CIP reclama
A Confederação Empresarial de Portugal defendeu que é necessário criar condições para que o país tenha um sistema de saúde de...

A posição da confederação sobre o sector foi transmitida durante a apresentação do Conselho Estratégico da Saúde, órgão consultivo da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que reúne as principais federações e associações do sector.

"Depois da troika e do estado de exceção que se viveu, é tempo de Portugal olhar para o futuro. No caso da saúde, é tempo de criar as condições para que o país tenha um sistema de saúde de qualidade, eficiente, em que os portugueses tenham confiança e que seja um factor de competitividade", refere em comunicado.

A saúde, segundo a CIP, deve estar no centro das preocupações e deve ser destacada como um sector estratégico para a economia de Portugal.

“É tempo de assumir que o sector da saúde tem um enorme potencial de arrasto sobre a restante economia. É um sector de ponta em termos de investigação, tem uma ligação profunda às universidades e encara com naturalidade a translação do conhecimento", advoga a CIP, num documento assinado pelo seu Conselho Estratégico da Saúde.

As actividades económicas da saúde, adianta a confederação, empregam mais de 250 mil pessoas em Portugal e contribuem com exportações anuais superior a 1.000 milhões de euros, cerca de 20 mil empresas e um valor acrescentado superior a oito mil milhões de euros, com mais de seis mil pessoas afetas à investigação e desenvolvimento de inovação.

“Olhar para a saúde na óptica da despesa é não só redutor, como significa desperdiçar uma importante alavanca da economia”, afirma a confederação empresarial.

O investimento na saúde, assegura a CIP, permitirá ganhos para os cidadãos e maior previsibilidade dos sistemas, defendendo que há condições para alinhar autoridades, centros de investigação, indústrias na área da saúde e contribuir com um impulso positivo na economia.

O Conselho Estratégico da Saúde da CIP defende ainda uma discussão a médio prazo, nomeadamente em termos orçamentais, que permita a toda a sociedade e agentes económicos terem a percepção de quais as prioridades em termos de saúde, e quais os mecanismos de financiamento que lhes estão associados.

Em comunicado, a CIP refere que as associações que integram este órgão consultivo representam mais de 5.000 empresas, a operar em Portugal, que empregam cerca de 100 mil pessoas e geram um volume de negócios anual superior a 12 mil milhões de euros.

Ordem dos Advogados
A delegação da Ordem dos Advogados de Vila Franca de Xira disse que prestou aconselhamento jurídico a 194 pessoas e que a...

De acordo com o relatório final do surto de 'legionella', a doença, registada a partir de 7 de Novembro do ano passado, no concelho de Vila Franca de Xira, com maior incidência nas freguesias de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa, causou 12 mortos e infectou 375 pessoas.

Neste momento ainda decorre um inquérito no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira, relativo ao surto de 'legionella', que está em segredo de justiça.

Na sequência deste surto, a Câmara de Vila Franca de Xira e a delegação local da Ordem dos Advogados (OA) local assinaram um protocolo para que fosse prestado, durante três meses, aconselhamento jurídico gratuito às pessoas que estivessem interessadas em avançar com processos-crime e civis para os tribunais.

As consultas de aconselhamento jurídico terminaram hoje e, em declarações, o presidente da delegação da OA de Vila Franca de Xira, Paulo Rocha, disse que aquelas foram solicitadas por 194 pessoas, indo a maioria avançar “imediatamente com queixas-crime contra desconhecidos”.

“O prazo legal para a apresentação de queixas-crime é de seis meses após a ocorrência do facto e esse prazo termina já em Maio”, justificou.

Paulo Rocha explicou que a queixa-crime não tem custas judiciais e que cada uma irá ser independente do inquérito que ainda decorre no DIAP.

“Cada uma vai dar origem a novos inquéritos. No final até poderão ser aglutinadas num só, mas parece-me pouco provável”, perspectivou.

Contudo, no que diz respeito a acções cíveis, para possíveis indeminizações, Paulo Rocha esclareceu que os interessados deverão aguardar pela conclusão do inquérito.

“Nesta fase seria tecnicamente mais complexo e difícil provar qual foi o foco causador da doença e estabelecer um nexo de causalidade”, apontou.

Paulo Rocha disse ainda que o aconselhamento jurídico às vítimas do surto de ‘legionella’ mobilizou 34 advogados.

O surto, o terceiro com mais casos em todo o mundo, foi considerado extinto a 21 de Novembro, no final da última reunião da 'taskforce' criada para acompanhar o assunto, com entidades da área da saúde, do ambiente e da meteorologia, quando o ministro da Saúde, Paulo Macedo, realçou a resposta dos hospitais que "trataram mais de 300 pneumonias".

Com a divulgação de resultados laboratoriais a apontar para uma relação entre as bactérias recolhidas em doentes para análise e aquelas encontradas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, e com o caso a passar para a Procuradoria-Geral da República, o segredo de justiça é o argumento de algumas entidades, como a Inspecção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), para não se falar sobre o desenvolvimento do processo.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Enfermeiros dos Açores
A Ordem dos Enfermeiros nos Açores disse que há médicos na região a prescrever receitas por telefone sem observarem os...

A denúncia foi divulgada em carta aberta enviada aos órgãos de comunicação social e dirigida ao presidente do Conselho Distrital do Conselho Médico da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Médicos.

Na carta, os enfermeiros referem pretender que os médicos cumpram a posição tomada pela Ordem contra a prescrição terapêutica via telefone.

Contactado, o presidente da secção da Ordem dos Médicos nos Açores, Jorge Santos, disse que este assunto, a par de outras questões, será apreciado na próxima reunião da estrutura regional da ordem, não havendo razões para uma resposta urgente.

Na carta divulgada, os enfermeiros dos Açores lembram que, em Agosto de 2013, já tinham alertado para esta situação mas que não houve alterações entretanto.

Em Julho de 2014, a direcção regional da Saúde dos Açores solicitou às unidades de saúde públicas a divulgação de uma recomendação para que os médicos não prescrevessem receitas sem observarem os doentes, mas, de acordo com os enfermeiros, “os procedimentos médicos não sofreram alterações significativas”.

A organização dos enfermeiros nos Açores considera “existir uma incongruência grave” entre o que Ordem dos Médicos defende e o que se tem verificado e refere que, uma vez “goradas as primeiras tentativas de debelar este problema”, o responsável pelos médicos no arquipélago deve “actuar em conformidade” com as atribuições e competências definidas.

A secção dos enfermeiros dos Açores adianta que quer resolver a questão antes que se “ultrapasse os limites do razoável” e que algum cidadão “sofra directa ou indirectamente” com esta prática, admitindo proporções que “levem à necessidade de intervenção de instâncias superiores”.

A organização dos enfermeiros dos Açores anexa ao documento uma entrevista concedida pelo responsável regional da Ordem dos Médicos, Jorge Santos, a um jornal de Ponta Delgada, em Outubro de 2013, onde este se afirma contra a teleconsulta nos Açores.

Os enfermeiros recordam, por outro lado, que o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos admitiu, em Outubro de 2014, a instauração de processos disciplinares aos profissionais que estivessem a praticar telemedicina numa clínica instalada em Almada.

Sindicato dos Médicos do Norte
O Sindicato dos Médicos do Norte acusou o Instituto Português de Oncologia do Porto de ilegalidades ao impedir os médicos de...

Em comunicado enviado às redacções, o Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) diz que em causa está o Boletim Informativo do Conselho de Administração (CA) do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, segundo o qual "os médicos estão impedidos de gozar de descanso após uma jornada de trabalho que inclua 12 horas em período nocturno".

"Tal situação é contrária à Lei e ao recente esclarecimento efectuado pela Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) no Ofício Circular n.º 1068/2015", acrescenta o mesmo comunicado.

A agência Lusa contactou o IPO do Porto mas até momento não conseguiu obter qualquer esclarecimento.

Segundo o SMN, "os médicos do IPO do Porto, após uma noite de trabalho, prosseguem a sua jornada laboral prestando atos médicos ao doente oncológico, como por exemplo, bloco cirúrgico, prescrição de quimioterapia, internamento, decisões em consultas de grupo e consulta externa".

"Assim, é evidente que o CA coloca em risco a saúde e segurança dos doentes oncológicos e do próprio trabalhador médico", condenam.

De acordo com o sindicato, a tudo isto acresce que, "com frequência, o trabalhador médico é obrigado a prestar jornadas de trabalho de 24 horas, em regime de residência, pelo menos duas vezes por semana, sem o seu acordo, e ultrapassando também o máximo de horas semanais que podem ser exigidas para este tipo de trabalho".

"O excesso de trabalho assistencial acrescido destes atropelos à lei, que tem impedido o cumprimento dos descansos compensatórios, tem culminado em casos de exaustão de alguns profissionais, levando mesmo ao seu absentismo", alertam.

O SMN garante que tem efectuado múltiplas diligências desde o final de 2014 e numa última carta enviada ao CA do IPO do Porto no início de Março solicitou "com carácter de urgência a realização de uma reunião para abertura de mesa negocial", para a qual ainda não obteve qualquer resposta.

"Dada a gravidade do exposto e da ausência de respostas, o SMN efectuou então denúncia à Autoridade para as Condições do Trabalho, ao Provedor de Justiça e iniciou processo judicial junto dos Tribunais contra o CA do IPO do Porto, com o objectivo de garantir a segurança dos trabalhadores médicos, e consequente redução do risco na prestação dos cuidados de saúde aos doentes oncológicos", revelam ainda.

Como aprovado em França
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética lembrou que em Portugal já é possível uma sedação profunda e contínua a...

De acordo com a agência France Presse, na terça-feira os deputados franceses aprovaram com larga maioria uma lei que permite uma “sedação profunda e continuada” dos doentes em fase terminal, ao mesmo tempo que fecharam a porta à eutanásia e ao suicídio assistido.

Em declarações, Rui Nunes considerou positivo a criação de um diploma que legisle um direito fundamental das pessoas, alertando que é essencial definir limites éticos e médicos para uma intervenção como a sedação paliativa terminal.

O especialista lembra que a sedação paliativa é uma ferramenta de uso frequente por decisão médica e que o diploma francês vem consagrar que possa ser a pessoa a escolhê-lo quando ainda tem competência e capacidade para o efeito.

Em Portugal, através do testamento vital, já é possível pedir uma sedação contínua ou profunda.

“Não há motivo para isso não ser possível. Mas geralmente os doentes não estão devidamente informados sobre essa plausibilidade e portanto isso depois só se coloca geralmente quando já não é o doente que decide”, especificou Rui Nunes.

Essa sedação já é possível em Portugal desde que “o objectivo principal seja avaliar o sofrimento, mesmo que pela via da inconsciência, e não uma foram encapotada de eutanásia”.

O doente pode, em Portugal, deixar expresso que pretende, no caso de doença terminal, uma sedação paliativa e o médico tem de o cumprir caso isso não viole as leis da medicina, ou seja, caso não seja uma forma de eutanásia.

Segundo as linhas de orientação da Associação Portuguesa de Bioética, datadas de 2010, “a sedação paliativa contínua até à inconsciência” pode ser aplicada em doentes terminais e se o doente ou o seu representante legal (procurador de cuidados de saúde) prestaram consentimento válido e eficaz.

Além disso, deverão existir “sintomas graves e severos para os quais não haja tratamento adequado na perspectiva do doente”.

É ainda dada a orientação de que a sedação profunda seja aplicada no caso de o doente estar “em profundo sofrimento existencial, sofrimento para o qual todas as alternativas de tratamento razoável e efectivo são para si inaceitáveis”.

O presidente da Associação de Bioética vinca que está consensualizado na classe médica em geral que “a sedação paliativa terminal é sempre legítima, desde que não antecipe o momento da morte”.

“É uma ferramenta de tratamento que tem como objectivo principal aliviar o sofrimento e não provocar a morte”, especifica.

Apesar de já ser possível em Portugal a mesma medida aprovada em França, o especialista elogia o caso francês por criar uma lei específica para o efeito que consagre estes direitos de forma mais inequívoca: “Em parte pode ser enquadrado no testamento vital. Nada impede que acabe por fazer esta opção e a venha a plasmar num testamento vital. Mas a lei francesa especifica esta matéria e não a mete num pacote alargado como a que está sob a alçada do testamento vital. Haver uma lei é também um sinal que se dá à população, é uma opção ética da sociedade que é vertida em lei”.

O testamento vital, ou directiva antecipada de vontade, estabelece os cuidados de saúde que um cidadão deseja ou não receber no caso de se encontrar incapaz de expressar a sua vontade.

Não ser submetido a reanimação cardiorrespiratória, não ser submetido a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais e não ser submetido a medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte são algumas das opções constantes no testamento vital.

Organização Mundial de Saúde
A directora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, apelou para uma “acção global” para acabar com a indústria...

Falando na Conferência Mundial do Tabaco, que decorre na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, Margaret Chan felicitou os vários países, como a Austrália, que introduziram embalagem simples nos pacotes de cigarros, exortando outros Estados a adoptarem a mesma decisão.

A responsável da agência da ONU assinalou que as empresas de tabaco “usam todo tipo de táticas, incluindo o financiamento de partidos políticos e de políticos individualmente para trabalhar para elas” e que “não há nada que não explorem para prejudicar os governos na sua determinação de proteger o próprio povo”.

"Vai ser uma luta dura” mas “não devemos desistir até termos a certeza de que a indústria tabaqueira acabou", assegurou Margaret Chan.

Em 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou novas orientações, no âmbito da Convenção Quadro de Controle do Tabaco, a exortar os Estados membros da ONU a aumentarem os impostos que incidem sobre produtos derivados do tabaco, produto que anualmente mata cerca de seis milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a agência.

"O tabagismo caiu em vários países maioritariamente graças às medidas legislativas”, afirmou Margaret Chan, apontando o mais recente relatório da OMS, em que se demonstra que a proporção de homens que fumam registou uma queda em 125 países.

Para a directora geral da OMS, ser não fumador "está a tornar-se uma norma”.

"Estamos felizes por ver esse progresso em tantos países”, disse à margem da conferência, onde instou as nações que produzem folhas de tabaco para "se moverem mais rápido” no combate ao tabagismo, estabelecendo parcerias com a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a OMS.

Na véspera da preparação da Conferência das Partes da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (COP6), que decorreu em Outubro último na Rússia, diversos produtores africanos de tabaco mostraram-se alarmados com a suposta exclusão dos governos de África nos debates sobre políticas ligadas à indústria tabaqueira.

“As pessoas que definem estas políticas estão completamente alheadas da realidade e não conseguem reconhecer o contributo económico positivo da produção de tabaco em África”, disse na altura o presidente da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA, sigla em inglês), François van der Merwe.

Aquele responsável afirmou que os produtores do Zimbabué, do Maláui, da Zâmbia, do Quénia e da África do Sul consideravam o tabaco “uma cultura de elevado valor comercial e bastante adequada à agricultura de pequena escala, tendo mudado para melhor a vida de muitos agricultores africanos”, pelo que os produtores exigiam a sua inclusão nos debates da OMS sobre as políticas do sector.

Até 2025, a OMS pretende reduzir para 30% o consumo de tabaco, pelo que Margaret Chan afirmou que, apesar de uma queda no número de fumadores em muitos países é necessário fazer muito mais para conter a prática do uso de tabaco.

Ciclo de conferências sobre a “Saúde e Direito”
Chamar a atenção para os direitos do doente crónico e sua relação com os familiares que, por vezes mais que qualquer...

A Plataforma Saúde em Diálogo, em conjunto com o Centro Biomédico da Universidade de Coimbra, quer chamar a atenção para os direitos do doente crónico e sua relação com os familiares que, por vezes mais que qualquer profissional de saúde, são o seu primeiro auxílio. Proteção civil, benefícios fiscais e apoio da segurança social são alguns dos assuntos em destaque na Conferência que se realiza amanhã, quinta-feira, dia 19 de Março, pelas 14h30 no Espaço Saúde em Diálogo no Norte, situado na sede da delegação norte da ANF.

A conversa será dinamizada pelo Presidente da ERS, Jorge Simões e contará com os contributos de juristas e investigadores sociais.

A Plataforma Saúde em Diálogo é uma IPSS, sem finalidade lucrativa, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade no sector da Saúde, constituída por associações de doentes, promotores e profissionais de saúde e consumidores, entre os quais promove o contacto estreito e permanente. Entre as 43 instituições que já compõem a Plataforma estão associações de doentes crónicos, associações de consumidores, associações de promotores e profissionais de saúde.

  • Conferência “A família e o doente crónico”
  • Dia 19 de março, 14h30, Auditório do Edifício da Associação Nacional das Farmácias no Porto (Centro Empresarial Rua Eng.º Ferreira Dias, n.º 728)

Programa da Conferência

Moderador | Prof. Doutor Jorge Simões, Presidente da ERS, Entidade Reguladora da Saúde

14h30 | A Plataforma Saúde em Diálogo. Breve apresentação e enquadramento do tema nas suas prioridades e objetivos. A perspetiva do Doente Crónico

Dra. Mariana Pinote

14h50 | Garantias de Não Discriminação nas áreas dos Seguros, da Banca e Laboral

Prof. Doutor André Dias Pereira, Professor da FDUC; Diretor do CDB - Centro de Direito Biomédico

15h10 | Apoios da Segurança Social

Dr. Pedro Morgado, Jurista – Liga Portuguesa Contra o Cancro; Investigador do CDB

15h30 | Benefícios Fiscais

Mestre Fernando Rocha Andrade, Assistente da FDUC

15h50 | Pausa para Café

16h10 | Os desafios das doenças neuro-degenerativas no Direito

Mestre Ana Elisabete Ferreira, Investigadora do CDB

16h30 | O Aluno com NEE - Necessidades Especiais de Ensino e os Direitos dos Pais Trabalhadores

Dr. Ferreira Ramos, Advogado

16h50 | A importância da Intervenção Precoce

Dr.ª Maria do Rosário Zincke dos Reis, Advogada; Presidente da Plataforma A Saúde em Diálogo

17h10 | Aspetos éticos das doenças degenerativas

Prof. Doutor Luís Borges, FMUC; Presidente da ANIP – Associação Nacional da Intervenção Precoce

17h30 | Debate

18h00 | Conclusões

18h30 | Encerramento

 

Ordem dos Médicos Dentistas exige
A Ordem dos Médicos Dentistas vai exigir ao governo que tome medidas para garantir maior protecção aos consumidores que...

Perante as conclusões do relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) “Os Seguros de Saúde e o Acesso dos Cidadãos aos Cuidados de Saúde” que denuncia uma situação de oligopólio nos seguros de saúde e a ausência de legislação aplicável aos contratos de planos de saúde, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai pedir ao governo que tome medidas com carácter de urgência.

A OMD tem vindo a pedir uma maior intervenção do governo e do regulador nesta área, por serem cada vez mais as queixas sobre irregularidades quer de consumidores quer de profissionais da saúde oral.

O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, considera que “as conclusões do relatório da ERS vêm dar razão às denúncias que a OMD tem efectuado, e provam que é urgente tomar medidas sobre este descontrolo. Duas seguradoras controlam mais de metade do mercado português de seguros de saúde e no caso dos planos de saúde a situação é ainda mais grave porque, como reconhece a ERS, não há legislação que enquadre estes contratos, ou seja, quem subscreve um plano de saúde não tem como garantir os seus direitos”.

O relatório da ERS refere que “os contratos dos planos de saúde não são tipificados, pelo que a lei actual não os denomina ou define, nem estipula o seu enquadramento legal”, acrescentando que “os cartões de saúde são, na prática, apenas cartões de desconto (…) que podem chegar a 100%, por vezes, o que significa que os prestadores que aceitam integrar as suas redes de prestadores (directório clínico) se comprometem a oferecer serviços gratuitos”.

Sobre a concentração nos seguros de saúde, a ERS denuncia que “o rácio de concentração dos dois maiores concorrentes, medido pela soma das suas quotas de mercado, é superior a 50%, poderá estar-se na verdade perante uma estrutura de mercado de oligopólio”, acrescentando que o” tipo de estrutura de mercado dos seguros de saúde poderá ser de concorrência monopolística – uma situação intermédia entre concorrência perfeita e monopólio, que se caracteriza por concorrência imperfeita, algumas barreiras à entrada no mercado, diferenciação do produto e capacidade de definição de preços com alguma liberdade por parte das seguradoras”.

Para o bastonário da OMD “estas denúncias são graves e requerem uma acção imediata por parte do legislador e do regulador. A conjuntura económica difícil que o país atravessa é propícia a abusos que urge combater até porque há casos em que a qualidade da prestação do serviço médico pode estar em causa”.

A medicina dentária é particularmente afectada por esta situação, uma vez que é exercida essencialmente pelo sector privado, em que os seguros e planos de saúde têm uma relevância substancial.

Ao subscreverem seguros e planos de saúde em que coberturas e garantias não são transparentes e nalguns casos de legalidade duvidosa, os consumidores ficam numa posição de fragilidade, culpando muitas vezes os médicos dentistas por situações a que estes são alheios e pondo em causa uma relação que deve ser de confiança.

 

A Jaba Recordati integrou no seu portefólio uma formulação inovadora de vitamina D3 com principio activo colecalciferol 22.400...

O novo suplemento de vitamina D3 (colecalciferol) com uma dose diária de 800 U.I. está recomendado para adultos acima dos 65 anos. A vitamina D3 tem como característica diferenciadora ser apenas de uma toma mensal, fornecendo a quantidade necessária diariamente.

A discussão científica em torno dos benefícios da suplementação de vitamina D é um tema actual e está cientificamente aceite que há populações de risco nas quais é obrigatório intervir. De acordo com as recomendações da Endocrine Society (1) em 2011 devem ser rastreados, para identificar potenciais deficiências de vitamina D, apenas indivíduos em risco tais como idosos com mais de 65 anos, institucionalizados (sobretudo acamados), mulheres pós-menopausa e grávidas. 

Evidências recentes correlacionam níveis insuficientes de vitamina D ao desenvolvimento ou agravamento de algumas patologias crónicas aumentando o seu risco, tais como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, demência e osteoporose, entre outras.

Doseamento e défice de vitamina D

A vitamina D é única entre as vitaminas, pois funciona como uma “hormona” e pode ser sintetizada na pele a partir da exposição à luz solar. Portugal é um país de sol e está assumido no senso comum que todos podem ter acesso os níveis de vitamina D adequado. Para sintetizar a vitamina D nas doses diárias necessárias, seria necessário uma exposição solar diária entre 20 e 30 minutos com protecção U.V. inferior a 8. Tal não é muito viável na prática e uma exposição ao sol por períodos longos de tempo exige o uso de protecção solar com índice de protecção U.V. exponencialmente superior. Este fato é mais evidente no target que mais necessita de vitamina D nas quantidades adequadas (crianças e idosos) que correspondem aos que menos exposição solar têm.

Além dos seus efeitos no metabolismo fosfocálcico, evidências recentes correlacionam níveis insuficientes de vitamina D com um risco aumentado de desenvolvimento de outras patologias não ósseas.

Conceptualmente, associa-se a vitamina D à formação óssea e equilíbrio muscular, mas a evidência recente demonstra-nos que vai muito além. A vitamina D tem uma acção protectora, de redução de risco, ao nível das doenças cardiovasculares, podendo interferir na redução de eventos. Esta evidência científica recente vem demonstrar que a vitamina D pode ser uma aliada do coração, evitando o aumento de risco de doenças como a Diabetes e a HTA. Foi com base neste racional de benefícios da vitamina D ao nível da doença cardiovascular que assenta a aposta da Jaba Recordati nesta formulação inovadora.

A nova vitamina D3 de uma única dose mensal da Jaba Recordati vem complementar uma oferta vasta do portefólio cardiovascular da companhia. Neste contexto de inovação, mercado dinâmico e imergente, a Jaba Recordati, inclusive pelo actual portefólio na área cardiovascular, sentiu-se responsável por actuar também neste segmento de mercado enquanto parceiro do profissional de saúde, oferecendo opções terapêuticas adequadas e inovadoras para melhorar o estado de saúde da nossa população.

Sobre a Jaba Recordati

Com cerca de 130 colaboradores, a subsidiária portuguesa da Recordati actua em três áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos e produtos de venda livre. A Jaba Recordati foi responsável em 2013 por um volume de negócios de 32,9 milhões de euros, correspondente a cerca de 4% da facturação global do grupo Recordati. Nos primeiros nove meses de 2014 a filial contribuiu com um volume de 26.8 milhões de euros, um aumento de 13.3% em relação ao período homólogo de 2013 contribuindo com 3,7% dos resultados do grupo. A filial tem operações nos PALOP, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Moçambique. www.jaba.pt

 

(1) http://www.sciencedirect.com/science/refhub/S1646-3439(13)00008-4/sbref0015

http://press.endocrine.org/doi/abs/10.1210/jc.2011-0385

Cirurgia estética
Por mais dietas que faça, exercício físico que pratique, existem gorduras localizadas que teimam em

Está prestes a chegar a Primavera, o clima ameno, os dias mais longos e a vontade de largar as roupas quentes e regressar ao vestuário mais fresco e leve. É quando isso acontece que olhamos com mais atenção e acuidade para as curvas do nosso corpo e desejamos não ter cometido aqueles pecados alimentares, e nos arrependemos de ter sido tão preguiçosas por não ter praticado exercício físico.

Nessa altura são muitas as pessoas que se lembram da maneira mais rápida e eficaz de voltar à forma: cirurgia plástica que apesar da crise continua a ser muito procurada.

O Atlas da Saúde esteve à conversa com o cirurgião plástico Christopher Johnsson*, que explicou que a cirurgia estética é o ramo da cirurgia plástica que tem como finalidade melhorar a estética de alguma parte do corpo. “E quando utilizo a palavra melhorar, percebo que as pessoas que me procuram para um procedimento estético, querem simplesmente tornar uma parte do seu corpo mais ‘normal’ no sentido de pertencer a um grupo dito normal no sentido da aparência. Um exemplo é uma mulher com as mamas descaídas querer ser submetida a uma cirurgia estética às mamas para fazer com que estas voltem ao ‘normal’”, explica o cirurgião.

Portugal tem tido um aumento considerável na procura desta técnica, e só em 2009 registaram-se mais de 60 mil procedimentos. De acordo com a Society of Aesthetic Plastic Surgery, Portugal estava no 23º lugar no ranking dos países com mais cirurgias plásticas, uma tendência que tende a manter-se nos dias que correm.

Segundo Christopher Johnsson, ex-aluno do Prof. Ivo Pitanguy (o mais famoso cirurgião brasileiro), e “pelas estatísticas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS) a plastia de aumento mamário (implantes de silicone) é o tipo de cirurgia mais procurado, seguida de perto pela lipoaspiração”.

Na opinião do cirurgião a elevada procura no aumento mamário justificam-se pelos principais benefícios: “além da melhoria estética da mama, é a melhoria na auto-estima da pessoa. A mama é um dos maiores símbolos da feminilidade da mulher. Ao mesmo tempo em que dá vida na fase do aleitamento, também é importante no sentido erótico / sensual para a relação homem / mulher”.

Mas desenganem-se aqueles que pensam que não existem riscos ou cuidados a ter. “Após qualquer cirurgia é importante seguir as orientações do cirurgião. O resultado de uma cirurgia é em parte o trabalho do cirurgião, mas a outra parte fundamental é a paciente cuidar das cicatrizes através de massagens, proteger do sol...”, alerta o especialista.

Por outro lado, não se pense que uma vez feita a cirurgia, por exemplo a lipoaspiração, todos os seus ‘problemas’ estão resolvidos e pode a partir daí fazer ‘tudo’ sem restrições. “Não, não é verdade. A cirurgia sem dúvida ajuda muito no processo pois só a lipoaspiração consegue realmente retirar gordura com eficácia, e das áreas onde queremos”, alerta Christopher Johnsson.

Quer isto dizer que apesar de a medicina e a investigação terem evoluído ao ponto de poder livrar-se das gordurinhas extras, esta técnica ainda não é definitiva. Compete-lhe a si manter hábitos de vida saudável para garantir que as indesejadas não regressem.

Para o cirurgião Christopher Johnsson “um avanço que revolucionará qualquer cirurgia será quando pudermos fazer os cortes necessários e após o processo de cicatrização as cicatrizes desaparecerem”.

Mito ou verdade?

A melhor altura para fazer cirurgia estética é no inverno.

Mito, uma vez que independentemente de ser inverno ou verão, não se pode ir ao sol antes de 4 semanas após a cirurgia. É óbvio que se a pessoa estiver planejando ir ao sol, deverá dar preferência para ser operada no inverno ou primavera.

Submetendo-se a uma lipoaspiração para retirar a celulite, ela nunca mais volta.

Mito... a celulite é resultado de excesso de gordura associada a uma má alimentação e má circulação dos tecidos, falta de exercícios... Por isso só a cirurgia não resolve o problema.

É possível reduzir a gordura localizada apenas com exercício físico.

Mito. Exercício físico associado a uma alimentação balanceada sim. Só exercício não.

Nem todas as pessoas podem ser submetidas a uma cirurgia estética.

Verdade, uma vez que uma cirurgia estética não deixa de ser uma cirurgia, que por menor que seja envolve riscos. Só pessoas saudáveis podem ser submetidas a cirurgias estéticas, caso contrário, o risco não compensa o resultado.

As cirurgias não deixam marcas nem cicatrizes.

Mito. A cirurgia plástica consegue excelentes resultados com as cicatrizes através de técnicas diferentes, escondendo as cicatrizes em pregas naturais do corpo, mas não há garantias de cicatrizes perfeitas em todos os casos.

Depois de uma cirurgia podemos apanhar sol normalmente.

Mito. Regra geral, 1 mês após a cirurgia pode-se pegar sol com uso de protector solar. Não se pode ir ao sol com marcas negras no corpo, pelo perigo de manchar a pele.

A colocação de silicone nos seios impede a mulher de amamentar.

Mito. Pode-se colocar silicone e amamentar normalmente.

 

*Ex- aluno do Prof. Ivo Pitanguy / Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica / Membro da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e-mail: [email protected]

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação recebida em audiência na Assembleia da República
A Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado é recebida hoje em audiência na Assembleia da República, pelas 18 horas.

Na luta contínua que tem vindo a ser travada na defesa dos direitos das crianças e jovens com deficiência, a Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado (ANEAE) vai ser recebida em audiência na Comissão de Segurança Social e Trabalho na Assembleia da República. A reunião de trabalho realiza-se hoje, pelas 18h00, e tem por base o pedido de suspensão do protocolo de colaboração entre o Instituto da Segurança Social e a Direcção-geral dos Estabelecimentos Escolares. O encontro surge na sequência de novos dados que vão ser apresentados pela ANEAE e que são de vital importância para a saúde e integração social de milhares de crianças e jovens.

Subsídio de Educação Especial: um protocolo que não pode substituir a lei

O Protocolo de Colaboração assinado entre o Conselho Directivo da Segurança Social e a Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares, no passado dia 22 de Outubro, está a marginalizar as crianças com necessidades de apoio especiais. As regras de atribuição do Subsídio de Educação Especial (SEE) sofreram alterações que prejudicam a continuidade dos tratamentos e do acompanhamento de centenas destas crianças. A ANEAE encontra-se em luta e tem como objectivo lançar um conjunto de acções de ajuda estas crianças e pais, de forma a denunciar o brutal ataque aos direitos fundamentais de acesso à educação e saúde das crianças portadoras de deficiência.

ANEAE não desiste de lutar por estas crianças

Desde Dezembro de 2013 que a ANEAE tem desenvolvido uma actividade intensa de luta. Foram realizadas exposições do problema ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Grupos Parlamentares, Provedor de Justiça, Centros Distritais da Segurança Social, Ordem dos Médicos, Ordem dos Psicólogos e Conselho Nacional de Educação. Realizaram-se ainda reuniões com todos os Grupos Parlamentares, com a CONFAP – Confederação Nacional das Associações de Pais, a ANDAEP – Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, os Directores de Agrupamentos de Escola e Associações de Pais, a APTER, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, o Secretário de Estado da Segurança Social, o Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar. Foram ainda interpostas Providências Cautelares nos diferentes e competentes Tribunais Administrativos e Fiscais.

A ANEAE é uma associação sem fins lucrativos, com o objectivo de defender e promover os legítimos direitos e interesses dos serviços de Apoio Especializados, nomeadamente de avaliação e intervenção terapêutica e psicopedagógica desenvolvida pelas empresas suas associadas (empresas que exerçam e prestem serviços de Apoio Especializado, nomeadamente de avaliação e intervenção clínica, terapêutica e psicopedagógica).

 

Audição peticionários Assembleia da República (10-04-2014) https://www.youtube.com/watch?v=wfioctsbxi4&feature=youtu.be

Investigação nos Estados Unidos
Especialistas americanos da Universidade de Stanford reprogramaram células de linfoma grave em defesas do sistema imunitário....

Pode dizer-se que a descoberta do grupo de investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, se assemelha à imagem de um grupo de terroristas que é convertido numa equipa humanitária que tem como missão salvar vidas. Do que falamos então? De transformar células cancerígenas em glóbulos brancos, aqueles que no nosso sistema imunitário têm como função defender das doenças que nos atacam. Foi isso que o grupo da universidade norte-americana, liderado pelo cientista Ravi Majeti, conseguiu fazer. Por um acaso.

No laboratório, os investigadores isolaram células cancerígenas de um doente com leucemia linfoblástica de células B precursoras, um tipo de cancro agressivo que provoca a multiplicação de glóbulos brancos imaturos e ineficazes. Para manter as células vivas para poder estudá-las, a equipa lançou sobre elas vários tipos de nutrientes para o efeito. E foi então que um elemento da equipa, o investigador Scott McClellan, percebeu que as células cancerígenas estavam a transformar-se em macrófagos, células defensivas capazes de matar micróbios e células de cancro, refere o jornal El País.

Depois de descobrirem o mecanismo que levou à transformação das células do cancro em glóbulos brancos, a experiência foi desenvolvida em ratos de laboratório alterados geneticamente para não terem defesas. Os resultados foram publicados ontem na revista científica PNAS.

No resumo da investigação, assinado pelo professor de medicina, especialista em hematologia, e pela restante equipa da Universidade de Stanford, os mesmos explicam que "ao forçar a reprogramação das células reduziram a presença de leucemia nas mesmas". Apesar de manterem os "laços familiares" com as células cancerígenas que lhe deram origem, não se mostraram capazes de desenvolver a doença, "indicando que a reprogramação elimina o risco de leucemia" e "sugerindo que esta pode representar uma nova estratégia terapêutica". Uma solução de tratamento na qual os investigadores agora se concentram e que pode passar por encontrar tratamentos que acelerem o processo de reprogramação das células.

Uma porta de esperança

Para Paulo Oliveira, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, este é um passo muito importante. "Este artigo, publicado na prestigiada revista PNAS, abre uma porta de esperança no combate à leucemia linfoblástica aguda porque permitirá modificar as células malignas envolvidas de modo a voltarem à sua programação dita "normal". No seu processo de amadurecimento normal, uma subpopulação de células do sistema imunitário fica bloqueada num determinado passo e não chega a transformar-se em glóbulos brancos maduros e competentes. Este bloqueio anormal permite a formação de uma população de células altamente malignas e agressivas e que é responsável pela leucemia linfoblástica aguda", explica ao Diário de Notícias.

É a forma de ultrapassar o bloqueio que torna o resultado desta investigação tão especial, reforça. "Os investigadores da Universidade de Stanford descobriram como ultrapassar o bloqueio e permitir a essas células continuarem o seu amadurecimento até formarem glóbulos brancos funcionais. Por outras palavras, as células perdem toda a sua agressividade e tornam--se guerreiras bem comportadas do sistema imunitário, à semelhança das suas parceiras normais", refere o investigador, explicando como a equipa liderada por Ravi Majeti o conseguiu fazer. "Este desbloquear do software adulterado da célula foi conseguido através do uso de um cocktail de proteínas específicas que se ligam a sequências-chave do ADN das células transformadas."

"Apesar de o impacto no tratamento destas condições não ser imediato e ser necessária alguma cautela, esta descoberta mostra um alvo previamente desconhecido para o desenvolvimento de novas terapias para a leucemia linfoblástica aguda. Mais do que matar as células que escapam ao bom comportamento, o objectivo passa agora por levá-las a retomar os "bons caminhos"", acrescenta o investigador Paulo Oliveira.

O passo seguinte "será verificar se o mesmo efeito se passa em animais de laboratório que sejam um modelo para a doença e ao mesmo tempo tentar simplificar o processo de desbloqueio da programação das células malignas, usando compostos químicos mais simples que possam ser dados ao doente, e que possam ter o mesmo efeito do referido cocktail de proteínas".

 

Cultivada em Moçambique
Uma equipa de pesquisadores da Universidade britânica de Leeds anunciou ter descoberto uma planta rara, somente cultivada em...

De acordo com uma nota dos pesquisadores, divulgada na página da Universidade de Leeds, a Phyllanthus engleri, também conhecida como phyllanthus, um género botânico pertencente à família Phyllanthaceae, que contém uma substância química, Englerin A, que inibe o crescimento de vários tipos de células cancerígenas.

Os estudos anteriores apontam para o potencial desta planta encontrada em Moçambique, Tanzânia, Zâmbia, Malaui, Zimbabué e na África do Sul, mas foi a pesquisa da Universidade de Leeds que descobriu as razões que fazem com que a substância química deixe de crescer e de se multiplicar.

"Englerin A é particularmente interessante porque é selectiva - pois só mata as células cancerosas renais e alguns outros tipos de células cancerígenas. Outros tipos de células são resistentes a ele, por isso acho que tem um grande potencial” para inibir o crescimento das células do cancro do rim, disse o investigador David Beech, professor da Escola de Medicina da Universidade de Leeds.

A equipa descobriu que, em quantidades muito pequenas, a Englerin A activa uma proteína particular, TRPC4, que “provoca alterações na célula do cancro renal, o que mata” a célula.

No Reino Unido, cerca de 10.000 novos casos de cancro renal são anualmente diagnosticados, metade das quais sobrevivem pelo menos uma década depois do diagnóstico.

De acordo com a página da rede de cuidados oncológicos das Unidades CUF, “em Portugal o cancro do rim representa cerca de 1,8% de todos os tumores malignos, estimando-se que surjam cerca de 600 a 700 novos casos por ano”, da doença que “é ligeiramente mais frequente nos homens do que nas mulheres e é geralmente diagnosticado entre os 50 e os 70 anos”.

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts publicou um estudo sobre o preço dos medicamentos de cancro que indica que, desde 1995, o preço de pelo menos 58 tipos de medicamentos contra a doença aumentou em 10% por ano.

“Esta descoberta inesperada é emocionante porque significa que poderíamos desenvolver novos medicamentos contra o cancro no sentido de estas proteínas codificadoras, em particular o TRPC4 e TRPC5”, disse David Beech.

"Este é apenas o primeiro passo em uma jornada - embora nossos estudos têm sido em laboratório, não em pacientes. Pode levar alguns anos para desenvolver uma droga que efectivamente tenha as pessoas como alvo destas células cancerosas renais”, acrescentou.

Ordem dos Enfermeiros
Rentabilizar as competências aos profissionais de enfermagem nas Urgências é uma boa medida, mas não resolverá os problemas de...

“Esta não é a solução para resolver os problemas de base dos serviços de saúde”, diz a Presidente do Conselho Directivo Regional da Secção Regional do Centro (SRC), num editorial da revista Enfermagem e o Cidadão, que é divulgada hoje nos seis distritos do Centro de Portugal.

Para a Enfª Isabel Oliveira, os enfermeiros têm competências para desempenhar cabalmente as actividades nas urgências hospitalares conferidas num recente diploma do Ministério da Saúde, mas “é preciso ter cuidado com a leitura” dos discursos de que os enfermeiros podem ser a solução, suprindo a falta de outros profissionais.

“Para quando a correcta alocação de enfermeiros nos serviços? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que lamentavelmente e tão frequentemente podemos constatar nas visitas de acompanhamento do exercício profissional? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que veem as suas actividades aumentarem, acrescentando mais ao que tanto fazem, sendo frequentemente menos do que deviam ser?”, interroga.

No entendimento da dirigente, “apesar da sua comprovada importância, a maior parte da sociedade desconhece aquilo que os enfermeiros fazem, e se são ou não suficientes para o que fazem”.

Quando acontecem situações graves, como os que se verificaram com a elevada afluência de cidadãos às Urgências nos primeiros meses de 2015, para os governantes “a situação é normal nesta altura do ano, e ‘arranjam-se’ soluções temporárias” para fazer face ao problema, observa a Enfª Isabel Oliveira.

Para a população – salienta – “quando algo corre mal normalmente vem associado à falta de médicos”, e “raríssimas vezes os enfermeiros são falados”.

No entendimento da dirigente da Ordem dos Enfermeiros (OE), “tanto para a população, como para os governantes, os enfermeiros não são problema nem fazem parte da solução”, na generalidade das situações.

Esta falta de percepção – acrescenta a Enfª Isabel Oliveira – “acontece porque o financiamento em Saúde é feito a partir da actividade médica”.

“Quando o financiamento [da Saúde] também for efectuado pela actividade dos enfermeiros, aí os enfermeiros farão parte da solução e da caraterização do problema. Então passará a ser visto o que é feito e o que deixa de ser efectuado”, sublinha.

Recorda que nas Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional a OE tem identificado e denunciado diversos problemas associados ao reduzido número de enfermeiros para as necessidades identificadas, que colocam em causa a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos cidadãos.

“Continuar a manter a cabeça ‘enterrada’ na areia terá os seus efeitos a médio/longo prazo. Não há investimento na promoção da saúde e prevenção da doença, não existe planeamento estratégico em Saúde a longo prazo”, afirma.

Na óptica da presidente do Conselho Directivo Regional da SRC da Ordem dos Enfermeiros, “uma população saudável é uma população feliz, activa, trabalhadora, mas esse investimento tem de ser feito desde o nascimento”, na comunidade, onde as famílias vivem, onde as crianças estudam, e não apenas quando ficam doentes.

“Faltam profissionais de saúde nos Cuidados de Saúde Primários, nas comunidades, nas escolas, e sobrecarregar o que falta não será a melhor solução, repor o necessário é o caminho. É urgente e não só para as Urgências”, conclui a Enfª Isabel Oliveira.

Em Portugal
A Entidade Reguladora da Saúde aponta para a existência de um oligopólio (controlo por poucas empresas) nos seguros de saúde em...

No estudo sobre “Os seguros e o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) refere que “o rácio de concentração dos dois maiores concorrentes, medido pela soma das suas quotas de mercado, é superior a 50%”.

Por esta razão, acrescenta o regulador, “poderá estar-se na verdade perante uma estrutura de mercado de oligopólio”.

Dados apresentados no estudo indicam que a quota de mercado da Fidelidade é de 32,2%, seguindo-se a Ocidental Seguros (23,3%), a Allianz (7,9%), a Tranquilidade (6,7%), a Victoria Seguros (5%), o BES Seguros (4,8%), a AXA Seguros (3,7%), Açoreana (3,5%), a Generali (3,4%) e a Lusitânia Seguros (1,9%).

O estudo indica que existem 26 seguradoras que, em 2013, apresentaram produção no ramo doença.

“Este grau de concentração de mercado e o número de seguradoras no mercado sugerem que o tipo de estrutura de mercado dos seguros de saúde poderá ser de concorrência monopolística”.

Trata-se de “uma situação intermédia entre concorrência perfeita e monopólio, que se caracteriza por concorrência imperfeita, algumas barreiras à entrada no mercado, diferenciação do produto e capacidade de definição de preços com alguma liberdade por parte das seguradoras”, lê-se no relatório.

Segundo os autores, o mercado dos seguros de saúde em Portugal “é pequeno, em comparação com o mercado europeu”.

“O volume de prémios brutos em Portugal equivale a 0,5% do total de prémios de 2012, de 112.831.371 milhares de euros, dos 27 países membros da associação europeia de seguros e resseguros Insurance Europe com dados disponíveis comparáveis aos de Portugal”, adianta o documento.

Entidade Reguladora
Os portugueses compram seguros de saúde para conseguirem uma consulta mais rapidamente, enquanto o custo e as situações não...

Este “perfil típico do utente detentor de apólices de seguros de saúde em Portugal” consta de um relatório sobre “Os seguros de saúde e o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde”, elaborado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

O inquérito resultou de uma amostra composta de 241 pessoas, concluindo que o perfil típico destes utentes “encontra-se na faixa etária entre os 30 e 64 anos”.

Este utente tem, na sua maioria, seguros de saúde há mais de três anos e como principais razões para a contratação de um seguro de saúde e como vantagens aponta o facto de beneficiar de tempos de espera mais curtos em consultas, a prevenção e a maior liberdade na escolha dos estabelecimentos de saúde.

Em relação aos principais motivos de insatisfação com o seguro, é indicado o preço e as coberturas e exclusões.

Segundo a ERS, “a natureza da relação estabelecida entre a seguradora e o segurado poderá envolver um efeito designado por risco moral, na medida em que a cobertura financeira garantida das despesas em saúde pode induzir uma procura de cuidados de saúde em volume superior à que ocorreria se o utente não tivesse um seguro”.

O regulador refere que as seguradoras encetam algumas acções de combate ao risco moral que “também se destinam à contenção ou redução dos montantes pagos em sinistros”.

Este processo, designado por desnatação, “consiste na tentativa, por parte das seguradoras, de evitar os riscos maus, procurando segurar apenas situações de sinistros de risco mais baixo”.

A ERS analisou as práticas contratuais das seguradoras e constatou que a prevenção do risco moral e a desnatação surgem associadas à imposição de determinadas cláusulas contratuais.

No caso da prevenção de risco moral, as seguradoras “retiram da cobertura dos seguros intervenções médico-cirúrgicas com custos elevados, estipulam limites em termos de quantidade de sessões de fisioterapia ou de consultas de especialidade”.

A prática de desnatação passa pela exclusão dos cuidados de saúde que “possam ser necessários ao tratamento de doença entretanto adquirida pelo segurado ou determinam limites de idade para contratar e para cessar o contrato de seguro”.

Perante esta prática, a ERS concluiu que, “se os seguros de saúde não fossem complementares, passando a substituir o SNS na cobertura das despesas em saúde dos cidadãos, a universalidade do acesso aos cuidados de saúde não estaria garantida”.

Entidade Reguladora
A diminuição do financiamento público nas despesas em saúde promoveu o crescimento dos seguros de saúde, cujo mercado se está a...

O estudo sobre “Os seguros e o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde”, refere que estes seguros privados “têm apresentado um crescimento significativo em Portugal, ao passo que o financiamento público das despesas em saúde tem apresentado uma tendência de queda”.

Entre 2004 e 2013, “a parcela correspondente ao financiamento público diminuiu" e, por outro lado, o financiamento privado tornou-se mais importante, "crescendo de 30,3% para 34,0%”, prossegue o documento.

Segundo a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), “o volume de receita de prémios tem crescido continuamente, tendo esta produção aumentado 45% entre 2006 e 2014, com um crescimento médio anual de 4,8%”.

Este crescimento é “reforçado pela pressão sobre os gastos em saúde do envelhecimento da população e da elevação dos custos com a inovação tecnológica em saúde”.

Os autores ressalvam que “o potencial de crescimento dos seguros está a ser restringido pelos efeitos negativos da crise que o país atravessa sobre o rendimento das famílias e o emprego”.

A este propósito, lê-se no documento que “é possível identificar um efeito da crise que o país atravessa sobre o rendimento das famílias, verificando-se que o rendimento médio disponível das famílias diminuiu 7,2% entre 2010 e 2013”.

“Esta diminuição do rendimento pode ter levado muitas famílias a reduzir as suas despesas com seguros de saúde”, prossegue o relatório, indicando que, “a manter-se esta tendência de baixa dos rendimentos, ainda mais famílias poderão optar por prescindir de seguros de saúde”.

Isto porque, segundo a ERS, “o custo da contratação de um seguro de saúde constitui um valor a pagar em acréscimo aos impostos que os cidadãos já pagam para o financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos Serviços Regionais de Saúde (SRS), que, por sua vez, possibilitam o acesso garantido à rede pública e aos prestadores de cuidados de saúde não públicos com quem são celebrados contratos, conforme previsto na Base XII da Lei de Bases da Saúde”.

“O desemprego também produzirá um efeito negativo sobre o mercado dos seguros de saúde privados, na medida em que grande parte dos seguros de saúde corresponde a seguros de grupo, disponibilizados pelo empregador para os seus empregados”, alerta o regulador.

Mas a principal razão apontada pela ERS para o impacto negativo sobre o mercado dos seguros é a “redução do orçamento pessoal ou familiar ocasionado pelo desemprego, que pode levar os cidadãos a terem de cortar nos seguros individuais que eventualmente detinham previamente à situação de desemprego”.

“Apesar disto, os seguros de saúde privados deverão continuar a apresentar crescimento em Portugal a médio prazo, como forma de financiamento complementar ao que deve ser garantido aos cidadãos pela prestação de cuidados de saúde pública e publicamente financiada”, lê-se no documento.

Utentes
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo disse ter "acabado o estado de graça" da administração do Centro...

"Chega de palavras, queremos acções concretas de um conselho de administração que já esgotou o seu estado de graça", disse o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), Manuel Soares, tendo reclamado por "um melhor funcionamento da urgência nas três unidades" do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si e que funcionam em regime de complementaridade.

"Para além de um melhor serviço nas urgências do CHMT, defendemos a existência da medicina interna e pediatria nos três hospitais, a cirurgia geral nas três unidades, e o desenvolvimento das especialidades já existentes em articulação com os cuidados de saúde primários e centros de saúde", disse Manuel Soares, em conferência de imprensa realizada junto ao hospital de Torres Novas.

"Os milhares de cidadãos que deram corpo a esta iniciativa, constatam que as sucessivas reorganizações do CHMT e dos Centros de Saúde (integrados no ACES Médio Tejo), trouxeram mais sofrimento e ansiedade a cada vez mais pessoas na região", declarou, tendo acrescentado que "o acesso aos cuidados de saúde piorou, a concentração de serviços não correspondeu a mais qualidade", e que as distâncias que doentes e familiares têm de percorrer "implicam mais sofrimento físico e mais despesas".

Segundo defendeu o dirigente da comissão de utentes, "os tempos de espera no serviço de urgências do CHMT são fruto da má organização das urgências e da descoordenação com os cuidados primários, que nuns locais encerraram os serviços e noutros não têm horários compatíveis com a actividade da população".

Com o mote "Pela nossa saúde, respeitem a vontade das populações", a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo exibiu os documentos com as 19 mil e 94 assinaturas recolhidas e destacou publicamente o seu conteúdo, onde se reivindica uma "melhor organização dos cuidados hospitalares e de saúde" no CHMT.

"Pedimos hoje, formalmente, uma reunião ao conselho de administração do CHMT para calendarizar o início dos procedimentos para a implementação das reivindicações da população, tendo em conta que as reivindicações das pessoas vão ao encontro da vontade pública já manifestada pela própria administração do CHMT", observou Soares.

Sobre o CA do CHMT, que iniciou funções em Julho de 2014, Manuel Soares disse que "o seu estado de graça já acabou", tendo reiterado ser "tempo de passar das palavras às acções concretas".

IEFP
Os licenciados e mestres pela Universidade da Beira Interior tiveram um aumento de 2% na empregabilidade, obtendo uma média de...

24 dos 29 cursos apresentam valores de empregabilidade acima dos 90%, sendo as engenharias e os cursos na área da saúde os que apresentam melhores resultados. Todos os cursos da Universidade da Beira Interior (UBI) têm mais de 85% de taxa de empregabilidade.

Se os 100% apresentados pela medicina são previsíveis, os 98% da biotecnologia ou os 92% do cinema são uma agradável surpresa, demonstrativa do esforço que tem sido feito para aproximar o aluno finalista do mercado de trabalho, através de estágios, o que se traduz posteriormente pela sua absorção relativamente fácil pela entidade empregadora. Daí uma redução de 13% no número bruto de inscritos de alunos formados na UBI no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Os cursos de engenharia continuam a ser as formações com maiores oportunidades de trabalho, registando o gabinete de estágios da UBI uma procura superior à oferta.

Os dados foram divulgados pela Direcção Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência, tendo por base o número de inscritos no IEFP.

Maratona da Saúde e RTP realizam
O Espectáculo Solidário da Maratona da Saúde está de regresso aos ecrãs da RTP no próximo dia 27 de Março, sexta-feira, numa...

Uma maratona televisiva que une a música e o humor à angariação de fundos para a investigação científica sobre a Diabetes, o tema desta segunda edição da Maratona da Saúde. Jorge Gabriel é o embaixador e vai apresentar este espectáculo solidário em conjunto com Catarina Furtado sob o mote “Juntos vamos vencer a Diabetes”.

José Cid, Kátia Guerreiro, Berg, Paulo de Carvalho, Jorge Palma, Simone de Oliveira, Ricardo Ribeiro, Sara Tavares, Luiz Caracol, Miguel Ângelo e Eduardo Nascimento são alguns dos artistas que vão abrilhantar este espectáculo, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Para Jorge Gabriel, “estas iniciativas estão no conjunto das actividades de cidadania, onde todos nos devemos envolver. A Maratona da Saúde é a oportunidade de colaborarmos com homens e mulheres que desenvolvem um trabalho incansável de pesquisa de tratamento desta doença, a diabetes, e concomitantemente aprofundarmos o nosso conhecimento sobre este flagelo, silencioso, que nos corrói sem disso darmos conta. Simples gestos, como uma chamada telefónica, podem tornar mais próxima a cura. Contamos consigo.”

Esta iniciativa permite, através do entretenimento, sensibilizar os portugueses para a doença da Diabetes, com testemunhos e histórias de vida não só de anónimos como também de figuras conhecidas do grande público.

Ao longo da emissão, os telespectadores poderão contribuir para esta causa através de chamadas para o número de valor acrescentado 760 20 60 90 (0,60 euros + IVA), e para um número fixo cujas chamadas estarão a ser atendidas por um Call Center especialmente formado por caras voluntárias da RTP, da PT e cientistas portugueses.

Na primeira edição, dedicada ao tema do Cancro, a maratona televisiva foi emitida durante nove horas em directo, na RTP1 e RTP Internacional, e permitiu angariar mais de 160 mil Euros para a causa da Maratona da Saúde, através de cerca de 230 mil chamadas telefónicas e o envolvimento de mais de 150 voluntários.

Para António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde, “A Maratona da Saúde quer acelerar a investigação científica possibilitando assim uma melhor prevenção, um melhor diagnóstico e melhores tratamentos para as principais doenças que ainda não têm cura definitiva, como é o caso da diabetes. Temos uma grande missão: mostrar aos portugueses que é possível, com os cientistas que temos, mudar as estatísticas em Portugal. Contamos com a participação da sociedade civil neste grande desafio”.

Investigação científica precisa-se. Mais de 1 milhão de portugueses com Diabetes
A Maratona da Saúde tem por objectivo alertar toda a população para a importância da investigação científica no combate e prevenção das principais doenças que ainda não têm cura definitiva.

Nesta segunda edição, o tema é a Diabetes, uma doença que afecta mais de 1 milhão de portugueses, sendo que outros 2 Milhões são pré-diabéticos. São números alarmantes que culminam no facto de Portugal ser o terceiro país da OCDE, num total de 33 países, com maior prevalência da doença.

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