Candidaturas até 29 de setembro
Estão abertas as candidaturas ao Net Zero Health Systems – Accelerating the descarbonization of Patient Care, um programa de...

As candidaturas podem ser submetidas por startups, empresas que estejam a desenvolver um projeto, com menos de cinco anos de existência formal, ou pessoas singulares maiores de 18 anos de qualquer nacionalidade, concorrendo individualmente ou em equipa.

O Programa conta um total de 20.000€ em prémios, divididos em duas fases. Um Júri de mérito reconhecido irá avaliar e eleger o primeiro e segundo projetos mais promissores, atribuindo prémios no valor de 10.000€ e 5.000€, respetivamente. Estas duas Startups, às quais se poderão juntar até mais seis, terão acesso a um programa de aceleração de oito semanas, que contará com sessões de capacitação em temas críticos para o desenvolvimento dos projetos, mentoria com entidades e representantes de instituições de saúde nacionais de relevo, empreendedores e potenciais investidores e apoio à validação do seu projeto no mercado. Findo o programa de aceleração, os projetos serão novamente apresentados ao júri, num Demo Day, que determinará o vencedor da fase de aceleração, que irá receber prémio adicional de 5.000€, e acesso direto e gratuito à incubação na Startup Lisboa, durante seis meses.

“Sabe-se que o setor da saúde tem uma pegada ambiental considerável (representando cerca de 5% da pegada de Co2). Por isso, sendo a AstraZeneca uma entidade ligada a este setor e com preocupações ligadas à sustentabilidade, considerámos que trabalhar e apoiar projetos que possam permitir a redução da pegada do sistema de saúde português, faria todo o sentido”, refere Sérgio Alves, Presidente da AstraZeneca Portugal. A sustentabilidade é, aliás, um dos pilares orientadores dentro da companhia, mas também fora das suas portas, através do desenvolvimento de parcerias com entidades do setor da saúde e outras. Nesse âmbito, “têm sido vários os projetos que temos vindo a desenvolver com o objetivo de contribuir para um sistema de saúde mais sustentável, como a PHSSR (Parceria para a Sustentabilidade e Resiliência dos Sistemas de Saúde), a participação numa comunidade energética envolvendo o Hospital Professor Dr. Fernando da Fonseca, ou o projeto Care Pathway da Unidade de Saúde Local de Matosinhos e Hospital de Braga”.

Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa e Startup Lisboa, refere que “é com enorme orgulho que vemos nascer esta parceria com a AstraZeneca. O Programa NetZero Health Systems vem impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras na área da saúde com foco na sustentabilidade do setor, áreas essenciais para o futuro. Este Programa é mais uma peça fundamental para expandir o ecossistema empreendedor em Portugal, promovendo e apoiando projetos de elevado potencial.”

As candidaturas ao programa estão abertas até dia 29 de Setembro de 2023.

Para mais informações sobre o programa Net Zero Health Systems – Accelerating the descarbonization of Patient Care e consulta do regulamento, aceda aqui: www.netzero-health.com

Associações de Portugal e Moçambique em parceria
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e a Associação Moçambicana dos Diabéticos (AMODIA) acabam de assinar...

A colaboração pressupõe ainda o acesso a estágios de profissionais de saúde moçambicanos na APDP, a colaboração com instituições internacionais, a troca de experiências relativamente ao desenvolvimento associativo e a valorização da prevenção, do diagnóstico precoce e da educação junto das autoridades governamentais, portuguesas e moçambicanas.

“É com muita satisfação que anunciamos mais uma feliz parceria no percurso da APDP. Através deste protocolo de cooperação, conseguiremos prestar apoio a mais pessoas com diabetes, moçambicanos residentes, quer em Portugal, quer em Moçambique, e garantir uma resposta mais ampla para ambas as associações”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

O protocolo de cooperação foi assinado pelo presidente da APDP, José Manuel Boavida, e pela presidente da AMODIA, Sandra Loureiro. A assinatura aconteceu na sede da APDP, onde estiveram também presentes os membros da AMODIA Honorato de Deus Cassamo, Naser Hassane Ismail e Maria Regina Ismail.

Segundo um estudo apresentado no final de 2022 durante o IV Fórum de Pós-Graduação do Instituto Nacional de Saúde, em Maputo, os casos de diabetes em Moçambique triplicaram num período de três anos. Dados do Atlas da Diabetes da Federação Internacional da Diabetes estimam que 1 em cada 22 adultos vivam com diabetes na região de África, sendo que 1 em cada 5 estarão por diagnosticar (54% da população).

A presidente da AMODIA congratula-se com a criação de um protocolo que “representa uma excelente contribuição para conseguirmos travar o aumento de casos de diabetes em Moçambique e melhor acompanhar as pessoas que já lidam diariamente com esta doença. Desta forma, conseguiremos dar uma resposta ainda mais robusta a todos os que necessitam do nosso apoio”.

A APDP disponibiliza assim a sua experiência de 97 anos, bem como as suas ligações internacionais, “para o desenvolvimento de uma parceria profícua que consiga envolver Governos, a Organização Mundial de Saúde e a Organização das Nações Unidas.”, remata o presidente da APDP.

Fundada a 15 de maio de 2000, a AMODIA conta com mais de 11 mil associados em todo o país e cerca de 16 colaboradores, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, técnicos de saúde, administrativos e auxiliares. Através da aposta em formação e investigação, a associação tem como foco a prevenção da diabetes e a melhoria do tratamento e da qualidade de vida das pessoas com diabetes em Moçambique.

Candidaturas podem ser submetidas até 6 de outubro no site da TEVA
A TEVA, empresa farmacêutica líder mundial em genéricos com forte área de inovação, abriu candidaturas à 3.ª Edição dos Prémios...

Com vista a reconhecer projetos que promovem a melhoria da qualidade de vida dos doentes, os Prémios Humanizar a Saúde vão distinguir o trabalho de cinco entidades, instituições ou associações com o valor de 5.000 euros cada. O valor será atribuído como donativo para que possam continuar a desenvolver o projeto premiado.

As candidaturas podem ser submetidas até 6 de outubro de 2023 às 23h59, através do formulário disponível em https://www.teva.pt/humanizing-health/share-your-initiative/ ou do envio da documentação requerida para o endereço de correio eletrónico [email protected].

Os Prémios terão em conta iniciativas que contribuam para um ambiente e tratamento mais afetivo, próximo e humano e que, a longo prazo, conduzam a uma melhoria da qualidade dos cuidados e do tratamento dos doentes.

"Com estes prémios queremos continuar a reconhecer o imenso trabalho realizado por profissionais de saúde, cuidadores e instituições que contribuem diariamente para a humanização dos cuidados de saúde e que promovem a qualidade de vida das pessoas que sofrem de uma doença. O nosso compromisso, além de produzir medicamentos, é dar visibilidade a iniciativas que nos inspiram com as suas ideias, esforço e dedicação. Estes prémios têm-nos permitido descobrir soluções absolutamente inovadoras e impactantes que nos emocionam todos os anos pelo seu espírito de altruísmo.”, explica Marta Gonzalez Casal, Diretora Geral da Teva Portugal.

Vencedores da 2.ª Edição dos Prémios Humanizar a Saúde (2022)

Na edição anterior dos Prémios Humanizar a Saúde foram atribuídos prémios no valor total de 25.000 euros às seguintes iniciativas: Associação Nuvem Vitória com o projeto Dormir é o melhor remédio que consiste em contar histórias a crianças hospitalizadas para uma melhor qualidade de sono fundamental para a sua recuperação; projeto Escola do Ser, implementado pela Associação Partilhas e Cuidados, que visa ajudar a comunidade oncológica a encontrar um serviço de apoio psico-emocional; Delegação da Madeira da Alzheimer Portugal com a iniciativa Vamos Puxar pelo Cérebro com Câmara de Lobos, que consiste na realização de sessões dos grupos de estimulação cognitiva para os utentes de Câmara de Lobos; o projeto Aldeias Humanitar, que intervém na prestação de cuidados complementares integrados de saúde, amparo social e combate ao isolamento social; e o projeto Dá a tua voz, da Associação Portuguesa de Doentes de Esclerose Lateral Amiotrófica, que visa dar uma voz a quem a perdeu através da criação de um banco de mensagens

Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva tem nova direção
A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva elegeu Susana Lopes como presidente da direção para o biénio 2023-2025. Susana...

“Queremos promover o desenvolvimento da endoscopia digestiva, estimulando a criação de projetos multicêntricos e a colaboração com sociedades congéneres, apostar na literacia em saúde e contribuir para o estabelecimento de normas de treino e prática em endoscopia digestiva”, destaca Susana Lopes como as prioridades para o seu mandato.

A nova direção é também constituída pelos médicos Pedro Moutinho Ribeiro, Fernanda Maçoas e Nuno Nunes (Vice-Presidentes), Filipe Vilas Boas (Secretário-Geral), Miguel Bispo (Tesoureiro), e João Fernandes, Tiago Cúrdia, Paula Sousa, Elisa Gravito Soares, Catarina Fidalgo e David Horta (Vogais). A Assembleia-Geral é constituída pelos médicos Jorge Canena (Presidente), Luís Lopes (Vice-Presidente) e Ana Isabel Jardim (Secretária). O Conselho Fiscal é constituído por Jorge Silva (Presidente), Germano Villas-Boas (Secretário do Conselho Fiscal) e Bernardino Ribeiro (Vogal).

A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) é uma associação científica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, que congrega médicos e outros profissionais ligados à saúde que praticam ou se interessam pela endoscopia digestiva em Portugal. Para mais informações consulte: www.sped.pt

 

Anualmente surgem 700 novos casos de melanoma em Portugal
O MAR Shopping Algarve, em parceria com a Associação Oncológica do Algarve (AOA), realiza o despiste "Verão sem Escaldão...

A exposição prolongada ao sol durante as estações quentes pode resultar em problemas como ressecamento da pele, queimaduras, manchas e queratose. Por viverem numa das zonas mais quentes do país, os algarvios, sem dúvida, enfrentam uma maior exposição aos raios solares. Desta forma, o despiste "Verão sem Escaldão" oferece avaliações personalizadas e informações sobre proteção solar e cuidados com a pele, promovendo uma rotina diária segura e saudável durante o verão. A parceria com a Associação Oncológica do Algarve (AOA) realça a importância da prevenção como pilar essencial no combate ao cancro de pele.

De referir que os médicos têm alertado para o facto de o cancro da pele ser um dos que tem vindo a crescer mais na Europa, apesar de poder ser diagnosticado numa fase precoce. Em Portugal, surgem anualmente cerca de 700 novos casos de melanoma maligno, estimando-se que em 2019 tenham morrido 260 pessoas devido a esta doença.

Esta iniciativa faz parte do ciclo periódico de atividades de sensibilização algarvia para a importância da deteção precoce de indicadores de saúde que careçam de acompanhamento médico, realizadas no MAR Shopping Algarve, que reforça o compromisso do Meeting Place em promover o bem-estar e a saúde da comunidade local. O projeto integra a Plataforma ODSlocal, tendo a missão de contribuir para as metas da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas).

A agenda de rastreio está disponível e atualizada no website do MAR Shopping – www.marshopping.com

 

Bastonária da Ordem dos Nutricionistas revela em podcast
Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, deixa o cargo este ano, depois de mais de dez anos a defender esta...

Num cenário como o atual, em que “um em quatro portugueses tem, pelo menos, uma doença crónica”, Alexandra Bento deixa claro que é preciso mudar a forma como vivemos. Para a nutricionista, “estamos a viver muito mais do que muitos países, mas somos dos países que mais doença crónica temos nos últimos anos de vida, que é aquilo que nós dizemos: temos mais vida, mas temos anos de vida menos saudável nos últimos anos de vida”. A solução passa por “aumentar os anos de vida saudável”. 

Um dos caminhos está no aumento da literacia em saúde. “Se nós tivermos uma população que tem mais literacia em termos de alimentação e de nutrição, em termos de saúde, será uma população mais capaz de fazer as suas escolhas em termos de saúde e em termos daquilo que deve ser a sua alimentação. A obesidade é, claramente, a pandemia deste milénio”, continua.  

Em conversa, Alexandra Bento considera que um dos maiores desafios nesta área continua a ser a grande dificuldade em contornar a disseminação de fake news — uma situação que caracteriza como “urgente”. “As notícias falsas, as meias-verdades e as inverdades vão numa velocidade estonteante que é difícil contrariar. Exigem de nós [nutricionistas] dispositivos fortes para contrariar. E estes dispositivos fortes muitas vezes não são fáceis de serem operacionalizados”, diz. 

Atualmente, Portugal é um dos países da União Europeia com maior taxa de obesidade infantil. Alexandra Bento faz o paralelo com a educação ambiental e afirma que as crianças “têm que ser verdadeiramente envolvidas” nos princípios da nutrição. “Nós não podemos ser muito impositivos. Temos é que conseguir envolver. Claro que que há coisas que é preciso impor. Nós temos que impor, no bom sentido da palavra, uma oferta alimentar que seja apelativa e saudável nos bares das escolas, nas máquinas de venda automática”, conclui. 

O episódio completo pode ser ouvido aqui: https://shorturl.at/zCELU

"Mais recursos, melhores decisões”
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) dá mais um passo na promoção da literacia em saúde e lança um novo website....

“Compreender informação em saúde credível é o primeiro passo para o conhecimento. Só depois da compreensão é que pode haver um melhor uso dos recursos de saúde e tomada de melhores decisões. Através do conhecimento e compreensão das informações de saúde, as pessoas ficam mais capacitadas a fazer escolhas conscientes e a tomar medidas preventivas para melhorar a sua qualidade de vida. Reconhecendo essa importância, a SPLS desenvolveu um site abrangente que atende às necessidades de pessoas de todas as idades e níveis de educação”, explica a presidente desta sociedade científica, Cristina Vaz de Almeida.  

Segundo um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, citado pela SPLS, 61% dos portugueses apresentam um nível inadequado ou problemático de literacia em saúde. “Mesmo que este nível de literacia em saúde tenha melhorado um pouco ao longo dos últimos anos, a evidência mostra que há muito para fazer”, continua a presidente.  

De forma a melhorar estes números, o novo site oferece uma ampla gama de conteúdos sobre vários temas ligados à saúde. A sociedade científica pretende que esta plataforma seja um local fácil, acessível e agregador de conhecimento para promover uma maior literacia através de diferentes recursos, como disponibilização de e-books informativos, divulgação de eventos e acesso a outros materiais de apoio à comunidade e aos profissionais de saúde.  

Além de ser uma plataforma onde estarão todos os especialistas em literacia em saúde em Portugal, de forma visível e com contactos, o novo website pretende dar a conhecer as pessoas e instituições que desenvolvem ações efetivas no campo da literacia, na promoção da saúde e na prevenção de doenças. 

“A SPLS está comprometida em promover a literacia em saúde e acredita que esta nova plataforma desempenhará um papel fundamental na promoção da educação e consciencialização sobre as questões de saúde em todo o país. Ao capacitar as pessoas com conhecimento e recursos, estamos confiantes de que cada indivíduo será capaz de fazer escolhas informadas e alcançar uma vida mais saudável e feliz. Mais recursos, melhores decisões”, conclui Cristina Vaz de Almeida.  

Vânia Lima é a nova diretora de comunicação da SPLS 

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde anuncia ainda que a comunicação desta sociedade científica passa a estar sob a responsabilidade de Vânia Lima, diretora-geral da Onya Health, agência de comunicação especializada em saúde. Para a presidente da SPLS, “esta nomeação demonstra o esforço em levar os princípios e boas práticas da saúde mais longe”. “Este reforço, mais institucionalizado, permitirá robustecer de uma forma ainda mais acentuada a importante dimensão comunicacional que a SPLS tem desde o início e que tem permitido grande visibilidade e atenção por parte de vários stakeholders”, acrescenta. 

Já Vânia Lima encara o novo desafio com “muita honra e responsabilidade”, afirmando que “é uma oportunidade única para promover a literacia em saúde em Portugal”. A nova diretora de comunicação da SPLS espera que, “com este reforço na comunicação, possa ser possível alcançar e capacitar mais profissionais de saúde para as questões da literacia em saúde, e os cidadãos para a tomada de decisões mais informadas e conscientes sobre a sua saúde e o seu bem-estar. Esperamos conseguir criar laços mais fortes com as instituições, com os órgãos de comunicação social e com a sociedade”. 

 

 

Campanha “FériasCom✅Colonoscopia”
A Miligrama Comunicação em Saúde acaba de criar a mais recente campanha de consciencialização para o rastreio do cancro...

Sob o mote “FériasCom✅Colonoscopia”, esta iniciativa é promovida pela Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) e tem como objetivo alertar a população para a importância de agendar e realizar os exames endoscópicos, de forma a prevenir ou diagnosticar o cancro colorretal numa fase precoce.

“Na Miligrama temos como prioridade contribuir para a consciencialização da população portuguesa sobre temas tão relevantes como a prevenção do cancro colorretal. Por isso, estamos muito gratos pelo desafio que nos foi lançado pela SPED. Acreditamos que é um primeiro passo de muitos outros, que daremos em parceria para alcançar uma maior Literacia em Saúde”, explica Andreia Garcia, Diretora-Geral da Miligrama Comunicação em Saúde. 

A campanha “FériasCom✅Colonoscopia” vai ser desenvolvida nas redes sociais.

O cancro colorretal é uma doença frequente e que pode ser fatal. No entanto, a colonoscopia permite a sua prevenção e o seu diagnóstico precoce, podendo salvar a sua vida! Vá de Férias com a colonoscopia realizada ou agendada! Esteja atento a sintomas como perda de sangue nas fezes; alteração de hábitos intestinais; dor de barriga; fadiga; perda inexplicável de peso.

Aconselhe-se junto do seu profissional de saúde! Saiba mais em: www.sped.pt.

 

 

Experiência de pessoas com doença
Sob o lema “todas as vidas têm uma história” a Sanofi lança o podcast "Vidas", dedicado a partilhar histórias...

Nos dois primeiros episódios, que já se encontram disponíveis no canal Youtube da Sanofi ou no Spotify, os ouvintes são convidados a conhecer duas histórias de resiliência e esperança. O episódio inaugural apresenta Margarida Piçarra Navalhinhas, que vive com esclerose múltipla desde os 15 anos. Agora, aos 32 anos, Margarida desempenha um importante papel como representante europeia dos jovens com esclerose múltipla e trabalha como socióloga na Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla.

O segundo episódio dá-nos a conhecer a história de Catarina Costa Duarte, Vice-presidente da RD Portugal, cujo objetivo é aumentar a consciencialização sobre doenças raras no nosso país e sensibilizar os decisores políticos para as necessidades ainda não satisfeitas das pessoas afetadas por estas patologias. Acérrima defensora do diagnóstico precoce, Catarina é a voz da luta pelo acesso a tratamentos adequados e a cuidados médicos de qualidade para todos as pessoas diagnosticadas com uma condição rara. Neste episódio, Catarina reforça o trabalho desenvolvido pela RD-Portugal, destacando a recente nomeação da União das Associações das Doenças Raras para integrar o grupo intersectorial que vai trabalhar o novo plano nacional para as Doenças Raras, e a aposta em literacia em saúde, através do projeto “Informar Sem Dramatizar”, um programa desenhado para desconstruir mitos e melhorar o conhecimento sobre as doenças raras nas escolas portuguesas.

Isabel Soares, Public Affairs and Policy Sanofi Portugal revela que "ao trazer à tona estas histórias pessoais, esperamos sensibilizar e consciencializar a sociedade acerca do impacto que essas condições têm na vida dos pacientes e suas famílias. Cada vida tem uma história e, através deste podcast, temos a oportunidade de partilhar estas experiências de vida num formato one-to-one.”

 

 

Saúde Mental a e Deficiência Auditiva
A saúde mental pode ser afetada pela deficiência auditiva, mas existem muitos recursos disponíveis p

A perda auditiva pode ser um fator de risco para a ansiedade, pois pode levar a sentimentos de isolamento e frustração. No entanto, é importante lembrar que cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente à perda auditiva. Algumas pessoas podem se adaptar bem à perda auditiva e não sentir ansiedade, enquanto outras podem precisar de mais apoio emocional. É importante que as pessoas com deficiência auditiva tenham acesso a serviços de saúde mental e apoio emocional para ajudá-las a lidar com os desafios únicos que enfrentam.

A comunicação é uma parte importante da nossa vida social e emocional, e a perda auditiva pode dificultar isso.

A dificuldade na comunicação pode levar a sentimentos de frustração e isolamento, o que pode levar à ansiedade. As pessoas com deficiência auditiva podem ter dificuldade em se comunicar com amigos, familiares e colegas, o que pode levar a sentimentos de solidão e isolamento. A falta de compreensão pode levar a mal-entendidos e conflitos, o que pode aumentar a ansiedade.

A perda auditiva também pode afetar a autoestima e a autoconfiança. As pessoas com deficiência auditiva podem se sentir inseguras em situações sociais e podem evitar situações em que precisam se comunicar com os outros. Isso pode levar a sentimentos de ansiedade e depressão.

O medo de não ser compreendido pode levar a sentimentos de frustração e angústia, o que pode levar à ansiedade. Inclusivamente, a perda auditiva pode levar à menor noção de alguns sons importantes de aviso, tais como: alarmes, anúncios e outros sinais críticos, que podem ser uma causa de inquietação, preocupação e ansiedade.

A perda auditiva pode afetar a autoconfiança, especialmente naqueles que têm dificuldade em se comunicar com os outros. A comunicação é uma parte importante da nossa vida social e emocional, e a perda auditiva pode dificultar isso.

A falta de compreensão pode levar a mal-entendidos e conflitos, o que pode diminuir a autoconfiança e aumentar a ansiedade. As pessoas com deficiência auditiva podem ter dificuldade em se comunicar com os outros, o que pode levar a sentimentos de solidão e isolamento. Isso pode afetar a autoestima e a autoconfiança, o que pode levar a sentimentos de ansiedade e de "stress".

A perda auditiva pode ser estigmatizada, o que pode levar a sentimentos de ansiedade e isolamento, também. O estigma pode levar a uma falta de compreensão em relação à perda

auditiva e pode fazer com que as pessoas se sintam envergonhadas ou constrangidas por sua deficiência. Que pode afetar a sua autoestima e a autoconfiança, conduzindo à ansiedade.

É importante que as pessoas com deficiência auditiva tenham acesso a serviços de saúde mental e apoio emocional para ajudá-las a lidar com os desafios únicos que enfrentam. A conscientização sobre a saúde mental e a deficiência auditiva é fundamental para garantir que as pessoas com deficiência auditiva recebam o apoio necessário para viver uma vida plena e feliz, e, portanto, não precisa ser necessariamente um obstáculo para o quotidiano.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
ACNUR
No país existem já 28 milhões de pessoas a necessitar de assistência urgente. A Fundação Portugal com ACNUR apela a um apoio...

O Afeganistão está a atravessar uma das piores crises humanitárias do mundo: cerca de 20 milhões de pessoas - metade da população afegã - sofrem de insegurança alimentar e estima-se que 97% vivem muito abaixo do limiar de pobreza.

O país enfrenta o terceiro ano consecutivo de seca prolongada, associada a um declínio económico devastador, provocado por décadas de conflito. As frequentes catástrofes naturais, incluindo terramotos, secas e inundações extremas, provocaram ainda mais miséria para as comunidades devastadas do país.

A grande maioria dos afegãos não tem meios para satisfazer as suas necessidades básicas e o ACNUR, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, estima que 28.3 milhões de pessoas necessitarão de ajuda humanitária em 2023. Cerca de 6 milhões de pessoas estão em risco de fome extrema.

A crise ucraniana teve também um impacto significativo no aumento dos preços dos bens alimentares, tornando os mantimentos mais básicos inacessíveis para muitos afegãos.

As mulheres e as crianças são as principais vítimas desta crise e, consequentemente, continuam a correr um risco acrescido de violência e exploração. Entretanto, as restrições à plena participação das mulheres e das raparigas na vida quotidiana do país - incluindo a limitação da sua capacidade de estudar e de trabalhar - agravam a situação humanitária.

São múltiplas as crises que o Afeganistão enfrenta - insegurança alimentar e subnutrição graves, choques climáticos, crise das pessoas deslocadas - e uma grande parte da população necessita de ajuda urgente.

O ACNUR tem vindo a responder às necessidades humanitárias no Afeganistão, centrando-se na proteção dos mais vulneráveis e na assistência aos afegãos deslocados e retornados, fornecendo-lhes abrigo, alimentação, água e artigos de primeira necessidade que lhes podem salvar a vida, tanto no Afeganistão como nos países vizinhos. Juntamente com os seus parceiros, o ACNUR está empenhado em permanecer no terreno e em dar a resposta necessária, prestando apoio e serviços às pessoas mais necessitadas da melhor forma possível, apesar do contexto e das circunstâncias difíceis.

No ano passado, o ACNUR apoiou 6.2 milhões de pessoas em todo o Afeganistão. Alcançou 2.1 milhões de pessoas, cerca de 80% das quais eram mulheres e crianças, com ajuda direta, incluindo assistência monetária, artigos para o lar, abrigo, painéis solares e meios de subsistência.

O ACNUR também prestou ajuda indireta a mais de 4.1 milhões de pessoas, nomeadamente através da construção de infraestruturas, escolas, construção de centros de saúde, bem como asistência a projetos de abastecimento de água e de energia solar.

O trabalho humanitário está a ajudar a manter vivas milhões de pessoas no Afeganistão. A Fundação Portugal com ACNUR está a apelar ao apoio das pessoas e organizações para o ACNUR poder continuar o seu trabalho de chegar às pessoas que dele necessitam desesperadamente. Pode fazer o seu donativo e obter mais informações em https://pacnur.org/pt/donativos/afeganistao?utm_source=meios

Apoiar pessoas com diabetes e baixa visão
Protocolo permite o intercâmbio de conhecimento e dos produtos de apoio entre a APDP e a ACAPO.

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e a Delegação de Lisboa da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) assinaram recentemente um protocolo de cooperação para garantir o acesso de pessoas com baixa visão e diabetes a cuidados de saúde especializados. O objetivo passa por criar um espaço de livre circulação entre as duas associações, sensibilizar a população para a baixa visão e cooperar em estudos de investigação e projetos para desenvolver novas respostas.

“É com muita satisfação que anunciamos uma parceria que nos irá permitir prestar um acompanhamento ainda mais personalizado a pessoas com diabetes e baixa visão, que podem agora ter o contacto facilitado com as duas associações. O objetivo é que se sintam apoiados e bem tratados por uma equipa que trabalha em rede.”, congratula-se José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Para Paulo Santos, presidente da Delegação de Lisboa da ACAPO, “este é um momento que ficará, certamente, para a história, uma vez que o acordo permite o encaminhamento de pessoas entre as duas associações e o desenvolvimento de novos projetos em conjunto. Procura disponibilizar, de acordo com as necessidades identificadas e os serviços disponíveis em ambas as instituições, a melhor resposta para cada situação”.

O protocolo de cooperação foi assinado pelo presidente da APDP, José Manuel Boavida, e pelo presidente da Direção da Delegação de Lisboa da ACAPO, Paulo Santos. Estiveram ainda presentes a diretora técnica da ACAPO, Liliana Bernardo, a enfermeira coordenadora da Consulta de Oftalmologia da APDP, Isabel Correia, e a assistente social da APDP, Marisa Araújo.

A consulta de Baixa Visão da APDP existe desde 2022 e nasceu da necessidade sentida nas Consultas de Oftalmologia e de Diabetes de dar uma resposta mais especializada às pessoas com baixa visão e diabetes. Nesta consulta, são ensinadas estratégias adaptadas à baixa visão para controlar a diabetes e estratégias de apoio às atividades na vida diária.

“Cada vez mais, a diabetes não cega, felizmente, mas reduz a visão, infelizmente. Nós, profissionais de saúde, temos de estar atentos a estas necessidades e perceber que podemos dar algo a estas pessoas. Reencaminhá-las, usar algumas estratégias simples, melhorar a comunicação com as pessoas... Não é o fim da linha!”, reforça Isabel Correia.

Prémio de cinco mil euros
As candidaturas ao Prémio Investigação em ASMA 2023, promovido pela SPAIC - Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia...

A decisão do júri deverá ser fundamentada no carácter de originalidade, excelência e relevância que os trabalhos premiados representem na Imunoalergologia Portuguesa. Aos que ainda não concorreram, ainda estão a tempo de submeter a candidatura que pode vir a contribuir para melhorar a qualidade de vida do doente asmático.

O Prémio Investigação em ASMA 2023 visa fomentar, no país, o desenvolvimento de linhas de investigação específicas na área da asma, distinguindo, anualmente, um projeto de investigação original ou um trabalho original sobre asma e que resulta de uma parceria entre a SPAIC e a empresa farmacêutica Jaba Recordati.

As candidaturas deverão ser enviadas por email para [email protected], até dia 7 de agosto de 2023. O regulamento está disponível nos sites da SPAIC e da Jaba Recordati. A cerimónia de entrega do Prémio Investigação em ASMA 2023 será posteriormente anunciada. Mais informação em www.spaic.pt e em www.jaba-recordati.pt/pt.

 

Universidade de Coimbra
A Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu, no âmbito de um projeto multidisciplinar, uma série de soluções tecnológicas...

Paulo Menezes, professor do Departamento de Engenharia Eletrotécnica (DEEC) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC) e investigador sénior no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), é o responsável pelo projeto na UC, financiado na globalidade com 5 milhões de euros.

No âmbito do projeto “ACTIVAS - Ambientes Construídos para uma Vida Ativa, Segura e Saudável”, liderado pela empresa KENTRA technologies, Lda, a equipa do DEEC/ISR desenvolveu um conjunto de capacidades de interação inteligente para robôs (móveis) sociais e um conjunto de jogos sérios guiados por agentes artificias (avatares), que visando essencialmente a promoção da prática de exercício físico, se destinam não só a idosos, mas também a crianças, em particular com perturbações do espectro do autismo.

«Um dos trabalhos que desenvolvemos teve como objetivo perceber até que ponto é que conseguimos estimular a atenção e o foco através do movimento. Assim, criámos uma experiência sensorial, com sons e imagens, na qual se procurou atrair a atenção da pessoa para certas coisas que estavam a aparecer no ecrã e espontaneamente associar-lhe sons», revela Paulo Menezes, explicando que este setup interativo é composto por uma câmara com um sensor incorporado que permite explorar a captura do movimento, analisar a pessoa e a sua postura, para com isso reproduzir diversos sons, que a pessoa escolhe através dos movimentos. Além de suportar uma exploração criativa, este sistema permite ainda, caso seja desejado, a análise posterior das associações estabelecidas.

Outra das ferramentas concebidas, também para idosos, consistiu em integrar, de uma forma ecológica, num sistema interativo dois tipos de testes (Rickly & Jones e SARC-F), destinados a avaliar a presença de sarcopenia, isto é, a perda de massa muscular, um problema muito prevalente no envelhecimento, que pode ser prevenido com a prática de exercício físico. «Este teste mostra o nível de funcionalidade da pessoa, e consoante esse nível deverá fazer os exercícios de um dos conjuntos que desenvolvemos», indica o docente, acrescentando que é possível perceber, através de um mecanismo de avaliação, se os exercícios estão a ser bem executados, ou corrigi-los caso não estejam, mediante as indicações fornecidas durante o jogo.

Por fim, no âmbito deste projeto, foram criadas novas funcionalidade para um robô móvel desenvolvido em projetos anteriores. Esta ferramenta «é muito interessante num contexto do envelhecimento. Atualmente, temos a questão de não haver lares para todos, e ainda, o facto de muitas pessoas preferirem ficar nas suas casas. Porém, pode levantar-se a questão da segurança, porque um dos principais receios da maior parte dos idosos é acontecer alguma coisa enquanto estão sozinhos e ninguém se aperceber. É aqui que entra o robô», afirma o investigador, esclarecendo que o objetivo é que esta ferramenta emita alertas sempre que surjam sinais de perigo em casa, como uma queda ou uma fuga de gás, por exemplo.

No entanto, apesar dos pontos positivos de ter um robô, o docente não deixou de referir a dificuldade de aceitação na presença desta ferramenta em casa e do papel que deve desempenhar a nível social. «Nós temos vindo a fazer a adaptação dos comportamentos do robô às emoções da pessoa em tempo real, dentro daquilo que é possível inferir a partir das suas expressões faciais ou do tom de voz, usando redes neuronais profundas. Por exemplo, se a pessoa estiver mais triste, eventualmente, o robô vai-se deslocar mais devagar, mas se estiver mais alegre o robô pode ser mais efusivo. Isto é muito importante pois contribui para a aceitação. Nos testes realizados concluímos que com a adaptação do comportamento dos robôs as pessoas tendem a sentir mais empatia», evidencia.

Perante os resultados obtidos, de modo geral, os investigadores do DEEC consideram que este projeto «permitirá o desenvolvimento de um conjunto de serviços e mesmo a criação de oportunidades de negócio para diversas entidades prestarem serviços de assistência», conclui.

Luzio
Uma equipa de cientistas internacional, da qual faz parte Claudia Cunha, investigadora do Centro de Investigação em...

Os resultados, publicados hoje na Nature Ecology & Evolution, mostram que Luzio é um antepassado das populações nativas americanas atuais e que, portanto, a hipótese de que os primeiros brasileiros pertenceriam a uma população distinta estava equivocada.

«O estudo incluí o maior conjunto de dados genomas antigos do Brasil para demonstrar que as comunidades costeiras da Antiguidade Ameríndia (Sambaquis) não representam uma população geneticamente homogénea. Além disso, este é o primeiro estudo genético que abarca uma região tão grande e este número de indivíduos para o país. Através da sequenciação genética de ADN antigo, produzimos dados de 34 indivíduos com dez mil anos das regiões de Costa Atlântica, Lagoa Santa, Baixo Amazonas e Nordeste do Brasil», revela a Claudia Cunha, coautora do artigo.

Os sambaquis, que são construções verticais feitas em conchas, foram estabelecidos há cerca de oito mil anos, ao longo de mais de três mil quilómetros na costa leste da América do Sul. «Segundo registos arqueológicos, os construtores de sambaquis partilhavam algumas semelhanças culturais. No entanto, ao contrário do que se esperava, estes grupos de pessoas apresentaram diferenças genéticas significativas, possivelmente devido a contactos regionais com grupos do interior», afirmam os autores.

«Estas relíquias culturais, conhecidas como sambaquis, foram construídas ao longo de sete mil anos, sendo constituídas principalmente por conchas, sedimentos e outros resíduos diários. Os sambaquis foram utilizados por antigas populações indígenas como moradias, cemitérios e demarcação territorial, estando entre os fenómenos arqueológicos mais fascinantes da América do Sul pré-colonial», explica Tiago Ferraz, primeiro autor do estudo e especialista no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, no Brasil.

Segundo a investigadora do CIAS, os sambaquis sempre foram construídos de forma semelhante durante um longo período de tempo numa vasta área. As comunidades associadas partilhavam semelhanças culturais. As suas origens, história demográfica e encontros com caçadores-coletores vindos do interior do início do Holocénico, juntamente com seu rápido desaparecimento, levantaram várias questões, que são exploradas neste estudo.

«Extrair o ADN do esqueleto de Luzio era uma peça central que faltava para se desvendarem as origens dos primeiros americanos. Os resultados obtidos mostram de forma clara que não existiu no passado uma população humana diferente na América, como se acreditou por décadas», asseguram os cientistas internacionais.

Com este estudo os investigadores mostram que os primeiros caçadores-coletores do Holocénico são geneticamente distintos uns dos outros e de populações posteriores no leste da América do Sul. Tal sugere que não houve relações diretas com os grupos costeiros posteriores. As análises da equipa indicam ainda que os grupos contemporâneos de sambaquis da costa sudeste do Brasil, por um lado, e da costa sul do Brasil, por outro, eram geneticamente heterogéneos.

Resumindo, «os resultados publicados mostram que as comunidades de sambaquis nas costas sul e sudeste não representam populações geneticamente homogéneas. Ambas as regiões apresentaram trajetórias demográficas distintas, possivelmente devido à baixa mobilidade dos grupos litorâneos. Isto contrasta com as semelhanças culturais descritas no registro arqueológico. Precisamos de realizar mais estudos regionais e em microescala para aprender mais sobre a história genómica da América do Sul», concluem.

O estudo “Genomic history of coastal societies from eastern South America” contou com a participação da FCTUC, da Universidade de São Paulo e da Universidade de Tübingen.

Investigação
A utilização de dados, a identificação das políticas públicas necessárias e uma narrativa convincente dos novos doentes ajudam...

A investigação sobre o cancro e o desenvolvimento de terapias inovadoras estão em alta. No entanto, muitos destes avanços demoram a chegar a quem precisa deles - o doente. O relatório “A medicina personalizada para o tratamento do cancro: Tão perto e tão longe", elaborado pela equipa de Healthcare da LLYC, aborda a necessidade de chegar a um acordo entre autoridades, organizações e empresas, com modelos de colaboração público-privados que promovam um diálogo com o doente, uma nova relação e uma narrativa convincente para acelerar a adoção de medicamentos inovadores para o tratamento do cancro.

A este respeito, o relatório aponta três ações:

  • Utilizar os dados para compreender melhor os insights de doentes e dos médicos. Graças à IA (inteligência artificial) e à utilização de Big Data, podemos agora saber mais sobre as necessidades não satisfeitas e os padrões de comportamento. Compreender o contexto em que os tratamentos são diagnosticados e prescritos pode ter impacto nos assuntos médicos, no acesso, na estratégia comercial, na comunicação e no planeamento das relações. Além disso, a utilização de novas tecnologias, canais e tendências na comunicação permite um envolvimento genuíno com as audiências.  
  • Efetuar uma análise do panorama das políticas públicas e do ambiente regulamentar. Aqui é fundamental ter uma equipa especializada, com conhecimento do ecossistema de saúde e das áreas terapêuticas, para compreender a regulamentação em vigor ou avaliar as iniciativas a favor dos doentes. O objetivo deve ser trabalhar em coordenação com os decisores para eliminar as barreiras que impedem os doentes de aceder aos tratamentos mais inovadores que cuidam e salvam vidas.
  • Uma nova narrativa baseada na inovação e na colaboração através de parcerias. Exige uma abordagem de colaboração e ações que levem a inovação àqueles que mais precisam dela. Este contexto representa uma oportunidade única para construir uma narrativa que posicione as empresas como atores-chave na contribuição para a melhoria dos sistemas de saúde e dos doentes. 

“A medicina personalizada para o tratamento do cancro está, sem dúvida, a dar passos em frente, mas pode ir mais depressa. A promoção de parcerias público-privadas é fundamental para oferecer uma resposta conjunta e melhorar os esforços de controlo desta doença. É preciso vontade e um acordo urgente entre as autoridades sanitárias, as empresas farmacêuticas e biotecnológicas, de todas as organizações do setor, para que os avanços não sejam apenas uma esperança, mas uma realidade a curto prazo para o paciente”, afirma Gina Rosell, Sócia e Diretora Sénior de Saúde Europa da LLYC.

Leia o relatório completo aqui.

Paulo Portas preside ao Júri
A Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos e o Banco Carregosa vão atribuir, pelo 6º ano consecutivo, o “Prémio Banco...

As candidaturas vão decorrer até ao dia 29 de setembro, estando o anúncio e a entrega dos prémios agendados para a Cerimónia do Juramento de Hipócrates do Porto, no dia 3 de dezembro.

Dos projetos apresentados a concurso, serão distinguidos três com prémios no valor global de 25 mil euros, distribuídos 20 mil para o projeto vencedor e cinco mil para duas menções honrosas. 

O júri desta edição vai ser presidido por Paulo Portas, integrando a presidente do Banco Carregosa, Maria Cândida Rocha e Silva, o anterior Bastonário Miguel Guimarães, o reconhecido infeciologista António Sarmento, o anestesiologista Alexandre Figueiredo e Rui Vaz, diretor do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário de São João.

“O Prémio Carregosa é uma excelente iniciativa da instituição, em parceria com a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos”, refere Paulo Portas, salientando que “este Prémio tem uma audácia rara: incentivar a investigação em medicina. Tem também uma lógica meritória - distinguir os projetos com melhor aplicação aos cuidados de saúde. E já conta com uma tradição profissional, porque reconhece tanto o talento de jovens médicos que procuram a inovação como a experiência e conhecimento dos colegas de outras gerações”.

Em termos pessoais, “ao contribuir para os trabalhos do júri aprendo muito; o meu contributo é sobretudo o do olhar externo à profissão - mas com profunda admiração pelo progresso da medicina e forte preocupação com a qualidade das políticas de saúde”.

O presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Eurico Castro Alves, destaca que “este prémio tem como objetivo apoiar e distinguir a investigação clínica de excelência que os nossos médicos portugueses produzem. É também um reconhecimento da Ordem dos Médicos da sua dedicação à medicina, na procura da inovação e do desenvolvimento do ato médico”.

Para Maria Cândida Rocha e Silva, Presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, «O Banco Carregosa tem a maior satisfação em dar o seu contributo (como uma retribuição e agradecimento à sociedade onde está inserido) para premiar o médico, ou o cientista que produza o melhor trabalho de investigação clínica a ser avaliado pelos rigorosos critérios do Júri Prémio Banco Carregosa / Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos. Escolhemos premiar a investigação clínica porque, sendo reconhecidamente uma atividade nobre, é menos acarinhada do que a investigação científica laboratorial que, essa toda a gente conhece e admira. Em termos pessoais e parafraseando o Presidente do Júri – Senhor Dr. Paulo Portas -aprendo muito só por estar envolvida neste processo e aprender é sempre a melhor recompensa».

Investigação
Uma equipa de investigadores liderada pela professora Adelaide Fernandes, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa,...

O projeto de investigação, intitulado “Manipulação do microbioma para reduzir a psicopatologia na esclerose múltipla” é o vencedor da 4.ª edição da Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, atribuída pela Biocodex Microbiota Foundation, e vai ser desenvolvido ao longo de ano e meio, ao abrigo de um financiamento atribuído em prémio de 25 mil euros. 

De acordo com a professora Adelaide Fernandes*, os investigadores vão “modular o microbioma intestinal de ratinhos através de transplantação fecal para avaliar a melhoria da patogénese da doença e dos sintomas psicopatológicos”. O objetivo é alcançar um alívio dos sintomas e a redução da patogénese da doença, “o que pode ser um primeiro passo para melhorar a qualidade de vida dos doentes com esclerose múltipla, ao retardar ou parar a evolução da doença”. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde esta doença atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de oito mil em Portugal (Gisela Kobelt, 2009). A esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa autoimune crónica e a principal causa de incapacidade neurológica não traumática.  

A professora Adelaide Fernandes explica que “apesar de acometer principalmente adultos jovens, a idade de início da doença é um fator determinante de piores episódios de recaída com um curso progressivo mais rápido e perda de eficácia terapêutica”.  

Os doentes com esclerose múltipla, apesar da sintomatologia neurodegenerativa, também apresentam comprometimento cognitivo, ansiedade e depressão, que têm impacto na progressão e patogénese da doença. Estudos efetuados em animais confirmam que a idade é um fator preditor de pior progressão da doença acompanhada de maior acumulação de défices de saúde medidos pelo índice de fragilidade. 

Diversos estudos clínicos e pré-clínicos começam agora a desvendar a relevância da interação entre o microbioma intestinal e o sistema nervoso em doenças autoimunes, como a esclerose múltipla. No entanto, existem ainda muitas lacunas que a investigação agora premiada vai explorar, como a alteração do microbioma em função da idade e o seu impacto no surgimento e progressão dos sintomas. 

BMF – CINCO ANOS A DESVENDAR OS SEGREDOS DA MICROBIOTA 

Esta é a quarta bolsa que a Biocodex Microbiota Foundation (BMF) atribui para premiar a investigação portuguesa em particular. Internacionalmente, e nos últimos cinco anos já distinguiu projetos na área das doenças inflamatórias intestinais e o papel crucial da microbiota; microbiota nas doenças hepáticas; sobre a relação entre a microbiota alterada e a obesidade infantil; microbiota e cancro e o eixo intestino-cérebro. Entre prémios nacionais e internacionais foram atribuídas mais de 30 bolsas. 

Além das bolsas, a BMF lançou, em 2021, o Prémio Henri Boulard, que reconhece iniciativas locais que contribuem para a melhoria da saúde da população, moldando assim o futuro da medicina. Entre os projetos galardoados incluem-se uma campanha de sensibilização para a contraceção na Nigéria para redução da mortalidade materna e do abuso de antibióticos e um programa de epidemiologia com base em águas residuais na Tailândia.  

Pode consultar aqui o relatório que resume a atividade e o contributo da BMF no âmbito da investigação em microbiota e sua interação com várias patologias.

*Adelaide Fernandes é Professora Auxiliar. Licenciou-se em Ciências Farmacêuticas em 2002 e doutorou-se em Farmácia (Bioquímica) em 2006, pela Universidade de Lisboa. A sua investigação centra-se em doenças associadas à inflamação. Os principais projetos abordam a interação inflamatória entre as células residentes do Sistema Nervoso Central, as células imunitárias e inflamação periférica em doenças neurodegenerativas, como a Esclerose Múltipla e Doença de Alzheimer. É autora de mais de 75 artigos, orientou vários estudantes de Mestrado e Doutoramento e obteve financiamento nacional e internacional. Faz parte da Comissão Executiva do Instituto de Investigação de Medicamentos (iMed.ULisboa).

O potencial terapêutico
Os psicadélicos, há muito tempo envoltos em estigmas e mitos, têm emergido como uma área promissora

A evolução da investigação psicadélica

Desde a década de 1950 que os psicadélicos têm sido objeto de estudo na área da saúde mental, mas fatores específicos do contexto sociopolítico das décadas de 1960 e 70 interromperam essa linha de investigação nos anos que se seguiram. No entanto, nas últimas duas décadas, esta investigação foi retomada, desta vez com protocolos de segurança rigorosos e em populações de pacientes progressivamente mais numerosas.

O potencial terapêutico dos psicadélicos

Os psicadélicos, como a psilocibina, o LSD, a MDMA e a ketamina, têm demonstrado resultados promissores no tratamento de várias condições de saúde mental. Estudos clínicos controlados têm sugerido que essas substâncias podem ser eficazes em casos de depressão resistente ao tratamento, ansiedade associada a doenças terminais, perturbação de stress pós-traumático e até mesmo no tratamento de perturbações do uso de substâncias, como aquelas ligadas ao álcool e ao tabaco.

O livro "Psicadélicos em Saúde Mental"

Neste cenário promissor e alvo de entusiasmo generalizado - mas carecendo ainda de mais investigação -, o lançamento do livro "Psicadélicos em Saúde Mental" assume uma relevância ímpar. Escrito por profissionais de saúde mental e especialistas nesta área, o livro procura desmistificar e informar sobre o potencial terapêutico dos psicadélicos, através de uma revisão abrangente da investigação científica.

A obra oferece aos leitores uma visão imparcial, centrada em evidências científicas sólidas, dos benefícios terapêuticos proporcionados pelos psicadélicos em várias condições de saúde mental. Além disso, ressalta a importância da abordagem ética, responsável e supervisionada desta forma de tratamento, garantindo o bem-estar dos pacientes.

Conclusão

Investigar o potencial terapêutico dos psicadélicos é essencial para abrir caminho a novas possibilidades na saúde mental. O crescente corpo de evidência científica tem revelado resultados promissores em diversas condições psiquiátricas, transformando a forma como encaramos estas substâncias. Neste contexto, o livro "Psicadélicos em Saúde Mental" desempenha um papel fundamental, oferecendo informações atualizadas, e contribuindo para uma compreensão mais abrangente e consciente sobre o uso dessas substâncias como potenciais ferramentas terapêuticas eficazes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Da prevenção da diabetes T1 à remissão da diabetes T2
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza nos dias 23 e 24 de novembro, no Centro Ismaili de Lisboa, o...

Este evento científico junta profissionais de saúde e investigadores para discutir as várias vertentes da diabetes e a sua evolução. Os temas em debate vão incluir a diabetes tipo 1, as particularidades da diabetes na mulher, o fígado gordo, a pré-diabetes, a doença renal, as doenças oftalmológicas provocadas pela diabetes, o papel da alimentação e a responsabilidade, individual e social, do ponto de vista da promoção da saúde.

O primeiro dia do congresso contará com a sessão “Além-Fronteiras”, na qual serão convidados especialistas internacionais para abordarem assuntos como as ferramentas digitais e a organização dos cuidados de saúde, o cérebro e a diabetes, bem como a genética da obesidade. As inscrições já estão disponíveis aqui.

“O nosso quinto congresso pretende ser um momento de reflexão e de atualização científica sobre a dimensão clínica da diabetes mas também sobre a sua dimensão social e económica. A diabetes é muito mais do que uma doença, tem impactos socioeconómicos significativos não só em Portugal mas a nível mundial e é importante que enquanto sociedade encontremos os melhores caminhos para o tratamento, para a prevenção e para o necessário apoio que as pessoas com diabetes, seus familiares e cuidadores necessitam.”, refere João Filipe Raposo, presidente do congresso e diretor clínico da APDP.   

Carolina Neves e Rita Nortadas, médicas da APDP e membros da Comissão Organizadora, destacam “a diversidade dos temas que este ano serão abordados e que fazem deste congresso um momento de atualização fundamental para profissionais de saúde, de diferentes especialidades, que acompanham pessoas com diabetes. É importante lembrar que há mais de um milhão de pessoas com diabetes em Portugal e que esta é uma doença que exige uma abordagem abrangente e colaborativa. O congresso da APDP vai ao encontro deste objetivo, promovendo o debate e a partilha das melhores práticas de prevenção e de cuidados às pessoas com diabetes numa perspetiva integrada e multidisciplinar”.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, sublinha “o sucesso dos congressos anteriores e a marca que representam para a comunidade da diabetes, a nível nacional”, acrescentando que “estes encontros refletem toda a experiência dos profissionais da APDP e a tradição pioneira da verdadeira escola da diabetes que é a associação, desde a sua criação há 96 anos”.

Além das sessões e dos debates, a APDP organiza ainda 3 workshops com os temas “Insulinoterapia” e “Pé diabético e Neuropatia e “Vacinação”, que carecem de inscrição extra, aqui.

A Comissão Organizadora do 5.º Congresso Nacional da APDP é composta pelos médicos Carolina Neves, João Filipe Raposo, José Manuel Boavida, Luis Gardete Correia e Rita Nortadas, pelas enfermeiras Dulce do Ó e Isabel Correia, e pelo investigador biomédico Rogério Ribeiro.

Para mais informações sobre o evento, os workshops e a submissão de resumos consulte o site oficial em https://congressoapdp.com/ .

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