Apoio à Associação Europacolon
Maria José Azevedo, sobrevivente de Cancro do Intestino e autora do livro biográfico “Todos os dias – Diário de uma (im...

“Comecei a escrever este diário, primeiro como uma terapia, depois como forma de comunicar com os outros e mais tarde surgiu a necessidade de o partilhar com o público, para mostrar que é possível levar uma vida normal e ser feliz, ainda que tendo um cancro.

Com este livro, quero homenagear as pessoas que fizeram parte deste meu percurso e gostaria de ajudar os doentes que estejam a passar pela mesma situação. Desejo que encontrem neste meu testemunho a esperança e a força de que precisam para vencer o cancro e continuar a ser felizes", afirma Maria José Azevedo.

Para a concretização da impressão do livro, a autora lançou uma campanha online com o desafio de angariar até 2.500 euros. O donativo poderá ser realizado até dia 15 de Junho de 2015, através de uma transferência bancária disponível a partir do link http://bit.do/todososdias.

Dia Mundial do Médico de Família
Um dia após a comemoração do Dia Mundial do Médico de Família a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar falou ao...

Celebra-se anualmente a 19 de Maio, o Dia Mundial do Médico de Família, uma iniciativa da responsabilidade da Organização Mundial dos Médicos de Família (WONCA), apoiada em Portugal pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

O Dia Mundial do Médico de Família foi celebrado pela primeira vez em 2010 e “tem como objectivo festejar e dignificar a relevância da Medicina Geral e Familiar, sensibilizando a comunidade sobre a importância dos cuidados de saúde da pessoa e da família e defender a valorização do Médico de Família”, refere membro da direcção da APMGF.

Para as comemorações, a Associação programou uma campanha nacional, a decorrer em várias cidades do país, com presença em espaços públicos, pretendendo informar os portugueses sobre a importância da Medicina Geral e Familiar e dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).

O Médico de Família

No discurso comemorativo, o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, salientou o facto de o Médico de Família ser o único especialista a ter tal distinção (um dia a ele dedicado). “No universo dos dias comemorativos temos o Dia Mundial da Saúde, no dia 7 de Abril, o Dia Mundial da Saúde Mental, no dia 10 de Outubro, e o resto são dias de doenças. Pouco mais se fala de saúde e o facto de termos um dia do médico de família é uma grande oportunidade para falar de saúde. Os especialistas de Medicina Geral e Familiar são médicos de pessoas e para todas as idades”, disse Fernando Leal da Costa.

Na realidade, “os Médicos de Família (MF) colocam os interesses dos seus utentes em primeiro lugar e funcionam como um provedor para a sua saúde, daí serem justamente considerados os melhores amigos dos doentes”, refere a Associação, acrescentando que, “ para que possam dedicar o tempo e atenção necessários a todos os que os procuram, os MF não podem ver as suas listas aumentadas de forma arbitrária e desmedida, sob pena de não serem capazes de prestar cuidados de saúde de qualidade”. Certo é que como em todas as profissões, “por vezes há casos pontuais de situações que correm menos bem ou de forma diferente da desejável, mas importa salientar que neste momento muitos MF estão desmotivados e em exaustão, por não se sentirem reconhecidos e por não lhes serem dadas as condições mínimas para o exercício digno do seu trabalho. Só mesmo a amizade e dedicação que têm para com os seus utentes os faz continuar a trabalhar, dia após dia, em prol da saúde e bem-estar de todos”.

A escassez de profissionais

A tão falada falta de Médicos de Família deve-se, “por um lado ao processo massivo de aposentações que ocorreram nos últimos anos de Médicos de Família em fases mais avançadas da sua carreira, muitas vezes de forma antecipada, e que o Governo não conseguiu impedir. Por outro lado deve-se ao facto de termos neste momento muitos internos e médicos ainda na sua fase de formação específica, o que necessita de algum tempo para se completar”.

De notar que um médico desde que entra na faculdade de Medicina, até que termina a sua especialidade e se torna disponível para assumir funções autónomas de Médico de Família, leva pelo menos 10 anos. Portanto, “a resolução deste problema não será a curto prazo, mas certamente em poucos anos se fará através do aumento de vagas nos últimos anos, quer nas faculdades quer na especialidade”, contam os responsáveis da APMGF, sublinhando que para uma resolução de curto prazo, e enquanto não temos disponíveis estes novos especialistas, várias medidas temporárias podem ser tomadas para minimizar este efeito e compensar a população que não tem MF. Nomeadamente criar incentivos para o regresso à actividade de muitos MF aposentados nestes últimos anos. Por outro lado pode haver, pontualmente e em zonas ou situações especiais de maior carência, um aumento transitório das dimensões dos ficheiros dos colegas em actividade. Estas medidas, claro, deverão ser substituídas pela colocação progressiva e definitiva de novos profissionais sob condições adequadas para uma prática médica de qualidade”. Ou seja, desde que as condições de trabalho e de remuneração sejam justas para todos os envolvidos.

As listas dos médicos

O Ministério da Saúde propôs e logo depois deixou cair a proposta de alargamento das listas dos médicos de família até um máximo de 2500 utentes, dando ouvidos às críticas. “Aumentar as listas para cima de 2000 utentes significaria colocar em causa toda a contratualização realizada até agora no que refere às metas de desempenho das unidades e dos profissionais. Quem disser que é possível manter a contratualização actual, ou seja, atingir metas de cobertura e desempenho elevadíssimas, com listas de 2000 ou mais utentes, ou ignora o assunto ou está a tentar enganar alguém. Simplesmente não existe tempo suficiente numa semana de trabalho comum para um profissional, ou para uma equipa de saúde conseguir atingir as metas propostas. Com 1900 utentes os nossos colegas já estão absolutamente nos limites e este não é um discurso corporativo, é o discurso da realidade”.

Inclusive Rui Nogueira, da APMGF, disse na altura que, “esta solução até levanta questões de natureza ética”.

Os doentes

Para a APMGF, a gestão dos recursos por prioridades deve ser uma filosofia a adoptar em situações de carência, o que se verifica em algumas zonas do país onde há falta de MF. Por isso, propôs que os doentes com hipertensão e com diabetes - dois problemas de saúde com maior prevalência em Portugal – fossem priorizados no acesso ao MF, “pois o maior investimento nestes problemas trará mais ganhos em saúde populacional, evitando custos associados às suas complicações e como tal melhorando a sustentabilidade do SNS”, já que estes são dois grupos de problemas de saúde que se associam a maiores perdas de anos de vida com qualidade, e como tal maior carga de doença para a população geral.

Também porque prevenir é o melhor remédio e essa é precisamente uma das tarefas da Medicina Geral e Familiar. “É necessário investir nas bases educativas da população para que esta se torne sensível à importância da prevenção”. E a prevenção assume várias dimensões, explica a direcção da APMGF: “por uma lado começa no ambiente em que se vive e na exposição a factores de risco, e isso passa pelo campo legislativo e político, como é o exemplo da exposição tabágica em locais públicos ou da poluição ambiental. Por outro lado, para prevenir a doença e preservar a saúde é necessário não só um estilo de vida saudável, mas também conhecer e saber detectar adequada e precocemente uma situação de doença”. É, portanto, importantíssimo investir na educação populacional e isto passa por todos os profissionais, quer de saúde, quer de educação, bem como pela sociedade civil. “É deveras importante que os utentes estejam cada vez mais e melhor informados sobre a sua saúde e sobre o que devem fazer para a preservar”.

As novas tecnologias podem e devem desempenhar um papel importante na área da prevenção em saúde, bem como na divulgação de informação adequada acessível a todos. Contudo, comenta a mesma, “este novo tipo de educação para a saúde deve ser baseado em fontes sérias, fidedignas e credíveis, que por vezes são difíceis de encontrar e/ou seleccionar pela população em geral. Desde que a informação seja de qualidade, a internet pode ser um grande aliado dos profissionais de saúde, facilitando todo o processo assistencial e de prestação de cuidados”.

O Serviço Nacional de Saúde

Segundo a APMGF, “diversas entidades internacionais e diversos estudos na área da gestão e economia da saúde mostram claramente e inequivocamente que um Serviço de Saúde baseado em bem organizados e bem estruturados CSP, é mais eficiente, mais sustentável, consome menos recursos e apresenta melhores resultados em matéria de saúde da população”.

O desinvestimento e o desinteresse em apoiar o desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários levará inevitavelmente ao comprometimento da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal como o conhecemos, e isto não se baseia apenas na falta de MF, sendo claro um factor importante, mas também na “paralisação” da reforma dos CSP e na falta de apoio para resolver os vários problemas que ainda persistem.

“A ‘crise’ no SNS foi e é causada por políticas erradas, muitas vezes de má gestão não só económica mas também a nível dos recursos humanos, que visam a sua degradação e empobrecimento”, lamenta a direcção. Contudo, o SNS continua a ser a base do sistema de saúde em Portugal e terá de continuar a desempenhar esse papel, sendo que só ele assegura a cobertura universal e tendencialmente gratuita de toda a população. Os sistemas de saúde privados têm o seu lugar e funcionam muitas vezes como o complemento ideal para o SNS, mas não são capazes de o substituir. Em Portugal, o SNS continua a ser a referência em áreas importantíssimas, como sejam os tratamentos inovadores, a investigação ou a formação médica, ente muitas outras.

Por expressa opção do autor, o texto não respeita o Acordo Ortográfico

Final de maio em Vila do Conde
A 25ª convenção anual dos Narcóticos Anónimos em Portugal realiza-se entre 30 e 31 de maio, em Vila do Conde, Porto, para...

A organização do evento, que decorrerá no Cine Teatro Municipal de Vila do Conde, destaca esta realização por se tratar da celebração dos 30 anos da instalação da organização Narcóticos Anónimos (NA) em Portugal e será subordinada ao tema “30 anos a mudar vidas”.

"O reconhecimento da importância desta data e da diferença que os NA têm feito na vida de milhares de pessoas, leva a Associação Portuguesa de Narcóticos Anónimos a abrir este evento à comunicação social e a mostrar-se disponível para mais informações", sublinha a organização.

Num comunicado, os NA destacam que a Convenção é "o evento maior" da organização em Portugal e destina-se ao debate "entre homens e mulheres para os quais as drogas se tornaram um problema muito grave".

Os NA são uma organização mundial e uma associação sem fins lucrativos com estatuto de utilidade pública, composta por adictos que se reúnem de forma regular com o objetivo "de se ajudarem mutuamente a manterem-se abstinentes das drogas através da partilha de experiências pessoais de força, fé e esperança".

A organização garante o anonimato, o sigilo e a igualdade para quem frequenta as reuniões e procura a recuperação através do método dos 12 passos.

O programa de 12 passos foi criado nos Estados Unidos em 1935, por Bill W. e Dr. Bob S., inicialmente para o tratamento do alcoolismo e mais tarde estendido para praticamente todos os tipos de dependência química e constitui a estratégia central da grande maioria dos grupos de mútua-ajuda para o tratamento de dependências químicas ou compulsões.

Relatório mostra
Os rastreios oncológicos de base populacional continuam a apresentar significativas assimetrias regionais, como no caso do...

Segundo o relatório da Direção-geral da Saúde (DGS) que avalia os rastreios oncológicos de base populacional referentes a 2014, o rastreio do cancro da mama está implementado em todas as regiões e a taxa de cobertura geográfica nacional é de 72%.

Contudo, enquanto Algarve, Alentejo e Centro apresentam 100% de cobertura, no Norte a taxa é de 83% e em Lisboa e Vale do Tejo é de 27%.

Em comparação com 2013, no caso do cancro da mama houve um acréscimo na cobertura populacional e no número de mulheres rastreadas.

No caso do cancro do colo do útero, só Lisboa e Vale do Tejo tem ainda rastreio de base populacional implementado, enquanto o Centro, Alentejo e Algarve apresentam coberturas de 100% e o Norte de 38%.

Apenas 24% do total de mulheres elegíveis estão cobertas por este programas de rastreio do cancro do colo do útero e só 12% são rastreadas através destes programas de rastreio.

Relativamente a 2013, a cobertura populacional total aumentou, mas o número de mulheres rastreadas diminuiu.

Quanto ao rastreio do cancro do cólon e do reto, apenas está implementado na região Centro e na do Alentejo, e de forma parcial, com uma taxa de cobertura de 50% e 25%, respetivamente.

“Do total de homens e mulheres de Portugal Continental elegíveis para rastreio do cancro do cólon e reto, apenas 3,7% estão cobertos por rastreios organizados de base populacional e apenas 1,1% são rastreados através destes programas de rastreio. Relativamente ao ano anterior, a cobertura populacional total aumentou quase para o dobro, mas o número de utentes rastreados diminui”, conclui ainda o relatório que a DGS divulgou na terça-feira no seu site.

Relatório da DGS
As Administrações Regionais de Saúde sentem dificuldades em manter ou implementar programas de rastreios oncológicos devido,...

“Existem muitas dificuldades na manutenção, alargamento e implementação de novos rastreios por parte das Administrações Regionais de Saúde (ARS) que se prendem com motivos organizacionais, logísticos e de falta de recursos humanos e financeiros”, conclui o relatório da Avaliação e Monitorização dos Rastreios Oncológicos Organizados de Base Populacional referente a 2014 e divulgado na terça-feira no site da Direção-geral da Saúde (DGS).

Segundo o documento, a situação é “particularmente crítica no caso dos rastreios do cancro do colo do útero e do cancro do cólon e reto”.

O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas tem tentado, junto das Administrações Regionais de Saúde, incrementar aqueles tipos de rastreio, “o que se refletiu num aumento de convocatórias enviadas em 2014” aos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Contudo, o relatório admite que “esse esforço não se refletiu num aumento proporcional das taxas de rastreio populacional, no caso dos rastreios do cancro do colo do útero, e do cólon e reto, em virtude da diminuição da adesão das populações”.

Da parte das ARS há interesse em aumentar as coberturas geográficas e populacionais dos rastreios ao cancro, mas “existem inúmeros constrangimentos de ordem financeira e logística e de recursos humanos que impedem a sua concretização”.

O relatório recomenda que “a dotação financeira às ARS” para os encargos com os rastreios “deve ser inequívoca e sustentada no tempo” para que não se criem intervalos temporais que paralisem o processo, já que quando é iniciado não deve ser interrompido.

É ainda sugerida a contratação de “serviços indispensáveis à prossecução dos programas de rastreio”. Isto é sobretudo urgente nas ARS com mais população já que implicam “procedimentos processuais mais complexos e morosos”.

31 de Maio - Dia Mundial sem Tabaco
Fumar pode originar e agravar várias doenças oftalmológicas, lembra a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia por ocasião do Dia...

“Está bem estabelecida a relação entre a exposição continuada ao fumo do tabaco e Degenerescência Macular, Doença de Graves, Catarata, Glaucoma, Uveíte e Doenças da Superfície Ocular, levando à cegueira irreversível em muitos casos”, explica Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. “Evidências científicas demonstram um efeito dose-dependente do fumo do cigarro nas doenças oculares, isto é quanto maior a exposição, maior o risco de desenvolvimento e de progressão destas doenças”.

De facto o tabaco acelera o processo de envelhecimento em todo o organismo, inclusive a nível ocular, uma vez que os químicos presentes no fumo aumentam os níveis de oxidantes e diminuem os níveis de antioxidantes. Assim, o fumo do tabaco pode aumentar para o dobro o risco de desenvolver catarata e degenerescência macular da idade, duas das principais causas de cegueira a nível mundial.

“A catarata resulta do processo normal de envelhecimento ocular. No entanto, os fumadores apresentam um risco muito maior de aparecimento da catarata, pela entrada de produtos tóxicos dentro do olho e pelo aumento da temperatura que o cigarro provoca. Quanto maior o número de cigarros que se fumou, maior o risco de apresentar catarata”, refere Maria João Quadrado.

A presidente da SPO afirma também que “o tabaco duplica ou mesmo triplica o risco de desenvolver DMI (Degenerescência Macular da Idade). Esta doença afeta a retina, nomeadamente a macula que é a zona responsável pela visão de leitura, podendo levar à cegueira legal. Os fumadores desenvolvem em média esta doença dez anos mais cedo que os não fumadores e quanto maior o tempo e maior o número de cigarros a pessoa fumou durante a vida, maior o dano para a visão”.

Há ainda outras patologias agravadas pelos hábitos tabágicos. Nos diabéticos, o tabaco apresenta um risco duas a três vezes superior de desenvolvimento de retinopatia diabética, e agravam a doença depois de esta surgir. O fumo do cigarro piora o Síndrome do Olho Seco com alterações da qualidade do filme lacrimal, diminuição da produção de lágrima e da sensibilidade da córnea e conjuntiva. Para além disso pode levar ao aparecimento de infiltrados e úlceras de córnea nos portadores de lentes de contato. É frequente o quadro de irritação, olhos vermelhos e lacrimejo associado à exposição do fumo do cigarro. O fumo do tabaco agrava também a Alergia Ocular, principalmente em crianças, tornando a doença crónica.

Está também demonstrada cientificamente a associação entre fumar e o desenvolvimento de Doença de Graves, neuropatia ótica isquémica e orbitopatia tiroideia, doenças graves que podem levar à perda súbita ou total de visão. Já quem fuma na gravidez aumenta o risco do bebé ter estrabismo, erros refrativos ou retinopatia.

No entanto, deixar de fumar pode parar ou mesmo reverter algumas lesões oftalmológicas causadas pelo fumo do tabaco, dependendo do tipo e gravidade da doença. “No caso da DMI, os fumadores têm aproximadamente o dobro do risco de desenvolver esta doença, mas o risco em ex-fumadores é apenas ligeiramente superior ao das pessoas não fumadoras. O risco de desenvolvimento de catarata também é inferior em ex-fumadores quando comparado com fumadores ativos. Parar de fumar é um dos fatores fundamentais no tratamento da orbitopatia tiroideia”, frisa a especialista.

A SPO lembra a todos os fumadores que devem ter cuidados redobrados com a sua visão, consultando regularmente o seu oftalmologista.

Filipe Assoreira
Filipe Assoreira foi eleito Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Bioindústria, sucedendo assim a Nuno Arantes...

Com mais de 15 anos de experiência na indústria bio-farmacêutica, Filipe Assoreira, Country Manager da Genzyme - a Sanofi Company, assume a liderança de uma direção que continua a contar com André Faustino (da empresa Gene PreDiT), Simão Soares (SilicoLife) e Carlos Faro (Biocant), e na qual entra agora Sérgio Simões, presidente da Luzitin (grupo Bluepharma).

“É uma solução que garante a continuidade estratégica mas que constitui mesmo assim uma renovação importante, com pessoas que têm provas dadas no sector, tanto no que respeita às empresas multinacionais – capazes de investir seriamente no país sobretudo ao nível dos ensaios clínicos – como às start-ups, que têm sido o enfoque e a principal razão da existência desta associação”, referiu Nuno Arantes-Oliveira, fundador de empresas como a Alfama e a Coimbra Genomics, que liderou a Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) entre 2011 e 2015.

Com as entradas recentes das multinacionais Pfizer e Merck, a biotecnológica PTC Therapeutics, e start-ups promissoras como a Magnomics e a BSim2, a P-BIO encontra-se em fase de franca expansão, representando quase toda a biotecnologia presente em Portugal.

A nova direção apresentou como objetivos dar continuidade ao esforço de promoção da biotecnologia portuguesa através da criação de alianças estratégicas com parceiros nacionais e internacionais, o fomento do acesso ao financiamento, o posicionamento como interlocutor de referência na discussão de legislação que, por exemplo, afete as doenças raras e a avaliação de medicamentos, e a promoção o conhecimento e o entendimento do potencial da Bioindústria.

Filipe Assoreira considera que “a P-BIO tem tido um papel crucial na dinamização do empreendedorismo e das empresas de base biotecnológica ajudando a posicioná-las na vanguarda do conhecimento e da inovação Esta será a nossa linha orientadora e a base do nosso trabalho para os próximos 3 anos”.

Durante o último ano a P-BIO destacou-se pela organização de eventos e missões internacionais, em associação com entidades como o Biocant, a Portugal Ventures e a sua congénere espanhola ASEBIO. Com cerca 40 empresas nacionais e multinacionais entre os seus membros, a P-BIO aposta num sector de bioindústrias competitivo, gerador de valor acrescentado e criador de emprego baseado na qualidade científica de nível internacional e na excelência de recursos humanos existentes em Portugal. 

Merck apoia
A Semana Internacional da Tiroide 2015, decorre entre os dias 25 e 31 de maio e este ano tem como tema “Hipotiroidismo –...

O hipotiroidismo é uma doença que afeta milhões de pessoas e que muitas vezes passa despercebida. Os sintomas do hipotiroidismo são muitas vezes confundidos com os de outras condições, como a depressão, doenças cardíacas ou Alzheimer.

A campanha da Semana Internacional da Tiroide visa alertar milhões de pessoas por todo o mundo de que podem estar a viver com uma condição debilitante, sem sequer terem conhecimento. A condição designada por hipotiroidismo afeta 2% da população mundial e ocorre devido a uma inatividade da glândula da tiroide, que deixa de produzir quantidades suficientes das hormonas da tiroide (tiroxina e triiodotironina).

Baixos níveis dessas hormonas podem causar diminuição da frequência cardíaca, cansaço, frio e problemas de obstipação. Depressão e aumento de peso também são sintomas muito comuns. Além disso, a fertilidade também pode ficar afetada.

Ashok Bhassen, Presidente da Federação Internacional da Tiroide, explica: “A doença da tiroide é muito comum, afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e coloca um 1,6 biliões de pessoas em risco. Estima-se que 50% dos afetados não têm conhecimento da sua condição”.

“A tiroide é um pequeno órgão, mas tem um grande impacto. O hipotiroidismo causa um grande sofrimento assim que aparecem os sintomas. Pessoalmente, dou as boas vindas a esta campanha de sensibilização por trazer mais informação sobre a doença do hipotiroidismo e reduzir o sofrimento desnecessário que muitos enfrentam todos os dias”, acrescenta Ashok Bhassen.

A campanha pretende enfatizar que o reconhecimento do hipotiroidismo é difícil, uma vez que os sintomas podem facilmente ser confundidos com os de outras doenças. O objetivo passa por encorajar as pessoas a reconhecer os sintomas e a procurar ajuda médica.

Nuno Silva, Responsável pela Área da Diabetes e Tiroide da Merck, refere que: “na Merck, a nossa missão é transformar a vida das pessoas doentes, através da medicina. Estamos orgulhosos por poder contribuir e sensibilizar para um problema ainda subdiagnosticado como é o caso do hipotiroidismo. As necessidades dos doentes estão no centro de tudo o que fazemos”.

Números das doenças da tiroide:

  • O hipotiroidismo afeta 10 vezes mais mulheres do que homens.
  • Cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por problemas de tiroide, mas estima-se que 50% destas ainda deve desconhecer a sua condição. 
Infarmed
Cerca de 12 mil pessoas estão atualmente a participar nos 353 ensaios clínicos que decorrem em Portugal, principalmente nas...

A propósito do Dia Internacional do Ensaio Clínico, que se assinala hoje, o organismo que regula o setor do medicamento revelou à Lusa que estão atualmente a decorrer em Portugal 353 ensaios clínicos.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) adiantou que “a grande maioria destes ensaios clínicos decorrem em hospitais e centros de ensaios” e que “as principais áreas terapêuticas de investigação destes ensaios clínicos são a oncologia, doenças do sistema nervoso e doenças infeciosas”.

Dos ensaios clínicos a decorrer, 4% estão na fase um (avaliam a segurança e a tolerabilidade do fármaco e normalmente são feitos em humanos saudáveis) e 20% na fase dois (calculam a eficácia terapêutica de um novo medicamento em doentes com a doença em estudo).

A maior parte dos ensaios em curso (72%) decorre na fase três (comparam a eficácia de um fármaco com outro ou com um placebo) e 4% estão na fase quatro, na qual se avaliam os riscos e os benefícios de um medicamento durante mais tempo e em mais doentes.

Para estes ensaios está prevista a participação de 12 mil pessoas. No entanto, o Infarmed ressalva que “não dispõe da informação relativa ao número de participantes efetivos, notando-se que este não atinge, frequentemente, o valor máximo planeado”.

O Dia Internacional do Ensaio Clínico assinala-se hoje em memória do dia em que James Lind terá começado o primeiro ensaio clínico reconhecido internacionalmente, em maio de 1747, do qual resultou a prova de que os citrinos combatem o escorbuto.

Em 40 serviços de dermatologia
O dia europeu do melanoma assinala-se hoje com o objetivo de alertar para a importância de combater e prevenir esta doença,...

O Dia do Euromelanoma é hoje assinalado em mais de 30 países da Europa, para alertar para a importância da proteção contra os raios ultravioleta, mas também de vigiar mensalmente os sinais, através do autoexame ou de consultas médicas em caso de dúvida.

Por isso mesmo, ao longo de todo o país, além das campanhas de sensibilização desenvolvidas pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) em pareceria com as autarquias, cerca de 40 serviços de dermatologia vão realizar rastreios dos vários tipos de cancros de pele, dirigidos em particular a pessoas de risco.

Este grupo inclui pessoas de pele clara, adultos que sofreram queimaduras solares quando jovens, pessoas expostas ao sol, desde trabalhadores a desportistas, com antecedentes familiares de cancro de pele ou com sinais suspeitos.

Entre os vários serviços que realizam rastreios – que podem ser consultados no site da APCC (www.apcancrocutaneo.pt) – constam-se os três Institutos Portugueses de Oncologia (Lisboa, Porto e Coimbra), os Hospitais Universidade Coimbra, o Hospital de Braga, os Hospitais do Porto e de Santo António (Porto), o Hospital Garcia da Orta (Almada), o Hospital de Santa Maria (Lisboa) e o Centro Hospitalar do Algarve.

Segundo explica a APCC, os sinais que devem ser valorizados são aqueles que mudem de tamanho, cor ou forma, que pareçam diferentes dos outros, que sejam assimétricos, que sejam ásperos ou descamativos, que tenham várias cores, com mais de 6 milímetros, que provoquem comichão, sangrem ou deitem líquido, tenham um aspeto perolado ou que pareçam uma ferida, mas não cicatrizem.

Entre os diferentes cancros de pele existentes, os mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Segundo Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, estima-se que os cancros de pele vão continuar a aumentar e a previsão aponta para o surgimento de mais de 12 mil novos cancros de pele e mil novos casos de melanoma (a forma mais perigosa e mortal de cancro de pele) ao longo deste ano.

Em 2014 foram rastreadas 1.663 pessoas, a maioria mulheres, das quais apenas 32% já tinham efetuado anteriormente rastreio e 31% afirmaram ter atividade profissional ao ar livre.

Foi feito um diagnóstico clínico de sinais atípicos a 317 pessoas, das quais 112 possuíam queratoses actínicas (percursores potenciais de um tipo de cancro de pele), 16 apresentaram suspeita de melanoma e 73 suspeita de carcinomas.

Constantino Sakellarides
O presidente da Fundação para a Saúde, Constantino Sakellarides, afirmou, em Coimbra, que a “troika” ignorou "por completo...

"Nunca pensámos que haveria uma “troika” que ignorasse por completo" a necessidade de se perceber quais os "efeitos sobre a saúde" das medidas aplicadas em Portugal, apontou Constantino Sakellarides, que falava no debate "Proteger e promover o Capital Humano do Serviço Nacional de Saúde", na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Segundo o presidente da Fundação para a Saúde, o fator dos "efeitos na saúde" tem de entrar no momento de se aplicarem políticas, não sendo "compreensível", que esses mesmos efeitos não tenham "peso nenhum nas políticas europeias".

Durante o debate, que decorreu durante a tarde de ontem, foi apresentado um documento "preparatório" do próximo congresso da fundação, que vai ter lugar no Porto, em fevereiro de 2016.

Esse mesmo documento sublinha a importância do capital humano, considerando-o o principal ativo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para a fundação, tem-se assistido a uma política de "menosprezo do capital humano do SNS", sublinhando a saída "contínua" de profissionais de saúde "altamente diferenciados" do SNS para o setor privado.

Tal situação, "é reveladora do enorme descontentamento que urge resolver", lê-se no documento, que destaca a redução de quase 6.000 trabalhadores do Ministério da Saúde entre 2009 e 2013.

Serviço Nacional de Saúde
O Ministério da Saúde anunciou a contratação, este ano, de médicos reformados, até um máximo de 400, para suprimir a carência...

O despacho que autoriza a contratação foi publicado ontem, Dia Mundial da Medicina Familiar, em Diário da República, e é assinado pelos ministros da Saúde, Paulo Macedo, e das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Segundo a Associação de Medicina Geral e Familiar, um milhão e 300 mil pessoas não têm médico de família, com Lisboa e Algarve a terem mais carências de clínicos, na ordem dos 30%.

O diploma ontem publicado determina que os médicos aposentados que forem contratados para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) possam acumular a pensão com um terço da remuneração que corresponda às funções que vão desempenhar, a tempo inteiro ou parcial.

Em comunicado, o Ministério da Saúde adianta que estão em formação 1.753 médicos da especialidade de Medicina Geral e Familiar, encontrando-se a aguardar colocação 237 recém-formados, que, "tudo indica, entrarão no concurso que está a decorrer".

Para o fim do ano, "está previsto novo concurso para os 112 especialistas que se formam na segunda fase", acrescenta a nota.

De acordo com a tutela, faltam 652 médicos de família, dos quais 421 na região de Lisboa e Vale do Tejo, que, com o Algarve, é a zona com menor número destes profissionais.

O comunicado precisa que, dos dez milhões de utentes inscritos nos centros de saúde, um milhão e 283 mil não têm médico de família.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou que 60 médicos de medicina geral e familiar deverão ser colocados na...

“Está prevista a progressiva entrada em funções de cerca de 60 médicos de medicina geral e familiar, o que permitirá (…) aumentar substancialmente o número de utentes com médico de família na região, até 2016”, afirma a Administração Regional de Saúde (ARS) em comunicado.

A ARS do Centro “reitera a estratégia prática de contratação de todos os médicos de medicina geral e familiar disponíveis para o efeito”, com o objetivo de “melhorar a cobertura” da região, em especial “nas zonas atualmente mais carenciadas”.

“Atualmente, 7,6% dos utentes inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários da Região Centro não têm médico de família atribuído, registando-se maior carência nos agrupamentos de centros de saúde do Pinhal Litoral, com 11,2% de utentes a descoberto, Dão Lafões, com 10,3%, e Baixo Mondego, com 7,3%”, segundo a nota.

Este ano, a ARS do Centro “ultrapassou as 100 unidades funcionais ativas (unidades de saúde familiar e unidades de cuidados na comunidade, UCC) nos seis agrupamentos de centros de saúde da sua área de influência, o que se traduz em mais cuidados de saúde primários de qualidade e em proximidade para as populações”, refere.

A ARS acrescenta que “atingiu as 52 UCC ativas na região, o que representa, no universo dos 1.727.186 habitantes, uma cobertura assistencial na ordem dos 83,3%”.

“Relativamente às unidades de saúde familiar (USF), foi ultrapassado, em 2014, o meio milhão de utentes inscritos, número que tem vindo progressivamente a aumentar com a abertura de seis novas unidades, elevando para 52 as USF atualmente em funcionamento na região”, destaca ainda a ARS.

Na segunda-feira, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alertou para a falta de médicos de família e para problemas no exercício da profissão em várias unidades de saúde da região.

“Há uma grande desmotivação dos profissionais de saúde por causa das condições de trabalho”, disse o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, indicando que a falta de médicos de família na região afeta especialmente os distritos de Leiria, Guarda e Castelo Branco.

No Centro, há “entre 130 mil e 150 pessoas sem médico de família”, o que corresponde à necessidade de colocar pelo menos 70 destes profissionais, afirmou Carlos Cortes, que visitou diversos centros de saúde, nos distritos de Aveiro e Coimbra, no âmbito de um programa para assinalar o Dia Mundial do Médico de Família.

Também a organização não-governamental Saúde em Português e a Unidade Curricular de Medicina Geral e Familiar da Universidade de Coimbra assinalaram ontem o Dia Mundial do Médico de Família.

“O médico de família faz com que a saúde seja mais importante que a doença, que o conhecimento técnico e científico seja adaptado às necessidades, que a família cuide melhor”, afirma o médico Hernâni Caniço, numa proclamação conjunta daquelas entidades, intitulada “Nós somos médicos de família”.

Saiba como
Para minimizar o risco de desenvolvimento de cancro da pele, aproveite o sol com sensatez.
cancro da pele

Os primeiros sintomas de cancro da pele poderão manifestar-se nos sinais da pele, após longos períodos de exposição à radiação uv sem protector solar.

Quem está em risco?
O cancro da pele é mais comum em pessoas com mais de 50 anos ou em pessoas com exposição solar intensa ou prolongada.

 

Conselhos:

  • No que diz respeito às crianças maximize as medidas de protecção solar. Utilização regular de um protector solar com um factor de protecção elevado (30 a 50), t-shirt e chapéu.
  • Procure a sombra e não se exponha ao sol nas horas de maior calor (entre as 11h e as 17h)
  • Proteja a sua pele e os seus olhos (chapéu, t-shirt, óculos de sol)
  • Habitue gradualmente a sua pele ao sol. Evite as queimaduras solares!
  • Aplique protector solar com um factor de protecção elevado (≥ 30) a cada 2 horas.
  • Evite os solários.
  • Se, após a exposição solar, a sua pele ficar vermelha, significa que ficou efectivamente com uma queimadura solar.
  • Quando há presença de bolhas ou dor durante pelo menos dois dias, a queimadura solar é considerada grave.

Pessoas mais vulneráveis:

  • Pessoas com pele clara ou propensa a queimaduras solares;
  • Pessoas que sofreram queimaduras solares durante a infância;
  • Pessoas que passam muito tempo ao sol (por exemplo, por trabalho ou lazer);
  • Pessoas expostas a um sol intenso durante curtos períodos de tempo (por exemplo, nas férias);
  • Pessoas que utilizam solários;
  • Pessoas com mais de 50 sinais no corpo;
  • Pessoas com antecedentes familiares de cancro da pele;
  • Pessoas com mais de 50 anos de idade;
  • Pessoas que se submeteram a um transplante de órgão.

Mesmo que não pertença ao grupo de pessoas mais vulneráveis, examine regularmente a sua pele pois qualquer pessoa pode desenvolver cancro da pele.

O que procurar?
Examine a sua própria pele e a dos seus familiares uma vez por mês. Esteja atento à presença de sinais ou manchas que:

  • Mudem de tamanho, cor e/ou forma;
  • Pareçam diferentes dos outros;
  • Sejam assimétricos;
  • Sejam ásperos ou descamativos;
  • Tenham várias cores;
  • Tenham mais de 6mm;
  • Provoquem comichão;
  • Sangrem ou deitem líquido;
  • Tenham um aspecto perolado;
  • Pareçam uma ferida mas não cicatrizem.

O que fazer a seguir?
Tem um sinal ou mancha que o preocupa? Não sabe se poderá ser um problema?

É sempre melhor prevenir do que remediar. Mostre-o ao seu dermatologista.

Para mais informações sobre sinais e manchas cutâneas, bem como sobre os diferentes tipos e o que significam, vá a www.apcancrocutaneo.pt ou www.euromelanoma.org/portugal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba identificar
Todos temos sinais e manchas cutâneas.
Sinais e manchas pele

Existem 4 grupos principais de lesões que deverá conhecer:

Queratose actínica

Estas manchas cutâneas ásperas, descamativas e vermelho acastanhadas surgem mais comummente nos idosos e nas áreas expostas ao sol, como a cara, o pescoço, as orelhas, as costas das mãos e o couro cabeludo (nos homens calvos). Estas lesões aparecem com regularidade muitas vezes apontam para uma exposição solar intensa. São lesões pré-cancerosas, que em 10 a 15% dos casos se podem transformar em carcinomas espinocelulares.

Carcinomas basocelulares

São a forma mais comum de cancro da pele, mas felizmente também a menos perigosa. Assumem tipicamente a forma de um nódulo saliente com bordo brilhante e de aspecto perolado; uma ferida que não cicatriza; ou, num estado mais avançado, um nódulo com uma pequena crosta que cresce lentamente ao longo do tempo. Este tipo de cancro da pele não alastra para outras partes do corpo, mas, se não for tratado atempadamente, pode ulcerar e invadir tecidos mais profundos.

Carcinomas espinocelulares

Estes constituem a segunda forma mais comum de cancro da pele, surgindo tipicamente em áreas da pele sujeitas a grande exposição solar, como a cara e o couro cabeludo. Assumem a forma de um nódulo com crosta, mas podem crescer mais rapidamente e, nesse caso, podem ulcerar e deitar líquido. Ainda que raramente, podem alastrar, sobretudo nos lábios, orelhas, dedos ou se o doente for imunodeprimido, pelo que o tratamento é essencial.

Melanomas

Estes são os tumores menos frequentes, mas são os mais perigosos, já que podem alastrar. Podem surgir em grupos etários mais jovens, em comparação com carcinomas anteriormente descritos. Apresentam-se como lesões pigmentadas que escurecem ou desenvolvem extremidades irregulares ou cores diversas ao longo de semanas ou meses. Em casos raros evidenciam-se como um nódulo cor-de-rosa ou vermelho sem pigmentação de crescimento normalmente mais acelerado. Exigem tratamento imediato.

Procurar sinais e manchas cutâneas potencialmente perigosos é rápido, fácil e até pode salvar vidas.

Como detectar um melanoma através do método ABCDE:

A - O sinal ou mancha é assimétrico?

B - Tem um bordo irregular?

C - Apresenta-se com cores diferentes?

D - O diâmetro é superior a 6mm?

E - Há alguma evolução no crescimento? Trata-se de uma nova lesão ou de uma alteração numa lesão já conhecida?

Como e onde procurar?

Habitue-se a examinar a sua pele uma vez por mês. Nem todos os sinais ou manchas suspeitas aparecem em áreas expostas ao sol ou visíveis. Por isso examine o seu corpo todo, atrás e à frente, de preferência utilizando um espelho de corpo inteiro.

Saiba como:

  1. Examine o seu rosto, incluindo o nariz, lábios, boca, orelhas e área atrás das orelhas.
  2. Examine o seu couro cabeludo, utilizando um pente para dividir o cabelo em madeixas. Homens: em caso de calvície, examine o seu couro cabeludo minuciosamente.
  3. Examine as suas mãos, de ambos os lados e entre os dedos.
  4. Dobre o cotovelo para examinar a parte superior do braço e as axilas.
  5. Depois, centre-se no pescoço, no peito e na parte superior do corpo. Mulheres: examine a zona entre e por baixo dos seios.
  6. Utilize um espelho pequeno para examinar a nuca e as costas.
  7. Examine as suas nádegas e a parte de trás das pernas. Termine com os pés, examinando as zonas entre os dedos e as plantas dos pés.

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Faça regularmente:
Observar regularmente a sua pele permite que conheça o aspecto normal dos seus sinais ou manchas e s
Auto-exame pele

O papel do auto-exame no diagnóstico precoce do cancro da pele é muito importante. O cancro da pele é o mais comum de todos os cancros, e a sua ocorrência está a aumentar rapidamente. A cura pode ser conseguida se diagnosticado e tratado precocemente. Porém quando não detectado precocemente, a sua progressão pode resultar em desfiguração e mesmo na morte, nomeadamente no caso de melanoma.

Assim, todas as pessoas devem fazer o auto-exame. As crianças devem observar os adultos a efectuar o auto-exame e podem ser treinadas desde cedo de modo a que possam fazê-lo por si próprias quando chegarem à adolescência.

Pessoas com factores de risco para cancro de pele devem efectuar consultas anuais com um médico, de preferência um dermatologista. Isso, juntamente com o auto-exame a cada dois meses, é a melhor maneira de garantir o diagnóstico precoce do cancro de pele.

Os sinais de alerta
Deve estar alerta para alguns aspectos que pode indiciar o desenvolvimento do cancro ou outro tipo de problema de pele. Em qualquer uma das situações abaixo descritas deve consultar um dermatologista.

- Especial atenção para um sinal na pele que aumenta de tamanho e aparece perolado, translúcido, de cor bege, castanho, preto ou multicolor;
- Um nevo congénito ou qualquer mancha castanha que muda de cor, aumenta de tamanho ou espessura, sofre mudanças na textura, é irregular no contorno ou tem mais de 5 mm e/ou sofreu alterações recentemente;
- Uma mancha ou ferida que causa comichão, dor, forma crosta, sofre erosão ou sangra;
- Uma ferida aberta que não cicatriza no espaço de três semanas;

 
Auto-exame passo a passo
Para fazer o auto-exame deve ter à mão: uma luz forte, um espelho de corpo inteiro, um espelho de mão, duas cadeiras, um secador de cabelo, mapas do corpo e um lápis, ou, idealmente, uma câmara digital.

Pode apontar as datas em que examinou a sua pele, e até tirar notas sobre o seu aspecto. Se o médico tiver tirado fotografias da sua pele, pode compará-las com a sua própria pele para o ajudar a detectar alterações.

1. Examine o seu rosto, especialmente o nariz, lábios, boca e orelhas – à frente e atrás. Use espelhos para conseguir uma melhor observação.

2. Inspeccione o couro cabeludo, usando um secador de cabelo e espelho para expor cada área em observação. Se possível, peça a um amigo ou familiar, até mesmo uma criança, para o ajudar.

3. Verifique as suas mãos: as palmas e as costas, entre os dedos e sob as unhas. Examine a parte da frente e de trás dos seus antebraços.

4. Coloque-se em frente ao espelho de corpo inteiro, comece a nível dos cotovelos e verifique ambos os lados dos seus braços.

5. Observe o pescoço e o peito. As mulheres devem levantar os seios para examinar por baixo.

6. De costas para um espelho de corpo inteiro, use o espelho de mão para examinar a parte de trás do pescoço, ombros, parte superior das costas e qualquer zona da parte de trás dos braços.

7. Usando os espelhos ainda, não se esqueça da parte inferior das costas, nádegas e parte de trás de ambas as pernas.

8. Sente-se, coloque uma perna de cada vez sobre a cadeira. Use o espelho de mão para examinar os órgãos genitais. Verifique a parte da frente e os lados de ambas as pernas, da coxa à canela, tornozelo, parte superior dos pés, entre os dedos e sob as unhas dos pés. Examine a planta dos pés e os calcanhares.

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Em Viseu
A cidade de Viseu vai acolher, a partir de sábado, o projeto “Café Memória”, que tem como objetivo ajudar pessoas com problemas...

Este será o nono “Café Memória” de Portugal, no âmbito de um protocolo hoje assinado. O espaço funcionará um sábado de manhã por mês, na biblioteca municipal.

O projeto, promovido pela Alzheimer Portugal e pela Sonae Sierra, tem como parceiros locais a Câmara e as suas Obras Sociais, a Escola Superior de Educação e a Novartis Farma.

A presidente da delegação da região Centro da Associação Alzheimer Portugal, Isabel Gonçalves, explicou que estes encontros servem para troca de experiências entre as pessoas com demência ou problemas de memória e seus cuidadores.

Cada sessão tem duas horas, sendo que, à chegada, cada participante é acolhido individualmente. Depois de uma hora de atividades lúdicas (que podem ser substituídas por conversas com especialistas), há um momento final para tomar café e conversar.

A diretora de sustentabilidade e comunicação da Sonae Sierra, Elsa Monteiro, admitiu que, há cerca de três anos, quando decidiram avançar com o projeto em Portugal, não havia a certeza de que seria viável e que teria a adesão das pessoas.

“A realidade tem excedido as nossas melhores expectativas”, frisou, contando que tem havido muitos parceiros a acreditar no projeto.

José Correia, das Obras Sociais de Viseu, disse que, quando foi feito o apelo para a inscrição de voluntários, apareceram imediatamente 25 pessoas a manifestar disponibilidade.

O vice-presidente da Câmara de Viseu, Joaquim Seixas, admitiu que a necessidade de um projeto deste género já era sentida no concelho “há algum tempo”.

“Só quem não conhece aquilo por que passa o familiar e o doente de Alzheimer é que pode ter alguma dificuldade em perceber a importância” do projeto, frisou.

Joaquim Seixas garantiu que a autarquia não se quer ficar só pelo “Café Memória”, estando disponível para investir numa investigação sobre esta problemática ou até participar numa experiência-piloto.

A partir de 5ª feira
A estratégia de combater o desperdício alimentar formalizada no ano passado tem a partir de quinta-feira mais 10 novos...

Os novos parceiros do “Desperdício Alimentar – Um compromisso de todos!” são associações ligadas à luta contra o desperdício alimentar mas também a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, a Associação Portuguesa de Nutricionistas, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a Confederação do Turismo Português ou a Fundação Oriente.

Todos vão assumir a prioridade de educar, informar, sensibilizar, responsabilizar, agilizar e regular no combate ao desperdício alimentar.

“O interesse manifestado em assinar este compromisso demonstra que estas entidades se reveem nos seus princípios e reconhecem a importância e a urgência de reduzir o desperdício alimentar e consideram que o envolvimento organizado, estruturado, coordenado e comprometido de todos, contribuirá para o sucesso desta estratégia conjunta rumo ao desperdício zero”, diz a secretaria de Estado em comunicado.

O compromisso sobre desperdício alimentar foi apresentado e assinado por diversas entidades em 2014, no Dia Mundial da Alimentação.

Nele se citava a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para dizer que em 2050 a população mundial deve rondar os nove mil milhões, o que obrigará a aumentar a produção de alimentos em 70%.

Num mundo onde um sexto da população passa fome, em 2012, a nível mundial, cada habitante desperdiçava em média 300 quilos de alimentos. E no ano seguinte o total de alimentos desperdiçados representava cerca de 30% da superfície agrícola útil mundial, segundo o documento assinado na altura.

A nível da Europa, estima-se que se desperdice entre 30 a 50% dos alimentos ao longo da cadeia alimentar até chegar ao consumidor, representando uma perda anual de 89 milhões de toneladas na União Europeia, o equivalente a 179 quilos por habitante.

Em Portugal o desperdício calculado é de 17% da produção, um milhão de toneladas.

A cerimónia de assinatura do “Compromisso” decorre no Centro de Congressos de Lisboa, no âmbito da sessão de abertura do XIV Congresso de Nutrição e Alimentação.

Durante dois dias, o Congresso “vai” discutir temas como alimentação saudável, a literacia alimentar, o futuro da nutrição, a cafeína e a neuroprotecção, o consumo do iogurte, a obesidade ou os novos consumos alimentares.

Entregue na próxima semana
O cirurgião António Gentil Martins é o vencedor da segunda edição do prémio Miller Guerra, instituído pela Ordem dos Médicos e...

Segundo a Ordem dos Médicos (OM), Gentil Martins, médico, ex-professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa e antigo bastonário da OM, foi escolhido como vencedor da segunda edição do prémio Miller Guerra de Carreira Médica, a primeira dedicada à carreira hospitalar.

Gentil Martins, 84 anos, é especialista em cirurgia pediátrica e cirurgia plástica, sendo autor de várias técnicas cirúrgicas inovadoras.

O júri do prémio escolheu Gentil Martins pela sua “carreira exemplar dedicada ao serviço dos doentes e ao progresso da assistência médica em Portugal, não só na sua vertente tecnológica mas também, e sobretudo, pela prática humanista no exercício da medicina, como era apanágio de Miller Guerra”, de acordo com uma nota da Ordem.

Instituído pela Fundação Merck Sharp Dohme e pela OM, esta é a segunda edição do prémio, no valor de 50 mil euros, e que em 2013, na primeira edição, consagrada à medicina familiar, escolheu Mário Moura, clínico geral que se dedicou à medicina familiar e clínica geral em Setúbal.

Nesta segunda edição, das 18 candidaturas apresentadas, a de Gentil Martins foi para o júri a que melhor se adequava ao espírito do prémio para a carreira hospitalar.

O júri foi composto pelo bastonário da Ordem, José Manuel Silva, pelo presidente da Fundação Merck Sharp Dohme, Toscano Rico, pelos presidentes das secções regionais do Norte, Centro e Sul da Ordem e por um outro membro da direção da Fundação Merck Sharp Dohme.

O antigo ministro da Saúde António Correia de Campos foi o membro escolhido pela Fundação para representar a sociedade civil.

O júri contou também com um membro médico da comunidade académica indicado pelo Conselho de Reitores e com os presidentes da Associação dos Médicos de Medicina Geral e Familiar e da Associação dos Médicos de Carreira Hospitalar.

O galardão será entregue a Gentil Martins numa cerimónia, na próxima terça-feira, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, que contará com a presença do ministro da Saúde.

Este prémio deve o seu nome ao médico e professor Miller Guerra, neurologista e discípulo de Egas Moniz, que foi responsável pelo Relatório das Carreiras Médicas, publicado em 1961, que esteve na génese das atuais carreiras médicas. Segundo a Ordem, “contribuiu para um progresso decisivo na formação técnico-científica dos médicos e na qualidade dos cuidados de saúde em Portugal”.

Centro Professor Albuquerque e Castro
O Centro Professor Albuquerque e Castro, criado em 1956 no Porto para a impressão de obras em Braille, aposta agora na dupla...

O objetivo passa por produzir materiais impressos “em simultâneo em Braille e a negro”, ou seja, de dupla leitura, afirmou o diretor do centro, João Belchior.

Livros infantis e o mapa de rede do Metro do Porto, por exemplo, estão já ser produzidos em dupla leitura naquele centro de impressão em Braille da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP).

Segundo o diretor, havia uma grande lacuna no mercado relativamente a estes produtos inclusivos, tendo o Centro Professor Albuquerque e Castro (CPAC) iniciado “timidamente este trabalho há três anos”.

“No último ano investimos seriamente nesta dupla leitura”, disse, acrescentando que tal motivou mesmo a contratação de uma designer.

Com uma equipa de 15 pessoas, o CPAC ocupa agora novas instalações na rua de Costa Cabral, no Porto, nas quais, além da impressão em Braille dispõe de um espaço de acolhimento ao público, com venda de produtos, como azeite e biscoites, cujas etiquetas dispõem de dupla leitura.

Esta aposta na dupla leitura complementa o trabalho realizado há anos diretamente para cegos, como a produção de livros e outros materiais editados em Braille.

Teresa Mesquita, que trabalha há 25 anos no CPAC, tem atualmente em mãos a obra de Sérgio Luís de Carvalho “Dicionário de Insultos”.

O trabalho consiste em transcrever as 215 páginas do livro para Braille, uma tarefa trabalhosa que demorará cerca de dois meses a ficar concluída e que, no final, se traduzirá em “sete volumes”.

Para isso, é necessário scanear página a página, trabalhar o documento no ‘word’ para “limpar eventuais erros da digitalização” e formatar todo o texto para Braille, explicou.

A impressora é depois programada para reconhecer os caracteres enviados, de modo a que a obra fique então em Braille.

Depois de tantos anos a trabalhar ali, Cristina Mesquita consegue ler o Braille, “mas não com os dedos, com os olhos”, por reconhecer todos os pontos dispostos nas páginas.

A seu lado, um colega está a fazer o mesmo trabalho mas para um dicionário de português de bolso, sendo que assim que ambos terminarem as suas tarefas do momento já se seguem outras duas obras na lista: “A Rainha Descalça”, de Ildefonso Falcones, e “Segredos de Amor e Sangue”, de Moita Flores.

Naquele centro também são feitas “as transcrições de 50 livros por ano”, justificou João Belchior, acrescentando que a listagem das obras é criada em conjunto com quem lê as produções do centro.

João Belchior explicou ainda que “qualquer obra tem três revisões feitas por cegos, para minimizar os erros”.

Mensalmente o CPAC produz ainda as revistas “Poliedro” e “Rosa dos Ventos”, que são distribuídas por países de todo o mundo, desde que usem o português.

A página na internet da SCMP refere que a Imprensa Braille foi fundada em 1956 por José de Albuquerque e Castro, professor no Instituto de S. Manuel, a quem a American Foundation for Overseas Blind ofereceu uma máquina de estereotipar e outra de imprimir, bem como grande quantidade de zinco para a estereotipia e de papel para a impressão.

Todo esse material foi doado à SCMP para criação, numa sala daquele Instituto, do Centro de Produção do Livro para o Cego, de que o Professor veio a ser o primeiro diretor até 1967, data do seu falecimento.

Acrescenta que, em 1972, por proposta da Comissão Permanente de Braille e em homenagem ao seu fundador, esse estabelecimento passou a chamar-se “Centro Professor Albuquerque e Castro – Edições Braille”.

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