Programa do Politécnico de Coimbra (IPC)
“BetterCare: a STEP UP in caregiving” foi a equipa vencedora do programa Link me up - Cocriação de Inovação no Politécnico de...

Desenvolvido em parceria com a empresa Take the Wind, será realizado através de uma plataforma/aplicação web agregadora de um leque de serviços e produtos essenciais à prestação e receção de cuidados de saúde e bem-estar, nomeadamente uma bolsa de cuidadores, formação especializada e certificada, aquisição e aluguer de equipamentos médicos, serviço de transporte e uma linha de apoio humanizada 24/7.

A equipa, constituída por Andreia Santos e Gabriela Marques (estudantes do IPC), António André (estudante do IPLeiria), Luís Sancho (estudante do IPPortalegre) e pelos facilitadores e docentes do IPC, Fernanda Coutinho, Raquel Faria e Sónia Pinho, irá representar a instituição no Concurso Nacional de Ideias de Cocriação de Inovação, a decorrer entre os dias 12 e 15 de junho, em Braga, e também participar num evento internacional de partilha de experiências de cocriação a realizar-se entre os dias 19 e 23 de junho, em Leeuwarden, Países Baixos, em parceria com a Stenden University of Applied Sciences.

O anúncio do vencedor é realizado após ter decorrido, ontem, no Auditório do INOPOL Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra a sessão de apresentação final dos projetos de cocriação de inovação desenvolvidos no âmbito da 5.ª edição do Link me Up – 1000 ideias, programa que promove a capacitação e cocriação de inovação na rede politécnica portuguesa.

A presente edição envolveu mais de 35 estudantes e 11 docentes na qualidade de facilitadores, que desenvolveram projetos de cocriação com sete organizações desafiadoras de diferentes setores de atividade: Prior Lucas, Lda; Associação Cultural Museu da Música de Coimbra; Turismo Centro de Portugal; Sons da Vida, Lda; Centro de Artes Visuais, Isabel Lopes e Maryasa.

Os projetos foram desenvolvidos ao longo de 10 semanas e o resultado foi apresentado nesta sessão pelas sete equipas multidisciplinares.

O evento contou também com as intervenções da oradora convidada Heini-Marja Rintaniemi, Program Manager da Demola Global e da Diretora do INOPOL Academia de Empreendedorismo e Coordenadora do projeto Link Me Up, Sara Proença.

 

Dia Mundial da Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crónica, de evolução progressiva e incapacitante,

Apesar de ainda não existir uma cura, existem tratamentos que procuram controlar a doença e aliviar os sintomas. Durante muito tempo era considerado que as pessoas que sofriam desta condição não deviam praticar exercício, no entanto, atualmente, é preconizado o oposto.

A atividade física é fundamental para pessoas com EM, já que contribui para a melhoria das capacidades físicas e mentais, podendo aumentar a sua mobilidade, força, equilíbrio e bem-estar psicológico, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

 Uma vez que a EM é uma doença imprevisível e com uma grande variabilidade de sintomas, não existe um padrão de exercícios recomendados que seja adequado a todo o tipo de doentes. Cada caso é único, pelo que é necessária uma avaliação individual do doente por parte do médico responsável.

Porém, existem algumas tipologias de exercícios que se recomendam, como a caminhada, ciclismo, ioga, Tai Chi e natação, e algumas regras que devem ser seguidas: ter o devido acompanhamento médico no estabelecimento do plano de exercícios; selecionar uma atividade física que lhe dê gosto realizar; evitar realizar exercícios ao ar livre sob altas temperaturas; planear os exercícios para as alturas do dia em que sente menos fadiga; evitar sentir-se exausto e hidratar-se bem antes, durante e após a atividade física.

O grande intuito da realização de exercício físico regular por parte das pessoas com EM é a promoção do bem-estar e a melhoria da sua qualidade de vida, pelo que quando é feito com o devido acompanhamento e orientação, traz inúmeros benefícios.

 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
XVIII Congresso Nacional de Podologia realiza-se nos dias 2 e 3 de junho
A Associação Portuguesa de Podologia (APP) vai realizar o XVIII Congresso Nacional de Podologia, nos dias 2 e 3 de junho de...

Esta iniciativa, dirigida a podologistas, tem como objetivo a revisão das últimas atualizações científicas na área da podologia e a partilha de conhecimentos sobre as mais diversas complicações clínicas associadas às patologias dos pés.

“Este é o maior e mais conceituado evento da especialidade de podologia. Convidamos os podologistas a participar, de forma segura e ativa, nos temas atuais e de grande impacto nas nossas vidas e na nossa atividade profissional. Acreditamos que esta é uma oportunidade única, que permite a partilha de experiências e conhecimentos”, refere Manuel Portela, presidente da APP.

“O Pé e as Lesões Musculo-Tendinosas”, “Um Pé na Biomecânica”, “Um Passo entre a Clínica e a Investigação”, “O Pé Diabético” e “A Cirurgia Podológica, uma Solução Minimamente Invasiva” são algumas das sessões temáticas nesta edição que conta com a participação de diversos especialistas nacionais e internacionais.

Programa e inscrições: https://appodologia.com/news/xviii-congresso-nacional-de-podologia/

 

Entrevista | Dr. Carlos Horta e Costa, Vice-Presidente da APCL
Destinada a doentes hemato-oncológicos deslocados, em fase de terapêutica ou transplante, e seus fam

A Casa “Porto Seguro é a primeira casa de acolhimento em Lisboa, para doentes hemato-oncológicos a transplantar ou em fase de tratamento ativo e seus cuidadores. O que representa para a APCL a conclusão deste projeto?

A Casa Porto Seguro é um projeto pensado pela APCL desde o início da sua fundação – janeiro de 2002. Contudo, por motivos orçamentais, e para dar prioridade a outros projetos mais prementes, como o do desenvolvimento do Banco de Dadores de Medula Óssea, só agora foi possível concluir. Tendo em conta que o tratamento deste tipo de doenças, em particular quando necessitam de transplantação de medula, apenas se realizam em Lisboa, Porto e Coimbra, os pacientes que não residem nestas cidades e a esses tratamentos recorrem, tem de ficar alojados, em unidades impessoais, do tipo pensões, as quais, na maioria dos casos, não tem as condições necessárias e suficientes para garantir o bem-estar dos ocupantes, sejam eles pacientes ou cuidadores. Foi para dar resposta a esta lacuna que a Casa Porto Seguro foi construída. Aqui, os pacientes e cuidadores terão todo o conforto de uma Casa, bem como a possibilidade de conviverem uns com os outros.

Quanto tempo demorou a Casa Porto Seguro a ficar pronta e que apoios foram essenciais para a conclusão deste projeto?

O edifício, cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, foi entregue à APCL em finais de 2017. De seguida foi necessário proceder aos projetos de Arquitetura, Engenharia e das diversas especialidades, submete-los à aprovação da Câmara, e aguardar pela sua aprovação. O passo seguinte foi a consulta a empresas de construção civil, selecionar o vencedor, e aprofundar com este alguns pormenores do caderno de encargos e respetiva resposta. Só após todas estas etapas foi possível iniciar a construção, a qual ocorreu a 4 de novembro de 2020. De salientar que, no decorrer da obra, houve atrasos devido à pandemia – Covid 19 – quer por ausência de trabalhadores, quer falta de materiais.

Quanto a apoios, foram obtidos junto dos patrocinadores habituais da APCL, de diversas empresas que se quiseram associar a este projeto, através de eventos realizados para o efeito e junto da população em geral que, de forma muito generosa quis contribuir para pôr de pé este empreendimento.

Que doentes podem usar a casa e como podem recorrer a este apoio? O que precisam de saber (quem devem contactar, por exemplo)?

Os ocupantes desta Casa serão pacientes residentes fora da “Grande Lisboa” que tenham doenças hemato-oncológicas, nas diversas fases das mesmas, que sejam financeiramente carenciados. Igualmente serão ocupantes da Casa os respetivos cuidadores ou familiares.

A seleção dos ocupantes será feita pelos Serviços de Assistência Social dos Hospitais onde estão a ser seguidos, os quais, de seguida, remetem a proposta de ocupação para a APCL. Os interessados devem assim, contatar os referidos Serviços e expor a sua situação e respetivo pedido de ocupação.

Quais as comodidades que a casa de acolhimento oferece? Quantas pessoas podem usufruir do espaço?

A Casa Porto Seguro dispõe de 8 quarto com WC, cada quarto para 2 ocupantes - paciente e cuidador -, de uma cozinha comunitária, onde cada um confecionará as suas refeições, uma Sala de refeições, uma Sala de estar, um Jardim e um espaço multiusos com zona de lavandaria. Dispõe ainda de um elevador e de um WC.

Já existem candidatos à Casa de Acolhimento Porto Seguro?

Candidatos já existem, no entanto ainda faltam pequenos detalhes que não permitem a sua ocupação imediata. São pequenos pormenores, mas a APCL não quer que nada falte aos seus ocupantes. Estimamos que no final de junho, já possamos ter a Casa a funcionar e a receber os seus primeiros ocupantes.

Sendo a APCL uma Instituição Privada de Solidariedade Social (IPSS), de que forma conseguirá assegurar a manutenção da casa? Com que apoios irá contar?

Para a manutenção do funcionamento da Casa Porto Seguro a APCL contará com os seus habituais parceiros e patrocinadores, promoverá eventos de angariação de fundos, e contará com o fundamental apoio da Segurança Social que, em vez de custear outros alojamentos, canalizará esses fundos para a APCL. Estamos a trabalhar com a Segurança Social para concretizar o necessário protocolo.

No âmbito do apoio prestado ao doente hemato-oncológico, que outras iniciativas a APCL conta continuar a organizar/desenvolver?

A APCL no seu plano de ações tem diversas iniciativas com vista a apoiar os pacientes hemato-oncológicos, seus cuidadores e familiares.

Para além da Casa Porto Seguro, continua a dar Apoio Social a pacientes financeiramente carenciados, mas que não são potenciais ocupantes da Casa, desenvolve inúmeras ações para contribuir para a literacia neste tipo de doenças, a saber: Webinares e seminários, as Jornadas Anuais, o desenvolvimento e permanente atualização do seu site, workshops temáticos como os de nutrição e de maquilhagem, grupos de apoio de doentes e cuidadores. Presta ainda apoio psicológico a doentes, e apoia a Investigação Científica, através da promoção de bolsas de investigação.

Quais as expetativas para o futuro?

Para o futuro a APCL pretende continuar a desenvolver ações que visem o apoio aos pacientes, seus familiares e cuidadores, conforme consta da sua Missão.

No curto prazo, importa consolidar o projeto da Casa Porto Seguro, pois a expetativa é grande, e a responsabilidade também.

Outros projetos estão a ser equacionados, mas para que se concretizem, é necessário que os meios, nomeadamente financeiros, sejam obtidos, por forma a garantir o sucesso dos mesmos, como até aqui tem se tem conseguido.

Para tal, iremos continuar a contar com os nossos parceiros, e sensibilizar outros que se queiram juntar a este projeto tão importante para a comunidade hemato-oncológica.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Como podemos ser competitivos se mantemos a mesma forma de trabalhar há décadas?"
A Onya Health, agência de comunicação especializada no ramo da saúde, vai fazer parte do projeto-piloto do Governo que visa a...

“Como podemos ser competitivos se mantemos a mesma forma de trabalhar há décadas?". Esta era a pergunta há muito debatida pela diretora-geral da empresa. A pandemia, explica Vânia Lima, “aumentou a consciência sobre a importância do balanço entre vida pessoal e profissional” e, no caso do trabalho remoto, as preocupações aumentam, visto que, muitas vezes, “não existe uma fronteira física entre onde se trabalha e onde se vive”. Isto levou as chefias "a refletir sobre o seu papel no bem-estar dos trabalhadores e o que se podia fazer para o aumentar”.  

Os coordenadores do projeto-piloto do Governo, Pedro Gomes e Rita Fontinha, defendem também que este pode ser um dos caminhos para melhorar a saúde mental dos trabalhadores. Segundo os especialistas, “um dos grandes problemas atuais de saúde é o stress e o esgotamento profissional que, de acordo com um Relatório da Ordem dos Psicólogos, custam 5.3 mil milhões de euros às empresas portuguesas”. Acrescentam ainda que “a pressão mental que existe no trabalho do século XXI é muito maior do que há 30 anos, pelo uso da tecnologia e o aumento da velocidade de comunicação”.  

“A Onya Health é uma agência de comunicação que procura melhorar a saúde dos portugueses. Por trabalharem na área da saúde, eles compreendem que é importante proteger a saúde mental dos seus colaboradores. A Onya revelou um grande espírito inovador ao aceitar o nosso desafio, e fizeram um trabalho de preparação excecional. O nosso projeto beneficia muito com a sua participação”, concluem os coordenadores.   

“A semana de quatro dias é hoje uma aspiração crescente de muitas pessoas, nomeadamente, dos mais jovens, que exigem uma melhor conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar. O estudo piloto que agora se inicia procura perceber quais os impactos ao nível da motivação, do bem-estar dos trabalhadores, da redução do absentismo, bem como do impacto na produtividade das organizações. Num tempo marcado pela disputa pelo talento esta é, seguramente, uma aposta estratégica para a competitividade das empresas e do país”, afirma o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes. 

Ao longo de seis meses, a agência de comunicação vai avaliar os resultados e os impactos desta mudança. Serão realizados pontos de situação com os trabalhadores, análises de produtividade e acompanhamento do bem-estar geral da equipa. A participação desta empresa no projeto-piloto acontece depois de a Onya Health ter adotado um modelo semelhante no verão do ano passado: durante os meses de julho e agosto, a equipa não trabalhou nas tardes de sexta-feira.   

“O feedback de toda a equipa foi positivo e, num verão atípico de muito trabalho, a equipa respondeu muito bem a todos os desafios, estava mais motivada e a produzir melhor. Por isso, fez-nos todo o sentido continuar o trabalho que já tínhamos começado, agora com a ajuda de uma equipa que nos permitiu implementar mudanças estruturais e repensarmos a nossa forma de trabalhar”, termina Vânia Lima. 

Dias 1 e 2 de junho
O III Fórum Internacional de Cuidados Alternativos realiza-se este ano em Portugal, nos dias 1 e 2 de junho, no Auditório 2 da...

O evento é organizado pelas Aldeias de Crianças SOS, em parceria com a UNICEF, CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e “Bem Cuidar” - Instituto de Pesquisa e Formação.

Durante dois dias juntar-se-ão temáticas diversas impostas pela contemporaneidade dos cuidados alternativos, tais como a saúde mental na infância, a necessidade de uma justiça “cuidadosa e cuidadora”, os desafios associados ao deslocamento forçado de milhares de pessoas dos seus países de origem e à integração de jovens não acompanhados em Portugal, e a importância de se trabalhar com as crianças e jovens, estimulando a sua inclusão.

À semelhança do que sucedeu nas anteriores edições do Fórum, pretende-se que em cada painel se partilhem ideias e desafios associados ao tema e que sejam estes a base do que será o seu objetivo final: a elaboração da Declaração de Lisboa. Uma carta aberta com recomendações para ações e políticas públicas, que possam ser desenvolvidas no âmbito da Promoção e Proteção das crianças e jovens, à luz das Diretrizes sobre as Alternativas de Cuidados. 

A Sessão de Abertura, que terá início às 9h, contará com a presença de Pedro Calado, Diretor-Adjunto do Gabinete do Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Dereje Wordofa (vídeo conferencia), Presidente das Aldeias de Crianças SOS Internacional e Manuel Lapão, Diretor da Cooperação da CPLP. O evento será encerrado pelo Secretário-Geral e Diretora Nacional de Programas, Luís Cardoso Meneses e Guida Mendes Bernardo.

Para saber a lista de participantes/oradores que estarão presentes nas Sessões, consulte o link.

As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo dedicada aos Cuidados Alternativos a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.  Estão em Portugal há mais de 50 anos a acolher e apoiar crianças, jovens e famílias, tendo sido acompanhadas desde 1967 milhares de crianças e jovens. Reforçam o nosso compromisso com cerca de 530 crianças e jovens que acompanham anualmente no Programa de Cuidados Alternativos. Já no Programa de Fortalecimento Familiar, acompanham cerca de 300 famílias em situação de vulnerabilidade. Com uma equipa de mais de 150 colaboradores continuarão a trabalhar todos os dias para concretizar a missão junto das crianças, jovens e famílias.

As Sessões não serão transmitidas online, mas poderá inscrever-se para assistir presencialmente nos dias 1 e 2 de junho no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia, limitado à capacidade da sala.

O evento é organizado pelas Aldeias de Crianças SOS, em parceria com a UNICEF, CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e “Bem Cuidar” - Instituto de Pesquisa e Formação.

Durante dois dias juntar-se-ão temáticas diversas impostas pela contemporaneidade dos cuidados alternativos, tais como a saúde mental na infância, a necessidade de uma justiça “cuidadosa e cuidadora”, os desafios associados ao deslocamento forçado de milhares de pessoas dos seus países de origem e à integração de jovens não acompanhados em Portugal, e a importância de se trabalhar com as crianças e jovens, estimulando a sua inclusão.

À semelhança do que sucedeu nas anteriores edições do Fórum, pretende-se que em cada painel se partilhem ideias e desafios associados ao tema e que sejam estes a base do que será o seu objetivo final: a elaboração da Declaração de Lisboa. Uma carta aberta com recomendações para ações e políticas públicas, que possam ser desenvolvidas no âmbito da Promoção e Proteção das crianças e jovens, à luz das Diretrizes sobre as Alternativas de Cuidados. 

A Sessão de Abertura, que terá início às 9h, contará com a presença de Pedro Calado, Diretor-Adjunto do Gabinete do Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Dereje Wordofa (vídeo conferencia), Presidente das Aldeias de Crianças SOS Internacional e Manuel Lapão, Diretor da Cooperação da CPLP. O evento será encerrado pelo Secretário-Geral e Diretora Nacional de Programas, Luís Cardoso Meneses e Guida Mendes Bernardo.

Para saber a lista de participantes/oradores que estarão presentes nas Sessões, consulte o link.

As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo dedicada aos Cuidados Alternativos a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.  Estão em Portugal há mais de 50 anos a acolher e apoiar crianças, jovens e famílias, tendo sido acompanhadas desde 1967 milhares de crianças e jovens. Reforçam o nosso compromisso com cerca de 530 crianças e jovens que acompanham anualmente no Programa de Cuidados Alternativos. Já no Programa de Fortalecimento Familiar, acompanham cerca de 300 famílias em situação de vulnerabilidade. Com uma equipa de mais de 150 colaboradores continuarão a trabalhar todos os dias para concretizar a missão junto das crianças, jovens e famílias.

As Sessões não serão transmitidas online, mas poderá inscrever-se para assistir presencialmente nos dias 1 e 2 de junho no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia, limitado à capacidade da sala.

O evento é organizado pelas Aldeias de Crianças SOS, em parceria com a UNICEF, CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e “Bem Cuidar” - Instituto de Pesquisa e Formação.

Durante dois dias juntar-se-ão temáticas diversas impostas pela contemporaneidade dos cuidados alternativos, tais como a saúde mental na infância, a necessidade de uma justiça “cuidadosa e cuidadora”, os desafios associados ao deslocamento forçado de milhares de pessoas dos seus países de origem e à integração de jovens não acompanhados em Portugal, e a importância de se trabalhar com as crianças e jovens, estimulando a sua inclusão.

À semelhança do que sucedeu nas anteriores edições do Fórum, pretende-se que em cada painel se partilhem ideias e desafios associados ao tema e que sejam estes a base do que será o seu objetivo final: a elaboração da Declaração de Lisboa. Uma carta aberta com recomendações para ações e políticas públicas, que possam ser desenvolvidas no âmbito da Promoção e Proteção das crianças e jovens, à luz das Diretrizes sobre as Alternativas de Cuidados. 

A Sessão de Abertura, que terá início às 9h, contará com a presença de Pedro Calado, Diretor-Adjunto do Gabinete do Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Dereje Wordofa (vídeo conferencia), Presidente das Aldeias de Crianças SOS Internacional e Manuel Lapão, Diretor da Cooperação da CPLP. O evento será encerrado pelo Secretário-Geral e Diretora Nacional de Programas, Luís Cardoso Meneses e Guida Mendes Bernardo.

Para saber a lista de participantes/oradores que estarão presentes nas Sessões, consulte o link.

As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo dedicada aos Cuidados Alternativos a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.  Estão em Portugal há mais de 50 anos a acolher e apoiar crianças, jovens e famílias, tendo sido acompanhadas desde 1967 milhares de crianças e jovens. Reforçam o nosso compromisso com cerca de 530 crianças e jovens que acompanham anualmente no Programa de Cuidados Alternativos. Já no Programa de Fortalecimento Familiar, acompanham cerca de 300 famílias em situação de vulnerabilidade. Com uma equipa de mais de 150 colaboradores continuarão a trabalhar todos os dias para concretizar a missão junto das crianças, jovens e famílias.

As Sessões não serão transmitidas online, mas poderá inscrever-se para assistir presencialmente nos dias 1 e 2 de junho no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia, limitado à capacidade da sala.

Este evento conta com o apoio institucional da CPLP. Inscreva-se aqui.

Poliempreende é um concurso de ideias e planos de negócios
Um projeto que visa a criação de um dispositivo médico inovador para análise à urina venceu a etapa do Concurso Regional...

Urin-all é o nome do projeto classificado em primeiro lugar – idealizado pelas estudantes finalistas da licenciatura em Enfermagem da ESEnfC, Rosa Rodrigues e Sandra Ferreira, que tiveram a colaboração da professora Rosa Melo, enquanto tutora –, o qual vai receber o prémio regional monetário de dois mil euros, a utilizar na implementação empresarial deste aparelho.

Como benefícios esperados da utilização do futuro dispositivo médico, que será construído com material biodegradável, contam-se, para já, os de evitar o contacto direto com a urina, reduzir a necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual e prevenir as infeções associadas aos cuidados de saúde.

Este mecanismo, que possibilitará uma análise à urina multiparâmetro, vai poder ser utilizado por profissionais de saúde e também pelo cidadão comum.

Os projetos classificados em segundo e em terceiro lugar nesta fase regional do Poliemprende realizada na ESEnfC recebem, respetivamente, mil e quinhentos e mil euros.

Ao todo, cinco projetos de ideias de negócio, que envolveram a participação de 18 estudantes do ensino superior e cinco docentes da ESEnfC, foram apreciados, ontem (dia 29 de maio), por um júri constituído por Fernando Amaral (Presidente da ESEnfC), Áurea Andrade (enfermeira diretora do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), João Moreira (enfermeiro diretor do Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil), Miguel Gonçalves (managing director da GesEntrepeneur), Nuno Barbosa (diretor-geral da Vygon Portugal) e Nuno Gomes (Gestor de Inovação e Empreendedorismo da UC Business).

É já nos dias 13 e 14 de junho que o projeto vencedor na ESEnfC vai concorrer com os principais projetos de vocação empresarial de cada um dos institutos politécnicos do país, que se vão defrontar na final do Concurso Nacional Poliempreende, a decorrer em Barcelos (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave).

O Poliempreende é um concurso de ideias e planos de negócios que visa promover a cultura empreendedora no seio de instituições de ensino superior politécnico, fomentando a criação de empresas baseadas no conhecimento e, assim, contribuindo para o desenvolvimento regional.

 

Para aumentar a literacia sobre o tema
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) aprovou, por unanimidade, um parecer em que defende campanhas de...

A reflexão surge em resposta ao pedido da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias de apreciação, em termos éticos, do projeto-lei 699/XV/1 (PAN), que prevê a criminalização de práticas com vista à alteração, limitação ou repressão da orientação sexual, da identidade ou expressão de género, e promove o estudo destas práticas em Portugal e a garantia de mecanismos de apoio e resposta; e do projeto-lei 707/XV/1 (PS) que proíbe práticas atentatórias contra pessoas LGBTQ+ através das denominadas «terapias de conversão sexual».

O CNECV considerando que os Projetos-Lei apresentam muitas semelhanças e que a apreciação ética de ambos será, em larga medida, sobreponível, decidiu pronunciar-se sobre os documentos em conjunto, sem negligenciar as diferenças de cada um.

No que se refere às “terapias de conversão sexual”, o Conselho sublinha que é necessário tomar medidas adequadas, eficazes e urgentes para proteger as crianças e jovens, contribuindo para uma maior literacia junto de pais, famílias e comunidades através de campanhas de sensibilização sobre a ineficácia e consequências destas práticas.

A promoção do diálogo entre organizações médicas e profissionais de saúde, organizações religiosas e grupos ou comunidades espirituais, instituições educacionais e organizações de base comunitária, é outro dos pontos a ter em consideração para aumentar a consciência sobre as violações dos direitos humanos que estas terapias implicam.

Na sua reflexão, o CNECV considera fundamental promover e facilitar os cuidados de saúde relacionados com o livre desenvolvimento e/ou afirmação da orientação sexual e/ou identidade de género às pessoas que deles pretendam beneficiar, incluindo um sistema de medidas destinadas a promover a compreensão, aceitação e inclusão de pessoas LGBTQ+.

O CNECV defende a implementação e disseminação de estudos que clarifiquem o impacto pessoal das “terapias de conversão sexual” e de investigação para encontrar evidência sobre os impactos das práticas de Esforços de Mudança de Orientação Sexual (EMOS) e Esforços de Mudança de Identidade de Género (EMIG) em Portugal, incluindo a identificação precisa da prevalência e a natureza destas práticas, de modo que possam ser adotadas estratégias mais informadas e adequadas para contrariá-las. No parecer, fica ainda expressa a importância de alocar recursos para a identificação e prestação de apoio às vítimas de “terapias de conversão sexual”, bem como divulgar informação, em locais relevantes, de que tais práticas podem ser denunciadas através de canais próprios para o efeito.

Foi considerada necessária uma abordagem compreensiva que envolva todos estes aspetos e não apenas uma nova incriminação, sendo defendida a proibição de todas as práticas de EMOS e EMIG, assim como a sua promoção, e criação de um sistema de sanções, incluindo disciplinares, proporcional à gravidade de cada intervenção, à qualificação do agente e/ou a natureza da instituição de saúde e à vulnerabilidade do sujeito.

Na mesma Reunião Plenária Extraordinária o CNECV aprovou também, por maioria, o Parecer 124/CNECV/2023 sobre o Projeto de Lei 705/XV/1 (CH) que pretende reforçar a proteção e privacidade das crianças e jovens nos espaços de intimidade em contexto escolar, uma matéria sobre a qual já se tinha pronunciado anteriormente através do Parecer n.º 120/CNECV/2022.

O CNECV considera que a manutenção de instalações sanitárias e balneários, em ambiente escolar, com critérios de género, é eticamente aceitável, desde que haja espaços não caracterizados a que a comunidade escolar possa aceder livremente, sem qualquer critério de género.

O Parecer Nº 125/CNECV/2023 sobre o Projeto-lei 699/XV/1 (PAN), que prevê a criminalização de práticas com vista à alteração, limitação ou repressão da orientação sexual, da identidade ou expressão de género, e promove o estudo destas práticas em Portugal e a garantia de mecanismos de apoio e resposta; e o Projeto-lei 707/XV/1 (PS) que proíbe práticas atentatórias contra pessoas LGBTQ+ através das denominadas «terapias de conversão sexual» pode ser lido na íntegra aqui.

O Parecer Nº 124/CNECV/2023 sobre o Projeto de Lei 705/XV/1 (CH) que pretende reforçar a proteção e privacidade das crianças e jovens nos espaços de intimidade em contexto escolar, pode ser lido na íntegra aqui.

17 de junho
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em colaboração a International Myeloma Foundation (IMF), vai organizar, no...

Coordenado por Fernando Leal da Costa, hematologista no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, o evento abrange um programa de palestras conduzidas por médicos especialistas na área, a apresentação de um estudo sobre a patologia e uma mesa redonda sobre o mesmo tema. O debate, moderado pelo Fernando Leal da Costa, vai contar com a participação de Cristina João, hematologista, Rita Bruto da Costa, assistente social, Filipa Lopes, doente de mieloma múltiplo, e Lara Cunha, membro da APCL. Desta forma, será possível conhecer diferentes perspetivas sobre o mieloma múltiplo.

Este é já o quarto seminário sobre mieloma múltiplo que a APCL organiza em parceria com a IMF. Com estas ações, as duas organizações pretendem promover um espaço de partilha de conhecimento sobre o mieloma múltiplo entre pessoas que vivem ou lidam com esta doença. A inscrição pode ser efetuada através do email [email protected] ou através do telefone 213 422 205.

 

 

Mais de 1 milhão de portugueses tem Esteatose Hepática Não-Alcoólica (Fígado Gordo)
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai promover uma ação de consciencialização para a Esteatose Hepática...

A Esteatose Hepática Não-Alcoólica, também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa que afeta mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo. “Em Portugal, afeta mais de 1 milhão de portugueses. Esta é uma doença que não escolhe géneros nem idades, podendo afetar quer crianças quer idosos. Pode não causar lesão no fígado, mas, nalguns casos, pode causar inflamação deste órgão, e evoluir para cirrose hepática ou cancro do fígado. Estas situações, quando não são prevenidas ou tratadas, lesam gravemente a nossa saúde e até podem levar à morte. É, assim, primordial que as pessoas saibam que esta é uma doença prevenível e evitável”, afirma Arsénio Santos, presidente da APEF.

E acrescenta: “A quantidade de gordura no fígado pode ser reduzida através de alterações no estilo de vida. Por esta razão, recomenda-se que as pessoas mantenham uma alimentação mais equilibrada e saudável, favorecendo alimentos ricos em fibras e evitando alimentos compostos por gorduras saturadas; e que pratiquem cerca de 60 minutos de atividade física por dia. Não precisa ser tudo ao mesmo tempo. Andem mais, subam escadas e façam exercício, sempre que for possível”.

A Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa, causada pelo excesso de gordura acumulada no fígado, que leva a inflamação e fibrose (cicatrização) deste órgão. Num estado mais avançado, pode provocar Cirrose Hepática ou mesmo Cancro do Fígado. De acordo com o Global Liver Institute, estima-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, em todo o mundo.

 

 

Sintomas e tratamento
O glaucoma crónico de ângulo aberto é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o m

Estima-se que existam em Portugal aproximadamente 200.000 pessoas com glaucoma e que uma percentagem grande possa não saber que tem a doença, devido à falta de sintomas óbvios nas suas fases iniciais. São fatores de risco para a doença, a hipertensão ocular, a história familiar de glaucoma, a miopia, raça negra e a idade. 

O glaucoma crónico de ângulo aberto é conhecido como o "ladrão silencioso da visão". Os sintomas são inexistentes nas fases iniciais. Contudo, nas fases mais avançadas podem surgir:

  • Visão periférica reduzida, resultando na formação de manchas cegas (escotomas);
  • Visão em túnel, onde a pessoa só consegue ver o que está diretamente à sua frente;
  • Por fim, cegueira absoluta.

É muito importante fazer o diagnóstico precoce do glaucoma para evitar a sua progressão e a perda irreversível da visão. A consulta periódica no seu médico Oftalmologista, sobretudo após os 40 anos, é fundamental para fazer esta deteção precoce.  Estar à espera de ver mal para fazer uma avaliação pelo seu médico é um erro que sai caro nesta doença, como em muitas outras. A visão perdida não se recupera mais. E apesar de haver perda de visão, primeiro periférica, o doente não tem a perceção dessa perda, na maioria das vezes. Através de exames oftalmológicos regulares, que incluem a medição da pressão intraocular, avaliação do nervo ótico e análise do campo visual, é possível identificar alterações sugestivas de glaucoma antes de haver perda de campo visual.

O tratamento do glaucoma crónico de ângulo aberto tem como objetivo principal controlar a pressão intraocular elevada, que é um fator de risco significativo para o desenvolvimento e progressão da doença. Se o glaucoma for tratado precocemente e de forma adequada, o risco de cegueira é reduzido. As opções de tratamento podem incluir:

Colírios: Medicamentos oftálmicos (gotas) que ajudam a reduzir a pressão intraocular, geralmente aplicados diariamente. É muito importante que as gotas sejam colocadas sempre de forma adequada e de acordo com a prescrição do médico Oftalmologista. Uma das causas de falta de resposta ao tratamento é a colocação incorreta das gotas.

Tratamento com laser: Procedimento realizado em ambulatório para melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão intraocular.

Cirurgia: Em casos mais avançados, pode ser necessário realizar uma cirurgia para melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão intraocular.

O glaucoma crónico de ângulo aberto é uma doença ocular relativamente comum em Portugal e capaz de causar cegueira total e irreversível. O diagnostico precoce e o tratamento adequado e atempado são fundamentais para preservar a visão ao longo da vida. A ausência de sintomas até fases avançadas da doença e a falta de consultas regulares com o médico oftalmologista, sobretudo depois dos 40 anos, explicam parcialmente o grande número de doentes em Portugal que perdem visão e que cegam de forma irreversível devido ao glaucoma. A adesão ao tratamento, de acordo com a prescrição do médico oftalmologista e a monitorização regular da sua eficácia são fundamentais para tratar esta patologia que silenciosamente “rouba a visão” dos doentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revela investigação de grupo de especialistas ibéricos
O aumento da incidência mundial de alergias alimentares tem motivado a realização de estudos de intervenção no âmbito da...

Neste contexto, um grupo de especialistas em nutrição, gastroenterologia pediátrica, alergologia e neonatologia uniu forças para discutir o papel das fórmulas infantis na prevenção primária de alergias em lactentes para os quais a amamentação não é uma opção e que estão em risco de desenvolver alergias. Os tópicos discutidos neste artigo desenvolvido pelo grupo multidisciplinar de especialistas incluíram a avaliação do risco, o impacto da microbiota na modulação da tolerância imune e o valor agregado de certas características da fórmula, a saber, a integridade da proteína (proteína hidrolisada versus proteína intacta) e a adição de prebióticos, probióticos ou simbióticos.

Os especialistas concluíram que não existe evidência científica robusta a longo prazo no efeito dos leites para lactentes com proteína parcialmente hidrolisada na redução do risco alérgico, uma vez que a utilização de leites para lactentes com proteína parcialmente hidrolisada, em bebés saudáveis, não amamentados vs a utilização de um leite para lactentes com proteína inteira não revelou diferenças significativas. Isto porque a proteína intacta é semelhante ao leite materno.

Jorge Amil Dias, Especialista de Gastroenterologia Pediátrica no Hospital Lusíadas Porto e um dos autores deste artigo, salienta que “de acordo com as diretrizes internacionais, o aleitamento materno deve ser sempre incentivado pelas qualidades nutritivas, imunológicas, económicas e afetivas, ainda que o seu benefício na proteção contra alergia não esteja suficiente documentado. Em caso de necessidade de aleitamento por biberão, a fórmula proteica intacta deve ser oferecida a todos os bebés saudáveis, independentemente de seu risco alérgico (com exceção dos bebés amamentados a biberão apenas na primeira semana de vida, para os quais uma fórmula hidrolisada pode ser aconselhável)”.

“Não vale a pena utilizar por sistema leites com digestão especial de proteínas em crianças na alimentação infantil independentemente de terem ou não risco familiar de alergia” alerta o especialista que reforça ainda “por isso, se um bebé precisar de uma fórmula láctea deve receber uma que seja mais parecida com o leite materno”.

Neste artigo, os especialistas em nutrição, gastroenterologia pediátrica, alergologia e neonatologia, tecem uma série de recomendações para orientar o aconselhamento dos pais na escolha de uma fórmula para bebés em risco de alergia. Finalmente, os especialistas concordaram que o uso de fórmulas enriquecidas com prebióticos, probióticos ou simbióticos pode ser considerado em bebés em risco de desenvolver alergias.

A melhor alimentação para o bebé com todos os benefícios para o sistema imunitário é o leite materno. Este promove o melhor início de vida, pois proporciona-lhe todos os benefícios da amamentação, tais como a imunidade (diminuição do risco de infeções e alergias) e a proteção de que ele necessita. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância recomendam a amamentação exclusivamente durante os 6 meses iniciais e continuamente por até 2 anos ou mais. No entanto, nem todas as mães são capazes ou estão dispostas a fazê-lo; nesses casos, as fórmulas para lactentes são o único substituto adequado para o leite humano. De facto, as fórmulas infantis foram desenvolvidas para se assemelhar o mais possível ao leite humano; embora sejam comumente baseados no leite de vaca, seu conteúdo é diluído e modificado para se aproximar da distribuição de nutrientes encontrada no leite materno. As implicações financeiras e sociais de utilizar um leite infantil devem sempre ser consideradas. No caso da impossibilidade do aleitamento materno e no caso de serem utilizadas fórmulas infantis adaptadas, devem ser seguidas as instruções de utilização dadas pelo fabricante, pois a sua utilização incorreta pode colocar em risco a saúde do bebé. Para qualquer dúvida sobre a alimentação do bebé, deverá ser consultado o Profissional de Saúde.

Este ARTIGO baseia-se em uma série de reuniões do conselho consultivo que foram realizadas com os seguintes objetivos: (i) discutir o papel das fórmulas infantis na prevenção primária de alergias em bebês não amamentados que estão em risco de desenvolver alergias; e (ii) emitir uma série de recomendações destinadas a aproximar a prática clínica das evidências científicas. O painel dos conselhos consultivos foi composto por Jorge Amil Dias (Gastroenterologia Pediátrica, Hospital Lusíadas), Edmundo Santos (Unidade de Neonatologia, Hospital de São Francisco Xavier - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental), Inês Asseiceira (Laboratório de Nutrição, Faculdade de Medicina de Lisboa, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte), Silvia Jacob (Unidade de Alergologia Pediátrica, Centro Hospitalar Universitário São João) e Carmen Ribes Koninckx (Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica & Instituto de Investigacion Sanitaria, Hospital Universitario y Politecnico La Fe) – e as reuniões ocorreram em dezembro de 2021 e abril de 2022.

APDP apela a uma tomada de decisão urgente
A petição “Pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua de insulina (bombas de insulina) e pela qualidade...

Em causa está a petição subscrita por pais e mães de crianças e jovens com diabetes tipo 1, assim como por adultos com diabetes tipo 1 e pelos seus familiares, pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e por serviços públicos de saúde de todo o país, entregue a 14 de novembro de 2022 (Dia Mundial da Diabetes).

No seguimento desta ação, o Governo criou um grupo de trabalho para avaliar a comparticipação e as condições de alargamento do acesso aos novos dispositivos. Esta comissão terminou o seu trabalho e apresentou as propostas de estratégia para a disseminação da utilização destes dispositivos. Contudo, aguarda a decisão do Ministro da Saúde.

Para José Manuel Boavida, presidente da APDP, “É tempo de decidir, pois já não estamos em tempo de reflexão. O Grupo de Trabalho, que a APDP também integrou, acabou a sua missão e é urgente uma tomada de decisão. É da vida de crianças, famílias e todas as pessoas com diabetes tipo 1 que estamos a falar”, explica, acrescentando: “aguardamos uma iniciativa por parte do grupo parlamentar do PS e apelamos a que a decisão sobre o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina não se arraste. O Ministério da Saúde e o Partido Socialista devem cumprir a promessa feita no âmbito do Orçamento de Estado.”

Uma delegação de peticionários irá assistir, dia 1 de junho, ao plenário que discutirá o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina A APDP convida todos os cidadãos interessados a juntarem-se a esta delegação, referindo que “Continuamos juntos para que o acesso aos novos dispositivos automáticos de insulina seja uma realidade em Portugal”.

Estes dispositivos são, atualmente, o que mais se assemelha ao funcionamento de um pâncreas artificial, administrando insulina automaticamente e ajustando-a de acordo com as necessidades individuais. São comparticipados em países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Reino Unido, Itália, Eslovénia e Países Nórdicos. “Em Portugal, os sensores e consumíveis são já comparticipados, pelo que o aumento de custo se prende apenas com o valor do dispositivo.”, explica José Manuel Boavida.

Segundo Raquel Coelho, pediatra e coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP, “a utilização destes dispositivos proporciona às nossas crianças e jovens menos 80% de picadas nos dedos e menos 95% de injeções por ano. É uma melhoria muito significativa para a sua qualidade de vida e bem-estar, para que possam ser muito mais livres e mais iguais a todas as outras crianças e jovens, com menos preocupações e sofrimento.”

No dia 14 de novembro de 2022, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, a APDP entregou na Assembleia da República uma petição “Pelo acesso aos sistemas híbridos de perfusão sub-cutânea contínua de insulina (bombas de insulina) e pela qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal”, que juntou cerca de 25 mil assinaturas. A APDP propôs ainda aos grupos parlamentares um aditamento ao Orçamento de Estado de 2023 para a comparticipação de 100% dos dispositivos automáticos de insulina para pessoas com diabetes tipo 1.

Em Portugal, calcula-se que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

Stress é uma das maiores causas para o desequilíbrio hormonal e cutâneo
Existem cada vez mais estudos sobre a relação entre a saúde mental e a pele: a parte da ciência que

Todos nós no nosso dia-a-dia já experienciamos alguns sinais de que a nossa pele e o nosso cérebro têm uma relação muito próxima. Por exemplo, já todos sentimos o rosto ficar mais vermelho quando sentimos vergonha ou ficarmos com a “pele arrepiada” quando sentimos uma emoção mais forte. Estas são manifestações mais curtas e momentâneas, mas temos também situações em que a manifestação das emoções na pele tem consequências mais duradouras. Por exemplo, quando estamos numa fase de maior stress e, por consequência, aparecem algumas espinhas (também chamadas de comedões) na nossa face. 

E porque é que isto acontece? Em momentos de stress o corpo ativa sistemas neuroendócrinos que libertam diferentes hormonas que permitem que o organismo se adapte ao stress. Esta resposta pode ter diferentes consequências, não apenas na sua saúde física, mas também na pele. Esta reação hormonal e imunológica do organismo pode exacerbar doenças de pele, resultando num ciclo vicioso que prejudica significativamente a qualidade de vida de um paciente.

Para  além do stress, a ansiedade, a tristeza e a angústia podem também levar ao aparecimento de problemáticas na pele. Podem até surgir doenças de pele mais severas como, por exemplo, dermatite, psoríase ou queda capilar. Esta relação íntima entre a pele e a mente pode dever-se à origem embrionária de ambos os órgãos ser comum, a ectoderme.

Vários estudos relatam altas taxas de prevalência de depressão e ansiedade em pacientes diagnosticados com acne, chegando estas taxas a 40%, com casos de suicídio na ordem dos 6-7%, segundo um estudo feito em 2012. 

Outro artigo, uma revisão sistemática realizada em 2020 (“Acne vulgaris and risk of depression and anxiety: a meta-analytic review”) que incluiu 42 estudos, que revelou altas taxas de prevalência de depressão e ansiedade entre pacientes com acne e mostrou ainda uma alta associação de acne com depressão e ansiedade entre adultos. Um outro estudo revelou ainda que ansiedade e os sintomas depressivos foram mais prevalentes em pacientes com doença dermatológica (39,5% pacientes com psoríase e 30,2% com acne).

A relação entre as patologias dermatológicas e o estado psicológico dos pacientes tem sido demonstrado, tendo sido verificado que existe um impacto negativo não só nas suas atividades diárias, mas também nos seus relacionamentos e interação social, com prejuízo muitas vezes das suas funções laborais.

Assim sendo percebemos que a patologia cutânea pode ter um impacto psicológico, mas também vemos a relação inversa, onde se percebe que o estado emocional pode ter consequências na pele. Ou seja, pode existir uma relação de causa ou de efeito, a patologia de pele pode ser a causa de patologia mental, mas também pode ser a consequência, pois sabemos que alguns estados de stress são o motivo para o surgimento deste tipo de reações cutâneas.

É aqui que entra a psicodermatologia que, no fundo, é uma disciplina que permite ajudar os pacientes com patologia de pele crónica a lidar com a ansiedade e o estigma social relacionado com a sua doença, além de intervir diretamente na diminuição do stress que gera ou piora a sintomatologia cutânea, tratando tanto a causa como o efeito.

Esta disciplina integrativa tem mostrado melhor a forma como relacionamos a mente e a pele, e muitos laboratórios têm incorporado nos seus produtos esta ligação.

Por exemplo, a empresa Lilfox tem relacionado a aromaterapia no skincare com a capacidade de “desestressar” a pele, ajudando a melhorar a sua qualidade.

O lema da marca é o “Intelligent Skin Couture”, em que explicam como constroem um produto com base em “óleos orgânicos, manteigas não refinadas, argilas de terras raras e hidrossóis de alta vibração com óleos essenciais aromáticos, cristais carregados pela lua e energias vegetais vibrantes”, conforme descrito no site da própria marca.

Quando pesquisamos por um óleo da marca e vamos aos detalhes do produto percebemos que a base da aromaterapia está em cada produto. A título de exemplo coloco a descriminação de um dos óleos da marca - ORANGE  BLOSSOM  YLANG  BANG: “sorriso, aromas brilhantes para socializar, seduzir e solidão. Uma mistura sexy de folha de chá verde, laranja amarga brilhante, toranja rosa, ylang ylang Madagascan com uma pitada de capim-limão zesty.”

Outra marca em voga neste contexto é a Dr. Brandt, conhecida pela coleção de produtos cosméticos inspirados em procedimentos em consultório,sendo o objetivo principal "Leve o médico para casa" ao adquirir os seus produtos. A marca defende a relação entre a mente e a pele e tem, inclusive, uma Fundação que se dedica a apoiar a saúde mental e o bem-estar da comunidade, assim como a conscientizar sobre questões de saúde mental, como depressão e prevenção do suicídio. O uso de ingredientes como a cafeína tem sido defendido pela marca com o objetivo de combater os efeitos do stress na pele. 

De forma resumida percebemos que o stress é uma das maiores causas para o desequilíbrio hormonal e cutâneo. Então é importante controlar os fatores stressantes para melhorarmos a qualidade da nossa pele. Ficam algumas dicas:

  • Diminua o consumo do açúcar: os hidratos de carbono refinados induzem picos de insulina que levam a inflamação do organismo, estando estes também relacionados com o envelhecimento precoce da pele;
  • Evite o álcool: este pode exacerbar certas patologias de pele como a rosácea, psoríase ou eczema, motivo pelo qual deve ser evitado;
  • Deixe de fumar: além de potenciar o surgimento de patologias como o cancro de pele, o tabaco influencia negativamente o microbioma da pele, potenciando o surgimento de infeções além de promover o envelhecimento precoce;
  • Faça exercício: um estilo de vida ativo melhora o estado da saúde mental. Estudos referem que exercícios como ioga e meditação são benéficos e melhoraram a ansiedade e stress;
  • Procure dormir bem: estudos revelam que o número de horas que dormimos podem interferir na forma como a nossa pele se regenera. A síntese de colágeno ocorre essencialmente durante a noite, motivo pelo qual devemos preservar idealmente entre sete a nove horas de sono diárias.
  • Adapte a rotina de skincare: manter uma rotina com limpeza, hidratação, prevenção e proteção é essencial. Esta rotina deve ser adaptada ao tipo de pele e à patologia cutânea, se existente. Um médico com formação nesta área pode ajudar a ajustar o skincare, e lembre-se que a sua pele muda ao longo do tempo e pode ser necessário ajustar esta rotina regularmente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lusi já “conversou” com cerca de 2 milhões de portugueses
O Grupo Lusíadas Saúde foi distinguido pelos Prémios Europeus de Hospitais Privados na categoria de Inovação em Saúde, um...

Os Prémios Europeus de Hospitais Privados têm como objetivo galardoar as melhores práticas e iniciativas no setor hospitalar privado europeu. Nesta segunda edição, realizada em Lisboa, a assistente digital da Lusíadas Saúde sagrou-se como um dos projetos vencedores, tendo recebido o prémio de Inovação em Saúde.

Desenvolvida em parceria com a startup portuguesa AgentifAI e lançada pelo Grupo Lusíadas Saúde no final de 2021, a Lusi deu um passo em frente na digitalização do setor da saúde em Portugal e no mundo, ao se tornar a primeira assistente virtual, por voz e texto, para a gestão de marcações, com o objetivo de melhorar a experiência de acessibilidade dos seus clientes, sem tempo de espera.

Hoje, mais de um ano depois, esta solução tecnológica que opera com base em inteligência artificial e programação natural language understanding – que lhe possibilita ter uma comunicação mais natural e empática – já “conversou” com cerca de dois milhões de portugueses, permitindo-lhes marcar consultas e obter informações sobre os serviços das unidades de saúde.

“É com muito orgulho que vemos este nosso projeto ser reconhecido a nível internacional, um feito que espelha o compromisso que temos e queremos preservar na constante melhoria da saúde dos nossos clientes. O empenho em estar na dianteira da inovação é máximo, explorando a tecnologia como um importante aliado na missão de contribuir para uma melhor saúde de todos”, refere Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde.

A digitalização tem sido uma das missões do Grupo Lusíadas Saúde, com o propósito de personalizar e aprimorar cada vez mais a relação com os seus clientes. À assistente digital Lusi junta-se o conjunto alargado de canais de comunicação pelos quais os clientes podem contactar o Grupo, em particular através do Contact Center do Grupo, da app +Lusíadas, das redes sociais e também do WhatsApp e do Facebook Messenger. 

Distinção atribuída pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e Consejo General de Psicología de Espanha
Os psicólogos Isabel Soares e Francisco Medina venceram o Prémio Ibéricos de Psicologia, atribuído pela Ordem dos Psicólogos...

A psicóloga portuguesa Isabel Soares conta com uma longa carreira associada à investigação e construção de projetos para a compreensão e intervenção na infância. Reconhecida nacional e internacionalmente pelas suas publicações e projetos de investigação, é atualmente Presidente da Direção do ProChild CoLAB.

Ao receber o prémio, Isabel Soares destacou o facto de “a importância do prémio amplificar-se ao ser atribuído no Encontro Ibérico centrado na acessibilidade e na inclusão social como direitos fundamentais e como alicerces de uma sociedade mais igualitária, justa e solidária”.

A psicóloga referiu ainda “o privilégio” de ter encontrado, ao longo da carreira, “pessoas verdadeiramente únicas e que a inspiraram: estudantes e colegas da academia, pacientes na atividade clínica e crianças e famílias em situação de vulnerabilidade na atividade de investigação”. Pessoas que disse serem “os protagonistas deste prémio”.

Já o psicólogo espanhol Francisco Medina é professor titular de psicologia social e diretor da Faculdade de Psicologia desde 2015. Dirige, como investigador principal, um projeto da União Europeia sobre mediação em conflitos coletivos. Está ainda a trabalhar na melhoria dos processos que permitem a inserção laboral de pessoas com deficiência e doença mental.

O Prémio Ibérico da Psicologia é destinado a Psicólogos que tenham contribuído no desenvolvimento da Psicologia, em Espanha e Portugal. Inclui um prémio no valor de dois mil e quinhentos euros para cada um dos vencedores.

 

2 e 3 de junho
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) organiza, nos próximos dias 2 e 3 de junho, a segunda edição do...

O “AVC 360º - Integrar e Aplicar” caracteriza-se pelo seu cariz essencialmente prático e multidisciplinar e, uma vez mais, destina-se a todos aqueles que se interessam e se dedicam à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação dos doentes com AVC, com particular destaque para a Medicina Geral e Familiar. “À semelhança da edição anterior, também este ano vamos ter uma reunião muito enriquecedora, com mesas constituídas por especialistas de diferentes áreas como a Neurologia, a Neuroradiologia, a Medicina Interna, a Cardiologia, a Endocrinologia, a Cirurgia Vascular, a Medicina Física e Reabilitação e a Medicina Geral e Familiar”, explica o médico neurologista.

Para além do programa científico abrangente, que toca em todos os aspetos e etapas da doença vascular cerebral, este ano o evento realiza, pela primeira vez, a sessão “Perguntas Fáceis, Respostas Difíceis” que envolve um conjunto de profissionais dedicados ao estudo do AVC e onde todos os participantes podem colocar as suas questões”, avança o especialista, que pertence à Direção da SPAVC. Ainda sobre as novidades que os participantes vão poder encontrar, o médico salienta que “este ano, procuramos alargar os espaços de discussão em cada uma das mesas de forma a estimular ainda mais a partilha de visões e opiniões”.

Depois do sucesso da primeira edição, a SPAVC apresenta, para este ano, um programa igualmente excelente, com foco nas principais novidades nas áreas da hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, doença aterosclerótica e cardioembolismo. Além disso, temas como o risco cardiovascular, a reabilitação e a reintegração dos doentes com AVC e a imagiologia vascular também integram o programa deste ano. “O objetivo é proporcionar uma visão atualizada dessas áreas, destacando avanços recentes, tendências e as melhores práticas”, destaca o coordenador do evento. “Com um programa tão amplo esperam-se trocas de conhecimentos e experiências enriquecedoras que melhorem a abordagem do AVC, bem como os resultados clínicos e a qualidade de vida dos doentes”, acrescenta.

A presença de especialistas de renome de diversas áreas nesta reunião é essencial para promover o debate e facilitar a partilha de experiências entre os participantes. Para o Dr. Alexandre Amaral e Silva, “esta troca de conhecimentos é de extrema importância para ajudar os profissionais de saúde a encontrarem respostas para os desafios diários que enfrentam na gestão dos doentes com AVC. O vasto know how dos oradores convidados contribui para uma abordagem mais abrangente e eficaz da gestão do AVC ao mesmo tempo que enriquece a reunião com informações atualizadas e estratégias inovadoras”.

Tal como na primeira edição, o evento termina com a caminhada “Stroke Sunset”, uma ação de educação para a saúde que percorre as ruas de Peniche com o objetivo de divulgar mensagens importantes relacionadas com a prevenção, com identificação dos sinais de alarme do AVC e promoção de estilos de vida saudáveis. “Esta caminhada, dirigida aos participantes do evento e à população local, visa a sensibilização do público através da distribuição de folhetos informativos enquanto promove a prática de exercício físico com a cidade de Peniche como pano de fundo”, finaliza.

Todas as informações sobre o “AVC 360º - Integrar e Aplicar” e o formulário de inscrições online encontram-se disponíveis em: bit.ly/3Bv8NSL

Campanha “Um cigarro a menos é um dia a mais”
No âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala a 31 de maio, o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) lança a...

O hábito de fumar, seja tabaco tradicional, aquecido ou cigarros eletrónicos, traz inúmeros malefícios para a saúde, tanto a curto como a longo prazo. O tabaco é a maior causa de morte evitável no mundo e, só em Portugal, é responsável por mais de 13.000 mortes por ano. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, o GECP procura consciencializar a população, não só para os riscos do tabagismo, como também para os ganhos para a saúde que advêm da cessação tabágica.

Os benefícios para a saúde de quem deixa de fumar são muitos e começam a ser percebidos imediatamente. Após 20 minutos sem fumar, a pressão arterial e a frequência cardíaca voltam ao normal. Ao fim de 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue caem para metade e os níveis de oxigénio aumentam. Após 48 horas, o paladar e o olfato começam a melhorar.

A longo prazo, os ganhos para a saúde são ainda mais significativos. Deixar de fumar não reduz apenas o risco de cancro do pulmão, como também diminui a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e respiratórias, e o risco de AVC. Ao longo do tempo, a função pulmonar melhora e há diminuição da tosse e falta de ar. Ao fim de 10 anos sem fumar, o risco de desenvolver cancro do pulmão cai para 50%, enquanto que após 20 anos o risco de cancro do pulmão iguala ao de quem nunca fumou. Além disso, a qualidade de vida melhora, as pessoas sentem-se com mais energia e disposição para as atividades diárias.

Para Daniel Coutinho, membro do GECP, “deixar de fumar pode ser um desafio, mas é uma escolha que vale a pena pelo bem-estar pessoal e pela saúde daqueles que estão ao nosso redor”. O tabagismo é uma dependência e, por isso, por vezes pode ser difícil parar. Para ajudar em todo este processo, Daniel Coutinho recomenda fortemente o diálogo entre médico e doente, referindo que, “os profissionais de saúde, estão cientes da dificuldade que é deixar este hábito e estão disponíveis para aconselhar os doentes, seja através da prescrição de medicação para reduzir a vontade de fumar e os sintomas da abstinência, seja através de orientações sobre como mudar comportamentos e o estilo de vida de modo a evitar recaídas”, comenta.

Como em qualquer dependência, quando se deixa de fumar pode-se experienciar a síndrome de privação, causada pela falta da nicotina e que inclui sintomas como grande vontade de fumar, irritabilidade, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, aumento do apetite e insónias. “Embora estes sintomas sejam mais fortes nos primeiros 15 dias, depois vão melhorando, além do que a terapêutica de substituição da nicotina pode ajudar a controlá-los”, explica o pneumologista do C.H. de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Mesmo em situações de um diagnóstico confirmado de cancro do pulmão é recomendável parar imediatamente de fumar. Um doente que abandone este vício tem mais hipóteses do tratamento ser bem sucedido, menos efeitos secundários, quer da cirurgia, quer da quimioterapia e radioterapia, e uma recuperação mais rápida dos tratamentos. Além disso, abandonar o hábito de fumar também diminui o risco de aparecimento de outros cancros relacionados com o tabaco e melhora a qualidade de vida do doente, fazendo com que se sinta menos cansado, com menos tosse, expetoração e falta de ar.

Presidente do Conselho de Administração diz que é um marco importante na gestão
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. (CHUC), é um dos primeiros Hospitais a ver o seu Plano de Atividades e...

“Trata-se de um marco muito importante para a gestão deste Centro Hospitalar, uma vez que permite maior autonomia na contratação dos recursos e na execução do ambicioso Plano Plurianual de Investimentos que integra o documento”, como refere o Presidente do Conselho de Administração, Carlos Santos.

O Presidente do Conselho de Administração dá ainda nota de que “o Plano Plurianual de Investimentos do CHUC para o período de 2023-2025 apresenta um valor de investimento de 137M€, alinhado com o Plano de Desenvolvimento Estratégico e os objetivos definidos pela Tutela. Esta aprovação implica, ainda, uma responsabilidade acrescida em termos de gestão económico-financeira uma vez que no PAO 2023-25 se estabeleceram metas ousadas, quer do lado da receita, quer do lado da despesa”.

Recorda-se que o Despachoi do Ministério da Saúde, publicado a 3 de novembro de 2022, define o processo de operacionalização dos instrumentos previsionais de gestão dos estabelecimentos de saúde, permitindo mais autonomia de gestão aos hospitais com natureza de entidade pública empresarial integrados no Serviço Nacional de Saúde.

 

 

 

Para produção de matéria-prima para medicamentos dele derivados
O Serviço de Medicina Transfusional do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, obteve a aprovação, por parte da Agência...

Desta forma, o HGO passará a aproveitar todo o plasma dos seus dadores para produção de matéria-prima para medicamentos dele derivados, tais como Albumina Humana, Imunoglobulinas e Fatores de Coagulação, contribuindo ativamente para minimizar a escassez desta matéria-prima na Europa.

Para Teresa Machado Luciano, Presidente do Conselho de Administração do HGO, “este reconhecimento só foi possível graças ao profissionalismo, qualidade e envolvimento de todos os profissionais, que garantiram o cumprimento do amplo conjunto de requisitos regulamentares aplicáveis a este tipo de serviços, bem como os relativos à Farmacopeia Europeia. Esta aprovação por parte da EMA é também o concretizar do compromisso assumido por este Conselho de Administração, com a estratégia de Portugal e da Europa, nesta matéria”.

O plasma é uma solução aquosa, que representa cerca de 55% do volume total de sangue no nosso corpo e é constituído por água (cerca de 92%) e proteínas (8%) (Albumina, Imunoglobulinas e Fatores da Coagulação). O plasma ajuda outros componentes do sangue a circular por todo o corpo, intervém no sistema imunitário e ajuda a controlar a perda de sangue excessiva, razão pela qual as doações de plasma são importantes para ajudar no tratamento de distúrbios hemorrágicos, doenças hepáticas e vários tipos de cancro.

A Europa importa anualmente, dos Estados Unidos da América (EUA), cerca de 40% das necessidades de plasma. Devido à pandemia da COVID-19 e à Guerra na Ucrânia, os EUA viram reduzida a sua colheita de plasma em cerca de 10%, diminuindo a sua capacidade de resposta às necessidades europeias em dois terços da sua produção, e encarecendo os preços associados a este derivado.

O Serviço de Medicina Transfusional do HGO está autorizado pela Direção-Geral da Saúde para todas as atividades da cadeia transfusional, desde a colheita, à análise, processamento, disponibilização e distribuição de sangue.

 

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