Elton John
O músico britânico Elton John apelou a um boicote à dupla de 'designers' italianos de moda Dolce & Gabbana por...

"A vossa mentalidade arcaica está fora de moda, assim como a vossa roupa", afirmou Elton John na rede social Instagram em resposta a uma entrevista de Domenico Dolce publicada este fim-de-semana na revista italiana Panorama.

Na entrevista, Dolmenico Dolce, que teve um relacionamento com Stefano Gabbana, afirma que cada criança devia nascer com um pai e uma mãe, e por isso opõe-se aos "bebés sintéticos, aos úteros alugados e ao sémen escolhido de um catálogo".

"Como é que se atreve a referir-se aos meus filhos como sintéticos!?", exclamou Elton John, 67 anos, que tem dois filhos com o marido David Furnish, nascidos em barrigas de aluguer.

Elton John lamenta que o 'designer' de moda tenha menosprezado a fertilização 'in vitro', por ser "um milagre" que permite às pessoas, hetero ou homossexuais, "cumprirem o sonho de terem filhos".

ModaLisboa
As nove meninas, oito das quais em tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que ajudaram Filipe Faísca a...

A colecção “Darling” foi aplaudida de pé por muitos, alguns com os olhos molhados e fazendo comentários como “foi forte”.

Uma a uma, a caminhar ao lado de manequins profissionais, as meninas, com idades entre os 6 e os 16 anos, percorreram a longa 'passerelle' do Pátio da Galé com o ar tímido de quem enfrenta pela primeira vez uma plateia com centenas de desconhecidos.

A participação no desfile foi o culminar de uma parceria entre Filipe Faísca e a Fundação Rui Osório de Castro (FROC), instituição sem fins lucrativos que concentra a sua actuação na área informativa e científica do cancro pediátrico.

As meninas passaram dois dias no atelier de Filipe Faísca, que, num primeiro momento, lhes pediu que desenhassem o que para elas é o Amor. O resultado foi transformado em padrão, que o designer de moda aplicou em peças da colecção apresentada, e também em vestidos feitos à medida para cada uma das oito.

Como Filipe Faísca contou em declarações anteriores, para ele “não fazia sentido” associar-se a esta causa contribuindo apenas com um donativo monetário, através de um leilão, ou revertendo uma percentagem das vendas para a FROC.

“Gostava que houvesse mais interligação entre aquilo que a fundação faz e o que eu faço”, referiu, decidindo por isso “envolver as crianças” na criação da colecção.

De acordo com a directora-geral da FROC, Mariana Oliveira, as nove disseram “logo que sim ao desfile”, apesar de confessarem algum nervosismo.

Uma das participantes, Rita, confessou estar “um bocado nervosa”, enquanto Beatriz revelou algum receio por ter de desfilar de canadianas. Já Diana previa que iria ter “muita vergonha”.

“Mas temos de meter a vergonha para o lado”, disse. E foi o que fez, ela e as outras oito.

Além dos 'workshops' com as crianças, Filipe Faísca irá ajudar a FROC com um donativo monetário: 30% do valor de cada peça da colecção “Darling” será doada àquela instituição.

Além disso, a FROC tem uma banca nos Paços do Concelho, em Lisboa, onde estão à venda 't-shirts' e sacos estampados com desenhos feitos nos ‘workshops’.

DGS
Os centros de saúde realizaram uma média de nove testes rápidos ao VIH/Sida por dia no primeiro ano de actividade do programa...

Dos 3.300 testes realizados em todo o território nacional, desde o início de 2014, foram positivos 0,6% e devidamente encaminhados para os cuidados hospitalares.

Esta prática “traduz um ganho indiscutível”, considera a Direcção-Geral da Saúde (DGS), acrescentando que a colaboração com os Cuidados de Saúde Primários permite identificar precocemente infecções e encaminhar o doente o mais rapidamente possível para tratamento, impedindo a transmissão da infecção na comunidade, e, desta forma, diminuir aparecimento de novos casos de doença.

Os testes rápidos para a detecção de anticorpos do VIH (através da análise de uma gota de sangue) podem ser efetuados nos centros de saúde, nos Centros de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH (CAD) e em organizações de base comunitária ao abrigo de projectos financiados pelo Programa Nacional para a Infecção VIH/SIDA.

E os problemas de base dos serviços de saúde?
O primeiro trimestre de 2015 começou particularmente difícil para os profissionais que trabalham nas

Dependendo do quadrante político, institucional ou social, as análises divergiram. Desde a explicação de que foi um quadro anormalmente atípico, causado pela conjugação do número de casos de gripe associados às complicações crónicas dos utentes, o responsável pelo anormal afluxo às urgências, até à ilação da falta de profissionais ou da sua exaustão, vários foram os argumentos debatidos para o caos que se verificou nalgumas instituições.

Reflectindo, a esta distância, sobre as polémicas nas várias urgências, a conclusão é algo paradigmática na forma como os portugueses e a generalidade dos governantes olham para a saúde. Para a população quando algo corre mal normalmente vem associado à falta de médicos, para os governantes a situação é normal nesta altura do ano e “arranjam-se” soluções temporárias para fazer face ao problema. Não tão raramente, ouvimos ainda que é a população que usa mal as opções que tem à disposição, entupindo as urgências com situações que poderiam ser resolvidas no centro de saúde. Raríssimas vezes, os enfermeiros são falados. Ora, tanto para a população, como para os governantes, os enfermeiros não são problema nem fazem parte da solução.

Enfermeiros com mais competências nas urgências, sim. E os problemas de base dos serviços?

Contudo, nos últimos tempos assistiu-se ao discurso de os enfermeiros poderem ser solução, suprindo a falta de outros profissionais, aumentando assim as suas competências. É preciso ter cuidado com esta leitura. Não quer dizer que os enfermeiros não tenham competências para tal, pelo contrário. Mas esta não é a solução para resolver os problemas de base dos serviços de saúde. Para quando a correta alocação de enfermeiros nos serviços? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que lamentavelmente e tão frequentemente podemos constatar nas visitas de acompanhamento do exercício profissional? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que vêem as suas atividades aumentarem, acrescentando mais ao que tanto fazem, sendo frequentemente menos do que deviam ser? É aqui que reside o problema. Apesar da sua comprovada importância, a maior parte da sociedade desconhece aquilo que os enfermeiros fazem e se são ou não suficientes para o que fazem. Isto acontece porque o financiamento em saúde é feito a partir da atividade médica. Quando o financiamento também for efetuado pela atividades dos enfermeiros, aí os enfermeiros farão parte da solução e da caracterização do problema. Então passará a ser visto o que é feito e o que deixa de ser efectuado.

A falta de condições de segurança para as populações que recorrem aos serviços de saúde tem sido uma preocupação constante da Ordem dos Enfermeiros. Temos denunciado publicamente as instituições de saúde que não têm enfermeiros em número suficiente. Por não existir qualquer instrumento que orientasse as instituições de saúde e seus gestores sobre o número de enfermeiros necessários para o seu funcionamento com condições de segurança para os doentes, a Ordem dos Enfermeiros publicou recentemente em Diário da República o Regulamento n.º533/2014 – a Norma para o Cálculo de Dotações Seguras dos Cuidados de Enfermagem, sendo este um instrumento regulador do número de enfermeiros necessários por cada serviço de forma a garantir a segurança dos doentes que a eles recorrem. Este é um importante instrumento, não só para os profissionais, mas também para os cidadãos, que vêem assim salvaguardadas as condições de segurança e qualidade que esperam e a que têm direito em qualquer serviço de saúde.

Manter a cabeça “enterrada” na areia terá os seus efeitos a médio/longo prazo

O que aconteceu nas urgências é de lamentar. Todavia, qualquer que seja a análise, não podemos esquecer-nos de que existem diversos serviços e instituições que não têm eco na comunicação social, que se debatem com profundas dificuldades, associadas a reduzido número de enfermeiros para as necessidades identificadas. São equipas exaustas e a prestar cuidados em contextos que põem em causa a segurança dos doentes, pela insuficiência de materiais para prestar cuidados, pelas instalações degradadas e pouco dignas, que ao invés de proporcionarem um ambiente seguro para doentes e profissionais, constituem-se elas mesmas como um risco acrescido. Esses contextos têm sido denunciados e continuar a manter a cabeça “enterrada” na areia terá os seus efeitos a médio/longo prazo. Não há investimento na promoção da saúde e prevenção da doença, não existe planeamento estratégico em saúde a longo prazo. Mantém-se a gestão da saúde da nossa população com prazos de 4 anos. Uma população saudável é uma população feliz, ativa, trabalhadora, mas esse investimento tem de ser feito desde o nascimento, na comunidade, onde as famílias vivem, onde as crianças estudam, e não apenas quando ficam doentes.

Faltam profissionais de saúde nos cuidados de saúde primários, nas comunidades, nas escolas e sobrecarregar o que falta não será a melhor solução, repor o necessário é o caminho. É urgente e não é só para as urgências.

 

Isabel de Jesus Oliveira, Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Na África do Sul
Uma equipa de médicos sul-africanos anunciou ter realizado o primeiro transplante de pénis bem-sucedido do mundo, três meses...

O doente, de 21 anos, tinha sofrido uma amputação do pénis há três anos, após uma infecção causada por uma circuncisão mal feita numa cerimónia de iniciação tradicional africana.

Numa operação de nove horas, efectuada no Hospital Tygerberg, na Cidade do Cabo, ele recebeu o seu novo pénis de um dador morto a cuja família os médicos agradeceram.

“Provámos que pode ser feito – podemos dar a alguém um órgão tão bom como o que tinha”, disse Frank Graewe, director do serviço de cirurgia plástica reconstrutiva da Universidade Stellenbosch, no sudoeste da África do Sul.

“Foi um privilégio participar no primeiro transplante de pénis bem-sucedido em todo o mundo”, acrescentou.

Os médicos indicaram que o homem, cuja identidade não foi revelada, fez uma recuperação total desde a operação, a 11 de Dezembro, e recuperou todas as funções urinárias e reprodutivas.

“O nosso objectivo era que ele estivesse totalmente funcional ao fim de dois anos e estamos muito surpreendidos com a sua rápida recuperação”, afirmou Andre van der Merwe, director do serviço de urologia de Stellenbosch.

Um transplante semelhante tinha já sido feito, com êxito, em 2006, na China, mas os médicos tiveram de remover o órgão ao fim de duas semanas devido a “um grave problema psicológico do receptor e da sua mulher”.

Todos os anos, muitos adolescentes sofrem amputações de pénis em consequência de circuncisões mal feitas em cerimónias de iniciação.

“Existe na África do Sul uma maior necessidade deste tipo de procedimento do que no resto do mundo”, sublinhou Van der Merwe em comunicado.

Os adolescentes africanos de alguns grupos étnicos passam cerca de um mês isolados no mato ou em regiões montanhosas como parte da sua iniciação à idade adulta. A experiência inclui circuncisão, bem como lições de coragem e disciplina masculinas.

No ano passado, uma comissão concluiu que 486 rapazes tinham morrido nas escolas de iniciação de inverno entre 2008 e 2013, sendo uma das principais causas complicações provocadas por infecções pós-circuncisão.

“Para um jovem de 18 ou 19 anos, a perda do pénis pode ser profundamente traumática e ele não tem necessariamente a capacidade psicológica para processar isso, havendo mesmo casos de suicídio”, observou Van der Merwe.

O médico descreveu o dador anónimo e a sua família como “os heróis” desta história.

“Eles salvaram as vidas de muitas pessoas, porque doaram o coração, os pulmões, os rins, o fígado, a pele, as córneas e o pénis”, frisou.

A equipa sul-africana é composta por três médicos experientes, coordenadores de transplantes, anestesistas, enfermeiros, um psicólogo e um especialista em ética.

Os cirurgiões da Universidade de Stellenbosch e do Hospital Tygerberg tinham procurado intensivamente um dador compatível como parte de um estudo piloto para desenvolver os transplantes de pénis em África.

Algumas técnicas foram desenvolvidas a partir do primeiro transplante facial, em França, em 2005.

A equipa tenciona, agora, realizar mais nove operações semelhantes.

A África do Sul é, há muito, pioneira nas cirurgias de transplante: em 1967, Chris Barnard realizou o primeiro transplante de coração no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo.

O cidadão chinês que rejeitou o seu novo pénis em 2006 recebeu o órgão transplantado quando os pais de um homem em morte cerebral aceitaram doá-lo.

Ordem dos Nutricionistas
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar anunciou que cerca de metade dos alimentos consumidos na Europa contêm vestígios...

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar anunciou na passada quinta-feira, 12 de Março, que cerca de metade dos alimentos consumidos na Europa contêm vestígios de pesticidas, embora a maioria, dos pesquisados, se apresente dentro dos limites legais e, provavelmente, sem efeitos na saúde. A Ordem dos Nutricionistas aponta diversas preocupações relativamente à divulgação dos resultados deste estudo e apresenta dúvidas quanto à afirmação de que os pesticidas poderão não apresentar efeitos nocivos na saúde dos indivíduos.

“Os alimentos possuem uma composição complexa de macro e micronutrientes, mas também podem ser uma fonte de compostos com potencial tóxico e, de facto, é difícil assegurar a ausência de toxicidade para concentrações inferiores às consideradas como desprovidas de efeitos nocivos”, esclarece Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, acrescentando que “naturalmente que uma ingestão sistemática deste tipo de contaminantes acabará por levar efeitos maiores na saúde dos cidadãos”.

Muitos dos pesticidas possuem potencial tóxico e podem se apresentar como alteradores endócrinos que interferem substancialmente na actuação hormonal, seja ao nível da síntese, da degradação, da excreção ou da inibição das vias de sinalização celular. Desta forma a exposição crónica e o facto de se acumularem no organismo poderão levar ao posterior aparecimento de doenças crónicas tais como a diabetes, a obesidade, o cancro, as doenças neurodegenerativas ou as doenças cardiovasculares, por exemplo.

Não é possível tecer recomendações precisas sobre consumos ideias tendo em consideração o nível de contaminação, fundamentada por uma escassez de investigação neste âmbito. No entanto, a Ordem dos Nutricionistas salienta que uma alimentação variada e sustentável e a escolha de alimentos mais saudáveis nas refeições, como o peixe proveniente do mar, em detrimento dos elevados consumos de carne, poderão constituir boas práticas.

A agricultura biológica como base das boas práticas alimentares poderá ser também uma das soluções mais eficazes na garantia da redução da ingestão de alimentos possivelmente contaminados.

“Estes números são preocupantes e é de lamentar que não seja efectuado um controlo mais restrito a estes e a muitos outros contaminantes químicos”, refere Alexandra Bento, referindo ainda que a Ordem dos Nutricionistas tem procurando sensibilizar os organismos responsáveis pelas políticas alimentares.

A Ordem dos Nutricionistas acrescenta que, além das preocupações no âmbito dos contaminantes do próprio alimento, não devem ser negligenciados os cuidados a ter também durante a confecção, por exemplo, dando primazia aos “pratos de panela”, tais como os ensopados ou as caldeiradas, numa tentativa de reduzir a possibilidade de criação de compostos potencialmente tóxicos, suscetíveis aquando da preparação em temperaturas elevadas. Mais ainda alerta para suscetibilidade de contaminação em embalagens, sobretudo quando as mesmas são utilizadas por tempo prolongado, por exemplo.

“As autoridades responsáveis têm um papel central no que toca à salvaguarda da qualidade dos alimentos que chegam aos consumidores, pelo que devem reforçar as suas políticas de investigação e de segurança no sentido de fazer reduzir significativamente os valores resultantes deste estudo”, diz a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Estudo
Três em cada 10 profissionais de saúde que trabalham em unidades de cuidados intensivos e paliativos encontram-se em exaustão...

Segundo o estudo, que vai ser apresentado na próxima semana nas Jornadas de Investigação em Cuidados Paliativos, a esmagadora maioria dos profissionais que se encontravam em ‘burnout’ – exaustão – exerciam funções em unidades de cuidados intensivos.

Foram analisados profissionais de nove unidades de cuidados paliativos e de 10 unidades de cuidados intensivos e conclui-se que cerca de 30% estavam em exaustão. Do total dos que estavam em ‘burnout’, 86% exerciam funções em cuidados intensivos.

De acordo com um resumo do estudo, acresce ainda que os níveis de ‘burnout’ em cuidados intensivos eram quase três vezes superiores aos que foram encontrados em cuidados paliativos.

Os autores consideram que este indicador mostra a necessidade de incorporar a filosofia, princípios e metodologias de trabalho dos cuidados paliativos noutros contextos, como o caso dos cuidados intensivos.

É ainda considerado importante que os profissionais com funções nestes cenários de elevada complexidade tenham formação avançada nos domínios nos quais trabalham.

Aliás, segundo o estudo, os profissionais com formação pós-graduada em cuidados intensivos/paliativos exibiam menores níveis de ‘burnout’.

Pelo outro lado, a existência de conflitos no local de trabalho mostrou-se a variável mais significativamente associada à presença de ‘burnout’.

Os autores e investigadores lembram que as consequências desta exaustão dos profissionais afectam não só os trabalhadores, mas também têm impacto directo nos doentes e famílias, havendo um aumento do risco de erros por parte dos profissionais de saúde.

É ainda salientado que o agravamento da crise económica e financeira faz agravar o confronto dos profissionais de saúde com situações de elevado stress, desgaste físico, pressão temporal, sobrecarga de trabalho ou percepções de injustiça.

O estudo foi liderado pela enfermeira Sandra Martins Pereira, investigadora integrada do gabinete de investigação e bioética da Universidade Católica Portuguesa, em conjunto com mais três investigadores.

Cientistas japoneses
Investigadores japoneses identificaram dois genes que poderão estar por detrás de um problema pouco comum que transforma...

Uma equipa de cientistas de um centro de investigação da Universidade de Quioto fez a descoberta durante os testes com células pluripotentes induzidas (iPS), as quais são capazes de se converterem em qualquer tipo de tecido corporal.

O grupo criou iPs a partir de células da pele de um paciente que sofre de um problema genético pouco comum denominado de fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP).

Quando recriaram a desordem transformando as células iPS em células cartilaginosas, que são a base dos ossos, observaram que as iPS tinham uma tendência maior para se converterem em cartilagem do que as de uma pessoa sã.

Os investigadores realizaram estudos mais detalhados e descobriram dois genes que funcionavam activamente nas células.

Ao reduzir as funções destes genes, os cientistas comprovaram que a percentagem de células se transformaram em cartilagem diminuiu para menos de metade.

Os investigadores suspeitam, por isso, que os dois genes sejam os responsáveis pela FOP.

A equipa, liderada pelo professor Junya Toguchida, espera que a descoberta sirva para abrir caminho ao desenvolvimento de uma cura para esta patologia que, segundo o centro europeu Orphanet, afecta uma pessoa em cada dois milhões em todo o mundo.

Especialista faz estimativa
A apneia do sono, distúrbio que se caracteriza por pausas respiratórias durante o sono, pode afectar em Portugal mais de 10%...

A doença, que afecta mais os homens, mas que passa a afectar com a mesma incidência as mulheres a partir da menopausa, pode aumentar o risco de enfartes, arritmias ou Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), entre outros, explicou o pneumologista José Romero, do Centro Hospitalar do Algarve (CHA).

Hoje, o Algarve assinala o Dia Mundial do Sono com a iniciativa “Corra/Caminhe pelo Sono”, que pretende sensibilizar para esta doença crónica, que pode ter grande impacto na qualidade de vida dos doentes, causando sonolência diurna que afecta as relações pessoais, laborais e sociais.

De acordo com aquele especialista, mais de 80% das pessoas afectadas pelo distúrbio sofrem de obesidade, sendo igualmente factores de risco o facto de fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso.

Os sintomas nocturnos são, normalmente, ressonar forte, transpiração excessiva, movimentos durante a noite e despertares súbitos com sensação de sufocação ou engasgamento, o que é muitas vezes desvalorizado pelas pessoas.

As pausas respiratórias durante o sono, com duração superior a 10 segundos e que se podem repetir mais de cinco vezes por hora, originam diminuição do oxigénio e também o aumento do dióxido de carbono no sangue.

"Normalmente, o organismo tem mecanismos para que a pessoa acorde, mas há apneias que chegam a durar um minuto", explicou José Romero, lamentando que haja "muito descuido" por parte da população em geral para os problemas do sono.

A iniciativa, que decorre às 20:30 na aldeia de Querença, no concelho de Loulé, conta já com mais de 200 inscrições.

É promovida pelo Centro Hospitalar Algarve (CHA) em conjunto com a Linde Saúde e o grupo “Corridas à 6ª Feira”.

Organização Mundial de Saúde
A epidemia de Ébola na África Ocidental ultrapassou a fasquia de 10 mil mortos, divulgou a Organização Mundial de Saúde,...

Os três países mais afectados pelo vírus do Ébola – Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria - contabilizaram 10.004 mortes em 24.350 casos registados, desde que a epidemia surgiu na África Ocidental, no sul da Guiné-Conacri, em Dezembro de 2013, indicou a agência das Nações Unidas.

Foram também registadas seis vítimas mortais no Mali, uma nos Estados Unidos e oito na Nigéria. Todos estes países foram declarados livres do vírus.

Um estudo publicado na revista especializada norte-americana Science alertou que a epidemia de Ébola poderá potenciar os casos de sarampo e de mortalidade infantil na África Ocidental.

Segundo peritos, os hospitais da região foram sobrecarregados com o combate ao Ébola e não conseguiram cumprir calendários e procedimentos de vacinação.

O estudo alertou que podem ocorrer cerca de 100 mil novos casos de sarampo, a par dos 127 mil casos já previstos entre crianças que não foram vacinadas contra o sarampo na Guiné-Conacri, Serra Leoa e na Libéria.

“Os efeitos secundários do Ébola nas taxas de infecção de sarampo e de outras doenças infantis podem também ser devastadores ao nível de perdas de vidas humanas”, afirmou Justin Lessler, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo.

Sociedade Portuguesa de Saúde Mental
A presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Mental considera que a desinstitucionalização dos doentes psiquiátricos falhou,...

A responsável da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), Luísa Figueira, falava a propósito de uma reunião a ter lugar hoje, sob o tema a Saúde Mental em Questão, para debater o futuro da gestão da saúde mental em Portugal.

O ponto de partida para esta discussão será um relatório promovido pela SPPSM e pela associação Encontrar-se, que conclui que houve desigualdade no tratamento de pessoas com doença mental e “graves lacunas” no processo de desinstitucionalização psiquiátrica.

Para Luísa Figueira, “ficou claro” com este estudo que os doentes não foram "desinstitucionalizados" mas "transinstitucionalizados", isto é, transitaram dos Hospitais para outras instituições, maioritariamente do sector social.

“Algumas com poucas condições para os receber, outras sobrelotadas. Não foram criadas instituições específicas de prestação de cuidados de saúde mental ou estruturas comunitárias alternativas aos Hospitais encerrados”, alerta.

Segundo o estudo em causa, a premissa que devia orientar um processo de desinstitucionalização, que é melhorar a qualidade e as condições de vida das pessoas, “não foi acautelada” e as pessoas não foram tratadas de igual forma, como demonstra o facto de 24 doentes do Hospital Miguel Bombarda, que encerrou em 2011, terem sido transferidos para uma “vivenda de luxo” – a Casa do Restelo -, enquanto outros utentes foram colocados em lares de terceira idade que vieram a ser encerrados por falta de condições mínimas de habitabilidade, ou levados para o Centro Social do Pisão (Sintra).

Este tipo de situação decorre da dificuldade que tem havido em pôr em prática aspectos fundamentais do Plano de Saúde Mental, como a criação de estruturas adequadas para estes doentes, uma das principais preocupações da SPPSM.

“Não foram devidamente implementadas nem as estruturas comunitárias e integradas (equipas multidisciplinares) que melhoram a acessibilidade dos doentes aos cuidados psiquiátricos e psicológicos, nem as estruturas para os cuidados continuados dos doentes mentais mais graves”, alerta Luísa Figueira.

Quanto às razões que justificam tais falhas, a responsável aponta em primeiro lugar o “défice de financiamento”, já que os cuidados integrados e os cuidados continuados são dispendiosos em termos de gestão de recursos humanos.

Além disso, existe no país uma “má distribuição geográfica dos cuidados clínicos e sociais, muitas vezes feitos a uma distância do local de residência perfeitamente contrária às boas práticas clinicas nesta área”.

Para tentar inverter esta situação, a SPPSM sugere que o Plano de Saúde Mental seja revisto à luz dos conhecimentos actuais da Psiquiatria e Saúde Mental e que o próprio sistema de financiamento seja reanalisado.

Greve de 6ª feira
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou que um tribunal decidiu, de forma unilateral, alterar os serviços mínimos para...

“Inexplicavelmente, ao final de 20 anos de serviços mínimos negociados entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os sucessivos governos, um juiz presidente do Tribunal Arbitral decidiu, unilateralmente, alterar os serviços mínimos e o número de enfermeiros para os assegurar, nas instituições de saúde”, refere o sindicato em comunicado.

Em declarações, a dirigente sindical Guadalupe Simões salientou que nem as instituições de saúde nem o Ministério contestaram os serviços mínimos e o número de enfermeiros que os assegura.

A “decisão unilateral” do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social determina que têm de cumprir os serviços mínimos, em cada turno, o mesmo número de enfermeiros que esteve de serviço no domingo anterior à greve.

Segundo Guadalupe Simões, este número é bastante superior ao que vigora há 20 anos nos serviços mínimos cumpridos nas várias greves dos enfermeiros.

“Sendo público e notório que, nas greves dos enfermeiros, os actuais serviços mínimos e número de enfermeiros para os assegurar garantem, há mais de 20 anos, a satisfação das necessidades sociais impreteríveis, esta decisão só é compreensível como tendo o objectivo de boicotar a greve dos enfermeiros”, comenta o sindicato.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vai juntar-se na sexta-feira à greve da função pública e, na área da saúde, também a Federação Nacional dos Médicos já apelou aos clínicos para aderirem à paralisação.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública convocou uma greve nacional para a sexta-feira que tem como principais objectivos a defesa do emprego, dos horários de trabalho e dos salários.

Ordem dos Enfermeiros
A Ordem dos Enfermeiros contesta e exige a rectificação da norma da triagem de Manchester, considerando que não dá autonomia a...

A Ordem dos Enfermeiros (OE) contesta o facto de não terem sido incluídos nem mencionados, na norma publicada no passado dia 6 de Março, os contributos enviados “dentro do prazo” pelos enfermeiros a pedido da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“Ao não cumprir o compromisso assumido com a OE, a DGS desrespeitou, uma vez mais, a Enfermagem, os enfermeiros e, consequentemente os cidadãos”, considera a OE, afirmando que a referida norma “padece de vícios de forma e conteúdo”.

Segundo a Ordem, a norma colide com o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros e com o seu Código Deontológico ao não incluir a hierarquia/autonomia técnica da profissão no que respeita à autorização e validação de novos protocolos/algoritmos ou fluxos de encaminhamento a serem criados na sequência da triagem de Manchester.

A norma em causa refere que os directores do serviço de urgência têm de elaborar um algoritmo para ser seguido no atendimento dos doentes, após o seu atendimento segundo a triagem de Manchester, que é realizado por enfermeiros.

Na opinião da OE, sendo esta uma actividade realizada por enfermeiros, a responsabilidade de “criar e actualizar o regulamento de encaminhamento interno dos doentes” deve ser partilhada entre o Enfermeiro Chefe do Serviço de Urgência (SU) e o Director do SU.

Assim, “a norma não vincula os enfermeiros, uma vez que não existe, legalmente, nenhum poder técnico e funcional do Director de Serviço/Director Clínico em relação aos enfermeiros dos SU”, considera.

A OE sublinha que os fluxos de encaminhamento e os protocolos de cada instituição só serão válidos e vinculativos após consentimento conjunto do Enfermeiro Chefe e do Director do SU.

“Isto mesmo foi expresso pela OE aquando da sua pronúncia sobre a proposta de Despacho que veio a ser publicado no dia 2 de Fevereiro de 2015”, sublinha a OE, acrescentando que já alertou o Ministro da Saúde e espera a rectificação imediata da situação.

Best Medical Opinion comemora 5º aniversário
A Best Medical Opinion teve, em 5 anos de vida, mais de 500 pedidos de opiniões médicas. Desde a fundação, em 2010, a empresa...

No biénio 2012-2014 o crescimento da actividade da BMOp foi de 47%. Demonstrando um espírito empreendedor, a BMOp surgiu no início do período de crise económico-financeira em que Portugal tem estado mergulhado. O director Pedro Meira e Cruz considera que, “em clima de total contra-ciclo, a Best Medical Opinion não só vingou como tem sido reconhecida a importância da nossa actividade. Tanto o Cidadão como o meio legal e da saúde reconhecem que o espaço estava por preencher e que todos acabam por ganhar com os nossos serviços”.

A explicar este sucesso está a premissa base de isenção e equidistância, sempre presente em cada avaliação e resultante da total inexistência de conflito de interesses. “Já nos chegaram vários relatos, de Clientes e de Advogados, de situações ‘complicadas’. Garantia nossa: a Best Medical Opinion não compactua com actos pouco transparentes”, assegura o responsável. Esta visão empresarial permitiu que, ao longo destes 60 meses, a Best Medical Opinion tenha conquistado a confiança e a credibilidade, junto do público e de diversas entidades, factores indispensáveis à resolução de conflitos.

Directamente ligada à confiança está também a fundamentação técnica em cada processo da BMOp. “A novidade que trouxemos à sociedade portuguesa é a criação de uma estrutura privada independente e multidisciplinar com serviços personalizados e diferenciados de opiniões médicas de carácter clínico e de âmbito pericial, a nível nacional”, sustenta Pedro Meira e Cruz.

O facto de muitos dos colaboradores da BMOp (Médicos, Enfermeiros e Psicólogos), serem formados em instituições públicas acreditadas, como por exemplo o Instituto de Medicina Legal, confere idoneidade adicional às actividades da empresa. Esta realidade permite que o Cidadão se sinta melhor esclarecido e em pé de igualdade perante situações de divergência de opinião e/ou conflito com entidades terceiras, tais como seguradoras ou Prestadores de cuidados de saúde.

“Muitos Cidadãos queixam-se de que no SNS e no sector privado são frequentemente tomadas decisões clínicas baseadas numa lógica economicista e não puramente médica. Connosco, os critérios de análise e avaliação são exclusivamente clínicos, nos âmbitos quer da Medicina, quer da Psicologia. A Best Medical Opinion não faz ‘jeitinhos’ a ninguém”, assegura Pedro Meira e Cruz.

Neste 5º aniversário, a Best Medical Opinion avança com uma política de responsabilidade social. A partir de Março de 2015, quem comprovadamente auferir remuneração igual ou inferior ao salário mínimo nacional e/ou beneficie de apoio judiciário pode usufruir de condições de acesso vantajosas a alguns serviços da empresa. Os valores de alguns processos são, nestes casos, inferiores aos praticados pelo Estado. É o contributo da BMOp, no serviço aos Cidadãos e à Justiça, na saúde e na doença.

Implementada em 2010, a Best Medical Opinion é, em Portugal, a primeira instituição privada a disponibilizar Pareceres Médicos emitidos, exclusivamente, com base na documentação clínica fornecida com o objectivo de ajudar a esclarecer dúvidas sobre a saúde individual. Assumindo independência total, a Best Medical Opinion presta, actualmente, diversos serviços valorizados pela população em geral. Entre eles, sobressaem os pareceres médicos, as actividades periciais médicas e psicológicas e as traduções médicas.

Disparidade nas taxas apresentadas pelo vencedor
Um centro de reprodução privado que se candidatou a tratar casais inférteis encaminhados pelo Hospital de Santa Maria...

Desde 2009 que os hospitais públicos podem encaminhar casais inférteis para centros privados, sempre que estes estejam em lista de espera para o tratamento há mais de um ano.

Conforme explicou o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), a que pertence o Hospital de Santa Maria, este encaminhamento dos casais sempre foi feito para várias clínicas e apenas quando os utentes aceitam esta opção.

Segundo Carlos Martins, o CHLN decidiu abrir um procedimento concursal com vista a eleger uma clínica que apresentasse as melhores condições para estes casais e também para a instituição, tendo em conta que “o maior determinante era o preço”.

Outra condição obrigatória era a apresentação das taxas de sucesso dos tratamentos nesses centros.

Concorreram várias clínicas e o concurso foi ganho pelo Centro de Medicina de Reprodução do British Hospital, do grupo Galilei Saúde.

De acordo com Carlos Martins, o CHLN solicitou ao CNPMA as taxas de sucesso dos concorrentes e detectou que as percentagens apresentadas pelo vencedor não coincidiam com as que constam no regulador.

“Infelizmente, o vencedor apresentava valores que não eram os correctos”, disse.

Por esta razão, o concurso não avançou, tendo a instituição optado por manter o procedimento em vigor desde 2009, através do qual os casais que se encontram à espera do tratamento há mais de um ano podem fazê-lo, se assim quiserem, num dos vários centros privados com que a instituição tem acordo.

Os casais que prefiram realizar o tratamento no Hospital Santa Maria podem continuar a aguardar. Os que optem por um tratamento no privado, e não forem bem-sucedidos, poderão depois realizar mais dois no hospital, como disse o director do serviço de infertilidade do CHLN, Calhaz Jorge.

Em resposta às questões colocadas, por email, o presidente do conselho de administração da Galilei Saúde, a que pertence o British Hospital, Joaquim Esperancinha, confirmou a participação daquele centro no concurso.

De acordo com este dirigente, o hospital ainda não foi notificado do resultado do concurso, desconhecendo por isso que tinha vencido o procedimento concursal.

Questionado sobre as diferenças encontradas pelo CHLN entre as taxas de sucesso enviadas pelo Centro e as que constam no CNPMA, Joaquim Esperancinha explicou que, “de acordo com os requisitos do concurso, foi apresentada a taxa de gravidez por ciclo em mulheres com menos de 40 anos”.

“Ao CNPMA são enviados, todos os anos, os dados de ciclos realizados, inclusive, em mulheres acima dos 40 anos”, adiantou.

Acima dos 40 anos diminui a probabilidade de sucesso destes tratamentos, o que terá contribuído para que no CNPMA existam taxas de sucesso inferiores às enviadas pelo hospital ao CHLN.

De acordo com Joaquim Esperancinha, o hospital ainda não foi notificado pelo CHLN de que o concurso ficou sem efeito.

O presidente do CNPMA, Eurico Reis, confirmou que o CHLN solicitou as taxas de sucesso dos centros que concorreram ao concurso.

Segundo Calhaz Jorge, a maior parte dos doentes seguidos no serviço de infertilidade do Hospital Santa Maria prefere esperar pelo tratamento do que realizá-lo nos centros privados, ainda que custeados pelo CHLN.

Em 2013, as taxas de sucesso neste serviço do CHLN situavam-se nos 45%, por ciclo, na Fertilização In Vitro (FIV), e nos 38%, por ciclo, na microinjecção intracitoplasmática (ICSI).

Neste hospital nasceu, há 29 anos, o primeiro bebé resultado de uma FIV.

Autoridade Europeia de Segurança Alimentar
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar anunciou que quase metade dos alimentos consumidos na Europa apresentam resíduos...

Com base em análises realizadas em 2013 para controlar a presença de 685 pesticidas em 81 mil amostras de frutos e legumes, alimentos transformados e vinhos, a EFSA (sigla em inglês) concluiu que 45% da alimentação europeia continham resíduos de pesticidas.

Apenas 1,5% das amostras "ultrapassavam claramente os limites legais", afirmou a EFSA.

Em produtos oriundos de países terceiros, o valor sobe para 5,7%, enquanto nos alimentos provenientes de Estados-membros da UE ronda 1,4%.

A parte dos produtos que ultrapassam os limites legais relativamente à presença de pesticidas recuou em relação à última avaliação realizada pela EFSA em 2010.

Para a agência, é "improvável que a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos tenha efeito, a longo prazo, sobre a saúde dos consumidores".

A curto prazo, o risco para os cidadãos europeus de serem expostos a concentrações nocivas de resíduos através da alimentação também é considerado "fraco", indicou a EFSA.

A organização não-governamental PAN (Rede Pesticidas Acção Europa) declarou, em comunicado, que "esta afirmação [da EFSA] é claramente errada e não-científica".

A ONG critica a EFSA por a agência não recorrer "a métodos fiáveis para avaliar a toxicidade" dos pesticidas, em particular os efeitos de exposição acumulada e duradoura a estas substâncias.

A PAN denunciou ainda que a EFSA trabalha com limites legais demasiado elevados.

A Associação de Protecção das Colheitas (ECPA), que representa a indústria dos pesticidas, congratulou-se com o resultado apresentado no relatório, uma confirmação de que "a alimentação na Europa é segura" e "testemunha os esforços desenvolvidos pelos agricultores e pela indústria" neste sentido.

Resíduos de vários pesticidas foram encontrados em 27,3% das amostras do estudo, em que não são poupados os produtos biológicos, com 15% das amostras analisadas a registarem a presença de resíduos, e 0,8% acima dos limites legais em vigor, de acordo com a EFSA.

Os morangos, os pêssegos, maçãs e alfaces são os alimentos com mais resíduos. Os morangos e as alfaces lideram também na violação dos limites legais com, respectivamente, 2,5% e 2,3% das amostras testadas.

OMS
A batalha contra a hepatite B, que mata 650.000 pessoas por ano no mundo, pode ser ganha dentro de 10 a 20 anos, afirmou hoje a...

“Serão precisos 10 a 20 anos para que possamos esperar eliminar a hepatite B”, declarou o médico Gottfried Hirnschall, director do departamento VIH/SIDA na Organização Mundial de Saúde (OMS), na divulgação das primeiras orientações sobre o tratamento da doença.

Cerca de 240 milhões de pessoas têm hepatite B, uma infecção viral que se transmite através do sangue e de outros líquidos biológicos e que expõe os doentes a um significativo risco de morte por cirrose ou cancro do fígado.

A hepatite B afecta sobretudo as pessoas dos países de rendimentos baixos e médios, nomeadamente na África Ocidental (prevalência de mais de 8%) e na Ásia Oriental (prevalência entre 5 a 8%), onde é transmitida geralmente à nascença.

Nos países mais ricos (prevalência inferior a 2%), a transmissão sexual e a utilização de agulhas contaminadas são os principais meios de contaminação.

Existe uma vacina contra a doença considerada muito eficaz e vários tratamentos para evitar que os que têm o vírus desenvolvam uma cirrose ou cancro do fígado. Ainda assim, 650.000 pessoas morrem anualmente de hepatite B.

Muitos dos infectados não sabem que têm o vírus devido à ausência de sintomas, explicou o chefe do programa mundial contra a hepatite da OMS, Stefan Wiktor, referindo ainda o número insuficiente de laboratórios capazes de fazerem os testes de rastreio ou as dificuldades de acesso aos tratamentos.

“Dispomos dos instrumentos (…) Só precisamos de agir”, disse.

A OMS recomenda a utilização de dois medicamentos para o tratamento da doença, seguros e muito eficazes, o tenofovir e o entecavir, já disponíveis em numerosos países sob a forma de genéricos.

Recomenda igualmente um controlo regular dos pacientes para avaliar se o tratamento funciona e para o rastreio precoce do cancro do fígado.

A agência da ONU sublinha ainda a importância da prevenção, recomendando a vacinação de todas as crianças contra a hepatite B, com a tomada da primeira dose à nascença.

DGS
A Direcção-Geral da Saúde garantiu que o período epidémico da gripe já terminou e que a mortalidade voltou aos valores normais.

Em comunicado, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) afirma que a taxa de incidência de gripe está a diminuir há duas semanas consecutivas e apresenta “tendência decrescente”, indicando que “o período epidémico da gripe já terminou”.

Na semana de 2 a 8 de Março (décima semana do ano), o número de óbitos registado por “todas as causas” situa-se nos valores considerados normais de mortalidade para a época.

A DGS prevê que esta situação se mantenha, pondo fim ao excesso de mortalidade que se registou e que esteve associado ao frio extremo, ao aumento da incidência de infecções respiratórias agudas e à actividade gripal.

O último Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, de 5 de Março, dava conta de que desde o início da época de vigilância deram entrada nos hospitais da rede 84 doentes com gripe, a maioria com o vírus B e com doença crónica subjacente, sendo que catorze pacientes morreram.

O excesso de óbitos voltou a ser observado entre idosos, com 75 ou mais anos, nas regiões do Norte e Centro.

A partir de sexta-feira
Os portugueses com problemas de sono vão ter, a partir de sexta-feira, uma linha de apoio telefónico especializada, que...

Lançada no Dia Mundial do Sono, a Linha do Sono (707 100 015) vai funcionar todos os dias úteis, entre as 11:30 e as 16:30, com o apoio de dois psicólogos especializados, tendo como “grande objectivo melhorar a qualidade do sono dos portugueses”, disse Filipa Jardim da Silva, da Oficina de Psicologia, promotora da iniciativa.

A linha funciona cinco horas por dia, mas nas restantes horas vai estar disponível um atendedor, no qual as pessoas podem deixar o número de telefone para mais tarde serem contactadas.

A psicóloga contou que o projecto nasceu na sequência de um estudo realizado no ano passado pela Oficina da Psicologia, segundo o qual 54% dos portugueses inquiridos disseram sentir-se cansados após uma noite de sono e cerca de 45% confessaram não dormir bem devido ao ‘stress’, ansiedade ou depressão.

O estudo revelou ainda que só um em cada quatro portugueses se sente revigorado após uma noite de sono, enquanto 46% afirma que, em média, dorme apenas cinco a sete horas por dia e 28% não dorme bem devido a problemas pessoais ou profissionais.

“Foi da preocupação que esses dados levantam que este ano a Oficina de Psicologia criou a primeira linha do sono em Portugal, cujo objectivo é criar um espaço em que as pessoas possam ligar e colocar questões inerentes à qualidade do sono e dúvidas que tenham”, disse a psicóloga.

Segundo Filipa Jardim da Silva, a linha pretende ser “mais um meio para ajudar os portugueses a valorizarem mais o sono e encontrarem algumas causas possíveis do mau dormir”, acedendo ao mesmo tempo a “algumas dicas para dormirem melhor”.

Cada vez mais se assiste a “problemas de saúde física e psicológica que decorrem de uma má rotina do sono ou de um sono com má qualidade”, para os quais contribui o “ritmo frenético” do dia-a-dia das pessoas em que muitas vezes apenas lhes sobram quatro, cinco, seis horas para dormirem.

A especialista sublinhou que há uma desvalorização do sono, começando a presenciar-se “um certo elogio a quem diz que não precisa de dormir muito, como se fosse uma característica de competência e de mais-valia para muitas pessoas”.

Na véspera do Dia Mundial do Sono, Filipa Jardim da Silva deixou algumas dicas para um sono mais tranquilo, como privilegiar entre sete a nove horas do dia para descansar e reduzir a intensidade da luz e do som vinte minutos antes de deitar.

As pessoas também devem ter alguns cuidados com a alimentação no período nocturno, como evitar refeições mais pesadas, e ter atenção ao colchão, à almofada, à temperatura e luminosidade do quarto.

Cientistas testam
Cientistas conseguiram desgastar a placa que se forma no cérebro de pacientes com Alzheimer com uma técnica experimental...

A lesão cerebral da doença de Alzheimer é causada por depósitos anormais de fragmentos de proteínas beta amiloide. Esses depósitos formam umas placas que se concentram e criam um emaranhado que afecta a transmissão entre as células nervosas do cérebro.

O tratamento da doença continua a ser difícil, em parte porque o cérebro tem uma barreira protectora, formada por uma densa camada de células fortemente ligadas e que impede a entrada de qualquer substância potencialmente nociva que circule no sangue, mas também de medicamentos.

O neurocirurgião Jurgen Got e Gerhard Leinenga, do Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, exploraram a hipótese de penetrar no cérebro do rato e desgastar a placa beta amiloide.

Para o conseguir, os especialistas fizeram um teste utilizando ultrassons combinados com microbolhas injectadas no sangue do rato, que vibravam em resposta às ondas emitidas, e assim abrir temporariamente a barreira protectora do cérebro.

Os investigadores aplicaram a técnica em várias ocasiões durante algumas semanas no cérebro dos ratos afectados pelo Alzheimer.

E constataram que em 75% dos ratos as placas desaparecerem quase por completo, sem causar danos no tecido do cérebro.

Os ratos também obtiveram melhores resultados nos testes de memória, orientação e reconhecimento de objectos depois de aplicado o tratamento.

A análise dos tecidos cerebrais revelou que o ultrassom estimulou também as células do sistema imunitário do sistema nervoso central.

Os cientistas salientaram que se trata de uma técnica não invasiva que está nas primeiras fases de investigação, embora acreditando que no futuro poderá ser uma estratégia possível para tratar o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

Os autores esperam agora testar a técnica em ovelhas com Alzheimer.

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