Abre em 2016 em Valongo
As obras para a instalação de um Centro de Hemodiálise na antiga urgência do hospital de Valongo deverão iniciar-se em outubro...

O projeto envolve um custo total de cerca de 1,03 milhões de euros e em causa está a remodelação da antiga urgência do hospital de Valongo, distrito do Porto, encerrada em julho de 2014, uma decisão que na altura motivou vários protestos.

Sobre o Centro de Hemodiálise, o Centro Hospitalar de São João (CHSJ) aponta que vão ser criados 22 postos de tratamento de hemodialise, sendo que "com esta capacidade instalada" esta nova unidade de saúde "conseguirá tratar até um máximo de 120 doentes, envolvendo um corpo clínico específico que irá até um máximo de dois médicos e 11 enfermeiros".

"A evolução do Centro de Hemodiálise, em termos de instalação dos postos e da afetação dos recursos humanos, acompanhará a evolução da procura dos doentes", lê-se ainda na informação do CHSJ que integra, desde abril de 2011, dois polos, o de São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição.

O CHSJ explica, ainda, que "pela natureza dos cuidados de saúde em causa", isto é, crónicos com três tratamentos por semana por doente, o Centro de Hemodiálise foi "idealizado" para atuar no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Assim, este novo centro, o primeiro público no país, integra-se "numa rede de prestadores de cuidados de saúde na área da hemodiálise" de forma a, continua o CHSJ, "dar uma resposta às necessidades dos doentes do SNS".

O "especial enfoque" serão os doentes da região Norte, quer "por questões de proximidade geográfica", admitem os responsáveis pelo projeto, quer pelo facto da "gestão do encaminhamento dos doentes para esta rede de prestadores ser responsabilidade das Administrações Regionais de Saúde".

O concurso público que visa transformar a antiga urgência num Centro de Hemodiálise foi lançado no final de abril e quarta-feira, em declarações à Lusa, o presidente da câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, considerou a notícia "muito positiva e importante", mostrando expectativa de que esta unidade de saúde venha a ser "uma mais-valia" na valorização do concelho e do CHSJ, criando "dinâmica económica".

Desde que o hospital de Valongo integra o CHSJ, foram feitas intervenções nesta unidade hospitalar ao nível do Bloco Cirúrgico da nova Unidade de Cirurgia de Ambulatório, num valor superior a 475 mil euros, bem como na área de Medicina Física, cujo investimento ultrapassou os 161 mil euros.

Está em execução a renovação dos pisos 03 e 04, no valor de 270 mil euros, e foram investidos, na consulta e hospital de dia de Psiquiatria 40 mil euros.

Higiene íntima
Uma higiene íntima adequada é importante para garantir conforto e bem-estar, mas também para ajudar
Mãos com sabonete debaixo de torneira

A parede do canal vulvo-vaginal é revestida por uma mucosa que, juntamente com a flora bacteriana e o pH da vagina, constitui uma importante barreira contra as infecções. Manter o equilíbrio natural da mucosa ajuda a prevenir o aparecimento de bactérias e fungos responsáveis por essas infecções vaginais. Para isso a mulher deve preocupar-se em ter uma higiene íntima adequada, através do uso de produtos específicos que respeitem o pH vaginal.

“A mulher deve fazer a higiene da zona vulvo-vaginal uma a duas vezes por dia, dependendo do clima, biótipo, actividade física e das doenças associadas”, refere Teresa Laginha, especialista de Medicina Geral e Familiar, sublinhando que “devem ser tidos em conta aspectos como a temperatura da água, que convém que seja tépida, sendo que para a higiene genital são preferíveis as lavagens com água corrente, para favorecer a remoção mecânica das secreções; e os produtos a utilizar devem ser preferencialmente apropriados para a higiene da zona do ânus e da vulva que sejam hipoalergénicos, com adstringência suave e pH ácido, variando entre 4,2 a 5,6”.

A especialista recomenda ainda a utilização de produtos de formulação líquida, pois os produtos sólidos, além de serem mais abrasivos, geralmente apresentam pH mais elevado. Um outro aspecto que Teresa Lagina salienta é que, “a higiene genital não deve durar mais do que 2 ou 3 minutos, para evitar a excessiva desidratação local”.

Porém há que referir que não são apenas os hábitos de higiene que resultam no aparecimento de infecções vulvo-vaginais. Outros factores como a actividade sexual, a alimentação, o tipo de vestuário usado, doenças como a diabetes o ambiente hormonal e até o estado emocional podem influenciar o aparecimento destas infecções. Condição bastante frequente, conforme conta a especialista de Medicina Geral e Familiar: “as infecções vaginais afectam mais de 75% das mulheres, sendo que mais de 50% deste grupo apresenta esta situação de forma recorrente, referindo um impacto na sua vida superior ao que resulta das queixas locais”.

As fases diferentes na vida da mulher

Para além dos factores referidos acima, há ainda que ter em conta as diferentes fases na vida da mulher que correspondem a cuidados diferentes. “Na adolescência, o aparecimento dos ciclos menstruais, designado por menarca, corresponde a variações hormonais e de glicogénio nos tecidos”, explica Teresa Laginha, acrescentando que, durante os ciclos menstruais não há alterações da espessura da pele, mas a nível citológico existem variações ao longo do ciclo menstrual. Nesta fase, diz, “a higiene deverá ser mais frequente, para aumentar a remoção mecânica dos resíduos e melhorar a ventilação genital, com consequente atenuação dos efeitos da humidade prolongada”.

Já na gravidez, “o epitélio vulvar e vaginal sofre influências hormonais. Surge uma maior quantidade de secreção vaginal, alteração do pH e da flora vaginal. A concentração dos lactobacilos eleva-se pelo estimulo hormonal, acidificando o meio (pH < 4,5)”. A maioria das grávidas, salienta a interlocutora, “referem aumento do corrimento vaginal, e prurido e ardor em algum momento da gravidez, o que dificulta o diagnóstico diferencial e o tratamento correto neste período. As infeções genitais persistentes durante a gravidez aumentam o risco de parto pré-termo”.

No puerpério (fase pós-parto) é recomendado que a higiene seja feita como no período menstrual, devido ao facto de a zona vulvo-vaginal estar alterada, a pele vulvar e a mucosa vaginal estarão mais sensíveis pela diminuição dos estrogénios (hipoestrogenismo), presença de lóquios (perdas de sangue) e maior sudorese, próprios do período puerperal.

Após a menopausa, devido à menor espessura do epitélio, Teresa Laginha recomenda “a lavagem da zona íntima, até duas vezes por dia, usando produtos com pH próximo do fisiológico, para evitar maior secura e consequente prurido. Para concluir o processo nesta fase, em que a pele se encontra mais seca, deve seguir-se uma hidratação com fórmulas não oleosas”.

Conselhos base para uma saúde íntima

Higiene

A vulva, a região púbica, a região perianal e os sulcos crurais (raiz das coxas) deverão ser higienizados com água corrente e com produtos de higiene apropriados, fazendo movimentos que evitem trazer o conteúdo perianal para a região vulvar, e que atinjam todas as dobras sem exceção. A última etapa da higiene é geralmente a mais negligenciada, a hidratação. As peles secas deverão ser hidratadas, assim como se faz nas demais áreas do corpo.

Protecção

Em geral, o uso sistemático do penso higiénico diário não é recomendado. Nas mulheres com excesso de transpiração ou incontinência urinária, é importante manter o ambiente genital seco, recorrendo ao uso de pensos higiénicos respiráveis ou outro vestuário absorvente adequado, de preferência de algodão. Deve recorrer-se a roupa interior extra disponível para mudar quando necessário.

Produtos utilizados na lavagem da roupa interior

Deve ser dada preferência a detergentes sem corantes, enzimas ou perfumes. A roupa interior e aquela que entrar em contacto com a vulva deve ser enxaguada exaustivamente, para remoção de resíduos químicos.

Vestuário

Recomenda-se o uso de roupas que favoreçam a ventilação local. É importante trocar as roupas íntimas diariamente. Devem evitar-se roupas demasiado justas ou apertadas. Os fatos de banho molhados e o vestuário após o desporto devem ser trocados o mais precocemente possível.

Banho e higiene

Não usar gel de banho ou sabonete com perfume que aumentam a irritação da pele. Não usar o produto directamente sobre a pele. Não se deve esfregar a pele vulvar com a toalha, mas sim secar, estabelecendo contactos suaves entre a toalha e a pele.

Actividade sexual

Nos casos em que existe secura e irritação durante o acto sexual, deve ser recomendado o uso de um lubrificante sem substâncias químicas que irritam a pele vulva/vagina. Deve no entanto ter-se em atenção que alguns lubrificantes interferem com a permeabilidade dos preservativos, tornando-os menos seguros. Pode ser preferível utilizar preservativo para evitar o contacto do esperma com os genitais, diminuindo o ardor e irritação após a relação sexual. Após o acto sexual, recomenda-se uma micção para evitar as infecções urinárias, e a lavagem da área genital externa com água e um produto de higiene íntima. Não se recomendam irrigações vaginais.

*Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

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Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Pernas cansadas, pesadas e inchadas são sintomas minimizados
Campanha nacional “Alerta Doença Venosa” da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular leva informação e rastreios...

Estima-se que 2 milhões de mulheres portuguesas com mais de 30 anos sofram de doença venosa. O número poderá, no entanto, estar aquém da realidade. Isto porque a Doença Venosa Crónica (DVC) é uma patologia frequentemente subestimada e subdiagnosticada, o que está a originar o aparecimento de casos mais graves a nível hospitalar.

Para sensibilizar, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente a DVC, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) lançou a campanha nacional “Alerta Doença Venosa” que vai informar os portugueses sobre a patologia e realizar uma ação de rastreio em 20 localidades do País. Uma ação que pretende também perceber a dimensão real da patologia em Portugal.

Com esta iniciativa a SPACV pretende sublinhar as consequências do tratamento inadequado da Doença Venosa – que podem culminar em casos tão graves como o aparecimento de úlceras venosas.

“Em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países, a patologia venosa tem uma elevada prevalência, encontrando-se, contudo, claramente subestimada e subdiagnosticada. Nos últimos anos, em particular, tem-se vindo a assistir a um aumento, a nível hospitalar, de quadros clínicos mais graves e mais difíceis de tratar, frequentemente associados a um tratamento deficitário, inadequado ou tardio”, explica o Dr. Albuquerque e Castro, presidente da SPACV.

A escassez de conhecimento sobre a DVC, o desconhecimento dos sintomas e dos sinais de alerta levou a SPACV a levar a cabo esta campanha nacional, de forma a chamar a atenção para carácter crónico e evolutivo da Doença Venosa e das suas possíveis complicações. Salientando, ainda, que esta é uma patologia séria, que deve ter um acompanhamento médico e um tratamento adequado. 

A Campanha “Alerta Doença Venosa” inclui uma forte ação de divulgação sobre a DVC e suas consequências e, durante os meses de maio e junho, passa por 20 localidades do país, para informação à população e rastreio da Doença Venosa, que conta com a participação ativa de Cirurgiões Vasculares, Técnicos de Eco-Doppler e Enfermeiros. Durante este rastreio será levado a cabo um inquérito que irá permitir avaliar a real dimensão da DVC em Portugal. Uma campanha que conta com o apoio das várias câmaras municipais por onde o rastreio vai passar.

Em Aveiro
Cerca de 480 profissionais que atuam no âmbito das dependências participam no 4º Encontro do Centro de Respostas Integradas que...

O encontro, que tem por tema “Práticas expiradas, transpiradas e inspiradas”, reúne especialistas de diferentes áreas científicas ligados à intervenção em comportamentos aditivos e dependências, visando a troca de conhecimentos, através da partilha de experiências em proximidade.

Assinalando duas décadas de atividade do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Aveiro, o encontro será aproveitado pela Associação Portuguesa de Adictologia (que organiza o encontro, juntamente com o Agrupamento de Saúde do Baixo Vouga da Administração Regional de Saúde do Centro) para lançar uma publicação especializada, a Adictologia, a primeira publicação dirigida aos profissionais que atuam no âmbito das dependências.

A revista terá como diretor o psiquiatra Nuno Miguel e no seu primeiro número aborda temas como “As toxicodependências – a procura incessante da felicidade?”, por Manuela Grazina, investigadora especializada em Genética Humana, Genética Bioquímica e Farmacogenómica e responsável pelo Laboratório de Bioquímica Genética da Universidade de Coimbra, ou a “Dor e prazer em consumidores de opiáceos de longo prazo”, pelo psiquiatra João Curto, que preside à Associação Portuguesa de Adictologia e Psiquiatria e dirige a Unidade de Desabituação de Coimbra, bem como “O tráfico de droga em Portugal, e a problemática da economia subterrânea gerada pelo fenómeno”, por José Manuel Pires Leal.

Entre os trabalhos coletivos que a revista dá a conhecer contam-se “Tratamentos de manutenção opiácea em indivíduos com 50 ou mais anos”, por Ana Diniz, Joana Gonçalves, Sara Monteiro, Anabela Pereira

“Review – Pharmacogenomics of Cocaine Addiction”, por Carolina Macedo, Carolina P. Ribeiro, João Curto e Manuela Grazina, “O mercado emergente das Novas Drogas – O novo desafio social e político”, de Joana Paula Pereira Barbosa Roque da Silva e Susana Henriques, e ainda “A avaliação dos programas de substituição opiácea em Portugal –Apontamentos para (um)a reflexão” por Marta Pinto, Joana Vilares, Soraia Teles, Helena Carvalho, Cristiana Vale Pires, Leonor Castro Lemos.

As “Doenças infecciosas e comportamentos de risco em reclusos portugueses: implicações para a prevenção” são abordadas por Teresa Lavandeira Miranda, Maria José Pinto da Costa, Corália Vicente, Maria João Silva, António Ludgero Vasconcelos, Nair Torrão, Margarida Mota, Rui Abrunhosa Gonçalves, Jorge Negreiros, José Azevedo Pereira, Solange Barreira, José Eduardo Rola.

Aumentando esperança média de vida
Esta descoberta pode salvar milhões de vidas em todo o mundo. Os cubanos já têm acesso a esta vacina.

De acordo com o jornal Metro, citado pelo Notícias ao Minuto, esta doença é responsável pela morte de uma em cada quatro pessoas em Cuba, mas a população já tem acesso grátis a esta vacina.

Segundo a mesma fonte, ao contrário das vacinas normais, esta apenas é administrada a pessoas que já têm a doença, aumentando-lhes a esperança média de vida.

Aprovada em Cuba, a vacina já está a ser alvo de ensaios clínicos em vários outros países.

Contudo, o Centro de Pesquisa de Cancro do Reino Unido alertou para o facto de o sucesso da vacina ainda estar aquém do desejável, uma vez que “apenas 12 pessoas com menos de 60 anos tiveram uma boa resposta à vacina".

“Estas pessoas viveram mais 15 meses comparativamente aos 7,4 meses que os doentes sem vacina tiveram de vida. É um número muito pequeno de pessoas para chegar a conclusões sobre a eficácia da vacina”, explicou o mesmo centro.

Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson anunciou hoje que a Janssen, companhia farmacêutica do Grupo, reforçou o seu compromisso de melhorar a...

Esta expansão facilitará o desenvolvimento e o acesso a novas formulações pediátricas de um antirretrovírico da Janssen, em 128 países de rendimento baixo e médio [1] onde se encontram 99,8% das crianças e adolescentes que vivem com VIH em todo o mundo. [2].

Como parte dos esforços para ajudar a responder às necessidades das crianças e adolescentes que vivem com VIH, a Janssen está a trabalhar para criar um dos mais amplos territórios geográficos, até à data, com acesso a medicamentos pediátricos para o VIH. Para o efeito, a Janssen irá alargar o âmbito geográfico da sua política, estabelecida em 2012, de não impor as patentes que detém sobre as formulações pediátricas de um dos seus antirretrovíricos, em países de baixo e médio rendimento. Esta decisão duplica o território original da África Subsaariana e países menos desenvolvidos [3] anunciado em 2012. A política definida em 2012 prevê que a Janssen não imponha os seus direitos sobre a patente, desde que as versões genéricas sejam de qualidade, clinicamente aceitáveis e usadas somente nos países indicados. A ampliação desta política, agora verificada, é aplicável apenas às formulações pediátricas utilizadas no território definido.

Estes esforços renovados são resultado do envolvimento da Janssen e da Pool de Patentes de Medicamentos (MPP, na sigla em inglês), apoiando diretamente a recém-lançada Iniciativa Pediátrica do Tratamento do VIH (PHTI, na sigla em inglês). A PHTI é uma parceria entre o MPP, a UNITAID, a iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês) e a Clinton Health Access Initiative (CHAI) dedicada a acelerar o desenvolvimento de co-formulações de terapêuticas pediátricas para o VIH de elevada prioridade e a combater outros potenciais obstáculos de acesso ao tratamento para crianças que vivem com VIH.

A Janssen irá colaborar com os parceiros da PHTI para desenvolver novas formulações pediátricas para o VIH essenciais, ajudando a proteger as vidas das crianças e adolescentes com VIH. A Janssen e as organizações do PHTI irão explorar a possibilidade de desenvolver uma combinação de dose fixa (CDF) para crianças portadoras de VIH. Esta CDF, em combinação com outros medicamentos antirretrovíricos, está atualmente indicada para doentes adultos e pediátricos que já experimentaram vários tratamentos para o VIH em contextos de recursos limitados e foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde [4]. Uma nova CDF para crianças, que seja segura e eficaz será um passo importante na concretização do imperativo de saúde global de acabar com esta lacuna no tratamento do VIH na Pediatria.

“A nossa ambição é a de que as crianças que vivem com VIH possam receber os tratamentos que necessitam para se manterem fortes e crescerem, tornando-se jovens adultos produtivos”, disse Paul Stoffels, MD, Chief Scientific Officer da Johnson & Johnson e Worldwide Chairman da Janssen. “Estamos empenhados em garantir que nenhuma criança está sem acesso a opções terapêuticas adequadas para o VIH e, o mais importante, sem a esperança de um futuro saudável”.

Já há muito tempo que a Janssen e a Johnson & Johnson assumiram o compromisso de ajudar as crianças portadoras de VIH e de aumentar o acesso aos seus medicamentos. Há mais de uma década, a Johnson & Johnson tem apoiado iniciativas para reduzir o número de novas infeções por VIH em crianças e, em 2011, a empresa disponibilizou mais 15 milhões de dólares para apoiar o Plano Global para eliminar o VIH na Pediatria. Em dezembro de 2013, a Janssen lançou a iniciativa New Horizons Advancing HIV Care, um esforço de colaboração para fortalecer a capacidade, conhecimento e ação de cada país em torno das necessidades de crianças que receberam tratamento prévio para o VIH. Um dos aspetos fundamentais desta iniciativa é o programa de doação de dois antirretrovíricos para crianças e adolescentes sujeitos a tratamentos prévios do VIH.

A Johnson & Johnson e a Janssen estão comprometidas com a promoção da saúde global. Lançaram e continuam a apoiar uma variedade de esforços abrangentes para o fortalecimento da saúde das comunidades, melhorando a saúde materna e infantil, e evitando a propagação de doenças inoficiosas que podem ser prevenidas a nível global.

[1] Além da lista dos Países Menos Desenvolvidos (LDC na sigla inglesa), tal como definido pelas Nações Unidas e os países da África subsaariana, os países incluídos nesta política são a Argélia, a Samoa Americana Anguila, Antígua, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize Bolívia, Ilhas Virgens Britânicas Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Popular Democrática da Coreia, Dominica, República Dominicana, Equador, Egito, El Salvador, Fiji, Grenada, Guatemala, Guiana, Honduras, Índia, Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Jordânia, Líbano, Líbia, Malásia, Ilhas Marshall, Micronésia, Moldávia, Mongólia, Montserrat, Marrocos, Nauru, Nicarágua, Paquistão, Palau, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai, Peru, Filipinas, ilha de São Cristóvão e ilha de Nevis, ilha de Santa Lúcia, ilhas de São Vicente e Granadinas, Sri Lanka, Suriname, República Árabe da Síria Tailândia, Tonga, Trindade e Tobago, Tunísia, ilhas Turks e Caicos, Ucrânia, Uruguai, Venezuela, Vietnam e Cisjordânia e Gaza.
[2] Calculado a partir de dados da: UNICEF. Children, Adolescents and AIDS (2014 Statistical Update). http://www.childrenandaids.org/
[3] Um âmbito mais limitado de Recursos no âmbito desta política incluem a lista de todos os Países Menos Desenvolvidos (LDC na sigla inglesa), tal como definido pelas Nações Unidas (http://www.unohrlls.org/en/ldc/25/) e os países da África subsaariana que não estão classificados como LDC.
[4] World Health Organization. Antiretroviral Therapy for HIV Infection in Adults and Adolescents: Recommendations for a Public Health Approach, 2010 Revision. http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599764_eng.pdf

Infarmed
O fumarato de dimetilo (também conhecido por BG-12 durante os ensaios clínicos), um tratamento oral de primeira linha da Biogen...

Esta é a quarta terapêutica que a Biogen disponibiliza para pessoas com Esclerose Múltipla (EM). Na UE o medicamento encontra-se aprovado desde janeiro de 2014, e nos EUA está disponível desde março de 2013.

Na opinião de João de Sá, neurologista e especialista no tratamento da EM, “este fármaco inovador alia eficácia a um bom perfil de segurança e de tolerabilidade, bem como apresenta a comodidade da via de administração oral. Tem assim condições para ser um medicamento de primeira linha altamente útil que vem enriquecer o armentário terapêutico da Esclerose Múltipla Surto Remissão (EMSR)”.

Jorge Ferreira Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) afirma que “este é um medicamento cuja comparticipação aguardamos com bastante expectativa desde o ano passado, pois sabemos que é um medicamento que pode trazer muita qualidade de vida aos portadores de EM portugueses. Sabemos pela experiência já adquirida nos EUA e noutros países europeus que é um medicamento eficaz e com bom perfil de segurança. A administração oral é uma excelente notícia para todos os doentes que tinham alguma resistência dos tratamentos injetáveis pela intolerância à injeção.”

15 de maio - Dia Mundial de Consciencialização para a Esclerose Tuberosa
Para assinalar o Dia Mundial de Consciencialização para a Esclerose Tuberosa, 15 de maio, a Associação de Esclerose Tuberosa em...

Nesta campanha participam diversas figuras públicas para chamar a atenção para esta problemática. Ricardo Baptista Leite, deputado, Ana Garcia Martins, blogger, Eduardo Beautê, cabeleireiro, Pedro Fernandes, apresentador, Lena D'água, cantora, são alguns dos nomes que aceitaram dar a cara por esta iniciativa.

O mote da campanha, “é mais fácil apoiar do que pronunciar”, pretende chamar a atenção de todos para o nome da Doença – Esclerose Tuberosa – dando importância à mesma e tornando-a conhecida de todos, num claro pedido de apoio a toda a comunidade Portuguesa. Esta é uma doença cujo diagnóstico é complexo, e exige o compromisso das autoridades de saúde para proporcionar aos doentes portugueses a oportunidade de terem acesso aos cuidados de saúde e tratamento que estão definidos nas orientações clínicas internacionais.

Por a Esclerose Tuberosa ser uma doença rara, sem cura anunciada, que afeta quase todos os órgãos vitais, não se conhecendo com exatidão quantas pessoas sofrem desta patologia em Portugal, a Escola Nacional de Saúde Pública/Universidade Nova de Lisboa estabeleceu uma parceria com a Associação de Esclerose Tuberosa em Portugal (AETN), no sentido de efetuar um Estudo Epidemiológico sobre a Esclerose Tuberosa em Portugal – esTUpt. Através deste estudo, passarão a ser conhecidos o número de casos existentes da doença em Portugal, e a sua distribuição pelo país, sendo assim possível focalizar a atenção de recursos para promover um melhor acompanhamento dos doentes desta patologia.

Estima-se que existam 1.600 casos de Esclerose Tuberosa em Portugal e, para a AETN é urgente colmatar a falta de informação, de apoio, e integração social destes doentes, assim como, de tratamento clínico adequado. A celebração Dia Mundial de Consciencialização para a Esclerose Tuberosa tem também como objetivo alertar profissionais de saúde, governo e indústria para estas necessidades.

Mais informações em www.esclerosetuberosa.org.pt

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Adelaide Alves esteve, no início de abril, dois dias sem sair de casa, com as janelas fechadas, devido à elevada concentração...

A reformada, de 82 anos, confessou que a doença respiratória, diagnosticada há mais de duas décadas, lhe causa transtorno, impossibilitando-a de se deslocar à rua nos dias mais secos e ventosos.

Adelaide Alves faz parte do universo de 20 a 30% da população portuguesa que sofre de rinite alérgica, doença alérgica mais comum no país, segundo Elisa Pedro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).

Em declarações, Elisa Pedro revelou que a prevalência deste tipo de alergia tem vindo a aumentar nas últimas décadas, uma situação justificada pela poluição atmosférica e mudanças no estilo de vida.

“Sabe-se que a poluição urbana altera a estrutura dos pólenes, facilitando a sua entrada nas vias aéreas e tornando-os mais alergénicos”, afirmou a médica, que também é chefe do serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital de Santa Maria.

O problema de Adelaide Alves piora durante a primavera, altura em que se verifica uma maior concentração de pólenes, principais fatores que contribuem para o aparecimento de alergias respiratórias sazonais.

“A primavera é pior por causa das flores das ervas, dos pinheiros, dos eucaliptos, de toda a flor. E, no pino do verão, por causa do pó que está no ar e do fumo dos incêndios”, admite a reformada, que vive em Ferreira do Zêzere, Santarém.

Ao contrário de Adelaide Alves, José Mendes apenas sente os efeitos da rinite alérgica na época primaveril.

“Isto acontece durante os meses de maio e junho e a partir daí não tenho mais problemas”, disse o reformado, de 65 anos.

A doença, diagnosticada há cerca de 40 anos, também lhe causa transtorno, embora nunca o tenha obrigado a estar fechado em casa durante vários dias.

“Nunca faltei ao emprego por causa disto. Tinha que sair à rua para ir trabalhar e acabava por estar em contacto com esses pólenes. Não podia estar durante os meses de maio e junho enfiado em casa”, confessou José Mendes, salientando que o problema tem vindo a melhorar “significativamente” nos últimos anos.

De acordo com a vice-presidente da SPAIC, a rinite alérgica, apesar de não ser uma doença grave, “pode influenciar bastante a qualidade de vida dos doentes com interferência no rendimento escolar e laboral”.

A alergia aos pólenes manifesta-se ainda através de asma (respiração), conjuntivite (olhos) e eczemas (pele). Cerca de 40% dos doentes com rinite alérgica têm também asma, enquanto 18% conjuntivite, segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.

Nem Adelaide Alves nem José Mendes estão incluídos na classe etária mais afetada. Segundo revelou à Lusa Carlos Nunes, diretor do Centro de Imunoalergologia do Algarve, os adultos, entre os 20 e os 50 anos, são os mais atingidos.

A rinite alérgica é uma patologia inflamatória crónica, que se caracteriza por espirros, obstrução nasal, pingo no nariz e comichão.

Quanto a tratamentos, Carlos Nunes destaca os anti-histamínicos via oral e anti-inflamatórios nasais, sublinhando ainda a “aplicação de vacinas anti-alérgicas”.

Como forma de minimizar o problema, os dois médicos imunoalergologistas aconselham a população a evitar atividades ao ar livre e manter as janelas das habitações e veículos fechadas quando a concentração de pólenes for elevada, assim como estar atento ao Boletim Polínico divulgado semanalmente pela Rede Portuguesa de Aerobiologia durante a primavera.

Estudo
A grande maioria dos 1.681 enfermeiros oncologistas que trabalham em Portugal estão nos Institutos Portugueses de Oncologia,...

Promovido pela Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), este estudo revela que existem 1.681 enfermeiros oncologistas nos 60 hospitais públicos e privados consultados para esta pesquisa.

Destes profissionais, 1.183 trabalham nos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO): 561 em Lisboa, 185 em Coimbra e 437 em Lisboa. Nos restantes hospitais trabalham 498 enfermeiros oncologistas.

O estudo refere que 776 enfermeiros oncologistas (46,9%) têm menos de 10 anos de atividade, 623 (37,7%) entre 10 e 20 anos de atividade e 257 (15,5%) mais de 20 anos.

De acordo com o estudo, “o maior número de profissionais desenvolve a sua atividade nas unidades clínicas, principalmente na oncologia médica, hospital de dia e quimioterapia”.

A principal atividade dos enfermeiros oncologistas desenvolve-se nos serviços de oncologia médica (537 profissionais), seguindo-se o hospital de dia (465), de quimioterapia (404), cirurgia (301), hematologia (287), pneumologia (268), cuidados paliativos (200), cuidados intensivos (97) e radioterapia (83).

Por unidades clínicas, os enfermeiros oncologistas estão distribuídos pela ginecologia (79), urologia (39), dermatologia (oito), imunohemoterapia (sete), consulta da dor (seis), radiologia (quatro), risco familiar (três) e medicina pós-operatória (um).

Nas consultas externas, os enfermeiros oncologistas distribuem-se pelos serviços de todos os tumores (164), digestivo (114), paliativos (76), Otorrinolaringologia (70), pulmão (42), hemato-oncologia (40), mama (40), urologia (39), urgência oncológica (35), transplante de medula óssea (30), consulta da dor (nove), endocrinologia (seis) e radiologia (cinco).

Em declarações, o vice-presidente da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), Jorge Freitas, sublinhou a importância deste levantamento que “permite, pela primeira vez, traçar um retrato da profissão”.

“Agora sabemos quantos somos e onde estamos e ficámos com um retrato fidedigno” da enfermagem oncológica, adiantou.

Sobre as características desta profissão, Jorge Freitas afirmou que o trabalho do enfermeiro oncológico tem duas vertentes: “Uma parte técnica e uma outra, tantas vezes minimizada, de orientação dos doentes e da família, para os doentes poderem viver com a sua doença com a maior qualidade de vida possível, papel humano, de orientação”.

Jorge Freitas reconhece que existe uma procura dos hospitais privados por estes profissionais, uma vez que estes “estão a crescer e alguns a iniciar o seu trabalho na área da oncologia”.

“Os privados vão buscar enfermeiros com experiência adquirida no público”, disse.

Autoridade da Concorrência
A Luz Saúde notificou a Autoridade da Concorrência da intenção de ficar com o controlo exclusivo da Casa de Saúde de Guimarães,...

O aviso da Autoridade da Concorrência (AdC) foi hoje publicado na imprensa, dando conta que a notificação foi recebida na passada sexta-feira.

A Luz Saúde, antiga Espírito Santo Saúde, é uma empresa detida pelo grupo chinês Fosun, através da Fidelidade, e a Clihotel de Gaia é uma entidade de cuidados de saúde geriátricos (acompanhamento de pessoas idosas), uma das unidades da Casa de Saúde de Guimarães, sendo o Hospital Privado de Guimarães a maior entidade do grupo.

Média europeia além de 30%
Apenas 8% dos doentes portugueses com enfarte têm acesso a programas de reabilitação cardíaca, importantes para reduzir a...

As desigualdades na saúde cardiovascular nos países europeus são precisamente o tema central de um congresso que junta a partir de hoje em Lisboa cerca de 1.500 especialistas de vários países.

Em entrevista, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Miguel Mendes, explicou que Portugal está, ao nível da mortalidade cardiovascular, “a meio da tabela” entre os países europeus.

Os países mais ricos são os que têm melhores resultados em termos de sobrevivência, os da bacia mediterrânea gozam de uma certa proteção pelo estilo de vida e dieta, enquanto os países da Europa de Leste apresentam a mortalidade mais elevada.

Relativamente a Portugal, a mortalidade cardiovascular tem-se reduzido nos últimos anos, embora o cardiologista sublinhe que só há estatísticas conhecidas até 2012.

Apesar desta redução da mortalidade ser positiva, Miguel Mendes considera que o país ainda precisa de se organizar melhor para “dar respostas mais corretas”, sendo também necessário melhorar a educação da população quanto à doença cardiovascular e à correta forma de entrada no sistema – que deve ser feita através do 112 e não por deslocação por meios próprios às urgências.

Quanto ao que é necessário melhorar no sistema de saúde, o presidente da Sociedade de Cardiologia defende uma aposta na reabilitação cardíaca, só cumprida em Portugal por 8% dos doentes, quando há países europeus que chegam a atingir os 90%.

“O tratamento do enfarte agudo do miocárdio é, de facto, muito importante nas primeiras horas e aqui os serviços estão relativamente organizados e temos um sistema que funciona bastante bem. No internamento temos respostas boas. À saída do internamento é que já não estamos em padrões europeus, que tem a ver com a reabilitação cardíaca, um programa de acompanhamento e educação dos doentes”, afirmou Miguel Mendes.

A reabilitação cardíaca permite reduzir a mortalidade em cerca de 25%, dado que no primeiro ano após um enfarte tratado há ainda risco de problemas ou complicações.

A reabilitação é um programa de dois a três meses que integra exercício físico e educação do doente e da família em relação aos fatores de risco: como controlo do stress, alimentação, eventual adaptação da vida profissional ou retoma da atividade sexual.

No Serviço Nacional de Saúde, apenas existem programas de reabilitação cardíaca nos grandes hospitais do Porto, em Faro e um outro de dimensão reduzida no hospital de Santa Marta, em Lisboa.

“Precisamos de montar uma resposta, sobretudo na zona sul do país”, refere Miguel Mendes, embora reconheça que no Minho e na zona das Beiras não há também qualquer resposta hospitalar ao nível da reabilitação.

Os cerca de 1.500 especialistas que estão reunidos até sábado em Lisboa, no encontro promovido pela Associação Europeia de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular, vão debater instrumentos para reduzir a incidência da doença cardiovascular, que ainda é a principal causa de morte no mundo Ocidental, bem como discutir estratégias para fomentar na população um estilo de vida saudável e formas de cada país reduzir os fatores de risco para a doença coronária.

Investigação
O "Blue Stain" permite aos dentistas um diagnóstico precoce quase imediato, avaliando se determinada lesão tem risco...

Uma jovem investigadora de Castelo de Paiva desenvolveu um novo método de diagnóstico do cancro oral, a partir da colheita de células. Esta inovação que já recebeu dois prémios e está a ser avaliada pelo Infarmed para comercialização, revela a RR.

O "Blue Stain" permite aos dentistas um diagnóstico precoce quase imediato, avaliando se determinada lesão tem risco de evoluir para cancro, explicou Paula Melo, de 29 anos.

A investigadora licenciada em anatomia patológica e a fazer o doutoramento em patologia e genética molecular na Universidade do Porto frisou que a nova técnica é muito menos invasiva e mais rápida para os doentes do que os métodos atuais baseados em biópsias.

"Além da rapidez não é necessário pessoal técnico para processar a amostra", explicou.

O desenvolvimento tecnológico foi premiado em 2014 pela Associação Nacional de Jovens Empresários. Mais recentemente, foi distinguido, em Coimbra, com o prémio "Arrisca C", de 22.500 euros, um concurso que reconhece os projectos inovadores na perspectiva de negócio.

Para Paula Melo, os dois prémios são o corolário do trabalho que tem desenvolvido em colaboração com o médico-dentista Fernando Ferreira.

"É a prova de que se trata de um projecto credível e que tem despertado grande interesse da comunidade científica", comentou.

Se a avaliação do “Blue Stain” for positiva por parte do Infarmed, a investigadora espera que o dispositivo médico possa ser colocado, em breve, nos mercados nacional e internacional.

Acrescentou que o método tem despertado grande interesse na comunidade científica, com um investimento de investigadores privados, já concretizado, superior a 200 mil euros.

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro dispõe de cirurgia vascular e radiologia de intervenção, novas...

Joana Ferreira e Pedro Sousa vieram do litoral norte trabalhar no centro hospitalar, com sede em Vila Real, onde estão a desenvolver serviços que disponibilizam agora terapêuticas que eram, até então, apenas realizadas nos hospitais centrais do Porto.

Médica de cirurgia vascular, Joana Ferreira afirmou que o diagnóstico para a maioria dos doentes desta especialidade é feito agora no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), onde também já é possível realizar algumas intervenções.

Ali fazem-se os acessos vasculares e tratamentos endovasculares, enquanto, para cirurgias diferenciadas os pacientes têm que continuar a ir aos hospitais do Porto.

“No ano passado fizemos cerca de 200 intervenções”, salientou a clínica.

Os ganhos são significativos já que se evitam deslocações entre uma população que é muito idosa, poupam-se despesas, e como o diagnóstico é feito no centro hospitalar, o tratamento dos pacientes no litoral é mais rápido.

Como é a única médica desta especialidade em Trás-os-Montes, Joana Ferreira articula-se diretamente com os centros de saúde da região, bem como a Unidade de Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), no distrito de Bragança.

“Algumas patologias não podem esperar, têm de ser vistas o mais rapidamente possível. E a forma mais fácil é ligarem-me e combinarmos uma hora. O objetivo é dar resposta às patologias mais urgentes”, salientou.

Nesta região a doença mais prevalente e grave é a arterial periférica, que pode levar a amputações se os pacientes ficarem com falta de sangue nos membros inferiores.

“E são esses doentes que são prioritários na cirurgia vascular”, frisou.

Os fatores de risco desta doença são a diabetes, o tabagismo e a idade, aquele que é preponderante neste território envelhecido.

Joana Ferreira ambiciona, no entanto, que todos os doentes possam ser tratados na região e, para isso, diz que são necessários mais médicos da especialidade, anestesistas e ainda mais equipamento, nomeadamente um angiógrafo, um aparelho que melhora a qualidade da imagem e ajuda numa maior rapidez nos procedimentos.

A reivindicação deste equipamento é também feita por Pedro Sousa, que veio para Vila Real desenvolver a área da radiologia de intervenção.

Segundo o especialista, cerca de 90 a 95% dos procedimentos já são feitos no centro hospitalar, desde as biopsias de tiroide e fígado ao TIPSS (transjugular intra-hepatic portosystemic shunt), usado para tratar casos de hipertensão portal.

Outras situações, como as embolizações, requerem o uso do angiógrafo, pelo que, para a realização deste procedimento, os pacientes têm que viajar até aos hospitais centrais do Porto.

“É um equipamento que é necessário para o centro hospitalar crescer”, frisou.

O angiógrafo representa cerca um milhão de euros de investimento.

A CHTMAD agrega os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, unidades por onde esta equipa se desloca semanalmente e onde Joana Ferreira e Pedro Sousa dizem que querem continuar a desenvolver estas especialidades.

No início desta semana, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, Vila denunciou uma “sangria de médicos” deste centro hospitalar, que diz que perdeu 10 clínicos em cerca de três meses.

Segundo o autarca socialista, do CHTMAD saíram seis anestesistas e também um neurologista, urologista, um dermatologista e um otorrinolaringologista.

Especialista alerta
A tiróide é responsável pela produção de hormonas que regulam o organismo e desempenha um papel muito importante no bem-estar...

Quando a tiroide aumenta excessivamente a sua produção, estamos perante uma situação de hipertiroidismo, que pode manifestar-se por mais batimentos cardíacos, tremores, transpiração abundante, mais calor, cansaço marcado, emagrecimento e maior número de dejeções, escreve o Diário Digital.

Por outro lado, sintomas como cansaço, lentificação global, obstipação, rouquidão, pele seca, cabelo quebradiço, podem relacionar-se com a diminuição da produção de hormonas tiroideias, constituindo o quadro de hipotiroidismo.

De acordo com Isabel Torres, endocrinologista do Hospital Lusíadas Porto, são as mulheres as mais afetadas pelas perturbações do funcionamento da tiroide, o que exige especial atenção no momento de engravidar. “A estabilidade desta função é especialmente importante na mulher grávida ou na mulher que tenciona engravidar, já que as perturbações da tiroide influenciam o bom desenvolvimento do feto”.

“Uma análise ao sangue permite avaliar a quantidade de hormonas produzidas pela tiroide, auxiliando o médico no diagnóstico e na definição do melhor tratamento a seguir”, explica a especialista, salientando que “a tiroide pode ainda sofrer alterações na sua forma, apresentando-se aumentada, com uma estrutura irregular ou com nódulos, sendo a ecografia um exame particularmente útil nestas situações”.

E acrescenta: “Este mesmo exame permite a deteção e avaliação das caraterísticas dos nódulos, assim como o seu seguimento; alguns nódulos têm indicação para biópsia, o que nos esclarece sobre a sua natureza e eventual necessidade de cirurgia, no caso de malignidade”.

A função reguladora da tiroide é fundamental para o correto funcionamento de inúmeras funções biológicas e, por este motivo, qualquer desequilíbrio deve ser analisado e tratado.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento publicou uma lista de substâncias ativas e de publicações abrangidas pelo novo serviço de...

A literatura médica é uma fonte de informação importante sobre suspeitas de reações adversas a medicamentos, pelo que a legislação europeia de farmacovigilância atribuiu à Agência Europeia do Medicamento (EMA) a responsabilidade de:

  • Monitorizar a literatura médica para as substâncias ativas definidas na lista;
  • Proceder ao carregamento de casos de reações adversas identificados no EudraVigilance (sistema de recolha e gestão de reações adversas ocorridas na União Europeia).

Esta iniciativa visa melhorar a monitorização de segurança dos medicamentos pelo reforço da qualidade e consistência dos dados notificados no EudraVigilance e é um serviço fornecido à indústria farmacêutica, uma vez que, para as substâncias ativas e literatura analisadas pela EMA, os titulares de autorização de introdução no mercado (AIM) não terão de incluir a informação das suspeitas de reações adversas no EudraVigilance.

Os casos individuais de suspeitas de reações adversas encontrados na literatura serão disponibilizados aos titulares de AIM, para que possam ser incluídos nas suas bases de dados, o que permitirá cumprir as obrigações de notificação fora do Espaço Económico Europeu.

A partir de 1 de julho de 2015, o serviço irá abranger os 50 grupos de substâncias ativas descritos em http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Other/2015/05/WC500186735.xlsx (identificados de ID1 a ID50).

Os titulares de AIM dos medicamentos que contenham estas substâncias ativas deverão adaptar os seus processos até esse dia. As restantes substâncias ativas listadas, incluindo as substâncias ativas à base de plantas, irão ser incluídas neste serviço até setembro de 2015.

A EMA irá enviar informação das atualizações deste serviço às pessoas qualificadas responsáveis pela farmacovigilância, assim como às associações da indústria farmacêutica.

No site da EMA, em European Medicines Agency - Pharmacovigilance - Monitoring of medical literature and entry of adverse reaction reports into EudraVigilance, será disponibilizado um guia, um vídeo de treino e um documento a detalhar os critérios de inclusão e exclusão da revisão da literatura.

O ponto de contacto da EMA para esclarecimento de questões é: [email protected].

Infarmed
O Estado e as famílias portugueses viram a sua despesa com medicamentos diminuir em 2014, apesar de terem sido comercializadas...

A quota de genéricos registou novo crescimento, tendo atingido os 44,7% do mercado total e 63,5% do mercado concorrencial, aquele em que as substâncias ativas têm, de facto, genéricos em comercialização.

No Mercado Ambulatório, verificou-se um aumento na despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 0,9% face a 2013, tendo o Estado gasto 1.170 M€ com medicamentos no ano de 2014. Este aumento é justificado pela introdução dos valores dos subsistemas públicos no SNS, pois se retirarmos os valores dos subsistemas a despesa diminuiu em 0,2%. Outro fator que explica o aumento dos encargos do SNS e dos utentes em valor absoluto foi o aumento do número de embalagens dispensadas, que atingiu em 2014 os 153 milhões, mais 2,6% que em 2013.

É de salientar que o encargo médio do utente por embalagem diminuiu 0,6%, sendo de 4,59 € em 2014, o que traduz uma maior acessibilidade aos medicamentos prescritos.

Em 2014, os grupos terapêuticos com maior peso na despesa do SNS foram os antidiabéticos orais (13,7%) e os anti-hipertensores com ação no eixo renina angiotensina (10,2%).

Destaca-se ainda o contínuo aumento da quota de medicamentos genéricos no SNS. Em 2014, a quota atingiu os 46,5% face a 44,7% de 2013. O ano de 2014 terminou com uma quota de 47,0% em dezembro, a quota mais elevada registada até à data.

No que diz respeito à quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial, ou seja, medicamentos genéricos comercializados no conjunto de medicamentos em que as substâncias ativas possuem genéricos comercializados nas farmácias, a quota em 2014 foi de 63,5% face a 61,4% de 2013.

No Mercado Hospitalar, a despesa com medicamentos diminuiu 1,6% face ao ano de 2013, com um encargo para o Estado de 959 M€. Apesar da diminuição da despesa, o consumo aumentou 0,4%, num total de 233 milhões de unidades consumidas.

Considerando as áreas de prestação hospitalar, o ambulatório hospitalar (Consulta Externa, Hospital de Dia e Cirurgia de Ambulatório) continua a ser a área de prestação com maior peso no total da despesa. Os encargos com esta área mantiveram-se estáveis face a 2013 e totalizaram 740 M€, correspondente a 77% da despesa total.

O grupo de medicamentos órfãos apresentou um aumento de encargos para o SNS de 6,3% face a 2013, tendo o Estado gasto com estes medicamentos 79,6 M€. Este grupo de medicamentos representou 8,3% da despesa total de 2014.

No grupo de medicamentos abrangidos por regimes especiais de comparticipação de cedência em farmácia hospitalar, a despesa totalizou 340 M€ com uma diminuição de 3,8% face a 2013, tendo um peso de 35,5% no total da despesa de 2014. Os medicamentos para a infeção por VIH/SIDA e os medicamentos para a Artrite Reumatoide assumem especial preponderância com um peso de 85% na despesa com este grupo de medicamentos.

Os relatórios de monitorização estão disponíveis no website do Infarmed na página Análise Mensal do Mercado.

Sociedade Portuguesa de Hipertensão
Quase todos os portugueses ingerem quantidades de sal superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde e, apesar de...

Os dados foram avançados pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), a propósito do Dia Mundial da Hipertensão que se assinala no domingo, numa iniciativa da World Hypertension League que tem como objetivo divulgar a importância da prevenção, deteção e tratamento da doença.

Segundo estes novos resultados do estudo sobre a “Perceção da População Sobre Hipertensão”, que pretendeu avaliar o conhecimento da população portuguesa sobre hipertensão, 95,6% dos portugueses ingere sal acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,5 gramas por dia.

Nos últimos cinco anos apenas um quarto da população reduziu o consumo de sal e três em cada quatro portugueses não sabem identificar quais os alimentos que são fontes de sal.

Segundo os dados obtidos, entre 2009 e 2014, é a faixa etária abaixo dos 45 anos aquela que admite não ter efetuado qualquer mudança de comportamento (60% a 73%).

No que respeita às escolhas alimentares, apenas um quarto da população tem em conta a presença de sal nos produtos embalados, sendo os jovens aqueles que menos importância atribuem a esta prática, com 82% a admitir que não verifica o sal presente nos alimentos.

Quanto à capacidade de identificar os alimentos que são fontes de sal, apenas 2% referem o bacalhau e 18% indicam as conservas, no entanto quase todos (91%) consideram útil a utilização do semáforo de cores nos alimentos embalados de forma a identificar o seu teor de sal.

Este sistema consiste numa rotulagem de alimentos proposta pela SPH com as cores do semáforo: vermelho para os alimentos com muito sal, amarelo com sal moderado e verde com pouco sal.

Quanto aos hábitos de medir a tensão, verificou-se que um em cada quatro portugueses desconhece os valores da sua pressão arterial e que mais de metade da população (61%) só mede a tensão quando vai ao médico, apesar de serem os jovens aqueles que menos têm esse hábito.

O estudo revela ainda que mais de metade dos jovens (54%) não sabe os valores a partir dos quais se tem hipertensão, embora tenha genericamente a ideia de que é uma doença grave.

Para assinalar o Dia Mundial da Hipertensão (DMH), as atividades comemorativas realizam-se em Oeiras e a SPH vai promover rastreios gratuitos à pressão arterial e a outros fatores de risco cardiovascular (como a diabetes e o excesso de peso), bem como várias ações de esclarecimento e sensibilização.

A Capital da Hipertensão 2015 será ainda palco de uma caminhada no Passeio Marítimo, de uma exposição de desenhos elaborados pelos alunos das escolas envolvidas e ainda de um 'show cooking' destinado aos mais jovens no qual serão demonstradas várias opções para uma alimentação saudável. Em Odivelas serão também levadas a cabo várias iniciativas alusivas à efeméride, durante os dias 11 e 15 de Maio, e uma caminhada, no dia 17 de Maio.

Observatório da Nutrição e Alimentação em Portugal
Mais de metade dos portugueses considera que faz uma alimentação saudável e quase todos reconhecem que esta é “muito importante...

De acordo com o primeiro estudo do Observatório da Nutrição e Alimentação em Portugal (ONAP), 90% dos inquiridos consideraram a alimentação como muito importante para a sua saúde, mas apenas 66% consideram fazê-la de forma saudável.

Os mesmos resultados indicam que 65% dos inquiridos fazem quatro refeições por dia e 20% não fazem refeição de prato ao jantar.

As conclusões desta 1ª edição do ONAP, apresentados recentemente, “permitem concluir que há hoje uma maior consciencialização para a importância da alimentação na saúde e qualidade de vida e que o termo saudável já entrou no léxico dos portugueses”.

Depois do inquérito nacional à nutrição dos portugueses realizado em 1980 e do estudo sobre Hábitos Alimentares dos Portugueses levado a cabo pela Sociedade Portuguesa das Ciências da Nutrição e Alimentação (SPCNA), em 2009, este estudo vem agora reforçar e atualizar os conhecimentos sobre a forma como os portugueses se alimentam.

O estudo avaliou ainda outros parâmetros como a adição de sal, o consumo de hortícolas, o consumo de saladas e o consumo de fruta.

Nestes parâmetros, 9,7% dos inquiridos referiram adicionar sal de mesa à refeição, 51,1% consomem sopa de hortícolas uma ou mais vezes por dia, 26% admitem consumir saladas e 56,6% comem duas a cinco peças de fruta por dia.

Os hábitos de refeição estão também incluídos no estudo, que demonstra que 22,3% dos respondentes fazem duas refeições em frente ao computador ou à televisão e 20% admitem não comer refeição de prato ao jantar.

Além da alimentação, o estudo debruça-se sobre hábitos de vida, tendo concluído que mais de 50% dos inquiridos não praticam exercício físico por falta de vontade.

Primeiro curso aberto realiza-se nos dias 21 e 22 de maio
Como forma de dar resposta às exigências do Mercado Farmacêutico que impõe desafios cada vez maiores, tanto a gestores como...

“Creating sucessful pharma brands” é o primeiro curso aberto e marca o início desta parceria, nos dias 21 e 22 de maio. Já implementado em vários mercados internacionais onde a IMS Health está presente, este curso, que alia teoria a simulação interativa, propõe-se a fornecer às equipas de marketing farmacêutico as ferramentas necessárias para que trabalhem as marcas da companhia de forma mais eficaz, tornando-as mais competitivas, num mercado complexo e em constante mutação.

Todas as sessões organizadas pela “Learning Solutions & Change Management Academy” são conduzidas por formadores experientes, especializados no mercado da saúde e com um conhecimento aprofundado tanto de mercados locais, como mercados internacionais, proporcionando aos formandos o conhecimento das melhores práticas, com vista à maximização dos resultados do negócio.

Para a IMS Health e a Wilson Learning Portugal a receita que garante o sucesso, ao superar os resultados definidos, passa pela eficácia dos profissionais nos diferentes processos: criar, desenvolver, posicionar, lançar e executar campanhas promocionais multicanal de produtos farmacêuticos.

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