Capacitar os profissionais de saúde
Para o Dia Internacional do Enfermeiro, que amanhã (12 de maio) se assinala em todo o mundo, o projeto europeu...

O projeto MulticulturalCare anuncia, «com orgulho, os contributos» que deu, num trabalho que envolveu profissionais de mais duas instituições de ensino superior europeias – UC Limburg (Bélgica) e Universidad de Castilla-La Mancha (Espanha) –, que visam «dotar os estudantes de enfermagem europeus de métodos de aprendizagem inovadores para intervir eficazmente em contextos multiculturais e com diversas populações».

«Num mundo cada vez mais interconectado e diversificado, os profissionais de saúde devem estar equipados com o conhecimento e as habilidades para fornecer cuidados culturalmente sensíveis. Reconhecendo esta necessidade urgente, o Projeto MultiCulturalCare surgiu como uma iniciativa inovadora na educação de enfermagem, com o objetivo de cultivar uma nova geração de enfermeiros culturalmente competentes. Com o objetivo primordial de contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio relacionados com a saúde, estabelecidos pelas Nações Unidas, este projeto visa promover a competência cultural entre estudantes de enfermagem e a comunidade de saúde em geral», observam os promotores do projeto coordenado pela professora da ESEnfC, Ana Paula Monteiro.

Nesse sentido, esta equipa internacional desenvolveu «um inovador MODELO DE EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM MULTICULTURAL CARE», onde se destacam quatro aspetos:

  • Abordagens inovadoras de aprendizagem: «O projeto abrange métodos de ensino inovadores, que envolvem os alunos de enfermagem em experiências de aprendizagem imersivas e interativas. Essas abordagens vão além das configurações tradicionais de sala de aula, permitindo que os alunos desenvolvam uma compreensão profunda da diversidade cultural e seu impacto na saúde. O Modelo de Educação em Enfermagem MultiCulturalCare integra Aprendizagem Experiencial, cenários de simulação e experiências do mundo real, como programas de imersão na comunidade e rotações clínicas em ambientes culturalmente diversos. Ao mergulharem em diferentes comunidades, os estudantes de enfermagem ganham experiência em primeira mão ao navegarem pelas diferenças culturais e ao compreenderem o impacto dos determinantes sociais na saúde».
  • Competências multiculturais centrais na educação em enfermagem: «O Projeto MulticulturalCare coloca uma forte ênfase em fornecer aos estudantes de enfermagem o conhecimento e as habilidades necessárias para navegar em ambientes multiculturais. Através de módulos de formação abrangentes, os alunos aprendem sobre diversas culturas, crenças e práticas, promovendo a sensibilidade e o respeito cultural».
  • Aprendizagem e intercâmbio colaborativos: «Reconhecendo o valor da colaboração, o projeto facilita a troca de conhecimentos entre estudantes de enfermagem, profissionais de saúde, organizações, mentores e professores. Essa abordagem colaborativa promove a aprendizagem mútua, a partilha das melhores práticas e o desenvolvimento de uma rede de apoio comprometida com a competência cultural na área da saúde».
  • Abordagem das desigualdades na saúde: «Ao munir os estudantes de enfermagem com competências multiculturais, o Projeto MulticulturalCare visa contribuir para a redução das desigualdades na saúde. Cuidados culturalmente sensíveis levam a melhores resultados de saúde e à satisfação dos utentes, particularmente dos indivíduos de diversas origens e de grupos marginalizados».
Investigação clínica na área do cancro da mama
O Prémio de Investigação Noémia Afonso, lançado pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), tem as candidaturas a decorrer...

O prémio, criado em homenagem à Dr.ª Noémia Afonso, "um membro ativo da SPS que nos deixou de forma prematura e uma oncologista muito respeitada entre os seus pares", afirma José Carlos Marques, presidente da SPS, acrescentando que “esta iniciativa pretende estimular a investigação, pelo que este é mais um passo em prol da promoção da interdisciplinaridade entre as várias especialidades médicas na área do cancro da mama”.

Os trabalhos apresentados serão avaliados pela sua investigação de natureza interdisciplinar, pela sua contribuição na melhoria da intervenção clínica e pelo real impacto no desenvolvimento científico, através de critérios como a originalidade e grau de inovação, exequibilidade e potencial impacto na prática clínica ao nível do cancro da mama.

Os participantes podem submeter a sua candidatura até 31 de maio através do preenchimento de um formulário na página da SPS.

O grande vencedor desta distinção irá receber 20 mil euros para apoio ao desenvolvimento do projeto, e será anunciado nas XX Jornadas de Senologia.

Consulte o regulamento, aqui.

 

 

 

Sarcocornia perennis
Uma equipa da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), constituída pelas professoras desta instituição de...

O estudo realizado por esta equipa, no âmbito to projecto PEARLs - PotEncial das plAntas maRítimas na aLimentação Saudável: contributos para o desenvolvimento sustentável do litoral português (Projeto INOVC+) e em colaboração com a empresa “Tertúlia de Sabores”, sita em Coimbra, teve como objetivo avaliar o potencial do pó de S. perennis como substituto nutricionalmente relevante do sal (sódio) no pão de trigo branco, tendo sido igualmente avaliadas e comparadas com o pão convencional as propriedades físicas, nutricionais, minerais, sensoriais e atividade microbiológica de duas amostras de pão no qual foi incorporado o halófito em causa. Numa das amostras foi adicionada à base da farinha do pão uma quantidade de pó de S. perennis equivalente à dose normal de sal (0,47%). Na outra amostra, a equipa de investigação juntou o correspondente a metade da concentração de sódio (0,235%).

Este trabalho de investigação aplicada permitiu concluir que a adição de pó de S. perennis promoveu um aumento significativo de todos os nutrientes e minerais do pão, como cálcio, fósforo, ferro e manganês. Para além da melhoria na qualidade do produto, as amostras concebidas foram ambas sensorialmente bem aceites, sendo que na amostra onde o sal foi reduzido para metade, a aceitabilidade dos provadores não foi afetada. Adicionalmente, esta última amostra, dado que se apresenta como uma solução que possibilita a redução da ingestão diária de sódio, traduz-se em benefícios ao nível económico e de saúde pública e é igualmente mais promissora no que diz respeito a uma maior estabilidade ao longo do tempo em questão de deterioração microbiana, causada principalmente por fungos e leveduras.

Segundo Aida Moreira da Silva, promotora principal do projecto PEARLs, a relevância deste estudo prende-se com o facto de o pão ser “um bem alimentar consumido diariamente pela generalidade das pessoas e de ser uma importante fonte de sódio na dieta humana, cuja ingestão acima do necessário fisiologicamente tem sido associada a algumas doenças não transmissíveis, como hipertensão, doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral”. Nesta medida, “entre as intervenções para reduzir o teor de sal no pão, a incorporação de pó de halófitas de sabor salgado pode ser uma estratégia a considerar seriamente”.

Do trabalho resultou o artigo com o título “Re-Thinking Table Salt Reduction in Bread with Halophyte Plant Solutions”, recentemente publicado na revista indexada “Applied Sciences” da editora MDPI e disponível em https://doi.org/10.3390/app13095342.

Opinião
Temos assistido nas últimas décadas, em Portugal e na Europa, a um decréscimo significativo da taxa

A evolução do papel da mulher na sociedade é, sem dúvida, uma das justificações, aliado às várias barreiras económicas que os jovens adultos têm de ultrapassar. As mulheres investem cada vez mais nos estudos universitários, apostam em carreiras profissionais exigentes, que roubam tempo para a construção do projeto familiar. A evolução na contraceção, com vários métodos eficazes disponíveis, aliado ao aumento do conhecimento dos casais nesta temática, tem contribuído para a diminuição da gravidez não planeada em idades mais jovens. Por outro lado, as várias crises económicas dos últimos anos, acarretaram dificuldades acrescidas para os jovens adultos atingirem a independência financeira. O difícil acesso à habitação pode também atrasar a decisão de ter o primeiro filho.

Além disso, antes de darem o grande passo da parentalidade, os jovens adultos querem viver diferentes experiências pessoais, sociais e profissionais. Querem fazer mestrados e doutoramentos, viajar, ter vários hobbies e serem promovidos.

Vai ficando para trás a decisão de ser mãe... Mas será que há riscos em adiar a maternidade?

Define-se maternidade em idade materna avançada quando esta ocorre depois dos 35 anos (inclusive). Em Portugal, cerca de 15% dos nascimentos de primeiros filhos ocorrem nesta fase. O aumento da idade materna associa-se ao risco aumentado de várias complicações, começando pela diminuição da fertilidade. Existe um declínio gradual da fertilidade com a idade, sendo este mais acentuado a partir dos 35 anos. Além disso, existem outras complicações como: aborto espontâneo (a taxa de aborto espontâneo em mulheres com menos de 35 anos é de 12%, entre os 35-39 anos é de 25% e após os 40 anos de 51%); gravidez ectópica; anomalias cromossómicas e malformações congénitas. É mais provável uma gestação múltipla, quer em gestações espontâneas, quer após técnicas de procriação medicamente assistida. No decurso da gravidez em idades mais avançadas, podem existir complicações médicas, como hipertensão crónica, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Quanto a morbilidade e mortalidade maternas e neonatais, destaca-se maior risco de parto pré-termo, parto por cesariana, recém-nascidos leves para idade gestacional e morte fetal.

Será que existem benefícios em adiar a maternidade? Nem tudo são riscos e complicações. A verdade é que também podem ser enumeradas algumas vantagens como a estabilidade financeira, maturidade materna, planeamento da gravidez, possivelmente com mais tempo para o bebé e para a família.

Será que esta tendência de adiar a maternidade pode ser revertida? Esta problemática tem de estar na agenda dos decisores políticos! Deve ser pensada e discutida em sociedade, para que sejam encontrados incentivos governamentais e empresariais que promovam a maternidade em idades mais jovens. Apostar em licenças de parentalidade partilhadas, redes de creches gratuitas de qualidade, melhoria dos incentivos fiscais, subsídios pré-natais e abonos de família mais abrangentes. É fulcral a criação de programas integrados entre o estado e as empresas com apoios nesta nova fase da vida dos seus colaboradores, com o objetivo de equilibrar a vida pessoal e profissional. Mais dinheiro, mais tempo em família, produtos ou serviços, o que seja, os novos pais agradecem.

Ainda assim, continuar a adiar a decisão de ser mãe vai ser a escolha de muitas mulheres. Porém, esta deve ser uma escolha consciente dos riscos e com informação sobre algumas soluções. Existe a possibilidade de preservar a fertilidade por motivos sociais, através da congelação de ovócitos. Mas até a eficácia da preservação vai depender da idade materna. A taxa cumulativa de recém-nascidos quando se utilizam ovócitos criopreservados é o dobro quando a colheita é feita antes dos 35 anos. Quanto maior a idade da mulher, menor o número de ovócitos colhidos e pior a qualidade dos mesmos. A idade é um fator determinante!

O adiar da maternidade pode ser um problema, mas também pode ser uma escolha. Deve ser uma escolha informada e consciente dos riscos e possíveis soluções.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
31 de maio
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) realiza no dia 31 de maio, entre as 17h00 e as 19h00, uma nova sessão de...

A sessão trazida pela APCL irá contar com a participação de Luísa Almeida, assistente social do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. A especialista irá abordar os direitos das pessoas com cancro do sangue. A moderação da sessão estará a cargo das psicólogas Sara Teixeira e Andreia Cardoso.

A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia. Deve ser efetuada por e-mail, para geral@apcl.pt, ou telefone, através do número 213 422 205.

Este tipo de iniciativas promovidas pela APCL visa promover a partilha de conhecimento e informação relevantes, para indivíduos que vivem, convivem ou lidam com doenças hemato-oncológicas.

 

Fundação Portuguesa de Cardiologia sensibiliza população para o fator de risco
Cerca de dois terços da população adulta portuguesa tem o seu colesterol elevado, uma patologia grave sobre a qual é...

No âmbito desta Campanha, a Fundação Portuguesa de Cardiologia levou a cabo, com a GFK Metris, a realização de um Estudo – “Os Portugueses e o Colesterol 2023” – cujos resultados dão a conhecer a perceção que a população tem sobre este importante fator de risco.

De acordo com o Estudo realizado, 74% dos portugueses, isto é 3 em cada 4, assume que não sabe qual é o valor do seu colesterol, desconhecimento que é muito expressivo nas camadas mais jovens (18-24 anos e 25-44 anos), mas que diminui com a idade dos inquiridos (45-64 anos e 65 e mais). Apenas 26% dos inquiridos sabe o seu valor e a relevância que o colesterol tem enquanto fator de risco. A grande maioria dos portugueses (89%) inquiridos pelo Estudo afirma que o colesterol é uma gordura que circula no corpo e 64% afirma que um valor considerado “normal” é inferior a 190 mg/dL.

De entre as várias frações do colesterol, o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Oliveira Carragtea, alerta que "é importante estarmos atentos aos valores das LDL (low density lipoprotein ou lipoproteínas de baixa densidade), vulgarmente conhecida como o ‘mau colesterol’, e por ser aquela que, ao depositar-se na parede das artérias, provoca a aterosclerose", pelo que "quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular".

Em Portugal, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de um terço do total das mortes e, em média, morrem cerca de 80 pessoas por dia devido a patologia cardiovascular. Cerca de oito em cada 10 óbitos de causa cardiovascular que ocorrem precocemente (antes dos 70 anos) podem ser evitados, quando controlados os níveis de colesterol LDL (colesterol mau), um dos principais fatores de risco destas doenças.

Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, "os valores elevados de colesterol não causam sintomas e, quando estes ocorrem, podem ser graves e súbitos, manifestando-se, por exemplo, sob a forma de dor no peito devido a angina de peito ou enfarte do miocárdio ou mesmo morte súbita, sendo, por isso, fundamental instruir a população sobre o colesterol e as suas implicações".

O objetivo da Campanha "Maio, Mês do Coração" pretende, assim, dar a conhecer o estado atual das doenças cardiovasculares em Portugal e qual a importância que o controlo do colesterol, enquanto fator de risco assume na prevenção destas patologias. A Fundação Portuguesa de Cardiologia quer, através da sua Campanha de sensibilização, tornar visível o que não se vê nem se sente - o ‘mau’ colesterol (LDL) - e que só se vê que está elevado quando são feitas análises para a sua medição, chamando, ainda, a atenção para o facto de que mesmo medicado para o colesterol, o doente pode não estar garantidamente normalizado.

A Campanha – presente em diversos meios de Comunicação Social (televisão, rádio e imprensa) e em espaços de grande afluxo populacional (hipermercados ou eventos desportivos) – integra, ainda, várias iniciativas, entre as quais a realização de rastreios cardiovasculares em locais públicos e em empresas, de uma reunião científica dedicada à temática do Colesterol, um Torneio de Padel e sessões educativas de literacia em saúde (presencias e videoconferência) em estabelecimentos de ensino, difusão de mensagens através da rádio. Ao longo do mês de maio, a Fundação Portuguesa de Cardiologia irá realizar o habitual peditório nacional de angariação de fundos necessários para a prossecução da sua atividade.

Mais informações sobre a Campanha “Maio, Mês do Coração” estão disponíveis no website da Fundação Portuguesa de Cardiologia: http://www.fpcardiologia.pt/.

Investigador da Universidade de Coimbra
A estimulação do cerebelo durante o envelhecimento tem impacto na melhoria da memória episódica (a capacidade de recordar...

O estudo, publicado na revista GeroScience (uma das revistas mais importantes na área da gerontologia), contou com a participação de pessoas saudáveis, com mais de 60 anos, que foram sujeitas a um treino cognitivo e a uma técnica de estimulação neuronal indolor (a neuroestimulação transcraniana por corrente direta). Como explica Jorge Almeida, a investigação mostrou «uma melhoria na capacidade de idosos saudáveis se recordarem de listas de palavras, após somente doze sessões consecutivas de estimulação cognitiva e neuronal».

Sobre as melhorias apresentadas, «os indivíduos estimulados no cerebelo foram capazes de se recordar de mais 4 palavras, em média, num total de 16, quando comparados com os outros grupos de controlo», sublinha o também diretor do Proaction Lab e investigador do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental.

O aumento na capacidade de memória foi acompanhado de modificações ao nível neuronal na ligação entre as áreas responsáveis pela memória – ou seja, o efeito da estimulação do cerebelo foi também visível nas estruturas neuronais que suportam a memória episódica, fortificando as suas conexões. Estas melhorias foram registadas imediatamente após o programa de intervenção, que teve a duração de 12 dias, e continuaram estáveis no controlo realizado 4 meses depois.

Jorge Almeida destaca ainda que «estes dados demonstram a nossa capacidade de atuar, de forma simples e não farmacológica, numa das maiores queixas relacionadas com o declínio cognitivo na terceira idade – a nossa capacidade de nos recordarmos de coisas do nosso dia-a-dia».

O estudo, que envolveu uma equipa multidisciplinar e multinacional composta por psicólogos, médicos e engenheiros de várias universidades (nomeadamente Coimbra, Harvard e São Paulo), aponta também para um papel renovado do cerebelo ao nível dos processos cognitivos e no modo como a mente funciona, que vai para além da típica ligação aos aspetos de coordenação de movimento.

Com a esperança média de vida a aumentar, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, em 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos. Esta previsão demográfica vai colocar desafios enormes à sociedade, dado que o envelhecimento está fortemente ligado ao declínio cognitivo, a doenças neurodegenerativas e a fragilidades diversas. Salientando que a memória episódica será, provavelmente, a maior vítima do declínio cognitivo associado ao envelhecimento, os autores do estudo revelam esperança nos resultados face ao contexto demográfico atual e futuro, e reforçam a importância de intervenções não farmacológicas para a prevenção e diminuição do declínio cognitivo em idosos.

O artigo científico “The cerebellum is causally involved in episodic memory under aging” está disponível em https://link.springer.com/article/10.1007/s11357-023-00738-0.

Opção terapêutica
O Síndrome de Sézary é um subtipo de linfoma cutâneo de células T agressivo que se apresenta sob a f

O Síndrome de Sézary afeta tipicamente homens com 60 anos ou mais, mas pode ser diagnosticado em indivíduos de qualquer sexo ou idade. As manifestações clínicas mais frequentes são o prurido, a eritrodermia (pele vermelha) e adenomegalias generalizadas. Frequentemente associa-se também a alterações da pele nas palmas das mãos e plantas dos pés, das unhas e a alopecia.

O diagnóstico obriga a integração da clínica com os resultados da avaliação do sangue e biópsias da pele e gânglios. O diagnóstico é, por vezes, difícil e tardio devido à necessidade de cumprir vários critérios clínicos, analíticos e anátomo-patológicos e à exclusão de outras dermatoses mais frequentes que também provocam eritrodermia. O Síndrome de Sézary deve também ser distinguido da Micose Fungóide em fase eritrodérmica, uma vez que são doenças com fisiopatologia, tratamento e prognóstico diferentes. É também obrigatório o diagnóstico diferencial com linfomas de células T sistémicos com envolvimento cutâneo secundário. Atendendo à sua complexidade, o acompanhamento destes doentes deve ser realizado em centros de referência por equipas especializadas que são constituídas por vários médicos, incluindo dermatologistas e hematologistas.

Embora represente somente cerca de 5% dos linfomas cutâneos, o Síndrome de Sézary associa-se a mau prognóstico, que se traduz em diminuição da sobrevivência e da qualidade de vida.  Os doentes são imunodeprimidos e têm uma maior suscetibilidade a infeções virais e a algumas infeções fúngicas, as quais podem ser fatais. Existem vários tratamentos disponíveis para esta doença, mas o Transplante de Medula Óssea, é o único tratamento que oferece a possibilidade de cura. Este tratamento é realizado em regime de internamento numa unidade de transplante onde é realizada quimioterapia para eliminar a medula óssea do doente. Em seguida, as células progenitoras de um dador compatível, familiar do doente ou identificado num painel internacional, são administradas no sangue periférico do doente. Em poucas semanas, estas células vão formar a nova medula óssea do doente e podem atacar as células malignas restantes que são reconhecidas como células estranhas.

Nem todos os doentes são elegíveis para transplante devido à idade avançada em que a doença se manifesta ou às comorbilidades que apresentam. Além disso, o transplante é um procedimento que não é isento de riscos, incluindo risco de vida, devendo ser pesado o risco-benefício para cada situação específica. Este tratamento deve ser considerado em doentes jovens, sem comorbilidades e que apresentem sensibilidade ao tratamento com quimioterapia. Nos doentes não elegíveis, as restantes opções terapêuticas disponíveis são dirigidas ao alívio dos sintomas, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
33,6% admitem que já foram diagnosticados com depressão
Em cada 10 portugueses, seis sentiram sinais de depressão, três já foram diagnosticados com esta doença e quase oito conheceram...

O mesmo inquérito revela ainda que a população portuguesa não tem dúvidas de que a depressão é uma doença (86,2%), embora considerem que não é particularmente valorizada pela sociedade (70,9%). Um número significativo acha que é uma doença que fica para toda a vida (29%) e, ainda pensa, que é apenas um estado de espírito (28,5%).

Na opinião de Gustavo Jesus, médico psiquiatra, os dados do estudo agora apresentado revelam que «a maioria dos inquiridos afirma que a depressão é uma doença, o que me parece ser um grande avanço face à perceção que as pessoas anteriormente tinham sobre a depressão. No entanto, ainda há um caminho a percorrer, porque, por exemplo, 29% considera ainda que é uma doença que fica para toda a vida, o que não é verdade na maior parte dos casos, e mais de 28% diz que é apenas um estado de espírito.  Assim, as melhorias relativamente ao conhecimento sobre a doença na população parecem ser algumas, e campanhas como a “Depressão em rodeios” terão tido um papel muito importante, mas continua a ser fundamental falar sobre depressão, porque quanto mais se falar sobre o assunto, sobretudo se isso for feito de uma forma técnica e cientificamente correta, melhores serão os resultados a curto e médio prazo em termos de literacia populacional.»

No que respeita aos principais sintomas que associam a uma depressão, os portugueses entendem que são a tristeza (91,3%), a perda de autoestima/confiança ou sentimentos de culpa (89,6%), a falta de prazer e interesse (85,3%), a ansiedade (82,3%), o cansaço físico ou diminuição da energia (81,9%) e, os problemas cognitivos, como a falta de concentração, a dificuldade em planear, a indecisão, os lapsos de memória ou o raciocínio lento (76%). Para os inquiridos são os três primeiros sintomas referidos que identificam também como sendo os que têm mais impacto no quotidiano das pessoas com depressão.

Dados estes que Luísa Figueira, médica psiquiatra e professora catedrática de psiquiatria na Faculdade de Lisboa sublinha como sendo reveladores da perceção que os portugueses têm dos sintomas relacionados com a depressão: «Sendo correta a perceção dos portugueses sobre o impacto negativo da depressão sobre a vida profissional dos doentes (96,9% respondem afirmativamente), esta afirmação não é concordante com outras  respostas dos inquiridos que acham  que a dimensão  cognitiva é pouco afetada pela depressão (7,4%) e ainda menos a dimensão profissional/financeira (4,7%). Neste aspeto particular será importante uma maior informação à população em geral, dado que efetivamente sintomas como a falta de concentração, a dificuldade em planear, a indecisão, os lapsos de memória ou o raciocínio lento são de facto condicionantes das dificuldades profissionais dos doentes com depressão. Os resultados aqui demonstram que este facto ainda não está claro para a maioria dos portugueses.»

Quando questionados sobre qual o principal fator de risco que aumenta a probabilidade de sofrer de Depressão, a maioria identifica as perdas ou traumas (86%), seguem-se outras doenças (43%) e a hereditariedade (29,9%).

O inquérito “a visão dos portugueses sobre a depressão” foi promovido pela Lundbeck Portugal e envolveu um total de 1.215 inquiridos, telefonicamente, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro de 2022. Todos os indivíduos inquiridos são maiores de idade e residem em território nacional. A margem de erro do estudo é de 2,81% para um intervalo de confiança de 95%.

Opinião
O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença autoimune em que o sistema imune ataca o próprio co

Estatísticas recentes demonstram que o sexo feminino é oito a dez vezes mais afetado e que as idades mais frequentes para o início do Lúpus são entre os 18 e os 55 anos, mas esta doença pode começar em qualquer idade (crianças ou idosos). Na Europa estima-se que 40 em 100.000 pessoas sofrem de LES, embora esta estimativa ainda esteja associada a uma variabilidade substancial. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, esta patologia afeta 0,07% dos portugueses, tipicamente mulheres em idade reprodutiva. Em Portugal já foram registados cerca de quatro mil casos de Lúpus em Portugal. A sua evolução é incerta, podendo apresentar-se constante durante vários anos, ou evoluir de forma rápida intercalando-se com períodos de remissão. A manifestação clínica desta patologia é variável de doente para doente. Na maioria dos casos (90%) estão presentes manifestações cutâneas e/ou articulares. Alguns doentes podem apresentar manifestações de maior gravidade, particularmente alterações renais (37%) ou neuropsiquiátricas (18%).

As células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical apresentam propriedades imunorreguladoras e exibem efeitos terapêuticos em várias doenças autoimunes, como o Lúpus.

Ao longo dos anos, vários ensaios clínicos têm sido realizados para perceber o efeito do transplante de células mesenquimais no tratamento desta doença. No ano passado foi publicado um estudo que avaliou a segurança e efeitos das células estaminais mesenquimais de cordão umbilical em doentes com LES, demonstrando que dado o seu perfil de segurança, as células estaminais mesenquimais podem, no futuro, ser uma nova abordagem terapêutica para tratar o lúpus com um melhor perfil de segurança comparação com as terapias atuais. Desta forma, este ensaio clínico de fase 1 sugere que as células estaminais do tecido do cordão umbilical são muito seguras e também apresentarem efeitos benéficos no combate ao Lúpus. Os efeitos exercidos das células mesenquimais nas células B e GARP-TGFβ apontam uma nova visão sobre os mecanismos pelos quais estas células estaminais do tecido do cordão umbilical podem combater esta doença.

A terapia atualmente usada para o tratamento do Lúpus apresenta como objetivo a indução da remissão, apontando o rápido controlo da atividade da doença. Entre outros, são usados fármacos anti-inflamatórios, não esteróides; corticosteróides (devido às suas propriedades anti-inflamatórias constituem o pilar do tratamento de várias doenças autoimunes sistémicas) e imunossupressores. Neste sentido, caraterísticas como baixa imunogenicidade (ausência de administração de imunossupressores para infusão), capacidade de “homing” (capacidade de migração para os locais de inflamação após infusão), e principalmente as propriedades imuno-modulatórias (conferindo um ambiente anti-inflamatório) associadas à segurança, à facilidade de infusão e à duração de resposta, tornam as células mesenquimais do tecido do cordão umbilical um excelente alvo terapêutico para doenças autoimunes, nomeadamente o Lúpus Eritematoso Sistémico.

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LES afeta cerca de 0,1 % da população portuguesa
Sabia que o cansaço acentuado, febre, dores musculares ou dor e inflamação articular estão entre as

O lúpus eritematoso sistémico (LES) é uma doença reumática inflamatória crónica que ocorre quando o sistema imune, através de uma desregulação imunológica a vários níveis (por exemplo, pela produção de autoanticorpos), reage contra os órgãos e tecidos do organismo humano, levando a um processo contínuo de inflamação com dano consequente. A causa desta patologia não é exatamente conhecida, contudo, até à data, sabe-se que resulta de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e hormonais. O LES é mais prevalente no sexo feminino (razão 10:1), particularmente em mulheres em idade fértil ou reprodutiva. Segundo dados disponibilizados pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) no grande estudo epidemiológico das doenças reumáticas em Portugal - EpiReumaPt, o LES afeta cerca de 0,1 % da população portuguesa.

As manifestações clínicas do LES são muito diversas e podem variar muito de doente para doente. Na maioria dos casos estão presentes alterações articulares e/ou cutâneas. Contudo, alguns doentes terão manifestações mais graves, como o envolvimento renal ou neuropsiquiátrico.

Os primeiros sinais podem surgir entre os 16 e os 49 anos, sendo que os mais comuns incluem: sintomas constitucionais, tais como cansaço acentuado, febre e dores musculares, habitualmente presentes em algum momento durante o curso da doença; manifestações articulares como dor e inflamação articular (artrite) com carácter simétrico; tipicamente (embora, nem sempre) alterações da pele, como rash ou eritema fotossensível da face em forma de asa de borboleta, ou outras lesões cutâneas em áreas fotossensíveis e expostas ao sol; úlceras (aftas) orais ou na mucosa nasal; aumento da queda difusa de cabelo; fenómeno de Raynaud (alteração da coloração das extremidades dos dedos das mãos ou dos pés com a exposição ao frio) ou, menos frequentemente, secura ocular ou oral.

Embora existam, fundamentalmente, dois tipos da mesma doença – o LES e o lúpus eritematoso cutâneo (que atinge exclusivamente a pele), no caso do primeiro tipo, vários órgãos e sistemas são afetados. Como tal, outras manifestações mais graves podem ocorrer: alterações hematológicas, incluindo anemia, diminuição dos glóbulos brancos (leucopenia) e plaquetas (trombocitopenia); doença pulmonar, sobretudo inflamação da pleura, mas também pneumonite, doença intersticial do pulmão, hipertensão pulmonar e hemorragia alveolar; trombose venosa ou arterial; envolvimento neuropsiquiátrico que leva a defeitos cognitivos, delírio, alterações psiquiátricas, convulsões, dor de cabeça ou neuropatias periféricas (que cursam com “formigueiros” nas extremidades dos membros).

Na ausência de tratamento, a doença evolui e gera complicações potencialmente fatais. Entre elas, destacam-se o envolvimento renal que se pode manifestar por hipertensão arterial ou edema dos membros inferiores (e que se não tratado adequadamente poderá evoluir para insuficiência renal crónica com necessidade de hemodiálise), a doença cardiovascular com inflamação do pericárdio (membrana que envolve o coração), do músculo cardíaco ou mesmo lesões das válvulas cardíacas e que podem levar à ocorrência de pericardite, miocardite ou insuficiência cardíaca grave. Igualmente, o risco de doença aterosclerótica está muito aumentado nos doentes com LES, podendo manifestar-se por enfarte do miocárdio ou AVC em idades mais jovens.

Não existe um único teste ou uma única forma de diagnóstico da doença, sendo um desafio para os reumatologistas diagnosticar o LES num determinado doente, já que as manifestações clínicas podem também estar presentes noutras doenças. Assim, o diagnóstico resulta de uma combinação da avaliação clínica criteriosa (com história clínica e exame físico completos), do estudo laboratorial (com análises clínicas específicas) e, quando necessário, de estudos radiológicos (como a radiografia, a tomografia computorizada (TC) ou o ecocardiograma). Sendo a produção de anticorpos uma característica que, quase sempre, está presente nestes doentes, a sua análise torna-se fundamental, quer na confirmação quer na exclusão do diagnóstico. Os anticorpos tidos em conta são: anticorpos antinucleares (ANA), presentes em quase todos os doentes (sendo muito sensíveis mas pouco específicos da doença), o anticorpo anti-DNA nativo (muito específicos da doença), entre outros, como o anticoagulante lúpico, os anti-fosfolipídeos, o anti-Sm, o anti-SSa ou o anti-SSb. A avaliação analítica dos níveis de complemento (que quando baixos indicam atividade da doença) e dos parâmetros inflamatórios (proteína C reactiva e velocidade de sedimentação) é também crucial na monitorização da atividade da doença.

Pode ocorrer um surto da doença em qualquer altura, seja espontaneamente ou secundária a fatores como stress (emocional ou físico – por exemplo, cirurgia, gravidez, parto), infeção (respiratória ou outra), exposição ao sol ou a determinados fármacos.

A fertilidade em doentes com LES não parece estar alterada pela doença em si; no entanto, em mulheres expostas a determinados tipos de tratamento (por exemplo, à ciclofosfamida) pode ocorrer uma diminuição da reserva ovárica.

Quanto à gravidez em mulheres com LES, não existe nenhuma contraindicação à gestação nestas doentes: a gravidez deve ser planeada e será bem-sucedida desde que a doença esteja controlada e haja um seguimento em consulta multidisciplinar específica. Contudo, esta acarreta riscos materno e fetal superiores quando comparados com os de uma gravidez em mulheres saudáveis (havendo fatores da doença que aumentam esse risco, como a positividade

para anticorpos anti-SSa, anti-SSb ou anti-fosfolipídeos). As complicações incluem pré-eclampsia, parto pré-termo, restrição do crescimento fetal intrauterino e, em situações mais graves, lúpus neonatal na criança ou, até mesmo, perda fetal. O prognóstico, tanto para a mãe como para o bebé, é melhor quando o LES está em fase quiescente, ou seja, inativo há pelo menos seis meses antes da conceção. Os surtos de doença durante a gravidez em mulheres com LES colocam desafios no que respeita à distinção entre as alterações fisiológicas relacionadas com a gravidez e as manifestações relacionadas com a doença. Deste modo, a atenção da doente e do médico deve ser redobrada. Tendo em conta todos estes aspetos, antes da conceção, a doença deve estar controlada e os fármacos envolvidos no tratamento do LES têm que ser revistos, já que alguns podem ser prejudiciais ao feto. Para isso, é necessária uma abordagem multidisciplinar com monitorização médica, obstétrica e neonatal rigorosa para otimizar os resultados maternos e fetais. As doentes com LES que pretendem engravidar devem ser submetidas a um controlo apertado e consultar o reumatologista e o obstetra.

O tratamento do LES depende da atividade da doença, isto é, da gravidade e do tipo de sintomas presentes num determinado momento. Os objetivos prendem-se, assim, com a indução da remissão, ou seja, o controlo rápido da atividade da doença, seguido de um tratamento de manutenção e, ao mesmo tempo, de prevenção de surtos de agudização. Existem vários fármacos utilizados para cada uma destas etapas do tratamento médico. De uma forma simples, os mais utilizados são: anti-inflamatórios não esteróides, especialmente nas manifestações articulares, musculares, cardíacas (miocardite e pericardite), pulmonares (pleurisia) e cefaleias; corticosteróides que devido às suas propriedades anti-inflamatórias constituem o pilar do tratamento de várias doenças sistémicas imunomediadas, podendo ser administrados por via tópica (lesões cutâneas), intra-articular (artrite), oral, intramuscular ou intravenosa; antipalúdicos de síntese (hidroxicloroquina - Plaquinol®), cuja utilização crónica está associada a menos complicações no curso da doença, à redução da mortalidade e à redução da incidência de exacerbações, sendo, atualmente, recomendados para todos os doentes com LES na ausência de contraindicações; imunossupressores clássicos (como a azatioprina, a ciclofosfamida, o micofenolato mofetil e o metotrexato), como alternativa à hidroxicloroquina; as imunoglobulinas humanas endovenosas; e, por último, medicamentos biotecnológicos (belimumab, rituximab e anifrolumab) produzidos com as novas técnicas de engenharia biomolecular para casos mais graves e refratários.

Existem medidas gerais que podem ajudar na prevenção de surtos e/ou agravamento da atividade da doença: evitar a exposição solar, usar protetor solar com elevado fator de proteção contra a radiação UV (> 50+) durante todo o ano, realizar exercício físico regular e, sobretudo, cessar com o consumo de tabaco. Dado o elevado risco cardiovascular, para além da evicção

completa do tabaco, o tratamento das comorbilidades (diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia) é fundamental para o controlo da doença.

Finalmente, os doentes com LES devem ser também responsáveis pela monitorização e controlo da sua doença. O contacto regular com o médico reumatologista assistente, o cumprimento das medidas por si aconselhadas e a atenção redobrada à ocorrência de novos sinais e sintomas são atitudes fundamentais para que o sucesso do tratamento seja atingido e a evolução da doença possa, porventura, ser desacelerada ou mesmo interrompida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dias 29 de maio e 2 de junho
No âmbito do mês dedicado à pele, a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) compromete-se a esclarecer a importância da mesma e...

Estas sessões formativas e científicas, destinadas a doentes e profissionais de saúde, abordam os efeitos secundários dos tratamentos oncológicos na pele e no estado emocional do paciente, com a apresentação de cuidados a ter de forma a minimizar a gravidade dos sintomas e a garantir que este não seja mais um fator destabilizador da força e confiança do doente.

Mais de 80% dos doentes oncológicos desenvolvem efeitos secundários cutâneos como pele seca, reações desencadeadas pela radioterapia, vermelhidão, inflamação da palma das mãos e plantas dos pés, foliculite (inflamação do folículo capilar), resultado de inovações terapêuticas como a medicação de quimioterapia ou de terapia biológica e que podem ser aliviados e/ou prevenidos através da limpeza, hidratação e proteção diária da pele.

Miguel Abreu, médico oncologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) convida à inscrição no evento e refere que este é um “órgão que manifesta consequências físicas e visíveis dos tratamentos oncológicos, podendo ser causa de profundo sofrimento para os doentes, impedindo que concluam os seus tratamentos com sucesso. É, por isso, importante saber de que forma este impacto pode ser minimizado com conselhos práticos para durante e após os tratamentos.”

As inscrições são gratuitas sendo que obrigatórias até ao dia 19 de maio em www.sponcologia.pt.

 

‘Pioneering Science’
João Cerqueira, Isabel Santana e Mamede de Carvalho, três reconhecidos médicos e investigadores portugueses, protagonizam o...

‘Como estão estas pessoas a mudar a nossa saúde’ foi o mote que deu origem à realização deste documentário, que dá a conhecer três das principais figuras nas Neurociências em Portugal. Ao longo de cerca de 10 minutos, os três médicos explicam o trabalho que desenvolvem diariamente na prática clínica e a investigação que conduzem, bem como qual o seu contributo para a saúde dos portugueses, em particular nas áreas da Esclerose Múltipla, da Doença de Alzheimer e outras demências, e da Esclerose Lateral Amiotrófica.

O Professor João Cerqueira, o primeiro protagonista deste documentário é, atualmente, o médico neurologista responsável pela Consulta de Esclerose Múltipla no Hospital de Braga, função que acumula com a de Diretor do curso de Medicina na Universidade do Minho, onde também leciona na área da Neurologia. A sua investigação centra-se na área da Esclerose Múltipla, onde procura determinar as causas das alterações cognitivas manifestadas pelas pessoas com esta doença e ainda compreender as alterações imunológicas que estão associadas à patologia. Foi, também, responsável por trazer um modelo curricular inovador para o curso de Medicina da Universidade do Minho, passando este a estar centrado no doente.

A Professora Isabel Santana, também médica neurologista, assume a direção do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, assim como a responsabilidade pela Consulta de Demência nessa mesma unidade hospitalar. É, igualmente, professora catedrática de Neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a mesma instituição onde concluiu o seu doutoramento em Neurologia, com foco na Doença de Alzheimer e outras demências, área de especialização a que se dedica atualmente. Encontra-se envolvida num projeto transversal clínico e de investigação, que comporta a assistência clínica, indo até aos ensaios clínicos de novas terapêuticas. Ao nível do estudo da Doença de Azlheimer, o seu foco está em estudar os biomarcadores que possam permitir um diagnóstico mais exato da doença.

A encerrar o painel de protagonistas surge o Professor Mamede de Carvalho, médico neurologista responsável pela Consulta de Esclerose Lateral Amiotrófica no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, mais propriamente no Hospital de Santa Maria, sendo a sua prática clínica orientada para a área das doenças neuromusculares. É, ainda, Group Leader no Instituto de Medicina Molecular e professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A sua investigação está orientada sobretudo para a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença para a qual está a estudar a recolha e interpretação de dados dos doentes através de Inteligência Artificial, um projeto integrado no programa internacional BRAINTEASER, que se propõe a explorar a big data no apoio aos doentes e médicos dedicados a esta patologia.

De acordo com Anabela Fernandes, Diretora-Geral da Biogen Portugal, “quisemos com este documentário marcar o papel crucial que Portugal e os investigadores portugueses têm desempenhado no estudo das Neurociências, e que nos torna hoje um dos países mais reconhecidos do mundo em Neurologia. Mais do que 20 anos da Biogen em Portugal, assinalamos 20 anos de estreita colaboração com a comunidade médica e científica e do seu contributo para uma área que ainda tem tanto por descobrir. O nosso compromisso é que possamos continuar em conjunto a desvendar mais sobre o nosso cérebro e proporcionar melhor qualidade de vida a cada vez mais pessoas”.

O documentário ‘Pioneering Science’ foi hoje lançado na conferência de 20 anos da Biogen, marcando o arranque das comemorações do aniversário da Biogen em Portugal. A obra encontra-se agora disponível no website da empresa e no YouTube.

A Biogen, reconhecida pelo seu pioneirismo na área das Neurociências, foi fundada em 1978, na Suíça, por Charles Weissmann, Heinz Schaller, Kenneth Murray e pelos vencedores do Prémio Nobel Walter Gilbert e Phillip Sharp, tendo sido desde então responsável pela criação do principal portefólio de medicamentos direcionados para o tratamento da Esclerose Múltipla, e pela introdução do primeiro medicamento aprovado para a Atrofia Muscular Espinhal.

Com o propósito de continuar a investigar, a desenvolver e a disponibilizar terapêuticas inovadoras a pessoas que vivem com doenças neurológicas e neurodegenerativas graves, a empresa biotecnológica tem vindo a apostar fortemente em inovação. Só em 2019, o investimento global em Investigação & Desenvolvimento foi de 2 mil milhões de euros. Para o futuro, a Biogen ambiciona expandir a sua inovação para novas áreas terapêuticas, como a Esclerose Lateral Amiotrófica, a Doença de Alzheimer, a Depressão, distúrbios neuromusculares e distúrbios do movimento, entre outras.

Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica
A MYOS, a associação nacional contra a fibromialgia e a encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), vai...

“Após 20 anos de existência continuamos a ser desafiados diariamente com o estigma associado à fibromialgia e à encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC) e, por isso, precisamos de continuar a desenvolver medidas que previnam o isolamento e que fomentem a educação dos doentes, familiares, profissionais de saúde e população”, afirma Ricardo Jorge Fonseca, Presidente da MYOS.

A campanha “Estou bem” pretende comunicar a invisibilidade da fibromialgia e da encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), enquanto alerta a população de que apesar de uma pessoa “parecer bem” pode estar a vivenciar um conjunto de sintomas geralmente mal compreendidos.

Uma pessoa com fibromialgia sente dor generalizada e difusa, fadiga, rigidez, dificuldade em dormir, formigueiros, dormência, dores de cabeça, confusão mental, dificuldade em concentrar-se, falta de memória, ansiedade e hipersensibilidade, entre outros sintomas. Para mais informações sobre fibromialgia consulte: https://myos.pt/noticias/2023-05-05-myos-lanca-campanha-de-sensibilizacao-para-a-fibromialgia/

Uma pessoa com encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica tem como principais sintomas o mal-estar após realizar esforços mínimos, fadiga profunda, intolerância ortostática, sono não reparador, dores de cabeça, confusão mental, dificuldade em concentrar-se, falta de memória, dor e hipersensibilidade, entre outros sintomas. Para mais informações sobre encefalomielite miálgica/síndrome de fadiga crónica consulte: https://myos.pt/noticias/myos-lanca-campanha-de-sensibilizacao-para-a-em-sfc/

Com a campanha “Estou bem”, a MYOS incentiva toda a população a “juntar-se nesta luta pelas vidas” de todos os que sofrem em silêncio.

Para mais informações sobre a campanha “Estou bem” e sobre a MYOS consulte: https://myos.pt/

 

 

Guia de bolso, de consulta rápida, orientador do tratamento da DPOC nas suas diferentes fases
O Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias (NEDResp) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) lançou o guia ...

A DPOC é uma doença sistémica muito prevalente, heterogénea e tratável. O diagnóstico tardio, o uso inadequado de dispositivos inaladores, a ausência de um plano de cuidados formal e conciliado, as dificuldades de acesso à reabilitação respiratória ou a cuidados paliativos de qualidade são alguns dos obstáculos no acesso das pessoas ao tratamento indicado.

“Este roteiro de cuidados pretende proporcionar aos leitores um guia de bolso, de consulta rápida, orientador do tratamento da DPOC nas suas diferentes fases”, explicou Pedro Leuschner, coordenador do NEDResp e editor do guia.

Acrescentou, ainda, que “este roteiro de cuidados é ainda mais pertinente no presente contexto de rápida evolução do conhecimento e de complexidade do plano assistencial”.

No prefácio, escrito por Àlvar Agusti, do Instituto Respiratório, Hospital Clinic, Universidade de Barcelona, fica percetível que o perfil do doente com DPOC se tem vindo a alterar ao longo dos anos. “Atualmente, a DPOC ocorre tanto em homens como em mulheres, nem sempre se caracteriza pela perda acelerada da função pulmonar e, cada vez mais, existem doentes jovens”, pode ler-se.

Além de ser um guia, este roteiro pretende também sensibilizar e capacitar os internistas para o tratamento das doenças respiratórias.

 

Evento gratuito, com inscrição obrigatória
A importância dos cuidados de saúde primários na gravidez e pós-parto vão estar em destaque no workshop, organizado pela...

Este workshop, presencial e gratuito, vai abordar temas como a importância da colheita do sangue do cordão umbilical, saúde mental na grávida e pós-parto, gestão do medo e ansiedade na gravidez e pós-parto e, o sono do bebé.

Durante o evento vai ter lugar ainda a atividade de Pintura de Barriguinhas.

Inscrições gratuitas em https://bebevida.com/event/importancia-dos-cuidados-de-saude-primarios-na-gravidez-e-pos-parto/

 

Projeto saBeR mais ContA lança campanha de alerta para as mutações genéticas
Inexistência de um rastreio e sintomas pouco específicos reforçam a importância de prestar mais atenção aos sinais e sintomas...

Com cerca de 501 (2) novos casos de cancro do ovário diagnosticados por ano em Portugal, este tumor é a oitava causa de morte por cancro na mulher em todo o mundo (3,4). No entanto, segundo Henrique Nabais, Presidente da Secção Portuguesa de Ginecologia Oncológica (SPGO) que integra a SPG (Sociedade Portuguesa de Ginecologia), “cerca de 70 a 80% dos casos são diagnosticados em estádios avançados (1). Daí toda a nossa luta, com o intuito de desenvolver um método de rastreio que, de acordo com o especialista, não estará disponível num futuro imediato. Situação que obriga a uma atenção reforçada aos sinais e sintomas da doença, para tornar o seu diagnóstico mais precoce, temática para a qual se alerta, durante o mês de maio, mês do Dia Mundial do Cancro do Ovário. 

De facto, ao contrário, por exemplo, do cancro da mama ou do cancro do colo do útero, em que existem métodos de rastreio, ou com “o cancro do endométrio em que, não havendo rastreio, 80% das mulheres apresentam uma manifestação precoce - uma hemorragia vaginal anómala - no Cancro do ovário não há nem uma coisa, nem outra. Ou seja, nem um método de rastreio definido, demonstrado como eficaz, nem uma queixa específica”, esclarece o especialista. 

O que se traduz em diagnósticos tardios, que “implicam sempre tratamentos mais caros e resultados menos positivos. Para o especialista, trata-se de uma situação “altamente onerosa e não apenas no que diz respeito a uma questão monetária. São múltiplas as esferas na vida da mulher e da sociedade que são afetadas”.

No entanto, são também muitas as mulheres sem acompanhamento de rotina. “Há muitos milhares de portugueses sem acesso a um médico de família e isto leva a que, na realidade, o acompanhamento e avaliações de rotina sobre o estado de saúde geral de cada um não seja feito como deveria”, refere o presidente. E acrescenta que “a jornada de referenciação agravou-se com a pandemia. O Serviço Nacional de Saúde, fruto dessa pandemia, da falta de profissionais, de várias circunstâncias, não está, na realidade, bem estruturado na rede de referenciação”.

Para a maioria das mulheres, as queixas prendem-se com a existência “de pressão ou incómodo abdominal, algo que muitas pessoas têm, e nem é valorizado pela própria mulher, nem pelos médicos, porque é uma queixa completamente inespecífica e muito prevalente na população geral. Só quando estes sintomas se agravam muito ou persistem muito no tempo é que as pessoas acabam por lhes dar atenção”, reforça Henrique Nabais.

Para diagnósticos mais precoces, o especialista fala então na necessidade de “ouvir o corpo. Quando alguma queixa diferente daquilo que é habitual surge, tem de ser valorizada. Imagine-se uma mulher que fica enfartada depois de comer. Se isso apenas acontecia uma vez e passou a ter uma frequência maior, ao fim de duas semanas a um mês tem de ser avaliado. Tudo o que seja uma queixa de novo ou que tenha um agravamento tem de ser tida em conta. Qualquer um dos sintomas que tenha uma frequência de mais de 12 dias por mês deve ser avaliado.”

A propósito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, o projeto saBer mais ContA, uma iniciativa que, em 2023, conta com a Careca Power, a Evita, a Europacolon, a MOG (Movimento Oncológico Ginecológico), a Revista Cuidar, a Sociedade Portuguesa de Genética Humana, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, a Sociedade Portuguesa de Senologia e a AstraZeneca, lança uma campanha, com o mote ‘Eu preferia saber...’,  que chama a atenção para a existência de mutações genéticas que aumentam o risco deste tumor. 

“Há alguns fatores de risco conhecidos para o cancro do ovário, mas a maioria deles são inespecíficos”, esclarece o especialista. “O principal é a idade - o risco de vir a ter este tumor aumenta com a idade, ao qual se juntam, por exemplo, a história reprodutiva da mulher, com um risco superior para as mulheres que têm uma menstruação precoce ou que têm uma menopausa tardia, e obesidade. (4) Além da idade, o fator de risco mais exuberante é o genético. Acreditamos que 20 a 25% de todos os cancros do ovário possam estar associados a um fator genético, não apenas à mutação BRCA, mas a outros síndromes genéticos”. (5)

É aqui que entram as mutações BRCA. “Há 2 tipos: o BRCA 1 e BRCA 2. Sabemos que uma mulher que seja portadora da mutação BRCA 1 tem um risco de desenvolver cancro do ovário, ao longo da vida - falamos do risco cumulativo, ou seja, à medida que a idade vai avançando, o risco é maior -, entre 39% a 65%”.(6) O que significa, explica Henrique Nabais, “que nem todas as mulheres com mutações vão ter cancro do ovário, mas que o risco é razoavelmente alto. No entanto, temos um problema: não sabemos quais as mulheres que, tendo a mutação, vão desenvolver ou não cancro. Por isso, nestes casos, propomos medidas redutoras de risco e acompanhamentos diferentes. A partir dos 35 anos, começamos a falar na eventual cirurgia redutora de risco, que significa a remoção dos ovários e das trompas, e que só deve ser feita quando as mulheres já tiveram todos os filhos que desejaram e quando isto fizer sentido para elas. Na mulher que não queira fazer cirurgia para já, o que é perfeitamente lícito, fazemos um acompanhamento específico: a maioria dos centros oncológicos o que faz é, de seis em seis meses, uma ecografia ginecológica, com uma avaliação de um marcador tumoral”. 

Existem, por isso, testes que identificam a presença de uma mutação genética. “Quando há doença na própria pessoa ou nos familiares próximos, doença essa que possa estar associada a um aumento de risco, deve fazer-se uma avaliação para determinar se temos de fazer ou não o estudo genético.”

Referências:

  1. Cancro Ginecológico - Consensos Nacionais 2020. Sociedade Portuguesa de Ginecologia. Consultado em abril de 2023. Acedido em: https://spginecologia.pt/wp-content/uploads/2020/01/Brochuradig_ConsensosNacionais_23_310123-002.cleaned.pdf
  2. Registo Oncológico Nacional 2019. Consultado em abril de 2023. Acedido em: https://ron.min-saude.pt/media/2214/ron-2019_new_v8f.pdf
  3. Globocan - Dados Globocan Cancro do Ovário. Consultado em abril de 2023. Acedido em: https://gco.iarc.fr/
  4. Guia saBeR mais ContA - Cancro do Ovário. Consultado em abril de 2023. Acedido em: https://www.sabermaisconta.pt/wp-content/uploads/2021/05/Guia-as-muta%C3%A7%C3%B5es-BRCA-e-o-Cancro.pdf
  5. American Cancer Society. Causes, Risk Factors and Prevention – Ovarian Cancer Risk Factors. Consultado em abril de 2023. Acedido em: https://www.cancer.org/cancer/ovarian-cancer/causes-risks-prevention/risk-factors.html
  6. Metcalfe, K.; Narod, Steve. Breast cancer prevention in women with a BRCA1 or BRCA2 mutation. Open Med 2007; 1(3): e184-e190
Iniciativa tem o apoio da Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras coagulopatias congénitas
Jogadores da equipa de futebol do Estoril Praia participam numa iniciativa de literacia em saúde na área da hemofilia, que...

A iniciativa, promovida pela Roche, tem o apoio da Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras coagulopatias congénitas.

A partir de hoje, dia 9 de maio, vão ser lançados semanalmente nas redes sociais da Roche e da equipa Estoril praia cinco vídeos onde se desmistificam algumas das questões ligadas à hemofilia, um distúrbio da coagulação, na maioria das vezes hereditário, em que o sangue não coagula devidamente.

A equipa do Estoril Praia associou-se a esta iniciativa, através da participação de jogadores da equipa masculina de futebol nos vídeos, onde “contracenam” com o Alex, personagem a que o actor Manuel Marques empresta a voz.

O Alex é uma personagem fictícia animada, que representa um menino com hemofilia, e que foi criada pela Roche, precisamente para ajudar crianças e famílias a entender melhor a hemofilia.

Um dos mitos abordados nesta campanha prende-se precisamente com a prática desportiva. Com o tratamento adequado, as pessoas com hemofilia podem efetivamente desfrutar de vários desportos, desde que não sejam desportos violentos de contacto.

Nos cinco vídeos vão ser desconstruídos vários mitos. Com uma linguagem acessível, sem nunca perder o rigor científico, são desmistificados muitos dos equívocos que ainda estão associados a esta doença e que podem ser mais penalizadores para quem tem hemofilia do que a condição em si.

Para a Roche, promover a literacia em saúde para vários públicos tem sido uma prioridade:  “É muito relevante podermos oferecer informação fidedigna e facilmente compreensível, porque cidadãos mais informados gerem melhor a sua saúde”, sublinha o Diretor Médico da Roche em Portugal, Ricardo Encarnação. 

Segundo a APH, “é com ações simples que se leva literacia na saúde a toda comunidade, sensibilizando e melhorando o conhecimento geral da população. Estas iniciativas são cativantes e alertam para questões mais complexas, demonstrando que, com o devido acesso aos melhores e mais adequados tratamentos adaptados a cada caso, é perfeitamente possível ter qualidade de vida e controlar, neste caso, a hemofilia.”

Da parte do Estoril Praia, o Diretor Geral da SAD, Guilherme Müller, realça: “O Estoril Praia agradece a oportunidade de participar nesta iniciativa. Sendo as causas sociais um dos nossos focos, gostamos de contribuir e protagonizar momentos de sensibilização como este, que levam o futebol além do terreno de jogo.”

Link: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=C93LtBXJTe4

O centro comercial e o Hospital da Luz juntaram-se numa parceria inovadora
Desde maio que o Colombo se tornou ainda mais conveniente. A partir de agora, já é possível usufruir do serviço de...

As cabines de trabalho estão disponíveis no Piso 1, junto à Pepe Jeans e à Guess, e agora podem, também, ser utilizadas como espaços facilitadores da modalidade de consultas à distância. Com esta parceria inédita, os visitantes do Colombo e Clientes do Hospital da Luz, podem ter uma consulta sem sairem do centro comercial.

O método para ter acesso a estas cabines é muito simples: descarregar a aplicação do Colombo (disponível para iOS e Android), selecionar a data e hora da consulta e colocar o código que é disponibilizado pelo Hospital da Luz aos Clientes quando marcaram a videoconsulta. No fim, o utilizador recebe um email com todos os detalhes da cabine reservada e as instruções de acesso.

“Ao longo dos últimos anos, o Colombo tem vindo a trabalhar no sentido de criar ferramentas que facilitem o dia a dia dos visitantes e que tornem a experiência de visita cada vez mais única e inovadora. A sinergia entre o Colombo e o Hospital da Luz é algo que nos deixa muito felizes e que vem reforçar essa vontade. Acreditamos que este serviço de conveniência será apenas o início desta e de futuras parcerias”, refere Paulo Gomes, diretor do Centro Colombo.

“Tendo como objetivo melhorar o acesso temos vindo a disponibilizar formas inovadoras dos Clientes manterem sempre a sua saúde em dia. As cabines são individuais e insonorizadas, garantindo as melhores condições de privacidade, conforto e segurança. Nestes espaços, é possível realizar videoconsultas programadas (com marcação prévia) para todas as especialidades médicas ou uma videoconsulta urgente (sem marcação prévia)” refere Nélson Brito, diretor de Serviço ao Cliente da Luz Saúde.

 

Doença imunomediada sistémica crónica
O Lupus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença imunomediada sistémica crónica, que pode afetar vár

O LES pode afetar homens e mulheres, mas é mais frequente em mulheres em idade fértil, entre os 15 e os 55 anos. As causas exatas não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais possa desencadear a doença em indivíduos suscetíveis.

Os sintomas do LES podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem fadiga, febre, dor nas articulações e músculos, erupções cutâneas, queda de cabelo, dor de cabeça, fotossensibilidade e ulcerações na boca e nariz. Em casos menos frequentes e mais graves o LES pode causar problemas hematológicos (anemia, leucopénia ou trombocitopénia), renais (com hipertensão e insuficiência renal), neurológicos (epilepsia ou alterações psiquiátricas) e cardíacos (com inflamação do músculo cardíaco ou do pericárdio e destruição das válvulas).

A gravidez pode estar associada a um agravamento da doença, sobretudo se ocorrer em doentes mal controladas, com possíveis complicações para a mãe e feto.

O diagnóstico do LES pode ser difícil, já que muitos dos sintomas mais frequentes são inespecíficos e semelhantes a outras doenças. Na avaliação analítica procura-se a presença de anticorpos específicos, como o anticorpo antinuclear (ANA), que é positivo em cerca de 95% dos casos de LES. Outros exames, como biópsias de pele ou rim, também podem ser realizados para confirmar o diagnóstico.

O tratamento do LES visa controlar os sintomas e evitar complicações. Os medicamentos imunomoduladores/imunossupressores, como a hidroxicloroquina, a azatioprina e o metotrexato, são frequentemente usados para reduzir a inflamação e suprimir o sistema imunitário. Os corticosteroides, como a prednisolona, também podem ser prescritos para controlar a inflamação em casos mais graves e durante um curto período de tempo. Em casos em que o LES afeta órgãos específicos, como os rins ou o cérebro, pode ser necessário um tratamento mais agressivo, incluindo fármacos biológicos.

Além do tratamento medicamentoso, é importante que os doentes com LES adotem um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e exercício regular. A exposição ao sol deve ser evitada, e o uso de protetor solar é fortemente recomendado.

Atualmente, com um diagnóstico mais precoce, um melhor controlo da doença e medicamentos mais eficazes e com menos efeitos secundários, os doentes têm uma melhor qualidade de vida e a doença tem um bom prognóstico.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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