Doença mata cerca de 10 milhões de pessoas, por ano, em todo o mundo
A hipertensão arterial é uma doença discreta, que aparece silenciosamente e que, nos primeiros anos, pode nem provocar sintomas...

“A doença cardiovascular é a principal causa de morte em Portugal. De acordo com os registos dos Cuidados de Saúde Primários, 30% das pessoas sofrem de hipertensão. No entanto, há uma grande parte da população que não sabe que tem a doença”, segundo Rosa de Pinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

 Identificam-se assim dois problemas: o número de hipertensos em Portugal e o desconhecimento de muitos que não sabem que o são. A prevenção é a melhor forma de combater a hipertensão e a adoção de um estilo de vida saudável pode salvar vidas.

A Deco Proteste, em conjunto com Sociedade Portuguesa de Hipertensão, tem 7 recomendações que considera serem a chave para a prevenção:

  • Controlar o peso;
  • Fazer atividade física;
  • Reduzir o stress;
  • Fazer uma alimentação saudável;
  • Reduzir o sal;
  • Evitar comportamentos de risco;
  • Seguir, sem falhar, as prescrições médicas.

Durante o mês de abril, a DECO PROTESTE realizou um inquérito online sobre a hipertensão arterial dos portugueses e recolheu 1.400 respostas válidas. Dos inquiridos, 33% afirmam ter hipertensão arterial e 76% dizem fazer adaptações à dieta alimentar, sendo que as mulheres fazem-no mais do que os homens.

A redução de ingestão sal é a alteração mais prevalente (92%). Oito em cada dez inquiridos, que sofrem de hipertensão arterial têm a pressão controlada por um médico, segundo o estudo da Deco Proteste.

Não existe cura para a hipertensão arterial primária, pelo que o tratamento consiste em normalizar os valores com medidas farmacológicas e comportamentais. O controlo do peso, uma alimentação equilibrada e variada, pobre em sal, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, são alguns comportamentos a adotar. Destaca-se, ainda, a prática de atividade física regular e os hábitos saudáveis de sono como duas das medidas a adotar no controlo da doença.

Porém, 40% dos inquiridos hipertensos não praticam qualquer atividade física.

A hipertensão pode afetar todas as faixas etárias, mas grande parte são pessoas com mais idade. O suporte familiar na mudança do estilo de vida de um hipertenso é fulcral, porque fazer um plano “sem envolver a família, é muito difícil”, considera Rosa de Pinho em entrevista à Deco Proteste. “Nós incentivamos, por exemplo, a prática de atividade física em família e uma alteração alimentar transversal a todos os membros, que trará benefícios a longo prazo. Aponta a Presidente da SPH à Deco Proteste.

Alertar para a necessidade da prevenção, deteção e tratamento da hipertensão é essencial. Para assinalar o Dia Mundial de Hipertensão, dia 17 de maio, a Deco Proteste, para além do inquérito realizado em abril, disponibiliza um vídeo explicativo sobre como medir a tensão arterial no seu canal no Youtube e ainda um e-book com receitas.

Campanha de apoio aos doentes com cancro digestivo
De 19 a 21 de maio, a Europacolon Portugal lança a sua campanha anual de apoio aos doentes com cancro digestivo. O Peditório...

Para a realização do Peditório, a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo conta com a colaboração de voluntários que irão estar nas ruas, devidamente identificados, com uma caixa-mealheiro onde é possível deixar um donativo.

“Além dos voluntários contamos com o apoio de empresas, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que nos ajudam a promover a nossa missão. Pretendemos sensibilizar para os cancros digestivos que matam 24 portugueses por dia. Já é tempo de parar estes números!

Os donativos permitem-nos dar continuidade aos Serviços que a Associação presta como a Linha de Apoio, as consultas de Psicologia e Nutrição, o Apoio Domiciliário, 2ª Opinião Médica ou Ações de rastreio e sensibilização”, esclarece Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

O apresentador Fernando Mendes é o embaixador desta campanha e enaltece os objetivos da Associação: “a Europacolon é uma Organização Sem Fins Lucrativos e, como tal, necessita de donativos para garantir a sustentabilidade dos projetos que beneficiam os doentes.

Esta Associação contribui para aumentar o nível de informação sobre os cancros digestivos junto da população. Só com literacia em saúde é possível salvar vidas!”

Esta campanha de angariação de fundos serve também para relembrar a necessidade premente da implementação de um Rastreio de base populacional: “o número de doentes continua a aumentar e o apoio nos Hospitais é insuficiente. O prazo para fazer uma colonoscopia é de 6 a 12 meses em Portugal Continental”, alerta Vítor Neves.

O Cancro Colorretal é o cancro digestivo mais comum na Europa e em todo o mundo são diagnosticados, anualmente, cerca de 1.4 milhões de novos casos. Esta é a segunda doença oncológica mais comum entre homens e mulheres e, somente no nosso país, existem mais de 80 mil doentes ativos.

 

Nova funcionalidade
A partir de amanhã, dia 16 de maio, a App MY CHUC passa a ter disponível uma nova funcionalidade que permitirá aos...

Assim, aquando da inscrição do doente no Serviço de Urgência, deve ser dada indicação, no secretariado do serviço de urgência, do nome e contacto de familiar/amigo que acompanha o doente para que o mesmo possa acompanhar o seu percurso enquanto este permanecer no serviço de urgência.

No caso do doente e/ou o acompanhante não possuírem a App MY CHUC instalada, os dados poderão ser, igualmente, enviados pelo CHUC através de SMS, para o contacto de telemóvel fornecido aquando da inscrição do doente.

A App MY CHUC foi lançada em novembro de 2021 e poderá ser descarregada, através do Google Play para telemóveis Android e da App Store para telemóveis Apple ou através do link. O registo na aplicação poderá ser realizado através da Chave Móvel Digital ou do número de telemóvel e número de utente do SNS.

Recorde-se que a aplicação permite ao utente a visualização detalhada dos seus agendamentos, da sua situação em lista de espera para consulta e para cirurgia, bem como a possibilidade de consultar o seu histórico. Estão também disponíveis, para além desta nova funcionalidade, itens como: informações úteis, tempos médios de espera nos Serviços de Urgência do CHUC, farmácias de serviço, notícias do CHUC, entre outras.

Dá-se nota de que a App MY CHUC tem acesso disponível apenas para utentes com mais de 16 anos. Caso se trate de um doente com idade inferior, o acompanhante receberá as informações via SMS.

 

Alerta o Diretor do CRI-Obesidade do Centro Hospitalar Universitário de S. João
A 20 de maio assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, uma doença crónica que afeta cerca de 17% da população...

Os números desta doença em Portugal têm vindo a aumentar, com maior incidência entre 35-64 anos e com prevalência semelhante em ambos os sexos. No entanto, sente-se um esforço cada vez maior da sociedade no que respeita ao combate à obesidade e uma maior atenção da comunidade médica e científica em desenvolver novos tratamentos para controlar a doença.

Eduardo Lima da Costa, Diretor do CRI-Obesidade do Centro Hospitalar Universitário de S. João, reforça que “a obesidade é uma doença crónica, grave e complexa e fator de risco para mais de 200 doenças e 13 tipos de cancro. Devido à sua etiologia multifatorial com uma componente genética importante pode-se dizer que não é possível curá-la, mas é possível controlá-la e reduzir ao mínimo as suas consequências, bem como os custos que os tratamentos acarretam para a saúde e economia nacional. Há, atualmente, um amplo conhecimento científico do problema, com múltiplas soluções terapêuticas muito eficazes e passíveis de aplicação individualizada com o máximo de eficácia e conforto para o doente.”

A Obesidade deve ser prevenida na população através do incentivo de estilos de vida saudáveis, mas, uma vez estabelecida, não deve ser ignorada ou menosprezada, tornando imperiosa a orientação para uma abordagem clínica concertado do problema.

Ter gordura em excesso leva a que os adipócitos comecem a produzir substâncias pró-inflamatórias que vão desencadear outros mecanismos conducentes ao aparecimento das componentes do Síndrome Metabólico (diabetes, hipertensão, dislipidemia e apneia do sono), aquelas que constituem a maior causa de morte nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

O tratamento da obesidade deve começar precocemente, nas fases iniciais da doença. O doente deve perceber que é uma doença crónica e progressiva cuja história natural é sofrer um agravamento progressivo à medida que a idade avança. O tratamento da obesidade tem características diferentes de muitos outros, ele é:

Crónico: porque se trata de uma doença prolongada, exigindo uma ação orientado para a sustentabilidade dos resultados

Multidisciplinar: porque envolve aspetos genéticos, nutricionais, endócrinos, psicológicos e motores, que exigem aconselhamento de especialistas nestes campos do saber médico

Evolutivo: pelo que deve ser abordado precocemente, iniciando-se com alterações do estilo de vida, ou seja, melhorar a qualidade da alimentação e praticar mais atividade física

Se as tentativas de modificação do estilo de vida, devidamente apoiadas por profissionais de saúde ligados ao tratamento da obesidade, não forem eficazes, deve-se avançar para patamares seguintes no tratamento. São eles a medicação para controle da gordura, os métodos endoscópicos e a cirurgia bariátrica.

As operações metabólicas funcionam por meio de alterações da anatomia e fisiologia gastrointestinais. Facilitam o cumprimento de planos dietéticos e tornam-nos muitíssimo mais eficazes, com resultados sustentados no tempo. As mais comuns são, pela ordem da frequência com que são hoje praticadas no mundo, o “sleeve gástrico”; o bypass gástrico clássico (em Y de Roux); o bypass gástrico de anastomose única e as derivações bilio-pancreáticas.

Portugal segue as linhas de orientação internacionais, disponibilizando todas as técnicas inovadoras aceites pela comunidade científica, favorecendo ligeiramente a realização de Bypass Gástrico Alto pelas características da sua população, à semelhança da atual tendência da Europa Ocidental. Todas as cirurgias são realizadas por abordagem minimamente invasiva (por laparoscopia, isto é, pequenas incisões com 5 ou 10mm). A taxa de complicações é inferior a 5% e o tempo de internamento médio é de 24h após a cirurgia.

O tratamento da Obesidade sofreu uma verdadeira revolução nos últimos anos: o excesso de peso não é uma inevitabilidade! Há soluções eficazes, seguras, confortáveis e sustentadas no tempo. Para uma adequada abordagem do controlo ponderal e metabólico, dever-se-ão procurar Centros de Tratamento de Obesidade com abordagem multidisciplinar e devidamente creditados pela Direção Geral de Saúde.

Alerta da XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro
Hoje, dia 15 de maio assinala-se o Dia Internacional de Sensibilização para o Método Canguru – uma técnica comprovada e eficaz...

Em Portugal, os hospitais ainda não aplicam esta técnica logo no momento do nascimento, como recomendado pela OMS, e a separação zero ainda não é uma realidade universal a todos os hospitais do país. Com o intuito de promover o Método Canguru como técnica essencial no cuidado com bebés prematuros e com baixo peso à nascença e aumentar a sensibilização para este tema em Portugal, a XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro convida a participar no webinar do dia 16/Mai “Launch of KMC Global Position Paper and Implemention Strategy”, especialmente dedicado a decisores políticos e gestores de programas da saúde. Esta iniciativa, organizada pela OMS, pretende discutir estes recursos, bem como ouvir os principais stakeholders da saúde dos recém-nascidos sobre os seus planos de apoio à implementação e à disseminação do Método Canguru para todos os bebés prematuros ou de baixo peso à nascença.

Ainda no âmbito desta efeméride, a Organização Mundial de Saúde vai publicar dois importantes novos recursos programáticos e políticos sobre esta técnica – um documento de posição global e uma estratégia de implementação dirigido a decisores políticos e gestores de programas de saúde. Desenvolvidos em colaboração com um grupo de trabalho multinacional e multistakeholder, composto por gestores de programas nacionais, agências bilaterais, organizações de doadores, associações profissionais, organizações não-governamentais, grupos de pais, parcerias especializadas como a PMNCH - Partnership for Maternal, Newborn & Child Health, e especialistas e cientistas internacionais, estes recursos são direcionados a parceiros de programas, decisores políticos e à comunidade de saúde pública em geral.

 

Literacia em Saúde
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), em parceria com a biofarmacêutica GSK, organizam nos próximos dias 19 e 30...

“O que são as vacinas?”, “Qual o impacto da vacinação?”, “Imunossenescência”, “Programa Nacional de Vacinação no adulto” e “Vacinas do adulto extraprograma nacional de vacinação - quais as vacinas recomendadas e porquê?” serão alguns dos temas abordados. As sessões estarão a cargo da Dra. Raquel Ramos, médica especialista em Medicina Geral e Familiar, no dia 19 de maio, entre as 16h30 e as 17h30, na Casa Animada em Queluz, e no dia 30 de maio, entre as 11h e as 12 horas, na Nova Atena, em Linda-a-Velha.

“Esta iniciativa reflete aquela que é a nossa principal missão: desenvolver competências e literacia em saúde à população. Nestas duas sessões vamos ter oportunidade de esclarecer utentes de duas universidades sénior sobre a importância da vacinação ao longo da vida, particularmente na idade adulta, como uma estratégia de prevenção e manutenção da qualidade de vida. Sabemos que em Portugal a qualidade de vida após os 65 anos é apenas de cerca de 6 anos, e numa altura em o sistema imunitário mostra as suas debilidades, é preciso levar mais conhecimento sobre a importância da vacinação. Acreditamos que as pessoas em Portugal podem melhorar a sua qualidade de vida após os 65 anos e a literacia em saúde é deveras importantes”, explica Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS.”

Já Neuza Teixeira, diretora médica da GSK Portugal, considera que “a educação e a literacia em saúde são ferramentas essenciais para que a população saiba que comportamentos e estratégias adotar para viver mais e melhor, facilitando inclusivamente o trabalho dos profissionais de saúde, pois uma população esclarecida compreende melhor as recomendações de tratamento ou de prevenção que lhe são feitas”.

A esperança média de vida deverá aumentar 4,4 anos até 2040, quando comparada com a de 2016, estima o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME). Além disto, espera-se que o número de pessoas acima dos 60 anos supere o número de pessoas entre os 10 e os 24 anos em 20502 e que, em 2100, quase 30% da população tenha 60 ou mais anos. A tendência será para que a proporção de população envelhecida continue a aumentar ao longo do tempo.

Uma longevidade com qualidade é fundamental para o sucesso social e económico da sociedade. A vacinação tem, por isso, um papel fundamental, ao contribuir para a proteção da população mais vulnerável. Ao reduzir ou eliminar doenças infeciosas graves, as vacinas são consideradas um dos avanços mais importantes da medicina moderna. Mais de 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas melhorando a cobertura de vacinação global, apontam os dados apurados pela Vaccines Europe. Estima-se ainda que a vacinação salve até 5 milhões de vidas em todo mundo, por ano.

Causas e medidas para reduzir risco
A paralisia do sono é uma condição em que uma pessoa acorda e é incapaz de se mover ou falar por um

Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa pode estar consciente do ambiente ao seu redor, mas é incapaz de se mover ou falar. Por isso pode ser assustadora e desconfortável.

São conhecidos alguns fatores desencadeantes como privação do sono, stress, mudanças no horário de sono, transtornos do sono ou uso de certos medicamentos.

Nem todas as pessoas que experimentam paralisia do sono têm uma condição médica subjacente. Às vezes, pode ocorrer isoladamente ou como resultado de fatores externos, como mudanças no ambiente ou stress.

Contudo, a paralisia do sono pode também estar associada a várias condições médicas, tais como:

  • Transtornos do sono, como narcolepsia, apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e transtornos do ritmo circadiano;
  • Distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade e stress pós-traumático;
  • Fatores de risco, como privação do sono, stress, mudanças no horário de sono e uso de certos medicamentos;
  • Condições neurológicas, como enxaqueca e epilepsia;
  • Abuso de algumas substâncias, como álcool e drogas.

Alguns dos efeitos negativos mais comuns da paralisia do sono incluem:

  1. Ansiedade e medo: A paralisia do sono pode ser uma experiência muito assustadora, especialmente quando acompanhada de alucinações visuais, auditivas ou táteis. As pessoas que sofrem de paralisia do sono muitas vezes experimentam ansiedade e medo antes de ir dormir, com medo de que ocorra novamente.
  2. Perturbação do sono: A paralisia do sono pode interromper o sono originando insónia. Depois de um episódio pode surgir dificuldade para dormir novamente, o que pode levar a uma sensação constante de cansaço e fadiga.
  3. Problemas de concentração e memória: A falta de sono devido à paralisia do sono pode levar a problemas de concentração e memória, o que pode afetar o desempenho no trabalho ou na escola.

A paralisia do sono tem impacto a longo prazo na qualidade de vida do indivíduo, ao afetar a sua capacidade de desempenhar atividades diárias e desfrutar de atividades de lazer.

Os fatores que contribuem para que um episódio deste género variam sempre de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • Distúrbios do sono (como a apneia do sono ou o distúrbio de comportamento do sono REM),
  • Sono irregular (dormir em horários irregulares ou ter uma rotina de sono insuficiente)
  • Stress e ansiedade.

Os fatores que podem piorar a paralisia do sono incluem:

  • Stress e ansiedade,
  • Falta de sono,
  • Mudanças no ambiente (como viajar ou dormir em um quarto diferente)
  • Consumo de cafeína ou álcool.

Embora existam alguns sintomas comuns associados à paralisia do sono, a experiência de cada pessoa com a paralisia do sono pode ser diferente. Algumas pessoas podem ter episódios esporádicos de paralisia do sono, enquanto outras podem ter episódios recorrentes ou mesmo frequentes. Além disso, a intensidade dos episódios de paralisia do sono varia também de pessoa para pessoa.

Algumas pessoas referem sentir uma sensação de pressão no peito ou na garganta durante a paralisia do sono, enquanto outras não sentem nenhuma sensação física. Algumas pessoas também podem ter alucinações vívidas durante a paralisia do sono, como a sensação de que há uma presença assustadora no quarto, outros podem sentir que estão flutuando ou se movendo.

A duração dos episódios também pode variar, de apenas alguns segundos ou minutos, enquanto outros podem durar até vários minutos.

Embora não haja uma forma garantida de prevenir a paralisia do sono, existem algumas medidas que podemos tomar para reduzir o risco de episódios de paralisia do sono:

  1. Manter uma rotina de sono regular: dormir e acordar no mesmo horário todos os dias para ajudar a regular o seu ciclo de sono;
  2. Criar um ambiente de sono adequado: Manter o seu quarto fresco, escuro e silencioso para ajudar a promover um sono melhor;
  3. Evitar estimulantes antes de dormir: Evitar cafeína, álcool e tabaco antes de dormir, pois esses estimulantes podem afetar o sono;
  4. Gerencie o stress e a ansiedade: afetam o sono e aumentam o risco de paralisia do mesmo;
  5. Dormir numa posição diferente: de lado ou de bruços pode reduzir o risco de paralisia do sono em comparação com dormir de costas;
  6. Tratar outros distúrbios do sono: como a apneia do sono, pode ajudar a reduzir o risco de paralisia do sono;
  7. Procure ajuda médica se tiver sintomas: Se você tiver episódios recorrentes ou graves de paralisia do sono, consulte um médico para avaliação e tratamento adequados.

A paralisia do sono pode ocorrer em qualquer idade, desde a infância até a idade adulta. No entanto, alguns estudos sugerem que a paralisia do sono é mais comum em adultos jovens, com pico de incidência entre os 18 e 25 anos.

Existem consultas do sono de várias especialidades para ajudar nesta doença: Neurologia, Pneumologia e até Medicina Interna.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sessões e campanhas públicas no âmbito do cancro da próstata
A Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDPróstata) assinala, em 2023, 20 anos de existência com a sensação de que a...

“Isso deve-se, em grande parte, aos nossos esforços de divulgação. Apesar das limitações do ponto de vista financeiro, temos feito e continuaremos a fazer um esforço permanente de sensibilização junto dos homens adultos para a necessidade de acompanharem a saúde da sua próstata, recorrendo a uma consulta anual e à realização de testes básicos (PSA)”, explica Joaquim Domingos, presidente da APDPróstata.

A sensibilização para as doenças do homem, feita sobretudo através de sessões e campanhas públicas, tem sido a principal atividade da associação ao longos destas duas décadas, porque sobretudo no cancro da próstata, um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença. “Os problemas mais graves que podem afetar a saúde da próstata desenvolvem-se no início muito lentamente. Esse facto pode levar os homens a ignorarem que algo de mal possa acontecer com a sua próstata, e só se darem conta desse mal mais tarde, quando já é tarde demais”, reforça Joaquim Domingos.

E apesar de a missão da associação estar a ser cumprida, o presidente refere que “desde o início que uma das maiores dificuldades tem sido a angariação de novos associados, particularmente nas faixas etárias mais jovens (entre os 40 e os 55 anos), pelo facto de nessas faixas etárias haver mais iniciativa e facilidade de recorrer às pesquisas na Internet e encontrar com facilidade muitas das respostas que eram procuradas junto da nossa Associação. Cativar essas faixas etárias é um desafio que abraçamos permanentemente”.

A iniciativa de criar uma associação que tivesse como objetivo principal alertar os homens para a necessidade de acompanharem clinicamente a saúde da sua próstata, sobretudo, a partir dos 45/50 anos de idade, surgiu de um grupo de doentes com cancro da próstata, a maioria militares das Forças Armadas, que habitualmente se encontravam na consulta de urologia do antigo Hospital Militar da Estrela em Lisboa. Ao longo das várias consultas a que tiveram de recorrer nesse Hospital, foram desenvolvendo relações entre eles e tomando conhecimento que o pior problema de saúde da próstata - cancro – tem maiores possibilidades de ser tratado se o mal for identificado bem no seu início. As consultas a que este grupo tinha de comparecer ocorreram nos anos de 2002 e 2003 e seguintes. Foi nessa época que o Tenente-General António Pereira Pinto tomou a iniciativa de congregar um grupo de doentes usuários do Departamento de Urologia daquele Hospital e formar uma Associação, que nasceu oficialmente em agosto de 2003.

Iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH]
Decorreu no passado dia 5 de maio a seleção dos três projetos vencedores da 3.ª Edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, uma...

A iniciativa tem como objetivo reconhecer e potenciar o capital humano do Serviço Nacional de Saúde [SNS], dotando os seus profissionais das competências necessárias para liderarem e implementaram projetos que promovam uma mudança positiva nas suas realidades em particular no domínio da liderança da dimensão humana.

O Programa de Apoio decorre ao longo de 2023, distribuído por várias etapas: depois de uma fase inicial que contou com 19 candidaturas, foram selecionadas 12 Instituições de Saúde que participaram no Bootcamp preparatório, nos dias 2 e 3 de março. No dia 24 de março, decorreu uma sessão Pitch, na qual foram escolhidos os 6 projetos finalistas e o Programa evoluiu para a FASE 2. Após uma 1ª sessão imersiva, cada uma das 6 instituições finalistas apresentou o projeto final ao Júri, numa sessão virtual que decorreu no passado dia 5 de maio, onde foram selecionados os três projetos vencedores, que passam assim a usufruir de um programa de apoio especializado, designadamente:

Cultura para a Inovação, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra - projeto pensado para trazer a inovação para dentro dos serviços clínicos, através da criação de um programa de inovação aberta, que capacitará e apoiará os profissionais de saúde na identificação de oportunidades de inovação no seu dia-a-dia e, posteriormente, na procura e construção de soluções que melhorem a prestação de cuidados;

Agir para Cuidar, do Centro Hospitalar do Médio Ave - projeto desenhado para atrair, reter e motivar os Assistentes Operacionais, através de uma reorganização, valorização e autonomização da equipa e das suas funções, tentando contrariar um contexto de baixos salários, cargas horárias exigentes, pouca sensação de reconhecimento e valorização e cada vez mais e maiores responsabilidades nos cuidados;

Support Debriefing como cultura para redução do stress, do Hospital Distrital de Santarém - projeto idealizado para contribuir para a redução do stress e minimização do impacto negativo na equipa multiprofissional na sala de emergência, através da implementação de um momento de debriefing de suporte (quer procedimental, quer emocional), imediatamente após momentos críticos, tais como situações de Paragem Cárdio-Respiratória (PCR).

 

 

Conheça a patologia
Estima-se que existam cerca de 1600 pessoas com Esclerose Tuberosa em Portugal.

Esclerose tuberosa é uma doença genética com transmissão autossómica dominante. Isto significa que uma mutação num gene de esclerose tuberosa estará presente num indivíduo portador da doença e 50% da sua descendência irá herdar esta mutação e portanto esclerose tuberosa.

Contudo num número considerável de casos a mutação aparece por acidente pela primeira vez numa pessoa (o «fundador» e primeiro caso de esclerose tuberosa numa família) sem que nenhum dos seus ascendentes seja portador da mutação.

Esclerose tuberosa confere uma «desvantagem reprodutiva»: como consequência da doença (deficiência inteletual, epilepsia, etc.) é menos provável que a pessoa afetada pela doença tenha descendentes.

Existem 2 gene de esclerose tuberosa (chamados TSC1 e TSC2). Os dois têm funções semelhantes: as proteínas codificadas por estes genes desempenham um importante papel na regulação do crescimento e diferenciação celular.

A doença afeta ao longo da vida, de modo evolutivo, múltiplos órgãos, sendo mais importantes:

  1. O sistema nervoso central: várias anomalias de desenvolvimento condicionam deficiência inteletual (cerca de 50%), perturbações psiquiátricas entre as quais autismo (cerca de 30%) e muito frequentemente epilepsia. A epilepsia tem gravidade variável podendo ser precoce (primeiros meses de vida) e grave.
  2. Os rins: angiomiolipoma e doença renal quistíca podem na adolescência e idade adulta condicionar hipertensão artéria e insuficiência renal
  3. O coração: uma lesão chamada rabdomioma pode causar arritmias e raramente insuficiência cardíaca, sobretudo em crianças pequenas
  4. A pele: as lesões de esclerose tuberosa típicas são pequenas manchas não pigmentadas (brancas) presentes logo nos primeiros meses de vida e cerca dos 4-5 anos pequenas lesões com componente vascular, salientes, na face chamadas angiofibromas

Além de tratamento específico de cada órgão envolvido (tratamento farmacológico ou cirúrgico de epilepsia, tratamento da doença renal ou da doença cardíaca), conhecimentos mais recentes permitiram compreender de que modo uma mutação nos genes de esclerose tuberosa produz os sintomas da doença. Medicamentos dirigidos para corrigir esta anomalia genética (chamados inibidores mTOR) estão a ser usados há vários anos na doença renal e, mais recentemente, na doença neurológica com considerável sucesso.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science
Um estudo que envolveu um grupo de investigadores de 29 países, entre os quais Tiago Reis Marques, médico psiquiatra português...

O estudo foi publicado no dia 8 de maio na revista Proceedings of the National Academy of Science, uma das mais importantes revistas científicas a nível mundial.

"É reconhecido que a desigualdade de género tem um impacto social, ao criar um ambiente prejudicial para as mulheres. Sabemos por exemplo que mulheres que nascem em países onde a desigualdade de género é maior têm um risco de doença mental aumentado e uma pior performance académica, quando comparado com homens e com mulheres de países onde existe igualdade de género. Esta foi a premissa que nos motivou a desenvolver este estudo, para perceber se a desigualdade de género provoca alterações cerebrais e perceber os mecanismos neuronais associados”, começa por explicar o investigador Tiago Reis Marques.

“Assim, foram analisados volumes de diferentes estruturas cerebrais, assim como a espessura do córtex (massa cinzenta), pois a menor espessura do córtex está normalmente associada a disfunção cognitiva. Esta análise foi controlada e teve em conta várias variáveis, como a idade das mulheres, produto interno bruto (PIB) de cada país, entre muitos outros fatores, para evitar qualquer viés e explicação alternativa para os resultados encontrados,” continua.

Os resultados permitiram chegar a observações interessantes: “Em países com maiores níveis de igualdade de género não existem diferenças na espessura cerebral entre homens e mulheres e, em alguns países, até foi demonstrado uma maior espessura cerebral nas mulheres que nos homens. Por outro lado, nos países com maior desigualdade de género a espessura cerebral das mulheres era inferior à dos homens. E, apesar da redução da espessura cerebral ser global, esta era mais evidente no hemisfério direito e em regiões cerebrais que controlam a resiliência à adversidade, controlo emocional e resposta de stress.”

Contudo, como principal conclusão o investigador destaca que “pela primeira vez mostrámos que existe uma consequência neurobiológica desta variável ambiental que é o fenómeno social da desigualdade de género. As alterações cerebrais observadas podem explicar porque é que as mulheres têm maior risco de doença mental ou um maior risco de declínio cognitivo.”

“Este estudo permite também perceber, enquanto sociedade, que a desigualdade de género não é simplesmente um conceito abstrato ou uma mera construção social. É real e tem um impacto biológico observável. Existe, desta forma, além de um imperativo moral e social, um imperativo biológico na promoção da igualdade de género. Estes dados devem ser tidos em conta em futuras implementações de políticas públicas nacionais, principalmente naqueles onde a desigualdade de género é mais evidente. Espero que cada vez mais se observe um contributo das neurociências no apoio às políticas sociais,” conclui Tiago Reis Marques.

Primavera
Com as temperaturas a aumentar, está aberta a época de atividades ao ar livre na companhia das pesso

As alergias sazonais, também conhecidas como alergias do exterior, caracterizam-se por uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário a substâncias (alérgenos) usualmente encontradas no exterior, como é o caso do pólen de flores ou árvores, relva, ácaros, entre outros.

Maio é um dos meses da primavera em que a polinização das plantas tem níveis mais altos e, por isso, existe uma maior probabilidade de ter alergias. Para aproveitar os dias de calor da melhor forma, porque não seguir algumas dicas práticas para limitar a exposição aos alérgenos sazonais? Ficam seis dicas essenciais que deve começar já a pôr em prática:

  1. Escolha o jardim ou parque certos para realizar as suas atividades ao ar livre: as árvores de folha caduca podem intensificar as reações alérgicas. Algumas dessas são:  o carvalho, freixo, bétula, bordo, amieiro e avelã. A escolha de locais com murtas, abetos, catalpas ou sequoias, são uma boa opção para churrascos, piqueniques ou passeios em família e com amigos. E lembre-se que, os locais com mais humidade são propensos à existência de mais ácaros e fungos, o que piora os sintomas de alergia.
  2. Informe-se sobre a melhor hora para passear: as concentrações de pólenes de ambrósia são mais altas durante o início da manhã e ao final da tarde, pelo que será melhor evitar saídas ao ar livre nestes períodos do dia. Pode consultar o Boletim Polínico diariamente para estar a par das horas de maior concentração de pólenes.
  3. Vista-se a rigor: antes de sair de casa, não se esqueça de levar um chapéu, preferencialmente de abas largas, e uns óculos de sol grandes para proteger o cabelo e os olhos dos pólenes transportados pelo vento.
  4. Durante as viagens de carro: é aconselhado fechar as janelas e ligar o ar condicionado, a fim de ajudar na renovação do ar e evitar uma exposição contínua aos pólenes, tanto aqueles que andam no ar, como os que ficam agarrados à roupa. Para que esta dica seja realmente eficaz, não se esqueça de trocar os filtros do ar condicionado com regularidade.
  5. No regresso a casa: deve fazer parte da rotina deixar os sapatos à porta de casa, tomar um duche e colocar a roupa para lavar, para que sejam eliminados possíveis alérgenos que possam estar agarrados ao corpo e às roupas, reduzindo a possibilidade de ter crises de rinite alérgica.
  6. O que não esquecer: ter sempre à mão o seu anti-histamínico. Durante o pico da primavera, as alergias são mais frequentes e podem surgir de forma inesperada, então, mesmo com todos os cuidados, é fundamental ter sempre consigo um anti-histamínico sem efeito sedativo.

Esteja atento a sintomas como corrimento nasal, olhos lacrimejantes e com comichão, espirros, prurido (comichão) e congestão nasal. Se apresentar algum destes sintomas, e não tiver conhecimento da origem dos mesmos, pode fazer um teste às suas alergias, junto de um alergologista.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Presidente do SE quer retomar mesa negocial
O Sindicato dos Enfermeiros desafiou o Ministério da Saúde a retomar a mesa negocial com estruturas sindicais, com vista à...

De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, há duas matérias que têm obrigatoriamente de ser incluídas na mesa negocial que as quatro estruturas pretendem retomar. “É urgente que o Ministério da Saúde emita, de vez, a norma que uniformize a aplicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022 em todas as unidades de saúde, para que se resolva em definitivo as diferentes interpretações da lei com que nos deparámos nos últimos meses”, salienta. Recorde-se que este decreto-lei estabelece os termos da contagem de pontos em sede de avaliação do desempenho dos trabalhadores enfermeiros à data da transição para as carreiras de enfermagem e especial de enfermagem.

Outro dos objetivos do Sindicato dos Enfermeiros – SE, do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), do Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e do Sindicato Independente Profissionais Enfermagem (SIPEnf) – as estruturas sindicais que subscreveram o documento entregue a Manuel Pizarro – passa pela valorização da carreira de enfermagem com a conclusão do Acordo Coletivo de Trabalho para a classe.

“É importante rever a carreira de enfermagem na sua totalidade e, de forma mais específica, a situação remuneratória dos enfermeiros especialistas, que continuam a não ver valorizada toda a formação adicional que fizeram a expensas próprias”, sustenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros. Pedro Costa enaltece ainda esta linha de atuação conjunta, referindo que “as reivindicações são iguais para todas as estruturas, pelo que não faz sentido manter mesas paralelas de negociação e, naturalmente, teremos sempre mais força se o fizermos de forma conjunta”.

Por fim, os quatro sindicatos desafiam já o Governo a trabalhar de forma antecipada para que, aquando da elaboração do Orçamento de Estado para 2024, sejam contempladas verbas para a atualização salarial dos enfermeiros especialistas e da valorização salarial dos níveis remuneratórios dos enfermeiros.

“Não é aceitável que, mais uma vez, se chegue ao último momento para se decidir que não é possível valorizar devidamente os enfermeiros ao nível salarial porque o Orçamento de Estado não tem verbas cativas para esse ponto”, conclui Pedro Costa.

Cidade acolhe comemorações do Dia Mundial da Hipertensão
Assinala-se a 17 de maio o Dia Mundial da Hipertensão (DMH) e, este ano, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) escolheu a...

A Capital da Hipertensão 2023 vai ter as atividades centradas no Jardim da Devesa, em Castelo Branco. Para assinalar o DMH, alunos e profissionais da área da saúde, realizam rastreios gratuitos à Pressão Arterial, além de prestarem aconselhamento nutricional. Durante o dia a população está convidada a juntar-se às sessões de atividade física e ioga, e assistir a sessões de esclarecimento. Os rastreios têm início às 10h e terminam às 18h, com interrupção para almoço das 12h30 às 15h30. Para os profissionais de saúde haverá uma sessão formativa na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. 

O objetivo é sensibilizar a população para a importância de medir a pressão arterial (PA) regularmente, cujos valores devem ser inferiores a 14/9. Além disso, pretende-se reforçar as mensagens de que é fundamental praticar exercício físico regular, adotar uma alimentação saudável com baixo teor de sal e cumprir a toma da medicação prescrita. 

Conhecida como a “pandemia silenciosa”, a Hipertensão arterial (HTA) afeta já cerca de 42% da população nacional, estimando-se que mais de 25% dos doentes desconheça que sofre desta patologia crónica. É o principal fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral, principal causa de mortalidade e incapacidade no nosso país. 

Rosa de Pinho, Médica de Família e Presidente da SPH salienta que “é fundamental consciencializar os portugueses para esta doença, alertando-os para a importância de medir a pressão arterial, controlar a HTA e conhecer os riscos associados a valores não controlados. Outro fator preocupante é a prevalência crescente de crianças e jovens com HTA, o que se atribui ao consumo excessivo de sal, sedentarismo e aumento de excesso ponderal/obesidade nessas faixas etárias”.  

A SPH tem em curso a “Missão 70/26”, uma iniciativa nacional para melhorar o controlo da Hipertensão Arterial, que tem como objetivo controlar 70% dos hipertensos vigiados nos cuidados de saúde primários em Portugal até 2026, através da implementação de um conjunto de ações destinadas a profissionais de saúde e doentes. “Junto da comunidade, pretendemos sensibilizar a população para a importância de medir regularmente a pressão arterial, de aderir à terapêutica e de consultar o médico regularmente para vigilância da doença. Para isso, e beneficiando do papel de liga da SPH, será implementado um plano de ações com o intuito de divulgar e explicar a HTA junto do público em geral e informar, esclarecer e educar o doente sobre a gestão da doença” acrescenta Rosa de Pinho.  

Além das atividades programadas para Castelo Branco, no dia 17 de maio, irão decorrer durante a manhã, rastreios no Hospital Garcia de Horta (Almada) e Hospital Beatriz Ângelo (Loures).  

No Dia Mundial do Enfermeiro
A MyCareforce, plataforma digital portuguesa que conecta Enfermeiros e Técnicos Auxiliares a vagas disponíveis em instituições...

Nascida em maio de 2021, a MyCareforce tem vindo a trabalhar para agilizar e centralizar o método de contratação e redistribuição de enfermeiros e técnicos auxiliares em unidades de saúde nacionais e internacionais. São dois anos de crescimento exponencial e tem hoje mais de 12.150 enfermeiros nos dois mercados onde tem operação – Portugal e Brasil – assim como mais de 1.000 Técnicos Auxiliares de saúde.

No total, são mais de 16.000 turnos realizados na plataforma e mais de um milhão de euros pagos aos profissionais inscritos. No que diz respeito a empresas do setor que utilizam a plataforma, são quase 180, incluindo o Grupo Trofa Saúde, SAMS, Grupo Orpea, Residências Montepio, diversas Santa Casa da Misericórdia, e ainda uma colaboração com o Serviço Nacional de Saúde em Portugal, com o Hospital Santo António dos Capuchos.

“Estamos num momento muito importante do crescimento da MyCareforce, não apenas com a recente entrada no mercado Brasileiro, mas também com a colaboração que temos vindo a desenvolver com o SNS.” explica Pedro Cruz Morais, Co-CEO da MyCareforce. “Atingir estes números em dois anos é algo que nos deixa muito orgulhosos, mas também nos alerta para o trabalho que temos pela frente, não apenas no que diz respeito à valorização das profissões de saúde em causa, como na melhoria de todo o processo de gestão de Recursos Humanos especializados por parte das entidades e empresas do setor.”

Recorde-se que a start-up entrou no mercado brasileiro no início deste ano, onde espera chegar às 10 mil inscrições na plataforma, e às 70 mil horas trabalhadas, no primeiro ano de atividade. Tem vindo a crescer e a recrutar, principalmente para profissionais que conheçam o mercado brasileiro, pretendendo duplicar a equipa ao longo do ano de 2023.

 

Fibromialgia
Sendo uma condição clínica complexa de causa desconhecida, caracterizada por dor músculo-esquelética

Lara tem 42 anos e foi diagnosticada com Fibromialgia há quase 10. No entanto, explica que a sindrome teve um ano de evolução até ao momento do diagnóstico.

“Comecei por ter dores esporádicas, ora num braço, ora no outro, até que foi afetando, cada vez mais, outras partes do corpo. E eram dores que não passavam com analgésicos”, começa por contar.

“A dor passou a ser uma constante na minha vida e comecei ter dificuldades em dormir, ou seja, as minhas noites de sono eram terríveis, e psicologicamente comecei a andar muito em baixo”, acrescenta.

Aos 15 anos de idade foi-lhe diagnosticada a doença de Crohn e talvez, por isso, numa fase inicial não tenha suspeitado que esta dor generalizada pudesse “ser algo mais”. Sabe-se, aliás, que uma das consequências desta doença inflamatória do intestino é a dor das articulações.

“Decidi falar com a minha gastrenterologista porque comecei a achar que esta situação podia esconder algo mais. Estava a ficar fora de controlo...”, justifica.

Ao fim de três meses de dor, Lara não aguentava fazer uma caminhada sequer. Durante o percurso para casa não conseguia esconder as lágrimas e o desespero.

“Pensa-se que existe um aumento de sensibilidade à dor, devido a alterações dos neurotransmissores e do processamento da dor, que leva a situações de hipersensibilidade a estímulos externos”, explica António Vilar, coordenador do serviço de Reumatologia do Hospital Lusíadas.

De acordo com o especialista, a fibromialgia consiste num “conjunto de sintomas e sinais muito variados, e que incluem dor generalizada musculo-esquelética, que se prolonga por mais de três meses e se acompanha de fadiga intensa, com alteração da qualidade do sono e deterioração cognitiva”.

António Vilar refere ainda que “existe um aumento da sensibilidade a estímulos diversos com o stress, o esforço ou ruídos” e que falta de força e vontade para realizar as tarefas diárias, cansaço intenso ou sensação de esgotamento físico são consequências dessa condição.

Para além da dor, da fadiga e a alteração da qualidade do sono – que se traduz em insónias - , classificados como sintomas clássicos desta síndrome, ela pode fazer-se acompanhar ainda “de quadros tipo colon irritável, queixas urinárias, dores de cabeça e manifestações neuropsiquiátricas com irritabilidade fácil, problemas de memória e atenção em doentes perfeccionistas e com baixa autoestima”.

Formigueiro ou sensação de adormecimento do corpo ou extremidades, descritos também como rigidez articular, podem ocorrer.

Apresentando muitos destes sinais, a gastroenterologista de Lara encaminhou-a, de imediato, para um especialista em reumatologia.

“A médica fez um exame de despiste que consiste em tocar em determinados pontos do corpo e disse-me que tinha 90% de probabilidades de sofrer de fibromialgia”, conta Lara.

António Vilar, reumatologista, explica que o diagnóstico “é feito pelo conjunto de sintomas e pelo exame objetivo que passa pelas pesquisa exaustiva dos pontos dolorosos, integrado nas restantes queixas”.  E salienta que a Fibromialgia “coexiste com outras doenças reumáticas inflamatórias crónicas, o que dificulta ainda mais o diagnóstico, que não tem análises laboratoriais nem meios de imagem específicos”, confirmando-se após a exclusão de outros diagnósticos reumatológicos, psiquiátricos, gastroenterológicos e “até ginecológicos”.

“Fiz depois vários exames e, entretanto, começaram a surgir outros sintomas como a  rigidez matinal. De manhã, assim que punha os pés no chão eu não me conseguia endireitar, por exemplo, e a minha memória passou a ser bastante afetada. Esqueço-me de praticamente tudo. Numa conversa, eu esqueço-me de algo que me disseram ou que eu disse há segundos”, acrescenta Lara.

Explica, com desanimo, que a qualidade de vida se vai perdendo. “Não nos sentimos bem connosco próprios”. E admite que a confirmação do diagnóstico caiu como uma bomba na sua vida.

“Eu meti na cabeça que a médica me ia dizer que eu não tinha nada. Foi dificil, e deixei-me ir abaixo”, confessa explicando que não aceitava ter de lidar com mais uma doença crónica.

“Acabei por mudar tudo na minha vida e, admito, este tem sido um percurso bastante atribulado”, diz.

“As minhas crises, quando são mais fortes, chegam a durar 15 dias. E tenho dias muito complicados, em que só me apetece chorar e em que não me apetece sair da cama. Nesses dias penso «hoje fico, desisto» e quem está ao nosso lado, é muito importante também para a nossa recuperação, tem de ter muita paciência”, explica a jovem.

Apesar da reumatologista a ter aconselhado a consultar um psicólogo Lara não quis. “Acho que precisei de processar tudo o que se estava a passar comigo. Conseguir aceitar por mim a doença, que ainda está em fase de evolução”, justifica.

António Vilar explica que a dor generalizada, característica desta sindrome, “afeta a qualidade de vida familiar, profissional e social dos doentes”. “Importa, no entanto, esclarecê-los que esta síndrome não destrói as articulações, e em quase metade das mulheres tende a extinguir-se com o correr dos anos”, acrescenta.

“No início eu não queria que se soubesse que sofria de fibromialgia. A nível profissional é complicado entenderem que há dias em que não conseguimos agrafar uma folha, por exemplo. Acham que é fita quando dizemos que sentimos dores, que estamos exaustos. Dizem «ah mas tu estás com bom aspecto, como é que dizes que tem dores o dia todo?», conta Lara que “abrir o jogo” com a sua chefe não foi fácil. 

“Só para terem uma ideia, coisas do dia-a-dia que são tão banais, para um fibromialgico podem ser uma tortura. Eu não aguento com um litro de leite, por exemplo. Um prato mais pesado parece pesar uma tonelada! Não consigo abotoar um casaco e, às vezes, abrir uma porta ou certos recipientes é um sacrifício.”, explica.

Diz que o simples ato de segurar o telemóvel enquanto faz uma chamada lhe provoca dores inimagináveis. “Tenho de usar auricular! E, para que percebam o quão dura pode ser esta sindrome, às vezes lavar o cabelo é extremamente penoso. Não consigo descrever as dores que sinto só de ter os braços levantados...”, acrescenta

Desde o seu diagnóstico, Lara toma relaxantes musculares e antidepressivos. Foi aconselhada a praticar exercício físico com regularidade. “A minha reumatologista aconselhou-me a praticar yoga, isto porque se ficarmos parados os músculos começam a enrijecer. Por outro lado, se fizermos um desporto mais intenso, temos mais dores”, conta.

De acordo com António Vilar, reumatologista, os especialistas devem “enfatizar a necessidade de exercício físico regular, em condições adequadas, como piscina aquecida, hidroginástica, seguindo um plano personalizado”, por fim a melhorar a qualidade de vida do doente. “Técnicas de relaxamento físico e psíquico, alternando com exercícios de carga progressiva que podem incluir yoga, pilates ou shiatzu” também são recomendados.

Mas mais importante é, de acordo com este especialista, desdramatizar o quadro e “assegurar que a fibromialgia não retira anos de vida, não necessita de cirúrgias, nem atinge outros órgãos”.

Lara vai vivendo um dia de cada vez. Tenta sorrir perante as adversidades e agradece ter ao seu lado uma família e amigos pacientes, nos quais vai buscando força quando a ela lhe falta. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde Oral
A saúde oral é fundamental para o bem-estar geral do corpo humano.

As doenças periodontais são situações inflamatórias crónicas de etiologia bacteriana que afetam os tecidos de suporte dos dentes (ligamento periodontal, gengiva e osso alveolar), sendo a principal causa de perda de dentes nos adultos. Inicialmente causadas pelo biofilme microbiano, diversos fatores ambientais e genéticos contribuem para o desenvolvimento destas doenças. Podem classificar-se como:

  • Gengivite, reversível através da eliminação da placa bacteriana da superfície dentária e do sulco gengival
  • Periodontite que acontece quando a gengivite não-tratada leva à perda dos tecidos periodontais (ligamento periodontal e osso alveolar) e eventualmente dos dentes.

Nas últimas três décadas múltiplos estudos epidemiológicos demonstraram que a periodontite pode ter um importante impacto na saúde sistémica pois a sua patogénese provoca uma rotura na homeostase em geral.

Atualmente existem dezenas de estudos que avaliaram a associação entre a periodontite e doenças sistémicas como as doenças cardiovasculares, a diabetes, os nascimentos prematuros e as crianças de baixo peso ao nascer, doenças pulmonares crónicas e mais recentemente as doenças inflamatórias intestinais, o cancro colorretal e a Doença de Alzheimer.

O termo Medicina Periodontal é utilizado para descrever como a infeção/inflamação periodontal pode afetar a saúde extra-oral.

A melhor forma de prevenir estas doença é manter uma correta higiene oral, como a escovagem e o uso de fio dentário diariamente. Além disso, uma dieta equilibrada e, no caso dos fumadores, deixar de fumar, também podem ajudar a manter uma boa saúde oral.

Apesar de todos os cuidados, a visita regular ao seu médico dentista é essencial para manter a saúde dos seus dentes e da sua boca.

Dra. Rita Montenegro – Médica Dentista (OMD 1892)
Pós-graduada e Mestre em Periodontologia e Implantes pela University College London (UCL);
Especialista em Periodontologia pela Ordem dos Médicos Dentistas;
Docente Convidada da Disciplina de Cirurgia Maxilofacial do Instituto Universitário Egas Moniz

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dias 1 e 2 de junho
O Congresso de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (CESMO) do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) tem...

O primeiro dia do Congresso tem início com um painel dedicado ao “Banco de Leite Humano do Norte” – criado no CHUSJ com o objetivo de fornecer leite gratuitamente a todos os bebés de risco da região Norte que não podem ser amamentados pelas mães. Ainda no primeiro dia, tem lugar o painel “Nascer de Uma Família”, com vista a abordar temas como a transição para a parentalidade, o aleitamento materno e a recuperação pós-parto, entre outros. Destaque para o painel “Nascer na Era Digital”, momento no qual será apresentada a parte dedicada ao projeto Nascer São João na App MySãoJoão, e abordado o tema da “Preparação Para o Parto e Parentalidade”.

No segundo dia do Congresso, decorre ainda o painel dedicado ao tema “Vida após a Morte”, o qual integra “Comunicação de más notícias em Obstetrícia” e “Perda Gestacional”.

No decorrer do CESMO 2023, terão lugar dois cursos opcionais: “Reanimação do Recém-Nascido” e “Emergências Obstétricas”.

Pode consultar o Programa completo e o Regulamento de Comunicações e Pósteres e aqui. Inscrições aqui.

 

Nova terapêutica, recentemente aprovada pela Agência Europeia dos Medicamento
Nova terapêutica permite uma melhoria significativa na sobrevida global e realizou-se numa unidade de Medicina Molecular da...

O tratamento com Lu177-PSMA é uma inovação para doentes com cancro da próstata. Trata-se da utilização de uma molécula que se une ao PSMA - uma proteína encontrada nas células dos tumores desta glândula -, conjugada com o isótopo Lutécio-177, que irá destruir as células malignas.

Esta nova terapêutica, recentemente aprovada pela Agência Europeia dos Medicamentos, está indicada para pacientes com cancro da próstata metastizado e com progressão da doença oncológica, apesar da terapia hormonal e/ou de quimioterapia.

“Este tratamento configura avanços clínicos recentes e muito promissores em Medicina Molecular: o conceito de theranostics e de medicina de precisão”, diz José Manuel Oliveira, médico especialista em Medicina Molecular e diretor da equipa a cargo desta terapêutica. Theranostics, ou teranóstica, é a junção entre diagnóstico e tratamento.

A primeira aplicação deste tratamento em Portugal decorreu esta quinta-feira numa das três unidades de Medicina Molecular da Atrys - uma multinacional do ramo da saúde com forte presença no nosso País, que se dedica principalmente ao diagnóstico e tratamento oncológico -, tendo sido "um sucesso", ainda de acordo com o médico responsável pelo procedimento.

Nesta nova terapêutica, mediante a administração do radiofármaco, a molécula é captada em tecido tumoral, provocando irradiação e consequente destruição das células malignas.

Esta irradiação seletiva caracteriza-se pela preservação dos tecidos que não estão afetados pela doença.

Os estudos publicados, nomeadamente o ensaio clínico que serviu de base à aprovação deste medicamento pelas agências reguladoras, mostram que este tratamento leva a uma melhoria significativa na sobrevida global, comparativamente aos tratamentos convencionais.

Todos os anos, em Portugal, são diagnosticados cerca de seis mil novos casos de cancro da próstata; tal significa que se trata de quase 1/4 de todos os tumores que afetam o homem.

 

 

 

Hospital do Espírito Santo de Évora acolhe ação formativa Day at the Cath Lab
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a iniciativa formativa Day at the Cath Lab (D@CL),...

De acordo com David Neves, Cardiologista de Intervenção no Hospital e responsável pela iniciativa D@CL, a técnica de imagem permite avaliar com maior resolução espacial as estruturas arteriais coronárias. “Para além da utilidade prática para otimização da angioplastia, é também uma ferramenta investigacional insubstituível”.

E acrescenta: “Este tipo de tratamento é utilizado sempre que é preciso esclarecer uma imagem angiográfica duvidosa, garantir um bom resultado numa angioplastia complexa e elucidar sobre o mecanismo de falência de um stent”.

Rita Calé Theotónio, Cardiologista de Intervenção e Presidente da APIC, explica: “Com este D@CL pretendemos chamar a atenção para a importância da utilização de métodos de imagem intravascular na atualidade, sendo ferramentas úteis para aumentar a precisão diagnóstica e ajudar a guiar intervenções coronárias com maior complexidade técnica. O objetivo é promover a atividade formativa para os cardiologistas de intervenção com interesse na área do OCT”.

O D@CL é uma iniciativa que também permite aos cardiologistas de intervenção conhecerem o dia a dia de uma Unidade de Cardiologia do país, num ambiente informal, hands on e de proximidade.

 

Páginas