Escola de Medicinas Alternativas do Porto quer
Osteopatia, microfisioterapia, acupunctura e kineseologia são algumas terapêuticas alternativas que têm ganhado terreno à...

“Cada vez as pessoas procuram mais [as terapêuticas alternativas] porque a medicina convencional é muito limitada e não dá resposta a tudo. Então, quando falamos de doenças crónicas, falamos de um mundo em que quase não há soluções na medicina convencional”, afirmou o director da EMAC – Escola de Medicinas Alternativas e Complementares, que promoveu um Open Day de terapêuticas.

Para André Dourado, “tudo aquilo que mostra ao longo de várias décadas que tem sido útil, deve ser inserido” no Serviço Nacional de Saúde, destacando serem aquelas medicinas uma “mais-valia” por serem “mais baratas e, em muitos casos, mais eficazes” do que os métodos convencionais.

A introdução das medicinas alternativas no SNS também seria possível se “algumas classes políticas interessadas no assunto” e associações de cidadãos envolvidas no apoio às medicinas alternativas “fizessem força para que houvesse a aprovação de leis que melhorem a qualidade de vida” dos doentes, assinalou.

O responsável defendeu também “o não pagamento do IVA” pelos terapeutas destas áreas e ainda “algum apoio e compensação para as pessoas” que recorram às chamadas medicinas alternativas e complementares.

E o que são as medicinas complementares? “Não são mais que outras ideias, outras técnicas de abordagem que foram desenvolvidas ao longo de milénios e que têm eficácia na resolução de muitos problemas actuais”, respondeu André Dourado.

De entre estas, destacam-se as mais conhecidas acupunctura, naturopatia e osteopatia às quais se juntam “novas áreas como a microfisioterapia ou a kinesiologia que surgiram há poucas décadas e têm mostrado bons resultados, resolvendo em pouco tempo problemas que às vezes têm anos”.

A kinesiologia, explicou, é um “método de diagnóstico que mede os reflexos neuromusculares quando o terapeuta faz determinadas técnicas para saber se existe ou não lesão a um determinado nível”.

Já a naturopatia é uma “área de abordagem que faz diagnóstico de uma forma mais global, incluindo a dieta, atitude perante a vida e problemas emocionais” e as “suas ferramentas terapêuticas não são medicamentos mas uma dieta, alimentos, plantas medicinais, homeopatia, técnicas manuais e de psicoterapia”.

Para além dos doentes, também os profissionais de saúde, como médicos, nutricionistas, farmacêuticos e fisioterapeutas, escolhem esta área da saúde para fazerem formação que lhes concede “respostas que a medicina tradicional não dá, conhecendo mais ferramentas para poderem ajudar melhor os seus pacientes”, sublinhou o director da instituição.

Muitas destas áreas da medicina complementar ainda não têm visibilidade em Portugal, uma vez que, para o director da EMAC, os portugueses não são um povo “tão interventivo como os povos do norte da Europa” onde “os próprios cidadãos fazem associações e elas exigem que sejam aprovadas leis em determinados sentidos”.

Agência Portuguesa do Ambiente
O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia tem 14 edifícios com amianto, por todo o país, com um potencial...

"Já fizemos o levantamento e as análises e concluímos que existem 14 edifícios com amianto, mas com um potencial de risco médio, portanto não é muito relevante", avançou Inês Diogo , da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), falando à margem de uma acção de sensibilização sobre a substância, usada durante muitos anos na construção de edifícios, mas que passou a proibida por ser cancerígena.

A iniciativa é organizada pela Quercus e reúne especialistas de várias áreas, apresentando um "mini estaleiro" com os equipamentos utilizados nas operações de remoção de amianto pela empresa Interamianto, a única certificada para este trabalho, em Portugal.

Em Julho do ano passado, o Governo divulgou a lista de edifícios públicos que "presuntivamente contêm amianto na sua construção" e que eram 2.015, ou seja, 16% do total.

Na altura, o Governo dizia que os dados daqueles edifícios iriam ser analisados para ser determinado quais deviam ser sujeitos a acções regulares de monitorização e quais deviam ter confirmação dos resultados ou determinação da necessidade de acções correctivas.

Naquela lista, o Ministério do Ambiente, liderado por Jorge Moreira da Silva, tinha 16 edifícios com amianto, e destes 14 tiveram a confirmação de existência de amianto.

"Estamos agora a desenvolver as próximas acções para ver quais serão os próximos passos", referiu Inês Diogo.

Questionada acerca do destino dos materiais com amianto, após serem retirados dos edifícios, a responsável da APA explicou que se integram nos resíduos de construção e demolição e, "neste momento, são todos encaminhados para aterro".

Existe uma Comissão Técnica do Amianto que "está a estudar esta problemática e a arranjar formas para fazer a rastreabilidade do resíduo para não se juntar a resíduos não perigosos e podendo esses ser valorizados", acrescentou.

Igualmente presente na acção de sensibilização, a decorrer nas instalações da APA, perto de Lisboa, estava o conselheiro do Comité Económico e Social Europeu, Jorge Pegado Liz, que participou na elaboração de um parecer sobre amianto, publicado em Fevereiro.

O estudo verificou que, "numa série de situações na Europa, não só o amianto, não tinha sido erradicado, como ainda se faziam construções utilizando o amianto, e a 'desamiantagem' era feita sem ser nas melhores condições", disse aos jornalistas o especialista.

É proposto erradicar totalmente o amianto na construção, não só a utilização em materiais para construir novos edifícios, como também a retirada nos antigos.

"No parecer, a situação das pessoas afectadas pelo amianto são caracterizadas como vítimas do amianto o que tem uma carga penal importante", acrescentou.

Quanto à situação de Portugal, "não sendo eventualmente das mais gravosas da Europa, foi considerada bastante grave no processo de 'desamiantagem' de um conjunto de casos, designadamente nas escolas onde tem sido particularmente sensível", referiu Jorge Pegado Liz.

Sociedade Portuguesa de Oncologia
A Sociedade Portuguesa de Oncologia identificou os sintomas de cancro que os portugueses menos valorizam. Foram 15 os sintomas...

O cancro é uma doença conhecida por ser, na maioria dos casos, silenciosa, mas há casos em que os doentes poderiam demorar menos a ir ao médico se estivessem sensibilizados para certos sintomas. Estes são os 15 sintomas que não deve ignorar, segundo a Sociedade Portuguesa de Oncologia, após um pedido do jornal i, revela o notícias ao minuto.

1. Perda de peso e de apetite: Se uma pessoa não está a fazer uma dieta ou exercício e perde 10% do seu peso em dois meses deve ir ao médico. Em tumores que não, numa fase inicial, sintomas específicos, como alguns tipos de cancro do pâncreas ou do pulmão, estes sintomas são dos primeiros aspectos que podem levar a um diagnóstico.

2. Fadiga: Em situações de cansaço arrastado e sonolência não deve deixar de ir ao médico. Para além de poder ser um sintoma de um problema psicológico, pode também significar anemia, sintoma bastante comum de cancro do estômago. A anemia pode surgir ainda em casos de tumores do intestino.

3. Alterações do trânsito intestinal: Muitas vezes estão associadas ao stresse ou a uma dieta menos regulada mas, alterações persistentes devem ser valorizadas. No cancro é particularmente relevante, como adverte a médica do IPO de Coimbra, Gabriela Sousa, a alternância entre prisão de ventre e diarreia.

4. Sangue nas fezes: É um sintoma comum nos tumores gástricos, do intestino e do recto.

5. Fezes brancas e urina escura: Estes sintomas, bem como dor abdominal e pele amarelada podem ser sintomas de um cancro no pâncreas.

6. Tosse que não passa: Uma tosse seca e irritativa que não passa podem ser sintomas de um tumor do pulmão. Não deixe de ir ao médico.

7. Uma afta que não cicatriza: Este sintoma pode permitir um diagnóstico precoce de cancros de cabeça e pescoço ou até identificar lesões pré-cancerígenas. Se uma afta, ou qualquer ferida, na língua, lábio ou bochecha que não passe ao fim de dez dias deve ser vista pelo médico. A rouquidão que dura há mais de 15 dias também deve ser toda em conta pois pode ser um sintoma de cancro da laringe.

8. Líquido no mamilo: Este sintoma nem sempre é associado há doença mas pode ser um sinal de alerta para cancro da mamã. Uma escorrência ou secreção ou ainda a inversão do mamilo são sinais para os quais deve estar alerta.

9. Muitas idas ao WC: Se tem necessidade de ir várias vezes à hora à casa de banho, saiba que este pode ser um sintoma de cancro na próstata. Dor, sangue na urina ou no sémen ou ardência são também motivos para ir a uma consulta.

10. Impotência: Não se automedique, procure o médico de família para descobrir a causa da disfunção eréctil. Pode estar ligada à presença de um tumor mas também a outras doenças do foro cardiovascular.

11. Sensibilidade mamária nos homens: O aumento do volume mamário, nos homens, e mudanças na sensibilidade do peito podem resultar de alterações na testosterona. Perda de libido também, pode ser sinal de cancro do testículo.

12. Incontinência Urinária: A incontinência, que pode também ser sintomática de cancro da bexiga, é muitas vezes desvalorizada. Dor e ardor urinários, urgência em urinar e sensação de esvaziamento incompleto são sintomas a ter em conta.

13. Dor pélvica: Um dos sintomas menos valorizados em casos de tumores ginecológicos (útero, ovário e vulva). “Uma moinha que até pode melhorar mas depois volta” deve ser considerada um sinal importante.

14. Descamação da pele: É preciso estar atento a pequenas feridas na pele, como se fossem frieiras, e descamações pois podem ser sintomas do cancro de pele mais frequente, o carcinoma basocelular, que não aparece em sinais.

15. Gengivite: Para além da importância de avaliar gânglios inchados e hematomas em casos de cancros de sangue, como leucemias, as gengivites (inflamação das gengivas) e infecções recorrentes são sintomas comuns num subtipo de leucemia aguda.

Conheça quais são
O direito à proteção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa e assenta num

No quadro legislativo da saúde são estabelecidos direitos mais específicos, nomeadamente na Lei de Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto) e no Estatuto Hospitalar (Decreto-Lei n.º 48 357, de 27 de Abril de 1968).

São estes os princípios orientadores que servem de base à carta dos direitos e deveres dos doentes.

O conhecimento dos direitos e deveres dos doentes, também extensivos a todos os utilizadores do sistema de saúde, potencia a sua capacidade de intervenção activa na melhoria progressiva dos cuidados e serviços.

Evolui-se no sentido de o doente ser ouvido em todo o processo de reforma, em matéria de conteúdo dos cuidados de saúde, qualidade dos serviços e encaminhamento das queixas.

A carta dos direitos e deveres dos doentes representa, assim, mais um passo no caminho da dignificação dos doentes, do pleno respeito pela sua particular condição e da humanização dos cuidados de saúde, caminho que os doentes, os profissionais e a comunidade devem percorrer lado a lado.

Assume-se, portanto, como um instrumento de parceria na saúde, e não de confronto, contribuindo para os seguintes objectivos:

  • Consagrar o primado do cidadão, considerando-o como figura central de todo o Sistema de Saúde;
  • Reafirmar os direitos humanos fundamentais na prestação dos cuidados de saúde e, especialmente, proteger a dignidade e integridade humanas, bem como o direito à autodeterminação;
  • Promover a humanização no atendimento a todos os doentes, principalmente aos grupos vulneráveis;
  • Desenvolver um bom relacionamento entre os doentes e os prestadores de cuidados de saúde e, sobretudo, estimular uma participação mais activa por parte do doente;
  • Proporcionar e reforçar novas oportunidades de diálogo entre organizações de doentes, prestadores de cuidados de saúde e administrações das instituições de saúde.

Com a versão que agora se apresenta aos doentes e suas organizações, aos profissionais e entidades com responsabilidades na gestão da saúde e ao cidadão em geral, procura-se fomentar a prática dos direitos e deveres dos doentes.

Visa-se, por outro lado, recolher opiniões e sugestões para um gradual ajustamento das disposições legais aos princípios que vierem a ser considerados necessários para garantir o cumprimento responsável e cívico destes direitos e deveres.

Direitos dos doentes

1. O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana

É um direito humano fundamental, que adquire particular importância em situação de doença. Deve ser respeitado por todos os profissionais envolvidos no processo de prestação de cuidados, no que se refere quer aos aspectos técnicos, quer aos actos de acolhimento, orientação e encaminhamento dos doentes.

É também indispensável que o doente seja informado sobre a identidade e a profissão de todo o pessoal que participa no seu tratamento.

Este direito abrange ainda as condições das instalações e equipamentos, que têm de proporcionar o conforto e o bem-estar exigidos pela situação de vulnerabilidade em que o doente se encontra.

2. O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas

Cada doente é uma pessoa com as suas convicções culturais e religiosas. As instituições e os prestadores de cuidados de saúde têm, assim, de respeitar esses valores e providenciar a sua satisfação.

O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado.

Do mesmo modo, deve ser proporcionado o apoio espiritual requerido pelo doente ou, se necessário, por quem legitimamente o represente, de acordo com as suas convicções.

3. O doente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais

Os serviços de saúde devem estar acessíveis a todos os cidadãos, de forma a prestar, em tempo útil, os cuidados técnicos e científicos que assegurem a melhoria da condição do doente e seu restabelecimento, assim como o acompanhamento digno e humano em situações terminais.

Em nenhuma circunstância os doentes podem ser objecto de discriminação.

Os recursos existentes são integralmente postos ao serviço do doente e da comunidade, até ao limite das disponibilidades.

4. O doente tem direito à prestação de cuidados continuados

Em situação de doença, todos os cidadãos têm o direito de obter dos diversos níveis de prestação de cuidados (hospitais e centros de saúde) uma resposta pronta e eficiente, que lhes proporcione o necessário acompanhamento até ao seu completo restabelecimento.

Para isso, hospitais e centros de saúde têm de coordenar-se, de forma a não haver quaisquer quebras na prestação de cuidados que possam ocasionar danos ao doente.

O doente e seus familiares têm direito a ser informados das razões da transferência de um nível de cuidados para outro e a ser esclarecidos de que a continuidade da sua prestação fica garantida.

Ao doente e sua família são proporcionados os conhecimentos e as informações que se mostrem essenciais aos cuidados que o doente deve continuar a receber no seu domicílio. Quando necessário, deverão ser postos à sua disposição cuidados domiciliários ou comunitários.

5. O doente tem direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados

Ao cidadão tem que ser fornecida informação acerca dos serviços de saúde locais, regionais e nacionais existentes, suas competências e níveis de cuidados, regras de organização e funcionamento, de modo a optimizar e a tornar mais cómoda a sua utilização.

Os serviços prestadores dos diversos níveis de cuidados devem providenciar no sentido de o doente ser sempre acompanhado dos elementos de diagnóstico e terapêutica considerados importantes para a continuação do tratamento. Assim, evitam-se novos exames e tratamentos, penosos para o doente e dispendiosos para a comunidade.

6. O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde

Esta informação deve ser prestada de forma clara, devendo ter sempre em conta a personalidade, o grau de instrução e as condições clínicas e psíquicas do doente.

Especificamente, a informação deve conter elementos relativos ao diagnóstico (tipo de doença), ao prognóstico (evolução da doença), tratamentos a efectuar, possíveis riscos e eventuais tratamentos alternativos.

O doente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar, caso o entenda, quem deve receber a informação em seu lugar.

7. O doente tem o direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde

Este direito, que se traduz na obtenção de parecer de um outro médico, permite ao doente complementar a informação sobre o seu estado de saúde, dando-lhe a possibilidade de decidir, de forma mais esclarecida, acerca do tratamento a prosseguir.

8. O doente tem direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer acto médico ou participação em investigação ou ensino clínico

O consentimento do doente é imprescindível para a realização de qualquer acto médico, após ter sido correctamente informado.

O doente pode, exceptuando alguns casos particulares, decidir, de forma livre e esclarecida, se aceita ou recusa um tratamento ou uma intervenção, bem como alterar a sua decisão.

Pretende-se, assim, assegurar e estimular o direito à autodeterminação, ou seja, a capacidade e a autonomia que os doentes têm de decidir sobre si próprios.

O consentimento pode ser presumido em situações de emergência e, em caso de incapacidade, deve este direito ser exercido pelo representante legal do doente.

9. O doente tem direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que lhe respeitam

Todas as informações referentes ao estado de saúde do doente – situação clínica, diagnóstico, prognóstico, tratamento e dados de carácter pessoal – são confidenciais. Contudo, se o doente der o seu consentimento e não houver prejuízos para terceiros, ou se a lei o determinar, podem estas informações ser utilizadas.

Este direito implica a obrigatoriedade do segredo profissional, a respeitar por todo o pessoal que desenvolve a sua actividade nos serviços de saúde.

10. O doente tem direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico

A informação clínica e os elementos identificativos de um doente estão contidos no seu processo clínico.

O doente tem o direito de tomar conhecimento dos dados registados no seu processo, devendo essa informação ser fornecida de forma precisa e esclarecedora.

A omissão de alguns desses dados apenas é justificável se a sua revelação for considerada prejudicial para o doente ou se contiverem informação sobre terceiras pessoas.

11. O doente tem direito à privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico

A prestação de cuidados de saúde efectua-se no respeito rigoroso do direito do doente à privacidade, o que significa que qualquer acto de diagnóstico ou terapêutica só pode ser efectuado na presença dos profissionais indispensáveis à sua execução, salvo se o doente consentir ou pedir a presença de outros elementos.

A vida privada ou familiar do doente não pode ser objecto de intromissão, a não ser que se mostre necessária para o diagnóstico ou tratamento e o doente expresse o seu consentimento.

12. O doente tem direito, por si ou por quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações 

O doente, por si, por quem legitimamente o substitua ou por organizações representativas, pode avaliar a qualidade dos cuidados prestados e apresentar sugestões ou reclamações.

Para esse efeito, existem, nos serviços de saúde, o gabinete do utente e o livro de reclamações.

O doente terá sempre de receber resposta ou informação acerca do seguimento dado às suas sugestões e queixas, em tempo útil.

Deveres dos doentes

  1. O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e da comunidade em que vive.
  2. O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.
  3. O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes.
  4. O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites.
  5. O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde.
  6. O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.
Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em 2014
Mais de 165 mil unidades de medicamentos comprados através da internet foram apreendidas entre Janeiro e Setembro de 2014 por...

“Nos três primeiros trimestres de 2014 foram apreendidos 165.173 unidades de medicamentos, relativos a pequenas remessas de mercadoria, na sua maioria compras realizadas pela internet”, adianta o documento que revela dados relativos às apreensões de produtos contrafeitos e pirateados, efectuadas pela Autoridade Tributária (AT), PSP, GNR e Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

O relatório de 2014 do Grupo Anti-Contrafacção (GAC) refere que os medicamentos são “certamente contrafeitos”, mas não foram apreendidos nesse âmbito devido “à não-intervenção dos respectivos titulares dos direitos de propriedade intelectual”.

Nesse sentido, as 165.173 unidades de medicamentos foram apreendidas ao abrigo da legislação comunitária relativa a produtos perigosos ou que apresentam um risco grave para a saúde e segurança dos consumidores.

Criado em 2010, o Grupo Anti-Contrafacção congrega a AT, PSP, GNR, ASAE, Polícia Judiciária e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e tem como missão reforçar a cooperação e o intercâmbio de informação estatística sobre a apreensão de produtos contrafeitos e pirateados, a sensibilização da opinião pública e a reflexão em torno do aperfeiçoamento do ordenamento jurídico nacional.

O relatório de 2014 indica que mais de três milhões de produtos contrafeitos e pirateados foram apreendidos no ano passado, registando as autoridades um aumento de 12% em relação a 2013.

Segundo o documento do GAC, mais de 70% dos bens contrafeitos apreendidos foram vestuário, calçado e acessórios, como óculos, cintos, malas e relógios, seguindo-se as embalagens, rótulos e etiquetas (17%).

Associação alerta
A Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias publicou uma lista de apenas 10 sintomas que deve ter em...

Existe uma lista de apenas sintomas que podem estar associados a 200 tipos de doenças diferentes, as Imunodeficiências Primárias.

Segundo a Associação Portuguesa de Doentes com Imunodeficiências Primárias (APDIP), estas doenças raras são responsáveis por uma taxa de mortalidade significativa, mas há sinais de alerta que podem ajudar os médicos a fazer um diagnóstico precoce.

As 200 Imunodeficiências Primárias que estão identificadas possuem diferentes quadros clínicos e têm gravidade variável, mas existem pelo menos 10 sinais de alerta a que todas as pessoas devem prestar atenção:

  • Quatro ou mais otites durante um ano;
  • Duas ou mais sinusites graves durante um ano;
  • Pelo menos dois meses de antibiótico com resposta ineficaz;
  • Duas ou mais pneumonias durante um ano;
  • Criança com atraso no crescimento da estatura e do peso;
  • Abcessos recidivantes na pele ou em órgãos profundos.
  • Candidíase persistente na boca ou na pele, após o primeiro ano de vida;
  • Necessidade de antibióticos intravenosos para combater as infecções;
  • Duas ou mais infecções graves em órgãos profundos;
  • Antecedentes familiares de Imunodeficiência Primária.
Especialista afirma
Um especialista em pneumologia afirmou que o número de casos de cancro relacionado com exposição a amianto está a aumentar e...

"É uma situação muito complicada, actualmente ainda é um tumor com uma incidência relativamente baixa, mas está aumentar, tem um período de crescimento entre os 20 e os 30 anos" e, se o auge da utilização de amianto na construção civil e naval foi nos anos 70 e 80, "é agora que está a aparecer massivamente e continuará a aumentar progressivamente", disse Jorge Cruz.

O pneumologista da Fundação Champalimaud falava aos jornalistas à margem de uma acção de sensibilização organizada pela Quercus em Lisboa e que contemplou um seminário com especialistas de várias áreas e a apresentação de um "mini-estaleiro" com os equipamentos utilizados para retirar o amianto, substância utilizada na construção, há alguns anos, mas depois proibida por se ter comprovado que a sua inalação pode causar cancro do pulmão.

Jorge Cruz explicou que "uma das coisas que [o amianto] provoca são tumores nas vias aéreas, nomeadamente o cancro do pulmão, mas principalmente o mesotelioma, um tumor maligno, altamente agressivo, em que está provado completamente a relação directa entre exposição ao amianto e aparecimento do tumor".

Em Portugal, em 2011 o número de casos daquele cancro "andava à volta dos 50", mas "estou convencido, até pela minha experiência pessoal, [pois] estou a operar muitos mais casos, que a sua incidência está a aumentar", salientou o especialista.

"Há três ou quatro anos, raramente me aparecia um mesotelioma para operar e este ano já operei dois ou três, quase uma média de um por mês", especificou o pneumologista.

Além de retirar o amianto dos edifícios, o especialista defendeu que "as pessoas que estiveram expostas deviam fazer alguns exames, como uma TAC" (tomografia axial computorizada).

É que, como na maioria das doenças oncológicas, "se conseguir diagnosticar-se e operar doentes numa fase menos avançada, é possível que consigamos alterar com algum significado a sobrevida destes doentes", explicou.

A Quercus tem insistido com o Governo para apresentar uma lista com todos os edifícios públicos com amianto, desde escolas a hospitais ou bibliotecas, assim como um plano de retirada de materiais com a substância, começando por aqueles mais urgentes, ou seja, em que se verifica degradação da construção e risco de libertação de partículas.

Desde a publicação de uma lista de edifícios públicos, em Junho, "pouco ou nada se evoluiu, e aquela lista não é um levantamento, é uma sinalização dos edifícios que provavelmente têm amianto", disse Carmen Lima.

Carmen Lima insistiu que o ponto importante de um levantamento é "conseguir confirmar-se a existência do amianto, verificar-se o estado em que estão os materiais com amianto, qual o impacto para as pessoas e se existem efectivamente pessoas expostas".

A ambientalista referiu que "haverá certamente amianto em edifícios privados utilizados como escritórios" mas também em áreas de lazer, como teatros, ou "edifícios utilizados como habitação".

Não existe um enquadramento legislativo a obrigar a remoção desses materiais nos edifícios privados de habitação, ao contrário das construções usadas para trabalho, em que existe a obrigatoriedade de os empregadores protegerem os seus funcionários do risco da exposição ao amianto.

Estudo
Aprender a cuidar de um bebé prematuro causa mais stress aos pais do que o ambiente dos cuidados intensivos no hospital,...

O que mais perturba uma mãe e um pai de um bebé prematuro não é a aparência e o comportamento do seu filho, nem sequer os materiais, sons e imagens do ambiente que se vive nos Cuidados Intensivos do hospital, mas sim as “alterações nos papéis parentais”, revela Susana Silva, investigadora responsável pelo estudo.

Outro resultado a destacar do estudo é que os pais “valorizam a confiança e a segurança nos cuidados de saúde”, a “proximidade física e emocional com as crianças” e as “necessidades de informação”, deixando para segundo plano o seu “próprio conforto e o suporte social”, acrescenta a especialista.

O estudo, patrocinado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), parte do “interesse em conhecer a perspectiva dos pais das crianças muito pré-termo na organização dos cuidados e nas intervenções em saúde em unidades de cuidados intensivos neonatais”, explica a socióloga Susana Silva.

O estudo revela também que mães e pais defendem a promoção da igualdade de género e no acesso a cuidados, propondo a criação de condições que facilitem a presença masculina na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN).

“Ter pelo menos um subsídio a 100% durante o período de internamento hospitalar”, “ incluir a prematuridade como um ponderador na fórmula de cálculo do abono de família e na extensão do número de dias do subsídio para assistência a filho” e promover a “comparticipação dos leites e acesso gratuito a todas as vacinas aconselháveis para prematuros” são outros dos desejos dos progenitores com filhos prematuros.

O estudo, intitulado “Papéis parentais e conhecimento em unidades de cuidados intensivos neonatais”, incluiu um inquérito com 211 mães e pais e entrevistas qualitativas a 41 destes casais.

A recolha dos dados para o estudo foi feita entre Julho de 2013 e Julho de 2014, mas só hoje é que vai ser apresentado publicamente no auditório do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), a partir das 14:00.

A postos dentro de seis meses
O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, disse que conta que o...

No começo do mês, o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto anunciou que, em 2015, prevê realizar investimentos de cerca de 7,7 milhões de euros, o que inclui a aquisição de um “inovador acelerador linear”, no valor de cinco milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia dos 41 anos da instituição médica, Laranja Pontes disse que neste momento a aquisição do equipamento está em fase de “autorizações, nomeadamente do lado do Ministério das Finanças”, mas que o montante do investimento já está na posse do IPO.

“É um acelerador linear muito especial para tratamentos altamente diferenciados. Cada vez mais vai haver necessidade de tratar conservadoramente os doentes, o cancro vai aparecer nas pessoas cada vez com mais idade, já sentimos isso. Nos últimos 10 anos houve uma deslocação enorme do escalão etário dos 50-60 para 60-70 e provavelmente vai ser maior nos próximos anos”, disse o presidente do IPO do Porto.

Depois de uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do antigo secretário de Estado Manuel Pizarro, para além da apresentação de um vídeo musical do músico Diogo Valente (mais conhecido por D8), Laranja Pontes salientou que o IPO já tem o espaço para receber o novo recurso, faltando só a aquisição.

O responsável da instituição lembrou a “responsabilidade muito grande” que é o facto de o IPO do Porto receber cerca de 10 mil novos doentes por ano, o que significa cerca de metade do total da região Norte.

“Estamos permanentemente a tentar responder da melhor maneira possível às necessidades”, afirmou Laranja Pontes.

Primeiro-ministro anuncia
O primeiro-ministro anunciou que o Governo vai iniciar uma investigação sobre as consequências do uso na agricultura do...

Pedro Passos Coelho falava durante o debate quinzenal no parlamento, em resposta à deputada do PEV Heloísa Apolónia, que o tinha questionado sobre este tema no debate de há duas semanas.

Já sem tempo regimental, o chefe do Governo pediu a palavra para dizer que o Governo está "muito atento sobre esta matéria" e que apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter "sinalizado o risco" não "existe evidência que possa haver contaminação".

Este herbicida é o mais utilizado em Portugal.

"A Comissão Europeia ainda não tomou nenhuma posição mas nós vamos iniciar uma investigação sobre esta matéria e se concluirmos que é caso disso não deixaremos de tomar medidas que protejam a saúde pública", afirmou Passos Coelho.

No final de março, a Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, que integra a OMS e está sediada em França, declarou o glifosato como "carcinogéneo provável para o ser humano".

Passos foi ainda questionado sobre o processo de remoção de amianto de edifícios públicos, tendo dito que "o Governo apresentou uma estratégia para esta matéria" que está a decorrer.

"Há um grupo de trabalho que está a acompanhar os trabalhos de remoção do amianto, que não está a ser feita homogeneamente em todos os sectores, mas está a ser feita", afirmou o chefe do Governo.

No debate na Assembleia da República, a deputada ecologista Heloísa Apolónia defendeu a aplicação permanente da contribuição extraordinária para o sector energético.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse que a nova legislação sobre o consumo de tabaco e de álcool, que prevê um conjunto de...

Questionado pelos jornalistas à saída da cerimónia de comemoração dos 41 anos do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Paulo Macedo disse que existe “um conjunto de medidas importantes em termos da promoção e da prevenção”, referindo à necessidade de traçar uma estratégia para a redução da carga de doença.

“Sem a redução da carga de doença a prazo não há qualquer sustentabilidade de nenhum Serviço Nacional de Saúde. Uma das formas mais eficazes de reduzir a carga de doença a prazo é de facto reduzir os consumos de tabaco, os consumos nocivos de álcool, melhorar os hábitos de exercício físico e os hábitos alimentares”, declarou Paulo Macedo.

Assim, “em termos de tabaco e em termos de álcool o Governo está a preparar e a discutir legislação que deverá ser promulgada em breve”.

No final de Novembro do ano passado, a Direcção-Geral da Saúde apresentou o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2014”, que recomendava a revisão da lei do tabaco, transpondo uma diretiva europeia, com o objectivo de controlar o tabaco, garantindo a protecção da saúde e promovendo uma redução sustentada do consumo, em particular nos jovens.

Neste contexto, haveria, segundo o mesmo documento, alterações de rotulagem, de ingredientes e de comercialização dos produtos do tabaco e serão adoptadas medidas restritivas de proibição de fumar em locais de trabalho e outros locais fechados.

Alguns dos principais objectivos do Governo são reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos em pelo menos 2%, até 2016, e eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

Dia 20 de Abril
É já no próximo dia 20 de Abril, em Braga, que a Cruz Vermelha Portuguesa assina com a Agência Nacional Erasmus+ Juventude em...

A assinatura deste protocolo realiza-se na Sede de Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, e conta com a presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Dr. Emídio Guerreiro e a Vice-Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr.ª Cristina Louro, bem como o Director da Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção, Dr. Pedro Soares.

Este protocolo irá permitir a capacitação e sensibilização dos participantes para as potencialidades do Programa Erasmus+ e as suas linhas de financiamento, bem como a promoção do voluntariado jovem e o desenvolvimento de competências chave nos jovens com particular destaque para a qualificação de trabalhadores juvenis e decisores/dirigentes.

O Programa Erasmus+ Juventude em Acção é um programa gratuito, de acesso livre e universal a qualquer jovem dos 13 aos 30 anos que aspira mudar a vida das pessoas e potenciar os projectos dos jovens, criando experiências e oportunidades, promovendo a mobilidade e impulsionando os resultados da aprendizagem de forma a promover o desenvolvimento social e o crescimento económico na Europa.

Dia Mundial da Hemofilia
Comemora-se hoje o Dia Mundial da Hemofilia e a Associação Portuguesa de Hemofilia reforça a sua posição contra o critério...

Os produtos para o tratamento da hemofilia disponíveis em Portugal são comprados pelos Hospitais Públicos através de concursos públicos. A hemofilia é uma doença, que, sem o tratamento adequado (infusão de factor VIII ou IX em falta no organismo que permita que o doente pare ou evite uma hemorragia) pode levar a incapacidade física e risco de vida para o doente. A escolha destes produtos sempre obedeceu a critérios de escolha que garantiam o melhor tratamento para os doentes. Estes critérios devem acima de tudo ser os da segurança dos tratamentos (face ao passado recente de infecções virais-HIV e Hepatite C - a que esta comunidade esteve sujeita) e eficácia (os produtos comercializados têm diferentes graus de eficácia personalizada após a sua administração).

Desde 2013, através do Despacho 13025-B/2013 de 10 de Outubro foi estabelecido o critério único do preço para a compra destes produtos. Desta forma e apesar de nestes concursos, através do Despacho 28356/2008 de 13 de Outubro, em vigor, ser obrigatória a presença de um imuno-hemoterapeuta no júri, bem como o parecer obrigatório da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH), os critérios da segurança e da eficácia dos produtos que visam tratar as pessoas com hemofilia foram afastados em detrimento do critério puramente economicista do preço.

Assim, a sorte e a saúde das pessoas com hemofilia passou a estar dependente dos produtos mais baratos e não necessariamente dos produtos mais eficazes e seguros. Por outro lado, os médicos especialistas em hemofilia que deviam ser a voz activa na escolha científica e médica destes produtos foram relegados para um papel completamente secundário na escolha das terapêuticas que administram aos seus doentes.

Por outro lado, o referido Despacho 13025-B/2013 de 10 de Outubro rumou em direcção inversa do que são as recomendações do Conselho Europeu, de que Portugal faz parte, para o tratamento da hemofilia, lançadas em Abril de 2013, em que se estabelece que “ o preço não deve ser o critério único na escolha dos tratamentos para a hemofilia”.

A APH, reconhecendo que o critério economicista é importante face à situação económica do pais, não pode, no entanto, aceitar que o mesmo seja o único e decisivo quando chega a hora de os comprar e que os doentes estejam sujeitos a que lhes seja administrado um tratamento essencial à sua vida que não seja o mais eficaz e seguro.

A Associação Portuguesa de Hemofilia

A APH – Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, na área da Saúde, sem fins lucrativos e membro da Federação Mundial de Hemofilia e do Consórcio Europeu de Hemofilia. Colabora com as entidades governamentais e com as equipes clínicas especialistas para garantir o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento adequados a toda a comunidade com Distúrbios Hemorrágicos.

Assegurar um tratamento seguro, eficaz e de qualidade às pessoas com estas patologias é meta final da APH, para que possam ter uma melhor qualidade de vida, nomeadamente a nível físico e psicossocial.

 

Conselho de Ministros
O Conselho de Ministros aprovou ontem o decreto-lei que revê o regime jurídico do internato médico, que passa a permitir a...

“O diploma hoje aprovado tem como objectivos melhorar as condições da formação médica pós-graduada, a harmonização face a novas realidades jurídicas e a adopção de uma nova abordagem para responder às necessidades dos candidatos e das unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, refere o comunicado final do Conselho de Ministros.

Segundo o diploma, o internato médico vai corresponder “apenas ao período de formação médica especializada, com ingresso directo, a partir do Mestrado Integrado em Medicina”, que deverá entrar em vigor nos próximos três anos, “após a eliminação do Ano Comum”.

“Em segundo lugar, passará a ser possível a obtenção da autonomia de exercício da medicina ao fim de um ano de internato médico – em contraponto aos actuais dois anos -, medida que entrará de imediato em vigor e enquanto se mantiver o Ano Comum”, salienta o documento.

O decreto-lei aprovado prevê igualmente que no prazo de três anos seja introduzida uma nova “prova de avaliação e seriação”, que poderá ter carácter eliminatório, “com nota mínima de ingresso”.

O novo diploma estipula também novas condições de ingresso no internato médico, a partir de 2017, através da abertura de concurso único.

Alteradas foram também as regras de colocação no internato médico, que passam a recorrer a classificações ponderadas, “obtidas pelos candidatos nas escolas médicas e na prova nacional de seriação”.

O internato médico consiste na formação médica especializada, um processo de formação em contexto prático, que visa a obtenção do grau de médico especialista.

As alterações ao regime de internato médico foram feitas na sequência das recomendações feitas por um Grupo de Trabalho, dependente do Ministério da Saúde, que incluiu representantes da Administração Central do Sistema de Saúde, Administrações Regionais de Saúde, Escolas Médicas, Ordem dos Médicos, Sindicato Independente dos Médicos, da Federação Nacional dos Médicos.

Banco Mundial
O Banco Mundial anunciou o lançamento de uma nova parceria com principais organizações filantrópicas privadas e de...

A iniciativa congrega o Banco Mundial, a Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, Fundação UBS Optimus, Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional e UNICEF, mas está aberta a novos investidores públicos e privados.

No âmbito da parceria, os organismos internacionais pretendem criar mecanismos para desbloquear, numa primeira fase, 1,9 milhões de euros para serem entregues à organização “The Power of Nutrition”, que ajudará milhões de crianças que sofrem de desnutrição, que anualmente mata três milhões de menores, sobretudo, nos países subdesenvolvidos.

The Power of Nutrition é uma instituição de caridade independente criada no Reino Unido, que aceita fundos provenientes de investidores privados e públicos, e trabalha em estreita colaboração com parceiros cuidadosamente seleccionados, incluindo o Grupo Banco Mundial e UNICEF, para apoiar países a braços com problemas de nutrição.

Numa nota divulgada, o Banco Mundial refere que “sem os nutrientes certos, serviços de saúde e cuidados nos primeiros mil dias de vida, o cérebro e o corpo de uma criança não se desenvolvem adequadamente”, pelo que o novo fundo pretende “ajudar milhões de crianças a atingirem o seu pleno potencial, garantindo que recebem os nutrientes certos no início da vida”.

“Ao contrário de fome, esses efeitos são invisíveis e essencialmente irreversíveis. A desnutrição é a causa subjacente de 45% de mortalidade dos menores de cinco anos – ou seja, é responsável por quase três milhões de mortes todos os anos. A desnutrição deixa quase quatro em cada dez crianças na África subsaariana e no sul da Ásia com cérebros e corpos fracos. Como resultado, essas crianças têm Quociente de Inteligência mais baixo e são mais propensas a abandonar a escola. Como adultas, elas têm um terço de probabilidade de escapar da pobreza”, lê-se na nota.

Mas, acrescenta o comunicado, “o problema não para por aí. Como meninas desnutridas crescem como mulheres desnutridas, que dão à luz crianças desnutridas. Isso cria um ciclo vicioso que limita o crescimento das gerações futuras”.

De acordo com a nota, das contribuições contam-se: 51 milhões de euros da Fundação do Fundo de Investimento para Crianças, 44 milhões de euros do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional, e 24 milhões de euros da Fundação UBS Optimus.

“Esses recursos serão canalizados através de um novo fundo de confiança do Grupo do Banco Mundial para a nutrição” e, no âmbito do acordo com a UNICEF, a iniciativa “oferece uma oportunidade para os doadores financiarem o UNICEF através de um mecanismo de financiamento conjugado que visa acabar com a desnutrição infantil”, refere o comunicado.

17 de Abril – Dia Mundial da Hemofilia
Estima-se que em Portugal existam cerca de 1000 doentes hemofílicos.

Assinala-se hoje o Dia Mundial da Hemofilia, uma doença crónica de transmissão genética que se caracteriza pela ausência ou acentuada carência de um dos factores de coagulação. “Trata-se de uma deficiência orgânica congénita no processo da coagulação do sangue que é mais demorada ou inexistente, provocando hemorragias frequentes, especialmente a nível articular e muscular”, explica Miguel Crato presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia (APH).

O especialista considera de “toda a importância haver um dia dedicado à doença, embora todos os dias devam ser dias mundiais da hemofilia”.

Porém, neste dia, conta Miguel Crato, “todo o público em geral pode ser correctamente informado sobre esta patologia e ter a possibilidade de conhecer um pouco melhor, de uma forma descomplexada e clara, uma doença que pode bater à porta de qualquer um”. É também nesta efeméride que chama a atenção para os problemas que as pessoas com hemofilia ainda lidam: “não só com os aspectos físicos e sociais da sua doença, mas igualmente garantir um tratamento de qualidade, seguro e eficaz é essencial para que tenham uma qualidade de vida igual aos demais concidadãos”.

A Associação Portuguesa de Hemofilia assinala o Dia Mundial numa dupla perspectiva. “Por um lado a nível comunicacional para o grande público a APH, como faz todos os anos escolheu um tema que preocupa a nossa comunidade, tendo em 2015 o tema que resolvemos dar enfoque. O facto de em Portugal a escolha das terapêuticas para esta doença, presentemente, se basearem apenas no critério preço e não também nos critérios da qualidade, eficácia e segurança, tal como recomendam as guidelines internacionais e o Conselho Europeu”, refere o especialista.

A nível interno a APH organizará na sua sede e nos seus núcleos do Porto, Coimbra e Funchal o evento ‘Porta Aberta’. “É destinado a todos os sócios, doentes e famílias e que pretende ser um momento não só de convívio informal, mas igualmente de partilha de experiências e receios sobre a hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos”, comenta.

A doença

A hemofilia aparece quase exclusivamente nos indivíduos do sexo masculino, transmite-se geneticamente e está ligada ao cromossoma X. “Desta forma, a mãe portadora assintomática na maioria dos casos, transmite a doença ao seu filho”, refere o especialista sublinhando que cerca de 70 % das pessoas com hemofilia tem um passado de hemofilia na família, 30% não o têm.

Estima-se que em Portugal existam cerca de 1000 doentes, embora apenas 700 estejam registados na APH. Miguel Crato afiança que existam doentes que não estejam diagnosticados, porque a hemofilia tem vários graus de gravidade (1% dos doentes serão graves, entre 1% e 5% serão moderados e de 5% a 40% serão ligeiros), dependendo do factor em falta, em circulação. “A hemofilia ligeira devido à existência de uma percentagem do factor em falta ainda significativa possibilita que estes doentes possam passar uma vida inteira sem saber que têm hemofilia e muitas vezes só é descoberta numa grande intervenção cirúrgica, num acidente ou numa extracção dentária quando os níveis de sangramento são elevados e a coagulação não se consegue fazer”, alerta Miguel Crato.

Cuidados e tratamento

As pessoas com hemofilia são, actualmente, tratadas com concentrados do factor em falta (factor VIII no caso da Hemofilia A e fact IX no caso da hemofilia B). Quanto à proveniência estes concentrados são hemo-derivados, quando no processo de fabrico é aplicado plasma humano ou recombinantes, que são produtos bio-similares, existindo neste caso produtos de 2ª geração, onde ainda existe uma percentagem de albumina no processo de fabrico e 3ª geração, quando já não existe. Os hemofílicos que desenvolvem anticorpos (inibidores) aos tratamentos ditos normais têm como solução terapêutica outros produtos, tanto hemo-derivados como recombinantes.

O tratamento é fornecido gratuitamente em meio ambulatório aos doentes com hemofilia. Miguel Crato considera-o eficaz, seguro e de qualidade, mas “o facto de o critério economicista estar a prevalecer pode ser um perigo no futuro, uma vez que a profilaxia pode ficar em causa”, alerta o presidente.

É recomendável que os doentes com hemofilia tenham cuidados diários para evitar actividades que potenciem hemorragias, bem como são desaconselhadas certas práticas desportivas de contacto e de cariz violentas. Porém, “com o advento da profilaxia (2 ou 3 tomas semanais do tratamento de forma preventiva), que pelo menos todas as crianças deverão fazer, praticamente todas as actividades físicas são permitidas”, observa o especialista.

Desta forma, é possível afirmar que com os tratamentos actuais, “a esperança de vida de uma pessoa com hemofilia é praticamente igual a uma pessoa que não tenha esta patologia. Por outro lado, estes doentes têm todas as capacidades para serem elementos perfeitamente activos e úteis na sociedade. Obviamente que muitas pessoas com hemofilia, antes da existência dos tratamentos actuais desenvolveram sequelas físicas que de uma forma ou outra as incapacitam fisicamente para algumas actividades. No entanto a nível intelectual e cognitivo são pessoas perfeitamente normais e inseridas e isto é uma mensagem muito importante que todos devem ter consciência”, conclui Miguel Crato.

Migel Crato, Presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Projecto criou
O projecto de investigação "sdAb+péptido" desenvolveu anticorpos que reconhecem e desagregam uma proteína cerebral...

Esta foi uma das quatro investigações apresentadas, em Coimbra, que resultaram do projecto Do IT - Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade, e que tem como objectivo colocar a tecnologia ao dispor da saúde.

A investigação, desenvolvida entre a TechnoPhage, o Instituto de Medicina Molecular e a Bial, permitiu desenvolver anticorpos que desagregam a proteína que leva à evolução da doença de Alzheimer, explicou o professor Miguel Castanho, do projecto de investigação, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Contudo, para a desagregação da proteína, os anticorpos necessitam de péptidos (biomoléculas), que os transportam até ao alvo, que se encontra no cérebro, disse o investigador.

Os péptidos utilizados para este projecto de investigação foram encontrados na dengue, visto que os vírus têm a capacidade de "transportar o seu genoma para dentro de células", aclarou.

Segundo Miguel Castanho, quer a construção da molécula transportadora quer os anticorpos desenvolvidos poderão ter outras aplicações, sendo que o projecto direccionado para a doença de Alzheimer apresentou resultados "satisfatórios para todas as fases do projecto", estando agora a ser testado em modelos animais.

Também foi apresentado, durante a tarde, o projecto Diamarker, que desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico de factores de risco genéticos e a sua correlação com biomarcadores direcionados para a diabetes tipo 2, numa parceria entre a Biocant, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, as universidades de Coimbra e de Aveiro, entre outras instituições da região Centro.

Já o projecto do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), em conjunto com a Eurotrials, a Genetest, o IPO do Porto e o Centro Hospitalar de São João, centrou-se nos biomarcadores genéticos para a avaliação da resposta terapêutica no carcinoma colorrectal.

Segundo Paulo Canedo, do IPATIMUP, os biomarcadores podem evitar "toxicidades" desnecessárias, evitar "custos adicionais" e aumentar a eficácia dos tratamentos.

Para o investigador o projecto Do IT, permitiu ao próprio IPATIMUP uma aproximação às empresas, saudando a iniciativa.

O Do IT foi um desafio lançado pelo Health Cluster Portugal, que, através de um investimento de 6,8 milhões de euros, 21 instituições, como hospitais, universidades e empresas, trabalharam em projectos ao longo dos últimos três anos ligados à área da saúde.

Investigadores desenvolvem
Um projecto de investigação desenvolvido pelo Instituto de Medicina Molecular e a 'start-up' Lymphact quer começar os...

Criadas para leucemias e linfomas, estas células "são capazes de reconhecer molecularmente a célula alvo [tumoral], poupando todas as células saudáveis", explicou Bruno Silva Santos, investigador principal do projecto, que foi apresentado, a convite, numa conferência em Coimbra, promovida pelo Health Cluster Portugal.

Os testes com ratos permitiram mostrar que os animais com "as DOT-Cells" ficam livres de células tumorais, numa terapia "que não tem efeitos secundários, em termos bioquímicos", sublinhou, afirmando que este tratamento poderá ter aplicação não apenas na leucemia, mas também "em tumores sólidos, como no cancro da mama ou da próstata".

Estas células são produzidas a partir de uma amostra de sangue do próprio doente, sendo depois injectadas em duas doses.

As DOT-Cells foram criadas com base na investigação realizada no Instituto de Medicina Molecular e na start-up Lymphact em duas fases, 2011 e 2015, permitindo uma nova terapêutica "sem toxicidade" e com "alta eficácia" na destruição de células tumorais, frisou.

A equipa de investigação, que com as células patenteadas montou a start-up Lymphact, está agora à procura de "investimento para começar os ensaios clínicos", avançou.

Para além deste projecto foram apresentadas outras investigações na área das neurociências e do cancro a convite do Health Cluster Portugal, entre elas a criação de uma molécula que pode combater o Alzheimer ou a utilização de nanopartículas para recuperar o tecido lesionado e melhorar as funções motora e cognitiva após um AVC.

Estudo
Um estudo da Universidade do Minho concluiu que SMS de incentivo são um meio eficaz para provocar comportamentos mais saudáveis...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) esclarece que a investigação coordenada pelo investigador Paulo Machado, da Escola de Psicologia da UMinho, em colaboração com a Universidade de Heidlberg, na Alemanha, pediu a cerca de 50 crianças do ensino básico que enviassem SMS diárias contando o número de passos dados em cada dia, o tempo que passaram frente ao ecrã e as frutas e legumes ingeridos. Em troca, recebiam mensagens de parabéns ou de incentivo a conseguirem melhores resultados.

Os resultados apontam para um "melhoria significativa" nos hábitos daquelas crianças, ao fim de oito semanas, sendo que 61% dos envolvidos aderiu ao programa ao encará-lo como um jogo.

"O consumo de frutas e vegetais subiu em média para três porções e o tempo de ecrã diminuiu para cerca de uma hora", esclarece Paulo Machado.

Com este método, que recorre a uma "ferramenta amplamente utilizada pelas crianças de hoje", esclarece o comunicado da UMinho, "pretende-se levar os participantes a ingerir diariamente cinco doses de frutas e legumes, andar pelo menos 10 mil passos (contabilizados por um pedómetro emprestado para o efeito) e reduzir para menos de 60 minutos o tempo passado frente ao ecrã (videojogos, televisão, entre outros)".

O "segredo" da mudança de atitudes daquelas crianças, que "em apenas dois meses começaram a consumir mais fruta e legumes e a passar menos tempo frente ao ecrã" está, adianta a UMinho, "na monitorização de comportamentos feita através do envio diário de SMS de alerta".

O próximo passo, adianta o comunicado, é alargar a amostra para 150 crianças de quatro escolas do país com o "objectivo de consolidar os resultados obtidos numa primeira fase".

Depois o caminho será avaliar a eficácia do método em crianças com excesso de peso e obesidade.

"O problema atinge mundialmente mais de 200 milhões de crianças em idade escolar", alerta a UMInho.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Futuros enfermeiros discutem possibilidades de inserção profissional em seis países.

“Mobilidade e empregabilidade na Europa” é o tema de um painel a que os estudantes do 4º ano da licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) vão assistir, amanhã (dia 17 de Abril), a partir as 9h00, nas instalações do Polo A.

A sessão é orientada por uma dezena de professoras de seis países europeus: Alemanha (Universidade de Ciências da Saúde de Bochum), Bélgica (UC Leuven-Limburg de Hasselt), Espanha (Universidade de Ramón Llull), França (Instituto Regional de Formação Sanitária e Social (IRFSS) de Rhône-Alpes da Cruz Vermelha Francesa), Holanda (Fontys University) e Noruega (Bergen University College).

A iniciativa enquadra-se na Semana Transcultural a decorrer na ESEnfC, no âmbito da qual os alunos finalistas podem comparar, contrastar e analisar a informação relacionada com o desenvolvimento da Enfermagem e da educação em Enfermagem em vários países europeus.

O objectivo é que os futuros profissionais de saúde aumentem competências para prestarem cuidados de Enfermagem culturalmente congruentes e culturalmente específicos e, assim, melhorarem o potencial para exercer enfermagem além-fronteiras, em contextos multiculturais.

Analisar os factores históricos, sociológicos e ideológicos que influenciam a saúde e a doença, bem como o impacto que têm no planeamento e promoção da saúde, explorando criticamente o papel, status e funções do enfermeiro nos diversos países, são outros objectivos da Semana Transcultural.

Páginas