doentes internados na unidade de cuidados intensivos são alguns dos temas de saúde que servem de mote à pesquisa dos vários autores.

A revista inclui ainda um texto em homenagem (in memoriam) à investigadora Sónia Gonçalves-Lopes e três artigos de opinião dos coordenadores das unidades de investigação do Instituto Piaget (RECI, KinesioLab e LabEST). A importância destas três estruturas tem sido vital para o desenvolvimento da investigação científica no Instituto Piaget, tendo a Germinare a ambição de ser uma ferramenta importante e que contribua para o seu sucesso, quer em qualidade, quer em quantidade de publicações.

Como referem os editores da Germinare, Denise Soares e Hélder Pinto, o lançamento deste segundo número “é mais um passo decisivo para a cimentação da nossa revista como uma publicação de referência nas áreas de intervenção do Instituto Piaget”.

O objetivo passa por incentivar toda a comunidade académica do universo Piaget, incluindo as várias geografias da lusofonia, a submeter os seus trabalhos científicos, com a garantia de que serão tratados com total rigor e isenção. Assegurado está um processo de revisão por pares duplamente cego (double-blind peer review) realizado por especialistas externos, como é norma em publicações de carácter científico.

Adicionalmente, a revista está também aberta a toda a comunidade científica nacional e internacional, para que possa ter outros contributos externos. A coordenação da publicação é da responsabilidade do CIIERT – Centro Internacional de Investigação, Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar do Instituto Piaget.

O nº. 2 da Germinare está acessível através do link https://germinare.ipiaget.org/index.php/germinare/issue/view/2.

 

Opinião
O ano de 2022 foi de muitas esperanças e desilusões.

Afinal, não se deu a recuperação do SNS e foram muito visíveis e mediáticas as dificuldades estruturais e na organização do SNS com alguns serviços de urgência fechados, outros com muitas horas de espera para atendimento e longas filas para marcações de consultas nos Centros de Saúde.

Durante o ano de 2022 foram reconhecidas e discutidas as fragilidades do SNS que, aliás, já estavam bem diagnosticadas e apenas aguardavam e aguardam o devido tratamento. É bem conhecida uma das dificuldades mais graves, a falta de recursos humanos a todos os níveis assistenciais e em todos os grupos dos profissionais de saúde e sabe-se que, no que diz respeito aos médicos, isso condiciona o excesso de horas de trabalho, somado à falta de reconhecimento que inclui a baixa remuneração, às tarefas não clínicas que os desgastam, à falta de equipamento moderno e à organização deficitária do sistema. Estas situações conduzem a desmotivação, desanimo e cansaço, culminando na tão falada falta de atratividade da profissão, ou será do SNS?

A especialidade de Medicina Interna, é a especialidade médica mais versátil e aquela que possui a capacidade de visão integradora e global centrada no doente. É uma especialidade eminentemente hospitalar e a que melhor consegue agregar e gerir equipas multidisciplinares e multiprofissionais, mas é também, por isso, uma das que mais sente todas estas dificuldades.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é uma sociedade científica com um longo percurso de 71 anos. Tem atualmente cerca de 3 mil associados com vontade de, no ano de 2023, contribuir para que o SNS se reorganize e saiba atrair os seus profissionais e dar-lhes estabilidade e condições de trabalho. Como resultado final, o que de bom for feito, vai sempre melhorar as condições assistenciais e a saúde dos portugueses. O nosso foco é contribuir no avanço para um sistema de saúde ágil e moderno.

Os internistas têm feito propostas para a organização do SNS e têm dado corpo a novas formas de exercer medicina, sempre no sentido da proximidade e da disponibilidade assistencial. Todos sabemos que as respostas têm de ser integradas entre hospitais, cuidados primários e setor social e que os serviços de saúde devem ter mais autonomia, por exemplo, para a contratação de profissionais e também para se reorganizarem após a pandemia. 

Esperamos que o ano de 2023 seja, para o SNS, o ano da verdadeira retoma. Todos podemos ajudar com propostas concretas e realistas. Os internistas estarão, como sempre, presentes. 

A SPMI deseja a todos um excelente Ano Novo!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
2000 partos
O Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães (HSOG) ultrapassou, no passado mês de dezembro, a marca dos dois mil nascimentos...

Em comunicado, o HSOG refere que estes dois mil partos, realizados em 2022, representam o maior crescimento dos últimos quatro anos, o que coloca este hospital entre os primeiros da região Norte nesta área.

Dados revelados pelo HSOG indicam que esta tendência poderá continuar no próximo semestre e que, desde 2018, que o hospital não tinha um aumento tão significativo, com um crescimento superior a 17%.

Para o HSOG, estes números demonstram o esforço, a capacidade técnica e humana que o hospital tem na resposta às exigências da população e, consequentemente, um reconhecimento da comunidade sobre a excelência deste serviço.

 

Saúde ocular
Além de evitar ambientes muito secos e manter a utilização regular de óculos de sol, deve ter também

Embora possa não saber, o frio e os dias ventosos e secos do inverno tornam os nossos olhos mais sensíveis e expostos. Ao contrário do que possivelmente pensa, nestes meses é necessário manter alguns cuidados extra, de forma a mantermos os olhos saudáveis, limpos e hidratados. Para o ajudar, as Ópticas Conselheiros da Visão trazem-lhe 4 dicas essenciais.

 

 1. Utilize óculos de sol

Não é só durante o verão que fazem falta. Apesar de existir menos exposição solar nesta época do ano, a utilização dos óculos de sol é essencial para a saúde dos seus olhos. Opte sempre por óculos de sol com lentes adequadas, que protejam os seus olhos contra os raios ultravioleta – UVA e UVB. Se vive ou pretende visitar ambientes de neve, este simples acessório pode ajudá-lo a combater o risco de “cegueira de neve”. Tal como a areia da praia ou os espelhos de água (mar, piscinas, lagos), a neve e o gelo têm a capacidade de refletir o sol, podendo causar queimaduras na córnea e na retina – o uso de óculos de sol é fundamental, uma vez que estas diminuem a luz refletida e aumentam o contraste dos objetos. Umas lentes solares polarizadas são a melhor solução para estes ambientes.

 2. Evite os ambientes muito secos

Que bem que sabe chegar a casa e ficar junto ao aquecedor, à lareira ou deixar o ar condicionado a aquecer todo o espaço. No entanto, estas práticas podem causar (ou piorar) os sintomas de olho seco. Nesta época, o clima frio e por vezes seco, o vento, os fumos e o aumento da poluição, são fatores determinantes para o aumento dos níveis de irritação e comichão nos olhos. Se sofre desta síndrome, recorra a colírios ou gotas de lubrificação para os olhos, que trarão certamente uma sensação de frescura e relaxamento ao seu olho. Se sente desconforto, sensação de areia no olho ou ardor, deve obrigatoriamente fazer isto para se sentir melhor.

Cuidado também se é utilizador de lentes de contacto em altas altitudes: o ar das montanhas é mais seco e provoca alguma intolerância às lentes de contacto. É importante que hidrate os olhos 4 a 5 vezes por dia com recurso às lágrimas artificiais.

 3. Reforce os cuidados de limpeza

Importante em qualquer altura do ano, a limpeza diária dos olhos ajuda a garantir a saúde ocular, além de que ambientes arejados e limpos com frequência diminuem o risco de doenças oculares, uma vez que eliminam bactérias, sujidades e outros agentes passíveis que favorecerem o desenvolvimento dos mesmos. Se tem animais domésticos em casa, durante o inverno deve reforçar as limpezas de forma a minimizar a acumulação de pelos – uma vez que estes podem causar uma conjuntivite alérgica, irritação e comichão.

 4. Não fique demasiado tempo em frente aos ecrãs

É nestes meses mais frios que costumamos passar mais tempo dentro de casa e, consequentemente, em frente ao computador ou televisão, entre outros aparelhos eletrónicos. Para não cansar os seus olhos em demasia, opte por fazer uma pequena pausa a cada 20 minutos. A chamada regra dos 20-20-20 é muito simples, parar a cada 20 minutos durante 20 segundos e olhar a uma distância de 20 pés, cerca de seis metros. Esta regra ajuda a reduzir a fadiga e cansaço ocular.

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De 10 a 13 de janeiro
A Comissão de Ética do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com o Conselho Científico do...

Destinada a pessoas que participam no processo de investigação científica, como investigadores ou colaboradores, independentemente da área de investigação e do grau académico, a ação formativa terá início com uma abordagem aos princípios éticos, com atenção à vulnerabilidade e à precaução, revisitando as declarações de vontade assentes no consentimento e assentimento, assim como a proteção da privacidade e dos dados pessoais e de saúde.

Problemas éticos em investigação científica serão também ponderados e debatidos durante a formação, bem como dilemas éticos da genética clínica transversais à sociedade. O programa do curso prevê ainda abordar linhas gerais sobre a integridade científica e o conflito de interesses, sendo que a parte final da formação será dedicada à instrução de projetos para apreciação numa Comissão de Ética.

Os interessados deverão em participar deverão efetuar a sua inscriação, até 3 de janeiro, através do preenchimento do seguinte formulário. Todas as sessões serão gravadas para serem reproduzidas posteriormente e podem ser acompanhadas através da plataforma online Teams. Para mais informações, consultar o programa provisório do curso ou a Plataforma de e-Learning do INSA.

 

Reduzia a pegada ecológica
A Administração central do Sistema de Saúde (ACSS), através da sua equipa ECO@SAUDE, integrou a rede Global Green and Healthy...

A integração nesta rede permitirá beneficiar de várias ferramentas e plataformas online que ligam as várias entidades, que partilham dos mesmos objetivos, a conexão com projetos relacionados com a saúde sustentável – o que inclui o mútuo intercâmbio de experiências – e informação.

A Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis é uma estrutura abrangente de saúde ambiental, lançada em outubro de 2011. Desde então, hospitais, sistemas e organizações de saúde, representando mais de 4 mil hospitais, provenientes de seis continentes, aderiram a esta rede para reduzir a sua pegada ecológica e promover a saúde pública e ambiental.

 

Saúde auditiva
Existem muitos ruídos que nos emocionam, outros que nos animam ou fazem sorrir, podendo também ser c

Existem diversos estudos que enumeram estes ruídos e que, invariavelmente, referem os mesmos sons, independentemente da sua ordem. Um dos últimos foi publicado no “The Journal of Social, Evolutionary and Cultural Psychology” e desenvolvido por Rosemarie Sokol Chang e Nicholas Thompson, da Universidade de Clark, dos Estados Unidos. Este indica o choro de um bebé como o mais desagradável. Estes dois cientistas submeteram os voluntários a uma serie de testes matemáticos ao mesmo tempo que ouviam ruídos de natureza muito diversa, como uma conversa entre adultos ou o som de uma máquina. Entre todos eles, o balbuciar, os gritos e sobretudo, o choro de crianças, fez com que os participantes no estudo cometessem mais erros.

Outra pesquisa semelhante foi realizada em 2007 por Trevor Cox, da Universidade de Salford, em Manchester (Reino Unido). Cox montou um site com o domínio sound101.org onde mostrava uma lista de 34 sons especialmente desagradáveis para o ser humano. Os internautas podiam votar neles classificando-os em seis níveis, desde “não tão mau” a “insuportável”. Nesta situação, o choro do bebé ficou em 3º lugar. Este foi o resultado final:

  1. Vómito
  2. Feedback de um microfone
  3. Choro de um bebé
  4. Comboio a passar nos carris
  5. Metal que ressoa
  6. Violino mal trocado
  7. Flatulência
  8. Pessoas a discutirem
  9. Zumbido em microfones e altifalantes
  10. Mastigar de boca aberta
  11. Unhas a passar num quadro

A maioria destes ruídos têm um denominador comum: as suas ondas sonoras oscilam entre os 2 e 5 mil hertz (Hz), nível este onde se encontram também incluídos os gritos humanos, por exemplo. É entre estes dois níveis que os nossos ouvidos são mais sensíveis, pelo que os resultados acabaram por ser previsíveis.

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ADIFA aponta prioridades para 2023
A propósito do novo ano que se avizinha, a ADIFA – Associação dos Distribuidores Farmacêuticos – aponta três prioridades para...

“Há cerca de 20 anos que a revisão de preços dos medicamentos em Portugal, numa base anual, é sempre com o objetivo da sua redução, sem permitir o ajustamento em função da evolução dos custos dos produtos, do seu fabrico, dos procedimentos regulamentares e da sua logística, distribuição e dispensa”, avança em comunicado.

A permanente e contínua degradação dos preços e margens dos medicamentos tem colocado em risco o acesso dos portugueses a este bem essencial e o serviço de interesse público desempenhado pelos diversos agentes do circuito do medicamento. Segundo a ADIFA, a primeira prioridade para 2023 deve consistir em tornar o mercado nacional do medicamento e produtos de saúde em Portugal mais atrativo e, consequentemente, promover a sustentabilidade económico-financeira das entidades que nele atuam.

Por isso, deve, de acordo com a ADIFA “efetivar-se uma atualização dos preços dos bens e serviços na Saúde, nomeadamente na cadeia de valor do medicamento, de forma a acompanhar a subida dos custos associados à inflação, aos preços dos combustíveis e energia”. Tendo o Ministério da Saúde já admitido a necessidade de uma revisão de preços dos medicamentos, esta é, para a ADIFA, uma medida de resolução urgente, que contribuirá para uma maior competitividade e o regular abastecimento do mercado nacional de medicamentos.

Outra das prioridades para a ADIFA é a efetiva transição para as farmácias comunitárias de medicamentos para tratamento de diversas patologias que atualmente são apenas dispensados em meio hospitalar, à semelhança do que acontece em muitos países europeus. “A implementação de programas de dispensa de medicamentos em proximidade nas farmácias comunitárias oferece benefícios quer às unidades hospitalares quer aos doentes e seus cuidadores, contribuindo para uma melhor gestão da terapêutica do doente e poupando recursos ao SNS e às famílias”, sublinha.

“Nunca foi tão evidente a importância da distribuição farmacêutica nacional como nestes dois últimos anos, em que, numa situação de crise de saúde pública a que se somou uma crise energética, os distribuidores farmacêuticos realizaram um manifesto esforço para fazer chegar a todos os cidadãos os medicamentos e outras tecnologias de saúde de que necessitavam”, alerta.

Por isso, a terceira prioridade da ADIFA é o reconhecimento da distribuição farmacêutica como parte integrante da infraestrutura crítica nacional e os distribuidores farmacêuticos como entidades prioritárias em situações de emergência. “A par deste reconhecimento, deve proceder-se à consagração legal da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo, com deveres e direitos próprios condizentes com a sua natureza e nível de especialização”, acrescenta. Por fim, a ADIFA entende que deve ser atribuído um regime fiscal mais favorável à atividade, nomeadamente através de incentivos, que promovam a neutralidade carbónica do setor e apoiem as empresas de distribuição farmacêutica a atingirem os seus objetivos.

No final de um ano particularmente desafiante para o setor da distribuição farmacêutica, Nuno Flora, Presidente da ADIFA, salienta que “É urgente dar resposta a estes três objetivos prioritários. Em causa está, essencialmente, a própria capacidade da distribuição farmacêutica de assegurar diariamente o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde em todo o território nacional - esta é a realidade que hoje nos é apresentada. É esta situação que urge acautelar. Por isso, é fundamental dar resposta a estas prioridades e que não se adie mais a decisão de avançar com medidas que protejam os doentes e um sector que tem como missão prestar um serviço que é considerado de interesse público”.

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