Opinião
O fentanil é um medicamento que pertence à classe dos opióides, sendo um dos mais potentes analgésic

O fentanil age ligando-se aos recetores opióides no sistema nervoso central, bloqueando a transmissão dos sinais de dor e produzindo um efeito analgésico significativo. Ele é administrado por diferentes vias, incluindo intravenosa, epidural, transdérmica (adesivo na pele), intranasal e sublingual.

Esse medicamento é geralmente reservado para situações de dor intensa que não respondem a outros analgésicos menos potentes, como a morfina. É importante ressaltar que o fentanil possui um alto potencial para causar dependência e abuso, além de apresentar efeitos colaterais significativos, como sedação profunda, depressão respiratória, náuseas, constipação, entre outros.

Devido à sua potência e risco de abuso, o fentanil é estritamente controlado e geralmente utilizado em ambientes hospitalares ou sob supervisão médica rigorosa. O uso inadequado ou não supervisionado pode levar a consequências graves para a saúde.

Obviamente, que infelizmente, também tem sido usado como droga recreativa devido aos seus efeitos sedativos e eufóricos.

Existem algumas razões pelas quais o fentanil pode estar a ser usado como droga entre os jovens, deixo-vos três:

  1. Potência: O fentanil é extremamente potente, cerca de 50 a 100 vezes mais forte que a morfina. Isso significa que uma pequena quantidade de fentanil pode produzir um efeito muito intenso. Para aqueles que buscam uma experiência rápida e intensa, o fentanil pode ser atraente;
  2. Disponibilidade: O fentanil tem sido mais amplamente disponível no mercado ilegal nos últimos anos. Além disso, a produção clandestina de fentanil e a venda pela internet aumentaram a sua acessibilidade. Isso faz com que seja mais fácil para os jovens obterem a droga, mesmo que não tenham acesso a outros opioides;
  3. Preço: O fentanil também pode ser relativamente barato em comparação com outras drogas recreativas. A sua disponibilidade no mercado negro pode torná-lo uma opção acessível para aqueles que procuram uma experiência eufórica a um preço mais baixo.

Este fármaco é perigoso e viciante, quando mal utilizado. Tem mais risco de overdose e morte (quando consumido de forma recreativa). A agravar muitas vezes o fentanil é misturado com outras substâncias, o que torna ainda mais perigoso, pois quem o toma pode não conhecer a sua composição exata. E é isto que tem acontecido mais entre os jovens.

Como médica, é importante estar ciente dos riscos e benefícios do fentanil, além de seguir diretrizes adequadas para prescrevê-lo e monitorizar os nossos pacientes de perto.

É crucial que sejam realizados esforços educacionais e de consciencialização para alertar os jovens sobre os riscos e perigos associados ao uso do fentanil.

Além disso, é importante que sejam oferecidos recursos de prevenção e tratamento adequados para aqueles que lutam contra a dependência de drogas, de todas: incluindo o fentanil.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Trabalhos podem ser submetidos até ao dia 2 de junho
Estão abertas as candidaturas para os Prémios Pfizer, a mais antiga distinção na investigação Biomédica em Portugal, que este...

Os Prémios, atribuídos anualmente, resultam da parceria entre a Pfizer e a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCMED), com o objetivo de reconhecer o trabalho de investigação desenvolvido pelos cientistas portugueses que, pelo seu esforço e entrega à Ciência, contribuem para gerar novo conhecimento e inovadoras descobertas médicas, melhorando a saúde e qualidade de vida dos doentes e da sociedade.

Os trabalhos podem ser submetidos até ao dia 02 de junho de 2023, através do email da SCMED (consultar regulamento em https://www.pfizer.pt/ ou http://www.scmed.pt/). Na atribuição dos prémios, o júri apreciará o mérito dos trabalhos e projectos apresentados, e a sua decisão será conhecida durante a sessão solene a realizar-se no próximo mês de novembro.

Os Prémios Pfizer têm marcado a investigação que se faz em Portugal, distinguindo os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros. O valor total atribuído para os Prémios Pfizer 2023 será de 60.000 euros.

 

 

 

I Congresso de Cuidados Respiratórios decorre esta semana, em Aveiro
Decorre, em Aveiro, nos dias 25 e 26 de maio, o I Congresso de Cuidados Respiratórios, “idealizado para ser um ponto de...

“Trata-se de uma área que vai desde os cuidados intensivos até ao domicílio, envolvendo diferentes especialidades médicas e categorias profissionais, e que, na nossa opinião, estava ainda pouco explorada nos variados congressos existentes.  Esperamos ainda que a participação de algumas entidades oficiais e de palestrantes de área tecnológicas para debater o futuro dos Cuidados Respiratórios seja um foco de consciencialização para um maior desenvolvimento nesta área”, acrescenta o presidente da Comissão Organizadora da reunião.

O programa científico inclui vários workshops teórico-práticos com interesse para médicos de várias especialidades, nomeadamente a Pneumologia, a Medicina Interna ou a Medicina Intensiva, entre outras, assim como outros profissi0onais de saúde como enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de cardiopneumologia.

“Desenhámos um programa que consideramos que aborda sistematicamente os principais tipos de cuidados respiratórios (oxigenoterapia, ventiloterapia não invasiva e invasiva, aerossolterapia, monitorização e equipamentos adjuvantes), enquadrando-os nas principais doenças ou situações clínicas onde são mais úteis ou necessários, tanto na falência respiratória aguda como na crónica. Este tipo de cuidados foi amplamente discutido na recente pandemia COVID-19, mas são também fundamentais em diferentes contextos ou patologias, quer em regime de internamento hospitalar quer no domicílio, em doenças crónicas como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, patologia neuromusculares ou apneia do sono”, descreve João Cravo, sublinhando a honra de contar com o apoio científico das principais sociedades médicas dedicadas a esta área (Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos), com quem, aliás, esperamos colaborar mais diretamente no futuro.

E, por falar em futuro, João Cravo garante que está já a ser preparada a edição de 2024, mais focada na área hospitalar. “Não querendo desvendar ainda tudo, iremos começar os primeiros passos da internacionalização do Congresso dos Cuidados Respiratórios. Referimos também a satisfação em ter este evento divulgado pela European Respiratory Society”.

25 de maio
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos, responsável pela implementação de standards para a promoção de uma...

Em formato webinar, esta formação decorre entre as 10h00 e as 11h00 e tem como principal objetivo disponibilizar aos associados da GS1 Portugal as melhores ferramentas para promover a eficiência no setor da saúde, com especial enfoque na implementação de Standards GS1.

Nesse sentido, esta ação formativa vai incidir sobre a Introdução ao Sistema de Standards GS1; Codificação de produtos na saúde, nomeadamente, requisitos legais aplicáveis, identificação e captura de informação de produto, identificação única em medicamentos e dispositivos médicos e Possibilidades de transformação dos requisitos legais em meios para beneficiar o negócio.

Nesta ação formativa os participantes terão oportunidade de constatar como a gestão logística nas mais variadas cadeias de valor otimiza a circulação de produtos e materiais, proporcionando a ligação entre o fluxo físico e o fluxo de informação. Para além disso, evidenciará como a gestão logística hospitalar e farmacêutica, em particular, gere o fluxo de dispositivos médicos, os dados do doente, medicamentos e outros produtos de saúde, assegurando a qualidade e segurança, desde o fabricante até à administração ou momento de toma.

Informação adicional e inscrições na ação formativa estão disponíveis no respetivo formulário.

 

"Doença multissistémica crónica, progressiva e debilitante"
O raquitismo é definido como uma deficiência de mineralização óssea na criança e geralmente se manif

O XLH é uma doença hereditária rara com uma incidência estimada de 1,7- 4,8/100 0002 indivíduos por ano, não havendo informação epidemiológica para a população portuguesa. Resulta de mutações no gene PHEX, condicionando níveis elevados de fator de crescimento de fibroblastos 23 circulante (FGF23)3.

O FGF23, produzido no osso, tem como principal função a regulação da homeostase do fósforo e da vitamina D. O excesso de FGF23 circulante impacta na reabsorção de fósforo e consequentemente leva a níveis reduzidos do fósforo e da vitamina D. Importante salientar que o fósforo é um dos principais elementos do organismo humano, sendo que 80% dele encontra-se no esqueleto. O défice do fósforo impede a adequada mineralização óssea, ou seja, a formação normal do osso.

Sintomas

A expressão clínica de XLH é muito variável, podendo ser diferente entre doentes da mesma família. Na maior parte dos casos, o XLH manifesta-se durante o processo da aquisição da marcha, particularmente evidente entre o primeiro e o segundo ano de vida. O principal sinal é o encurvamento progressivo dos membros inferiores. Dada a afeção predominante dos ossos longos, a restrição do crescimento é marcada nos membros e ligeira no restante esqueleto, o que determina uma desproporcionalidade entre os segmentos corporais.

Outros sinais e sintomas pediátricos incluem bossa frontal por fusão prematura de suturas cranianas, atraso da erupção dentária, dores ósseas, fraqueza muscular, atraso da aquisição da capacidade de marcha e marcha defeituosa.

Dada a raridade da doença e a variabilidade da sua apresentação inicial, é comum haver um atraso no seu diagnóstico. Os fatores como a história da doença na família, a facilidade de acesso aos cuidados médicos e o grau de conhecimento da doença por parte dos profissionais de saúde influenciam o diagnóstico atempado.

Manifestações da doença em doentes adultos

A doença pode manifestar-se unicamente por níveis reduzidos de fósforo sérico ou ser diagnosticada apenas em idade adulta, na avaliação da baixa estatura. A explicação consta no fenótipo da doença, ou seja, na gravidade da doença:  existem formas graves diagnosticadas na infância e formas menos graves como, por exemplo, só presença de baixa estatura sem deformidades ósseas que levam ao diagnóstico na idade adulta.

Em adultos, a clínica inclui, além de deformidades ósseas, também dor óssea crónica ao nível das articulações, dor e fraqueza muscular, osteoartrites, pseudofraturas (são fraturas que ocorrem devido a uma falta de mineralização óssea em locais de stress do osso) e fraturas recorrentes. É frequente a ocorrência de abcessos (infeção) dentários espontâneos. Alguns adultos desenvolvem diminuição da acuidade auditiva (hipoacusia neuro-sensorial).

Complicações

O XLH é uma doença multissistémica crónica, progressiva e debilitante, com prejuízo das funções físicas e da qualidade de vida. As complicações incluem raquitismo, atraso de crescimento, desmineralização dentária com abcessos, deformação dos membros inferiores e/ou limitação da mobilidade com incapacidade para prática de desportos físicos, podendo acarretar também um negativo impacto psicológico. Nos adultos, verifica-se ainda desenvolvimento precoce de osteoartrose, entesopatias e surdez. A incapacidade pode levar à depressão e influencia a habilidade de trabalho e de executar as tarefas do dia-a-dia.  Frequentemente, o tratamento destas complicações obriga à realização de procedimentos cirúrgicos corretivos, com morbilidade própria associada.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado na avaliação conjunta de achados clínicos, radiológicos e laboratoriais seguido por estudo genético.

Na avaliação laboratorial destacam-se: a redução da concentração sérica de fósforo, a elevação da fosfatase alcalina sérica, redução da reabsorção renal de fosfato, níveis reduzidos de vitamina D e níveis aumentados de FGF23.

Os achados radiológicos em criança incluem as lesões raquíticas que predominam nas zonas de crescimento rápido do osso longo (sendo as mais ilustrativas as extremidades distais do rádio, da tíbia e do fémur), bem como nas articulações da parede anterior do tórax denominado rosário raquítico.

Em idade adulta constatam-se outros achados radiológicos: muito frequentemente as fraturas e pseudofraturas, os sinais sugestivos de osteoartrose (predominantemente na coluna vertebral, articulações coxofemorais e joelhos).

Acompanhamento médico

A identificação de XLH num indivíduo com familiares saudáveis justifica o seu rastreio nos familiares que possam ser portadores da mesma.  É importante que a família da criança seja informada sobre a heritabilidade da doença e sobre os recursos disponíveis para evitar a sua transmissão.

O seguimento médico é de extrema importância e baseia-se em avaliações clínicas, analíticas e imagiológicas regulares, tendo como objetivo monitorizar a progressão da doença e identificar eventuais efeitos adversos da terapêutica.

O seguimento deve ser multidisciplinar e guiado por um médico com experiência nesta doença.

Desafios

O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma doença multissistémica que se manifesta em idade precoce. Contudo, devido à raridade, existe muito desconhecimento da mesma por parte dos prestadores de cuidados de saúde o qual, acoplado à inespecificidade das suas primeiras manifestações, determina atrasos significativos no seu diagnóstico que condicionam pior prognóstico.

Referências:

  1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3313733/
  2. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9778127/
  3. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32162120/
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Por Ti – Programa de promoção de bem-estar mental nas escolas” já abrangeu mais de 19 mil alunos
O número de alunos beneficiários dos diversos programas de sucesso escolar implementados pela Associação EPIS - Empresários...

O balanço de 2022 segue positivo em diversas iniciativas. O aumento do número de alunos beneficiários ficou a dever-se, principalmente, ao crescimento dos programas de voluntariado com quadros de empresas parceiras – 3.040 alunos em 2022, contrapondo os 2.888, em 2021; ao lançamento, no continente, de um projeto-piloto de combate à violência e promoção do sucesso escolar, que já abrangeu 551 alunos; e à expansão do programa “Dove – Eu Confiante”, em parceria com a Unilever, que impactou 14.916 alunos em 2022, mais 5993 alunos que no ano anterior.

Já os programas de promoção do sucesso escolar, do 1.º ciclo ao secundário, presentes em 36 concelhos do continente, tiveram uma ligeira redução de beneficiários – 8.922 em 2022 vs. 9.263 em 2021. Ao longo do ano em análise, os diversos programas em contexto escolar asseguraram uma presença em 498 escolas de todo o país, dispersas por 134 concelhos do continente (48% do total) e quatro ilhas dos Açores: Faial, Pico, São Miguel e Terceira.

Em 2022, foram atribuídas 163 bolsas sociais a jovens de 56 concelhos do continente e das ilhas da Madeira e de São Miguel, mais 16 que em 2021, para prosseguimento de estudos no ensino secundário, licenciatura e mestrado. Foram ainda promovidos oito estágios curriculares de jovens com planos individuais de transição (PIT), no âmbito da educação inclusiva.

Sucesso escolar de alunos EPIS positivo e acima dos restantes alunos

Em termos de resultados atingidos pelos programas EPIS de promoção do sucesso escolar, no terceiro período de 2021/22, o sucesso escolar dos alunos beneficiários voltou a aumentar, após os impactos negativos da pandemia, tanto em relação ao ano anterior, como em relação aos restantes alunos das escolas EPIS:

O sucesso escolar dos alunos EPIS do 1.º ciclo atingiu os 98,9%, mias 0,6 pontos percentuais (pp) que em 2020/21, constituindo o segundo melhor registo desde o início do programa em 2016. Em particular, a percentagem de alunos de risco que passaram de ano foi de 97,0% em 2022, o valor mais elevado de sempre e que representa um aumento do sucesso escolar de +1,2 pp face ao ano anterior que registou 95,8% de taxa de aprovação. Um valor superior ao aumento de 1,0 pp dos restantes alunos que não estão cobertos pelos programas.

O sucesso escolar dos alunos beneficiários do 2.º e 3.º ciclo e secundário, acompanhados há mais de um ano, atingiu os 86,4%, mais 1,8 pp que em 2020/21. Por outro lado, o número de alunos EPIS com menos de 2 negativas aumentou de 64,7% em 2021, para 78,5% em 2022, um valor superior ao aumento de 10,8 pp dos restantes alunos.

Apesar de serem positivos, estes resultados estão ainda abaixo dos valores médios dos anos pré-pandemia, esperando-se que em 2023 se possa atingir uma maior convergência com os padrões históricos.

Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas - Por Ti

O “Por Ti - Programa de Promoção de Bem-estar Mental nas Escolas”, financiado pela Zurich Foundation e implementado pela EPIS - Empresários Pela Inclusão Social, em parceria com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo - Comportamental (UPC³) da Universidade de Coimbra, que decorre ao longo de quatro anos (2022 a 2026), com o objetivo de preparar melhor as pessoas através do desenvolvimento de competências de regulação emocional que contribuam para estilos de vida mentalmente mais equilibrados, ultrapassou as metas estabelecidas para o primeiro ano.

As sessões de grupo do “Por Ti” com alunos, famílias, professores e funcionários das escolas, com vista à consciencialização sobre o bem-estar mental e a necessidade de estar alerta para entender os primeiros sinais e sintomas, envolveram – até ao final de abril de 2023 –, 19 mil alunos do 3.º ciclo com idades entre os 12 e 15 anos, 1700 professores e assistentes operacionais e 500 famílias de 106 escolas públicas de 59 concelhos e 6 ilhas dos Açores.

No que diz respeito aos jovens, 76% reconhecem que as sessões do “Por Ti” aumentaram o seu conhecimento sobre o bem-estar mental, 75% consideram que fizeram aprendizagens importantes que vão ser úteis no seu dia a dia, 69% sentem-se capazes de aplicar o que aprenderam e 67% pretendem utilizar as estratégias de regulação de emoções que aprenderam. As sessões do “Por Ti” também impactaram, de forma muito positiva, os professores, assistentes operacionais e famílias: 96% reconhecem que as sessões aumentaram o seu conhecimento sobre o bem-estar mental, 95% consideram que fizeram aprendizagens importantes que vão ser úteis no seu dia a dia, 93% sentem-se capazes de aplicar o que aprenderam e 92% pretendem utilizar as estratégias de regulação de emoções que aprenderam.

A partir de setembro de 2023, numa segunda fase, o “Por Ti” lançará ainda programas de intervenção para dois grupos distintos: um para adolescentes e outro para professores. No caso dos adolescentes, o foco vai estar na promoção de estratégias de regulação emocional com vista à promoção do bem-estar mental na adolescência. No caso dos professores, o objetivo vai passar pela promoção de estratégias adaptativas de regulação emocional na perspetiva desta profissão tão específica, na hora de enfrentar dificuldades emocionais ou problemas de relacionamento com os alunos.

Alerta a SPAIC
Neste Dia Mundial da Abelha, que se assinala a 20 de maio, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)...

Segundo os dados do Registo Português de Anafilaxia, entre 2007 e 2017, a alergia ao veneno de abelha foi responsável por mais de 5% de todos os casos de alergia grave, tendo sido a terceira causa mais frequente de anafilaxia, depois dos alimentos e medicamentos.

A anafilaxia manifesta-se habitualmente por uma combinação de reações na pele (urticária, angioedema), gastrointestinais (vómitos, dores abdominais intensas), respiratórias (aperto na garganta, falta de ar, pieira) e cardiovasculares (hipotensão, tonturas, desmaio), de início imediato após a picada e que pode ser fatal. Mais de metade dos doentes com anafilaxia ao veneno de abelha apresentaram anafilaxia grave com alterações cardiovasculares.

Perante este cenário, o Grupo de Interesse em Anafilaxia e Doenças Imunoalérgicas Fatais da SPAIC alerta para a importância de todas as pessoas com história de alergia generalizada ao veneno de abelha ou de outros insetos, terem um dispositivo de autoadministração de adrenalina, também chamado de caneta de adrenalina, e saber quando e como o utilizar em caso de picada. Devem também ser acompanhadas em consulta de Imunoalergologia, pois, na maior parte das situações, é possível fazer um tratamento de dessensibilização que diminui a gravidade e o número de reações.

Randstad Employer Brand Research 2023
A Hovione ocupa o terceiro lugar entre as melhores empresas para trabalhar em Portugal e o primeiro lugar no que se refere ao...

A pesquisa, cujos resultados foram divulgados ontem, identifica os 20 melhores empregadores em Portugal, de acordo com um inquérito que é distribuído por uma amostra representativa da população ativa em Portugal. Através do inquérito, as empresas são avaliadas e classificadas de acordo com critérios como o salário e os benefícios, a segurança do emprego, ambiente de trabalho, e as oportunidades de progressão na carreira.

Ilda Ventura, VP de Recursos Humanos da Hovione, explica “a nossa capacidade para atrair, desenvolver e reter talento é a chave para o sucesso da Hovione a nível global. Na Hovione estamos empenhados em apoiar os nossos clientes a melhorar a vida dos doentes em todo o mundo e isto não seria possível sem a contribuição de todos os membros da nossa equipa. Este prémio é o reconhecimento da nossa solidez enquanto empregador e da nossa aposta contínua no desenvolvimento do talento.”

Comparativamente com o ano anterior, a Hovione mantém-se como a empresa mais atrativa para trabalhar em Portugal no setor da Saúde e subiu na classificação geral do 5º lugar para o 3º lugar. Este reconhecimento surge após a Hovione ter sido reconhecida como Top Employer e LinkedIn Top Company em Portugal.

Dia Nacional de Luta contra a Obesidade assinala-se a 21 de maio
A obesidade afeta grande número de portugueses: aproximadamente dois terços têm excesso de peso e ma

Além disso, entre os principais efeitos do excesso de peso está o acúmulo de gordura no fígado, também conhecido como esteatose hepática. Este é um dos distúrbios metabólicos mais preocupantes, atualmente, e uma das principais causas de doença hepática crónica e de transplante de fígado em todo o mundo, estando relacionado com a obesidade, diabetes e outras doenças caracterizadas pela resistência à insulina.

Considera-se que se está perante uma situação de fígado gordo, quando mais de 5% das células hepáticas têm acumulação de gordura, sendo esta diagnosticada através de um exame de imagem do fígado, na maioria das vezes a ecografia, ou por biópsia hepática.

Nestes casos, o interior das células do órgão é preenchido por partículas microscópicas de gordura, podendo, em cerca de 20% dos casos, haver inflamação hepática (esteato-hepatite) e, nalguns casos, o problema pode mesmo evoluir para cirrose hepática. A esteatose hepática afeta cerca de 25% das pessoas, mas a sua prevalência sobe consideravelmente para 65% entre as pessoas obesas e atinge os 85% nos casos de obesidade mórbida, sendo notória a relação entre a obesidade e o fígado gordo.

Esta é uma doença que não provoca sintomas, dando sinais apenas quando já está numa fase avançada, como, por exemplo, a fadiga, a fraqueza, a icterícia e a facilidade de fazer hematomas. 

No entanto, nem tudo são más notícias. Nas pessoas obesas, caso consigam uma redução do índice de massa corporal, é possível fazer regredir a esteatose hepática.

 Visto que não existe nenhum tratamento específico nem medicamentos eficazes para esta situação, a melhor forma de a prevenir  é evitar os fatores de risco, principalmente o excesso de peso.

Para isso, deve-se apostar numa dieta saudável, com restrição de açúcares e gorduras, rica em fibras, e sem consumo, ou apenas com um consumo ligeiro, de álcool e apostar na prática de exercício físico regular.

A prevenção é a melhor opção para cuidar da saúde do fígado!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Segundo a OMS, uma em cada seis pessoas, sofre de infertilidade.
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) comemora este sábado, 20 de maio, o 17.º aniversário. “A APFertilidade...

Durante estes anos, a APFertilidade tem sido um farol de esperança e um apoio inestimável para casais e mulheres que enfrentam desafios de fertilidade. “Após 17 anos de existência, a associação esteve na origem de várias iniciativas pela melhoria dos cuidados e acompanhamento destas pessoas no Serviço Nacional de Saúde, bem como em ações de sensibilização e informação da sociedade sobre uma questão que a APFertilidade quer que deixe de ser um tabu, um constrangimento e seja desvalorizada”, continua. 

Desde a sua fundação, a APFertilidade tem-se dedicado a fornecer informações, orientação e apoio emocional a todos aqueles que lidam com problemas de fertilidade. A associação tem trabalhado incansavelmente para quebrar o estigma associado à doença, promover a consciencialização pública e garantir o acesso a opções de tratamento adequadas. 

Além disso, a APFertilidade tem sido uma defensora ativa na promoção da saúde reprodutiva e na sensibilização sobre a importância da preservação da fertilidade. “A associação é uma instituição a ouvir obrigatoriamente como porta-voz de pessoas com problemas de fertilidade pelos legisladores, partidos políticos, governo e outras entidades da área da saúde, a quem tem levado as histórias e experiências de quem quer ter um filho e depende de ajuda médica”. 

“Aos que estiveram ao seu lado nestes anos e aos que se têm vindo a juntar, a APFertilidade deixa um agradecimento enorme pela confiança e apoio para que continue a acompanhá-los no seu caminho e luta para serem pais biológicos”, conclui a associação. 

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde lançou um estudo que confirma que cerca de 17,5% da população adulta mundial, o que equivale a uma em cada seis pessoas, sofre de infertilidade.  

“Com evidência e empatia”
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) acaba de anunciar a abertura da clínica Qorpo na sua sede. A nova...

“A Qorpo nasce da vontade da APDP em oferecer um serviço diferenciador para todos aqueles que procuram, por um lado, perder peso e, por outro, manter um peso saudável a longo prazo.”, explica Carolina Neves, endocrinologista e diretora clínica da Qorpo.

A missão da clínica Qorpo passa por promover o peso saudável em benefício da melhoria da qualidade de vida e do bem-estar físico e psicológico. “O nosso foco é a saúde da pessoa e garantir que a perda de peso promove a redução de risco de várias doenças associadas ao excesso de peso e à obesidade.”, acrescenta.  

A adoção de mudanças comportamentais é fundamental, mas, como ato isolado, não é suficiente. A clínica aposta numa lógica de acompanhamento multidisciplinar, integrado e continuado, que, juntamente com as respostas atualmente existentes nesta área, podem fazer toda a diferença na vida de quem necessita de ajuda na gestão do peso.

“Durante décadas, apenas existiram duas opções de tratamento do excesso de peso e da obesidade: a intervenção comportamental, com o tratamento nutricional e dietas de redução calórica, associadas à atividade física, e a cirurgia (bariátrica ou metabólica).”, explica a endocrinologista, acrescentando: “Vivemos agora um tempo de mudança no que diz respeito às respostas farmacológicas e há que aproveitar isso para que, aliado ao acompanhamento multidisciplinar e à mudança comportamental, consigamos prestar o melhor apoio possível a quem procura mudar de vida”.

A Qorpo pratica medicina baseada em evidência, aliada à empatia e à prática da medicina humanizada, dispondo de uma equipa multidisciplinar com uma vasta experiência em doenças crónicas, em particular a diabetes. Conta com especialistas nas áreas de endocrinologia, pediatria, nutrição, psicologia, enfermagem e, em breve, fisiologia do exercício.

“Perder peso é muito mais do que uma questão estética. É uma atitude de prevenção relativamente a várias doenças. As pessoas que vivem com excesso de peso e obesidade são muitas vezes culpabilizadas pela sua condição. Temos de mudar esta perspetiva, pois as pessoas não têm necessariamente culpa do excesso de peso que têm.”, remata a médica. 

Segundo os dados recentemente divulgados pela Federação Mundial de Obesidade, estima-se que, em 2035, 51% da população mundial, ou quatro mil milhões de pessoas, terá excesso de peso ou obesidade se a prevenção e o tratamento não forem priorizados. Em Portugal, já existem cerca de 2 milhões de pessoas adultas com obesidade, um valor que aumenta para 67,6% da população portuguesa quando somadas as pessoas com excesso de peso.

Para saber mais, visite o Facebook e Instagram da clínica Qorpo.

Alimentando 29 prematuros no norte do país
O leite doado ao Banco de Leite Humano do Norte (BLHN), sediado no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ),...

Com o objetivo de distribuição do leite humano por todos os bebés prematuros do norte do país, o BLHN distribui o leite doado dentro e fora do CHUSJ, concretizando uma rede sinérgica entre hospitais públicos do Norte de Portugal.

Tendo em conta que apenas 1 em cada 3 mães de bebés extremamente prematuros são capazes de manter a lactação suficiente para satisfazer as necessidades destes, os restantes lactentes beneficiam da ingestão de leite humano de dadoras.

O BLHN nasceu em setembro de 2022 no CHUSJ, com instalações e equipamentos altamente diferenciados e inovadores no país, com o propósito de disponibilizar, com toda a segurança, o melhor alimento para os bebés mais frágeis internados em Unidades de Neonatologia da zona Norte.

As vantagens do leite humano são amplamente reconhecidas, com ganhos em saúde universalmente aceites, pelo que, na impossibilidade de a mãe amamentar o bebé, o leite de dadora colmata as necessidades nutricionais, com comprovada eficiência na progressão alimentar e na diminuição de complicações digestivas graves e de infeções.

O “processo de recrutamento” de dadoras de leite humano é anónimo e confidencial. Mais informações disponíveis aqui.

 

Dia Mundial do Médico de Família
Desafio ingrato, mas irrecusável, este de escrever sobre o papel do Médico de Família nos nossos dia

Numa altura em que todos os dias se celebra um dia mundial de qualquer coisa, em que tudo é digital e “instragramável”, em que a Inteligência Artificial ameaça substituir a criatividade e individualidade humana e as relações interpessoais são cada vez mais estéreis, ser Médico de Família é quase disruptivo.

Um Médico(a) de Família, ou melhor, um médico especialista em Medicina Geral e Familiar, deve ser não só um pilar de qualquer Sistema de Saúde como também representar um pivot na gestão da saúde das famílias.

É o único profissional de saúde, em estreita colaboração com a figura do Enfermeiro de Família, que segue o indivíduo em todas as fases da sua vida, desde as primeiras semanas ao seu natural declínio.

Na realidade, não há exercício clínico mais reconfortante do que fazer parte da vida dos nossos doentes em gestos que vão dum simples atestado ou renovação de receituário até ao diagnóstico, comunicação e tratamento de patologias devastadoras. Tanto se pode ser uma influência disciplinadora como um porto de abrigo, imparcial, sem paternalismos, sem julgamentos, mas capaz de absorver as angústias de quem a nós recorre.

Considero, assim, que disruptivo ou não, o papel do Médico de Família sai reforçado nos tempos que vivemos, abordando o ser humano de forma holística como todos merecemos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Métodos de ensino desatualizados e fraco investimento na digitalização da Saúde
O subfinanciamento dos recursos das escolas médicas, a pressão pelo aumento do numerus clausus, novas escolas e escassez de...

Com o propósito de dignificar e valorizar as necessidades identificadas pelos estudantes e também pela comunidade académica, a ANEM sistematizou os problemas identificados na “Vinheta do Estudante” e pretende agora entregar, em audiência, o manifesto à Ministra da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato. “Pedimos uma audiência à Senhora Ministra porque queremos contribuir ativamente para melhorar a formação médica ministrada em Portugal. O nosso intuito não é apenas apontar críticas, mas também propor soluções. Infelizmente ainda não conseguimos obter uma resposta por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, afirmou o Presidente da ANEM, Vasco Cremon de Lemos.

Para dar resposta às preocupações dos estudantes no que diz respeito à qualidade da formação médica realizada em Portugal, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina elencou um conjunto de soluções, como adequar as políticas de financiamento público de forma a garantir infraestruturas adequadas e os recursos humanos concordantes com o número de estudantes existente nas instituições; Investir em incentivos para fixar o corpo docente e integrá-lo em modelos de carreira competitivos que valorizem a componente académica, a par com a clínica ou com a investigação.

Por outro lado, garantir um modelo de não aumento do numerus clausus, promovendo a sua redução progressiva através da atribuição de uma maior autonomia às Escolas Médicas para definir ingressos, tendo por base um planeamento nacional de recursos humanos em medicina e assegurar que o tratamento, a qualidade dos cuidados prestados e a perceção da pessoa doente não são negativamente afetados pelo contacto com um número elevado de intervenientes.

Melhorar e garantir a acessibilidade de toda a comunidade estudantil aos cuidados de Saúde Mental e promover a Saúde nas instituições de Ensino Superior, de forma integrada e colaborativa com o Ministério e estruturas associativas da área da Saúde, é outra das sugestões apresentadas.

'Casa da Diabetes’ é um programa de educação da APDP criado em 2017
A Casa das Associações, em Proença-a-Nova, conclui no próximo dia 19 de maio, entre as 14h e as 16h30, o programa ‘Casa da...

“O acompanhamento especializado de pessoas com diabetes é crucial, mas é também urgente que as pessoas conheçam a diabetes e que sejam capacitadas para a controlar melhor. Este projeto nasceu precisamente desta necessidade da população e da vontade que a APDP tem de levar conhecimento a todos os pontos do país para melhor acompanhar e tratar esta doença.”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Para este programa, o Centro de Saúde de Proença-a-Nova selecionou um grupo de munícipes com diabetes para participar nas seis sessões formativas dinamizadas pela equipa multidisciplinar da associação. Desde dezembro de 2022, o grupo tem participado em conversas informais e educativas sobre a autogestão da diabetes.

“O Programa Casa da Diabetes envolve a realização de atividades na comunidade onde residem os participantes, contribuindo para implementar uma resposta integrada e de proximidade que responda às reais necessidades das pessoas. Proporciona momentos de convívio e simultaneamente educativos a todos aqueles que vivem diariamente com a diabetes e aos seus familiares. Permite aumentar os conhecimentos das pessoas com Diabetes tipo 2 e contribuir para que adotem os comportamentos e cuidados fundamentais para a boa compensação da diabetes e para, desta forma, melhorarem os seus resultados em saúde.”, explica Dulce do Ó, enfermeira coordenadora do programa.

“Sabemos que o acompanhamento nas doenças crónicas nunca é suficiente e, por isso, este projeto, Casa da Diabetes, é um exemplo de como se pode promover a capacitação das pessoas com diabetes para a sua autogestão, ou seja, para terem a capacidade de tomar decisões informadas sobre o tratamento no seu dia a dia. Em Proença-a-Nova, particularmente estes 30 doentes que desde dezembro participam neste projeto, tenho a certeza de que aprenderam e transmitirão a mensagem a outros doentes e, para futuro, fica a ideia de criarmos outras dinâmicas sobre este tema com a Unidade Móvel de Saúde, por exemplo.”, sugere João Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova.

‘Casa da Diabetes’ é um programa de educação lançado pela APDP em 2017 para chegar a todas as localidades do País. O principal objetivo passa pela criação de espaços onde as pessoas com diabetes podem partilhar experiências, esclarecer dúvidas e aprender a cuidar de si. Estas casas funcionam também como uma forma de parceria para que a APDP consiga alargar a sua área de intervenção.

TEV em idade pediátrica
No mês dedicado ao coração, é importante alertar para uma doença do sistema cardiovascular que pode

A trombose venosa corresponde à formação de um coágulo (trombo) no sistema vascular venoso que pode ocorrer em várias zonas do corpo e provocar oclusões de diferentes graus. Estes fatores fazem variar os sinais e sintomas da doença. Os locais mais frequentes de TEV são as veias das pernas (Trombose Venosa Profunda) e os pulmões (Embolia Pulmonar).

O TEV pode ocorrer em qualquer idade, até em crianças, mas há fatores de risco determinantes como TEV prévio, doença oncológica ativa, cirurgia ou trauma recentes, mobilidade reduzida, idade avançada, trombofilia, gravidez e período pós-parto, uso de medicação com estrogénios (pílula, terapêutica hormonal de substituição na menopausa), entre outros.

Os sinais de TEV podem ser ligeiros ou pouco específicos, conforme os diferentes casos, por isso é fundamental identificar e investigar situações de risco, principalmente nas crianças que estão internadas, onde a ocorrência destes eventos é mais propícia e frequente.

Em Portugal, não existe um registo dos casos de tromboembolismo venoso (TEV), mas estima-se que a incidência seja semelhante aos dados reportados noutros países, entre 0,07 e 0,14 casos por 10 000 crianças (15-200 vezes inferior em comparação com a população adulta). Contudo, apesar de pouco prevalente, na ausência de tratamento, o TEV pode ter uma evolução fatal ou provocar lesões graves, progressivas e irreversíveis.

O tratamento do TEV passa pela anticoagulação, mas dependendo da gravidade pode ser necessário tratamentos invasivos ou trombólise. A duração do tratamento deve ser individualizada, podendo ir de 3 a 6 meses até períodos de tratamento mais prolongados (manutenção a longo prazo).

Em idade pediátrica, o tratamento do TEV deve ser feito em centros de referência e por equipas multidisciplinares. Recentemente, os anticoagulantes orais diretos, que já eram utilizados em adultos, passaram também a estar em indicados em idade pediátrica, tendo demonstrado um perfil de eficácia e segurança consistente desde o recém-nascido. Na ausência de contraindicação, têm a vantagem de ser administrados sob a forma de solução oral, em vez de intravenosa ou subcutânea, o que especialmente no caso das crianças, facilita a sua utilização.

No caso do TEV em idade pediátrica, a maioria dos casos são diagnosticados em crianças hospitalizadas, a prevenção passa pelo reconhecimento dos fatores de risco como o cateter vascular venoso central, infeção grave, doença oncológica, grande cirurgia ou cardiopatia congénita.

Apesar de, o número de casos em crianças e adolescentes, ser muito inferior à dos adultos, parece existir um aumento da sua frequência nas últimas décadas, sobretudo em crianças hospitalizadas e, na maioria das situações, com fatores de risco associados.

Fontes:

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (2020). Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. Disponível em: https://www.spmi.pt/wp-content/uploads/2016/11/Flyer-TEV-002.pdf.

Visão Saúde (2021). Tromboembolismos venosos em crianças: são raros, mas estão a aumentar. Disponível em: https://visao.sapo.pt/visaosaude/2021-06-24-tromboembolismos-venoso-em-criancas-sao-raros-mas-estao-a-aumentar/

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (2020). Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. Disponível em: https://www.spmi.pt/uma-em-cada-quatro-pessoas-no-mundo-morre-de-complicacoes-relacionadas-com-a-trombose/

Visão Saúde (2021). Tromboembolismos venosos em crianças: são raros, mas estão a aumentar. Disponível em: https://visao.sapo.pt/visaosaude/2021-06-24-tromboembolismos-venoso-em-criancas-sao-raros-mas-estao-a-aumentar/

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade
Para assinalar o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, a ADEXO – Associação Portuguesa de Pessoas que vivem com obesidade...

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Obesidade representa um risco acrescido de várias comorbilidades: além de aumentar o risco de morte por Covid-19, é responsável por 80% dos casos de Diabetes tipo 2, por 35% dos casos de Doença Cardíaca Isquémica, por 55% dos casos de Hipertensão e por 40% dos casos de Cancro na Europa.

A esta lista junta-se, ainda, o impacto económico que esta doença tem: em Portugal, o custo direto do Excesso de Peso e Obesidade foi estimado em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6% do PIB e 6% das despesas de saúde, segundo um estudo elaborado pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e pela consultora Evigrade-IQVIA. As doenças relacionadas com a Obesidade que mais contribuem para os 1,2 mil milhões de euros de custos diretos em saúde são a Diabetes, o Acidente Vascular Cerebral, a Doença Cardíaca Isquémica e a Doença Renal Crónica, pelo que priorizar o tratamento da Obesidade irá permitir reduzir esses custos.

A ADEXO pretende, através da realização deste evento, reforçar a necessidade de um tratamento mais abrangente da Obesidade, assente no reconhecimento do imperativo que a Organização Mundial de Saúde fez sobre o tratamento da doença, divulgando um plano de aceleração do tratamento com o fim de travar a crescente evolução desta epidemia. As recomendações destinam-se ao Governo, mas, também, aos parceiros da sociedade civil, academia e indústria alimentar.

Em Portugal, são gastos 1,2 biliões de euros por ano no tratamento de todas as doenças associadas à Obesidade, enquanto para tratar a doença propriamente dita se gastam apenas 13 milhões. Estes custos totais diminuiriam se fosse dada prioridade ao tratamento da Obesidade. As doenças cardiovasculares e a diabetes, bem como as doenças reumatológicas são atribuíveis à Obesidade e não o contrário.

Por outro lado, ainda não se conseguiu capacitar suficientemente o entendimento dos profissionais de saúde sobre o que é a doença. Trata-se de uma doença crónica, multifatorial, biológica, inflamatória e recidivante e não uma doença comportamental, pelo que é preciso educar nesse sentido. A comunidade médica, de uma forma geral, tem ainda alguma dificuldade em reconhecer a Obesidade como doença, o que pode ser explicado pela insuficiente formação sobre a mesma nas faculdades de Medicina. Aos alunos de Medicina não lhes é incutida a ideia de que é uma doença. Neste sentido, a ADEXO não entende a ausência de sentido de urgência no tratamento da Obesidade, quando existe tratamento para outras doenças que são decorrentes desta patologia e poderiam ser evitadas com o tratamento da Obesidade. O facto de grande número de pessoas não ter acesso a médico de família também não ajuda a reverter esta situação.

A ADEXO adianta, ainda, que não se pode pensar unicamente na cirurgia (até porque as listas de espera rondam os três/quatro anos) como forma de tratamento, porque a maior parte da população não tem indicação para cirurgia e está à espera da comparticipação dos medicamentos que já existem e que são eficazes para impedir a evolução para Obesidade mórbida e, consequentemente, para a cirurgia.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, refere que “é imperativo que se dê prioridade ao tratamento da Obesidade no nosso país, uma vez que Portugal foi dos primeiros países a reconhecê-la como doença e, desde então, pouco se tem evoluído para dar melhor qualidade de vida e um tratamento digno a milhares de pessoas que vivem com esta doença”.

O evento, presidido pelo Senhor Ministro da Saúde, Manuel Pizarro ou por um seu representante, conta com a intervenção do Professor Hélder Dores da Nova Medical School, de Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, que fará um breve enquadramento do que é a Obesidade nos dias de hoje e os desafios que enfrenta, à qual se seguirá uma palestra proferida pelo Dr. Manuel Carvalho, Diretor do CRI.COM - Centro de Responsabilidade Integrada de Cirurgia da Obesidade e Metabólica do Hospital de Évora, sobre o tema “Prioridade ao tratamento farmacológico e cirúrgico da Obesidade”. O evento integra, ainda, uma visita guiada às salas históricas da Nova Medical School. Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis em: www.adexo.pt

A iniciativa conta com o patrocínio científico da APU e GPGU
A MSD Portugal apresenta o GU Clinical Cases, o novo projeto de educação médica que se propõe a selecionar e divulgar os casos...

A iniciativa visa incentivar a divulgação de conhecimentos teóricos e práticos, através da partilha de casos clínicos que apresentem características relevantes para aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde nas seguintes indicações: próstata, rim, urotélio, testículo e pénis.

A seleção dos casos clínicos é da responsabilidade do Comité Científico, constituído por profissionais de saúde experientes, cujo trabalho é amplamente reconhecido pela comunidade médica: Arnaldo Figueiredo, Diretor do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra; Avelino Fraga, Diretor do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário Porto; Gabriela Sousa, Diretora do Serviço de Oncologia Médica do IPO de Coimbra; Joaquina Maurício, Diretora do Serviço do Hospital de Dia do IPO do Porto; José Palma dos Reis, Diretor do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte; e Isabel Fernandes, Coordenadora do Serviço da Hemato-oncologia Médica da CUF Descobertas.

Todos os profissionais de saúde que tenham interesse em participar na 1.ª Edição do GU Clinical Cases devem submeter os seus trabalhos na plataforma do evento, entre o dia 17 de abril e 30 de junho.

Originalidade, rigor científico, raciocínio clínico e impacto do caso clínico na comunidade médica são alguns dos critérios que o Comité Científico terá em conta para avaliar os trabalhos submetidos.

O caso clínico vencedor desta 1.ª edição será conhecido na reunião presencial do GU Clinical Cases, onde será distinguido com uma Menção Honrosa.

Após o evento, está prevista a publicação de todos os casos clínicos selecionados num livro ou website a ser divulgado junto das várias sociedades médicas, que patrocinaram cientificamente esta iniciativa.

Segundo os dados do Globocan 2020, os tumores genito-urinários corresponderam a 18% dos novos casos de cancro diagnosticados em Portugal. Por isso, a MSD mantém o compromisso de promover a melhoria constante dos cuidados prestados aos doentes e o apoio à formação dos profissionais de saúde.

Opinião
Atualmente, é de intenção cada vez mais global o apoio a uma sociedade mais inclusiva, em que as pes

A ideia é colocar cada pessoa com deficiência auditiva como o recetor-alvo da comunicação oral, partida de cada um dos diferentes interlocutores, nas diferentes ações em que se pretenda a inclusão. Muitas vezes, nem sempre é estabelecida a melhor acuidade auditiva, quer pelas condições envolventes (que pode ser devido ao ruído ambiente), quer pela qualidade da expressão verbal (de dicção, tom e tipo de voz). Na verdade, esta exposição oral pode ser feita em diferentes ritmos e velocidades, também meios (porque pode ser feita de forma indireta, por transmissão televisiva, rádio, ou internet, em que dependem outros fatores). Assim, devido à deficiência auditiva, nem sempre é possível que a transmissão desta informação seja feita de forma clara, sendo que isto também acontece em determinadas condições com as pessoas ouvintes (com audição normal, mas estas têm outros meios, que são menos específicos).

As pessoas com deficiência auditiva necessitam e ouvem através de tecnologias de reabilitação auditiva, tais como próteses e implantes auditivos, consoante os diferentes graus e tipos de surdez. E estas deverão ser auxiliadas por tecnologias assistivas, para permitir que a captação sonora seja realizada de forma tão direta quanto possível. Aqui deverão considerar-se diversos locais quando de modo presencial, pois cada local tem uma diferente adaptabilidade e conceito, o que pode exigir um estudo prévio, inclusivamente da acústica, mas também da tecnologia a ser empregue aplicada a cada circunstância. Também o recurso à inteligibilidade pode ser de modo diferente, quando se recorre não apenas ao som, bem como às legendas. E este recurso é muitas vezes utilizado quando se faz de forma indireta, ou seja, quando não há o contacto presencial ou visual entre os interlocutores e os recetores-alvo (que são as pessoas com deficiência auditiva).

As tecnologias assistivas e de acessibilidade às pessoas com deficiência auditiva dividem-se, atualmente, em quatro diferentes tipos, sem haver uma relação direta com prioridades (apesar de se privilegiar o recurso simultâneo entre som e escrita, que também poderá incluir outra informação visual), mas dependente de cada situação, são:

  • Legendagem por transcrição direta ou automática (por sistema informático de reconhecimento de voz, ou por operador com treino em digitação de velocidade rápida), e pós-produzida (como acontece nos filmes, ou emissões indeferidas, ou vídeos preadaptados, em que exige uma montagem);
  • Instalação de aro de indução magnético, em que exige uma preconceção de adaptabilidade, e ao contrário do que se julga, até nem é uma solução muito cara;
  • Recurso ao sistema FM, em que consiste numa fonte emissora, e num único ou vários recetores. Exige uma montagem e pode estar limitado ao número de recetores;
  • Tecnologia Bluetooth, atualmente, está a generalizar-se o uso desta tecnologia por "Auracast" (recente), já utilizado, por exemplo, em comunicação direta com dispositivos eletrónicos, tais como telemóveis e computadores. Nem todas as próteses ou processadores de implantes auditivos contemplam este recurso;
  • Existem outros acessórios dedicados a cada marca e modelo de prótese ou processador de implante auditivos que podem ser adquiridos para ajudar na comunicação.

Muitos destes sistemas de apoio à escuta, já são comparticipados pelo Estado por SAPA (Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio), e em alguns casos, os equipamentos recetores (próteses e processadores de implantes auditivos) já veem equipados. No caso da legendagem, já começam a existir softwares cada vez mais eficientes e simples de usar, e em muitos casos, gratuitos.

Estas tecnologias podem mudar para melhorar a qualidade de vida e permitir o maior envolvimento das pessoas com deficiência auditiva na vida ativa e na sua prosperidade, permitindo igualmente um maior retorno de investimento.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doenças neurológicas, doenças raras e biossimilares
A Biogen, empresa de biotecnologia pioneira na área das Neurociências acaba de lançar o BiogenLinc, um novo website exclusivo...

Através deste website agregador de informação digital, qualquer médico, enfermeiro ou farmacêutico pode registar-se gratuitamente e aceder a um conjunto de conteúdos relacionados com as áreas terapêuticas de foco da Biogen, e nos quais se incluem notícias recentes sobre novos desenvolvimentos clínicos e científicos, informação detalhada de apoio à prática clínica destas patologias, soluções desenvolvidas pela Biogen (aplicações, cursos de e-learning e outros projetos educacionais), artigos redigidos por peritos, bem como conteúdos atualizados sobre congressos e outros eventos científicos, nacionais e internacionais. O BiogenLinc permite, ainda, aos seus subscritores efetuar pedidos de informação científica útil para o esclarecimento de dúvidas sobre os medicamentos ou áreas terapêuticas da Biogen.

Anabela Fernandes, Diretora-Geral da Biogen Portugal, refere que “a nova plataforma BiogenLinc foi criada para ser o ponto de contacto digital privilegiado entre os profissionais de saúde e o mundo Biogen, através do qual médicos, enfermeiros e farmacêuticos que acompanham as áreas da Esclerose Múltipla, da Atrofia Muscular Espinhal, dos Biossimilares e não só, podem aceder, de uma forma fácil e rápida, a um conjunto de informação clínica e científica constantemente atualizada. O BiogenLinc é a evolução natural do nosso anterior portal, o myBiogen, pensado para proporcionar uma melhor experiência aos profissionais de saúde. Queremos que este novo agregador de informação seja, acima de tudo, um espaço de partilha de conhecimento e experiências”.

O BiogenLinc já está disponível e pode ser acedido através do link www.biogenlinc.pt. Até ao final do ano, a empresa espera contar com cerca de 500 profissionais de saúde inscritos nesta nova plataforma.

Páginas