4ª Corrida D. Estefânia
O Dia da Mãe volta este ano a ser marcado pela Corrida D. Estefânia, um evento organizado por uma plataforma cívica que...

A Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa promove este evento em parceria com a AA1P – Associação Alfa 1 de Portugal, a favor de quem reverterão os fundos angariados. Esta associação tem como objectivo ampliar o conhecimento da sociedade sobre o défice de alfa 1 antitripsina e alertar para a necessidade de alargar o diagnóstico desta doença genética que pode manifestar-se por doença pulmonar, do fígado e, menos frequentemente, da pele.

A 4ª Corrida-Caminhada Festa D. Estefânia – Dia da Mãe tem início às 10 horas no passeio marítimo de Alcântara e conta com um percurso para atletas (10 Km) e uma vertente de marcha solidária (4 Km), com trajecto preparado para participantes em cadeira de rodas.

“Desde 2012 este evento junta anualmente mais de 3.000 pessoas, na sua maioria famílias, membros das associações de doentes e profissionais ligadas à condição da criança. O sucesso alcançado deve-se ao sentimento comum de necessidade de manter um Hospital Pediátrico autónomo em Lisboa, embora próximo e articulado com um hospital geral”, destaca Mário Coelho, pediatra do Hospital D. Estefânia.

Os atletas Rosa Mota e Carlos Lopes são os padrinhos da 4ª Corrida D. Estefânia, enquanto a apresentação será feita pelo actor Carlos Areias. A corrida conta ainda com uma actuação de Constança Sousa e Melo, finalista de um programa televisivo de talentos.

A Corrida D. Estefânia dedica um espaço às associações de doentes e IPSS que apoiam esta causa, onde poderão divulgar as suas actividades junto da população. A pensar nos mais novos estarão a decorrer ateliers de pintura artística e facial, um “Jogo da Glória” e animação da responsabilidade da Operação Nariz Vermelho e do “Hospital de Bonecada”, no qual as crianças assumem o papel de pais, que levam os seus filhos - bonecos, ao hospital, onde são recebidas por estudantes da área da Saúde.

As inscrições podem ser realizadas através dos sites da AA1P e Xistarca.

Estudo
Investigadores do Instituto de Medicina Molecular demonstraram que a utilização de novos estudos de ressonância magnética...

Trata-se de um "avanço significativo para a detecção desta doença crónica com uma prevalência estimada em cerca de 18.000 indivíduos", salienta a informação do Instituto de Medicina Molecular (IMM).

O diagnóstico precoce da doença de Parkinson permite orientar a terapêutica, "selecionando um plano adequado para optimizar os recursos farmacológicos disponíveis e permitindo a definição do prognóstico, com marcadas implicações pessoais e familiares", defende o instituto.

A doença de Parkinson caracteriza-se, na análise anátomo-patológica, por uma perda de coloração da "substântia nigra", uma área do tronco cerebral onde se localizam células responsáveis pela produção de dopamina, muito ricas num pigmento chamado neuromelanina, desempenhando um papel muito importante no controlo da motricidade.

O trabalho da equipa de investigadores do IMM, liderada por Joaquim Ferreira, conclui que a "substantia nigra" pode ser identificada através da realização de uma ressonância magnética.

"Os estudos de ressonância magnética, através da análise da neuromelanina, podem auxiliar o diagnóstico da doença de Parkinson, devendo ser integrados na avaliação clínica dos doentes por neurologistas especialistas na área das doenças do movimento", salienta o IMM.

Os investigadores defendem que estes exames de imagem podem responder a dúvidas relativas ao diagnóstico da doença de Parkinson ou à sua diferenciação relativamente a outras situações clínicas.

Infarmed
O Infarmed revela a avaliação prévia à utilização de medicamento Tarceva para uso humano em meio hospitalar.

O medicamento Tarceva (DCI -Erlotinib) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na seguinte indicação:

Cancro do Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP): Tarceva está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastizado com mutações activadoras do Receptor do Factor de Crescimento Epidérmico (EGFR).

O relatório de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar e o respectivo relatório da Comissão de Farmácia e Terapêutica encontram-se disponíveis na página Relatórios de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar

Realizada em Portugal desde 2002
Dois pequenos eléctrodos, de 1,4 milímetros, colocados a oito centímetros da superfície do crânio, devolvem qualidade de vida a...

A cirurgia de estimulação cerebral profunda, realizada desde 2002 em Portugal, é como alargar um fato que está apertado. Segundo o neurocirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) Manuel Rito, este procedimento pode fazer com que os sintomas dos doentes de Parkinson voltem cinco ou dez anos atrás no tempo, reduzindo também a medicação da qual estão dependentes.

A agência Lusa foi acompanhar a intervenção a uma doente com 63 anos, 12 dos quais de evolução da doença de Parkinson. "Num dia inteiro, apenas durante meia hora" é que não apresenta qualquer discinesia (movimentos involuntários do corpo - efeitos secundários dos medicamentos), utilizando medicação de duas em duas horas, explicou Fradique Moreira, neurologista do CHUC.

Apesar de a doença ser progressiva e não se poder travar o seu curso, a paciente, com esta cirurgia, pode voltar a dosagens de medicação mais baixas e a reduzir os sintomas motores.

O procedimento, com uma duração de cerca de dez horas, consiste na implantação de eléctrodos que, através de um gerador, modelam o funcionamento anormal que "o cérebro está a ter" no ponto onde os estimuladores foram colocados, avançou Manuel Rito.

A cirurgia é normalmente feita a doentes com estádios avançados da doença, mas que tenham uma boa resposta à levodopa, fármaco que substitui o défice de dopamina, um neurotransmissor que deixa de ser fabricado em doentes de Parkinson.

Antes da implantação dos eléctrodos, tem de ser realizada uma TAC e uma ressonância magnética, que permite uma imagem tridimensional do cérebro da doente - uma espécie de "GPS", simplifica Manuel Rito, que possibilita depois estudar o percurso da agulha que leva os eléctrodos até ao local onde vão ser colocados.

Num trabalho de precisão à frente do computador, de tentativa e erro, evitam-se veias e artérias e desenha-se uma "estrada" em linha recta que "seja segura". "Os erros não podem ultrapassar um milímetro", alerta Manuel Rito. Toda a intervenção é feita com minúcia.

Com o percurso definido através do recurso ao digital, há que apontar as coordenadas e ângulo determinados pelo computador e garantir essa mesma posição na cabeça da doente que, apesar permanecer de olhos fechados no momento da intervenção, não está imóvel. A anestesia nesta parte do procedimento é apenas local: tem de haver resposta da paciente para se perceber "a eficácia do tratamento", sublinha o neurocirurgião.

O objectivo é restituir os doentes à vida profissional, mas em Portugal "muitas vezes estes doentes estão num estadio de não actividade", havendo, no entanto, "uma melhoria significativa" nas actividades domésticas diárias, sublinha a neurologista Cristina Januário.

Apesar de o procedimento ser "muito dispendioso" - cerca de 25 mil euros - "ao fim de cinco anos, com a redução de fármacos que têm que tomar e com a redução dos cuidados de saúde adicionais, acaba por ser mais vantajoso economicamente", frisa.

Por ano, são realizadas em Portugal cerca de 65 cirurgias em pessoas com doença de Parkinson, que conta com um Dia Mundial a 11 de Abril, sábado, data de nascimento do médico James Parkinson, o primeiro a descrever a doença que afecta 13 mil pessoas no país.

Estudo
As pessoas baixas enfrentam um maior risco de vir a ter artérias obstruídas, segundo um estudo, que confirmou a relação entre...

O estudo, liderado por investigadores da Universidade de Leicester e publicado no Jornal de Medicina de New England, é o primeiro a demonstrar que o risco é maior devido a uma variedade de genes que influenciam se uma pessoa é alta ou baixa e não factores como pobreza ou má nutrição.

Os investigadores examinaram 180 variações genéticas de uma base de dados de quase 200 mil pessoas com e sem doença cardíaca coronária, causada por acumulação de placas nas artérias e que pode provocar ataque cardíaco.

É a causa mais comum de morte prematura no mundo.

Os investigadores descobriram que cada 6,3 centímetros na altura de uma pessoa afectam o seu risco de doença cardíaca coronária em 13,5%.

Por exemplo, uma pessoa com um 1,50 metros tem mais 32% de probabilidades de desenvolver uma doença cardíaca do que uma pessoa com 1,68 metros, refere o estudo.

Os investigadores esperam que o estudo mais aprofundado dos genes relacionados com a altura e as doenças cardíacas possa levar a uma melhor prevenção e tratamento no futuro.

Campanha “World Baby Shower”
A campanha “World Baby Shower”, lançada em Janeiro pela cantora colombiana Shakira e pelo marido, Gerard Piqué, jogador do...

O valor alcançado serviu para comprar 130 mil vacinas contra a paralisia cerebral e o sarampo e suplementos alimentares suficientes para nutrir 15 mil crianças com necessidades, referiu Shakira, que é também embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Esta é uma extraordinária demonstração de generosidade da parte de Shakira e Piqué, mas também das milhares de pessoas que contribuíram para a campanha” com donativos, afirmou Shanelle Hall, responsável de fornecimentos daquela agência das Nações Unidas.

Referindo-se ao “World Baby Shower”, Shanelle Hall, em tom de brincadeira, disse tratar-se do “melhor disco” de Shakira e do “melhor golo” de Gérard Piqué.

A iniciativa conta ainda com o apoio de 500 mulheres que organizaram o seu próprio “World Baby Shower”, conseguindo desta forma angariar dinheiro “para ajudar ainda mais crianças”.

A segunda edição da campanha, que já conseguiu ultrapassar a primeira em valor de donativos, coincide com o nascimento do segundo filho do casal Shakira/Gerard Piqué.

A cantora e o jorgador inauguraram o “World Baby Shower” há dois anos, quando o seu primeiro filho nasceu.

Estudo prévio aprovado
O estudo prévio do Espaço Social do Enfermeiro, equipamento inédito no país que vai nascer em Paradela, Barcelos, para...

Segundo a fonte, o estudo prévio acaba de ser aprovado pelo Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, pelo que se irá agora avançar com a elaboração do projecto de execução.

O Espaço Social do Enfermeiro será construído por fases e incluirá os módulos residencial, de restauração e de lazer e de ocupação dos tempos livres.

Biblioteca e sala de audiovisuais, auditório com galerias, salas de fisioterapia e reabilitação, salas de formação e de apoio, piscina interior e exterior, pavilhão/parque desportivo, parque de estacionamento, gabinete médico e de enfermagem e serviços comuns (lavandaria, limpeza e arrumação, cozinha, barbearia e cabeleireiro, sanitários) são as valências previstas.

O Espaço Social do Enfermeiro vai ser construído ao abrigo de um protocolo assinado em Dezembro de 2012 entre a Câmara de Barcelos, a Junta de Paradela e a Ordem dos Enfermeiros (OE).

Na ocasião, o bastonário da OE, Germano Couto, apontou para um investimento de cerca de 5 milhões de euros, que será candidatado aos fundos comunitários.

“Ao longo da sua vida profissional, os enfermeiros sofrem imensas sequelas, físicas e psicológicas, e necessitam, quanto estão perto do fim da sua vida laboral ou mesmo na aposentação, de um local onde possam pernoitar ou estar durante o dia”, explicou o bastonário.

De acordo com o protocolo, a freguesia de Paradela doa à OE um terreno com cerca de 40 mil metros quadrados, para a construção do equipamento.

“Trata-se de uma área localizada em pinhal, sossegada, com boa exposição solar e acessos fáceis às vias rápidas e estradas nacionais”, referiu fonte municipal.

A câmara, por sua vez, elabora o projecto de arquitetura, especialidades e licenciamento e isenta o equipamento de taxas de licenciamento e de pagamento de IMI.

À Ordem compete construir o equipamento, ceder o auditório e parque de estacionamento à freguesia, proporcionar um desconto de 50% aos habitantes de Paradela pela utilização de todos os serviços prestados, ceder gratuitamente quatro quartos à freguesia e contratar preferencialmente habitantes de Paradela para trabalhar no Espaço Social do Enfermeiro.

Segundo a Ordem dos Enfermeiros, aquele espaço, numa fase inicial, empregará cerca de duas dezenas de pessoas.

Ordem dos Médicos do Norte
A Ordem dos Médicos do Norte considerou que aumentar o número de utentes por médico de família "compromete a qualidade do...

Em comunicado, o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) critica o projecto do Governo que visa, de acordo com notícia publicada no Jornal de Notícias, dar mais 600 doentes a cada médico, uma medida apresentada como transitória, por três anos, para zonas com maiores carências destes profissionais.

"Embora esta intenção não seja propriamente uma novidade, a verdade é que o reforço da aposta nesta medida é mais um sinal claro e inequívoco do desnorte da política de Saúde do actual ministro. Sobretudo nos últimos meses, e perante as constantes notícias de carências em inúmeras unidades de saúde, o ministro Paulo Macedo tem anunciado medidas em catadupa, procurando dar soluções para os problemas por si próprio criados", lê-se na nota.

Assim, o CRNOM não se mostra favorável a que os médicos de Medicina Geral e Familiar passem a ter listas de 2.500 utentes, em vez dos actuais 1.900, lembrando que há actualmente 1,3 milhões de utentes sem médico de família, um número que representa 13% da população portuguesa, segundo a estrutura liderada por Miguel Guimarães que cita uma publicação da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) com data de Fevereiro.

O CRNOM considera que Paulo Macedo está a desenvolver medidas "avulsas" e vinca que "o número de médicos de família que se encontram em formação e que em poucos anos vão estar no mercado de trabalho é suficiente para servir toda a população".

"O médico de família não pode, nem deve, atender os utentes a olhar para o relógio para assim dar resposta ao maior número de consultas possível. Por mais que o ministro da Saúde queira fazer acreditar que esta é uma boa prática", defende o CRNOM, apontando como necessário um "estudo de impacto" sobre estas medidas.

Para a Ordem dos Médicos do Norte existem "medidas alternativas com impactos bem mais significativos nas reduções das listas de utentes sem médico de família".

Os responsáveis por esta estrutura apontam, por exemplo, a atribuição de incentivos financeiros "verdadeiramente atractivos" para que os médicos já aposentados regressem temporariamente ao Serviço Nacional de Saúde.

A negociação com os sindicatos de pagamento de horas extraordinárias em valores bem diferentes dos actuais, é outra das medidas apontadas pelo CRNOM.

Limite máximo ainda por fixar
O Ministério da Saúde confirmou a intenção de discutir o alargamento da lista de utentes por médico de família, mas sublinhou...

Segundo o Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde apresentou uma proposta que visa dar incentivos aos médicos para passarem de 1.900 para até 2.500 utentes.

Numa resposta, o Ministério refere que o alargamento da lista de utentes, que ainda está em discussão com os sindicatos médicos, será transitório, voluntário, será apenas em zonas carenciadas como para os incentivos à mobilidade e terá a dimensão que os médicos estiverem dispostos a aceitar individualmente “até um limite a definir”.

Acrescenta o Ministério que outra das regras para o alargamento será o pagamento suplementar.

“Com tudo isto os sindicatos concordam, embora a Federação Nacional dos Médicos tenha apresentado uma reserva natural que depende do facto de serem uma federação de sindicatos e não terem tido tempo de consultar todos os ‘federados’”, adianta a resposta do gabinete do ministro Paulo Macedo.

Os sindicatos ficaram de apresentar uma proposta “mais elaborada e com comentários à primeira proposta”, acrescenta o Ministério.

Perguntas frequentes
Conheça a resposta às principais perguntas sobre a rosácea é uma perturbação cutânea crónica sem cau

O que é a rosácea?
A rosácea é uma perturbação cutânea crónica que se caracteriza por afogueamento, rubor e crises inflamatórias semelhantes à acne, verificando-se habitualmente nas maçãs do rosto, queixo, testa e nariz. À medida que a doença progride, a vermelhidão pode tornar-se mais intensa e persistente. Pequenos vasos sanguíneos superficiais dilatados surgem habitualmente nas zonas citadas. Em casos avançados, a rosácea pode conduzir a um espessamento da pele do nariz (rinofima). Enquanto a rosácea é mais comum nas mulheres, o rinofima é muito mais prevalente nos homens. Os casos graves de rosácea podem provocar irritação dos olhos, deixando-os encarnados e lacrimejantes.

Quais são as causas das crises de vermelhidão da rosácea?
Nas pessoas que têm tendência a apresentar rosácea, as crises de vermelhidão podem ser causadas por diversos factores, incluindo a dieta, o consumo de álcool, o ambiente e o grau de actividade. Factores ambientais extremos, incluindo o frio, o vento ou as altas temperaturas e a exposição à luz solar podem provocar vermelhidão. Na verdade, o calor proveniente de uma diversidade de fontes, tais como um duche, uma sauna, uma cozinha quente ou outros ambientes quentes, pode provocar crises de vermelhidão da rosácea.

O que pode provocar rosácea?
A causa exacta da rosácea ainda não é conhecida, embora um aumento do número de demodex folliculorum, ácaros microscópicos que vivem nas glândulas sebáceas, seja aparentemente um factor contributivo. Para além disso, a rosácea parece afectar adultos de pele clara.

A rosácea é contagiosa?
Não, a rosácea não pode transmitir-se de uma pessoa para outra, pelo que não é uma doença contagiosa.

Quem sofre de rosácea?
Embora a doença afecte em igual proporção homens e mulheres, a experiência demonstrou que elas consultam mais o médico porque estão mais preocupadas com o seu aspecto. A doença costuma iniciar-se entre os 30 e os 60 anos. É também conhecida como "a maldição dos celtas" porque as pessoas afectadas costumam ser de cabelo louro e pele branca.

Faz mal à rosácea apanhar sol?
A radiação ultravioleta da luz solar pode desencadear a rosácea. Também o calor do sol pode piorar esta patologia. Procure evitar os banhos de sol e não se esqueça de utilizar protecção solar adequada (de factor 15 ou superior) quando se expuser à luz solar.

Que importância tem o protector solar para quem tem rosácea?
Se tem um problema que faz a sua pele ficar vermelha e irritada, tal como a rosácea, é ainda mais importante protegê-la com protectores solares. Quando a pele já se apresenta inflamada devido a um problema pré existente, torna-se ainda mais sensível à luz solar. O protector solar não deve conter agentes químicos irritantes. Para além disso, as pessoas que sofrem de rosácea devem evitar a exposição solar entre as 10 h da manhã e as 2 h da tarde.

Há alguma dieta para a rosácea?
Foi comprovado que alguns alimentos desencadeiam surtos de rosácea com mais frequência que outros, em concreto os alimentos muito condimentados e as bebidas quentes ou alcoólicas. Procure descobrir que alimentos e bebidas são bons para si e quais não são. Em geral, uma dieta equilibrada melhorará o seu bem-estar geral.

O que se recomenda para impedir/evitar futuras irritações?
A vermelhidão e a pele sensível podem ser provocadas por vários factores intrínsecos e extrínsecos. Intrinsecamente (isto é, geneticamente), as alergias a ingredientes específicos podem provocar reacções. Os factores extrínsecos que provocam sensibilidade cutânea incluem exposição solar, uso excessivo de esfoliantes e reacções a um ingrediente que actua como agente irritante (isto é, quando se utiliza um sabonete demasiado forte, este pode actuar como agente irritante e provocar uma reacção, por exemplo, uma sensação de secura e repuxamento da pele). Os efeitos pós operativos de procedimentos tais como peelings químicos ou tratamentos com laser também podem aumentar a sensibilidade.

Para reduzir a sensibilidade cutânea é necessário evitar a exposição solar, os factores ambientais extremos e produtos com fragrâncias irritantes ou outros agentes irritantes conhecidos. Devem evitar-se os sabonetes demasiado fortes, assim como a água quente. Utilize produtos sem perfume, alergicamente testados, suaves e com ingredientes calmantes.

As bebidas alcoólicas e a comida condimentada podem provocar vasodilatação e exacerbar uma pele já vermelha e irritada. Se consumidos em grandes quantidades, ao longo do tempo, estes produtos podem contribuir para a dilatação dos vasos sanguíneos. Em alguns indivíduos, certos alimentos podem despoletar uma crise de irritação e devem ser evitados. Se for afectado desta maneira, esteja atento aos alimentos que provocam vermelhidão e consuma álcool com moderação.

Posso utilizar maquilhagem?
Sim, mas escolha uma base de maquilhagem ligeira, hidratante e não oleosa nem comedogénica. Limpe primeiro a pele com um produto de limpeza não irritante que não contenha sabão, gordura, nem perfume, enxagúe-a com água morna abundante e seque-a, aplicando sem esfregar uma toalha suave. Seguidamente, aplique o medicamento tópico para a rosácea e deixe-o secar (cerca de 30 minutos) antes de aplicar o creme de protecção solar, o creme hidratante ou a maquilhagem.

Há alguma maquilhagem especial para a rosácea?
Sim, existem bases de maquilhagem e sticks correctores que cobrem a vermelhidão e os vasos dilatados próprios desta doença. Estes produtos são suaves, naturais e resistentes à água e à transpiração. Terá de experimentar entre as cores disponíveis até encontrar a que melhor se adapta ao seu tom de pele.

O que devo fazer para a sensação de ardor ocular?
Em mais de 50 por cento dos doentes a rosácea afecta também os olhos (rosácea ocular). Os sintomas vão desde uma sensação de ardor ou comichão ocular até visão turva, sensação de queimadura, secura, intolerância à luz e olhos lacrimejantes ou vermelhos com sangue. No pior dos casos pode ocorrer perda de visão. O seu dermatologista encaminha-o/a para um oftalmologista para que lhe seja prescrito o tratamento adequado.

Pode ser feita alguma coisa em relação à rinofima?
A rinofima é uma fase avançada da rosácea, mas pode ser tratada através de cirurgia com laser, electrocirurgia ou dermabrasão.

Existem casos em que a rosácea desaparece para sempre após um episódio?
Não, a rosácea é uma doença crónica e recorrente. Num inquérito a 48 doentes anteriormente diagnosticados constatou-se que 52 por cento continuavam a ter rosácea activa 13 anos depois. Os 48 por cento restantes tinham menos sintomas, mas só após uma duração média de 9 anos.

Há alguma cura? Como se trata habitualmente a rosácea?
A rosácea é normalmente uma perturbação crónica. Embora não exista uma cura permanente, a sua gravidade poderá ser atenuada, dependendo da altura do ano, dos hábitos pessoais e do tratamento. Os ingredientes antimicrobianos e anti-inflamatórios tópicos e orais são prevalentes no tratamento da rosácea.

O que se pode fazer para complementar o tratamento da rosácea?
Além do tratamento médico, deverá adaptar os seus hábitos de vida para evitar os factores que possam desencadear a rosácea (como determinados alimentos, cosméticos ou factores ambientais).

Portanto, além dos medicamentos eficazes contra a rosácea há várias coisas que pode fazer para melhorar a sua doença:
- Sempre que limpar a pele com água, utilize apenas água morna; evite a água quente ou fria, pois pode piorar o rubor;
- Aplique suavemente, com a ponta dos dedos, um produto de limpeza líquido ou um especificamente formulado para a rosácea;
- Não esfregue a cara;
- Os cosméticos que contenham álcool, mentol, menta ou óleo de eucalipto podem dilatar os vasos sanguíneos, pelo que devem ser evitados, de um modo semelhante aos produtos oleosos;
- Pode utilizar cosméticos correctores, caracterizados por terem uma tonalidade esverdeada, para neutralizar a vermelhidão facial e os vasos sanguíneos dilatados e melhorar, desse modo, o seu aspecto;
- Evite a exposição prolongada ao sol sem utilizar um creme com um factor de protecção de 15 ou superior contra a radiação ultravioleta B (UVB) e A (UVA).

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Assinalado mundialmente
Estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de Rosácea, uma doença dermatológica que se caracteriza por...

A organização mundial Global Rosacea Coalition, apoiada pela National Rosacea Society, anunciou o primeiro Mês de Sensibilização da Rosácea, que será assinalado mundialmente durante este mês de Abril. Esta iniciativa procura consciencializar para o impacto psicológico da Rosácea no dia-a-dia daqueles que vivem com esta doença, bem como encorajar os indivíduos a melhor reconhecerem os sintomas e a procurarem ajuda médica.

Estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de Rosácea e que praticamente metade destes indivíduos desconheçam que têm esta doença dermatológica. Neste sentido, aumentar o conhecimento sobre a Rosácea e o acesso aos cuidados médicos necessários, são passos essenciais para melhor compreender a doença e encontrar o tratamento mais indicado para cada caso.

A face rosada, um sintoma muito comum das pessoas que sofrem de Rosácea, é caracterizada por uma vermelhidão persistente, acompanhada de uma sensação de desconforto e ardor. Regularmente confundido com acne, eczemas, excesso de exposição ao sol ou alergias, este sintoma é ignorado levando pessoas a pensar que simplesmente coram facilmente ou que têm uma elevada sensibilidade, o que demonstra a importância de consciencializar para esta patologia.

A actriz Cynthia Nixon, porta-voz da Global Rosacea Coalition e cara da campanha “Act On Red – Não vire a cara à Rosácea” da Galderma, empresa farmacêutica que também apoia a iniciativa, refere que “estou muito entusiasmada por apoiar a Global Rosacea Coalition. Com o Mês de Sensibilização da Rosácea, a organização pretende chegar a milhões de pessoas de todo o mundo que podem estar a sofrer em silêncio com esta doença, sem terem o apoio que merecem”. A actriz acrescenta ainda que “a Rosácea afecta não só a pele, mas também a confiança das pessoas e, pela minha experiência pessoal, sei o quão debilitante o seu efeito pode ser”.

“Estamos satisfeitos por fazer parte deste importante esforço para consciencializar e aumentar o conhecimento sobre a Rosácea a nível mundial, melhorando a vida de milhões de pessoas que sofrem desta doença dermatológica comum”, afirma Samuel Huff, director executivo da National Rosacea Society.

As actividades do Mês de Sensibilização da Rosácea vão culminar no primeiro debate mundial no Twitter acerca desta patologia, o ‘Global Rosacea Tweetathon’. Acessível através da hashtag #ChatRosacea, esta discussão terá lugar no próximo dia 27 de Abril, segunda-feira, entre as 9 e as 10 horas. (veja os vários fusos horários no quadro abaixo).

Deste debate farão parte médicos, pessoas que sofrem da patologia e bloggers, que irão discutir temas como o diagnóstico, impacto da doença na vida das pessoas e sintomas recorrentes. Esta discussão global terá início na Europa e Austrália, seguindo-se depois para a América Latina, Estados Unidos e Canadá.

Mais informações sobre o debate mundial de Twitter ‘Global Rosacea Tweetathon’ em http://twubs.com/ChatRosacea.

Curso base e formação avançada
Não será a formação o único aspecto que leva os profissionais de enfermagem ao ponto de ruptura e de

Será necessário logo à partida dividir a formação em duas grandes áreas, o curso base e a formação avançada (não digo pós-graduada para não ser confundida com as populares pós graduações pelos mais simplistas). Assistimos, há bem pouco tempo, à fusão de diversos estabelecimentos de ensino, medida económica de elevada poupança para o ensino público, algo que faz todo o sentido tendo em conta a fase que o país atravessa e atravessou. Mas isso não mudou os conceitos base que minam um ensino que poderia ser de excelência. As escolas e professores preocupados com os seus doutoramentos meramente teóricos, para cumprir rácios, focam os alunos em aspectos por vezes pouco relevantes, no meu entender.

Veja-se a comparação com o curso de Medicina (quer muitos queiram, quer não), são pares nas equipas de saúde e muito bom exemplo nestas áreas. Os professores na área da medicina estão praticamente na totalidade “no activo”, não deixaram a prática há muitos anos. Não se trata apenas de estarem actualizados ou não a nível de conhecimentos teóricos, mas sim, a nível da realidade que se encontra no terreno, trata-se da posição de conforto principesca de quem apenas frequenta a sala de professores da faculdade, trata-se da prática do dia-a-dia.

Noutras profissões os alunos já nas faculdades são simultaneamente professores dos seus colegas mais novos, começa logo aí a ligação/apoio/coesão/união/interacção entre os elementos duma profissão. Não se mostra a altivez da estrutura educativa, tanto a nível dos recursos humanos como das burocracias desajustadas, para “parecer bom ensino”. O difícil nem sempre é o melhor. Não defendo com isto, de forma nenhuma, a aprendizagem não exigente, mas defendo um ensino equilibrado e descontraído, não opressivo, próprio dos cursos evoluídos.

No final do século passado a enfermagem evoluiu muito a nível de ensino, no entanto nas últimas décadas estagnou. As próprias actuais unidades curriculares das escolas (fundamentação de ECTS/disciplinas) são questionáveis, são muito fechadas “na enfermagem”, não preparando os alunos para todo o resto que vão enfrentar quando lutarem no “charco dos tubarões” que são as equipas de saúde ou mercados de trabalho.

Tudo isto leva a que, e entrando já na formação avançada, os alunos, depois jovens profissionais, optem também por pseudo-formações com pouca credenciação. Isso leva à proliferação de estabelecimentos de pós-graduações e cursos (quase exotéricos) de valor duvidoso, sem elementos de referência. Orgulhosamente colocam essas referências nos CV’s não se apercebendo que jogaram dinheiro fora. Esses estabelecimentos, institutos, centros de formação não são mais (na sua maioria) que uns aglomerados de elementos aproveitadores da infelicidade/necessidades dos enfermeiros. Não se vêem este tipo de proliferações nas áreas do direito, da medicina ou da engenharia, tendo estas áreas também bastantes sub-especificações.

Academicamente não têm valor, têm a sua importância quando usados cirurgicamente, específicos para uma muito singular necessidade. Mas fiquem cientes que quando uma empresa ou instituição pública olha para essa certificação não dá qualquer valor, mais que não seja pela sua diminuta carga horária/ECTS.

Ora, se nos cursos base e de E-learning as Faculdades de Enfermagem são quem tem responsabilidades sobre a mediocridade, aqui são os enfermeiros possidónios que não sabem escolher. Estão sedentos da rápida formação para se poderem evidenciar e ultrapassar um outro infeliz numa qualquer seriação (lamentavelmente utilizo a caracterização de infeliz). Uma formação avançada com grau académico, numa instituição de renome é sempre a melhor opção. A excepção a estas afirmações é o curso de especialização em enfermagem (especialidade), neste caso vejo com bons olhos a sua frequência. Muitos dirão neste momento que “não dá para nada”, não me compete a mim enunciar o Diário da República sobre o patamar de especialista para atingir outras posições, ou fazer futurismo duma realidade próxima onde o patamar de enfermeiro especialista vai novamente ter diferenciação monetária na carreira, apenas posso dizer que é indispensável à profissão se não se quiser regredir.

Nesta linha colocam-se questões importantíssimas sobre o número e as áreas dessas mesmas especialidades. Tenho largas reservas sobre o sistema actual, vejo que as especialidades deverão passar por uma aproximação à organização do sistema de saúde português, muito próximas às especialidades médicas onde assenta toda à organização do sistema de saúde. Não vale a pena forçar grandes áreas de especialidade ou afunilar áreas que nunca vão ter ”corpo” ou reconhecimento suficiente no sistema de saúde, seja ele público ou privado.

Tendo em vista a opinião pública, a imagem e a formação, na generalidade, são ainda pontos-chave a rever pela profissão. A investigação tem de ser real e robusta, o ensino tem de ser estrategicamente nivelado por uma visão/ambição internacional, olhando sempre à organização do sistema de saúde português. Existe ainda um largo percurso até a Enfermagem ser olhada como uma das profissões mais influentes do futuro.

 

Rui Cavaleiro, Licenciatura em Enfermagem, Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria, Mestre em Cuidados Paliativos, Doutorando da Faculdade de Medicina de Lisboa em Doenças Metabólicas e do Comportamento Alimentar

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo detecta
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge analisou 36 refeições de 36 escolas de Lisboa e concluiu que os...

A análise foi feita a escolas do 1.º ciclo do ensino básico pelo Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Em 69% dos pratos analisados, o valor energético das refeições estava abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), escreve esta manhã o jornal Público, e 90% das refeições tinham mais de metade da quantidade de sal que as crianças devem ingerir por dia.

O estudo "O valor nutricional de refeições escolares", publicado no Boletim Epidemiológico “Observações”, analisou um total de 36 refeições de 36 escolas de Lisboa. Cada refeição incluía sopa, prato principal, dois acompanhamentos, pão e uma sobremesa.

Os investigadores compararam as refeições com as recomendações internacionais para crianças dos seis aos dez anos e concluíram que também a proteína presente nos pratos em metade dos casos é superior ao recomendado.

Por outro lado, "os teores de gordura total e hidratos de carbono encontram-se abaixo dos valores de referência respectivamente em 50% e 36% das refeições analisadas", cita o referido jornal. No campo dos minerais, 75% das refeições conseguiam contribuir com mais de 50% da dose diária recomendada de zinco e potássio. Forneciam também 13% da dose de cálcio.

Pais vão poder avaliar refeições

Este estudo surge na mesma semana em que o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direcção-Geral da Saúde lançou uma plataforma online para os pais avaliarem a qualidade das ementas servidas nas escolas públicas.

A plataforma está integrada no Sistema de Planeamento e Avaliação das Refeições escolares, que existe desde 2009 e que já permitia que os directores dos estabelecimentos e responsáveis pelas cantinas fizessem essa avaliação.

 

Disposto a ajudar Governo
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, considerou “uma indignidade” o número dos...

O Jornal de Notícias faz manchete com o facto de o governo querer dar mais 600 doentes a cada médico, salientando que será uma medida transitória, a vigorar somente durante três anos, mediante incentivos aos médicos que o aceitem fazer.

“O SIM entende que é uma indignidade o número de utentes sem médico que existem – cerca de 900 mil -, e estamos disponíveis para colaborar para que essas pessoas possam ter o seu médico de família”, explicou o dirigente sindical.

Jorge Roque da Cunha avançou que foi iniciado na terça-feira um processo negocial entre os sindicatos e o Governo, para que os médicos de família possam alargar, durante um período transitório de três anos, o número de utentes que possam seguir.

Segundo o sindicalista, a contraproposta do SIM pretende garantir que exista “um número máximo de utentes que possam ser atendidos de uma forma qualitativamente correcta”.

“Não concordamos com o número proposto”, sublinhou.

Questionado acerca de qual seria o número ideal, Roque da Cunha adiantou que este anda muito próximo dos 1.900 utentes.

“Actualmente, os médicos de família têm 1.550 utentes, número mínimo. Haverá, consoante o regime de trabalho, nas 40 horas por exemplo, alguns médicos com 1.900”, explicou, salientando que a proposta do governo é de que os médicos façam o alargamento de número de utentes de forma voluntaria, frisando que “não são obrigados a aceitar”.

Segundo a noticia do Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde volta à carga com a intenção de alargar de 1.900 para um número até 2.500 as listas de utentes dos médicos de família que trabalham em zonas com grandes carências de profissionais, acenando-lhes com o pagamento de incentivos financeiros à semelhança do que já acontece nas Unidades de Saúde Familiares de Modelo B (USF-B), nas quais os médicos recebem mais dinheiro se aceitarem mais utentes.

Programa de troca de seringas em farmácias
Existem cerca de 25 mil pessoas em Portugal que ainda têm de ser diagnosticadas com VIH, sendo que é estimado que entre 65 mil...

As estimativas vêm da ONUSIDA, o programa das Nações Unidas de monitorização da doença, e foram partilhadas com o jornal Público pelo director do programa nacional para a Infecção VIH/sida, António Diniz, que refere estarem a ser seguidos 31 mil doentes com a doença em Portugal.

António Diniz adianta, no entanto, que o número total pode vir rondar as 35 mil doentes, uma vez que o programa informático de monitorização de doentes se encontra a funcionar em apenas 23 dos 32 hospitais com esta valência. O director lamenta ainda que Portugal se destaque pela negativa no que diz respeito aos diagnósticos, com 59% a serem considerados demasiado tardios.

Foi entretanto retomado o programa de troca de seringas em farmácias depois de uma interrupção de dois anos, em 2012 e 2013, uma paragem que, de acordo com António Diniz, não contribui para o alastramento da doença referindo que “o número de novos casos de VIH em consumidores de droga tem vindo sucessivamente a descer.”

Esta interrupção não afectou as equipas de terreno, que continuaram a trocar kits de seringas com toxicodependentes e em 2013 o programa foi até alargado aos centros de saúde, com as farmácias a retomarem também este ano o programa de prevenção do VIH.

 

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, considerou impossível aumentar o número de utentes por médico de família...

“Hoje, com listas de 1.900 utentes, não é possível o atendimento adequado e correcto de todos os utentes de cada médico de família”, afirmou José Manuel Silva.

O bastonário comentou desta forma a manchete do Jornal de Notícias, segundo a qual o Governo quer dar mais 600 doentes a cada médico, uma medida apresentada como transitória, por três anos, para zonas com maiores carências destes profissionais.

“No futuro, quando houver médicos de família suficientes, o que acontecerá nos próximos anos - porque estão a entrar quase 500 novos jovens para tirar a especialidade de medicina geral e familiar -, nessa altura será necessário até reduzir as listas de médico de família, para que cada médico tenha mais tempo para os seus utentes”, acrescentou.

Para o bastonário, a medida só seria possível aumentando o horário dos médicos de família: “É uma questão de negociação sindical e de retribuição, com o pagamento de horas extraordinárias”. “Seria a única solução para, eventualmente, quem a pudesse aceitar”, sustentou.

De acordo com o JN, o Ministério da Saúde propõe pagar melhor a quem aceitar o acréscimo de pacientes.

“É preciso que tenhamos a consciência de que dentro do horário normal de trabalho é completamente impossível acomodar mais 600 utentes, que iriam degradar a qualidade da prestação de cuidados de saúde nos cuidados primários à população”, argumentou.

Segundo o jornal, o Ministério da Saúde apresentou na terça-feira uma proposta que visa dar incentivos aos médicos para passarem de 1.900 para até 2.500 utentes, mas os sindicatos consideram o número inaceitável.

“Seria pior a emenda do que o soneto, portanto só com horas extraordinárias”, declarou o bastonário.

O diário recorda que ainda há mais de um milhão de pessoas sem médico de família em Portugal e que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse em Março querer chegar ao fim da legislatura com mais 500.000 pessoas com clínico atribuído.

Área da indústria farmacêutica
A Guatemala está analisar uma proposta de Portugal para assinar, em breve, um acordo em matéria de medicina e saúde, anunciaram...

“Podemos ajudar a Guatemala com os medicamentos, porque em Portugal esta indústria encontra-se muito desenvolvida, com muita tecnologia, muita inovação, muito moderna e com uma grande capacidade de internacionalização”, afirmou Luís Campos Ferreira.

O secretário de Estado faz-se acompanhar por uma missão que reúne um conjunto de empresas do sector farmacêutico, da construção e das tecnologias de educação.

Durante a sua intervenção, após a assinatura de um memorando de entendimento com o ministro das Relações Exteriores guatemalteco Carlos Raúl Morales, assegurou que Portugal tem oito empresas com competências “muito fortes” em diferentes áreas que a Guatemala “precisa para se desenvolver”.

“Queremos que as nossas empresas façam parte do crescimento económico, mas também do crescimento social da Guatemala”, frisou, destacando que as relações entre os dois países têm “muita margem de projecção”.

O chefe da diplomacia guatemalteca afirmou, por seu lado, ver “com muito bons olhos” a “muito interessante” iniciativa proposta pelo Governo português, no passado dia 31 de Março, a qual não pôde analisar antes devido à pausa da Semana Santa.

Detalhou que a proposta está a ser analisada pelos diferentes departamentos competentes na matéria e que o objectivo é “criar um protocolo de colaboração”, contemplando a formação, intercâmbio de boas práticas, bem com a oferta de produtos lusos de “boa qualidade” a baixo custo.

Apesar de não ter sido indicada uma data para a assinatura do acordo, Carlos Raúl Morales aventou a possibilidade de poder ser firmado em Maio ou Junho “se tudo correr bem”.

Campos Ferreira visita a Guatemala até sábado, dia em que regressa a Portugal.

Estudo
Um anti-histamínico de venda livre, e barato, pode ser eficaz contra a hepatite C, segundo experiências em ratinhos infectados...

Os resultados divulgados na revista médica Science Translational Medicine sugerem que aquele medicamento, clorciclizina HCI (CCZ), que custa 50 cêntimos por comprimido, pode ser usado para tratar pessoas com hepatite C.

A hepatite C, uma infecção crónica, atinge entre 130 e 150 milhões de pessoas no mundo e entre 350 mil e 500 mil morrem por ano.

A doença pode permanecer muito tempo indetectável e causa uma inflamação do fígado que muitas vezes leva a complicações graves, como cirrose ou cancro.

Existem medicamentos altamente eficazes contra a hepatite C, mas o custo pode chegar aos 84 mil dólares por semana.

“Embora a hepatite C seja uma doença curável, há necessidade de medicamentos eficazes a um custo razoável”, disse Jake Liang, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais, o autor principal do estudo.

“O CCZ é um candidato promissor para tratar desta doença potencialmente fatal”, disse Jake Liang.

A investigação permitiu descobrir que os CCZ bloqueia as fases inicias da infecção, provavelmente por neutralizar a capacidade do vírus de penetrar nas células do fígado enxertadas nos ratinhos utilizados na experiência.

O efeito do medicamento foi semelhante ao dos fármacos utilizados contra a hepatite C, mas sem os efeitos secundários tóxicos.

O próximo passo da experiência passa por testar o CCZ em seres humanos.

Jake Liang alertou as pessoas infectadas com o vírus da hepatite C para não tomarem CCZ, porque ainda está em fase de experimentação e ainda não foi totalmente provada a sua segurança e eficácia.

“O CCZ poderá um dia ser uma alternativa acessível a outros tratamentos mais caros, especialmente nos país pobres, onde a hepatite C esta a aumentar”, sublinhou o responsável pelo estudo.

Em macacos
Duas vacinas experimentais demonstraram proteger os macacos contra a estirpe do vírus responsável pela actual epidemia na...

A administração de uma dose de qualquer das duas vacinas Vesiculovax assegura protecção completa aos macacos Rhesus contra a estirpe Makona da Guiné-Conacri, que causou o actual surto de Ébola sobretudo em três países: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

As vacinas produzem “uma redução notável” da viremia (nível de um vírus presente na corrente sanguínea de um ser vivo) associada ao espectro de acção da vacina, em comparação com uma anterior versão das mesmas, “o que eventualmente poderá traduzir-se numa maior segurança e reduzidos efeitos adversos em seres humanos”, lê-se no estudo.

O surto altamente letal do Zaire Ebolavirus (Zebov) fez quase 10.000 mortos na África Ocidental, e o principal objectivo foi criar uma vacina preventiva que possa garantir uma protecção rápida contra o vírus com uma dose única.

Os espectros de muitas vacinas mostraram potencial para proteger primatas contra o Zebov e algumas passaram nos testes para serem experimentadas em seres humanos.

No entanto, ainda há dúvidas sobre se estas vacinas podem oferecer protecção contra a actual estirpe Makona do Zebov, refere o estudo.

Uma equipa dirigida por Thomas Geisbert desenvolveu e testou duas vacinas experimentais de segunda geração com um vírus do Zebov ainda mais atenuado.

Durante os ensaios, dez macacos, dos quais só oito vacinados, foram infectados com a estirpe Makona, 28 dias depois de terem recebido uma só dose das vacinas.

Nenhum dos macacos que receberam uma das duas vacinas experimentais sucumbiu à doença.

Segundo o estudo, estes resultados “poderão encorajar os esforços” para identificar e fabricar vacinas eficazes e mais seguras para combater tanto o actual foco do Ébola como outros que possam ocorrer em África futuramente.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou que deteve oito pessoas, apreendeu cerca de 400 quilos de carne e 92...

De acordo com um comunicado divulgado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), as acções, a nível nacional, visaram combater os riscos associados ao consumo de carne vinda de estabelecimentos não licenciados e destinada a entrar no circuito comercial para consumo público.

Acrescenta que foram fiscalizados diversos tipos de operadores económicos no país, nomeadamente estabelecimentos de restauração e bebidas, mercados municipais, talhos, entrepostos pecuários e veículos ligados a abate clandestino de animais.

A ASAE indica que, dos 400 quilos de carne apreendidos, 35 eram carcaças de cabrito e ovinos.

Os 92 animais vivos apreendidos eram 37 leitões, 28 ovinos, 16 cabritos, sete porcos e quatro bovinos.

Foi ainda apreendida uma arma para abate de animais de grande porte e 41 cartuchos, outros utensílios utilizados no abate de animais, como facas e cutelos, bem como instrumento de pesagem, alicates, e tesouras.

A autoridade alimentar apreendeu ainda material utilizado para identificação de animais, como carimbos, chips, brincos e alicates.

A ASAE sublinha que este balanço do trimestre foi anunciado no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde 2015, celebrado na terça-feira, dedicado este ano à segurança alimentar.

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