Vídeos narrados em português
Está disponível, a partir de hoje, o especial “Simples, preciso e direto: vamos falar sobre cancro” um novo projeto da Pfizer...

Narrados em português, e por colaboradores da Pfizer Portugal, os 10 vídeos que integram o projeto respondem às questões mais frequentes e importantes sobre a doença. Da partilha do diagnóstico, aos tratamentos disponíveis, passando pela gestão do quotidiano e das múltiplas emoções envolvidas, todos estão esclarecidos a partir de agora aqui.

“O acesso a informação clara e fidedigna acalma-nos, mesmo quando o cenário é complexo. Perceber, de forma prática, que opções existem, ou como se desenrola o processo do tratamento, fornece-nos as bases para conversas francas e permite-nos, juntamente com a equipa médica, tomar decisões ponderadas. Procuramos, com este especial, contribuir de forma positiva para o esclarecimento dos doentes e das suas famílias. Acima de tudo, queremos que percebam que, apesar de (e para além da) doença, podem e devem continuar a viver as suas vidas”, explica Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal.

A informação e os conselhos práticos reunidos em “Simples, preciso e direto: vamos falar sobre cancro” podem ser um importante pilar no controlo e no convívio com a doença. Um aliado com que doentes, familiares e amigos poderão contar sempre que precisarem de esclarecimento sobre temas tão distintos como:

  • O que é o cancro?
  • Como explico o cancro aos meus filhos?
  • Como se trata o cancro?
  • O que é o tratamento adjuvante ou neoadjuvante?
  • O que é a quimioterapia?
  • O que é uma terapêutica-alvo?
  • O que é a terapêutica hormonal?
  • O meu tratamento afetará a minha vida sexual?
  • Posso fazer exercício físico durante o tratamento?
  • Como pode apoiar uma pessoa que tem cancro?

Para além destes 10 temas, a Pfizer promete continuar a esclarecer com mais vídeos, no futuro.

 

Estudo realizado junto de 2 mil portugueses com doenças crónicas
Quase 70% das pessoas com doenças crónicas em Portugal pedem mais profissionais de saúde no acompanhamento destas patologias,...

O inquérito realizado pela Spirituc Investigação Aplicada para a Angelini Pharma, com o envolvimento da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos, foi implementado entre setembro e novembro de 2022 e pretende avaliar o impacto da pandemia da covid-19 nas pessoas com doenças crónicas.

Durante o período pandémico os doentes crónicos mostraram-se preocupados com a sua saúde, nomeadamente, no contexto da sua doença crónica, com mais de metade dos inquiridos a responder com 8, 9 ou 10 numa escala em que 10 significava “Muito preocupado”. Foram os inquiridos mais novos os que se mostraram mais preocupados.

Pouco mais de 1/3 dos doentes crónicos inquiridos tiveram dificuldades de acesso a cuidados de saúde relacionados com a sua doença crónica durante a pandemia, sendo a realização de consultas de rotina no Centro de Saúde e no Hospital os aspetos que levantaram mais problemas, para metade dos inquiridos. No caso de quem teve dificuldades no acesso às consultas, as principais consequências foram o adiamento ou mesmo o cancelamento das mesmas pelos serviços de saúde. E ainda que apenas uma pequena parte dos inquiridos tivesse uma cirurgia que foi adiada ou cancelada devido à pandemia, este adiamento/ cancelamento teve um impacto relevante na qualidade de vida destes doentes crónicos.

Quem teve dificuldades no acesso a cuidados de saúde relacionados com a sua doença crónica durante a pandemia tentou contorná-las de diversas formas, tendo sido as mais frequentes o recurso à telemedicina, ao médico de família, à farmácia e a médico no sistema privado. A experiência com a telemedicina parece ter sido um recurso com bons resultados, já que a mesma é avaliada em termos médios com 6,87, numa escala em que 1 significava “Experiência muito negativa” e 10 “Experiência muito positiva.”

Os cuidados de saúde primários continuaram a ser, durante o período pandémico, a entidade de excelência no acompanhamento e gestão da doença crónica dos doentes inquiridos. O top 3 fica completo com os hospitais públicos e as farmácias. No caso dos mais novos, as farmácias ganham relevância face aos cuidados de saúde primários.

Os cuidados de saúde primários não só foram considerados como os mais relevantes para o acompanhamento e gestão da doença crónica, como são também o local de eleição caso os doentes tenham um problema de saúde relacionado com a sua doença crónica. Mais de metade dos inquiridos considera que as doenças oncológicas são as que representam um maior peso/encargo para o SNS, seguidas de doenças infectocontagiosas e cardiovasculares.

É importante ainda realçar que o período pandémico teve um impacto relevante na qualidade de vida dos doentes crónicos, o que é claro, não só pelo valor médio da escala, mas também pelo facto de mais de 1/3 dos inquiridos ter avaliado este impacto com um nível de 8, 9 ou 10, numa escala em que 10 significava “Impacto muito grande”. É interessante notar que tendencialmente o impacto diminui à medida que o escalão de rendimento aumenta.

Para a realização deste estudo foram feitos 2000 questionários a portadores de doença crónica entre a população portuguesa, com idade superior a 18 anos. A maior parte dos inquiridos tinham doença cardiovascular (27,7%), doença auto-imune (26,3%) ou doença respiratória (23,7%).

Estes e outros dados vão ser dados a conhecer hoje na cerimónia de entrega da 13.ª edição do Angelini University Award (AUA!), que este ano é dedicada à “Gestão dos Danos Colaterais da Pandemia em Pessoas com Doenças Crónicas”.

Adalberto Campos Fernandes, professor e médico especialista em saúde pública, Catarina Baptista, Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Isabel Saraiva, Presidente da Associação Respira, e Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente e Presidente da Comissão de Qualidade e Assuntos Profissionais da Federação Europeia de Medicina Interna, vão comentar o estudo e apontar caminhos para uma melhor gestão dos danos causados pela pandemia nas pessoas com doenças crónicas.

No mesmo dia serão distinguidos os dois melhores trabalhos de estudantes universitários, que podem ser individuais ou em grupo, com um prémio monetário no valor de € 10.000 e € 5.000. Os critérios de avaliação dos projetos a concurso terão por base a inovação, criatividade, metodologia utilizada, pertinência, viabilidade da sua implementação e a sua apresentação formal. A iniciativa, promovida pela Angelini Pharma em Portugal, conta com nomes como Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos,  Luís Lourenço, Presidente da Secção Sul da Ordem dos Farmacêuticos, Miguel Telo de Arriaga, Chefe de Divisão de Estilos de Vida Saudável na Direção-Geral da Saúde e Elsa Frazão Mateus, Presidente da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas no painel de jurados.

Dinamizado em Portugal há mais de uma década, o AUA pretende ser um estímulo à inovação e distinção do talento dos jovens universitários na procura de novas soluções com aplicabilidade real para a sociedade.  O prémio destina-se aos jovens a frequentar o ensino superior na área da Saúde em Portugal, visando dar oportunidade aos mesmos de colocar em prática os seus conhecimentos mediante um projeto próximo da realidade empresarial e social e com potencial de concretização real.

Melhor Projeto de Envolvimento do Público
A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) foi esta manhã anunciada como vencedora do prémio europeu atribuído...

A APCOI ganhou este prémio na categoria de “Melhor Projeto de Envolvimento do Público” com a app Heróis da Fruta, um jogo gratuito de realidade aumentada para smartphones, inspirado na série de televisão e no projeto educativo com o mesmo nome que a associação promove nas escolas há 10 anos.

Os vencedores do prémio europeu nas restantes categorias incluem associações na Dinamarca, Suécia e Países Baixos.

Todos os detalhes sobre o prémio, as categorias e os vencedores estão disponíveis no site oficial: www.woday.eu

Em Portugal, a app Heróis da Fruta acaba de receber também uma menção honrosa na categoria “Serviço Digital” na gala de prémios da revista Exame Informática que decorreu ontem à tarde.

A app Hérois da Fruta encontra-se disponível nas app stores iOS e Android. Download gratuito em: https://bit.ly/appheroisdafruta

 

 

Formato online
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã à tarde, o 2º Encontro Internacional (Re)pensar a Infeção...

Para a sessão de abertura, às 14h00, são aguardadas as presenças do Presidente da ESEnfC, António Fernando Amaral, da coordenadora do Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem/ESEnfC, Ananda Maria Fernandes, e da professora da ESEnfC, especialista em Saúde Pública, Aliete Cunha-Oliveira.

A “Estratégia Nacional para o controlo da Infeção VIH e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” é o tema de conferência, a proferir, às 14h15, pela professora da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Eunice Martins Henriques.

Segue-se, às 15h00, uma mesa-redonda sobre prevenção e direitos dos utentes, com intervenções de Aliete Cunha-Oliveira (ESEnfC), María Idoia Ugarte Gurrutxaga (Universidade de Castilla-La Mancha, Espanha), Ana Elisabete Ferreira (Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Centro de Direito Biomédico) e Irma Brito (ESEnfC).

A perspetiva de género e o direito à não discriminação

Em discussão estarão políticas de saúde, a perspetiva de género no contexto da infeção VIH, o direito à não discriminação e a intervenção em contextos recreativos e educação por pares.

Este encontro enquadra-se no estudo associado "(Re)pensar as Infeções Sexualmente Transmissíveis: doenças, comportamentos e contextos de transmissão", inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, da ESEnfC.

Paralelamente, estão a decorrer na ESEnfC atividades que visam sensibilizar a comunidade educativa para a prevenção da infeção VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana).

Cidadãos chamados a envolverem-se no combate às desigualdades

Quinta-feira (1 de dezembro), assinala-se o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, este ano subordinado ao tema “Equalize" (Igualdade), num apelo à ação, para que todos os cidadãos se envolvam ativamente em iniciativas práticas tendentes a combater as desigualdades e a ajudar a acabar com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

«Em 2021, a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/Sida) estimou que as populações-chave, incluindo gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas que usam drogas injetáveis, profissionais do sexo, pessoas transgénero e pessoas em prisões e seus parceiros sexuais representaram 70% dos novos casos de infeções VIH em todo o mundo, mostrando que os esforços de prevenção devem ser concentrados entre os marginalizados e mais vulneráveis», refere a organização do encontro.

Calcula-se que, todos os dias, 4000 pessoas sejam infetadas pelo VIH, um quarto das quais jovens com idades entre os 15 e os 24 anos.

Mais informações e inscrições no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/RepensarVIHSida2022.

 

Nascer, Amar e Viver, mesmo vivendo com VIH
“Na SIDA existe VIDA” é o nome da campanha da Liga Portuguesa Contra a SIDA (LPCS), que arranca esta semana com dois spots de...

A campanha, que conta com a criatividade da agência McCann, pretende sensibilizar a população para o estigma e a discriminação que ainda persiste, quando se fala do VIH e da SIDA.  Com o conceito “Na SIDA existe VIDA”, pretende-se lembrar que é possível “Nascer, Amar e Viver, mesmo vivendo com VIH”.

Os vídeos serão transmitidos nos cinemas, canais generalistas de televisão, nas redes sociais e ainda no Congresso Nacional do VIH (entre os dias 30 e 3 de dezembro, em Peniche). A apresentação dos vídeos irá contar com a presença de figuras públicas (nomes ainda a confirmar).

“As Infeções Sexualmente Transmissíveis, como o VIH, as Hepatites Víricas, HPV, ocorrem, na sua maioria, após relações sexuais desprotegidas e os estudos indicam que ainda há muito trabalho a fazer junto dos mais jovens, e também dos menos jovens, de forma a fomentar o uso do preservativo, como um método seguro para prevenir estas infeções e também as gravidezes indesejadas. E é por isso que a LPCS tem desenvolvido ao longo dos seus 32 anos, campanhas de informação e sensibilização para que todos saibam que nos devemos proteger, utilizando o preservativo, quer seja o masculino ou o feminino. Contudo é importante valorizar a inovação do tratamento, como a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, e o sucesso da quebra de transmissão de mãe para filho, uma vez que hoje se a carga viral estiver indetetável é intransmissível (I=I),” refere Maria Eugénia Saraiva, Presidente da Direção da LPCS.

E acrescenta “São 32 anos de trabalho desenvolvido e sempre com a mesma missão! Mais do que nunca precisamos de todos e, num tempo difícil como o que atravessamos, só podemos agradecer a todos os que tem estado ao nosso lado, nomeadamente através dos últimos concertos solidários online, com os artistas que aderiram ao nosso desafio como o Fernando Daniel, a Cremilda Medina, estando os próximos anunciados para o dia 1 de dezembro com o Djodje e dia 8 com a Mayra Andrade, pelas 22h30.”

 

Para profissionais de saúde
A Biogen, empresa de biotecnologia pioneira na área das Neurociências e responsável pelo lançamento do Neurodiem, uma...

Sendo o propósito do portal a partilha dos desenvolvimentos científicos mais recentes na área das Neurociências com os profissionais de saúde, de modo a apoiar a sua prática clínica, a nova aplicação vem complementar o acesso à consulta de informação, garantindo uma maior versatilidade que pode ser feita, a partir de agora, através de uma app para smartphones com sistema operativo iOS ou Android.

O portal Neurodiem conta, atualmente, com mais de 25 mil profissionais de saúde registados, provenientes de vários pontos do mundo (América do Norte, América Latina, Europa e da região Ásia-Pacífico), sendo que 16 mil dos utilizadores são neurologistas.

A plataforma digital, lançada em Portugal em junho de 2021, permite aceder a notícias sobre Neurologia – nomeadamente, resumos diários das principais publicações em Neurociências, artigos exclusivos desenvolvidos por peritos internacionais e manuscritos publicados em mais de 25 revistas científicas especializadas – assim como à cobertura online e destaques dos congressos mais relevantes na área e a palestras ministradas por médicos e cientistas reconhecidos internacionalmente. Os utilizadores têm, ainda, a possibilidade de personalizar o portal consoante os temas que mais lhes interessam, podendo selecionar entre 18 tópicos das Neurociências, desde Esclerose Múltipla, Doenças Neuromusculares, passando pela Imagiologia, Cognição, Genética, Demências, entre outros.

Sobre o portal, Rita Lau Gomes, Head of Medical Portugal, Northern & Western Europe da Biogen realça a objetividade da informação que é disponibilizada: “O ponto forte desta plataforma está na informação, que para além de ser fundamental para a prática clínica, vence pela sua isenção, uma vez que todos os conteúdos são desenvolvidos por autores independentes e colaboradores editoriais com comissões científicas próprias, existindo sempre uma revisão científica prévia. Neste momento, temos o contributo de 1200 peritos internacionais a desenvolver estes conteúdos.”

Relativamente à disponibilização da app Neurodiem, a responsável médica nacional destaca a complementaridade que a versatilidade desta aplicação permite na consulta de informação: “Todos nós recorremos, hoje em dia, à instalação de aplicações que nos ajudam nas tarefas diárias de pesquisa de informação que fazemos através dos nossos smartphones. Sentimos, também, que esta mais-valia seria fundamental para os utilizadores do Neurodiem e, por isso, avançámos com o desenvolvimento desta app. A qualquer hora e em qualquer lugar, os conteúdos do Neurodiem têm, agora, um novo acesso”.

O Neurodiem poderá ser consultado por profissionais de saúde através do website www.neurodiem.pt, mediante um registo gratuito prévio.

A app Neurodiem encontra-se disponível nas lojas virtuais dos dispositivos móveis iOS (Apple Store) e Android (Google Play).

Projeto “Cuidadores Infor+”
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) focado na melhoria contínua da sua resposta assistencial e reconhecendo o...

Com este projeto, pretende-se responder às exigências contemporâneas e futuras de apoio ao cuidador informal, agora com maior proximidade, maior sistematização e integração de vários stakeholders, assumindo-o como parceiro mas, também, alvo de cuidados.

A aposta na capacitação do cuidador informal visa contribuir para um melhor acesso, compreensão e uso da informação nas tomadas de decisão sobre a saúde, sobre a utilização dos recursos disponíveis, sobre direitos e deveres e navegação no sistema de saúde.

Capacitar o cuidador no contexto do internamento hospitalar, no âmbito do autocuidado e da prevenção de complicações, contribui para o regresso a casa, em segurança, da pessoa cuidada. Neste projeto é assegurada diversa informação ao cuidador informal, mormente sobre os direitos de que pode usufruir, os recursos comunitários disponíveis para o apoiar e as estratégias promotoras do seu bem-estar, contribuindo, assim, para facilitar o seu desempenho, reduzir a sobrecarga e promover a satisfação.

Neste sentido, os cuidadores informais capacitados nos vários serviços do CHUC têm, agora, a possibilidade de usufruir deste espaço para acompanhamento e apoio personalizado, assegurado pelo Grupo Institucional “Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem”, após referenciação efetuada pelos respetivos Serviços Clínicos.

A implementação deste projeto - “Cuidadores Infor+” - conta com a colaboração de vários parceiros institucionais e comunitários, que assegurarão uma resposta integrada e promotora da continuidade de cuidados.

 

Entrevista | Dra. Inês Azevedo; Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP)
A Fibrose Quística (FQ) é uma doença rara, genética e degenerativa e que afeta cerca de 80.000 pesso

Segundo o programa nacional de rastreio nascem, em Portugal, todos os anos, entre quatro a seis crianças com fibrose quística. Uma doença genética associada a problemas pulmonares e nutricionais pouco abordada, exceto quando surgem casos ou apelos através da comunicação social. Para começar, peço-lhe que caracterize esta patologia: de que se trata, como se transmite e a que sinais devemos estar atentos. 

A Fibrose Quística é uma doença crónica hereditária que ocorre quando existe transmissão por ambos os pais de mutações num gene responsável pela produção de uma proteína conhecida por CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Regulator). As pessoas com uma só mutação são consideradas portadoras e não têm a doença.

A doença pode afetar vários órgãos e sistemas, sobretudo os sistemas respiratório, digestivo e reprodutor. As manifestações clínicas que comprometem mais a vida dos doentes são as manifestações respiratórias, dado que existe propensão para colonização por bactérias e infeções respiratórias de repetição que, a longo prazo, vão provocando destruição progressiva do pulmão. Felizmente, com tratamentos adequados conseguimos diminuir em muita essa evolução. Numa grande maioria dos doentes existe ainda dificuldade de digestão de alimentos gordos, o que pode causar esteatorreia (fezes moles com gotículas de gordura), malabsorção de alimentos e de algumas vitaminas, com consequente atraso de crescimento e dificuldade de manter um índice de massa corporal adequado.

Desde o final de 2013, em Portugal, o rastreio da doença é efetuado no teste do pezinho, portanto a maioria dos doentes que chegam hoje à consulta pediátrica são recém-nascidos que ainda não têm quaisquer manifestações da doença. A FQ pode também ser diagnosticada na infância, juventude ou na idade adulta pelo aparecimento de sintomas sugestivos da doença, nomeadamente os que referi anteriormente. A diabetes associada à FQ e os problemas de fertilidade são manifestações mais tardias da doença.

Podemos falar de grupos de risco? 

A Fibrose Quística é uma doença hereditária por isso existe maior risco de ter a doença quando há casos conhecidos em familiares próximos.

Como é feito o diagnóstico da Fibrose Quística? É um diagnóstico rápido ou costuma passar algum tempo entre o início dos primeiros sintomas e a sua identificação?

Nos recém-nascidos a suspeita é levantada por alterações no teste do pezinho. O diagnóstico só será confirmado se existirem alterações da prova de suor ou se detectarem duas mutações para a doença. A prova de suor é um exame não doloroso em que é colhida uma amostra de suor após estimulação. Na FQ o suor apresenta um valor elevado de cloretos. Antes da introdução do rastreio no teste do pezinho, as manifestações clínicas iniciais podiam passar despercebidas; só a frequência e gravidade dos sintomas faziam levantar a suspeita diagnóstica e conduzir à realização de testes diagnósticos. Assim os casos eram diagnosticados mais tardiamente, numa fase avançada da doença, onde já existiam complicações. No entanto, ainda hoje são diagnosticados casos tardiamente, alguns mesmo em idade adulta, em doentes nascidos antes da introdução do rastreio universal no teste do pezinho e sobretudo em doentes com mutações menos graves em que não ocorre insuficiência pancreática nem afetação do crescimento.

Por falar em início de sintomas, a partir de que idade pode ser diagnosticada? 

A doença pode ser diagnosticada em qualquer idade desde o nascimento. Em situações excecionais, a doença pode  mesmo ser suspeitada ainda na vida intra-uterina e confirmada por estudo genético.

Existem fatores de agravamento da fibrose quística?

As infeções respiratórias são o principal fator de agravamento da doença. Devido à menor quantidade de proteína CFTR ou à sua disfunção, o muco fica muito espesso, favorecendo a colonização por bactérias e a inflamação crónica, com destruição progressiva do parênquima pulmonar. Felizmente com cuidados e tratamento multidisciplinar adequado e um bom cumprimento terapêutico, tem-se registado uma redução das complicações e melhoria franca da qualidade de vida dos doentes.

A fibrose quística tem cura? Em que consiste e com que finalidade é feito o seu tratamento? 

Atualmente e apesar dos esforços incessantes de investigação, ainda não se consegue curar a doença, o que só será possível se conseguirmos corrigir o defeito genético, tal como acontece já noutras doenças.

Nos centros de referência acompanhamos os doentes de forma multidisciplinar, com implementação de medidas preventivas e de tratamentos de suporte, com o uso de fármacos que promovem a saída de muco, antibióticos sistémicos ou inalados, enzimas pancreáticas, dieta hipercalórica, promoção de exercício e reabilitação respiratória. Estas medidas permitiram aumentar muito a esperança de vida dos doentes, mas é crucial a boa adesão dos doentes aos tratamentos.

Contudo, na última década, têm surgido avanços notáveis no tratamento da doença, pelo desenvolvimento de terapêuticas moduladoras que corrigem os defeitos na proteína CFTR ou potenciam a sua ação. Estes tratamentos são altamente eficazes e vieram alterar radicalmente a qualidade de vida dos doentes e aumentar a esperança média de vida. Infelizmente, estes tratamentos não funcionam em todos os casos, pois nalgumas mutações não existe produção de nenhuma proteína CFTR. São medicações dadas por via oral, que ao corrigir o defeito molecular, diminuem a disfunção dos órgãos, melhoram a função respiratória, diminuem o número e a gravidade de infeções, diminuem as hospitalizações, otimizam o estado nutricional e permitem normalizar a vida dos doentes. São resultados muito animadores.

 Sabendo que esta é uma patologia que compromete vários grupos sistémicos, quais as especialidades que acompanham estes doentes e qual a importância de equipas multidisciplinares? 

Desde há muitos anos que, através de equipas multidisciplinares, conseguimos melhorar a sobrevida dos doentes. As especialidades basilares são a pneumologia pediátrica e de adultos; existe depois um conjunto de elos essenciais, desde a nutrição, à enfermagem dedicada, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Mediante os casos pode haver necessidade de envolver outras especialidades como gastrenterologia, endocrinologia, infeciologia ou mesmo equipes de transplante. Ou seja, existe um grande número de profissionais envolvidos e por isso é que é tão importante esses doentes serem tratados em centros de referência.

Em Portugal, existem centros de referência para o diagnóstico e tratamento da fibrose quística? 

A partir do momento em que existe uma suspeita de diagnóstico, os doentes devem ser referenciados para os centros que são especializados no diagnóstico e tratamento da doença. Importa referir que o diagnóstico é rápido, depois do doente chegar a um centro de referência. O resultado da prova de suor é fornecido em muito pouco tempo, o diagnóstico genético das mutações mais frequentes também é conhecido em uma a duas semanas. Se for necessário fazer pesquisa de mutações mais raras podemos ter de um a dois meses, pois existem mais de duas mil mutações causadoras da doença. Em Portugal, temos dois centros de referência no Porto, um localizado no Centro Hospitalar Universitário de São João e outro no Centro Hospitalar do Porto; em Coimbra, temos acesso no Hospital Pediátrico e no Centro Hospitalar de Coimbra, e em Lisboa, temos centros no Hospital Santa Maria e o Hospital Dona Estefânia. Nas regiões autónomas também existem colegas dedicados a esta patologia.

Os cuidados de saúde primários estão, na sua opinião, preparados para referenciar estes doentes? Há informação suficiente junto destas equipas? 

Existe a necessidade de aumentar a consciencialização de todos os profissionais de saúde e não só dos que trabalham em cuidados de saúde primários para a existência desta doença, porque ocasionalmente ainda nos chegam casos com diagnósticos tardios. É importante porque é uma doença rara, e como todas as doenças raras, é mais difícil de ser reconhecida. Em pediatria e pneumologia, a maioria dos colegas contacta com a doença ao longo da sua formação, mas existe oportunidade de melhoria, porque o atraso no diagnóstico pode agravar a evolução da doença. Sempre que existem queixas sugestivas, os doentes devem ser referenciados aos centros de referência, onde existem meios adequados para o diagnóstico e seguimento dos doentes.

Após o diagnóstico, quais os cuidados a ter?

Logo nas primeiras consultas, os doentes são informados dos cuidados preventivos de infeções e a seguir regras de higiene estritas. Com a pandemia de Covid-19 houve maior divulgação das regras gerais de etiqueta respiratória, pelo que esta tarefa está mais facilitada. Por exemplo, anteriormente as crianças e adolescentes sentiam-se diferentes por lhes ser recomendado o uso de máscara em ambientes hospitalares, mas com a pandemia este hábito tornou-se comum e obrigatório para todos. 

Os cuidados de prevenção de infeções respiratórias incluem ainda a vacinação contra a gripe e a COVID-19. Os doentes são encorajados a entrar em contato com a equipe cuidadora quando ocorrem infeções, porque é necessário cobertura antibiótica adequada ou mesmo hospitalizações nas situações mais graves. Desde cedo promovemos a prática de exercício físico e a boa adesão a técnicas de fisioterapia para drenagem das secreções.  

A nível digestivo, quando existe insuficiência pancreática, é muito importante a boa adesão à terapêutica com enzimas pancreáticas e seguir uma dieta adequada que, nestes casos, se baseia numa dieta hipercalórica e com maior suprimento de sal, o que vai permitir a otimização do estado nutricional.

 Qual o prognóstico desta patologia e quais as complicações mais frequentemente associadas?

Com cuidados multidisciplinares integrados assistimos à melhoria significativa da qualidade de vida dos nossos doentes e felizmente o prognóstico tem vindo a melhorar ao longo dos anos, com aumento da sobrevida, que já ultrapassa os 50 anos em alguns casos. O diagnóstico precoce com a introdução do rastreio universal veio melhorar ainda mais o prognóstico, ao permitir implementar cuidados preventivos desde cedo e tratar atempadamente as complicações. As novas terapêuticas moduladoras estão a mudar radicalmente o panorama da doença.

De que forma esta patologia impacta a vida dos doentes e suas famílias?

O diagnóstico de uma doença crónica potencialmente grave tem enorme impacto nas pessoas. Atualmente, quando da suspeita diagnóstica, muitas pessoas vão pesquisar sobre a doença na internet e deparam-se com informações que nem sempre interpretam da forma mais adequada, pelo que é fundamental o apoio permanente de profissionais de saúde com conhecimentos profundos sobre a doença e os seus impactos. Felizmente, com diagnóstico precoce e com uma boa adesão aos tratamentos, conseguimos assegurar uma qualidade de vida muito boa. Mas claro que para além da ansiedade e  preocupações inerentes a uma doença crónica grave, o diagnóstico tem impacto na qualidade de vida dos doentes e das famílias, porque entre outros aspetos obriga a muito boa adesão aos tratamentos e a uma disciplina diária complexa e demorada: levantar-se mais cedo, fazer os tratamentos nebulizados, cumprir dietas quando por vezes existe desconforto abdominal; tomar vários comprimidos; fazer exercício quando se está cansado, deslocar-se a consultas e à fisioterapia...Tem também impacto económico, apesar da medicação ser gratuita, porque existem os custos indiretos, nomeadamente os resultantes da abstinência ao trabalho.

Que ideias chave devemos reter quanto a este tema? 

O diagnóstico precoce é fundamental para permitir adequar os tratamentos desde cedo e minorar os efeitos da doença. É muito importante o acompanhamento dos doentes em centros de referência, onde existe capacidade de apoio multidisciplinar, apoio que ao longo dos anos veio permitir melhorar a qualidade de vida dos doentes e aumentar a sobrevida. A boa adesão dos doentes às recomendações dos profissionais é também uma pedra basilar para o sucesso terapêutico. Por último, existe uma grande esperança com os novos tratamentos moduladores, que melhoraram muito a qualidade de vida dos nossos doentes e, acreditamos que a investigação incessante nos trará ainda novidades promissoras que poderão conduzir à cura da doença no futuro.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial das Doenças do Movimento assinalado pela primeira vez
As doenças do movimento são doenças que podem ser complexas de compreender e tratar. Para alertar para a necessidade de um...

“Esta é uma iniciativa importante para as doenças do movimento em virtude de corresponderem a patologias que apresentam características que as tornam muitas vezes intrigantes e difíceis de serem diagnosticadas por parte dos médicos, mas também difíceis de serem lidadas por parte dos doentes, familiares e cuidadores. Nas doenças do movimento mais frequentes, como a Doença de Parkinson, o Tremor Essencial e a Síndroma das Pernas Inquietas o papel dos médicos de MGF é também extremamente importante para o reconhecimento, a referenciação, a abordagem terapêutica e o acompanhamento. Uma população informada pode também contribuir para a criação e disponibilização de cuidados de saúde de qualidade e adequados para estas patologias”, explica o Professor Joaquim Ferreira, neurologista especialista na área de Doenças do Movimento e Diretor Clínico do Campus Neurológico Sénior (CNS).

As doenças do movimento são doenças neurológicas que se caracterizam, entre outros sintomas, por causarem uma alteração do movimento normal. Podem manifestar-se por movimentos mais lentos ou pelo aparecimento de movimentos anormais, como tiques, distonia, coreia, balismo, mioclonias, estereotipias.

As mais frequentes são a Doença de Parkinson, o Tremor Essencial e a Síndroma das Pernas Inquietas. Outras doenças do movimento mais raras incluem a Doença de Huntington, a Atrofia Multissistémica, a Paralisia Supranuclear Progresssiva (PSP), o Blefaroespasmo, a Distonia Cervical, a Síndroma de Gilles de La Tourette, a Doença de Wilson e várias outras.

Apesar de muitas doenças do movimento não terem cura, todas são tratáveis. Os tratamentos vão desde o ensino, o uso de medicamentos e as intervenções na área da reabilitação até tratamentos mais complexos e invasivos, como intervenções cirúrgicas cerebrais (ex. estimulação cerebral profunda para o tratamento da Doença de Parkinson).

No caso da doença de Parkinson, que afeta em Portugal aproximadamente 18 mil pessoas, “deve ser antecipado que o número de doentes vai duplicar nos próximos 20 anos” alerta o diretor clínico do CNS. E acrescentou que “um melhor conhecimento sobre as doenças do movimento aumenta a probabilidade de uma pessoa ser referenciada e acompanhada por profissionais de saúde com experiência na avaliação e no tratamento de doentes com estas patologias.”

Pela dedicação dos profissionais aos doentes oncológicos pediátricos
Foi no âmbito da XXIX Reunião Anual da Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica que a BIOJAM, voltou a atribuir o Prémio...

Ainda que se trate de um Prémio que visa estimular o estudo e aprofundamento de novas e inovadoras terapêuticas, assim como o melhor acesso a cuidados médicos, a Farmacêutica BIOJAM considera que é importante não esquecer o trabalho da Sociedade, o qual, não só tem o objetivo de “fomentar a investigação em Hematologia e Oncologia Pediátrica, a uniformização de protocolos terapêuticos entre os vários Centros Nacionais e a participação em estudos cooperativos”, como também “promover a solidariedade e estreitar os laços entre os seus membros, representando-os nacional e internacionalmente”.

Segundo Carlos Monteiro, CEO da Biojam Holding Group, “o Prémio BIOJAM INOVAR foi desenhado para motivar publicações, artigos científicos e outros, mas também pretende destacar a dedicação de todos os seus profissionais em prol de melhores cuidados para os doentes. Depois de uns anos difíceis de pandemia, entendemos atribuir à Sociedade Portuguesa Hematologia e Oncologia Pediátrica o Prémio BIOJAM pela dedicação de todos os seus profissionais aos doentes oncológicos pediátricos na promoção da sua recuperação e qualidade de vida”.

O encontro anual da Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica reuniu alguns dos mais destacados especialistas a nível nacional na área da Hematologia e Oncologia da criança e adolescente, assim como cerca de 100 profissionais de saúde.

Neste encontro, organizado pela Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica e no qual foram debatidos temas atuais e diversificados como “Patologia Hematológica Referenciada”, “Hepatoblastomas”, “Transplante e Terapia Génica”, “Integração social”, entre outros, a BIOJAM, enquanto parceiro para a promoção da investigação, em prol dos melhores cuidados médicos para os doentes, atribuiu o Prémio, mantendo o compromisso de continuar a apoiar e incentivar a produção e publicação de estudos.

Enquanto líder no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda, para o mercado Ibérico, a BIOJAM HG tem trabalhado em conjunto com Centros de Investigação e Sociedades Médicas no sentido de aportar inovação ao mercado, nomeadamente na forma diferenciada de administração das terapêuticas, facilitando a sua administração. Assim, além do medicamento para a Leucemia Linfoblástica, aguda cuja população afetada é maioritariamente crianças e jovens adultos e que, por isso, necessita da dosagem do medicamento adaptada ao seu peso corporal, a investigação tem-se centrado nas demais patologias oncológicas onde as populações alvo necessitam de doses de tratamento devidamente adaptadas às suas necessidades e assim o objetivo principal tem-se focado em possibilitar um tratamento preciso e fácil para estas populações onde as normais formas sólidas orais não são solução.

 

bolsas no valor individual de 50 mil euros
Unidade Local de Saúde Alto Minho, Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Hospital Santa Maria Maior e Centro Hospitalar...

Nesta 2ª Edição, foram submetidas 14 candidaturas de norte a sul do país tendo sido selecionados 4 projetos, todos com foco na transição digital da saúde com vista à melhoria da qualidade dos cuidados prestados. A estes projetos serão atribuídas bolsas no valor individual de €50.000,00, constituídas por horas de apoio especializado à execução de cada projeto vencedor a prestar pelos parceiros Exigo e IASIST.

As Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem contam com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa.

Os projetos submetidos foram avaliados por um Júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica presidido por Maria de Belém Roseira e que conta com Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Pinto, da Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Pita Barros, Economista da Saúde, Xavier Barreto, Presidente da APAH e Vera Arreigoso, jornalista especialista em temas da saúde.

Os projetos vencedores serão reconhecidos na cerimónia a realizar no dia 29 de novembro, pelas 14h30, no showroom da Altice em Lisboa, e que integrará o debate “Mais SNS - Mudanças e Transformações na Saúde do Século XXI”, ao qual se juntam Delfim Rodrigues da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Júlio Oliveira do IPO do Porto, Nelson Pereira do Centro Hospitalar Universitário de São João, Sónia Dias da Escola Nacional de Saúde Pública e Teresa Luciano do Hospital Garcia de Orta.

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, é uma parceria APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST, à qual se junta a Altice como parceiro tecnológico, que pretende contribuir para cimentar a cultura de Value Based Heathcare (VBHC) através da análise dos problemas atuais do Sistema Nacional de Saúde, da capacitação dos intervenientes na tomada de decisão, do rigor na avaliação de resultados e da transparência na sua divulgação. O propósito é a implementação de estratégias que permitam melhorar os resultados clínicos, a satisfação dos doentes e a afetação de recursos financeiros.

 

Crianças com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas
Com a mala cheia de motivação e uma vontade inabalável de ajudar crianças gravemente doentes, a Make-A-Wish chegou a Portugal...

Fazendo do medo confiança, da tristeza alegria e da ansiedade esperança, a Make-A-Wish Portugal tem trabalhado incansavelmente para realizar os desejos de crianças e jovens com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas, de norte a sul do país.

Ao longo destes 15 anos, a Fundação já proporcionou momentos inesquecíveis vividos em família e muitas outras histórias que, através do imaginário de cada criança e jovem, se materializaram de forma transformadora!

Entre ser super-herói por um dia, conhecer o seu maior ídolo ou "voar" pela primeira vez, os desejos das crianças chegam repletos de criatividade e a sua realização é, muitas vezes, o ponto de viragem necessário para continuarem a lutar.

“Este ano atingimos a meta dos 1700 desejos realizados e não podíamos estar mais felizes com o trabalho desenvolvido pela Make-A-Wish ao longo destes 15 anos. Foram mais de 1700 gestos capazes de mudar a vida de cada uma das crianças, levando-lhes um momento de força, alegria e esperança. É um privilégio podermos contribuir para criar um impacto positivo que perdure no tempo para a criança e para o seu núcleo familiar. Quando se inicia o processo de realização do desejo e as várias fases associadas (Wish Journey), começamos a observar um desfoque da doença, o entusiasmo e vontade de estarem envolvidos no desejo e acreditar que o impossível se pode tornar possível.”, afirma Mariana Carreira, Diretora Executiva da Make-A-Wish Portugal.

O processo de realização dos desejos é um percurso feito em equipa, apenas concretizável graças à ajuda dos voluntários, parceiros, doadores e profissionais de saúde, com a colaboração das famílias. Honestidade, transparência e respeito são valores sempre presentes ao longo de todo o procedimento, numa odisseia onde a criança e o seu bem-estar são sempre a prioridade.

“Neste momento existem cerca de 180 crianças e jovens a aguardar a realização do seu desejo e o nosso maior objetivo é chegarmos a todas as crianças elegíveis. Isso só continua a ser possível com o apoio de todos os portugueses, a quem agradeço toda a generosidade e a quem damos muito valor”, acrescenta Mariana Carreira.

Há mais de uma década no nosso país, a Make-A-Wish Portugal continua empenhada em mostrar às crianças e adolescentes que nada é impossível. Com 128 realizados até ao momento este ano e com muitos mais ainda a realizar no futuro, a Make-A-Wish continuará dedicada em levar esperança e força para lutar às crianças e às famílias, que passam muitas vezes a encarar a doença com novos olhos.

 

Universidade de Medicina Chinesa de Nanjing
O Instituto Piaget assinou um protocolo com a Universidade de Medicina Chinesa de Nanjing, instituição de ensino superior...

O ato foi assinalado durante a Conferência Internacional de Intercâmbio de Medicina Tradicional Chinesa de Jiangsu, destinada a promover e divulgar este tipo de medicina para o exterior.

Do lado do Instituto Piaget, o protocolo foi assinado pelo secretário-geral da instituição de ensino, que aproveitou a oportunidade para desejar que esta parceria seja o início de uma longa e frutífera relação entre as duas entidades. “Acreditamos que dará certamente origem a novas oportunidades para ambas as instituições, possibilitando uma valiosa troca de conhecimentos na área da Medicina Chinesa”, afirmou Rui Tomás.

Em direto em modo de vídeo (por causa da política de “Covid Zero” em vigor na China) participou também a presidente da AOMA Graduate School of Integrative Medicine, baseada em Austin (Texas), uma das universidades americanas líderes na formação em acupunctura e medicina oriental. Na sua intervenção, a responsável destacou a sua expetativa de que ambos os lados, China e Estados Unidos, possam cooperar mais de perto na área da saúde.

A Universidade de Nanjing, criada nos anos 50 do século XX, é um dos berços da educação superior em medicina chinesa, tendo formado um grande número de talentos tanto no país como a nível internacional.

Na ocasião, foram assinados idênticos protocolos de cooperação com uma universidade da Tailândia (Mae Fah Luang) e um grupo da Malásia (Zhengyang Group).

 

 

Contabilização do tempo de trabalho em sede de Avaliação de Desempenho
O Sindicato dos Enfermeiros – SE espera que as entidades de saúde comecem a comunicar a breve trecho aos enfermeiros a...

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros espera “que todo o processo decorra de forma célere e que as entidades de Saúde sejam capazes de respeitar a determinação do ministro da tutela, que garantiu que os retroativos serão pagos ainda no decurso deste ano”.

Recorde-se que, de acordo com o Decreto-lei, os enfermeiros dispõem de 10 dias úteis para reclamar da contagem de pontos indicada pela sua entidade patronal, enquanto que a decisão sobre a reclamação deve ser notificada ao trabalhador no prazo máximo de cinco dias úteis.

Recorde-se que, nos termos do acordado com o Ministério da Saúde, este Decreto-lei aplica-se a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo contratual ou de eventuais alterações na categoria, designadamente para a categoria de enfermeiro especialista ou gestor. Pedro Costa salienta que este “é um momento que os enfermeiros anseiam, em alguns casos, há mais de 20 anos”.

“Só assim será possível começar a dignificar adequadamente a carreira de enfermagem, valorizando o capital humano do SNS, mas isto é apenas o começo”, alerta Pedro Costa. Esta medida, refere, está inserida “num processo negocial que vai ser alargado a outros temas, entre os quais a aposentação dos enfermeiros antes da idade legalmente prevista e o reconhecimento do risco e penosidade da profissão”.

Com a publicação deste Decreto-lei em Diário da República “vão ser contabilizados 1,5 pontos por cada ano até 2014 e, daí em diante, os pontos serão contabilizados em função da avaliação de desempenho obtida nas instituições onde trabalham”, frisa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

 

Estimular a investigação clínica
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), através da sua Academia, realizou esta quinta-feira a cerimónia de entrega...

Inês Fialho mostra-se grata e refere que “este prémio é o reconhecimento do trabalho e da dedicação de todos/as os investigadores/as envolvidos/as”. E explica: “Esta investigação pretende avaliar a resposta à terapêutica diurética nos doentes com insuficiência cardíaca, uma questão frequente na nossa prática clínica e com implicações práticas na gestão dos/as nossos/as doentes.”

Também Mónica Lopes, interna de Medicina Interna e coautora do caso clínico premiado com João Serôdio, e em sua representação, mostrou o seu contentamento pela distinção recebida, mencionando: “É uma valorização dos projetos que levamos a cabo aqui no hospital”. “O trabalho retrata um caso em que o diagnóstico diferencial alterou, de forma importante, a abordagem e prognóstico do doente”, explica Mónica Lopes.

A cerimónia de entrega de prémios foi conduzida por Ana Valverde e Diana Sousa Mendes. Ana Valverde, Presidente do Júri dos Prémios, Coordenadora da Unidade de Investigação Clínica e Diretora Clínica do Hospital, representou também o Conselho de Administração nesta iniciativa. Além da Unidade de Investigação Clínica, a Academia HFF integra também a Unidade de Formação e Ensino, liderada por Diana Sousa Mendes, igualmente membro do Júri dos Prémios Científicos.

Antes da divulgação dos trabalhos premiados, Diana Sousa Mendes começou por dar os parabéns a todos/as os/as candidatos/as e por referir que espera que este seja o primeiro ano de muitos deste que é, agora, o “Prémio Científico do HFF”.

“Esta edição correu muito bem. Os trabalhos apresentados eram de muita qualidade. Contamos com todos para a edição de 2023. Sejam motivadores para os vossos pares, de forma a todos os grupos profissionais estarem envolvidos na investigação do nosso hospital, a realizarem mais trabalhos e a publicarem de forma mais regular. Assim, contribuímos todos/as para a melhoria, da prestação de cuidados, a motivação das nossas equipas e a saúde dos nossos doentes”, disse.

Depois da entrega dos prémios e no encerramento da cerimónia, Ana Valverde afirmou: “Agradeço a todos/as os/as colegas do júri, aos/às candidatos pelo vosso contributo para a cultura científica no nosso hospital. Às/aos candidatos, obrigada pelo vosso interesse e por dedicarem tempo à investigação, além da prestação de cuidados, que bem sabemos o quão exigente é. A atividade científica faz parte do desempenho de um profissional de saúde. Faz-nos crescer e, por isso, os hospitais devem ser um local privilegiado para fazer investigação.” E conclui: “Confiamos que esta é a primeira edição de muitas. Cabe a todos vós continuar o que foi agora iniciado.”

Nesta edição do “Prémio Científico do HFF”, foram apresentados a concurso 13 trabalhos, entre os quais quatro casos clínicos. O júri selecionou seis trabalhos de investigação e quatro casos clínicos para a fase final, que foram apresentados publicamente no auditório.

Além dos prémios “Melhor Trabalho de Investigação” e “Melhor Caso Clínico”, foram ainda entregues duas menções honrosas aos trabalhos de investigação intitulados: “Enfarte agudo do miocárdio no YouTube – is it all fake news?”, de autoria de Inês Fialho e colaboradores, do Serviço de Cardiologia; e “Tromboembolismo venoso em tempo de pandemia”, da autoria de Mónica Lopes e colaboradores, do Serviço de Medicina 4; assim como aos casos clínicos “Síndrome de DRESS em doente polimedicado – o desafio diagnóstico”, de autoria de Aurora Monteiro e colaboradores, do Serviço de Medicina 4; e “Cangrelor as antiplatelet bridging therapy in non-cardiac surgery after percutaneous coronary intervention – first-time use in Portugal”, da autoria de Inês Fialho e colaboradores, do Serviço de Cardiologia.

Hoje
Durante a gravidez, os músculos que constituem o pavimento pélvico passam por várias mudanças devido ao peso do bebé e da...

Alongar e fortalecer os músculos do pavimento pélvico é possível através de massagens perineais, cuja técnica vai ser explicada pela enfermeira Gisélia Machado. A especialista em Saúde Materna e Obstétrica vai dar a conhecer a importância destas massagens na prevenção de lacerações ou episiotomias durante a dilatação no parto.

Neste evento online, as grávidas que estão ainda a refletir sobre a decisão de amamentar vão também poder esclarecer dúvidas comuns sobre este processo com a conselheira em aleitamento materno Claúdia Xavier.

A importância de exercitar e fortalecer os músculos durante a gestação volta a estar em destaque no dia 30 de novembro, pelas 17h00. Desta vez, a enfermeira Carmen Ferreira, autora dos livros “Estamos Grávidos! E agora?” e “Nascemos! E agora?”, vai abordar a pertinência da atividade física na mulher grávida e os benefícios que representa em cada uma das fases da gestação.

A enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstétrica Davina Ferreira marca também presença neste dia para explicar os cuidados a ter com suturas/pontos na recuperação pós-parto, quando não é possível evitar rasgões vaginais provocados pelo parto.

Em ambas as sessões, a Crioestaminal – o laboratório português líder em Células Estaminais e o único com acreditação internacional pela Association for the Advancement of Blood & Biotherapies (AABB) - vai marcar presença com uma conselheira em células estaminais, para contar tudo sobre as fontes de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical e qual a sua utilidade.

 

Opinião
Segundo os dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em P

O que são doenças cardiovasculares? São doenças que afetam o sistema circulatório, principalmente o coração e vasos sanguíneos (veias e artérias). Entre aquelas que são as principais responsáveis pelo grande número de mortalidade encontram-se o enfarte agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Ambos têm como principal causa uma oclusão total ou subtotal de vasos sanguíneos provocado pelo acumular de placas de colesterol nas artérias coronárias (no caso do enfarte) ou nas artérias cerebrais (no caso do AVC). Em 2019, em Portugal, morreram 7151 pessoas com enfarte e 10975 com AVC (um dos números mais elevados na Europa). Estes números tomam ainda maior relevância se pensarmos que 80% destas podem ser tratadas precocemente ou prevenidas.

Quais são os principais fatores de risco de morte cardiovascular? Entre várias, as mais importantes e prevalentes são a hipertensão arterial, a dislipidemia, o tabagismo, a diabetes, o excesso de peso e obesidade bem como o sedentarismo. A hipertensão arterial é uma doença cardiovascular caracterizada por medidas consecutivas da tensão arterial superiores a 140/85 mmHg com necessidade de controlo através de medicação. Cerca de 40% da população apresenta esta doença sendo um dos principais fatores de risco. A dislipidemia caracteriza-se por um aumento do colesterol ou triglicerídeos afetando cerca de 30% da população. Aumenta com a idade e é uma doença silenciosa. O acumular do colesterol nos vasos sanguíneos ao longo dos anos, tal como já referido, precipita a ocorrência de outras doenças cardiovasculares potencialmente mortais como o enfarte e o AVC. É muito importante cumprir a medicação regularmente e o uso de medicamentos naturais ou de venda livre não tem a mesma eficácia e prevenção. O tabagismo é o principal fator de risco modificável e parar de fumar traz benefícios ao organismo quase imediatos. Apesar do número de fumadores ter vindo a diminuir nos últimos anos estima-se que em 16,8% da população com mais de 15 anos é fumadora. A diabetes caracteriza-se pelo aumento dos níveis de glicose (“açúcar”) no sangue. A maioria dos casos é do tipo 2, que surge geralmente em idade mais avançada, associada a estios de vida e alimentação menos saudáveis. O excesso de peso e o sedentarismo (inatividade física) estão interligados tal como os maus hábitos alimentares. De acordo com o Eurobarómetro da atividade física de 2022, em Portugal, 73% dos portugueses dizem não praticar exercício físico, o pior valor registado na União Europeia.

Então, como se podem prevenir as doenças cardiovasculares? Se já apresenta alguma doença cardiovascular, mantenha as consultas regulares com o seu médico, cumpra o plano terapêutico e tente eliminar todos os outros fatores de risco. É importante o consumo moderado de bebidas alcoólicas (menos de duas unidades por dia no homem e uma na mulher), realizar uma alimentação saudável (evitar o excesso de carnes vermelhas, alimentos processados e preferenciar fruto-hortícolas e vegetais em todas as refeições), deixar de fumar e participar nos rastreios oferecidos de norte a sul do país.

É muito importante que o aconselhamento seja realizado com profissionais com formação na área da saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisiologistas, entre outros) pois só estes garantem a ajuda necessária e uma melhoria do seu estado de saúde. A desinformação médica tem, nos últimos anos, contribuído de forma prejudicial na saúde dos utentes. Cabe à tutela investir na promoção de saúde de forma transparente e abrangente, desde as escolas às unidades de saúde, para que cada pessoa detenha o conhecimento básico para efetuar as suas escolhas diárias de forma mais informada.

Bibliografia:

Ministério da Saúde

Instituto Nacional de Estatística

Sociedade Portuguesa de Cardiologia

Eurobarómetro da Atividade Física de 2022

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Um novo estudo liderado por cientistas do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), agora...

A S. aureus é uma bactéria frequentemente encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis. Contudo, pode provocar doenças que vão desde simples infeções na pele (abcessos, celulite) até infeções mais graves, como pneumonia, endocardite, bacteremia (infeção no sangue), entre outras.

As bactérias multirresistentes a antibióticos são cada vez mais comuns, o que dificulta seriamente o tratamento de infeções bacterianas. A S. aureus é uma bactéria que apresenta resistência a diversos antibióticos e constitui atualmente a segunda causa mais comum de morte associada à resistência antimicrobiana a nível mundial e a primeira em Portugal.

O estudo apresenta uma análise em larga escala de 191 isolados clínicos de S. aureus, provenientes de doentes com osteomielite (infeção óssea), artrite infeciosa, bacteremia e endocardite, e a sua interação com vários tipos de células hospedeiras (células alvo da bactéria) ao longo do tempo. Este estudo revela «que apesar de a S. aureus ser normalmente descrita como sendo um patógeno extracelular, a quase totalidade dos isolados

clínicos de S. aureus testados neste estudo (mais de 98%) foram internalizados por vários tipos de células hospedeiras, em contexto laboratorial. Foi ainda provado que uma grande parte destes isolados tem capacidade de replicar e persistir no interior das células hospedeiras», explica Miguel Mano, um dos líderes do estudo, (investigador no CNC-UC e docente no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – FCTUC).

Os resultados deste trabalho suportam a necessidade de uma mudança no paradigma no tratamento de infeções por S. aureus. «A escolha da terapia para eliminar efetivamente este patógeno, deverá considerar não só o perfil de suscetibilidade da bactéria a antibióticos, como é feito atualmente, mas também os diversos estilos de vida intracelular da S. aureus. A terapia escolhida deverá assegurar a sua eliminação no interior das células, pois a falta de efeito intracelular dos antibióticos pode levar à falha do tratamento, traduzindo-se em infeções recorrentes e/ou crónicas», elucida Ana Eulálio, líder deste estudo (investigadora no CNC-UC e no iBiMED, Universidade de Aveiro).

Este trabalho foi realizado em colaboração com investigadores do Centro Internacional de Investigação em Infecciologia (CIRI) (Lyon, França), Centro Nacional de Referência para Estafilococos, Instituto de Agentes Infecciosos (Lyon, França) e Centro de Biotecnologia, Conselho Nacional de Investigação de Espanha (CNB-CSIC). Beneficiou de financiamento através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), do Consórcio ERA-NET Infect-ERA e do European Horizon 2020 Marie Sklodowska-Curie.

O estudo completo está disponível em: https://www.nature.com/articles/s41467-022-34790-9.

Rotulagem nutricional simplificada
O Movimento “Mais Nutri-Score” acaba de lançar uma campanha a nível nacional sob o mote “Descomplica a tua Alimentação”. ALDI,...

O Nutri-Score destina-se a ser usado em todos os alimentos processados e bebidas (não alcoólicas) e ajuda a diferenciar as qualidades nutricionais de diferentes alimentos da mesma categoria.

Segundo um estudo publicado na revista científica Nutrients, este é considerado o sistema mais eficaz para transmitir informações sobre a qualidade nutricional dos alimentos, ajudando, assim, os portugueses na identificação das opções mais saudáveis, nas deslocações ao supermercado.

Alguns estudos demonstram que a generalidade dos consumidores não consegue compreender e interpretar os rótulos alimentares, nomeadamente as suas informações nutricionais. «É primordial que seja adotado um sistema de rotulagem que simplifique essa informação. O Nutri-Score é precisamente uma ferramenta que está criada para ajudar o consumidor a compreender a mensagem, ajudando-o a tomar as melhores decisões de forma consciente», explica Dulce Ricardo, coordenadora da área alimentar da DECO PROTESTE.

O Nutri-Score ajuda também o consumidor na adoção de uma alimentação mais equilibrada e promove a reformulação nutricional dos produtos pelos fabricantes. Tem, assim, um papel ativo e decisivo na saúde de todos os cidadãos.

Trata-se de um esquema intuitivo, de fácil e rápida compreensão, que pretende ser acessível a todas as pessoas. Está presente na frente das embalagens, e consiste numa escala de cinco cores, às quais correspondem letras: verde-escuro (A), verde-claro (B), amarelo (C), laranja (D) e vermelho (E).

Ao fornecer informação simples e imediata sobre a qualidade nutricional de um alimento, facilita a comparação de produtos da mesma categoria e dispensa a interpretação exaustiva de rótulos complexos.

Os alimentos classificados como A e B podem ser consumidos mais regularmente, enquanto os que têm a classificação entre C e E devem ser consumidos de forma mais moderada.

O Nutri-Score já foi adotado, de forma voluntária, em vários países europeus, tais como Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Suíça. Em Portugal, várias empresas também já adotaram voluntariamente o uso deste sistema de rotulagem nutricional simplificado.

O movimento “Mais Nutri-Score” apoia este sistema reconhecendo-o como uma mais-valia para os consumidores.

Para mais informações: www.deco.proteste.pt/alimentacao/produtos-alimentares/noticias/nutri-score-ajuda-escolher-alimentos

Programa de Educação e Atualização em Patologia da Coluna realiza-se a 3 de dezembro
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar uma reunião no âmbito do Programa de Educação e...

“Esta reunião permitirá reunir diferentes especialistas da área, abordando os mais recentes conhecimentos específicos em patologias traumáticas da coluna vertebral, em especial no contexto da osteoporose, falando sobre a sua prevenção, diagnóstico e tratamento. Temos o privilégio de contar com a participação de oito palestrantes que tornam o programa muito enriquecedor”, avança Nuno Neves, ortopedista e presidente da SPPCV.

Dirigida a médicos, esta reunião permitirá a atualização e a troca de conhecimentos científicos, abordando temáticas, tais como “Classificação das fraturas osteoporóticas da AO Spine-DGOU”; “Quando fazer uma intervenção cirúrgica precoce?”; “Técnicas percutâneas vs. Técnicas abertas”; “Técnicas cirúrgicas emergentes”; “Cirurgia de deformidade pós-fraturas osteoporóticas”; “Qual a intervenção mínima eficaz para as fraturas osteoporóticas?”; “Papel das ortóteses”; “Novidades no tratamento médico da osteoporose”.

A osteoporose é uma doença que afeta cerca de um milhão de portugueses e é causa de fraturas graves. Com a idade aumenta a probabilidade de vir a sofrer de osteoporose, mas a doença não é uma consequência inevitável do envelhecimento. É fundamental adotar medidas preventivas, bem como estar atento aos sinais, um diagnóstico atempado pode evitar a progressão da doença e eventuais fraturas.

Para mais informações e inscrições, consultar: www.sppcv.org  

 

 

 

 

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