Estudo
Os níveis de resíduos dos pesticidas mais elevados nas frutas e legumes consumidos são associados a uma menor qualidade do...

O estudo, realizado junto de 155 homens, com idades entre 18 e 55 anos, que frequentam um centro de tratamento da infertilidade, foi divulgado na revista especializada Human Reproduction. A investigação consistiu na análise de 338 recolhas de espermas entre 2007 e 2012.

A investigação apurou que os homens que consomem mais frutas e legumes carregados de pesticidas têm um número de espermatozoides inferior em 49% (86 milhões por ejaculação contra 171 milhões) em relação aos homens que consomem menos, bem como uma percentagem de formas normais de espermatozoides inferior em 32%.

O consumo de frutas e legumes dos participantes foi avaliado por questionário. O conteúdo em pesticidas não foi medido directamente, mas foi estimado com base em informação do Departamento da Agricultura dos EUA.

As frutas e legumes consumidas foram divididas em grupos em função do seu conteúdo em resíduos de pesticidas e o acto de lavar e descascar os alimentos foi considerado.

“Os resultados sugerem que a exposição aos pesticidas utilizados na produção agrícola para a alimentação pode ser suficiente para afectar a espermatogénese no homem”, segundo os autores.

Admitem porém que o seu estudo tem alguns limites e que “são precisas mais pesquisas”.

“Estes resultados não devem desencorajar o consumo de frutas e legumes em geral”, comentou um coautor do estudo, Jorge Chavarro, professor de Nutrição e Epidemiologia, na Harvard Medical School, em Boston.

Sugere não obstante que se privilegie o consumo de produtos biológicos ou que se evite os produtos conhecidos por conterem grandes quantidades de resíduos.

Estudos anteriores mostraram que exposições profissionais aos pesticidas poderiam afectar a qualidade do esperma, mas até agora tem havido pouca investigação sobre os efeitos dos pesticidas na alimentação.

23 cidades da Europa
Lisboa surge em penúltimo lugar na lista de 23 cidades europeias avaliadas quanto ao empenho na redução dos níveis poluentes,...

A lista divulgada traduz os esforços das autoridades locais na aplicação de medidas para reduzir emissões poluentes do tráfego rodoviário e melhorar a qualidade do ar.

Nesta lista, que avaliou 23 cidades de 16 países europeus, Lisboa surge em penúltimo lugar, logo antes do Luxemburgo.

As organizações não-governamentais Amigos da Terra Alemanha e o Secretariado Europeu do Ambiente, federação à qual pertence a Quercus, avaliaram as cidades tendo em conta nove categorias de critérios, como os transportes, incluindo a promoção da bicicleta, a renovação das frotas públicas pela inclusão de veículos limpos, portagens urbanas ou tarifas sobre o estacionamento.

O progresso das cidades europeias na redução de emissões poluentes provenientes do tráfego rodoviário foi ainda incluído na avaliação, que já tinha sido realizada em 2011 com os mesmos critérios. Nessa primeira edição, Lisboa não foi submetida a avaliação.

No comunicado de divulgação desta lista, a Quercus salienta que Lisboa “apresenta níveis elevados de poluição desde há vários anos, sobretudo de partículas inaláveis e dióxido de azoto, consistentemente acima dos valores limite impostos pela legislação europeia”.

Para os ambientalistas, a Zona de Emissões Reduzidas introduzida em 2011 para proibir a circulação de veículos mais antigos e poluentes na zona mais central da cidade teve “critérios pouco ambiciosos quando comparados com outras cidades europeias”, além de ter faltado fiscalização adequada.

Contudo a Quercus reconhece que, em 2015, esta Zona de Emissões Reduzidas entrou numa nova fase, restringindo acesso a viaturas com matrícula anterior a 2000 na zona mais central e a 1996, na zona mais alargada.

Em relação à mobilidade sustentável, a associação ambientalista julga que as medidas implementadas pela autarquia da capital têm tido “expressão limitada” ou são pouco ambiciosas.

Na lista das 23 cidades, Zurique (Suíça) surge em primeiro lugar, com o seu “excelente desempenho” a dever-se a um conjunto de medidas que incluem “um forte compromisso das autoridades locais em reduzir os níveis de poluição emitida pelos transportes, a promoção dos transportes colectivos e modos suaves [andar de bicicleta ou a pé] e baixos níveis de poluição atmosférica”.

Copenhaga (Dinamarca) surge em segundo lugar, depois de ter reduzido “substancialmente” o volume de tráfego dentro da cidade. Investiu igualmente na promoção e expensão dos transportes colectivos e modos suaves, como a bicicleta e andar a pé.

Viena (Áustria) e Estocolmo (Suécia) ficaram em terceiro e quatro lugares, enquanto Berlim (Alemanha) ficou em quinto lugar, depois de, na edição do ano passado, ter conquistado a primeira posição.

31 de Março – Dia Nacional do Doente com AVC
O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal.

Na celebração de mais um Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) a Sociedade Portuguesa da doença lança uma campanha de informação – Eu Não Arrisco - que pretende alertar os portugueses para os factores de risco e sintomas associados ao AVC. “O objectivo é disseminar informação sobre a prevenção e tratamento desta que é a principal causa de morte e incapacidade no país”, comenta José Castro Lopes, presidente da Sociedade, sublinhando que, “o AVC é uma autêntica bomba-relógio que causa a morte a um português por hora, mas pode ser prevenível. A prevenção é melhor que o tratamento e exige uma atitude pró-activa de cada um de nós”.

A Campanha, apadrinhada pela fadista Carminho, vai manter-se activa durante um ano, com especial enfoque no Dia Nacional do Doente com AVC, a 31 de Março, e no Dia Mundial do AVC, a 29 de Outubro de 2015. “Será veiculada online, nas redes sociais, em televisão, na imprensa e através de outdoor. O site da campanha, www.eunaoarrisco.pt, já está disponível e aí pode encontrar variada informação sobre esta doença súbita”.

O AVC é uma doença neurológica provocada pela diminuição súbita do aporte de sangue a uma determinada região do cérebro. Poderá ter como origem o “entupimento” de uma artéria cerebral, ficando impossibilitada a chegada de sangue a essa região do cérebro (AVC isquémico) ou o “rompimento” de uma artéria (AVC hemorrágico).

Principais factores de risco

Para além de factores de risco não modificáveis, como a idade (quando mais idosa uma pessoa for, maior o risco de sofrer um acidente vascular cerebral) ou a existência prévia de um AVC, existem outros factores que contribuem para a possibilidade de um indivíduo sofrer um AVC. Entre os mais importantes estão: a fibrilhação auricular (uma alteração do ritmo cardíaco); a hipertensão arterial; a diabetes; o colesterol elevado; o tabagismo; o alcoolismo; o sedentarismo; a obesidade. 

Segundo os dados disponíveis, calcula-se que, por hora, 3 portugueses sofram um AVC, um dos quais resulta em morte. Segundo Castro Lopes, “cerca de um terço dos sobreviventes pode recuperar significativamente no primeiro mês, mas metade dos doentes irá manter defeitos ao longo das suas vidas, necessitando de ajuda para as actividades diárias”.

A intervenção destes doentes ao nível da reabilitação é inegavelmente insuficiente e em grande parte de discutível qualidade. Na opinião do especialista, “existe o possível mas que está longe de ser o desejável. Tem havido esforços por parte dos centros de reabilitação para cuidar destes doentes mas não são suficientes ainda, dado o elevado número de vítimas de AVC”.

À excepção do Centro de Reabilitação do Alcoitão e do recém criado Centro de Reabilitação do Norte, que aumentaram o número de camas disponíveis para acompanhamento das vítimas de AVC, não existem unidades de reabilitação e de promoção da autonomia com condições de excelência e específicas para estes doentes.

É possível prevenir

“É essa a mensagem que pretendemos passar com a campanha”, refere Castro Lopes, salientando que, “devemos ter uma atitude pró-activa para prevenir o AVC”.

Uma das principais recomendações é verificar se sofre de fibrilhação auricular (ou outra arritmia cardíaca), uma vez que esta é uma condição que aumenta o risco de AVC, mas que pode ser controlada, mediante as recomendações do médico. Por outro lado, é muito importante controlar a pressão arterial, já que a hipertensão (pressão arterial superior a 140/90mmHg) é um dos mais importantes factores de risco para o AVC e deve ser tratada.

“Quem sofre de diabetes e/ou de colesterol elevado, deve também controlar a sua doença e cumprir a medicação. De resto, é importante, como sabemos, deixar de fumar e reduzir o consumo de álcool, fazer uma alimentação equilibrada e saudável (reduzindo o consumo de sal, preferindo os legumes às gorduras e consumindo porções mais pequenas) e praticar actividade física”, recomenda o especialista. Ou seja, qualquer das recomendações acima referidas dependem em muito da atitude de cada um, uma vez que se tratam de factores de risco modificáveis e/ou controláveis.

Linha Verde do AVC

A via verde para o AVC foi criada em 2005 pela ARS norte em colaboração com o INEM e tem como objectivo proporcionar o melhor tratamento aos doentes de AVC a nível hospitalar – de preferência em unidade de AVC. Porém, não tem qualquer atitude preventiva da doença.

Falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldade em falar são sinais e sintomas que podem indicar a ocorrência de um AVC. Se estes sinais forem reconhecidos a tempo, deve ligar o Número Europeu de Emergência - 112, pois a rápida intervenção médica especializada é vital para o sucesso do tratamento e posterior recuperação do doente.

Através do 112, o INEM coordena a assistência pré-hospitalar e encaminha as vítimas para a Via Verde do AVC, que permite um tratamento mais rápido e eficaz da doença, adequados ao tratamento desta doença. As primeiras 4 horas e 30 minutos após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima, pois é esta a janela temporal que permite que os principais tratamentos sejam eficazes.

Em 2014, o INEM registou 2.920 casos de AVC encaminhados para a Via Verde do AVC. Os distritos de Porto e Lisboa foram onde estes encaminhamentos tiveram maior incidência, com 620 e 592 casos, respectivamente. Seguiram-se Braga com 267 casos e Setúbal com 239.

Desde a criação desta via mais de 20 mil doentes puderam beneficiar de um melhor tratamento. Para que um doente possa ser admitido na Via Verde do AVC deve ter mais de 18 anos, um tempo de evolução dos sintomas inferior a 4 horas e 30 minutos, e não ter qualquer dependência prévia, nomeadamente sequelas de AVC anterior.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Desde 2014
O Instituto Português do Sangue revelou que tem desde 2014 um programa de tratamento de plasma que permite assegurar todas as...

“Pela primeira vez, o IPST [Instituto Português do Sangue e da Transplantação] lançou uma campanha de inactivação do plasma, um trabalho que ficou concluído no final de 2014. Estão a ser fornecidos aos hospitais unidades de plasma obtido em Portugal. Não é verdade que esteja a ser desperdiçado”, afirmou em conferência de imprensa Hélder Trindade, presidente do IPST.

O instituto reagia assim a declarações feitas no fim de semana pelo director do Serviço de Imunoterapia do Hospital de São João, no Porto, Fernando Araújo, segundo as quais “o país desperdiça 400 mil unidades de plasma por ano e, depois, gasta 70 milhões de euros a comprá-lo”.

Hélder Trindade esclareceu que todo o plasma usado pelo IPST advém de dádivas obtidas em Portugal e que só não é aproveitado o plasma que não apresenta as necessárias garantias de qualidade e segurança.

Quanto ao dinheiro gasto no tratamento do plasma, “é absurdo que atinja os 70 milhões”, afirma Hélder Trindade, acrescentando que o valor da factura deverá rondar os 10% desse valor.

O programa de inactivação do plasma criado no ano passado pelo IPST é do conhecimento de todos os hospitais, que o podem solicitar e dele usufruir sempre que necessitarem, como já fazem alguns.

O responsável adiantou mesmo que cerca de 50% dos hospitais do país, incluindo os principais, já manifestaram interesse em participar deste programa, não tendo contudo avançado ainda as quantidades necessárias.

Hélder Trindade admite, pois, não entender as declarações do responsável do Hospital de São João, já que a nova estratégia do IPST foi comunicada a todos os hospitais a 19 de Novembro do ano passado, numa reunião científica em Coimbra.

Posteriormente, foi enviado, a 1 de Dezembro, um ofício a todos os hospitais (conselhos de administração, clínicos e serviços farmacêuticos e de imunohemoterapia) a dar conta da existência de dois tipos de plasma inactivado disponíveis e solicitando as estimativas de consumo para 2015, com fim a preparar os processos de compra.

O IPST garante ter capacidade para garantir todo o plasma para transfusão (cerca de 75 mil unidades por ano), através da inactivação do plasma português por dois métodos diferentes: um efectuado pelo próprio instituto depois de comprado o reagente (amotosaleno) e outro (solvente reagente) por prestação de serviços da Octapharma.

Contudo, Hélder Trindade esclarece que este programa nacional não tem por missão inactivar o plasma todo: o restante é para ser fraccionado, para obter os medicamentos derivados do plasma necessários aos doentes.

O IPST tem actualmente 180 mil unidades de plasma remanescente armazenado, parte do qual (62.069 unidades) é plasma de quarentena, “outra forma de plasma seguro”.

Quanto às restantes unidades armazenadas, o IPST prepara-se para lançar um concurso público, envolvendo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, para o fraccionamento, tendo convidado os hospitais a participar (em ofício de 21 de Janeiro).

Segundo Hélder Trindade, alguns hospitais mais pequenos, com um número de colheita mais pequena têm apenas o programa de plasma de quarentena, sendo possível que estes não estejam a usar o plasma todo.

“O que o IPST procura é que esses hospitais venham a integrar o programa nacional”, acrescentou, sublinhando acreditar que “mais tarde ou mais cedo” o Hospital de São João também vai aderir, uma vez que quanto maior for o grupo, melhores serão os preços que se conseguem e, por conseguinte, menor será o custo para o Serviço Nacional de Saúde.

O IPST inactivou por amotosaleno 5.500 unidades de plasma (dos quais foram distribuídos 95) e por método solvente detergente 6.717 (dos quais foram distribuídos 210). No total existem 73.981 unidades de plasmas disponíveis para fornecimento no IPST.

Pela primeira vez no Meo Arena
O XXIV Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas vai decorrer entre 12 e 14 de Novembro no Meo Arena, em Lisboa, em simultâneo...

Ricardo Oliveira Pinto, presidente da Comissão Organizadora da XXIV edição do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), salienta que “é muito importante garantir o melhor espaço disponível para a realização destes dois eventos que reúnem vários milhares de pessoas. Precisamos de auditórios, espaços de lazer e uma área considerável para a Expo-Dentária. É também muito importante que o espaço tenha todas as comodidades, desde estacionamento até a uma envolvente com todos os serviços necessários, como hotéis, restaurantes, zonas de lazer e áreas comerciais, para dar resposta às necessidades dos nossos congressistas, patrocinadores, expositores e convidados”.

A assinatura do protocolo que estabelece a parceria entre a OMD e o Meo Arena foi efectuada por Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, e Jorge Vinha da Silva, administrador executivo do Meo Arena.

É a primeira vez que o Congresso da OMD se realiza neste espaço, sendo que este é um dos maiores congressos realizados anualmente em Portugal e o maior na área da saúde e junta todos os profissionais da saúde oral, médicos dentistas, higienistas orais, técnicos de prótese dentária e estudantes.

Para Jorge Vinha da Silva, administrador executivo do Meo Arena, “é com grande prazer que recebemos um congresso com a dimensão e a exigência da reunião anual da OMD, prova que a polivalência e qualidade dos nossos espaços e a competência da nossa equipa estão à altura dos maiores desafios”

O programa científico reúne os principais especialistas das várias áreas da saúde oral nacionais e internacionais. Neste momento estão já confirmados 67 oradores portugueses e 9 estrangeiros, sendo um dos congressos da OMD com maior presença de oradores nacionais.

Paralelamente ao Congresso, decorre a Expo-Dentária que ocupa uma área de 7500 de metros quadrados, num total de 339 stands de 9 metros quadrados disponíveis. 

Prevista para terça-feira
Os técnicos de diagnóstico decidiram suspender a greve por tempo indeterminado que estava previsto começar na terça-feira, uma...

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) lembrou que a greve tinha como “objectivo imediato” exigir a retoma das negociações.

A decisão de avançar para uma greve por tempo indeterminado tinha sido anunciada em Fevereiro como forma de protestar pelo bloqueio negocial das carreiras por parte do Ministério da Saúde.

Agora, o Sindicato saúda a retoma do processo negocial, estando já marcada uma primeira reunião para o dia 10 de Abril.

O presidente do STSS, Almerindo Rego, afirmou que o processo negocial é complexo, sobretudo por envolver muitas profissões, mas disse esperar que dentro de três meses estejam encerradas as negociações.

Os sindicalistas têm sublinhado que a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Dado que a desmarcação da greve foi decidida e comunicada aos serviços de saúde durante o fim-de-semana, o sindicato espera que se consigam recuperar as marcações de exames e atendimentos a doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas alerta os utentes para eventuais falhas que ainda possam ocorrer.

No Porto
Instituições educativas e freguesias do Porto promovem na quarta-feira, Dia Mundial da Consciencialização para o Autismo, um...

A iniciativa partiu do centro terapêutico Mima Mais e do estabelecimento de ensino pré-escolar Oga Mitá, aos quais se associou depois a Junta da União das Freguesias de Aldoar, Nevogilde e Foz do Douro - sendo que é no molhe da Foz, aliás, que o evento decorre a partir das 19:00.

"As pessoas ainda não sabem muito bem o que é o autismo e queremos deixá-las mais sensibilizadas para o problema, porque a verdade é que se fala muito de solidariedade, mas a inclusão real, na prática, ainda não existe", declarou a psicóloga e terapeuta Alexandra Marques, promotora da iniciativa.

O cordão humano contará sobretudo com familiares e educadores de indivíduos autistas, mas a organizadora do encontro apela também à participação de pais de crianças e jovens que não apresentem Perturbações do Espectro do Autismo e ao envolvimento de professores e outros profissionais que queiram aprender mais sobre as diferentes expressões da doença.

"Depois há ainda a questão da responsabilidade social por parte de empresas e outras entidades públicas", observou Alexandra Marques. "Isso é muito importante porque, mesmo sem falar dos adultos autistas que já estão à procura de emprego hoje, as crianças que agora enfrentam dificuldades de inclusão nas escolas vão crescer e, daqui a algum tempo, é preciso ter soluções também para elas", acrescentou a psicóloga.

As Perturbações do Espectro do Autismo - também designadas "Perturbações da Relação e da Comunicação", numa tentativa de contornar a carga negativa do termo "autismo" - expressam-se sobretudo no comprometimento do funcionamento social, num padrão restritivo e repetitivo de interesses, e num conjunto de alterações de desenvolvimento que conduzem a limitações de linguagem, do sistema motor e ao nível sensorial.

A doença é atribuída a aspectos de ordem ambiental e genética, mas a causa concreta do problema ainda não está apurada e esse mantém-se sem cura.

Por esse motivo, os autistas situados no extremo mais intenso do espectro revelam-se mais dependentes de terceiros e beneficiarão com acompanhamento terapêutico regular ao longo de toda a vida, enquanto os que se situam no extremo mais ligeiro do espectro serão mais autónomos e poderão ter vidas próximas dos padrões normais, com emprego, casamento e filhos.

Realçando que o autismo afecta mais rapazes do que raparigas, Alexandra Marques afirmou que "a incidência da doença está a aumentar" e que, na actualidade, em cada "10.000 pessoas haverá 10 com autismo".

Em Portugal, não há números oficiais sobre a população afectada por essas perturbações, mas nos Estados Unidos a estatística mais recente do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças indica que, entre as crianças com oito anos de idade, uma em cada 68 sofrerá de uma desordem do espectro do autismo.

"É por isso que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as possibilidades de sucesso numa intervenção terapêutica", garantiu a psicóloga. "Mas para isso é urgente falar-se abertamente da doença e chamar a atenção de toda a sociedade para esta questão", explicou.

Espectáculo solidário da maratona da saúde e da RTP+
Montante angariado será investido em projectos de investigação científica sobre a Diabetes.

O espectáculo solidário da Maratona da Saúde e da RTP+ foi um verdadeiro sucesso! Na passada sexta-feira, 27 de Março, os portugueses contribuíram com mais de 91 mil euros para a investigação científica sobre a Diabetes, o tema desta segunda edição. Jorge Gabriel, embaixador da iniciativa, e Catarina Furtado conduziram oito horas de emissão em directo, transmitida na RTP1 e na RTP Internacional, sob o mote “Juntos Vencemos a Diabetes”.

O número de valor acrescentado para onde os telespectadores da RTP ligaram ao longo da emissão – 760 20 60 90 (0,60 euros + IVA) – está activo todo o ano, sendo assim possível continuar a contribuir para esta causa.

“É com uma enorme satisfação que vemos os resultados obtidos nesta segunda edição da Maratona da Saúde. Conseguimos realmente impactar e alertar os portugueses para a causa da Diabetes e esse era um dos nossos principais objectivos”, referiu António Coutinho, Presidente da Maratona da Saúde, no final do espectáculo, acrescentando que “a Maratona da Saúde quer acelerar a investigação científica de forma a possibilitar uma melhor prevenção, um melhor diagnóstico e melhores tratamentos para as principais doenças que ainda não têm cura definitiva, como é o caso da Diabetes.”

Com o Alto Patrocínio da Presidência da República, esta maratona televisiva uniu a música e o humor à angariação de fundos para a investigação científica sobre a Diabetes, contando com as actuações de José Cid, Kátia Guerreiro, Paulo de Carvalho, Jorge Palma, Berg, Ricardo Ribeiro, Sara Tavares e Luiz Caracol, Donna Maria, Miguel Ângelo e Eduardo Nascimento, UHF, The Black Mamba, Leonor Andrade, e Susana Félix, entre outros.

Jorge Gabriel, embaixador da Maratona da Saúde, declarou no final da emissão que “todo o tempo que dispensámos à divulgação desta doença nunca será suficiente para compensar o sofrimento e as perdas que a Diabetes já provocou. É, pois, com estas iniciativas que abrimos janelas de esperança aos doentes e aos que, no futuro, possam vir a contrair a doença. Muito obrigado aos generosos portugueses que, em conjunto com a RTP e tantos outros parceiros, de boa vontade contribuíram para a investigação médica em torno da diabetes. Todos fomos o doce mais saboroso do dia.”

Através do entretenimento, o espectáculo pretendeu sensibilizar os portugueses para a doença da Diabetes, com testemunhos e histórias de vida não só de anónimos como também de figuras conhecidas do grande público, como foi o caso de Marta Leite de Castro, Tânia Ribas de Oliveira, José Pedro Vasconcelos, Telma Monteiro, Sílvia Alberto, Sandra Felgueiras, José Carlos Malato, Nilton, Ana Brito e Cunha, Alberta Marques Fernandes, António Raminhos, Maria de Belém Roseira e Nuno Markl, entre muitos outros.

Além do contributo através das chamadas telefónicas, a Maratona da Saúde recebeu igualmente donativos por parte de algumas empresas, nomeadamente a HMS Sports, a Saúde CUF, a Changing Diabetes®Novo Nordisk, a MSD e a Roche Diabetes Care. Esta última vai financiar um dos Prémios Maratona da Saúde em Investigação Biomédica referentes ao tema deste ano, a Diabetes, cujo concurso tem início no segundo semestre de 2015.

Prémios Maratona da Saúde em Investigação Biomédica

Durante o espectáculo de sexta-feira, foram entregues os Prémios Maratona da Saúde em Investigação Biomédica referentes à primeira edição, dedicada ao Cancro. Das mais de 80 candidaturas submetidas, um júri internacional distinguiu os quatro projectos vencedores que vão receber 25 mil euros cada um para desenvolver a investigação científica no Cancro (mais informação em http://www.maratonadasaude.pt/all-project-list/2014-o-cancro/).

Investigação científica precisa-se. Mais de 1 milhão de portugueses com Diabetes

A Maratona da Saúde tem por objectivo alertar toda a população para a importância da investigação científica no combate e prevenção das principais doenças que ainda não têm cura definitiva.

Tema escolhido para esta segunda edição, a Diabetes é uma doença que afecta mais de 1 milhão de portugueses, sendo que outros 2 milhões são pré-diabéticos. São números alarmantes que culminam no facto de Portugal ser o terceiro país da OCDE, num total de 33 países, com maior prevalência da doença.

Números e dados sobre a diabetes em Portugal:

  • A primeira causa de cegueira
  • A primeira causa de enfartes do miocárdio
  • A primeira causa de amputações não traumáticas
  • A razão pela qual 30% das pessoas que fazem hemodiálise têm que fazer este tratamento
  • De 10 em 10 segundos, mais um português torna-se diabético
  • Há 400 mil casos de diabetes por diagnosticar – as pessoas têm a doença mas não sabem.

A Diabetes é uma doença silenciosa, com efeitos devastadores em todas as idades. A cada 7 segundos, morre uma pessoa no mundo devido à Diabetes.

 

 

Sociedade do Acidente Vascular Cerebral alerta população
Rastreios aos factores de risco, caminhadas, aulas de zumba, esclarecimentos à população, são algumas das actividades...

Entre os dia 28 e 31 de Março, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) patrocina várias actividades com o objectivo de alertar a população para os factores de risco, sinais e sintomas do Acidente Vascular Cerebral.

“Os sinais do AVC ainda são pouco conhecidos, importa, apesar de insistentemente referidos por esta Sociedade Cientifica. Que todos estejam atentos aos denominados 3 f’s: falta de força num braço, face desviada e fala perturbada. A rápida identificação de um destes sinais pode salvar a vida da pessoa que está a sofrer o AVC”, esclarece Castro Lopes, Presidente da SPAVC.

“Identificar os primeiros sintomas e accionar de imediato os meios de urgência - 112, para que os doentes sejam encaminhados para a Via Verde AVC, aumenta exponencialmente a probabilidade de sobrevivência, sem sequelas graves e permanentes” salienta o presidente da Sociedade.

Pela Importância de adoptar um estilo de vida física regular, está prevista a realização de actividades ligadas ao exercício físico por todo o país saudável que passa por uma alimentação cuidada e actividade

“O AVC é uma doença Prevenível e Tratável. Está na atitude de cada um contribuir para a prevenção e o tratamento. EU NÃO ARRISCO significa a campanha que ao longo de um ano a SPAVC vai realizar. Compareça nos locais onde se assinalam as comemorações”, convida o especialista.

 

Calendarização de actividades da SPAVC:

Lisboa

28 Março - Caminhada pelo AVC, seguida de aula de Zumba, Jamor pelas 09h30

Coimbra

29 Março - Caminhada e Raide Fotográfico – Do Choupal até à Lapa, Liga dos Combatentes de Coimbra pelas 08h45

Chaves

31 Março - Rastreio aos factores de risco do AVC, , Caminhada, Aula de Zumba, Largo das Freiras entre as 09h00 e as 17h00, Sessão de Sensibilização à População, Auditório da Biblioteca Municipal de Chaves pelas 15h00

Faro

31 de Março - Rastreio aos factores de risco do AVC, Mercado Municipal, das 8h00 às 16h00 e Sessão de Esclarecimento, Auditório do Hospital  de Faro às 15h00

Macedo de Cavaleiros

31 de Março - Campanha no Átrio principal da Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros

Porto

31 de Março - Campanha no Átrio principal da consulta externa do Hospital de S. João

S. Martinho do Bispo

31 de Março – Acções referentes à prevenção do AVC, Centro de Saúde de S. Martinho do Bispo

Santarém

31 de Março - Rastreios aos factores de risco, Hospital de Santarém e Acções de Sensibilização à população no W Shopping em Santarém

Setúbal

31 de Março - Caminhada e Acções de Sensibilização para utentes, Hospital de Setúbal

Vila Real

31 de Março - Rastreios aos factores de risco, Hospital de Vila Real

Viseu

31 de Março – Sessões de esclarecimento à População Geral, átrios principal e da consulta externa da Unidade de Viseu do CHTV entre as 14h30 e as 16h30, Aula de Zumba pelas 16h30 casa do pessoal do CHTV

 

 

Psiquiatra Tiago Reis Marques
Tiago Reis Marques, médico psiquiatra e investigador na área da esquizofrenia, foi distinguido nos Estados Unidos da América...

O prémio, pretende distinguir jovens investigadores que desenvolvem trabalhos de investigação básica ou clínica na área da esquizofrenia e também estimular o desenvolvimento de carreiras científicas focadas nesta doença psiquiátrica. “White matter integrity and cortisol levels in relation to treatment response in first-episode psychosis patients” é o título do trabalho agora premiado. 

Sobre esta distinção, Tiago Reis Marques afirma que “este é um reconhecimento perante o trabalho que a equipa com quem trabalho tem vindo a desenvolver na compreensão das doenças psiquiátricas”. “Pessoalmente é um importante estímulo para que continue a desenvolver em paralelo uma carreira enquanto médico e enquanto investigador”. “O prémio focou-se num importante trabalho que nos ajuda a perceber de que forma o stress provoca alterações cerebrais na conectividade cerebral e a relação que isso tem com a resposta terapêutica”.

O psiquiatra e investigador português de 38 anos desenvolve há muitos anos a sua actividade no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, onde actualmente leciona. Ao longo dos anos tem vindo a publicar vários capítulos de livros, além de ser autor e co-autor de inúmeros artigos científicos nos mais importantes jornais da especialidade.

O foco da sua investigação é a utilização de dados de neuroimagem, como a Ressonância Magnética, para a compreensão das doenças psiquiátricas. Mais recentemente tem-se dedicado à procura de novos alvos terapêuticos, procurando perceber como e onde poderão actuar novos medicamentos para o tratamento das doenças psiquiátricas.

Mais recentemente tem vindo a explorar a relação entre inflamação cerebral e as doenças psiquiátricas, bem como a relação existente entre stress e alterações cerebrais.

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica que afecta de forma grave o modo de pensar da pessoa, a sua vida emocional e o comportamento em geral. As pessoas com esquizofrenia sofrem de sintomas psicóticos, alucinações, delírios, alterações do pensamento, da memória e da concentração. A doença afecta cerca de 1% da população e está entre as 10 maiores causas de incapacidade devido a doença.  O estigma e a falta de adesão à terapêutica estão entre as principais causas do insucesso do tratamento. 

Misericórdia de Lisboa financia
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai lançar um programa de apoio financeiro à investigação sobre a esclerose lateral...

O Programa de Investigação Científica em Esclerose Lateral Amiotrófica concederá 50 mil euros anuais a uma equipa de investigação portuguesa, escolhida pela administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) após uma avaliação de peritos internacionais, designadamente dos Estados Unidos, Reino Unido e Holanda.

O prazo para o envio das candidaturas, através da página http://candidaturas.ela.scml.pt, termina a 30 de Abril. A candidatura seleccionada será anunciada em finais de maio ou no início de junho.

Em declarações, a coordenadora do programa, Rita Paiva Chaves, disse que o financiamento atribuído inclui, obrigatoriamente, o pagamento de uma bolsa a pelo menos um bolseiro de investigação científica da SCML, que irá colaborar com a equipa selecionada.

Rita Paiva Chaves adiantou que a Misericórdia de Lisboa pode entender dar o montante ao mesmo grupo de investigação nos anos seguintes, até um máximo de quatro anos, se o projecto de investigação o justificar.

A responsável precisou que o regulamento de bolseiros de investigação da SCML foi aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que o recrutamento será divulgado, nomeadamente, nos meios académicos e na imprensa.

A esclerose lateral amiotrófica, que afeta pacientes assistidos no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão da SCML, é uma doença neurodegenerativa rara.

Nesta patologia, os neurónios (células do sistema nervoso) motores "que conduzem a informação do cérebro aos músculos do corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente", o que leva a que os músculos fiquem mais fracos, podendo haver atrofia muscular, explica no seu portal a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica.

A atrofia muscular pode afectar o movimento de pernas e braços, a fala, a deglutição ou a respiração.

O Programa de Investigação Científica em Esclerose Lateral Amiotrófica segue-se aos Prémios Santa Casa Neurociências, lançados em 2013.

As duas iniciativas pretendem, através de incentivos à investigação, abrir caminho a novas estratégias de prevenção e tratamento de doenças neurológicas.

Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa
A criação da Academia de Medicina Legal e Ciências Forenses da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa é uma das...

Os 250 participantes do 3.º Congresso de Medicina Legal e Ciências Forenses da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), que terminou na quinta-feira, decidiram ainda criar a Comissão Executiva Médico-Legal e Forense da CPLP, que deverá “uniformizar os procedimentos médico-legais” nos estados da comunidade.

Especialistas e técnicos de Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, além de Cuba, como país convidado, debateram durante quatro dias, na capital angolana, temas relacionados com a evolução da medicina legal nos últimos anos e com a sua aplicação no futuro nestes países.

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), liderado pelo juiz desembargador Francisco Brízida Martins, coadjuvado pelo vice-presidente, o médico legista João Pinheiro, foi galardoado pelo “inolvidável contributo prestado para o desenvolvimento da medicina legal e ciências forenses” na CPLP, segundo um comunicado dos serviços daquele instituto em Coimbra.

A distinção foi entregue pelo secretário de Estado do Ministério do Interior de Angola, Hermenegildo José Félix, na sessão de encerramento dos trabalhos, na quinta-feira.

Constituída por oito especialistas, a delegação portuguesa era liderada por Francisco Brízida Martins e João Pinheiro.

Os especialistas do INMLCF, com a colaboração de médicos angolanos, orientaram quatro cursos práticos realizados no âmbito do congresso, tendo protagonizado ainda “mais de metade das comunicações científicas” apresentadas na reunião.

Os quatro países lusófonos presentes “também decidiram trabalhar em conjunto na criação de uma base integrada de dados, procedimentos, matérias e assuntos médico-forenses”, adianta a nota.

O 4º Congresso de Medicina-Legal e Ciências Forenses da CPLP será realizado em Moçambique, em 2017.

DGS renova
Os portugueses que tenham regressado há menos de 14 dias do Médio Oriente e que desenvolvam febre, sintomas respiratórios ou...

A propósito da actividade epidémica da síndrome respiratória do Médio Oriente por coronavírus, a Direcção-geral da Saúde (DGS) lembra que não há até ao momento recomendações internacionais para restrições de viagens ou de trocas comerciais.

Estas recomendações emitidas em comunicado são semelhantes às já divulgadas em 2012 e 2013 também sobre o novo coronavírus.

Desde Abril de 2012 que já foram notificados mais de mil casos de infecção, incluindo 400 mortes, a maioria no Médio Oriente (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Jordânia, Omã, Kuwait, Egito, Iémen, Líbano e Irão).

Em vários países europeus foram diagnosticados até hoje 15 casos, nenhum deles em Portugal, e o nível de risco de importação de casos para a Europa mantém-se baixo.

A avaliação de risco baixo foi renovada este mês pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, depois de um caso da doença registado na Alemanha num viajante regressado do Médio Oriente.

Mesmo não havendo recomendações para restringir viagens, a DGS sugere em comunicado que os viajantes sigam os conselhos das autoridades de saúde dos países visitados, lavem frequentemente as mãos antes e depois de tocar em animais e evitem o contacto com camelos, bem como o consumo de produtos animais crus ou mal cozinhados.

A fonte de infecção da síndrome respiratória do Médio Oriente e o seu modo de transmissão ainda não estão totalmente esclarecidos, mas estudos recentes apontam para que os camelos possam ser a espécie reservatória ou hospedeira, estando envolvidos na transmissão directa ou indirecta aos seres humanos.

Os viajantes que tiverem regressado de um país da região afectada há menos de 14 dias e que apresentem febre, sintomas respiratórios (como tosse) ou diarreia devem contactar o seu médico o ligar para a linha Saúde 24 (808 24 24 24), referindo sempre o lugar onde estiveram.

A incidência da síndrome respiratória do Médio Oriente aumentou novamente no mês de Fevereiro deste ano, à semelhança do que ocorreu no ano passado, o que sugere às autoridades um perfil sazonal na doença.

O coronavírus está associado normalmente às comuns constipações, mas também pode desencadear os sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Severa.

Hospital especializado
A Administração Regional de Saúde do Centro esclareceu que na sua área de intervenção existe um hospital central especializado...

Situado na Tocha, o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC) - Rovisco Pais tem “características únicas no país”, pautando-se “pela hospitalidade e qualidade dos seus serviços num plano de humanização”, sublinha aquela organização.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) lamenta, por isso, que a presidente da Associação Nacional AVC, Clara Fernandes, desconheça a existência do CMRRC – Rovisco Pais, “onde se pratica uma medicina física e de reabilitação orientada por uma abordagem biopsicossocial da reabilitação”.

A Associação Nacional AVC alertou as entidades governamentais para a urgência de se implementar um novo modelo de intervenção ao nível da reabilitação das vítimas de acidente vascular cerebral em Portugal.

Segundo a associação, “o número de sessões comparticipadas pelo Ministério da Saúde é inegavelmente insuficiente e em grande parte de discutível qualidade” e, “à excepção de Alcoitão e do Centro de Reabilitação do Norte, não existem unidades de reabilitação e de promoção da autonomia com condições de excelência e específicas para estes doentes”.

A ARSC convida Clara Fernandes a visitar o Rovisco Pais, que foi criado em 1996 e “dispõe de uma lotação de 80 camas de reabilitação para a população da região Centro”.

Neste hospital existe “um Serviço de Reabilitação Geral de Adultos, com 50 camas, onde são internados para reabilitação intensiva doentes de AVC, entre outros, e uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados com 60 camas, que recebe doentes pós AVC”.

Na terça-feira, Dia Nacional do Doente com AVC, é inaugurada no Rovisco Pais a exposição de pintura Regresso, “de um artista plástico que, a recuperar de um AVC no hospital, acabou por se reencontrar como pintor, conquistando de novo uma capacidade que julgara perdida”, acrescenta.

No ano de 2014, o CMRRC realizou 4.050 consultas de reabilitação, mais de um milhão de tratamentos em Medicina Física e Reabilitação e tratou 307 doentes em regime de internamento, num total de 24.015 dias de internamento de reabilitação.

No CMRRC-RP, onde estão disponíveis as técnicas mais avançadas de avaliação e tratamento em reabilitação, existe um núcleo habitacional de preparação para a alta para doentes com incapacidade, com 16 apartamentos adaptados, um deles totalmente robotizado - “casa inteligente” - projecto conduzido em parceria com a Universidade de Aveiro, salienta a ARS do Centro.

Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama
Assinala-se no dia 30 de Março o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

Os tratamentos de quimioterapia ou radioterapia podem induzir alguns efeitos secundários que podem afectar a sua alimentação.

Optar por uma alimentação saudável é fundamental para minimizar os efeitos adversos da terapêutica do cancro da mama. A ingestão dos alimentos certos antes, durante e depois do tratamento podem auxiliar na promoção do seu bem-estar.

Para se manter saudável é importante:

1. Fazer uma alimentação completa, variada e equilibrada

A alimentação deve ser baseada nos princípios da Roda dos Alimentos: completa (ingerir diariamente alimentos de todos os grupos), variada (variar os alimentos dentro de cada grupo diariamente) e equilibrada (ingerir as porções diárias recomendadas e os seus equivalentes).

2. Procurar manter o seu peso corporal dentro dos valores desejáveis

O mais importante para a manutenção de um peso corporal adequado reside no alcance do equilíbrio entre os alimentos que ingerimos e os nossos gastos energéticos diários.

3. Tomar sempre o pequeno-almoço

Um bom pequeno-almoço ajudá-lo-á a carregar energias logo ao início do dia, fornecendo-lhe um bom aporte de nutrientes essenciais para o organismo. Não se esqueça de consumir produtos lácteos, pão ou cereais e ainda fruta ou sumos de fruta.

4. Fazer 5 a 6 refeições por dia

Faça várias refeições, 5 a 6, de forma a não estar mais de 3h30m sem comer, assim, poderá controlar o seu apetite ao longo do dia.

5. Aumentar o consumo de fruta e hortícolas

Pode seguir a regra dos 5 ao dia! É um conceito que o ajuda a lembrar-se de comer 5 porções de fruta ou hortícolas, todos os dias.

6. Iniciar as refeições principais com sopa

A sopa é um excelente alimento, pelo que deve ser consumido antes da refeição. O seu consumo, para além da mais-valia nutricional, promove um aumento da saciedade, controla o apetite, controla os níveis de colesterol e glicemia sanguíneos e melhora o trânsito intestinal.

7. Comer calmamente e mastigar muito bem os alimentos

É uma excelente forma de controlar o apetite e a quantidade de alimentos que consome.

8. Evitar comer alimentos com teor elevado de gordura

Por exemplo fritos, massas quebradas e folhadas, presentes em algumas tartes, pastéis e salgados, molhos cremosos ou de queijo, natas. Limite o consumo de gordura na confecção e tempero, e quando o fizer, opte pelo azeite, mas nunca esquecendo que também é uma gordura.

9. Reduzir o consumo de alimentos com alto teor de sal

Reduzir o teor de sal para temperar. Use maior quantidade de cebola, alho, tomate, pimento, ervas aromáticas, especiarias e marinadas.

10. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibra

As fibras alimentares existem apenas nos alimentos de origem vegetal como os cereais integrais e seus derivados, leguminosas (feijão, grão-de-bico, favas, ervilhas, lentilhas), produtos hortícolas e fruta.

11. Evitar o consumo de açúcar e alimentos açucarados

Por exemplo refrigerantes, bolos, chocolates, compotas, rebuçados. O consumo deste tipo de alimentos deve ser feito, preferencialmente, no final das refeições, e a sua ingestão não deve ser diária mas sim restrita a ocasiões festivas.

12. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

Faça da água a sua bebida de eleição.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Conselhos para os minimizar
A presença dos principais efeitos secundários do tratamento do cancro da mama podem afectar a sua al
Efeitos secundários do tratamento do cancro da mama

Os tratamentos para o cancro estão desenhados para matar as células cancerígenas, de modo a abrandar o crescimento de tumores que crescem rapidamente ou para diminuir o tamanho de tumores maiores, mas estes tratamentos podem também danificar as células saudáveis. São estes danos nas células saudáveis que podem causar os efeitos secundários e estes podem traduzir-se em problemas alimentares. Nem todas as pessoas apresentam efeitos secundários aos tratamentos oncológicos com impacto na alimentação, mas estes podem surgir e são relatados por alguns doentes oncológicos. Se for o seu caso existem algumas coisas que pode fazer para evitar ou minimizar estes efeitos secundários.

Problemas alimentares mais comuns

Náuseas

O que fazer

  • prefira alimentos que sejam leves para o seu estômago
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições
  • não salte refeições e faça pequenas merendas
  • escolha comidas que goste
  • evite alimentos com muita gordura, muito condimentados ou muito doces
  • evite beber líquidos durante as refeições
  • beba líquidos durante o dia – faça-o devagar, com a ajuda de uma palhinha ou de uma garrafa pequena
  • coma ou beba alimentos e bebidas frias ou à temperatura ambiente
  • coma alimentos com pouco sabor ou cheiro (biscoitos de água e sal, tostas, cereais e pão seco ou torrado) antes de se levantar se tiver náuseas matinais
  • identifique quando é que as refeições lhe caem melhor.

Alimentos que ajudam

Iogurte magro, carne ou peixe cozido, bolachas de água e sal, bolacha maria, arroz simples, batata cozida ou em puré, sumos de fruta, banana, maçã e pêra sem casca, caldo de legumes, pão torrado, gelatina, águas c/gás.

Vómitos

O que fazer

  • beba pequenas quantidade de líquidos simples como água, chá, caldo simples
  • assim que conseguir beber líquidos simples sem vomitar, experimente líquidos mais compostos ou comidas leves para o estômago
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições.

Alimentos que ajudam

Banana, maçã e pêra sem casca, caldo de legumes, sumos de frutas coados, pão torrado, carnes magras grelhadas ou cozidas.

Boca dorida

O que fazer

  • escolha alimentos fáceis de mastigar
  • cozinhe os alimentos até estarem macios e tenros
  • corte a comida em pedaços pequenos
  • beba com uma palhinha
  • use uma colher pequena
  • ingira a comida fria ou à temperatura ambiente
  • chupe pedaços de gelo
  • evite alimentos ácidos, muito condimentados, muito quentes ou gelados e bebidas ácidas ou gaseificadas.

Alimentos que ajudam

Carnes magras picadas, caldeiradas de carne ou peixe, receitas com ovos ou feijão, batidos, iogurtes, pães moles, flocos de cereais e farinhas embebidas em leite, vegetais e frutas cozidas ou em puré, gelatinas, gelados derretidos, sopa.

Evite

Frutas acidas, vegetais em vinagre, vinagre, bebidas gaseificadas, condimentos como pimenta, malagueta, noz-moscada, alimentos duros ou ásperos.

Diarreia

O que fazer

  • beba muitos líquidos para repor os que perde nas fezes,
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições,
  • escolha alimentos e bebidas que sejam ricos em potássio e sódio, por exemplo água de coco ou bebidas isotónicas,
  • evite alimentos com muita fibra – por ex. cereais integrais, pão integral, fruta e hortícolas
  • coma ou beba alimentos e bebidas à temperatura ambiente
  • evite alimentos gordos ou condimentados, alimentos com lactose, alimentos que provoquem flatulência e bebidas com gás, cafeína ou álcool.

Alimentos que ajudam

Carne magra cozida, pão branco, cereais refinados (pobres em fibras), sopa de cenoura, arroz, batata cozida sem casca, arroz, banana, maçã ou pêra cozida ou assadas sem casca, bebidas sem cafeína, água de coco e bebidas isotónicas

Evite

Alimentos com elevada concentração de açúcar – sumos de fruta ácida e muito concentrados, doces de fruta e geleias muito açucarados.

Prisão de ventre / Obstipação

O que fazer

  • beba muitos líquidos,
  • beba líquidos quentes
  • ingira uma bebida morna ao acordar
  • escolha alimentos ricos em fibras (produtos integrais).

Alimentos que ajudam

Maçã, pêra, uva, ameixa, morango (com casca) e abacaxi, kiwi, laranja e figo, sumos de fruta natural de laranja, tangerina, abacaxi e maracujá (com as sementes), feijão verde, nabiças, couves, curgete, aipo, agrião, nabo, rabanete, repolho, couve-de-bruxelas, acelga, brócolos, cenoura, beringela, cereais integrais, pães, bolachas e tostas integrais, farelo de trigo, milho ou centeio, leguminosas (feijão, fava, lentilha e grão de bico).

Alterações do paladar

O que fazer

  • opte por refeições bem confeccionadas, temperadas e condimentadas (recorrendo ao uso de ervas aromáticas e especiarias)
  • experimente alimentos ou bebidas mais ácidas (não o faça se tiver a boca dorida)
  • opte por refeições bem confeccionadas, temperadas e condimentadas (recorrendo ao uso de ervas aromáticas e especiarias)
  • experimente adoçar um pouco os alimentos
  • evite comidas e bebidas com cheiros que o incomodem.

Alimentos que ajudam

Frutas frescas, limonada, comidas com vinagrete ou pickles (caso tenha a boca dorida não se aplica) Experimente novos sabores: junte cebola, alho, chili, manjericão, orégãos, rosmaninho, menta (caso tenha a boca dorida não se aplica) Em alternativa à carne vermelha (pode ter um sabor estranho, metálico) experimente frango ou peixe.

Evite alimentos com elevada concentração de açúcar – sumos de fruta ácida e muito concentrados, doces de fruta e geleias muito açucarados.

Alterações do apetite

Perda de apetite

O que fazer

  • opte por refeições pequenas, frequentes e sem horário rígido
  • confeccione as refeições que mais gosta
  • consuma os alimentos à temperatura ambiente
  • utilize temperos e ervas aromáticas para melhorar o sabor e aroma dos alimentos
  • utilize com moderação suplementos alimentares naturais como queijo, manteiga, leite condensado, leite em pó, natas, iogurtes, açúcar e mel
  • junte mel ou frutos secos na salada ou batidos de frutas, acrescente leite em pó ao leite e aumente a quantidade de azeite na sopa.

Aumento de apetite

O que fazer

  • coma mais fruta e vegetais
  • prefira alimentos ricos em fibras
  • escolha carnes magras
  • prefira leite e derivados magros
  • ingira menos gorduras
  • utilize métodos culinários com menos gordura como estufados, cozidos, grelhados e cozidos a vapor - varie os alimentos e o tipo de confecção culinária
  • coma pequenas porções e faça várias refeições ao longo do dia
  • ingira menos sal
  • mastigue calmamente (aprenda a saborear os alimentos)
  • beba 1,5l de água/chá/tisanas ao longo do dia
  • planeie antecipadamente as refeições
  • deixe os doces e salgados para dias de festa
  • não compre alimentos "a evitar".

Perda de peso

O que fazer

  • coma quando for altura de comer, não espere sentir fome
  • faça 5 ou 6 refeições por dia em vez de 3 grandes refeições
  • escolha comidas que sejam ricas em proteínas e energia (aconselhe-se com um nutricionista)
  • se não lhe apetecer comer opte por beber batidos, sumos ou sopas.

Alimentos que ajudam

Batidos, pão, arroz, massas, batata, carne, peixe, leguminosas (feijão, grão, lentilhas, etc.), produtos lácteos ou alternativas (soja) Tente fazer uma sopa com mais batata e leguminosas do que habitualmente coloca. Adicione um pouco de azeite em cru na sopa ou em alguns pratos.

Aumento de peso

O que fazer

  • coma mais fruta e vegetais
  • prefira alimentos ricos em fibras
  • escolha carnes magras
  • prefira leite e derivados magros
  • utilize métodos culinários com menos gordura como estufados, cozidos e grelhados a vapor
  • coma pequenas porções e faça várias refeições ao longo do dia
  • Reduza a adição de sal na confecção dos seus alimentos.

Alimentos que ajudam

Carne branca – frango, peru; peixe, leite magro, iogurte magro, queijo magro ou com redução de gordura

Artigos relacionados

Cancro da Mama: Perguntas e respostas

 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alimentação saudável
Optar por uma alimentação saudável é fundamental para minimizar os efeitos adversos do tratamento do

Wrap integral de frango e hortaliças (náuseas e vómitos, prisão de ventre)

Ingredientes: 2 unidades de wrap integral 1 colher de sopa rasa de requeijão light ou queijo tipo philadelphia light 4 folhas pequenas de alface ½ chávena de chá de cenoura ralada crua ½ chávena de chá de peito de frango cozido, desfiado e temperado.

Preparação:

Em cada wrap espalhe o requeijão, coloque 2 folhas de alface, metade da cenoura e metade do frango desfiado.

Enrole com cuidado para não partir, corte ao meio e prenda, se necessário, com a ajuda de um palito. Siga o mesmo processo para a outra unidade de wrap.

Se não tiver wraps pode utilizar pão de forma integral, retire as côdeas e para que fique fino passe com o rolo da massa.

Arroz Cremoso (p/ 4 pessoas) (boca dorida)

Ingredientes: 2 colheres de sopa de azeite ½ cebola picada 1 dente de alho picado 1 alho francês (parte branca) cortado em juliana 1 tomate sem sementes picado 1 chávena de chá de ervilhas 2 chávenas de chá de arroz lavado e escorrido, 6 chávenas de chá de água a ferver 1 colher de chá de sal ¼ de chávena de chá de natas light ou natas de soja 2 colheres de sopa de salsa picada fina.

Preparação:

Numa panela aqueça o azeite e doure a cebola e o alho – não deixe fritar. Junte o alho francês, o tomate e as ervilhas. Acrescente o arroz e deixe refogar por 5 min. Adicione posteriormente a água, o sal e coza em lume brando até o arroz secar. Retire do lume e misture as natas e a salsa.

Sirva de seguida. Para que a cebola não frite tape a panela na altura de refogar. O vapor vai evitar a fritura e torna o seu prato mais saudável.

Batido de banana (boca dorida, prisão de ventre)

Ingredientes: 1 dl de leite 2 colheres de café de açúcar (opcional) ½ banana 2 cubos de gelo.

Preparação:

Coloque a banana descascada e os restantes ingredientes no copo misturador e misture durante 1 minuto a velocidade média.

Sirva de seguida. O gelo é opcional, poderá utilizar leite bem fresco. Se juntar leite em pó desnatado torna a receita mais rica em calorias, proteínas e cálcio.

Sumo de maçã sem casca (náuseas, diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 200 ml de água de coco 1 Maçã sem casca 1 colher de mel.

Preparação:

Bata os ingredientes no liquidificador e sirva gelado.

Sumo Cítrico (diarreia, alterações do paladar)

Ingredientes: 50 ml de sumo de limão coado 1 pera descascada 1 colher de mel 100 ml de água

Preparação:

Bata os ingredientes no liquidificador e sirva gelado. Pode encontrar água de coco em embalagens nos hipermercados. Existem diversas marcas. A água de coco é utilizada popularmente no Brasil para aliviar as náuseas nas mulheres grávidas e para proteger as crianças da desidratação em casos de diarreia. Estudos recentes indicam esta bebida como um importante repositor de sódio e potássio.

Bifinhos de Batata (diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 1 colher de sopa de azeite 1 dente de alho ½ cebola média picada em cubos pequenos 1 cenoura média ralada 500g de batatas cozidas e espremidas 1 chávena de chá de farinha de soja ou trigo 2 colheres de chá de sal 2 ramos de tomilho lavados 2 ramos de salsa lavados e picados.

Preparação:

Numa frigideira média, refogue o alho e a cebola sem deixar dourar. Acrescente a cenoura ralada e refogue rapidamente, não deixando amolecer muito. Misture as batatas, a farinha de soja ou trigo, o sal, o tomilho e a salsa até obter uma mistura homogénea. Se a massa estiver muito seca e dura, acrescente um pouco de água para que ela fique macia e cremosa.

Para moldar o bifinho, faça uma bolinha com um pouco de massa e achate-a com as palmas das mãos. Aqueça uma frigideira antiaderente por 1 minuto em lume forte, pincele pouco azeite e doure. Sirva quente.

Ensopado cremoso de Frango e Vegetais (diarreia, boca dorida)

Ingredientes: 170g de massa espiral 1 peito de frango de 220 a 250g, sem osso e sem pele 2 chávenas de chá de chuchu em fatias 1 chávena de cenoura em tirinhas 1 colher de salsa picada ½ colher de manjericão seco 1 pitada de alho em pó 2/3 de chávena de leite em pó de soja ou desnatado 2 colheres de farinha de trigo 1/3 de cubo de caldo de galinha esmigalhado (sem gordura) 1 chávena de água 1 colher de chá de margarina light.

Preparação:

Cozinhe a massa espiral de acordo com as instruções da embalagem. Depois de cozida, passe por água, escorra e reserve. Corte o peito de frango em metade no sentido transversal e depois em tirinhas de 2,5cm de comprimento, e reserve.

Coloque os legumes e os temperos numa panela e junte as tirinhas de frango. Tape e cozinhe em lume forte 6 a 8 min. ou até a carne perder a cor rosada. Vá mexendo. Acrescente o macarrão cozido. Volte a tapar e reserve.

Num recipiente à parte misture o leite de soja em pó (ou leite desnatado), a farinha de trigo e o caldo. Adicione água batendo bem. Junte a margarina e cozinhe lume forte por 3 a min., ou até o molho engrossar e borbulhar, vá mexendo com o batedor de arame de 2 a 3 vezes. Despeje o molho sobre a mistura de frango e vegetais e mexa bem. Tape e cozinhe em lume alto 2 a 4 min., ou até ficar bem quente. Sirva quente.

Creme de Cenoura e Arroz (diarreia, boca dorida, alterações de apetite)

Ingredientes: 500gr de cenouras 2 colheres de sopa de arroz 1 litro de água sal qb.

Preparação:

Colocar as cenouras cortadas aos pedaços numa panela, juntar o arroz e uma pitada de sal (pouca quantidade) e o litro de água. Deixar cozer por 30 min.

Reduzir com a varinha mágica até formar um puré liso.

Creme de Legumes (diarreia, boca dorida)

Ingredientes: 1 colher de sopa de azeite 2 dentes de alho picados ½ cebola média, picada 3 tomates sem pele e sem sementes, picados 2 cenouras picadas 2 batatas 1 chuchu médio, picado 1 litro de água Sal a gosto Salsinha picada a gosto.

Preparação:

Junte todos os ingredientes excepto a salsinha, a água e sal. Cozinhe até os legumes ficarem macios. Espere amornar e bata com a varinha mágica. Sirva polvilhada com a salsinha.

Muffin verde (prisão de ventre, boca dorida)

Ingredientes para a massa: 1 copo de leite magro 3 ovos ½ chávena de chá de farinha de trigo ½ chávena de chá de aveia 1 colher de sopa de fermento em pó 1 cebola picada 3 dentes de alho 500g de queijo ralado (mistura de parmesão com cheddar ou qualquer outra mistura que derreta folhas de manjericão a gosto 1 embalagem de espinafres previamente refogados com 1 dente de alho esmagado e azeite.

Preparação da massa:

Coloque todos os ingredientes num recipiente e bata com a varinha mágica até que a massa fique homogénea.

Ingredientes para o recheio: 1 colher de sobremesa de requeijão para cada forminha 1 embalagem de rúcula refogada com 2 dentes de alho e azeite

Material: 16 forminhas de empadas ou queques.

Preparação:

Misture o recheio na massa e leve ao forno em forminhas untadas com óleo e farinha por 50 min.

Húmus de feijão-verde (boca dorida)

Ingredientes: 400g de feijão-frade 1-2 Dentes de alho Sumo de 1 limão 1-2 Colheres de chá de manteiga de sésamo (tahin) 2 Colheres de sopa de azeite Salsa, sal e pimenta q.b.

Preparação:

Demolhar e cozer o feijão (se usar enlatado, rejeite o líquido e escolha uma marca com menos conservantes);

Reduzir o feijão a puré no “1,2,3” juntamente com o alho, a manteiga de sésamo e um pouco de água;

Juntar o sumo de limão, a salsa e os temperos. Misturar novamente até à consistência desejada;

Servir com pão integral ou tostas.

Creme de Couve-flor com amêndoa laminada (p/4 pessoas) (boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 400g Couve-flor 1 Cebola 10g de Amêndoa Laminada.

Preparação:

Cortar a couve-flor e a cebola em pedaços pequenos, e colocar na panela juntamente com a água, deixar cozinhar durante 30 minutos.

Passar até ficar um creme aveludado.

No prato acrescente a amêndoa laminada.

Sopa de Espinafres e Grão-de-bico (p/ 4 pessoas) (boca dorida)

Ingredientes: 120g de grão-de-bico 1 Cenoura 250g de abóbora 1 Cebola 1 Nabo 1 Molho de espinafres 2 Colheres de sopa de azeite Água de cozer o grão q.b. Sal q.b.

Preparação:

Coze-se o grão e reserva-se;

Descascam-se e cozem-se a abóbora, a cenoura, a cebola e o nabo na água de cozer o grão;

Depois de cozidos reduzem-se a puré e vão novamente ao lume;

Juntam-se os espinafres ripados e o grão-de-bico. Deixa-se ferver durante alguns minutos e desliga-se o lume;

Tempera-se a sopa com pouco sal e azeite.

Arroz de Frango alourado (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 380g de peito de frango sem peles e gorduras visíveis Meia cebola Meia cenoura 2 Colheres de sopa de azeite 3g de sal 80ml de vinho verde branco Pimenta, Alecrim, louro e piripiri a gosto 2 chávenas de chá de Arroz.

Preparação:

Lave bem a cenoura e cebola e pique-as. Coloque-os numa panela, juntamente com um pouco de água, junte o azeite e deixe estufar. Corte o frango em bocados e junte-o ao preparado anterior. Tempere com pimenta, alecrim, louro, piripiri e o sal e deixe estufar o frango. A meio da cozedura, junte o vinho branco.

Depois do frango cozinhado, retire-o do tacho e junte água ao molho que se formou. Assim que ferver junte o arroz. Deixe novamente levantar fervura e introduza no arroz os bocados de frango. Leve ao forno a acabar de cozer e alourar a superfície. Acompanhe com feijão-verde cozido.

Beringelas Recheadas com frango desfiando e arroz integral (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 2 Beringelas médias 2 Alhos Francês 380g de peito de frango desfiado 2 Cenouras 2 chávenas de chá de Arroz integral.

Preparação:

Coza o peito de frango e desfie, reserve. Parta as beringelas ao meio e retire a polpa, reserve a parte da “casca”. Numa frigideira antiaderente coloque o alho francês, o frango desfiado e a cenoura ralada. Salteie tudo. Assim que estiver pronto preencha dentro da “casca” da beringela com o recheio preparado anteriormente, e leve ao forno a tostar um pouco. Acompanhe com arroz seco integral.

Pescada cozida ao molho de ervas aromáticas (p/ 4 pessoas) (alterações do apetite)

Ingredientes: 360g de pescada 12 Batatas (aprox. 960g) 1 Nabo pequeno (aprox. 100g) 100g de couve-lombarda 6 Colheres de sopa de azeite 3g de sal Alecrim, manjericão, cebolinho, salsa e Sumo de limão a gosto.

Preparação:

Prepare e lave os hortícolas. Numa panela coza a pescada, o nabo, a couve e as batatas com o sal. No final da cozedura escorra bem. Para o molho de ervas aromáticas coloque num almofariz o azeite, o alecrim, o manjericão, o cebolinho, a salsa e o sumo de limão e triture bem. Regue a pescada com o molho e sirva.

Açorda de pescada com couve portuguesa e salsa (boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 300g de pescada 40g de cebola 20g de alho 280g de pão de trigo 20g de salsa picada 100g de tomate 100g de couve portuguesa 40ml de azeite.

Preparação:

Coza a pescada e desfie-a em pedaços e reserve. Lave, descasque e pique a cebola, o alho, o tomate. Lave e pique a salsa bem fininha. Coloque numa panela estes ingredientes juntamente com o azeite e deixe refogar um pouco. Adicione um pouco de água e tempere a gosto e deixe cozinhar. Junte a pescada aos bocados e deixe apurar um pouco o molho. Adicione um pouco mais de água. Lave e corte a couve portuguesa às tiras fininhas, previamente cozida e junte ao preparado anterior, aproveitando a água de cozedura. Corte o pão em fatias e adicione-as e mexa até ficar bem envolvidas. Antes de servir polvilhe com um pouco de salsa.

Bolo de Maça e Canela (diarreia, boca dorida, alterações do apetite)

Ingredientes: 4 maçãs descascadas e sem caroços 2 colheres de sopa de manteiga sem sal 3 ovos 1 colher de sopa de fermento em pó 4 colheres de adoçante 2 chávenas de farinha de arroz Sumo de limão q.b.

Preparação:

Corte as maçãs em cubinhos, misture ao sumo dos limões e reserve. À parte, bata as claras em neve e reserve. Em outro recipiente, bata bem as gemas com o açúcar ate formar um creme homogéneo. Junte a farinha de arroz e bata mais um pouco. Coloque o fermento e misture bem. Junte as maçãs e as claras em neve, mexendo levemente. Leve ao forno quente por 30 minutos. Quando estiver dourado experimente a massa com o palito. Retire do forno cubra com canela, deixe arrefecer e sirva.

Receita de tarte de maçã, pêra e ameixa (prisão de ventre)

Ingredientes para a massa: ½ chávena de farinha de trigo ½ chávena de aveia (flocos grossos) ½ chávena de farinha de trigo integral 1 colher de sopa de margarina light 1 colher de sobremesa de adoçante em pó para uso culinário 1 colher de chá de canela em pó.

Preparação da massa:

Misture todos os ingredientes até obter uma consistência boa para moldar e forre uma forma de tarte.

Ingredientes para o recheio: 5 unidades de maçã vermelha ½ chávena de chá de ameixas sem caroço 2 colheres de sobremesa de adoçante em pó para uso culinário 300ml de água 1 chávena de leite em pó desnatado 2 ovos 1 colher de chá de canela em pó 3 peras 1 colher de sobremesa de essência de baunilha.

Preparação:

Forre a forma com a massa e reserve. Corte as maçãs e as peras com casca em meia-lua e junte a canela e as ameixas. Reserve.

No liquidificador bata o leite em pó, água, adoçante, os ovos e a baunilha.

Misture as maçãs, peras e ameixas ao creme, cubra a massa e leve ao forno médio por 45 a 50 min. O recheio deve ficar bem sequinho.

Crumble de maçã (p/4 pessoas) (prisão de ventre, alterações do apetite)

Ingredientes: 1Kg maçã 1 Chávena flocos de aveia 1 Chávena farinha ½ Chávena açúcar amarelo 30g margarina de soja Uvas passas q.b. Canela (1 pau ou em pó).

Preparação:

Descascar as maçãs, cortar em cubinhos e estufar num tacho com canela, 1 colher de açúcar e passas;

Numa tigela, misturar a margarina derretida, a aveia, a farinha e o açúcar;

Dispor o puré de maçã numa travessa de ir ao forno e cobrir com a mistura de aveia;

Levar ao forno pré-aquecido (180ºC-200ºC) até ficar dourado;

Servir morno.

Papas de aveia (p/ 4 pessoas) (boca dorida, alterações do apetite, prisão de ventre)

Ingredientes: 960ml de leite meio-gordo 120g de flocos de aveia Casca de limão e canela em pó a gosto.

Preparação:

Num tacho coloque o leite, os flocos de aveia e o limão. Deixe cozer, mexendo sempre, até adquirir uma consistência de papa. No final polvilhe com canela.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Diagnóstico, cuidados e tratamento
Detectar precocemente o cancro da mama aumenta as hipóteses de cura. Saiba como.
Mulher com laço cor-de-rosa representativo do cancro da mama

O que é o cancro da mama?

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. É muito mais frequente nas mulheres, mas pode atingir também os homens. O cancro da mama apresenta-se, muitas vezes, como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama pela sua consistência.

Que cuidados se devem ter para detectar o cancro da mama?

O diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, pois aumenta as hipóteses de cura. Evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.

Para que seja diagnosticado precocemente, é importante que:

  • Faça um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual;
  • Vá ao médico especialista em patologia mamária uma vez por ano;
  • Participe em programas de rastreio.
  • O exame clínico da mama pode confirmar ou esclarecer o seu auto-exame.

Quais são os sintomas mais comuns no cancro da mama?

  • Aparecimento de nódulo ("caroço") / endurecimento da mama ou debaixo do braço (na axila);
  • Mudança no tamanho ou no formato da mama;
  • Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola;
  • Corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue;
  • Retracção da pele da mama ou do mamilo.

Ao sentir qualquer alteração nas mamas deve consultar o seu médico.

Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama?

Para fazer o diagnóstico, o médico submeterá a mulher a um cuidadoso exame clínico e fará algumas perguntas sobre a história familiar. Fará também a palpação das mamas com as mãos, pois só assim poderá sentir a presença de um nódulo ("caroço"). O médico poderá solicitar alguns exames, tais como:

  • Mamografia: o principal exame das mamas, realizado através de raios X específicos para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação.
  • Faça uma mamografia de rotina sempre que solicitada pelo seu médico.
  • Ultrassonografia (ecografia): deve complementar sempre a mamografia e informa se o nódulo é sólido ou contém líquido (quisto).
  • Citologia aspirativa: com uma agulha fina e uma seringa, o médico aspira certa quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico. Esta técnica esclarece se é um quisto (preenchido por líquido), que não é cancro, ou de um nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um cancro.
  • Biópsia: procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do nódulo suspeito. O tecido retirado é examinado ao microscópio pelo patologista. Este procedimento permite confirmar se estamos perante um cancro da mama.
  • Receptores hormonais (estrógenio e progesterona): caso a biópsia permita o diagnóstico de um cancro, estes testes de laboratório revelam se as hormonas podem ou não estimular o seu crescimento. Com esta informação, o médico pode decidir se é ou não aconselhável incluir no plano de terapêutico um tratamento à base de antagonistas daquelas hormonas, isto é, medicamentos que contrariam o seu efeito. A amostra do tecido do tumor é colhida durante a biópsia. Caso a biópsia detecte um tumor maligno, outros testes laboratoriais serão feitos no tecido para que se obtenham mais dados a respeito das características do tumor.
  • Também poderão ser solicitados exames - raios X, exames de sangue, ecografia, cintilograma (exame no qual uma pequena quantidade de um produto radioactivo é utilizado para obter imagens) ósseo, provas de função hepática etc. - para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo.

Todos os testes e exames solicitados e a definir pelo médico têm como objectivo avaliar a extensão e o estádio da doença no organismo. O sistema de estadiamento do cancro da mama leva em conta o tamanho do tumor, o envolvimento de gânglios linfáticos da axila próxima à mama e a presença ou não de metástases à distância.

Há vários tipos de cancro da mama?

Sim. O tratamento e o prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor. Quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.

  • Carcinoma ductal “in situ” (CDIS): é o tumor da mama não invasivo mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser curadas. A mamografia é o melhor método para diagnosticar o cancro da mama nesta fase precoce.
  • Carcinoma lobular “in situ” (CLIS): embora não seja um verdadeiro cancro, o CLIS é, por vezes, classificado como um cancro da mama não invasivo. Muitos especialistas pensam que o CLIS não se transforma num carcinoma invasor, mas as mulheres com esta neoplasia têm um maior risco de desenvolver cancro da mama invasor.
  • Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de 80 por cento dos cancros da mama invasores (ou invasivos) são carcinomas ductais.
  • Carcinoma lobular invasor (CLI): tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À semelhança do CDI, pode disseminar-se para outras partes do corpo. Cerca de dez por cento dos cancros da mama invasores são carcinomas lobulares.
  • Carcinoma inflamatório da mama: este é um cancro agressivo, mas raro.

Há ainda outros tipos de cancro da mama mais raros, como o Carcinoma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tumor Filóide Maligno, entre outros.

Como se trata o cancro da mama?

A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. O especialista em patologia mamária é o profissional médico mais indicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada caso.

Dependendo das necessidades de cada doente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.

  • Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tamanho da mama.
  • Radioterapia: utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Tal como a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser externa ou interna.
  • Quimioterapia: é a utilização de drogas que agem na destruição das células malignas. Podem ser aplicadas através de injecções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.
  • Hormonoterapia: tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas. Da mesma maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.
  • Reabilitação: vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia, etc.).

O tratamento cirúrgico é para tirar a mama?

Não necessariamente. Há diferentes tipos de cirurgia usados no tratamento de cancro da mama:

  • Tumorectomia: é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.
  • Quadrantectomia: é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um tratamento que conserva a mama.
  • A radioterapia é aplicada após a cirurgia.
  • Mastectomia simples ou total: é a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.
  • Mastectomia radical modificada: é a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o tecido que reveste os músculos peitorais.
  • Mastectomia radical: é a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramente utilizada.

Artigos relacionados

Quando o cancro da mama não leva a melhor

A importância da deteção precoce do cancro da mama

Efeitos secundários do tratamento do cancro da mama

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
30 de Março - Dia Nacional de Prevenção
O cancro da mama é um problema de saúde pública que afecta sobretudo as mulheres.

Os últimos dados estatísticos sobre o cancro da mama são de 2012 e são optimistas, uma vez que a incidência de cancro da mama continua a aumentar. Porém, a mortalidade diminuiu. Assim, “em 2012 a incidência em Portugal foi de 6.088 doentes e faleceram 1.570, o que corresponde a 18,4%. A prevalência foi de 5.440 ao ano, 15.390 aos 3 anos e 24.284 aos 5 anos”, refere Maria José Passos, oncologista médica do IPO Lisboa.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher.

Em Portugal, anualmente são detectados cerca de 4.500 novos casos, e 1.500 mulheres morrem com esta doença com elevado impacto na sociedade, não só por ser muito frequente, e associado a uma imagem de grande gravidade, mas também porque agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade.

Segundo Maria José Passos, “o cancro da mama é mais frequente nas mulheres de estrato socioeconómico mais elevado. A razão não é bem conhecida, mas especula-se que poderá dever-se a vários factores relacionados com diferentes estilos de vida, nomeadamente obesidade, dieta, factores ambientais. Já nas doentes com condição económica mais limitada, o cancro da mama é não raras vezes diagnosticado em fases avançadas porque procuram tardiamente o médico”.

Desta forma, o prognóstico varia consoante o estádio em que a doença é diagnosticada e das características do tumor primitivo. Por isso, é muito importante que esteja atenta a determinados sinais e sintomas, e perante os mesmos procure o seu médico. “De um modo geral as probabilidades de cura aumentam quando o diagnóstico é feito nos estádios iniciais da doença. Além disso permite que os tratamentos sejam menos agressivos, como por exemplo a cirurgia. Se o tumor for pequeno poder-se-á extrair apenas o tumor (tumorectomia) em vez de retirar toda a mama, e muitas vezes também os gânglios da axila (mastectomia radical)”, explica a oncologista.

Em muitos casos o tratamento pode controlar a doença e transformá-la em doença crónica sem sintomas, garantindo à doente uma boa qualidade de vida. Porém, alerta a especialista, deverá sempre haver uma vigilância médica periódica. Em casa, e mesmo nos casos em que não há doença, deve-se proceder ao auto-exame. “Embora não não substitua o exame médico, o auto-exame deve ser feito a seguir ao período menstrual nas mulheres pré menopáusicas e nas outras uma vez por mês”, comenta a oncologista.

Principais factores de risco

Os factores que provocam o cancro da mama e a forma como as mulheres se podem proteger para diminuir esse risco não são completamente conhecidos e continuam a ser investigados. “Não sabemos ainda como prevenir o aparecimento da doença, mas há várias medidas que podemos tomar para diminuir esse risco. Cada mulher deve consultar o seu médico para procurar o aconselhamento mais adequado ao seu caso”, explica Maria José Passos, sublinhando que, como em outros tipos de cancro, há vários factores dependentes do nosso estilo de vida que contribuem para aumentar o risco de cancro da mama:

  • Obesidade
  • Vida sedentária
  • Abuso de Álcool – os estudos sugerem que a ingestão de mais do que 1-2 bebidas alcoólicas por dia aumenta o risco de cancro da mama ou recidiva tumoral após tratamento.
  • Hábitos alimentares - aconselhável comer mais legumes e frutos, em vez de alimentos à base de gorduras animais
  • Evitar exposição a altas doses de radiação ionizante que aumenta o risco de cancro da mama.

Contudo, em alguns casos existe uma predisposição genética para cancro na mama e ovário. “É o que acontece em mulheres com mutações genéticas dos genes 1 e 2 (BRCA1 ou BRCA2)”, refere Maria José Passos, acrescentando que, estão disponíveis testes genéticos para identificar essas mutações, mas só devem ser feitos após aconselhamento médico e nunca por rotina.

Atenção aos sinais e sintomas de alerta:

  • Nódulos duros, heterogéneos e /ou empastamento mamário ou das axilas
  • Alterações no tamanho e forma da mama
  • Dor e ou corrimento mamilar, sobretudo se for unilateral e com sangue
  • Inversão do mamilo
  • Ulceração do mamilo
  • Irritação da pele ou outras lesões cutâneas de novo ou persistentes
  • Mamas quentes, edemaciadas com sinais de inflamação (pele de casca de laranja)
  • Dor mamária persistente (+ raramente).

Novos tratamentos. Mais esperança

Nos últimos anos registaram-se progressos muito importantes, que permitiram que os tratamentos fossem melhor tolerados, como por exemplo a utilização de antieméticos mais eficazes. Inclusive em muitas mulheres é possível preservar a fertilidade. “Nos casos em que apenas se utiliza cirurgia e radioterapia a fertilidade não é afectada e a doente pode engravidar sem problema”, refere a oncologista acrescentando que, “pelo contrário a quimioterapia antineoplásica pode provocar insuficiência ovárica e levar a uma menopausa precoce, sobretudo nas doentes com mais de 40 anos. Quanto mais avançada for a doença, mais agressiva terá que ser a terapêutica e maior a probabilidade de atingir a função ovárica. Nestes casos podem utilizar-se vários métodos de preservação da fertilidade antes do início da quimioterapia citostática”.

Ou seja, a forma como o tratamento do cancro da mama pode afectar a fertilidade depende de vários factores, como a idade, tipo de tratamento e estádio da doença, pois nem todos os tipos de cancro da mama afectam a fertilidade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alimentação em destaque
Comemora-se na próxima segunda-feira mais um Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.

Páginas