Estudo Teamlyzer
O Teamlyzer, plataforma online de reviews de empresas na área das TI, realizou um estudo sobre burnout profissional, com o...

De acordo com o inquérito realizado à comunidade tecnológica no Teamlyzer, 79,9% dos profissionais inquiridos já passou por uma situação de burnout. O elevado volume de trabalho e a falta de sono e de tempo livre são apontados como as causas mais relevantes para se chegar ao estado de esgotamento. Também a falta de clareza nas funções e objetivos profissionais a atingir é referido como um fator de bastante importância.

57% das empresas não chegou a saber que algum dos seus funcionários passou pela situação de burnout e mesmo tendo tomado conhecimento, a maioria dos inquiridos (71,7%) refere que a sua empresa não ofereceu qualquer tipo de apoio. Por outro lado, dias de férias, ajuda médica e a tentativa de tornar a carga de trabalho mais leve para o profissional foram as iniciativas mais comuns dadas pelas empresas (28,3%) que apoiaram à superação da doença.

Promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional foi a resposta mais comum para o que as empresas podem fazer para ajudar a ultrapassar a doença. Opções também consideradas relevantes ou muito relevantes, mas sem resultados tão expressivos, foram “encorajar hábitos de vida saudáveis” e “melhorar a comunicação interna”. Uma boa chefia com forte empatia e inteligência emocional, que seja capaz de gerir conflitos em oposição a criá-los, bem como melhorar a comunicação interna foram outras sugestões apontadas.

O inquérito permitiu também perceber que o burnout profissional é um problema transversal às organizações, independentemente do setor e da sua dimensão. Consultoria e outsourcing (38,1%), software house e internet (24,6%) e tecnologia de informação (11,2%) destacam-se como os setores onde mais respondentes que tiveram a doença trabalham. Outras áreas de atividade: Banca e Serviços Financeiros (8,2%); Indústria e Serviços (6,7%); Telecomunicações e Eletrotécnica (5,2%); Ciência e Investigação (3%); Publicidade, Multimédia e Videojogos (2,2%); e Hardware & Produtos Eletrónicos (0,7%).

“O burnout é um problema real e muito presente na indústria tecnológica, onde talvez por vergonha ou estigma, quem passa pela doença ainda a omite. É importante os RH, líderes de equipa, outros responsáveis e colegas estarem atentos e adotarem estratégias para evitar que os colaboradores cheguem a esse estado de exaustão mental, físico e emocional. De forma a conseguir intervir, a identificação destes casos é o primeiro passo, e alguns sinais são o cansaço frequente, desmotivação, ansiedade, redução de produtividade e sentirem-se sobrecarregados”, defende Rui Miranda, CEO do Teamlyzer.

Investigação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Um estudo realizado por um grupo de investigação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) revela o potencial do...

Durante a investigação, demonstrou-se a capacidade desta terapia avançada para modular a atividade das células T, o que significa que o medicamento pode ajudar a controlar a resposta imunológica e reduzir a inflamação nos tecidos afetados pela esclerose sistémica.

A esclerose sistémica é uma doença rara que afeta cerca de 2 500 pessoas em Portugal e ocorre frequentemente entre os 25 e os 55 anos, principalmente em mulheres.

Trata-se de uma doença autoimune, em que há uma desregulação do sistema imunitário, com produção de anticorpos contra estruturas do próprio organismo, levando ao endurecimento e espessamento da pele, além de afetar outros órgãos, como os pulmões, o coração e os rins.

Atualmente, as opções terapêuticas para esta doença são limitadas, sendo que, por norma, o tratamento é dirigido a cada órgão envolvido, dado que não existe um tratamento para todas as manifestações da doença. No entanto, a nova descoberta poderá mudar este cenário, ajudando a prevenir as lesões e a retardar a progressão da doença.

“Os resultados deste estudo trazem uma visão otimista sobre como o mecanismo de ação do medicamento experimental (imunomodulação) pode ser clinicamente relevante no tratamento de doenças autoimunes, e em particular da esclerose sistémica”, afirma Carla Cardoso, Diretora de I&D da Crioestaminal.

“Apesar de ser necessário continuar a realizar estudos clínicos para entender melhor o potencial desta abordagem, é importante destacar que os resultados alcançados só foram possíveis graças à colaboração com o CHUC para o desenvolvimento deste estudo inovador”, acrescenta.

O desenvolvimento clínico deste medicamento experimental surge de um dos programas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da Crioestaminal, como possível resposta a várias doenças que não têm uma resposta clínica satisfatória.

Com base nestes resultados, a Crioestaminal planeia dar seguimento ao desenvolvimento de mais estudos in vitro e ensaios clínicos para a esclerose sistémica e outras doenças do foro imunológico e inflamatório, como Lúpus Eritematoso Sistémico, Esclerose Múltipla ou Artrite Reumatoide, de forma a aferir a segurança e eficácia deste medicamento experimental.

Maio, Mês do Coração
As doenças do coração estão entre as principais causas de mortalidade em todo o mundo.

As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam tanto o coração (cardio), como os vasos sanguíneos (vasculares) que transportam o sangue. Apesar de existirem vários tipos de doenças cardiovasculares, as que causam maior preocupação são provocadas pela aglomeração de placas de gordura e cálcio no interior das artérias, que podem originar, por exemplo, um enfarte agudo do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Estas doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores de risco que, na sua maioria, podem ser prevenidos ou controlados. Exemplo disso é o controlo do excesso de peso, da hipertensão arterial e da diabetes. Por outro lado, o sedentarismo, o consumo de tabaco e de álcool em excesso, o stresse e o sono irregular são também fortes indicadores de risco. Existem ainda outros fatores que não podem ser alterados como a idade, sexo, a genética e anomalias no sangue (dislipidemias), e daí a importância de trabalhar nos riscos que são controláveis.

Como prevenir as doenças do coração?

Com pequenas mudanças nos hábitos e rotinas, é possível diminuir a probabilidade de desenvolver doenças coronárias e aumentar o bem-estar.

Praticar exercício físico regularmente: Contrarie o sedentarismo e comece, gradualmente, a implementar um estilo de vida mais ativo. Guarde diariamente 30 minutos da sua agenda - que podem ser distribuídos em três períodos de 10 minutos –, para atividade física moderada como subir escadas, caminhar, nadar ou andar de bicicleta.

Melhorar hábitos alimentares: Faça um regime dietético equilibrado e variado comendo, com frequência, frutas, vegetais, legumes, cereais integrais e peixe. Reduza o consumo de sal e alimentos salgados, carnes vermelhas, manteiga e lacticínios gordos, assim como de alimentos ricos em açúcar e gorduras saturadas, presentes sobretudo nas gorduras processadas industrialmente (hidrogenadas). Beba muita água e evite o consumo de bebidas açucaradas e álcool.

Diminuir o stresse e ser rigoroso com o sono: Adote estratégias para diminuir os níveis de stresse na sua vida, como ioga, pilates, meditação, mindfulness ou a prática regular de exercício físico. Poderá também procurar apoio de um psicólogo para o ajudar a minimizar stresse ou ansiedade crónicos. Estabeleça hábitos de sono rigorosos e mantenha a disciplina no número de horas de sono diárias.

Monitorizar o peso, pressão articular e colesterol regularmente:

Para que possa controlar os fatores de risco das doenças do coração, é importante que mantenha certos indicadores sob vigilância. Consulte regularmente o seu médico, sobretudo se tiver um histórico de excesso de peso, hipertensão, diabetes, colesterol ou propensão genética para desenvolver doenças cardiovasculares.

Deixar de fumar: Esta é uma mudança que exige uma elevada dedicação da sua parte, mas poderá aconselhar-se junto de um médico sobre os melhores tratamentos e métodos à sua disposição. O tabaco é responsável, diretamente, por 20% da mortalidade associada a doença coronária.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
37.ª edição do HUG - Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, organizou a 37.ª edição do HUG -...

Esta edição contou com os contributos de Sofia Perdigão, Gestora do Setor da Saúde da GS1 Portugal; Patrícia Ruivo, Diretora da Academia Aesculap, do grupo B. Braun; Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Saúde e Formação da GS1 Portugal; Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal; e Beatriz Almeida, representante da equipa de logística da MC – Wells.

Sofia Perdigão iniciou esta reunião com a partilha de atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos de Diagnóstico in Vitro. Começou por explicar que a Comissão Europeia (CE) tem estado muito ativa nesta matéria e que existe uma extensão do período transitório destes dispositivos até 2027/2028, de acordo com a classe de risco do dispositivo médico, “para permitir que exista a criação de um maior número de organismos notificados, de forma a que a capacidade de resposta seja melhorada e para que seja possível disponibilizar mais   dispositivos médicos no mercado”.

De seguida, Patrícia Ruivo partilhou a abordagem da B. Braun quanto à utilização de códigos bidimensionais DataMatrix nos dispositivos médicos de utilização múltipla, afirmando que “os dispositivos de uso múltiplo são submetidos a todo um processo, chamado reprocessamento, porque são utilizados e têm de ser descontaminados e esterilizados para poderem voltar a ser utilizados.” Neste sentido, “é importante que tenham codificação que permita rastrear o ciclo todo”, nomeadamente para prevenção de infeções. O reprocessamento permite apurar quando se descontaminou, quem seguiu o processo, em que intervenções esteve presente, garantindo a rastreabilidade granular, ao nível de cada dispositivo e não da caixa ou conjunto utilizado em cirurgia.

Patrícia Ruivo mencionou, ainda, que o código vai perdendo propriedades de leitura por força da descontaminação e das características específicas dos materiais em que são produzidos os dispositivos, frequentemente metálicas. Nesse sentido, a B. Braun concebeu um sistema específico de leitura que garante que o código mantém as propriedades de leitura ao longo de todo o ciclo de vida do produto.

Sofia Perdigão apresentou o plano estratégico da GS1 Healthcare até 2027, que foi apresentado no Global Forum 2023 e se foca essencialmente “na transformação digital e na segurança e outcomes de pacientes, para que exista uma uniformização da qualidade dos dados”, tendo em conta os seguintes desafios: digitalização da saúde, a saúde virtual, o excesso de tempo despendido em gestão de stock e o desperdício e custos associados com obsolescência e erros. Neste sentido, a GS1 Portugal pretende definir os key points de atuação no setor para partilhar, posteriormente, o plano estratégico a 2 anos em Portugal.

Beatriz Almeida complementou esta apresentação com a visão dos retalhistas acerca da importância da codificação para retalho de parafarmácia, partilhando a forma como a Wells a insere na sua estratégia de negócio, nomeadamente para uma maior rastreabilidade e redução dos processos manuais, o que promove a eficiência e reduz o tempo de espera dos fornecedores e de receção de mercadoria.

Nesta 37.ª edição do HUG foi também apresentado o Case-study do Projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém (FLA), uma iniciativa pioneira no setor da saúde entre a GS1 Portugal e a MC-Wells, em que os standards foram incorporados na operação logística do canal de parafarmácia da Sonae MC. Este projeto teve como objetivo “aumentar a eficiência na receção, uniformizar as identificações das unidades logísticas e lançar as bases para a digitalização da cadeia de abastecimento no setor da saúde”. Com a ajuda da GS1 Portugal, a MC-Wells conseguiu implementar uma nova solução pioneira para a identificação da unidade e os fornecedores foram incentivados a identificar as caixas multirreferência, de acordo com os standards da GS1. A nível de resultados, foi possível identificar a prevalência de standards GS1 nas etiquetas auditadas, nomeadamente o “aumento em 136% a etiqueta logística de paletes e em 174% a etiqueta de caixa”.

Ainda no contexto desta edição do HUG, Marta Résio, da GS1 Portugal, deu conta dos requisitos que a Diretiva de Reporte Sustentabilidade Corporativa (CSRD), aplicável desde janeiro de 2023. Esta Diretiva, juntamente com o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis ​​(SFDR) e com o Regulamento da Taxonomia (Regulamento 2020/852), exige que todas as empresas abrangidas pela CSRD reportem a sua intervenção nos domínios ambiental, social e de governança, de acordo com cronograma específico, de forma a promover uma maior informação sobre o posicionamento e performance das empresas nesta área.

Neste sentido, a gestora de comunicação da organização apresentou o serviço de apoio que a GS1 Portugal está a oferecer neste âmbito à comunidade empresarial e os associados da organização, para “planear, mobilizar, coordenar e apoiar a elaboração e auditoria aos respetivos Relatórios de Sustentabilidade”.

O evento foi encerrado com a intervenção de Raquel Abrantes, que deu conta dos próximos eventos e iniciativas da GS1 Portugal na área da saúde, anunciando, também, a data da próxima reunião do HUG, que se realizará no dia 27 de junho de 2023.

Designer de moda António da Silva apresenta modelos exclusivos
A associação Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) realiza no dia 28 de maio (domingo), entre as 16...

Os artistas Ana Lains, Carlos Alberto Moniz e Fernando Tordo dão voz ao espetáculo, com Paulo Loureiro no teclado, que junta ainda nomes como Maria do Céu Guerra, Ana Zanatti, Eládio Clímaco e Sofia Aparício. O estilista lusoamericano António da Silva contribui também para a causa através da apresentação de modelos exclusivos.

“Esta ação tem como objetivo sensibilizar a população para este cancro silencioso e mortal. Queremos ainda incentivar as mulheres a estarem atentas ao seu corpo. Esta doença não pode ser desvalorizada.”, alerta Cláudia Fraga, presidente da MOG.

O cancro do ovário é, nas mulheres, o 7º mais frequente e a 5ª causa de morte por cancro. Não existe um registo nacional no que diz respeito ao cancro do ovário, mas estima-se que tenham sido diagnosticados 560 novos casos em 2020.

A taxa de sobrevivência de cinco anos é inferior a 50%, sendo que mais de 80% dos casos são diagnosticados numa fase avançada. Nestes, o prognóstico é mais reservado, uma vez que já apresentam metástases para outros órgãos. É por isso crucial a realização de um diagnóstico atempado e adoção do tratamento adequado.

Os bilhetes podem ser adquiridos mediante doação à MOG (15 euros), através do email [email protected] e ou por MBWAY (961 857 171).

 

 

24 de maio
Para o dia 24 de maio, a Mamãs Sem Dúvidas organiza um Curso Flash para Preparar a Parentalidade especialmente pensado em todas...

Esta sessão, online e gratuita começa com a intervenção da Enfermeira Carla Duarte, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, sobre “Preparar o Parto”: o plano de parto, os sinais de trabalho de Parto e o alívio da dor no trabalho de parto vão estar em destaque.

Sofia Baptista, Formadora BebéVida, Parto, vai falar sobre o parto como momento único para recolher as células estaminais.

A Enfermeira Carla Duarte encerra a sessão com o tema “Preparar o Pós-parto” onde estão em destaque os desafios da amamentação e os primeiros 15 dias do bebé.

Ao participar fica ainda habilitada a ganhar uma Ecografia Emocional 4D para ficar a conhecer a cara do seu bebé.

Faça aqui a sua inscrição: https://mamassemduvidas.pt/exercicio/

 

 

Opinião
A visão atual do que é ser criança, bem como dos seus direitos e responsabilidades é o resultado de

De facto, Santos (2019) salienta que o estatuto de criança variou ao longo da evolução sociocultural, tendo-se verificado que durante muitos anos, as crianças não obtiveram uma proteção jurídica profícua e que a partir do século XX, estas passaram a ser vistas como indivíduos autónomos e ativos de direitos. Este vasto percurso permitiu que a infância passasse de uma esfera de interesse e domínio privado para uma esfera de domínio público (Teixeira et al., 2014).

A literatura demonstra que Portugal foi um país pioneiro na promulgação de leis destinadas à proteção das crianças e dos jovens, no entanto tem-se verificado uma clara estagnação do ordenamento jurídico que sustenta o sistema de promoção e proteção. São frequentes as queixas apresentadas pelos profissionais que se encontram no campo de atuação e que apelam por uma atualização das políticas públicas.

É exigido que os técnicos sejam capazes de efetuar uma avaliação diagnóstica de uma situação de perigo (que tem, por norma, uma elevada complexidade psicossocial na sua origem) e que tomem decisões acerca do futuro de uma criança/jovem e da sua família. No entanto, estes profissionais são convidados a atuar no imediato, com pouca ou nenhuma formação especializada, com reduzidos recursos logísticos e com um elevado volume processual sobre as suas responsabilidades. Apesar da lei ser clara no que diz respeito ao dever de colaboração entre as entidades que contactam com aquela criança e com aquela família, na prática, verifica-se uma total desarticulação entre os serviços, que não comunicam sobre as situações.

Por outro lado, ano após ano, o relatório anual de avaliação da atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens revela um aumento do número de processos acompanhados e à medida que a investigação científica demonstra as consequências a curto e a longo prazo da exposição a situações traumáticas na infância, seria expectável um aumento do número de respostas disponibilizadas na comunidade, no entanto o mesmo não se tem verificado. O reduzido número de respostas especializadas ao nível de cuidados de saúde mental para crianças e jovens é um exemplo disso.

Chega-se à conclusão que o sistema falha, diariamente, com aqueles que mais precisam da sua proteção. Contudo, não falha apenas com as crianças e jovens, falha também com os seus profissionais, que procuram efetuar um trabalho que, por si só, é difícil, num contexto promotor de desesperança e de burnout.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto 3F - Financiamento, Fórmula para o Futuro apresenta resultados no IPO do Porto
O Projeto 3F reuniu um conjunto de peritos para apresentar à tutela uma proposta para melhorar a forma de financiamento das...

O 3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio da Roche e desenvolvimento da IQVIA, que tem como objetivo refletir sobre o financiamento dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Em concreto, pretende analisar os modelos de financiamento atuais dos hospitais portugueses e promover a discussão de potenciais soluções de financiamento hospitalar que permitam criar mais valor para os doentes.

Estando em curso uma transformação da organização do SNS (designadamente através da criação das ULS), o 3F reuniu um conjunto de peritos, no sentido de apresentar à tutela uma proposta consensualizada para melhorar a forma como as unidades do SNS são financiadas. 

O consenso, que será apresentado e discutido no próximo dia 16, aponta para a manutenção de um financiamento por capitação, designadamente tendo em conta que esta forma de financiamento pode promover a integração de cuidados e incentivar uma atuação focada na melhoria do estado geral da saúde de determinada população. No entanto, é fundamental que a capitação seja definida tendo em conta as características da população abrangida por cada ULS e que reforce o incentivo à diferenciação/inovação por parte das unidades de Saúde.

O grupo de peritos propõe ainda que o processo de contratualização inclua um quadro de indicadores de qualidade e desempenho único para toda a ULS, que reflita todo o percurso de cuidados na ULS, valorizando indicadores de resultados que sejam importantes para os doentes.

Segundo Xavier Barreto, presidente da APAH, “o objetivo é que os indicadores pelos quais avaliamos os hospitais reflitam de forma mais clara o valor em saúde na perspetiva dos nossos doentes e que o montante associado a estes indicadores passe progressivamente de 10 para 20 % do total do contrato assinado com cada ULS”.

A este propósito é particularmente importante considerarmos a aprendizagem proporcionada pelo projecto Farol – Tratamento do Cancro do pulmão, implementado no IPO no âmbito da iniciativa 3F.

De acordo com o Projeto Farol, que será também apresentado no IPO do Porto, é necessário criar um modelo de financiamento alternativo para tratamento dos doentes com cancro do pulmão.

Para isso, é preciso revisitar o montante que é pago pela ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) aos hospitais que tratam cancro do pulmão.

ECTES 2024
O cirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Henrique Alexandrino, recebeu recentemente o prémio de...

Henrique Alexandrino obteve o primeiro prémio no âmbito do trabalho desenvolvido por uma equipa liderada por si, no contexto do treino das equipas de trauma do Serviço de Urgência do CHUC. O cirurgião dá conta que “o programa de treino de equipas de trauma do CHUC é uma iniciativa original da Comissão de Trauma do CHUC e da sua Escola de Trauma, em colaboração com a ALTECii, tendo formado até ao momento mais de 150 médicos e enfermeiros do Serviço de Urgência da nossa instituição.” Henrique Alexandrino destaca, ainda, que “o Curso de Equipas de Trauma do CHUC faz parte da oferta formativa da Pós-Graduação em Catástrofe da Universidade de Coimbra, bem como do plano de formação da ARS Centro para a implementação da Via Verde do Trauma no Adulto.”

Henrique Alexandrino e Carlos Mesquita, presidente da ALTEC e cirurgião aposentado do CHUC que recebeu a medalha de presidente do congresso do próximo ano, fazem parte da Comissão Nacional para o ECTES 2024, que representa a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e a ALTEC – sociedades científicas especialmente conhecidas pelo trabalho desenvolvido, nos últimos 25 anos, na formação nesta área são, ambas, membros institucionais da ESTES.

O 23º Congresso da ESTESiii terá lugar em abril de 2024, no Estoril.

 

Com coordenação de Diana Paupério e Maria de Fátima Lima
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH] irá realizar, no próximo dia 17 de maio, a Sessão de Lançamento...

Esta publicação enquadra-se na linha editorial dedicada à “Gestão em Saúde”, lançada pela APAH em parceria com a Editora ALMEDINA em 2020. Com coordenação de Diana Paupério e Maria de Fátima Lima, esta obra reúne conceitos e metodologias, nacionais e internacionais, relacionadas com a boa gestão de sangue, partilha de práticas clínicas nacionais que visam servir de exemplo e de inspiração, e conta ainda com diferentes testemunhos, visões e contributos dos principais intervenientes neste processo.

Sendo a gestão de sangue, também conhecida como Patient Blood Management (PBM), um pilar essencial na boa gestão hospitalar e fundamental para a obtenção de mais e melhores resultados dos recursos disponíveis, com impacto na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde e na garantia da segurança do doente, esta obra pretende ser um instrumento de trabalho e um manual de utilidade prática para todos os profissionais envolvidos nesta matéria.

O Patient Blood Management é um conceito relativamente recente, mas em constante evolução. Longe vão os tempos em que o PBM era sinónimo de Optimal Blood Use. A Society for the Advancement of Blood Management – SABM, em setembro de 2021, define PBM como «uma abordagem centrada no doente, sistemática, suportada pela evidência, com o objetivo de melhorar o outcome do doente através da preservação do seu sangue, promovendo simultaneamente a segurança e o envolvimento do doente».

O foco deste livro centrou-se na recuperação da verdadeira essência do PBM, olhando-o à luz da administração hospitalar, enfrentando os obstáculos e comprovando os seus benefícios, tornando a implementação do PBM mandatória, indissociável da qualidade e segurança, tão valorizadas nos cuidados de saúde.

Para além da apresentação da obra que ficará a cargo das coordenadoras, Diana Paupério e Maria Fátima Lima, o programa contará com uma Mesa-Redonda [18h20] que visa promover a análise e discussão da gestão eficiente do sangue e contribuir para uma clarificação do tema à luz da atualidade, constituída por Álvaro Beleza, Mário Chin e Sílvia Oliveira, como oradores, e António Robalo Nunes e José Aguiar, como moderadores da Sessão.

Conheça o PROGRAMA. Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis aqui.

Doença mata cerca de 10 milhões de pessoas, por ano, em todo o mundo
A hipertensão arterial é uma doença discreta, que aparece silenciosamente e que, nos primeiros anos, pode nem provocar sintomas...

“A doença cardiovascular é a principal causa de morte em Portugal. De acordo com os registos dos Cuidados de Saúde Primários, 30% das pessoas sofrem de hipertensão. No entanto, há uma grande parte da população que não sabe que tem a doença”, segundo Rosa de Pinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

 Identificam-se assim dois problemas: o número de hipertensos em Portugal e o desconhecimento de muitos que não sabem que o são. A prevenção é a melhor forma de combater a hipertensão e a adoção de um estilo de vida saudável pode salvar vidas.

A Deco Proteste, em conjunto com Sociedade Portuguesa de Hipertensão, tem 7 recomendações que considera serem a chave para a prevenção:

  • Controlar o peso;
  • Fazer atividade física;
  • Reduzir o stress;
  • Fazer uma alimentação saudável;
  • Reduzir o sal;
  • Evitar comportamentos de risco;
  • Seguir, sem falhar, as prescrições médicas.

Durante o mês de abril, a DECO PROTESTE realizou um inquérito online sobre a hipertensão arterial dos portugueses e recolheu 1.400 respostas válidas. Dos inquiridos, 33% afirmam ter hipertensão arterial e 76% dizem fazer adaptações à dieta alimentar, sendo que as mulheres fazem-no mais do que os homens.

A redução de ingestão sal é a alteração mais prevalente (92%). Oito em cada dez inquiridos, que sofrem de hipertensão arterial têm a pressão controlada por um médico, segundo o estudo da Deco Proteste.

Não existe cura para a hipertensão arterial primária, pelo que o tratamento consiste em normalizar os valores com medidas farmacológicas e comportamentais. O controlo do peso, uma alimentação equilibrada e variada, pobre em sal, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, são alguns comportamentos a adotar. Destaca-se, ainda, a prática de atividade física regular e os hábitos saudáveis de sono como duas das medidas a adotar no controlo da doença.

Porém, 40% dos inquiridos hipertensos não praticam qualquer atividade física.

A hipertensão pode afetar todas as faixas etárias, mas grande parte são pessoas com mais idade. O suporte familiar na mudança do estilo de vida de um hipertenso é fulcral, porque fazer um plano “sem envolver a família, é muito difícil”, considera Rosa de Pinho em entrevista à Deco Proteste. “Nós incentivamos, por exemplo, a prática de atividade física em família e uma alteração alimentar transversal a todos os membros, que trará benefícios a longo prazo. Aponta a Presidente da SPH à Deco Proteste.

Alertar para a necessidade da prevenção, deteção e tratamento da hipertensão é essencial. Para assinalar o Dia Mundial de Hipertensão, dia 17 de maio, a Deco Proteste, para além do inquérito realizado em abril, disponibiliza um vídeo explicativo sobre como medir a tensão arterial no seu canal no Youtube e ainda um e-book com receitas.

Campanha de apoio aos doentes com cancro digestivo
De 19 a 21 de maio, a Europacolon Portugal lança a sua campanha anual de apoio aos doentes com cancro digestivo. O Peditório...

Para a realização do Peditório, a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo conta com a colaboração de voluntários que irão estar nas ruas, devidamente identificados, com uma caixa-mealheiro onde é possível deixar um donativo.

“Além dos voluntários contamos com o apoio de empresas, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que nos ajudam a promover a nossa missão. Pretendemos sensibilizar para os cancros digestivos que matam 24 portugueses por dia. Já é tempo de parar estes números!

Os donativos permitem-nos dar continuidade aos Serviços que a Associação presta como a Linha de Apoio, as consultas de Psicologia e Nutrição, o Apoio Domiciliário, 2ª Opinião Médica ou Ações de rastreio e sensibilização”, esclarece Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

O apresentador Fernando Mendes é o embaixador desta campanha e enaltece os objetivos da Associação: “a Europacolon é uma Organização Sem Fins Lucrativos e, como tal, necessita de donativos para garantir a sustentabilidade dos projetos que beneficiam os doentes.

Esta Associação contribui para aumentar o nível de informação sobre os cancros digestivos junto da população. Só com literacia em saúde é possível salvar vidas!”

Esta campanha de angariação de fundos serve também para relembrar a necessidade premente da implementação de um Rastreio de base populacional: “o número de doentes continua a aumentar e o apoio nos Hospitais é insuficiente. O prazo para fazer uma colonoscopia é de 6 a 12 meses em Portugal Continental”, alerta Vítor Neves.

O Cancro Colorretal é o cancro digestivo mais comum na Europa e em todo o mundo são diagnosticados, anualmente, cerca de 1.4 milhões de novos casos. Esta é a segunda doença oncológica mais comum entre homens e mulheres e, somente no nosso país, existem mais de 80 mil doentes ativos.

 

Nova funcionalidade
A partir de amanhã, dia 16 de maio, a App MY CHUC passa a ter disponível uma nova funcionalidade que permitirá aos...

Assim, aquando da inscrição do doente no Serviço de Urgência, deve ser dada indicação, no secretariado do serviço de urgência, do nome e contacto de familiar/amigo que acompanha o doente para que o mesmo possa acompanhar o seu percurso enquanto este permanecer no serviço de urgência.

No caso do doente e/ou o acompanhante não possuírem a App MY CHUC instalada, os dados poderão ser, igualmente, enviados pelo CHUC através de SMS, para o contacto de telemóvel fornecido aquando da inscrição do doente.

A App MY CHUC foi lançada em novembro de 2021 e poderá ser descarregada, através do Google Play para telemóveis Android e da App Store para telemóveis Apple ou através do link. O registo na aplicação poderá ser realizado através da Chave Móvel Digital ou do número de telemóvel e número de utente do SNS.

Recorde-se que a aplicação permite ao utente a visualização detalhada dos seus agendamentos, da sua situação em lista de espera para consulta e para cirurgia, bem como a possibilidade de consultar o seu histórico. Estão também disponíveis, para além desta nova funcionalidade, itens como: informações úteis, tempos médios de espera nos Serviços de Urgência do CHUC, farmácias de serviço, notícias do CHUC, entre outras.

Dá-se nota de que a App MY CHUC tem acesso disponível apenas para utentes com mais de 16 anos. Caso se trate de um doente com idade inferior, o acompanhante receberá as informações via SMS.

 

Alerta o Diretor do CRI-Obesidade do Centro Hospitalar Universitário de S. João
A 20 de maio assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, uma doença crónica que afeta cerca de 17% da população...

Os números desta doença em Portugal têm vindo a aumentar, com maior incidência entre 35-64 anos e com prevalência semelhante em ambos os sexos. No entanto, sente-se um esforço cada vez maior da sociedade no que respeita ao combate à obesidade e uma maior atenção da comunidade médica e científica em desenvolver novos tratamentos para controlar a doença.

Eduardo Lima da Costa, Diretor do CRI-Obesidade do Centro Hospitalar Universitário de S. João, reforça que “a obesidade é uma doença crónica, grave e complexa e fator de risco para mais de 200 doenças e 13 tipos de cancro. Devido à sua etiologia multifatorial com uma componente genética importante pode-se dizer que não é possível curá-la, mas é possível controlá-la e reduzir ao mínimo as suas consequências, bem como os custos que os tratamentos acarretam para a saúde e economia nacional. Há, atualmente, um amplo conhecimento científico do problema, com múltiplas soluções terapêuticas muito eficazes e passíveis de aplicação individualizada com o máximo de eficácia e conforto para o doente.”

A Obesidade deve ser prevenida na população através do incentivo de estilos de vida saudáveis, mas, uma vez estabelecida, não deve ser ignorada ou menosprezada, tornando imperiosa a orientação para uma abordagem clínica concertado do problema.

Ter gordura em excesso leva a que os adipócitos comecem a produzir substâncias pró-inflamatórias que vão desencadear outros mecanismos conducentes ao aparecimento das componentes do Síndrome Metabólico (diabetes, hipertensão, dislipidemia e apneia do sono), aquelas que constituem a maior causa de morte nos países desenvolvidos, as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

O tratamento da obesidade deve começar precocemente, nas fases iniciais da doença. O doente deve perceber que é uma doença crónica e progressiva cuja história natural é sofrer um agravamento progressivo à medida que a idade avança. O tratamento da obesidade tem características diferentes de muitos outros, ele é:

Crónico: porque se trata de uma doença prolongada, exigindo uma ação orientado para a sustentabilidade dos resultados

Multidisciplinar: porque envolve aspetos genéticos, nutricionais, endócrinos, psicológicos e motores, que exigem aconselhamento de especialistas nestes campos do saber médico

Evolutivo: pelo que deve ser abordado precocemente, iniciando-se com alterações do estilo de vida, ou seja, melhorar a qualidade da alimentação e praticar mais atividade física

Se as tentativas de modificação do estilo de vida, devidamente apoiadas por profissionais de saúde ligados ao tratamento da obesidade, não forem eficazes, deve-se avançar para patamares seguintes no tratamento. São eles a medicação para controle da gordura, os métodos endoscópicos e a cirurgia bariátrica.

As operações metabólicas funcionam por meio de alterações da anatomia e fisiologia gastrointestinais. Facilitam o cumprimento de planos dietéticos e tornam-nos muitíssimo mais eficazes, com resultados sustentados no tempo. As mais comuns são, pela ordem da frequência com que são hoje praticadas no mundo, o “sleeve gástrico”; o bypass gástrico clássico (em Y de Roux); o bypass gástrico de anastomose única e as derivações bilio-pancreáticas.

Portugal segue as linhas de orientação internacionais, disponibilizando todas as técnicas inovadoras aceites pela comunidade científica, favorecendo ligeiramente a realização de Bypass Gástrico Alto pelas características da sua população, à semelhança da atual tendência da Europa Ocidental. Todas as cirurgias são realizadas por abordagem minimamente invasiva (por laparoscopia, isto é, pequenas incisões com 5 ou 10mm). A taxa de complicações é inferior a 5% e o tempo de internamento médio é de 24h após a cirurgia.

O tratamento da Obesidade sofreu uma verdadeira revolução nos últimos anos: o excesso de peso não é uma inevitabilidade! Há soluções eficazes, seguras, confortáveis e sustentadas no tempo. Para uma adequada abordagem do controlo ponderal e metabólico, dever-se-ão procurar Centros de Tratamento de Obesidade com abordagem multidisciplinar e devidamente creditados pela Direção Geral de Saúde.

Alerta da XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro
Hoje, dia 15 de maio assinala-se o Dia Internacional de Sensibilização para o Método Canguru – uma técnica comprovada e eficaz...

Em Portugal, os hospitais ainda não aplicam esta técnica logo no momento do nascimento, como recomendado pela OMS, e a separação zero ainda não é uma realidade universal a todos os hospitais do país. Com o intuito de promover o Método Canguru como técnica essencial no cuidado com bebés prematuros e com baixo peso à nascença e aumentar a sensibilização para este tema em Portugal, a XXS – Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro convida a participar no webinar do dia 16/Mai “Launch of KMC Global Position Paper and Implemention Strategy”, especialmente dedicado a decisores políticos e gestores de programas da saúde. Esta iniciativa, organizada pela OMS, pretende discutir estes recursos, bem como ouvir os principais stakeholders da saúde dos recém-nascidos sobre os seus planos de apoio à implementação e à disseminação do Método Canguru para todos os bebés prematuros ou de baixo peso à nascença.

Ainda no âmbito desta efeméride, a Organização Mundial de Saúde vai publicar dois importantes novos recursos programáticos e políticos sobre esta técnica – um documento de posição global e uma estratégia de implementação dirigido a decisores políticos e gestores de programas de saúde. Desenvolvidos em colaboração com um grupo de trabalho multinacional e multistakeholder, composto por gestores de programas nacionais, agências bilaterais, organizações de doadores, associações profissionais, organizações não-governamentais, grupos de pais, parcerias especializadas como a PMNCH - Partnership for Maternal, Newborn & Child Health, e especialistas e cientistas internacionais, estes recursos são direcionados a parceiros de programas, decisores políticos e à comunidade de saúde pública em geral.

 

Literacia em Saúde
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), em parceria com a biofarmacêutica GSK, organizam nos próximos dias 19 e 30...

“O que são as vacinas?”, “Qual o impacto da vacinação?”, “Imunossenescência”, “Programa Nacional de Vacinação no adulto” e “Vacinas do adulto extraprograma nacional de vacinação - quais as vacinas recomendadas e porquê?” serão alguns dos temas abordados. As sessões estarão a cargo da Dra. Raquel Ramos, médica especialista em Medicina Geral e Familiar, no dia 19 de maio, entre as 16h30 e as 17h30, na Casa Animada em Queluz, e no dia 30 de maio, entre as 11h e as 12 horas, na Nova Atena, em Linda-a-Velha.

“Esta iniciativa reflete aquela que é a nossa principal missão: desenvolver competências e literacia em saúde à população. Nestas duas sessões vamos ter oportunidade de esclarecer utentes de duas universidades sénior sobre a importância da vacinação ao longo da vida, particularmente na idade adulta, como uma estratégia de prevenção e manutenção da qualidade de vida. Sabemos que em Portugal a qualidade de vida após os 65 anos é apenas de cerca de 6 anos, e numa altura em o sistema imunitário mostra as suas debilidades, é preciso levar mais conhecimento sobre a importância da vacinação. Acreditamos que as pessoas em Portugal podem melhorar a sua qualidade de vida após os 65 anos e a literacia em saúde é deveras importantes”, explica Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS.”

Já Neuza Teixeira, diretora médica da GSK Portugal, considera que “a educação e a literacia em saúde são ferramentas essenciais para que a população saiba que comportamentos e estratégias adotar para viver mais e melhor, facilitando inclusivamente o trabalho dos profissionais de saúde, pois uma população esclarecida compreende melhor as recomendações de tratamento ou de prevenção que lhe são feitas”.

A esperança média de vida deverá aumentar 4,4 anos até 2040, quando comparada com a de 2016, estima o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME). Além disto, espera-se que o número de pessoas acima dos 60 anos supere o número de pessoas entre os 10 e os 24 anos em 20502 e que, em 2100, quase 30% da população tenha 60 ou mais anos. A tendência será para que a proporção de população envelhecida continue a aumentar ao longo do tempo.

Uma longevidade com qualidade é fundamental para o sucesso social e económico da sociedade. A vacinação tem, por isso, um papel fundamental, ao contribuir para a proteção da população mais vulnerável. Ao reduzir ou eliminar doenças infeciosas graves, as vacinas são consideradas um dos avanços mais importantes da medicina moderna. Mais de 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas melhorando a cobertura de vacinação global, apontam os dados apurados pela Vaccines Europe. Estima-se ainda que a vacinação salve até 5 milhões de vidas em todo mundo, por ano.

Causas e medidas para reduzir risco
A paralisia do sono é uma condição em que uma pessoa acorda e é incapaz de se mover ou falar por um

Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa pode estar consciente do ambiente ao seu redor, mas é incapaz de se mover ou falar. Por isso pode ser assustadora e desconfortável.

São conhecidos alguns fatores desencadeantes como privação do sono, stress, mudanças no horário de sono, transtornos do sono ou uso de certos medicamentos.

Nem todas as pessoas que experimentam paralisia do sono têm uma condição médica subjacente. Às vezes, pode ocorrer isoladamente ou como resultado de fatores externos, como mudanças no ambiente ou stress.

Contudo, a paralisia do sono pode também estar associada a várias condições médicas, tais como:

  • Transtornos do sono, como narcolepsia, apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e transtornos do ritmo circadiano;
  • Distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade e stress pós-traumático;
  • Fatores de risco, como privação do sono, stress, mudanças no horário de sono e uso de certos medicamentos;
  • Condições neurológicas, como enxaqueca e epilepsia;
  • Abuso de algumas substâncias, como álcool e drogas.

Alguns dos efeitos negativos mais comuns da paralisia do sono incluem:

  1. Ansiedade e medo: A paralisia do sono pode ser uma experiência muito assustadora, especialmente quando acompanhada de alucinações visuais, auditivas ou táteis. As pessoas que sofrem de paralisia do sono muitas vezes experimentam ansiedade e medo antes de ir dormir, com medo de que ocorra novamente.
  2. Perturbação do sono: A paralisia do sono pode interromper o sono originando insónia. Depois de um episódio pode surgir dificuldade para dormir novamente, o que pode levar a uma sensação constante de cansaço e fadiga.
  3. Problemas de concentração e memória: A falta de sono devido à paralisia do sono pode levar a problemas de concentração e memória, o que pode afetar o desempenho no trabalho ou na escola.

A paralisia do sono tem impacto a longo prazo na qualidade de vida do indivíduo, ao afetar a sua capacidade de desempenhar atividades diárias e desfrutar de atividades de lazer.

Os fatores que contribuem para que um episódio deste género variam sempre de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • Distúrbios do sono (como a apneia do sono ou o distúrbio de comportamento do sono REM),
  • Sono irregular (dormir em horários irregulares ou ter uma rotina de sono insuficiente)
  • Stress e ansiedade.

Os fatores que podem piorar a paralisia do sono incluem:

  • Stress e ansiedade,
  • Falta de sono,
  • Mudanças no ambiente (como viajar ou dormir em um quarto diferente)
  • Consumo de cafeína ou álcool.

Embora existam alguns sintomas comuns associados à paralisia do sono, a experiência de cada pessoa com a paralisia do sono pode ser diferente. Algumas pessoas podem ter episódios esporádicos de paralisia do sono, enquanto outras podem ter episódios recorrentes ou mesmo frequentes. Além disso, a intensidade dos episódios de paralisia do sono varia também de pessoa para pessoa.

Algumas pessoas referem sentir uma sensação de pressão no peito ou na garganta durante a paralisia do sono, enquanto outras não sentem nenhuma sensação física. Algumas pessoas também podem ter alucinações vívidas durante a paralisia do sono, como a sensação de que há uma presença assustadora no quarto, outros podem sentir que estão flutuando ou se movendo.

A duração dos episódios também pode variar, de apenas alguns segundos ou minutos, enquanto outros podem durar até vários minutos.

Embora não haja uma forma garantida de prevenir a paralisia do sono, existem algumas medidas que podemos tomar para reduzir o risco de episódios de paralisia do sono:

  1. Manter uma rotina de sono regular: dormir e acordar no mesmo horário todos os dias para ajudar a regular o seu ciclo de sono;
  2. Criar um ambiente de sono adequado: Manter o seu quarto fresco, escuro e silencioso para ajudar a promover um sono melhor;
  3. Evitar estimulantes antes de dormir: Evitar cafeína, álcool e tabaco antes de dormir, pois esses estimulantes podem afetar o sono;
  4. Gerencie o stress e a ansiedade: afetam o sono e aumentam o risco de paralisia do mesmo;
  5. Dormir numa posição diferente: de lado ou de bruços pode reduzir o risco de paralisia do sono em comparação com dormir de costas;
  6. Tratar outros distúrbios do sono: como a apneia do sono, pode ajudar a reduzir o risco de paralisia do sono;
  7. Procure ajuda médica se tiver sintomas: Se você tiver episódios recorrentes ou graves de paralisia do sono, consulte um médico para avaliação e tratamento adequados.

A paralisia do sono pode ocorrer em qualquer idade, desde a infância até a idade adulta. No entanto, alguns estudos sugerem que a paralisia do sono é mais comum em adultos jovens, com pico de incidência entre os 18 e 25 anos.

Existem consultas do sono de várias especialidades para ajudar nesta doença: Neurologia, Pneumologia e até Medicina Interna.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sessões e campanhas públicas no âmbito do cancro da próstata
A Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDPróstata) assinala, em 2023, 20 anos de existência com a sensação de que a...

“Isso deve-se, em grande parte, aos nossos esforços de divulgação. Apesar das limitações do ponto de vista financeiro, temos feito e continuaremos a fazer um esforço permanente de sensibilização junto dos homens adultos para a necessidade de acompanharem a saúde da sua próstata, recorrendo a uma consulta anual e à realização de testes básicos (PSA)”, explica Joaquim Domingos, presidente da APDPróstata.

A sensibilização para as doenças do homem, feita sobretudo através de sessões e campanhas públicas, tem sido a principal atividade da associação ao longos destas duas décadas, porque sobretudo no cancro da próstata, um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença. “Os problemas mais graves que podem afetar a saúde da próstata desenvolvem-se no início muito lentamente. Esse facto pode levar os homens a ignorarem que algo de mal possa acontecer com a sua próstata, e só se darem conta desse mal mais tarde, quando já é tarde demais”, reforça Joaquim Domingos.

E apesar de a missão da associação estar a ser cumprida, o presidente refere que “desde o início que uma das maiores dificuldades tem sido a angariação de novos associados, particularmente nas faixas etárias mais jovens (entre os 40 e os 55 anos), pelo facto de nessas faixas etárias haver mais iniciativa e facilidade de recorrer às pesquisas na Internet e encontrar com facilidade muitas das respostas que eram procuradas junto da nossa Associação. Cativar essas faixas etárias é um desafio que abraçamos permanentemente”.

A iniciativa de criar uma associação que tivesse como objetivo principal alertar os homens para a necessidade de acompanharem clinicamente a saúde da sua próstata, sobretudo, a partir dos 45/50 anos de idade, surgiu de um grupo de doentes com cancro da próstata, a maioria militares das Forças Armadas, que habitualmente se encontravam na consulta de urologia do antigo Hospital Militar da Estrela em Lisboa. Ao longo das várias consultas a que tiveram de recorrer nesse Hospital, foram desenvolvendo relações entre eles e tomando conhecimento que o pior problema de saúde da próstata - cancro – tem maiores possibilidades de ser tratado se o mal for identificado bem no seu início. As consultas a que este grupo tinha de comparecer ocorreram nos anos de 2002 e 2003 e seguintes. Foi nessa época que o Tenente-General António Pereira Pinto tomou a iniciativa de congregar um grupo de doentes usuários do Departamento de Urologia daquele Hospital e formar uma Associação, que nasceu oficialmente em agosto de 2003.

Iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH]
Decorreu no passado dia 5 de maio a seleção dos três projetos vencedores da 3.ª Edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, uma...

A iniciativa tem como objetivo reconhecer e potenciar o capital humano do Serviço Nacional de Saúde [SNS], dotando os seus profissionais das competências necessárias para liderarem e implementaram projetos que promovam uma mudança positiva nas suas realidades em particular no domínio da liderança da dimensão humana.

O Programa de Apoio decorre ao longo de 2023, distribuído por várias etapas: depois de uma fase inicial que contou com 19 candidaturas, foram selecionadas 12 Instituições de Saúde que participaram no Bootcamp preparatório, nos dias 2 e 3 de março. No dia 24 de março, decorreu uma sessão Pitch, na qual foram escolhidos os 6 projetos finalistas e o Programa evoluiu para a FASE 2. Após uma 1ª sessão imersiva, cada uma das 6 instituições finalistas apresentou o projeto final ao Júri, numa sessão virtual que decorreu no passado dia 5 de maio, onde foram selecionados os três projetos vencedores, que passam assim a usufruir de um programa de apoio especializado, designadamente:

Cultura para a Inovação, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra - projeto pensado para trazer a inovação para dentro dos serviços clínicos, através da criação de um programa de inovação aberta, que capacitará e apoiará os profissionais de saúde na identificação de oportunidades de inovação no seu dia-a-dia e, posteriormente, na procura e construção de soluções que melhorem a prestação de cuidados;

Agir para Cuidar, do Centro Hospitalar do Médio Ave - projeto desenhado para atrair, reter e motivar os Assistentes Operacionais, através de uma reorganização, valorização e autonomização da equipa e das suas funções, tentando contrariar um contexto de baixos salários, cargas horárias exigentes, pouca sensação de reconhecimento e valorização e cada vez mais e maiores responsabilidades nos cuidados;

Support Debriefing como cultura para redução do stress, do Hospital Distrital de Santarém - projeto idealizado para contribuir para a redução do stress e minimização do impacto negativo na equipa multiprofissional na sala de emergência, através da implementação de um momento de debriefing de suporte (quer procedimental, quer emocional), imediatamente após momentos críticos, tais como situações de Paragem Cárdio-Respiratória (PCR).

 

 

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