Circular Informativa N.º 063/CD/8.1.7.
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento concluiu a revisão de segurança dos...

Conforme divulgado na Circular Informativa N.º 136/CD/8.1.7., esta revisão avaliou o risco cardiovascular dos medicamentos contendo ibuprofeno de acção sistémica, quando utilizados em doses elevadas (2400 mg/dia).

O ibuprofeno pertence à classe dos medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), sendo uma das substâncias activas mais utilizadas para o tratamento da dor e inflamação.

A avaliação dos dados disponíveis confirmou a existência de pequeno aumento do risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC), em doentes a tomar doses elevadas de ibuprofeno (2400 mg/dia). Este risco é semelhante ao conhecido para outros AINEs como o diclofenac e os inibidores da COX-2.

Quando o ibuprofeno é tomado em doses até 1200 mg/dia, não se observou aumento do risco de problemas cardiovasculares.

O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) concluiu que os benefícios do ibuprofeno ultrapassam os seus riscos, no entanto recomenda a actualização das precauções de utilização de doses elevadas de ibuprofeno para minimizar o risco cardiovascular:

- Os doentes com problemas cardíacos ou circulatórios graves como insuficiência cardíaca, cardiopatias e distúrbios circulatórios ou que já tiveram ataque cardíaco ou AVC devem evitar a toma de doses elevadas de ibuprofeno (2400 mg/dia ou superiores);

- Os médicos devem avaliar cuidadosamente os factores de risco de problemas cardíacos ou circulatórios antes do início do tratamento com ibuprofeno, especialmente nos casos em que é necessário o uso de doses elevadas. Devem ser considerados como factores de risco o tabagismo, a hipertensão, a diabetes e o colesterol elevado.

O PRAC efectuou ainda a revisão dos dados de interacções entre o ibuprofeno e doses baixas de ácido acetilsalicílico, usadas na redução do risco de ataques cardíacos e AVC. Os estudos laboratoriais demonstraram que o ibuprofeno reduz os efeitos anticoagulantes do ácido acetilsalicílico. Contudo, ainda não está provado que o uso prolongado de ibuprofeno na prática clínica reduza os benefícios do ácido acetilsalicílico na prevenção de ataques cardíacos e AVC; o uso ocasional não parece afetar os benefícios do ácido acetilsalicílico.

O PRAC recomendou o reforço da informação no resumo das características do medicamento e folheto informativo sobre o risco cardiovascular associado ao uso de doses elevadas de ibuprofeno e a actualização da informação disponível sobre a interacção entre o ibuprofeno e doses baixas de ácido acetilsalicílico.

As recomendações para o ibuprofeno também se aplicam ao dexibuprofeno, uma substância ativa semelhante ao ibuprofeno. Consideram-se doses elevadas de dexibuprofeno doses iguais ou superiores a 1200 mg/dia.

As recomendações do PRAC serão remetidas ao Grupo de Coordenação (CMDh) que emitirá uma posição e disponibilizará recomendações aos profissionais de saúde e doentes.

Infarmed
O Infarmed alerta para a recolha voluntária de alguns lotes de medicamento da Ratiopharm.

A empresa Ratiopharm – Comércio e Indústria de Produtos Farmacêuticos, Lda., irá proceder à recolha voluntária dos lotes abaixo indicados do medicamento Sertralina ratiopharm 50 mg Comprimidos Revestidos por película, com o número de registo 4897286, por terem sido detectados resultados fora das especificações para o parâmetro doseamento.

Lote Validade
18G194101 06-2015
18G194102 06-2015
18G262301 08-2015
18G262302 08-2015
18H167401 05-2016
18H167402 05-2016

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Face ao exposto:
- As entidades que possuam estes lotes de medicamento em stock não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
- Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a estes lotes não devem interromper o tratamento. Logo que possível, devem consultar o médico assistente para emissão de nova prescrição que permita a dispensa de outro lote ou de outro medicamento.

Estudo do CICS-UBI
Uma equipa de investigadores do CICS - Centro de Investigação em Ciências da Saúde, na Universidade da Beira Interior, está a...

Este estudo já revelou que animais com sobre expressão da regucalcina apresentam resistência ao desenvolvimento de tumores mamários, o que sugere que esta proteína pode actuar na supressão de tumores. Desta forma, “podemos pensar que aumentando os níveis desta proteína podemos actuar na protecção do desenvolvimento dos tumores, o que, em termos mais simples, significa que a descoberta desta proteína abre uma nova porta muito promissora, não no tratamento do cancro, mas da prevenção do mesmo, quase como uma "vacina" para o cancro” refere fonte do CICS.

Estudos anteriores do grupo de investigação liderado pela docente Sílvia Socorro haviam demonstrado que a regucalcina (RGN), uma proteína reguladora dos níveis de cálcio intracelular e envolvida em diversas vias de sinalização, apresenta uma expressão diminuída em casos de cancro da mama relativamente a tecidos não neoplásticos. No estudo, recentemente publicado na revista Experimental Cell Research, os mesmos investigadores do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI) identificaram a RGN como uma molécula com uma acção protectora na carcinogénese da glândula mamária.

Pode consultar o estudo completo aqui.

Raquel Varela na ESEnfC
Raquel Varela, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e comentadora do programa da...

A especialista em História Global do Trabalho e em História do Estado Social e da Segurança Social participa, assim, no Seminário de Enfermagem Transcultural que, durante esta semana, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza para alunos do 4º ano da licenciatura e que visa, entre outros objectivos, oferecer aos estudantes a oportunidade de analisarem a influência das culturas nos cuidados de saúde de vários países, adquirindo competências e sensibilidade cultural para o exercício profissional além-fronteiras.

Raquel Varela é coordenadora do Grupo de Investigação História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais, no IHC da Universidade Nova de Lisboa, e investigadora do Instituto Internacional de História Social, onde coordena o projecto internacional “In the Same Boat? Shipbuilding and ship repair workers around the World” (1950-2010). É, também, coordenadora do projecto História das Relações Laborais no Mundo Lusófono (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e doutora em História Política e Institucional (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa).

Em 2013 venceu o prémio de Internacionalização em Ciências Sociais Santander/FCSH.

Tem vários livros publicados, seja na qualidade de autora, seja enquanto coordenadora. “História do Povo na Revolução Portuguesa 1974-1975” (Bertrand, 2014), “A Segurança Social é Sustentável. Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal” (Bertrand, 2013) e "Quem paga o Estado Social em Portugal? (Bertrand, 2012) são alguns exemplos.

Estudo aponta
Um estudo internacional liderado pela Universidade de Coimbra admite que a origem da esquizofrenia não seja neuronal, mas antes...

“Até agora, a comunidade científica assumia que a origem da esquizofrenia é neuronal, mas um estudo internacional” sugere que “poderá não ser assim e que a origem desta patologia está na glia, que sustenta uma espécie de memória de longa duração do cérebro e que assume o suporte funcional dos neurónios”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC).

A descoberta, liderada por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC, surgiu no âmbito de um estudo que foi “desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos” e que visou “analisar o papel dos receptores A2A para a adenosina (‘antenas’ que detectam a adenosina, molécula que indica sinal de perigo no cérebro) nos problemas de memória”, acrescenta a UC.

“Experiências em ratinhos permitiram observar que, além de estarem presentes nos neurónios, os receptores A2A surgiam igualmente na glia, especialmente nos astrócitos, as células mais abundantes da glia”, adianta a UC na mesma nota.

Os investigadores decidiram então recorrer à engenharia genética e retirar os receptores A2A somente dos astrócitos para analisar possíveis reacções.

Ao bloquear a presença de A2A na glia, os especialistas observaram que “a comunicação dos neurónios fica seriamente comprometida”, salienta a UC.

“Notou-se uma perturbação disseminada ao sistema nervoso central e os ratinhos passaram a comportar-se como indivíduos que padecem de esquizofrenia”, adianta Rodrigo Cunha, coordenador do estudo, que também envolveu cientistas de dois grupos de investigação dos EUA.

Tal como acontece na esquizofrenia, “registaram-se três grandes tipos de alterações no funcionamento do sistema nervoso central dos animais, designadamente sintomas negativos (isolamento), sintomas positivos (alucinações visuais e sonoras, delírios, etc.) e problemas cognitivos (memória e concentração)”, sublinha Rodrigo Cunha.

“Verificou-se ainda que os ratinhos ficaram ávidos de fármacos psicoactivos”, acrescenta o investigador do CNC.

Os resultados do estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, por fundos europeus e por duas fundações norte-americanas, evidenciam que “os receptores A2A são responsáveis por garantir o equilíbrio entre a glia e os neurónios e sugerem que a glia pode ter um papel central no desenvolvimento de doenças psiquiátricas”, afirma Rodrigo Cunha.

“Ao desvendar mais uma peça chave no funcionamento do sistema nervoso é agora possível avançar para mais estudos tendo em vista o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para uma das mais incapacitantes doenças psiquiátricas”, conclui a UC.

Estudo
Os casos de cancro continuam a aumentar na China e prevê-se que até três milhões de pessoas morram devido a esta doença nos...

Na última década, o número de casos e as mortes devido a esta doença “aumentaram significativamente” na China e vão continuar a aumentar nos próximos 20 anos, informa um relatório do Registo Nacional de Cancro citado pela Rádio Internacional da China.

Segundo os dados mais recentes, cerca de 3,3 milhões de pessoas foram diagnosticadas com cancro em 2011 na China, dois terços das quais faleceram.

O cancro do pulmão continua a ser o “mais mortífero”, causando a morte de até 530 mil pessoas por ano, segundo o relatório.

50 anos do Programa Nacional de Vacinação
As vacinas fazem parte do dia-a-dia dos profissionais de saúde, que, 50 anos após a criação do Programa Nacional de Vacinação,...

“A vacinação é para a vida inteira. Enquanto cá estamos devemos estar protegidos contra as doenças”, disse Luísa Carvalho, médica de família na Unidade de Saúde Familiar (USF) Gerações, em Lisboa.

A clínica sublinhou a importância da vacina contra o tétano e a difteria, que é preciso actualizar de dez em dez anos.

José Soares, 53 anos e utente nesta USF, reconheceu que durante anos teve as vacinas atrasadas, mas recentemente tomou consciência da necessidade de ter esta medida profilática actualizada e agora não falha a toma.

“Não é porque nos apeteça, mas porque faz bem”, disse após tomar a vacina contra o tétano e a difteria, sublinhando a importância desta imunização que evita doenças “que podem levar à morte”.

Disso mesmo também tem consciência Maria Ângela da Silva, 65 anos, que não falha uma toma, nem mesmo da vacina contra a gripe que recebe anualmente.

“Temos de ter muito cuidado com as nossas doenças, que queremos chegar até aos 100” anos, disse.

Após actualizar o seu boletim de vacinas com a prevenção do tétano e da difteria, a sexagenária sublinhou que assim está mais protegida.

E dá o exemplo da vacina contra a gripe – que toma anualmente – e que a tem impedido de ficar doente.

“Vacinei-me no ano passado e nunca mais tive gripe”, disse.

Para Sofia, 20 anos, não vacinar-se seria “quase hipócrita”, principalmente porque está a estudar Saúde.

A vacinação “é fundamental, é o melhor método de prevenção que há. É a forma mais valiosa de saúde pública que nós temos”.

Para Luísa Carvalho, “a vacinação já está muito instaurada nos hábitos dos portugueses”.

Porém, nos mais idosos, “ainda há a noção de que não é preciso manter o Programa Nacional de Vacinação (PNV) e temos o dever de informar que é preciso actualizá-lo”.

Sobre as novas vacinas que têm vindo a ser introduzidas no PNV, Luísa Carvalho disse que a imunização contra o meningococo-C (no Programa desde Janeiro de 2006) “foi muito em aceite e tem uma boa taxa de cobertura”.

Relativamente à vacina contra o Vírus do Papiloma Humano, uma das causas do cancro do colo do útero, que consta do PNV desde 2008, a médica disse que “as pessoas ainda têm a ideia de que a vacina deve ser feita quando se inicia a vida sexual”.

“O nosso objectivo é proteger muito antes dessa altura. Mais uma vez, é um trabalho de educação para a saúde que está a ser bem recebido”, adiantou.

Em Portugal, são administradas gratuitamente através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) as vacinas que protegem contra a tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite, sarampo, papeira, rubéola, hepatite B, doença meningocócica C e infecção pelo VPH.

Especialista afirma
Ana Leça, da Comissão Técnica de Vacinação, considera que as situações de resistência às vacinas são residuais, “o que não...

A propósito dos 50 anos do programa Nacional de Vacinação, que se assinalam este ano e serão objecto de uma cerimónia pública na terça-feira, Ana Leça disse que “as taxas de cobertura vacinal demonstram que as situações de resistência à vacinação são residuais.

Isto “não significa que [as situações de resistência às vacinas] não sejam preocupantes”, adiantou.

Para Ana Leça, “a vacinação no âmbito do PNV deve ser percebida como um direito do indivíduo a ser protegido, mas também como um dever de contribuir para a protecção da comunidade”.

E explicou que, em Portugal, “uma criança não vacinada por opção dos pais pode estar protegida pela imunidade de grupo decorrente das elevadas coberturas vacinais”.

Contudo, adiantou, essa criança “estará em risco se for viajar para países onde estejam a ocorrer surtos (muitos países europeus) e contactar com um caso”.

Por seu lado, “uma criança não vacinada por opção dos pais que adquira sarampo, poderá transmitir a doença a outra criança que ainda não foi vacinada (com idade inferior a 12 meses, idade da primeira dose) e cujos pais pretendiam protegê-la da doença”.

“Ou pode também transmitir à minoria de crianças já vacinadas mas que, por razões individuais, não adquiriram imunidade”.

Na área da vacinação, “quando se alegam direitos de escolha individual, eles podem colidir com os direitos individuais dos outros e colidem certamente com o objectivo do PNV de protecção da comunidade”.

Segundo Ana Leça, a resistência à vacinação iniciou-se com a primeira vacina, a da varíola.

A especialista, actualmente consultora da Direcção-Geral da Saúde, refere que “a maioria dos jovens adultos apenas ouviu falar de doenças como a poliomielite, a difteria, e mesmo o sarampo, tendendo a desvalorizá-las”.

Verifica-se, pois, uma “inversão da percepção do risco, com mais medo das vacinas do que das doenças, sem suporte científico válido e consistente”.

Em relação ao sarampo, após um artigo publicado em 1998 na revista Lancet pelo médico inglês Andrew Wakefield, correlacionando a vacina VASPR com a doença inflamatória do intestino e com o autismo, assistiu-se a um aumento de pessoas a recusarem a vacina.

Esta relação entre as vacinas e as doenças foi desmentida, mas o seu efeito não foi travado. No Reino Unido, em 2003, a cobertura vacinal para a VASPR diminuiu para 80% nas crianças de dois anos, com aumento dos casos e surtos em vários locais.

Além do Reino Unido, assistiu-se a uma diminuição da cobertura vacinal em muitos países europeus, com a emergência de grandes epidemias de sarampo.

Em 2011 registaram-se mais de 30 mil casos em 36 países europeus, com nove óbitos, seis dos quais em França.

Este ano, “continuamos a assistir a surtos de sarampo na Europa e nos Estados Unidos, onde a doença se encontrava já controlada, não sendo cumprida a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar o sarampo no espaço europeu em 2015”.

Quando a poliomielite matava em Portugal
O Programa Nacional de Vacinação começou há 50 anos, com a vacina para a poliomielite, doença que ainda matava em Portugal....

“O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi determinante para a diminuição das taxas da mortalidade infantil, que são actualmente das mais baixas da Europa, se bem que outros factores tenham contribuído para os valores atingidos nos últimos anos, nomeadamente a excelência dos cuidados perinatais”, disse Ana Leça, consultora e colaboradora da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Ana Leça, que é membro da Comissão Técnica de Vacinação (CTV) desde que este grupo de peritos foi criado, em 1997, referiu que, entre a década anterior ao PNV (1956-1965) e a década de 2003 a 2012, verificou-se uma redução de 39.578 casos de tétano, difteria, tosse convulsa e poliomielite e de 5.246 óbitos por essas doenças.

O PNV é um calendário, recomendado pelas autoridades de saúde, das vacinas, que são administradas de forma gratuita nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Este plano inclui vacinas para 12 agentes. Após a imunização da poliomielite, foram introduzidas, em 1966, as vacinas para a tosse convulsa, a difteria, o tétano e a varíola.

Em 1974 foi a vez da vacina contra o sarampo e, em 1987, para a rubéola e a parotidite. Em 2000 entraram as vacinas para o Haemophilus b e a hepatite B e, seis anos depois, foi a vez da vacina contra o meningococo-C.

A última vacina a entrar para o PNV foi contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), em 2008.

Sobre estas alterações, Ana Leça salientou “a introdução progressiva de cada vez mais vacinas, determinada por fatores epidemiológicos e evolução tecnológica, com uma disponibilidade cada vez maior de vacinas eficazes e seguras”.

“A actualização sucessiva dos esquemas vacinais para melhor adaptação à realidade epidemiológica e facilitação e adesão ao cumprimento do PNV” também é destacada pela especialista.

Todas as vacinas do PNV “tiveram como impacto uma diminuição significativa dos casos das doenças alvo da vacinação, com a eliminação, em Portugal, da poliomielite, da difteria, do sarampo autóctone, da rubéola e da rubéola congénita”, adiantou

“Controlou-se o tétano, a meningite por Haemophilus influenza b e a meningite por meningococo C, assim como os casos de hepatite B na infância e adolescência”.

Em relação aos primeiros tempos do seu trabalho na Comissão Técnica de Vacinação, Ana Leça realça “o aumento progressivo das coberturas vacinais e a consequente diminuição das doenças-alvo ao longo dos anos”.

“Satisfaz-me os resultados das avaliações anuais internas e externas. Satisfaz-me Portugal ser um exemplo de sucesso a nível mundial.

Sobre a introdução de novas vacinas, a especialista explica que “nem todas as vacinas comercializadas preenchem os critérios para ser incluídas no PNV”.

Por outro lado, sustentou, “algumas vacinas são comercializadas e só posteriormente, quando se consideram preenchidos os critérios para a sua inclusão, é feita a proposta”.

“Há uma diferença substancial entre os motivos que levam à prescrição de uma vacina a nível individual e a prova dos seus benefícios para a saúde pública e ganhos decorrentes da sua inclusão no PNV”, adiantou.

Na Austrália
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, afirmou que Camberra pretende impedir o acesso dos pais que recusem vacinar os...

O anúncio surge numa altura de intenso debate sobre a imunização de crianças, com pais a defenderem que as vacinas contra doenças mortais são perigosas, num movimento que coincidiu com o ressurgimento do sarampo na Europa e nos Estados Unidos.

No início do mês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um apelo aos Estados europeus para “intensificarem a vacinação contra o sarampo a grupos etários em situação de risco” para “pôr fim aos vários focos” e prevenir a ocorrência de novos surtos.

Actualmente, ao abrigo da lei, os pais com “objecções de consciência” mantêm a possibilidade de solicitar os apoios relacionados com as crianças.

Porém, a avançar, a política anunciada por Abbott em Sydney, vai fazer com que lhes passem a ser negadas ajudas – como descontos e benefícios fiscais –, o que poderá representar um corte anual de até 15.000 dólares australianos (10.862 euros) por criança.

Os pais que não pretendam vacinar as crianças por motivos médicos ou religiosos vão continuar a poder aceder aos benefícios, embora tenham sob requisitos de elegibilidade mais apertados.

Essa política precisa de ser aprovada pelo parlamento, mas conta com o apoio da oposição trabalhista. A intenção é aplicar o conjunto de medidas no início do próximo ano.

A Austrália tem taxas de vacinação superiores a 90% para crianças entre um e cinco anos.

Contudo, segundo dados oficiais, mais de 39.000 crianças com menos de sete anos de idade não foram vacinadas – um aumento superior a 24.000 casos ao longo da última década.

Por isso, o governo está “extremamente preocupado” relativamente aos riscos que tais acções podem representar para a restante população, realçou o primeiro-ministro australiano.

“A escolha feita pelas famílias de não imunizar as suas crianças não é apoiada pela política pública ou investigação médica, pelo que tal acção não deve ser suportada pelos contribuintes sob a forma de apoios para os cuidados infantis”, disse o líder australiano, numa declaração conjunta com Morrison.

Muitas dos pais temem que a vacina tríplice VSPR - contra o sarampo, papeira e rubéola - seja responsável pelos crescentes casos de autismo – uma teoria rejeitada por diversos estudos.

A controvérsia remonta à publicação de um artigo – agora contestado – na revista britânica Lancet em 1998, o qual causou o pânico, por estabelecer uma ligação entre a vacina e o autismo.

Famílias mais carenciadas
O Estado vai comparticipar a vacina Prevenar, contra a pneumonia, meningite e septicémia, disponibilizando uma verba de seis...

A vacina Prevenar está indicada para a imunização de bebés e crianças contra a doença invasiva causada pela bactéria ‘streptococus pneumoniae’ - que pode provocar meningite, pneumonia ou septicémia – e actualmente custa cerca de 180 euros às famílias e não tem comparticipação.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, até ao fim deste ano está disponível uma verba de seis milhões de euros para comparticipação da Prevenar.

O modelo de comparticipação será anunciado até ao fim deste mês pelo Ministério e deverá contemplar famílias mais desfavorecidas.

A Direcção-geral da Saúde tem estado a estudar a comparticipação ou inclusão no Plano Nacional de Vacinação da Prevenar, que está disponível em Portugal desde 2001 mediante receita médica e com o pagamento integral pelas famílias.

OMS
As cesarianas só devem ser realizadas por razões médicas, recomendou a Organização Mundial de Saúde, lamentando “a epidemia de...

“Em muitos países em desenvolvimento e desenvolvidos existe verdadeiramente uma epidemia de cesarianas, mesmo quando não são medicamente necessárias”, referiu Marleen Temmerman, directora do Departamento de Saúde e Investigação Reprodutiva da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em muitos países, esta “epidemia” é verificada, sobretudo, pela vontade dos médicos de simplificar a vida, uma vez que as cesarianas podem ser planeadas, segundo afirmou a especialista, por ocasião da publicação de novas recomendações da OMS sobre esta matéria.

De acordo com as novas indicações da agência das Nações Unidas, “as cesarianas só devem ser praticadas quando forem medicamente necessárias”.

É a primeira vez que a OMS recomenda, de forma clara, que a prática das cesarianas deve ser limitada a razões médicas, segundo outro especialista da OMS, Metin Gulmezoglu.

Até à data, a OMS afirmava que a “taxa ideal de cesarianas” estaria situada entre 10 e os 15%. Este parâmetro foi estabelecido em 1985, mas, nos últimos anos, a prática de cesarianas cresceu significativamente em quase todo o mundo.

A taxa de cesarianas por gestantes atingiu os 23% na Europa, os 35,6% nas Américas e os 24,1% na região do Pacífico Ocidental, segundo os dados mais recentes da OMS, relativos a 2008.

Só o continente africano (3,8%) e o sudeste asiático (8,8%) ficaram de fora deste fenómeno.

Em certos países verifica-se uma verdadeira “cultura da cesariana”, sublinhou a agência das Nações Unidas, que dá como exemplo o Brasil.

No Brasil, perto de metade dos nascimentos ocorrem através de cesarianas, tornando o país líder mundial neste campo, referiu Marleen Temmerman.

A OMS conduziu entretanto novos estudos para tentar determinar uma taxa ideal de cesarianas.

Estes novos estudos revelaram que quando as taxas de cesarianas por população atingem os 10%, os casos de mortalidade materna ou neonatal registam uma diminuição. Mas, quando as taxas são superiores a 10%, não existem evidências de uma melhoria dos registos de mortalidade.

13 de Abril - Dia do Beijo
O dicionário da língua portuguesa diz que o beijo é um “toque de lábios, pressionando ou fazendo lev

Vários estudos têm mostrado que o beijo tem inúmeros benefícios para a saúde. É claro que beijar alguém com gripe ou herpes, por exemplo, não será de todo benéfico. Existem inclusive doenças graves que se transmitem pelo beijo. No entanto, são casos raros e os cientistas concordam que os benefícios de beijar superam os riscos. Ora veja:

1- Sensação de bem-estar

São vários os estudos que concluem que o beijo estimula o cérebro a libertar endorfinas, criando uma sensação de bem-estar. Beijar alguém que se ama é um calmante natural.

2 – Prazer e excitação sexual

Beijar liberta a oxitocina, uma hormona ligada ao amor e também excitação sexual. Através desta libertação, aumentam também os níveis de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.

3 – Combate o stress e a depressão

As endorfinas libertadas no acto de beijar são um verdadeiro antídoto para as dores de cabeça e stress. Com um simples  ósculo baixam-se os níveis de cortisol, uma hormona que rege a resposta ao stress do nosso organismo, sendo que é considerado um calmante natural.

4 – Reforça o sistema imunitário

Beijar faz com que o nosso sistema imunitário fique reforçado, uma vez que aumenta a sua actividade. Transmitimos vírus através deste contacto físico e por isso se promove uma espécie de defesa e um factor de equilíbrio homeostático. Este reforço é conseguido não apenas através da composição dos fluidos de um beijo, mas também a nível central, pois o cérebro tem a capacidade de equilibrar este sistema.

5 – Diminui risco de ataques cardíacos

Beijar a pessoa amada deixa-nos com o coração a bater depressa. Esse aumento dos batimentos cardíacos melhora a oxigenação do sangue, o que diminui o risco de ataques cardíacos.

6 – Diminui enxaquecas e insónias

A elevação dos batimentos cardíacos para 150 batidas por minuto aumenta a oxidação das células, melhorando a circulação e diminuindo insónias e enxaquecas. Também a estimulação cerebral causada por um beijo leva à produção de oxitocina, noradrenalina, dopamina e serotonina, neurotransmissores que influenciam o humor, a ansiedade e o sono.

7 – Queima calorias

Beijar também é um exercício. Movimenta 29 músculos, sendo 17 só da língua. Num beijo a pessoa perde cerca de 12 a 18 calorias. Mas a quantidade pode variar dependendo da quantidade e intensidade do beijo.

8 – Melhora o tónus da pele

Alguns dermatologistas apontam que o trabalho muscular pode ajudar a manter o rosto jovem por mais tempo, além de melhorar a sustentabilidade da pele.

Curiosidades sobre o beijo

1. Medo de beijar

Existem medos ou fobias para todos os gostos. E ao que parece também há o medo do beijo – Philemaphobia. Como a maioria das fobias, não é provável que desapareça com o tempo. As pessoas podem desenvolver esse medo de beijar por muitas razões.

2. Culturas ou países anti-beijo

Existem muitos países onde o carinho público é ilegal. No México, o professor universitário Manuel Berumen foi preso por beijar a sua mulher publicamente. Em alguns países, porém, as punições são brutais. Em 2010, um homem saudita foi preso por abraçar e beijar uma mulher e foi considerado culpado e condenado a 30 chicotadas e quatro meses de prisão.

3. Recordes mundiais de beijo

Actualmente, o recorde mundial de maior beijo pertence ao casal tailandês Ekkachai e Laksana Tiranarat. Fizeram história em 2013 ao se beijarem durante 58 horas, 35 minutos e 58 segundos. Quebraram o recorde anterior, que era de Andrea Sarti e Anna Chen. Já em 2004, Sarti e Chen beijaram-se durante 31 horas e 18 minutos.

4. 10% do mundo não beija

Em algumas áreas no Sudão as pessoas recusam beijar-se porque acreditam que a boca é a janela para a alma, e temem ter a alma roubada por esse contacto.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Cruz Vermelha Portuguesa
No âmbito das comemorações dos seus 150 anos, a Cruz Vermelha Portuguesa lançou uma nova aplicação móvel com o nome “Socorrismo...

Esta aplicação pretende ser uma ferramenta útil de fácil aprendizagem e utilização, com informação que pode salvar vidas. Os conteúdos, vídeos, fotos e animações sobre primeiros socorros foram desenvolvidos numa óptica de abordar situações reais do dia-a-dia, disponibilizando também testes para avaliação dos conhecimentos. Permite ainda conhecer mais sobre a Cruz Vermelha Portuguesa, fazer donativos ou tornar-se membro ou voluntário da Instituição.

Segundo Luís Barbosa, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa: “Os acidentes acontecem quando menos esperamos e a aplicação de técnicas de primeiros socorros nos minutos a seguir podem fazer a diferença entre a vida e a morte, quem sabe na de um familiar, amigo ou colega.”

A Cruz Vermelha Portuguesa é pioneira na formação em Socorrismo e a sua oferta é diversificada, com certificação nacional e internacional, adaptadas às necessidades da população em geral e das empresas.

Esta aplicação móvel é gratuita e está disponível para Android e iOS.

Aplicação disponível em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cube.gdpc.prt&hl=pt_PT

13 de Abril – Dia do Beijo
São muitos os benefícios do beijo, mas também tem inconvenientes.

Beijo, do latim basium: toque de lábios, pressionando ou fazendo leve sucção, geralmente em demonstração de amor, gratidão, carinho, amizade, etc. Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Desde então que o beijo assume vários significados: seja de expressão de amor entre casais, seja de afecto entre pais e filhos, ou mesmo de respeito representando uma marca de lealdade, humildade e reverência.

São muitos os benefícios do beijo (ou do acto de beijar) mas como não há bela sem senão, no beijo as pessoas trocam em média 250 vírus e bactérias. Quer isto dizer que se a pessoa estiver com alguma infecção em fase aguda, o acto de beijar pode transformar-se na porta de transmissão de doença. A mais comum é a mononucleose infecciosa, uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr, um tipo de vírus Herpes no qual mais de 90% dos adultos já foram expostos e que é transmitido principalmente pela saliva.

A doença do beijo pode surgir em homens ou mulheres e em todas as idades, contudo as populações afectadas dividem-se essencialmente em dois grupos: as crianças pequenas, que são frequentemente infectadas pelos pais durante manifestações de afecto ("os miminhos") ou por outras crianças; e os adolescentes que são infectados quando começam a beijar as namoradas ou os namorados.

Sintomas e diagnóstico

Habitualmente, é uma doença de bom prognóstico e pode mesmo passar despercebida ou apresentar apenas sintomas de fraqueza e cansaço. Porém os sintomas mais frequentes da doença do beijo são as dores de garganta, o cansaço e o aumento generalizado dos gânglios. Por vezes pode também surgir febre, dor de cabeça, dor de barriga, aumento de tamanho do fígado e do baço e mal-estar geral.

O período de incubação é de 30 a 50 dias e o diagnóstico é feito pelo conjunto de sinais e sintomas típicos e pela presença de linfócitos atípicos no sangue (um tipo de glóbulo branco modificado pela infecção) e positividade para certos anticorpos. Nem sempre o diagnóstico é possível, pelo facto de a doença se apresentar de forma não característica ou pelos exames laboratoriais não serem conclusivos, especialmente em crianças.

Tratamento

Não existem vacinas ou medidas particulares para a prevenção desta doença, bem como também não existe terapêutica específica. Assim, o tratamento da doença é baseado na diminuição dos sintomas.

Embora a doença raramente seja fatal, às vezes o vírus permanece nas células do sangue, afectando a pessoa o resto de sua vida. Em todos os casos, a pessoa excreta a doença de forma intermitente na saliva durante toda sua vida. Em alguns casos, com maior frequência em adolescentes, a doença pode levar a fadiga crónica. A investigação também mostra que as pessoas afectadas com a doença são mais susceptíveis a contrair esclerose múltipla.

 

Bibliografia

http://www.doencadobeijo.com/

"beijo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/beijo [consultado em 08-04-2015].

Germano de Sousa sapo

http://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=11562&langid=1

 

Revisão científica por Prof. João Gorjão Clara, Cardiologista e Professor de Geriatria da Faculdade de Medicina de Lisboa

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia
A Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia pediu ao Governo que sejam assegurados a estes doentes benefícios que têm...

Cerca de 200 doentes concentraram-se na quinta-feira junto ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, em Lisboa, para exigir que a doença fosse reconhecida na tabela nacional de incapacidade e poderem beneficiar dos apoios atribuídos a doentes incapacitantes, disse a presidente da associação, Fernanda de Sá.

Durante o protesto Fernanda de Sá foi recebida por assessores do ministério, mas os doentes pretendiam ser ouvidos pelo ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, e pelo secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, e nove doentes decidiram manter-se em vigília durante a noite e a manhã de hoje junto ao ministério.

Na reunião de quinta-feira com os assessores Fernanda Sá teve conhecimento que apenas a fibromialgia não tinha direito aos benefícios que constam na tabela de doenças crónicas elegíveis para atribuição de benefícios em regime especial, apesar de estar incluída na lista.

“Até a doença celíaca, que é a rejeição ao glúten, já está contemplada com isenções de taxas, comparticipações de medicamentos, e a fibromialgia é a única da lista sem nenhuma contemplação”, lamentou.

A associação decidiu “recuar um pouco” na sua exigência e pediu uma nova audiência ao ministério da solidariedade, que aconteceu hoje ao final da manhã.

A Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF) decidiu assim retirar a exigência de que a patologia seja reconhecida na tabela nacional de incapacidades e pedir que os doentes sejam contemplados com os benefícios dos doentes crónicos em regime especial.

“Como está praticamente garantido por parte do Ministério da Saúde (…) o reconhecimento como doentes crónicos e a elaboração de três juntas médicas específicas” para estes doentes, “a única coisa que pedimos neste momento são estes benefícios (comparticipação de medicamentos e isenção de taxas moderadoras).

Relativamente aos outros dois benefícios - prorrogação de tempo de baixa por mais de 18 meses e protecção social especial – a associação considera que deve ser a Segurança Social a decidir a partir de que graus de incapacidade devem ser atribuídos.

“Foi uma garantia para verificarem que a APDF não está a ser oportunista”, comentou.

Se isto acontecer é “ouro para os doentes” e “para o ministério não era assim tão grande o bolo económico que gastaria”, disse Fernanda de Sá, adiantando que existem cerca de 500 mil doentes com fibromialgia, uma doença caracterizada por dor generalizada, fadiga, sono não reparador e hipersensibilidade dolorosa.

Segundo Fernanda Sá, a doença é reconhecida, desde 2004, como crónica e incapacitante, mas, na prática, as pessoas não podem beneficiar dos apoios, porque a fibromialgia não consta na Tabela Nacional de Incapacidades.

Há pessoas que, devido à doença, "estão no desemprego e não têm dinheiro para comprar medicamentos", disse Fernanda de Sá, que gasta por mês cem euros em fármacos.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, entregou, no Porto, a Medalha de Serviços Distintos Grau de Ouro ao Instituto de Ciências...

A distinção foi entregue na cerimónia comemorativa dos 40 anos do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) que ficou marcada também por um protesto dos alunos contra problemas de funcionamento administrativo do instituto. A iniciativa dos estudantes consistiu na exibição silenciosa de cartazes denunciando diversas situações no momento em que o director da escola fazia o seu discurso.

Antes, Paulo Macedo considerou que “não é exagero” dizer que o ICBAS “tem sido um exemplo de vanguarda da atitude multidisciplinar e na abertura à modernidade e inovação”, o que pode ser constatado “pelos planos de estudo que propõe, pela elevada e diversificada qualificação do seu corpo docente e ainda pelo prestígio alcançado pelos que tiveram o privilégio de aqui realizar a sua formação académica e profissional”.

“Igualmente exemplo dessas características distintivas deste instituto são as relações estreitas que tem sabido construir e aprofundar com um leque muito diversificado de entidades prestigiadas sejam elas da área de ensino, da prestação de cuidados de saúde, da investigação científica ou mesmo do mundo empresarial”, disse.

O instituto “constitui-se assim a nível nacional, e com especial e natural relevância no norte do país, como um polo dinamizador, do conhecimento e inovação ao serviço da comunidade, nomeadamente através da colaboração com as diversas entidades integrantes do Serviço Nacional de Saúde, com as quais se relaciona”, sublinhou.

Para além da “primordial e sempre nuclear” parceria com o Hospital de Santo António e o Centro Hospitalar do Porto, “o instituto beneficia ainda da cooperação com o IPO/Porto, com o Centro Hospitalar de Gaia, no ensino da medicina, com a Faculdade de Ciências, no ensino da bioquímica, e com a Faculdade de Engenharia, no ensino da bioengenharia. É, ainda, corresponsável por programas doutorais com a Faculdade de Medicina, com a Escola Superior de Enfermagem e com a Faculdade de Ciências”.

Paulo Macedo lembrou ainda que foram também professores desta escola que constituíram o núcleo fundador da maior instituição de investigação em biomedicina do Norte, o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).

“Foi precisamente esta ideia de um centro em que se cruzam e do qual irradiam saberes que esteve na mente dos seus fundadores, os professores Nuno Grande e Corino da Andrade, com o apoio do então reitor da Universidade do Porto, Ruy Luís Gomes”, referiu.

Criado em 1975 por iniciativa de um grupo de professores da Universidade do Porto opositores ao Estado Novo e inspirados no pensamento e obra de Abel Salazar, entre os quais se destacavam Corino de Andrade, Nuno Grande e Ruy Luís Gomes, o ICBAS assumiu-se desde as origens como uma escola multidisciplinar e multiprofissional na área das Ciências da Vida.

Aposta numa formação abrangente em áreas como a Medicina, a Veterinária, a Agronomia e a Biologia, mas também na cooperação com diferentes instituições da cidade e mantém como lema a máxima: “Um médico que só sabe Medicina nem Medicina sabe”.

Infarmed alerta
O Infarmed emite Circular Informativa N.º 061/CD/8.1.7. a propósito da existência de lotes falsificados do medicamento tenofovir.

A Agência Alemã do Medicamento divulgou a existência de embalagens falsificadas do lote 13VR039D, com a validade 03/2018, do medicamento Viread, tenofovir, 245 mg, comprimido revestido por película, embalagens de 30 e 90 unidades.

Apesar de não ter sido detectada a existência de medicamentos deste lote em Portugal, no circuito legal de distribuição nacional, alerta-se que medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não podendo ser considerados seguros ou eficazes, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que tenham adquirido este lote de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

Estudo revela
Uma investigação internacional desenvolvida em Coimbra concluiu que 8% dos adolescentes portugueses apresentam sintomatologia...

Um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (UC), University of Emory (EUA), Maxplanck Institute (Alemanha) e University of Iceland (Islândia) revela que “uma percentagem significativa de adolescentes portugueses apresenta sintomatologia depressiva (8%) ou está em risco de desenvolver depressão (19%)”, anunciou a UC.

A investigação, visando “traçar o perfil de risco psicológico e genético para a depressão na adolescência” e “testar a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes”, conclui ainda que a tendência para depressão na adolescência é maior nas raparigas.

“Características temperamentais de emocionalidade negativa (tristeza, timidez, agressão, medo, etc.), estratégias de regulação emocional menos eficazes, maior número de acontecimentos de vida negativos na escola, com os amigos e com a família, bem como experiências de abuso e negligência e fraco desempenho escolar são factores que deixam os adolescentes mais vulneráveis à depressão”, adianta a mesma investigação.

A pesquisa envolveu uma amostra comunitária de 3.300 adolescentes, a frequentarem o 8.º e o 9.º ano de escolaridade e com uma idade média de 14 anos.

“Numa amostra de 290 adolescentes em risco, foram estudadas a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes (PPDA), uma adaptação do programa Mind and Health” e de um programa inovador criado na UC – Programa Parental para a Prevenção da Depressão na Adolescência (3PDA) para os pais e/ou encarregados de educação dos jovens em risco que participam no PPDA.

Os resultados mostram que “relativamente ao programa efectuado com os adolescentes em risco, para prevenir a depressão, os jovens do grupo experimental descem significativamente os níveis de sintomatologia depressiva com a intervenção e depois mantêm a mudança”, afirma Ana Paula Matos, responsável do projecto e membro do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental da UC.

Não se passa o mesmo com “o grupo de controlo (grupo sem intervenção)”, salienta a investigadora.

Quando os pais participam no programa “os valores de sintomatologia depressiva dos filhos descem significativamente após a intervenção, sendo estes jovens os que também apresentam os valores médios mais baixos de sintomatologia depressiva após seis meses de seguimento, comparativamente com os adolescentes cujos pais não participam no programa”, sublinha Ana Paula Matos.

Estes resultados vão ter “um impacto de grande relevo nos conhecimentos sobre a depressão nos jovens e a forma de a prevenir e tratar”, sustenta Ana Paula Matos, salientando que “a depressão é uma das doenças mais prevalentes nas crianças e adolescentes, comprometendo o funcionamento emocional, académico e relacional”.

As conclusões do estudo vão ser apresentadas e discutidas no congresso internacional “SaudávelMente”, a decorrer na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC, na terça-feira e na quarta-feira.

Iniciada em 2008, a investigação, que foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, identificou igualmente algumas variáveis parentais que contribuem para a depressão nos filhos.

4ª Corrida D. Estefânia
O Dia da Mãe volta este ano a ser marcado pela Corrida D. Estefânia, um evento organizado por uma plataforma cívica que...

A Plataforma Cívica em Defesa de um Novo Hospital Pediátrico em Lisboa promove este evento em parceria com a AA1P – Associação Alfa 1 de Portugal, a favor de quem reverterão os fundos angariados. Esta associação tem como objectivo ampliar o conhecimento da sociedade sobre o défice de alfa 1 antitripsina e alertar para a necessidade de alargar o diagnóstico desta doença genética que pode manifestar-se por doença pulmonar, do fígado e, menos frequentemente, da pele.

A 4ª Corrida-Caminhada Festa D. Estefânia – Dia da Mãe tem início às 10 horas no passeio marítimo de Alcântara e conta com um percurso para atletas (10 Km) e uma vertente de marcha solidária (4 Km), com trajecto preparado para participantes em cadeira de rodas.

“Desde 2012 este evento junta anualmente mais de 3.000 pessoas, na sua maioria famílias, membros das associações de doentes e profissionais ligadas à condição da criança. O sucesso alcançado deve-se ao sentimento comum de necessidade de manter um Hospital Pediátrico autónomo em Lisboa, embora próximo e articulado com um hospital geral”, destaca Mário Coelho, pediatra do Hospital D. Estefânia.

Os atletas Rosa Mota e Carlos Lopes são os padrinhos da 4ª Corrida D. Estefânia, enquanto a apresentação será feita pelo actor Carlos Areias. A corrida conta ainda com uma actuação de Constança Sousa e Melo, finalista de um programa televisivo de talentos.

A Corrida D. Estefânia dedica um espaço às associações de doentes e IPSS que apoiam esta causa, onde poderão divulgar as suas actividades junto da população. A pensar nos mais novos estarão a decorrer ateliers de pintura artística e facial, um “Jogo da Glória” e animação da responsabilidade da Operação Nariz Vermelho e do “Hospital de Bonecada”, no qual as crianças assumem o papel de pais, que levam os seus filhos - bonecos, ao hospital, onde são recebidas por estudantes da área da Saúde.

As inscrições podem ser realizadas através dos sites da AA1P e Xistarca.

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