Em Abril
Portugal acolhe em Abril o 1º Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores, para “chamar atenção da Lusofonia” para...

Entre os dias 20 e 21 de Abril, especialistas de saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão debater temas relacionados com arboviroses, doenças transmitidas por carraças, filariose, leishmaniose, malária e nanotecnologia no diagnóstico e prevenção de doenças transmitidas por vectores, durante o 1º Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores.

O evento, que se realiza em simultâneo com o III Congresso Nacional de Medicina Tropical, será organizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical e a Universidade Nova de Lisboa.

“Com a globalização e as viagens que se fazem – cada vez mais se viaja de país lusófono para países lusófonos - aumentam os riscos de doenças, quer as contraídas cá, como as transmitidas nos outros países”, disse a presidente da Comissão Científica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lenea Campino.

Na véspera da reunião, peritos de saúde da CPLP vão realizar um seminário sobre Monitorização e controlo de vectores em Portugal e no espaço europeu, a eliminação da doença de Chagas na Europa e seu controle nas Américas e Pacífico Ocidental: avanços, desafios e oportunidades, e um Curso Medicina do Viajante.

Em entrevista, Lenea Campino disse que a ideia é “trocar experiências, alertar – não é alertar de alarmar aos profissionais da saúde, bem como as comunidades, que precisam de fazer profilaxia” às enfermidades que têm registado, especialmente, na Europa, decorrente da globalização.

“Ultimamente tem acontecido que a Europa tem tido surtos epidémicos e muitas vezes há focos endémicos de doenças anteriormente desconhecidas, como por exemplo, o vírus do dengue, a Chikungunya, que têm sempre casos fatais. Se as pessoas não estiverem alertadas, o diagnóstico pode não ser feito com a urgência que deve ser e o tratamento adequado”, afirmou.

Lenea Campino citou o caso de dengue na ilha da Madeira, em 2012, onde se registaram 2.168 casos, cujo diagnóstico rápido foi feito pela Direcção-Geral da Saúde, pelo Instituto de Medicina Tropical e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) europeu, que “conseguiram evitar” mais casos e eliminar a epidemia.

Num artigo de opinião, sobre os dois eventos, a presidente da Comissão Científica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical referiu que “estas infeções comumente fixadas em regiões tropicais e subtropicais estão em expansão, estimando-se até 17% da taxa global das doenças infecciosas”.

“A mais mortal de todas, a malária, foi estimada como sendo a causa de 584.000 mortes em 2013, a doença com um crescimento mais rápido é o dengue, estimando-se que possam ocorrer cerca de 390 milhões de infecções pelo vírus com potenciais 96 milhões de casos patentes”, assinala.

Recentemente, acrescentou, “observaram-se epidemias de dengue em Cabo Verde, Angola, Moçambique e Portugal (Ilha da Madeira)” e “confirmou-se o ressurgimento da malária na Grécia. Discute-se o risco da emergência da febre amarela na Europa. A infecção pelo vírus chikungunya cobre uma área cada vez mais extensa do globo disseminando-se actualmente pelo continente americano e ilhas”.

“De facto, a Europa e os EUA debatem-se com surtos epidémicos de infecções por agentes patogénicos considerados tropicais”, assegurou Lenea Campino.

O I Congresso Nacional da Medicina Tropical realizou-se em 1952, quando a instituição, que se denominava Instituto de Medicina Tropical e do Hospital do Ultramar, comemorou o 50º aniversário, e a segunda edição foi há dois anos.

Estudo
Desigualdade no tratamento de pessoas com doença mental e “graves lacunas” no processo de desinstitucionalização psiquiátrica...

A premissa que devia orientar um processo de desinstitucionalização, que é melhorar a qualidade e as condições de vida das pessoas, “não foi acautelada”, conclui Filipa Palha, coordenadora do “Trajectórias pelos Cuidados de Saúde Mental em Portugal”, estudo promovido pela Associação para a Promoção da Saúde Mental e Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, com o apoio científico do Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano da Universidade Católica do Porto.

Em entrevista, a especialista em saúde mental critica o facto de ter havido desigualdade no tratamento das pessoas no processo de desinstitucionalização e sugere, até, que o processo seja “travado” caso não sejam garantidas as premissas definidas como necessárias no Plano Nacional de Saúde Mental.

“Há claramente pessoas para as quais a situação se agravou radicalmente”, denuncia Filipa Palha, adiantando que o processo de desinstitucionalização psiquiátrica em Portugal “tem graves lacunas” em termos de planeamento e concretização e que está “longe do que seria expectável”.

“Nem todas as pessoas foram tratadas de igual forma”, assevera a especialista, questionando, por exemplo, o facto de 24 doentes do Hospital Miguel Bombarda, que encerrou em 2011, terem sido transferidos para uma “vivenda de luxo” – a Casa do Restelo -, enquanto outros utentes foram colocados em lares de terceira idade que vieram a ser encerrados por falta de condições mínimas de habitabilidade, ou levados para o Centro Social do Pisão (Sintra), cuja localidade mais próxima é a quatro quilómetros de carro.

A investigação teve por base entrevistas a doentes mentais desinstitucionalizados, seus familiares e profissionais que viveram a experiência do encerramento de hospitais psiquiátricos em Portugal, designadamente o Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, o Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes, em Coimbra, e o Hospital do Lorvão, em Penacova, estes dois últimos encerrados em 2012.

Para o estudo foram entrevistados, entre Janeiro de 2013 e Setembro de 2014, seis doentes mentais desinstitucionalizados, oito familiares e dez profissionais.

O estudo diz também que Portugal está “longe de garantir um dos direitos fundamentais das pessoas com doença mental (…) que é o direito aos melhores cuidados de saúde disponíveis, integrados no sistema de saúde a apoio social”.

Para melhorar o processo de institucionalização, Filipa Palha considera necessário um maior orçamento para a saúde mental e defende que não se devia ter encerrado nenhuma instituição sem que houvesse alternativas.

Em Portugal, a prevalência da experiência de uma doença mental é de cerca de 30%, incluindo-se neste valor desde a pessoa que sofre de depressão, àquela que tem esquizofrenia crónica e está institucionalizada há 30 anos.

O estudo “Trajectórias pelos cuidados de saúde mental em Portugal” vai ser apresentado publicamente por Filipa Palha no próximo dia 13, no Auditório da Clínica Psiquiátrica de São José (Lisboa), pelas 17:00.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde recomendou a redução do consumo de açúcares livres ou escondidos em produtos como o ‘ketchup’ e...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses açúcares devem representar apenas 10% da ração energética diária da população, em todas as fases da vida.

Tais 10% são equivalentes a 50 gramas de açúcar ou 12 colheres de café.

A OMS recorda que uma grande parte dos açúcares consumidos actualmente está “escondida” nos alimentos que não são considerados doces.

Uma colher de sopa de ‘ketchup’ representa quatro gramas de açúcar escondido, e uma lata de gasosa doce pode conter até 40 gramas de açúcar escondido, ou seja, 10 colheres de café.

Se o consumo diário de açúcares escondidos ficar abaixo dos 5%, será ainda melhor para a saúde dos consumidores, prosseguiu a OMS.

Em particular, uma melhor etiquetagem dos alimentos, informando sobre o teor de açúcares escondidos, pode permitir reduzir o seu consumo, de acordo com a OMS.

Além disso, serão necessárias menos “campanhas publicitárias com crianças como destinatários, para produtos alimentares ou bebidas não-alcoólicas com alto teor de açúcares camuflados.

A OMS recomenda igualmente aos seus países membros “que iniciem o diálogo com as indústrias agroalimentares para que estas reduzam os açúcares escondidos na composição dos seus produtos”.

Evitar problemas de coluna
O salto alto é esteticamente muito elegante para as senhoras mas a sua utilização deve obedecer a al

A dor na coluna cervical, dorsal ou lombar é um sintoma comum que pode afectar indivíduos de todas as idades mas com causas distintas. Na idade adulta é muito frequente a má postura ser a origem das dores, que quando surgem não damos muita importância mas com o decorrer do tempo podem trazer consequências mais complicadas.

Importa salientar que a coluna vertebral “é um órgão com uma importante função de sustentação e flexibilidade do tronco, e possui estruturas neurológicas muito importantes para a sensibilidade e mobilidade dos membros”, explica Luís Teixeira, cirurgião ortopédico do Spine Center, em Coimbra.

A coluna divide-se em cinco segmentos: cervical, dorsal, lombar, sagrado e coccígeo. “Ao olharmos uma pessoa com uma postura correcta ela deverá, quando vista de frente, estar com os ombros e a bacia nivelados com o chão, correspondendo à coluna a forma de um eixo rectilíneo”, esclarece o especialista. Vista de lado (perfil) a coluna ela apresentará curvaturas ditas fisiológicas (normais) que garantem a boa distribuição de pressão através dos discos intervertebrais. Ou seja, “teremos no perfil uma lordose cervical (convexidade posterior do pescoço), cifose dorsal (convexidade anterior do dorso), lordose lombar (convexidade anterior da região lombar), e uma cifose sacrococcígea (convexidade anterior da região do sacro e coccis)”, refere o cirurgião ortopédico.

Para manter a coluna de “boa saúde”, Luís Teixeira recomenda “a prática de actividades físicas, uma vez que o fortalecimento na musculatura das costas ajuda na sustentação da coluna e, de certa forma, a contrabalançar a desidratação discal que acontecerá com todas as pessoas”. O especialista recomenda ainda cuidados posturais nas actividades diárias, “como sentar-se correctamente, proteger a coluna quando se carregam objectos pesados, e muitos outros que são importantes para procurar evitar o aparecimento de problemas na coluna vertebral. O excesso de peso contribui para o aparecimento e/ou agravamento da patologia da coluna vertebral por sobrecarga mecânica de todas as estruturas vertebrais”. O controlo do peso é, portanto, também um dos importantes factores a ter em conta.

Calçado vs coluna

A escolha do calçado é igualmente de extrema importância, uma vez que “deve dar estabilidade ao pé que carrega o peso de todo o corpo e que não altere o balanço sagital da coluna vertebral, evitando criar desequilíbrios no eixo de carga que podem ser muito prejudiciais”, refere o especialista sublinhando que, o calçado deve ser o número correcto, deve respeitar o formato do pé evitando a compressão sem alterar a forma de andar, deve ser escolhido o sapato de acordo com a função a que se destina: desportivo, laboral ou para actividades sociais.

O salto alto é esteticamente muito elegante para as senhoras mas a sua utilização deve obedecer a algumas regras: “o salto não deve ultrapassar os 4 cm e deve ter uma base de apoio o mais larga possível para evitar instabilidades. Quando há necessidade de obter maior altura, tal deve ser compensado na parte anterior do sapato para que a diferença final se mantenha nos valores atrás referidos”, aconselha Luís Teixeira.

O sapato com salto alto altera a maneira como a mulher anda. Este tipo de calçado força levemente a cabeça para frente e os ombros para trás. A mudança, aparentemente pequena, causa uma angulação diferente na coluna e o resultado pode ser dores no calcanhar, tornozelos, joelhos ou vértebras. “Além das dores, o salto alto favorece a torção do tornozelo e em idosos aumenta o risco de quedas e fracturas secundárias”, esclarece o médico especialista.

E os modelos dos saltos também podem pesar na equação já que os do tipo fininho “forçam uma maior pressão sobre os calcanhares enquanto os mais largos são menos prejudiciais”. As mulheres que usam saltos diariamente devem, quando possível, retirá-los e apoiar os pés no chão enquanto estiver sentada. Mas, para quem já sofre de dores na coluna, as notícias são menos animadoras, devendo abandonar-se, quase por completo, o uso de saltos e optar por uma terapia como a hidroginástica ou a fisioterapia.

Principais doenças de coluna

“A frequência da patologia da coluna depende do escalão etário em que se insere cada indivíduo”, esclarece Luís Teixeira. Na criança e adolescente, as deformidades (escoliose, etc.) e as malformações congénitas são as patologias mais frequentes. No adulto jovem, a hérnia discal e a patologia traumática são as doenças mais prevalentes.

“Com o avançar da idade as doenças degenerativas como o canal estreito lombar, as discopatias e a espondilolisteses tornam-se mais frequentes, surgindo ainda em idade mais avançadas as fracturas osteoporóticas vertebrais”, explica Luís Teixeira, acrescentando que, os discos intervertebrais sofrem mudanças importantes no seu volume, formato, estrutura e composição, o que tem como consequência uma menor capacidade de realizar a sua função nativa de transferência de cargas e de estabilidade.

O disco é um complexo fibrocartilaginoso que funciona como o principal elo estrutural entre os corpos vertebrais adjacentes. Quando essa morfologia do disco muda com o envelhecimento, ocorre: perda da altura do disco, protusão do disco central para dentro do corpo vertebral e proeminência do anel fibroso. Até que, por fim, ocorre saída de disco do espaço intervertebral (hérnia de disco) pela ruptura das fibras desse anel.

5 conselhos para uma correcta utilização calçado vs coluna

  1. Evitar saltos de altura superior a 4 cm e com base estreita;
  2. Se o fizerem, façam-no por períodos de tempo o mais curto possível;
  3. Praticar exercício físico para fortalecimento da musculatura lombar paravertebral e dos membros inferiores;
  4. Em profissões que permaneçam por períodos prolongados de tempo em pé deve ser usado calçado confortável e sem salto ou com salto muito reduzido;
  5. Evitem usar compensações no calçado (tacão ou palmilhas) sem a indicação de um especialista.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Na “Capital da Catalunha”
Ricardo Melo, estudante na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra conta-nos a sua experiência ERAS

No período de 9 de Setembro a 22 de Novembro do ano de 2014, enquanto estudante do curso de licenciatura em enfermagem, tive oportunidade de realizar o programa de mobilidade internacional - ERASMUS. Sempre foi algo que planeei no decorrer do meu percurso académico, quer pela experiência pessoal quer pelo enriquecimento curricular e formativo na construção da minha identidade profissional. Parti nesta aventura acompanhado de seis colegas que, à minha semelhança, iriam realizar ensino clínico na área de cuidados de saúde primários/diferenciados. Na bagagem carreguei a saudade, fomentada pela ansiedade e medo face à incerteza do sucesso deste desafio.

A cidade que me acolheu - “Capital da Catalunha” - é atração de muitos turistas que se pretendem deslumbrar com a arquitectura de Gaudí, provar as suas saborosas “tapas”, banhar-se nas calmas praias Mediterrâneas, ou mesmo, assistir a um jogo de futebol no mágico Camp Nou: falo, está claro, da cidade de Barcelona.

 

As 10 semanas seguintes foram passadas no Centre d´Atenció Primària Sagrada Familia, uma unidade prestadora de cuidados de saúde primários numa zona com uma população de elevado nível socioeconómico. Neste percurso, acompanhei o trabalho de toda a equipa multiprofissional daquela instituição, que, na minha opinião, desenvolve um trabalho em equipa distinto, onde existe envolvimento de todos os profissionais respeitando cada um as competências dos demais.

A proximidade que mantinha com a comunidade através das visitas domiciliárias facilitou significativamente a possibilidade de conhecer os seus contextos culturais, sociais, políticos e económicos e até as rotinas quotidianas tão características desta população.

 

A grande barreira e o grande desafio enquanto estudante de enfermagem e que, neste contexto, seria colocada à prova foi a Comunicação (aquela que, pessoalmente, considero ser a principal ferramenta de trabalho do enfermeiro). Como é que o enfermeiro cuida quando é colocado num contexto idiomático que não domina otimamente? Embora tivesse concluído algumas formações em castelhano, senti nas primeiras semanas alguma dificuldade a esse nível, quer ao nível da comunicação com os utentes quer ao nível da integração na unidade de saúde, uma vez que o idioma mais usado na Catalunha é o catalão, do qual não possuía qualquer domínio. Com o decorrer das semanas, a ajuda e compreensão da equipa que me acompanhava, assim como a autoformação desenvolvida, foram essenciais para suprir esta dificuldade que com o passar do tempo se atenuou, permitindo-me aproveitar eficazmente as diversas oportunidades de aprendizagem que foram surgindo.

A prática de enfermagem em Espanha assemelha-se em parte àquilo que eu, enquanto estudante vivencio em Portugal, no âmbito dos cuidados de saúde de nível primário. O enfermeiro apresenta um papel fundamental ao nível de prevenção e promoção de hábitos de saúde.

De volta a Portugal, sinto-me realizado com esta experiência de mobilidade, que aconselho a todos os colegas. Atrevo-me a dizer que um dia voltarei à fantástica Barcelona para recordar todos os momentos vivenciados num tão curto espaço de tempo (3 meses), onde deixo também a saudade das aventuras academicamente experienciadas. Com a certeza que o contexto sociocultural que experienciei me permitiu ter uma visão mais alargada enquanto pessoa, o que se traduzirá na minha concepção do cuidar da pessoa consoante o seu contexto.

 

Ricardo António Pinheiro Melo - Estudante do CLE na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (4º Ano)

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alunos, professores e funcionários
Alunos, professores e funcionários das escolas portuguesas vão passar a poder ter formação em suporte básico de vida, anunciou...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Direcção-geral da Educação assinam na quinta-feira um protocolo de colaboração que possibilita a formação em suporte básico de vida a alunos do 3.º ciclo do ensino básico e a professores e funcionários dos agrupamentos de escolas e das escolas não agrupadas.

O protocolo, que entra em vigor já este ano lectivo, abrange ainda a formação certificada dos professores como formadores em suporte básico de vida e prevê a acreditação dos centros de formação de associações de escolas como entidades acreditadas pelo INEM para formação em suporte básico de vida.

O INEM lembra que há um conjunto de procedimentos e atitudes que, quando desencadeados de forma adequada e eficaz, aumentam a possibilidade de sobrevivência de vítimas em paragem cardiorrespiratória.

“É por isso fundamental que quem presencia este tipo de ocorrência reconheça a gravidade da situação e saiba como actuar, ligando de imediato 112 e iniciando manobras de suporte básico de vida, as vulgarmente chamadas manobras de reanimação”, refere o INEM num comunicado.

O domínio daquelas manobras e procedimentos pode salvar vidas e deve ser incorporado desde cedo na vida de cada cidadão, considera o Instituto.

O Programa Nacional de Saúde Escolar – 2014 já defendia que a maioria dos profissionais de educação das escolas devia ter formação em suporte básico de vida.

"É importante que a escola disponha de um local próprio para primeiros socorros e que a maioria dos profissionais de educação possua formação em suporte básico de vida", refere o documento elaborado no ano passado pela Direcção-geral da Saúde.

O documento sugeria que as equipas de saúde escolar deviam aumentar as competências da comunidade escolar na avaliação da criança vítima de acidente e prestação de primeiros socorros.

Além dos profissionais, também as crianças a partir dos 10 anos são capazes de aprender e aplicar técnicas de suporte básico de vida: "Esta formação precoce reduz a ansiedade sobre os possíveis erros e aumenta acentuadamente a disponibilidade para ajudar".

OCDE
Um quinto das pessoas que trabalham sofre de uma doença mental, o que vai afectar, em algum momento da vida, metade desta...

Esta prevalência explica o elevado custo económico das doenças mentais, sublinha a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com base nas análises de casos de nove países-membros e outros trabalhos realizados desde 2012.

Em 2010, um estudo da UE quantificava o custo das doenças mentais em 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), estimativa que a OCDE considera conservadora por não contabilizar o impacto das doenças derivadas do consumo de estupefacientes e por avaliar apenas custos indirectos conhecidos pela atribuição de subsídios de doença e incapacidade.

A diferença na taxa de actividade entre as pessoas que sofrem de uma doença mental e as que não, varia entre 10 a 15% nos casos de problemas ligeiros e 25 a 30% nos mais graves.

Na prática, os trabalhadores que têm uma doença mental de leve a moderada estão expostos, no mundo desenvolvido, a um risco duplo de ficarem desempregados. A taxa de desemprego de quem sofre uma doença mental grave por ser quatro ou cinco vezes superior à de trabalhadores saudáveis.

Para dar resposta a esta situação, a OCDE defende que a saúde mental deve ser uma prioridade no mundo laboral, no sistema de saúde e em todas as políticas sociais, incluindo para o desemprego e para incapacidades.

A intervenção deve ser feita a partir do momento que a doença mental afecta negativamente a educação e a transição para o mundo laboral.

Frequentemente só se começa a atuar quando o doente já está afastado do mercado laboral há anos, adverte a organização.

"Qualquer acção em escolas ou no lugar de trabalho terá um maior impacto e mais duradouro que esperar até que as pessoas tenham abandonado o sistema educativo ou o mercado de trabalho", afirma.

Outro ponto importante é a realização de uma política coordenada nas áreas do emprego, saúde e educação.

"Serviços integrados oferecem resultados significativamente melhores e mais rápidos", de acordo com a OCDE, que pede também a implicação dos especialistas em saúde mental.

Professores, empresários, supervisores ou trabalhadores dos serviços de emprego podem identificar problemas com mais facilidade e recorrer a profissionais quando necessário, acrescenta.

8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Na semana em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de...

Com uma esperança média de vida de 82,79 anos (mais 6 anos do que os homens) as portuguesas idosas estão em maioria nos internamentos dos hospitais, geralmente devido a complicações associadas a infecções respiratórias, doença coronária, AVC, insuficiência cardíaca e tumores. Estes problemas de saúde estão directamente relacionados com a condição económica. “As idosas com melhor situação económica têm geralmente menos problemas de saúde e problemas de saúde menos graves do que as mulheres mais pobres. As centenárias são geralmente mulheres ricas e que levam uma vida activa”, explica João Gorjão Clara, coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI), internista e cardiologista.

Perante esta realidade, João Gorjão Clara considera ser premente “aumentar a quantidade de serviços de cuidados continuados, assim como a promoção de campanhas que estimulem a prática de uma alimentação saudável, actividade intelectual e exercício físico junto da população idosa. É preciso ler, conviver e não se desligar da realidade”.

O especialista em geriatria defende também a necessidade de “desenvolver programas de saúde especificamente orientados para a terceira idade, como por exemplo o ProFound, um programa europeu de prevenção de quedas e de promoção do envelhecimento activo, que poderá vir a ser implementado em Lisboa”.

O coordenador do GERMI afirma também que, em Portugal, ainda há um longo caminho a percorrer até se conseguir que a Geriatria seja vista como peça-chave no tratamento dos mais velhos. “Nem todas as pessoas de idade avançada são pacientes geriátricos. Trata-se de uma falsa ideia”.

Dos idosos internados, estima-se que sejam 15% aqueles que necessitam de cuidados em unidades de Geriatria. Mas todos eles têm particularidades que condicionam as manifestações clínicas, a estratégia diagnóstica, as opções terapêuticas. Para estes também é preciso actualizar conhecimentos, optimizar a intervenção médica”.

E continua: “A aposta na Geriatria traria vantagens também a médio, longo prazo, porque os doentes teriam uma melhor qualidade de vida e, paralelamente, o Serviço Nacional de Saúde teria menos (re) internamentos, menor agudização de doenças que exigem vários cuidados, menos gastos.”

O especialista não tem dúvidas em afirmar que a formação em Geriatria optimiza os cuidados a idosos. Daí a aposta do GERMI, que coordena desde há alguns meses, na realização da sua primeira reunião, nos dias 12 e 13 de Março, no Hotel dos Templários, em Tomar dirigida a todos os profissionais de saúde que sentem necessidade de dar uma resposta mais concreta a doentes geriátricos, como acontece na Medicina Geral e Familiar (MGF).

Bolsa de 12.500 euros
Uma médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra venceu uma bolsa de investigação no valor de 12.500 euros atribuída...

De acordo com uma nota dos promotores do prémio, Andreia Martins Rosa, 36 anos, oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e estudante de doutoramento na faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, (UC) venceu a bolsa D. Manuel de Mello entre 47 candidatos.

Na nota, a premiada afirma que a atribuição vai permitir prosseguir um trabalho de investigação "cujo objectivo é compreender a forma como o cérebro se adapta à visão após a cirurgia de catarata, em especial com as mais recentes lentes intraoculares premium".

A médica oftalmologista refere que a visão "não é apenas um a imagem óptica", antes uma percepção "que depende do processamento cerebral" de cada pessoa e que a forma como cada um se adapta a uma modificação súbita da forma como vê - seja após uma cirurgia às cataratas ou até quando muda de óculos - "é muito variável".

"O objectivo deste projecto é descobrir a forma como o cérebro se adapta ao novo tipo de imagem obtido com as mais recentes lentes intraoculares, as lentes premium. Para isso vamos usar, pela primeira vez neste contexto, ressonância magnética funcional para observar as áreas do cérebro que estão a ser activadas e a sua evolução ao longo do tempo", explica Andreia Martins Rosa.

Os promotores da bolsa - atribuída anualmente pela José de Mello Saúde e Fundação Manuel de Mello com o objectivo de contribuir para a investigação e progresso das ciências da saúde - adiantam que o projecto agora premiado "pretende responder a uma questão clínica extremamente relevante" e que a investigação em causa possui "aplicabilidade clínica directa".

"Trata-se de uma abordagem completamente inovadora a uma questão de enorme relevância, dado que é necessário realizar cirurgias oftalmológicas subsequentes [às cirurgias às cataratas] para remover algumas lentes intraoculares em 4 a 12% dos doentes.

A bolsa D. Manuel de Mello 2014 é atribuída hoje à médica e investigadora de Coimbra, numa cerimónia agendada para as 11:00 na sede da José de Mello Saúde em Carnaxide, concelho de Oeiras.

Noruega, Islândia e Liechtenstein
25 projectos portugueses para a promoção da saúde pública, de hospitais, universidades e organizações não-governamentais, vão...

Os projectos foram escolhidos por um comité de selecção do programa Iniciativas de Saúde Pública, programa suportado pelos três países doadores e destinado a 10 estados europeus, incluindo Portugal.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que divulgou numa nota o número de projectos nacionais aprovados, é a entidade que gere o programa em Portugal .

As propostas aprovadas, de acordo com as áreas temáticas definidas no regulamento do programa, visam a redução das desigualdades entre utentes no domínio da nutrição e a melhoria dos serviços de saúde mental, da prevenção e do tratamento de doenças transmissíveis e do uso dos sistemas de informação de saúde.

Um dos 25 projectos, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, pretende criar um sistema de vigilância para a tuberculose na população de risco. Outro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, propõe-se avaliar o desempenho do Programa Nacional para a Saúde Mental e conceber um novo modelo de financiamento e de organização.

O programa Iniciativas de Saúde Pública, cujo processo de candidaturas terminou em Novembro, decorre até 2016, com o financiamento dos três países doadores do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (2009-2014) a ser atribuído ao abrigo de um memorando de entendimento assinado, em 2012, com Portugal.

Ao todo, em Portugal, foram apresentadas 171 candidaturas, das quais foram validadas 101.

O programa Iniciativas de Saúde Pública prevê também, conforme o contrato-programa acordado entre Portugal e Noruega, Islândia e Liechtenstein, a realização de um inquérito nacional, com exame físico, a 4.200 utentes do Serviço Nacional de Saúde, entre os 25 e os 74 anos, e que está a cargo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Organização que controla estupefacientes alarmada
A Organização Internacional de Controlo de Estupefacientes está alarmada com a proliferação de novas drogas produzidas pelos...

“O aparecimento cada vez mais maciço, nos últimos anos, de novas substâncias psicoativas não submetidas a controlo tornou-se um grave problema de saúde pública e um fenómeno verdadeiramente global”, salienta a Organização Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE), um organismo ligado às Nações Unidas, no seu relatório anual.

Particularmente acentuado nos Estados Unidos, o fenómeno, que emergiu há uma dezena de anos, alastrou-se ao resto do mundo e constitui, segundo a OICE, um “problema cada vez mais grave”.

A 1 de Outubro último, 388 substâncias distintas tinham sido inventariadas em todo o mundo, ou seja, “mais 11%” que em 2013 e duas vezes mais que em 2009.

Produzidas rapidamente em laboratórios, as novas substâncias, entre as quais canabinoides sintéticos, apanham de surpresa as legislações dos diferentes países, beneficiando assim de um vazio jurídico durante o qual são comercializadas, nomeadamente via internet.

“Estas substâncias são muitas vezes apresentadas como produtos ‘legais’ ou ‘naturais’ que substituem as drogas colocadas sob controlo, o que leva a pensar que, se elas não são controladas, é porque são inócuas”, alerta a OICE.

“É particularmente difícil para os poderes públicos identificar tais substâncias suficientemente cedo, dado o ritmo a que elas são colocadas no mercado”, lamenta ainda a organização.

No ano passado, graças a uma lei sobre os “produtos análogos”, os Estados Unidos conseguiram, contudo, apreender “centenas de milhares de embalagens” destinadas a venda, bem como centenas de quilos de substâncias a granel, congratulou-se a OICE. Na ocasião, foram detidas 150 pessoas.

A China é considerada “uma das principais fontes de fornecimento de novas substâncias psicoativas”, recorda o organismo internacional.

Saiba tudo sobre:
A alergia é uma resposta exagerada do organismo a uma substância que as defesas entendem como agress
Alergias

A maior parte das alergias – existem vários tipos de alergia - não têm bem cura, mas é possível controlar os sintomas e manter uma boa qualidade de vida

Uma alergia é uma reacção excessiva do nosso organismo a substâncias que ele considera nocivas (ainda que não o sejam). Ou seja, uma reacção normal seria a reacção imunológica na presença de uma substância nociva, no entanto, devido a uma desregulação do sistema imunitário reage com excesso de zelo e provoca as reacções a que chamamos de alergia. Às substâncias (supostamente) nocivas é dado o nome de "alergénios" que quando entram em contacto com as células de defesa começam a produzir enganosamente certos anticorpos, as IgE. Estas procuram um tipo específico de células no corpo, os mastócitos, que se localizam principalmente na pele e nas membranas mucosas do nariz, olhos e traqueia e estão repletas de munições de defesa, denominadas histamina. Assim, quando as IgE se ligam aos mastócitos, estes recebem um sinal para libertarem o seu conteúdo. A histamina é libertada das células e é aí que começam os problemas. A histamina faz aumentar o fluxo de sangue à zona de contacto, a pele e as membranas mucosas incham, aparece uma crescente sensação de comichão, e surgem os sintomas da alergia, tudo na tentativa de afastar os intrusos, os alergénios.

Tipos de alergias

Existe uma variedade incrível de diferentes tipos de alergia: as pessoas podem ser alérgicas a todo o tipo de substâncias e a alergia pode manifestar-se de muitas maneiras.

Ou seja, substâncias que são respiradas (como o pó doméstico), substâncias que se comem (como mexilhões, morangos ou leite), substâncias que contactam com a pele (cremes, raios solares) e substâncias que penetram na pele (como o ferrão de uma abelha ou vespa), todas elas podem trazer problemas alérgicos.

Sintomas das alergias

A altura em que surgem os primeiros sintomas depende de pessoa para pessoa e da(s) substância(s) a que é alérgico. Por exemplo, numa alergia ao pólen os sintomas ocorrem apenas quando existir pólen no ar, já a alergia a animais e pós domésticos podem causar sintomas durante o ano inteiro, se estiver em contacto com estas substâncias. Também os sintomas a alergias alimentares podem surgir a qualquer momento.

O facto de alguns dos sintomas alérgicos serem semelhantes ao de uma constipação/gripe pode-se confundir ambas as entidades. Assim, quando um indivíduo tem rinite alérgica os sintomas mais frequentes são os espirros, olhos vermelhos, nariz entupido e a pingar, tosse e falta de ar.

Caso tenha urticária (alergia cutânea), então o mais habitual é apresentar manchas e comichão e na alergia alimentar as náuseas e vómitos, a diarreia e a falta de ar são os sinais habituais. As náuseas, a diarreia, o inchaço súbito de uma parte do corpo (principalmente lábios, boca ou garganta), a erupção cutânea, dificuldade em respirar, falar ou engolir são sintomas típicos de uma alergia a medicamentos. Por fim, o choque anafilático manifesta-se com ansiedade extrema, inchaço, tonturas, dificuldades em respirar e erupção cutânea.

Saber se é alérgico e a que substâncias

O maior factor de risco para o desenvolvimento de alergias é a história familiar de doenças alérgicas. Quando uma criança tem um dos pais com alergias tem um risco de 20 a -40 por cento de vir a ter alguma doença alérgica, se os dois pais forem alérgicos o risco de ser afectada sobe para 40 a 60 por cento. No entanto, o contacto precoce com os alergénios e certos factores ambientais como a exposição ao fumo do tabaco e a poluição atmosférica parecem desempenhar um papel importante.

O diagnóstico das doenças alérgicas começa pela recolha cuidadosa da história com a descrição dos sintomas e tentativa de estabelecer uma relação entre a exposição a determinadas substâncias e o aparecimento desses sintomas. É também necessária a observação da parte do corpo à qual se referem as queixas.

Depois podem ser realizados testes para as alergias. Existem essencialmente dois tipos de teste, o PRICK teste e o RAST. No primeiro uma gota de solução contendo cada alergénio é colocada na pele, depois pica-se a pele com uma pequena agulha e marca-se a posição de cada alergénio com uma caneta. Se houver reacção forma-se uma pápula que é medida para comparar com o controlo. O RAST consiste na medição no sangue da IgE específica para determinados alergénios.

No caso de alergia alimentar é necessário realizar testes de provocação especiais com o alimento suspeito de provocar a reacção alérgica. Este teste só deve ser feito com vigilância médica.

Tratar as alergias

A maior parte das alergias – existem vários tipos de alergia - não têm bem cura, mas é possível controlar os sintomas e manter uma boa qualidade de vida.

A primeira regra para diminuir a sintomatologia é evitar o mais possível estar em contacto com a(s) substância(s) a que é alérgico. Por outro lado, há, actualmente, uma enorme variedade de medicamentos utilizados para aliviar os sintomas. Os anti-histamínicos são o tipo de fármacos mais usados uma vez que bloqueiam a acção da histamina, um dos principais mediadores libertado durante a reacção alérgica e assim diminuem os sintomas. Os corticosteroides são usados para tratar a inflamação em situações crónicas. Outros medicamentos são receitados dependendo da doença alérgica em causa, emolientes para a dermatite/eczema atópico, descongestionantes nasais para a rinite alérgica e broncodilatadores para a asma. O tratamento das doenças alérgicas deve ser individualizado para cada doente e orientado por um médico experiente.

Existe ainda a imunoterapia alérgica – vulgarmente chamada de vacinas para a alergia - é uma forma de tratamento que tem como objectivo diminuir a sensibilidade aos alergénios alterando a resposta imunológica do organismo. Consiste na injecção subcutanêa de quantidades crescentes de alergénios de modo a criar tolerância. O tratamento tem uma longa duração, geralmente 3 a 5 anos. Devido ao risco de reacções adversas deve ser efectuado sob vigilância médica. A imunoterapia é eficaz na asma, rinite e conjuntivite alérgicas e na alergia à picada de insectos. Não é útil no tratamento da dermatite/eczema atópico ou alergias alimentares. Só é recomendada para crianças a partir dos 5 anos de idade.

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Alergia alimentar

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
8 a 14 de Março de 2015 - Semana Mundial do Glaucoma
O Grupo Português de Glaucoma deixa o alerta: a doença continua a ser uma das principais causas de cegueira em Portugal e...

Durante a Semana Mundial do Glaucoma, que se assinala de 8 a 14 de Março, e pelo 7º ano consecutivo, médicos oftalmologistas por todo o mundo dedicam especial atenção a este “ladrão silencioso da visão”. No nosso país, o Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) vai promover rastreios em centros comerciais no Porto, Braga e Viseu, bem como diversas iniciativas de sensibilização junto da população, entre as quais se destaca um workshop sobre glaucoma, no dia 10 de Março, às 10h30, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O Glaucoma, que afecta de 80 milhões de pessoas em todo o mundo, é uma doença progressiva do nervo óptico e que se não for tratada conduz à cegueira irreversível. Apesar de em Portugal não ter o mediatismo das cataratas ou da retinopatia diabética, o glaucoma representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o Mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

José Moura Pereira, oftalmologista e coordenador do Grupo Português do Glaucoma, explica que "à medida que a doença avança, começa por perder-se qualidade de visão (sensibilidade ao contraste e visão de cores) mas as alterações mais incapacitantes são as perdas do campo visual que aumentam o risco de acidentes de viação e quedas, culminando na cegueira completa e irreversível.

"Um individuo outrora activo e válido membro da sociedade que passa a depender de terceiros, muitas vezes deprime e exclui-se socialmente. É fundamental, para evitar esta situação, que o diagnóstico seja o mais precoce possível e que o doente esteja bem informado sobre a doença para não desistir do tratamento, consultas e exames propostos pelo seu médico. É o nosso dever tentar combater o desconhecimento da população em geral relativo à doença porque nosso sucesso no rastreio, diagnóstico e tratamento atempado depende do entendimento da patologia por parte dos doentes e do cumprimento rigoroso diário da terapêutica”, acentua o coordenador do Grupo Português de Glaucoma.

Os rastreios ao glaucoma irão decorrer no dia 13 de Março, das 10h às 22h, no Braga Parque (Braga), no dia 14 de Março, das 10h às 24h, no Norteshopping (Senhora da Hora) e no dia 15 de Março, das 10h às 22h, no Palácio do Gelo Shopping (Viseu).

 

 

 

ONU revela
A ONU alertou que cerca de 5.500 milhões de pessoas tem acesso limitado ou nenhum acesso a analgésicos opiáceos como a morfina...

No relatório de 2014 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), difundido em Viena, indica que "três quartos da população mundial tem escasso ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor" para doenças graves, terminais ou crónicas.

Isso significa que 92% da morfina é consumida por 17% da população mundial, concentrada nos Estados Unidos, Canadá, Europa ocidental e Austrália.

"Este problema foi agravado, no período examinado, pela ocorrência de desastres naturais e conflitos armados, que aumentaram a necessidade de substâncias fiscalizadas para tratar feridos e doentes", acrescenta no documento o presidente da JIFE, o sul-africano Lochan Naidoo.

O uso reduzido destes analgésicos opiáceos em muitos países deve-se a uma regulamentação inadequada, falta de preparação do pessoal de saúde, preconceitos culturais, factores económicos e falta de acesso a estes medicamentos, indica o JIFE.

Sobre a situação das drogas no mundo, o JIPE pediu aos Estados que lutem contra os "aspectos socioeconómicos" que fomentam o consumo e o tráfico de drogas, como a pobreza, a desigualdade económicas, a exclusão social, a falta de perspectivas de emprego e a exposição à violência.

Na América do Sul, a oferta de cocaína continua a diminuir, acompanhando uma tendência de redução da superfície cultivada de folha de coca.

Em 2013, o cultivo de folha de coca desceu no Peru e na Bolívia, enquanto na Colômbia não se registaram alterações.

O Peru tem actualmente a maior extensão de folha de coca, com 49.800 hectares de cultivo, contra 60.400 em 2012, enquanto a Bolívia, com 23 mil hectares, reduziu em 2.300 hectares o número de 2012.

A Colômbia terminou 2013 com uma estimativa de 48 mil hectares de coca, tal como no ano anterior. Em 2001, tinha 140 mil hectares usados no cultivo de folha de coca.

O relatório acrescenta que a América do Sul continua a ser a principal rota de trânsito da cocaína para os Estados Unidos, o que gera violência e corrupção.

"As zonas mais preocupantes, em termos de violência, encontram-se no litoral das Honduras, nos dois lados da fronteira entre a Guatemala e as Honduras, e na Guatemala, ao longo das fronteiras com o Belize e o México", indica.

Apesar da diminuição do consumo de drogas registada nos últimos anos, a América do Norte tem a maior taxa de mortalidade no mundo de 142,1 mortos por um milhão de adultos com idades entre os 15 e os 64 anos.

"Nos Estados Unidos, as mortes por 'overdose', relacionadas sobretudo com opiáceos vendidos com receita médica, ultrapassam actualmente as mortes por homicídio e acidentes de tráfego", sublinha o relatório da JIFE.

Na Europa, a junta destaca como um perigo para a saúde pública a proliferação das "novas substâncias psicoativas", algumas das quais vendidas legalmente por os componentes químicos não estarem proibidos.

A JIFE é o organismo da ONU que fiscaliza o cumprimento dos tratados internacionais sobre drogas, que proíbem alguns narcóticos, como pretendem garantir o acesso para fins medicinais a substâncias sob controlo, como a morfina.

Governo quer
O governo vai propor a proibição do consumo de álcool em locais públicos fora das zonas autorizadas, a partir das duas da manhã...

Fernando Leal da Costa falava à margem da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicado ao tema “sustentabilidade na saúde”, desenvolvendo assim a ideia hoje avançada pelo ministro da Saúde, que admitiu o aumento da idade obrigatória para o consumo de bebidas alcoólicas.

Segundo o secretário de Estado e Adjunto do ministro da Saúde, a proposta do Executivo deverá passar pela proibição da venda de todas as bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.

Actualmente, é proibida a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16.

Além desta medida, o Ministério da Saúde defende a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos a partir das duas da manhã.

Com esta proibição, o governo pretende travar o fenómeno do consumo de bebidas alcoólicas nas ruas, que ocorre muitas vezes com jovens em grupo e próximo de estabelecimentos de venda de bebidas, onde a sua aquisição é proibida a menores de 16 anos (para a cerveja e vinho) e de 18 anos, no caso das bebidas espirituosas.

Segundo Fernando Leal da Costa, estas propostas seguem-se à avaliação da lei em vigor, aprovada em 2013.

Esta avaliação coube ao Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), com alguns dos seus especialistas a defenderam em Fevereiro que a lei do álcool deve ser mais restritiva, sugerindo também mais controlo e fiscalização.

Depois de um estudo sobre os padrões de consumo de álcool nos jovens após a nova lei ter entrado em vigor, em meados de 2013, o SICAD concluiu que a frequência e padrões de consumos se mantiveram nos adolescentes e nos jovens.

“Parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados”, referiu o SICAD no relatório divulgado em Fevereiro.

Estudo
O consumo de três ou quatro cafés por dia poderá reduzir o risco de enfarte por obstrução arterial, segundo um estudo realizado...

A equipa de cientistas, do Hospital Kangbuk Samsung, em Seul, concluiu que uma quantidade moderada de café reduz a presença de cálcio nas artérias coronárias, um elemento considerado responsável pela aterosclerose.

Os cientistas disseram que, no entanto, serão necessárias mais investigações para confirmar este estudo e determinar a explicação biológica dos supostos efeitos do café para prevenir a obstrução das artérias.

A investigação foi realizada com base numa amostra de mais de 25 mil homens e mulheres sul-coreanos com idade média de 21 anos e sem sintomas de doenças cardiovasculares.

A aterosclerose, que consiste na acumulação de lipídeos na parede vascular, pode causar o estreitamento e endurecimento das artérias, formando perigosos coágulos de sangue capazes, em última instância, de desencadear um derrame cerebral ou enfarte.

Assim, a quantidade de cálcio nas artérias de quem bebe entre três e quatro chávenas de café por dia é 10% menor do que em pessoas que tomam entre uma e três chávenas, e é ainda 20% mais baixo em comparação a quem bebe menos de uma, segundo o estudo.

“As evidências sugerem que o consumo de café poderia manter uma relação inversa com o risco de doenças cardiovasculares”, segundo as conclusões do estudo publicado na revista britânica.

Os especialistas advertiram, em todo caso, que o estudo foi realizado na Coreia do Sul, um país com uma dieta diferente dos outros, e que os resultados poderiam não ser considerados para outros lugares do mundo.

Ministro da Saúde admite
O ministro da Saúde admitiu o aumento da idade obrigatória para o consumo de bebidas alcoólicas, no âmbito de um conjunto de...

Paulo Macedo falava aos jornalistas no final da sua intervenção na abertura da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicado ao tema “sustentabilidade na saúde”.

Ainda no decorrer da sua intervenção, Paulo Macedo alertou para a necessidade de reduzir a carga de doença, especificando que o governo iria dar novos passos contra o consumo de álcool e tabaco, ainda este ano.

Aos jornalistas, Paulo Macedo disse que passam agora dois anos desde a alteração da legislação sobre o consumo de álcool e que, para esta altura, tinha ficado prometida uma avaliação.

O ministro declarou que as medidas não passarão por factores económicos – uma vez que estas já ficaram especificadas em matéria de orçamento do Estado – mas sim pela restrição no acesso, seja ao nível da idade, ou no consumo de bebidas alcoólicas da rua.

Questionado sobre um eventual aumento da idade mínima para consumo de bebidas alcoólicas, o ministro admitiu que esta é uma hipótese.

Os especialistas do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) defenderam em Fevereiro que a lei do álcool deve ser mais restritiva, sugerindo também mais controlo e fiscalização.

Depois de um estudo sobre os padrões de consumo de álcool nos jovens após a nova lei ter entrado em vigor, em meados de 2013, o SICAD concluiu que a frequência e padrões de consumos se mantiveram nos adolescentes e nos jovens.

“Parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados”, referiu o SICAD no relatório divulgado em Fevereiro.

Publicado em Abril de 2013, o novo diploma legal veio proibir a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16.

Em dois estudos realizados a propósito da nova lei, concluiu-se que jovens e profissionais de estabelecimentos que vendem bebidas consideram a aplicação da legislação como deficitária, havendo uma percepção geral de “uma certa desresponsabilização no seu cumprimento”.

Depois destes estudos, a associação de produtores de bebidas espirituosas já pediu ao Governo para reformular a lei, acabando com a distinção da idade mínima para consumo consoante o tipo de bebida.

Em Portugal
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu que a falta de anestesiologistas pode pôr em causa o crescimento do número de...

Paulo Macedo falava na abertura da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicado ao tema “sustentabilidade na saúde”, que decorre em Lisboa.

A propósito dos indicadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro alertou para o risco das cirurgias realizadas em Portugal não poderem continuar a aumentar, tal como tem acontecido nos últimos tempos, devido à falta de anestesiologistas.

“Temos de perceber como chegámos a esta situação de pôr em causa as cirurgias por não haver anestesiologistas em número suficiente e como vamos resolvê-la”, afirmou, lembrando que “o Ministério da Saúde recruta todos os médicos disponíveis”.

A intervenção de Paulo Macedo centrou-se na questão da sustentabilidade do SNS, tendo desfiado as medidas do Executivo nesta área e enaltecendo os resultados que considera positivos, apesar da “crise” que tem afectado o país.

Nesta conferência serão ainda apresentados os resultados de 2015 do projecto Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), que avalia as percepções dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face à qualidade, preço e eficácia do mesmo.

O inquérito, feito com uma amostra da população portuguesa composta por 552 indivíduos com mais de 18 anos e residentes em Portugal, revelou que “a eficácia do SNS (74,%) e a qualidade dos serviços de saúde (67,4%) não estão de acordo com o preço (47,5%) ao nível das taxas moderadoras e da comparticipação de medicamentos pelo Estado”.

De acordo com o estudo, 43,2% dos inquiridos afirmou que as taxas moderadoras praticadas pelo SNS não são adequadas e 26,3% discorda da comparticipação do Estado para a medicação prescrita a 12 meses.

Uma outra conclusão do estudo é a de que embora as pessoas não deixem de recorrer aos serviços de saúde quando necessário, 15,7% dos inquiridos revela ter deixado de comprar um medicamento prescrito devido ao custo.

Agência Europeia do Ambiente
Portugal foi um dos países a não enviar à Agência Europeia do Ambiente dados sobre ruído, forma de poluição relacionada com 10...

"Portugal reportou um elevado nível de ruído em 2007, mas, infelizmente, não transmitiu qualquer informação para 2012, e [do país] dizem não ter os recursos para fazer as medições", disse Colin Nugent, do departamento que acompanha esta matéria, na Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês), falando a propósito do relatório "O Ambiente na Europa – Estado e Perspectivas 2015", elaborado por aquela entidade e hoje divulgado.

Dados da EEA apontam para cerca de 20 milhões de europeus incomodados com o ruído ambiental, mas serão 125 milhões, ou seja, um em cada quatro, os europeus afectados pelo barulho vindo tráfego automóvel, em níveis superiores ao limite máximo estipulado.

O ruído elevado tem vários efeitos na saúde, como hipertensão e doenças cardiovasculares, levando a cerca de 10 mil mortes prematuras e a 43 mil hospitalizações por ano, na Europa, segundo a EEA.

O sono de oito milhões de europeus é perturbado pelo ruído, um dos efeitos listados por Colin Nugent que salientou igualmente o aumento dos níveis de stress ou redução da capacidade de aprendizagem de alunos de escolas situadas perto de aeroportos.

Grande parte do ruído ambiental tem origem nos veículos e, embora o nível de barulho não seja muito elevado, afecta muitas pessoas, tanto nas cidades, como fora dos grandes centros urbanos, enquanto, por exemplo, o barulho dos aviões é mais intenso, mas menos abrangente.

"As maiores preocupações dos especialistas da EEA no ruído são principalmente com o tráfego, mas nas cidades também há que ter em conta as indústrias", referiu o especialista.

Aliás, "nas cidades há mais probabilidade de exposição a altos níveis de barulho", resumiu, recordando que as vias férreas também originam ruído.

A falta de boas noites de sono devido ao ruído leva a uma quebra na capacidade de funcionamento do organismo, o que pode ser a causa para acidentes rodoviários ou laborais, uma relação difícil de provar e que na está contabilizada.

Para ultrapassar este problema, no futuro, Colin Nugent defendeu que "o melhor é ir directamente à fonte do ruído, ou seja, tornar os veículos mais silenciosos, ou as ruas, por exemplo, caso em que a UE pode fazer mais que cada país".

A instalação de barreiras nas estradas é uma solução dispendiosa tal como a opção por pneus mais silenciosos e "até serem obrigadas, as pessoas não irão procurar" esta alternativa.

O relatório defende que "esforços adicionais para diminuir significativamente a poluição sonora na Europa até 2020 exigem uma política de ruído actualizada, alinhada com os mais recentes conhecimentos científicos, melhorias no desenho das cidades e medidas para reduzir o ruído na origem".

Os países europeus não são obrigados a fornecer informação à EEA e é tarefa da Comissão Europeia averiguar o cumprimento das regras.

Colin Nugent avançou que o argumento de Portugal para a ausência de dados foi a falta de verba para realizar a monitorização, mas alertou que "é provavelmente menos caro fazer a avaliação do ruído do que pagar as multas a Bruxelas".

Entregue hoje
O investigador João Vinagre recebe hoje, em Lisboa, o Prémio Pulido Valente Ciência 2014, por ter identificado que o aumento de...

O galardão, no montante de dez mil euros, é atribuído desde 2013 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Fundação Professor Francisco Pulido Valente.

O trabalho de João Vinagre, investigador do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, revela que numa região do gene da telomerase existem alterações que se traduzem num aumento da proteína, e que está associado a "tumores mais agressivos e com pior resposta terapêutica", nos casos de cancros da tiroide, bexiga e sistema nervoso central.

A telomerase atua nos telómeros, estruturas que existem na extremidade dos cromossomas.

Segundo o cientista, nas células normais, os telómeros desgastam-se, a cada ronda da divisão celular, e deixam de expressar a sua enzima, "levando a que a célula pare de se dividir quando ficam demasiado curtos", e morra.

Nos cancros da tiroide, da bexiga e do sistema nervoso central mais agressivos, o que acontece é que as células tumorais puderam progredir, dividir-se indefinidamente, porque conseguiram reativar a telomerase, produzi-la excessivamente.

"Os tumores que têm esta alteração vão necessitar de mais tratamentos, tratamentos alternativos", afirmou à Lusa João Vinagre, exemplificando que, para o cancro da tiroide, serão necessárias "doses maiores de radioiodoterapia".

Para a investigação, publicada na revista Nature Communications, João Vinagre analisou 741 amostras de cancro da tiroide, bexiga e sistema nervoso central de mulheres e homens de várias idades.

Actualmente, a sua equipa está a estudar séries maiores de tumores, para confirmar o papel da telomerase no desenvolvimento dos cancros e aferir o seu potencial como marcador biológico, no sentido de ser usado para selecionar, por meio de análises ao sangue e à urina, casos maios agressivos de cancro e neles actuar.

O Prémio Pulido Valente Ciência distingue o melhor trabalho publicado no domínio das Ciências Biomédicas e feito por investigadores com menos de 35 anos, em laboratórios portugueses.

A edição de 2014 tinha como tema a "Heterogeneidade em tumores: ao nível do genoma maligno e/ou ao nível celular".

A distinção é entregue numa cerimónia no Palácio das Laranjeiras, na qual o premiado dará uma palestra sobre o assunto que lhe valeu o galardão, indicou o Ministério da Educação e Ciência.

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