Escola de Enfermagem de Coimbra
Projeto de extensão à comunidade também se dedica à investigação em urgências/emergências, em primeiros socorros e em suporte...

Tem por público-alvo alunos e pessoal da própria instituição, mas também profissionais de saúde e a população em geral. É, atualmente, constituído por 15 docentes e investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, a título voluntário, ensinam a desenvolver competências em suporte básico de vida, em contextos diferenciados (técnicas de compressão torácica, ventilação, verificação de sinais de vida, utilização de desfibrilhador automático externo, técnicas de desobstrução da via aérea por corpo estranho e colocação de uma vítima em posição lateral de segurança), e que dão, igualmente, formação em reanimação neonatal, em suporte avançado de vida pediátrico e em suporte imediato de vida.

Falamos do Grupo de Projeto de Formação, Assessoria e Investigação em Reanimação (GPFAIR) da ESEnfC que, no último triénio, se dedicou a partilhar saber – conhecimentos que, bem utilizados, podem ajudar a salvar vidas – junto de mais de uma centena de pessoas por ano.

Além de dar formação, o GPFAIR, que existe desde 2006, desenvolve investigação na área das urgências/emergências, da reanimação e dos primeiros socorros, prestando assessoria a instituições de saúde e a outros organismos.

«Nos últimos três anos (2020-2022), as atividades centraram-se sobretudo na área da formação, tendo sido desenvolvidos vários cursos dirigidos a alunos de mestrado e de pós-licenciatura, docentes e não docentes da ESEnfC, profissionais de saúde e população em geral, num total de 351 formandos», refere o professor Luís Batalha, coordenador do GPFAIR.

Durante este período, foram realizados cursos para profissionais de unidades de saúde familiar de centros de saúde de Coimbra e de Cantanhede, bem como para pessoal de alguns serviços do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. E, claro, para a comunidade educativa da ESEnfC.

Dotar o cidadão de competências que podem salvar vidas

Recentemente, o GPFAIR acolheu, no Centro de Simulação de Práticas Clínicas da ESEnfC (instalações do Polo A, na freguesia de Santo António dos Olivais), 13 profissionais de saúde e pessoal administrativo das unidades de Saúde Familiar de Norton de Matos (Centro de Saúde Norton de Matos) e de Cuidados na Comunidade de Celas (Centro de Saúde de Celas), em Coimbra, para frequentarem um curso de suporte básico de vida no adulto com desfibrilhação automática externa (foto em anexo). Participaram nesta ação médicos, enfermeiros, nutricionistas, técnicos de cardiopneumologia e pessoal administrativo.

Para Luís Batalha, o trabalho desenvolvido pelo GPFAIR «na área do suporte básico de vida tem contribuído para a formação de profissionais de saúde, mas sobretudo do cidadão, dotando-o de competências que podem salvar vidas e/ou minimizar sequelas graves futuras, com consequente prometimento da qualidade de vida dos próprios e das suas famílias».

Durante a pandemia COVID-19
Mais de 50% dos portugueses nunca instalou a app StayawayCOVID e em janeiro de 2021 60% dos utilizadores já tinham desinstalado...

O lançamento de aplicações para telemóvel (Apps) que permitiam o rastreamento de contactos e sinalização de situações de risco, tendo em conta a proximidade de pessoas, revelou-se uma das medidas menos bem-sucedidas implementadas durante a pandemia COVID-19 na União Europeia. Portugal lidera a lista de países com menor utilização, nunca tendo ultrapassado os três milhões de downloads. Mais de 50% dos portugueses nunca instalou a App StayawayCOVID e apenas seis meses depois do seu lançamento, cerca de 60% dos utilizadores portugueses já tinham desinstalado a aplicação dos seus telemóveis.

Os resultados agora divulgados na Nota Informativa #4 Análises do Setor da Saúde: A utilização de Contact Tracing Apps durante a pandemia elaborada pelos investigadores Eduardo Costa e Pedro Pita Barros, detentor da Cátedra BPI | Fundação “la Caixa” em Economia da Saúde, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE revelam ainda que a fraca relevância e utilidade destas aplicações esteve diretamente relacionada com 3 fatores:

  • a capacidade tecnológica da própria aplicação (requisitos técnicos elevados e necessidade de intervenção ativa dos doentes na introdução de códigos fornecidos pelo SNS);
  • a adesão individual de cada cidadão (diretamente relacionada com preocupações de partilha de dados pessoais, literacia digital e perceção da utilidade da aplicação);
  • a capacidade de se atingir uma escala mínima para gerar um efeito rede (dependente de uma externalidade associada à utilização generalizada pela população).  Em Portugal, a baixa adesão individual traduziu-se na incapacidade de atingir a escala mínima para o eficaz funcionamento da aplicação: o número de instalações (3 milhões) e o número de códigos facultados pelo SNS (apenas 2.708) parece ter sido um fator determinante para a pouca utilidade da aplicação.

A presente Nota Informativa, baseia-se nos dados recolhidos no European COVID-19 Survey (ECOS),  iniciativa resultante de uma parceria entre várias instituições universitárias europeias e que monitoriza as perceções e comportamentos da população ao longo do tempo relativamente à pandemia de COVID-19. O inquérito realizou-se de forma periódica, em Portugal, Alemanha, Dinamarca, Reino Unido, Itália, França, Países Baixos e Espanha, abrangendo uma amostra representativa de cerca de mil pessoas da população adulta em cada país.  Os dados aferidos permitem identificar os fatores que podem potenciar uma maior ou menor utilização das aplicações nos países europeus.

Analisando a utilização da aplicação de rastreamento de contactos nos oito países nos quais o inquérito foi realizado constata-se que a maioria da população optou por não instalar, ou desconhecia a existência da aplicação verificando-se a utilização frequente mais baixa em Portugal (8%) e a mais elevada na Alemanha (32%). Para além dos fatores culturais de cada país, as variações nas funcionalidades das aplicações parecem também ter motivado diferentes níveis de adesão nos vários países: os que optaram por implementar aplicações mais avançadas (que permitiam não só o rastreamento de contactos mas também um conjunto de outras funcionalidades como, por exemplo, a evolução e monitorização de sintomas, informação epidemiológica regional relativa à evolução da pandemia, encomenda de testes COVID-19, receção de resultados de análises e acompanhamento dos dias em falta para o final do período de quarentena) revelaram vantagens e aumentaram a utilidade das aplicações do ponto de vista do cidadão. No entanto, e uma vez que os produtos mais avançados e funcionais correspondiam a aplicações desenvolvidas pela Apple e pela Google, as preocupações com os riscos associados à privacidade aumentaram e parecem ter contribuído para atenuar o efeito de uma maior adesão em países com aplicações mais sofisticadas e funcionais.

As caraterísticas pessoais dos inquiridos revelaram-se também fortes condicionantes à adesão. A idade é apontada como um fator determinante, verificando-se que a instalação da aplicação foi mais comum entre as faixas etárias mais jovens (entre os 18 e os 24 anos, 56% dos inquiridos reportaram ter a aplicação instalada em janeiro de 2022 enquanto na faixa etária acima dos 65, apenas 45% tinham a aplicação instalada). No entanto, e apesar do menor volume de instalações, as faixas etárias mais velhas reportaram níveis de utilização frequente da aplicação mais elevados: na faixa etária acima dos 65 anos, 19% dos inquiridos reportaram utilizar a aplicação frequentemente, o que corresponde a cerca de 42% daqueles que tinham a aplicação instalada. Entre os mais jovens (dos 18 aos 24 anos), apenas 12% reportaram utilizar a aplicação frequentemente, o que corresponde apenas a 22% daqueles que tinham a aplicação instalada. ‘A dualidade verificada entre “ter a aplicação instalada” e “usar a aplicação frequentemente” reflete, provavelmente, os trade-offs que as diferentes gerações enfrentam. Por um lado, o custo associado à instalação da aplicação tende a ser inferior nas faixas etárias mais novas, dada uma maior facilidade e utilização de smartphones. Por outro lado, os níveis de receio com a pandemia tendem a ser mais elevados entre os mais velhos, mais em risco de doença grave e com maior risco de mortalidade. A combinação destes fatores pode explicar a dualidade observada: após o esforço necessário para instalar a aplicação entre os mais velhos, é expectável que os mesmos façam uma maior utilização das mesmas. Um custo muito reduzido na instalação da aplicação entre os mais novos pode levar a que muitos instalem a aplicação, sem que a utilizem frequentemente’.

A escolaridade e nível de rendimento foram ainda identificadas como condicionantes na adoção das aplicações revelando uma utilização superior junto das classes socioeconómicas mais favorecidas, tipicamente com níveis de escolaridade e de rendimento superiores. Sendo a carga de doença tipicamente superior junto das classes socioeconómicas mais desfavorecidas (mais potencialmente sujeitas a riscos elevados fruto de um maior volume de contactos sociais, resultantes de menos trabalho remoto e maior exposição, por exemplo, em transportes públicos) os dados recolhidos permitem, também aqui, identificar um trade-off entre os custos e o benefício da utilização da aplicação uma vez que nas classes económicas mais favorecidas, os benefícios da utilização da aplicação são potencialmente inferiores aos benefícios de classes económicas menos favorecidas. No entanto, e apesar do benefício ser superior para os grupos mais desfavorecidos, o custo da sua utilização também tende a ser superior, uma vez que requer níveis de literacia digital elevados e equipamentos compatíveis.

Os dados recolhidos permitem ainda aferir diferenças significativas nos níveis de utilização da aplicação entre os cidadãos vacinados e não vacinados: menos de metade da população vacinada reportou não ter a aplicação instalada enquanto no grupo da população não vacinada este indicador atinge os 80%. Mais uma vez, é revelado um trade-off de custo-benefício na utilização da aplicação que sinaliza, no grupo dos não vacinados, preocupações com intrusão, falta de segurança de dados pessoais e ainda uma baixa perceção de risco de contágio.

A concordância dos cidadãos com a utilização deste tipo de mecanismos de controlo dita ainda o nível de instalação e utilização da aplicação que cresce substancialmente com o apoio dos cidadãos à utilização das mesmas, revelando a extrema importância do apoio da população a este tipo de medidas.

Por último, as dinâmicas familiares condicionam também os níveis de utilização da aplicação revelando, embora de forma pouco significativa, que os níveis de instalação e utilização da aplicação são maiores entre agregados familiares com membros de risco elevado.

A identificação dos principais fatores que contribuíram para a baixa adesão nos diversos países sugere um conjunto de intervenções que poderiam ter contribuído para uma maior adoção. Segundo os investigadores ‘a eventual necessidade de utilização deste tipo de mecanismos no futuro terá de ser acompanhada de intervenções específicas junto dos grupos da população com maior resistência.  O equilíbrio entre os custos e os benefícios é determinante para induzir a adoção individual que, por sua vez, é condição necessária para que se atinja um efeito rede, obtido através de uma escala mínima – sem a qual a aplicação não tem utilidade relevante’.

Pela primeira vez
A NTT DATA anunciou a conclusão do projeto de otimização da sequenciação genética através de tecnologia quântica. Este passo...

O projeto explorou a capacidade e viabilidade de utilização da Computação Quântica para a sequenciação do genoma, comparando abordagens quânticas e não quânticas, ao mesmo tempo que abordava um problema de construção de genomas num ambiente que simulava as condições do mundo real. Os cientistas conseguiram identificar variações genéticas associadas a certas doenças e condições clínicas através da sequenciação e da reconstrução do genoma humano. Estas informações podem ser usadas para desenvolver novos tratamentos e terapias dirigidas às causas genéticas subjacentes à doença.

A colaboração entre a NTT DATA Espanha, NTT DATA Brasil e o NTT DATA Center for Quantum Innovation consistiu em implementar e comparar algoritmos de computação clássica - não quântica - e quântica com base em duas abordagens.

A solução Gurobi – uma das mais poderosas opções para resolver problemas de otimização combinada – e o algoritmo Simulated Annealing foram usados na abordagem clássica. A tecnologia de reconhecimento quântico, com qubits supercondutores da D-Wave foi utilizada na abordagem quântica. O CIM (Coherent Ising Machine) da NTT Research simulou a tecnologia. A comparação baseou-se na medição de indicadores de eficiência computacional, exatidão e escalabilidade.

O mesmo conjunto de dados foi utilizado como referência para a prova de conceito e para a comparação. Em concreto, a sequenciação do genoma bacteriófago phiX174 foi gerada sinteticamente, o que permitiu simular diferentes cenários de teste e a comparação dos indicadores de referência.

Embora os resultados decorrentes da prova de conceito revelem que abordagens puramente quânticas ainda apresentam dificuldades em lidar com grandes problemas, à medida que a capacidade computacional aumenta, é possível observar uma melhoria substancial no tempo de processamento, dependendo do tamanho do problema, passando de exponencial em sistemas tradicionais para quase linear em sistemas quânticos. Uma abordagem híbrida, combinando técnicas clássicas e quânticas e tecnologia semelhante à da D-Wave, pode competir com técnicas tradicionais como a Gurobi, na medida em que é capaz de encontrar soluções ótimas para todos os cenários, incluindo os maiores. Estes resultados são muito promissores e sugerem que a computação quântica pode ser uma alternativa viável aos métodos clássicos para resolver grandes problemas de otimização em biologia, saúde e outras áreas.

David Montal, Head of Pharma & Life Sciences, e Jose Aznar, líder do projeto e Head of Health Innovation da NTT DATA EMEAL afirmam: “Este teste de conceito é o primeiro do género a utilizar tecnologias quânticas na indústria da Saúde. Embora a utilização de tecnologias quânticas ainda esteja numa fase muito embrionária, a sua aplicabilidade a médio e longo prazo será decisiva em áreas como a genética, processamento de imagens digitais e análise de dados de saúde em tempo real, onde a eficiência e a capacidade de processamento são fundamentais.”

Ricardo Constantino, Partner, Head of Public Sector & Health da NTT DATA Portugal, acrescenta que “A medicina personalizada terá um papel importante na prestação dos cuidados de saúde, pelo que a disponibilização de serviços que possam tornar a sua utilização mais eficiente é essencial, O teste da tecnologia quântica é importante para validar e identificar os campos de utilização desta tecnologia na área da genética.”

Dia dos Avós | 26 de Julho
A Saúde Oral é um dos indicadores importantes da nossa saúde global.

Segundo o Barómetro da Saúde Oral de 2022, desenvolvido pela Ordem dos Médicos Dentistas, 67.4% dos portugueses visitam o médico dentista, apenas uma vez por ano. Com o passar dos anos, a probabilidade de desenvolver doenças na boca aumenta, o que torna a aposta na prevenção ao longo da vida uma decisão essencial. 

A população sénior e o papel do cuidador

Com o aumento mundial da esperança média de vida, há uma necessidade acrescida de atuar com mais incisão e cuidado nesta faixa etária. Não só porque normalmente têm outras patologias sistémicas associadas, mas também, porque têm um aumento acrescido da dificuldade de destreza na realização da sua higiene oral e mobilidade/deslocação a um profissional de saúde, estando assim mais dependentes da ajuda de terceiros.

O cuidador tem um papel fundamental a ajudar o sénior a manter uma correta higienização da sua boca e na ajuda a deslocar-se com regularidade a consultas de medicina dentária. Assim, irá contribuir para o seu bem-estar e aumento da sua auto-estima, contrariando a crença popular que envelhecer é sinónimo de perda da dentição. Contudo, relativamente à faixa etária de mais de 65 anos, segundo o III Estudo Nacional de Prevalência das doenças orais (2015), apenas 53,2% escova os dentes 2 ou mais vezes por dia e 82,9% nunca utiliza o fio dentário.

Em resumo, contrariando estes dados, com uma boa higiene oral e visitas frequentes ao médico dentista, os dentes podem durar a vida toda.

Quais as consequências de uma má higienização oral nos seniores?

Segundo a FDI, estima-se que 2,3 mil milhões de pessoas de toda a população mundial apresente cáries dentárias em dentes definitivos, sendo esta uma das principais causas da destruição e perda dos dentes. Esta situação tem graves consequências a nível físico e emocional.

Com a perda de dentes, a mastigação torna-se mais difícil, verificando-se a tendência de escolher alimentos mais fáceis de mastigar e, consequentemente, um aumento do desequilíbrio nutricional e possibilidade do aparecimento ou agravamento de outras doenças sistémicas. Quanto ao nível emocional, a falta de dentes afeta tanto a auto-estima, como a dificuldade de comunicação interpessoal, o que pode criar mais isolamento social e, em alguns casos, levar à depressão.

A falta de higiene pode também provocar o aparecimento de doenças inflamatórias dos tecidos de suporte dos dentes. Inicialmente nas gengivas (gengivite), avançando, se não for tratada, para os tecidos mais profundos, nomeadamente o osso e o ligamento periodontal, conduzindo a periodontite. A doença periodontal é também uma das principais causas da perda de dentes. Cerca de 39,4% da população com mais de 65 anos (III Estudo Nacional de Prevalência das doenças orais - 2015) apresenta hemorragia gengival e pelo menos, 15,3% apresenta periodontite.

Como evitar estas consequências?

O segredo para manter uma boa saúde oral passa pela prevenção e por uma rotina de higiene adequada às necessidades. Hábitos fundamentais:

  • Escovar os dentes duas vezes por dia, de manhã e à noite.
  • Trocar de escova de dentes de 3 em 3 meses.
  • Usar pasta de dentes com flúor, que torna os dentes mais fortes e previne as cáries.
  • Limitar o consumo de alimento e bebidas açucaradas, principalmente entre refeições.
  • Consultar o seu médico dentista com regularidade.
  • Se usar prótese dentária, deve escová-la diariamente, de forma a eliminar os resíduos e bactérias acumuladas, prevenindo assim, o aparecimento de outro tipo de doenças. 

Soluções de reabilitação oral

Existem várias soluções que vieram revolucionar a medicina dentária e ajudar na reposição dos dentes perdidos.

Os implantes dentários, por exemplo, são colocados no osso por baixo da gengiva, ajudam a estabilizar próteses e coroas, permitindo mais conforto na mastigação e confiança para voltar a sorrir. Além destas vantagens, o processo de recuperação é bastante rápido.

As próteses removíveis dentárias são também uma solução para preencher o espaço deixado pela perda de dentes. Estas próteses devem ser removidas para higienização e são uma solução mais económica, mas que ajudam igualmente a melhorar a mastigação e a recuperação da estética do sorriso.

Outra opção, quando as raízes dos dentes ainda estão saudáveis, são a colocação de coroas ou pontes fixas sobre essas raízes.

Conclusão

Os séniores têm neste momento novos objetivos e metas mais desafiantes a atingir, o que antigamente não acontecia. Uma higienização correta, a consulta regular com o seu médico dentista e a reabilitação de zonas desdentadas/cariadas contribui tanto a nível funcional como emocional para ajudar a atingir esses resultados e melhorar substancialmente a qualidade de vida.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
38.º Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promoveu, no passado dia 13 de julho, o 38...

Esta iniciativa, realizada em formato híbrido, contou com um grupo restrito de especialistas nas instalações da entidade anfitriã, a APORMED – Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos. APORMED, Zebra, The Leeds Teaching Hospitals (NHS Trust) e GS1 Portugal analisaram os desafios e as tendências no setor da saúde, nomeadamente no âmbito da regulamentação, inovação e sustentabilidade.

Regulamentação dos Dispositivos Médicos

Após a intervenção de João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal, que marcou o arranque do evento, Ana Domingos, Regulatory Affairs Specialist da APORMED, partilhou as atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos.

Debruçando-se sobre o “estado da arte” em Portugal, nomeadamente no que diz respeito à inovação e à competitividade da indústria dos dispositivos médicos no processo, tendo em conta a intervenção dos organismos notificados, Ana Domingos reflete: “Se estamos a dificultar tanto estes processos e não temos organismos para certificar os produtos, alguma empresa quer investir (…) e pagar taxas sem fim para colocar aqui os produtos ou há outros mercados mais fáceis?”.

A Regulatory Affairs Specialist da APORMED relata que 24 Ministros da Saúde da União Europeia propuseram a aplicação de medidas legislativas que permitissem otimizar o Regulamento dos Dispositivos Médicos, mas, ainda assim, este processo está repleto de desafios.

A Visão do Solution Provider na Cadeia de Abastecimento da Saúde

Posteriormente, João Ramos, Territory Account Manager da Zebra, e Thomas Duparque, Healthcare Business Development EMEA da mesma organização, apresentaram o ponto de vista do Solution Provider no setor da saúde.

A Zebra oferece soluções de digitalização em toda a cadeia de abastecimento, desde o laboratório até ao paciente. Nesse sentido, João Ramos destaca que o seu papel é fundamental para garantir que os processos de comunicação e gestão de stocks acontecem de forma ágil e segura. “O número de patentes que temos registadas representa um compromisso muito grande e constante para com a profissionalização do processo”, que, por sua vez, contribui para a eficiência das cadeias de valor e para a inovação tecnológica no setor da saúde, explica.

Em Portugal, a falta de profissionais de saúde, bem como a percentagem elevada de população envelhecida que procura serviços primários de saúde, acarreta inúmeros desafios e, por isso, a digitalização e a existência de dispositivos médicos capazes de responder a esta procura são fundamentais.

Tendo isto em conta, Thomas Duparque acrescentou que um dos grandes objetivos e desafios da Zebra passa por “tentar tornar o trabalho dos profissionais de saúde mais eficiente, promovendo a segurança do paciente e reduzindo o erro médico”. Os hospitais em Portugal têm bons níveis de digitalização, notórios a nível global, no entanto, o processo de investimento em certificação digital ainda é moroso, mostrando pouca maturidade digital. “Ainda há trabalho a fazer nesse aspeto”, conclui o Healthcare Business Development EMEA da Zebra.

 

Implementação do Programa Scan4Safety

De seguida, Mark Songhurst, WYAAT Scan4Safety Project Manager do The Leeds Teaching Hospitals (NHS Trust), abordou a perspetiva internacional sobre o uso dos standards GS1 para a codificação de produtos nas cadeias de valor, através do programa Scan4Safety.

Este programa visa melhorar a segurança dos doentes, a rastreabilidade, a produtividade operacional e a eficiência da cadeia de abastecimento. Nos últimos sete anos, tem vindo a ser implementado em grande escala no seguimento de dois incidentes ocorridos em 2012, no Reino Unido, que trouxeram ao de cima as vulnerabilidades dos sistemas hospitalares.

Mark Songhurst afirma que esses incidentes foram o impulso para a adoção deste programa em busca da melhoria da eficiência e segurança dos processos hospitalares. “Utilizamos os standards GS1 para facilitar a recolha dos produtos” e graças a este projeto, atualmente, “é possível detetar todos os produtos com defeito em menos de duas horas e melhorar a segurança do paciente”, acrescenta, reforçando a importância dos standards e da codificação no setor.

Redução da Pegada de Carbono na Cadeia de Valor

Por fim, a importância da redução da pegada de carbono na cadeia de valor da saúde, foi o principal tópico da intervenção de Gonçalo Dias, Gestor de Projetos da GS1 Portugal.

Gonçalo Dias reforçou a necessidade de investir na literacia para a sustentabilidade no setor da saúde, nomeadamente no que diz respeito ao tratamento de resíduos, e na criação de dispositivos mais eficientes, que utilizem menos energia e consigam resistir a climas mais extremos. “Cada vez mais, podemos observar cenários extremos a nível climático, pelo que é importante promover infraestruturas resilientes, que tenham capacidade de dar resposta a esses mesmos eventos”, sublinha.

Ainda no âmbito da sustentabilidade, o Gestor de Projetos da GS1 Portugal relembrou a iniciativa Lean & Green, a maior plataforma europeia de colaboração com vista à redução de emissões de CO2 associadas às operações logísticas e de transportes, que visa incentivar as empresas a alcançar um nível de sustentabilidade mais elevado, pela redução da pegada carbónica. Este projeto da GS1 Portugal atua como um “catalisador para a inovação que permite preparar-nos para o futuro”, conclui.

O encerramento do evento foi da responsabilidade de Sofia Perdigão, Healthcare Manager na GS1 Portugal.

Vida saudável
É já nos dias 26 e 27 de julho que o Parque Atlântico sensibiliza os seus visitantes para a importância da adoção de hábitos de...

Na próxima quarta e quinta-feira, dias 26 e 27 de julho, o Parque Atlântico junta-se ao Centro de Saúde de Ponta Delgada para uma ação de rastreio gratuitos que sensibiliza a comunidade para a importância da adoção de hábitos de vida saudável. As avaliações decorrem no piso 0, do Parque Atlântico, entre as 16h e as 21h.

Durante o rastreio, os participantes realizam várias medições que visam avaliar a sua saúde. Os exames incluem parâmetros como o Índice de Massa Corporal e Tensão Arterial, o peso, a idade e a altura, mas também são avaliados outros parâmetros como hábitos tabágicos, alimentares e de exercício e uma avaliação da saúde mental.

Para esta ação vai estar presente no Parque Atlântico uma equipa multidisciplinar do Centro de Saúde de Ponta Delgada com profissionais de saúde composta por médicos e enfermeiros, um nutricionista, um fisioterapeuta e um profissional de coaching. Esta ação de rastreio, não substitui uma consulta média.

Entre 20 e 22 de julho, na Universidade Católica Portuguesa no Porto
Investigadores, académicos, estudantes e profissionais da área da educação vão estar na Faculdade de Educação e Psicologia da...

Ilídia Cabral, docente da Faculdade de Educação e Psicologia e presidente da comissão organizadora do Seminário Internacional, refere “a educação escolar é, atualmente, atravessada por várias tensões e desafios, como a compulsividade e o abandono, o acolhimento de todos e as aprendizagens de cada um, o projeto societário e a integração comunitária, a vivência escolar e a formação para a vida adulta, o currículo prescrito e o currículo oculto, a forma escolar e as modalidades de educação não formal.” A área da educação entronca-se, ainda, com diferentes áreas e domínios do conhecimento e da ação e articula-se com territórios geográficos, sociais e culturais com especificidades próprias.

A pandemia recentemente vivida veio acentuar algumas destas tensões e colocar novos desafios às escolas e às instituições educativas, nomeadamente ao nível das potencialidades da tecnologia e da inovação pedagógica para o desenvolvimento humano, das escolas enquanto organizações educativas e dos territórios em que elas se inserem.

Durante três dias, investigadores, académicos, estudantes e profissionais da área da educação de sete países diferentes, através de mais de 100 comunicações, vão ter a oportunidade de debater temas como: Uma Avaliação ao Serviço do Desenvolvimento Humano; Inovação Pedagógica e Avaliação: tensões e desafios; Lideranças, Culturas organizacionais e Aprendizagens; Liderança e educação de qualidade: ensinar como um esforço colaborativo.

O Seminário Internacional “Educação, Territórios e Desenvolvimento Humano" realiza-se na Universidade Católica Portuguesa, no Porto, entre os dias 20 e 22 de julho de 2023.

 

E com que resultados?
O AVC é uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade adquirida na idade ad

Assim, torna-se cada vez mais importante proporcionar-lhes a melhor reabilitação possível em tempo útil. Isto é, quando as lesões que sofreram ainda estão em processo recuperação neurológica, de forma a que, através de uma intervenção multimodal e multiprofissional em Medicina Física e de Reabilitação, possamos potenciar a reabilitação da funcionalidade e prevenir a adopção de estratégias mal adaptativas ou o aparecimento de complicações secundárias que venham agravar o prognóstico funcional e mesmo vital.

Para que os sobreviventes de AVC cheguem de forma atempada aos serviços dos Centros de Reabilitação, para serem integrados em programas multimodais, multiprofissionais e intensivos, a referenciação dos mesmos deve ser célere e criteriosa. Por outro lado, às equipas destes serviços, compete-nos trabalhar de forma concertada e focada nos objetivos de cada utente e seus próximos. Procurando assim potenciar as melhorias funcionais e as adaptações sociais e ambientais necessárias à redução do grau de limitação funcional e social, para possibilitar o retorno do sobrevivente de AVC ao seu domicílio e ao seu contexto social o mais precocemente e com menor número de alterações possíveis.

Somos serviço de reabilitação que trata o maior número de doentes com sequelas de AVC para reabilitação em regime de internamento a nível nacional (Serviço de Reabilitação de Adultos 3, do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão). Na senda da melhoria contínua dos serviços prestados e dos resultados obtidos com o nosso trabalho, realizámos o trabalho científico cujo resumo aproveitamos para partilhar neste fórum, e que já partilhámos no Congresso Mediterrânico de MFR de 2023, em Roma, mas voltaremos a partilhar em mais detalhe no próximo Congresso da Sociedade Portuguesa de MFR, em setembro próximo:

O estudo intitulado “Quando chegam e quanto melhoram os doentes com sequelas de AVC num Centro de Reabilitação?”, pretendeu analisar os doentes internados por sequelas de AVC no Serviço de Reabilitação de Adultos 3 do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (SRA3-CMRA) durante o ano de 2022. Os principais objetivos foram: investigar as características sociodemográficas dos pacientes, determinar a proporção de casos de AVC isquémico e hemorrágico, analisar os tempos de espera e de internamento, bem como os ganhos em funcionalidade e o destino dos após a alta.

Da base de dados de todos os doentes internados no CMRA ao longo de 2022, foram analisados os adultos internados no SRA3-CMRA por sequelas de AVC.

O Serviço internou 333 doentes com sequelas de AVC em 2022: 63% masculinos, em média com 60,6 anos de idade; 32% AVC hemorrágicos e 68% AVC isquémicos.

À admissão, no primeiro internamento a Medida de Independência Funcional - MIF foi, em média, 72.8/126.

O número de dias desde o AVC até à primeira Consulta no SRA3-CMRA para primeiro internamento foi de 50 dias e desde a primeira consulta até à admissão no internamento foi, em média, 34 dias, ou seja, em média os utentes chegaram ao internamento de MFR 84 dias após o evento cerebral.

O tempo médio de internamento no SRA3-CMRA foi de 64 dias e a evolução da funcionalidade desde a admissão até à alta, medida pela MIF, foi, em média, de 15 pontos. Após a alta hospitalar, 87% dos pacientes regressaram ao domicílio (22% com apoio domiciliário).

Os resultados descritos não são ideais no respeitante aos tempos de espera, mas podemos verificar que, em 2022, o SRA3-CMRA admitiu os doentes para primeiro internamento antes dos 3 meses (ainda na janela post-aguda) após o evento e a evolução da MIF foi de 1 ponto a cada 5 dias, demonstrando eficácia do Programa de Reabilitação intensivo realizado em regime de internamento. Apenas 1/5 dos casos corresponderam a re-internamentos e nesses casos verificou-se uma melhoria de 11 pontos na MIF (1 ponto a cada 7 dias), o que revela: seleção criteriosa de doentes, com necessidade/potencial para melhorar mais num segundo episódio de internamento. O facto de estes reinternamentos terem ocorrido em média 14 meses depois do AVC, veio demonstrar que em casos selecionados, podemos continuar a obter melhoria funcional com programas de reabilitação após a marca dos 12 meses.

A grande maioria dos pacientes (87%) teve alta para o domicílio após a alta, revelando que os resultados funcionais conseguidos permitiram em geral a integração no contexto prévio e que incluir nas equipas de reabilitação os técnicos de serviço social é relevante.

Continuaremos a trabalhar com todos os parceiros envolvidos na referenciação atempada e, internamente, na agilização dos processos administrativos e dos programas de reabilitação.

A nossa missão é a de otimizar os resultados logrados pelos nossos utentes e diminuir os impactos negativos do AVC nas suas vidas, nas dos seus próximos e na sociedade em geral.

Autores:

Dr. Jorge Jacinto - Médico Especialista de MFR e membro da SPAVC

Dra. Joana Saldanha- Médico Interno do IFE de MFR

Dr. António Neto - Médico Interno do IFE de MFR

Dr. Daniel Cardoso - Médico Especialista de MFR e membro da SPAVC

Serviço de Reabilitação de Adultos 3

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Diretor de Serviço: Dr. Jorge Jacinto

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Já são mais de 800 os doentes incluídos em estudos clínicos
Todos os anos, milhares de pessoas são diagnosticadas com doenças que podem necessitar de tratamento com recurso a transplante...

No entanto, este tipo de transplante apresenta algumas limitações, já que cerca de 10.000 a 15.000 doentes por ano não conseguem encontrar, entre os milhões de dadores listados a nível mundial, um dador de medula óssea compatível e, além disso, há ainda pessoas para quem, devido à rápida progressão da doença, o tempo para encontrar um dador compatível seja um fator crítico.

Por sua vez, o sangue do cordão umbilical tem-se estabelecido como uma alternativa à medula óssea, tornando a transplantação hematopoiética acessível a um maior número de doentes. De acordo com os registos, já se realizaram 60 mil transplantes de sangue do cordão umbilical em crianças e adultos para o tratamento de mais de 90 doenças.

“A colheita fácil e indolor desta fonte de células estaminais, a disponibilidade imediata para transplante, a maior tolerância nos fatores de compatibilidade HLA e o menor risco de doença do enxerto contra o hospedeiro, são algumas das vantagens dos transplantes de sangue do cordão umbilical” sublinha Carla Cardoso, diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

A quantidade limitada de células de algumas amostras era, até há bem pouco tempo, o grande desafio da transplantação com sangue do cordão umbilical. Contudo, esta limitação foi ultrapassada com a aprovação, por parte da agência norte americana do medicamento (FDA), a uma das metodologias de expansão, em laboratório, das células do sangue do cordão umbilical, com um produto de terapia celular (omidubicel).

Já são mais de 800 os doentes incluídos em estudos clínicos sobre novas aplicações terapêuticas do sangue do cordão umbilical, sendo a descoberta de que a administração de sangue do cordão umbilical a crianças com paralisia cerebral está associada a melhorias na função motora decorrentes do aumento da conectividade cerebral total, observada após infusão de sangue do cordão umbilical, um dos avanços mais importantes na área da medicina regenerativa com sangue do cordão umbilical.

Desta forma, o sangue do cordão umbilical não só é importante na área da transplantação hematopoiética, como a sua crescente utilização em novas aplicações clínicas vem reforçar o valor terapêutico desta fonte de células estaminais.

Resultados do inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão”
Nove em cada dez portugueses afirmam que se fossem aconselhados a ir a um psiquiatra, iriam. Um resultado revelado nas...

Nesta questão destacam-se os inquiridos do Alentejo que são unânimes (100%) em afirmar que iriam a este tipo de especialista sem qualquer tipo de constrangimento. Esta é também a região do país em que mais inquiridos (90,2%) assumem que tomariam um antidepressivo se este lhes fosse receitado, embora 80,5% considerem que este tipo de medicamentos causa dependência.

Considerando estes resultados, e na opinião de Susana Almeida, médica psiquiatra, «o facto de 9 em 10 pessoas afirmarem procurar a psiquiatria para a abordagem clínica da depressão, se a tal fossem aconselhadas, está em concordância com a significativa maioria dos inquiridos revelar ter adequada perceção da depressão como uma doença (86,2%), para a qual o tratamento é relevante (94,8%). A perceção da depressão como doença, implica que seja tido em conta o seu maior risco, o risco de suicídio, um grave e sério problema de saúde pública. Atenta ao facto de, em Portugal, o Alentejo ser a região paradigmática deste fenómeno, inequivocamente associado a depressão não identificada ou não tratada, é compreensível que os inquiridos desta região se tenham mostrado mais sensíveis à necessidade do correto diagnóstico e necessário tratamento desta doença e, por tal, tenham sido unânimes ao considerar procurar a psiquiatria, sem qualquer constrangimento. De igual modo se compreende que 90,2% tenham assumido tomar um antidepressivo, caso lhe fosse prescrito, independentemente de considerarem que esta medicação causa dependência (80,5%).»

Além da posição dos portugueses sobre as consultas de psiquiatria, o estudo quis ainda perceber qual a perceção dos inquiridos em relação às terapêuticas para a depressão. São vários os efeitos indesejáveis que os portugueses associam à toma de antidepressivos e que segundo o inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão”, mostram que a sonolência (70,5%), a dependência (64,9%), as alterações de peso (47,2%), a lentificação de raciocínio (44,9%) e as alterações na vida sexual (37,3%) continuam a ser os mais citados e identificados com este tipo de tratamento.

Para Maria Moreno, médica psiquiatra, estes resultados são reveladores de como em Portugal ainda são encarados os antidepressivos e da importância de salientarmos os seus benefícios no âmbito da saúde mental: «O medo da Psiquiatria persiste. Os antidepressivos ainda têm rótulos errados. Apenas 7 em 10 portugueses tomavam um antidepressivo se este lhes fosse prescrito e tanto quanto 7 em cada 10 portugueses associa a sonolência e a dependência como os efeitos secundários mais comuns dos antidepressivos. Os antidepressivos não dão dependência (não têm essa capacidade). A maioria dos antidepressivos que prescrevemos, hoje em dia, são ativadores pelo que a sonolência não é de todo um efeito secundário comum. Muitas pessoas entram no consultório e pedem “Não quero ficar zombie”, “Quero conseguir funcionar, preciso muito de trabalhar”. Costumo dizer que se fosse medicar alguém para ficar pior estaria a trabalhar muito mal.» Por outro lado, e conforme sublinha a psiquiatra «o objetivo é a pessoa retomar a sua funcionalidade e maximizar o seu potencial. Os efeitos secundários vão surgir às vezes, mas é para isso que servem as consultas de seguimento – para chegarmos a uma medicação que melhora os sintomas e não provoca outros menos bons. O medo dos antidepressivos faz com que muitas vezes as pessoas abandonem a medicação antes do tempo e, por causa disso, haja recorrências. Todos sabemos que quando tomamos um antibiótico, mesmo depois de melhorarmos, devemos continuar a fazer tudo certinho até terminar a caixa. Mas, por alguma razão, ainda não conseguimos aplicar a mesma regra aos antidepressivos. Há um tempo certo para iniciar a medicação e um tempo certo para a deixar.»

O mesmo inquérito revela também que a maioria dos portugueses (94,8%) defende que o tratamento para a depressão é de extrema importância, contudo quando questionados se tomariam um antidepressivo se lhes fosse receitado, dois em cada 10 dá uma resposta negativa.

Por outro lado, os dados salientam ainda que são os mais jovens e o público feminino que afirmam ter um maior conhecimento sobre depressão. Mas, são também os mais jovens (18 aos 24 anos) os mais céticos em relação à toma de antidepressivos, cerca de 30% afirmam que não iam tomar antidepressivos se lhes fossem receitados e também são os que afirmam em maior número que este tipo de medicamento causa dependência.

O inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão” foi promovido pela Lundbeck Portugal e envolveu um total de 1.215 inquiridos, telefonicamente, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro de 2022. Todos os indivíduos inquiridos são maiores de idade e residem em território nacional. A margem de erro do estudo é de 2,81% para um intervalo de confiança de 95%.

Em julho assinala-se o Mês dos Miomas Uterinos
No Mês dos Miomas Uterinos, assinalado em julho, a Gedeon Richter Portugal alerta a comunidade para a urgência de se...

É um tumor benigno com prevalência elevada em mulheres em idade fértil, podendo atingir os 70% nas mulheres à volta dos 50 anos.  30-50% das mulheres com miomas têm sintomas que afetam significativamente a qualidade de vida.

O impacto da doença ultrapassa as consequências da hemorragia menstrual abundante e da dor ou compressão pélvica, podendo levar a outros quadros com influência na saúde física e psicológica, nomeadamente infertilidade, complicações obstétricas, perturbação na vida sexual da mulher e absentismo laboral.

Para Maria Geraldina Castro, ginecologista, Diretora Médica da Gedeon Richter Portugal e membro do Núcleo de Ecografia Ginecológica da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, “torna-se urgente esclarecer e desmitificar esta doença. É preciso que estas mulheres percebam que não estão sozinhas e que devem procurar ajuda numa fase precoce, sobretudo em idade fértil. Trata-se de uma doença comum, benigna, mas que pode influenciar muitos aspetos importantes da vida de uma mulher e do seu parceiro. Os números falam por si e uma em cada quatro mulheres em idade reprodutiva tem miomas uterinos. Na dúvida, devem sempre procurar o médico assistente e não desvalorizar os sintomas, que muitas vezes entendem como sendo normais.”

Para ver e ouvir opiniões e dicas de vários especialistas, testemunhos de mulheres em Portugal e no mundo, afetadas com esta patologia, consulte a plataforma falardemiomas.pt.

 

Solução integra tecnologia que facilita a captura de gases anestésicos
O Hospital de São Sebastião, E.P.E., em Santa Maria da Feira, que integra o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E,...

Dos três anestésicos inalatórios mais utilizados em procedimentos cirúrgicos, em regime de internamento ou ambulatório, apenas uma pequena fração (menos de 5%) é metabolizada pelo doente e, quando exalados, permanecem no ar e contribuem para a emissão de gases de efeito de estufa na atmosfera. Os coletores desenvolvidos que se ligam aos ventiladores permitem a captura 99%1 do gás anestésico halogenado exalado do doente no bloco operatório, prevenindo a sua libertação na atmosfera. Depois de cheios são substituídos por novos coletores e recolhidos para processamento numa unidade especializada. O gás capturado pelo coletor é extraído, separado e esterilizado para ser utilizado como nova substância ativa para gases anestésicos. Uma vez purificado e reembalado, no futuro, espera-se que seja novamente distribuído nos hospitais, em novas embalagens, criando um sistema completo de economia circular.

Com esta tecnologia de captação de gases, os hospitais podem optar por um anestésico inalatório com base nos benefícios clínicos que melhor respondem às necessidades do doente e aos objetivos de sustentabilidade aliados aos cuidados de saúde.

Dulce Brito, responsável pelo Grupo de Trabalho “CHEDV – Uma instituição Hospitalar Verde” do CHEDV refere que “A utilização desta solução inovadora trará benefícios não apenas para o doente, que se refletirão na melhoria dos resultados clínicos, ao mesmo tempo que dará resposta aos desafios de redução de resíduos e da sustentabilidade ambiental”.

Embora a utilização de agentes anestésicos inalatórios tenha um contributo relativamente reduzido para a emissão de gases com efeito de estufa quando comparada com outros procedimentos, a Baxter está a dedicada a investigar tecnologias inovadoras que permitam reduzir estas emissões. "Na Baxter trabalhamos em conjunto com os hospitais no sentido de aumentar a sua eficiência, ao mesmo tempo que desenvolvemos soluções inovadoras que permitem reduzir o impacto ambiental e contribuem para a sustentabilidade da cadeia de valor, assim como para salvar e prolongar a vida do doente”, recorda Filipe Granjo Paias, Country Lead da Baxter Portugal.

“A aposta na sustentabilidade dos recursos, dos procedimentos, das técnicas e dos equipamentos utilizados é uma preocupação crescente do CHEDV, tendo sido reconhecido com uma menção honrosa na categoria “Excellence Award for Green Hospitals”, na edição de 2022 do Congresso da Federação Internacional dos Hospitais (IHF-International Hospital Federation)”, acrescenta [Marcos Pacheco, Director do Serviço de Anestesiologia do CHEDV.

Risco de encerramento da unidade de diálise TECSAM
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) manifesta a sua preocupação com o possível fecho da unidade de diálise...

“Estamos a acompanhar este caso com grande consternação. Por mais de duas décadas, a TECSAM deu resposta aos doentes insuficientes renais crónicos de Vila Real, proporcionando-lhes cuidados de saúde indispensáveis para sobreviverem, uma vez que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não dispunha de meios para o fazer”, explica Rui Filipe, nefrologista e vice-presidente da ANADIAL.

Em Portugal, os Centros de Diálise privados são responsáveis por cerca de 93% dos tratamentos de hemodiálise realizados às pessoas com doença renal crónica submetidas a esta terapêutica de substituição.

“Ao longo dos últimos 40 anos, têm sido os prestadores privados que verdadeiramente asseguram a hemodiálise, absolutamente vital para a sobrevivência destes cidadãos, participando assim na missão do SNS e fazendo-o de forma eficaz, com um custo controlado e com qualidade largamente reconhecida como das melhores ao nível mundial”, reforça Serafim Guimarães, nefrologista e membro da Direção da ANADIAL.

Nos últimos anos, o setor da diálise debate-se com a inexistência de diálogo por parte do Ministério da Saúde, desconhecendo-se totalmente qual seja a estratégia do Governo nesta área da saúde.

“Consideramos preocupante o Ministério da Saúde não estar disponível para dialogar com as empresas que asseguram o tratamento da maioria dos insuficientes renais crónicos no nosso país. A situação que a TECSAM de Vila Real está a viver é um exemplo vivo das dificuldades que o sector tem vindo a sofrer, para as quais temos tentado alertar o Ministério e que carecem de medidas de revisão prementes”, conclui Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

Atualmente, o setor privado de diálise emprega cerca de 5.500 trabalhadores e é responsável pelo tratamento de 11.974 doentes, em 101 unidades de diálise espalhadas pelo país.

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta
Existe um ditado que diz que ‘os olhos são o espelho da alma’ e, por vezes, podem mesmo revelar muit

A saúde neurológica e a visão andam lado a lado e, quando se trata de distúrbios neurológicos, uma alteração visual pode ser um dos primeiros sintomas da doença.[1] Tal acontece porque a informação visual captada pelos olhos é transportada pelos nervos óticos e restante via visual até à parte posterior do cérebro, responsável por interpretar essa informação e formar imagens. Para uma visão normal, é ainda importante que os dois olhos se movam de forma perfeitamente coordenada.

“Há problemas oculares que podem requerer um tratamento que vai além do uso de óculos ou lentes de contacto. É importante desmistificar que sintomas e sinais de perda de visão nem sempre significam a necessidade de mudar a graduação, ou de começar a utilizar óculos. Por vezes, podem ser um indício de outras patologias não específicas dos olhos, mas que se manifestam neles”, sublinha Rita Flores, médica oftalmologista e presidente da SPO.

Uma queixa visual como perda de visão, central ou periférica, ou visão dupla, que não tenha uma causa intrinsecamente ocular, pode traduzir uma doença neurológica, que revela sintomas nos olhos e tem origem no cérebro, mais concretamente nas regiões com funções responsáveis pela visão. Neste caso, é importante uma avaliação neuro-oftalmológica e investigação complementar.

Lígia Ribeiro, coordenadora do Grupo Português de Neuroftalmologia da SPO, explica que “a neuroftalmologia é a subespecialidade de fronteira entre a Neurologia e a Oftalmologia e está vocacionada para o diagnóstico e tratamento de distúrbios visuais relacionados com doenças do sistema nervoso.[2] O exame neuro-oftalmológico poderá confirmar se determinada queixa visual está (ou não) relacionada com um problema no sistema nervoso central ou periférico, permitindo nalguns casos saber com precisão a localização da lesão.”

Segundo a médica oftalmologista, a intervenção precoce é fundamental para que os sintomas sejam controlados com eficácia e atempadamente, evitando o agravamento do problema e, quando possível, restaurando a visão.

Para que conheça as doenças neurológicas ligadas à perda de visão, a SPO partilha uma lista com as mais comuns[3]:

  1. Esclerose Múltipla – É uma doença inflamatória do sistema nervoso central, que acontece quando o sistema imunológico ataca a substância que reveste as células nervosas (mielina), causando dano e tecido cicatricial na zona afetada, o que pode impedir que o cérebro envie sinais corretamente para todo o corpo. Em 20 a 30% dos doentes, a apresentação inicial da doença é uma nevrite ótica, ou seja, uma inflamação do nervo ótico, que gera desmielinização. Manifesta-se por perda de visão, dor ocular e perceção anormal das cores.3
  2. Acidente Vascular Cerebral (AVC) – Quando ocorre um AVC, o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido ou bloqueado, impedindo que este obtenha o oxigénio e os nutrientes de que necessita. Esta quebra de ligação pode causar a morte das células cerebrais e ter consequências a longo prazo, incluindo na saúde visual.As lesões cerebrais mais posteriores podem provocar ausência de visão em metade do campo visual do lado oposto em ambos os olhos (hemianopsia). Outra das alterações de visão num AVC pode ser a visão dupla, que resulta da perturbação da coordenação dos movimentos oculares, ocorrendo principalmente, em lesões do tronco cerebral. Estas transformações podem ser permanentes.[4]
  3. Doença de Alzheimer – Sendo um distúrbio neurológico, as células nervosas morrem e levam ao comprometimento geral do funcionamento mental. Tanto a doença de alzheimer, como outras demências e ataxias causam a perda de visão por afetarem as regiões do cérebro que processam a informação visual dos olhos. Os doentes têm problemas em reconhecer objetos, perdem a perceção de profundidade e diminui a visão periférica.3
  4. Tumores cerebrais (mesmo os benignos), aneurismas ou malformações venosas - Podem comprimir áreas importantes do sistema visual e levar a perda de visão de um olho ou de parte do campo visual dos dois olhos. Podem ainda comprimir os nervos responsáveis por comandar os movimentos oculares, provocando desalinhamento dos olhos; significa que o cérebro vai receber duas imagens ligeiramente diferentes causando visão dupla.[5]
  5. Miastenia Gravis – É uma doença autoimune da junção neuromuscular, em que existe um defeito na normal transmissão dos impulsos nervosos à membrana muscular para que o músculo possa contrair. Os sintomas vão depender dos músculos que estão envolvidos. A miastenia ocular é secundária a fraqueza dos músculos oculares e palpebrais, pode surgir queda de uma ou ambas as pálpebras e/ou visão dupla.[6]

Referências:

1 Neurology Insights (2023). Neurological Disorders and Vision Loss. Disponível em: https://neurologyoffice.com/neurological-disorders-and-vision-loss/

2 North American Neuro-Ophthalmology Society (2023). Disponível em: https://www.nanosweb.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=3279

3 Neurology Insights (2023). Neurological Disorders and Vision Loss. Disponível em: https://neurologyoffice.com/neurological-disorders-and-vision-loss/

4 NVision Eye Centers (2023). Neurological Disorders and Eyesight. Disponível em: https://www.nvisioncenters.com/neurological-disorders/

5 The Brain Tumour Charity. Change in vision. Disponível em: https://www.thebraintumourcharity.org/brain-tumour-signs-symptoms/adult-brain-tumour-symptoms/changes-vision/

6 North American Neuro-ophthalmology Society. Myasthenia Gravis. Disponível em: https://www.nanosweb.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=4155

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Coordenação de 15 organizações de saúde e parceiros tecnológicos nacionais
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) alcançou mais um feito notável no campo da investigação em saúde em...

Conhecido como "Odyssey", o OHDSI é uma rede colaborativa interdisciplinar que visa agregar valor aos dados de saúde por meio de sua colheita e harmonização em larga escala. O objetivo é estabelecer evidências científicas precisas, reproduzíveis e calibradas para apoiar a tomada de decisões, de forma acessível a todos os interessados.

A criação do Nó Português foi impulsionada pelo desejo de promover a colaboração entre as organizações de saúde portuguesas interessadas em participar neste movimento, cujo objetivo principal é a transversalidade dos dados de saúde. Essa abordagem permitirá a partilha segura e anónima de informações de saúde entre diferentes instituições e investigadores, o que pode acelerar novas descobertas e melhorar os resultados em saúde para os doentes.

O CHUC, com sua vasta experiência e reconhecimento em investigação e inovação em saúde, foi escolhido para liderar este esforço de coordenação. A instituição está comprometida em promover a excelência em investigação e inovação, e o OHDSI representa uma oportunidade única para avançar nesta área.

Ao assumir o papel de instituição coordenadora do Nó Português do OHDSI, o CHUC estará na vanguarda da investigação baseada em dados de saúde em Portugal. Além disso, o envolvimento ativo no OHDSI permitirá ao CHUC estabelecer colaborações com instituições e investigadores internacionais, contribuindo para o avanço do conhecimento em saúde à escala global.

Espera-se que essa iniciativa traga benefícios significativos para a saúde pública em Portugal, fornecendo uma base sólida para a investigação científica, melhorando a eficiência dos cuidados de saúde e ajudando a informar políticas e práticas médicas baseadas em evidências. A colaboração entre as instituições e a harmonização dos dados de saúde certamente abrirão novas possibilidades para a investigação em saúde e trarão benefícios tangíveis para os doentes e a sociedade como um todo.

 

 

Enxaqueca afeta cerca de 15% da população
A enxaqueca é uma perturbação crónica caracterizada por episódios de dor de cabeça, mais ou menos in

No verão, com temperaturas altas e excesso de luminosidade e humidade, as crises e dores de cabeça são mais comuns. Durante a exposição ao sol, o centro modulador de dor é ativado e há uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral, o que leva ao surgimento de uma crise.

Outro fator que se pode revelar um problema é a claridade. Quem tem enxaquecas sofre, normalmente, de fotofobia e a tendência natural destas pessoas é a de evitar a luz, porque a luminosidade as incomoda. Nesses casos, uma maior exposição à luz pode tornar uma enxaqueca mais forte, mais evidente e mais dolorosa. Além disso, fatores com os hábitos alimentares, a desidratação, o consumo excessivo de álcool, a má qualidade do sono, além do desgaste causado por longas viagens em veículos com fraca ventilação, podem também ser apontados como desencadeadores das dores de cabeça.

Ana Pedro afirma que a enxaqueca é, muitas vezes, desvalorizada e encarada como sendo apenas uma dor de cabeça. É importante estabelecer as diferenças e perceber que a enxaqueca é uma doença crónica incapacitante, cujo tratamento preventivo é a melhor forma de evitar crises intensas e frequentes e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho da dor, principalmente nos meses de verão”.

Por forma a prevenir enxaquecas durante o verão, recomenda a adoção de medidas como:

  • Beber bastante água ao longo do dia para manter o corpo hidratado, já que isso ajuda no equilíbrio da temperatura corporal;
  • Evitar exposição direta ao sol e usar óculos escuros para evitar a penetração de muitos estímulos luminosos na retina;
  • Consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras, e controlar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminuir a temperatura corporal, principalmente se estiver num risco iminente de crise;
  • Praticar atividade física em horários em que a temperatura esteja mais amena e beber água durante a realização da mesma;
  • Procurar ter boas noites de sono, dormir num ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis;
  • Quando possível, optar por viagens menos desgastantes, em ambientes mais confortáveis e bem ventilados.

A enxaqueca afeta cerca de 15% da população, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens e a prevalência máxima incide na faixa etária entre os 22 e os 55 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as enxaquecas como a perturbação crónica mais incapacitante e dispendiosa.

As causas das enxaquecas não estão completamente clarificadas. São estímulos internos e externos, a que as pessoas que sofrem de enxaqueca são especialmente sensíveis e que, noutras pessoas, não têm qualquer consequência.

Embora exista uma componente hereditária, as enxaquecas também podem ser desencadeadas por determinados alimentos, pela abstinência de cafeína, pelo consumo de álcool, pela falta de sono, por fadiga, determinados cheiros (perfumes, tabaco), ruídos fortes ou luzes brilhantes e alterações nos níveis hormonais (por exemplo, durante o ciclo menstrual das mulheres).

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa da SPOT e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) apoia a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e voltam a lançar mais...

“Antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores-salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança”, aconselha João Gamelas, presidente da SPOT.

A campanha “Mergulho Seguro” de 2023 foi totalmente produzida, realizada e editada pela equipa da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e será veiculada em vários meios. Lançada em 2013, dez anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

Caso presencie um acidente ou suspeite de um caso de eventual lesão da coluna, contacte de imediato o número de emergência médica (112). Não mexa na vítima, pois qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.

Vai (mesmo) mergulhar? Informe-se sobre as medidas de precaução.

Assista ao vídeo:

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional (SSMT) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai proceder ao...

Jorge Tomaz, Diretor do SSMT, refere que “o consumo de componentes plaquetários no doente oncológico tem vindo a aumentar o que obriga a um apelo constante à dádiva de sangue, em especial, no que concerne à dádiva de plaquetas, pois são muitos os doentes do CHUC que necessitam de transfusão de componentes sanguíneos para serem sujeitos a tratamentos de quimioterapia, radioterapia, auto transplante de medula óssea e cirurgias.”

Como enfatiza o Diretor do Serviço “apesar de desenvolvermos permanentemente ações de sensibilização junto de dadores e potenciais dadores, com o objetivo de mantermos um volume de dádivas que nos permita responder às necessidades crescentes dos doentes que tratamos, o alargamento do período de agendamento de dádiva de plaquetas, para os fins-de-semana e feriados, já a partir do próximo dia 22, vai proporcionar um conjunto de possibilidades mais alargadas e flexíveis, no sentido de irmos, também, ao encontro de uma eventual maior disponibilidade por parte de dadores e de potenciais novos dadores“.

Jorge Tomaz esclarece ainda que “a dádiva por aférese, nomeadamente a dádiva de plaquetas, é segura, evita a exposição a múltiplos dadores, reduzindo reações adversas, sendo utilizado material estéril e de uso único para cada dador”.

Os critérios para a seleção de dadores de multicomponentes por aférese são idênticos aos utilizados para a dádiva de sangue convencional.

  • Quem já for dador de sangue
  • Quem estiver de boa saúde
  • Quem tiver idade entre 18 e 65 anos
  • Quem pesar mais de 50 quilos

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”, o Serviço recorda aos mais jovens que a dádiva de sangue ou de componentes é também um dever de cidadania simples e solidária, permitindo salvar uma ou mais vidas.

 

Campeonato do Mundo de Futebol Feminino da FIFA
Com claims assentes em “ambição”, “confiança” e “determinação”, a CUF acaba de lançar uma campanha de apoio à Seleção Nacional...

A CUF, através desta campanha, protagonizada pelas jogadoras da Seleção A Feminina, demonstra que as atletas de elevada performance, que requerem cuidados diferenciados e altamente especializados, confiam a sua saúde à CUF.  O mote «A SELEÇÃO FEMININA VAI À CUF» afirma-o de forma clara, transmitindo a diferenciação e competência das equipas clínicas que diariamente contribuem não só para a saúde, performance e bem-estar das jogadoras de alta competição, como também de toda a população.  

Esta campanha, que reforça a associação positiva entre a saúde e o desporto, salienta que, enquanto parceira da Federação Portuguesa de Futebol e prestadora de cuidados de saúde, a CUF apoia de perto a Seleção A Feminina. Fá-lo cuidando, tratando e acompanhando as jogadoras, com a garantia que os cuidados de saúde promovem o bem-estar e performance desportiva da equipa. 

Com presença em rádio, outdoor e no digital, a campanha, cuja criatividade esteve a cargo da agência BBDO, estará disponível até ao início de agosto.

 

O cancro de pele tem aumentado nas últimas décadas
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lança a campanha “Verão com Prevenção”, uma iniciativa que pretende alertar para o...

“Evite a exposição solar das 11:30 às 16:30” é o mote da campanha “Verão com Prevenção” que tem, como principal mensagem, uma das recomendações que podem ajudar a evitar o cancro de pele. No entanto se conseguirmos cumprir devidamente este horário já estamos a prevenir.

Esta campanha relembra ainda outras boas práticas que devem ser introduzidas nos seus hábitos diários.

Utilizar camisola de mangas compridas, chapéu de abas largas e óculos escuros, aplicar protetor solar com fator de proteção de pelo menos   30 e ainda preferir as sombras à exposição solar direta são algumas das recomendações que também não devem ser esquecidas.

Este projeto de prevenção de cancro da pele   surge numa altura em que a exposição aos raios ultravioleta é elevada, sensibilizando as pessoas para a prevalência cada vez maior, a nível mundial, deste tipo de cancro.

“Uma das missões da Liga Portuguesa Contra o Cancro é alertar e sensibilizar as pessoas para uma menor exposição a fatores de risco. A campanha “Verão com Prevenção”, tem como principal objetivo proteger a população dos riscos associados a uma exposição solar inadequada, nas horas não recomendadas das 11:30 às 16h30.  Estas boas práticas e hábitos saudáveis permitirão a todos desfrutar do verão de forma plena, mas em segurança”, reforça o Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Eng.º Francisco Cavaleiro de Ferreira.

A iniciativa está disponível durante o período de verão nos vários meios e plataformas e conta ainda com um spot de vídeo, divulgado a partir desta segunda-feira, 17 de julho.

Portugal apresenta, anualmente, cerca de 1500 novos casos de melanoma maligno, número que tem tendência a aumentar. Este tipo de cancro pode ser detetado precocemente e o principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioleta, para os quais existem fatores de proteção.

O cancro de pele é o cancro mais frequente a nível mundial entre as populações de pele predominantemente clara e a sua ocorrência tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas.

 

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