Para aumentar a literacia sobre o tema
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) aprovou, por unanimidade, um parecer em que defende campanhas de...

A reflexão surge em resposta ao pedido da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias de apreciação, em termos éticos, do projeto-lei 699/XV/1 (PAN), que prevê a criminalização de práticas com vista à alteração, limitação ou repressão da orientação sexual, da identidade ou expressão de género, e promove o estudo destas práticas em Portugal e a garantia de mecanismos de apoio e resposta; e do projeto-lei 707/XV/1 (PS) que proíbe práticas atentatórias contra pessoas LGBTQ+ através das denominadas «terapias de conversão sexual».

O CNECV considerando que os Projetos-Lei apresentam muitas semelhanças e que a apreciação ética de ambos será, em larga medida, sobreponível, decidiu pronunciar-se sobre os documentos em conjunto, sem negligenciar as diferenças de cada um.

No que se refere às “terapias de conversão sexual”, o Conselho sublinha que é necessário tomar medidas adequadas, eficazes e urgentes para proteger as crianças e jovens, contribuindo para uma maior literacia junto de pais, famílias e comunidades através de campanhas de sensibilização sobre a ineficácia e consequências destas práticas.

A promoção do diálogo entre organizações médicas e profissionais de saúde, organizações religiosas e grupos ou comunidades espirituais, instituições educacionais e organizações de base comunitária, é outro dos pontos a ter em consideração para aumentar a consciência sobre as violações dos direitos humanos que estas terapias implicam.

Na sua reflexão, o CNECV considera fundamental promover e facilitar os cuidados de saúde relacionados com o livre desenvolvimento e/ou afirmação da orientação sexual e/ou identidade de género às pessoas que deles pretendam beneficiar, incluindo um sistema de medidas destinadas a promover a compreensão, aceitação e inclusão de pessoas LGBTQ+.

O CNECV defende a implementação e disseminação de estudos que clarifiquem o impacto pessoal das “terapias de conversão sexual” e de investigação para encontrar evidência sobre os impactos das práticas de Esforços de Mudança de Orientação Sexual (EMOS) e Esforços de Mudança de Identidade de Género (EMIG) em Portugal, incluindo a identificação precisa da prevalência e a natureza destas práticas, de modo que possam ser adotadas estratégias mais informadas e adequadas para contrariá-las. No parecer, fica ainda expressa a importância de alocar recursos para a identificação e prestação de apoio às vítimas de “terapias de conversão sexual”, bem como divulgar informação, em locais relevantes, de que tais práticas podem ser denunciadas através de canais próprios para o efeito.

Foi considerada necessária uma abordagem compreensiva que envolva todos estes aspetos e não apenas uma nova incriminação, sendo defendida a proibição de todas as práticas de EMOS e EMIG, assim como a sua promoção, e criação de um sistema de sanções, incluindo disciplinares, proporcional à gravidade de cada intervenção, à qualificação do agente e/ou a natureza da instituição de saúde e à vulnerabilidade do sujeito.

Na mesma Reunião Plenária Extraordinária o CNECV aprovou também, por maioria, o Parecer 124/CNECV/2023 sobre o Projeto de Lei 705/XV/1 (CH) que pretende reforçar a proteção e privacidade das crianças e jovens nos espaços de intimidade em contexto escolar, uma matéria sobre a qual já se tinha pronunciado anteriormente através do Parecer n.º 120/CNECV/2022.

O CNECV considera que a manutenção de instalações sanitárias e balneários, em ambiente escolar, com critérios de género, é eticamente aceitável, desde que haja espaços não caracterizados a que a comunidade escolar possa aceder livremente, sem qualquer critério de género.

O Parecer Nº 125/CNECV/2023 sobre o Projeto-lei 699/XV/1 (PAN), que prevê a criminalização de práticas com vista à alteração, limitação ou repressão da orientação sexual, da identidade ou expressão de género, e promove o estudo destas práticas em Portugal e a garantia de mecanismos de apoio e resposta; e o Projeto-lei 707/XV/1 (PS) que proíbe práticas atentatórias contra pessoas LGBTQ+ através das denominadas «terapias de conversão sexual» pode ser lido na íntegra aqui.

O Parecer Nº 124/CNECV/2023 sobre o Projeto de Lei 705/XV/1 (CH) que pretende reforçar a proteção e privacidade das crianças e jovens nos espaços de intimidade em contexto escolar, pode ser lido na íntegra aqui.

17 de junho
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em colaboração a International Myeloma Foundation (IMF), vai organizar, no...

Coordenado por Fernando Leal da Costa, hematologista no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, o evento abrange um programa de palestras conduzidas por médicos especialistas na área, a apresentação de um estudo sobre a patologia e uma mesa redonda sobre o mesmo tema. O debate, moderado pelo Fernando Leal da Costa, vai contar com a participação de Cristina João, hematologista, Rita Bruto da Costa, assistente social, Filipa Lopes, doente de mieloma múltiplo, e Lara Cunha, membro da APCL. Desta forma, será possível conhecer diferentes perspetivas sobre o mieloma múltiplo.

Este é já o quarto seminário sobre mieloma múltiplo que a APCL organiza em parceria com a IMF. Com estas ações, as duas organizações pretendem promover um espaço de partilha de conhecimento sobre o mieloma múltiplo entre pessoas que vivem ou lidam com esta doença. A inscrição pode ser efetuada através do email [email protected] ou através do telefone 213 422 205.

 

 

Mais de 1 milhão de portugueses tem Esteatose Hepática Não-Alcoólica (Fígado Gordo)
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai promover uma ação de consciencialização para a Esteatose Hepática...

A Esteatose Hepática Não-Alcoólica, também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa que afeta mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo. “Em Portugal, afeta mais de 1 milhão de portugueses. Esta é uma doença que não escolhe géneros nem idades, podendo afetar quer crianças quer idosos. Pode não causar lesão no fígado, mas, nalguns casos, pode causar inflamação deste órgão, e evoluir para cirrose hepática ou cancro do fígado. Estas situações, quando não são prevenidas ou tratadas, lesam gravemente a nossa saúde e até podem levar à morte. É, assim, primordial que as pessoas saibam que esta é uma doença prevenível e evitável”, afirma Arsénio Santos, presidente da APEF.

E acrescenta: “A quantidade de gordura no fígado pode ser reduzida através de alterações no estilo de vida. Por esta razão, recomenda-se que as pessoas mantenham uma alimentação mais equilibrada e saudável, favorecendo alimentos ricos em fibras e evitando alimentos compostos por gorduras saturadas; e que pratiquem cerca de 60 minutos de atividade física por dia. Não precisa ser tudo ao mesmo tempo. Andem mais, subam escadas e façam exercício, sempre que for possível”.

A Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa, causada pelo excesso de gordura acumulada no fígado, que leva a inflamação e fibrose (cicatrização) deste órgão. Num estado mais avançado, pode provocar Cirrose Hepática ou mesmo Cancro do Fígado. De acordo com o Global Liver Institute, estima-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, em todo o mundo.

 

 

Sintomas e tratamento
O glaucoma crónico de ângulo aberto é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o m

Estima-se que existam em Portugal aproximadamente 200.000 pessoas com glaucoma e que uma percentagem grande possa não saber que tem a doença, devido à falta de sintomas óbvios nas suas fases iniciais. São fatores de risco para a doença, a hipertensão ocular, a história familiar de glaucoma, a miopia, raça negra e a idade. 

O glaucoma crónico de ângulo aberto é conhecido como o "ladrão silencioso da visão". Os sintomas são inexistentes nas fases iniciais. Contudo, nas fases mais avançadas podem surgir:

  • Visão periférica reduzida, resultando na formação de manchas cegas (escotomas);
  • Visão em túnel, onde a pessoa só consegue ver o que está diretamente à sua frente;
  • Por fim, cegueira absoluta.

É muito importante fazer o diagnóstico precoce do glaucoma para evitar a sua progressão e a perda irreversível da visão. A consulta periódica no seu médico Oftalmologista, sobretudo após os 40 anos, é fundamental para fazer esta deteção precoce.  Estar à espera de ver mal para fazer uma avaliação pelo seu médico é um erro que sai caro nesta doença, como em muitas outras. A visão perdida não se recupera mais. E apesar de haver perda de visão, primeiro periférica, o doente não tem a perceção dessa perda, na maioria das vezes. Através de exames oftalmológicos regulares, que incluem a medição da pressão intraocular, avaliação do nervo ótico e análise do campo visual, é possível identificar alterações sugestivas de glaucoma antes de haver perda de campo visual.

O tratamento do glaucoma crónico de ângulo aberto tem como objetivo principal controlar a pressão intraocular elevada, que é um fator de risco significativo para o desenvolvimento e progressão da doença. Se o glaucoma for tratado precocemente e de forma adequada, o risco de cegueira é reduzido. As opções de tratamento podem incluir:

Colírios: Medicamentos oftálmicos (gotas) que ajudam a reduzir a pressão intraocular, geralmente aplicados diariamente. É muito importante que as gotas sejam colocadas sempre de forma adequada e de acordo com a prescrição do médico Oftalmologista. Uma das causas de falta de resposta ao tratamento é a colocação incorreta das gotas.

Tratamento com laser: Procedimento realizado em ambulatório para melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão intraocular.

Cirurgia: Em casos mais avançados, pode ser necessário realizar uma cirurgia para melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão intraocular.

O glaucoma crónico de ângulo aberto é uma doença ocular relativamente comum em Portugal e capaz de causar cegueira total e irreversível. O diagnostico precoce e o tratamento adequado e atempado são fundamentais para preservar a visão ao longo da vida. A ausência de sintomas até fases avançadas da doença e a falta de consultas regulares com o médico oftalmologista, sobretudo depois dos 40 anos, explicam parcialmente o grande número de doentes em Portugal que perdem visão e que cegam de forma irreversível devido ao glaucoma. A adesão ao tratamento, de acordo com a prescrição do médico oftalmologista e a monitorização regular da sua eficácia são fundamentais para tratar esta patologia que silenciosamente “rouba a visão” dos doentes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revela investigação de grupo de especialistas ibéricos
O aumento da incidência mundial de alergias alimentares tem motivado a realização de estudos de intervenção no âmbito da...

Neste contexto, um grupo de especialistas em nutrição, gastroenterologia pediátrica, alergologia e neonatologia uniu forças para discutir o papel das fórmulas infantis na prevenção primária de alergias em lactentes para os quais a amamentação não é uma opção e que estão em risco de desenvolver alergias. Os tópicos discutidos neste artigo desenvolvido pelo grupo multidisciplinar de especialistas incluíram a avaliação do risco, o impacto da microbiota na modulação da tolerância imune e o valor agregado de certas características da fórmula, a saber, a integridade da proteína (proteína hidrolisada versus proteína intacta) e a adição de prebióticos, probióticos ou simbióticos.

Os especialistas concluíram que não existe evidência científica robusta a longo prazo no efeito dos leites para lactentes com proteína parcialmente hidrolisada na redução do risco alérgico, uma vez que a utilização de leites para lactentes com proteína parcialmente hidrolisada, em bebés saudáveis, não amamentados vs a utilização de um leite para lactentes com proteína inteira não revelou diferenças significativas. Isto porque a proteína intacta é semelhante ao leite materno.

Jorge Amil Dias, Especialista de Gastroenterologia Pediátrica no Hospital Lusíadas Porto e um dos autores deste artigo, salienta que “de acordo com as diretrizes internacionais, o aleitamento materno deve ser sempre incentivado pelas qualidades nutritivas, imunológicas, económicas e afetivas, ainda que o seu benefício na proteção contra alergia não esteja suficiente documentado. Em caso de necessidade de aleitamento por biberão, a fórmula proteica intacta deve ser oferecida a todos os bebés saudáveis, independentemente de seu risco alérgico (com exceção dos bebés amamentados a biberão apenas na primeira semana de vida, para os quais uma fórmula hidrolisada pode ser aconselhável)”.

“Não vale a pena utilizar por sistema leites com digestão especial de proteínas em crianças na alimentação infantil independentemente de terem ou não risco familiar de alergia” alerta o especialista que reforça ainda “por isso, se um bebé precisar de uma fórmula láctea deve receber uma que seja mais parecida com o leite materno”.

Neste artigo, os especialistas em nutrição, gastroenterologia pediátrica, alergologia e neonatologia, tecem uma série de recomendações para orientar o aconselhamento dos pais na escolha de uma fórmula para bebés em risco de alergia. Finalmente, os especialistas concordaram que o uso de fórmulas enriquecidas com prebióticos, probióticos ou simbióticos pode ser considerado em bebés em risco de desenvolver alergias.

A melhor alimentação para o bebé com todos os benefícios para o sistema imunitário é o leite materno. Este promove o melhor início de vida, pois proporciona-lhe todos os benefícios da amamentação, tais como a imunidade (diminuição do risco de infeções e alergias) e a proteção de que ele necessita. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância recomendam a amamentação exclusivamente durante os 6 meses iniciais e continuamente por até 2 anos ou mais. No entanto, nem todas as mães são capazes ou estão dispostas a fazê-lo; nesses casos, as fórmulas para lactentes são o único substituto adequado para o leite humano. De facto, as fórmulas infantis foram desenvolvidas para se assemelhar o mais possível ao leite humano; embora sejam comumente baseados no leite de vaca, seu conteúdo é diluído e modificado para se aproximar da distribuição de nutrientes encontrada no leite materno. As implicações financeiras e sociais de utilizar um leite infantil devem sempre ser consideradas. No caso da impossibilidade do aleitamento materno e no caso de serem utilizadas fórmulas infantis adaptadas, devem ser seguidas as instruções de utilização dadas pelo fabricante, pois a sua utilização incorreta pode colocar em risco a saúde do bebé. Para qualquer dúvida sobre a alimentação do bebé, deverá ser consultado o Profissional de Saúde.

Este ARTIGO baseia-se em uma série de reuniões do conselho consultivo que foram realizadas com os seguintes objetivos: (i) discutir o papel das fórmulas infantis na prevenção primária de alergias em bebês não amamentados que estão em risco de desenvolver alergias; e (ii) emitir uma série de recomendações destinadas a aproximar a prática clínica das evidências científicas. O painel dos conselhos consultivos foi composto por Jorge Amil Dias (Gastroenterologia Pediátrica, Hospital Lusíadas), Edmundo Santos (Unidade de Neonatologia, Hospital de São Francisco Xavier - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental), Inês Asseiceira (Laboratório de Nutrição, Faculdade de Medicina de Lisboa, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte), Silvia Jacob (Unidade de Alergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Universitário São João) e Carmen Ribes Koninckx (Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica & Instituto de Investigacion Sanitaria, Hospital Universitario y Politecnico La Fe) – e as reuniões ocorreram em dezembro de 2021 e abril de 2022.

APDP apela a uma tomada de decisão urgente
A petição “Pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua de insulina (bombas de insulina) e pela qualidade...

Em causa está a petição subscrita por pais e mães de crianças e jovens com diabetes tipo 1, assim como por adultos com diabetes tipo 1 e pelos seus familiares, pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e por serviços públicos de saúde de todo o país, entregue a 14 de novembro de 2022 (Dia Mundial da Diabetes).

No seguimento desta ação, o Governo criou um grupo de trabalho para avaliar a comparticipação e as condições de alargamento do acesso aos novos dispositivos. Esta comissão terminou o seu trabalho e apresentou as propostas de estratégia para a disseminação da utilização destes dispositivos. Contudo, aguarda a decisão do Ministro da Saúde.

Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “É tempo de decidir, pois já não estamos em tempo de reflexão. O Grupo de Trabalho, que a APDP também integrou, acabou a sua missão e é urgente uma tomada de decisão. É da vida de crianças, famílias e todas as pessoas com diabetes tipo 1 que estamos a falar”, explica, acrescentando: “aguardamos uma iniciativa por parte do grupo parlamentar do PS e apelamos a que a decisão sobre o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina não se arraste. O Ministério da Saúde e o Partido Socialista devem cumprir a promessa feita no âmbito do Orçamento de Estado.”

Uma delegação de peticionários irá assistir, dia 1 de junho, ao plenário que discutirá o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina A APDP convida todos os cidadãos interessados a juntarem-se a esta delegação, referindo que “Continuamos juntos para que o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina seja uma realidade em Portugal”.

Estes dispositivos são, atualmente, o que mais se assemelha ao funcionamento de um pâncreas artificial, administrando insulina automaticamente e ajustando-a de acordo com as necessidades individuais. São comparticipados em países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Reino Unido, Itália, Eslovénia e Países Nórdicos. “Em Portugal, os sensores e consumíveis são já comparticipados, pelo que o aumento de custo se prende apenas com o valor do dispositivo.”, explica José Manuel Boavida.

Segundo Raquel Coelho, pediatra e coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP, “a utilização destes dispositivos proporciona às nossas crianças e jovens menos 80% de picadas nos dedos e menos 95% de injeções por ano. É uma melhoria muito significativa para a sua qualidade de vida e bem-estar, para que possam ser muito mais livres e mais iguais a todas as outras crianças e jovens, com menos preocupações e sofrimento.”

No dia 14 de novembro de 2022, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, a APDP entregou na Assembleia da República uma petição “Pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua de insulina (bombas de insulina) e pela qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal”, que juntou cerca de 25 mil assinaturas. A APDP propôs ainda aos grupos parlamentares um aditamento ao Orçamento de Estado de 2023 para a comparticipação de 100% dos dispositivos automáticos de insulina para pessoas com diabetes tipo 1.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

Stress é uma das maiores causas para o desequilíbrio hormonal e cutâneo
Existem cada vez mais estudos sobre a relação entre a saúde mental e a pele: a parte da ciência que

Todos nós no nosso dia-a-dia já experienciamos alguns sinais de que a nossa pele e o nosso cérebro têm uma relação muito próxima. Por exemplo, já todos sentimos o rosto ficar mais vermelho quando sentimos vergonha ou ficarmos com a “pele arrepiada” quando sentimos uma emoção mais forte. Estas são manifestações mais curtas e momentâneas, mas temos também situações em que a manifestação das emoções na pele tem consequências mais duradouras. Por exemplo, quando estamos numa fase de maior stress e, por consequência, aparecem algumas espinhas (também chamadas de comedões) na nossa face. 

E porque é que isto acontece? Em momentos de stress o corpo ativa sistemas neuroendócrinos que libertam diferentes hormonas que permitem que o organismo se adapte ao stress. Esta resposta pode ter diferentes consequências, não apenas na sua saúde física, mas também na pele. Esta reação hormonal e imunológica do organismo pode exacerbar doenças de pele, resultando num ciclo vicioso que prejudica significativamente a qualidade de vida de um paciente.

Para  além do stress, a ansiedade, a tristeza e a angústia podem também levar ao aparecimento de problemáticas na pele. Podem até surgir doenças de pele mais severas como, por exemplo, dermatite, psoríase ou queda capilar. Esta relação íntima entre a pele e a mente pode dever-se à origem embrionária de ambos os órgãos ser comum, a ectoderme.

Vários estudos relatam altas taxas de prevalência de depressão e ansiedade em pacientes diagnosticados com acne, chegando estas taxas a 40%, com casos de suicídio na ordem dos 6-7%, segundo um estudo feito em 2012. 

Outro artigo, uma revisão sistemática realizada em 2020 (“Acne vulgaris and risk of depression and anxiety: a meta-analytic review”) que incluiu 42 estudos, que revelou altas taxas de prevalência de depressão e ansiedade entre pacientes com acne e mostrou ainda uma alta associação de acne com depressão e ansiedade entre adultos. Um outro estudo revelou ainda que ansiedade e os sintomas depressivos foram mais prevalentes em pacientes com doença dermatológica (39,5% pacientes com psoríase e 30,2% com acne).

A relação entre as patologias dermatológicas e o estado psicológico dos pacientes tem sido demonstrado, tendo sido verificado que existe um impacto negativo não só nas suas atividades diárias, mas também nos seus relacionamentos e interação social, com prejuízo muitas vezes das suas funções laborais.

Assim sendo percebemos que a patologia cutânea pode ter um impacto psicológico, mas também vemos a relação inversa, onde se percebe que o estado emocional pode ter consequências na pele. Ou seja, pode existir uma relação de causa ou de efeito, a patologia de pele pode ser a causa de patologia mental, mas também pode ser a consequência, pois sabemos que alguns estados de stress são o motivo para o surgimento deste tipo de reações cutâneas.

É aqui que entra a psicodermatologia que, no fundo, é uma disciplina que permite ajudar os pacientes com patologia de pele crónica a lidar com a ansiedade e o estigma social relacionado com a sua doença, além de intervir diretamente na diminuição do stress que gera ou piora a sintomatologia cutânea, tratando tanto a causa como o efeito.

Esta disciplina integrativa tem mostrado melhor a forma como relacionamos a mente e a pele, e muitos laboratórios têm incorporado nos seus produtos esta ligação.

Por exemplo, a empresa Lilfox tem relacionado a aromaterapia no skincare com a capacidade de “desestressar” a pele, ajudando a melhorar a sua qualidade.

O lema da marca é o “Intelligent Skin Couture”, em que explicam como constroem um produto com base em “óleos orgânicos, manteigas não refinadas, argilas de terras raras e hidrossóis de alta vibração com óleos essenciais aromáticos, cristais carregados pela lua e energias vegetais vibrantes”, conforme descrito no site da própria marca.

Quando pesquisamos por um óleo da marca e vamos aos detalhes do produto percebemos que a base da aromaterapia está em cada produto. A título de exemplo coloco a descriminação de um dos óleos da marca - ORANGE  BLOSSOM  YLANG  BANG: “sorriso, aromas brilhantes para socializar, seduzir e solidão. Uma mistura sexy de folha de chá verde, laranja amarga brilhante, toranja rosa, ylang ylang Madagascan com uma pitada de capim-limão zesty.”

Outra marca em voga neste contexto é a Dr. Brandt, conhecida pela coleção de produtos cosméticos inspirados em procedimentos em consultório,sendo o objetivo principal "Leve o médico para casa" ao adquirir os seus produtos. A marca defende a relação entre a mente e a pele e tem, inclusive, uma Fundação que se dedica a apoiar a saúde mental e o bem-estar da comunidade, assim como a conscientizar sobre questões de saúde mental, como depressão e prevenção do suicídio. O uso de ingredientes como a cafeína tem sido defendido pela marca com o objetivo de combater os efeitos do stress na pele. 

De forma resumida percebemos que o stress é uma das maiores causas para o desequilíbrio hormonal e cutâneo. Então é importante controlar os fatores stressantes para melhorarmos a qualidade da nossa pele. Ficam algumas dicas:

  • Diminua o consumo do açúcar: os hidratos de carbono refinados induzem picos de insulina que levam a inflamação do organismo, estando estes também relacionados com o envelhecimento precoce da pele;
  • Evite o álcool: este pode exacerbar certas patologias de pele como a rosácea, psoríase ou eczema, motivo pelo qual deve ser evitado;
  • Deixe de fumar: além de potenciar o surgimento de patologias como o cancro de pele, o tabaco influencia negativamente o microbioma da pele, potenciando o surgimento de infeções além de promover o envelhecimento precoce;
  • Faça exercício: um estilo de vida ativo melhora o estado da saúde mental. Estudos referem que exercícios como ioga e meditação são benéficos e melhoraram a ansiedade e stress;
  • Procure dormir bem: estudos revelam que o número de horas que dormimos podem interferir na forma como a nossa pele se regenera. A síntese de colágeno ocorre essencialmente durante a noite, motivo pelo qual devemos preservar idealmente entre sete a nove horas de sono diárias.
  • Adapte a rotina de skincare: manter uma rotina com limpeza, hidratação, prevenção e proteção é essencial. Esta rotina deve ser adaptada ao tipo de pele e à patologia cutânea, se existente. Um médico com formação nesta área pode ajudar a ajustar o skincare, e lembre-se que a sua pele muda ao longo do tempo e pode ser necessário ajustar esta rotina regularmente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lusi já “conversou” com cerca de 2 milhões de portugueses
O Grupo Lusíadas Saúde foi distinguido pelos Prémios Europeus de Hospitais Privados na categoria de Inovação em Saúde, um...

Os Prémios Europeus de Hospitais Privados têm como objetivo galardoar as melhores práticas e iniciativas no setor hospitalar privado europeu. Nesta segunda edição, realizada em Lisboa, a assistente digital da Lusíadas Saúde sagrou-se como um dos projetos vencedores, tendo recebido o prémio de Inovação em Saúde.

Desenvolvida em parceria com a startup portuguesa AgentifAI e lançada pelo Grupo Lusíadas Saúde no final de 2021, a Lusi deu um passo em frente na digitalização do setor da saúde em Portugal e no mundo, ao se tornar a primeira assistente virtual, por voz e texto, para a gestão de marcações, com o objetivo de melhorar a experiência de acessibilidade dos seus clientes, sem tempo de espera.

Hoje, mais de um ano depois, esta solução tecnológica que opera com base em inteligência artificial e programação natural language understanding – que lhe possibilita ter uma comunicação mais natural e empática – já “conversou” com cerca de dois milhões de portugueses, permitindo-lhes marcar consultas e obter informações sobre os serviços das unidades de saúde.

“É com muito orgulho que vemos este nosso projeto ser reconhecido a nível internacional, um feito que espelha o compromisso que temos e queremos preservar na constante melhoria da saúde dos nossos clientes. O empenho em estar na dianteira da inovação é máximo, explorando a tecnologia como um importante aliado na missão de contribuir para uma melhor saúde de todos”, refere Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde.

A digitalização tem sido uma das missões do Grupo Lusíadas Saúde, com o propósito de personalizar e aprimorar cada vez mais a relação com os seus clientes. À assistente digital Lusi junta-se o conjunto alargado de canais de comunicação pelos quais os clientes podem contactar o Grupo, em particular através do Contact Center do Grupo, da app +Lusíadas, das redes sociais e também do WhatsApp e do Facebook Messenger. 

Distinção atribuída pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e Consejo General de Psicología de Espanha
Os psicólogos Isabel Soares e Francisco Medina venceram o Prémio Ibéricos de Psicologia, atribuído pela Ordem dos Psicólogos...

A psicóloga portuguesa Isabel Soares conta com uma longa carreira associada à investigação e construção de projetos para a compreensão e intervenção na infância. Reconhecida nacional e internacionalmente pelas suas publicações e projetos de investigação, é atualmente Presidente da Direção do ProChild CoLAB.

Ao receber o prémio, Isabel Soares destacou o facto de “a importância do prémio amplificar-se ao ser atribuído no Encontro Ibérico centrado na acessibilidade e na inclusão social como direitos fundamentais e como alicerces de uma sociedade mais igualitária, justa e solidária”.

A psicóloga referiu ainda “o privilégio” de ter encontrado, ao longo da carreira, “pessoas verdadeiramente únicas e que a inspiraram: estudantes e colegas da academia, pacientes na atividade clínica e crianças e famílias em situação de vulnerabilidade na atividade de investigação”. Pessoas que disse serem “os protagonistas deste prémio”.

Já o psicólogo espanhol Francisco Medina é professor titular de psicologia social e diretor da Faculdade de Psicologia desde 2015. Dirige, como investigador principal, um projeto da União Europeia sobre mediação em conflitos coletivos. Está ainda a trabalhar na melhoria dos processos que permitem a inserção laboral de pessoas com deficiência e doença mental.

O Prémio Ibérico da Psicologia é destinado a Psicólogos que tenham contribuído no desenvolvimento da Psicologia, em Espanha e Portugal. Inclui um prémio no valor de dois mil e quinhentos euros para cada um dos vencedores.

 

2 e 3 de junho
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) organiza, nos próximos dias 2 e 3 de junho, a segunda edição do...

O “AVC 360º - Integrar e Aplicar” caracteriza-se pelo seu cariz essencialmente prático e multidisciplinar e, uma vez mais, destina-se a todos aqueles que se interessam e se dedicam à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação dos doentes com AVC, com particular destaque para a Medicina Geral e Familiar. “À semelhança da edição anterior, também este ano vamos ter uma reunião muito enriquecedora, com mesas constituídas por especialistas de diferentes áreas como a Neurologia, a Neuroradiologia, a Medicina Interna, a Cardiologia, a Endocrinologia, a Cirurgia Vascular, a Medicina Física e Reabilitação e a Medicina Geral e Familiar”, explica o médico neurologista.

Para além do programa científico abrangente, que toca em todos os aspetos e etapas da doença vascular cerebral, este ano o evento realiza, pela primeira vez, a sessão “Perguntas Fáceis, Respostas Difíceis” que envolve um conjunto de profissionais dedicados ao estudo do AVC e onde todos os participantes podem colocar as suas questões”, avança o especialista, que pertence à Direção da SPAVC. Ainda sobre as novidades que os participantes vão poder encontrar, o médico salienta que “este ano, procuramos alargar os espaços de discussão em cada uma das mesas de forma a estimular ainda mais a partilha de visões e opiniões”.

Depois do sucesso da primeira edição, a SPAVC apresenta, para este ano, um programa igualmente excelente, com foco nas principais novidades nas áreas da hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, doença aterosclerótica e cardioembolismo. Além disso, temas como o risco cardiovascular, a reabilitação e a reintegração dos doentes com AVC e a imagiologia vascular também integram o programa deste ano. “O objetivo é proporcionar uma visão atualizada dessas áreas, destacando avanços recentes, tendências e as melhores práticas”, destaca o coordenador do evento. “Com um programa tão amplo esperam-se trocas de conhecimentos e experiências enriquecedoras que melhorem a abordagem do AVC, bem como os resultados clínicos e a qualidade de vida dos doentes”, acrescenta.

A presença de especialistas de renome de diversas áreas nesta reunião é essencial para promover o debate e facilitar a partilha de experiências entre os participantes. Para o Dr. Alexandre Amaral e Silva, “esta troca de conhecimentos é de extrema importância para ajudar os profissionais de saúde a encontrarem respostas para os desafios diários que enfrentam na gestão dos doentes com AVC. O vasto know how dos oradores convidados contribui para uma abordagem mais abrangente e eficaz da gestão do AVC ao mesmo tempo que enriquece a reunião com informações atualizadas e estratégias inovadoras”.

Tal como na primeira edição, o evento termina com a caminhada “Stroke Sunset”, uma ação de educação para a saúde que percorre as ruas de Peniche com o objetivo de divulgar mensagens importantes relacionadas com a prevenção, com identificação dos sinais de alarme do AVC e promoção de estilos de vida saudáveis. “Esta caminhada, dirigida aos participantes do evento e à população local, visa a sensibilização do público através da distribuição de folhetos informativos enquanto promove a prática de exercício físico com a cidade de Peniche como pano de fundo”, finaliza.

Todas as informações sobre o “AVC 360º - Integrar e Aplicar” e o formulário de inscrições online encontram-se disponíveis em: bit.ly/3Bv8NSL

Campanha “Um cigarro a menos é um dia a mais”
No âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala a 31 de maio, o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) lança a...

O hábito de fumar, seja tabaco tradicional, aquecido ou cigarros eletrónicos, traz inúmeros malefícios para a saúde, tanto a curto como a longo prazo. O tabaco é a maior causa de morte evitável no mundo e, só em Portugal, é responsável por mais de 13.000 mortes por ano. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, o GECP procura consciencializar a população, não só para os riscos do tabagismo, como também para os ganhos para a saúde que advêm da cessação tabágica.

Os benefícios para a saúde de quem deixa de fumar são muitos e começam a ser percebidos imediatamente. Após 20 minutos sem fumar, a pressão arterial e a frequência cardíaca voltam ao normal. Ao fim de 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue caem para metade e os níveis de oxigénio aumentam. Após 48 horas, o paladar e o olfato começam a melhorar.

A longo prazo, os ganhos para a saúde são ainda mais significativos. Deixar de fumar não reduz apenas o risco de cancro do pulmão, como também diminui a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e respiratórias, e o risco de AVC. Ao longo do tempo, a função pulmonar melhora e há diminuição da tosse e falta de ar. Ao fim de 10 anos sem fumar, o risco de desenvolver cancro do pulmão cai para 50%, enquanto que após 20 anos o risco de cancro do pulmão iguala ao de quem nunca fumou. Além disso, a qualidade de vida melhora, as pessoas sentem-se com mais energia e disposição para as atividades diárias.

Para Daniel Coutinho, membro do GECP, “deixar de fumar pode ser um desafio, mas é uma escolha que vale a pena pelo bem-estar pessoal e pela saúde daqueles que estão ao nosso redor”. O tabagismo é uma dependência e, por isso, por vezes pode ser difícil parar. Para ajudar em todo este processo, Daniel Coutinho recomenda fortemente o diálogo entre médico e doente, referindo que, “os profissionais de saúde, estão cientes da dificuldade que é deixar este hábito e estão disponíveis para aconselhar os doentes, seja através da prescrição de medicação para reduzir a vontade de fumar e os sintomas da abstinência, seja através de orientações sobre como mudar comportamentos e o estilo de vida de modo a evitar recaídas”, comenta.

Como em qualquer dependência, quando se deixa de fumar pode-se experienciar a síndrome de privação, causada pela falta da nicotina e que inclui sintomas como grande vontade de fumar, irritabilidade, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, aumento do apetite e insónias. “Embora estes sintomas sejam mais fortes nos primeiros 15 dias, depois vão melhorando, além do que a terapêutica de substituição da nicotina pode ajudar a controlá-los”, explica o pneumologista do C.H. de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Mesmo em situações de um diagnóstico confirmado de cancro do pulmão é recomendável parar imediatamente de fumar. Um doente que abandone este vício tem mais hipóteses do tratamento ser bem sucedido, menos efeitos secundários, quer da cirurgia, quer da quimioterapia e radioterapia, e uma recuperação mais rápida dos tratamentos. Além disso, abandonar o hábito de fumar também diminui o risco de aparecimento de outros cancros relacionados com o tabaco e melhora a qualidade de vida do doente, fazendo com que se sinta menos cansado, com menos tosse, expetoração e falta de ar.

Presidente do Conselho de Administração diz que é um marco importante na gestão
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. (CHUC), é um dos primeiros Hospitais a ver o seu Plano de Atividades e...

“Trata-se de um marco muito importante para a gestão deste Centro Hospitalar, uma vez que permite maior autonomia na contratação dos recursos e na execução do ambicioso Plano Plurianual de Investimentos que integra o documento”, como refere o Presidente do Conselho de Administração, Carlos Santos.

O Presidente do Conselho de Administração dá ainda nota de que “o Plano Plurianual de Investimentos do CHUC para o período de 2023-2025 apresenta um valor de investimento de 137M€, alinhado com o Plano de Desenvolvimento Estratégico e os objetivos definidos pela Tutela. Esta aprovação implica, ainda, uma responsabilidade acrescida em termos de gestão económico-financeira uma vez que no PAO 2023-25 se estabeleceram metas ousadas, quer do lado da receita, quer do lado da despesa”.

Recorda-se que o Despachoi do Ministério da Saúde, publicado a 3 de novembro de 2022, define o processo de operacionalização dos instrumentos previsionais de gestão dos estabelecimentos de saúde, permitindo mais autonomia de gestão aos hospitais com natureza de entidade pública empresarial integrados no Serviço Nacional de Saúde.

 

 

 

Para produção de matéria-prima para medicamentos dele derivados
O Serviço de Medicina Transfusional do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, obteve a aprovação, por parte da Agência...

Desta forma, o HGO passará a aproveitar todo o plasma dos seus dadores para produção de matéria-prima para medicamentos dele derivados, tais como Albumina Humana, Imunoglobulinas e Fatores de Coagulação, contribuindo ativamente para minimizar a escassez desta matéria-prima na Europa.

Para Teresa Machado Luciano, Presidente do Conselho de Administração do HGO, “este reconhecimento só foi possível graças ao profissionalismo, qualidade e envolvimento de todos os profissionais, que garantiram o cumprimento do amplo conjunto de requisitos regulamentares aplicáveis a este tipo de serviços, bem como os relativos à Farmacopeia Europeia. Esta aprovação por parte da EMA é também o concretizar do compromisso assumido por este Conselho de Administração, com a estratégia de Portugal e da Europa, nesta matéria”.

O plasma é uma solução aquosa, que representa cerca de 55% do volume total de sangue no nosso corpo e é constituído por água (cerca de 92%) e proteínas (8%) (Albumina, Imunoglobulinas e Fatores da Coagulação). O plasma ajuda outros componentes do sangue a circular por todo o corpo, intervém no sistema imunitário e ajuda a controlar a perda de sangue excessiva, razão pela qual as doações de plasma são importantes para ajudar no tratamento de distúrbios hemorrágicos, doenças hepáticas e vários tipos de cancro.

A Europa importa anualmente, dos Estados Unidos da América (EUA), cerca de 40% das necessidades de plasma. Devido à pandemia da COVID-19 e à Guerra na Ucrânia, os EUA viram reduzida a sua colheita de plasma em cerca de 10%, diminuindo a sua capacidade de resposta às necessidades europeias em dois terços da sua produção, e encarecendo os preços associados a este derivado.

O Serviço de Medicina Transfusional do HGO está autorizado pela Direção-Geral da Saúde para todas as atividades da cadeia transfusional, desde a colheita, à análise, processamento, disponibilização e distribuição de sangue.

 

Novo episódio emitido no dia 29 de maio de 2023
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai divulgar o novo episódio do programa “Segundas de Conversa”, no dia 29 de maio. O...

O episódio transmitido na próxima segunda-feira será focado nos Tumores e Metástases Cerebrais e onde será explorado este tipo de patologia, que tipo de tumores existem e qual a incidência, por género e faixa etária.

Promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, o programa tem como objetivo aumentar a literacia em saúde e incentivar a discussão informal e participada sobre as doenças oncológicas. Os temas escolhidos pretendem incidir e debater a problemática como um todo, com especial foco na prevenção.

As Segundas de Conversa resultam de uma parceria entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Canal S+ e a TSF.”

 

Dando mote ao Mês da Saúde Digestiva que se assinala em junho
“Não empurres a Saúde Digestiva com a barriga” é o mote da campanha que se inicia hoje, dia Mundial da Saúde Digestiva e que...

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia pretende alertar os portugueses para cuidados a ter com a saúde digestiva, seja pela adoção de comportamentos saudáveis, seja para demonstrar o impacto que as medidas de prevenção têm permitido evitar doenças mais graves.

Na edição deste ano do Mês da Saúde Digestiva, iniciativa de responsabilidade social corporativa promovida pela SPG, “saímos à rua” e perguntamos aos portugueses o que sabem sobre Saúde Digestiva, sobre a especialidade Gastrenterologia, sobre o aparelho digestivo e outras questões relacionadas com exames de prevenção. O vídeocast disponível aqui é uma amostra de que muito há ainda para aprender sobre a Saúde Digestiva. Os portugueses desconhecem a sua importância e a possibilidade de prevenir as doenças do aparelho digestivo. As perguntas abrangeram a prevenção e rastreio do cancro do intestino, sobre a colonoscopia como método endoscópico para os atingir, e as hepatites víricas com a testagem à hepatite C. Exemplos onde a prevenção faz toda a diferença.

Um estilo de vida saudável, exercício físico regular e uma dieta equilibrada são conceitos importantes quando promovemos a Saúde Digestiva, algo que implica uma mudança de comportamentos. No entanto, de forma a evitar situações complexas e muito mais graves no aparelho digestivo, a atitude de prevenção destes problemas, deverá ir para além destes cuidados. Ir a tempo é decisivo! Com a campanha “Não empurres a Saúde Digestiva com a barriga” a SPG pretende, por um lado, recordar os portugueses da relevância que a Saúde Digestiva tem na qualidade de vida, e por outro, reforçar a mensagem de que todos devemos estar atentos para a prevenção de doenças do aparelho digestivo que se não forem atempadamente sinalizadas poderão tornar-se em problemas graves, como é, por exemplo, o caso do cancro do intestino ou das hepatites”.

SPG presente na Mini-Corrida de S. João

Pelo segundo ano, a SPG associa-se à RunPorto ao destacar a saúde digestiva na Minicorrida de S. João. Um desafio que se destina a toda a população e que decorre no dia 18 de junho, às 9h30horas, em Gaia. Será um percurso de 7 kms quilómetros e a inscrição online deve ser feita aqui.

Para Guilherme Macedo, presidente da SPG “junho é o Mês da Saúde Digestiva onde queremos reforçar a mensagem de como é importante cuidar da nossa Saúde. Com o sucesso do ano passado, faz todo o sentido retomar a parceria com a RunPorto. Queremos continuar a associarmo-nos a um evento desportivo como a Corrida de S. João! A relação entre a atividade física, a qualidade de vida e a saúde é inquestionável e, no que se refere à saúde digestiva, em particular, os ganhos são surpreendentes” e, acrescenta que “este ano, com a campanha que lançamos sobre importância na prevenção, faz cada vez mais sentido associar o desporto a este conceito. Cabe à SPG continuar a desenvolver informação e formação e nos faça continuar a nossa missão de sensibilização da população para a importância da saúde digestiva. Um em cada três portugueses sofre de doenças ou problemas do aparelho digestivo, muitas destas doenças podem ser evitadas com prevenção adequada. Pedimos aos portugueses que “não empurrem a Saúde Digestiva com a barriga” e já agora… que corram por ela!”

Terapia recoveriX está disponível em 14 países
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, chega a Portugal, através do Centro CEREBRO, uma nova...

De acordo com Christoph Guger, criador do recoveriX, “quando os pacientes recebem este tratamento, muitas vezes, começam a andar sem bengala.” O fundador da g.tec medical engineering GmbH refere também que “a terapia recoveriX não se limita a abrandar o declínio dos pacientes, torna-os mais capazes. O recoveriX ajuda os pacientes a tratar a espasticidade, o que resulta numa melhor locomoção, maior concentração, capacidade de memória e controlo da bexiga. Descobrimos também que melhora a síndrome de fadiga e a fala, uma vez que alivia os músculos faciais afetados, permitindo assim que os pacientes falem mais alto e com mais clareza. Em suma, acreditamos que a terapia recoveriX contribui diretamente para a inclusão social destes pacientes na sociedade”.

A terapia recoveriX é uma neurotecnologia inovadora e única que ajuda pacientes com incapacidades causadas por doenças neurológicas a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais rápida e bem-sucedida. Surge como uma nova oportunidade de reabilitação, na medida em que pode ser aplicada mesmo após a aplicação de uma terapia padrão que não conseguiu produzir nenhum benefício adicional.

Este tratamento resulta da combinação única de três terapias, nomeadamente a Imaginação Motora (IM), através da qual o paciente imagina o movimento da mão enquanto o recoveriX mede a sua atividade cerebral através de sinais EEG, a Realidade Virtual (RV), onde a imaginação conduz a uma simulação virtual do membro imaginado no ecrã, e a Estimulação Elétrica (FES), em que o movimento imaginado torna-se um movimento real através da estimulação dos seus músculos afetados sem qualquer dor.

Durante as 25 sessões terapêuticas necessárias para a aplicação desta terapia, os pacientes imaginam movimentos das mãos ou das pernas um total de 6.000 vezes (pacientes com AVC) ou 8.000 vezes (pacientes EM), sendo este o mesmo número de vezes que uma criança necessita para aprender a andar. Desta forma, enquanto imagina os movimentos, o paciente está a criar novas ligações no cérebro, através das quais relembra a capacidade de se mover e movimentar. Cada sessão tem a duração de 50 minutos e podem ser realizadas três a seis sessões por semana, até dois tratamentos por dia (se necessário).

Em desenvolvimento desde 2014, o recoveriX também oferece inúmeros benefícios aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em 2020, um estudo científico - Brain Computer Interface Treatment for Motor Rehabilitation of Upper Extremity of Stroke Patients - A Feasibility Study, publicado na Frontiers in Neuroscience, comprovou que os pacientes com AVC aos quais já foi aplicada esta terapia apresentaram visíveis melhorias, nomeadamente no que se refere à sua locomoção, maior capacidade de concentração, aumento da capacidade de memória, capacidade de movimento ativo e passivo, redução da espasticidade, aumento da sensibilidade bem como redução de tremores.

Atualmente a terapia recoveriX está disponível em 14 países, nomeadamente Áustria, Canadá, Finlândia, Alemanha, Hong Kong, México, Países Baixos, Nigéria, Portugal, Eslovénia, Espanha, Croácia, Israel e Tailândia. Em Portugal, a terapia recoveriX tem vindo a ser aplicada a diversos pacientes através do Centro CEREBRO, a primeira e única clínica de Neurorreabilitação e Saúde Mental com certificação para aplicação desta terapia.

C.M. (iniciais anonimizadas) é acompanhante de um paciente recoveriX no Centro CEREBRO. Quando questionamos sobre eventuais melhorias, C.M. refere que “na parte do recoveriX, o que eu mais noto, realmente, é na diminuição dos tremores (…) no geral, da cabeça, dos pés, das mãos, nota-se bastante que os tremores diminuíram”.

Quando questionado sobre a nova aplicação da terapia recoveriX, Jorge Alves, neuropsicólogo e diretor do Centro CEREBRO, refere que "este é o primeiro sistema de interface cérebro-computador a ser aplicado na neurorreabilitação de pacientes com Esclerose Múltipla (EM), por isso, é um momento único de inovação tecnológica. Note-se que a aplicação do recoveriX nesta patologia tem um potencial de impacto considerável a nível prático, pois importa lembrar que, muitas das pessoas com EM, encontram-se em idade laboral e numa fase em que pretendem uma vida plenamente ativa, com a maior qualidade de vida."

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa que afeta o Sistema Nervoso Central, incluindo o cérebro e a espinal medula. Os estudos científicos mais recentes referem que a Esclerose Múltipla (EM) afeta cerca de 2.8 milhões de pessoas em todo o Mundo. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 8.000 pacientes com uma vasta gama de sintomas, incluindo vários efeitos nas funções motoras, que limitam gravemente a sua qualidade de vida. Paralelamente, o pico da doença acontece pelos 30 anos - e o diagnóstico tem um impacto enorme em termos pessoais, familiares e profissionais - pelo que, a maioria dos tratamentos têm como principal objetivo retardar a progressão da doença.
 

Conheça esta Síndrome
Apesar de não ser uma doença fisicamente incapacitante, dolorosa ou fatal, a Bexiga Hiperativa tem u

“A bexiga hiperativa é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas”, começa por explicar Miguel Ramos, indicando que “o sintoma dominante é a imperiosidade miccional, que pode ou não ser acompanhado de incontinência urinária e que é habitualmente acompanhado por aumento da frequência urinária”.  Em Portugal e na Europa, estima-se que cerca de 16% da população adulta tenha por vezes sintomas de bexiga hiperativa.

De acordo com o especialista, há fatores de risco associados: “A idade - a prevalência da BH aumenta com a idade”. E embora as mulheres sejam muito mais afetadas em idades mais precoces - sendo mais comum em mulheres do que em homens com menos de 60 anos -, acima dos 75 anos, o número de homens afetados aumenta exponencialmente.

Por outro lado, explica que esta síndrome “está também associada a doença cerebrovascular, pelo que a prevenção de fatores de risco vasculares é importante”.  

“A Diabetes e o síndrome metabólico é um dos principais fatores de risco para bexiga hiperativa e no homem a hiperplasia da próstata quando associada a obstrução infravesical. É também mais comum em pessoas com distúrbios funcionais do intestino”, acrescenta o especialista em urologia.

O seu diagnóstico é essencialmente clínico, “sendo necessário usar alguns meios auxiliares de diagnóstico essencialmente para excluir outras patologias. Nomeadamente, exames à urina e ecografia. Nalguns casos pode estar indicado a realização de exame urodinâmico”.

Quanto ao tratamento, o Presidente da Associação Portuguesa de Urologia explica que “o tratamento de primeira linha é comportamental, também existem vários fármacos eficazes na melhoria dos sintomas. Em situações mais extremas, recorre-se a cirurgia”.

Segundo, o especialista a teoria comportamental tem várias vertentes: “informação sobre a patologia e maneira de evitar os sintomas; alterações de estilo de vida e controlo dos fatores de risco (como, por exemplo, dieta e controlo do stresse e ansiedade); treino da bexiga e reabilitação do pavimento pélvico”. “Estas medidas são basilares pois podem melhorar os sintomas de forma duradoura e só depois da instituição destas medidas deve ser considerada outra terapêutica”, sublinha.

O tratamento cirúrgico está reservado para quando as medidas conservadoras e farmacológicas não são eficazes ou não são toleradas pelos efeitos laterais.

Em matéria de prevenção, Miguel Ramos recomenda:

  • Controlar peso corporal com exercício físico regular, incluindo também exercícios do pavimento pélvico; 
  • Reduzir consumo de bebidas gaseificadas, café e álcool;
  • Deixar de fumar;
  • e controlar doenças crónicas como a diabetes.

“Este distúrbio, além dos custos financeiros para o indivíduo, tem também custos para a sociedade, pois estão associados a depressão, quedas, problemas do sono e fadiga que perturbam a vida familiar e a vida profissional”, explica o médico urologista.

A falta de informação por parte dos doentes, cuidadores e dos prestadores de saúde é uma das principais causas para a desvalorização dos sintomas. Por outro lado, o sentimento de vergonha e a noção errada de que é “um problema da idade”, contribuem para o atraso no diagnóstico.

Assim, é importante que esteja atento aos sintomas e que lhe dê a devida importância.  Procure o seu médico assistente, “que após avaliação inicial, poderá iniciar a terapêutica e nalguns casos referenciar a consulta de urologia”, aconselha o urologista.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
BIOMEET Session sobre Inovação nas Doenças Raras
A P-BIO, Associação Portuguesa de Bioindústria, regressa à organização das BIOMEET Sessions com uma sessão, a 30 de maio, a...

O debate será moderado por Margarida Menezes Ferreira, consultora independente de qualidade para o desenvolvimento de medicamentos de terapia avançada e biofármacos, cujo percurso profissional inclui 23 anos como investigadora no INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e 20 anos como representante de Portugal e especialista em Biológicos na EMA – European Medicines Agency.

Os especialistas convidados são Vasant Jadhav (Senior Vice-President of Research, na Alnylam Pharmaceuticals), Pablo Rendo (Global Project Head for Rare Disease and Red Blood Disorders Gene Therapy Programs, na Sanofi) e Sian O’Neill (Senior Director Patient Advocacy, na PTC Therapeutics). Estes três oradores são especialistas de empresas biotecnológicas líderes do setor, que irão apresentar e discutir os últimos avanços nas soluções inovadoras para o tratamento de doenças raras e iniciativas envolvendo os pacientes.

Esta sessão é organizada pelo Grupo de Trabalho de Doenças Raras da P-BIO e será realizada online, via Zoom, em inglês, com legendas em simultâneo. Aceda ao link da sessão em p-bio.org.

 

 

Estudo
Um estudo do Departamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)...

A investigação sobre os resíduos mineiros em autocombustão em Portugal, com inicio em 2007, além de incidir sobre a identificação de autocombustão de resíduos mineiros resultantes da exploração de carvão no passado, tem como objetivos identificar e compreender os impactes desse processo no ambiente, particularmente nos solos, nas águas e na atmosfera.

«O impacte mais significativo poderá estar relacionado com as emissões de compostos orgânicos voláteis durante a combustão. Foram detetadas substâncias, nomeadamente hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e outros compostos orgânicos, que são emitidas para a atmosfera e que são prejudiciais para a saúde humana. Esta situação pode ser particularmente preocupante quando as escombreiras em autocombustão se encontram perto de áreas habitadas», revela Joana Ribeiro, professora do DCT e autora do estudo.

De acordo com a investigadora da FCTUC, em Portugal, são conhecidos três casos de escombreiras de resíduos mineiros de carvão cuja ignição começou em 2005 devido a incêndios florestais. Uma dessas escombreiras, em São Pedro da Cova, Gondomar, permanece em autocombustão há quase duas décadas, sendo uma fonte de contaminação para a atmosfera

devido à emissão de compostos orgânicos voláteis que resultam da combustão do carvão, e para o meio envolvente devido à drenagem ácida. Em 2017, outras duas escombreiras entraram em combustão, também devido a incêndios florestais, mas nestes casos a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) implementou um projeto de reabilitação que permitiu a extinção da combustão.

«Há sempre formas de resolver situações como a da escombreira de São Pedro da Cova, no entanto, são dispendiosas e complexas», assegura Joana Ribeiro, acrescentando que existem várias soluções, nomeadamente a que foi aplicada pela EDM que inclui a remobilização do material do local, arrefecimento com água e um agente retardador da temperatura, recolocação e compactação no local. «Essa compactação é fundamental uma vez que faz com o acesso e a circulação do oxigénio no interior da escombreira, que alimenta o processo de combustão, seja limitado», garante.

Segundo a professora do DCT, este é um processo que acontece em todo o mundo e que tem não só impacte ambiental e na saúde, mas também a nível económico, uma vez que pode ocorrer numa mina de carvão e nas camadas de carvão propriamente ditas, alterando e inviabilizando o recurso geológico.

Assim, Joana Ribeiro considera «muito importante fazer uma inventariação das escombreiras de carvão que existem em Portugal, das respetivas características e condições de deposição, assim como da situação em relação ao enquadramento em zonas florestais. Desta forma, o risco de ignição e consequente autocombustão de escombreiras de carvão poderia ser minimizado através da gestão florestal e territorial adequada», conclui.

Para além da participação de investigadores do DCT da FCTUC, a investigação contou também com investigadores da Universidade do Porto.

Alimentação e suplementação
Com os vários papéis que desempenhamos na vida e com as responsabilidades na esfera pessoal e profis

O segredo para ter mais energia ao longo do dia está em ter alguns cuidados que contribuem para melhorar a nossa saúde e bem-estar, tais como manter uma alimentação nutritiva e adequada rica em legumes e frutas, beber bastante água, dormir bem e tomar suplementação vitamínica como complemento em fases mais desafiantes da nossa vida.

As vitaminas e minerais, conhecidos como micronutrientes, são um aliado essencial para o bom funcionamento do organismo e trazem múltiplos benefícios para a nossa saúde. Há, pelo menos, cinco vitaminas e minerais que vão ajudar o seu corpo a produzir energia para que tenha mais vitalidade no seu dia-a-dia:

  • O Zinco: este é um mineral que entra em mais de 300 processos metabólicos no nosso corpo, ou seja, é essencial para a manutenção dos nossos níveis de energia e de disposição. Para que este mineral não nos falte, não nos podemos esquecer de ingerir alimentos como os iogurtes e o grão de bico.
  • O Magnésio: amêndoas, espinafres e abacates, o que é que têm em comum? São três alimentos ricos em magnésio, um mineral que está presente em reações biológicas desde os nossos músculos até ao cérebro. O magnésio permite que o corpo produza energia, enfrente as adversidades de uma vida acelerada e se mantenha saudável.
  • Vitaminas do complexo B: são conhecidas pela sua função de restabelecer e aumentar a energia. Temos de ter atenção a estas vitaminas, dado que o nosso organismo não tem a capacidade de as produzir e elas são essenciais para que o nosso corpo transforme os alimentos que ingerimos em energia. A B6, por exemplo, vai auxiliar na redução do cansaço e na manutenção do bem-estar físico. Pode encontrá-la na carne, no arroz e até em sementes de girassol. Por outro lado, numa vida acelerada convém ter o nosso sistema nervoso a funcionar corretamente e, para isso, temos as vitaminas B3 e B12, que ajudam no bom funcionamento do mesmo. Para ter a certeza que estas vitaminas estão presentes podemos optar por alimentos como o marisco, salmão, leite e amendoins.
  • Vitaminas Antioxidantes: quando andamos de um lado para o outro, acabamos por estar expostos a agentes agressores que vão prejudicar o funcionamento do nosso organismo. Desta forma, torna-se importante ter uma alimentação que forneça antioxidantes para reforçar o combate face a estes agentes e reparar os danos que estes possam causar. A Vitamina E, A e C, presentes em sementes, citrinos, morangos, batata-doce ou até a gema do ovo, vão ajudá-lo a reforçar a sua imunidade e a manter o seu ritmo.
  • Coenzima Q10: é uma substância, semelhante às vitaminas, importante e necessária para o funcionamento de muitos órgãos e reações químicas no organismo. Fornece energia às células e tem atividade antioxidante, estando presente em pequenas quantidades em carnes e peixes.
  • O Ferro: é responsável por manter o oxigénio a circular no nosso corpo, pelo que a falta deste mineral vai afetar negativamente o desempenho no trabalho e pode prejudicar as nossas capacidades cognitivas. Ostras, lentilhas e carne bovina são alguns alimentos onde podemos ir buscar este elemento essencial para o nosso organismo.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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