Comissão Europeia
O Parlamento Europeu pediu à Comissão Europeia que apresente legislação sobre combate ao abuso do álcool, até 2016, sugerindo...

Os eurodeputados aprovaram ontem, em sessão plenária, uma resolução sobre a Estratégia da União Europeia (UE), em matéria de álcool, pedindo a Bruxelas que apresente uma proposta legislativa até 2016 e que deverá conter, entre outras, medidas específicas com vista a sensibilizar os jovens para os malefícios do consumo excessivo.

O texto menciona, no entanto, que o consumo moderado é compatível com um modo de vida saudável.

O Parlamento Europeu (PE) pede à 'Comissão Juncker' que prepare uma Estratégia da UE em matéria de álcool 2016-2022, recomendando ainda que o teor calórico e os ingredientes sejam indicados nos rótulos das bebidas alcoólicas.

A resolução recomenda que a nova estratégia deverá também "apoiar o acompanhamento e a recolha de dados fiáveis, incentivar a prevenção e a educação para a saúde, o diagnóstico precoce, um melhor acesso ao tratamento, o apoio contínuo às pessoas afectadas e às respectivas famílias, incluindo programas de aconselhamento, reduzir o número de acidentes rodoviários causados pela condução sob efeito do álcool, e diferenciar melhor entre os padrões de consumo, os comportamentos e as atitudes em relação ao consumo de álcool".

Para os eurodeputados, os Estados-membros "devem restringir a venda de bebidas alcoólicas a pessoas de idade inferior aos limites legais previstos para a compra de álcool, levando a cabo medidas de controlo regulares, especialmente próximo de escolas".

Segundo dados de Bruxelas, o abuso do álcool representa 5,9% das mortes, anualmente, com um total de 3,3 milhões em todo o mundo.

Cerca de 25% das mortes na faixa etária entre os 20 e os 39 anos podem ser atribuídas ao abuso do álcool, designadamente devido a acidentes ou violência.

Os custos sociais, directa ou indirectamente imputáveis ao consumo indevido de álcool, na Europa, eram estimados em 155,8 mil milhões de euros, em 2010.

OMS afirma
A Organização Mundial de Saúde afirmou que o mundo faz pouco para combater o mau uso dos antibióticos, aumentando a resistência...

No primeiro estudo sobre a resposta dos países ao problema da resistência antimicrobiana - quando os micróbios se tornam insensíveis aos medicamentos - a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou "desvios enormes" nas seis regiões do mundo.

"Trata-se apenas do maior desafio actual em relação às doenças infecciosas", considerou Keiji Fukuda, director-geral assistente para a segurança sanitária.

"Todos os tipos de micróbios, incluindo numerosos vírus e parasitas, se tornam resistentes aos medicamentos", explicou, manifestando uma especial preocupação relativamente às bactérias cada vez menos tratáveis com os antibióticos disponíveis.

No ano passado, a OMS emitiu um aviso sobre a questão, considerando que o mundo se dirigia para uma "época pós-antibióticos", na qual é possível morrer de infecções ditas banais ou de ferimentos ligeiros.

Desde então, a organização realizou este estudo em 133 países sobre a resposta à resistência aos medicamentos antimicrobianos para a pneumonia, tuberculose, malária e VIH (Vírus de Imunodeficiência Humana).

O relatório apresenta dados regionais e não por país. Apenas 34 dos 133 países têm em vigor uma política para lutar contra a resistência aos antibióticos. Um dos problemas é a venda livre dos antibióticos sem receita médica muito praticada em todo o mundo.

A contrafacção e a má qualidade são também causas destes problemas, em particular com medicamentos que não contêm a quantidade suficiente de ingredientes activos.

Este é o caso de África "onde se trata de um problema geral", sublinhou o documento, lamentando que apenas tenham respondido ao relatório oito países africanos.

Vários países não publicaram protocolos de tratamento, o que leva a uma utilização excessiva de medicamentos pelos médicos e pelo público. "O uso exagerado e inapropriado de medicamentos antimicrobianos acelera o surgimento de micro-organismos resistentes", afirmou o estudo.

"A situação é alarmante", prosseguiu o relatório, notando que o público, mesmo na Europa, não está consciente do problema e continua a acreditar que os antibióticos podem ser usados contra infecções virais, o que não é verdade.

Sob condições estritas
O Tribunal de Justiça da União Europeia, com sede no Luxemburgo, afirmou que a exclusão permanente de dadores de sangue...

A instância europeia pronunciou-se sobre o caso de um dador homossexual da cidade francesa de Estrasburgo que contestou o facto das autoridades judiciais francesas terem proibido a utilização do seu sangue em 2009.

Em resposta a uma questão do tribunal administrativo de Estrasburgo, o Tribunal de Justiça da União Europeia afirmou que a proibição francesa, estabelecida em 1983, poderá violar o princípio da UE da “não-discriminação com base na orientação sexual”.

No entanto, a instância europeia admitiu que a proibição de doações de sangue de homens homossexuais “pode ser justificada, tendo em conta a situação [epidemiológica] existente do Estado-membro em questão”.

“É preciso provar que existe, para essas pessoas, um risco elevado de contrair doenças infecciosas graves, como designadamente o vírus da Sida (VIH), e que não existem técnicas eficazes de detecção ou métodos menos limitativos para assegurar um nível elevado de protecção da saúde dos receptores”, lê-se no comunicado da instância.

Se existirem novos testes que garantam que as doações de sangue estão livres de doenças infecciosas, então tal proibição pode não ser necessária, segundo acrescentou o tribunal, que tem a função de garantir a correcta aplicação do Direito Comunitário contido nos tratados europeus.

“O tribunal nacional deverá verificar se essas técnicas existem, devendo os testes ser realizados de acordo com os procedimentos científicos e técnicos mais recentes", indicou o mesmo texto.

A França proibiu as doações de sangue por cidadãos homossexuais em 1983, numa altura em que o mundo procurava uma forma de travar a propagação do VIH/Sida, doença que terá provocado a morte, até à data, de cerca de 39 milhões de pessoas a nível mundial.

Os avanços na detecção e no tratamento têm ajudado a controlar a doença e, em Abril, o Governo francês propôs acabar com a proibição que, segundo muitos, estigmatiza a comunidade homossexual e deve ser reconsiderada.

O Reino Unido acabou com a proibição em 2011 e os Estados Unidos seguiram a decisão no final do ano passado, desde que as pessoas envolvidas não tenham relações sexuais durante o período de um ano.

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação afirmou que é um factor de exclusão para a dádiva de sangue...

Segundo Hélder Trindade, que foi ouvido hoje na Comissão Parlamentar de Saúde, o instituto não faz qualquer discriminação em função da orientação sexual, mas sim em função da prática sexual.

“O contacto sexual de homens com outros homens é definido como factor de risco”, admitiu o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), sem contudo reconhecer tratar-se de preconceito como acusam os partidos da oposição.

O sangue doado é sempre testado antes de ser usado, mas o questionário realizado ao dador é considerado um passo crucial para a segurança da transfusão, na medida em que há uma “janela de tempo”, que é variável, em que o VIH pode não ser detetado na análise ao sangue doado.

No final da comissão parlamentar e em declarações aos jornalistas, Hélder Trindade voltou a explicar que está definido como factor de exclusão para a dádiva de sangue “ser homem que tem sexo com homens”.

Apesar de a pergunta ter saído dos questionários escritos feitos antes das dádivas de sangue, continua a haver indicações para que seja sempre formulada a quem se apresente para doar sangue.

Hélder Trindade entende que não se trata de um preconceito, uma vez que nada é perguntado sobre a orientação sexual, mas antes sobre o comportamento sexual.

“O que o instituto questiona é o comportamento de risco. Tanto faz se é homo ou heterossexual. Não há discriminação por grupos de risco, mas sim por comportamentos de risco”, afirmou, adiantando que o dador não será excluído por se assumir homossexual, mas por praticar sexo com outros homens.

O presidente do IPST sublinhou que o mesmo se passa em vários outros países europeus e também nos Estados Unidos, apesar de na Europa a matéria não ser consensual.

Para justificar o que está estabelecido em Portugal, cita dados do Centro Europeu de Controlo de Doenças segundo os quais a prevalência do VIH/sida é “bastante mais elevada” nos homens que fazem sexo com homens.

“O contacto sexual de homens com homens é definido como um factor de risco. A homossexualidade não é assumida como factor de risco”, indicou o responsável aos deputados durante a audição requerida pelo Bloco de Esquerda.

Perante as explicações, os partidos da oposição foram unânimes em considerar que o factor de exclusão assumido pelo IPST continua a ser discriminatório.

“A categoria ‘homens que têm sexo com homens’ é uma categoria preconceituosa e é absurda do ponto de vista da avaliação do risco. Primeiro presume que um homem que faz sexo com homens faz sempre sexo anal. Depois não considera o factor da desprotecção. O factor de risco são as práticas sexuais desprotegidas”, defendeu José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda.

Para a deputada do PS Elza Pais, “as garantias de segurança para quem recebe a dádiva devem ser feitas com base no rigor científico e não no preconceito”.

“O sexo anal não é exclusivo de homens que têm sexo com homens. Se se entende que o sexo anal é factor de risco, como se garante a segurança quando os heterossexuais também têm sexo anal?”, questionou Elza Pais.

Paula Santos (PCP) disse que os argumentos do IPST eram contraditórios e referiu-se ao critério de exclusão da dádiva de sangue como uma “discriminação”.

O BE, que requereu esta audição, considerou ainda que a interpretação do instituto “viola a decisão e o espírito” de uma resolução do parlamento estabelecida em 2010 que recomendou ao Governo abolir qualquer discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue.

Nessa resolução recomenda-se a reformulação de todos os questionários que contenham enunciados homofóbicos, nomeadamente em relação a questões relativas a relações sexuais entre homens.

A mesma resolução de 2010, aprovada sem votos contra, recomenda a elaboração de um documento por parte do governo que proíba expressamente a discriminação dos dadores com base na sua orientação sexual.

O governo decidiu a este propósito criar um grupo de trabalho no IPST, que até ao momento não apresentou conclusões, como admitiu Hélder Trindade, garantindo apenas que deverá haver conclusões "em breve".

Hélder Trindade frisou que o “IPST não tem preconceitos” e que debate estes assuntos com um olhar “técnico e científico”.

União Humanitária dos Doentes com Cancro
A União Humanitária dos Doentes com Cancro, associação que concede serviços gratuitos a doentes oncológicos, organiza no dia 2...

Este evento solidário contará com a participação de vários artistas, nomeadamente, Manelito, Alex Mr. Gay, Jessica Portugal, Natacha, Maxy e Fábio Raimundo, e será ainda animado com demonstrações de artes marciais Full Contact.

“Vamos ajudar a ajudar” é o mote do evento cujos bilhetes já se encontram à venda através do contacto 96 118 34 56 e as receitas geradas servirão, na sua totalidade, para assegurar a continuidade dos serviços de apoio, gratuitos, que a União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) disponibiliza a doentes oncológicos e familiares.

Cláudia Costa, porta-voz da UHDC revela que “conseguimos há já 15 anos disponibilizar serviços de apoio gratuitos a doentes oncológicos e seus familiares. É nosso objectivo continuar a prestar este apoio, pelo menos, mais 15 anos e não queremos que o difícil contexto económico limite o nosso poder de resposta a quem mais precisa. Com as contribuições cada vez mais reduzidas, tornam-se essenciais momentos como este para conseguirmos angariar fundos que nos permitam continuar a ajudar milhares de doentes oncológicos”.

Para mais informações: http://www.doentescomcancro.org/

Ordem dos Médicos
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos afirmou que o Instituto Nacional de Medicina Legal proibiu médicos do seu...

"Ninguém pode proibir a divulgação científica e é isso que está a acontecer", disse o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, questionando o porquê da alegada coação à "liberdade dos seus profissionais".

A haver motivos por parte do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), estes "são alheios à ciência, ao conhecimento e à divulgação científica", sublinhou Carlos Cortes, considerando que se "está a desrespeitar uma das funções" dos médicos, "que é a formação e a divulgação" de conhecimento.

Em causa está a proibição à participação científica de "vários médicos", cinco deles que seriam conferencistas, no Congresso Ibérico de Medicina Legal e Ciências Forenses, a realizar-se no Porto, na sexta-feira e no sábado, em que um dos responsáveis pela organização é o ex-presidente do próprio instituto, Duarte Nuno Vieira.

Num comunicado enviado na terça-feira, a SRCOM, "perante denúncias de alguns médicos", condenou "os actos de alegada censura e coacção à liberdade científica e de expressão de que estão a ser alvo alguns profissionais" do instituto, que tem sede em Coimbra.

Carlos Cortes afirmou que vai submeter o caso ao gabinete jurídico da Ordem, sublinhando ainda que as conferências dos médicos no congresso de que teve conhecimento não seriam sobre a sua actividade no INMLCF e que a sua presença não provocaria nenhuma falta ao trabalho.

A SRCOM já solicitou também esclarecimentos à direcção da INMLCF, dando conhecimento ao colégio da especialidade.

Instado a comentar, o presidente do instituto, Francisco Brízida Martins, numa resposta enviada por correio electrónico, afirmou que "a participação de qualquer trabalhador da Administração Pública em eventos alheios à instituição para que trabalham obedece a regras", tendo por isso os seus profissionais "o dever de informação e a necessidade de autorização prévia, o que não se verificou".

Face ao não envio de um pedido de autorização prévia, a direcção do Instituto de Medicina Legal "entendeu dever acautelar a não quebra dos exigíveis deveres de reserva e confidencialidade".

O presidente do INMLCF frisa ainda que a entidade a que preside "estimula e apoia" a "produção, investigação e participação científicas a todos os níveis", sublinhando que "nenhum médico foi proibido de participar".

Apesar dessa constatação, a agência Lusa teve acesso à mensagem por correio electrónico enviada por Francisco Brízida Martins a um dos médicos, em que este refere que não autoriza a prelecção do tema proposto, justificando que o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses não se mostra envolvido no evento e que não chegou ao mesmo instituto qualquer pedido de participação, entre outras razões apontadas.

Investigação revela
Uma vacina que contém uma proteína necessária para a replicação do VIH pode reforçar o sistema imunitário dos infectados com o...

O reforço do sistema imunitário dos pacientes pode ter como resultado um aumento da eficácia dos fármacos antirretrovirais, assinala o estudo.

Quando uma pessoa é diagnosticada com o VIH é submetida a uma terapia denominada HAART, na sua sigla inglesa, à base de medicamentos antirretrovirais que podem conseguir que o vírus deixe de se reproduzir quase completamente.

Os especialistas sabem que o vírus pode manter a reprodução a níveis baixos e acumular-se de forma latente nos chamados “reservatórios” que se localizam por todo o corpo, podendo causar complicações e até a morte por doenças não relacionadas com a Sida.

Na fase inicial da infecção por VIH é produzida uma proteína vírica denominada “Tat” que tem um papel fundamental na replicação do vírus e a progressão da doença ao debilitar o sistema imunitário do doente.

Desenhando uma vacina que incorpora uma pequena quantidade da proteína “Tat”, os investigadores foram capazes de produzir uma resposta imune para evitar a progressão da doença.

“Pela primeira vez provámos que a terapia antirretroviral pode ser intensificada com uma vacina”, indicou a responsável da equipa de investigadores, Barbara Ensoli, do Instituto Superior Saúde de Roma.

O ensaio clinico foi realizado em 168 pacientes com VIH que receberam a vacina com diferentes concentrações de “Tat” durante períodos de três a cinco meses e que foram combinadas com o tratamento HAART.

Os investigadores perceberam um reforço do sistema imunitário e vão agora realizar um novo estudo de confirmação das conclusões, mas defendem que os resultados são prometedores para o tratamento do VIH no futuro.

Dia Mundial do Sorriso
Os problemas vão de cáries a dentes perdidos, mas o trabalho dos voluntários do projecto Dentista do Bem é compensado pelo...

No Dia Mundial do Sorriso, que se assinalou ontem, a Lusa acompanhou Madalena Coelho Penha, coordenadora do Porto do projecto Dentista do Bem, lançado pela Turma do Bem no Brasil e chegado a Portugal em 2010, numa visita a um lar de infância e de juventude da cidade, onde realizou uma triagem para avaliar a condição das jovens que lá residem.

A ideia do projecto é que um "um médico dentista adopte uma criança entre os 11 e os 17 anos e [que a] acompanhe até aos 18 anos", tendo como critério que o jovem em causa não tenha rendimentos para realizar o tratamento.

"É apaixonante, é gratificante, porque nós vemos crianças que nos chegam envergonhadas - algumas estão perto do primeiro emprego - com problemas dentários gravíssimos que as incapacitam socialmente, acabam por mudar e vemos um sorriso na cara deles no fim do tratamento. Vemos a alegria que têm por terem sido escolhidos e só isso é a maior paga que podemos ter", explicou Madalena Coelho Penha, que apelou a uma maior participação de ortodontistas no projecto, pois as necessidades nessas áreas "são muitas".

A coordenadora do projecto no Porto lembra-se do exemplo do primeiro jovem que acompanhou (agora segue 26 jovens), que "não namorava e estava triste por isso", mas ao fim de um ano encontrou a namorada e teve, inclusive, direito a um implante por ter cumprido todos os requisitos que lhe deram para levar adiante.

Salomé Ferreira, de 19 anos e num curso técnico-profissional de saúde, é uma das jovens acompanhadas por Madalena Coelho Penha e reconhece que o facto de ter sido examinada e seguida por uma dentista fez "uma enorme diferença porque antes era mais desleixada".

A directora do lar Nossa Senhora do Acolhimento, Ana Rosa Novais, recorda que tiveram o primeiro contacto com o projecto em 2012 e que "na altura houve um grupo de meninas que fez o rastreio e foi encaminhado para vários consultórios".

A nível de estomatologia, a diretora da instituição lamenta que tenham muitas necessidades "porque as jovens que chegam precisam de tratamentos, de cuidados e no público não há resposta ou é muito escassa e no privado é muito dispendioso".

A questão coloca-se não só em termos de interacção social, sendo a autoestima uma componente relevante do projecto, mas também em termos laborais, de acesso ao mercado de trabalho, explicou a responsável do lar da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina, organização que assinala este ano os 100 anos no Porto.

Cáritas de Coimbra
A Cáritas Diocesana de Coimbra está a participar num projecto tecnológico para “aperfeiçoar e testar um robô inovador” de apoio...

O projecto tecnológico, denominado GrowMu, visa permitir que o robô interaja com as pessoas de “uma forma mais humana, lidando com as suas necessidades e hábitos, adaptando dinamicamente as suas funcionalidades e aumentando assim a qualidade do serviço prestado ao longo do tempo, compensando a constante deterioração das capacidades cognitivas inerentes a pessoas na terceira idade”, afirmou a Cáritas de Coimbra.

Para isso, o robô será equipado com “um sistema de diálogo inteligente”, que “detectará emoções demonstradas ao longo do diálogo, e será capaz de manter interacções e de “construir laços” com as pessoas”.

Cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do programa Horizonte 2020, o desenvolvimento do sistema, que envolve oito parceiros de seis países (Chipre, Espanha, França, Holanda e Suíça, além de Portugal), é liderado pela Universidade de Coimbra e conta com a participação, designadamente, das universidades de Genebra e do Chipre.

No âmbito do projecto, a Cáritas de Coimbra “coordena os trabalhos relacionados com a ética e a deontologia”, sinalizando questões relacionadas com “a introdução da robótica no quotidiano e com a segurança dos dados e privacidade”, e participando na “experimentação desta tecnologia junto da população sénior”, refere a instituição na mesma nota.

“A avaliação do sistema GrowMeUp será realizada em projectos-piloto na Cáritas de Coimbra e na Orbis (Holanda), ao longo de seis meses, com a participação de cerca de 60 pessoas”, acrescenta.

“O envolvimento dos idosos é importante desde o primeiro instante”, sustenta a Cáritas, adiantando que, em Coimbra, os testes serão feitos na valência de Serviço de Apoio Domiciliário, envolvendo também cuidadores formais e informais de três outros centros de apoio a idosos.

A Cáritas, que “tem vindo a apostar na experimentação de novas tecnologias de apoio aos idosos, que melhorem a sua qualidade de vida e fomentem o envelhecimento activo”, espera que “este sistema traga benefícios práticos e contribua para o bem-estar psicológico e social, ajudando as pessoas de idade a manterem-se activas nas suas casas, prolongando dessa forma a sua independência e qualidade de vida”.

O objectivo “não é substituir a interacção humana”, mas “complementar horários e serviços em que o cuidador formal ou informal” não está disponível, na expectativa de “prolongar a autonomia e suprir dificuldades na realização das actividades da vida diária” dos idosos, conclui a Cáritas de Coimbra.

Penso com micro-agulhas
Um investigador da Universidade da Beira Interior desenvolveu um penso com micro-agulhas que procura ser alternativa &quot...

O penso com micro-agulhas penetra na camada superficial da pele, não provoca dor e não precisa de entrar na corrente sanguínea, não sendo "necessário entregar uma grande dose porque não tem de andar por toda a corrente sanguínea", explicou André Moreira, responsável pelo projecto desenvolvido no Centro de Investigação em Ciências da Saúde e apresentado hoje, em Coimbra.

As vias tradicionais de administração de fármacos têm "desvantagens", seja "o desconforto e dor" das vacinas, seja as grandes doses utilizadas pelos medicamentos por via oral, sendo que há uma interacção das moléculas bio-activas com tecidos saudáveis.

Com este novo produto, pode-se "facilitar a acessibilidade a medicamentos", não é necessário "ser uma pessoa treinada" para o administrar e pode levar a uma redução de custos, apontou o jovem investigador, salientando que pretende estabelecer contactos com a indústria farmacêutica para produzir o produto.

Este foi um dos produtos apresentados hoje na sede do Conselho Empresarial do Centro, em Coimbra, resultante da segunda edição do INESPO, um projecto de inovação em rede entre as universidades da região Centro e da região de Castela e Leão, em Espanha, que promove a transferência de conhecimento das instituições de ensino superior para as empresas.

Filipa Domingues, da Universidade de Aveiro, apresentou um projecto que procura combater a problemática "do elevado consumo de combustível e facilidade de perda de redes" por parte da indústria pesqueira nacional.

Para isso, a sua equipa está a desenvolver “software” que permite optimizar as rotas através da previsão das correntes marítimas, permitindo desenhar um trajecto que pode rentabilizar tanto o tempo como o combustível, explanou.

Já David Barroso, também da Universidade de Aveiro, apresentou o "Findster", um produto que permite localizar, através de radiofrequência, crianças ou animais, não sendo tão caro como os produtos existentes e sem precisar de um pagamento mensal, tendo conseguido já 100 mil euros de ‘crowdfunding’ numa plataforma digital "Indiegogo".

Estes são alguns dos 15 protótipos desenvolvidos ao longo da segunda edição do INESPO, que decorreu entre 2013 e 2015, que atribuiu bolsas a alunos e investigadores para desenvolverem produtos aplicáveis ao mercado, disse à agência Lusa o coordenador geral da iniciativa, Mário Raposo.

Entre outras coisas, o INESPO também promoveu um programa de "capacitação empreendedora" a cerca de 150 investigadores e ajudou a desenvolver 40 planos de negócio e seis 'spin-offs', acrescentou.

O projecto é para continuar e pretende-se que, na terceira edição, haja uma aposta em ferramentas para a "internacionalização", avançou.

O INESPO contou com um financiamento de 938 mil euros.

Peritos defendem
Especialistas e doentes defendem a realização de um rastreio nacional à hepatite C em todas as pessoas que nasceram entre 1950...

Durante uma sessão que hoje reuniu em Lisboa médicos, doentes e indústria farmacêutica, o hepatologista Fernando Ramalho sublinhou que há um número significativo de pessoas que não sabem que estão infectadas com o vírus da hepatite C e, como tal, não recebem cuidados médicos.

“É necessário aumentar o número de pessoas diagnosticadas”, afirmou o especialista, defendendo a realização de testes rápidos de detecção da hepatite C nos cuidados primários de saúde.

Estes testes deviam ser realizados por toda a população que tenha nascido entre 1950 e 1980, considerando Fernando Ramalho que a definição das populações em risco deve ser feita com base nos anos de nascimento.

O hepatologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, lembrou que entre 1961 e 1974 Portugal teve quase um milhão de pessoas que foram para África, durante o período da Guerra Colonial, onde terão corrido maior risco de exposição ao vírus devido a ferimentos e falta de condições de tratamento adequadas.

Actualmente estão identificados pelos hospitais públicos cerca de 13 mil doentes com hepatite C, um número muito abaixo do que será a realidade.

Emília Rodrigues, da associação SOS Hepatites, que representa os doentes, estima que o número real de casos ande bem acima dos 150 mil, admitindo mesmo a possibilidade de atingirem quase 300 mil pessoas.

Para a SOS Hepatites, rastrear as pessoas nascidas entre 1950 e 1980 tem a vantagem de se abranger a faixa de ex-combatentes e ainda as pessoas que “passaram pelo ‘boom’ da droga em Portugal”.

O hepatologista Fernando Ramalho salientou ainda que o rastreio não deve ser baseado em grupos de risco com base em comportamentos, uma vez que os doentes podem negar esses comportamentos ou até desconhecê-los.

“Se fizermos o teste rápido, a prevalência da doença em Portugal vai disparar”, comentou em declarações à agência Lusa, lembrando que vários estudos apontam para uma incidência de hepatite C na ordem dos dois a três por cento da população nos países do sul da Europa.

Também o médico Rui Tato Marinho vincou a importância de se fazer o teste à hepatite C“ pelo menos uma vez na vida”, enquanto indica que cerca de 20 por cento dos doentes não apresentarão os clássicos factores de risco (como transfusões de sangue até década de 1990 ou toxicodependentes). Além disso, em Portugal são já cerca de um terço os doentes que apresentam o fígado afectado e com risco de evoluir para cancro.

Sobre os custos que um rastreio feito pelo Serviço Nacional de Saúde possa representar, o médico Fernando Ramalho argumenta que, quantos mais doentes se diagnosticarem, mais barato ficará cada tratamento.

“Quantos mais doentes detectarmos, mais os laboratórios serão sensíveis a baixar os preços”, declarou.

Em Portugal, desde Fevereiro que os hospitais disponibilizam aos doentes com hepatite C medicamentos inovadores comparticipados a 100 por cento pelo Estado, depois de um longo processo negocial com a indústria farmacêutica.

O acordo entre o Ministério da Saúde e o laboratório Gilead determina que a farmacêutica é paga quando o doente fica curado.

Estes medicamentos inovadores têm sido apontados como tendo uma taxa de cura superior a 90%, representando um passo importante também para a prevenção de novos contágios.

Contudo, o médico Fernando Ramalho alertou que os ensaios clínicos destes fármacos foram feitos “em doentes altamente seleccionados”.

“A minha previsão é que isto não é o mar de rosas que toda a gente previa. Os ensaios clínicos são óptimos porque escolhem os melhores doentes. Vamos ver o que acontece no mundo real”, avisou.

Governo dos Açores
O Governo Regional dos Açores comprometeu-se hoje a dotar as unidades de saúde da região de mais enfermeiros de acordo com um...

"Até 30 de Setembro iremos entregar um documento na Secretaria Regional da Saúde, que faz esse levantamento e esse cálculo do número de enfermeiros de cuidados gerais e de enfermeiros especialistas que exercem na região", explicou o presidente da secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros.

Tiago Lopes falava aos jornalistas à margem da assinatura de um acordo de cooperação entre a Ordem dos Enfermeiros e a Secretaria Regional da Saúde dos Açores.

O estudo será feito com base na norma para o "cálculo de dotações seguras dos cuidados de enfermagem", publicado em Diário da República em Dezembro de 2014.

O representante da Ordem dos Enfermeiros nos Açores disse ainda não ter uma estimativa de quantos enfermeiros serão necessários contratar, até porque "têm sido implementadas algumas mudanças organizacionais nas unidades de saúde da região", mas adiantou que são os centros de saúde que necessitam de maior reforço.

"É nos cuidados de saúde primários que reside o maior problema e agora com a aplicação deste acordo esperamos que se resolvam o mais rapidamente possível", frisou.

Tiago Lopes lembrou, por exemplo, que nas unidades de saúde das ilhas do Pico e de São Jorge há situações em que o enfermeiro do turno da noite "não consegue dar resposta às unidades de internamento e às unidades de serviço de atendimento permanente que estão abertas".

O representante da OE salientou que o objectivo é que os enfermeiros "consigam oferecer os cuidados de enfermagem ao nível da promoção da saúde e da prevenção da doença" e que não fiquem apenas "amarrados" às tarefas que fazem actualmente de forma "apressada" e "com menores níveis de qualidade e de segurança".

Segundo o secretário regional de Saúde, a redução do horário de trabalho dos enfermeiros de 40 para 35 horas, que está em discussão, terá mais impacto na contratação de novos profissionais do que o estudo da Ordem dos Enfermeiros, até porque o rácio de enfermeiros por utentes nos Açores é superior ao do continente e da Madeira.

"Pelos resultados que temos tido sobre essa matéria, parece-me que a maior parte das unidades da região estará em condições, com uma contratação relativamente pequena, de fazer cumprir com esses rácios", frisou.

É nas unidades de cuidados de saúde primários, em funcionamento 24 horas, com serviços de urgências e internamento, que o governante prevê que exista uma maior necessidade de contratação.

Ainda assim, de acordo com Luís Cabral, o possível reforço de enfermeiros nas unidades de saúde não representa obrigatoriamente um aumento de despesas, tendo em conta que haverá um "contrabalanço com a diminuição das horas extraordinárias".

O secretário regional da Saúde realçou ainda que o número de enfermeiros a contratar vai depender também da "carteira de serviços que as unidades queiram proporcionar".

"As dotações em cada unidade passam a ser feitas pela quantidade de serviços prestados e não por uma necessidade teórica de enfermeiros ou pela comparação com outras unidades", salientou.

Actualmente, estão inscritos na Ordem dos Enfermeiros, nos Açores, 1.936 profissionais.

Centro Hospitalar do Algarve
O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) vai começar em Julho a dar formação a sub-especialistas em medicina intensiva, o que pode...

“Passámos de dois serviços sem grande visibilidade nesta área para formadores nacionais”, sublinhou à Lusa Luís Pereira, director do departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos do CHA.

Aquele centro hospitalar anunciou na segunda-feira que o Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos atribuiu àquele departamento, que integra os serviços de medicina intensiva de Faro e de Portimão, a capacidade formativa parcial de nível C para os próximos cinco anos.

Médicos de todo o país e da Europa podem candidatar-se às quatro vagas para sub-especialistas nas áreas de medicina intensiva e as vagas para a formação de médicos internos passa de cinco para oito.

Cada sub-especialização tem a duração de dois anos.

Para alcançar esta atribuição, o CHA conta com uma equipa de sete sub-especialistas, remodelou os serviços de Portimão e Faro, aumentando o número de camas e atendimentos e adquiriu novos equipamentos.

No Hospital de Faro, o serviço de medicina intensiva passou de nove para 16 camas.

O investimento implicou ainda uma adequação dos rácios de camas ao número de médicos e enfermeiros, explicou o director do departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos (DEUCI).

O CHA já tem capacidade formativa em várias especialidades mas a capacidade formativa na área da medicina intensiva poderá permitir a aquisição de capacidade formativa na área da anestesiologia já que para esta área é necessário que o hospital tenha serviço de cuidados intensivos de qualidade.

Revisão da lei do tabaco em Portugal
Um conjunto de organizações não-governamentais (ONG) europeias de saúde afirmou-se hoje “desiludida” com a revisão da lei do...

Num comunicado divulgado em Bruxelas, a organização antitabagista Smoke Free Partnership (Parceria Sem Fumo) aponta que as ONG de saúde europeias estão “preocupadas” com a moratória até 2020 - concedida aos espaços públicos fechados que investiram em obras para serem espaços com fumo para adoptarem a lei revista – e com “as vastas excepções” previstas na proposta de lei adoptada.

Segundo as ONG, as isenções e moratória foram “adoptadas sem consulta pública ou recomendações da comunidade científica ou médica” e são “resultado da pressão da indústria tabaqueira sobre o Governo português”.

Para a directora da Smoke Free Partnership, Florence Berletti, “a lei não só falha no objectivo de melhorar as condições para a protecção dos cidadãos relativamente ao fumo do tabaco, como ainda introduz um adiamento desconcertante na sua implementação”.

“Dez anos após a primeira proibição global na Europa, e com a maioria dos Estados-membros a apresentarem excelentes leis para ambientes livres de fumo de tabaco, esperar-se-ia que Portugal fizesse melhor”, apontou a mesma responsável, acrescentando ter esperança de que, “nos próximos meses, o parlamento português melhore o documento e adopte legislação forte que sirva melhor o povo de Portugal, tanto os fumadores como os não-fumadores”.

Na passada quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou a revisão da lei do tabaco, que prevê a proibição do cigarro electrónico com nicotina e de fumar em todos os espaços públicos fechados, com uma moratória de 5 anos, até 2020, para se adaptarem os espaços públicos que investiram em obras para serem espaços com fumo.

De acordo com a proposta, que transpõe duas directivas da União Europeia, é determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogos e outro tipo de recintos destinados a espectáculos de natureza não artística.

Rastreio é fundamental
O objectivo é detectar o mais cedo possível os cancros mais frequentes na mulher – desde as mais jovens às mais maduras. No dia...

Os cancros da mama, colo do útero e ovário são consideradas as doenças mais frequentes na mulher, dependendo da sua faixa etária. Daí a importância de um rastreio integrado.

O circuito começa com uma conversa com uma enfermeira, que encaminha a mulher, para a consulta da Mama e, posteriormente, para a consulta com o Ginecologista. Neste circuito serão incluídos os exames de rastreio.

Actualmente sabe-se que, em Portugal, 1 em cada 11 mulheres irá ter cancro da mama ao longo da sua vida, sendo o cancro com maior taxa de incidência em Portugal. Anualmente surgem mais de cinco mil novos casos e a incidência do cancro da mama está a aumentar de ano para ano. Por isso, os exames de rastreio e a vigilância da mulher, sobretudo após os 45 anos, são fundamentais.

Para além dos dados acerca do cancro da mama, sabe-se ainda que Portugal é o país da Europa com a maior taxa de incidência de cancro do colo do útero - a doença mata todos os anos cerca de 300 mulheres, apesar da sua incidência ter vindo a diminuir, nomeadamente após o início dos programas de rastreio nacionais.  Por outro lado, os casos de cancro do ovário, mais frequentes após a menopausa, aumentam de ano para ano.

Jurista
O Estado gasta indevidamente dinheiro com a comparticipação de medicamentos prescritos na sequência de acidentes e que deviam...

O Estado gasta indevidamente dinheiro com a comparticipação de medicamentos prescritos na sequência de acidentes e que deviam ser pagos pelas seguradoras, alertou uma jurista da área.

Ana Andrade, jurista há mais de 20 anos a trabalhar no sector da saúde, alerta para a despesa que o Estado tem vindo a pagar ao longo de anos com a comparticipação de medicamentos que devia ser suportada por terceiros, como as seguradoras, quando os remédios são prescritos na sequência de acidentes e são comprados pelos utentes na farmácia.

“A acção meritória do Ministério da Saúde na redução de custos, designadamente com medicamentos, não teve ainda em conta os encargos que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vem pagando indevidamente relativos a medicamentos prescritos a doentes cujos problemas de saúde decorrem de acidentes da responsabilidade de terceiros”, defende a jurista, que é também directora de serviços no SNS.

A jurista foi pela primeira vez confrontada com esta situação durante um episódio de acidente que se passou com a sua filha enquanto praticava desporto num clube privado com seguro, e que motivou uma ida à urgência e consequente prescrição de medicamentos.

A despesa hospitalar foi suportada pela seguradora, como manda a lei, mas os remédios foram em parte pagos pelo SNS, uma vez que são comparticipados pelo Estado. Isto, mesmo apesar de a instituição a que pertencia o médico prescritor saber qual a seguradora e o número da apólice.

Este episódio levou-a a fazer uma investigação sobre o assunto, tendo concluído que esta é uma prática generalizada e nem os próprios médicos têm consciência da situação.

Aliás, a jurista vinca que em “nenhum diploma legal ou regulamentar, nem nenhum procedimento hospitalar,” se alertam os médicos para a necessidade de se escrever a receita com o nome do terceiro responsável.

A agência Lusa contactou a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Médicos Dentistas que confirmaram esta situação.

Já a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) responde que o sistema de prescrição possibilita a identificação de uma entidade financeira responsável, mas quando questionada em pormenor, remeteu para os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Segundo a ACSS, existe uma plataforma que permite facturar às seguradoras quando são estas as entidades financeira responsáveis pelos cuidados de saúde prestados ao utente. Quanto aos medicamentos, se a prescrição for associada à entidade financeira responsável, os remédios "não terão direito a comparticipação e serão pagos pelo utente".

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) explicam também que “os medicamentos prescritos por médicos dos hospitais e aviados em farmácias normais comunitárias são pagos na totalidade pelo utente”.

“Para receber o reembolso, o utente deverá apresentar a factura à sua seguradora”, indica a SPMS.

A jurista Ana Andrade lembra, no entanto, que o terceiro responsável nem sempre é conhecido no momento do acidente e da prestação de cuidados e consequente prescrição de medicamentos.

Além disso, nas receitas usadas no SNS nunca figura o nome de outro terceiro responsável que não seja o próprio SNS ou subsistemas como a ADSE. Mesmo quando se conhece o terceiro responsável.

Aliás, várias farmácias contactadas pela Lusa confirmaram que nas receitas médicas aparece, na “entidade responsável”, sempre o SNS ou algum dos subsistemas de saúde e nunca o nome de uma seguradora.

“O SNS paga o que as seguradoras ou outros terceiros responsáveis deveriam pagar, sem possibilidade de retorno quando se conhecer o terceiro responsável”, refere a jurista, que já alertou o Ministério da Saúde diversas vezes para esta questão.

Contactada pela Lusa, a SPMS não esclareceu quantas receitas passadas em nome de seguradoras ou de terceiros responsáveis foram emitidas nos últimos anos.

A solução, defende a jurista, pode passar por duas vias, sendo uma delas a ligação do sistema informático da prescrição de medicamentos com o sistema informático dos hospitais para que nas receitas médicas apareça o nome do terceiro responsável quando ele já é conhecido.

Outra das soluções é a criação de uma “marca” em todas as receitas passadas a utentes que se saiba serem vítimas de acidentes, mas em que ainda se não conhece o responsável, para que, quando for conhecido, o SNS lhes possa facturar os valores que pagou.

Procedimentos idênticos poderiam ser também aplicados a consultas e meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica prescritos após a entrada da vítima dum acidente nos serviços de urgência.

A jurista argumenta que muitas dessas consultas, análises, ou radiografias não ficam “ligadas” ao episódio clínico inicial, e, quando mais tarde se passa a conhecer o responsável pelo acidente, já não há possibilidade de aqueles custos serem então facturados a esses responsáveis.

Fundação Champalimaud e Philips
A Fundação Champalimaud e a Philips assinaram hoje um acordo para estabelecer um quadro estratégico de colaboração.

Sob este acordo, as duas entidades irão trabalhar em conjunto para investigar e validar novas e mais eficientes modalidades de gestão dos doentes oncológicos, em todas as fases do ciclo da prestação de cuidados clínicos (avaliação, diagnóstico, tratamento, convalescença e acompanhamento). Ambas as partes comprometem-se ainda a dar continuidade e aprofundar a investigação com o objectivo de implementar e estabelecer programas específicos.

A Fundação Champalimaud está empenhada em construir o “Hospital do Futuro”. Pretende-se a criação de novos modelos no acompanhamento ao doente, transferindo os cuidados, do hospital, para casa dos doentes. A Fundação Champalimaud e a Philips irão assim unir esforços e partilhar a sua visão, experiência e capacidade tecnológica para alcançar um fim comum. Este novo paradigma na medicina irá combinar as mais avançadas e especializadas instalações clínicas com os cuidados médicos personalizados, em casa do doente, substituindo progressivamente o tradicional internamento em ambiente hospitalar.

Este acordo estabelece ainda a colaboração das duas organizações na avaliação dos equipamentos e serviços tecnológicos disponibilizados pela Philips e como estes podem ser utilizados e implementados com sucesso na Fundação Champalimaud. Neste contexto será alvo de análise a forma como algumas soluções e serviços necessitam ser alterados e melhorados para garantir uma gestão eficiente dos doentes em todas a fases ciclo da prestação de cuidados médicos.

Neste âmbito, o projecto conjunto da Fundação Champalimaud e da Philips - para dar suporte aos tratamentos e monitorização dos doentes oncológicos em casa – irá englobar num primeiro momento:

- a avaliação das tecnologias;
- a avaliação das necessidades clínicas;
- a definição de processos de transição do hospital para casa;
- a avaliação das necessidades em termos de autonomia dos doentes e ferramentas de apoio aos mesmos;
- desenvolvimento de uma experiência piloto, incluindo investigação e ferramentas de avaliação de resultados esperados e alcançados, para facilitar a sua replicação.

Este projecto irá posicionar o Fundação Champalimaud como uma instituição de referência europeia, ao nível das inovações em TeleSaúde e Soluções de Cuidados de Saúde em Casa.

No futuro, esta colaboração pretende levar o conceito de “Hospital do Futuro” ao próximo nível, implementando a visão da Fundação Champalimaud. Este modelo de prestação de cuidados de saúde irá combinar os cuidados clínicos especializados com os cuidados em casa, sob uma estrutura central e integrada, que irá permitir o máximo conforto e bem-estar do doente associados a um apoio e gestão personalizada de cada caso pela equipa médica especializada.

Inovação Philips em TeleSaúde
A inovação de TeleSaúde Philips “Hospital to Home” permite melhorar os rácios de mortalidade, diminuir o tempo de internamento hospitalar, reduzir a necessidade de internamento e diminuir custos. Possibilita ainda o acesso a cuidados de saúde especializados a um maior número de doentes, que de outra forma não teriam como beneficiar dos mesmos devido a barreiras geográficas e à indisponibilidade de médicos especialistas.

Os modelos de cuidados médicos através de TeleSaúde podem ajudar os prestadores de cuidados de saúde, nomeadamente os hospitais, a tornarem-se nos “Hospitais do Futuro”. 

A solução Philips “Hospital to Home” pode ajudar a melhorar os resultados e a baixar custos nos cuidados continuados de toda a população de doentes:

• Programas de Cuidados Críticos e Agudos: desde os doentes mais graves internados nas unidades de cuidados intensivos, aos que se encontram nas unidades de medicina/ cirurgia e centros de saúde/centros de enfermagem qualificados;

• Programa de Assistência Ambulatória Personalizada: desde os doentes mais frequentes e exigentes em termos de cuidados médicos, aos doentes que necessitam de alguma assistência na gestão da sua condição crónica;

• Programas de Bem-Estar e Envelhecimento Assistido: como comprovado pelo serviço de alerta médico Lifeline da Philips.

Fundação Champalimaud, Philips e Mount Sinai
A Fundação Champalimaud acaba de anunciar uma parceria entre a Royal Philips e o Mount Sinai Health System, um sistema de saúde...

Esta inovação irá permitir dar seguimento à descoberta de novos testes baseados em tecidos, desbloqueando dados patológicos. Uma colaboração que visa promover a investigação clínica e permitir um melhor acompanhamento a doenças complexas, como o cancro.

O projecto Patologia Digital na Fundação Champalimaud vai envolver patologistas de todo o mundo numa rede virtual global - o sistema de saúde integrado de Mount Sinai, de Nova Iorque. Os casos de patologia podem ser digitalizados na Fundação e imediatamente discutido com patologistas da rede Mount Sinai. Abrangendo ferramentas de recursos avançados, como a colaboração em tempo real e sua partilha, irá permitir que a Fundação Champalimaud participe neste projecto amplo e único, que liga laboratórios de patologia na Arábia Saudita, Israel, Espanha e Portugal.

A Patologia é uma das pedras angulares da medicina moderna. A Fundação Champalimaud junta-se agora em parceria com a Philips e o Mount Sinai para em conjunto criarem um abrangente arquivo de imagens digitais, que irá conter todos os scans digitais, de todas as análises de tecido dos pacientes. Em última instância, estes dados serão tornados acessíveis a investigadores, integrando, analisando e apresentando os dados disponíveis a partir de imagens integrais patológicas, serviços de laboratório clínico, análise genética, radiologia e patologia cirúrgica e molecular. Os resultados exclusivos obtidos irão permitir o desenvolvimento de análise preditiva para ajudar a personalizar o acompanhamento ao doente.

“A digitalização da patologia dá-nos uma oportunidade sem precedentes para aceder a um grande número de dados desbloqueados, analisando-os no contexto de outras imagens, resultados e informações clínicas”, afirma Russ Granzow, general manager da Philips Digital Pathology Solutions. “A nossa visão é de a melhor compreensão destes dados, que nos ajudará a um melhor e mais individualizado cuidado dos doentes, ainda com maior confiança.”

“Esta colaboração com a Philips tem o potencial para ajudar a impulsionar um novo paradigma na área da saúde que inclui a optimização da eficácia do tratamento e resultados clínicos superiores”, afirma o Dr. Carlos Cordon-Cardo, presidente do departamento de patologia do Centro Champalimaud e do Mount Sinai Health System. “O nosso objectivo final com esta iniciativa é traduzir dados em conhecimento, de forma a maximizar a gestão personalizada do paciente.”

Fundação Champalimaud, pioneira em Patologia Digital
O Centro de Investigação Champalimaud para o Desconhecido foi um dos primeiros centros a realizar um projecto de patologia digital. Nos próximos meses, irá arrancar um projecto único para criar uma rede de patologia digital entre o Hospital Mount Sinai e a Fundação Champalimaud, onde poderão ser digitalizadas amostras de tecido, em qualquer um dos centros, podendo ser vistas e analisadas, ao mesmo tempo, num outro centro.

Posteriormente, ambos os centros passariam a fazer parte de uma rede ainda maior, composta por seis hospitais que seriam capazes de partilhar informações entre si, aproveitando as sinergias de seus profissionais em patologia.

Nos primeiros seis meses, uma solução Patológica Digital será instalada para iniciar uma fase piloto. Esta primeira instalação incluirá um servidor, um scanner Philips ultra-rápido e com sistema de gerenciamento de imagem, e uma estação de trabalho. Este sistema irá estar integrado com o Laboratório de Sistema de Informação, já existente no Centro Champalimaud para o Desconhecido.

Sociedade Europeia de Cardiologia
Corra por um coração forte e saudável. O conselho é da Sociedade Europeia de Cardiologia, que no próximo dia 16 de Maio...

Num evento que vai juntar médicos e comunidade local na mesma linha de partida, o objectivo da organização é alertar a população para estilos de vida saudáveis. Assim, ao longo de um percurso de 5 km, os participantes vão ser desafiados a ultrapassar cinco obstáculos-surpresa alusivos à saúde do coração. Recorde-se que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de mortalidade na população portuguesa, tal como nos restantes países da Europa.

E porque também de solidariedade vive um coração forte, o valor das inscrições na “RUN 4 HEALTH” (10,00€) reverte na totalidade a favor da European Heart for Children – uma organização humanitária sem fins lucrativos que promove o tratamento de doenças congénitas do coração em crianças e jovens. Em cada mil bebés nascidos, estima-se que oito vão sofrer de uma malformação cardíaca. As mais comuns são as cardiopatias congénitas, a principal causa de mortalidade infantil nos países desenvolvidos.

A “RUN 4 HEALTH” é uma corrida solidária organizada pela Sociedade Europeia de Cardiologia em parceria com a SURVIVORS RUN, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, do Programa Nacional de Marcha e Corrida, do Centro Desportivo Nacional do Jamor e da revista RUNning. Além do abastecimento com água e fruta durante a prova, os participantes vão receber um kit com uma t-shirt e brindes dos patrocinadores. O evento está limitado a 300 participações e as inscrições podem ser feitas online em: https://app.weventual.com/detalheEvento.action?iDEvento=1832.

Participe na “RUN 4 HEALTH”, cuide do seu coração!

Treatment of Advanced Melanoma in Both First-Line and Previously Treated Patients
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) today announced that the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) of the...

This is the first positive opinion given by the CHMP for a PD-1 immune checkpoint inhibitor, and it will now be reviewed by the European Commission, which has the authority to approve medicines for the European Union (EU).

The EMA granted Bristol-Myers Squibb accelerated assessment of Opdivo based on current regulations that fulfills its guidance about “medicinal products of major interest from the point of view of public health and in particular from the view point of therapeutic innovation.”

“We are pleased with today’s CHMP positive opinion, as it is a step closer to us bringing this important medicine for those advanced melanoma patients in Europe in need of new options,” said Michael Giordano, senior vice president, Head of Development, Oncology. “Our vision is to transform how we approach cancer – from clinical practice to improved patient outcomes. We continue to expand the breadth and depth of our immuno-oncology portfolio across the continuum of melanoma and multiple other cancers, to provide more patients with the potential opportunity for long-term survival.”

Positive Opinion based on CheckMate -066, -037
The CHMP positive opinion is based on data from two Phase III studies (CheckMate -066 and -037), demonstrating the efficacy and safety of Opdivo in advanced melanoma patients with important unmet needs. CheckMate -066, a Phase III randomized double-blind study, comparing Opdivo to the

chemotherapy dacarbazine (DTIC) in patients with treatment-naïve advanced melanoma, is the first Phase III trial of an investigational PD-1 immune checkpoint inhibitor to demonstrate an overall survival benefit in advanced melanoma, as well as a higher objective response rate. A second study, CheckMate -037, is a Phase III randomized, controlled open-label study of Opdivo versus investigator’s choice chemotherapy in patients with advanced melanoma who were previously treated with Yervoy (ipilimumab), which showed improvement in objective response rates. These data are supported by a Phase Ib study (Study -003) in relapsed advanced or metastatic melanoma, which demonstrated the first characterization of Opdivo benefit/risk in advanced melanoma. There was consistent Opdivo dosing of 3 mg/kg every two weeks across all three trials.

About Opdivo
Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide.

Opdivo became the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world on July 4, 2014 when Ono Pharmaceutical Co. announced that it received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma. In the U.S., the U.S. Food and Drug Administration (FDA) granted its first approval for Opdivo for the treatment of patients with unresectable or metastatic melanoma and disease progression following Yervoy (ipilimumab) and, if BRAF V600 mutation positive, a BRAF inhibitor. On March 5, 2015, Opdivo recently received its second FDA approval for the treatment of patients with metastatic squamous non-small cell lung cancer (NSCLC) with progression on or after platinum-based chemotherapy.

About Advanced Melanoma
Melanoma is a form of skin cancer characterized by the uncontrolled growth of pigment-producing cells (melanocytes) located in the skin. Metastatic melanoma is the deadliest form of the disease, and occurs when cancer spreads beyond the surface of the skin to the other organs, such as the lymph nodes, lungs, brain or other areas of the body. The incidence of melanoma has been increasing for at least 30 years. In 2012, an estimated 232,130 melanoma cases were diagnosed globally. Melanoma is mostly curable when treated in its early stages. However, in its late stages, the average survival rate has historically been just six months with a one-year mortality rate of 75%, making it one of the most aggressive forms of cancer.

Immuno-Oncology at Bristol-Myers Squibb
Surgery, radiation, cytotoxic or targeted therapies have represented the mainstay of cancer treatment over the last several decades, but long-term survival and a positive quality of life have remained elusive for many patients with advanced disease.

To address this unmet medical need, Bristol-Myers Squibb is leading research in an innovative field of cancer research and treatment known as immuno-oncology, which involves agents whose primary mechanism is to work directly with the body’s immune system to fight cancer. The company is exploring a variety of compounds and immunotherapeutic approaches for patients with different types of cancer, including researching the potential of combining immuno-oncology agents that target different and complementary pathways in the treatment of cancer.

Bristol-Myers Squibb is committed to advancing the science of immuno-oncology, with the goal of changing survival expectations and the way patients live with cancer.

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Collaboration
In 2011, through a collaboration agreement with Ono Pharmaceutical, Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize Opdivo globally except in Japan, South Korea and Taiwan, where Ono had retained all rights to the compound at the time. On July 23, 2014, Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical further expanded the companies’ strategic collaboration agreement to jointly develop and commercialize multiple immunotherapies – as single agents and combination regimens – for patients with cancer in Japan, South Korea and Taiwan.

IMPORTANT SAFETY INFORMATION

Immune-Mediated Pneumonitis

• Severe pneumonitis or interstitial lung disease, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment. Across the clinical trial experience in 691 patients with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred in 0.7% (5/691) of patients receiving OPDIVO; no cases occurred in Trial 1 or Trial 3. In Trial 1, pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 3.4% (9/268) of patients receiving OPDIVO and none of the 102 patients receiving chemotherapy. Immune-mediated pneumonitis occurred in 2.2% (6/268) of patients receiving OPDIVO; one with Grade 3 and five with Grade 2. In Trial 3, immune-mediated pneumonitis occurred in 6% (7/117) of patients receiving OPDIVO, including, five Grade 3 and two Grade 2 cases. Monitor patients for signs and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 and withhold OPDIVO until resolution for Grade 2.

Immune-Mediated Colitis

• In Trial 1, diarrhea or colitis occurred in 21% (57/268) of patients receiving OPDIVO and 18% (18/102) of patients receiving chemotherapy. Immune-mediated colitis occurred in 2.2% (6/268) of patients receiving OPDIVO; five with Grade 3 and one with Grade 2. In Trial 3, diarrhea occurred in 21% (24/117) of patients receiving OPDIVO. Grade 3 immune-mediated colitis occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for immune-mediated colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. Withhold OPDIVO for Grade 2 or 3. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 4 colitis or recurrent colitis upon restarting OPDIVO.

Immune-Mediated Hepatitis

• In Trial 1, there was an increased incidence of liver test abnormalities in the OPDIVO-treated group as compared to the chemotherapy-treated group, with increases in AST (28% vs 12%), alkaline phosphatase (22% vs 13%), ALT (16% vs 5%), and total bilirubin (9% vs 0). Immune-mediated hepatitis occurred in 1.1% (3/268) of patients receiving OPDIVO; two with Grade 3 and one with Grade 2. In Trial 3, the incidences of increased liver test values were AST (16%), alkaline phosphatase (14%), ALT (12%), and total bilirubin (2.7%). Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold OPDIVO for Grade 2 and permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis.

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction

• In Trial 1, there was an increased incidence of elevated creatinine in the OPDIVO-treated group as compared to the chemotherapy-treated group (13% vs 9%). Grade 2 or 3 immune-mediated nephritis or renal dysfunction occurred in 0.7% (2/268) of patients. In Trial 3, the incidence of elevated creatinine was 22%. Immune-mediated renal dysfunction (Grade 2) occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 serum creatinine elevation, withhold OPDIVO and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue OPDIVO. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue OPDIVO.

Immune-Mediated Hypothyroidism and Hyperthyroidism

• In Trial 1, Grade 1 or 2 hypothyroidism occurred in 8% (21/268) of patients receiving OPDIVO and none of the 102 patients receiving chemotherapy. Grade 1 or 2 hyperthyroidism occurred in 3% (8/268) of patients receiving OPDIVO and 1% (1/102) of patients receiving chemotherapy. In Trial 3, hypothyroidism occurred in 4.3% (5/117) of patients receiving OPDIVO. Hyperthyroidism occurred in 1.7% (2/117) of patients, including one Grade 2 case. Monitor thyroid function prior to and periodically during treatment. Administer hormone replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism.

Other Immune-Mediated Adverse Reactions

• In Trial 1 and 3 (n=385), the following clinically significant immune-mediated adverse reactions occurred in <2% of OPDIVO-treated patients: adrenal insufficiency, uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyeliniation, autoimmune neuropathy, motor dysfunction, and vasculitis. Across clinical trials of OPDIVO administered at doses 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: hypophysitis, diabetic ketoacidosis, hypopituitarism, Guillain-Barré syndrome, and myasthenic syndrome. Based on the severity of adverse reaction, withhold OPDIVO, administer high-dose corticosteroids, and, if appropriate, initiate hormone- replacement therapy.

Embryofetal Toxicity

• Based on its mechanism of action, OPDIVO can cause fetal harm when administered to a pregnant woman. Advise pregnant women of the potential risk to a fetus. Advise females of reproductive potential to use effective contraception during treatment with OPDIVO and for at least 5 months after the last dose of OPDIVO.

Lactation

• It is not known whether OPDIVO is present in human milk. Because many drugs, including antibodies, are excreted in human milk and because of the potential for serious adverse reactions in nursing infants from OPDIVO, advise women to discontinue breastfeeding during treatment.

Serious Adverse Reactions

• In Trial 1, serious adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 42% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse drug reactions reported in 2% to <5% of patients receiving OPDIVO were abdominal pain, hyponatremia, increased aspartate aminotransferase, and increased lipase.

• In Trial 3, serious adverse reactions occurred in 59% of patients receiving OPDIVO. The most frequent serious adverse drug reactions reported in ≥2% of patients were dyspnea, pneumonia, chronic obstructive pulmonary disease exacerbation, pneumonitis, hypercalcemia, pleural effusion, hemoptysis, and pain.

Common Adverse Reactions

• The most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO in Trial 1 were rash (21%) and in Trial 3 were fatigue (50%), dyspnea (38%), musculoskeletal pain (36%), decreased appetite (35%), cough (32%), nausea (29%), and constipation (24%).

Please see US Full Prescribing Information for OPDIVO.

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